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ABORTO .
Índice :
.www.uniaonet.com/aborto02.htm
13. Pena de Morte
12.   DECRETO Nº 25123 DE 11/3/05  - RJ/RJ .
11. Discurso Dep.Fed.Pr.Frankembergen (PTB/RR)em ( 14/3/05 10. Diversos .
09. A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA VIDA HUMANA

08.Aborto em prol da eugenia
07.Nos Bastidores das Campanhas Pró-Aborto:
06. ABORTO NOS CASOS DIFÍCEIS:
05. Legislação
04. Navio-clínica vem a Portugal : A interrupção da gravidez envolve uma viagem de barco
03. O aborto e o nazismo
02. Aborto é aceitável nos casos previstos no código penal

01 . Uma Mão contra o Aborto . 14.  MAQUIAGEM DA  RESPONSABILIDADE. (28/3/05)

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23. AJUDA URGENTE 5: ABORTO NO BRASIL (25/08/2005)
22. Fracassou a tentativa do governo ... (14/8/05)
21. Comissão Tripartite para a Revisão da Legislação sobre o Aborto (01/08)
20 _ A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA VIDA HUMANA: (20/7)
19.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO ... REVIRAVOLTA A CAMINHO.. O QUE FAZER ( 23/06/05 )
18. STF. irá decidir sobre aborto de fetos com anencefalia.( 27/4/05 )
17. 2ª Vara Cível de Bagé/RS (26/4/05)
16. Seminário teológico usa a Bíblia para promover o aborto (21/4/05)
15. DATAFOLHA DETECTA EM SP QUEDA "ABISSAL" DA APROVAÇÃO AO ABORTO

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31. A VOTAÇÃO FOI ADIADA . (1/12/05)
30. PROJETO DE LEI QUE LEGALIZA O ABORTO SERÁ VOTADO : 30/11/05
29. lei será votada pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados
28. projeto de lei que LEGALIZA COMPLETAMENTE O ABORTO NO BRASIL
27. AJUDA ABORTO NO BRASIL: RESULTADO DA VOTAÇÃO ( 25/10/2005)
26. A COMPLETA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL SERÁ VOTADA : 19/10/05
25.LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL. (24/9/05)
24. O VALOR DA VIDA HUMANA: (30/8/05)



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37. COMPROMETIMENTO DO GOVERNO LULA E DA DEPUTADA JANDIRA 8/9/06
36. Nova composição da Comissão de Seguridade e Família 19/2/06
35. NOTÍCIAS DA VOTAÇÃO: ADIADA PARA 2006 (18/12/05)
34.os deputados a favor do aborto entraram com um requerimento para adiamento da sessão. 10/12/05
33. RESULTADO DA SESSÃO DA COM.SEGURID.SOCIAL E FAMÍLIA (6/12/05 )
32. A votação do projeto de lei do ABORTO sera votado dia 6/12/05 15:00



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38. LEGALIZAÇÃO DO ABORTO ( 20.10.06)
39. Portugal: Sites pela Vida (08/02/2007)
40. Aborto Pr.Marcos Amazonas - Portugal ( 01.02.07)
41. ATO PÚBLICO EM DEFESA DA VIDA - 24/03/07
42. Holocausto de inocentes CÍCERO HARADA 21 Apr 2007
43. RAIO X DO FINANCIAMENTO INTERNACIONAL DO ABORTO (07/05/07)
44. REUTERS INICIA CAMPANHA MIDIÁTICA INTERNACIONAL(07/05/07)
45. Nota Pastoral do Conselho Permanente Conferência Episcopal Portuguesa .
46 . LEGISLAÇÃO EM VIGOR EM PORTUGAL: 47. A cultura da morte 07/05/07
48. Evangélicos e católicos marcham contra o aborto na Esplanada
49. PASSEATA CONTRA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO REUNE 5 MIL PESSOAS EM BRASILIA (8/5/07) .
50. AS DORES QUE UM FETO SENTE: QUANTO VALE A VIDA HUMANA? _ 12 May 2007 
51. Manifesto da Igreja Presbiteriana do Brasil (15/05/07)
52. Aborto é Crime! (Frank_25/05/07)
53. Pronunciamento Deputado Antonio Jácome / RN ( 05/06/07)
54. PL 1135/91 SERÁ VOTADO DIA 07/05/2008

55. Derrota esmagadora para os militantes pró-aborto - 08/05/2008
56. STF PRETENDE CRIAR JURISPRUDENCIA PARA LIBERAR ABORTO 26/05/2008
57. ) 31/05/2008 _ Lobby das CTE comemora vitória no STF   
58. ) EDUARDO BANKS _ segundo "round" na Câmara dos Deputados.
(01/06)
59 .  IGREJA AMERICANA REJEITA PESQUISA COM CÉLULAS-TRONCO (17/06)
60. uma grande vitória foi obtida na votação do projeto
61. segunda derrota consecutiva no Congresso
(19/07)
62. ABORTO EM RECIFE - BRASIL (14/03/2009)
63. Dois Deputados punidos (07/10/2009
64. 5/5/10 O ESTATUTO DO NASCITURO SERÁ VOTADO
65. o Estatuto do Nascituro foi aprovado 19/5/10
67. Matéria do Fantástico ( 12/08/2010)
68. PCL ( 18/10/10)


38 - LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
Sexta feira, 20 de outubro de 2006
 
A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA
VIDA HUMANA:
 
LULA MENTE E IRÁ PROMOVER A TOTAL
LEGALIZAÇÃO DO ABORTO EM SEU SEGUNDO
MANDATO.
 
Na mensagem abaixo, você pode ler apenas a apresentação, que é
mais curta.
 
Após a apresentação encontra-se uma seção mais longa onde
encontram-se os links para os documentos oficiais que provam as
afirmações feitas na apresentação. Nenhuma afirmação desta
mensagem é sem fundamento. Se desejar certificar-se da veracidade
dos fatos, basta ler a seção mais longa e abrir os links que dão
acesso aos documentos oficiais. Confira a veracidade de todos os
fatos.
 
===============================================
 
APRESENTAÇÃO
 
VEJA COMO LULA E A MÍDIA MENTEM E
OCULTAM A VERDADE SOBRE PROJETO DO
GOVERNO DE TOTAL DESCRIMINALIZAÇÃO
ABORTO
 
===============================================
 
A Folha de São Paulo encaminhou dia 17 de outubro uma pergunta
sobre o aborto aos candidatos à presidência da República. A
pergunta da Folha de São Paulo, afirmava que
 
"um projeto de lei que está em tramitação na Câmara prevê a
descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação".
 
Em seguida a Folha perguntou aos candidatos se eles eram favoráveis
à legalização do aborto.
 
 
Há desinformações gravíssimas veiculadas pela Folha nestas poucas
linhas, repetidas de modo constante há mais de um ano por toda a
imprensa brasileira, cujo objetivo é simplesmente impedir que o
público compreenda o alcance do que realmente está sendo promovido
pelo nosso governo.
 
Não é verdade que o projeto em tramitação na Câmara prevê a
descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. O
que é verdade é que O PROJETO EXTINGUE TODOS OS
ARTIGOS DO CÓDIGO PENAL QUE
CRIMINALIZAM O ABORTO EM QUALQUER
CIRCUNSTÂNCIA, TORNANDO O ABORTO LEGAL
POR QUALQUER MOTIVO E A QUALQUER
MOMENTO, DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ O
MOMENTO DO PARTO. A imprensa sabe disso, mas desde que
o projeto foi apresentado, ela insiste em publicar o contrário,
regular e constantemente, o que não é um descuido mas um serviço
proposital de manipulação de informação.
 
Ademais, o projeto não chegou à Câmara por sua própria
iniciativa, como se tramitasse no Congresso independentemente da
iniciativa dos candidatos à presidência. O PROJETO QUE
ESTÁ TRAMITANDO NO CONGRESSO É DE
AUTORIA DO PRÓPRIO GOVERNO LULA, QUE O
PLANEJOU COMO PRIORIDADE OFICIAL DO
GOVERNO. O governo Lula foi o autor, o apresentador e o
principal impulsionador do projeto. E enquanto outros projetos que
visam legalizar o aborto em menor extensão estão há dez, quinze e
mais anos esperando para serem votados, este projeto,
JUSTAMENTE POR SER UM PROJETO
PRIORITÁRIO DO GOVERNO, entrou em votação quase
que imediatamente, poucos dias após ser apresentado, e só não foi
ainda aprovado por causa da forte pressão de grupos a favor da vida
respaldada pelo elevado índice de reprovação ao aborto da população
brasileira.
 
Profundamente desconcertante é o fato que o próprio candidato
Alckmin, que só teria a lucrar divulgando a verdade dos fatos, em
vez de desmascarar a mentira contida na pergunta e denunciar o
envolvimento pessoal do presidente Lula com a elaboração e a
promoção deste vergonhoso projeto, limitou-se apenas a declarar ser
contra a descriminalização do aborto, parecendo posicionar-se como
se fosse conivente com o trabalho de desinformação promovido pela
imprensa junto ao público brasileiro.
 
O trabalho de desinformação que acompanha o projeto de total
descriminalização do aborto promovido pelo governo Lula somente
chegou a ser denunciado através da imprensa uma única vez, no dia 1
de dezembro de 2005, em um artigo que escrito devido à iniciativa
individual de um professor brasileiro que na época lecionava em
Washington. O artigo foi publicado entre as páginas do Diário do
Comércio de São Paulo, e nele podia-se ler que
 
"o projeto derroga todos os artigos do Código Penal que classificam
o aborto como crime. Como no texto eles são citados apenas por
número, sem menção ao seu conteúdo, o público não atina de
imediato com a importância de sua revogação. E o fato é que,
cancelada a vigência desses artigos, nenhum aborto será crime, mesmo
praticado depois de doze semanas de gravidez, mesmo praticado cinco
minutos antes do parto, mesmo praticado em bebês completamente
formados e sãos. A redação mesma da lei foi obviamente calculada
para que o público e os próprios parlamentares, acreditando aprovar
uma coisa, consentissem em outra completamente diversa. O engodo vem
ainda reforçado pela propaganda, que alardeia a permissão limitada,
bem como pela totalidade da mídia cúmplice que esconde da população
o sentido real do projeto. NÃO SE CONHECE EXEMPLO
DE TAMANHA VIGARICE LEGISLATIVA EM
TODA A HISTÓRIA DO DIREITO UNIVERSAL.
TALVEZ AINDA MAIS DEPLORÁVEL QUE O
FENÔMENO EM SI É A PLACIDEZ INDIFERENTE
COM QUE OS "FORMADORES DE OPINIÃO"
ASSISTEM A ESSA COMPLETA DEGRADAÇÃO DO
SENTIDO MESMO DA ORDEM JURÍDICA".
 
 
Porém mais desconcertante do que o desinteresse do candidato Alckmin
em desmascarar a verdade, é a resposta dada pelo presidente Lula à
pergunta da Folha. O presidente Lula simplesmente declarou:
 
"SOU CONTRA O ABORTO, MINHA MULHER,
MARISA, É CONTRA O ABORTO, E TENHO
CERTEZA DE QUE A MAIORIA DAS MULHERES
DO MUNDO É CONTRA O ABORTO. NINGUÉM FAZ
ABORTO PORQUE QUER. É PRECISO ORIENTAR
AS PESSOAS PARA QUE NÃO OCORRA A
GRAVIDEZ IMPREVISTA".
 
 
Se estivesse disposto a ser honesto, o presidente deveria ter
respondido o seguinte:
 
"O projeto que está tramitando na Câmara é de autoria do meu
governo. Em 2004 eu mesmo coloquei o projeto entre as prioridades
de meu governo no documento do Plano Nacional de Políticas para as
Mulheres. Em abril de 2005 o meu governo comprometeu-se
oficialmente junto à ONU de que extinguiríamos toda a legislação
que criminaliza o aborto no Brasil. Nesta ocasião nós prometemos
textualmente à ONU que introduziríamos no Brasil o princípio da
livre eleição no exercício da sexualidade. Em seguida, eu criei
uma Comissão Tripartite, da qual meus ministros excluíram
proposiotalmente qualquer organização que fosse contrária ao aborto,
inclusive a Igreja, para que a comissão pudesse elaborar o projeto
que foi encaminhado à Câmara. Assim que o projeto ficou pronto, em
agosto de 2005, publicamente eu menti e jurei "pela fé que recebi
da minha mãe", diante dos bispos reunidos na CNBB e para todo o
Brasil, dizendo que meu governo jamais tomaria nenhuma iniciativa para
legalizar o aborto neste país. O arcebispo do Rio de Janeiro
declarou que minha promessa era pura hipocrisia. Eu respeito a sua
opinião, mas não vou mudar o que disse. No mês seguinte meus
ministros entregaram o projeto elaborado pelo meu governo à Câmara
dos Deputados. Trata-se do projeto mais liberal em matéria de
aborto já planejado até hoje em todo o mundo. Ele simplesmente
extingue todos os artigos do Código Penal que criminalizam qualquer
tipo de aborto, independentemente do motivo e também da época da
gravidez. Qualquer tipo de aborto, desde a concepção até o momento
do parto, passa a ser um direito da mulher. É verdade que a imprensa
está veiculando que o projeto legalizaria o aborto até à 12º
semana, mas eu acho que não é atribuição do presidente corrigir as
afirmações da imprensa. Cada um tem o direito à sua própria
opinião. Ao começar o ano de 2006, fizemos um acordo para não
se tocar mais no assunto aborto por causa da repercussão negativa que o
tema poderia ter em época de eleições. Mesmo assim, em abril de
2006 o meu partido incluíu oficialmente a descriminalização do
aborto como diretriz do programa presidencial de governo para o segundo
mandato, e eu mesmo, na quarta feira dia 27 de setembro de
2006, incorporei ao meu programa pessoal de governo, no documento
intitulado "Compromisso com as Mulheres", o meu empenho de
legalizar o aborto no Brasil durante o meu segundo mandato. A Folha
me perguntou se eu sou a favor da legalização do aborto. Creio ter
sido bastante claro."
 
Esta teria que ser a resposta do presidente, se ele estivesse disposto
a não mentir e a não ocultar a verdade. Mas não é isto o que
aconteceu. O presidente mentiu e jurou em falso aos bispos do Brasil
ao dizer que o seu governo jamais tomaria nenhuma iniciativa para
legalizar o aborto no Brasil, e ele fêz isso exatamente na semana em
que a Comissão criada pelo seu governo havia terminado de redigir o
projeto que, se for aprovado, legalizará o aborto durante todos os
nove meses da gravidez. E hoje, às vésperas do segundo turno das
eleições presidenciais, ao ser perguntado se é a favor da
legalização do aborto, em vez de dizer a verdade, o presidente omite
tudo o mais e responde à Folha apenas que
 
"SOU CONTRA O ABORTO, MINHA MULHER,
MARISA, É CONTRA O ABORTO, E TENHO
CERTEZA DE QUE A MAIORIA DAS MULHERES
DO MUNDO É CONTRA O ABORTO. NINGUÉM FAZ
ABORTO PORQUE QUER. É PRECISO ORIENTAR
AS PESSOAS PARA QUE NÃO OCORRA A
GRAVIDEZ IMPREVISTA".
 
 
Toda a documentação que comprova a verdade de tudo o que estamos
dizendo está disponível na Internet e basta para assessá-la abrir
os links que estão na segunda parte desta mensagem.
 
Como as informação são manipuladas e ocultadas, é difícil para o
público perceber que o Brasil está enfrentando o maior ataque já
desencadeado contra a dignidade da vida humana que já houve em sua
história e que O NOSSO PRESIDENTE É, NO
MOMENTO, O PRINCIPAL PATROCINADOR
INTERNO DA IMPLANTAÇÃO DE UM DOS
MAIORES ATENTADOS AO DIREITO À VIDA DA
HISTÓRIA RECENTE. A EXTENSÃO DA
LIBERALIZAÇÃO DO ABORTO ATIVAMENTE
PATROCINADA PELO GOVERNO LULA NÃO TEM
PARALELO EM NENHUMA NAÇÃO MODERNA. E isto
é feito com a parceria do governo com entidades internacionais.
 
O aborto nunca foi uma conquista de nenhuma luta travada pelas
mulheres. As pouquíssimas mulheres que aí estão envolvidas são
utilizadas como mostruário enganoso pelos verdadeiros interessados na
implantação desta prática no mundo. O problema do aborto transcende
o Brasil e representa o coroamento de investimentos estrangeiros de
várias décadas que pretendem impor o aborto não só ao Brasil como
também a toda a América Latina e a todo o mundo, COM OS
QUAIS O GOVERNO LULA É CONIVENTE. Isto
jamais será dito em nenhum órgão da imprensa. No Brasil existem
mais de duas centenas de organizações não governamentais que
trabalham para a promoção da legalização do aborto. Todas elas
são financiadas quase que inteiramente por capital estrangeiro
proveniente de fundações americanas como a Fundação Ford, a
Fundação Packard, a Fundação McArthur, a Fundação
Rockfeller e muitas outras.
 
A Fundação McArthur, por exemplo, publicou recentemente um
relatório de 60 páginas pormenorizando todos os detalhes de como,
entre os anos de 1990 e 2002, data em que o presidente Lula
foi eleito, somente ela investiu mais de 36 milhões de dólares para
promover a plena legalização do aborto no Brasil. O relatório,
intitulado "The Population and Reproductive Health Program in
Brazil 1990-2002, Lessons Learned" ("A População e o
Programa de Saúde Reprodutiva no Brasil 1990-2002,
Lições Aprendidas") encontrava-se até há pouco tempo neste
endereço pertencente à própria Fundação McArthur:
 
 
Recentemente ele foi retirado do ar, mas pode ser encontrado em
vários outros endereços na Internet, como o seguinte:
 
 
Abra este documento e veja de onde veio e para onde foi o dinheiro para
a legalização do aborto no Brasil. Leia depois à página 33
deste documento como, após mais doze anos de de trabalho e mais de
36 milhões de dólares de investimento pormenorizadamente
documentados no relatório, o texto afirma, em relação ao ano de
2002, que
 
"A MAIORIA DOS ESPECIALISTAS ENFATIZAM
QUE AGORA SOMENTE EXISTE UMA ÚNICA
GRANDE REFORMA LEGAL QUE RESTA SER
APARELHADA: A PLENA LEGALIZAÇÃO DO
ABORTO".
 
[At the same time, most experts emphasize that there is one major
legal reform that must be tackled: the full legalization of abortion:
The Population and Reproductive Health Program in Brazil
1990-2002, Lessons Learned, pg. 33]
 
Eis o motivo por que o governo Lula se dirige à ONU em abril de
2005 para garantir oficialmente que o seu governo agora está
empenhado em extinguir todas as leis que criminalizam o aborto no
Brasil, tornando-o totalmente livre desde a concepção até o
momento do parto. O governo do nosso presidente, que mente
vergonhosamente dizendo que jamais legalizará o aborto no Brasil,
está patrocinando, de comum acordo com interesses internacionais, a
implantação de um dos maiores atentados aos direitos humanos de que se
tem notícia na história moderna. Pelo plano do presidente, nenhum
ser humano antes do nascimento terá mais garantido o direito à vida no
Brasil. Por outro lado, qualquer mãe terá a qualquer momento e por
qualquer motivo, o direito de interromper a vida de seu filho.
 
O CARÁTER MONSTRUOSO DESTE PROJETO É
EVIDENTE PARA QUALQUER PESSOA QUE SEJA
CAPAZ DE UM MÍNIMO DE COERÊNCIA. Qualquer
pessoa que já esteve em uma maternidade e teve a oportunidade de
segurar em seus braços uma criança recém nascida, sabe muito bem o
que significa uma criança aos nove meses da gravidez. São
inumeráveis os que tiveram esta experiência com o seu próprio filho
ou o seu próprio neto. Não há nenhuma pessoa de mente sadia que
possa alimentar a menor dúvida que a mulher que entregasse aquele
recém nascido ao médico que fez o parto e lhe pedisse que
interrompesse a sua vida não estaria exercendo nenhum direito
reprodutivo da mulher mas cometendo um assassinato. O que é
inacreditável é que seja exatamente isto o que o projeto elaborado
pela Comissão criada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva pretende: PERMITIR O ABORTO EM
QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA E POR QUALQUER
MOTIVO, DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ O MOMENTO
DO PARTO.
 
E O MAIS INCRÍVEL É QUE O PRESIDENTE
PROMOVE ESTE PROJETO, MESMO TENDO BEM
CONSCIÊNCIA QUE 97% DO POVO BRASILEIRO
É CONTRÁRIO AO ABORTO. Este é o motivo que o leva a
mentir e ocultar a verdade sobre o que faz. ESTAS
INFORMAÇÕES ESTÃO SENDO MANTIDAS
OCULTAS PARA O PÚBLICO ELEITOR, PORQUE
A GRANDE MAIORIA DO POVO BRASILEIRO É
MACIÇAMENTE CONTRÁRIA À LEGALIZAÇÃO DO
ABORTO. Isto não pode proceder de uma pessoa educada no ideal
democrático. O ideal democrático não é coerente com ocultar,
mentir e manipular a informação pela mídia para impor contra a
vontade do povo aquilo que é uma vergonhosa uma violação de direitos
humanos.
 
Verifique você mesmo na pesquisa realizada pelo IBOPE em
2005, que 97% do povo brasileiro é contrário à legalização
do aborto. Confira na página 32 da pesquisa como apenas 3% das
pessoas entrevistadas se declaram a favor da liberalização do aborto:
 
 
Não é possível crer que um homem que mente tão vergonhosamente, em
um assunto de tamanha transcendência, com a conivência de toda a
imprensa, para impor contra a vontade do povo um atentado aos direitos
humanos fundamentais em uma extensão inédita na história moderna
minta apenas em questões de aborto. É possível que o presidente
ignore o que ele está fazendo na questão do aborto? É possível que
o presidente não tenha percebido o papel central que ele está
desempenhando na questão do aborto? É possível que ele esteja
promovendo tudo isto sem ter pensado claramente no que fazia e sem
tê-lo querido claramente? Neste caso já não será mais possível
avaliar a quantidade de mentiras que a presidência pode estar
veiculando ao povo brasileiro com a conivência da mídia. Não sei de
que modo uma pessoa que mente deste modo e nestas proporções possa
merecer a confiança de outra pessoa. Somente posso conjecturar para
onde pode levar a confiança de um povo em um homem que o engana deste
modo.
 
MAS POSSO DIZER QUE NÃO SE DEVE CALAR
UMA DENÚNCIA DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS
HUMANOS POR NENHUM MOTIVO.
 
DIREITOS HUMANOS NÃO SE VENDEM.
DIREITOS HUMANOS NÃO SE TROCAM.
DIREITOS HUMANOS NÃO NEGOCIAM.
 
DIREITOS HUMANOS DEVEM SER RESPEITADOS
INCONDICIONALMENTE E SUAS VIOLAÇÕES
DEVEM SER CLARAMENTE DENUNCIADAS.
 
E tenha a certeza de que durante o ano corrente de 2006 criou-se
PROPOSITALMENTE, POR MOTIVOS
ELEITORAIS, a ilusão de que o assunto aborto havia retornado
a um segundo plano. Na realidade, o povo está sendo
DELIBERADAMENTE mantido em uma doce calmaria por parte de
políticos e da imprensa que DE CASO PENSADO ocultam fatos
para que os eleitores possam votar com tranquilidade nos candidatos que
A PARTIR DE 2007 VOLTARÃO A IMPOR A
QUALQUER CUSTO E COM TODA A FÚRIA A
COMPLETA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO
BRASIL.
 
Se não tem certeza sobre o que estou dizendo, leia abaixo com
atenção a documentação que prova cada uma das afirmações que estou
apresentando. Não tenha preconceito em examinar a documentação. A
DEFESA DA DIGNIDADE DA VIDA HUMANA NO
BRASIL ESTÁ AGORA INTEIRAMENTE EM SUAS
MÃOS E DEPENDE DE SUA INICIATIVA. Abra cada
um dos links abaixo e veja nos próprios documentos do governo os
registros de cada uma das coisas que estou afirmando.
 
JAMAIS A DEFESA DA DIGNIDADE DA VIDA
HUMANA DEPENDEU TANTO DE CADA UM DOS
LEITORES DESTA MENSAGEM QUANTO NESTE
MOMENTO.
 
LEIA, IMPRIMA E REPASSE ADIANTE ESTA
MENSAGEM.
 
PEÇO-LHE SUA AJUDA PARA DESFAZER A
DESINFORMAÇÃO VERGONHOSA A QUE A MÍDIA
SUBMETEU NOSSA NAÇÃO.
 
NÃO SE OMITA. NÃO CONFIE EM QUEM NÃO
RESPEITA E NÃO RECONHECE DIREITOS
HUMANOS BÁSICOS. DIREITOS HUMANOS NÃO
SE NEGOCIAM EM TROCA DE PROMESSAS.
 
NESTE MOMENTO MUITOS MILHARES DE
PESSOAS ESTÃO LENDO ESTA E VÁRIAS
OUTRAS MENSAGENS SIMILARES EM DEFESA
DA VIDA QUE CIRCULAM PELA INTERNET. A
VIDA DE MILHARES DE PESSOAS HUMANOS
DEPENDE AGORA DE SUA INICIATIVA.
 
Se você pertence a alguma Igreja ou associação que defende os
valores humanos fundamentais e o direito à vida, imprima esta
mensagem, leve-a aos dirigentes de sua Igreja ou comunidade e peça
que redijam um documento público denunciando o envolvimento do governo
Lula com este monstruoso atentado ao direito à vida. Insista para
que eles não se omitam. O assunto não é polêmico. A
documentação oficial é clara como o sol ao meio dia. O governo
está patrocinando, com ajuda internacional, um atentado sem
precedentes contra o direito fundamental à vida. O povo tem o direito
de ser informado a respeito.
 
Agradecemos novamente a todos pelo tão grande bem que estão ajudando
a promover.
 
Alberto R. S. Monteiro
 
===============================================
 
A SEGUIR:
 
A. DOCUMENTAÇÃO DAS AFIRMAÇÕES
CONTIDAS NA MENSAGEM
 
B. ENTENDA POR QUE A PROPOSTA DO
GOVERNO LULA LEGALIZA O ABORTO DURANTE
TODOS OS NOVE MESES DA GRAVIDEZ
 
===============================================
 
A. DOCUMENTAÇÃO DAS AFIRMAÇÕES
CONTIDAS NA MENSAGEM
 
===============================================
 
1. EM DEZEMBRO DE 2004, O PRESIDENTE
LULA ASSINOU UM DOCUMENTO OFICIAL
COLOCANDO ENTRE AS PRIORIDADES DE SEU
GOVERNO A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO
BRASIL.
 
====================================
 
Em dezembro de 2004, o presidente Lula assinou de próprio punho
o PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS PARA AS
MULHERES, que pode ser encontrado no endereço
 
 
em cuja carta introdutória, de autoria pessoal do presidente, se lê
que
 
"O PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS PARA AS
MULHERES FAZ PARTE DO COMPROMISSO
ASSUMIDO POR ESTE GOVERNO QUANDO DE SUA
ELEIÇÃO, EM 2002".
 
O plano, apresentado oficialmente na página 14 do documento como
"aprovado pelo próprio Presidente da República", estabelece à
página 64, entre as suas prioridades, a de número 3.6, assim
redigida:
 
"PRIORIDADE 3.6. REVISAR A LEGISLAÇÃO
PUNITIVA QUE TRATA DA INTERRUPÇÃO
VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ. PROPOSTA
MS/SPM 2005: CONSTITUIR UMA COMISSÃO
TRIPARTITE, COM REPRESENTANTES DO
PODER EXECUTIVO, PODER LEGISLATIVO E
SOCIEDADE CIVIL PARA DISCUTIR,
ELABORAR E ENCAMINHAR PROPOSTA DE
REVISÃO DA LEGISLAÇÃO PUNITIVA QUE
TRATA DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA
GRAVIDEZ".
 
No mês de dezembro, logo após a divulgação do Plano Nacional de
Políticas para as Mulheres, o jornal "O Estado de São Paulo"
reportou declaração da Ministra Nilcéia Freire de que a proposta
de legalização do aborto contida no Plano não era uma iniciativa
isolada da Secretaria da Política para as Mulheres, mas de todo o
Governo Lula:
 
"Depois de participar da cerimônia de entrega de prêmios de direitos
humanos, no Palácio do Planalto, a ministra da Secretaria de
Política para as Mulheres, Nilcéia Freire, disse que a revisão
da legislação sobre o aborto não é um plano da secretaria e sim do
governo. A ministra lembrou que a Conferência Nacional de
Políticas para as mulheres, realizada no meio do ano, já havia
recomendado a revisão dessa legislação".
 
 
Já em março do ano seguinte a Ministra Nilcéia Freire foi mais
além e deixou claro que o presidente Lula a havia assegurado que ele
próprio estava pessoalmente interessado e avalizando a legalização do
aborto no Brasil, e que os ministros deviam entender que a
legalização do aborto era um programa do seu governo, e não da
Secretaria da Mulheres ou dos Ministérios. Segundo a Ministra
declarou ao Estado de São Paulo:
 
"O presidente encara o Plano Nacional de Política para as
Mulheres como um programa do seu governo, não como um programa da
secretaria. Digo isso com toda a tranqüilidade. Eu mesma fiz a ele
a exposição de todas as ações previstas no plano,
INCLUINDO AS RELACIONADAS AO ABORTO, E
O PRESIDENTE SE MOSTROU TÃO
INTERESSADO QUE FALOU: "ISSO TEM DE SER
DIVULGADO EM CADEIA NACIONAL E POR
VOCÊ." Lá fui eu para a televisão e para o rádio, em rede.
Nenhum outro presidente fez isso. FICOU CLARO PARA OS
MINISTROS QUE O PRESIDENTE ESTÁ
AVALIZANDO TUDO. Não é à toa que hoje a secretaria
articula ações em diferentes ministérios."
 
 
=========================================
 
2. EM ABRIL DE 2005, O GOVERNO LULA, EM
DOCUMENTO OFICIAL ENTREGUE À ONU,
COMPROMETEU-SE INTERNACIONALMENTE A
LEGALIZAR O ABORTO NO BRASIL.
 
=========================================
 
Isto pode ser lido no documento chamado Segundo Relatório do Brasil
sobre o Tratado de Direitos Civis e Políticos, apresentado ao
Comitê de Direitos Humanos da ONU em 11 de abril de 2005,
onde o governo Lula compromete-se a legalizar o aborto no Brasil
quando declara:
 
"Outro assunto que deve ser considerado é a questão dos direitos
reprodutivos. O atual governo brasileiro assumiu o compromisso de
revisar a legislação repressiva do aborto para que se respeite
plenamente o princípio da livre eleição no exercício da sexualidade
de cada um. O Código Penal brasileiro data de 1940. Apesar
das reformas que se introduziram, persistem algumas cláusulas
discriminatórias. O próprio Código estabelece duras penas para
quem aborta, exceto em casos de risco iminente para a mãe e nas
gestações frutos de estupro. A legislação brasileira ainda não se
ajustou à recomendação da Plataforma de Ação da Conferência
Mundial de 1995 sobre a Mulher, realizada em Pequim, na qual o
aborto foi definido como questão de saúde pública. O Governo do
Brasil confia que o Congresso Nacional leve em consideração um dos
projetos de lei que foram encaminhados até ele para que seja corrigido
o modo repressivo com que se trata atualmente o problema do aborto".
 
[Segundo Relatório Periódico do Brasil ao Comitê de Direitos
Humanos da ONU:
http://www.ohchr.org/english/bodies/hrc/hrcs85.htm]
 
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3. EM MAIO DE 2005, A COMISSÃO
TRIPARTITE, PATROCINADA PELA
SECRETARIA DAS MULHERES EM CONJUNTO
COM AS NAÇÕES UNIDAS, PASSA A DEFENDER
A INCONSTU\ITUCIONALIDADE DE QUALQUER
LEI QUE PENALIZE O ABORTO.
 
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A Comissão Tripartite, criada pelo Governo Federal reunindo os
maiores especialistas na questão da legalização do aborto, trabalhou
exaustivamente na elaboração o projeto da total despenalização do
aborto no Brasil desde abril até agosto de 2005 em 10 reuniões
realizadas em Brasília, todas documentadas publicamente pela
Secretaria para a Política das Mulheres. A Comissão realizou
também um seminário especial em Brasília, na terça feira dia 24
de maio de 2005, em parceria com a ONU, o Fundo de
Desenvolvimento das Nações Unidas para Mulher (UNIFEM) e
com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), cujo
objetivo oficial era demonstrar
 
"O DESCOMPASSO DO LEGISLADOR
BRASILEIRO PERANTE A LEGISLAÇÃO DO
ABORTO E A INCONSTITUCIONALIDADE DA
CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO".
 
A partir desta data a Comissão Tripartite passou a defender não
mais a simples legalização do aborto, mas a própria
INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER
CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO. Ademais este foi o
primeiro evento promovido pela Comissão Tripartite manifestamente
patrocinado em conjunto com as Nações Unidas, o Fundo de
Desenvolvimento das Nações Unidas para Mulher (Unifem) e com o
Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), cujos
representantes estavam presentes e participando do seminário. Todos
os links detalhados sobre as reuniões e eventos da Comissão
Tripartite foram apagados do site da Secretaria da Política das
Mulheres. O seminário sobre a Inconstitucionalidade da
Criminalização do Aborto estava descrito no endereço
 
 
Hoje apenas pode encontrar-se uma notícia mais geral sobre o
seminário da Inconstitucionalidade no site de notícias da Câmara no
endereço
 
 
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4. EM AGOSTO DE 2005, O PRESIDENTE LULA
JURA PELA "FÉ QUE RECEBEU DE SUA MÃE",
QUE SEU GOVERNO NÃO TEM QUALQUER
INTENÇÃO DE LEGALIZAR O ABORTO NO
BRASIL E "REAFIRMA UMA POSIÇÃO EM
DEFESA DA VIDA EM TODOS OS SEUS
ASPECTOS E EM TODO O SEU ALCANCE".
 
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Em um discurso que imita a simplicidade das crianças, depois que
diversos de seus ministérios, atuando em conjunto, principalmente o
Ministério da Saúde e a Secretaria para a Política das
Mulheres, organizaram a Comissão Tripartite e elaboraram o projeto
que legalizaria o aborto, em agosto de 2005 o Presidente Lula
escreveu uma carta à CNBB, amplamente divulgada em sua íntegra
pela imprensa, em que NEGA QUALQUER INTENÇÃO DE
LEGALIZAR O ABORTO NO BRASIL.
 
A carta é datada de 8 de agosto de 2005 e nela se lia:
 
"Reafirmo nosso compromisso com a afirmação da dignidade humana em
todos os momentos e circunstâncias e com a rigorosa proteção do
direito dos indefesos. Nesse sentido quero, pela minha
identificação com os valores éticos do Evangelho, e pela fé que
recebi de minha mãe, reafirmar minha posição em defesa da vida em
todos os seus aspectos e em todo o seu alcance. Nosso governo não
tomará nenhuma iniciativa que contradiga os princípios cristãos,
como expressamente mencionei no Palácio do Planalto. Luiz Inácio
Lula da Silva, presidente da República Federativa do Brasil".
 
 
No dia seguinte o jornal O Estado de São Paulo comentava a
reação dos bispos à carta do presidente:
 
"PURA HIPOCRISIA", disse o cardeal Eusébio Scheid,
o arcebispo do Rio. "O PRESIDENTE VAI ENGANAR A
TODOS AQUI, POIS NINGUÉM SABE O QUE
ESTÁ ACONTECENDO." Para o secretário-geral da
CNBB, d. Odilo Pedro Scherer, "AS PALAVRAS DE
LULA NÃO CORRESPONDEM À REALIDADE".
 
 
É impossível deixar de ver neste episódio um impressionante paralelo
com os inúmeros casos de corrupção que tem escandalizado
continuamente o Brasil durante o governo Lula, nos quais ministros e
assessores próximos do presidente são constantemente presos em
flagrante ou acusados com abundância de provas, mas o presidente
sempre nega ter tido conhecimento do ocorrido e ninguém consegue provar
o seu envolvimento pessoal. Na questão do aborto verifica-se o mesmo
padrão de comportamente que tem sido repetidamente apresentado à
nação brasileira, sempre no intuito de preservar a imagem o
presidente de qualquer responsabilidade. No entanto, a questão do
aborto difere de todos os demais casos porque aqui onde o presidente
declara, jurando diante de todos os bispos brasileiros "pela fé da
sua própria mãe", que não tinha qualquer intenção de legalizar o
aborto no Brasil, as provas de que ele é o verdadeiro responsável
por tudo são públicas, manifestas e completas.
 
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5. EM SETEMBRO DE 2005 O GOVERNO LULA
ENTREGOU À CÂMARA DOS DEPUTADOS UM
PROJETO DE LEI QUE REVOGA TODOS OS
ARTIGOS DO CÓDIGO PENAL QUE DEFINEM
COMO CRIME QUALQUER TIPO DE ABORTO,
REDEFININDO A PRÁTICA COMO UM DIREITO E
TORNANDO-A LEGAL DURANTE TODA A
GRAVIDEZ.
 
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No dia 27 de setembro de 2005, após reunir-se com o
Presidente Lula para, conforme o jornal O Estado de São Paulo,
obter o seu aval, a Ministra Nilcéia Freire entregou a proposta do
governo para a total descriminalização do aborto no Brasil ao
Deputado Benedito Dias, presidente da Comissão de Seguridade
Social e Família da Câmara dos Deputados.
 
O jornal Estado de São Paulo assim descreveu o ato: "Após falar
com Lula, a Ministra Nilcéa Freire participou da solenidade de
entrega da proposta, que prevê a descriminação do aborto. A
Ministra conseguiu o aval para apresentar na Comissão de Seguridade
da Câmara a proposta para descriminar o aborto. A presença da
ministra foi confirmada minutos antes do início da solenidade, logo
depois de uma reunião que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva justamente para discutir o assunto".
 
 
O projeto de lei passou a tramitar na Câmara sob a forma de
substitutivo do Projeto de Lei 1135/91, por iniciativa da
deputada Jandira Feghali que a partir deste momento passou a ser a
principal aliada do governo no Legislativo na defesa do mesmo. Para
consultar o projeto, abra o site
www.camara.org.br, clique em
"Projetos de Lei e Outras Proposições", selecione
"PL-Projetos de Lei", digite os números 1135 e 1991 e
clique em "Pesquisar".
 
O texto do projeto já saíu do ar diversas vezes do site da Câmara
tanto durante o primeiro como durante o segundo turno. Caso a pesquisa
no site da Câmara dê apresente a mensagem "Out of Memory", o
texto do projeto também pode ser assessado pelo Cache do Google:
 
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6. EM ABRIL DE 2006 A DESCRIMINALIZAÇÃO
DO ABORTO FOI OFICIALMENTE INCLUÍDA
PELO PT COMO DIRETRIZ DO PROGRAMA DE
GOVERNO PARA O SEGUNDO MANDATO DO
PRESIDENTE LULA.
 
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O documento intitulado "Diretrizes para a Elaboração do Programa
de Governo", oficialmente aprovado pelo Partido dos Trabalhadores
no 13º Encontro Nacional do PT ocorrido em São Paulo entre os
dias 28 e 30 de abril de 2006, contém as seguintes
diretrizes:
 
"Diretrizes para a Elaboração do Programa de Governo -
Eleição Presidencial de 2006:
 
A vitória de Lula e das forças populares em 2006 será um passo
fundamental para dar novo impulso à mudança histórica anunciada em
2002, iniciada nos últimos três anos, e para cuja aceleração
estão criadas condições excepcionais, dentre outros fatores pelas
reformas até agora já realizadas. É necessário, assim, anunciar
as grandes diretrizes do Programa de Governo 2006, que dará novo
impulso ao processo em curso.
 
[...]
 
35. O segundo Governo deve consolidar e avançar na implementação
de políticas afirmativas e de combate aos preconceitos e à
discriminação. As políticas de igualdade racial e de gênero e de
promoção dos direitos e cidadania de gays, lésbicas, travestis,
transexuais e bissexuais receberão mais recursos. O GOVERNO
FEDERAL SE EMPENHARÁ NA AGENDA
LEGISLATIVA QUE CONTEMPLE A
DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO".
 
 
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7. QUATRO DIAS ANTES DO PRIMEIRO TURNO
DAS ELEIÇÕES, EM 27 DE SETEMBRO DE
2006, O PRÓPRIO PRESIDENTE LULA
INCLUIU O ABORTO EM SEU PROGRAMA
PESSOAL DE GOVERNO PARA O SEGUNDO
MANDATO
 
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Esperava-se este fato com certeza para 2007, mas não para quatro
dias antes das eleições. Dada a maciça reprovação do público
brasileiro à legalização do aborto e ao cuidado extremo que os
candidatos estão tendo ao mencionar o tema aborto em época de
eleição, o que aconteceu no dia 27 de setembro de 2006 era
simplesmente inimaginável.
 
O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou na quarta
feira dia 27 um caderno de 24 páginas intitulado "LULA
PRESIDENTE: COMPROMISSO COM AS
MULHERES, PROGRAMA SETORIAL DE
MULHERES 2007 -2010", onde, apesar da linguagem
velada, REAFIRMA INEQUIVOCAMENTE SEU
COMPROMISSO EM LEGALIZAR O ABORTO NO
BRASIL.
 
O documento, que pode ser assessado no endereço
 
 
afirma que
 
"O Estado e a legislação brasileira devem garantir o direito de
decisão das mulheres sobre suas vidas e seus corpos. Para isso é
essencial promover as condições para o exercício da autonomia com
garantia dos direitos sexuais e direitos reprodutivos e de uma vida sem
violência. O Estado é para todas e todos, e deve dirigir suas
ações para a garantia de cidadania de todas as pessoas, ao invés de
se pautar por preceitos de qualquer crença ou religião".
 
[Lula Presidente: Compromisso com as Mulheres, pg. 16]
 
As próprias feministas reconhecem que o presidente está se
comprometendo inequivocamente com a legalização do aborto. Elas
apenas lamentam que Lula não tenha coragem de falar abertamente a
palavra aborto. Assim de fato escreveu Fernanda Sucupira, na Carta
Maior:
 
"Às vésperas das eleições, no entanto, as feministas lamentam que
nenhum candidato à presidência tenha se manifestado explicitamente
favorável à legalização da interrupção da gravidez indesejada.
Nesta quarta feira 27, o presidente Lula lançou em Brasília o
caderno temático "Compromisso com as Mulheres". No item que trata
de direitos reprodutivos, o documento diz que "o Estado e a
legislação brasileira devem garantir o direito de decisão das
mulheres sobre suas vidas e seus corpos. Para isso, é essencial
promover as condições para o exercício da autonomia". POR
MAIS QUE FIQUE CLARO QUE SE ESTÁ
FALANDO DE ABORTO, O TEXTO NÃO TRAZ
ESTA PALAVRA".
 
 
O repórter Fábio Zanini fêz a mesma interpretação quando
escreveu, a respeito da publicação do "Compromisso com as
Mulheres", uma matéria na Folha de São Paulo do dia 28 de
setembro, sob o título "LULA ELENCA MEDIDAS PARA
AMPLIAR ACESSO AO ABORTO, MAS EVITA
PALAVRA" que
 
"Mirando no eleitorado feminino, que lhe é tradicionalmente mais
refratário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elencou ontem
uma série de promessas para um eventual segundo mandato, incluindo a
adoção de medidas para ampliar o acesso ao aborto. No tópico sobre
direitos reprodutivos, o caderno evita a palavra "aborto". Prefere
tratar do tema de forma cifrada, mas sem deixar margem para dúvida.
"O Estado e a legislação brasileira devem garantir o direito de
decisão das mulheres sobre suas vidas e seus corpos. Para isso, é
essencial promover as condições para o exercício da autonomia com
garantia dos direitos sexuais e reprodutivos", diz o texto. O
documento fala em "formular propostas de mudanças na legislação" e
"criar mecanismos nos serviços de saúde que favoreçam a autonomia
das mulheres sobre seu corpo", mas não entra em detalhes".
 
 
Mais adiante o próprio texto do Compromisso com as Mulheres afirma:
 
"A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, vinculada
diretamente à Presidência da República, com status de
ministério, deve ser fortalecida e contar com recursos humanos e
orçamentários ampliados capazes de exercer a atribuição de garantir
a implementação do Plano Nacional de Políticas para as
Mulheres".
 
[Lula Presidente: Compromisso com as Mulheres pg. 17]
 
O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres aqui mencionado é
aquele mesmo assinado pelo presidente em dezembro de 2004 que, à
página 64, em sua prioridade 3.6, coloca a legalização do
aborto como meta prioritária do governo Lula. Encontra-se em
 
 
Ainda no documento "Lula Presidente: Compromisso com as
Mulheres", encontra-se, à página 19:
 
"O segundo governo Lula desenvolverá ações que assegurem autonomia
das mulheres sobre seu corpo, a qualidade de vida e da saúde em toda
as fase de sua vida, respeitando a diversidade racial e étnica e a
orientação sexual das mulheres. Criará mecanismos nos serviços de
saúde que favoreçam a autonomia das mulheres sobre o seu corpo e sua
sexualidade e CONTRIBUIR NA REVISÃO DA
LEGISLAÇÃO".
 
[Lula Presidente: Compromisso com as Mulheres, pg. 19]
 
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8. UM PACTO DE SILÊNCIO COSTURADO PELO
GOVERNO COM POLÍTICOS, ONGS E IMPRENSA
ESCONDE ESTAS E OUTROS TEMAS
RELACIONADOS DO PÚBLICO ELEITOR.
 
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Estas informações estão sendo mantidas ocultas para o público
eleitor, porque a grande maioria do povo brasileiro é maciçamente
contrária à legalização do aborto.
 
Um detalhe significativo mostra a que ponto chega a desinformação
imposta pelos meios de comunicação sobre o público.
 
Comentando o fato de que a quatro dias das eleições do primeiro turno
o presidente Lula tenha incluído pessoalmente o aborto no seu programa
oficial de governo, o repórter da Folha afirma que isto foi feito
como uma última tentativa de conquistar
 
"o eleitorado feminino, que lhe é tradicionalmente mais
refratário".
 
 
Pode haver afirmação mais absurda do que esta? E no entanto, que
parcela dos leitores da Folha terão percebido o quanto vai de absurdo
nela? O jornalista da Folha deveria antes ter-se perguntado quanto
do eleitorado feminino o presidente terá perdido com esta aparentemente
súbita decisão. Se não foi às mulheres, a quem o presidente
estava querendo agradar?
 
O aborto nunca foi uma conquista de nenhuma luta travada pelas
mulheres. As pouquíssimas mulheres que aí estão envolvidas são
utilizadas como mostruário enganoso pelos verdadeiros interessados na
implantação desta prática no mundo. O problema do aborto transcende
o Brasil e representa o coroamento de investimentos estrangeiros de
várias décadas que pretendem impor o aborto não só ao Brasil como
também a toda a América Latina e a todo o mundo, COM OS
QUAIS O GOVERNO LULA É CONIVENTE. Isto
jamais será dito em nenhum órgão da imprensa.
 
JAMAIS A DEFESA DA DIGNIDADE DA VIDA
HUMANA DEPENDEU TANTO DE CADA UM DOS
LEITORES DESTA MENSAGEM QUANTO NESTE
MOMENTO.
 
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B. ENTENDA POR QUE A PROPOSTA DO
GOVERNO LULA LEGALIZA O ABORTO DURANTE
TODOS OS NOVE MESES DA GRAVIDEZ
 
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A proposta do governo Lula para a total descriminalização do aborto
no Brasil foi entregue no dia 27 de setembro de 2005, ao
Deputado Benedito Dias, presidente da Comissão de Seguridade
Social e Família da Câmara dos Deputados, pela Ministra
Nilcéia Freire, logo após reunir-se com o Presidente Lula para,
conforme o jornal O Estado de São Paulo, obter o seu aval. O
projeto foi entregue à relatoria da deputada federal Jandira Feghali
do PC do B do Rio de Janeiro, que a partir daí veio a ser a
principal aliada do governo e impulsionadora do projeto no legislativo,
passando a tramitar na Câmara dos Deputados sob o nome de técnico de
Substitutivo do PL 1135/91.
 
A leitura do texto do projeto de lei preparado pela Comissão
Tripartite mostra que o mesmo foi redigido em uma linguagem apropriada
para enganar o grande público.
 
No início do projeto, os artigos primeiro e segundo declaram que
 
"O Congresso Nacional decreta:
 
Art. 1º Toda mulher tem o direito à interrupção voluntária de
sua gravidez, realizada por médico e condicionada ao consentimento
livre e esclarecido da gestante.
 
Art. 2º Fica assegurada a interrupção voluntária da gravidez
até doze semanas de gestação",
 
Estes dois primeiros artigos, enganosamente, induzem o leitor
desavisado a crer que o aborto será legal apenas durante as doze
primeiras semanas de gravidez. Porém, depois de vários outros
artigos, quando o projeto já se encerra naquela seção onde as leis
costumam afirmar que "revogam-se as disposições em contrário", o
projeto da Comissão Tripartite, em vez de revogar "as disposições
em contrário", diz algo ligeiramente diferente e declara que:
 
"Art. 9º Revogam-se os arts. 124, 126, 127 e 128
do Código Penal".
 
A maioria das pessoas não sabem de memória o que são os artigos
124, 126, 127 e 128 do Código Penal. Acostumadas
dezenas de vezes, ou algumas até milhares de vezes, a saber que todas
as leis sempre terminam quase sempre pelas palavras "revogam-se as
disposições em contrário", passam adiante do artigo nono do
Projeto da Comissão Tripartite supondo que deve-se tratar de
simples burocracia jurídica.
 
Mas são justamente estes artigos revogados os que fazem toda a
diferença. Estes artigos revogados pelo Projeto são nada mais nada
menos do que simplesmente todos os artigos do Código Penal que
definem que o aborto é crime, exceto aquele que declara ser crime
provocar o aborto sem o consentimento da gestante. Isto significa que
a parte principal do projeto é justamente o último artigo, e não os
oito anteriores, e que a verdadeira causa por que o aborto deixará de
ser crime não é o artigo 2 onde se menciona o prazo de doze semanas,
mas sim o último artigo, semelhante na forma a uma disposição
redundante, mas que extingue completamente qualquer tipificação do
crime de aborto do sistema penal brasileiro, desde que não seja
praticado contra a vontade da gestante. Se não existe mais qualquer
crime de aborto, o aborto pode ser praticado em qualquer momento, por
qualquer motivo. Pode ser praticado em qualquer momento da gravidez.
As pessoas pensavam que estavam lendo um projeto que legaliza o aborto
até o terceiro mês, mas terão aprovado uma uma lei onde o aborto
estará legalizado durante todos os nove meses da gravidez, desde a
concepção até o momento do parto.
 
A armadilha foi denunciada por vários grupos a favor da vida desde o
momento em que o projeto foi apresentado, mas nunca foi publicada uma
única palavra a respeito por nenhum jornal, estação de rádio ou
canal de televisão. Ao contrário, toda a mídia repetiu
incessantemente para o público brasileiro que o projeto legalizaria o
aborto apenas durante os três primeiros meses da gestação.
 
O ocultamento do verdadeiro objetivo do projeto, o de descriminalizar
o aborto durante todos os nove meses da gestação, foi denunciado por
três especialistas convocados pela própria Câmara dos Deputados a
participar de uma audiência pública sobre o projeto apresentado,
ocorrida no Plenário 7 da Câmara dos Deputados no dia 22 de
novembro de 2005. A audiência não foi televisionada para o
público, ao contrário do que costuma acontecer em questões desta
envergadura. Os conhecidos juristas Dr. Ives Gandra Martins de
São Paulo, constitucionalista de São Paulo, Dr. Paulo
Silveira Leão, procurador no Rio de Janeiro e o Dr. Claúdio
Fonteles, ex Procurador Geral da República, denunciaram
claramente que o último artigo do mesmo liberaria totalmente o aborto
desde a concepção até o momento do parto, não importando o que os
oito artigos precedentes pudessem aparentemente afirmar em contrário.
Estavam presentes à audiência vários dos deputados que iriam votar o
tema e, em número ainda maior, os representantes da maioria dos
principais jornais do Brasil.
 
No entanto, durante as semanas seguintes, toda a imprensa no Brasil
omitiu que o projeto legalizaria o aborto durante todos os nove meses da
gestação e continuaram afirmando para o público até hoje que o
projeto liberaria o aborto apenas durante os três primeiros meses. A
única exceção a esta obra de desinformação coletiva, que não é
possível que não seja proposital a menos que a classe dos jornalistas
seja radicalmente incompetente para exercer suas atribuições de
informar, através de um artigo publicado em 1 de dezembro de
2005, no Diário do Comércio, no qual se lia que
 
"O projeto derroga todos os artigos do Código Penal que classificam
o aborto como crime. Como no texto eles são citados apenas por
número, sem menção ao seu conteúdo, o público não atina de
imediato com a importância de sua revogação. E o fato é que,
cancelada a vigência desses artigos, nenhum aborto será crime, mesmo
praticado depois de doze semanas de gravidez, mesmo praticado cinco
minutos antes do parto, mesmo praticado em bebês completamente
formados e sãos. A redação mesma da lei foi obviamente calculada
para que o público e os próprios parlamentares, acreditando aprovar
uma coisa, consentissem em outra completamente diversa. O engodo vem
ainda reforçado pela propaganda, que alardeia a permissão limitada,
bem como pela totalidade da mídia cúmplice que esconde da população
o sentido real do projeto. NÃO SE CONHECE EXEMPLO
DE TAMANHA VIGARICE LEGISLATIVA EM
TODA A HISTÓRIA DO DIREITO UNIVERSAL.
TALVEZ AINDA MAIS DEPLORÁVEL QUE O
FENÔMENO EM SI É A PLACIDEZ INDIFERENTE
COM QUE OS "FORMADORES DE OPINIÃO"
ASSISTEM A ESSA COMPLETA DEGRADAÇÃO DO
SENTIDO MESMO DA ORDEM JURÍDICA".
 
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C. ENTENDA COMO SÃO ENGANADAS AS
PESSOAS QUE COMEÇAM A PERCEBER O
ALCANCE DO PROJETO
 
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Temos observado que há três argumentos principais que tem sido usados
para rebater aquelas poucas pessoas que se apercebem o verdadeiro
alcance do projeto do governo Lula.
 
PRIMEIRO ARGUMENTO: NÃO É VERDADE QUE O
GOVERNO PRETENDE LEGALIZAR O ABORTO. O
QUE SE PRETENDE É APENAS
DESCRIMINALIZAR A SUA PRÁTICA. AMBAS
AS COISAS SÃO MUITO DIFERENTES.
 
Este é o argumento que foi amplamente usado pela própria deputada
Jandira Feghali e várias organizações a favor do aborto, como as
Católicas pelo Direito de Decidir. A verdade porém é que
legalizar e descriminalizar não são coisas distintas. São
exatamente a mesma coisa, considerada apenas sob dois pontos de vista
diferentes. Pela lei brasileira qualquer cidadão goza do direito de
fazer tudo o que a lei não proíbe. Portanto descriminalizar o
aborto, retirando-lhe todas as suas proibições, equivale a
legalizá-lo, sem necessidade que o próprio aborto seja declarado
legal.
 
A própria sede central da organização Católicas pelo Direito de
Decidir em Washington, nos Estados Unidos, cuja filial no Brasil
tem repetido este argumento, no número de outono de 2005 da
revista "Conscience", o órgão oficial da organização nos
Estados Unidos, admite sem discutir em um estudo sobre a situação
da legalização do aborto na América Latina que a distinção entre
legalização e descriminalização não passa de retórica:
 
"Enquanto somente uma minoria de eleitores latino americanos é a
favor do aborto no sentido de acreditar que o aborto deveria ser
livremente disponível, em muitos países estes mesmos eleitores estão
questionando se uma lei punitiva que incrimine a prática seja a
abordagem correta para o problema. Enquanto que a legalização do
aborto tem o sabor de permissividade, a descriminalização parece
significar a tranferência do problema de dentro da área jurídica. A
DIFERENÇA ENTRE OS DOIS PONTOS DE VISTA
É BASICAMENTE RETÓRICA, SEM
CONSEQUÊNCIAS PRÁTICAS, MAS RESSOA BEM
PARA A MAIORIA DO PÚBLICO. "Há um estigma na
palavra legalização", afirma Marianne Mollman, uma pesquisadora
de direitos femininos da Human Rights Watch, "de tal modo que os
políticos na América Latina sentem-se muito mais confortáveis ao
falar sobre descriminalização quando se trata de reformar leis
restritivas".
 
[Joanne Marnier: Latin America's Abortion Battles,
http://www.catholicsforchoice.org/

SEGUNDO ARGUMENTO: O PROJETO DE FATO
REVOGA OS ARTIGOS DO CÓDIGO PENAL QUE
CRIMINALIZAM O ABORTO (ARTIGOS 124,
126, 127 E 128), MAS É UMA ATITUDE DE
EXTREMA MÁ FÉ DIVULGAR QUE A PROPOSTA
DEFENDE O ABORTAMENTO ATÉ O NONO MÊS DE
GRAVIDEZ PORQUE, NESTE CASO, NEM MESMO
CABE O CONCEITO DE "ABORTAMENTO", MAS
SIM DE "ANTECIPAÇÃO DO PARTO".
 
Este foi o argumento usado pela jornalista responsável pelo site do
Instituto Patrícia Galvão, uma ONG que desenvolve projetos
sobre direitos da mulher.
 
O argumento foi respondido do seguinte modo no próprio blog do
Instituto por um pro vida que atende por Roberto:
 
"Mesmo se for chamado de antecipação do parto em vez de
abortamento, quando forem revogados os artigos 124, 126, 127
e 128 do Código Penal, não existirá nenhum artigo que
criminalize a antecipação do parto durante o último trimestre.
Ademais, o procedimento somente poderá ser considerado antecipação
do parto se o bebê for retirado do útero com vida. Se o bebê for
morto dentro do útero para depois ser expulso, a cirurgia não poderá
ser considerada uma antecipação do parto. Hoje se uma pessoa
realizar este procedimento será presa e enquadrada no delito de aborto
e não no de antecipação do parto, justamente aquele crime que é
definido pelos artigos 124, 126, 127 e 128 do Código
Penal. Se estes artigos forem revogados, qual seria o artigo do
Código Penal que incriminaria o procedimento? Nenhum. Portanto,
o aborto estaria descriminalizado até a hora do parto. Não existe
argumento possível de provar o contrário".
 
TERCEIRO ARGUMENTO: A PROJETO PREVÊ
UMA REGULAMENTAÇÃO QUE DE MANEIRA
ALGUMA TERIA ESTE CONTEÚDO.
 
Este argumento foi usado pela mesma jornalista responsável pelo site
do Instituto Patrícia Galvão, como contra argumento à resposta do
Roberto. Mas já foi usado várias vezes pela deputada Jandira
Feghali, a qual declarou contra os que a acusaram de legalizar o
aborto até o momento do parto que o PL 1135/91 somente
pretendia descriminalizar o aborto, mas a regulamentação depois seria
feita pelo Ministério da Saúde.
 
O mesmo autor da primeira resposta contestou este terceiro argumento da
seguinte forma:
 
"Ao contrário do que diz a jornalista, o projeto que tramita na
Câmara não prevê regulamentação alguma. Não há uma só palavra
no texto da lei que diga quem deverá regulamentá-la, nem que a lei
só passará a valer depois de regulamentada. Ao contrário, a lei
passa a valer assim que for aprovada. Se houver regulamentação,
poderá demorar anos ou décadas para tal. Enquanto isso ninguém
poderá ser impedido de praticar um aborto tardio no último trimestre
nem de oferecer publicamente o serviço. E, se em algum momento for
regulamentada, nenhuma regulamentação poderá restringir os direitos
que a lei estabelece, mas poderá apenas especificar os modos pelos
quais eles poderão ser exercidos. Por exemplo, não é crime comprar
um carro. Portanto, nenhuma regulamentação pode impedir um cidadão
de adquirir um carro; pode apenas declarar a documentação necessária
para adquiri-lo, quem terá o direito de vendê-lo, em que
circunstâncias, etc., mas de tal maneira que qualquer cidadão que
deseje adquirir um carro, preenchidas as formalidades legais da
regulamentação, sempre possa adquiri-lo. Caso alguma
regulamentação exclua efetivamente algum cidadão de comprar um
carro, caberá recurso à justiça e até mesmo ao Supremo para fazer
valer o direito. Portanto, se a lei proposta isenta de crime qualquer
tipo de aborto, nenhuma regulamentação poderá declarar como crime
aquilo que a lei não reconhece como tal. Poderá apenas, por
exemplo, exigir que no nono mês de gestação o aborto não possa ser
realizado em uma clínica particular, mas em um hospital dotado de
centro cirúrgico e UTI, [ou proibir que os hospitais públicos
realizem abortos de último trimestre]. Mas mesmo neste caso, se o
aborto for realizado em uma clínica, [ou em um hospital público],
[a prática] não constituirá crime contra a vida do nascituro, mas
simples descumprimento da regulamentação".
 
 
O CARÁTER MONSTRUOSO DESTE PROJETO É
EVIDENTE PARA QUALQUER PESSOA QUE SEJA
CAPAZ DE UM MÍNIMO DE COERÊNCIA. Qualquer
pessoa que já esteve em uma maternidade e teve a oportunidade de
segurar em seus braços uma criança recém nascida, sabe muito bem o
que significa uma criança aos nove meses da gravidez. São
inumeráveis os que tiveram esta experiência com o seu próprio filho
ou o seu próprio neto. Não há nenhuma pessoa de mente sadia que
possa alimentar a menor dúvida que a mulher que entregasse aquele
recém nascido ao médico que fez o parto e lhe pedisse que
interrompesse a sua vida não estaria exercendo nenhum direito
reprodutivo da mulher mas cometendo um assassinato. O que é
inacreditável é que seja exatamente isto o que o projeto elaborado
pela Comissão Tripartite organizada pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva pretende: PERMITIR O ABORTO EM
QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA E POR QUALQUER
MOTIVO, DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ O MOMENTO
DO PARTO.
 
ENTENDA COMO É TERRÍVEL O TRABALHO DE
DESINFORMAÇÃO QUE É FEITO JUNTO AO
PÚBLICO PARA MANTER INACESSÍVEIS E
OCULTAS ESTAS INFORMAÇÕES.
 
ENTENDA TAMBÉM QUE NÃO SERIA POSSÍVEL
MOSTRAR O ALCANCE DESTA TRAGÉDIA EM
POUCAS PALAVRAS.
 
NUNCA CONSIDERE TEMPO PERDIDO O ESTUDO
DE DOCUMENTAÇÃO SÉRIA EM DEFESA DA
VIDA.
 
LEIA, IMPRIMA, ESTUDE E DIVULGUE ESTA
MENSAGEM.
 
NUNCA A DEFESA DA DIGNIDADE DA VIDA
HUMANA DEPENDEU TANTO DO TRABALHO
INDIVIDUAL DE MILHARES DE PESSOAS.

39.. Carlos Ferreira _ Segue abaixo uma lista de sites e blogs portugueses em defesa da vida, de diversas tendências. Quem souber de mais páginas, acrescente-as à lista, e divulgue!
 
Portugal: Sites pela Vida ( 08/02/2007)
 
(des)conversas em família - http://istoeumpagode.blogspot.com/
A Casa de Sarto -
http://casadesarto.blogspot.com/
A Paz Universal -
http://bahaieislao.blogspot.com/ 
A Torre de Ramires -
http://atorrederamires.blogspot.com/
A Vida é um Dom -
http://vidadom.blogspot.com/
Aborto (aaldeia.net) - http://aborto.aaldeia.net/
Aborto a pedido? Não! - http://www.abortonao.net
Aborto não, vida sim -
http://abortonaovidasim.blogs.sapo.pt/
Acção Família -
http://www.accaofamilia.pt/
Açores pela Vida -
http://acorespelavida.org
Açores pela Vida, Açores pelo NÃO - http://www.acorespelonao.blogspot.com
ADAV - Viseu -
http://adavviseu.blogs.sapo.pt/
Agência Ecclesia -
http://www.agencia.ecclesia.pt/
ALENTEJO PELO NÃO - http://alentejopelonao.blogspot.com/
Algarve pela vida -
http://www.algarvepelavida.org
Aliquando -
http://taliquando.blogspot.com/
Aqui Há Esperança - http://www.aquihaesperanca.blogspot.com/
Assim NÃO - http://www.assimnao.org/
Associação de Defesa e Apoio à Vida - Viseu -
http://www.adavviseu.pt.vu
Associação Família e Sociedade -
http://www.familiaesociedade.org
Associação Famílias - http://www.afamilias.com.sapo.pt/
Associação Portuguesa de Famílias Numerosas -
http://www.apfn.com.pt/
Associação Portuguesa de Maternidade e Vida - http://www.maternidadevida.org
Axónios gastos - http://axoniosgastos.blogspot.com/
Blog do Bruno -
http://pracetadobruno.blogspot.com/
Blogadissimo -
http://blogadissimo.blogspot.com/
Blogmatter -
http://blog-matter.blogspot.com/
Blogue do não - http://bloguedonao.blogspot.com/
Bloguida -
http://www.bloguida.letrascomgarfos.net/
Caminhada pela Vida - http://www.caminhadapelavida.org
Casa de Santo António -
http://www.casasantoantonio.org.pt
Centro de orientação familiar - http://www.cenofa.org
Commonsense -
http://commonsense.blogs.sapo.pt/
Confessionário dum Padre - http://eupadre.blogspot.com 
Confidências -
http://aac-confidencias.blogspot.com
Conversas Vadias -
http://entaoeassim.blogspot.com/
Crítico -
http://criticomusical.blogspot.com
Demokratia -
http://demokratia.blogs.sapo.pt/
Direito a Viver -
http://direitoaviver.blogspot.com
Diga Sim à Vida -
http://digasimvida.blogspot.com/
Diz não à discriminação - http://www.forumdafamilia.com/nao
Ecos dos Egos - http://ecosdosegos.blogspot.com
Elasticidade -
http://elasticidade.blogspot.com/
Espaço Família - http://www.espacofamilia.pt/
EURO-ULTRAMARINO - http://euroultramarino.blogspot.com
Évora pelo NÃO -
http://evorapelonao.blogspot.com/
Família de Nazaré - http://familianazare.blogspot.com/
Farol do Deserto -
http://faroldodeserto.blogspot.com/
Federação Portuguesa pela Vida - http://www.federacao-vida.com.pt
Fiat Lux -
http://facaseluz.blogspot.com
Fides Intrepida -
http://fidesintrepida.blogspot.com/
Fórum da Família -
http://www.forumdafamilia.com
Fraternidade Rosacruz -
http://rosaecruz.no.sapo.pt/temas/rf_01.htm
Galo Verde -
http://galoverde.blogspot.com/index.html 
Guard'a Vida -
http://www.guardavida.blogspot.com/
Hora absurda - http://www.horabsurda.com/blogo
Horizonte - http://linha-horizonte.blogspot.com/
Huum e tal... NÃO! -
http://umnao.blogspot.com/ 
Ideias ao desafio -
http://ideiasaodesafio.blogspot.com/
Igreja Católica em Portugal: Referendo 2007 -
http://www.ecclesia.pt/referendo2007/
Impensável -
http://impensavel.blogspot.com/
Incontinentes Verbais - http://incontinentesverbais.blogspot.com/
Independentes pelo Não - http://www.independentespelonao.org/
INSTITUIÇÕES DE APOIO À VIDA -
http://www.juntospelavida.org/institui.html
INTIMISTA -
http://intimista.blogspot.com/
is there a reason for this blog - http://reason.blogsome.com/nao/
Janelar -
http://janelar.blogspot.com/
Jornal da Família - http://ojornaldafamilia.blogspot.com/
Juntos pela Vida - http://www.juntospelavida.org
Laboratório de Fé -
http://laboratoriodafe.blogspot.com/
LETRAS COM GARFOS -
http://www.letrascomgarfos.net/blog/
MAR ABERTO -
http://www.maraberto.rjfr.eu/
Mente despenteada II - http://mentedespenteada2.blogs.sapo.pt/
Minho com vida -
http://www.minhocomvida.org
Mote para Motim - http://moteparamotim.blogspot.com
Mulheres em acção -
http://www.mulheresemaccao.org/
Mungu ni Upendo! -
http://deus-amor.blogspot.com/
Não Obrigada - Madeira -
http://www.naoobrigadamadeira.blogspot.com/
Neo-relapsias -
http://relapsias.blogspot.com/
No Adro -
http://noadro.blogspot.com/
No Coração de Deus - http://no-coracao-de-deus.blogspot.com/
Norte Pela Vida -
http://nortepelavida.blogspot.com/
Nova Evangelização Católica -
http://nova-evangelizacao.blogspot.com
O blog da Ka -
http://o-blog-da-ka.blogspot.com/
O Cachimbo de Magritte - http://cachimbodemagritte.blogspot.com
O canto e as armas -
http://cantoarmas.blogspot.com/
O Homem, produto de si próprio - http://ruvasa2a.blogspot.com
O Império -
http://imperioportugal.blogspot.com/
o melhor dos blogues - http://omelhordosblogues1.blogspot.com/
o meu pequeno pónei -
http://omeupequenoponei.blogspot.com/
O NÃO DOS JOVENS! -
http://jovensdonortepelavida.blogspot.com/
O povo -
http://wwwideia.blogspot.com/
o sexo dos anjos - http://viriatos.blogspot.com/
Optimista por opção -
http://hajaoqhouver.blogspot.com/
os homens, a mula e o pudim -
http://oshomensamulaeopudim.blogspot.com/
Padre Tó carlos -
http://tocarlos.blogspot.com/
Partido Nacional Renovador -
http://www.pnr.pt/portal/
Pedro Nunes no Mundo -
http://pedronunesnomundo.blogspot.com
PELA VIDA -
http://antiaborto.blogspot.com
Pelo Não -
http://www.pelo-nao.blogspot.com
Plataforma Não Obrigada -
http://www.nao-obrigada.org
Por Amor, diz NÃO! - http://somospelavida.blogs.sapo.pt
Por causa d'Ele -
http://porcausadele.blogspot.com/
Por ti não aborto -
http://www.portinaoaborto.com
Portal da família - http://www.portaldafamilia.org
Portugal dos Pequeninos - http://portugaldospequeninos.blogspot.com
Positivamente Não -
http://www.positivamentenao.com/
Que é a Verdade? -
http://queeaverdade.blogspot.com/
Quero viver -
http://quero-viver.blogspot.com
Razões do Não - http://razoesdonao.blogspot.com
The Record Keepers -
http://lisbonman.wordpress.com/
Relances - http://www.relances.blogspot.com
Rexistir -
http://sol.sapo.pt/blogs/contracorrente/
Rua da Fé -
http://ruadafe.blogspot.com/
Rua do Alportel -
http://antesdontem.blogspot.com
Sabor da Vida -
http://www.sabor-da-vida.org
SIM ao fim dos julgamentos –> NÃO no referendo -
http://nebulado.blogspot.com/
Sinto a Vida -
http://sintoavida.blogspot.com/
Sobre o aborto . info - Pelo direito à informação - http://www.sobreoaborto.info/
Somos Médicos, por isso Não -
http://www.medicosporissonao.com
Sou a Favor da Vida -
http://souafavordavida.blogspot.com
sou o que sou: eu -
http://prasinal.blogspot.com/
THEOSFERA -
http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt
Terras de Azurara -
http://azurara.blogspot.com/
timshel -
http://timoteoshel.blogspot.com
tomar partido -
http://tomarpartido.weblog.com.pt/
tradução simultânea - http://traducaosimultanea.blogspot.com/
Ubi caritas -
http://pejp.blogspot.com
último reduto -
http://ultimoreduto.blogspot.com
ver para crer -
http://vejaparacrer.blogspot.com/
vida - http://viverasuavida.blogspot.com
Vida (aaldeia.net) -
http://vida.aaldeia.net/
Vida - Diga não ao aborto -
http://www.vida.pt.vu/
Vida por vida -
http://vida-por-vida.blogspot.com/
Vida Universitária -
http://www.vidauniversitaria.loveslife.com/
Vidas com vida -
http://www.vidascomvida.org
Violada mas não vencida - http://violada_mas_nao_vencida.blogs.sapo.pt/
 
Apoio internacional:
 
Human Life International -
http://www.hli.org
Pró-Vida de Anápolis -
http://www.providaanapolis.org.br 


40. http://www.uniaonet.com/msgmarcosamazonas.htm_ Queridos,
  
Estou a enviar-vos três crónicas que escrevi sobre a questão do aborto. Escrevi-as porque teremos um referendo aqui em Portugal sobre esta questão.
Sei que não é bom enviarmos vários texto, por isso, peço-lhes que me perdoem, mas também espero que leiam os textos e façam críticas ao mesmo.
 
Abraços,
 
nEle,  Pr.Marcos Amazonas ( 01/02/2007)

 
 
Direito de escolha
 
Vejo um debate na televisão sobre a questão do aborto. Há uma pessoa que apoia o aborto e outra que é contra. Na discussão o apoiante diz que é uma questão de escolha e de direito. A mulher tem que ter o direito de escolher e optar. Numa democracia plena, as mulheres devem ficar livres para escolher abortar ou não.
 
Escuto na rádio que a liberalização do aborto é uma questão fulcral, até mesmo para combater a corrupção e fundamentalmente o dinheiro que circula sem ser tributado. A preocupação de uma defensora do sim é com a questão fiscal. Na mesma toada, Manuel Alegre, deputado pelo partido socialista diz que é uma questão de liberdade. As mulheres devem ter o direito de optar ou não por ter uma criança. Fiquei a pensar nestes aspectos e se é uma questão de opção e liberdade, alguém que deseja praticar a eutanásia também tem este direito de escolha e esta liberdade. É uma questão de democracia.
 
Creio que acima de tudo, o aborto passa por uma questão moral. Contudo, vivemos num país de tradição cristã, mas que não vive a moral cristã. O país é laico, apesar de forte influência católica. A igreja católica assume uma postura beligerante e pede para que as pessoas votem pelo não. O povo evangélico por ser minoria, a sua voz quase não se ouve. É um facto que também é a favor do não, mas creio fundamentalmente que, tanto católicos como evangélicos precisamos ser enfáticos na nossa luta contra o aborto, mas precisamos ser pessoas que demonstram amor profundo para com as pessoas.
 
Antes de seguir este pensamento, quero voltar a questão da escolha. A mulher tem o direito de escolher abortar. Mas e o pai? Será que o pai não tem o direito de querer ver nascer o seu filho? O homem é esquecido em toda a questão. É triste ver que o pensamento é unilateral. Não quero nem falar no direito do feto. Contudo, enquanto penso neste aspecto lembro-me da canção de Vinícius de Moraes e Toquinho «O filho que eu quero ter». Mas e se a mulher não quiser, como é que ele fica?
 
O aborto é uma questão muito séria e delicada. Deve ser discutido abertamente, mas creio que devemos seguir o exemplo do doutor C. Everett Koop que era um absolutista em questões como aborto e homossexualidade que aprendeu «durante o exercício da função de chefe do Departamento de Saúde, que os absolutos cristãos não podem ser sempre impostos sobre aqueles que não compartilham dos pontos de vista cristãos. Ele aprendeu, porém, a compaixão e a misericórdia para com os excluídos e amor pelos inimigos.» É fundamental condenarmos o aborto, mas amarmos as mulheres que abortam.
 
Particularmente sou contra o aborto. Contudo, como alguém que já viveu esta experiência de perto, sabe o sofrimento e a dor que as mulheres sofrem, solidarizo-me às mulheres, mesmo não aprovando o que fazem. Contudo, minha maior luta é contra aqueles que enriquecem às custas do sofrimento destas mulheres que por uma decisão pessoal, levadas por uma série de contingências são exploradas pelas clínicas da morte. Porém, engana-se quem pensa que a legalização do aborto irá fazer com que o aborto clandestino deixe de existir. Ele continuará existindo, pois muitas jovens e mulheres maduras não terão a coragem de assumir publicamente que irão abortar porque elas têm muitas coisas que preservar.
 
Sou contra o aborto. Sou contra aqueles que o realizam. Contudo, amo e Deus sabe que é verdade, as pessoas que recorrem a tais práticas. Desejo que elas conheçam a misericórdia do Senhor.
 
Abomino as clínicas abortivas. Não concordo com os profissionais que se deixam seduzir pelo dinheiro e passam a matar crianças ainda por nascer e muitas vezes mulheres que em desespero os procuram. Não concordo com tal atitude, mas amo o ser humano que se encontra a agir assim. Sei que se ele conhecer a graça de Deus, toda a sua vida será transformada. Também é verdade que amo os profissionais que o realizam. Amo-os enquanto seres humanos e sinceramente, peço a Deus que eles possam vir a mudar de opinião e de vida. Espero que eles sejam como o doutor Bernard Nathanson, que ficou conhecido como o rei do aborto e por fim reconheceu que havia feito a pior escolha. Espero que estes profissionais possam dizer como Bernad Nathanson: «Não posso dizer como estou agradecido nem a dívida tão impagável que tenho com todos aqueles que rezaram por mim durante todos os anos nos quais me proclamava publicamente ateu. Rezaram teimosa e amorosamente por mim. Estou totalmente convencido de que suas orações foram escutadas. Conseguiram lágrimas para os meus olhos.» Que os profissionais digam isto, mas que nós cristãos intercedamos por eles diariamente.
 
A grande maioria diz que é um direito de escolha. Concordo plenamente. Eu escolho a vida. Escolho lutar pela vida das mulheres, das crianças e dos muitos profissionais que estão perdidos e seduzidos por ganhar o mundo inteiro, mas não percebem que estão a perder suas almas. Quero unir minha voz aos que afirmam que é uma questão de escolha e juntamente com eles dizer que escolho a vida. Escolho amar a todo ser humano e prezá-lo pelo que ele é.
 
Livremente e no meu direito de escolha digo não ao aborto. Contudo, de coração aberto recebo as pessoas e quero caminhar com elas para ajudá-las a tratar das suas feridas. Eu escolho livremente criar pontes que me unem ao meu semelhante e não vou abrir mão disso.
 
Sou cristão e como cristão quero viver coerentemente com a minha fé, mas sei que os meus valores não são os valores da minha sociedade. Não me deixarei vencer pelos padrões da sociedade, mostrarei a graça do Senhor na esperança que eles livremente possam optar pela vida. Jesus veio para trazer vida e espero que esta vida brote no coração das pessoas que jazem perdidas.
 
Eu escolho dizer não ao aborto. Escolho dizer sim às pessoas e amá-las independente de qualquer coisa. É esta a minha escolha e a faço livremente, faço-a seguindo o exemplo do meu Senhor que odiou o pecado, mas amou o pecador.
 
   - - -
 
 
Uma questão de fé
 
Em breve estaremos a participar de um referendo sobre a despenalização do aborto. Tive o privilégio de estar presente em um debate. Os argumentos foram apresentados de modo claro e objectivos. Cada um dos oradores defendeu seu ponto de vista. Estava um sociólogo e um jurista a expor a questão. Claro que se procurou evitar a questão religiosa, mas foi em vão.
 
Sei que a questão é muito polémica. Houve pontos em que concordei com o sociólogo e adepto do sim, mas isso não justifica o sim. Também tive muitos pontos em concordância com a posição do jurista. Contudo, creio que nesta discussão toda, o essencial está a ser posto de lado. É verdade, que os adeptos da liberalização dizem que as questão de fé não podem ser tidas em consideração neste assunto será?
 
Duas questões devem ser respondidas: O que é a vida? Qual é a origem da vida? Quaisquer que sejam as respostas para estas perguntas teremos uma premissa de fé. Senão vejamos, o criacionista dirá que a vida é um dom de Deus e tem sua origem em Deus. É uma resposta baseada na sua fé. Um ateu, ou agnóstico dirá que a vida é fruto de um processo evolutivo, é obra do acaso. É uma premissa de fé e de muita fé, pois está baseada numa teoria e não numa lei científica. Portanto, a questão sempre passará pela defesa da fé.
 
Se me perguntarem se eu quero que uma mulher que abortou seja presa, minha resposta será não. Não deseja que uma mulher que tomou uma decisão delicada venha sofrer ainda mais. Partindo do pressuposto que o aborto praticado foi algo ponderado e acompanhado de muito sofrimento. Não foi uma decisão de ânimo leve. O que na maioria dos casos não é verdade.
 
Se me perguntam se sou a favor do aborto, minha resposta é não. É uma questão de fé? Claro que sim. Creio que a vida é dom de Deus e somente Ele pode determinar o fim da mesma. Há casos excepcionais? Claro que sim, mas a excepção deve ser tratada como tal e não como regra.
 
É claro que sou a favor do planeamento familiar. Sou completamente a favor de uma educação sexual, mas esta feita de modo saudável e com princípios. Tendo um absoluto como premissa.
 
Eu sou a favor da vida, não importa se ela tem apenas um minuto. Não importa se ela é intra-uterina. É uma vida que está presente. É um ser criado à imagem e semelhança de Deus. É uma questão de fé? É claro que é, mas uma fé racional que valoriza o ser humano e toda a criação.
 
Sou pela vida e se assim não for, terei que relativizar e todo relativismo é tendencioso. Hoje posso lutar pela liberalização do aborto, amanhã pelo infanticídio. Posso também começar a defender a eutanásia, pois é uma questão de escolha. Quem irá determinar o que é certo e errado? Como escreveu Dostoiévsky: «Se não há Deus tudo é permitido». Se não há Deus, viveremos pela lei do mais forte. Teremos um sistema de salve-se quem puder.
 
O que é a vida? Continuo a concordar com Gonzaguinha quando na sua canção afirmou que a vida “é o sopro do Criador, numa atitude repleta de amor”. É isto mesmo. A vida é dom de Deus. Ela pertence a Deus.
 
A questão sobre o aborto não é uma questão ideológica. Não é uma questão filosófica. É fundamentalmente uma questão de fé. Não há como fugir disto. Uns tem fé que o homem pode definir tudo e decidir tudo, pois é o senhor do universo, é o seu próprio deus. Outros afirmam que Deus é o Criador de todas as coisas e que a vida é uma dádiva deste Criador e por isso, somente Ele pode tirá-la.
 
Eu prefiro ter fé em Deus. Prefiro depender da graça de Deus e viver em conformidade aos seus padrões do que a instabilidade humana. Deus não muda. Ele é o mesmo. O ser humano é instável e falho. Basta olharmos para a história e vermos as incoerências e as muitas atrocidades cometidas no decorrer da história. Basta olharmos para as opções que eram tomadas como sendo verdades e que depois foram mudadas.
 
A minha fé explica o que é a vida e qual a sua origem. Ela é consistente. Defende o ser humano em todos os sentidos. A minha fé valoriza a existência humana e isto porque ela afirma que Deus é o autor da vida.
 
Pois é, vamos referendar o aborto. Na realidade, iremos dizer que tipo de fé nós temos, pois tudo é uma questão de fé.
 
 - -
Por que eu opto pela vida?
 
Muita coisa tem sido dita nestes dias pré referendo. Argumentação de ambos os lados e ninguém pode dizer que as argumentações são inconsistentes. É claro que sempre existe os extremistas e estes se fazem presentes tanto nos que defendem o sim, como também nos que defendem o não.
 
Eu sou defensor do não. Não desejo ver a liberalização do aborto. Contudo, não quero ser um extremista. Penso que a lei que temos já comporta os casos excepcionais. Portanto, o que se deseja neste momento é simplesmente a legalização plena do aborto, tornando-o num método contraceptivo. É esta a minha opinião e respeito quem pensa diferente.
 
Não vou entrar em polémicas. Quero apenas responder a pergunta: Por que eu opto pela vida? Sendo assim, permitam-me traçar algumas linhas que são esclarecedoras do meu ponto de vista.
 
Eu opto pela vida porque ela é o sopro de Deus ao homem. A vida não é uma obra do acaso. O ser humano é o único ser vivente que recebeu o sopro do Criador. Deus lhe soprou o fôlego de vida. Isto me faz lembrar a música de Gonzaguinha, onde ele afirma que «a vida é o sopro do Criador numa atitude repleta de amor». Sendo assim, se eu opto pela destruição da vida, estou a dizer que não desejo a manifestação do amor do Criador. Digo que sou contra o projecto de Deus e em sã consciência não posso agir assim.
 
Eu opto pela vida porque somos feitos à imagem e semelhança de Deus. E se eu pensar o contrário, estarei a destruir a imagem de Deus. Nós somos criados à imagem e semelhança de Deus. Mas o que é isto de imagem e semelhança de Deus?
 
O homem nos lembra Deus. Ele é uma escultura que representa o modelo, mas não é como Deus. Jesus Cristo sim, é a expressa imagem de Deus e nós só seremos como ele quando formos glorificados e o pecado for superado. Mas o que significa a imagem de Deus?
 
Há pelo menos oito declarações que apontam onde o ser humano é imagem de Deus.
 
1) O homem se assemelha a Deus em sua natureza racional.
 
2) O homem se assemelha a Deus na sua natureza moral
 
3) O homem se assemelha a Deus na sua natureza emocional
 
4) O homem se assemelha a Deus no facto de possuir vontade
 
5) O homem se assemelha a Deus no facto de ter liberdade
 
6) O homem se assemelha a Deus na liberdade original do pecado e sua propensão à santidade
 
7) O homem se assemelha a Deus na capacidade de exercer domínio sobre ordens inferiores
 
8) O homem se assemelha a Deus na sua imortalidade. Não é eternidade, mas imortalidade.
 
Por tudo isto, eu opto pela vida, pois o ser humano que foi gerado tem todas estas capacidades e elas reflectem à imagem de Deus.
 
Eu opto pela vida porque o ser humano foi criado para gerar vida. É interessante ler o livro do Génesis e ver que a mulher é chamada a mãe dos viventes. Ela é geradora de vida e não de morte. A mulher é fonte de vida.  Sendo assim, nem ela e muito menos o homem podem decidir pela morte de um outro ser que está para chegar. A vida que está nela gerada tem o sopro do Criador. É um ser que traz consigo à imagem e semelhança de Deus.
 
Estas são as razões básicas porque eu opto pela vida. Sei que cada ser humano é livre de fazer sua escolha, mas também sei que cada um deve se responsabilizar pela escolha que fez. As consequências dos nossos actos são uma realidade. Podemos até não desejá-las, mas elas são reais. Portanto, eu assumo todas as consequências que possam vir por ter a coragem de assumir publicamente que sou pela vida.

41. ATO PÚBLICO EM DEFESA DA VIDA - 24/03/07
http://www.emdefesadavida.com.br 
São Paulo - SP - Brasil
 
 Quem tem COMPROMISSO com a VIDA, vai poder dizer não a uma Lei ASSASSINA. Aborto até o 9º mês, somos contra. Chame todas as pessoas que são a favor da vida e vamos nos encontrar neste sábado, às 10:30 hs na praça da Sé.
ATO PÚBLICO EM DEFESA DA VIDA 24 de março de 2007, sábado, às 10h30,
 
O ATO PÚBLICO visa sensibilizar e convidar o povo brasileiro, os governantes e o Congresso Nacional para uma rejeição efetiva ao projeto de Lei 1135/91, que legaliza o aborto até o nono mês da gravidez, procedimento este que poderá ser aplicado sem qualquer restrição.
 
Este movimento de cidadania é suprapartidário e ecumênico.
 
No evento, que será realizado em 24 de março de 2007, sábado, às 10h30, na Praça da Sé, haverá pronunciamentos de expressivas lideranças da sociedade civil e apresentação de números artísticos, somando esforços contra a imposição deste Projeto de Lei, além de promover uma reflexão sobre o papel do ser humano na sociedade.
 
Dentre as presenças confirmadas para o Ato Público podemos citar: Pe. Marcelo Rossi; Luiz Bassuma, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida da Câmara Federal; Dom Nelson Westrupp, presidente do Conselho Episcopal Regional Sul 1- CNBB; Rev. Bispo Adriel de Souza Maia, Igreja Metodista; Dra. Marilia de Castro, coordenadora do Comitê Estadual do Movimento Nacional em Defesa da Vida, Dr. Durval Rezende Filho, Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas; Jaime Ferreira Lopes, coordenador do Movimento Nacional em Defesa da Vida; Dr. Cícero Harada, presidente da Comissão da Defesa da República e Democracia da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo; Nestor Masotti, presidente da Federação Espírita Brasileira; Dr. Ives Gandra, jurista; Dra.Marlene Nobre, médica; Marcos Caruso, ator, Luiz Carlos Gonzaga - presidente da REBRAF, Sr. Marcos Antonio Gonçalves, Presidente do Conselho Gestor da AVAPE e Conselheiro do CNAS, Dr. Rogério Pinto Coelho Amato, Secretario Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social - SEADS, Maestro José Eduardo de Paiva, LBV, Sra. Leonor Ichikawa - Diretora-Presidente Nacional da Associação de Senhoras da Seicho-No-Ie.
 
Esperamos contar com sua presença e seu apoio. (Via_Carlos) 
42. Holocausto de inocentes CÍCERO HARADA 21 Apr 2007
"Deve haver plebiscito para decidir a legalização do aborto no Brasil?"
NÃO
 
SONHOS há que são pura poesia, outros, tornam-se pesadelos, dizia Jung. Num mundo em que os devaneios tecnológicos nos embalam, somos tomados por um pesadelo: discutir o procedimento para interceptar a vida do nascituro.
O aborto, diz o Código Penal, é um crime contra a vida. Almeja-se, com a sua liberação, que se transforme num direito reprodutivo da mulher, possibilitando que se promova, numa suave expressão, "a interrupção voluntária da gravidez", que não deixa de ser, para o nascituro, a condenação à pena capital. A sua legalização será uma privatização da pena de morte.
Luto para que os institutos da democracia direta, entre eles o plebiscito, em questões de relevo, sejam desbloqueados, possibilitando maior participação direta do povo. Não obstante, no caso do aborto, estamos diante de clara ofensa à vida do nascituro. O art. 2º do Código Civil prescreve que a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro e o mais fundamental é o direito à vida, sem o qual perecem os demais.
Karl Ernest Von Baer, "pai da embriologia moderna", desde 1827, com o aumento da sensibilidade do microscópio, pôde ver o óvulo e o espermatozóide, assentando que o início da vida está na concepção. Sei que se deseja convencionar, por diversas razões de cunho utilitarista, que a vida não comece na concepção, mas que fique cada vez mais longe dela.
Sei que se pretende criar ficção jurídica para que em tal ou qual período da vida do nascituro não haja vida, na tentativa de escapar do debate a respeito desse direito fundamental. Sei que pseudo-iluministas agarrar-se-ão a Santo Tomás de Aquino, como a uma tábua de salvação, a dizer que para o Aquinate a vida começava no quadragésimo dia.
 Não sei se essa era a sua opinião, mas o Doutor Angélico, no século 13, não dispunha de um ultra-som 4 D, para acompanhar o desenvolvimento do ser humano da concepção ao nascimento, em tempo real, em movimento, em terceira dimensão, em cores e imagens de alta definição.
A Constituição, no artigo 5º, declara a inviolabilidade do direito à vida, isto é, do direito de existir, de não ter interrompido o processo vital senão pela morte espontânea. Todos nós fomos concebidos um dia e, se, em qualquer momento posterior, tivéssemos sido abortados, não existiríamos hoje. Naquele instante, todos os nossos direitos teriam sido, sem culpa e sem defesa, definitivamente aniquilados, da maneira mais radical e cruel.
O aborto constitui violação do direito à vida do nascituro, afronta o direito fundamental intangível, cláusula pétrea. Tal como a pena de morte, sua legalização não pode ser objeto nem de emenda constitucional (CF art. 60, º 4º, IV), nem de lei ordinária, não importando se por via direta (plebiscito, referendo), se por intermédio dos representantes do povo.
A questão primeira, portanto, a ser redargüida não é a de se dever ou não promover um plebiscito dessa natureza, mas, nos termos da Constituição, de se poder ou não realizá-lo. Não. É como respondo. Objetar-me-ão que o poder constituinte originário é permanente e tudo pode. Se a manifestação popular direta, nos plebiscitos, é expressão do poder originário, ela não encontra limite nas cláusulas pétreas. E eu lhes direi que, em se tratando do direito fundamental à vida, isso é impossível.
Há valores que uma nação não pode espezinhar, sob pena de responsabilizar-se perante Deus, a história e a humanidade pela insanidade perpetrada. (Há menos de uma semana, assistimos comovidos àquele imóvel e silencioso minuto, em Israel e em outras partes do mundo, em homenagem às vítimas do holocausto. Esse denunciador silêncio perpassou por milhões e milhões de almas para sacudi-las.*)  "Não matar!" Eis o mandamento, o imperativo categórico, que o modismo do estado laico germânico de então resolveu desafiar.
Cícero (106-43 a.C.) já ensinava: se a vontade dos povos, os decretos dos chefes, as sentenças dos juízes, constituíssem o direito, então para criar o direito ao latrocínio, ao adultério, à falsificação dos testamentos, seria bastante que tais modos de agir tivessem o beneplácito da sociedade (...) por que motivo a lei, podendo transformar uma injúria num direito, não poderia converter o mal num bem? É que, para distinguir as leis boas das más, outra norma não temos que não a da natureza.
Não é preciso dizer que o aborto é uma espécie de holocausto de inocentes. Será que deveríamos discutir também como legalizar os mensalões, os sanguessugas, o narcotráfico, o holocausto?
 - -
CÍCERO HARADA, 57, é advogado, procurador do Estado de São Paulo, é presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia e conselheiro da OAB.
 
* Trecho original suprimido, tendo em vista o espaço do jornal.
 
 
 
Aos que desejarem manifestar, indico o Painel do Leitor:
 
 
PAINEL DO LEITOR
 
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e_mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
 
Obrigado.
 
Cicero Harada

43. RAIO X DO FINANCIAMENTO INTERNACIONAL DO ABORTO
5 May 2007_ Cícero Harada

 
 
 
 
 
Prezados Amigos.
 
O documento abaixo é da mais alta importância.
 
É longo. Se não puderem lê-lo agora, salvem o documento para ler com calma.
 
 
 
 
RAIO X DO FINANCIAMENTO
INTERNACIONAL DO ABORTO
 
 
Em 2002 Frances Kissling, presidente das Católicas pelo Direito de Decidir nos Estados Unidos, concedeu uma entrevista de mais de sete horas de duração narrando a história da organização que ela coordena até hoje. A entrevista original encontra-se no endereço
 
 
e mais adiante, nesta mensagem, o leitor encontrará a tradução de um condensado da mesma.
 
Frances Kissling preside a Catholics for Free Choice, ou Católicas pelo Direito de Decidir, uma organização internacional sediada em Washington que trabalha atualmente com a promoção do aborto nos Estados Unidos, em todos os países da América Latina e na União Européia. No momento já está iniciando sua expansão para os países da África.
 
De Católicas elas possuem apenas o nome, propositalmente escolhido para confundir. Seu verdadeiro objetivo é a implantação definitiva e irreversível da prática do aborto em todo o mundo. Para isto são financiadas, juntamente com uma numerosíssima rede de outras ONGs que atuam em um só conjunto em todo o globo para este mesmo fim, por uma outra impressionante quantidade de fundações que definem as estratégias, financiam o trabalho e não costumam aparecer para o público.
 
A entrevista é grande e o texto abaixo, embora bem menor, é ainda um pequeno resumo. Mesmo assim, os leitores desta mensagem são exortados a imprimirem o conteúdo para poder lê-lo com calma, ainda que este trabalho possa demandar algum tempo. Esta entrevista é importante não por causa do enredo da história principal, centrado na carreira de Kissling e na fundação das Catholics for Free Choice, mas pela extraordinária riqueza de detalhes paralelos que vão sendo mencionados ao longo da narrativa.
 
Estes detalhes, numerosíssimos em toda a narrativa, evidenciam a onipresença das fundações que financiam internacionalmente o aborto, e que o fazem movidos por uma ideologia totalmente diferente daquela que anima os próprios agentes que aparecem para o público como sendo os promotores do aborto. São estas fundações internacionais que já há décadas traçam as estratégias e financiam os trabalhos que serão realizados pelas organizações locais, as únicas que terão alguma visibilidade apenas para um reduzido público. Para a grande maioria do povo nem mesmo estas organizações aparecem, apesar de serem contadas em várias centenas no Brasil e em muitos milhares no estrangeiro, espalhadas por todo o globo em uma rede estrategicamente coesa e coordenada pelo financiamento das grandes Fundações. Para o grande público, no qual estão incluídos a maioria dos políticos e responsáveis pelo destino das nações, a explosão da pressão pela legalização do aborto parece ser um fenômeno natural, conseqüência inevitável do desenrolar da história, da expansão das comunicações ou do desenvolvimento político, contra o qual nada pode ser feito porque nada haveria para ser feito.
 
Poucos conhecem o gigantesco trabalho que esta máquina descomunal desenvolve no Brasil para promover o aborto e o quanto ela penetrou em todas as instâncias estratégicas da política governamental, mesmo contra a opinião da maioria do povo brasileiro, que é esmagadoramente contra não somente a prática como também contra a legalização do aborto. Muito menor é o número dos que conhecem as fundações que elaboraram toda esta estratégia, que promovem todo este trabalho e que estão todas sediadas no estrangeiro, decidindo desde lá o que deverá ser implantado no Brasil. E até mesmo para a própria Frances Kissling, que está no coração deste trabalho, como se depreende claramente de suas palavras, as verdadeiras intenções destas fundações das quais ela recebe o dinheiro para desenvolver suas atividades, estão envoltas em muitas dúvidas.
 
Para incentivar a leitura deste condensado, é interessante chamar a atenção do leitor para a importância de alguns dos numerosos detalhes que aparecem ao longo desta história e que revelam justamente aquilo que está para além da história que está sendo narrada. Espero poder incentivar o leitor a um estudo sério deste documento e também mais adiante deste mesmo assunto.
 
 
 
A. Financiamento internacional do aborto ilegal na Itália.
 
Após ter sido diretora de clínicas de aborto nos Estados Unidos, Kissling foi chamada pelas Fundações que financiam o aborto no mundo para dirigir-se à Itália e convencer as feministas italianas e o Partido Radical, já responsável na época pela aprovação do divórcio e naquele momento tentando obter a legalização do aborto na Itália, a aceitar dinheiro americano para o estabelecimento de uma rede de clínicas clandestinas de aborto no país. Kissling afirma que as feministas, em conjunto com o Partido Radical, já administravam algumas das clínicas clandestinas italianas, mas as Fundações americanas estavam dispostas a financiar muito mais.
 
 
 
B. Financiamento do aborto nos Estados Unidos.
 
A IPPF (International Planned Parenthood Federation), é uma organização multinacional fundada por movimentos feministas em Londres na década de 50 para promover o aborto em todo o mundo. Hoje a filial americana da IPPF é proprietária de uma rede que abarca 20% de todas as clínicas de aborto nos Estados Unidos e é a maior provedora de abortos americana. Mas até a total legalização do aborto nos Estados Unidos ocorrida em 1973, quando a decisão Roe x Wade da Suprema Corte legalizou o aborto até os nove meses em todo o território americano, a IPPF apenas trabalhava na propaganda pela legalização da prática e não queria entrar diretamente no negócio das clínicas "para não ser estigmatizada". Kissling afirma que foram as fundações que obrigaram a IPPF a entrarem diretamente no negócio da fundação e gerenciamento do própria prática do aborto, tornando-se hoje a maior provedora de abortos na América e do mundo.
 
 
 
C. Financiamento do aborto ilegal no Terceiro Mundo.
 
Atualmente o IPAS, com a conivência das autoridades brasileiras da saúde, ministra cursos de técnicas de aborto a mais de mil novos médicos por ano no Brasil. A desculpa é que os cursos são para capacitar os médicos a realizarem abortos em casos de estupro, mas a verdade é que a instituição quer formar no Brasil quadros imensos para prover abortos em quaisquer circunstâncias. Em janeiro de 2007 o IPAS ministrou um curso de técnicas de abortos em Manaus, na Maternidade Ana Braga. Em fevereiro de 2007 no Rio de Janeiro, no Hospital Fernando de Magalhães no bairro de São Cristóvão, novamente Manaus na Maternidade Moura Tapajós, na Santa Casa de Sobral no Ceará, na cidade de Palmas capital do Estado de Tocantins, ma cidade de São Paulo, no Hospital da UNIC em Cuiabá, e outros dois em Goiânia, um deles na Santa Casa de Goiânia. Em Março de 2007 foi dado um curso de técnicas de aborto no Hospital Universitário de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Em abril de 2007 estão previstos mais dois cursos no Instituto de Perinatologia da Bahia em Salvador. E em Maio de 2007 está previsto outro na própria Secretaria Estadual da Saúde em Boa Vista, Roraima. Todos estes cursos são anunciados publicamente e com antecedência há mais de dez anos, desde o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, e ninguém jamais tomou nenhuma providência a respeito, nem na classe médica nem fora dela.
 
 
 
 
Mas nos anos 70 o IPAS era apenas um instituto norte americano de aconselhamento para a gravidez e, embora já promovesse a prática do aborto, tal como fazia a IPPF, também o IPAS não queria entrar no negócio da fundação e gerenciamento de clínicas.
 
Segundo Kissling, as mesmas fundações que obrigaram a IPPF a fundarem e gerenciarem a maior rede de clínicas de aborto nos Estados Unidos obrigaram naquela época também o IPAS a fazer o mesmo, mas nos países subdesenvolvidos, onde o aborto é ilegal. Como Kissling ela própria tinha experiência anterior no gerenciamento de clínicas de aborto e já havia feito um trabalho na Itália junto ao Partido Radical como representante das fundações que se dedicam ao financiamento do aborto, acabou por ser a escolhida para implantar as primeiras clínicas de aborto do IPAS fora dos Estados Unidos. Com o financiamento das Fundações, mas trabalhando para o IPAS, Kissling conta como venceu a resistência dos médicos austríacos e abriu a primeira clínica de abortos na Áustria, onde o aborto já estava legalizado mas nenhum médico ousava abrir a primeira clínica. Em seguida ela conta igualmente como dirigiu-se para a América Latina onde conseguiu abrir para o IPAS uma clínica de aborto ilegal na capital do México.
 
 
D. Como as Fundações decidem as políticas a serem seguidas  pelos promovedores de aborto.
 
O papel decisivo das Fundações que não aparecem ostensivamente fica evidenciado mais adiante quando Kissling se viu envolvida no centro de uma disputa entre alguns sindicatos de provedores de aborto que haviam se formado nos Estados Unidos, cada um defendendo uma política diferente sobre o modo como deveria ser conduzido o negócio do aborto no país. É significativo que a decisão final não veio do consenso entre os próprios envolvidos no assunto, mas do fato que, em um determinado momento, as Fundações, em particular John Rockefeller III, decidiram financiar pesadamente apenas um dos lados envolvidos, o qual acabou vencendo em poucos meses aos demais e contratando a própria Kissling para compor o quadro de seus dirigentes.
 
 
 
E. O verdadeiro objetivo das Fundações
 
Mais intrigante ainda são as inúmeras vezes em que, em suas mais de sete horas de depoimento, Kissling afirma desconfiar das verdadeiras intenções das entidades que apóiam e financiam o seu trabalho. Feminista e defensora convicta do aborto, Kissling gostaria que as mulheres tivessem o direito de abortar porque deveriam ser elas quem decidissem sobre se devem ou não ter um filho. Mas Kissling estranha constantemente ao longo de todo o texto da entrevista o fato de que, embora as Fundações não a contradigam e a apóiem, elas parecem mais interessadas no objetivo de diminuir a população mundial do que em promover os direitos das mulheres e em particular o direito ao aborto. Kissling afirma que tudo isto é "muito complicado" e que ela própria não consegue entender claramente o que realmente se passa nos bastidores do movimento.
 
Kissling narra que na Conferência sobre População promovida pela ONU no Cairo em 1994 houve uma mudança mundial de paradigma, quando ficou decidido que a ênfase das questões populacionais passaria do próprio problema do controle populacional para a defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Mas ela própria, que participou da Conferência, passou a perguntar nos bastidores do evento aos seus principais participantes e organizadores:
 
"Se fosse provado que a promoção dos direitos reprodutivos tivesse como resultado um maior número de bebês, nós ainda continuaremos lutando por estes direitos?"
 
E é a própria Kissling que afirma em seguida:
 
"[Naquela Conferência] eu perguntei isto para um mundo de pessoas, e a maioria não queria responder a estas perguntas quando eu as fiz".
 
Segundo Kissling hoje um dos dilemas de algumas feministas consiste em que elas não sabem se podem acreditar se realmente foi "adotado um novo paradigma", ou se o trabalho delas não está sendo usado apenas como mais uma estratégia disponível entre muitas para promover a redução populacional. Conforme as suas palavras, se, então, na verdade,
 
"isso tudo não seria parte de um discurso e parte de uma estratégia para reduzir a população".
 
Kissling conclui uma destas digressões com uma expressão que, sem dizer nada, não poderia explicar melhor como ela vê, ou não consegue ver claramente, a questão:
 
"É tudo muito complicado".
 
 
 
F. O verdadeiro interesse das Fundações em financiarem o trabalho das CDDs.
 
Nos final dos anos 70 e no início dos anos Kissling tornou-se presidente das Católicas pelo Direito de Decidir, uma organização que até aquele momento existia quase que apenas nominalmente. Aqui outra vez pode-se percebe a onipresença das Fundações que se dedicam ao financiamento do aborto.
 
Nas palavras de Kissling, as Católicas pelo Direito de Decidir eram a menor entre as organizações então existentes destinadas à promoção do aborto, mas já contava com um orçamento de um quarto de milhão de dólares por ano, obtido inicialmente junto às mesmas Fundações que haviam financiado alguns anos antes a entrada da IPPF e do IPAS no mundo da rede das clínicas de aborto, com as quais Kissling já havia trabalhado. Mas foi quando as Católicas receberam uma doação simbólica de 20 mil dólares da Fundação Ford que a organização decolou. A doação era insignificante, mas, no dizer de Kissling,
 
"isto representou um ponto de virada, isto é, o fato de ter recebido uma doação da Fundação Ford. Isto significava que tínhamos sido finalmente admitidas naquele [outro] mundo".
 
Segundo uma reportagem publicada pelo New York Times em 27 de fevereiro de 2007,
 
"hoje o orçamento [anual] das Católicas pelo Direito de Decidir, [apenas da seção norte americana], é de três milhões de dólares, amplamente financiado por Fundações bem conhecidas, entre as quais a Fundação Ford".
 
[Backing Abortion Rights while Keeping the Faith:
http://www.nytimes.com/2007/02/27/us/27choice.html?pagewanted=2&_r=1] .
 
 
A filial mexicana das Católicas pelo Direito de Decidir conta com um orçamento de um milhão de dólares anuais, e a filial brasileira, a maior depois da mexicana, fundada nos anos 90 graças à intervenção da Fundação MacArthur, está situada bastante próxima disto.
 
Por que tanto interesse em promover esta organização? Kissling em sua entrevista não conta o que aconteceu depois do ponto de virada em que entraram para o outro mundo cuja porta de entrada foi a doação da Fundação Ford. Mas sabe-se que entre os empreendimentos das Católicas nos anos seguintes estiveram a organização iniciada em 1999 de uma campanha mundial chamada "See Change" ("Sé Mude") para destruir a influência da Santa Sé no debate relacionado com o aborto dentro da ONU, exigindo que as Nações Unidas deixassem de reconhecer o Vaticano como um estado independente e o rebaixasse ao status de uma simples organização não governamental como as próprias CDDs. A campanha contou com o apoio de milhões de dólares provenientes da Ford Foundation, da Hewlett Foundation, da Packard Foundation, da Buffet Foundation e outras mais. Terminou dois anos depois quando, apesar de todo o dinheiro envolvido, a Assembléia Geral da ONU confirmou por unanimidade o status da Santa Sé.
 
 
 
 
Atualmente as Católicas pelo Direito Decidir estão desenvolvendo, em parceria com o Centro de Defesa dos Direitos Reprodutivos de Nova York e a Rede da União Européia de Peritos em Direitos Fundamentais, um trabalho de pressão sobre a União Européia para que sejam revogadas várias concordatas entre os países membros e a Santa Sé e possa ser extinto na Europa o direito à objeção de consciência por parte dos médicos que alegam motivos éticos para se recusarem a realizarem abortos. O Centro de Defesa de Direitos Humanos de Nova York, que trabalha em parceria com as CDDs, é uma das muitas outras organizações que tem o apoio financeiro das mesmas Fundações que sustentam o trabalho de Kissling. Segundo as denúncias feitas recentemente por Alberto Monteiro, foi o Centro de Defesa de Direitos Humanos de Nova York a organização que orquestrou cinco anos atrás a legalização do aborto no Nepal, conforme pode ser lido à página 28 do seguinte relatório:
 
 
O Centro foi também quem orquestrou, no ano passado, a legalização do aborto na Colômbia:
 
 
e agora está treinando uma equipe de 15 advogados, em parceria com a Federação Polonesa de Mulheres e a Universidade de Varsóvia, para derrubar a posição a favor da vida do governo polonês junto à Corte Européia de Direitos Humanos:
 
 
Mas se Kissling não revela a história do que aconteceu depois de sua entrada no outro mundo pós reconhecimento da Fundação Ford, o interesse que está por trás do apoio milionário a este tipo de iniciativa está claramente delineado na sua entrevista. O problema não é diretamente a Igreja Católica. O problema é a questão da implantação do aborto em todo o mundo de uma forma irreversível.
 
Segundo Kissling, a grande idéia por trás de seu trabalho, que granjeou o apoio de tantas fundações, consiste no reconhecimento de que enquanto os movimentos se limitarem apenas a legalizarem o aborto, nenhuma conquista poderá ser definitiva. O direito ao aborto somente será definitiva e irreversivelmente estabelecido entre as mulheres quando, mais do que a legislação, puder ser derrubada a própria moralidade do aborto, e nisto a Igreja Católica não passa apenas de um alvo instrumental.
 
 
"A moral católica é a mais desenvolvida",
 
 
diz Kissling.
 
 
"Se você puder derrubá-la, derrubará por conseqüência todas as outras".
 
 
Nas palavras de Kissling:
 
 
"As pessoas neste país questionaram a legalidade do aborto, mas de tal maneira que não questionaram o tema da moralidade. A incapacidade de tratar esta questão no nível moral é uma grave ameaça para o sucesso a longo prazo do movimento a favor do aborto. Você nunca realmente irá vencer definitivamente se a questão da moralidade for levantada [tal como ela é apresentada hoje]. Se nós, como movimento, tivermos que tratar de moralidade na questão do aborto, nós perderemos, porque o discurso moral é controlado pelos homens e pela religião, e é construído contra as mulheres. O argumento dos bispos diz que o aborto é um assassinato, que abortar é matar e que a vida começa na concepção. Mas esta perspectiva católica é o lugar certo onde começar o trabalho, porque a posição católica é a mais desenvolvida. Assim, se você puder refutar a posição católica, você refutou todas as demais. Nenhum dos outros grupos religiosos realmente têm declarações tão bem definidas sobre a personalidade, quando a vida começa, fetos e etc. Assim, se você derrubar a posição católica, você ganha".
 
 
A proposta de Kissling caíu como uma luva para as Fundações que financiam o aborto no mundo. Muitos anos antes, as organizações Rockefeller já haviam passado inúmeras mensagens mais do que contundentes de que o problema populacional jamais seria resolvido sem entrar fundo nas questões éticas. Em fevereiro de 1969, cerca de dez anos antes do ingresso de Kissling na presidência das Católicas pelo Direito de Decidir, Bernard Berelson, naquela época presidente do Conselho Populacional, a entidade que ocupa o lugar de cérebro entre as organizações Rockefeller que se dedicam à questão populacional, havia publicado um estudo muito grande na revista de maior circulação do Conselho, então conhecida como "Studies In Family Planning". O estudo, que ocupava a revista inteira, vinha apresentado pelo título sugestivo de "Além do Planejamento Familiar" ("Beyond Family Planning"). No final do estudo, o autor, falando como presidente da principal das organizações Rockefeller dedicadas ao tema do controle populacional, concluía com as seguintes palavras, que na época fizeram história:
 
 
"Em alguns países as pessoas que estão tentando fornecer contraceptivos temporários como meio de controle populacional estão também relutantes em estender a prática à esterilização e firmemente opostas ao aborto, embora novamente a roda da história pareça estar movendo o mundo naquela direção sob a pressão do crescimento populacional.
 
Quanto em valores éticos estaria uma sociedade disposta a renunciar em favor da solução de um grande problema social?
 
Estas não são perguntas simples, nem fáceis de se responder".
 
 
 

 
ENTREVISTA COM FRANCES KISSLING:
 
PRESIDENTE DAS CATÓLICAS PELO
DIREITO DE DECIDIR REVELA
A HISTÓRIA DA ORGANIZAÇÃO
 
 
 
 
 
Resenha da entrevista concedida em setembro de 2002, em Washington, D.C.
 
 
- Meu nome é Frances Kissling. Nasci na cidade de Nova York em 1943.
 
Minha mãe foi uma mulher que casou-se, divorciou-se, casou-se novamente e divorciou-se uma segunda vez.
 
Uma coisa que eu penso ser importante em termos do trabalho que hoje realizo é que minha mãe nunca deveria ter tido filhos. Minha mãe no fundo nunca quis nenhum de seus filhos. Ela teria sido muito mais feliz, teria tido uma vida muito melhor se ela não tivesse ficado grávida de mim e continuado sua gravidez.
 
Lembro-me que recentemente, um par de anos atrás, fiz uma apresentação no Boston College. A apresentação foi iniciativa do ministério da Igreja Cristã Evangélica no Colégio de Boston, pois Ministério Católico jamais teria me convidado. Uma estudante veio falar comigo depois da palestra e disse: "Você realmente deveria refletir o quanto deveria agradecer à sua mãe por tê-la deixado nascer e não ter feito um aborto". E eu lhe respondi: "Veja, quero contar algo para você. Minha mãe nunca deveria ter tido filhos. Num certo sentido ela teve uma vida miserável porque ela teve filhos. E eu estaria contente em não ter nascido para que minha mãe pudesse ter tido uma vida melhor. Para mim isso teria sido OK. A questão toda é que como feto você não é nada. Você não pode ter esta consciência reflexa de sua própria vida. É como adulto que você pode refletir sobre isto e tomar decisões. Neste sentido teria sido OK não ter vindo a este mundo. Teria sido tudo certo. E se teria sido bom para a minha mãe, teria sido OK".
 
- Quais foram seus momentos decisivos que fizeram com que você quisesse continuar como uma jovem católica?
 
- Eu penso que em grande parte isto se deveu aos relacionamentos extremamente positivos que eu tive com as freiras nas escolas. Eu era muito amiga de um grande número delas. Elas eram ótimas.
 
- O que aconteceu para você ter querido se tornar uma freira quando tinha dezesseis ou dezessete anos?
 
- Nós éramos ensinadas que havia três estados de vida. O estado mais alto era a vida religiosa, o segundo mais alto depois deste era o casamento, e o terceiro era a vida de solteiro. Foi uma questão de hierarquia. Você sabe, eu sempre quis ficar no topo da hierarquia. Eu nunca me interessei em permanecer na parte de baixo da hierarquia. E se no meu meio social e nos quadros que me eram apresentados o mais alto era ser uma freira, então eu queria o mais alto do que eu conhecia.
 
- Mas você estudou na Universidade de St. John durante um ano antes de ter entrado no convento. O que estudou ali?
 
- Literatura inglesa. A mesma coisa que tinha estudado na Escola Nova.
 
- OK. Fale-me sobre o seu tempo de convento.
 
- Foi no tempo anterior ao Concílio Vaticano II. Não foi uma época infeliz. Não foi nenhuma experiência desastrosa. Foi tudo absolutamente normal. Não vi nada da multidão de coisas de que hoje falam sobre esta era. Você, por exemplo, tomava banho sem roupa. Sim, é isso mesmo. Não tinha essa de que você tinha que ir para debaixo do chuveiro usando as roupas de baixo. Quase tudo no convento era razoavelmente normal, exceto o fato de que você tinha que usar roupas muito compridas e um véu sobre a cabeça.
 
- Há mais alguma coisa de seu tempo de convento sobre que teríamos que falar? Você não quer dizer o que as freiras falavam sobre sexo?
 
- As freiras não falavam nada sobre sexo. Nada mesmo. Nós nunca falávamos sobre isso. Nem mesmo nas aulas sobre saúde. Aliás, acho que nem tínhamos aulas sobre saúde. Nunca vi diagramas mostrando úteros nem nada destas coisas. Estas coisas não existiam. O que mais parecia com isso eram aulas de economia doméstica. Mas tenho uma memória zero de uma única discussão real sobre sexualidade. Não havia nenhuma expectativa de que fossemos sexuais. Não havia razão para falar de sexo. Você sabia o que era adultério. Você sabia o que era luxúria. Você sabia que todos esperavam que ninguém tivesse sexo antes do casamento. E não havia realmente mais nada, nada, nada para se falar sobre sexo. Não havia pílulas anticoncepcionais. Acho que quando estava terminando o colegial eu ainda nem sabia o que era um aborto.
 
- OK. Como foi então que você decidiu abandonar o convento?
 
- Sai porque eu não acreditava. Lembro-me que tive algumas conversas com outras irmãs e outras postulantes sobre controle de natalidade, divórcio e segundo casamento. E eu não acreditava no que a Igreja ensinava sobre estas coisas. A idéia de ser uma representante da Igreja institucional ao mesmo tempo em que discordava destas posições não fazia sentido para mim. Eu não concordava com os ensinamentos da Igreja. Na verdade, eu nunca tinha concordado com os ensinamentos da Igreja, mas eu não pensei que isso fosse uma coisa importante até que eu me vi em uma posição onde os ensinamentos da Igreja iriam ser a minha vida. E assim, quando eu deixei o convento eu parei de ir à Igreja. Você pode dizer que a partir deste ponto eu não era mais uma católica ativa. Mas eu mesma particularmente não me considerava mais ser uma católica.
 
- Você se tornou sem religião a partir daquele momento?
 
- Sim, exatamente. Mas novamente, pensando de uma certa maneira, eu nunca havia sido uma pessoa piedosa. O meu catolicismo nunca se baseou em ir à missa, rezar o rosário, etc. Não era isso para mim o que significava ser católica. O catolicismo para mim sempre foi mais filosofia do que teologia. Assim, eu deixei a Igreja e fiquei sem religião. E não tive nenhuma raiva. Quero dizer, eu não me senti bem, mas não acho que a Igreja fêz nunca nada de terrível para mim. Na verdade, eu sempre senti e ainda sinto que a Igreja desempenhou um papel muito importante e positivo na pessoa que hoje eu sou. Eu sei que eu tive uma boa educação católica. Meus professores me trataram sempre com carinho. Minha educação foi individualizada. Meus talentos sempre foram reconhecidos e estimulados. Tudo isto foi uma base espiritual e intelectual razoavelmente rica. Mas o problema é que eles estavam errados. Isto é o tipo de coisa do modo como eu a sinto. Sempre repito em minhas palestras que o maravilhoso da Igreja Católica, e também da maioria das religiões, é que elas colocam as grandes questões. Mas dão respostas intoleráveis. Esta é a realidade. Mas eu sinto alegria ao perceber que elas colocam as questões que ninguém mais irá levantar.
 
Quando saí do convento, não pensei mais sobre o que gostaria de ser. Eu ia ser uma freira. E agora eu não ia ser uma freira. Eu sempre soube que nunca quis casar-me. E eu tenho certeza que isto teve muito a ver com os casamentos de minha mãe. Eu também nunca quis ter filhos. Nisto eu sou como minha mãe, exceto pelo fato de que eu consegui o que ela deveria ter tido. Conversei sobre isso com a minha mãe antes dela morrer. Eu perguntei se ela lembrava de algum período de minha vida em que eu pudesse mostrar algum interesse no casamento, se ela se lembrava, quando eu era criança, nas minhas brincadeiras, se fazia parte das minhas brincadeiras ter um marido ou ter filhos? E ela me respondeu: "Não, isso nunca existiu".
 
- Quando você ouviu falar pela primeira vez dos movimentos das mulheres?
 
- Eu nunca fiz parte de nenhum grupo feminista. Eu nunca participei de um grupo de conscientização de qualquer coisa. Eu sabia que havia um movimento feminista. Mas eu sempre me senti poderosa por mim mesma. Quero dizer, um aspecto de minha vida, não gosto muito de usar a palavra poderosa, mas eu sempre senti o poder. Eu sempre senti que era eu que estava de posse de minha vida. Eu estava no poder. Eu nunca fui o instrumento de ninguém. Tive namorados e homens com quem me envolvi. Mas não era nada terrivelmente importante. A maioria de meus primeiros relacionamentos eu não diria que foram sérios ou importantes para mim. Foram mais relacionamentos sexuais do que relações de comprometimento. Por isso nunca precisei me sentir necessitada de libertação. Isso nunca foi um aspecto de minha identidade. Em um certo sentido, eu me tornei parte do movimento pelo direito ao aborto antes que tivesse me tornado parte do movimento pelos direitos da mulher.
 
E isso foi, novamente, uma coisa acidental. Eu estava morando com um homem. Tínhamos alugado uma casa de verão. Eram os anos de 1969 e 1970. As pessoas de quem alugamos a casa de verão, uma delas era médico. Ele conhecia alguns médicos do Hospital Albert Eisntein que estavam abrindo uma clínica de aborto. O aborto se tornou legal no estado de Nova York em julho de 1970. [O aborto não era ainda legal no restante dos Estados Unidos. Graças ao então governador de Nova York, Nelson Rockefeller, o aborto tinha sido legalizado durante os dois primeiros trimestres da gravidez no nosso estado. Não era necessário justificar razões médicas, psicológicas ou econômicas para consegui-lo, bastava o pedido da mulher. A paciente, além disso, não era obrigada a residir em Nova York para conseguir o aborto]. Os médicos do Albert Einstein estavam procurando alguém que gerenciasse a clínica e pensaram que eu seria boa nisto. O meu senhorio me apresentou aos médicos e eles me contrataram para dirigir a clínica.
 
Isto foi em 1970, no fim de 1970, na cidade de Nova York, na primeira onda de clínicas de aborto que foram abertas naquela época. Tudo o que estas clínicas faziam era aborto. Quem quer que ali estivesse, só se fazia aborto. Eles ensinavam planejamento familiar depois do aborto, mas ninguém se dirigia àquelas clínicas como um paciente de planejamento familiar. Minha clínica era chamada de Pelham Medical Group em Westchester, New York. Mas a maioria destas clínicas foram fundadas por empresas com fins lucrativos gerenciadas por médicos homens. Foi assim que tudo começou. A Planned Parenthood, [filial americana da IPPF, hoje a maior rede de clínicas de aborto dos Estados Unidos], não quis abrir nenhuma clínica em Nova York. A Plannned Parenthood nunca estiveram na vanguarda dos serviços de aborto nos Estados Unidos, nem na Califórnia, nem em Nova York, no Colorado, no Havaí. Eles só começaram tardiamente. Mesmo depois que o aborto se tornou legal em todos os Estados Unidos em 1973, foi muito difícil conseguir que a Planned Parenthood abrisse uma única clínica de aborto. Eles não queriam ser estigmatizados. Hoje a maioria das clínicas de aborto não tem o volume impressionante de trabalho que tínhamos naquela época. Quando o aborto se tornou legal em meados de 1970 em Nova York, a cidade virou um zoológico. Nova York era um zoológico. Você podia ver mais de uma centena de mulheres esperando para abortar em uma clínica pequena em um dia de sábado. Nenhum médico chegou a trabalhar em período integral, mas havia uma multidão de médicos. Um médico podia trabalhar nisto dois dias por semana, dezesseis horas. Mas as equipes eram full time. Durante os primeiros três anos as mulheres vinham para Nova York de todo o país. As mulheres desciam no aeroporto de La Guardia. Havia um perfeito clima de Oeste Selvagem nos novos procedimentos que haviam sido legalizados. As mulheres chegavam de estados onde o aborto era ilegal. No que lhes dizia respeito, tratava-se de uma coisa ilegal. A mentalidade era da clandestinidade mesmo se a coisa já era legal. Os motoristas de táxi raptavam a pacientes que haviam marcado hora com você e as levavam para outras clínicas onde os donos pagavam para os motoristas por cada cliente que eles traziam. As clínicas foram obrigadas a contratar furgões e limusines para pegarem elas mesmas os pacientes no aeroporto para que as pacientes não fossem seqüestradas. Você também via outras mulheres, mulheres jovens, junto com os seus namorados, que chegavam ao estacionamento às seis da manhã depois de terem dirigido do Kentucky, sem terem dormido à noite, assustadas, não sabendo o que iria acontecer, esperando que a clínica abrisse. Para elas tinha sido a Noite dos Mortos Vivos. Pela primeira vez elas podiam ir a um lugar e conseguir um aborto que fosse legal e estivesse tudo correto. Mas por outro lado, tudo tinha todas as características de uma atividade ilegal. Você sabia que era legal, mas ainda era, em termos de mentalidade, uma coisa ilegal. Porque naquele único lugar era legal, mas em toda a volta, na cabeça de todo o mundo, o mundo, tudo, a questão era resumida em procurar um aborteiro ilegal. Você sentia este clima.
 
- Quanto tempo você pensou sobre a questão do aborto antes de ser contratada para a clínica?
 
- Não muito. Eu nunca fiquei grávida. Nunca tive uma experiência pessoal sobre o aborto. Em toda a minha vida só fiz sexo inseguro duas vezes em muitos anos em que eu poderia ter ficado grávida, desde a minha primeira relação sexual até que me esterilizei aos trinta e três anos. Não tive um só momento de indecisão quando me pediram que administrasse a clínica. O que eu pensei foi: "Oh, eu posso fazer isso". Para mim esta foi a primeira experiência de um emprego que tivesse algum significado. Eu estava em uma posição na qual eu poderia fazer algo de bom e algo que percebia que era política, cultural e socialmente importante. E eu seria paga para isso. E eu também era o chefe. Tudo isso soava grandioso, e eu não podia pensar em nada melhor.
 
Três anos mais tarde, quando foi aprovada a decisão Roe x Wade, que legalizou o aborto em todos os Estados Unidos, eu estava trabalhando na clínica . Nesta altura, toda a minha família já estava envolvida com a clínica. Meu irmão era o motorista do furgão que recebia as mulheres. Minha mãe era a chefe das telefonistas. Minha irmã mais jovens era conselheira telefônica.
 
- Que impacto a decisão Roe v. Wade teve no seu trabalho?
 
- Eu trabalhei na clínica Pelham por aproximadamente dois anos quando me tornei a diretora executiva de um lugar chamado Eastern Women's Center, que era uma outra clínica de aborto em Manhattan. E eu estava trabalhando no Eastern Women's Center quando o aborto se tornou legal em todos os Estados Unidos. Eu deixei esta outra clínica no final de 1973, ou no início de 1974. Assim, não pude sentir muito o impacto.
 
- OK, para onde você foi no final de 1973?
 
- Saí de férias por um ano. Fui para o Sudeste Asiático com o meu companheiro. Moramos em Panang e viajamos através do Sudeste Asiático por um ano. Foi uma grande experiência. Depois voltamos e quando chegamos fomos contactados pelo IPAS, que naquela época era conhecido como International Pregnancy Advisory Services (Serviço Internacional de Aconselhamento da Gravidez). Passei a trabalhar para o IPAS.
 
O problema era que quando o aborto se tornou legal em 1973, a família Scaife de Pittsburgh, no caso, a Sra. Cordelia Scaife May, doou um milhão de dólares à Planned Parenthood para que ela começasse a abrir clínicas de aborto em todo o país. Foi esta a maneira que uma parte da Planned Parenthood encontrou para quebrar a resistência da outra parte que não queria entrar no negócio de abrir clínicas de abortos. E, no ano seguinte, mais um milhão de dólares foi doado ao IPAS para que o IPAS começasse a fazer o mesmo serviço principalmente nos países em vias de desenvolvimento. Don Collins fazia parte do esquema. Ele era o responsável por este programa na Fundação Scaife naquela época. Estas pessoas nos contrataram. Eles eram pioneiros independentes, como Lone Rangers, viajando em todo o mundo tentando convencer as pessoas a receberem o dinheiro deles para abrirem clínicas ilegais de abortos. E alguém me recomendou para que me contratassem para trabalhar com eles. Fui contratada, primeiro como consultora, para trabalhar junto ao Partido Radical e ao movimento feminista na Itália.
 
Naquela época o aborto ainda não era legal na Itália e as mulheres estavam indo para a Iugoslávia para conseguirem um aborto. Havia também uma série de clínicas clandestinas, ilegais, de aborto, que eram administradas pelo movimento feminista e, de uma certa forma, por extensão, junto com o Partido Radical. O Partido Radical foi o partido responsável pela reforma do divórcio e pelo referendo que legalizou o divórcio. E eles foram também o partido que estava patrocinando o referendo de 1975 sobre o aborto legal na Itália. Os homens que me contrataram acharam que, por eu ser uma feminista e por ser uma radical, talvez eu poderia convencer os italianos a aceitarem o nosso dinheiro. Esta foi a primeira vez que eu me vi frente a frente com o lado do problema populacional dentro da questão do aborto. Eu não sabia nada sobre as pessoas interessadas no controle populacional e os interesses internacionais escondidos atrás da questão do controle populacional e nada sobre tudo isso. Eu só conhecia o direito ao aborto.
 
No fim o Partido Radical decidiu que eles não iriam ficar com o dinheiro americano, porque era uma coisa potencialmente muito problemática. Eles achavam que eles "sabiam" que nós éramos todos da CIA. E mesmo que nós não fossemos, como nos disseram, eles seriam acusados de qualquer maneira de terem recebido dinheiro da CIA, e assim era melhor que eles não ficassem com o dinheiro.
 
O IPAS em seguida me pediu para ir à Tunísia e ver o que estava acontecendo por ali em termos de aborto. Eles me mandaram também para a Nigéria, e ali passei os que foram os três piores dias de toda a minha vida.
 
O trabalho seguinte que eu fiz para o IPAS foi abrir uma clínica de abortos na Áustria. Eu não sei se as pessoas que estão hoje no IPAS conhecem mais esta história de sua própria organização, porque todos os que estavam ali nesta época já saíram, morreram ou se aposentaram. O aborto foi legalizado na Áustria em 1976. O IPAS queria abrir uma clínica na Áustria de que ela já era proprietária e que poderia usar como fonte de renda para o trabalho nos países subdesenvolvidos. Eles fizeram primeiro uma parceria com a Maria Stopes da Inglaterra, que já estava abrindo clínicas em todo o mundo, e isto sob a perspectiva do problema do controle populacional. Assim a Marie Stopes da Inglaterra e a IPAS norte americana tentaram abrir juntos uma clínica na Áustria para que eles tivessem uma fonte de renda. Mas o funcionário que administrava a Marie Stopes não teve nenhum sucesso. Foi então que o IPAS me propôs: "Por que você não tenta? Vá e veja se você pode fazê-lo". Eu disse que aceitava e levei comigo um dos dois médicos que tinham sido donos da Clínica Pelham, que também era um excelente homem de negócios. Lá fomos nós juntos para a Áustria para ver se achávamos um médico com quem poderíamos abrir uma clínica de abortos. Lá chegando, encontramos o Dr. [Alfred] Rockenschaub. Era um social democrata, e o diretor da Semmelweis-Clinic, que era um grande, muito grade e prestigioso hospital austríaco. Ele nos explicou que não se faziam abortos na Áustria. Já era tudo legal, mas não havia nenhum serviço disponível. Lembro-me bem da conversa que tive com ele. Nós falamos: "Ninguém está fazendo abortos na Áustria. O que está acontecendo aqui?" Ele respondeu: "Bem, agora que tudo já é legal, ninguém quer encalhar o barco na rocha". Foi assim que começamos a caçar os médicos nas salas de emergência dos pronto socorros e falando com os médicos nas salas de emergência. A teoria do Dr. Hachamovich, que era o médico que tinha vindo comigo da América, era a de que tínhamos que encontrar um médico afundado em problemas. Tínhamos que encontrar alguém que estivesse se divorciando, que precisasse de dinheiro, alguém que estivesse disposto a enfrentar riscos. E assim nós continuamos perguntando e perguntando até que finalmente encontramos alguém a quem pudemos contratar. Em seguida contratamos uma mulher nativa para administrar a clínica. E abrimos finalmente a primeira clínica de aborto legal na Áustria. Nós a abrimos, a administramos durante algum tempo, a mantivemos andando e então nos mudamos, deixando para o IPAS. Eu trabalhei com o IPAS durante um ano e meio fazendo este tipo de coisa. Durante este tempo eu fui também para o México onde ajudei o IPAS a abrir uma clínica, desta vez ilegal, no México. Isto foi entre 1975 e 1976.
 
- Desculpe parecer ingênua, mas como é que se abre uma clínica ilegal?
 
- Primeiro você tem que encontrar um médico que queira fazer os abortos. Isto é a primeira coisa, achar um médico. O caso é que o IPAS já tinha este médico esperando no México. Em seguida você aluga um lugar e começa a fazer os abortos.
 
- Mas o que é que impede o governo de fechar o estabelecimento?
 
- O que impediu o governo de fechar os provedores de aborto ilegal nos Estados Unidos antes de 1970? Suborno e falta de vontade política. Nunca houve uma vontade política real de parar os abortos clandestinos. Além disso a Igreja Católica não se preocupa que se façam abortos. O que eles não querem é que seja legal. Isto faz parte do pacote.
 
Enquanto eu estava trabalhando para o IPAS como consultora fui a uma Conferencia em 1976 na Universidade do Tennessee em Knoxville. A Conferência era sobre o aborto. Era uma pequena conferência, talvez houvesse ali uma cem pessoas, cento e vinte pessoas. Um dos propósitos desta conferência era a de fundar uma associação de provedores de aborto. Em um certo sentido aquela conferência foi berço da National Association of Abortion Facilities [Associação Nacional dos Estabelecimentos de Aborto], NAAF. O impulso veio com muita força por parte dos provedores de aborto com fins lucrativos que nos últimos anos haviam entendido de forma crescente que estavam sendo considerados como cidadãos de segunda categoria, em um clima onde a Preterm e a Planned Parethood eram considerados os bons meninos. Agora que finalmente estas organizações haviam começado também elas a fazer abortos, elas estariam fazendo isso por motivos altruístas e não em busca de lucro. Mas haveria também esta "escória médica" que haviam aberto clínicas para fazer aborto por dinheiro. E a Preterm e a Planned Parethood supostamente não queriam ter nada a ver com esta gente. Mas esta gente achava que eram homens dignos a fazer coisas boas. E agora eles queriam sua própria associação profissional. Assim, eles estavam fundando a Associação Nacional dos Estabelecimentos de Aborto (NAAF). E eu estava ali e esta gente gostava de mim. E eles me disseram: "Frances, você não gostaria de participar do Comitê Administrativo?". E eu respondi: "Com certeza, eu vou participar do Comitê Administrativo". Foi deste modo que comecei. Rapidamente começou uma fortíssima pressão por parte da Planned Parenthood e dos outros provedores sem fins lucrativos querendo impor a posição de que a NAAF era uma péssima idéia: "Esta gente tem a política errada e tudo o mais que há de errado, e nós não podemos deixar isto acontecer". Eu trabalhei nesta época para fazer com que pudéssemos descobrir uma maneira de que todos pudéssemos sentar em torno da mesma mesa, através de uma representação proporcional. As clínicas feministas teriam duas cadeiras e as grandes instituições sem fins lucrativos teriam muitas cadeiras e também as grandes instituições lucrativas, sem esquecer dos consultórios médicos.
 
Mas isto não funcionou. Em um certo sentido os provedores com fim lucrativo estavam com a razão, haviam sido eles que tinham tido a idéia. Eles não eram obrigados a dar a estas pessoas o que elas queriam. Fora com elas.
 
Assim a estratégia não funcionou e eu saí da NAAF. E todo mundo que não era parte da NAAF formou o que se veio a chamar-se de National Abortion Council [Conselho Nacional do Aborto], NAC. E eu me tornei a presidente do Conselho Nacional do Aborto.
 
O objetivo explícito do Conselho Nacional do Aborto era trazer de joelhos a Associação Nacional dos Estabelecimentos de Aborto. E foi o que de fato veio a acontecer depois de menos de seis meses de competição entre as duas organizações. A NAAF não cresceu mais, e o Conselho Nacional do Aborto teve acesso a muito mais dinheiro porque nós éramos os bons meninos que conhecíamos os grandes financiadores. John D. Rockefeller III financiou a NAC. Finalmente um comitê, um comitê de negociação, foi estabelecido. As duas organizações se fundiram na Federação Nacional do Aborto (National Abortion Federation) e eu fui novamente nomeada como a primeira diretora executiva.
 
Exerci o cargo por um ano e meio ou dois anos. Durante este período produzimos um guia do consumidor para pacientes em busca de um aborto e tínhamos um encontro profissional cada ano para treinamento, desenvolvimento e educação. Foi isto o que fizemos naqueles primeiros estágios.
 
Foi nesta época, no final de 1977, quando morreu Rosie Jimenez. [O movimento a favor da vida havia conseguido que o governo americano não oferecesse mais o aborto como um serviço de saúde pública gratuito através da Medicaid. Como conseqüência, a jovem imigrante mexicana Rosie Jimenez acabou morrendo em um aborto clandestino com uma curiosa por não ter podido pagar uma clínica particular]. E Ellen Frankfort, que era minha amiga e escritora feminista em Nova York me procurou para que eu a pudesse ajudar a escrever um livro a respeito. Ela me perguntou se eu poderia ajudá-la e eu lhe disse que sim.
 
Fizemos uma viajem até McAllen, o lugar onde Rosie havia morrido. A acusação do movimento feminista era a de que Rosie teria morrido por causa do corte de verbas para a Medicaid. Os relatórios oficiais diziam, porém, que ela não havia morrido por causa do corte de verbas da Medicaid. Ela havia morrido porque era uma jovem americana de origem mexicana, envergonhada por ter engravidado, e que por causa disso havia cruzado a fronteira para praticar um aborto no México com uma parteira. Nós fomos ao local e constatamos que toda a história estava contada errada. Não era isso o que tinha acontecido. Ela havia se dirigido ao próprio médico que na cidade de McAllen havia feito seus dois abortos anteriores, quando estes ainda eram cobertos pela Medicaid, mas que negou o terceiro porque a Medicaid já não pagava mais os abortos. E assim ela se dirigiu a uma parteira ilegal da própria McAllen, fêz um aborto, infeccionou-se e morreu.
 
Depois de quatro anos de aborto legal e de direito constitucional nos Estados Unidos da América, estávamos diante de uma situação onde parecíamos ter retornado à realidade em que as mulheres pobres que não mais podiam utilizar-se da Medicaid, se elas morassem no estado errado, não mais teriam acesso ao aborto, enquanto que as mulheres ricas o continuariam tendo.
 
E eu sempre estive do lado, a maior parte das vezes sem nenhuma má vontade para com os demais, dos mais pobres. Como católica, devido à própria missão social da Igreja, sempre tive a noção de que os pobres deveriam ser a nossa primeira prioridade.
 
E agora eu era a diretora executiva de uma associação que fazia parte de um movimento que não compartilhava exatamente as estratégia que eu pensava que deveria fluir destes valores. Vou tentar explicar-me mais claramente.
 
Eu não acho que o movimento pelo direito ao aborto seja um movimento racista. Mas eu acho que o movimento pelo controle populacional é não só um movimento racista como também é um movimento classista e eugenista. Mas à medida em que eu mergulhava mais profundamente no estágio seguinte de meu trabalho, que veio a se tornar internacional, passei a perceber o quanto os problemas populacionais passaram a se tornar uma questão importante que não tinha tido lugar algum na primeira parte de minha carreira. Toda a primeira parte de minha carreira foi um comprometimento com o movimento pela saúde reprodutiva. Era um movimento da área da saúde. Era um movimento de direitos. Era um movimento da área da saúde que não tinha nada a ver com questões de controle populacional.
 
Assim, de qualquer forma, naquele momento eu decidi que deixaria a Federação Nacional do Aborto e iria trabalhar com Ellen no livro sobre a morte de Rosie. Nós escrevemos o livro. O livro foi um completo fracasso, como é o caso da maioria dos livros na América. Mas foi um livro muito bom. Sim, foi um livro excelente, mas não vendeu. Isto acontece. Bem, você sabe, houve também os que disseram que não vendeu porque a mensagem dos pobres não pega na América. Os americanos não se preocupam com os pobres, eles se preocupam com os seus direitos e suas crianças e seus filhos.
 
Logo depois que o livro ficou pronto surgiu uma mulher de nome Patricia McMahon, que em um certo sentido foi a segunda diretora executiva das Católicas pelo Direito de Decidir. Patricia McMahon era uma mulher irlandesa da classe trabalhadora. Esteve na Irlanda ente 1976 e 1977, e ficou abismada com o estado das mulheres irlandesas e da contracepção na Irlanda, e voltou para a América querendo fazer alguma coisa a respeito. Ela entrou em contato com a Fundação Ms e disse: "Quero fazer algo a respeito". E eles responderam: "Existe aí um grupo chamado Católicas pelo Direito de Decidir. Por que não telefona para elas?". Ela telefonou e falou com as Católicas. Não só, mas também convenceu-as a contratá-la como a primeira diretora executiva em tempo integral. Elas a contrataram, mas não tinham dinheiro. E mesmo assim Patrícia começou a construir uma forte diretoria. Foi assim que ela me encontrou e me perguntou se eu não queria fazer parte da diretoria das Católicas pelo Direito de Decidir.
 
Este foi o momento decisivo da minha vida. E a questão era, seria eu católica? Sou católica? Eu não ia à Igreja, eu não acreditava nos ensinamentos da Igreja sobre sexualidade, mulheres, reprodução, mas seria eu ainda assim uma católica? E assim começou uma batalha dentro de mim. Eu resolvi pensar a respeito.
 
Eu sempre senti que o movimento do direito ao aborto se ressentia de uma dimensão moral, que o trabalho nas clínicas consiste em ver a política do preto e branco, é legal ou não é legal. Não se discute se é certo ou errado, quando é certo e quando é errado.
 
Assim, de qualquer forma, fiquei muito interessada na proposta porque as Católicas pelo Direito de Decidir tinham um espaço onde as dimensões morais dos problemas poderiam ser exploradas. Eu também sempre acreditei que as mudanças sociais ocorrem na periferia, nas margens, nunca no centro. Do ponto de vista da estratégia política eu não acredito que se possam promover grandes mudanças sociais fazendo parte do establishment. Eu acho que se você quer realmente provocar uma mudança é muito melhor fazê-la a partir das margens do que se você tentar fazê-lo procurando ser popular no centro.
 
E assim eu resolvi que iria reentrar nos meios católicos, no mundo e na comunidade do catolicismo.
 
- Você não tinha permanecido fora da Igreja por quinze ou dezesseis anos?
 
- Isso mesmo, desde os anos 1963 ou 1964, até 1978 ou 1979, de que estamos falando agora.
 
E em primeiro lugar eu me considero, e muitas pessoas dizem o mesmo, eu sempre me considerei a mim mesma como uma pessoa espiritual. No que eu acredito? Eu posso dizer que eu acredito que esta vida tem um sentido. Eu estou aqui para fazer alguma coisa. Eu tenho uma obrigação de fazer alguma coisa. E isto é uma crença, porque a vida poderia ser totalmente sem sentido. Eu acredito, não por causa de qualquer motivo racional, que há um sentido além do sentido que eu dou à vida. Isto é um início. De um certo modo, isto é um ponto de partida. Quero dizer, se você acredita nisto, você passa a acreditar que há alguma coisa fora de cada um de nós como indivíduos. O que nos dá este significado? Se o significado não vem de dentro de mim, então ele vem de onde? Então este é um ponto de partida no caminho de reestabelecimento da fé a partir do início, em vez de ser a partir do Catecismo: existe um Deus, e o resto que você sabe. Mas eu acredito que no fim você volta ao Catecismo básico.
 
Em segundo lugar, eu trabalhei em outro ponto. Na medida em que eu trabalhei nas Católicas pelo Direito de Decidir, eu fiquei exposta à Igreja Católica de hoje, em contraposição à Igreja Católica pré Vaticano II que eu conheci, e eu descobri que eu sou mais católica que a maioria dos católicos progressistas que eu pude conhecer.
 
- Certo. Convidaram você para fazer parte da diretoria das Católicas pelo Direito de Decidir. E como bem disse, sua decisão era que sim você era uma católica. Mas eu queria que você desenvolvesse aquela parte de que você estava particularmente interessada em aceitar porque o trabalho levava a sério as implicações morais do aborto.
 
- Correto. Eu penso que se olharmos historicamente para o movimento do direito ao aborto nos Estados Unidos sempre houve algum tipo de uma distinção nítida entre os aspectos legais e morais. E assim sendo o movimento pelo direito ao aborto concentrou-se muito na questão do direito, e nada na questão da moralidade.
 
Agora você sabe que isto mudou nos anos 80. Porém com certeza o estabelecimento de um movimento contra o aborto foi um fenômeno católico. Ele foi fundado pelos bispos católicos e concentrou-se muito na questão de que o aborto era imoral porque você estaria tirando a vida do feto.
 
Fora isso, se você pensar historicamente sobre a relação entre a mulher e a moralidade e olhar a questão através de uma lente feminista, a moralidade e os conceitos da moralidade sempre foram usados contra as mulheres. Portanto você nunca realmente irá vencer como mulher se a questão da moralidade for levantada. Se nós, como movimento, tivermos que tratar de moralidade na questão do aborto, nós perderemos, porque o discurso moral é controlado pelos homens e é construído contra as mulheres.
 
Assim, em primeiro lugar, existe uma questão simples. Algo é considerado legal ou ilegal, e a moralidade não é o fator determinante.
 
Em segundo lugar, os sistemas morais são predominantemente utilizados contra as mulheres.
 
E agora o terceiro elemento é a religião, que é mais intimamente ligada à moralidade do que aos direitos.
 
Todas estas coisas contribuem umas com as outras de tal maneira que as pessoas não questionem o tema da moralidade.
 
Assim, neste contexto, tanto em termos de minha formação católica, como em termos de minha experiência em clínicas de aborto, eu acreditei então, e agora acredito mais firmemente, que a incapacidade de tratar esta questão no nível moral é uma grave ameaça para o sucesso a longo prazo do movimento a favor do aborto. Portanto, as Católicas para o Direito de Decidir pareciam ser o espaço ideal onde estas questões poderiam ser tratadas não apenas como questões Católicas, mas também como questões morais mais amplas. Eu penso que em alguns sentidos, mesmo nas suas origens, nas mentes das três mulheres que fundaram as Católicas pelo Direito de Decidir, elas nunca chegaram a imaginar que as Católicas viessem a engajar-se tão profundamente no discurso moral como elas são hoje.
 
O modo como as Católicas pelo Direito de Decidir tratavam destes temas em seu período inicial de fundação, digamos, desde 1973 até o momento em que eu me envolvi com elas, que foi quando começou o verdadeiro envolvimento com as questões morais, a questão do aborto era vista como um problema de consciência, do direito dos católicos em discordarem, e este tipo de coisas. Tratava-se do direito à liberdade religiosa.
 
Quando eu entrei para a diretoria das Católicas, eu estava trabalhando há dois anos em uma Fundação chamada o Projeto Jovem, eu era a diretora executiva desta organização em Washington D.C. A Fundação fazia doações a organizações de base em toda a América que estivessem envolvidas com mudanças sociais. Eu gastei um ano viajando em várias regiões onde procurava educar estes movimentos sobre como relacionar-se com as pessoas de origem latina e hispânica e aconselhando, por outro lado, a Fundação sobre a atuação destes movimentos. Com isto pude aprender como as Fundações financiadoras trabalham. Quero dizer, estes dois anos tornaram-me a arregimentadora de fundos bem sucedida que sou hoje porque eu aprendi, do lado de lá de trás da mesa, do lado de onde se decide para onde irá ser doado o dinheiro, o que estas Fundações querem saber, como dizê-lo e como explicar do que se trata cada projeto. Eu consegui desenvolver um sentido de igualdade nas relações entre o doador e o receptor de maneira a trabalhar nesta estrutura de um modo que você não pareça um mendigo pedindo dinheiro. Eu sei como dar às Fundações a chance que elas procuram para que elas possam investir o seu dinheiro com sucesso. Sem mim, vocês não conseguirão o sucesso que desejam. O doador não pode ter sucesso se não há pessoas que possam fazer um grande trabalho ao receber o dinheiro. Assim, você sabe, eu desenvolvi toda uma filosofia em torno deste ponto.
 
Foi assim que Pat McMahon, que foi a diretora executiva das Católicas pelo Direito de Decidir desde 1978 até 1982, aproximadamente, conseguiu tirá-la do nada e conseguiu a primeira doação da Fundação Sunnen em St. Louis, Missouri. E a Fundação Sunnen, através dos primeiros anos das Católicas pelo Direito de Decidir, aquele período de tempo que se estende provavelmente até o fim dos anos 80, foi uma das principais financiadoras das Católicas pelo Direito de Decidir, e uma financiadora controvertida, porque a família Sunnen, que eram as controladoras da Fundação, estavam muito fortemente comprometidas com o conceito de que havia pessoas em excesso em nosso planeta. Uma perspectiva do controle populacional global, mesmo em se tratado de uma Fundação que investia basicamente na área doméstica e no direito ao aborto em seus termos próprios.
 
Isto é um outro problema muito complicado.
 
Quando você examina os tipos de caracteres que desfilam ao longo da história deste movimento, você encontra em primeiro lugar pessoas que são estritamente partidárias dos direitos reprodutivos. Pessoas que acreditam no direito de escolha da mulher, que são comprometidas com o aborto por causa dos sofrimentos e dos direitos da mulher e tudo o resto.
 
Mas há outros que entraram neste movimento e que estão muito mais preocupados somente com uma outra coisa, que há um excesso de pessoas em todo o mundo e com os efeitos que este excesso de pessoas irão causar no planeta, nos Estados Unidos, na economia, nas conseqüências negativas individuais deste excesso de pessoas no bem estar individual de cada um. São pessoas que entraram para o movimento somente porque elas querem ver menos gente.
 
Mas, geralmente falando, eu penso que as pessoas e as organizações que estão interessadas no aborto tendo como motor a redução da população não fazem isso como uma consciência feminista. Eles não vêem o mundo e os problemas do mundo através da ótica do feminismo. Eu lembro que na Conferência do Cairo passei o tempo conversando e fazendo perguntas a muita gente. Você sabe, a Conferência do Cairo foi decisiva neste ponto porque foi um ponto de viragem do paradigma "existe-um-execesso-de-gente", "nós-temos-que-estabilizar-a-população" para o paradigma em que a chave está na educação da mulher e no bem estar da mulher. Eu perguntei para um mundo de pessoas, e a maioria não quis responder estas perguntas quando eu as fiz, se fosse provado que a educação das mulheres tivesse como resultado um maior número de bebês, nós ainda continuaríamos lutando pela educação das mulheres? Você sabe, o pensamento óbvio que está por trás desta pergunta é: "A educação das mulheres é apenas um meio para se alcançar um outro fim ou ela é um valor e um fim em si mesmo?
 
Então na verdade a questão é outra. Existiu realmente uma mudança de paradigma no Cairo ou estamos falando apenas no nível de táticas e estratégias? Entregue as pílulas para as mulheres, despeje-as com aviões se necessário, mas entregue as pílulas. Esta era a abordagem de Rei Ravenholt, a idéia de que se você disponibiliza a tecnologia as pessoas irão utilizá-la. Mas agora a maioria das pessoas acredita que há um limite para a eficiência desta estratégia. Esta estratégia irá conseguir 70% do objetivo esperado de reduzir o tamanho e o crescimento da população. Mas você ainda tem o problema dos outros 30%, e este é um grande problema, porque ainda é visível a necessidade de reduzir a população em algumas partes do mundo. Na Índia, por exemplo. Na África eu creio que há menos necessidade porque ali a AIDs já está fazendo o serviço, não é o que eu penso, mas é o que a elite populacionista diria. Mas de qualquer maneira existe uma necessidade de uma contínua redução populacional na Índia, na China e em outros lugares. E a entrega de anticoncepcionais ajudou, mas não fêz o serviço completo. Assim a questão é, o que mais é necessário acontecer para alcançar o objetivo desejado?
 
- Desculpe, de que objetivo está falando?
 
- Diminuir ainda mais as taxas. Convencer as pessoas a ter menos filhos.
 
Existe uma aceitação geral no campo populacional de que é necessário haver outras estratégias e outras técnicas, incluindo a educação das mulheres, para diminuir a população. O exemplo de Kerala, na Índia, é o exemplo geral que todo mundo cita: para cada dois anos a mais de educação, cada mulher irá adiar mais uma gravidez.
 
Então isso é tudo parte de um discurso e parte de uma estratégia para reduzir a população. E a questão central que está na minha mente é, como feminista, a questão do quanto realmente ocorreu no Cairo uma mudança de paradigma e do quanto isto não seria apenas um aumento do número de estratégias disponíveis para alcançar de novo o mesmo objetivo de reduzir o problema populacional.
 
Hoje um dos dilemas para muitas pessoas do movimento feminista, feministas que advogam pela saúde das mulheres e advogam pela saúde reprodutiva, é que nós não acreditamos que as pessoas da Agência Internacional do Desenvolvimento adotaram realmente nenhum novo paradigma, e agora nós nos tornamos as pessoas que estão pedindo financiamento para eles. É tudo muito complicado.
 
- Quando você decidiu entrar para a diretoria das Católicas para o Direito de Decidir em 1982, como era o discurso naquele momento em ambos os lados?
 
- Nós estávamos nos estágios iniciais, muito, muito, muito iniciais da estratégia das multidões anti aborto. Era o período em que os protestantes conservadores decidiram que a crença que eles tinham tido, isto é, que era errado envolver-se em política, que um protestante conservador, um evangélico ou um fundamentalista deveria em sua vida separar-se do demônio, o que incluía a política, um mundo que não poderia estar no mundo de uma pessoa de fé evangélica. E de repente chegou o momento em que eles começaram a apavorar-se pelo modo como os seus valores haviam sido erodidos pelos direitos das mulheres, pelo direito ao aborto, pelo sexo livre e tudo o mais. Tudo o que eles tinham de mais caro estava desmoronando, e assim eles não tinham outra saída a não ser derrubar sua idéia de manter-se longe da política e começar a envolver-se na política. Isto estava começando justamente naquele período.
 
- Então, quando você assumiu em 1982, descreva-me como era a organização das Católicas em 1982.
 
- Em 1982 havia uma equipe que consistia na editora da revista Conscience, uma organizadora de colaboradores, a diretora executivo, que acabei sendo eu, e uma secretária, uma ou duas secretárias. Talvez houvesse duas secretárias administrativas. Esta era a equipe. E o orçamento era, o orçamento de toda a organização, em torno de 250 a 275 mil dólares por ano. Era isto o que o grupo era. Para o ano de 1982, éramos certamente a menor de todas as organizações de direitos reprodutivos.
 
- Pode ser, mas de onde vocês tiravam um quarto de milhão de dólares por ano?
 
- Da Fundação Sunnen, da Fundação Ms., da Fundação Playboy. Quando eu entrei, elas tinham acabado de receber sua primeira doação da Fundação Ford, cerca de 20 mil dólares, para entrevistar as mulheres e produzir um estudo sobre como elas se sentiam após deixarem a clínica de abortos. E com certeza isto representou um outro ponto de virada, isto é, o fato de ter recebido uma doação da Fundação Ford. Isto significava termos sido finalmente admitidas naquele mundo.
 
- OK. Quanto de coragem era necessário para ser uma Católica pelo Direito de Decidir no final dos anos 70 e no início dos 80?
 
- Provavelmente menos do que é necessário hoje, porque tudo isto era antes que João Paulo II tivesse sido Papa. Os bispos católicos eram muito ativos nestas questões, mas realmente não tinham prestado muita atenção às CDDs.
 
Uma das realidades entre as Católicas pelo Direito de Decidir era que entre os grupos de católicos progressistas, nós realmente estivemos entre os primeiros. As Católicas pelo Direito de Decidir vieram antes que existisse uma Conferência pela Ordenação das Mulheres, e as Católicas já existiam antes que houvesse um movimento pela reforma da Igreja e antes que houvesse um movimento pelos direitos homossexuais na Igreja. Os elementos progressistas da Igreja Católica estavam começando a se organizar no mesmo período em que as Católicas estavam também se organizando.
 
Uma das coisas que é parte da estratégia de tornar a identidade das Católicas pelo Direito de Decidir mais explicitamente católica foi a idéia de testar se havia ou não havia um número significativo de líderes católicos que estariam prontos a assinar uma declaração, uma declaração moderada, sobre o aborto. Estas pessoas teriam coragem de sair, mesmo que apenas um pouquinho, de dentro do seu armário? Foi assim que Dan Maguire, sua então esposa Marjorie e eu, esboçamos uma declaração intitulada "A Declaração Católica sobre o Aborto".
 
Nós começamos pedindo às pessoas que a assinassem. Conseguimos um número razoável de pessoas, provavelmente um total de cinqüenta pessoas assinaram a declaração no primeiro ano. Eram todos teólogos liberais católicos. Algumas eram freiras, havia um sacerdote ou dois, a maior parte pertencia à vida acadêmica, porque a declaração teve sua partida dada em uma conferência acadêmica. Em seguida decidimos publicar um anúncio a respeito no jornal New York Times. A declaração era basicamente simples. A parte que foi mais criticada dizia que havia mais de uma posição católica legítima sobre a questão do aborto. Ela mencionava as pesquisas de opinião públicas. As pesquisas mostravam que os católicos eram a favor do aborto. A declaração também chamava os bispos a abrir um diálogo sobre a questão do aborto, e dizia que a questão do aborto deveria ser abordada dentro da comunidade católica de modo que as pessoas pudessem expressar-se a respeito e trabalhar com a mesma. A declaração também exortava os bispos a não penalizar ninguém, que a penalização dos católicos que eram a favor do aborto não era o caminho a ser trilhado. Isto é essencialmente o que a declaração dizia. Nenhuma pessoa que tivesse assinado a declaração estaria assinando que sua posição seria a favor do aborto. A declaração não dizia que a posição a favor do aborto era a posição correta. Ela simplesmente enumerava uma série de fatos e pedia o diálogo em uma abordagem não punitiva.
 
O Vaticano não fêz nada. Ninguém fêz nada. Quero dizer, houve muito pouca reação. Conseguimos uma pequena cobertura na imprensa. Depois das eleições, o Vaticano escreveu para os superiores das ordens religiosas que tinham membros que haviam assinado a declaração e disse: "Vocês devem fazer com que estas mulheres se retratem".
 
Existe um órgão dentro do Vaticano chamado Congregação para os Religiosos e Institutos Seculares. Este órgão mudou de nome, mas na época o nome era este. E o órgão era encarregado de todas as ordens de freiras, os Jesuítas e as Misericórdias, os homens, as mulheres e tudo o mais. E assim ela escreveu para os superiores destas comunidades, as madres superioras, as secretarias gerais ou como queira chamá-las, e disseram: "Estes membros da sua comunidade assinaram uma declaração que apareceu no New York Times, e isto é contra os ensinamentos da Igreja, e nós queremos que chamem tal irmã e lhe digam que retrate sua assinatura".
 
E assim aconteceu que havia vinte e quatro irmãs, havia na realidade vinte e cinco irmãs que a assinaram, mas o Vaticano somente identificou vinte e quatro. Havia uma que eles não desconfiaram que fosse uma irmã. E havia também dois irmãos e dois sacerdotes que também haviam assinado a declaração. Para resumir, os padres e os irmãos se retrataram. Eles me chamaram pelo telefone. Mandaram cartas para mim dizendo que eu retirasse seus nomes da declaração. OK. Mas as mulheres não quiseram se retratar, e assim seguiu-se uma guerra de dois ou três anos e negociações com o Vaticano sobre o que iria acontecer. E tudo foi muito, muito público. Uma das coisas sobre a organização e os esforços para reformar a Igreja Católica é não deixar as coisas acontecerem em segredo. Nós sabíamos que o New York Time era o nosso melhor amigo. Você sabe, a batalha pela reforma da Igreja Católica tem que ser feita nas páginas dos jornais e na TV e no rádio porque nós não temos acesso aos mecanismos da Igreja, e assim temos que usar os mecanismos seculares para conseguir veicular a mensagem.
 
Assim tudo isso foi colocada nas páginas de todos os jornais dos Estados Unidos. As freiras foram identificadas. Houve conferências de imprensa. Houve de tudo, e assim tudo isso foi um momento enormemente importante. Foi provavelmente o momento de coroação da solidificação do reconhecimento que os católicos eram a favor do aborto. Você sabe, quando as Católicas pelo Direito de Decidir começaram, todos acreditavam que os católicos não eram a favor do aborto, e que os católicos faziam o que os bispos lhes diziam para fazer. E assim o processo de fundação das CDDs até 1984 foi um processo de tornar tudo isso visível e tornar conhecido para todo mundo que nós católicos fazemos o que queremos.
 
Eu penso que sempre fêz parte de nossa estratégia reconhecer que há pessoas a quem você pode alcançar e pessoas a quem você não pode alcançar. Nós sempre estivemos conscientes, desde o início, que há muito mais pessoas ambivalentes na questão do aborto do que foi geralmente reconhecido pelo movimento a favor do aborto. Durante anos nós sempre achamos que estes eram em torno de 75%. Assim, sempre fomos a maioria. A realidade é que cerca de 20% das pessoas são decididamente a favor do aborto e 10% são decididamente anti aborto. Este número aumentou. Mas o resto, os outros 60%, eles são a favor do aborto. Eles não são decididamente a favor do aborto, para eles o aborto é uma coisa terrível, mas eles não gostariam que fosse ilegal, eles são ambivalentes. E a missão das Católicas pelo Direito de Decidir é alcançar estas pessoas.
 
- Sim, e uma das coisas que me fascinaram na Internet foi toda a questão da animação, em que momento a alma é introduzida, toda a questão do início da vida e de quando um feto se torna bebê.
 
- Bem. nós tratamos disto, nós somos as pessoas no movimento que temos que dizer que você deve tratar da questão do feto. Você sabe, nós nunca ganharemos este negócio se nós deixarmos os fetos com eles.
 
- Eles tem imagens dos coraçõezinhos batendo, dos dedinhos, e outras coisas assim.
 
- Você sabe disso. Quando você contrapõe um feto contra uma mulher a mulher perde. Você sabe disso. Bebês contra mulheres, os bebês vencem. Sempre. Então nunca pareceu para nós que você poderia ignorar isso. Agora, com certeza, como católicas, nós somos mais forçadas a tratar com a questão do feto, porque a apresentação pública do argumento dos bispos diz que o aborto é um assassinato, abortar é matar, a vida começa na concepção. Nosso trabalho tem sido colocar esta questão em primeiro plano desde uma perspectiva católica. Você também sabe disso. A perspectiva católica é um bom lugar para começar, tanto em termos filosóficos, sociológicos como teológicos, porque a posição católica é a posição mais desenvolvida. Assim, se você puder refutar a posição católica, você refutou todas as demais. OK. Nenhum dos outros grupos religiosos realmente têm declarações tão bem definidas sobre a personalidade, quando a vida começa, fetos e etc. Assim, se você derrubar a posição católica, você ganha.
 
- E assim esta declaração de 1984 trouxe tudo para a arena pública.
 
- E também, novamente, mostrou a diferença que há entre homens e mulheres, porque aqui você tem quatro rapazes que imediatamente fizeram o que o Vaticano lhes ordenou que fizessem e estas vinte e quatro mulheres que disseram: "Não, nós não vamos nos retratar".
 
O caso foi que o Vaticano perdeu um grande tempo, eles perderam um grande tempo em termos de sua autoridade, porque eles não conseguiram obter o que eles queriam. E um par delas eram teimosas. As duas que eram de West Virginia eram as melhor conhecidas. Foram elas que escreveram o livro "Não Voltar Atrás", Barbara Ferraro e Patricia Hussey. Elas foram asa únicas que disseram desde o início: "Olhem, não somente nós não queremos dizer a eles que aceitamos os ensinamentos da Igreja, como também queremos dizer a eles que nós somos a favor do aborto".
 
No final a comunidade as apoiou porque a questão, novamente, era uma questão de poder. A questão era quem estava no controle, a comunidade ou o Vaticano.
 
O Vaticano, pela lei canônica, não tem o direito de demitir uma irmã de uma ordem. É a ordem que demite a irmã. O Vaticano pede à ordem que demita a irmã. Se a ordem diz não, o Vaticano tem um recurso, mas o recurso não é demitir a irmã, o recurso é demitir a superiora. Assim a batalha passou para um outro nível além do nível do aborto. A batalha foi a das comunidades religiosas afirmando sua autoridade dentro do direito canônico de decidir quem é membro de sua comunidade e quem não é membro de sua comunidade. No fim as superioras acabaram dizendo: "Nós não vamos demitir as irmãs". A superiora das irmãs mostrou o pescoço, desafiou o Vaticano. E ela venceu. Todas venceram. Quando tudo estava acabado e a comunidade havia vencido, as duas irmãs que deviam ter sido demitidas pediram dispensa e agora não são mais freiras. São apenas duas mulheres administrando uma casa de desabrigados em West Virginia.
 
- Certo, E o que significou para a sua organização o fim desta discussão?
 
- Muito mais visibilidade, muito mais discussão sobre o tema do aborto, muitos mais aliados para a organização. Para a maioria de 90%, tudo terminou positivamente, para uma minoria de 10% houve um ressentimento de quem achou que colocamos as irmãzinhas em apuros. Nós teríamos usado delas. Mas não foi isso, foi tudo muito importante e um excelente momento.
 

 
44. REUTERS INICIA CAMPANHA MIDIÁTICA INTERNACIONAL PARA FORÇAR BRASIL A LEGALIZAR ABORTO
6 May 2007.
 
 
REUTERS INICIA CAMPANHA MIDIÁTICA INTERNACIONAL PARA FORÇAR BRASIL A
LEGALIZAR ABORTO
 
 
 
A Reuters, uma das principais agências de notícias do mundo, está iniciando uma campanha midiática internacional para impulsionar o governo Lula a retomar com força as iniciativas políticas no sentido de legalizar o aborto no Brasil.
 
Um artigo altamente tendencioso, traduzido em várias línguas e distribuídos para vários países do mundo, supostamente baseado em uma entrevista com vários médicos do Posto de Saúde da Barra Funda, um bairro da periferia pobre do Centro de São Paulo, mas que na realidade cita apenas uma única médica do local, afirma que no Brasil os profissionais da saúde estão revoltados com a próxima vinda do Papa e culpam a Igreja Católica pela sua posição contra a legalização do aborto que estaria causando dano à saúde das mulheres. Segundo a reportagem, os médicos sabem que muitas de suas pacientes grávidas irão morrer ao saírem do posto quando procurarem um aborto inseguro e eles se vêem diante de
 
"UM DILEMA MORAL E UMA SITUAÇÃO HORRÍVEL",
 
porque poderiam ser cassados se indicassem uma clínica clandestina segura para que suas pacientes pudessem abortar com segurança. "Todo este sofrimento", teriam afirmado os médicos à Reuters, poderia ser evitado se
 
"O PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA SE DECIDISSE A DESAFIAR A IGREJA CATÓLICA NA QUESTÃO DO ABORTO, AGORA QUE ELE NÃO TEM MAIS QUE DISPUTAR A REELEIÇÃO".
 
O artigo foi traduzido pela Reuters para o português, espanhol, inglês e italiano e está sendo veiculado em vários países do mundo.
 
No Brasil foi publicado no dia 4 de maio de 2007 pelo "Estado de São Paulo", sob o título "À espera do Papa, médicos criticam Igreja e discutem aborto".
 
 
Sob o título "Visiting Pope steps into abortion battle in Brazil", o artigo foi publicado nos Estados Unidos pela revista Scientific America,
 
 
pelo Washington Post,
 
 
pelo Boston Globe,
 
 
pela ABC News,
 
 
pelo Yahoo Health,
 
 
pelo Yahoo News,
 
 
pelo Yahoo Asia News,
 
 
pela News Max,
 
 
pela própria Reuters,
 
 
e por vários outros jornais.
 
A Americas.org, uma entidade que afirma "trabalhar pelos direitos humanos em uma economia globalizada", disponibilizou uma cópia do artigo qualificando-o de
 
 
"UM INSTRUMENTO EDUCACIONAL PARA IMPLEMENTAR A COMPREENSÃO DE TEMAS ENVOLVENDO A ECONOMIA GLOBAL E A JUSTIÇA SOCIAL".
 
 
 
 
Com modificações ainda mais tendenciosas, o texto também foi publicado pelo portal da IPPF, a maior rede de clínicas de abortos dos Estados Unidos. O artigo editado pela IPPF dá a entender que a posição do povo brasileiro estaria cada vez mais a favor do aborto em um desafio aberto à autoridade papal, quando na verdade sabe-se que as pesquisas de opinião pública mostram que no Brasil a rejeição ao aborto têm aumentado de modo contínuo a cada ano desde pelo menos 1993. Mas o texto publicado pela IPPF afirma já em seu início que
 
"Quando o Papa Bento XVI visitar o Brasil na próxima semana, ele descobrirá que sua autoridade estará sendo desafiada, não apenas pelo comportamento sexual dos brasileiros, mas também pelas mudanças de atitude em relação ao aborto. Muitos ignoram a posição da igreja em relação ao aborto e os médicos queixam-se dos líderes católicos pelos danos causados à saúde das mulheres e pelo enfraquecimento da luta contra a AIDS. Os defensores do direito ao aborto querem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafie a Igreja Católica na questão do direito ao aborto agora que ele está em seu segundo mandato e não pode ser reeleito".
 
 
 
O texto da Reuters foi publicado em espanhol na Venezuela, sob o título "Batalla en Brasil por el aborto crece antes de la visita del Papa ", pelo jornal El Universal,
 
 
pela Agência Reuter na Argentina,
 
 
e também pela Agência Reuters no Chile:
 
 
Em italiano, sob o título "Papa dal 9 maggio in Brasile, confronto sull'aborto", a Agência Reuters divulgou na terra do Papa uma versão mais curta e suave do mesmo texto:
 
 
 
 
 
 
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BRASIL: O ESTADO DE SÃO PAULO
 
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À ESPERA DO PAPA, MÉDICOS CRITICAM IGREJA E DISCUTEM ABORTO
 
 
04 de maio de 2007
 
Profissionais culpam líderes católicos por prejudicarem luta contra a Aids
 
Reuters
 
SÃO PAULO - Médicos de uma clínica de saúde pública em um bairro carente de São Paulo deixam seu trabalho todos os dias sabendo que muitas das suas pacientes grávidas - imigrantes bolivianas, moradoras de favelas e prostitutas - farão abortos inseguros, desenvolverão infecções uterinas e, em casos extremos, morrerão.
 
A dias da visita do papa Bento XVI ao país, os médicos da clínica, na zona leste da capital paulista, culpam os líderes católicos por prejudicarem a saúde das mulheres e a luta contra a Aids.
 
No Brasil, os médicos podem ser cassados por fazer abortos ilegais ou mesmo por encaminhar as mulheres às clínicas clandestinas que atendem a população de classe média alta.
 
Quando uma paciente pobre quer interromper uma gestação indesejada, os médicos são então pegos em um dilema moral. "Isso nos coloca numa posição horrível", disse Ruth Loreto Sampaio de Oliveira, ginecologista do Centro de Saúde Escola Barra Funda. "Tivemos pacientes que morreram depois de recorrerem a abortos arriscados."
 
As mulheres de baixa renda muitas vezes induzem abortos com um medicamento chamado misoprostol, vendido ilegalmente por ambulantes nas ruas de São Paulo. Algumas exageram na dose, rompendo o útero. Outras confiam em poções caseiras que contêm peróxido, que causa queimaduras, ou em aparelhos improvisados.
 
O sofrimento, segundo os médicos, poderia ser evitado. Eles esperam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafie a Igreja no quesito aborto, agora que ele não tem mais que disputar a reeleição.
 
Seu ministro da Saúde, José Gomes Temporão, quer um referendo sobre o tema, embora as pesquisas mostrem que os brasileiros rejeitariam a concessão de mais opções à mulher. Mesmo assim, líderes antiaborto temem que se repita no Brasil o mesmo que em Portugal, que liberou o aborto em um plebiscito em fevereiro, e a Cidade do México, que legalizou em abril. "Este ano está sendo preocupante para as pessoas que acreditam que a vida começa na concepção", disse Luiz Bassuma, presidente da frente parlamentar antiaborto.
 
Confronto na Igreja
 
As políticas públicas já se chocam com a doutrina da Igreja a respeito de planejamento familiar, ciência e Aids. O ministério da Saúde fornece pílulas anticoncepcionais e ligadura de trompas gratuitamente, além de autorizar abortos na rede pública em caso de estupro ou risco de vida para a mãe.
 
"A Igreja entra no caminho sempre que tentamos ampliar o acesso ao controle de natalidade, mas perdeu a batalha sobre a política para a Aids", disse a médica Tânia Lago, que dirige os programas de saúde feminina do Estado de São Paulo. "É uma doença que mata, então os políticos se dispuseram a enfrentar a Igreja."
 
O cardeal Geraldo Majella, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, demonstrou sua indisposição com a política pública, quando o governo distribui mais uma vez milhares de camisinhas antes do Carnaval deste ano.
 
"Não podemos concordar com preservativos, porque eles podem transformar a vida em vida sem responsabilidade", disse.
 
Os católicos, que representam 74 por cento dos brasileiros, parecem ignorar a doutrina. A freqüência com que eles recorrem ao aborto e aos anticoncepcionais é a mesma dos não-católicos, segundo estudos.
 
"Há uma enorme lacuna entre o que os católicos pensam sobre a saúde reprodutiva e as regras que a hierarquia da Igreja defende", disse Dulce Xavier, da entidade Católicas pelo Direito de Decidir.
 
Os ensinamentos da Igreja sobre a abstinência sexual também parecem entrar por um ouvido e sair por outro no Brasil, país que só perde para a Grécia em uma lista dos que mais praticam sexo publicada recentemente.
 
"Se eu disser aos meus pacientes para praticar a abstinência, todo mundo riria da minha cara", disse Marta Campagnoni, médica que dá aulas de planejamento familiar na clínica da Barra Funda.
 
 
 
 
 
 
 
 
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VENEZUELA: EL UNIVERSAL
 
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BATALLA EN BRASIL POR EL ABORTO CRECE ANTES DE LA VISITA PAPA
 
 
Brasil.- Los médicos de una deteriorada clínica de salud pública en un pobre sector de Sao Paulo dicen que sus mayores temores se hacen realidad con demasiado frecuencia, reseñó Reuters.
 
Dejan el trabajo cada día sabiendo que muchas de sus pacientes embarazadas -inmigrantes bolivianas, residentes de barrios pobres y prostitutas- se harán inseguros abortos, desarrollando infecciones uterinas y, en casos extremos, muriendo.
 
El aborto es ilegal en Brasil, el país con mayor población católica del mundo y escenario la próxima semana de la primera visita del Papa Benedicto XVI a América.
 
Los médicos de la clínica culpan a los prelados católicos de perjudicar la salud de las mujeres y el combate al sida.
 
Los médicos pueden perder sus licencias por realizar abortos o incluso por enviar a mujeres a clínicas clandestinas seguras que atienden a las brasileñas ricas. Por eso se encuentran ante una encrucijada moral cuando una paciente pobre quiere poner fin a un embarazo no deseado.
 
"Esto nos pone en una posición horrible", dijo la doctora Ruth Loreto Sampaio de Oliveira, una ginecóloga de la clínica. "Nosotros tuvimos pacientes muertas luego de recurrir a abortos riesgosos", agregó.
 
Las mujeres pobres frecuentemente se inducen abortos con un medicamento ilegal llamado misoprostol, adquirido en los mercados callejeros de Sao Paulo .
 
Algunas toman demasiado, rompiendo sus úteros. Otras apelan a pociones caseras que contienen peroxide, que causa quemaduras, o a máquinas improvisadas.
 
El sufrimiento puede ser evitado, dicen las médicas, quienes esperan que el presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafíe a la Iglesia Católica sobre el derecho al aborto ahora que está en su segundo mandato y no puede buscar la reelección.
 
El ministro de Salud quiere que se realice un referendo sobre el aborto. Según encuestas de opinión, los brasileños rehusarían dar a las mujeres el derecho a la opción.
 
Pero, activistas contrarios al aborto dicen que están preocupados porque Brasil podría seguir la senda de Portugal, que lo legalizó luego de un plebiscito realizado en febrero.
 
"Este año ha sido preocupante para la gente que cree que la vida comienza con la concepción", dijo Luiz Bassuma, jefe de la bancada contraria al aborto en el Congreso, en una columna periodística.
 
Los activistas dicen que el aborto será eventualmente legalizado en momentos en que la Iglesia Católica, aunque poderosa, ha perdido peso político en Brasil desde el fin de la dictadura militar em 1985 y el surgimiento del sida.
 
Choques con la iglesia
 
Las políticas del Gobierno ya chocan con la doctrina de la Iglesia sobre planeamiento familiar, ciencia y sida.
 
El Ministerio de Salud provee de todo gratuitamente, desde píldoras para el control de la natalidad a ataduras de trompas, y provee abortos en casos de violación o cuando la vida de la madre corre peligro. El Congreso permite investigaciones con células madre de embriones humanos congelados.
 
Algunos estados del país permiten las uniones entre homosexuales. Un fiscal federal quiere que los tribunales consideren los matrimonios gay como un derecho constitucional.
 
Además, el Gobierno entrega gratuitamente millones de condones cada año para la prevención del sida, muchos en escuelas secundarias públicas, causando la ira de la Iglesia pero elogios de las Naciones unidas.
 
"La Iglesia se pone en el camino cada vez que tratamos de ampliar el acceso al control de la natalidad, pero pierde la batalla sobre la política de sida", dijo la doctora Tania Lago. "Es una enfermedad que mata, por lo que los políticos estuvieron dispuestos a enfrentarse con la Iglesia", agregó.
 
La médica dirige programas de salud para el gobernador del estado de Sao Paulo, José Serra, quien como ministro de Salud del país en la década de 1990 creó un programa de combate al sida con la entrega gratuita de condones y de cócteles contra la enfermedad.
 
"No podemos estar de acuerdo con los condones porque convierten la vida en una vida sin responsabilidad", dijo el cardenal Geraldo Majella, presidente de la Conferencia Nacional de Obispos de Brasil, antes de comenzar este año la fiesta de Carnaval, cuando el gobierno entregó millones de preservativos.
 
Los católicos también ignoran la doctrina de la Iglesia en la materia. Un 74 por ciento de los 188 millones de brasileños son católicos y sus tasas de aborto y uso de condones reflejan a la población en general, según estudios.
 
"Existe una enorme brecha entre lo que piensan los católicos acerca de la salud reproductiva y las normas que defiende la jerarquía de la Iglesia", dijo Dulce Xavier, del grupo Católicos por el Derecho a Decidir.
 
Además, Brasil figura segunda entre las poblaciones más activas sexualmente, después de Grecia, según una encuesta divulgada en abril. Los griegos tienen, en promedio, 164 relaciones sexuales por año, y los brasileños 145.
 
La enseñanza de abstinencia de la Iglesia cae en oídos sordos en Brasil, donde el presidente Lula ha dicho que "el sexo es algo que le gusta a todos, es una necesidad biológica de los humanos".
 
"Si le digo a mis pacientes que practiquen la abstinencia, todos se reirán en mi cara", dijo la doctora Marta Campagnoni, quien imparte clases de planeamiento familiar en la clínica de salud.
 
 
 
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ESTADOS UNIDOS: WASHINGTON POST
 
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VISITING POPE STEPS INTO ABORTION BATTLE IN BRAZIL
 
 
By Terry Wade
 
Reuters
 
Wednesday, May 2, 2007
 
SAO PAULO (Reuters) - At a dilapidated clinic in a gritty section of Sao Paulo, doctors know that many of the pregnant Bolivian immigrants, shantytown dwellers and prostitutes they treat will go on to seek abortions elsewhere.
 
Abortion is illegal in Brazil, the world's biggest Catholic country, and back street abortions are rife, often leading to uterine
infections and, in some cases, death.        
 
When Pope Benedict visits here May 9, he will find his authority is being challenged, not just by sexual behavior in Brazil, but also by changing attitudes to abortion.
 
Brazilians tend to be sexually liberal -- having multiple partners is common, prostitution is legal, and even the president says "nearly everybody likes sex."
 
Many ignore the church on birth control and abortion. The government hands out condoms -- also opposed by the Catholic church -- to prevent the spread of AIDS. And doctors blame Catholic leaders for hurting women's health and weakening the fight against AIDS.
 
"The church gets in the way," said Dr. Tania Lago, who runs women's health programs for Sao Paulo state.
 
CONFRONTING CHURCH
 
Safe, clandestine clinics cater to rich Brazilians, but poor women induce abortions with an illegal drug called misoprostol, bought in Sao Paulo street markets. Too much can result in a ruptured uterus.
Others rely on homemade potions containing peroxide, which causes burns, or improvised devices.
 
For Dr. Ruth Loreto Sampaio de Oliveira, a gynecologist at the Centro de Saude Escola Barra Funda clinic in Sao Paulo, this is her worst fear.
 
"We've had patients die after resorting to risky abortions," she said.
 
Supporters of abortion want President Luiz Inacio Lula da Silva to confront the church on abortion rights and birth control now that he is in his second term and cannot seek re-election.
 
Polls have shown Brazilians would reject abortion if Lula's health minister is successful in bringing the debate to a referendum.
 
But anti-abortion leaders say they are concerned by developments in other Catholic countries: Portugal legalized abortion after a plebiscite in February, and Mexico City legalized abortion in April.
 
"This year has been worrisome for people who believe life starts at conception," Luiz Bassuma, head of the anti-abortion caucus in Congress, said in a newspaper column.
 
Activists believe abortion will eventually be legalized as the church, while powerful, has lost political sway since the end of military rule in 1985 and the emergence of AIDS.
 
IGNORING DOCTRINE
 
Government policies already clash with church doctrine on family planning, science and AIDS.
 
The health ministry provides everything from free birth control pills to tubal ligations, and gives abortions in cases of rape or when a mother's life is in danger. Congress has approved stem cell research on frozen human embryos.
 
Some states allow gay civil unions. One federal prosecutor wants courts to deem gay marriage a constitutional right.
 
Moreover, officials hand out millions of free condoms each year to prevent AIDS, many at public schools, angering the church but drawing praise from the United Nations.
 
"The church lost the battle over AIDS policy," said Dr. Lago of Sao Paulo state. "Because it's a disease that kills, politicians were willing to face off with the church."
 
Catholics make up 74 percent of Brazil's 185 million people and their rates of abortion and contraceptive use mirror the broader populace, studies show.
 
"There's a huge gap between what Catholics think about reproductive health and the rules the church hierarchy defends," said Dulce Xavier of Catholics for Free Choice.
 
On such issues, the church looks increasingly out of touch.
 
"We cannot agree with condoms because they turn life into a life without responsibility," Cardinal Geraldo Majella, head of the National Bishops Council, said just before this year's Carnival celebrations, when the government gave out condoms.
 
Archbishop Angelo Amato last week called gay marriage evil, abortions terrorism, and their clinics slaughterhouses.
 
Church teachings on abstinence fall on deaf ears in Brazil, where love motels with names like Desire and Opium line the highways.
 
"If I told my patients to practice abstinence, everybody would laugh in my face," said Dr. Marta Campagnoni, who runs family planning classes at the Barra Funda health clinic.
 
 
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ITÁLIA: AGENZIA REUTERS
 
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PAPA DAL 9 MAGGIO IN BRASILE, CONFRONTO SULL'ABORTO
 
 
Mercoledì, 2 maggio 2007
 
SAN PAOLO (Reuters) - Dal 9 maggio, giorno in cui comincia la sua visita in Brasile, Papa Benedetto XVI dovrà fare i conti con una questione aperta e dolente per la Chiesa, quella dell'aborto.
 
In realtà in Brasile, il più grande paese cattolico del mondo, l'interruzione volontaria di gravidanza è vietata, mentre è diffusa la pratica dell'aborto clandestino, che spesso porta a contrarre infezioni uterine e, in qualche caso, alla morte.
 
Il Pontefice si troverà di fronte a una sfida alla sua autorità: non solo per i comportamenti sessuali, ma anche per il modo in cui si considera l'aborto, dato che l'opinione pubblica sta cambiando.
 
I brasiliani tendono alla libertà sessuale: avere più partner è comune, la prostituzione è legale e anche il presidente dice che "a quasi tutti piace il sesso".
 
Molti non tengono in conto la dottrina della Chiesa sul controllo delle nascite e sull'aborto. Il governo distribuisce preservativi - contro l'opinione della Chiesa - per prevenire la diffusione dell'Aids. E i medici accusano le gerarchie cattoliche di attentare alla salute delle donne e di indebolire la lotta contro l'Aids.
 
"La Chiesa sta creando ostacoli", dice la dottoressa Tania Lago, che dirige il programma di salute femminile dello Stato di san Paolo.
 
Le brasiliane benestanti ricorrono a cliniche clandestine e sicure, ma le donne povere si procurano l'aborto assumendo un farmaco illegale, il misoprostol, che si compra per strada a San Paolo. L'uso eccessivo provoca perforazioni dell'utero. Altre donne invece si affidano a pozioni fatte in casa che contengono perossido, che provoca bruciature, o a rimedi improvvisati.
 
Per la dottoressa Ruth Loreto Sampaio de Oliveira, una ginecologa della clinica Centro de Saude Escola Barra Funda di San Paolo, questo è il timore peggiore: "Abbiamo avuto pazienti morte dopo aver fatto ricorso ad aborti rischiosi".
 
 
DIBATTITO APERTO
 
I sostenitori dell'aborto vogliono che il presidente Luiz Inacio Lula da Silva affronti la Chiesa sulla questione del diritto all'interruzione volontaria di gravidanza e sul controllo delle nascite, ora che è stato eletto per il secondo mandato e non potrà essere rieletto una terza volta.
 
I sondaggi indicano che i brasiliani direbbero no all'aborto, se il ministro della Salute del governo Lula sottoponesse la questione a referendum. Ma i leader del fronte anti-aborto affermano di essere preoccupati dagli sviluppi in corso in altri paesi cattolici: il Portogallo ha legalizzato l'aborto dopo un plebiscito a febbraio e il Messico ha preso la stessa decisione ad aprile.
 
Gli attivisti credono che l'aborto verrà legalizzato anche in Brasile, dato che la Chiesa, anche se resta forte, ha perso il suo peso politico nel paese, dopo la fine della dittatura militare nel 1985 e l'emergenza-Aids.
 
Le politiche del governo sulla pianificazione familiare, la scienza e l'Aids già di fatto si scontrano con la dottrina della Chiesa. Il Parlamento ha approvato la ricerca sulle cellule staminali provenienti da embrioni umani congelati. Alcuni Stati (il Brasile è una repubblica federale) consentono le unioni civili tra omosessuali. E si dibatte anche se i matrimoni gay sono un diritto costituzionale.
 
Le autorità distribuiscono milioni di preservativi gratis ogni anno per prevenire l'Aids, provocando l'irritazione della Chiesa.
 
"La Chiesa ha perso la battaglia sulla politica verso l'Aids", dice la dottoressa Lago. "Dato che è una malattia mortale, i politici hanno preferito opporsi alla Chiesa".
 
Il 74% dei 185 milioni di brasiliani sono cattolici e i tassi di aborto e contraccezione tra di loro rispecchiano quelli di tutta la popolazione, indicano vari studi.
Está previsto um referendo para breve.
 
Até lá...
 
45. LEGISLAÇÃO EM VIGOR EM PORTUGAL:
Lei nº 6/84 de 11 de Maio:
 
Exclusão de ilicitude em alguns casos de interrupção voluntária da gravidez.
 
..................
 
Artigo 1º
 
Os artigos 139, 140 e 141 do Código Penal passam a ter a seguinte redacção:
 
.....................
 
Artigo 140
 
Exclusão de ilicitude do aborto
 
1 - Não é punível o aborto efectuado por médico, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina:
 
a) Constitua o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;
 
b) Se mostre indicado para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida, e seja realizado nas primeiras 12 semanas de gravidez;
 
c) Haja seguros motivos para prever que o nascituro venha a sofrer, de forma incurável, de grave doença ou malformação, e seja realizado nas primeiras 16 semanas de gravidez;
 
d) Haja sérios indícios de que a gravidez resultou de violação da mulher, e seja realizado nas primeiras 12 semanas de gravidez.  ( Via_Orlando)


46. Razões para escolher a vida _ Nota Pastoral do Conselho Permanente Conferência Episcopal Portuguesa sobre
o referendo ao aborto
 
1. A Assembleia da República decidiu sujeitar, mais uma vez, a referendo
popular o alargamento das condições legais para a interrupção voluntária da
gravidez, acto vulgarmente designado por aborto voluntário. Esta proposta
já foi rejeitada em referendo anterior, embora a percentagem de opiniões
expressas não tivesse sido suficiente para tornar a escolha do eleitorado
constitucionalmente irreversível, o que foi aproveitado pelos defensores do
alargamento legal do aborto voluntário.
 
Nós, Bispos Católicos, sentimos perplexidade acerca desta situação. Antes
de mais porque acreditamos, como o fez a Igreja desde os primeiros séculos,
que a vida humana, com toda a sua dignidade, existe desde o primeiro
momento da concepção. Porque consideramos a vida humana um valor absoluto,
a defender e a promover em todas as circunstâncias, achamos que ela não é
referendável e que nenhuma lei permissiva respeita os valores éticos
fundamentais acerca da Vida, o que se aplica também à Lei já aprovada. Uma
hipotética vitória do "não" no próximo referendo não significa a nossa
concordância com a Lei vigente.
 
2. Para os fiéis católicos o aborto provocado é um pecado grave porque é
uma violação do 5º Mandamento da Lei de Deus, "não matarás", e é-o mesmo
quando legalmente permitido.
 
Mas este mandamento limita-se a exprimir um valor da lei natural,
fundamento de uma ética universal. O aborto não é, pois, uma questão
exclusivamente da moral religiosa; ele agride valores universais de
respeito pela vida. Para os crentes acresce o facto de, na Sua Lei, Deus
ter confirmado que esse valor universal é Sua vontade.
 
Não podemos, pois, deixar de dizer aos fiéis católicos que devem votar
"não" e ajudar a esclarecer outras pessoas sobre a dignidade da vida
humana, desde o seu primeiro momento. O período de debate e esclarecimento
que antecede o referendo não é uma qualquer campanha política, mas sim um
período de esclarecimento das consciências. A escolha no dia do referendo é
uma opção de consciência, que não deve ser influenciada por políticas e
correntes de opinião. Nós, os Bispos, não entramos em campanhas de tipo
político, mas não podemos deixar de contribuir para o esclarecimento das
consciências. Pensamos particularmente nos jovens, muitos dos quais votam
pela primeira vez e para quem a vida é uma paixão e tem de ser uma
descoberta.
 
Assim enunciamos, de modo simples, as razões para votar "não" e escolher a
Vida:
 
1ª. O ser humano está todo presente desde o início da vida, quando ela é
apenas embrião. E esta é hoje uma certeza confirmada pela Ciência: todas as
características e potencialidades do ser humano estão presentes no embrião.
A vida é, a partir desse momento, um processo de desenvolvimento e
realização progressiva, que só acabará na morte natural. O aborto
provocado, sejam quais forem as razões que levam a ele, é sempre uma
violência injusta contra um ser humano, que nenhuma razão justifica
eticamente.
 
2ª. A legalização não é o caminho adequado para resolver o drama do "aborto
clandestino", que acrescenta aos traumas espirituais no coração da
mulher-mãe que interrompe a sua gravidez, os riscos de saúde inerentes à
precariedade das situações em que consuma esse acto. Não somos insensíveis
a esse drama; na confidencialidade do nosso ministério conhecemos-lhe
dimensões que mais ninguém conhece. A luta contra este drama social deve
empenhar todos e passa por um planeamento equilibrado da fecundidade, por
um apoio decisivo às mulheres para quem a maternidade é difícil, pela
dissuasão de todos os que intervêm lateralmente no processo, frequentemente
com meros fins lucrativos.
 
3ª. Não se trata de uma mera "despenalização", mas sim de uma
"liberalização legalizada", pois cria-se um direito cívico, de recurso às
instituições públicas de saúde, preparadas para defender a vida e pagas com
dinheiro de todos os cidadãos.
"Penalizar" ou "despenalizar" o aborto clandestino, é uma questão de
Direito Penal. Nunca fizemos disso uma prioridade na nossa defesa da vida,
porque pensamos que as mulheres que passam por essa provação precisam mais
de um tratamento social do que penal. Elas precisam de ser ajudadas e não
condenadas; foi a atitude de Jesus perante a mulher surpreendida em
adultério: "alguém te condenou?... Eu também não te condeno. Vai e
doravante não tornes a pecar". [ver as nossas "Telegráficas sobre o aborto"]
 
Mas nem todas as mulheres que abortam estão nas mesmas circunstâncias e há
outros intervenientes no aborto que merecem ser julgados. É que tirar a
vida a um ser humano é, em si mesmo, criminoso.
 
4ª. O aborto não é um direito da mulher. Ninguém tem direito de decidir se
um ser humano vive ou não vive, mesmo que seja a mãe que o acolheu no seu
ventre. A mulher tem o direito de decidir se concebe ou não. Mas desde que
uma vida foi gerada no seu seio, é outro ser humano, em relação ao qual tem
particular obrigação de o proteger e defender.
 
5ª. O aborto não é uma questão política, mas de direitos fundamentais. O
respeito pela vida é o principal fundamento da ética, e está profundamente
impresso na nossa cultura. É função das leis promoverem a prática desse
respeito pela vida. A lei sobre a qual os portugueses vão ser consultados
em referendo, a ser aprovada, significa a degenerescência da própria lei.
Seria mais um caso em que aquilo que é legal não é moral.
 
3. Pedimos a todos os fiéis católicos e a quantos partilham connosco esta
visão da vida, que se empenhem neste esclarecimento das consciências.
Façam-no com serenidade, com respeito e com um grande amor à vida. E
encorajamos as pessoas e instituições que já se dedicam generosamente às
mães em dificuldade e às próprias crianças que conseguiram nascer.
 
Lisboa, 19 de Outubro de 2006
47. A cultura da morte
 
 
por Carlos Reis em 13 de abril de 2007
 
Resumo: Não é coincidência que o gosto pela morte entre os abortistas e os partidários da eutanásia, e ainda a “homofobia”, tenha o discurso comum da liberdade de decidir e usar o seu corpo.
 
© 2007 MidiaSemMascara.org
 
A melhor maneira de se concretizar a cultura da morte é esconder essa insanidade sob a forma de ideais e princípios acima de qualquer divergência, encobrindo-os com o manto da unanimidade “moral” e, para manter as aparências, tornando-os virtuosos como frutos da democracia em defesa da vida. Nada mais insuspeito. Unanimidade “moral”, com aspas, porque nenhum princípio moral verdadeiro pode abrigar a idéia e a prática da morte, em especial de forma sistemática. E um tipo de morte que a vítima só vem a conhecer no último momento, no instante indesmentível e tardio da consciência de que ela se ocultava sob mil formas de virtude e de graça, e sob mil promessas de liberdade e emancipação. Quem é essa vítima de que falo? O povo brasileiro e latino-americano.
 
O que digo para o Brasil vale para toda a América Latina. Há décadas o povo brasileiro vem sendo enganado pela esquerda e seu discurso da virtude e da ética. Nos últimos tempos, com o crescimento assustador da impunidade para os crimes desses “éticos e virtuosos”, estes lograram uma posição fora do alcance da compreensão do povo. E quando digo povo, digo também seus representantes, todos imbuídos do mais alto fervor democrático, jurando por todos os diabos que estão trabalhando para “libertar” o Brasil do seu passado ignominioso enquanto o arrasta para uma mais do que previsível catástrofe. Quem manda e decide no Brasil hoje, ou está consciente do mal que ajuda a engendrar, ou o ignora por completo.
 
Que cultura da morte é essa? A resposta a essa pergunta está na História. Que povos cultuaram a morte com mais fervor do que os regimes totalitários nacional-socialistas e socialistas/comunistas? Quem mais se dedicou à matança sistemática de sua gente e de outras gentes, ao mesmo tempo em que trazia a “liberdade”, a “liberdade de escolha”, e a “salvação” para todos? O que são o aborto e a eutanásia senão as expressões mais claras e, paradoxalmente, as mais escondidas, dessa vocação sanguinária?
 
Aqui reúno apenas duas modalidades de se fazer “justiça” e promover “liberdade” às mulheres de um povo ao qual foi apresentada uma realidade muito pior do que ela é na verdade. Valho-me agora da idéia luminosa de Thomas Sowell que surpreendeu bem o artifício da esquerda de criar ou antecipar catástrofes que não existem para induzir o povo a atitudes que a reparem ou a evitem, assim transformando a realidade. Soma-se a essa dupla neste instante, no mundo inteiro, algo que mal disfarça a orquestração internacional subsidiada pela ONU e outros organismos mundiais – a ideologia do homossexualismo –, elevada agora à categoria de direito na sua luta pela proibição severa da homofobia. Não um direito de tipo comum, que produz uma justiça devida, mas de um tipo absoluto que se impõe sobre as maiorias, escravizando-as e criminalizando-as. O Brasil, no estágio revolucionário em que se encontra, reúne sob a lógica totalitária várias dessas maquinações importadas de instituições criadas para governar o mundo; um novo mundo, uma nova ordem mundial. Há que se “libertar” e incitar todas as minorias “prisioneiras” a se revoltarem através da ideologia salvacionista da justiça social e da “luta” pela igualdade total. Os negros, os gays, os abortistas, os índios, vêem amplificadas na sua percepção a sua falsa condição de minorias subjugadas, na exata hora em que gozam de uma condição muito favorável de “vítimas”, mas capazes de exercer contras as maiorias um poder quase irresistível.
 
Mas o cheiro de sangue quando é demais, e se apresenta por todos os lados, torna-se perceptível – a maquinação fica visível. Basta apenas então que alguém a denuncie. Não é coincidência que as demandas pelo aborto, a eutanásia e a aplicação do direito absoluto do gayismo, ao ser aprovada a ficção jurídica da homofobia no Senado Federal, aconteçam na maturidade do processo revolucionário nesse verdadeiro laboratório de cobaias em que se transformou o Brasil. Desde há pelo menos uma década o Brasil se transforma, se liberta do seu passado, e de sua moral verdadeira, abandonando seus princípios éticos verdadeiros por slogans da propaganda do mundo novo. Se soubermos aproveitar essa falsa coincidência poderemos advertir aos que ainda podem decidir que os argumentos que sustentam o aborto e o gayismo servem à fabricação de leis ad hoc, terrivelmente coincidentes e convergentes para o movimento revolucionário latino-americano. Claro, aqui primeiro, como bom laboratório de cobaias otárias, bem longe da ONU e da Comunidade Européia. O Brasil, como um patinho, caiu no receituário politicamente correto da ONU; tudo com apoio total da esquerda brasileira e sua cultura da morte.
 
Não é coincidência que o gosto pela morte entre os abortistas (a morte de fetos) e os partidários da eutanásia (a morte premeditada de incapazes, incluindo aqui os nenês anencéfalos), e ainda a “homofobia”, tenha o discurso comum da liberdade de decidir e usar o seu corpo. O problema é que todos estão decidindo pela propriedade absoluta do que não lhes pertence – a vida humana –, e o direito de criminalizar quem não concorda com suas posições ideológicas.
 
Se acham que estou exagerando ao ver as esquerdas como cultoras da morte, então contem nossos mortos. No Brasil, no ano passado, tivemos 56 mil homicídios! Em 20 anos de democracia de esquerda foram mais de 700.000 assassinatos! A morte aqui já é banal, gratuita, fútil e está ficando enjoada pela repetição monótona. Assim parece à sociedade. Uma sociedade que foi treinada pela esquerda há vinte anos a ignorar esses homicídios, somente enxergando-os como culpa sua, por que não estenderia essa banalidade aos que ainda não nasceram? Por que não proveria de direitos absolutos e irrecorríveis os seus novos heróis, os heróis de um novo mundo ateu e anti-religioso? Leiam esse ateísmo militante que despreza a religião e a fé de milhões de pessoas em um dos artigos da abortista Carta de Princípios Éticos sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos dirigidos à prática de ginecologistas e obstetras , da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia):
 
“e-) o direito à liberdade de pensamento, para que homens e mulheres não sejam submetidos a interpretações restritivas de ideologias religiosas, crenças, filosofias e costumes, instrumentalizadas para controlar a sexualidade, para estabelecer pauta de conduta moral no âmbito da sexualidade e para limitar o exercício de quaisquer direitos nas áreas da saúde sexual e reprodutiva”;
 
Com a palavra os propagandistas contra o aborto, a eutanásia e a homofobia. Se essas questões forem levadas ao julgamento plebiscitário, o pior e o mais empobrecedor tipo de democracia, sem o conhecimento e a revelação dessa verdadeira cultura da morte ao nosso povo, então encomendemos já a nossa alma. “Socialismo o muerte!”, clama um dos líderes desse culto! Por que não as duas coisas?
 
O autor é um médico envergonhado de seus colegas cultores da morte.
 
Saibam mais sobre o crime contra a vida no site http://www.providafamilia.org.br/index.php.
 
Todos os créditos à Dra. Maria Judith Sucupira da Costa Lins pela Bioética da Cultura da Morte, que me inspirou a escrever essa pequena contribuição à Cultura da Vida.  
 
Carlos Alberto Reis Lima é médico e escritor.
 
Fonte: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5711&language=pt
 (Via_Carlos)


Religiosos, não-religiosos, e até ateus, unidos pela vida e contra o aborto:
Ser contra ou a favor do aborto não é questão de religião: é questão de humanismo.
 
48. Evangélicos e católicos marcham contra o aborto na Esplanada
Plantão | Publicada em 08/05/2007 às 11h12m
 
O Globo Online
 
BRASÍLIA - Católicos e evangélicos marcaram para esta terça-feira uma grande passeata na Esplanada dos Ministérios contra propostas de legalização do aborto. A marcha "Clamor pela vida, contra o aborto" promete reunir os dois grupos religiosos e integrantes da Frente Parlamentar em Defesa da Família e Apoio à Vida. A concentração está prevista para as 14h, em frente à Catedral. Depois, a marcha segue para a Praça dos Três Poderes, onde pretende entregar um manifesto contra a legalização do aborto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia, e do Senado, Renan Calheiros.
 
O manifesto, que tem o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), segundo os organizadores da passeata, diz que o "aborto é ato de extermínio de uma vida humana" e "uma clara violação à vontade de Deus" e à Declaração Universal dos Direitos do Homem. Segundo o documento, a mulher tem o direito de decidir engravidar ou não, mas não sobre a vida do filho. Com um texto duro, o manifesto chega a dizer que "há interesses escusos por parte dos grupos que financiam ricas campanhas pela legalização do aborto no Brasil, como o controle populacional, a constituição de uma 'raça superior' e interesses econômicos (vendas de tecidos de fetos abortados)".
 
O documento faz uma crítica especial ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que classificou o aborto como questão de saúde pública. Segundo evangélicos e católicos, as declarações de Temporão de que milhares de mulheres morrem anualmente em razão do aborto não encontra respaldo nos números oficiais, que "não contabilizam sequer duzentas mortes". De acordo com o documento, Temporão usou dados estatísticos questionáveis e inadequados, que misturam abortos espontâneos e provocados. O manifesto ignora, porém, que a grande maioria dos abortos realizados no país não são notificados, já que ele é crime previsto no Código Penal.
 
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/05/08/295666383.asp
 
 
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07 Maio 2007
Datafolha: 82% dos ateus são contra a descriminalização do aborto no Brasil
Quando se fala em aborto, há um lugar comum muito utilizado: a falácia de que o tema tem a ver com religião. Afirma-se que a Igreja não tem o direito de "impor" sua vontade à população, que vivemos em um Estado laico em que a religião não deveria influenciar a legislação sobre o aborto, etc.
 
O DataFolha acaba de divulgar uma pesquisa em que essa inverdade é flagrantemente desmascarada. Ser contra ou a favor do aborto não é questão de religião: é questão de humanismo. O citado instituto de pesquisa ouviu 5700 brasileiros, a partir de 16 anos, em 236 municípios, nos dias 19 de 20 de março de 2007, e a margem de erro máxima, para o total da amostra, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
 
E o que foi que se verificou? 90% dos brasileiros são contra a que o aborto deixe de ser crime. Além disso, 74% são contra a que o aborto seja permitido em mais casos além daqueles já previstos na lei (gravidez resultante de estupro ou que coloque em risco a vida da mãe).
 
Quando se observa a taxa entre os que se declararam sem religião (e que a pesquisa também chama de "ateus"), o quadro de esmagadora maioria contrária ao aborto permanece:
 
82% dos ateus são contra a descriminalização do aborto. Além disso, diante da pergunta "Há projetos de lei para ampliar a situação em que o aborto seria permitido. Você é a favor que o aborto seja permitido em mais situações?" -o que inclui a anencefalia por exemplo-, 80% dos ateus discordaram.
 
Os ateus são mais contrários ao aborto do que praticantes de algumas religiões. Se somarmos aqueles que concordam com a ampliação dos casos de aborto com aqueles que concordam com a descriminalização, os mais pró-aborto são os praticantes de umbanda (45%), seguidos por praticantes de candomblé e outras religiões afrobrasileiras (44%) e só depois os sem religião (38%).
 
Então, vamos combinar uma coisa: toda vez que numa discussão sobre o aborto alguém tocar em religião, alertemos nosso interlocutor de que o assunto não tem a ver diretamente com religião, ok? Isso é muito importante, porque os grupos pró-aborto geralmente procuram associar os pró-vida à religião, para desqualificá-los no debate público.
 
P.S. As tabelas do DataFolha serão disponibilizadas a todos os assinantes do Boletim da Família de Nazaré. Trata-se de um boletim quinzenal, enviado através de e-mail, com as últimas novidades do site. Se você tem interesse em receber o boletim, basta se cadastrar através de e-mail clicando aqui.
 
 

(Via_Carlos Ferreira : 8 Mai 2007)

49. PASSEATA CONTRA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO REUNE 5 MIL PESSOAS EM BRASILIA (8/5/07)
 
APRESENTAÇÃO E RESENHA
 
Terça feira dia 8 de maio de 2007 cerca de 5 mil pessoas
participaram de uma caminhada contra a legalização do aborto em
Brasília na Esplanada dos Ministérios. Saindo da da Catedral
Metropolitana de Brasília, foram até a Praça dos Três Poderes
com faixas contra o aborto e palavras de ordem contra o ministro da
Saúde, José Gomes Temporão. Católicos, evangélicos e
espíritas se reuniram em prol de uma causa comum. No final foi
entregue um manifesto ao Vice Presidente da República. O texto do
manifesto está reproduzido na íntegra no final da mensagem. 25
deputados federais participaram da caminhada contra o aborto. Mais de
600 mil assinaturas foram recolhidas para serem entregues, junto com
a Carta de Brasília contra a legalização do aborto, ao
vice-presidente da República, José Alencar. Segundo o deputado
federal Robson Rodovalho, o vice presidente da república mostrou-se
sensibilizado com a causa e "até assinou um documento solicitando uma
providência junto ao Ministério da Saúde para que os valores da
vida e da família sejam preservados nas diversas políticas
públicas". "Também pedimos para que a Portaria
1.508/05", afirma o deputado Rodovalho, "que autoriza
mulheres vítimas de estupro a interromper a gravidez, mesmo sem
apresentar boletim de ocorrência policial, seja revista pelo
governo".
 
O documento entregue à vice presidência da república contém, entre
diversas denúncias, a das
 
"Portarias do Ministério da Saúde que prevêem a interrupção da
vida em caso de estupro autorizando o procedimento apenas mediante
declaração e requerimento firmado pela suposta vítima"
 
e a "flagrante omissão do Governo em não identificar e não investigar
quais os verdadeiros interesses dos grupos que patrocinam campanhas pela
legalização do aborto no Brasil e o montante dos recursos por eles
enviados ao Brasil para realização das campanhas".
 
  =  =   =  
 
CAMINHADA CONTRA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
REÚNE 5 MIL PESSOAS NA ESPLANADA
 
  =  =   =  
 
 
08/05/2007
 
Cerca de 5 mil pessoas participaram de uma caminhada contra a
legalização do aborto na Esplanada dos Ministérios. Com o lema
"Vida sim, aborto não", representantes das bancadas evangélica e
católica no Congresso Nacional e de organizações da sociedade civil
saíram da Catedral Metropolitana de Brasília e foram até a Praça
dos Três Poderes com faixas contra o aborto e palavras de ordem
contra o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
 
Às 18h está marcada uma audiência com o vice-presidente da
República, José Alencar. Na reunião, parlamentares que
participaram da manifestação devem entregar a Carta de Brasília
contra a legalização do aborto no Brasil e o "abaixo-assinado pela
vida".
 
"Essa carta é um ato de clamor à vida, um ato de sim à vida,
mostrando que a sociedade brasileira é radicalmente contra o aborto",
afirma o presidente da Associação Nacional Pró-vida e
Pró-família, Paulo Fernando Melo.
 
Ele é contrário à realização de um plebiscito sobre a
legalização do aborto. "A vida é um bem inalienável, intrínseco
da pessoa, nó achamos desnecessária a realização do plebiscito,
não se pode fazer um plebiscito para condenar um inocente à morte."
 
A presidente da Associação Brasileira de Assistência às
Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace),
Rosângela Justino, diz que uma das preocupações do movimento é
com a divulgação de conceitos que, segundo ela, desconstroem os
valores da sociedade. Entre eles, possíveis benefícios trazidos
pela legalização do aborto, como evitar mortes em decorrência de
abortos clandestinos.
 
"Nunca foi dito por nenhum profissional, nenhum jurista, que o
aborto é importante para a saúde da mulher, muito pelo contrário, o
aborto sempre foi considerado um dano não só para a saúde física da
mulher, mas também para a saúde psicológica também", afirma a
presidente da Abrace.
 
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MARCHA EM BRASÍLIA: PRESSÃO PELA VIDA
 
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Cinco mil manifestantes participaram de passeata contra a legalização
do aborto. Carta foi entregue ao vice-presidente
 
Manuela Borges
 
Uma passeata pela vida. Foi como os organizadores definiram a
manifestação que aconteceu ontem, na Esplanada dos Ministérios,
contra a legalização do aborto no País. Mais de 13 entidades
entre frentes parlamentares e movimentos sociais participaram da
caminhada, que saiu da Catedral e seguiu até a Praça dos Três
Poderes. Segundo estimativas da Polícia Militar, cerca de cinco
mil pessoas estiveram presentes no evento.
 
No início da passeata, houve um minuto de silêncio em respeito à
morte do fundador do Partido de Reedificação da Ordem Nacional
(Prona), deputado federal Enéas Carneiro. "Ele era um dos
parlamentares mais engajados na luta contra a legalização do
aborto", comenta Dolly Guimarães, advogada e presidente da
Federação Paulista dos Movimentos em Defesa da Vida.
 
Dolly veio de São Paulo representando mais de três mil paulistanos
que participam da federação. "A ONU vem promovendo uma jornada a
favor da legalização do aborto, alegando que a prática é um direito
humano da mulher. Só que eles se esquecem de que o ser humano que
está dentro do útero materno também tem direito à vida", acredita
Dolly.
 
As pessoas engajadas na passeata denunciam o que, segundo elas, está
por trás da indústria do aborto: controle populacional, a
constituição de uma raça superior, eliminando fetos com
deficiência, e a venda dos tecidos de bebês abortados.
 
Para a psicóloga e representante do Movimento Nacional em Defesa da
Vida e da Família, Rosângela Justino, todos estão perplexos com
a apologia que vem se fazendo no Brasil para legalizar o aborto.
"Sabemos que por trás disso há uma desconstrução social, que visa
minar os conceitos e valores da família", afirma a psicóloga.
 
600 MIL ASSINATURAS
 
Muitos parlamentares participaram da caminhada contra o aborto, entre
eles o deputado federal Robson Rodovalho (DEM-DF). Segundo o
deputado, mais de 600 mil assinaturas foram recolhidas para serem
entregues, junto com a Carta de Brasília contra a legalização do
aborto, ao vice-presidente da República, José Alencar. "Ao
todo, 25 deputados federais foram recebidos na audiência e a
receptividade foi a melhor possível", conta o deputado.
 
Rodovalho conta que Alencar se mostrou sensibilizado com a causa e
até assinou um documento solicitando uma providência junto ao
Ministério da Saúde para que os valores da vida e da família sejam
preservados nas diversas políticas públicas.
 
"Também pedimos para que a Portaria 1.508/05, que autoriza
mulheres vítimas de estupro a interromper a gravidez, mesmo sem
apresentar boletim de ocorrência policial, seja revista pelo
governo", informou o parlamentar.
 
Assim como Rodovalho, o deputado Luiz Bassuma (PT-BA),
também não concorda com o plebiscito para consultar a população
sobre o aborto. "Semana passada, uma pesquisa divulgada pela Folha
de São Paulo mostra que 97% dos brasileiros são contra a
prática, logo não há por que gastar recursos para realizar um
plebiscito".
 
CAUSA UNE RELIGIOSOS
 
Esta foi a primeira vez que católicos e evangélicos se reúnem em
prol de uma causa comum. Ambos os segmentos religiosos renegam os
métodos contraceptivos pregando a abstinência sexual como a melhor
forma para evitar uma gravidez indesejada.
 
O representante da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), padre Berardo Graz, argumenta que este é o grande
desafio do Evangelho para o milênio: "É muito mais valioso um
relacionamento ser mantido na castidade até a concretização do
casamento do que a profanação do sexo".
 
O deputado Luiz Bassuma que é espírita, acredita que esta é uma
visão errônea da Igreja Católica e evangélica. "Sou a favor de
todos os métodos contraceptivos, mas a partir do momento em que uma
vida está sendo gerada, sou radicalmente contra a eliminação deste
ser humano por meio do aborto", enfatiza Bassuma.
 
Segundo ele, o governo tem recursos suficientes para que sejam criadas
políticas públicas de prevenção à gravidez indesejada e controle da
natalidade, sem que isto fira o 5º Artigo da Constituição, onde
diz que o direito à vida é inviolável.
 
  =  =   =  
 
CARTA DE BRASÍLIA, CONTRA A
LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
 
  =  =   =  
 
 
Os membros e representantes da
 
Frente Parlamentar da Família e Apoio a Vida,
 
Frente Parlamentar Contra a Legalização do Aborto,
 
Frente Parlamentar Evangélica,
 
Confederação Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB
 
Lideranças Nacionais de Denominações Evangélicas,
 
Movimento Nacional Pró-vida Pró-Família,
 
Movimento Pró-Vida Família de Anápolis,
 
Associação Nacional Mulheres Pela Vida,
 
Missões Evangélicas Brasileiras,
 
Federação Paulista dos Movimentos em Defesa da Vida,
 
Associação Brasileira dos Juristas pela Vida,
 
LIBRA - São Paulo - Liga das Mulheres Eleitoras do
Brasil,
 
Associação dos Ex-Alunos de Direito Canônico da Arquidiocese
de São Paulo
 
ATINI - Voz Pela Vida,
 
e ainda, de diversas entidades da sociedade civil,
 
reunidos na cidade de Brasília-DF, no dia 08 de maio de
2007, durante manifesto público com o tema: "GRANDE
CLAMOR AOS CÉUS CONTRA A LEGALIZAÇÃO DO
ABORTO NO BRASIL", firmam a presente Carta de
Brasília, dirigida ao Presidente da República, ao Presidente do
Congresso Nacional e à sociedade brasileira, de forma geral,
apresentando posição contrária à legalização do aborto no
Brasil, considerando que:
 
- aborto é ato de extermínio de uma vida humana, visto que a
ciência declara que ela tem início com a fecundação, o que o faz
como fato científico, não podendo ser questionada pela fé,
religião, filosofia, ou qualquer outro segmento;
 
- que o aborto é uma clara violação à vontade de Deus, revelada
nas Escrituras Sagradas, nos mandamentos escritos do "Não
Matarás" e do "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a si mesmo".
 
- que a livre interrupção da gravidez é uma afronta à Declaração
Universal dos Direitos do Homem que define que "todo o indivíduo
tem direito à vida" (artigo 3º) e a Constituição Brasileira
que tem como cláusula pétrea, o seu
 
artigo 5º, definindo como garantia fundamental a inviolabilidade do
direito à vida; bem como o artigo 4° do Pacto de São José da
Costa Rica, do qual o Brasil é país signatário, portanto, com
força constitucional;
 
- que o bebê ainda não nascido não é parte do corpo da mulher, mas
uma vida absolutamente distinta e com corpo autônomo;
 
- que a mulher tem o direito de decidir engravidar ou não, mas não o
direito de vida e morte sobre o filho;
 
- que o aborto é um atentado contra a saúde física, mental,
emocional e espiritual da mulher;
 
- no aborto, há pelo menos quatro vítimas: a criança, a mulher,
a família e a sociedade;
 
- que o aborto é ato contra a consciência e a dignidade humana;
 
- que o aborto nunca é uma solução dignificante, nem para quem o
pratica, nem para a mulher que a ele se submete, e muito menos para a
criança inocente; pelo contrário, o aborto provocado, mesmo nos
países desenvolvidos onde é legalizado, constitui fator de
agravamento de risco de mortalidade materna;
 
- que a prática do aborto fomenta a intolerância e a discriminação
contra as pessoas portadoras de necessidades especiais, visto que tem
como um dos objetivos impedir o nascimento de crianças com anomalias e
malformação congênitas;
 
- que nos Estados Unidos tem-se notícias de que a indústria do
aborto é a 4ª economia e que estaria nas mãos do crime organizado;
 
- que há interesses escusos por parte dos grupos que financiam ricas
campanhas pela legalização do aborto no Brasil, como o controle
populacional, a constituição de uma "raça superior" e interesses
econômicos (vendas de tecidos de fetos abortados);
 
- por fim, que o povo brasileiro tem se expressado, em sua esmagadora
maioria, contrário ao aborto, conforme bem o comprova a última
pesquisa Ibope, realizada em março de 2005, em que 97% se
posiciona contrário à legalização do aborto;
 
Os que subscrevem este documento também registram repúdio:
 
- às últimas declarações do atual Ministro da Saúde, Dr.
José Gomes Temporão, que classificou o aborto como questão de
saúde pública ao declarar que, ao ano, morrem milhares de mulheres
em razão de aborto, quando os dados oficiais do próprio Ministério
da Saúde não contabilizam sequer duzentas mortes; e que conclui por
um número de abortos realizados, baseando-se em números e dados
estatísticos questionáveis e inadequados, que misturam abortos
espontâneos com provocados, realidades inteiramente distintas e
inassimiláveis, tanto do ponto de vista jurídico, como ético,
moral e médico;
 
- às declarações de parlamentares congressistas, que usam como
argumentos os mesmos dados e números inadequados, para defender a
aprovação de proposições que tramitam no Congresso Nacional,
prevendo a interrupção da gravidez, sem o cuidado de observarem que
os verdadeiros dados, disponíveis do Sistema Único de Saúde -
SUS e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE, apontam, nos últimos anos, para uma contínua e expressiva
redução da taxa de mortalidade materna decorrente de aborto no
Brasil.
 
Concluem que:
 
- Estado Democrático é destinado a assegurar o exercício dos
direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o
bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores
supremos de uma sociedade fraterna, conforme o preâmbulo de nossa
Magna Carta;
 
- Os fundamentos do Estado Democrático de Direito são, entre
outros, a soberania, a cidadania a dignidade da pessoa humana,
conforme preceitua o artigo 1° de nossa Constituição Federal, bem
como o seu parágrafo único: "Todo o poder emana do povo..."
 
- As políticas públicas devem se efetivar objetivando o bem comum e
baseando-se em informações claras, seguras e precisas, o que não
é o caso da campanha do Governo Federal com vistas à legalização
do aborto, que, dentre outras questões, omite o número crescente de
internações no SUS devidos a abortos espontâneos, que em alguns
anos superaram mais da metade do número de internações por
abortamento em geral;
 
- Deve ser aplicado o princípio da moralidade (Art. 37, caput,
da Constituição Federal), ao direcionar e decidir sobre as verbas
públicas;
 
- Que as políticas de Governo não podem e não devem violar o
direito à vida, à dignidade humana ou promover e incentivar a
discriminação e o preconceito (Art. 5. caput, art. 1º,
III e art. 3º, IV da Constituição Federal) como se propõe
o aborto ao determinar que os "indesejáveis" sejam eliminados .
 
Os presentes, no GRANDE CLAMOR CONTRA A
LEGALIZAÇÃO DO ABORTO, ainda lamentam:
 
- A vigência das Portarias do Ministério da Saúde que efetivam a
prática do aborto com verbas públicas, notadamente a Portaria
1.508/2005, que prevê procedimento de interrupção da vida
em caso de estupro nas unidades de saúde da rede SUS, nos casos
previstos em lei, autorizando o procedimento sem a feitura sequer de um
Boletim de Ocorrência Policial, aceitando, apenas, declaração e
requerimento firmado pela suposta vítima;
 
- A falta de um Programa Nacional de valorização da vida desde a
concepção, que preveja a construção de casas-lares de acolhida
para gestantes em situação de risco; incentivo aos programas de
adoção de crianças rejeitadas; cursos de método natural de
fertilidade (Billings); campanhas de educação, esclarecendo ser a
continência sexual o único meio comprovado e indiscutivelmente seguro
de prevenção à gravidez precoce e indesejada, Aids, HPV,
hepatite, entre outras DST's;
 
- Descaso com políticas públicas para com os jovens e adolescentes,
em discordância com a Carta Magna que prevê em seu Artigo 227:
"é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança
e ao adolescente com absoluta prioridade o direito à vida...".
 
- A flagrante omissão do Governo em não identificar e não
investigar quais os verdadeiros interesses dos grupos que patrocinam
campanhas pela legalização do aborto no Brasil e o montante dos
recursos por eles enviados ao Brasil para realização das campanhas.
 
Por último, rogam ao Congresso Nacional e ao Governo Federal,
 
que ao contrário de terem como meta a legalização do aborto, que só
apresenta graves riscos para a mulher e que atenta contra a vida de
inocentes, reforcem a proteção à família e o apoio à vida, desde
sua concepção até seu desfecho natural, pois esta é a vontade do
povo brasileiro e das religiões brasileiras. Vontade refletida em
enquetes, pesquisas, consultas e manifestações em todo Brasil, com
resultados e dados publicados pela imprensa e pela rede mundial de
computadores (internet) demonstrando que o Brasil e o povo brasileiro
dizem NÃO AO ABORTO E SIM À VIDA!
 
Brasília, 08 de maio de 2007. (Via_Carlos)

50. AS DORES QUE UM FETO SENTE: QUANTO VALE A VIDA HUMANA? _ 12 May 2007 
 
por Emanuelle Carvalho Moura
 
As relações entre feto e dor são objetos de inúmeras pesquisas científicas, ZENIT (07/06/2006) noticiou estudo do professor neonatologista K.J.S. Anand, “Estudioso de renome mundial demonstra que o feto experimenta dor”, publicada oficialmente na “Pain Clinical Updates”, revista da Associação Internacional para Estudo da Dor, mundialmente a fonte mais autorizada sobre o assunto, em que declara: “A evidência científica mostra como possível e inclusive provável que a percepção da dor no feto comece antes do período avançado de gestação”.
Cientistas da Nova Zelândia descreveram em “Archives of Disease in Childhood: Fetal and Neonatal Edition”, através de imagens de ultra-som, reações de fetos a pequenos barulhos: “alguns fetos de apenas 28 semanas responderam com uma série de intensas inalações e exalações, uma abertura da boca e um enrijecimento da língua e uma depressão do peito. Essa atividade tipicamente acabava depois de 20 segundos com uma exalação e um rebaixamento”. Ed Mitchell observa que “você pode até ver o queixo e o lábio superior tremerem (...) Eu não acredito que isso seja qualquer coisa a não ser choro”. (Tribuna da Imprensa, 19 de setembro de 2005, em: “Fetos choram quando aborrecidos, diz pesquisa”).
 
Dia 11 de maio de 2004, a agência ZENIT realizou uma entrevista com Dr. Carlo Bellieni, “Dor comprovada do feto faz cientistas refletirem”, quando indagado se o feto sentia dor, respondeu: “Certamente sim. Não só sente dor, mas sua percepção parece ser mais profunda que a de uma criança maior. Sabemos disso porque faltam na vida fetal muitas das “estratégias” que contudo se encarregam após o nascimento de não sentir a dor”. Ao alertar sobre a dignidade humana do feto, Bellieni declara: "Os neonatólogos modernos têm o privilégio de atender os fetos. Temo-los entre as mãos: às vezes, têm o peso de uma maçã: alguns são pouco maiores que uma mão. Nasceram prematuramente e durante meses deverão permanecer em sofisticadas incubadoras, atendidos e controlados 24 horas ao dia com instrumentos de alta tecnologia. E a nenhum se põe em dúvida que sejam nossos pacientes, que sejam pessoas. Às vezes, são tão pequenos que nossos esforços são inúteis. Morrem. E nós só podemos, junto aos pais, batizá-los. E todos demonstram uma vitalidade inesperada pela idade e as dimensões. Hoje sabemos que o feto dentro do útero materno percebe odores e sabores. Ouve os sons. Recorda-os depois do nascimento. Desde logo sabemos que o feto, desde as 30 semanas de gestação, é capaz de sonhar. Todas estas características permitem apreciar as dimensões humanas. Este paciente, nos últimos anos, foi objeto de investigação para garantir a  saúde desde o útero materno".
 
A prática do aborto, regularizada em vários países, faz com que o número de fetos mortos sejam uma das maiores causas de mortalidade humana, mais do que epidemias ou guerras. Em 10 de maio de 2006 um informe sob o título: “En Europa se realiza un aborto a cada treinta segundos”, constata : “cada vez nascem menos crianças e ainda se produz milhares de abortos que se convertem, junto ao câncer, na principal causa de morte na  Europa” <http://www.analisisdigital.com/Noticias/Noticia.asp?IDNodo=-3&Id=11808>.
 
A legalização do aborto gera para as empresas que lidam com esse “negócio”, lucros imensos, em 28 de junho de 2006, a ACI noticiou “Transnacional abortista arrecada quase 900 milhões de dólares por ano”: “Depois de uma inexplicável demora de sete meses, a Planned Parenthood Federation of America (PPFA), a maior organização abortista do mundo, emitiu seu relatório financeiro do período julho de 2004 - junho de 2005, no qual mostra que sua arrecadação total chega a quase 900 milhões de dólares. (...) O relatório também apresenta a alarmante cifra de abortos realizados por esta organização: 255 mil e 15, que geraram 108 milhões de dólares. O relatório evita referir-se à quantidade de falecidas em sua clínica como conseqüências dos abortos praticados”. Além dos lucros que essas empresas obtêm, depois da legalização da prática abortiva, existe um comércio clandestino de tráficos de órgãos e partes do corpo de bebês abortados, como Andrew Goliszek, PhD em Biologia e Fisiologia pela Universidade Estadual do Utah, denunciou nos Estados Unidos através do livro: “In the Name of the Science”, publicado em português pela Ediouro, sob o nome “Cobaias Humanas: a historia secreta do sofrimento provocado em nome da Ciência”, revelando que um único bebê poderia render até 14 mil dólares, separado e vendido em peças, para diversas indústrias de pesquisas científicas:
 
”Amostra Não-Processada (> 8 semanas) - US$ 70
Amostra Não-Processada (< 8 semanas) - US$ 50
Fígados (< 8 semanas) - 30% de desconto, se significativamente fragmentados - US$ 150
Fígados (> 8 semanas) - 30% de desconto, se significativamente fragmentados - US$ 125
Baços (< 8 semanas) - US$ 75
Baços (> 8 semanas) - US$ 50
Pâncreas (< 8 semanas) - US$ 100
Pâncreas (> 8 semanas) - US$ 75
Timo (< 8 semanas) - US$ 100
Timo (> 8 semanas) - US$ 75
Intestinos e Mesentérios - US$ 50
Mesentério (< 8 semanas) - US$ 125
Mesentério (> 8 semanas) - US$ 100
Rim (< 8 semanas) com / sem adrenal - US$ 125
Rim (> 8 semanas) com / sem adrenal - US$ 100
Membros (pelo menos 2) - US$ 125
Cérebro (< 8 semanas) - 30% de desconto, se significativamente fragmentados - US$ 999
Cérebro (> 8 semanas) - 30% de desconto, se significativamente fragmentados - US$ 150
Hipófise (> 8 semanas) - US$ 300
Medula Óssea (< 8 semanas) - US$ 350
Medula Óssea (> 8 semanas) - US$ 250
Ouvidos (< 8 semanas) - US$ 75 Olhos (> 8 semanas) - 40% de desconto para um único olho - US$ 75
Olhos (< 8 semanas) - 40% de desconto para um único olho - US$ 50
Pele (> 12 semanas) - US$ 100
Pulmões e Bloco Cardíaco - US$ 150
Cadáver Embriônico Intacto (< 8 semanas) - US$ 400
Cadáver Embriônico Intacto (> 8 semanas) - US$ 600
Crânio Intacto - US$ 125
Tronco Intacto com / sem membros - US$ 500
Gônadas - US$ 550
Sangue de Cordão
Congelamento Instantâneo em Luz - US$ 125
Coluna Vertebral - US$ 150
Medula Espinhal - US$ 35
Preços Válidos até 31 de dezembro de 1999”
O livro também denuncia como são dilacerados esses bebês para que se obtenha a melhor amostra possível, uma das colheiteiras fetais revela: “Enojada com o processo, a técnica disse que houve muitos desses nascimentos vivos. Os médicos simplesmente quebravam seus pescoços delgados ou matavam os fetos batendo neles com pinças de metal. Em alguns casos, revelou a técnica, começavam uma dissecação cortando para abrir o tórax, supondo que o bebê já estivesse morto, somente para descobrir que o coração ainda estava batendo. Ela acrescentou que a maneira como os abortos eram realizados tinha sido alterado, isto é, feito mais deliberadamente e lentamente, para garantir que tirasse o bebê antes de ele morrer. Quando o ritmo dos abortos aumentava, os bebês tirados vivos às vezes tinham suas partes removidas antes de estarem mortos”.
Outro depoimento, da enfermeira Brenda Shafer, descreve: “Fiquei de pé ao lado do médico e o assisti realizar o aborto de um nascimento parcial em uma mulher que estava grávida de seis meses. O batimento cardíaco do bebê era claramente visível na tela do ultra-som. O médico fez o parto do corpo e braços do bebê, tudo exceto sua cabecinha. O corpo do bebê se mexia. Os dedinhos estavam apertados. Estava chutando com os pés. O médico pegou um par de tesouras e as inseriu no dorso da cabeça do bebê e o braço do bebê sacudiu num recuo, uma reação de sobressalto, como um bebê faz quando acha que pode cair. Então, o médico abriu as tesouras. Depois, introduziu o tubo de aspiração em alta potência dentro do buraco e aspirou para fora o cérebro do bebê. Então, o bebê estava inteiramente flácido. Nunca mais voltei à clínica. Mas o rosto daquele menininho ainda me assombra. Era o rosto angelical mais perfeito que já vi”.
 

Há uma previsão de que esse mercado vale mais de um bilhão de dólares por ano, muitas mulheres consentem em realizar um aborto cada vez mais tardio para ganhar mais dinheiro com a dilaceração do próprio filho fornecido para este mercado de carnificina.
A denúncia de Andrew Goliszek é recente e, antes, no livro “Bebês para Queimar. A indústria de abortos na Inglaterra”, os jornalistas autônomos Michael Litchfield e Susan Kentish, no final da década de setenta, publicaram no capítulo “Bebês para fábricas de sabão”, a revelação de um médico sobre o comércio de bebês, pois: “As pessoas que moram nas vizinhanças da minha clínica têm se queixado do cheiro de carne humana queimada. O cheiro sai do incinerador. Não é propriamente um cheiro agradável. Dizem que cheira como um campo de extermínio nazista durante a última guerra. Não sei como eles podem saber o cheiro de um campo de extermínio nazista, mas não quero discutir o fato. Portanto, estou sempre procurando maneira de me livrar dos fetos sem precisar queimá-los”. A Lei do Aborto na Inglaterra permite-o até as 28 semanas e exige que as clínicas queimem o feto abortado em incineradores, logo, eles podem ter uma idade maior do que a prevista em lei no momento do assassinato, ou mesmo serem vendidos e utilizados para fins lucrativos, porque não há como saber quando foram trucidados, visto que estariam supostamente queimados, o médico abortista inglês continua o seu relato: “Muitos dos bebês que tiro já estão totalmente formados e vivem ainda um pouco, antes de serem eliminados. Uma manhã havia quatro deles, um ao lado do outro, chorando como desesperados. Não tive tempo de matá-los ali na hora, porque tinha muito o que fazer. Era uma pena jogá-los no incinerador, porque eles tinham muita gordura animal que poderia ser comercializada”. No capítulo “Os dilaceradores de bebês”, do mesmo livro, ao avaliar o cenário internacional, os jornalistas ingleses publicam o testemunho de um médico norte-americano abortista, Dr. Ridley, que aponta: “O ‘racket’ do aborto tardio divide-se em duas partes. Uma consiste em fazer o aborto na fase final da gravidez, mas conservar a criança viva, embora a mãe pense que ela morreu. Mais tarde, a criança será vendida para adoção e nós ficamos com o lucro. Algumas crianças são mandadas para serem adotadas na Inglaterra. Neste país há falta de recém-nascidos para adoção, por causa da Lei do Aborto. A outra parte vende os fetos para experiências. As crianças estão oficialmente mortas. Porém são mantidas vivas, mas não são registradas oficialmente como tendo nascido. Portanto, podem ser empregadas em toda espécie de experiências. Algumas delas vivem por mais de um ano sem terem nascido oficialmente. Algumas são usadas para testes de curas de doenças como o câncer, a leucemia e em cirurgia de transplante”.
O jornal francês “Le Figaro” publicou em 27 de dezembro de 2006 sobre o aumento no tráfico humano: http://www.genethique.org/revues/revues/2006/decembre/20061227.2.asp: “Tráfico Humano: negócio lucrativo” e constata a escravidão dos novos tempos: “Na Albânia, crianças são abandonadas ou concebidas para serem vendidas mais tarde. Um relatório secreto  compilado pela embaixada grega em Tirana revela que ‘elas são assassinadas  para venderem  seus órgãos’. Certas pessoas  apóiam este trafico, até pedindo para que seja legalizado, como um cardiologista de Atenas. De acordo com ele, ‘ não entende porque as pessoas mais pobres não deveriam fornecer para as necessidades dos mais ricos’. O artigo também cita casos de pais que vendem seus filhos a famílias ‘que não conseguem ter filhos’. Na Grécia, onde a adoção privada é legal, mães de aluguel têm sido presas”.
Totalmente inocente e sem possibilidades de se defender, o feto ainda sente a dor de cada parte de seu corpo trucidado: junte todos os abortos legalizados da Europa, com os dos EUA, Japão, China, Índia e demais países, imagine, depois, o grito, sob a cortina do ventre da própria mãe, que geme diante do oceano vermelho de sangue inocente que banha o planeta. Existirá um grupo de excluídos da sociedade melhor representado do que aqueles que tiveram sua vida suprimida na barriga de sua mãe, com o consentimento dela e, muitas vezes, do pai, ou seja, daqueles que o geraram? Não há maior exclusão do que aquela provocada pelo aborto: aversão da mãe, do pai, de médicos, enfermeiros e técnicos co-responsáveis; exclusão da sociedade que financia, pelos impostos, o crime nos centros de saúde públicos; ódio de todos aqueles que lutam pela ideologia da liberdade de escolha de matar a qualquer custo e não medem as conseqüências catastróficas que essas idéias implicam. A partir dessa exclusão, surge ainda o mercado dos que lucram vendendo o próprio filho, ou gerando-o até um certo momento em que ele lhe dará uma recompensa maior por cada parte do corpo processada. A diminuição da dignidade da vida desde a concepção, vista como mero objeto, reduzem o valor inestimável do ser humano ao que, simplesmente, o dinheiro pode pagar.

51. Manifesto da Igreja Presbiteriana do Brasil (15/05/07)
www.revsimonton.org _ *Rev. Ashbell Simonton Rédua
 
 
A visita do Papa, chefe do Estado Vaticano e Líder da Igreja Católica Romana ao Brasil produziu vários debates, envolvendo a igreja e a sociedade brasileira, tais côo educação sexual, a questão do ficar, aborto, casamento de homossexuais, uso de preservativo, preservação dos valores do matrimônio e da virgindade antes do casamento, e questões éticas como embriões e a eutanásia.
 
Os debates por serem polêmicos, polarizaram grande parte da população, sendo nítida as evidências de forças favoráveis e desfavoráveis ao pensamento da ICAR. Uma coisa é certa, a Igreja tornou-se o centro de assuntos relacionados aos seus interesses.
 
Apesar do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fazer uma nítida separação entre o Estado Laico do Estado Brasileiro, o que fica claro no entanto é perceptível que a igreja quer ser ouvida em questões éticas e morais como estas, isto é, o país por ser católico, nesses debates devem ser evidenciado as questões de interesse da igreja, como se fosse um grande concílio.
 
As ações disciplinares ventiladas pelo Líder da ICAR, aponta a defesa da excomunhão aos políticos pró-aborto.
 
Na antiga Grécia, o aborto era preconizado por Aristóteles como método eficaz para limitar os nascimentos e manter estáveis as populações das cidades gregas.
 
Por sua vez, Platão opinava que o aborto deveria ser obrigatório, por motivos eugênicos, para as mulheres com mais de 40 anos e para preservar a pureza da raça dos guerreiros.
 
Sócrates aconselhava às parteiras, por sinal profissão de sua mãe, que facilitassem o aborto às mulheres que assim o desejassem.
 
Já Hipócrates, em seu juramento, assumiu o compromisso de não aplicar pressário em mulheres para provocar aborto.
 
O livro do Êxodo cita que, dentre o povo hebreus, era multado aquele homem que ferisse mulher grávida, fazendo-a abortar. Esse ato de violência obrigava aquele que ferisse a mulher a pagar uma multa ao marido desta, diante dos juízes; se, porém, a mulher viesse a morrer em consequência dos ferimentos recebidos aplicava-se ao culpado a pena de morte.
 
Ainda que a regra geral se voltasse para a severidade legal, que punia a mulher com o exílio ou com castigos corporais extremados, na prática imperava quase sempre a impunidade.
 
Com o advento do Cristianismo, entretanto, o aborto passou a ser definitivamente condenado, com base no mandamento "Não Matarás".
 
Essa posição é mantida até hoje pela Igreja Católica mas, ao contrário do que se possa pensar, ela não foi tão uniforme ao longo dos anos. O que de certo modo favoreceu o surgimento de questões éticas que tomaram outros rumos com os simpatizantes de outras posições que  apoiariam mais tarde a Reforma Protestante do Séc XVI.
 
O que percebe-se em toda essa polêmica é que a Igreja Evangélica de tradição reformada precisa também ser ouvida sobre as questões levantadas. Embora as questões éticas estão sempre em evidências e posicionadas pela Igreja herdeira da Reforma Protestante.
 
Princípios norteadores da Igreja de origem Reformada
 
1. Quanto a Legalização do Aborto - Os Protestantes Reformados em sua maioria, são à favor da legalização do aborto em casos como estupro, mal formação do feto, ou quando a vida da mãe está comprovadamente ameaçada pela gestação, respeitando o princípio da Constituição Federal do Brasil, a preservação da vida materna. Caso contrário rejeita-a por ser contrário aos Princípios Bíblicos.
2. Quanto aos Métodos Anti-concepcionais - Os Reformados são à favor do uso de métodos anticoncepcionais como a camisinha (preservativo), a contracepção oral (pílula) e a vasectomia para o controle de natalidade, mas somente entre pessoas casadas.
3. Quanto ao Casamento - Para os reformados, o casamento entre um homem e uma mulher é sagrado, e o sexo só é permitido após o casamento. O casamento homossexual é rejeitado pelos reformados. Amam o pecador, e querem a sua restauração, porém rejeitam o pecado.
4. Quanto ao Namoro - Nossos jovens sofrem a influência da mídia que apregoa a sensualidade e a liberação dos impulsos, sem censuras como forma de atuação prazerosa e mais autêntica, mais satisfatória. Tal comportamento leva à promiscuidade sexual, com suas tristes conseqüências. Os jovens -homens e mulheres - principalmente os que querem levar Deus a sério em suas vidas, observam cuidadosamente, o que Ele diz em Sua Palavra, antes de envolver-se com alguém. É óbvio que o "ficar" não é uma prática para esses jovens. Devemos entender que ficar está carregado do senso do descartável que era próprio das garotas de programas é, hoje, vivenciado por muitos jovens e adolescentes.
 
Manifesto da Igreja Presbiteriana do Brasil
 
A Igreja Presbiteriana do Brasil, de herança genuinamente reformada manifesta:
 
“Quanto à prática do aborto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reconhece que muitos problemas são causados pela prática clandestina de abortos, causando a morte de muitas mulheres jovens e adultas. Todavia, entende que a legalização do aborto não solucionará o problema, pois o mesmo é causado basicamente pela falta de educação adequada na área sexual, a exploração do turismo sexual, a falta de controle da natalidade, a banalização da vida, a decadência dos valores morais e a desvalorização do casamento e da família.”[1]
 
“Quanto à chamada Lei da Homofobia, que parte do princípio que toda manifestação contrária à homossexualidade é homofóbica e caracteriza como crime essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre a homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.”[2]
 
Algumas considerações bíblicas
 
Em Romanos 1: 26-27,  O Apostolo Paulo  condena o ato sexual entre o mesmo sexo. Mas devemos entender o sentido teológico, o contexto da redação. O objetivo teológico da Carta aos Romanos é a narrar a justiça e a graça divina que foram reveladas pelo acontecimento Jesus Cristo. A carta enfatiza ainda o fato  de que todos os seres humanos são pecadores, sem exceção.  Isto é, os versículos de 1:26-27 devem ser interpretados a partir desse objetivo da epístola e esta carta não foi escrita para julgar a homossexualidade em si.  Para Paulo o fato de não aceitar Deus como Deus, é a raiz do pecado e fala ser a pessoa [digna de morte] (1:32).
 
“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não os enganeis: nem os imorais, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os afeminados, nem os homossexuais, nem os ladrões, nem os avaros, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes herdarão o reino de Deus.” (1 Cor 6:9-10).
 
“A lei não foi instituída para o justo, e sim para os transgressores e rebeldes, para os ímpios e pecadores, para os irreverentes e profanos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os imorais, homossexuais, seqüestradores, mentirosos, perjuros, e para qualquer outra coisa que é contrária a sã doutrina segundo o glorioso Evangelho do Deus bendito, que me foi encomendado.” (1 Tm 1:9-11).
 
Há duas palavras gregas que são traduzidas para estes pecados sociais. A primeira é arsenokoitai, a qual é traduzida para “homossexuais,” “sodomitas,” “violadores de crianças” ou “pervertidos”, e a segunda é malakoi, a qual é também traduzida como “efeminados”, “os afeminados” ou os “meninos prostitutos.”  Entretanto devemos entender que estas palavras gregas são de difíceis de traduzir levando em conta o contexto das passagens acimas de Coríntios e Timóteo.
Malakoi é uma palavra comum e significa “suave.” Pode referir-se a roupa (Mt 11:8) bem como a questões morais, como “falta de disciplina.”  Já Arsenokoitai é uma palavra rara que se compõe de arseno – “homem,” e koitai  – “cama”, e que significa “deitar-se ou ter sexo com”. Unindo arseno + koitai, a palavra significa “homens prostitutos”.
 
Soli Deo Glória
 
* Rev. Ashbell Simonton Rédua é formado em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte (1989), em Teologia com especialização em Capelania pelo Seminário Teológico Evangélico do Nordeste (1990), em Teologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2006), graduando em Direito, Missiones Mundiales, pelo Ministerio Misionologico Pueblos, Pueblos, Porto Rico (1999),  Especializado em Bíblia pelo Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper (2006), pelo Centro Universitário Plínio Leite (RJ) e Especializando em Direito Ambiental pela Universidade Gama Filho (RJ), e outros.
----------------
 
[1] Brasileiro, Roberto. Manifesto Presbiteriano com a respeito das leis sobre o aborto e a homofobia. http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808
 
[2] Idem Ilibem.
 

52. Aborto é Crime! (Frank_25/05/07)

"Certa mãe carregando nos braços um bebê, entrou num consultório médico e, diante deste, começou a lamuriar-se:
 
– Doutor, o senhor precisa me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida de novo! Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas sim num espaço grande entre um e outro.
 

Indaga o médico:
 
– Muito bem... e o que a senhora quer que eu faça?
 

A mulher, já esperançosa, respondeu:
 
– Desejo interromper esta gravidez e quero contar com sua ajuda.
 

O médico pensou alguns minutos e disse para a mulher:
 
– Acho que tenho uma melhor opção para solucionar o problema e é menos perigoso para a senhora.
 

A mulher sorria, certa que o médico aceitara o seu pedido, quando o ouviu dizer:
 
– Veja bem, minha senhora... para não ficar com dois bebês em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer... Se o caso é matar, não há diferença para mim entre um e outro. Até porque sacrificar o que a senhora tem nos braços é mais fácil e a senhora não corre nenhum risco.
 

A mulher apavorou-se:
 
– Não, doutor!!! Que horror!!! Matar uma criança é crime!!! É infanticídio!!!
 

O médico sorriu e, depois de algumas considerações, convenceu a mãe de que não existe a menor diferença entre matar uma criança ainda por nascer (mas que já vive no seio materno) e uma já crescida. O crime é exatamente o mesmo e o pecado, diante de Deus, exatamente o mesmo."
 

Texto: Aborto é Crime! - Autor Desconhecido.
 
 
 
Queridos, tudo bem?
 
Que o amor de Deus , a graça e paz de Jesus Cristo e a comunhão do Espírito Santo esteja contigo e com todos os que você ama no dia de hoje e para todo o sempre.
 

Esse é um tema muito comentado no momento, o aborto é algo que deve ser repudiado por todos aqueles que se declaram cristãos, na verdade creio que todas as pessoas de bem deveriam lutar contra essa prática, não só discutindo se deve ou não ser regulamentada, mas principalmente lutando para mostrar as pessoas que pensam em fazer um aborto que isso é algo totalmente fora da vontade de Deus, a ciência comprova que um feto é um ser vivo e o principal, a Palavra de Deus nos mostra isso, em Jeremias 1: 4 e 5 esta escrito: "Ora veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta."
 

Queridos, poderia escrever bastante sobre o assunto, mas, palavras as vezes não dão o devido destaque as situações, então estou enviando um arquivo (PPS), em anexo, "Diga não ao Aborto", e te peço que o veja e principalmente repasse a todas as pessoas que você conhece, vamos deixar Deus agir, quem sabe com isso poderemos evitar  muitos abortos, sejam eles por autorização judicial ou por clinicas clandestinas, se uma mulher estiver pensando em fazer um aborto e ver esse arquivo, eu te garanto que ela mudará de idéia.
 

No mais, queridos, vamos orar ao Senhor pedindo que abra os olhos das pessoas e nunca mais aconteça esse assassinato, que usa como nome a palavra aborto.
 
 
 

Para refletir:
 

"Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo... Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus."   ( Mateus 5: 13, 14 e 16 )
 
 
 
 
 
Um abraço,
 
 
Pr. Frank Medina - Discípulo de Jesus Cristo
www.uniaonet.com/ibppembuguacu.htm

53. Pronunciamento Deputado Antonio Jácome / RN ( 05/06/07)
 
Repassando!!!
Sei que muitos de vocês que receberão esta mensagem não poderão se fazer presentes no referido pronunciamento. Conheci Dr. Jácome, com quem convivi e acompanhei sua jornada politica nos ultimos 6 anos, cuja pessoa tem dado bom testemunho e tem defendido a causa evangélica. Contudo, poderão orar, re-enviar esta mensagem pra outros se unirem neste momento e manifestar sua reprovação a esse projeto de Lei da morte. Não podemos nos omitir, como servos de Deus! .
Celso Luiz Castro _ 06/06/07
 
 
CONVITE
 
Convidamos todos os cidadãos DEFENSORES DA VIDA, para prestigarmos o pronunciamento, em defesa da vida, do Deputado Antonio Jácome na Assembleia Legislativa do RN, nesta terça-feira, 05 de junho, às 16h.
 
O Dep. Antonio Jácome é Advogado, Médico e Pastor Evangélico (Assembléia de Deus), tendo exercido nos últimos quatro anos o cargo de Vice-governador do Estado do RN. Antonio Jácome, pela formação moral, é defensor das causas humanísticas e vem somando esforços conosco no Movimento Nacional em Defesa da Vida - Brasil Sem Aborto.
 
Em seu pronunciamento o Deputado irá lançar a proposta de criação da Frente Parlamentar em Defesa da Vida - Contra o Aborto na Assembléia Legislativa do RN, a exemplo das frentes existentes no Congresso Nacional e em alguns estados e municípios da federação.
 
É importante que estejamos presentes a este ato, para que a classe política, a imprensa e a sociedade de modo geral possam perceber nossa mobilização e a ênfase com que defendemos nossas idéias, desse modo estaremos pautando o assunto nos diversos espaços de discussão da sociedade potiguar e até nacional.
 
Vamos lá!!! Vamos levar faixas, cartazes, etc... manifestando nossa posição em relação a causa:
 
VIDA SIM... ABORTO NÃO.
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE DEFENDE A MORTE.
 
GOVERNO DA MORTE.
 
DIGA NÃO AO ABORTO.
 
POR UM BRASIL SEM ABORTO.
 
O MINISTÉRIO É DA SAÚDE OU DA MORTE?
 
POR UMA SOLUÇÃO INTELIGENTE PARA A GRAVIDEZ INDESEJADA.
 
Muita Paz em Jesus.
 
Cleber Costa (Coordenador do Comitê RN)
-------------
"Assim que é concebido, um homem é um homem" (Prof. Jerôme Lejeune, Pai da Genética Moderna).
 
========================================================
MOVIMENTO NACIONAL EM DEFESA DA VIDA - BRASIL SEM ABORTO
 

54. ) Zenobio Fonseca_ 06/05/2008   ALERTA:PROJETO DE LEI QUE LEGALIZA O ABORTO EM VOTAÇÃO DIA 07/05/2008  
 ALERTA URGENTE:
 
MOBILIZEM OS PARLAMENTARES DE SEU ESTADO E REGIÃO PARA VOTAR CONTRA ESTE PROJETO DE LEI QUE TRAMITA NA CÂMARA FEDERAL NA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL.
 
É IMPORTANTE A APROVAÇÃO DO REQUERIMENTO Nº 172/08 DO ILUSTRE DEPUTADO (PRÓ-VIDA) HENRIQUE AFONSO, PARA QUE SEJA REALIZADO UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O INICIO DA VIDA.
 
 
 
PL 1135/91 (LEGALIZA O ABORTO NO BRASIL) SERÁ VOTADO PRÓXIMA QUARTA FEIRA DIA 07/05/2008
 
Conforme pode ser visto na pauta publicada este fim de semana pelo Congresso Brasileiro, na próxima quarta feira dia 7 de maio de 2008 será votado às 9:30 da manhã, na Câmara dos Deputados, o substitutivo do projeto de lei 1135/91, preparado em 2005 pela Comissão Tripartite organizada pelo governo Lula que, conforme compromisso apresentado repetidas vezes pelo governo brasileiro à ONU, pretende legalizar o aborto durante os nove meses da gravidez.
 
Entre vários outros documentos oficiais que atestam que a completa liberalização do aborto é parte do programa de governo do presidente
Lula, cabe recordar que em abril de 2005 o governo brasileiro declarava em documento apresentado à ONU que "o Governo do Brasil confia que o Congresso Nacional leve em consideração um dos projetos de lei que foram encaminhados até ele para que seja corrigido o modo repressivo com que se trata atualmente o problema do aborto".
 
[Segundo Relatório Periódico do Brasil ao Comitê de Direitos Humanos da ONU: http://www.ohchr.org/english/bodies/hrc/hrcs85.htm]
 
Em agosto de 2005 o governo Lula reconheceu, nas páginas 9 e 10 de outro documento entregue à ONU intitulado "Sexto Informe Periódico do Brasil ao Comitê da ONU para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher", o aborto como um direito humano da mulher e reafirma novamente diante deste organismo a decisão do governo de revisar a legislação punitiva do aborto:
 
"Falta muito por fazer em defesa e promoção dos direitos humanos no Brasil. De importância, mais especificamente na esfera dos direitos humanos da mulher, é a decisão do Governo de encarar o debate sobre a interrupção voluntária da gravidez. Com este propósito foi estabelecida uma Comissão Tripartite de representantes dos poderes executivo e legislativo e da sociedade civil, com a tarefa de examinar o tema e apresentar uma proposta para revisar a legislação punitiva do aborto".
 
[Para acessar este documento, abra o endereço http://www.un.org/womenwatch/daw/cedaw/reports.htm role o documento até o ítem Brazil e clique em "Sixth periodic report"]
 
=========================================
 
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA
 
 
53ª Legislatura - 2ª Sessão Legislativa Ordinária
 
LOCAL: Plenário 07 do Anexo II, HORÁRIO:
09h30min
 
PAUTA DE REUNIÃO ORDINÁRIA
 
DIA 07/05/2008
 
A - Requerimentos:
 
1 - REQUERIMENTO Nº 172/08 - do Sr. Henrique Afonso - que "requer a realização de uma Audiência Pública para discutir O Início da Vida Humana como Marco de Direitos Fundamentais".
 
B - Proposições Sujeitas à Apreciação do Plenário:
 
ORDINÁRIA
 
11 - PROJETO DE LEI Nº 1.135/91 - dos Srs. Eduardo Jorge e Sandra Starling - que "suprime o artigo 124 do Código Penal Brasileiro" (Apensado: PL 176/1995).
 
RELATOR: Deputado JORGE TADEU MUDALEN.
 
PARECER: pela rejeição deste, e do PL 176/1995, apensado.
 
Vista conjunta aos Deputados Dr. Pinotti, Dr. Talmir e Pastor Manoel Ferreira, em 21/11/2007.
 
Os Deputados Mário Heringer, Dr. Talmir, Pastor Manoel Ferreira, Dr. Pinotti, Osmânio Pereira e Elimar Máximo Damasceno apresentaram votos em separado.

= = =


Quinta feira, 8 de maio de 2008
 
A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA
VIDA HUMANA:
 
Quarta feira, dia 7 de maio de 2008, foi votado na Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados do Congresso
Brasileiro o substitutivo do projeto de lei 1135/91, elaborado
pela Comissão Tripartite organizada pelo governo do presidente Lula
em 2005 QUE TORNA O ABORTO TOTALMENTE
LIVRE, POR QUALQUER MOTIVO, DURANTE
TODOS OS NOVE MESES DA GRAVIDEZ, DESDE
A CONCEPÇÃO ATÉ O MOMENTO DO PARTO.
 
Esperava-se uma maioria de votantes a favor da vida, e que a
votação fosse adiada a pedido dos deputados a favor do aborto.
 
EM VEZ DISSO, PORÉM, OS ADIAMENTOS
FORAM REJEITADOS, A VOTAÇÃO FOI
REALIZADA E O PROJETO FOI REJEITADO
PELA ESMAGADORA UNANIMIDADE DE 33
VOTOS CONTRA ZERO.
 
PORÉM AINDA PRECISAMOS DE SUA AJUDA
PARA DERRUBAR ESTE INFAME PROJETO.
 
O projeto seguirá nos próximos dias para a Comissão de
Constituição e Justiça, onde deverá ser votado novamente antes
que possa ser definitivamente arquivado.
 
O BRASIL ESTÁ ENFRENTANDO O MAIOR
ATAQUE JÁ DESENCADEADO CONTRA A
DIGNIDADE DA VIDA HUMANA QUE JÁ HOUVE
EM SUA HISTÓRIA.
 
Não se trata de uma evolução espontaneo do poensamento humano, o
qual, deixado a si mesmo, se dirigiria, como se vê claramente no
Brasil e em várias outras nações, ao reconhecimento do aborto, da
eutanásia e à destruição do respeito devido à sexualidade humana e
à familia como objetivos ultrapassados e próprios de tempos
bárbaros. O que está acontecendo é que duas dezenas de
organizações internacionais trabalham febrilmente desde os anos 50
para impor mundialmente a qualquer custo o aborto e outras
mostruosidades que, em seu conjunto, são chamadas de "cultura da
morte", sem as quais não se aceitaria o aborto.
 
O problema transcende o próprio Brasil e representa o coroamento de
investimentos estrangeiros de várias décadas que pretendem impor o
aborto não só ao Brasil como também a toda a América Latina e a
todo o mundo.
 
A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL
DESENCADEARÁ A APROVAÇÃO DESTA PRÁTICA
EM TODA A AMÉRICA LATINA, QUE TAMBÉM É
MAJORITARIAMENTE CONTRA O ABORTO.
 
É NECESSÁRIA AJUDA URGENTE.
 
Pede-se a leitura desta mensagem a qual, mesmo que seja longa, é
necessária para se poder entender como e até que ponto trabalham os
promotores da cultura da morte. Pedimos a divulgação do conteúdo
desta mensagem e principalmente que se escreva, que se enviem fax e que
se telefone aos deputados da Comissão de Seguridade Social e
Família da Câmara dos Deputados que votaram a favor da vida
agradecendo-os em nome do povo brasileiro por terem defendido a vida.
 
Alguns destes deputados pertencem também à Comissão de
Constituição e Justiça, a qual deverá votar novamente o mesmo
projeto.
 
LEIA E DIVULGUE ESTA MENSAGEM.
MANIFESTE SEU PENSAMENTO AOS
PARLAMENTARES DA CSSF.
 
No final da mensagem seguem os correios eletrônicos e os telefones dos
deputados da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara
dos Deputados do Brasil que votaram a favor da vida (todos os que
estavam presentes).
 
Você pode enviar diretamente uma mensagem, um fax ou telefonema aos
Deputados listados no final desta mensagem.
 
NO ENTANTO, TÃO OU ATÉ MAIS IMPORTANTE
DO QUE ISSO É QUE SE LEIA E ESTUDE TODO O
CONTEÚDO DESTA MENSAGEM A QUAL, MESMO
QUE SEJA LONGA, É NECESSÁRIA PARA SE
PODER ENTENDER COMO E ATÉ QUE PONTO
TRABALHAM OS PROMOTORES DA CULTURA DA
MORTE.
 
A imposição mundial da cultura da morte tem sido comparada com razão
a uma nova espécie de terrorrismo organizado. Uma rede de
organizações internacionais, pesadamente financiadas por fundações
sediadas no primiro mundo e trabalhando em conjunto, trabalha desde os
anos 50 para implantar a cultura da morte no globo, utilizando os
mais sofisticados recursos da tecnologia e das ciencias sociais e
políticas para impor o aborto, a eutanásia, a educação sexual
liberal e a destruição da família no mundo moderno.
 
A médio e longo prazo, não será possível contrapor-se a esta nova
forma de terrorismo apenas através de um email, um fax e um telefone.
 
É PRECISO O ESTUDO, O DEBATE E A
VEICULAÇÃO DE INFORMAÇÕES
CONSISTENTES E FUNDAMENTADAS, CAPAZES
DE ESTABELECER OS FUNDAMENTOS DE UMA
VERDADEIRA DEMOCRACIA.
 
Pedimos portanto o empenho de todos no estudo e na divulgação do
conteúdo desta mensagem.
 
Veja especialmente no ítem número 2 o histórico resumido dos
PRINCIPAIS FATOS SOBRE O ENVOLVIMENTO
DO GOVERNO BRASILEIRO COM A IMPOSIÇÃO
DO ABORTO e, no ítem número 3, as NOVAS
ESTRATÉGIAS DO GOVERNO PARA INTRODUZIR
O ABORTO NO BRASIL.
 
Continuaremos informando os acontecimentos aos que estiverem recebendo
esta lista.
 
Agradecemos profundamente o grandíssimo bem que todos estão ajudando
a promover. A humanidade toda lhes deve muito pela atenção que
tiverem dado a esta mensagem.
 
Alberto R. S. Monteiro
 
=============================================
 
NOTA:
 
Estou-lhe escrevendo esta mensagem porque seu e-mail foi-me passado
como sendo de alguém profundamente interessado na defesa da dignidade
da vida humana. Caso seu endereço me tenha sido passado por engano,
por favor, envie-me uma mensagem ao seguinte endereço e não tornarei
mais a escrever-lhe:
 
 
===========================================
 
LEIA A SEGUIR:
 
1. VOTAÇÃO DE QUARTA FEIRA DIA 7 DE MAIO
DE 2008
 
2. HISTÓRICO DO PROJETO DE LEI 1135/91
 
3. NOVAS ESTRATÉGIAS DO GOVERNO LULA
PARA INTRODUZIR O ABORTO NO BRASIL.
 
4. ENTENDA POR QUE O PL 1135/91
LEGALIZA O ABORTO DURANTE TODOS OS NOVE
MESES DA GRAVIDEZ.
 
5. TELEFONES E E-MAILS DOS DEPUTADOS DA
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E
FAMÍLIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
 
============================================
 
1. A VOTAÇÃO DE QUARTA FEIRA DIA 7 DE
MAIO DE 2008
 
============================================
 
Quarta feira, dia 7 de maio de 2008, foi votado na Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados do Congresso
Brasileiro o substitutivo do projeto de lei 1135/91, elaborado
pela Comissão Tripartite organizada pelo governo do presidente Lula
em 2005 QUE TORNA O ABORTO TOTALMENTE
LIVRE, POR QUALQUER MOTIVO, DURANTE
TODOS OS NOVE MESES DA GRAVIDEZ, DESDE
A CONCEPÇÃO ATÉ O MOMENTO DO PARTO.
 
Esperava-se uma maioria de votantes a favor da vida, e que a
votação fosse adiada a pedido dos deputados a favor do aborto, os
quais suspeitavam que iriam perder a votação.
 
Houve, efetivamente dois pedidos de adiamento da votação por 10 e
mais sessões, os quais foram rejeitados. Na tentativa de adiar a
votação, foi também pedida uma quarta audiência pública com a
presença do Ministro da Saúde José Gomes Temporão, ao que o
presidente da Comissão respondeu que o ministro já havia sido
covidado várias vezes o ano passado e não quis vir. Consultado
poucos dias atrás novamente pela presidência da Comissão para
comparecer a uma audiência exclusiva, nas palavras do Deputado
Presidente Jeofran Frejat, o próprio Ministro afirmou que não
tinha intenção de comparecer.
 
Aparentemente o Ministro não quer apresentar-se em audiência na
Câmara porque, na tentativa de criar um clima favorável à
legalização do aborto, mentiu no ano passado repetidas vezes
afirmando à imprensa que havia milhares de mulheres por ano morrendo
por aborto provocado no Brasil. Mas não são milhares, como afirmou
Temporão à imprensa, nem 115, 152 ou 156, como foi
afirmado pela Ministra Nilcéia em documento oficial entregue à
ONU, mas 6, 7 e 11 por ano respectivamente em 2002,
2003 e 2004. A fonte é o Data SUS e o governo Lula sabe
disso.
 
O Ministro da Saúde mentiu com conhecimento de causa quando, a
serviço do governo e para criar um clima favorável à legalização do
aborto no Brasil, afirmou no dia 29 de março de 2007 à Folha
de São Paulo que milhares de mulheres morrem todos os anos no Brasil
por causa do aborto:
 
"Existe uma ferida aberta na sociedade brasileira", declarou o
Ministro, acrescentando imediatamente em seguida que "são milhares
de mulheres que morrem todos os anos por fazerem abortos em situações
inseguras. É um problema de saúde pública".
 
 
Estes números são falsos, e a equipe do governo sabe disso.
Segundo o Data Sus, 115, 152 e 156 são o número total de
mortes maternas anuais em 2002, 2003 e 2004 por gestações
que terminam em quaisquer tipos de aborto, incluindo aí os abortos
espontâneos, as rupturas de gestações tubárias, as molas
hidatiformes, os produtos anormais de concepção e os abortos não
esclarecidos.
 
As mortes por falhas de tentativa de aborto provocado, as únicas
realmente registradas como tais nos dados do DataSUS, foram,
respectivamente nestes anos de 2002, 2003 e 2004, em
número de 6, 7 e 11 mortes.
 
A importância destes dados merece que sejam conferidos. Para
conferir os verdadeiros dados do DataSUS, abra o site
www.datasus.gov.br, clique em INFORMAÇÕES DE
SAÚDE, depois clique em ESTATÍSTICAS VITAIS -
MORTALIDADE E NASCIDOS VIVOS, depois clique
novamente em ÓBITOS MATERNOS - DESDE 1996 e
selecione abaixo deste ítem a opção BRASIL POR REGIÃO
E UNIDADE DA FEDERAÇÃO. No quadro maior que se abre
selecione os seguintes campos:
 
Em Linha, selecione: CATEGORIA CID 10 [CID
significa Código Internacional de Doenças]
 
Em Coluna, selecione: TIPO CAUSA OBSTÉTRICA
 
Em Periodo, selecione: 2002 [depois 2003 e 2004]
 
Em Seleções disponíveis, selecione: GRUPO CID10 ->
GRAVIDEZ QUE TERMINA EM ABORTO
 
Se o Ministro Temporão se apresentasse em audiência na Câmara,
ele seria inevitavelmente confrontado com estes números e teria que
admitir que havia mentido à população brasileira.
 
Mais ainda, na terceira audiência pública realizada pela Câmara em
2007, a última antes daquela em que estaria presente o Ministro
Temporão, o Deputado Luiz Bassuma lançou uma denúncia
gravíssima contra o Ministro, que também não teria como explicar
adequadamente se se apresentasse diante dos deputados.
 
Na quarta feira dia 10 de outubro de 2007, realizou-se na
Câmara dos Deputados a terceira audiência pública para debater o
projeto de lei que extingue totalmente a figura do crime de aborto do
Código Penal.
 
O Deputado Luiz Bassuma questionou contundentemente o projeto e no
final, mencionando o Ministro da Saúde, denunciou:
 
"No programa televisivo Roda Viva da TV Cultura nosso Ministro
da Saúde fêz uma declaração grave, gravíssima. Eu tenho a fita
gravada em meu escritório. O Ministro da Saúde, José
Temporão, foi perguntado pelos jornalistas:
 
"Senhor Ministro, [se o aborto for legalizado], como o Brasil
terá condições de financiar [um milhão e meio de] abortos [que
dizem ser feitos todos os anos] se nos hospitais estão faltando
gazes, esparadrapos e os brasileiros em muitos locais não tem
condições de fazer até mesmo um simples exame de sangue?"
 
"Sabe o que o Ministro respondeu, senhor presidente?"
 
"SE O BRASIL LEGALIZAR O ABORTO, NÃO
FALTARÃO PARA ISSO RECURSOS
INTERNACIONAIS".
 
"Ele disse isso. Eu tenho a fita gravada. Isso é gravíssimo. É
gravíssimo, senhor presidente!"
 
Obviamente, nestas condições, o Ministro jamais se apresentará em
uma audiência pública para debater a questão do aborto. Além de
que seria obrigado a admitir haver mentido ao povo brasileiro
apresentando cifras fantásticas sobre mortalidade materna por aborto,
teria também que explicar quais são os recursos internacionais que ele
mencionou e com que o governo brasileiro conta para efetivamente
implantar o aborto no caso em que ele fosse aprovado.
 
Rejeitada a possibilidade da convocação de uma audiência com o
Ministro Temporão para adiar a votação, foram ainda colocados
outros argumentos mais engenhosos. Um dos deputados afirmou que a
Câmara está debatendo o aborto há mais de 16 anos e, como ele foi
eleito apenas há poucos anos, ainda não teve tempo de inteirar-se de
toda a discussão, pelo que recomendava o adiamento. Outros afirmavam
que havia projetos que estavam sendo discutidos na Câmara há mais de
vinte anos, e portanto não haveria motivo para que a votação fosse
adiada apenas porque a discussão já estava nos seus dezessete anos.
 
O deputado Pinotti voltou a mencionar, para justificar o projeto,
que houve diminuição do número de abortos nos países onde a prática
foi legalizada. O argumento, constantemente repetido pelos promotores
do aborto, é comprovadamente equivocado porque desconsidera os
inúmeros casos dos países, inclusive no primeiro mundo, como é o
caso da Inglaterra, Espanha, Estados Unidos, Austrália, Nova
Zelância, Canadá, e vários outros, em que após a legalização
o número de abortos aumentou, continua aumentando ou até mesmo
explodiu, em vez de diminuir. Pinotti também colocou-se a favor do
adiamento da votação, sustentando que em todos os países do primeiro
mundo nunca o tema foi votado imediatamente, havendo ao contrário
sucessivas discussões até que se chegue a um plebiscito e,
finalmente, à aprovação da lei.
 
Em seguida, depois haverem sido rejeitados os sucessivos requerimentos
para adiar a votação, os deputados que já haviam apresentado seus
votos a favor retiraram-se do plenário, sendo substituídos pelos
respectivos suplentes.
 
REALIZADA A VOTAÇÃO, O PROJETO DE LEI
QUE LEGALIZARIA O ABORTO NO BRASIL,
DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ O MOMENTO DO
PARTO, FOI REPROVADO POR UNANIMIDADE
DE 33 VOTOS CONTRA ZERO.
 
O noticiário da Câmara pode ser acessado nos seguintes links:
 
 
 
 
Os arquivos de aúdio de toda a sessão podem ser encontrados no site:
 
 
A notícia repercutiu amplamente na imprensa, onde praticamente todos
os jornais brasileiros noticiaram o ocorrido, embora sem maior
destaque.
 
No estrangeiro, merece menção o site de notícias Life News, o
qual, após comentar apresentar ao público americano as últimas
noticias da Câmara, terminou a matéria comentando o baixíssimo
índice de aprovação ao aborto no Brasil. O redator Steven Ertelt
comentou que os dados encontrados pelos institutos de pesquisas
brasileiros como os do IBOPE e Data Folha confirmam pesquisas
feitas no Brasil por empresas americanas como a realizada em 2006
pelo "Pew Research". Aparentemente até o momento esta pesquisa
não era do conhecimento dos brasileiros. Segundo Life News, o
Instituto Pew Research encontrou que em outubro de 2006
 
- 79% DOS BRASILEIROS ACHAVAM QUE O
ABORTO NÃO SE JUSTIFICA EM NENHUMA
HIPÓTESE.
 
- 16% ACHAVAM QUE JUSTIFICA-SE EM
ALGUNS CASOS EXCEPCIONAIS.
 
- SOMENTE 4% ACHAVAM QUE O ABORTO
JUSTIFICA-SE EM QUALQUER CASO.
 
Note-se que, segundo esta pesquisa o número dos que acham que o
aborto não se justifica em nenhum caso, somado com o número dos que
acham que o aborto se justifica apenas em casos excepcionais, tais como
o estupro ou risco de vida da mãe, REPRESENTAM UM
TOTAL DE 95% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, o
que está de acordo com os dados divulgados com o IBOPE em 2003
e 2005 que encontraram, respectivamente, uma taxa de aprovação
ao aborto em todo o Brasil de apenas 10% e 3%.
 
Pode-se conferir estes dados no endereço
 
 
========================================
 
2. HISTÓRICO DO PROJETO DE LEI 1135/91
 
========================================
 
O substitutivo do PL 1135/91 faz parte de um compromisso
oficial internacionalmente assumido pelo governo do presidente Lula de
legalizar totalmente o aborto no Brasil. Veja a cronologia de alguns
fatos importantes.
 
Não se esqueça que no Brasil, por incrível que isto possa parecer
diante dos fatos abaixo enumerados, a esmagadora maioria do povo
brasileiro é totalmente contrária à legalização do aborto e,
segundo os principais institutos de opinião pública, esta
reprovação está em contínuo aumento, ano após ano, pelo menos
desde 1994, tendo chegado ao seu ponto máximo no presente ano de
2008 e, ao que tudo indica, continuando a aumentar. O fenômeno
não é específico do Brasil e o mesmo está se verificando em outros
países do mundo. No Brasil o IBOPE realizou em 2003 uma
pesquisa de opinião onde era perguntado se o aborto deveria ser
permitido sempre que a mulher assim o decidisse, e foi encontrado um
núimero de apenas 10% do povo favorável à legalização da
prática. Este número depois desceu para somente 3% em 2005,
sefundo dados do mesmo IBOPE. Nos anos seguintes o Data Folha
mudou a pergunta e passou a perguntar às pessoas se achavam que o
aborto deveria continuar sendo um crime diante da lei, e encontrou-se
que em 2006 63% dos brasileiros respondiam que sim, porcentagem
que subiu para 65% em 2007 e agora em 2008 o número dos que
responderam afirmativamente subiu de novo para 68%. Sete em cada
dez brasileiros, segundo o Data Folha nos revela neste abril de
2008, querem que o aborto continue aser um crime e,
aparentemente, este número continua em crescimento.
 
O empenho alucinado do presidente Lula em promover o aborto nestas
condições deve-se aos fortes interesses internacionais que exigem a
imposição ao aborto e de todo o restante da cultura da morte, sem a
qual a mentalidade do aborto não poderia subsistir, não somente no
Brasil como em todo o mundo.
 
------------------------------------
 
1. DEZEMBRO 2004
 
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1. Em dezembro de 2004, o Presidente Lula assinou de próprio
punho o PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS PARA
AS MULHERES, colocando entre as prioridades de seu governo a
legalização do aborto no Brasil. O documento ainda pode ser
encontrado no endereço
 
 
O plano estabelece à página 64 entre as prioridades do governo a de
número 3.6, pela qual pretende-se
 
"REVISAR A LEGISLAÇÃO PUNITIVA QUE
TRATA DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA
GRAVIDEZ. PROPOSTA MS/SPM 2005:
CONSTITUIR UMA COMISSÃO TRIPARTITE,
COM REPRESENTANTES DO PODER EXECUTIVO,
PODER LEGISLATIVO E SOCIEDADE CIVIL
PARA DISCUTIR, ELABORAR E ENCAMINHAR
PROPOSTA DE REVISÃO DA LEGISLAÇÃO
PUNITIVA QUE TRATA DA INTERRUPÇÃO
VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ".
 
------------------------------------
 
2. Abril 2005
 
------------------------------------
 
2. Em abril de 2005, o Governo Lula, em documento oficial
entregue à ONU, comprometeu-se internacionalmente a legalizar o
aborto no Brasil. Isto pode ser lido no documento chamado Segundo
Relatório do Brasil sobre o Tratado de Direitos Civis e
Políticos, apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU em
11 de abril de 2005, onde o governo Lula compromete-se a
legalizar o aborto no Brasil quando declara:
 
"Outro assunto que deve ser considerado é a questão dos direitos
reprodutivos. O atual governo brasileiro assumiu o compromisso de
revisar a legislação repressiva do aborto para que se respeite
plenamente o princípio da livre eleição no exercício da sexualidade
de cada um. O Código Penal brasileiro data de 1940. Apesar
das reformas que se introduziram, persistem algumas cláusulas
discriminatórias. O próprio Código estabelece duras penas para
quem aborta, exceto em casos de risco iminente para a mãe e nas
gestações frutos de estupro. A legislação brasileira ainda não se
ajustou à recomendação da Plataforma de Ação da Conferência
Mundial de 1995 sobre a Mulher, realizada em Pequim, na qual o
aborto foi definido como questão de saúde pública. O Governo do
Brasil confia que o Congresso Nacional leve em consideração um dos
projetos de lei que foram encaminhados até ele para que seja corrigido
o modo repressivo com que se trata atualmente o problema do aborto".
 
[Segundo Relatório Periódico do Brasil ao Comitê de Direitos
Humanos da ONU:
http://www.ohchr.org/english/bodies/hrc/hrcs85.htm]
 
Note que o compromisso aqui assumido não diz simplesmente que
deseja-se legalizar o aborto. O governo Lula afirma claramente à
ONU não que deseja legalizar, mas "corrigir o modo repressivo
con\m que se trata atualmente o prblema do aborto", isto é, revogar
todas as leis que penalizam o aborto e torná-lo por isso livre, sem
nenhuma lei penal ou repressiva em qualquer instância, em todos os
casos e em todos os tempos, como ficou claro em seguida.
 
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3. Agosto 2005
 
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3. Em agosto de 2005 o Governo Lula reconheceu junto à ONU
o aborto como direito humano, entregando ao Comitê do CEDAW o
documento intitulado "SEXTO INFORME PERIÓDICO DO
BRASIL AO COMITÊ DA ONU PARA A
ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO CONTRA A
MULHER" onde, às páginas 9 e 10, ele reconhece o aborto
como um direito humano da mulher e reafirma novamente diante da ONU
decisão do governo de revisar a legislação punitiva do aborto:
 
"As atividades que o Governo Federal brasileiro leva a cabo para
combater a desigualdade por motivo de gênero ou raça permitem apreciar
que ainda falta muito por fazer em defesa e promoção dos direitos
humanos no Brasil e, mais especificamente, na esfera dos direitos
humanos da mulher. De importância para este tema é a decisão do
Governo de encarar o debate sobre a interrupção voluntária da
gravidez. Com este propósito foi estabelecida uma Comissão
Tripartite de representantes dos poderes executivo e legislativo e da
sociedade civil, com a tarefa de examinar o tema e apresentar uma
proposta para revisar a legislação punitiva do aborto".
 
[Para acessar este documento, abra o endereço
http://www.un.org/womenwatch/daw/cedaw/reports.htm role o
documento até o ítem Brazil e clique em "Sixth periodic report"]
 
Note-se que agora em agosto, mais ainda do que em abril, o Governo
Lula reconhecia diante da ONU que "a decisão de enfrentar o debate
sobre a interrupção voluntária da gravidez "pertence à defesa e à
promoção dos direitos humanos no Brasil e, mais especificamente, à
esfera dos direitos humanos da mulher". Isto já é mais di que
legalizá-lo ou simplesmente não puní-lo em nenhum caso. Não se
trata mais talvez de tolerar a prática do aborto como um mal
inevitável. O aborto é reconhecido agora como um bem e não apenas
como um direito entre todos, mas um direito dito direito humano, isto
é, um direito fundamental como aqueles que constam na Declaração
Universal da ONU de 1948. Este modo de ver as coisas, tão
claramente formulado e que decididamente não saíu da cabeça do
presidente Lula e nem, da cabeça de nenhum dos políticos
brasileiros, muda completamente o modo pelo qual toda a humanidade
considerou este tema até vinte anos atrás e, pressupõem,
necessariamente, como o veremos mais adiante, se se deseja realmente
implementar uma mudança social deste porte, uma mudança mais profunda
no próprio modo como deve ser concebida a sexualidade humana e a
família.
 
Deve-se notar também que da Comissão Tripartite, anunciada neste
documento entregue à ONU, que deveria ter representantes da
sociedade civil, o governo decidiu delibereadamente excluir todas as
pessoas e organizações que não estivessem completamente comprometidos
com a legalização do aborto, não obstante no Brasil 97% do povo
seja contra a legalização desta prática. Somente foram admitidos,
como representantes da sociedade civil, militantes de grupos a favor do
aborto ou outras pessoas publica e abertamente comprometidos com a sua
legalização. Não obstante, a imprenmsa e o governo sempre
declararam que todos os trabalhos estavam sendo organizados
democraticamente.
 
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4. Setembro 2005
 
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4. Em setembro de 2005 o Governo Lula entregou à Câmara dos
Deputados um projeto de lei que revoga todos os artigos do Código
Penal que definem como crime qualquer tipo de aborto, redefinindo a
prática como um direito e tornando-a legal durante toda a gravidez.
 
O projeto, sob uma aparente simplicidade de nove artigos que somente
revela todos os seus significados diante da análise dos especialistas,
era provavelmente a lei mais sofisticada sobre o tema que havia
aparecido até àquele ano na história recente, recolhendo todas as
novas orientações encaminhadas pela ONU e pelas organizações não
governamentais que se dedicam à imposição ao aborto e da cultura da
morte no mundo. Aparentemente o objetivo era fazer passar a lei no
Brasil sem despertar muita análise para depois exibí-lo ao primeiro
mundo como um exemplo a ser seguido. Tanto o governo como os seus
redatores procuraram esconder e inclusive negaram e negam até hoje,
contra todas as evidências e o parecer dos especialistas, que o
projeto legaliza o aborto por qualquer motivo durante todos os nove
meses da gravidez.
 
O projeto de lei passou a tramitar na Câmara sob a forma de
substitutivo do Projeto de Lei 1135/91, tendo como reatora a
deputada Jandira Feghali que a partir deste momento passou a ser a
principal aliada do governo no Legislativo na promoção do mesmo. A
Comissão de Seguridade Social e Família, onde seria votado o
projeto em dezembro de 2005 estava tecnicamente empatada naquele
momento entre deputados a favor da vida e a favor do aborto, e não foi
possível concluir a votação, adiada para o ano seguinte.
 
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5. Abril 2006
 
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5. Em abril de 2006 a descriminalização do aborto foi
oficialmente incluída pelo PT como diretriz do programa de governo
para o segundo mandato do Presidente Lula. O documento intitulado
"Diretrizes para a Elaboração do Programa de Governo",
oficialmente aprovado pelo Partido dos Trabalhadores no 13º
Encontro Nacional do PT ocorrido em São Paulo entre os dias 28
e 30 de abril de 2006, contém as seguintes diretrizes:
 
"Diretrizes para a Elaboração do Programa de Governo -
Eleição Presidencial de 2006:
 
[...]
 
35. As políticas de igualdade racial e de gênero e de promoção
dos direitos e cidadania de gays, lésbicas, travestis, transexuais e
bissexuais receberão mais recursos. O GOVERNO FEDERAL
SE EMPENHARÁ NA AGENDA LEGISLATIVA QUE
CONTEMPLE A DESCRIMINALIZAÇÃO DO
ABORTO".
 
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6. Setembro 2006
 
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6. Quatro dias antes do primeiro turno das eleições, em 27 de
setembro de 2006, o próprio Presidente Lula decidiu incluiu o
aborto em seu programa pessoal de governo para o segundo mandato.
Esperava-se este fato com certeza para 2007, mas não no final de
2006, exatamente quatro dias antes das votações. Dada a maciça
reprovação do público brasileiro à legalização do aborto e o
cuidado extremo que os demais candidatos tiveram durante todo o ano de
2006 em não mencionar o tema aborto em época de eleições, o que
aconteceu no dia 27 de setembro de 2006 foi simplesmente
inimaginável. Era visível que o próprio presidente foi sempre
cauteloso nos seus discursos em nunca mencionar também ele o tema
aborto. O que terá se passado em sua caneça, que outros motivos
teria tido para agir assim tão fora de contexto, ou simplesmente o que
teria acontecido, é uma coisa ainda hoje sem resposta.
 
O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou na quarta
feira dia 27 um caderno de 24 páginas intitulado
 
"LULA PRESIDENTE: COMPROMISSO COM AS
MULHERES, PROGRAMA SETORIAL DE
MULHERES 2007 -2010",
 
onde, apesar da linguagem velada, REAFIRMA
INEQUIVOCAMENTE SEU COMPROMISSO EM
LEGALIZAR O ABORTO NO BRASIL. O documento
afirma que
 
"O Estado e a legislação brasileira devem garantir o direito de
decisão das mulheres sobre suas vidas e seus corpos. Para isso é
essencial promover as condições para o exercício da autonomia com
garantia dos direitos sexuais e direitos reprodutivos e de uma vida sem
violência. O Estado é para todas e todos, e deve dirigir suas
ações para a garantia de cidadania de todas as pessoas, ao invés de
se pautar por preceitos de qualquer crença ou religião".
 
[Lula Presidente: Compromisso com as Mulheres, pg. 16]
 
As próprias feministas reconhecem que o presidente está se
comprometendo inequivocamente com a legalização do aborto. Elas
apenas lamentam que Lula não tenha coragem de falar abertamente a
palavra aborto. Assim de fato escreveu Fernanda Sucupira, na Carta
Maio, cujo texto hoje não se encontra mais na Internet:
 
"Às vésperas das eleições, no entanto, as feministas lamentam que
nenhum candidato à presidência tenha se manifestado explicitamente
favorável à legalização da interrupção da gravidez indesejada.
Nesta quarta feira 27, o presidente Lula lançou em Brasília o
caderno temático "Compromisso com as Mulheres". No item que trata
de direitos reprodutivos, o documento diz que "o Estado e a
legislação brasileira devem garantir o direito de decisão das
mulheres sobre suas vidas e seus corpos. Para isso, é essencial
promover as condições para o exercício da autonomia". POR
MAIS QUE FIQUE CLARO QUE SE ESTÁ
FALANDO DE ABORTO, O TEXTO NÃO TRAZ
ESTA PALAVRA".
 
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7. O Legislativo em 2006.
 
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7. No ano de 2006, por tratar-se de um ano eleitoral, o PL
1135/91 não foi votado na Câmara dos Deputados. Nem sequer
se falou mais do assunto. A deputada Jandira Feghali, do Rio de
Janeiro, principal promotora do projeto, em sua tentativa de
eleger-se ao Senado silenciou todo o seu envolvimento histórico com a
questão do aborto e depois com a promoção do PL 1135. Em vez
disso apresentou-se como como a pessoa capaz de promover a indústria
naval no Estado de Rio Janeiro, onde se concentra o maior número de
estaleiros do Brasil. Um mês antes de da votação alguns cidadãos
do Rio de Janeiro decidiram distribuir pelas ruas da cidade folhetos
apresentando Jandira como a deputada relatora no Congresso da
legalização do aborto no Brasil. Jandira julgou que a iniciativa
era obra do Cardeal do Rio de Janeiro e acionou a Justiça
Eleitoral para entrar com ordem judicial na residencia do arcebispo
para procurar as provas que incriminariam o Cardeal Dom Eusébio
Scheid. Nada foi encontrado, mas o assunto passou à primeira
página dos jornais do Rio de Janeiro e, a menos de uma semana da
votação, Jandira passou da posição de evidente favoritismo na
prefer&encia dos eleitores para um segundo lugar, perdendo o cargo
para o seu adversário político, hoje o Senador Dornelles.
 
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8. O Legislativo em 2007
 
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8. Devido à saída da deputada Jandira Feghali de seu cargo como
deputada federal, a relatoria do projeto passou às mãos do Deputado
Jorge Tadeu Mudalen, também presidente em 2007 da Comissão de
Seguridade Social e Família. Após três audiências públicas, o
deputado reelaborou um parecer pedindo a reprovação do projeto. No
ano passado, em vez de um empate, havia uma ligeira maioria de
deputados a favor da vida na Comissão e, não se sabe bem por que
motivo, o projeto teve sua votação adiada para o ano de 2008.
 
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9. O Legislativo em 2008
 
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9. Este ano de 2008 a nova Comissão de Seguridade Social e
Família possui uma mais clara, mas ainda pequena, maioria de
deputados a favor da vida. O lobby profissional a favor do aborto
porém, pesadamente financiado por Fundações internacionais, está
presente, ativo e em funcionamento permanente no Congresso e pode
inverter a situação.
 
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3. NOVAS ESTRATÉGIAS DO GOVERNO LULA
PARA INTRODUZIR O ABORTO NO BRASIL.
 
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O governo federal percebe claramente que, devido à facilidade de
acesso à informação disponibilizada pelas novas tecnologias modernas
tais como a Internet e o surgimento de novas tecnologias médicas como
os últimos equipamentos de ultra-som que mostram com crescente
realismo o ambiente pré natal, a cada ano que se passa a aprovação
ao aborto diminui no Brasil. É cada vez mais evidente para todos que
existe vida humana antes do nascimento e que a legalização do aborto
baseia-se em idéias cientificamente ultrapassadas e insustentáveis no
mundo moderno, que somente continua a ser promovida por causa dos
pesados interesses políticos internacionais envolvidos na questão.
 
Por este motivo o Governo Lula, assim como se vê em outras nações
latino americanas, está introduzindo novas estratégias encaminhar a
legalização do aborto no Brasil. Na última semana de abril de
2008 acaba de realizar-se em Brasília a 1ª Conferência
Nacional de Juventude, um evenmto propositalmente preparado para ser
tão representativo dos jovens brasileiros quanto o era a Comissão
Tripartite preparada pelo governo em 2005, onde somente havia
profissionais da promoção do aborto e foram propositalmente excluídos
todos os que fossem a favor da vida. A 1ª Conferência Nacional da
Juventude começou a ser preparada pelo governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva em setembro de 2007, com a finalidade de
 
"IDENTIFICAR DESAFIOS E PRIORIDADES DE
ATUAÇÃO PARA O PODER PÚBLICO".
 
O evento foi realizado em conjunto com os grêmios e lideranças
estudantis após a coordenação haver enviado às escolas um kit
contendo documento-base do processo, cadernos temáticos e
orientações de como realizar as pré-conferências. Os documentos
finais elaborados pelo evento são absolutamente inverossímeis e
incompatíveis com o perfil conhecido dos estudantes brasileiros.
Segundo as resoluções e as propostas aprovadas pelos estudantes,
eles pedem ao governo
 
- IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS SEXUAIS E
DIREITOS REPRODUTIVOS
 
- LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
 
- DIREITO DE ORIENTAÇÃO SEXUAL E DE
GÊNERO
 
- GARANTIA DE AUTONOMIA PARA JOVENS DE
AMBOS OS SEXOS E DIFERENTES
ORIENTAÇÕES SEXUAIS, (ISTO, ALÉM DA
MASCULINA E DA FEMININA)
 
- INCENTIVO DO APRENDIZADO AO RESPEITO
À LIVRE ORIENTAÇÃO AFETIVO-SEXUAL E DE
IDENTIDADE DE GÊNERO
 
- PROMOÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM
DESTAQUE PARA GAYS, LÉSBICAS,
BISSEXUAIS E TRAVESTIS
 
- CRIAÇÃO DE MATERIAL ESPECÍFICO DE
SEXO SEGURO PARA AS LÉSBICAS
 
- REVISÃO DO CURRÍCULO ESCOLAR PARA
GARANTIR O RECONHECIMENTO DE JOVENS
GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS E TRAVESTIS
 
- DEMOCRATIZAÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO
LAICA, NÃO
LESBOFÓBICA/HOMOFÓBICA/TRANSFÓBICA,
NÃO HETERONORMATIVA
 
- INCLUSÃO NAS GRADES CURRICULARES DAS
VÁRIAS SEXUALIDADES [ASSIM MESMO, NO
PLURAL] COMO DISCIPLINAS DE ENSINO
 
- PROMOÇÃO DE DIFERENTES MODELOS
ALTERNATIVOS DE FAMÍLIA
 
Estas propostas não condizem absolutamente com o perfil da população
nem da juventude brasileira. Em 2003 o governo brasileiro havia
feito, através de uma ONG que havia sido fundada pelo próprio
Lula antes de ser eleito presidente, uma pesquisa nacional sobre as
atitudes dos jovens no Brasil. A revista "ISTO É" teve acesso
à pesquisa e publicou em sua edição 1804 uma matéria sobre a
mesma. Na sua edição 1804 a pesquisa era tema da capa, sob o
título "Surpresa! A Juventude Brasileira é Careta". No
impressionante editorial, o diretor de Redação da ISTO É
afirmava que a pesquisa revelava que o jovem brasileiro era
 
"MUITO MAIS CONSERVADOR DO QUE OS
ESTEREÓTIPOS NORMALMENTE ACEITOS. A
MAIORIA É CONTRA O ABORTO. SÓ 20% SÃO A
FAVOR. ELES CONDENAM AS CAMPANHAS
FEITAS POR GRUPOS QUE DEFENDEM TEMAS
POLÊMICOS COMO A DESCRIMINALIZAÇÃO DA
MACONHA, A UNIÃO CIVIL ENTRE
HOMOSSEXUAIS E A LEGALIZAÇÃO DO
ABORTO: 58% DOS JOVENS OUVIDOS NÃO
GOSTAM DE NADA DISSO".
 
O editorial também afirmava que "a extensa pesquisa", em que haviam
sido ouvidos 3.500 brasileiros e brasileiras na faixa de 15 a
24 anos, tinha sido realizada pelo Instituto Cidadania, "uma
ONG fundada por Lula há quase 15 anos". Ademais, dizia
também o editorial,
 
"A PESQUISA PRETENDE SER UMA
CONTRIBUIÇÃO PARA POLÍTICAS PÚBLICAS E
ESTÁ SENDO ACOMPANHADA DE PERTO PELA
SECRETARIA GERAL DA PRESIDÊNCIA, QUE
PROMETE APROVEITAR SEUS RESULTADOS NA
FORMULAÇÃO DE PROGRAMAS".
 
 
Os resultados completos da pesquisa, anunciados pela ISTO É,
nunca mais foram publicados. O site web da pesquisa
(
www.projetojuventude.org.br) onde pode encontrar-se a primeira
parte da pesquisa, afirma que a pesquisa completa, onde seriam
encontrados os dados vistos pelos jornalistas da ISTO É, seriam
divulgados para o público no final de 2004. Esta promessa ainda
estava legível hoje em 2008. Mas nada foi publicado. De
2004 até hoje, por outro lado, o Data Folha tem constantemente
publicado que a reprovação ao aborto tem aumentado constantemente de
ano para ano desde 1994, e mais principalmente nestes três
últimos anos. O documento da 1ª Conferência da Juventude,
surgido na últim,a semana de abril de 2008, é absolutamente
inverossímil e é conseqüência do modo como o Partido dos
Trabalhadores organiza e seleciona os participantes destas
Conferências. As resoluções e as propostas apresentadas não
refletem a atitude dos estudantes brasileiros mas, em vez disso,
enquadram-se perfeitamente dentro dos compromissos assumidos pelo
líder do PT diante da ONU, especialmente no que diz respeito à
vontade de avançar em questões vinculadas à chamada "saúde
reprodutiva", artifício terminológico que os organismos
internacionais utilizam quando se referem à promoção do aborto ou à
sua simples e total legalização.
 
A técnica utilizada está sendo repetida em outros países da
América Latina e consiste em organizar eventos, congressos ou
conferências financiadas com fundos públicos nos quais se "pede" aos
governantes que levem à prática a planilha anti vida, anti família
que ordena a Nova Ordem.
 
Os governantes, para demonstrar "neutralidade" fazem declarações
prévias sobre o seu desacordo: "Eu sou católico" (Lula diante de
Bento XVI), mas em seguida avançam na direção que as grandes
fundações exigem sempre, entretanto, deixando assentado que "não
estão muito de acordo".
 
Observadores presentes à Conferência da Juventude realizada neste
final de abril em Brasília relatam que o evento contou com a presença
de uma série de ONGs financiadas externamente, especialmente o
Fundo de População da ONU, a Fundação Ford, a Federação
Internacional da Paternidade Planejada (IPPF), organização
cuja filial norte americana é proprietária de 20% das clínicas de
aborto dos Estados Unidos, a UNICEF, o Conselho Populacional
do Grupo Rockefeller e a Anistia Internacional, que agora luta não
mais apenas pelos direitos dos presos de consciência por motivos
políticos mas também para reconhecer o aborto como um dos direitos
fundamentais do homem. A Conferência obteve, ademais, especial
cobertura periodística da cadeia CNN de propriedade do magnata a
favor do aborto Ted Turner.
 
Em uma entrevista concedida por Lula no dia em que estava começando a
Primeira Conferência Nacional da Juventude, o presidente mostra
que já esperava os resultados da mesma para legitimar o seu programa de
governo. Perguntado pelo entrevistador sobre para que serviria a
primeira Conferência Nacional da Juventude, o presidente responde:
 
"Olha, esse encontro, Luciano, VAI SERVIR PARA A
GENTE DEFINIR MAIS UMA SÉRIE DE
POLÍTICAS SOCIAIS PARA A JUVENTUDE,
políticas de inclusão da juventude, JÁ COMBINADO COM
AS POLÍTICAS QUE NÓS TEMOS EM
ANDAMENTO. Primeiro, Luciano, é importante dar noção
para o povo brasileiro o que significa essa conferência. Ou seja,
essa conferência tem aproximadamente 2.280 delegados,
representando todos os estados, municípios e comunidades
tradicionais. Tudo que está sendo discutido na conferência foi
decidido pelos próprios jovens nos encontros preparatórios. O
objetivo principal: promover o direito à participação da juventude,
IDENTIFICAR DESAFIOS E PRIORIDADES
PARA QUE O PODER PÚBLICO POSSA ATUAR
JUNTO À JUVENTUDE BRASILEIRA. Eu penso que os
desafios deste encontro serão uma coisa extraordinária E QUE
ESSA CONFERÊNCIA VAI CARIMBAR
CONCRETAMENTE AS OBRIGAÇÕES DO ESTADO
BRASILEIRO PARA COM A JUVENTUDE
BRASILEIRA".
 
 
As "prioridades" estabelecidas pela "Conferência Nacional da
Juventude" podem ser consultadas nestes endereços:
 
 
 
 
 
 
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4. ENTENDA POR QUE O PL 1135/91
LEGALIZA O ABORTO DURANTE TODOS OS NOVE
MESES DA GRAVIDEZ.
 
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O projeto, apresentado pelo Governo Lula à Câmara no final de
2005, PROPÕE A LEGALIZAÇÃO TOTAL DO
ABORTO DURANTE TODOS OS NOVE MESES DA
GRAVIDEZ, DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ O
MOMENTO DO PARTO.
 
No início do projeto, os artigos primeiro e segundo declaram que
 
"O Congresso Nacional decreta:
 
Art. 1º Toda mulher tem o direito à interrupção voluntária de
sua gravidez, realizada por médico e condicionada ao consentimento
livre e esclarecido da gestante.
 
Art. 2º Fica assegurada a interrupção voluntária da gravidez
até doze semanas de gestação",
 
o que, enganosamente, induz o leitor desavisado a crer que o aborto
será legal apenas durante as doze primeiras semanas de gravidez.
 
Porém, depois de vários outros artigos, quando o projeto se
encerra, seu último artigo declara que
 
"Art. 9º Revogam-se os arts. 124, 126, 127 e 128
do Código Penal".
 
Somente um advogado penalista sabe de memória o que são estes
artigos, o que faz com que o cidadão comum não perceba o verdadeiro
propósito do projeto. Consultando o Código Penal, porém,
qualquer pessoa poderá constatar que os artigos 124, 126,
127 e 128 do Código Penal são todos os dispositivos legais que
tipificam o aborto como crime. Revogando estes artigos, qualquer
aborto deixará de ser crime, por qualquer motivo e em qualquer
circunstância, desde a concepção até o momento do parto.
 
Na audiência pública realizada na Câmara no dia 22 de novembro de
2005, o ex Procurador Geral da República, o Dr. Cláudio
Fonteles, denunciou claramente esta armadilha diante dos
representantes da imprensa e dos deputados presentes, dizendo do
projeto anterior que:
 
"Há uma grave incoerência neste projeto. No artigo segundo está
sendo afirmado que a interrupção voluntária da gravidez está
assegurada até a décima segunda semana, de onde que está sendo
pretendido que o aborto seria permitido até os três meses. Mas no
artigo nono deste mesmo projeto permite-se o aborto até a ruptura do
saco amniótico, o que para nós no Direito significa o momento do
homicídio e não mais o momento do aborto. Como? Vejam o que está
escrito no artigo nono: "Revogam-se os artigos 124, 126,
127 e 128 do Código Penal". O que acontece então? Com
este artigo o aborto cessa de configurar crime no Brasil. Não se
pode dizer, como está sendo insistido, que com este projeto somente
se permite o aborto até o terceiro mês. Definitivamente não! Com
esta redação do artigo nono pode-se fazer o aborto no oitavo mês,
pode-se fazer o aborto até na véspera do nascimento, pode-se
fazê-lo e não será mais crime".
 
Um comentário apresentado à imprensa, mas publicado apenas no
Diário do Comércio de São Paulo, por um famoso professor de
Filosofia brasileiro atualmente lecionando em Washington, que ainda
pode ser lido na Internet afirmava que:
 
"O projeto derroga todos os artigos do Código Penal que classificam
o aborto como crime. Como no texto eles são citados apenas por
número, sem menção ao seu conteúdo, o público não atina de
imediato com a importância de sua revogação. E o fato é que,
cancelada a vigência desses artigos, nenhum aborto será crime, mesmo
praticado depois de doze semanas de gravidez, mesmo praticado cinco
minutos antes do parto, mesmo praticado em bebês completamente
formados e sãos. A redação mesma da lei foi obviamente calculada
para que o público e os próprios parlamentares, acreditando aprovar
uma coisa, consentissem em outra completamente diversa. O engodo vem
ainda reforçado pela propaganda, que alardeia a permissão limitada,
bem como pela totalidade da mídia cúmplice que esconde da população
o sentido real do projeto. NÃO SE CONHECE EXEMPLO
DE TAMANHA VIGARICE LEGISLATIVA EM
TODA A HISTÓRIA DO DIREITO UNIVERSAL.
TALVEZ AINDA MAIS DEPLORÁVEL QUE O
FENÔMENO EM SI É A PLACIDEZ INDIFERENTE
COM QUE OS "FORMADORES DE OPINIÃO"
ASSISTEM A ESSA COMPLETA DEGRADAÇÃO DO
SENTIDO MESMO DA ORDEM JURÍDICA".
 

55. Derrota esmagadora para os militantes pró-aborto
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/jan/08012805.html Derrota esmagadora para os militantes pró-aborto no Brasil
Comissão legislativa derrota, em votação unânime, a descriminalização do aborto
Matthew Cullinan Hoffman
 
BRASÍLIA, 8 de maio de 2008 (LifeSiteNews.com) — Numa vitória impressionante para o movimento pró-vida na América Latina, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados do Brasil rejeitou unanimemente uma lei que descriminalizaria o aborto. Os militantes pró-aborto vinham lutando em prol dessa lei desde 1991.
 
Os dois deputados pró-aborto da comissão se retiraram em protesto sem votar, deixando os deputados restantes rejeitarem a legislação por 33 a 0.
 
Os membros da comissão se abraçaram em lágrimas enquanto os militantes pró-aborto na audiência gritavam palavras pesadas contra eles e contra a Igreja Católica, que este ano iniciou uma campanha intensa para proteger o direito à vida.
 
A campanha, junto com importantes iniciativas dos evangélicos, resultou num aumento dramático no sentimento pró-vida no Brasil. Uma recente pesquisa de opinião pública revelou que 68% dos brasileiros agora se opõem à liberalização do aborto. No ano passado, eram 63%.
 
A legislação, que é conhecida como PL 1135/91, será em seguida considerada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, onde a expectativa é de que será rejeitada. O texto elimina penalidades criminais para o aborto. Outros projetos de lei que descriminalizam o aborto também estão em andamento no Congresso Nacional.
 
O voto representou uma derrota esmagadora para os militantes pró-aborto no Brasil, e em particular para o Ministro da Saúde de Lula, José Gomes Temporão. Temporão vem buscando desviar a atenção da questão dos direitos humanos do feto ao redirecionar o debate como questão de "saúde pública" devido aos perigos que ele alega estão associados aos abortos ilegais.
 
Aparentemente sentindo sua derrota inevitável, Temporão não testificou diante da comissão e em vez disso enviou representantes. Ele usou linguagem diplomática para denunciar a decisão, afirmando que a atual abordagem legal para com o aborto não foi realista e resultaria em "fracasso".
 
Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com
 
Fonte: LifeSiteNews
- -
Deus é Fiel
 
"A batalha é do homem, mas a vitória é de Deus"
 
graça e paz
Zenóbio _ Niterói-RJ

56. STF PRETENDE CRIAR JURISPRUDENCIA PARA LIBERAR ABORTO 26/05/2008 ...

Sábado, 24 de maio de 2008
 
A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA
VIDA HUMANA:
 
Conforme mensagem divulgada ontem pela Situação da Defesa da
Vida, o Supremo Tribunal Federal irá retomar quarta feira dia 28
de maio de 2008 o julgamento da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADIN) 3510, sobre a
constitucionalidade das pesquisas com embriões no Brasil.
 
Se prevalecer o voto do Ministro Relator, como explicado mais
adiante, a sentença se tornará jurisprudência para a
IMEDIATA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO
BRASIL ATRAVÉS DA VIA JUDICIAL.
 
SEGUNDO OS MINISTROS DO STF ESTE SERIA
O JULGAMENTO DO SÉCULO, MAS JÁ TEM TUDO
PARA TORNAR-SE O ESCÂNDALO DO SÉCULO.
 
A imprensa informa que os ministros, contrariamente ao que costuma
acontecer no STF, tem pressa em dar a sentença e uma pequena
maioria inclina-se a permitir as pesquisas com embriões e a aprovar o
voto do Ministro Relator.
 
Conforme mostra o texto do voto do relator da ação, Ministro
Carlos Ayres de Britto, a sentença baseia-se fundamentalmente no
pressuposto que os embriões congelados são inviáveis. Conforme
afirmou o Ministro,
 
"ESTÁ HAVENDO UMA SUPERVALORIZAÇÃO DO
PAPEL DO EMBRIÃO. NÃO HÁ ASSASSINATO. O
EMBRIÃO IN VITRO, ENTREGUE A SI MESMO,
NA GÉLIDA SOLIDÃO DO SEU CONFINAMENTO,
NÃO TEM A MENOR CONDIÇÃO DE EVOLUIR
PARA A FORMAÇÃO DE UMA VIDA
VIRGINALMENTE NOVA".
 
 
Esta opinião, sobre a qual se baseará a substância das sentenças,
totalmente errônea e até a presente semana unânime entre os
Ministros, deve-se ao depoimento dos cientistas favoráveis às
pesquisas com embriões os quais, OU IGNORAVAM OS
FATOS CIENTÍFICOS ELEMENTARES DO SEU
PRÓPRIO OFÍCIO, OU MANIPULARAM
DESCARADAMENTE A OPINIÃO PÚBLICA AO SE
APRESENTAREM NA AUDIÊNCIA PÚBLICA
OCORRIDA NO STF EM MARÇO DO ANO
PASSADO, CONFORME MOSTRA
MANIFESTAMENTE O RELATÓRIO QUE ESTÁ
SENDO DIVULGADO ESTA SEMANA PELOS
DEPUTADOS DA FRENTE PARLAMENTAR EM
DEFESA DA VIDA, FAZENDO CRER AOS
MAGISTRADOS EXATAMENTE O OPOSTO
DAQUILO QUE NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS É
CONHECIDO ATÉ MESMO PELO COMUM DOS
CIDADÃOS.
 
Poderemos crer que tudo não passou de um lamentável engano se eles
pedirem desculpas pelos desinformação veiculada e admitirem
publicamente, diante dos magistrados e antes do pronunciamento da
sentença, que realmente não sabiam da verdade dos fatos sobre os
quais se apresentaram diante do público como especialistas.
 
A técnica foi utilizada na semana passada na Inglaterra com a qual
conseguiu-se fazer o Parlamento Britânico aprovar, na segunda feira
19 de maio de 2008, a clonagem de embriões simultanemente
humanos e animais.
 
[Para saber mais sobre as denúncias de manipulação da opinião
pública e a recente legalização na Inglaterra da clonagem de
embriões simultaneamente humanos e animais leia este boletim :
 
 
O relatório que começou a ser divulgado esta semana pelos deputados
federais, evidenciando como se manipula a verdade no Brasil não só
para a opinião pública mas até mesmo para Ministros da Suprema
Magistratura foi publicado pela Comissão Diocesana em Defesa da
Vida de Taubaté. Uma cópia da parte principal do documento pode
ser encontrada em
 
 
O documento cita numerosos trabalhos científicos de primeira linha e
vários outros artigos originais que mostram claramente que no mundo
desenvolvido é amplamente sabido que os embriões congelados são tão
viáveis quanto os embriões frescos e que, quando implantados no
útero materno, não importando o número de anos durante os quais
foram criopreservados, produzem a vida, sem qualquer diferença,
tanto uns quanto outros, mesmo depois de três, cinco, sete, oito,
doze e até treze anos. Os trabalhos científicos publicados
internacionalmente são unânimes em afirmar que não há limite
conhecido para o tempo com que é possível armazenar sob congelamento
um embrião. Não se conhece nenhum caso de embrião que ao ser
descongelado tivesse apresentado malformações devido ao tempo em que
permaneceu armazenado. Milhares já nasceram em todo o mundo. Os
protocolos das clínicas de fertilização assistida afirmam em
uníssono que "NÃO EXISTEM EVIDÊNCIAS QUE O
PROCESSO DE CONGELAMENTO SEJA
PREJUDICIAL À CAPACIDADE DO EMBRIÃO
DESENVOLVER-SE EM UM BEBÊ NORMAL". Nos
Estados Unidos existem agências especializadas na adoção de
embriões congelados e centenas destes embriões, a maioria congelados
por mais bem mais de três anos e hoje já nascidos, freqüentam as
escolas e inclusive participam ativamente, junto com os seus pais, de
campanhas contra a experimentação de embriões que não lhes teria
permitido existirem.
 
Só não sabiam disso os principais cientistas brasileiros, que assim
testemunharam diante dos Ministros:
 
"PARA QUE PRESERVAR ESTES EMBRIÕES
CONGELADOS MESMO SABENDO QUE A
PROBABILIDADE DE GERAR UM SER HUMANO É
PRATICAMENTE ZERO?"
 
[Mayana Zatz, pesquisadora da USP]
 
"A TÉCNICA DE CONGELAMENTO DEGRADA OS
EMBRIÕES. ELA DIMINUI A VIABILIDADE
DOS EMBRIÕES. A MAIORIA DAS CLÍNICAS DE
FERTILIDADE NÃO GOSTA DE USAR EMBRIÕES
CONGELADOS. SABE-SE QUE A VIABILIDADE
DOS EMBRIÕES CONGELADOS HÁ MAIS DE TRÊS
ANOS É MUITO BAIXA, PRATICAMENTE NULA E
A MAIORIA DAS CLÍNICAS REJEITAM O
TRANSPLANTE OU O IMPLANTE DESTES
EMBRIÕES".
 
[Ricardo Santos, pesquisador titular da Fundação Osvaldo Cruz]
 
A Frente Parlamentar em Defesa da Vida, presidida pelo Deputado
Luiz Bassuma e que tem como membros 200 Deputados Federais e 20
Senadores, ao tomar conhecimento do documento, acaba de protocolar
esta sexta feira dia 23 de maio junto ao STF uma cópia do mesmo
para cada Ministro do STF e convocou uma Audiência Pública na
Câmara dos Deputados em Brasília para denunciar publicamente estes
fatos.
 
A AUDIÊNCIA PÚBLICA OCORRERÁ NO
PLENÁRIO 12 DO ANEXO 2 DA CÂMARA DOS
DEPUTADOS EM BRASÍLIA ÀS 16:30 DO DIA
27 E CONTARÁ COM A PRESENÇA DE MEMBROS
DA COMISSÃO EM DEFESA DA VIDA,
CIENTISTAS DE RENOME, O SUB PROCURADOR
GERAL DA REPÚBLICA DR. CLÁUDIO
FONTELES E DIVERSOS POLÍTICOS MEMBROS
DA FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DA
VIDA.
 
[Se você mora em Brasília, compareça à Audiência Pública no
Congresso Brasileiro. Baixe aqui o seu convite:
 
 
MAS HÁ ALGO PIOR DO QUE TUDO ISSO: O
JULGAMENTO DO STF SERÁ UTILIZADO PARA
LEGALIZAR O ABORTO NO BRASIL PELA VIA
JUDICIÁRIA.
 
Conforme explicado abaixo pelo boletim do SDV, o tema transcende a
questão das células tronco porque, com base nesta sentença, o
Ministro Relator Carlos Britto pretende sustentar e inaugurar uma
nova jurisprudência segundo a qual, contrariamente à doutrina
defendida até hoje pela quase totalidade dos juristas brasileiros, A
CONSTITUIÇÃO DEFENDERIA A VIDA COMO
DIREITO SOMENTE APÓS O NASCIMENTO.
 
Isto é, no entendimento do Ministro, antes do nascimento a
Constituição não reconheceria o direito à vida. Portanto, punir
o aborto como um crime, durante os todos os nove meses da gravidez,
poderia ser julgado inconstitucional.
 
Nas palavras do voto do próprio Ministro, mais adiante no decorrer
desta mensagem citadas de modo mais amplo,
 
"TRATA-SE DE UMA CONSTITUIÇÃO QUE
SOBRE O INÍCIO DA VIDA HUMANA,
PERMITO-ME O TROCADILHO, É DE UM
SILÊNCIO DE MORTE. A NOSSA MAGNA CARTA,
QUANDO FALA DA DIGNIDADE DA PESSOA
HUMANA, É SEMPRE DE UM SER HUMANO JÁ
NASCIDO".
 
Portanto, caso seja aprovado pelos seus colegas do STF, o voto do
Ministro Carlos Ayres de Brito se tornará jurisprudência que
poderá ser utilizada pelas organizações a favor do aborto para a
IMEDIATA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO
BRASIL ATRAVÉS DA VIA JUDICIAL.
 
As organizações que no Brasil, contra a posição da esmagadora
maioria do povo, lutam para legalizarem o aborto, já ultrapassam as
duas centenas, e são pesadamente financiadas por Fundações norte
americanas que trabalham para a implantação do aborto em todo o
mundo. Estas organizações já compreenderam que no Brasil, onde
segundo o IBOPE 97% do povo é contra a legalização do
aborto, não será possível legalizar este crime através do Poder
Legislativo.
 
ELAS AGUARDAM A APROVAÇÃO DO VOTO DO
MINISTRO CARLOS BRITTO PARA ENTRAR COM
UMA AÇÃO EXIGINDO POR VIA JUDICIAL A
LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL.
 
PEÇO, PORTANTO, QUE ENVIEM UM FAX OU
FAÇAM UM TELEFONEMA AOS MINISTROS DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E PEÇAM-LHES
QUE TOMEM CONHECIMENTO DO RELATÓRIO
QUE ESTÁ SENDO DIVULGADO PELOS
DEPUTADOS DA FRENTE PARLAMENTAR EM
DEFESA DA VIDA.
 
Os embriões humanos congelados são viáveis e, como afirma o
relatório,
 
"SE ELES PODEM PRODUZIR A VIDA, DEVEM
PRODUZIR A VIDA".
 
O BRASIL ESTÁ ENFRENTANDO O MAIOR
ATAQUE JÁ DESENCADEADO CONTRA A
DIGNIDADE DA VIDA HUMANA QUE JÁ HOUVE
EM SUA HISTÓRIA.
 
Não se trata de uma evolução espontanea do pensamento humano, como
se ele, deixado a si mesmo, se dirigisse por uma evolução natural ao
reconhecimento do aborto, da eutanásia e à destruição do respeito
devido à sexualidade humana e à familia. O que está acontecendo é
que duas dezenas de organizações internacionais trabalham febrilmente
desde os anos 50 para impor mundialmente a qualquer custo o aborto e
outras mostruosidades que, em seu conjunto, são chamadas de "cultura
da morte", sem as quais não se aceitaria o aborto.
 
O problema transcende o próprio Brasil e representa o coroamento de
investimentos estrangeiros de várias décadas que pretendem impor o
aborto não só ao Brasil como também a toda a América Latina e a
todo o mundo.
 
A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL
DESENCADEARÁ A APROVAÇÃO DESTA PRÁTICA
EM TODA A AMÉRICA LATINA, QUE TAMBÉM É
MAJORITARIAMENTE CONTRA O ABORTO.
 
É NECESSÁRIA AJUDA URGENTE.
 
Pede-se a leitura desta mensagem a qual, mesmo que seja longa, é
necessária para se poder entender como e até que ponto trabalham os
promotores da cultura da morte e por consequência, para saber como
defender-se. Pedimos a divulgação do conteúdo desta mensagem e
principalmente que se escreva, que se enviem fax e que se telefone aos
ministros do Supremo Tribunal Federal.
 
DEVE-SE LEMBRAR QUE A TODOS OS
MINISTROS, SEJA QUAL FOR A SUA POSIÇÃO
PESSOAL, DEVE-SE O MAIOR RESPEITO EM
QUAISQUER CIRCUNSTÂNCIAS. TELEFONANDO
OU ESCREVENDO SEJA SEMPRE EDUCADO AO
EXTREMO MAS NÃO DEIXE DE MANIFESTAR
CLARAMENTE SEU PONTO DE VISTA.
 
NO ENTANTO, TÃO OU ATÉ MAIS IMPORTANTE
DO QUE ISSO É QUE SE LEIA E ESTUDE TODO O
CONTEÚDO DESTA MENSAGEM A QUAL, MESMO
QUE SEJA LONGA, É NECESSÁRIA PARA SE
PODER ENTENDER COMO E ATÉ QUE PONTO
TRABALHAM OS PROMOTORES DA CULTURA DA
MORTE.
 
A imposição mundial da cultura da morte tem sido comparada com razão
a uma nova espécie de terrorrismo organizado. Uma rede de
organizações internacionais, pesadamente financiadas por fundações
internacionais e trabalhando em conjunto, amplia-se a trabalha desde
os anos 50 para implantar a cultura da morte no mundo, utilizando os
mais sofisticados recursos da tecnologia e das ciencias sociais e
políticas para impor o aborto, a eutanásia, a educação sexual
liberal e a destruição da família no mundo moderno.
 
A médio e longo prazo, SERÁ PRECISO O ESTUDO, O
DEBATE E A VEICULAÇÃO DE INFORMAÇÕES
CONSISTENTES E FUNDAMENTADAS PARA
ESTABELECER OS FUNDAMENTOS DE UMA
VERDADEIRA DEMOCRACIA.
 
Continuaremos informando os acontecimentos aos que estiverem recebendo
esta lista.
 
Agradecemos profundamente o grandíssimo bem que todos estão ajudando
a promover. A humanidade toda lhes deve muito pela atenção que
tiverem dado a esta mensagem.
 
Alberto R. S. Monteiro _ STF PRETENDE CRIAR JURISPRUDENCIA PARA LIBERAR ABORTO 26/05/2008
 

57. ) 31/05/2008 _ Lobby das CTE comemora vitória no STF   
 
 
Texto de uma ativista pró-legalização das pesquisas com células-tronco embrionárias (CTE), publicado no CMI-Brasil -
http://www.midiaindependente.org , mostrando o método por ela utilizado para fazer sua campanha. A autora publica freqüentemente artigos no site Brasil Wiki - http://www.brasilwiki.com.br , onde qualquer pessoa pode se cadastrar e enviar textos. Seria interessante que pessoas que defendem as causas da família, da vida, do Cristianismo e da liberdade de expressão e de religião fizessem o mesmo, isto é, também se cadastrassem lá para publicar artigos.
 
 
 
STF conclui julgamento histórico: Vitória da Vida
 

Por Mirna Cavalcanti de Albuquerque P. da Cunha 30/05/2008 às 18:32
 
Versa sobre o julgamento pelos STF da ADIN impetrada pelo ex-procurador-geral da República . O Pretório Excelso considerou constitucionais o artigo quinto da Lei de Biossegurança , que permite o prosseguimento dos estudos com as células-tronco embrionárias.
 

Ave, Tribunal-Maior!
 
Finalmente, após longa, angustiante e até mesmo desnecessária espera, o Supremo Tribunal Federal julgou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) impetrada pelo então procurador-geral da República, Claudio Fontelles.
 
Ocorre que as pesquisas com as células tronco-embrionárias foram suspensas por encontrar-se "sub-judice" o quinto artigo da Lei 11.105, de 25 de março de 2005, que, consoante sua ementa:
 
"Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1o do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados - OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança - CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança - PNB, revoga a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5o, 6o, 7o, 8o, 9o, 10 e 16 da Lei no 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências."
 
Tendo em vista a importância dos estudos desenvolvidos com as células mencionadas retro, por representarem probabilidade de um futuro com melhor qualidade de vida (ou mesmo cura) para pacientes de diversas doenças para as quais no momento só há tratamentos paliativos, iniciei uma "campanha pessoal" no sentido de não só tornar o assunto mais conhecido para os leigos, como mostrar aos ministros do Pretótio Excelso, o quanto a Nação esperava - e dependia de sua decisão.
 
Escrevi para o BrasilWiki!( www.brasilwiki.com.br ), nesta linha de raciocínio, diversos artigos, a saber:
 
Em defesa da vida (04/05)
Escreva para os ministros do STF (04/03)
Pela vida, STF ! (06/03)
Esclerose múltipla (10/03)
Lei da vida: escrevam aos mMinistros ! (14/03)
Pedido de vista ou perdido de vista? (16/03)
É Hora de pressionar (09/04)
A igreja ou a vida?" (18/04)
Em defesa da vida de quem tem vida (27/05).
 
E também postei artigo de colega gaúcho : "Julgamento sobre as células tronco é suspenso com empate de quatro votos" (29/05).
 
Esses artigos, eu os enviava para amigos, conhecidos, médicos (brasileiros e estrangeiros - entre os quais diversos professores universitários), políticos em geral, bem como para os onze ministros que compõem nosso Tribunal Maior. Essas pessoas, por sua vez, se achassem por bem, enviavam-nos às pessoas de suas listas de endereços. Nasceu, assim, uma corrente de energia extremamente positiva.
 
Tudo isso iniciou-se em 4 de maio - um dia antes, portanto, do julgamento da ADIN, com a leitura do voto pelo relator do processo em tela, ministro Ayres Britto. Aquele ministro e sua laboriosa equipe haviam se debruçado sobre os livros. O voto foi de tal forma abrangente e profundo que praticamente exauriu a matéria. O ministro em questão não acolheu o pedido de inconstitucionalidade do artigo quinto da Lei de Biossegurança.
 
Mal havia ele terminado a leitura de seu voto e o ministro Carlos Alberto Direito pediu vistas ao processo. Antes, porém, que tal lhe fosse concedido, Ellen Gracie, então ministra presidente daquela Corte Máxima, votou no mesmo sentido do ministro-relator e discorreu sobre a clara constitucionalidade do artigo da lei frente às Normas Constitucionais vigentes.
 
Passados bem mais de dois meses, após o processo retornar à Casa, a 28 deste mês, foi o mesmo a plenário para continuar a votação que só terminou no dia seguinte, 29.
 
Todos os votos (inclusive os dos demais ministros que apoiavam a ADIN impetrada por Fontelles), foram excelentes: verdadeiras aulas magnas de Direito Constitucional e BioCiência.
 
Ayres Britto, Ellen Gracie, Carmem Lúcia, Marco Aurélio Mello, Celso Mello e Joaquim Barbosa foram os ministros que votaram ampla e irrestritamente pela constitucionalidade do artigo quinto da Lei 11.105. A maioria estava alcançada, já que são onze os ministros.
 
Os demais acolheram parcialmente, pois fizeram observações restritivas a egixir inúmeros e desnecessários procedimentos burocráticos, o que retardaria toda e qualquer pesquisa nova a ser iniciada.
 
Para os brasileiros, em 29 de maio de 2008 termina o ciclo da dúvida e se reinicia o das pesquisas. Uma nova era se inicia com este histórico julgamento.
 
Agradeço ao BrasilWiki! por ter sempre atendido aos meus apelos.
 
Agradeço a todos que escreveram aos ministros.
 
Agradeço até mesmo aos que postaram comentários negativos, pois assim fizeram com que a verdade se realçasse de per si.
 
Agradeço, principalmente, aos amigos que comentavam as matérias, contribuindo, assim, com seus pensamentos sobre as mesmas.
 
Agradeço, outrossim, aos ministros que se posicionaram a favor da ação de Fontelles, pois se portaram com a dignidade e mesmo a sabedoria que deles se esperava.
 
Acima e além, agradeço a Deus, por ter orientado os ministros todos, principalmente os seis acima nomeados.
 
É chegada a hora de a esperança poder renascer nos corações de criaturas que sobrevivem passando por tratamentos paliativos, às vezes dolorosos e caríssimos, mas que não lhes podem curar: apenas minorar as dores ou mesmo seqüelas das doenças ainda tidas como incuráveis.
 
Sabemos que os resultados científicos com respeito às células tronco-embrionárias ainda não foram consolidados. Assim, salvo um milagre, há, por certo, um longo caminho a ser percorrido. Não importa. Há de ficar na memória da nação brasileira este julgamento. Dia em que o primeiro passo foi dado em uma estrada iluminada pela radiosa luz da esperança.
 
Clicando no sítio abaixo pode ser lida a Lei de Biossegurança na íntegra, bem como relação, em ordem cronológica de nomeação, dos ministros de nossa Excelsa Corte.
 
 
Celso de Mello - o decano dos ministros, nomeado por José Sarney em 1989 (*1945. Expectativa máxima como ministro: 2014)
 
Marco Aurélio de Mello - nomeado por Fernando Collor em 1990 (*1946. Expectativa máxima como ministro: 2016)
 
Ellen Gracie - nomeada por Fernando Henrique em 2000 (*1948. Expectativa máxima como ministra: 2018)
 
Gilmar Mendes - nomeado por Fernando Henrique em 2002 (*1955. Expectativa máxima como ministro: 2025)
 
Antônio Cezar Pelluso - nomeado por Lula (*1942. Expectativa máxima como ministro: 2012)
 
Carlos Ayres Britto - nomeado por Lula em 2003 (*1942. Expectativa máxima como ministro: 2012)
 
Joaquim Barbosa - nomeado por Lula em 2004 (*1954. Expectativa máxima como ministro: 2024)
 
Eros Grau - nomeado por Lula em 2004 (*1940 . Expectativa máxima como ministro : 2010)
 
Enrique Ricardo Lewandowski - nomeado por Lula em 2006 (*1948. Expectativa máxima como ministro: 2018)
 
Carmen Lúcia Antunes Rocha - nomeada por Lula em 2006 (*1954. Expectativa máxima como ministra: 2024)
 
Carlos Alberto Menezes Direito _ nomeado por Lula em 2007 (*1942. Expectativa máxima como ministro: 2012)
 
= = =

Comentários 
Vitória do lobby das CTE realista 30/05/2008 18:42
Agora muita grana vai rolar pro bolso de quem atua no ramo. Cura, a partir de células-tronco embrionárias (CTE), nunca houve, em mais de 20 anos de pesquisa. Provavelmente contiuará não havendo. Mas, pelo menos, o Estado (povo) vai agora poder gastar bastante dinheiro com isso, e alguns espertinhos lucrar bem.
 
 
 
Fonte:
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/05/421095.shtml
= =

58. ) EDUARDO BANKS _ Agora que não conseguimos ganhar no STF a disputa sobre as células-tronco, podemos partir para um segundo "round" na Câmara dos Deputados.
 
Logo após a aprovação da Lei de Biossegurança, eu escrevi um Projeto para criminalizar a pesquisa com células-tonco embrionárias; este meu projeto altera a redação do artigo 5º da Lei 11.105/2005, tornando um crime o que hojé é permitido pela lei e aprovado pelo Supremo.
 
Em 4 de maio de 2005, o Deputado Federal Takayama (PSC do Paraná) apresentou o meu Projeto, que virou o PL 5.134/2005.
 
Agora precisamos de mobilização para aprová-lo, porque o Relator da Comissão de Seguridade Social e Família votou pela rejeição, sendo aprovado por unanimidade, e agora o Relator da Comissão de Ciência e Tecnologia apresentou outro parecer pela rejeição.
 
Temos que zelar pela aprovação deste projeto, mandando para a Câmara a mesma Frente de militância que atuou no Supremo Tribunal Federal.
 
A nossa última esperança é mudar a Lei de Biossegurança, já que de julgado em Ação Direta de Inconstitucionalidade não cabe recurso, salvo embargos de declaração para aclarar o acórdão.
 
Por favor, espalhe esta mensagem aos quatro ventos. Precisamos pressionar a Câmara dos Deputados de um jeito que nunca se viu.
 
Aquele abraço e Paz de Cristo!
 
Rio de Janeiro, 31 de Maio de 2008.
 

 
http://www.camara.gov.br/sileg/MostrarIntegra.asp?CodTeor=303685 Proposição: PL-5134/2005  -> Íntegra disponível em formato pdf
Autor:  Takayama - PMDB /PR 
 
Data de Apresentação: 04/05/2005
Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
Regime de tramitação:  Prioridade
Situação: CCTCI: Aguardando Deliberação.
 
Ementa: Altera a redação do art. 5º da Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, e dá outras providências.
 
Explicação da Ementa: Torna crime inafiançável a utilização e pesquisa com células-tronco obtidas de embrião humano.
 
Indexação: Alteração, Lei de Biossegurança, proibição, utilização, pesquisa, célula-tronco embrionária, comercialização, material biológico, crime inafiançável, pena de reclusão, multa, interdição, exercício profissional, Medicina, Enfermagem.
 
Despacho:
12/5/2005 - Às Comissões de Seguridade Social e Família; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD)
 
Legislação Citada 
 
Pareceres, Votos e Redação Final
  - CCTCI (CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA)
      PRL 1 CCTCI (Parecer do Relator) - Rodrigo Rollemberg 
  - CSSF (SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA)
      PAR 1 CSSF (Parecer de Comissão) 
      PRL 1 CSSF (Parecer do Relator) - Dr. Francisco Gonçalves 
      PRL 2 CSSF (Parecer do Relator) - Rafael Guerra 
      PRL 3 CSSF (Parecer do Relator) - Rafael Guerra 
      VTS 1 CSSF (Voto em Separado) - Dr. Talmir 
 
Apensados PL 6006/2005  
 

Última Ação:
 
29/5/2008 -   Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática  (CCTCI) -  Parecer do Relator, Dep. Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), pela rejeição deste, e do PL 6006/2005, apensado. 
 
 
Obs.: o andamento da proposição fora desta Casa Legislativa não é tratado pelo sistema, devendo ser consultado nos órgãos respectivos. Andamento: 
 
4/5/2005  PLENÁRIO  (PLEN)
Apresentação do Projeto de Lei pelo Deputado Takayama (PMDB-PR). 
 
 
12/5/2005  Mesa Diretora da Câmara dos Deputados  (MESA)
Às Comissões de Seguridade Social e Família; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD) 
 
 
16/5/2005  COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES  (CCP)
Encaminhada à publicação. Publicação Inicial no DCD de 17/05/2005 PÁG 18498 COL 02. 
 
 
18/5/2005  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Recebimento pela CSSF.
 
 
31/5/2005  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Designado Relator, Dep. Dr. Francisco Gonçalves (PTB-MG)
 
 
20/10/2005  Mesa Diretora da Câmara dos Deputados  (MESA)
Apense-se a este o PL-6006/2005. 
 
 
10/11/2005  Mesa Diretora da Câmara dos Deputados  (MESA)
Apresentação do Requerimento n.º 3421/2005, do Senhor Deputado Paulo Baltazar, que requer revisão do despacho aposto ao PL 6006/05, para determinar sua desapensação do PL 5134/05.
 
 
2/12/2005  Mesa Diretora da Câmara dos Deputados  (MESA)
Indeferido o Requerimento n.º 3421/05, tendo em vista que a apensação obedeceu ao disposto no art. 139, inciso I, do RICD.
 
 
7/12/2005  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Parecer do Relator, Dep. Dr. Francisco Gonçalves (PPS-MG), pela rejeição deste, e do PL 6006/2005, apensado. 
 
 
31/1/2007  Mesa Diretora da Câmara dos Deputados  (MESA)
Arquivado nos termos do Artigo 105 do Regimento Interno. DCD de 01 02 07 PÁG 272 COL 01. Suplemento A ao Nº 21. 
 
 
1/3/2007  Mesa Diretora da Câmara dos Deputados  (MESA)
Apresentação do REQUERIMENTO N.º 411, DE 2007, pelo Deputado(a) Takayama, que solicita o desarquivamento de proposição. 
 
 
25/4/2007  Mesa Diretora da Câmara dos Deputados  (MESA)
Desarquivado nos termos do Artigo 105 do RICD, em conformidade com o despacho exarado no REQ-411/2007. DCD 26 04 07 PAG 19125 COL 01 
 
 
17/5/2007  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Designado Relator, Dep. Rafael Guerra (PSDB-MG)
 
 
27/6/2007  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Apresentação do Parecer do Relator, PRL 2 CSSF, pelo Dep. Rafael Guerra 
 
 
27/6/2007  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Devolvido ao Relator, Dep. Rafael Guerra (PSDB-MG)
 
 
3/7/2007  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Apresentação do Parecer do Relator, PRL 3 CSSF, pelo Dep. Rafael Guerra 
 
 
3/7/2007  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Parecer do Relator, Dep. Rafael Guerra (PSDB-MG), pela rejeição deste, e do PL 6006/2005, apensado. 
 
 
12/7/2007  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Vista ao Deputado Dr. Talmir.
 
 
1/8/2007  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Prazo de Vista Encerrado
 
 
8/8/2007  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Retirado de pauta de Ofício.
 
 
21/8/2007  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Retirado de pauta a requerimento do autor, contra os votos dos Deputados Rafael Guerra, Cida Diogo e Dr. Rosinha.
 
 
22/8/2007  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Adiada a discussão por 05 (cinco) sessões a requerimento do Deputado Dr. Talmir.
 
 
5/9/2007  Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Aprovado por Unanimidade o Parecer, apresentou voto em separado o Deputado Dr. Talmir
 
 
10/9/2007  Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática  (CCTCI)
Recebimento pela CCTCI, com a proposição PL-6006/2005 apensada.
 
 
13/9/2007  Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática  (CCTCI)
Designado Relator, Dep. Gustavo Fruet (PSDB-PR)
 
 
19/9/2007  Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática  (CCTCI)
Devolvida sem Manifestação.
 
 
29/11/2007  Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática  (CCTCI)
Designado Relator, Dep. Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
 
 
29/5/2008  Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática  (CCTCI)
Apresentação do Parecer do Relator, PRL 1 CCTCI, pelo Dep. Rodrigo Rollemberg 
 
 
29/5/2008  Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática  (CCTCI)
Parecer do Relator, Dep. Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), pela rejeição deste, e do PL 6006/2005, apensado.  

59 .  IGREJA AMERICANA REJEITA PESQUISA COM CÉLULAS-TRONCO
 
 
 
A Conferência dos Bispos dos Estados Unidos acaba de aprovar, esta sexta feira dia 13 de junho de 2008, por 191 votos contra 1, um documento inédito dedicado exclusivamente à questão das pesquisas com células tronco embrionárias.
 

Conforme as declarações dos bispos,
 
"UMA DECISÃO INICIAL DE DESTRUIR OS ASSIM CHAMADOS 'EMBRIÕES EXCEDENTES' PARA FINS DE PESQUISA IRÁ CONDUZIR A ABUSOS MUITO MAIORES, INCLUINDO A CLONAGEM HUMANA".
 

Os bispos afirmaram que a clonagem para produzir embriões humanos para pesquisa
 
"IRÁ INEVITAVELMENTE FACILITAR AS TENTATIVAS DE PRODUZIR CRIANÇAS NASCIDAS A PARTIR DE CLONAGEM. OS SERES HUMANOS SE TORNARÃO 'COMODIDADES' E A PROCRIAÇÃO SERÁ REDUZIDA A UM MERO PROCESSO DE MANUFATURA".
 
"PARECE INEGÁVEL", acrescentam os bispos,
 
 
 
"QUE UMA VEZ QUE SEJA ATRAVESSADA A LINHA MORAL FUNDAMENTAL QUE NOS IMPEDE DE TRATAR QUALQUER SER HUMANO COMO MERO OBJETO DE PESQUISA, NÃO HAVERÁ MAIS NENHUM PONTO FINAL. A ÚNICA POSIÇÃO MORAL QUE SUSTENTA A DIGNIDADE HUMANA DE TODOS É A REJEIÇÃO DO PRIMEIRO DEGRAU DESTA LADEIRA".
 
 
Um dia antes, na quinta feira dia 12 de junho, o Estado doColorado propôs um plebiscito para votar uma emenda constitucionalestadual que irá definir o óvulo humano fecundado como pessoa. Avotação ocorrerá em novembro deste ano. Os opositores do plebiscitoafirmam que a medida poderá não apenas acabar com o direito ao abortomas também paralisar a fertilização in vitro e a pesquisa comcélulas tronco embrionárias.
 
A Emenda 48, intitulada "DEFINIÇÃO DE PESSOA",
 
foi apresentada depois de assinada por 103.377 eleitores, bemmais do que o mínimo requerido de 76.047 requerentes. Mil etrezentos voluntários pro vida participaram da coleta das assinaturasem todo o Estado. A emenda proposta acrescetará uma nova seção noArtigo Segundo da Constituição do Estado do Colorado afirmando que "OS TERMOS 'PESSOA' OU 'PESSOAS' DEVERÃO INCLUIR QUALQUER SER HUMANO DESDE O MOMENTO DA FERTILIZAÇÃO".
 
A Emenda da Personalidade do Colorado é a primeira deste tipo nosEstados Unidos, e tem um sentido histórico especial, já que oColorado, em 1968, foi o primeiro estado americano a legalizar oaborto, seis anos antes da decisão Roe x Wade, que tornou o abortolegal nos Estados Unidos sem necessidade de motivo até os seis mesesda gravidez e por qualquer motivo nos últimos três meses da gravidez.Agora o Colorado tem uma chance de tornar-se o primeiro estado aestabelecer a personalidade do ser humnano desde a concepção.
 

"NOSSA ESTRATÉGIA É QUE, ATÉ QUE NÃO SE DEFINA O NASCITURO COMO PESSOA, AS LEIS NÃO PODERÃO PROTEGÊ-LO. COMO PODERIAM FAZÊ-LO, SE NEM SEQUER O RECONHECEM COMO PESSOA?",
 

afirmam os pró-vidas do Colorado.
 
"O OBJETIVO DE NOSSA CAMPANHA É GERAR UMA BOA DISCUSSÃO COM OS ELEITORES DO COLORADO SOBRE O QUE SEJA UM NASCITURO. SÃO PESSOAS? E SE O FOREM, MERECERIAM O MESMOS DIREITOS QUE O RESTANTE DE NÓS?"
 
Este conceito de personalidade está ausente da lei americana e foi abase da argumentação por detrás da decisão Roe x Wade de 1973que legalizou o aborto em todo o país. Se for aprovada, a emenda doColorado irá explorar uma fraqueza fundamental que os própriosjuízes que redigiram a decisão Roe x Wade admitiram que existia.
 

Os lobbies a favor do aborto, incluindo a Planned Parenthood,proprietária da maior cadeia de clinicas de aborto dos EstadosUnidos, estão mobilizando vultosas somas para vencer o plebiscito.Segundo seus porta vozes,
 
"A ASSIM CHAMADA 'EMENDA DA VIDA HUMANA' É PERIGOSA E ENGANOSA. A EMENDA TORNARIA O ABORTO ILEGAL NOS ESTADOSUNIDOS, MESMO NOS PRIMEIROS ESTÁGIOS DA GRAVIDEZ. ELA PODERÁ TORNAR ILEGAL O ABORTO MESMO NOS CASOS DE ESTUPRO, INCESTO E RISCO DE VIDA DA MÃE. A EMENDA É TÃO EXTREMA QUE PODERIA INCLUSIVE BANIR MUITOS PROCEDIMENTOS COMUNS DE CONTROLE DE NATALIDADE, PROIBIR A FERTILIZAÇÃO IN VITRO E A PESQUISAS COMCÉLULAS TRONCO EMBRIONÁRIAS".
 
 

IGREJA REJEITA PESQUISA COMCÉLULAS-TRONCO
 
 
 
 

A conferência episcopal católica dos Estados Unidos encerrou suasdeliberações nesta sexta-feira em Orlando (Flórida, sul) com aaprovação de um documento que rejeita o emprego de células-tronco embrionárias em estudos.
 
 
 
Trata-se da primeira declaração formal emitida por bispos(americanos) consagrada exclusivamente à questão. A Igrejacatólica considera o embrião um ser humano integral. Por estemotivo, condena o aborto e as manipulações genéticas.
 
 
 
As células-tronco são células indiferenciadas, tiradas do embriãoou de tecidos adultos, capazes de se multiplicar e de proliferar quantocultivadas. Os cientistas baseiam nesses tipos de células grandesesperanças para conseguir "reparar" órgãos enfraquecidos do corpohumano.
 
 
 
"Parece inegável que não há freio uma vez cruzada a linha moralfundamental que nos previne tratar outro ser humano como mero objeto deinvestigação", destaca o documento.
 
 
 
"A morte de criaturas humanas inocentes, ainda que para ajudaroutros, constitui um ato inaceitável em absoluto", menciona odocumento, citando o falecido Papa João Paulo II (EvangeliumVitae). "Assumir que os fins justificam os meios para legitimar amorte direta tem sido fonte de muitos males no mundo", afirmam os bispos.
 
fonte:
http://zenobiofonseca.blogspot.com
 
 

60. ) http://zenobiofonseca.blogspot.com Prezados amigos e líderes,
 
mais uma grande vitória foi obtida na votação do projeto de descriminalização do aborto na Câmara dos Deputados. A nossa mobilização deu certo, juntos somos forte e fazemos a diferença no amor de Jesus Cristo.
 
veja o notícia que publiquei em meu Blog ZENÓBIO FONSECA
graça e paz
 
Zenóbio - Niterói
 *****************************
 
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara rejeitou nesta quarta-feira (09/07/08) o projeto de lei que descriminaliza o aborto (projeto de lei 1135, de 1991). Como indicavam as sessões anteriores que discutiram a matéria, os parlamentares contrários à descriminalização conseguiram maioria para aprovar o relatório do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da CCJ. Ele declarou o projeto inconstitucional, tendo como argumento o artigo 5 da Constituição Federal, que garante o direito da inviolabilidade da vida.
 
O projeto, que descriminaliza o aborto, já havia sido rejeitado anteriormente pela Comissão de Seguridade Social por 33 votos a 0, em uma sessão tumultuada que terminou com os deputados favoráveis ao aborto (que eram minoria) abandonando a votação nominal em protesto. Desta forma, a matéria vai agora ao Plenário da Câmara já tendo recebido previamente duas avaliações contrárias.
 
A matéria será arquivada se não houver recurso, em cinco sessões, para ser votada pelo plenário da Câmara. O PL1135/91 suprime o artigo 124 do Código Penal, que estabelece pena de 1 a 3 anos de prisão para quem comete aborto.
 
No inicio da sessão desta quarta, o deputado José Genoíno (PT-SP), tentou adiar a discussão por dez sessões, mas seu requerimento foi rejeitado pelos parlamentares (30 votos a 4). Genoíno é o autor de um projeto que tramita em conjunto com o 1135, que prevê a autonomia na decisão da questão do aborto e também determina que os hospitais públicos realizem o procedimento. Genoíno alegou que o assunto não poderia ser decidido próximo ao recesso parlamentar e ao período eleitoral. No entanto, os demais parlamentares argumentaram que a questão já havia sido discutida exaustivamente ao longo de 17 anos, desde que o projeto foi apresentado.
 
Os votos contrários foram dos deputados José Eduardo Cardozo (PT-SP), José Genuíno (PT-SP), Régis de Oliveira (PSC-SP) e Eduardo Valverde (PT-RO).
 
Ao se manifestar contra o relatório, o deputado Régis de Oliveira já previu que estaria com a minoria favorável à descriminalização do aborto na CCJ. "Não posso permitir que o Estado tome uma decisão pela mãe. Também não consigo acreditar que, em caso de uma eventual descriminalização - eventual, porque não vai passar aqui -, as mulheres vão começar a fazer aborto indiscriminadamente. Minha consciência é contra o aborto, mas, como legislador, não posso substituir a decisão soberana da mulher."
 
Teatro
 
O deputado Carlos Willian (PTC-MG) ilustrou sua fala contra a descriminalização e, portanto, a favor do relatório, com alguns acessórios. Durante a exposição, ele usou dois bonecos, simbolizando crianças, e um caixão branco pequeno. Atrás dele, outros dois deputados, Miguel Martini e Luiz Carlos Bassuma, auxiliavam a argumentação servindo como homens-sanduíche de cartazes com fotos de fetos abortados.
 
"Vocês querem matar essas crianças, querem acabar com essas criaturas que são felicidade no futuro do mundo, preferem colocar essas crianças em um caixão?", disse Willian. "O projeto de lei, esse sim, vai para o caixão", acrescentou, jogando uma cópia do projeto dentro do caixão que trouxera.
 
A manifestação do deputado arrancou risos da platéia favorável ao projeto que acompanhava a sessão e que, em seguida, protestou usando faixas roxas como mordaça.
 
Postado por Zenobio Fonseca no ZENÓBIO FONSECA em 7/09/2008 06:10:00 PM


61. ) Sábado, 19 de julho de 2008
 
A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA
VIDA HUMANA:
 
O serviço de notícias SDV (Situação da Defesa da Vida)
divulgou um boletim sobre a segunda derrota consecutiva no Congresso
Brasileiro do projeto de lei apresentado pelo governo Lula que
pretendia descriminalizar o aborto durante todos os nove meses da
gestação.
 
A implantação internacional do aborto nos últimos cinqüenta anos
inaugurou uma nova forma de terrorismo, mais organizada e mais
sofisticada do que qualquer outro tipo de terrorismo armado que já
houve na história. Esta nova ameaça não pode ser combatida pelos
métodos tradicionais das sociedades filantrópicas, dos movimentos de
caridade, das formas tradicionais de trabalho pastoral ou da política
partidária. Trata-se de algo inteiramente novo que exige em primeiro
lugar uma disposição intransigente de todos em divulgar e comentar as
informações que são sistematicamente negadas e filtradas pelos meios
convencionais de comunicação.
 
GOSTARIA DE PEDIR A TODOS QUE ESTUDEM,
DIVULGUEM E COMENTEM O MAIS POSSÍVEL
ESTA E OUTRAS MENSAGENS A RESPEITO DA
DEFESA DA VIDA.
 
Estou repassando o boletim divulgado pela SDV pelas informações
importantíssimas que contém.
 
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Para não receber mais minhas mensagens, escreva para
 
 
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O projeto que legalizaria o aborto durante todos os nove meses da
gravidez, agora duas vezes derrotado graças, sem nenhum exagero, ao
trabalho de muitos milhares de cidadãos, havia sido apresentado à
Câmara em 2005 por iniciativa do governo Lula, com pleno
conhecimento e aval do Presidente da República. A relatoria do
projeto ficou a cargo da ex deputada Jandira Feghali, que na época
apresentava-se como "histórica defensora do direito ao aborto", e
desempenhou no legislativo o papel da principal aliada do governo neste
infeliz empreendimento.
 
Recebendo o nome técnico de Substitutivo do PL 1135/95, o
projeto afirmava pretender tornar o aborto um direito até os três
meses da gravidez, mas revogava despretensiosamente em seu final o
artigo 124 do Código Penal. A armadilha talvez pudesse ter
passado desapercebida pelo povo e pelos legisladores, o que foi quase
conseguido, quando poucos minutos antes da primeira votação, já nos
últimos meses de 2005, um assessor de um deputados federal lembrou
em uma reunião da bancada pro vida que se o artigo 124 do Código
Penal era o dispositivo que definia o aborto como crime, revogado este
artigo todos os tipos de aborto deixariam de ser crime em quaisquer
circunstância, e com isto estaria na realidade legalizado qualquer
tipo de aborto, em qualquer circunstância, por qualquer motivo,
desde o momento da concepção até o momento do parto, mesmo que o
primeiro artigo do projeto definisse enganosamente o direito ao aborto
apenas durante o primeiro trimestre. Um golpe de mestre, mas
esperado. O presidente Lula estava simplesmente cumprindo o acordo
assumido naquele ano junto à ONU de, conforme consta nos documentos
oficiais das Nações Unidas, abaixo citados,
 
"CORRIGIR O MODO REPRESSIVO COM QUE SE
TRATA ATUALMENTE O PROBLEMA DO
ABORTO".
 
e
 
"APRESENTAR UMA PROPOSTA PARA REVISAR
A LEGISLAÇÃO PUNITIVA DO ABORTO".
 
A fraude legislativa havia sido desmascarada, mas até hoje a imprensa
brasileira, - toda a imprensa brasileira , a escrita e a falada -,
com a única exceção conhecida do Diário do Comércio de São
Paulo, silenciou tudo isto do público, com método e com
conhecimento dos fatos, omitindo que o principal promotor do projeto
foi sempre o próprio Presidente e afirmando continuamente que o
projeto legalizaria o aborto somente durante os três primeiros meses da
gravidez. Somente a Internet tem permitido quebrar esta censura e
divulgar os fatos reais.
 
Conforme afirmou o Diário do Comércio em 2005,
 
"NÃO SE CONHECEU UM OUTRO EXEMPLO DE
UMA FRAUDE LEGISLATIVA COMO ESTA EM
TODA A HISTÓRIA UNIVERSAL DO DIREITO E,
MAIS DEPLORÁVEL DO QUE ISTO, TEM SIDO A
PLÁCIDA INDIFERENÇA COM A QUAL OS
FORMADORES DE OPINIÃO ASSISTEM A ESTA
COMPLETA DEGRADAÇÃO DO PRÓPRIO SENTIDO
DA ORDEM JURÍDICA".
 
O absurdo foi tão grande que, embora ocultado ao público pela
imprensa, passou a chamar a atenção dos parlamentares brasileiros e
fêz com que estes começassem ter consciência da crescente rejeição
do povo à prática do aborto. A iniciativa do governo Lula acabou
dando origem, inicialmente através do Deputado Luiz Bassuma, à
formação de 4 Frentes Parlamentares em Defesa da Vida dentro do
Congresso Brasileiro, que hoje continuam crescendo e já congregam no
Congresso mais de 200 deputados federais e 40 senadores.
 
A votação do infame projeto, adiada em dezembro de 2005, custou
em 2006 à ex deputada Jandira Feghali a vaga que ela já
praticamente tinha garantida ao Senado. Provavelmente irá
custar-lhe novamente em 2008 a eleição para a prefeitura do Rio
de Janeiro.
 
Votado finalmente em maio de 2008 na Comissão de Seguridade
Social e Família da Câmara dos Deputados, o PL 1135 foi
derrotado pela unanimidade de 33 votos a zero.
 
Votado uma segunda vez no início de julho na Comissão de
Constitucionalidade da Câmara dos Deputados, o projeto foi
considerado inconstitucional e reprovado por 57 votos contra quatro.
Os tradicionais defensores do aborto sequer se apresentaram para esta
votação, exceto o Deputado petista José Genoíno, que afirma que
irá reunir as 52 assinaturas de seus colegas de parlamento
necessárias para desarquivar o projeto e levá-lo por uma terceira vez
à votação no plenário da Câmara, apesar de tudo indicar que será
novamente reprovado por idêntica esmagadora margem de votos.
 
O deputado José Genoíno não ignora que o projeto pretende tornar o
aborto totalmente livre no Brasil durante todos os nove meses da
gravidez, desde a concepção até o momento do parto. José
Genoíno aparentemente age como se pretendesse ocupar o vazio deixado
pela ex-deputada Jandira Feghali como principal aliado do governo
Lula na promoção do hediondo projeto.
 
Enquanto isso, representantes do governo Lula, julgando-se
obrigados a cumprir acordos assumidos internacionalmente sem o
conhecimento do povo, reafirmam sua intenção de implantar o aborto no
Brasil. O Ministro da Saúde, desprezando os fatos óbvios de que
o Congresso derrubou a legalização do aborto por reconhecer (1)
que o nascituro é um ser humano, (2) que a prática do aborto é
assassinato puro e simples e (3) por ter-se alinhado com a
esmagadora maioria do cidadãos brasileiros que os parlamentares
representam, acaba de declarar à imprensa que o governo
 
"NÃO VAI DESCANSAR ENQUANTO NÃO
CONSEGUIR A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO
BRASIL, E QUE O CONGRESSO NACIONAL NÃO
PODE CONTINUAR SENDO CONSERVADOR NUMA
QUESTÃO QUE É ESSENCIAL PARA A VIDA DAS
MULHERES BRASILEIRAS".
 
 
Reconhecendo os fatos já amplamente documentados segundo os quais a
reprovação ao aborto no Brasil, além de altíssima, tem aumentado
constantemente ano após ano, o governo Lula agora inicia um trabalho
para promover o aborto no meio universitário. O IPAS, conforme
noticiado pelo SDV, uma organização financiada por capital
estrangeiro que promove internacionalmente não só a legalização do
aborto como também a difusão do aborto clandestino e ministra
livremente, com apoio do governo nos hospitais públicos de todos os
estados brasileiros cursos de capacitação em aborto provocado para mil
novos médicos por ano, agora está iniciando também cursos de
capacitação para jovens do movimento estudantil para que possam
promover nas universidades a descriminalização do aborto.
 
 
A iniciativa do IPAS na realidade partiu do governo brasileiro. A
decisão de promover a descriminalização do aborto entre os jovens
universitários foi uma decisão tomada pelo governo Lula em agosto do
ano passado. Segundo dados divulgados pela Agência Brasil, em 13
de agosto de 2007 o Ministro da Saúde José Temporão
reuniu-se com representantes da União Nacional dos Estudantes
(UNE) para promover em conjunto com o movimento estudantil nas
universidades brasileiras a conscientização da necessidade da
descriminalização do aborto:
 
"A NOVA PRESIDENTE DA ENTIDADE, LÚCIA
STUMPF, DISSE QUE O MOVIMENTO
ESTUDANTIL É RESPONSÁVEL POR ESSES
DEBATES QUE ENVOLVEM A SAÚDE DOS
JOVENS, E QUE O MINISTÉRIO TEM APOIADO
A PROPOSTA. 'VAMOS LEVAR MATERIAL
INFORMATIVO, COMO FILMES, E PROMOVER
MESAS DE DEBATE. TAMBÉM SERÁ ELABORADA
UMA CARTILHA INFORMATIVA, PARA
DISTRIBUIÇÃO AOS ALUNOS', ADIANTOU.
SEGUNDO ELA, ATÉ QUATRO UNIVERSIDADES
EM CADA ESTADO SERÃO VISITADAS E O TEMA
DAS PALESTRAS VARIARÁ DE ACORDO COM A
NECESSIDADE DA POPULAÇÃO LOCAL".
 
 
O envolvimento do IPAS com o movimento estudantil, uma gigantesca
multinacional especializada em manipular, há mais de quarenta anos e
na maioria dos países do globo, a percepção da classe médica em
temas como aborto e direitos reprodutivos deve-se, ao que tudo
indica, ao fracasso dos esforços da UNE em promover o aborto no
meio universitário em seu primeiro ano de atividade. Lançada a
campanha da UNE em parceria com o governo federal em 27 de setembro
de 2007 no auditório Pedro Calmon da Universidade Federal do
Rio de Janeiro na Praia Vermelha, o evento deveria ter contado com
a presença já confirmada da Ministra Nilcéia Freire da Secretaria
da Política das Mulheres e do próprio Reitor da Universidade.
Com exceção dos próprios expositores, a maioria dos estudantes
presentes eram contrários ao aborto, os palestrantes quase foram
linchados, o reitor da universidade passou a ser execrado e a Ministra
Nilcéia Freire cancelou na último momento a sua presença.
 
As razões da reprovação crescente ao aborto que se verifica no
Brasil e que já é comum a vários outros países, aparentemente são
as mesmas em todos os lugares: enquanto houver um resto de democracia,
o desenvolvimento da ciência e das novas tecnologias de informação
já não permite esconder do público, como se fazia antigamente, que
o nascituro é um ser humano perfeitamente formado. Estão aí as
ultrasonografias agora tridimensionais que as gestantes levam para sua
casa muitos meses antes do nascimento de seus filhos, estão aí sites
e documentos acessíveis a todos a qualquer momento pelo computador,
estão aí os relatórios dos grupos cada vez mais numerosos dos que
defendem a vida, passando de computador em computador, através da
internet, literalmente entre milhões de usuários, expondo
detalhadamente todos os fatos que a mídia não quer divulgar.
 
Afirmar atualmente que o feto é uma parte do corpo da mulher ou que é
apenas um amontoado de células, como fazem os promotores do aborto
financiados pelas conhecidas fundações internacionais, não convence
a mais ninguém. Toda vez que alguém irradia tais absurdos pela
televisão ou os divulga pelos jornais, tantas mais vezes é
desmerecido pelos meios supostamente não convencionais de
comunicação, e quanto mais o governo trabalha para legalizar o
aborto, tanto mais se desgasta e mais a população entende o que vai
por trás e se torna crescentemente contrário à sua prática.
 
Creio que é importante apresentar uma retrospectiva dos números mais
recentes antes de repassar o boletim da SDV.
 
Agradeço profundamente o grandíssimo bem que todos estão ajudando a
promover. A humanidade toda lhes deve muito pela divulgação destas
informações.
 
Alberto R. S. Monteiro
 
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1. IBOPE, JUNHO DE 2003
 
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Uma pesquisa realizada pelo IBOPE, o principal instituto de
pesquisas de opinião pública, mostrou que em 2003 90% da
população brasileira era contrária ao aborto. Uma cópia desta
pesquisa, que ficou disponível durante muito tempo no site do
IBOPE, pode ser encontrada hoje no seguinte endereço:
 
 
Na página 9 do relatório da pesquisa encontra-se que à pergunta:
 
"Atualmente no Brasil o aborto só é permitido em dois casos:
gravidez resultante de estupro e para salvar a vida da mulher. Na sua
opinião a lei deveria ampliar a permissão para o aborto?",
 
de 2000 entrevistados apenas 10% responderam afirmativamente.
Isto significa que, em 2003, 90% da população brasileira
somente admitia o aborto em caso de estupro, e em nenhum mais.
 
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2. INSTITUTO CIDADANIA, NOVEMBRO DE
2003
 
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O baixíssimo valor encontrado pelo IBOPE era coerente com outra
pesquisa realizada pelo Instituto Cidadania, uma ONG fundada por
Lula há quase 20 anos, e que, apesar de anunciada, tanto quanto
se saiba, nunca chegou a ser publicada. Realizada durante os meses de
novembro e dezembro de 2003, a pesquisa ouviu 3.500
brasileiros e brasileiras na faixa de 15 a 24 anos. Embora
aparentemente inédita até hoje, os repórteres da revista ISTO É
tiveram acesso aos documentos do trabalho e publicaram uma reportagem de
capa que até hoje está disponível na Internet. O próprio diretor
de redação da semanário escreveu no editorial da revista:
 
"A reportagem de capa desta edição traz revelações surpreendentes
sobre a juventude brasileira. Juliana Vilas e Camilo Vannuchi,
debruçaram-se sobre os resultados da extensa pesquisa feita pelo
Instituto Cidadania, ONG fundada por Lula há quase 15 anos.
O resultado é também surpreendente por mostrar um jovem mais
conservador do que os estereótipos normalmente aceitos. A maioria é
contra o aborto. Só 20% são a favor. Eles condenam as campanhas
feitas por grupos que defendem temas polêmicos como a
descriminalização da maconha, a união civil entre homossexuais e a
legalização do aborto: 58% dos jovens ouvidos não gostam de nada
disso".
 
 
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3. DATA FOLHA, JANEIRO DE 2004
 
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O valor encontrado em 2003 pelo IBOPE em todo o Brasil foi
confirmado no ano seguinte pelo DataFolha, um instituto de pesquisas
vinculado ao jornal Folha de São Paulo, cuja tendência editorial
é a de favorecer o aborto. O DataFolha anunciou, em 25 de
janeiro de 2004, haver detectado uma queda "abissal" da
aprovação ao aborto em São Paulo. Segundo o relato dos
repórteres da Folha de São Paulo,
 
"Um dos aspectos que mais atraíram a atenção das pessoas ouvidas
pela Folha a respeito dos resultados das chamadas "questões morais"
da pesquisa Datafolha foi a queda abissal no índice de moradores de
São Paulo que apoiam a legalização do aborto. Saiu de 43% em
1994, quando a maioria da população se declarava a favor da
descriminilização, para 21% em 1997, para apenas 11% na
pesquisa atual, uma diferença de 32 pontos percentuais em relação
ao primeiro levantamento".
 
 
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4. IBOPE, MARÇO DE 2005
 
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No ano seguinte, no dia 7 de março de 2005, uma nova pesquisa
de opinião pública realizada pelo IBOPE nos mesmos moldes da de
2003, mostrou que a aprovação ao aborto de 2003 para 2005
havia diminuído de 10% para 3%. A pesquisa foi realizada em uma
amostra de duas mil e duas pessoas de 143 municípios,
semelhantemente à da pesquisa de 2003. A pesquisa foi comentada
nas páginas 63 a 65 da edição de 7 de março de 2005 da
Revista Época, mas a sua íntegra somente pôde ser encontrada na
edição impressa da revista. Os mesmos dados, porém, foram
reportados pelo programa FANTÁSTICO da Rede Globo de
Televisão, irradiado no domingo dia 6 de março de 2005. Em
síntese, a reportagem afirmava que, embora a maioria do povo
brasileiro apoie o aborto em casos difíceis como o estupro, 95%
ache que o governo deve distribuir anticoncepcionais, 97% concorde
com a distribuição de camisinhas, e 68% ache que a chamada pílula
do dia seguinte deva ser oferecida para a população, no entanto
 
"CATÓLICOS E NÃO-CATÓLICOS CONCORDAM
EM UM PONTO: APENAS 3% ADMITEM A
INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ POR UMA
DECISÃO DA MULHER".
 
Uma cópia da pesquisa integral do IBOPE em 2005 pode ser
encontrada hoje no seguinte endereço:
 
 
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5. MINISTÉRIO DA SAÚDE, JUNHO DE 2005
 
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O governo Lula, que estava para encaminhar ao Congresso o projeto de
lei que legalizaria o aborto durante todos os nove meses da gravidez,
assustado com estes dados, resolveu ele próprio encomendar, em junho
de 2005, uma pesquisa de opinião pública. O próprio ministro
Humberto Costa quis confirmar os dados do IBOPE e, segundo o
jornal Zero Hora e outros sites da Internet cujos links hoje não
estão mais ativos,
 
"uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde nos dias 18 e 19
de junho de 2005 em 131 municípios do país revelou que somente
11% dos entrevistados são favoráveis à descriminalização do
aborto".
 
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6. AMERICANOS PESQUISAM BRASIL EM
OUTUBRO DE 2006
 
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Recentemente o redator do site americano Life News, Steven
Ertelt, divulgou que os dados encontrados pelos institutos de
pesquisas brasileiros como os do Data Folha confirmavam pesquisas
feitas no Brasil por empresas americanas como a realizada em outubro de
2006 pelo "Pew Research". Aparentemente até o momento esta
pesquisa não era do conhecimento dos brasileiros. Segundo Steven, o
Pew Research encontrou em outubro de 2006 que:
 
- 79% DOS BRASILEIROS ACHAVAM QUE O
ABORTO NÃO SE JUSTIFICAVA EM NENHUMA
HIPÓTESE.
 
- 16% ACHAVAM QUE JUSTIFICAVA-SE EM
ALGUNS CASOS EXCEPCIONAIS.
 
- SOMENTE 4% ACHAVAM QUE O ABORTO
JUSTIFICAVA-SE EM QUALQUER CASO.
 
Pode-se notar que, segundo esta pesquisa, o número dos que acham
que o aborto não se justifica em nenhum caso, mais o número dos que
acham que o aborto se justifica apenas em casos excepcionais, tais como
provavelmente o estupro ou risco de vida da mãe,
REPRESENTAVAM UM TOTAL DE 95% DA
POPULAÇÃO BRASILEIRA.
 
 
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7. DATA FOLHA, ABRIL DE 2007
 
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No dia 4 de abril de 2007, domingo de Páscoa, a Folha de
São Paulo publicou em destaque uma reportagem segundo a qual a
rejeição ao aborto em todo o Brasil havia atingido um índice recorde
que vinha "CRESCENDO CONSTANTEMENTE DESDE
1993". A reportagem assinada por Michelle de Oliveira afirmava
que no Brasil
 
"HOJE SOMENTE 16% DIZEM QUE O ABORTO
DEVE SER PERMITIDO EM MAIS SITUAÇÕES,
ALÉM DE ESTUPRO E RISCO DE MORTE PARA A
MÃE, COMO DIZ A LEI ATUAL. O ÍNDICE É O
MAIOR JÁ VERIFICADO DESDE QUANDO A
PESQUISA COMEÇOU A SER FEITA, EM 1993.
DESDE ENTÃO, O PERCENTUAL DOS
FAVORÁVEIS A DEIXAR A LEI COMO ESTÁ TEM
CRESCIDO CONSTANTEMENTE".
 
["Maioria Defende que Lei sobre Aborto não seja Ampliada":
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0804200705.htm]
 
A pergunta dos pesquisadores, feita a uma amostra de 4.044
brasileiros em 159 municípios, foi se o entrevistado pensa que o
aborto deve continuar sendo crime no país:
 
"SETE EM CADA DEZ BRASILEIROS,
PRATICAMENTE, DEFENDEM QUE A LEI DE
ABORTO CONTINUE COMO ESTÁ. SEGUNDO
PESQUISA DATAFOLHA, 68% DOS
BRASILEIROS QUEREM QUE A LEI NÃO SOFRA
QUALQUER MUDANÇA. A TAXA DOS QUE QUEREM
QUE O ABORTO CONTINUE SENDO TRATADO
COMO CRIME ESTÁ EM ASCENSÃO. EM 2006,
OS QUE DEFENDIAM A LEI SOMAVAM 63%; EM
2007, ERAM 65%. A TAXA DOS QUE NÃO
QUEREM FLEXIBILIZAR A LEI CRESCEU 14
PONTOS PERCENTUAIS ENTRE 1993 E 2008".
 
 
=========================
 
8. IBOPE, AGOSTO DE 2007
 
=========================
 
Em agosto de 2007 foi divulgada pela mídia uma nova pesquisa
nacional sobre o aborto, encomendada ao IBOPE pelas Católicas
pelo Direito de Decidir, mas desta vez a íntegra da pesquisa não
chegou a ser publicada.
 
As Católicas alegaram que não havia interesse em saber o que pensava
o público sobre o aborto em si e que a pesquisa havia se centrado na
questão se o público sabia localizar os hospitais credenciados para
praticar um aborto em caso de estupro.
 
No entanto, os dados apresentados mostravam que, na sexta pergunta,
quando perguntados em que circunstâncias o aborto deveria ser
permitido,
 
SOMENTE 65% DOS BRASILEIROS AFIRMAVAM
QUE O ABORTO DEVERIA SER PERMITIDO EM
CASOS DE ESTUPRO, QUASE 10 PONTOS
PERCENTUAIS A MENOS QUE OS 74%
DETECTADOS NA PESQUISA DE 2005.
 
 
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9. DATA FOLHA, OUTUBRO DE 2007
 
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DOIS meses depois, em reportagem intitulada "Datafolha Revela o
Novo Perfil da Família Brasileira", publicada e anunciada em
destaque na capa na edição de domingo 7 de outubro de 2007, o
jornal Folha de São Paulo, revelava novos dados e voltava a
reconhecer que o Instituto Datafolha, de propriedade da mesma
Folha, detectou que os brasileiros estavam mais tolerantes com o
homossexualismo e menos tolerantes com o aborto em 2007 do que em
1998. A nova pesquisa destinada a determinar o perfil da família
brasileira, ouviu 2.093 pessoas em 211 municípios
brasileiros.
 
Segundo o Data Folha, em 1998 77% achavam muito grave que seu
filho tivesse um namorado do mesmo sexo, percentual que havia caído
para 57% na pesquisa de 2007.
 
Mas a "VARIAÇÃO MAIS SIGNIFICATIVA", dizia
a reportagem, havia ocorrido com a questão do aborto. Com relação
a este tema, continuava a reportagem,
 
"O PERCENTUAL DOS QUE ACHAVAM A PRÁTICA
DO ABORTO MUITO GRAVE FOI DE 61% EM 1998
PARA 71% EM 2007.
 
"O AVANÇO É ESPANTOSO", afirma ainda o texto da
Folha. "HOJE", segundo o Datafolha,
 
"SÓ 3% DA POPULAÇÃO CONSIDERAM
'MORALMENTE ACEITÁVEL' FAZER UM
ABORTO, CONTRA 87% QUE ACHAM ISSO
'MORALMENTE ERRADO' ".
 
 
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10. RIO CLARO, MAIO DE 2008
 
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Mais recentemente divulgou-se que em maio de 2008 o Jornal
Cidade, de Rio Claro, município do interior do Estado de São
Paulo entre a capital e São José do Rio Preto, havia encomendado
uma pesquisa local e encontrado dados praticamente idênticos aos do
restante do Brasil. Em uma amostra de 700 entrevistados, apenas
89 pessoas ou 12,71% da população local, eram favoráveis à
realização do aborto. Quando a amostra era tomada apenas entre as
mulheres, este número era ainda menor:
 
"QUANTO À REGIÃO DO LEVANTAMENTO,
POUCO EXISTE EM TERMOS DE ALTERAÇÃO. A
MAIORIA, INDEPENDENTE DO BAIRRO, TEM
POSIÇÃO CONTRÁRIA. ENTRE AS MULHERES,
A DESAPROVAÇÃO DO ABORTO É MAIOR. NOS
NÚMEROS DA PESQUISA, 84,18% DAS
MULHERES NÃO APROVAM A PROPOSTA CONTRA
10,46% QUE ACEITAM. A PESQUISA FOI
REALIZADA EM RIO CLARO COM 700
ENTREVISTADOS. O MÉTODO APLICADO FOI O
DE ENTREVISTAS PESSOAIS E
DOMICILIARES, MEDIANTE QUESTIONÁRIO
ESTRUTURADO. A MARGEM DE ERRO ESTIMADA
É DE 3,77% PARA MAIS OU PARA MENOS".
 
 
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A SEGUIR:
 
A. BOLETIM SDV (SITUAÇÃO DA DEFESA DA
VIDA)
 
B. NOTÍCIAS DA CÂMARA
 
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BOLETIM SDV (SITUAÇÃO DA DEFESA DA
VIDA)
 
CÂMARA REPROVA NOVAMENTE PROJETO DO
ABORTO POR 57 VOTOS CONTRA 4
 
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RESENHA E CONTEXTUALIZAÇÃO
 
A COMISSÃO DE CONSTITUCIONALIDADE DA
CÂMARA ACABA DE REPROVAR NOVAMENTE,
NESTA QUARTA FEIRA (9 DE JULHO DE
2008), POR 57 VOTOS CONTRA 4, O PROJETO
DE LEI DO GOVERNO LULA QUE LEGALIZARIA
O ABORTO DURANTE TODOS OS NOVE MESES DA
GRAVIDEZ.
 
Após ter sido reprovado, em maio deste ano, pela Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara por 33 votos contra 0
(zero), nesta quarta feira 9 de julho de 2008, o substitutivo
do PL 1135/91 foi novamente reprovado pela Comissão de
Constitucionalidade da Câmara por 57 votos contra 4 (quatro).
 
Com exceção do deputado José Genoíno, que valeu-se inutilmente
de todos os meios para adiar a votação por 10 sessões, todos os
demais deputados que militam abertamente a favor do aborto sequer
compareceram ao plenário da Comissão, para não amargar o vexame da
derrota. José Genoíno, entretanto, afirmou que fará o possível
para conseguir as 52 assinaturas de seus colegas da Câmara para
desarquivar o projeto e levá-lo à votação no Plenário da
Câmara.
 
Para o relator do projeto na Comissão de Constitucionalidade,
Deputado Eduardo Cunha, entretanto, a vitória na Comissão
reflete a opinião de toda a Casa:
 
"A VOTAÇÃO AQUI TEVE APENAS 4 VOTOS
CONTRÁRIOS AO RELATÓRIO, EM 61. OU
SEJA, SE FOR PARA PLENÁRIO, A PROPORÇÃO
SERÁ A MESMA. ESSE PROJETO NÃO VAI
VINGAR NO [PLENÁRIO DA] CÂMARA. A
VONTADE DOS PARLAMENTARES É PRESERVAR
A CONSTITUIÇÃO E O DIREITO À VIDA".
 
O projeto reprovado foi elaborado pela Comissão Tripartite designada
pelo presidente Lula e PRETENDIA TORNAR O ABORTO
TOTALMENTE LIVRE DURANTE TODOS OS NOVE
MESES DA GRAVIDEZ, DESDE A CONCEPÇÃO
ATÉ O MOMENTO DO PARTO. Para tentar conseguir a
aprovação, usou de linguagem enganosa, afirmando em seu artigo
primeiro que
 
"assegura a interrupção voluntária da gravidez até doze semanas de
gestação",
 
mas acrescentando em seu último artigo revogar todos os dispositivos do
Código Penal que criminalizam o aborto, com o que na realidade todos
os abortos deixariam de ser crime em quaisquer circunstâncias, até o
momento do parto, independentemente do que afirma o artigo primeiro.
 
A imprensa brasileira tem propositalmente ocultado este dado,
amplamente divulgado pelos grupos em favor da vida e pelas audiências
públicas ocorridas na Câmara Federal com a presença de jornalistas
de todos os principais veículos de comunicação. A Folha de São
Paulo, como tem feito toda a mídia desde 2005, ao divulgar ontem
a nova derrota do substitutivo do PL 1135/91, voltou a
publicar que
 
"pela proposta, deixaria de ser crime o aborto feito em gestações de
até 90 dias e os hospitais públicos ficariam obrigados a realizar o
procedimento".
 
 
O único jornal brasileiro que denunciou a vergonhosa ocultação
sistemática do verdadeiro propósito do governo para este projeto tanto
por parte do próprio governo como da imprensa em geral foi o Diário
do Comércio de São Paulo, que, em uma matéria publicada em
2005 intitulada "A APOTEOSE DA VIGARICE",
após comentar amplamente os fatos, denunciava que
 
"NÃO SE CONHECE UM OUTRO EXEMPLO DE UMA
FRAUDE LEGISLATIVA COMO ESTA EM TODA A
HISTÓRIA UNIVERSAL DO DIREITO. MAIS
DEPLORÁVEL DO QUE ISTO É A PLÁCIDA
INDIFERENÇA COM A QUAL OS FORMADORES DE
OPINIÃO ASSISTEM A ESTA COMPLETA
DEGRADAÇÃO DO PRÓPRIO SENTIDO DA ORDEM
JURÍDICA".
 
 
O projeto que legalizaria o aborto durante os nove meses da gravidez é
parte de um compromisso assumido pelo governo Lula junto a entidades
internacionais e perante a própria ONU, de legalizar o aborto no
Brasil. Em 11 de abril de 2005 o governo Lula entregou ao
Comitê de Direitos Humanos da ONU um documento no qual afirma que
 
"O ATUAL GOVERNO BRASILEIRO ASSUMIU O
COMPROMISSO DE REVISAR A LEGISLAÇÃO
REPRESSIVA DO ABORTO PARA QUE SE
RESPEITE PLENAMENTE O PRINCÍPIO DA
LIVRE ELEIÇÃO NO EXERCÍCIO DA
SEXUALIDADE DE CADA UM. O CÓDIGO PENAL
BRASILEIRO DATA DE 1940. APESAR DAS
REFORMAS QUE SE INTRODUZIRAM,
PERSISTEM ALGUMAS CLÁUSULAS
DISCRIMINATÓRIAS. O GOVERNO DO BRASIL
CONFIA QUE O CONGRESSO NACIONAL LEVE EM
CONSIDERAÇÃO UM DOS PROJETOS DE LEI QUE
FORAM ENCAMINHADOS ATÉ ELE PARA QUE
SEJA CORRIGIDO O MODO REPRESSIVO COM
QUE SE TRATA ATUALMENTE O PROBLEMA DO
ABORTO".
 
[Segundo Relatório Periódico do Brasil ao Comitê de Direitos
Humanos da ONU:
http://www.ohchr.org/english/bodies/hrc/hrcs85.htm]
 
Em agosto de 2005 o governo Lula entregou ao Comitê do Cedaw,
pertencente à ONU, um outro documento no qual reconhece o aborto
como um direito humano da mulher e reafirma a decisão do governo de
revisar a legislação punitiva do aborto:
 
"AS ATIVIDADES QUE O GOVERNO FEDERAL
BRASILEIRO LEVA A CABO PARA COMBATER A
DESIGUALDADE POR MOTIVO DE GÊNERO OU
RAÇA PERMITEM APRECIAR QUE AINDA FALTA
MUITO POR FAZER EM DEFESA E PROMOÇÃO
DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL E, MAIS
ESPECIFICAMENTE, NA ESFERA DOS
DIREITOS HUMANOS DA MULHER. DE
IMPORTÂNCIA PARA ESTE TEMA É A DECISÃO
DO GOVERNO DE ENCARAR O DEBATE SOBRE A
INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ.
COM ESTE PROPÓSITO FOI ESTABELECIDA
UMA COMISSÃO TRIPARTITE DE
REPRESENTANTES DOS PODERES EXECUTIVO E
LEGISLATIVO E DA SOCIEDADE CIVIL, COM A
TAREFA DE EXAMINAR O TEMA E APRESENTAR
UMA PROPOSTA PARA REVISAR A LEGISLAÇÃO
PUNITIVA DO ABORTO".
 
[Para acessar este documento, abra o endereço
http://www.un.org/womenwatch/daw/cedaw/reports.htm role o
documento até o item Brazil e clique em "Sixth periodic report"]
 
Mais tarde, em abril de 2006, a descriminalização do aborto foi
oficialmente incluída pelo PT como diretriz do programa de governo
para o segundo mandato do Presidente Lula e, quatro dias antes do
primeiro turno das eleições, em 27 de setembro de 2006, o
próprio Presidente Lula incluiu o aborto em seu programa pessoal de
governo para o segundo mandato, mesmo sabendo que a esmagadora maioria
do povo brasileiro que não só é contra o aborto como cresce de ano
para ano na rejeição ao mesmo.
 
Foi devido à maciça rejeição ao aborto por parte da população que
a Deputada Jandira Feghali, a principal aliada do governo Lula no
Congresso na luta pela aprovação do substitutivo do PL 1135,
querendo eleger-se senadora em 2006, ocultou durante um ano
qualquer referência à sua luta que antes disso ela própria
qualificava de "histórica" pelo aborto e em vez disso apresentou-se
aos eleitores cariocas como defensora da indústria naval no Rio de
Janeiro. Acabou perdendo as eleições ao cair subitamente do
primeiro para o segundo lugar na preferência do eleitorado quando três
semanas antes da votação grupos de voluntários começaram a
distribuir ao público em todo o Estado do Rio a informação de que
ela havia sido a principal aliada do governo na odisséia do aborto.
 
Atualmente Jandira é candidata a prefeita do Rio de Janeiro,
situada em segundo lugar na preferência do eleitorado. Desta vez
porém outras fontes lembrarão o público a respeito do currículo de
Jandira. Segundo notícia do jornal O Globo, a candidata situada
em terceiro lugar se encarregará da tarefa.
 
"A deputada federal Solange Amaral",
 
afirma O GLOBO,
 
"levou o aborto de volta ao debate eleitoral e usou isso para criticar
sua adversária Jandira Feghali. Candidata a prefeita pelo PCdoB
e segunda colocada nas pesquisas, Jandira é a favor da
descriminalização do aborto. Solange, em terceiro nas pesquisas,
disse que vai explorar o tema na campanha e afirmou que Jandira terá
que "se explicar" à população. Esta é a segunda campanha
eleitoral consecutiva em que Jandira Feghali é criticada por suas
posições em relação ao tema. Em 2006, quando perdeu a disputa
para Francisco Dornelles (PP-RJ) para o Senado, depois de
liderar as pesquisas durante a campanha, foi ultrapassada pelo
concorrente nas últimas semanas. Então deputada federal em
2005, a candidata do PCdoB foi relatora desse mesmo projeto
rejeitado ontem e deu parecer favorável à descriminalização do
aborto. Para tentar tirar a diferença de votos para a concorrente e
subir nas pesquisas, Solange não escondeu que pretende explorar o
assunto na campanha: "Precisa ficar claro para o eleitor do Rio que
há uma candidata a favor do aborto e que há outra contra o aborto. O
Rio precisa saber que há o substitutivo Feghali, que é até mais
radical que o projeto votado nesta quarta feira", disse a
candidata".
 
O principal promotor do aborto no Brasil, porém, não é a ex-
deputada Jandira Feghali, mas o próprio presidente Lula,
comprometido com organismos internacionais a legalizar o aborto neste
país.
 
Já no início de seu primeiro mandato o Governo Lula publicou duas
Normas Técnicas que
 
1. obrigam os médicos a praticarem o aborto em casos de estupro até
os cinco meses da gravidez,
 
2. negam o direito à objeção de consciência dos médicos que se
recusarem a praticar o aborto em casos de estupro, e
 
3. obrigam os médicos a aceitarem a palavra da gestante que se diz
estuprada, sem necessidade de apresentar qualquer prova ou documento.
 
Estas normas técnicas foram deliberadamente redigidas para abrir o
caminho para a apresentação do PL 1135, agora rejeitado duas
vezes pela Câmara dos Deputados. A organização internacional
IPAS, apoiada pelo governo, reconheceu recentemente ter sido o
agente que forneceu a assessoria técnica ao Ministério da Saúde,
na época dirigida pelo Ministro Humberto Costa, para a elaboração
destas normas. O IPAS (
http://www.ipas.org.br) é uma das
principais organizações mundiais não somente da promoção da
legalização do aborto como também na promoção do aborto
clandestino. No Brasil o IPAS promove há mais de uma década,
com o beneplácito do governo, cursos de capacitação em técnicas de
aborto provocado para mil novos médicos por ano nas principais
maternidades públicas de todos os estados da federação. A política
do IPAS é estar em todos os lugares do mundo onde ela possa
promover o aborto. No momento o IPAS trabalha principalmente nas
seguintes áreas: financia clínicas de aborto clandestino, fabrica e
distribui equipamentos para a prática do aborto, vendidos
independentemente do aborto ser ou não legal no país, promove cursos
de capacitação em técnicas de aborto para pessoal da área da
saúde, e procura identificar médicos interessados em entrar no ramo
do aborto, sendo este serviço legal ou não, auxiliando-os a iniciar
novos serviços. Estes serviços prestados pelo IPAS abrangem a
maioria dos países do mundo em desenvolvimento, inclusive países
populosos como o México, Brasil e Indonésia, onde o aborto é
tipificado pela legislação como crime.
 
Quando o leitor ouvir os promotores do aborto, a maioria deles
financiados direta ou indiretamente por fundações internacionais como
a Fundação Ford, Rockefeller, MacArthur e outras, que
financiam a implantação mundial do aborto, afirmarem que o aborto
deve ser legalizado porque é impossível coibir sua prática
clandestina, deve lembrar-se que as mesmas organizações que
financiam a legalização do aborto são as que financiam também a
proliferação da sua prática clandestina, que nosso atual governo é
parceiro deste projeto e nossa imprensa é conivente com ele.
 
Na quarta feira dia 10 de outubro de 2007, ao realizar-se no
Plenário 7 da Câmara dos Deputados a terceira audiência pública
para debater o substitutivo do PL 1135/91, o Deputado Luiz
Bassuma questionou contundentemente o projeto, e aproveitou para fazer
a seguinte denúncia:
 
"Senhor presidente, fazem 16 anos que esta Câmara vem resistindo
para que não se legalize o aborto no Brasil. Devemos nos organizar
cada vez mais porque esta questão do aborto é uma questão pequena
dentro de algo muito maior. É muito grave o que o governo está
fazendo ao tolerar, mais ainda, ao se omitir, na não repressão à
clandestinidade, à verdadeira máfia do aborto instalada no país com
clínicas clandestinas que enriquecem ou quando se vendem
indiscriminadamente medicamentos abortivos. No programa televisivo
Roda Viva da TV Cultura nosso Ministro da Saúde fez uma
declaração grave, gravíssima. Eu tenho a fita gravada em meu
escritório. O Ministro da Saúde, José Temporão, foi
perguntado pelos jornalistas:
 
"Senhor Ministro, [se o aborto for legalizado], como o Brasil
terá condições de financiar [um milhão e meio de] abortos [que
dizem ser feitos todos os anos] se nos hospitais estão faltando
gazes, esparadrapos e os brasileiros em muitos locais não tem
condições de fazer até mesmo um simples exame de sangue?"
 
"Sabe o que o Ministro respondeu, senhor presidente?"
 
"SE O BRASIL LEGALIZAR O ABORTO, NÃO
FALTARÃO PARA ISSO RECURSOS
INTERNACIONAIS".
 
"Ele disse isso. Eu tenho a fita gravada. Isso é gravíssimo. É
gravíssimo, senhor presidente!"
 
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CCJ APROVA ARQUIVAMENTO DO PROJETO
SOBRE ABORTO
 
 
09/07/2008
 
Elton Bomfim
 
Segundo o Deputado relator Eduardo Cunha, ficou caracterizado que a
vontade dos parlamentares é "preservar a Constituição e o direito
à vida".
 
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ)
rejeitou nesta quarta-feira a proposta que descriminaliza o aborto
praticado pela gestante ou com seu consentimento (PL
1135/91). A matéria será arquivada se não houver recurso,
em cinco sessões, para ser votada pelo plenário da Câmara. A
comissão acolheu o parecer do relator, deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), que considerou a proposta inconstitucional.
 
Atualmente, o artigo 124 do Código Penal (Decreto-Lei
2.848/40) prevê pena de detenção de um a três anos nesses
casos. O tema gerou defesas apaixonadas, tanto dos que apoiam quanto
dos contrários à descriminalização do aborto. A reunião teve
manifestações até com fotos de fetos abortados, penduradas no
pescoço de deputados.
 
OPINIÃO DA CASA
 
Para o relator da proposta, a vitória na comissão reflete a opinião
da Casa. "A votação aqui teve apenas 4 votos contrários ao
relatório, em 61. Ou seja, se for para Plenário, a proporção
será a mesma. Esse projeto não vai vingar na Câmara." De acordo
com Eduardo Cunha, ficou caracterizado que a vontade dos
parlamentares é "preservar a Constituição e o direito à vida".
 
TENTATIVAS DE ADIAMENTO
 
O deputado José Genoíno (PT-SP) tentou por várias vezes
impedir a votação com procedimentos regimentais, como o pedido de
verificação de voto, mas, diferentemente de ontem, quando conseguiu
cancelar a reunião por falta de quorum, nesta quarta não teve
sucesso. Para ele, que apresentou voto em separado, o aborto é
problema de saúde pública e não deve ser tratado com argumentos
religiosos. "Eu respeito as religiões, as crenças, mas não há
como tratar uma questão como essa na base de uma religião ou crença.
É um problema de saúde pública, a ser desenvolvido com
orientação, com saúde para a mulher."
 
Além de José Genoíno, votaram contra o parecer os deputados
Eduardo Valverde (PT-RO), José Eduardo Cardozo
(PT-SP) e Regis de Oliveira (PSC-SP).
 
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CCJ DA CÂMARA VETA PROJETO QUE
DESCRIMINALIZA ABORTO
 
 
Quarta-feira, 9 de julho de 2008
 
BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Câmara derrubou na quarta-feira, por 57
votos a 4, projeto de lei que propunha a descriminalização do
aborto, apresentado originalmente pelos ex-deputados Eduardo Jorge e
Sandra Starling, ambos do PT, em 1991.
 
O relator do projeto, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
recomendou o arquivamento por considerá-lo inconstitucional.
 
"O artigo 5o da Constituição é claro, o direito à vida é
inalienável. O feto é um ser vivente e portanto o aborto não pode
ser permitido sob pena de estarmos cometendo um crime", afirmou na
exposição de seu relatório.
 
O projeto de descriminalização do aborto foi desarquivado nessa
legislatura a pedido do deputado José Genoíno (PT-SP), que
não perdeu a esperança de levar o tema adiante.
 
"O Brasil é um país laico, religião e política não podem se
misturar. Essa é uma questão de saúde pública e, no mínimo, tem
de ser debatida", disse a jornalistas.
 
Os defensores do projeto precisam conseguir 51 assinaturas dos 513
deputados para levar a questão a plenário, independentemente da
decisão da CCJ.
 
Os partidos fecharam questão sobre o tema, contra ou a favor, mas em
todos há dissidências. José Eduardo Martins Cardoso
(PT-SP) acha que o resultado pode ser diferente na votação de
todos os deputados da Casa. "A posição da CCJ não serve de
espelho do plenário", afirmou.
 
A deputada e candidata à prefeita do Rio de Janeiro, Solange
Amaral (DEM), festejou o resultado.
 
"Falo como mulher e como parlamentar. O verbo a ser conjugado tem de
ser cuidar, preservar, educar, prevenir e não abortar".
 

62.
Alberto R. S. Monteiro _  14 de março de 2009  URGENTE: ABORTO EM RECIFE - BRASIL
 
Sábado, 7 de março de 2009
 
A TODOS AQUELES QUE COMPREENDEM O VALOR
DA VIDA:
 
Na semana passada, foi descoberta uma gravidez de gêmeos em uma
menina de 9 anos no nordeste brasileiro. O fato ocorreu na quarta
feira dia 27 de fevereiro de 2009 na pequena Alagoinha, uma
cidade de 14 mil habitantes no interior do Estado de Pernambuco.
 
A menina já estava com 4 meses de gestação. O pai dos bebês
seria o padrasto, um rapaz de 23 anos que vivia com a mãe da
criança. O pai biológico da menina, que atualmente vive também em
Alagoinha, havia se separado da mãe havia três anos. O padrasto
foi preso na própria quarta feira à noite e a população da cidade
chegou a tentar linchá-lo.
 
A mãe da menor era contra o aborto. O pai era radicalmente contra o
aborto. Contra toda a melhor medicina, os funcionários do hospital
deram a entender aos pais que a menina morreria se levasse a gravidez
adiante. Isto simplesmente não é verdade. No Brasil todos os anos
há 30.000 gestações de menores de 14 anos e não há nenhum
caso registrado de morte por causa da gravidez quando é oferecido um
acompanhamento pré natal e se permite o parto por meio de cesariana.
O modo como se mentiu aos pais para fazer com que consentissem com o
aborto é motivo de vergonha para qualquer serviço de saúde. O pai
da menina, impedido de falar com os médicos, quando entendeu que os
funcionários do hospital estavam mentido, pediu ajuda a um serviço
jurídico para impedir o aborto, um direito que a lei brasileira
garante, pois é crime realizar um aborto contra a vontade dos pais,
principalmente quando não há risco de morte. Os médicos do
hospital, porém, para garantirem que o aborto seria realizado mesmo
contra a vontade do pai, permitiram a sua transferência para um
paradeiro que permaneceu em sigilo até que o aborto se tivesse
consumado. O governo brasileiro e os meios de comunicação, tratando
os responsáveis por estes fatos como se fossem heróis, agora estão
se aproveitando do acontecimento para promover a agenda rumo a uma
completa legalização do aborto. O sucedido está sendo amplamente
divulgado de modo a ocultar os verdadeiros fatos ocorridos em um
gigantesco espetáculo midiático no qual o povo está sendo induzido a
crer que uma gravidez de uma menor de idade significa o mesmo que a sua
morte física.
 
O que foi divulgado a este respeito foi o que a imprensa quis que o
público soubesse. As pessoas diretamente envolvidas no caso expuseram
aos jornalistas que os procuraram todos os detalhes do que está
relatado nesta mensagem, mas nada foi publicado. As pessoas tem o
direito de saber a verdade, e de compreender o quanto o público e as
próprias vítimas estão sendo manipulados em função de interesses
internacionais com os quais o governo do presidente Lula é conivente.
 
PRECISAMOS DE SUA AJUDA.
 
Pede-se a todos que leiam, estudem, divulguem e discutam esta
mensagem de todos os modos possíveis. Passem-na a toda sua lista de
contatos, pedindo que façam o mesmo. Escrevam e peçam que escrevam
às autoridades das instituições de saúde envolvidas para que se
manifestem a respeito do ocorrido conforme explicado no fim desta
mensagem.
 
---------------------------------------------------------------------
 
O que aconteceu esta semana no Recife não é o primeiro caso deste
tipo. Há grupos que recebem financiamentos milionários de
Fundações internacionais para que estes eventos sejam explorados ao
máximo. Cabe aos que defendem a dignidade da vida humana, tomar
consciência do que está acontecendo e posicionar-se para que não
venham mais a repetir-se fatos vergonhosos como este, em que pessoas
simples são enganadas, fatos são escondidos e informações são
manipuladas e um povo inteiro é ludibriado com o único fim de produzir
mudanças profundas na opinião pública em função das agendas de
organismos internacionais.
 
Pede-se desculpas a todos pelo tamanho da mensagem, mas diante da
quantidade de fatos que são ocultados do público pelos meios de
comunicação, não é possível expor a verdadeira dimensão do que
está por trás de tudo o que está acontecendo nas poucas linhas de um
e-mail convencional. A defesa da dignidade da vida humana e do estado
democrático exige o esforço consciente de cada um dos cidadãos. O
primeiro deles é o dever de informar-se devidamente, e isto não pode
ser feito com bilhetes. Se passamos de uma monarquia a um regime
democrático, temos que pagar o preço que a sua manutenção exige.
 
Os que puderem ler esta mensagem até o fim compreenderão mais
claramente o que isto significa. A democracia pressupõe cidadãos que
busquem a consciência do que verdadeiramente sucede na sociedade.
Para não ser ideologicamente enganado é preciso buscar informação
sólida e coerente. Isto não se pode fazer com chavões ou pequenos
bilhetes. Se desejamos um Brasil que seja modelo de democracia, este
com certeza é um dos primeiros pontos onde começar.
 
Agradeço a todos pelo grandíssimo trabalho de conscientização que
estão ajudando a fazer. A acolhida e a difusão em todo o mundo que
estas mensagens tem recebido tem estado além de todas as mais otimistas
expectativas O extraordinário trabalho de cada um tem representado um
fator importantíssimo no sentido de impedir que genocídio
internacionalmente planejado se estenda para toda a América Latina.
 
CONTAMOS COM A COLABORAÇÃO DE TODOS
PARA QUE TAMBÉM NESTE CASO POSSAMOS
FAZER COM QUE TODA A VERDADE VENHA À
LUZ.
 
A seguir apresenta-se uma pequena introdução sobre a situação
política do aborto e da defesa da vida no Brasil. Conforme ficará
aparente no fim da mensagem, não é possível entender as verdadeiras
dimensões do que aconteceu no Recife durante a semana passada sem
colocar os fatos em todo o seu contexto internacional, e neste contexto
a situação política presente do Brasil tem muito o que explicar.
 
Em seguida, narram-se os fatos que aconteceram em Recife na semana
passada e que a imprensa, mesmo tendo pleno conhecimento dos mesmos,
insiste em não dar conhecimento ao público. Em vez disso, toda a
cobertura dada pelos meios de comunicação tem se centrado na pessoa de
um arcebispo, apenas com a finalidade de distrair o público do que
verdadeiramente aconteceu.
 
Antes do final, mostram-se como os fatos do Recife estão
internacionalmente interligados com uma série de projetos e
acontecimentos de que também não se dá nenhuma notícia ao público.
 
No fim, pedimos aos que receberem esta mensagem possam manifestar-se
através do envio de mensagens às autoridades responsáveis. É
importantíssimo que as pessoas se manifestem para impedir que fatos
como os aqui narrados, que são planejados desde o exterior para
promover a total implantação do aborto, voltem a repetir-se.
 
O BRASIL ESTÁ ENFRENTANDO O MAIOR E O
MAIS SOFISTICADO ATAQUE JÁ
DESENCADEADO CONTRA A DIGNIDADE DA
VIDA HUMANA QUE JÁ HOUVE EM TODA A SUA
HISTÓRIA. O problema transcende o próprio Brasil e
representa o coroamento de investimentos estrangeiros de várias
décadas que pretendem impor o aborto não só ao Brasil como também a
toda a América Latina e a todo o mundo.
 
Agradecemos a todos pelo imenso bem que estão ajudando a promover.
 
Continuaremos informando a todos o desenrolar dos acontecimentos.
 
Alberto R. S. Monteiro
 
=============================
 
LEIA A SEGUIR:
 
1. A SITUAÇÃO POLÍTICA DO ABORTO NO
BRASIL.
 
2. COMO TUDO COMEÇOU.
 
3. INTERNAÇÃO NO INSTITUTO MATERNO
INFANTIL DO RECIFE.
 
4. ERIVALDO EM RECIFE.
 
5. ERIVALDO RETORNA A RECIFE.
 
6. O ABORTO É REALIZADO.
 
7. POR QUE MENTE-SE?
 
8. RAPTO E ABORTO NA NICARÁGUA.
 
9. CONCLUSÃO.
 
10. O QUE FAZER.
 
=============================
 
1. A SITUAÇÃO POLÍTICA DO ABORTO NO
BRASIL.
 
=============================
 
Segundo pesquisas do IBOPE, mais de 90% da população
brasileira é contrária à legalização do aborto, e este número
continua em crescimento. Era exatamente 90% em 2003 e passou
para 97% em 2005. Em 2007 uma organização trabalha pela
legalização do aborto contratou o IBOPE para refazer a pesquisa
mas não quis revelar o resultado, alegando que este não seria do
interesse público, uma vez que o tema do momento era o aborto em casos
de estupro.
 
Quando assumiu o governo, apesar de consciente destes números,
também pesquisados pelo Ministério da Saúde, o presidente Lula
assinou de próprio punho, em dezembro de 2004, o PLANO
NACIONAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES
em que colocava entre as prioridades de seu governo a legalização do
aborto no Brasil. Em 2005 o governo Lula comprometeu-se duas
vezes, em documentos oficiais entregues à ONU e disponíveis até
hoje na Internet, a legalizar o a prática do aborto no Brasil
abolindo todas as restrições legais a todos os tipos de aborto. O
primeiro documento neste sentido foi entregue em abril de 2005 ao
Comitê de Direitos Humanos da ONU. Em um segundo documento,
entregue em agosto de 2005 ao Comitê do CEDAW da ONU, o
governo Lula reconheceu explicitamente a prática do aborto como um
direito humano.
 
No final de 2005 o governo Lula elaborou um projeto de Lei que,
entregue ao Congresso através da Secretaria da Política da
Mulher, pretendia extinguir do código penal todos os crimes de
aborto, tornando-o deste modo a prática totalmente legal durante
todos os nove meses da gravidez, desde a concepção até o momento do
parto. O projeto era tão absurdo que custou a eleição de sua
relatora, a Deputada Jandira Feghali, ao Senado. O projeto foi
em seguida reprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família
da Câmara por 33 votos contra ZERO e logo após na Comissão de
Constitucionalidade da Câmara por 57 votos a quatro. A maioria
dos deputados a favor do aborto ou não compareceu à votação ou
simplesmente retirou-se da sala da Comissão para não sofrer a
vergonha da escrachante derrota. O projeto deveria ter sido
arquivado, mas por iniciativa do deputado pernambucano José
Genoíno, deverá voltar a ser discutido no Plenário da Câmara.
 
Em abril de 2006 a descriminalização do aborto foi oficialmente
incluída pelo Partido dos Trabalhadores, atualmente o partido do
governo, como diretriz do programa de governo para o segundo mandato do
presidente Lula. Mais tarde, quatro dias antes do primeiro turno das
eleições para o seu segundo mandato, em 27 de setembro de
2006, o próprio presidente Lula incluiu o aborto em seu programa
pessoal de governo.
 
Durante o segundo mandato presidencial o Partido dos Trabalhadores
entendeu também que, apesar de que a quase totalidade da população
brasileira seja contrária à legalização do aborto e considere esta
prática como um homicídio, se um militante do PT não trabalhar
para promover a legalização do aborto no Brasil, poderá ser
processado, julgado e expulso do Partido dos Trabalhadores.
Defender a vida inocente não nascida, mesmo o aborto sendo
considerado pela legislação vigente um crime punido por lei, passou a
ser, segundo o Partido dos Trabalhadores, uma infração de Ética
tão grave que exige a expulsão do Partido. Os Deputados federais
Luiz Bassuma, do PT da Bahia e Henrique Afonso, do PT do
Acre, estão respondendo a processo na Comissão de Ética do
Partido dos Trabalhadores e podem ser expulsos do partido apenas por
defenderem a vida e serem contra a legalização do aborto. Outros
parlamentares do partido que também têm se pronunciado a favor da
vida, como o deputado Nazareno Fonteles, já estão na mira de novos
processos. Segundo a Secretaria de Mulheres do Partido, estes
deputados descumprem abertamente uma resolução partidária de 2007
que aprova o direito ao aborto. O site do Partido dos Trabalhadores
apresentou recentemente o processo de expulsão contra os deputados a
favor da vida como "UMA VITÓRIA DAS FEMINISTAS
DO PT". Segundo página oficial do site, "A
PARTICIPAÇÃO DESTES DEPUTADOS EM ATOS
PÚBLICOS CONTRA A LEGALIZAÇÃO" NÃO
PODE FICAR IMPUNE: "TEM QUE TER
CONSEQÜÊNCIAS E EXIGE A IMPOSIÇÃO DE
UMA SANÇÃO". Veja o que diz o site a este respeito no
seguinte endereço:
 
 
A implantação do aborto, ideologicamente vinculada com a
libertação da mulher, não é um anseio do povo brasileiro. Ela é
promovida e financiada por uma rede fundações internacionais bem
conhecidas cuja verdadeira finalidade é o controle do crescimento
populacional. O governo brasileiro é conivente com esta rede e este
é um dos motivos pelos quais é necessário implantar imediatamente a
Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a promoção do aborto no
Brasil. Os deputados Luis Bassuma e Henrique Afonso estão entre
os principais promotores da iniciativa. É por isso também que o
Partido tem pressa em expulsá-los. E é isto também o que está
por trás dos tristes acontecimentos que se sucederam esta semana na
cidade do Recife.
 
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2. COMO TUDO COMEÇOU.
 
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Tudo o que é relatado a seguir foi declarado inúmeras vezes diante
das câmaras e microfones de jornais, rádios e emissoras de televisão
pelos diversos participantes dos fatos ocorridos nos últimos dias em
Alagoinha e Recife. E, ao que se saiba, estas pessoas continuam a
ser entrevistadas e a dizer as mesmas coisas. Eles não querem
esconder nada e querem que o público saiba sobre o que realmente
aconteceu. Deveriam ser fatos públicos, mas não o são. Cabe ao
leitor desta mensagem divulgar os fatos que a imprensa insiste em
silenciar, para que as autoridades possam tomar as devidas
providências, proteger os direitos humanos, defender o estado de
direito, promover a verdadeira democracia e fazer com que nunca mais os
cidadãos mais simples sejam vergonhosamente usados para promover uma
agenda internacional contrária ao pensamento do povo brasileiro.
 
Quarta feira, dia 25 de fevereiro de 2009, na pequena
Alagoinha no agreste de Pernambuco descobriu-se que uma menina de 9
anos estava com quatro meses de gestação. O pai dos bebês,
supostamente o padrasto que vivia com a mãe da criança, foi
imediatamente preso e transferido para a Penitenciária de Pesqueira.
De acordo com o Código Penal Brasileiro, ele poderá pegar mais de
15 anos de prisão em regime fechado. No Brasil não existe pena de
morte para semelhantes monstruosidades, mas para o fruto da
gestação, não importa se já esteja perfeitamente formado e que seja
certamente inocente, impõe-se uma morte que a lei não tem coragem de
aplicar ao próprio culpado.
 
O pai biológico da menina, que havia se separado da mãe havia três
anos, continua a residir na mesma Alagoinha e acompanhou os fatos
durante os primeiros dois ou três dias a alguma distância.
 
 
A imprensa começou imediatamente a falar de aborto, mas em nenhum
momento mencionou que tanto o pai biológico da menina, quanto a
própria mãe, eram contrários ao aborto. Aparentemente ninguém
sequer perguntou algo a este respeito para o casal. A imprensa
inclusive deu como certo que a criança corria risco iminente de vida
por causa da gravidez, e listou os motivos pelos quais a criança
poderia morrer por causa da gravidez.
 
O Diário de Pernambuco afirmou que poderia "haver uma obstrução
do parto, causado pela desproporção cefalopélvica, que ocorre
quando a abertura pélvica da mãe é pequena para permitir que a
cabeça do bebê passe durante o parto".
 
O Diário não disse que isto somente pode ocorrer quando o parto é
normal, e que nestes casos a medicina nunca deve permitir que a
gravidez chegue ao parto normal. Em vez disso realiza-se um parto
cesariano e o problema simplesmente deixa de existir.
 
O Diário também afirmou que outras complicações poderiam ocorrer,
como "a septicemia (infecção generalizada), o descolamento da
placenta por conta da hipertensão arterial, a hipertensão ocasionada
pela gravidez, inclusive pré-eclampsia e eclampsia, as quais, se
não forem tratadas, podem provocar parada cardíaca ou derrame,
resultando em morte, tanto para a mãe como para o bebê".
 
Em nenhum momento o Diário, ou qualquer outro das centenas de
jornais que repetiram o mesmo, explicou que estas complicações não
são repentinas. Ninguém vai dormir bem e acorda com uma septicemia,
ou infecção generalizada, mortal. Ninguém vai dormir bem e acorda
vítima de um derrame devido a uma eclâmpsia. Antes que se desenvolva
uma eclâmpsia deve desenvolver-se uma pré eclâmpsia, e antes que se
desenvolva uma pré eclâmpsia devem-se constatar alterações no
padrão da pressão arterial. Antes que uma infecção se transforme
em septicemia deve haver uma grande infecção, e antes disso uma
infecção e pelo menos uma febre. O descolamento da placenta por
conta da hipertensão arterial também não é repentino. A placenta
descola gradualmente e vai avisando o médico através de pequenas
hemorragias. Os descolamentos totais e repentinos de placenta são
raríssimos e mesmo assim quando ocorrem é durante um trabalho de
partos normal onde reside o maior perigo.
 
Tudo isto significa que, embora a gravidez seja considerada de risco,
a probabilidade de que uma criança grávida morra se tiver um bom
acompanhamento pré-natal e um parto cesário devidamente agendado é
praticamente nula. O próprio bom senso mostra isto. Quantos casos
as pessoas, médicos ou não, conhecem de crianças grávidas que
morreram de parto? São coisas que se fossem comuns, os jornais,
ávidos por sensacionalismo, o noticiariam fartamente. Nesta mesma
semana, por ocasião dos fatos ocorridos no Recife, o próprio
Diário de Pernambuco, publicou sem maior destaque uma nota em que a
médica legista que atendeu o caso, a Dra. Carmelita Maia, ainda
que declarasse "haver urgência para o procedimento" e que a menina
"precisava fazer esse aborto o mais rápido possível", quando
perguntada pelo repórter se havia notícias de outros casos semelhantes
no estado de Pernambuco, declarou:
 
"ESTOU CONCLUINDO MINHA TESE DE
DOUTORADO EM VIOLÊNCIA SEXUAL PELA
FUNDAÇÃO OSVALDO CRUZ, QUE ESTUDA A
GRAVIDEZ EM MENORES DE 14 ANOS.
VERIFIQUEI QUE EM UM PERÍODO DE UM ANO
50 CRIANÇAS NO RECIFE NESSA FAIXA
ETÁRIA TÊM BEBÊ".
 
 
A legista declara ter pesquisado o tema e encontrado cinqüenta
crianças na faixa etária abaixo de 14 anos que tiveram bebê no
Recife. Quantas morreram? Não menciona nenhuma.
 
E podemos ser mais explícitos: quantas foram as crianças que ficaram
grávidas, que tiveram um bom acompanhamento pré-natal e fizeram
parto cesariano morreram no Brasil nos últimos dez anos? A resposta
é uma só: provavelmente nenhuma, e foram muitas as crianças que
engravidaram nestes dez anos. O DataSus informa que 27610
crianças menores de 14 anos deram à luz crianças nascidas vivas no
Brasil em 2006. Em dez anos são cerca de trezentas mil
crianças. Este número impressionante mostra que a gravidez de
menores não é um evento raro. Estas trezentas mil crianças incluem
as que tiveram e não tiveram acompanhamento pré-natal e parto por
cesariana. A pergunta é: quantas crianças menores de 14 anos que
tiveram acompanhamento pré natal e parto cesariano morreram por causa
da gravidez? O Datasus não tem registro de nenhuma. Provavelmente
nenhuma criança menor de 14 anos que teve acompanhamento pré natal e
possibilidade de parto cesariano morreu no Brasil nos últimos dez
anos. O fato da gravidez ser de risco não significa necessariamente
que a mãe irá morrer, mas sim que precisará de um acompanhamento
especial. Simples assim e todo médico sabe disso.
 
Por que então os médicos que sabem destas coisas calam-se e não as
declaram publicamente? O motivo é simples. No Brasil onde o
governo Lula assina acordos internacionais para implantar o aborto
totalmente livre e o Comitê de Ética do Partido dos Trabalhadores
se prepara para processar e expulsar dois deputados pelo único crime de
terem sido contra o aborto, não é politicamente correto dizer estas
coisas para o público.
 
Mais difícil porém é explicar por que médicos, para-médicos e
funcionários de organizações não governamentais, sabendo que estão
mentindo ao induzir o público a acreditar que e menina irá morrer por
causa de uma gravidez, insistem tão abertamente em espalhar a
desinformação a todo o povo brasileiro. Tentaremos explicar por que
se mente desta maneira, conscientemente, com a conivência e o aplauso
da imprensa, durante o restante desta mensagem.
 
Entretanto o que é certo é que a mãe e o pai da criança eram
claramente contrários ao aborto. Sendo assim eles teriam que ter o
direito de serem informados claramente a respeito. E não o foram.
Como veremos a seguir, foram informados do modo mais vergonhosamente
fraudulento.
 
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3. INTERNAÇÃO NO INSTITUTO MATERNO
INFANTIL DO RECIFE.
 
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Verificada a gravidez da menina, as autoridades acionaram o Conselho
Tutelar. Os conselheiros verificaram que a mãe era contrária ao
aborto e decidiram encaminhá-la ao Instituto Materno Infantil de
Pernambuco em Recife. O IMIP é um hospital de referência no
estado de Pernambuco em maternidade e pediatria, fundado pelo Dr.
Fernando Figueira, um médico que fêz história em Pernambuco.
Antes de fundar o IMIP e várias outras instituições tão
relevantes quanto, o Dr. Fernando Figueira já havia lecionado
medicina no Hospital das Clínicas de São Paulo, nos Estados
Unidos, no México e na França, havia escrito diversos livros e
ocupado o cargo de Secretário de Saúde do governo de Pernambuco.
 
Na sexta feira dia 27 de fevereiro os conselheiros tutelares
dirigiram-se a Recife com a mãe da menina e a própria menina,
imaginando que as estavam encaminhando ao Instituto Médico Legal
para realizarem os exames de corpo de delito comuns nestas
ocorrências, e depois ao IMIP para iniciar os cuidados do pré
natal.
 
Em vez disso porém, após terem passado pelo IML, foram recebidas
no IMIP pelo serviço de assistência social do Hospital que
convidou a conselheira tutelar a assinar um documento que autorizasse o
aborto. A conselheira, surpresa, respondeu que não haviam vindo ao
IMIP para abortar e que não iria assinar o documento. A
assistente retrucou que já estava tudo combinado e que elas teriam que
assinar. Diante da nova negativa da conselheira, a assistente
entregou-lhe um pedido escrito de próprio punho em que solicitava um
"encaminhamento ao Conselho Tutelar de Alagoinha no sentido de
mostrar-se favorável à interrupção da gravidez da menina, com base
no Estatuto da Criança e do Adolescente e na gravidade do fato".
O Conselho deveria pronunciar-se a respeito até segunda feira dia 2
de março.
 
Mas já na noite daquela sexta feira os jornais passaram a anunciar que
o aborto seria realizado no sábado. Na sexta feira o Jornal do
Comércio anunciou que
 
"A MENINA DE 9 ANOS QUE ESTÁ GRÁVIDA DE
GÊMEOS E A IRMÃ DELA, DE 14 ANOS, QUE
TEM DEFICIÊNCIA, ESTÃO INTERNADAS NO
INSTITUTO MATERNO INFANTIL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA (IMIP), NA ÁREA
CENTRAL DO RECIFE. HÁ INFORMAÇÕES DE
QUE O ABORTO PODE SER REALIZADO NESTE
SÁBADO".
 
 
Ao meio dia de sábado o mesmo Jornal do Comércio anunciava o
Hospital haver confirmado o início dos procedimentos para o aborto,
que o procedimento já contava com o consentimento da família e que o
aborto seria realizado no mesmo sábado. Todas estas informações
eram falsas, mas já estavam sendo irradiadas para todo o Brasil pela
assessoria de imprensa do IMIP:
 
"A ASSESSORIA DE IMPRENSA DO INSTITUTO
MATERNO INFANTIL PROFESSOR FERNANDO
FIGUEIRA (IMIP) CONFIRMOU QUE SERÁ
REALIZADO UM ABORTO NA MENINA DE 9 ANOS
QUE ESTÁ GRÁVIDA DE GÊMEOS. A
INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ NESSE CASO,
QUE TEVE O CONSENTIMENTO DA FAMÍLIA, É
PREVISTA EM LEI E DISPENSA AUTORIZAÇÃO
JUDICIAL. OS PROCEDIMENTOS
NECESSÁRIOS PARA A REALIZAÇÃO DO
ABORTO SERÃO REALIZADOS NESTE SÁBADO
DIA 28".
 
 
A notícia, repetida também por outros jornais, assustou o Conselho
Tutelar de Alagoinha, pois havia sido combinado que nada seria feito
antes da segunda feira, quando o Conselho se pronunciaria e,
ademais, os conselheiros sabiam que a mãe da menina era contrária ao
aborto. Voltaram por isso no sábado ao Recife, uma viagem de três
horas de carro na ida e outras três horas de volta, para entenderem o
que estava acontecendo e verificaram que a criança brincava no
hospital, nenhum procedimento havia sido iniciado e perguntaram à mãe
o que ela pensava a respeito. A mãe então afirmou claramente diante
dos conselheiros que ela era contrária ao aborto,
 
"que pensava que o aborto não era correto, mesmo naquele caso, e que
ninguém tinha o direito de tirar a vida de ninguém".
 
Mas, profunda e visivelmente abalada com o fato, expôs também que
havia assinado "alguns papéis por lá", sobre os quais porém não
sabia dizer de que se tratava. Cabe dizer que a mãe é analfabeta e
não assina sequer o nome. Para assinar os documentos mencionados, de
que ela não sabia explicar o conteúdo, foi-lhe pedido que gravasse
neles as suas impressões digitais.
 
Retornando no mesmo sábado à noite para Alagoinha, os conselheiros
preocuparam-se em procurar o pai da menina para que também ele se
pronunciasse a respeito do caso. Verificaram que o Sr. Erivaldo, o
avô dos dois bebês de cinco meses, tinha uma posição contrária ao
aborto e neste sentido ainda mais clara do que a da mãe. Erivaldo
concordou em dirigir-se ao IMIP na segunda feira, junto com o
conselho tutelar, para pedir a alta da filha.
 
Restava ainda resolver a questão do documento que havia sido pedido
para ser encaminhado pelo Conselho Tutelar ao IMIP. Tendo
verificado que ambos os pais da menina internada no IMIP eram
contrários ao aborto, os membros do Conselho Tutelar de Alagoinha
votaram no domingo por unanimidade encaminhar ao IMIP uma
solicitação no sentido de que, respeitada a vontade de ambos os
pais, que desejavam proteger as vidas dos dois bebês, não fosse
realizado o aborto.
 
Enquanto isso no Recife e em todo o Brasil, a imprensa continuava a
noticiar, inveridicamente, que os procedimentos do aborto já haviam
sido iniciados. Esta atitude da imprensa em veicular informações que
eram sabidamente falsas preparou a nível nacional uma expectativa de
sensacionalismo e o ambiente neurótico em que se desenrolariam os
acontecimentos que viriam a se suceder. Em sua edição de domingo
assim afirmava o Diário de Pernambuco:
 
"Os procedimentos para o aborto dos gêmeos esperados pela menina de
nove anos, vítima de abuso sexual, foram iniciados neste sábado. A
criança está internada, desde sexta-feira, na enfermaria de
gestação de alto risco no Instituto Materno Infantil (Imip),
assistida por uma equipe multidisciplinar. A família da criança
solicitou a interrupção da gravidez e o Imip, diante do risco que
corre a paciente, acatou o pedido".
 
 
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4. ERIVALDO EM RECIFE.
 
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Na segunda feira à tarde o Sr. Erivaldo, pai da menina internada,
dirigiu-se ao IMIP, juntamente com os membros do Conselho
Tutelar de Alagoinha, pedir a alta da filha e a suspensão dos
procedimentos de aborto. O ambiente já estava preparado para que ele
fosse acolhido do modo como o foi.
 
Recebidos pela mesma assistente social que havia pedido que o Conselho
Tutelar se pronunciasse a favor do aborto, os conselheiros
manifestaram que em Alagoinha todos os envolvidos estavam preocupados
pelas vidas das três crianças. A assistente retrucou imediatamente:
 
- "AQUI NÃO HÁ TRÊS CRIANÇAS. SÓ EXISTE
UMA CRIANÇA, O RESTO SÃO APENAS
EMBRIÕES".
 
- "Como podem ser embriões?", respondeu um dos conselheiros.
"A gravidez está quase de cinco meses, os bebês já estão
formados, já têm fígado e coração".
 
A assistente respondeu ainda que de fato eles tinham coração, mas
que isso não significava nada. Eram apenas embriões, e a menina
estava correndo risco de vida.
 
Os conselheiros retrucaram que haviam tomado informações a respeito,
que havia em Recife muitos casos de gestação de menores mas não
havia conhecimento de meninas que houvessem morrido por causa de uma
gravidez. O que levava a crer que aquele caso seria uma exceção?
 
A assistente respondeu que, por não ser médica, não saberia
explicar estas coisas, mas que já havia sido decidido que era
necessário fazer o aborto para salvar a vida da menina.
 
Então o conselho apresentou o Sr. Erivaldo como sendo o pai da
menina. Ele ainda não havia se identificado como tal. Os
conselheiros disseram que ele havia vindo pessoalmente de Alagoinha
para pedir, junto com o Conselho Tutelar, a cessação dos
procedimentos de aborto e a conseqüente alta da filha.
 
Pela lei brasileira quem responde pelos menores são ambos os pais.
Em todos as decisões em que estejam envolvidos menores de idade é
obrigatório o consentimento de ambos os pais. Se os dois pais estão
de acordo, a questão está fechada. Se um deles discorda do outro,
um juiz deverá ouvir a ambos e decidir quem está com a razão.
Qualquer procedimento que se afaste disso é ilegal. Nenhuma
autoridade que não seja um juiz pode iniciar qualquer procedimento em
um menor contra o consentimento de qualquer um dos pais. Nada retira
este poder de família que sempre pertence a ambos os pais em conjunto.
Se os dois pais se separam, não perdem o poder de família por este
motivo. Mesmo se um dos pais possuir a guarda da criança, possuirá
apenas o direito de conviver com ela, mas isto não retira o poder de
família do outro. Estas normas elementares do Direito brasileiro
foram frontalmente desprezadas no caso que estamos narrando.
 
Ao saber que quem estava ali presente era o próprio pai da menina, a
assistente imediatamente solicitou que todos se retirassem da sala e
ambos conversaram a portas fechadas durante meia hora.
 
Quando finalmente o pai retornou, era um homem mudado. Afirmou aos
conselheiros que a sua posição contrária ao aborto agora era outra,
porque a assistente lhe havia dito, reproduzindo as palavras dos que
testemunharam o evento,
 
"QUE A SUA FILHA IRIA MORRER E, SE ELA
VAI MORRER, ENTÃO SERIA MELHOR ABORTAR
AS CRIANÇAS".
 
Segundo o depoimento do pároco de Alagoinha, que acompanhava a
equipe, não foi possível no momento ter maiores informações a
respeito,
 
"UMA VEZ QUE, A PARTIR DA SAÍDA DA SALA,
A ASSISTENTE FEZ DE TUDO PARA QUE NÃO
NOS APROXIMÁSSEMOS DO PAI E
CONVERSÁSSEMOS COM ELE".
 
No entanto, após a saída do hospital, quando puderam conversar
melhor com o pai, os conselheiros ficaram sabendo que aquilo que havia
feito o Sr. Erivaldo mudar de idéia e chegado à conclusão de que,
se não realizasse o aborto, sua filha iria morrer, tinha sido apenas
a conversa a portas fechadas com a assistente.
 
- Mas como? Então o Sr. não falou com nenhum médico? Não
falou com mais ninguém? O Sr. não lembra que no saguão do
hospital nós todos perguntamos à assistente no que ela se baseava para
ter certeza que a menina iria morrer e ela respondeu que não sabia
porque ela não era médica?
 
- É verdade, respondeu o Sr. Erivaldo. Mas agora quem me garante
que ela não vai morrer?
 
Note-se quão grande era a diferença entre o que aconteceu e o que
estava sendo noticiado pelos jornais. A imprensa informou o público,
durante todo o tempo, para dar credibilidade ao serviço de aborto
legal do IMIP, que a família da criança estava
 
"RECEBENDO ASSISTÊNCIA MÉDICA E É
ACOMPANHADA POR UMA EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR, QUE INCLUI
GINECOLOGISTAS, PSICÓLOGOS E
ASSISTENTES SOCIAIS".
 
 
No entanto ao pai da criança, que muito mais que a mãe, era
radicalmente contra o aborto, foi negada qualquer informação que
pudesse provir de uma equipe multidisciplinar. Foi apenas uma
assistente social, que minutos antes havia reconhecido diante de todos
que não tinha capacidade de responder a questões médicas e que
desprezou as duas vidas que estavam no ventre materno, convenceu a
portas fechadas um homem praticamente analfabeto que a filha certamente
iria morrer se não fosse praticado o aborto. Nenhum médico foi
chamado, nenhuma psicóloga, nenhuma equipe multidisciplinar. Apenas
uma conversa a portas fechadas com uma assistente, interessada em que o
aborto fosse praticado a qualquer custo, e que dispensou o pai sem mais
após tê-lo convencido sobre o que ela própria havia reconhecido que
não tinha competência profissional para explicar.
 
E infelizmente deve-se dizer que este não é um caso isolado. Os
grupos que trabalham a favor da vida estão constantemente em contato
com casos como estes. Os serviços de abortos legais no Brasil estão
tomados por ativistas que estão interessados mais em promover a
legalização do aborto do que no próprio bem dos pacientes ou em
respeitar o que eles pensam. Histórias como estas são comuns. A
menos que alguém tenha alguma cultura superior e tenha convicções
muito bem elaboradas contra o aborto, o que se ouve são inúmeras,
inúmeras histórias semelhantes a estas. É muitíssimo comum que
estes serviços façam de tudo para que os que nele entram realizem um
aborto. Esta é a verdade. Estes serviços foram montados com o
apoio de recursos econômicos internacionais para servirem de base
política para a promoção da completa legalização do aborto. A
história do Sr. Erivaldo é apenas mais um de inúmeros exemplos.
 
O Conselho Tutelar em seguida tentou entregar à assistente o
documento assinado por todos em que pedia-se a suspensão dos
procedimentos do aborto. A assistente disse que o documento não teria
mais importância, uma vez que a mãe da menina já havia assinado o
pedido do aborto. Mas a conselheira insistiu que o hospital deveria
receber o documento, uma vez que havia sido a própria assistente que o
havia pedido na sexta feira. Mas, para surpresa dos conselheiros, a
assistente negou várias vezes que houvesse pedido qualquer coisa.
 
- Eu não pedi nada.
 
- Como você diz que não pediu? Foi você mesma que escreveu um
pedido de próprio punho e o entregou na minha mão! respondeu a
conselheira tutelar.
 
- Eu não escrevi nada, - replicou a assistente.
 
- Escreveu sim, e vou mostrar.
 
A conselheira procurou o documento em sua bolsa.
 
- Está vendo esta letra? Não é a sua letra? Como pode dizer que
não pediu?
 
A assistente tomou o documento em mãos, examinou e, em vez de
responder alguma coisa, rasgou diante da própria conselheira o
documento em muitos pedaços pequenos, dizendo:
 
- Isto não vale nada.
 
- Por que rasgou o documento? Não tenho outra cópia, mas todo
mundo em Alagoinha já viu. Todos os outros conselheiros, inclusive
o pároco de Alagoinha, já viram o documento que você rasgou.
 
- Você mostrou o documento para o padre?
 
- Sim.
 
- "Você não devia ter feito isso", respondeu a assistente
nervosa. "Eu tinha dado este documento só para você. Não tinha
que mostrar para mais ninguém".
 
A assistente então concordou em receber e protocolar o pedido da
suspensão do aborto por parte do Conselho Tutelar de Alagoinha e
permitiu que os conselheiros vissem a mãe e a criança, mas que
tomassem "cuidado com o que fossem falar".
 
Os conselheiros puderam subir e viram a mãe e a criança.
Verificaram que os procedimentos para o aborto não haviam começado,
mas a assistente ficou muito junto da mãe e dos conselheiros e não
permitia nenhuma oportunidade para fazer alguma pergunta.
 
Os conselheiros haviam sido informados de que a mãe havia assinado a
permissão para realizar o aborto e sabiam que no sábado a mãe
havia-lhes declarado, já no hospital, que era contrária ao aborto e
 
"PENSAVA QUE O ABORTO NÃO ERA CORRETO,
MESMO NAQUELE CASO, E QUE NINGUÉM TINHA
O DIREITO DE TIRAR A VIDA DE NINGUÉM".
 
Mas na segunda feira não puderam perguntar-lhe nada para confirmar se
realmente havia mudado de idéia ou por que. A assistente estêve o
tempo todo encostada manifestamente agindo de forma a inibir qualquer
pergunta mais delicada que pudesse ser feita.
 
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5. ERIVALDO RETORNA A RECIFE.
 
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Chocados com o que estava acontecendo e o modo como eles e o Sr.
Erivaldo haviam sido recebidos no IMIP, os conselheiros buscaram
ajuda ao retornarem aquela noite em Alagoinha. Fizeram contato com o
bispo de Pesqueira, a cuja Diocese pertence a cidade, através de
quem entraram em contato também com o serviço de assessoria jurídica
da Arquidiocese de Recife. Diversamente de tudo o que tinha ocorrido
até o momento, foram pessoas muito atenciosas, que ao entenderem a
gravidade do que estava acontecendo, desmarcaram todos os seus
compromissos pessoais para poderem dedicar-se integralmente a ajudar
esta família. E estes, por sua vez, ainda tarde da noite, entraram
em contato com outros médicos e com alguns profissionais da área da
psicologia para entenderem bem o que estava acontecendo.
 
De manhã bem cedo, o arcebispo de Recife já estava a par do caso em
todos os detalhes. Ligou para o Dr. Antônio Figueira, diretor do
IMIP, pedindo-lhe um encontro. Explicou-lhe o que estava
ocorrendo, que os pais da menina tinham uma posição contrária ao
aborto, como haviam sido tratados pelo hospital, como a imprensa
estava divulgando informações incorretas, e queria saber qual era o
verdadeiro estado de saúde da menina. O Dr. Antonio Figueira
respondeu ao arcebispo que pediria ao serviço médico do hospital que
suspendesse qualquer procedimento de aborto enquanto toda aquela
situação não ficasse esclarecida e dirigiu-se ao Palácio de
Manguinhos.
 
Já no Palácio de Manguinhos o diretor do IMIP afirmou diante de
todos os presentes que a menina na realidade não corria risco iminente
de vida e que, se os pais não quisessem realizar o aborto, ela
poderia inclusive levar a gestação a termo se fossem oferecidos os
cuidados necessários de que seu quadro necessitava.
 
No início da tarde o Sr. Erivaldo voltou para Recife encontrar-se
com o serviço de assessoria jurídica da Arquidiocese. Assinou um
documento de próprio punho em que pediu a cessação definitiva dos
procedimentos de aborto e a alta da filha. Assinou também uma
procuração para o advogado. A diocese, por outro lado, havia
entrado em contato com um médico e uma psicóloga que se dirigiriam em
seguida, junto com o Sr. Erivaldo, ao IMIP. O médico iria
encontrar-se com a equipe médica do hospital para entender qual o
verdadeiro quadro de saúde da filha do Sr. Erivaldo. A psicóloga
se encontraria com a mãe da criança.
 
Quando estas pessoas chegaram ao hospital, no fim da tarde da terça
feira, foram informadas que a mãe não se encontrava mais no
estabelecimento. Segundo o IMIP, ela havia pedido alta para a
menina e, como não havia risco iminente de vida, o hospital não
havia podido negar a alta. Mas ninguém sabia dizer para onde havia
elas haviam ido.
 
Logo após foram informados de que o Grupo Curumim, uma ONG que
trabalha pela legalização do aborto, havia estado ali, conversado
com a mãe da menina e a havia convencido a pedir a alta da filha.
Souberam também que médica ginecologista Vilma Guimarães,
coordenadora do Centro de Atenção à Mulher do Imip e também
presidente da Sociedade Pernambucana de Ginecologia e Obstetrícia,
havia saído junto com a mãe e a criança.
 
O Hospital não soube informar o telefone da Dra. Vilma. Segundo
a edição do Diário de Pernambuco de sexta feira dia 27 de
fevereiro, a Dra.Vilma já havia declarado à imprensa, antes mesmo
de examinar a menina, que em situações de risco (como aquela)
 
"O MELHOR SERIA INTERROMPER A
GESTAÇÃO".
 
 
Impressiona nesta história a contradição de como, até o dia
anterior, o hospital recusou ao Sr. Erivaldo qualquer possibilidade
de pensar na alta ou na suspensão dos procedimentos do aborto devido
justamente ao suposto perigo iminente de vida que sua filha corria.
Mas agora era dada uma alta justamente com base no pressuposto de que
não havia risco iminente de vida para a criança.
 
Embora o Hospital afirmasse que nada soubesse sobre o paradeiro da
mãe, o fato é que a própria médica coordenadora do Centro de
Atenção à Mulher do IMIP havia saído com ela e, portanto, a
coordenação do Hospital sabia para onde haviam ido. A coordenação
do IMIP sabia que dali a poucos momentos chegaria o pai da
criança, junto com o seu advogado, um médico e uma psicóloga a quem
não poderiam enganar como haviam feito dois dias antes com o Sr.
Erivaldo e como certamente o terão feito com a mãe da sua filha.
Resolveram que o único meio pelo qual aquele aborto poderia ser
realizado seria removendo a mãe e a criança para um paradeiro ignorado
até que o aborto fosse consumado. Sabiam que o pai da criança era
contrário ao aborto e sabiam também que nestes casos não se poderia
realizar legalmente o aborto contra a vontade mesmo de apenas um dos
pais.
 
Na terça feira à tarde todos os funcionários do hospital já sabiam
que o pai da menina era contrário ao aborto. Segundo o Jornal do
Comércio, a assessoria de imprensa havia comunicado naquela tarde que
 
"O INSTITUTO MATERNO INFANTIL DE
PERNAMBUCO (IMIP) OPTOU POR AGUARDAR
UM CONSENSO ENTRE OS PAIS QUANTO AO
ABORTO DA MENINA DE 9 ANOS QUE
ENGRAVIDOU DE GÊMEOS DEPOIS DE SER
ESTUPRADA PELO PADRASTO DE 23 ANOS. DE
ACORDO COM A ASSESSORIA DO HOSPITAL, A
DECISÃO FOI TOMADA APÓS O PAI DA
CRIANÇA SE POSICIONAR CONTRA O
PROCEDIMENTO".
 
 
Este aborto seria, portanto, segundo as leis brasileiras, ilegal.
E se tiveram que esconder-se do pai, como realmente o fizeram, para
realizar um aborto que era ilegal, este aborto foi também
clandestino. Não houve legalidade nenhuma no que foi feito. A mãe
da criança, que sequer sabia assinar o próprio nome, jamais teria
tido a iniciativa de chamar o Grupo Curumim para que convencesse o
hospital a conceder alta e removê-la a um lugar que já estava
preparado de antemão e que não seria revelado nem para público, nem
para o próprio pai.
 
É impressionante também a visível discriminação na diferença entre
o modo como os Conselheiros Tutelares haviam sido humilhantemente
impedidos de falarem com a mãe da criança apenas porque representavam
um pai que era contrário ao aborto, enquanto que no dia seguinte uma
entidade como o Grupo Curumim, apenas porque se auto intitulava
feminista e trabalha pela promoção do aborto, teve a liberdade de
entrar e convencer a mãe da criança não só a pedir alta como também
ser levado por este mesmo grupo, junto com a coordenação do
IMIP, a um paradeiro do qual já se sabia que não seria divulgado
para o pai da menina.
 
Pouco depois veio a notícia de que a ONG a favor do aborto chamada
SOS Corpo de Recife também havia participado da operação resgate
no IMIP de Pernambuco. E, logo após, ficou-se sabendo também
que o periódico Diário de Pernambuco, qualificando
inacreditavelmente como sendo de pressão a posição da Igreja em vez
daquela do serviço de aborto legal do IMIP, já havia localizado o
paradeiro da mãe mas não o revelaria. Aparentemente todos nesta
história tinham o direito de saber o que e onde as coisas estavam
acontecendo, com exceção do pai da menina, não importando o que
diga a lei. Assim dizia o Diário:
 
"Apesar da pressão da Igreja, a criança foi levada pela mãe para
outra unidade de saúde ainda na noite de ontem. O Diário localizou
as duas e tentou falar com a mãe no novo local de internamento, mas a
mulher preferiu não se pronunciar. A garota recebeu alta da unidade
ontem no início da noite. Segundo informações da assessoria de
imprensa do Imip, a liberação foi concedida a pedido da mãe, que
responde pela guarda da criança. Ela assinou um termo de
responsabilidade e saiu sem comunicar à direção hospitalar nem aos
conselheiros tutelares aonde iria levar a filha, se voltaria para casa
ou recorreria a outro hospital".
 
 
O Grupo Curumim afirma ser uma organização cujo trabalho é
financiado pela IWHC, ou International Women Health Coalition,
ou ainda, em português, Coalisão Internacional para a Saúde da
Mulher. A IWHC é uma entidade feminista e uma das maiores
promotoras internacionais do aborto clandestino. A entidade foi
praticamente fundada por Adrianne Germain, uma socióloga que antes
de haver fundado a IWHC havia trabalhado no Conselho Populacional
de Nova York, uma das Organizações Rockefeller que desencadeou,
nos anos 50, todo o trabalho de controle populacional e de promoção
do aborto ao qual assistimos hoje a nível internacional sem saber de
onde estas coisas procedem. Depois de algum tempo no Conselho,
Germain foi contratada pela Fundação Ford, através da qual
organizou toda a rede de serviços de abortos no Paquistão Oriental,
país em que até hoje o aborto é totalmente ilegal. Relatórios
disponíveis na Internet, escritos pela própria IWHC, afirmam
que a entidade já financiou a difusão do aborto clandestino nas
Filipinas, na Indonésia, na África e na maior parte dos países da
América Latina. A própria presidente, Adrianne Germain, já
esteve pessoalmente várias vezes no Brasil onde, com o apoio da
Fundação Ford, distribuía equipamentos para a prática de abortos
em clínicas clandestinas. A entidade percorre o mundo buscando
encontrar e financiar lideranças feministas envolvidas com a promoção
do aborto, clandestino ou não.
 
 
A IWHC é bastante conhecida nos meios que trabalham
internacionalmente a favor do aborto por haver publicado um manual de
estratégias de ação internacional para ampliar o acesso das mulheres
ao aborto, legal ou não.
 
 
No Brasil a IWHC é particularmente conhecida entre os que
trabalham para transformar o aborto de um homicídio para um direito
humano por haver indicado, no final dos anos 80, a brasileira
Carmen Barroso para dirigir um mega projeto de U$36 milhões de
dólares da Fundação MacArthur de Chicago para promover a
legalização do aborto no Brasil a partir de 1990. Hoje Carmen
Barroso é uma das diretoras da IPPF, International Planned
Parenthood Federation, uma organização internacional que é
proprietária da maior rede de clínicas de aborto dos Estados Unidos
e que atualmente está se dedicando a promover o aborto por meio de
drogas caseiras em toda a América Latina, com o apoio financeiro dos
governos dos países da Comunidade Européia. A obra iniciada pela
Fundação MacArthur no Brasil atualmente é continuada pelo
CEBRAP.
 
O SOS Corpo foi um dos principais favorecidos pelo mega projeto de
U$ 36 milhões iniciado pela Fundação MacArthur no Brasil.
Recebeu várias doações de centenas de milhares de dólares que
revitalizaram completamente a organização. Segundo o relatório
publicado pela própria Fundação, a MacArthur estava procurando
 
"organizações não governamentais estratégicas que pudessem usar o
financiamento externo para desenvolver sua capacidade de produzir
mudanças, com o objetivo, entre outros, de criar um sistema
legislativo que permitisse às mulheres o acesso a abortos e outros
serviços necessários. Em particular, a SOS Corpo foi objeto de
um financiamento de longo prazo com um excelente desempenho, tendo-se
tornado um centro de referência nacional para questões de gênero e de
direitos sexuais e reprodutivos, cobrando a responsabilidade das
agências governamentais quando elas deixam de implementar
políticas".
 
 
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6. O ABORTO É REALIZADO.
 
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Na madrugada de quarta feira dia 4 de março o Conselho Tutelar de
Alagoinha e a assessoria jurídica da Arquidiocese localizaram o
paradeiro da criança. Elas estavam no CISAM, também conhecido
como Maternidade da Encruzilhada, outro centro de referência para o
aborto legal no Recife. Mas ao ser contatado pelo Conselho Tutelar
e pelos representantes legais do pai da criança, o Hospital negou que
a mãe e a criança estivessem internadas no estabelecimento.
 
Foi por volta do meio dia, quando os abortos já estavam consumados,
que a notícia foi publicamente anunciada. A indução do aborto havia
sido iniciada na noite anterior, algumas horas após a alta dada pelo
IMIP. A rapidez com que o aborto foi iniciado, diversamente do
procedimento que os hospitais de aborto legal costumam adotar nos casos
de gestação de menores, quando são realizados preliminarmente
diversos exames, faz supor que o IMIP não se limitou, como afirma
publicamente, apenas a cumprir o dever de fornecer a alta a pedido,
mas que também forneceu os dados clínicos da menina para que o aborto
se consumasse o mais rapidamente possível, antes que o paradeiro da
vítima fosse descoberto, o que realmente veio a acontecer. A
clandestinidade com que foi feito este aborto mostra que os que o
realizaram sabiam que ele era ilegal. Ao contrário do que a imprensa
quer dar a entender para impedir que o público perceba o que de fato
ocorria, eles não temiam nem o arcebispo nem o assédio da imprensa,
mas a presença do pai da criança e de seu representante legal, com os
quais, se ali estivessem presentes, não poderiam mais fazer parecer
legal para o público o que de fato era ilegal.
 
Na manhã daquela quarta feira, por volta das 9 horas, o primeiro
feto foi expelido. Duas horas e meia depois, o aborto ocorreu por
completo, expelindo o segundo.
 
Segundo noticiou o Diário de Pernambuco, a interrupção da
gravidez havia sido realizada com apoio das organizações
não-governamentais de defesa da mulher, como os grupos SOS Corpo
e Curumim. Assim que tudo se consumou, o envolvimento destes grupos
foi admitido publicamente perante a imprensa pelos seus próprios
responsáveis. Chama a atenção nas declarações prestadas por estes
representantes o sentimento da urgência absolutamente inadiável do
procedimento, que na verdade não existia:
 
"'A mãe e a menina estão desesperadas. E este é um procedimento
médico que não tem o que se questionar. É previsto em lei. Como o
Imip estava demorando para fazer o procedimento, chegamos a essa
decisão de orientar a mãe a retirá-la de lá', explicou Paula
Viana, integrante da rede feminista de saúde e da ONG Curumim".
 
 
"A coordenadora do Curumim, Paula Viana, alegou que não havia
mais tempo a esperar: 'Cada dia que se passava, o risco era maior,
a menina se sentia mal com dificuldade até para respirar'".
 
 
Mas a mãe e a menina não estavam desesperadas. Todos os que as
viram até dois dias antes na segunda feira testemunham que a menina
estava bem e brincando alegremente. O diretor do IMIP e depois o
próprio IMIP afirmaram que não havia risco de vida iminente.
Todo ano no Brasil trinta mil jovens de menos de 14 anos engravidam
e dão à luz, e não há um único registro, nem no Data Sus nem em
qualquer outra fonte, que uma menor de 14 anos tenha morrido em
conseqüência da gravidez após ter tido a oportunidade de um pré
natal regular e um parto cesariano.
 
Cabe então a pergunta: por que se mente desta maneira,
propositalmente, para induzir pais que são contra o aborto, e no caso
do pai desta menina, um pai que é radicalmente contra o aborto, a
entrarem em desespero e concordarem com que os médicos realizem os
abortos? Pois foi isto que fizeram com o Sr. Erivaldo e, depois
que ele compreendeu a verdade, negaram-lhe o acesso à sua própria
filha para que não mais pudesse evitar o aborto. Tudo indica que
fizeram o mesmo com a mãe da criança, a qual desde segunda feira
estava praticamente incomunicável com o mundo exterior. Mas, é
claro, não estava incomunicável com as ONGs que promoviam o
aborto. Por algum motivo, estas ONGs eram tratadas como
exceção.
 
As declarações das representantes destas ONGs mostram que o que
aconteceu não foi que a mãe da menina entendeu claramente que a sua
filha NÃO iria morrer e, sabendo bem que ela NÃO morreria e que,
portanto, poderia decidir livremente se queria ou não praticar o
aborto, optou tranqüilamente pelo aborto como a sua opção pessoal.
Muito pelo contrário. Paula Viana do Grupo Curumim o diz
claramente: "A MÃE E A MENINA ESTÃO
DESESPERADAS", e foi por isso que optaram pelo aborto.
 
Há indícios mais do que suficientes na história narrada até aqui
para suspeitar que, tal como fizeram com o Sr. Erivaldo, assim
também o fizeram com a mãe da menina.
 
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7. POR QUE MENTE-SE?
 
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Por que então mente-se desta maneira? Apesar de que existe um mundo
de coisas por detrás, o motivo em si é de entendimento muito
simples. O que estas ONGs querem, buscam e recebem recursos
milionários de Fundações internacionais para tanto é a promoção
da legalização do aborto. Não estão interessadas no bem do Sr.
Erivaldo, nem de sua companheira, nem de sua filha.
 
O Brasil todo acompanhou, durante esta semana, através de um grande
espetáculo midiático, o aborto de duas gestações de cinco meses.
Todos foram levados a crer que isto era a coisa correta a ser feita,
que as pessoas que promoveram este ato eram heróis e que os que se
posicionaram diversamente não eram mais do que pessoas fora do tempo.
 
Na próxima vez em que estes milhões de pessoas se defrontarem com uma
gravidez comum de um ou dois meses, estes milhões de pessoas estarão
mais propensos a julgar que um aborto de 2 meses é um direito humano e
não um crime, pois em fevereiro de 2009 foi passado para todo o
Brasil a mensagem que matar dois bebês de cinco meses era um direito
humano. E se não é crime matar um bebê de cinco meses, então o
direito à vida talvez não seja tão absoluto como se afirma, e deste
modo será também mais fácil obter o consenso do público para aprovar
uma lei a favor do aborto.
 
Mais ainda, a lei brasileira não pune o aborto quando é feito para
salvar a vida da mãe. Apesar do fato de que nenhuma grávida menor de
14 anos que passou por um pré natal bem feito e pôde ter-se
submetido a uma cesária, depois deste espetáculo todo o país foi
propositalmente levado a crer, erroneamente, que uma gravidez de uma
menor supõe um risco tão grande que deverá ser comparado à própria
morte. Com isto está-se ampliando, para muito além daquilo que era
a intenção da lei, o conceito do que é um aborto terapêutico.
Para um povo que é esmagadoramente contra a legalização do aborto,
são estes fatos os que, bem manipulados, permitem criar, mais
adiante, a base política necessária para justificar a ampliação das
leis do aborto.
 
Algumas pessoas que não conhecem o assunto poderão ter alguma
dificuldade em crer que duas organizações feministas e outros tantos
médicos e funcionários dos serviços de aborto legal tenham pensado em
objetivos tão amplos ao organizarem as ações que foram noticiadas
esta semana no Recife. Mas há muitos elementos que mostram que, ao
contrário, tais ações foram organizadas exatamente com este
propósito.
 
O rapto de menores com ocultamento dos pais para realizar um aborto
supostamente legal já foi praticado várias outras vezes na América
Latina por organizações feministas. Já aconteceu pelo menos três
vezes na Bolívia e uma vez na Nicarágua, mas é a primeira vez que
ocorre no Brasil. E a exploração midiática de um aborto em
gestação avançada para promover alterações na lei já ocorreu
outras vezes no Brasil.
 
No final de 1998 o Dr. Jorge Andalaft, o diretor do primeiro
serviço de aborto legal do Brasil localizado no Hospital do
Jabaquara em São Paulo, estava terminando de redigir uma Norma
Técnica sobre o Aborto Legal em casos de estupro para ser aprovada
pelo Ministério da Saúde. Naquela época havia 13 hospitais de
aborto legal no Brasil e todos recusavam-se a praticar abortos em
casos de estupro além dos três meses de gravidez. Jorge Andalaft
queria aproveitar a oportunidade para que a nova norma técnica
estendesse a prática do aborto legal até os cinco meses de
gestação, mas não havia consenso entre os médicos para isso. Foi
então que repentinamente surgiu a notícia de que uma menina de 10
anos, cujas iniciais ficaram conhecidas como C.B.S., de 1,40
m de altura e 30 kg de peso, havia engravidado por causa de um
estupro em Israelândia, no interior do Estado de Goiás e estava
com 18 semanas de gestação. Notem que a menina desta semana em
Recife tinha praticamente as mesmas características: 9 anos,
1,33 m de altura, 33 kg de peso e 15 semanas de gestação.
Os pais da menina de Recife eram contrários ao aborto, mas em
1988 os pais da menina de Israelândia eram claramente a favor.
Eles declararam diversas vezes à imprensa:
 
"A NOSSA DECISÃO JÁ FOI TOMADA. NINGUÉM
VAI NOS FAZER MUDAR DE OPINIÃO. O JUIZ
PERMITIU O ABORTO E ESTAMOS DENTRO DA
LEI".
 
O problema em 1998 para realizar o aborto não eram os pais, mas
os próprios médicos. Nenhum médico queria fazer o aborto, nem
mesmo os médicos dos hospitais de aborto legal. O primeiro
ginecologista que atendeu à menina, ainda no Estado de Goiás, o
Dr. Almeida e Silva, afirmou aos jornais:
 
"A MENINA ESTÁ NA 18ª SEMANA DE
GRAVIDEZ, OU SEJA, QUATRO MESES E MEIO
APROXIMADAMENTE. SUA GRAVIDEZ PODE
TRANSCORRER NORMALMENTE ATÉ O FINAL. A
DIFICULDADE CONCRETA QUE ELA VAI
ENFRENTAR É O PARTO PORQUE SUA
MUSCULATURA NÃO ESTÁ SUFICIENTEMENTE
DESENVOLVIDA. POR ISSO TERIA DE PASSAR
POR UMA CESARIANA. SUSTENTO ESTA
OPINIÃO TAMBÉM PELA MINHA EXPERIÊNCIA
COMO MÉDICO NO INTERIOR DE GOIÁS.
GRAVIDEZ EM MENINA NOVINHA É COMUM POR
AQUI''.
 
[Folha de São Paulo, 30 de setembro de 1978]
 
Os hospitais de aborto legal de Goiânia, Brasília, Belo
Horizonte e Rio de Janeiro, um após o outro, recusaram-se a
realizar o aborto, argumentando que, apesar das técnicas naquele
tempo já serem as mesmas de hoje, o risco que a menina correria
realizando um aborto, além de elevados, seriam maiores do que se ela
levasse a gravidez a termo.
 
Foi então que Carlos Massa, o apresentador do "Programa do
Ratinho" no SBT, um programa de grande audiência na época,
resolveu transformar o caso da menina, que já começava a ganhar
espaço na imprensa, em um grande espetáculo midiático. O Dr.
Jorge Andalaft, através da própria imprensa, enviou um recado aos
pais de que poderia realizar o aborto se eles pudessem trazer a menina
até São Paulo no Hospital do Jabaquara. O Programa do Ratinho
patrocinou a viagem de avião e também a estadia de toda a família no
hotel cinco estrelas Hilton Brasilton de São Paulo.
 
O resultado foi que, mesmo contra o parecer de alguns dos próprios
diretores do Hospital do Jabaquara, sob os holofotes de um
espetáculo midiático geral comparável ou até maior do que o que
aconteceu esta semana, com cobertura completa e ao vivo de todos os
principais jornais, rádios e redes de televisão do país, Jorge
Andalaft realizou no sábado de manhã do dia 3 de outubro de 1998
o primeiro aborto em caso de estupro em uma menor grávida de quase
cinco meses. E algumas semanas depois o Ministério da Saúde
publicava, sem protestos significativos dos médicos a este respeito,
a primeira Norma Técnica para os Serviços de Aborto Legal que
previa, ao contrário dos protocolos de todos os serviços existentes
até então, que o procedimento poderia ser praticado até os cinco
meses.
 
Dez anos depois o resultado é evidente. Enquanto em 1988 os pais
queriam abortar mas os médicos julgavam que a conduta mais segura seria
o parto, e ninguém ousou afirmar que a menina morreria se levasse a
gravidez ao termo, agora que supostamente a medicina deveria estar mais
avançada, os pais já não querem mais abortar mas são coagidos pelos
serviços de aborto legal a fazê-lo sob a falsa presunção de que
seria virtualmente impossível levar a gestação a termo. Estas
mudanças nas condutas médicas não se devem a nenhum avanço dos
estudos médicos, mas a técnicas de manipulação social elaboradas e
propositalmente conduzidas para promover a prática do aborto,
planejadas no exterior e financiadas no Brasil por recursos
milionários que as ONGs que promovem o aborto recebem em sua maioria
de Fundações norte americanas.
 
O episódio da menina C.B.S, que soube ser capitalizado pelo
Dr. Jorge Andalaft para outros propósitos, não é uma
coincidência. Ações deste tipo fazem parte de um conjunto de
técnicas bem descritas nos manuais e relatórios das Fundações como
aquelas que financiam o trabalho do Grupo Curumim e do SOS Corpo.
 
A Fundação MacArthur, que revitalizou na década de 90 o SOS
Corpo, injetou naquela época $US 36 milhões no Brasil para
promover o aborto em nosso país. O dinheiro foi em grande parte para
promover a rede de aborto legal em casos de estupro no Brasil. A rede
de serviços de aborto legal não foi construída por causa de uma
preocupação com as próprias mulheres violadas, mas porque, segundo
diz o relatório, isto era visto como um caminho para a total
liberalização do aborto no Brasil. O relatório final sobre como
foram gastos estes 36 milhões de dólares afirma claramente que
durante o longo luta pela implantação do sistema de aborto legal no
Brasil houve momentos críticos, como o que aconteceu agora em
Recife, que foram corretamente usados pelos movimentos feministas para
alavancar o debate público, esclarecer argumentos a favor da total
descriminalização do aborto e favorecer que a imprensa publicasse
artigos e editoriais favoráveis. Segundo as palavras da Fundação
MacArthur,
 
"A Fundação MacArthur decidiu em 1988 trabalhar no Brasil
com questões populacionais e de saúde reprodutiva. O Brasil foi
escolhido porque seu ambiente político permitiria que as ONGs
influenciassem a política e a prática. A abordagem estratégica da
Fundação MacArthur é a de trabalhar com organizações e
indivíduos da sociedade civil que são ou podem tornar-se agentes de
mudança dentro do país. A MacArthur identificou as ONGs que
poderiam utilizar-se do financiamento externo para desenvolver sua
capacidade de produzir mudanças. Estas atividades se concentraram em
alguns pontos, entre os quais a criação de um conjunto de leis que
permitisse às mulheres obter abortos e outros serviços necessários.
No Brasil, a batalha do aborto havia alcançado um impasse legal.
Na teoria o aborto era legal nos casos em que uma mulher tivesse sido
estuprada ou sua vida estivesse em perigo. Na prática, entretanto,
o aborto era quase inexistente. A maioria dos estudiosos consideram um
dos grandes sucessos neste sentido foi a expansão dos serviços para
vítimas de violência de gênero. O primeiro grande salto foi dado em
1989, com o estabelecimento em São Paulo do primeiro serviço
público que oferecia o aborto nos dois casos previstos pela lei.
Depois disso outro grande salto ocorreu em 1998, quando o
Ministro da Saúde, apesar da grande oposição, aprovou as Normas
Técnicas do aborto legal em casos de estupro ou risco de vida para a
mãe. Embora a lei do aborto não tenha sido alterada, a prática
evoluiu. Houve grandes progressos no debate sobre o aborto. As
Normas Técnicas que regulamentam a assistência do SUS ao aborto
foram sistematicamente atacadas. ESTES MOMENTOS
CRÍTICOS SOUBERAM SER USADOS PELO
MOVIMENTO FEMINISTA COMO UMA
OPORTUNIDADE DE PROMOVER O DEBATE
PÚBLICO, ESCLARECER ARGUMENTOS A FAVOR
DA DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO E
PERMITIR À IMPRENSA A PUBLICAÇÃO DE
ARTIGOS E EDITORIAIS FAVORÁVEIS.
CRIOU-SE UM AMBIENTE PARA UMA
ACEITAÇÃO PROGRESSIVA DE UMA
LEGISLAÇÃO MAIS LIBERAL QUE INCLUIRIA
OUTRAS CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE O ABORTO
SERIA PERMITIDO. A Norma Técnica para o aborto em
casos de estupro e risco dee vida para a mãe é considerada por muitos
como o principal avanço da década em termos de saúde e direitos
reprodutivos. A lei do aborto mudou pouco, mas os serviços de aborto
em casos de estupro e risco de vida da mulher expandiram-se
rapidamente. A MAIORIA DOS ESTUDIOSOS
CONSIDERA QUE AGORA SOMENTE EXISTE UMA
ÚNICA REFORMA PRINCIPAL QUE DEVE SER
TENTADA: A COMPLETA LEGALIZAÇÃO DO
ABORTO".
 
 
A International Women Health Coalition, ou IWHC, uma das
organizações que financiam o trabalho do Grupo Curumim, distribui
um manual de estratégias para as organizações feministas onde se
explica como é possível, a partir dos poucos casos existentes em
quase todos os países em que a prática do aborto é permitida,
promover um maior acesso aos serviços de aborto, "TANTO OS
ABORTOS LEGAIS COMO OS ILEGAIS". O manual
menciona, entre outras possibilidades, a de "ASSEGURAR A
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AO MÁXIMO
PERMITIDO PELAS LEIS EXISTENTES", e
"AMPLIAR A DEFINIÇÃO DO QUE CONSTITUI
UM PERIGO DE VIDA PARA A VIDA DA
MULHER", que é exatamente o que está sendo feito através de
casos habilidosamente explorados como o de Recife.
 
Está aí o motivo por que se mente tanto, e de caso pensado por quem
as promove. Os médicos que se calam apesar de saberem a verdade
destas coisas o fazem porque não encontram um ambiente politicamente
correto para dizer o que sabem. Os médicos, funcionários de ONGs
e jornalistas que sabem que estão mentindo o fazem porque estão, de
caso pensado, através de uma estratégia desenhada fora do Brasil,
ampliando propositalmente o significado do conceito do risco de vida em
casos de aborto.
 
Vejamos o que diz a este respeito o Manual de Estratégias da
IWHC:
 
"Em quase todos os países o aborto provocado é legal em pelo menos
algumas condições. Este fato, unido à letra e o espírito dos
acordos de direito internacional, oferece bases sólidas para as
ações que buscam incrementar o acesso aos serviços, liberalizar as
leis e os regulamentos. Os esforços de grupos de mulheres, de
profissionais da saúde e de líderes políticos que alcançaram um
progresso notável em muitos países no desafio às leis restritivas e
na oferta de serviços de aborto seguro para as mulheres levam a uma
série de conclusões que podem ser úteis. A primeira é que
assegurar a prestação de serviços até o máximo permitido pelas leis
existentes é uma ajuda para abrir o caminho a um acesso mais amplo.
OS PROVEDORES DE SERVIÇOS DE ABORTO
PODEM FAZER USO DE UMA DEFINIÇÃO MAIS
AMPLA DO QUE CONSTITUI UM PERIGO PARA A
VIDA DA MULHER. Podem por exemplo levar em consideração
o risco de morte que ela já corre quando procura um aborto clandestino
ou quando tenta abortar por sua própria conta. Podem também
considerar o estupro conjugal como uma razão justificável para
interromper a gravidez em termos da cláusula do aborto em caso de
estupro. Profissionais feministas da saúde e ativistas de várias
cidades do Brasil tem estado trabalhando desde o início dos anos 90
com faculdades de medicina e com os sistemas municipais de saúde para
aumentar o conhecimento da lei e mudar os currículos dos cursos de
capacitação".
 
 
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8. RAPTO E ABORTO NA NICARÁGUA.
 
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Em fevereiro de 2003, no Hospital de Turrialba, na Costa
Rica, alguns médicos descobriram que uma menina de nove anos estava
grávida de quatro meses. Seus pais eram nicaragüenses que tinham
vindo à Costa Rica trabalhar nas fazendas de café. A menina
chamava-se Rosita. As autoridades suspeitaram do padrasto como sendo
o autor da gravidez, mas quem acabou sendo acusado como estuprador e
reconhecido como tal pela menina foi um jovem costarriquenho casado de
20 anos, chamado Alexis Barquero, que alegou inocência e negou
qualquer envolvimento com Rosita.
 
O caso imediatamente chamou a atenção da imprensa. Os médicos de
Turrialba descartaram que Rosita corresse risco de vida, aconselharam
deixar que a gravidez evoluísse com um monitoramento permanente e que
Rosa não fosse removida imediatamente do Hospital de Turrialba. A
diretora do Patronato Nacional da Infância, PANI, acrescentou
aos meios de comunicação que a equipe podia pronunciar-se deste modo
com plena segurança devido também à sua grande experiência, uma vez
que nos últimos cinco anos haviam atendido mais de três mil casos de
gestação em crianças menores de 14 anos e todas estavam vivas.
 
Os primeiros exames acusaram a presença de duas doenças venéreas em
Rosita. Os médicos convidaram o jovem identificado como estuprador e
também o padrasto de Rosita a que se submetessem a exames para
comprovar ou descartar neles a presença destas mesmas doenças. O
acusado de estupro aceitou e os exames nada comprovaram, mas o padrasto
de Rosita recusou-se a submeter-se aos exames. A recusa acendeu
maiores suspeitas contra o padrasto. As autoridades judiciais foram
avisadas e estas proibiram a sua saída da Costa Rica até que fosse
oficialmente ouvido no julgamento do acusado.
 
Nestes primeiros dias os pais de Rosita se apresentaram com
tranqüilidade à imprensa local, procurando minimizar a situação
vivida pela filha. Declararam diversas vezes que a gravidez "não era
culpa de ninguém", que a menina "em várias ocasiões havia
manifestado o desejo de que o seu filho fosse homem", e comentavam
que, diante do que havia acontecido, desejavam agora voltar o mais
cedo possível à Nicarágua.
 
Foi então que um grupo feminista nicaragüense chamado "Rede de
Mulheres contra a Violência" entrou em contato com os pais e
desencadearam uma nova onda publicitária sobre o drama da menina
Rosita. No início, exigiram que fosse realizado um aborto
terapêutico na menina. Diante da recusa das autoridades médicas e do
Ministério da Família da Costa Rica, que também manifestou-se
de modo contrário, passaram a exigir que Rosita e sua família fossem
repatriados o quanto antes de volta à Nicaragua. Juntamente com oito
outras organizações feministas da Costa Rica, pediram à
Assembléia Legislativa a
 
"DESTITUIÇÃO DA PRESIDENTE DO
PATRONATO NACIONAL DA INFÂNCIA E DO
DEFENSOR DE MENORES, POR CONSIDERAR
QUE FORAM INCAPAZES DE DEFENDER O BEM
ESTAR INTEGRAL DA MENINA. EXIGIRAM O
ESTABELECIMENTO DE UMA COMISSÃO PARA
INVESTIGAR RESPONSABILIDADES NO
DIREITO À PRIVACIDADE DA MENINA, E
ACUSARAM AS AUTORIDADES DE TEREM
ATENDIDO A MENINA TENDO COMO
PRIORIDADE NÃO COMPROMETER A SUA
GRAVIDEZ. ACUSARAM OS MÉDICOS DO
HOSPITAL DE TURRIALBA DE SOMENTE
QUEREREM INTERROMPER A GRAVIDEZ POR
MEIO DE UM ABORTO TERAPÊUTICO SE A VIDA
DA MÃE CORRESSE PERIGO".
 
 
Mas o pai de Rosita não podia sair legalmente da Costa Rica antes
de ser ouvido no julgamento de Alexis Barquero. Quatro anos depois,
em 2007, o principal jornal da Nicarágua descreveu o que
aconteceu na época segundo um depoimento das feministas realizado para
a imprensa americana:
 
"MARTA MARIA BLANDÓN, DA REDE DE
MULHERES CONTRA A VIOLÊNCIA, DECLAROU
À IMPRENSA AMERICANA: 'NÃO PODÍAMOS
SAIR DA COSTA RICA PORQUE OS PAIS
TINHAM QUE FAZER UMA DECLARAÇÃO
OFICIAL PARA O JULGAMENTO DO
ESTUPRADOR. MESMO COM O ESTUPRADOR DE
ROSITA JÁ PRESO NA CADEIA, O JUIZ
ARGUMENTAVA QUE AS PROVAS CONTRA ELE
ERAM INSUFICIENTES'. AINDA QUE
SOUBESSEM QUE O PAI DE ROSITA ERA
SUSPEITO NO CASO, BLANDÓN ADMITIU NA
ÉPOCA QUE AS FEMINISTAS HAVIAM TOMADO
CONHECIMENTO DE QUE ELE QUERIA FUGIR DA
COSTA RICA: 'NOSSA PRIORIDADE ERA
TIRÁ-LOS DE LÁ, QUE ERA O QUE OS PAIS
QUERIAM', DECLAROU MARTA BLANDÓN. E
MAIS, ELA TAMBÉM ADMITIU QUE HAVIAM
OCULTADO SUAS VERDADEIRAS IDENTIDADES
DAS AUTORIDADES COSTARRIQUENHAS E QUE,
ASSIM QUE ESTABELECERAM CONTATO COM A
FAMÍLIA, AJUDARAM-NOS A SAIR DO PAÍS:
'NO FINAL, TIVEMOS QUE PASSÁ-LOS PELA
FRONTEIRA ESCONDIDOS E DISFARÇADOS,
DEVIDO ÀS AMEAÇAS DO MINISTRO DO BEM
ESTAR DO MENOR'."
 
 
Depois de terem saído da Costa Rica, a menina e seus pais não
foram mais vistos por ninguém. Somente tinham contato com os grupos
feministas e eram mantidos em lugares ignorados. Seu único contato
com o mundo exterior era através de mensagens entregues para serem
publicadas nos jornais, assinadas com uma marca de polegar, já que os
pais não sabiam ler ou escrever, redigidas pelas próprias
feministas. O discurso agora era completamente diferente daquele com
que se haviam apresentado à imprensa costarriquenha. Eram pais
desesperados pela perspectiva de que sua filha morresse, implorando ao
estado o direito de realizar um aborto.
 
Em uma mensagem entregue ao jornal La Prensa, a mãe de Rosa
 
"PEDIA ENCARECIDAMENTE AO POVO
NICARAGÜENSE QUE QUERIA A SUA FILHA
VIVA E NÃO MORTA, MOSTRANDO COM ISSO
QUE ESTAVAM SENDO ENGANADAS E
MANIPULADAS PARA FORÇÁ-LOS A ACEITAR
QUE A MENINA FOSSE SUBMETIDA A UM
ABORTO".
 
 
Segundo o jornal La Prensa, os pais de Rosa chegaram a enviar uma
carta pessoal ao Presidente da República Enrique Bolaños, que
depois foi também divulgada pela mídia. La Prensa relata deste modo
o seu conteúdo:
 
"'ESTAMOS NO MOMENTO VIVENDO UMA
SITUAÇÃO DE PERSEGUIÇÃO POR PARTE DO
MINISTÉRIO DA FAMÍLIA, QUE DECLAROU
PRETENDER SOLICITAR A TUTELA DE NOSSA
FILHA, RAZÃO PELA QUAL, APESAR DE
ESTARMOS AGINDO DENTRO DA LEI,
SENTIMO-NOS AMEAÇADOS E ENCURRALADOS
POR ESTE MINISTÉRIO E PELA NEGLIGÊNCIA
DAS AUTORIDADES DO MINISTÉRIO DA
SAÚDE', DIZ A MENSAGEM MOSTRADA PELOS
DIRIGENTES DA REDE. NESTA CARTA, EM QUE
PUSERAM AS IMPRESSÕES DIGITAIS COMO
ASSINATURA, EXPLICAM QUE VOLTARAM DA
COSTA RICA 'COM A ESPERANÇA DE PODER
RESOLVER A SITUAÇÃO TÃO DOLOROSA EM QUE
NOS ENCONTRAMOS E SOBRETUDO COM A IDÉIA
DE QUE AQUI PODERÍAMOS ENCONTRAR UMA
MAIOR ATENÇÃO PARA NOSSA FILHA. A
MENINA NÃO DESEJA CONTINUAR COM A
GRAVIDEZ E NÓS, COMO PAIS DA MESMA,
TAMPOUCO QUEREMOS QUE ELA VIVA ALGO TÃO
DOLOROSO E DE ALTO RISCO QUE PODERÁ
LEVÁ-LA ATÉ A MORTE', ACRESCENTARAM OS
PAIS DA CRIANÇA ESTUPRADA NA COSTA
RICA".
 
 
Em outra carta entregue no dia 14 de fevereiro à Procuradoria
Especial da Criança e da Adolescência, também publicada pelo
diário La Prensa, os pais afirmam que
 
"O QUE NOSSA FILHA NOS DIZ É QUE NÃO
DESEJA MORRER. E NÓS NÃO QUEREMOS
PERDÊ-LA. SABEMOS QUE SE ELA TEM APENAS
9 ANOS DE IDADE, SE PROSSEGUIR COM A
GRAVIDEZ PODE VIR A FALECER. POR ISSO
ROGAMOS AOS SRS. QUE NOS AJUDEM A
TERMINAR COM ISSO, NOSSA FILHA NÃO PODE
CONTINUAR COM A GRAVIDEZ E ESTÁ DOENTE
DE OUTRAS INFECÇÕES QUE NÃO PODEM SER
TRATADAS DURANTE O ESTADO GESTACIONAL.
NÓS, NA QUALIDADE DE PAIS, TEMOS A
RESPONSABILIDADE DE BUSCAR A AJUDA
NECESSÁRIA PARA SALVAR A VIDA DE NOSSA
FILHA".
 
 
Mas não era verdade que havia qualquer negligência por parte das
autoridades da saúde.
 
"DESDE QUE A MENINA ENTROU NA
NICARÁGUA, COM EXCEÇÃO DA REDE DE
MULHERES E DO PROCURADOR DA DEFESA DOS
DIREITOS HUMANOS, [O QUAL ERA A ÚNICA
AUTORIDADE NICARAGÜENSE QUE HAVIA
OFERECIDO APOIO TOTAL ÀS AÇÕES DAS
FEMINISTAS], ROSA NÃO MAIS FOI VISTA
NEM SE SOUBE ONDE ESTAVA. O MINISTÉRIO
DA FAMÍLIA, A QUEM SEGUNDO A LEI
CORRESPONDERIA SUA PROTEÇÃO E ATENÇÃO,
NÃO PÔDE CONSEGUIR QUE SE LHE
INFORMASSE O LUGAR ONDE SE
ENCONTRAVA".
 
 
Quando a Rede de Mulheres passou a exigir a realização do aborto e
a avaliação de uma comissão de médicos, a cúpula do Ministério
da Saúde e os grupos pró aborto se reuniram, o Ministério colocou
à disposição da menina um apartamento especial e privativo na
principal maternidade da Nicarágua e os quinze maiores obstetras da
Nicarágua se ofereceram para examinar a menina sem qualquer custo.
Prevendo que estes médicos chegariam à mesma conclusão que os da
Costa Rica, os grupos a favor do aborto recusaram tanto o hospital
como os quinze médicos e pediram ginecologistas todos mulheres. O
Ministério da Saúde atendeu a exigência, mas a avaliação não
agradou a nenhum lado. As médicas não mencionaram nenhum risco de
vida, mas limitaram-se a dizer que naquele caso haveria riscos mais ou
menos equivalentes tanto se fosse realizado um aborto como se a gravidez
fosse levada a termo. Aparentemente elas não quiseram decidir, mas
apenas avaliar o quadro e deixar que talvez alguma autoridade mais
graduada do Ministério da Saúde tomasse a decisão. Enquanto se
aguardava para as próximas horas algum pronunciamento, aconteceu o
inesperado. Os grupos a favor do aborto tiraram furtivamente a menina
do hospital e a levaram novamente a um paradeiro desconhecido. No dia
seguinte anunciaram à imprensa que se não conseguissem imediatamente
uma clínica clandestina para realizar o aborto, já estavam com tudo
pronto para levar a pequena Rosa e seus pais para Cuba, onde seriam
realizados os procedimentos.
 
No dia 20 de fevereiro Juanita Jiménez, advogada da Rede de
Mulheres contra a Violência, declarou ao jornal La Prensa que o
Departamento de Migração e Negócios Estrangeiros já havia
concedido as licenças para que os pais e a criança viajassem para
Cuba:
 
"'OS PAIS ESTÃO VERDADEIRAMENTE
DISPOSTOS A SALVAR A VIDA DE SUA FILHA A
QUALQUER CUSTO E SE TIVEREM QUE VIAJAR
E RESOLVEREM O CASO NO ESTRANGEIRO,
IRÃO FAZÊ-LO O MAIS TARDAR AMANHÃ',
AFIRMOU JIMÉNEZ".
 
 
Finalmente, não foi necessário ir para Cuba. Três médicos cujos
nomes nunca foram revelados realizaram o aborto de Rosa em uma clínica
cujo endereço também jamais foi revelado. As autoridades
costarriquenhas haviam solicitado que, qualquer que fosse o desfecho,
o produto do aborto fosse enviado para realizar os exames de DNA
necessários para fornecer a prova para a condenação do jovem Alexis
Barquero, preso nos cárceres da Costa Rica. Mas os grupos
feministas simplesmente jogaram tudo fora, alegando que a menina já
havia identificado o estuprador e que as suspeitas contra o padrasto de
Rosita não passavam de xenofobia costarriquenha contra imigrantes
nicaragüenses.
 
Rosa e seus pais não voltaram mais a viver em sua terra natal.
Alegando a necessidade de preservar a privacidade da menina,
transferiram-na para um lugar ignorado que só veio a ser conhecido em
meados de 2007 quando, segundo a expressão do portal espanhol de
direitos humanos HazteOir,
 
"O SEGREDO MAIS BEM GUARDADO DA
ORGANIZAÇÃO FEMINISTA REDE DE MULHERES
CONTRA A VIOLÊNCIA FINALMENTE SAIU À
LUZ".
 
O Dr. Sérgio García Quintero, que havia sido nomeado pela lei
nicaragüense representante legal do caso Rosita desde antes da
realização do aborto, declarou ao jornal El Nuevo Diario em
2007 que
 
"FAZIAM TRÊS ANOS QUE O HAVIAM TIRADO
DO CIRCUITO, DESDE A ÉPOCA EM QUE O CASO
OCUPAVA TODAS AS PRINCIPAIS MANCHETES
DOS JORNAIS. ATÉ QUE A MENINA
REAPARECESSE EM 2007, ELE NUNCA MAIS
HAVIA SABIDO DE NADA, NEM POR PARTE DA
REDE DE MULHERES, NEM POR PARTE DOS
FAMILIARES DA MENINA, APESAR DE HAVER
SIDO ENCARREGADO DE SER SEU DEFENSOR
DIANTE DA LEI. A ÚNICA COISA QUE PÔDE
FAZER NESTES ANOS TODOS COMO DEFENSOR
LEGAL FOI ATENDER TELEFONEMAS DE
JORNALISTAS EUROPEUS, SACRIFICANDO
MUITAS NOITES PARA ISSO, PORQUE
LIGAVAM QUANDO ERA DIA NA EUROPA, MESMO
SABENDO QUE AQUI ERA MADRUGADA".
 
 
Mas, embora estivesse em paradeiro totalmente desconhecido, isto não
impediu Rosita de tornar-se uma estrela internacional. A Rede de
Mulheres levou-a, já em meados de março, junto com os seus pais,
ao Chile, de onde através da rede de televisão a cabo, sua
entrevista e sua imagem foi transmitida ao mundo inteiro. A entrevista
era uma apologia ao aborto terapêutico, tomado em um sentido bastante
mais amplo, sem mencionar todas as irregularidades que a história
continha. Mal havia terminado a transmissão, o Conselho Nacional
de Televisão do Chile iniciou um processo legal contra a Televisão
Nacional Chilena por terem apresentado a entrevista. Por este motivo
Rosita e seus pais tiveram que voltar às pressas para a Nicarágua.
 
 
Os pais de Rosita não sabiam ler nem escrever, mas com a ajuda de
uma escritora e jornalista, prestaram um depoimento de que resultou um
livro sobre o caso da menina que percorreu a América de língua
espanhola. No livro os pais descreviam os detalhes de como Alexis
havia pouco a pouco conquistado a confiança de Rosita e finalmente a
havia violado quando ela foi buscar em sua casa algumas tangerinas.
 
 
Logo após o aborto, a Rede de Mulheres iniciou uma campanha
intitulada "Também Quero ser Excomungada", com o objetivo de
coletar 26 mil assinaturas de pessoas que não haviam participado do
caso, mas que estavam de acordo com o aborto, as quais seriam enviadas
ao Vaticano e à Igreja da Nicarágua pedindo ao Santo Padre
excomunhão para os assinantes.
 
 
No dia 8 de março de 2005, Dia Internacional da Mulher,
estreava em Manágua o filme 'A História de Rosa', dirigido por
Florence Jaugey, da produtora francesa Camile Films, financiado
pelo Fundo das Nações Unidas para Atividades Populacionais e pelo
IPAS, uma organização sediada na Carolina do Norte que é hoje
a principal agência internacional para a promoção do aborto
clandestino. O IPAS ministra no Brasil, com a conivência do
governo federal e nas principais maternidades públicas do país,
cursos de técnicas aborto provocado para aproximadamente mil novos
médicos por ano. O documentário de Jaugey 'A História de
Rosita' foi posteriormente exibido em 15 festivais de cinema e
ganhou vários prêmios internacionais. O importante na História de
Rosa, afirmava Florence Jaugey,
 
"É QUE HOJE A MENINA VIVE FELIZ JUNTO
AOS SEUS PAIS, EM ALGUM LUGAR DA
NICARÁGUA".
 
 
Finalmente, e não menos importante do que tudo isso, as feministas
resolveram revelar, em uma entrevista a uma publicação especializada
nos Estados Unidos, o que na verdade haviam pretendido com tudo
isto. Afirma Marta María Blandon, representante da Rede de
Mulheres contra a Violência, em uma entrevista em inglês ao
Women's Health Journal, que
 
"O MOVIMENTO HAVIA IMEDIATAMENTE
PERCEBIDO QUE AQUELA ERA A OCASIÃO
CERTA PARA PROMOVER UMA INTERPRETAÇÃO
LEGAL MAIS AMPLA DO ABORTO
TERAPÊUTICO".
 
"DESAFIAMOS COM ÊXITO A DOIS ESTADOS",
 
afirma Marta Blandón ao Women´s Health Journal.
 
"DESDE O PRINCÍPIO FOI DESENVOLVIDA
UMA ESTRATÉGIA PELOS MEMBROS DO GRUPO
DE APOIO, CRIADO E LIDERADO PELA REDE
DE MULHERES CONTRA A VIOLÊNCIA E MUITAS
OUTRAS ORGANIZAÇÕES COM MUITA
EXPERIÊNCIA NESTES ASSUNTOS. A
COALISÃO DO MOVIMENTO DE MULHERES
PERCEBEU QUE AQUELE ERA O MOMENTO CERTO
PARA PROMOVER UMA LEGISLAÇÃO MAIS
ADEQUADA PARA O ABORTO TERAPÊUTICO E
EXIGIR QUE O ESTADO ASSUMISSE A
RESPONSABILIDADE DO CASO ROSITA".
 
 
Finalmente, em agosto de 2007 Rosita e seus pais apareceram, mas
não através da Rede de Mulheres contra a Violência. A
companheira do padrasto de Rosita, movida pelo ciúme, denunciou às
autoridades policiais que a filha, já com 14 anos de idade, havia
engravidado novamente e que o bebê já tinha um ano e meio. O pai do
bebê era seu próprio companheiro. O fato chamou a atenção dos
repórteres do jornal El Nuevo Diário, que saíram à procura do
homem e chegaram a encontrá-lo vários dias antes que as autoridades
policiais tivessem conseguido fazê-lo. A primeira coisa que os
repórteres perguntaram ao Sr. Francisco era se a Rede de Mulheres
já sabia do caso. Francisco respondeu enigmaticamente:
 
"HÁ MUITAS COISAS QUE ELAS SABEM.
PERGUNTE A ELAS MESMAS. HÁ MUITAS
PERGUNTAS QUE ELAS DEVEM RESPONDER".
 
Enquanto El Nuevo Diário estêve investigando os fatos, a Rede de
Mulheres havia criado todo tipo de obstáculos para que ninguém
pudesse aproximar-se de Rosita ou de sua mãe. Os repórteres haviam
descoberto que elas haviam se mudado para um albergue da Rede de
Mulheres chamado "Ação Já". Perguntado a respeito, Francisco
acusou a Rede de
 
"ESCONDER SUA MULHER PARA EVITAR O FIM
DE MEIAS VERDADES".
 
 
Diante do escândalo provocado pelas revelações de El Nuevo
Diário, a Ministra da Família expediu ordem para remover Rosita
do albergue para um centro de Proteção Especial. A Ministra
acusou publicamente a Rede de Mulheres não só de haver ocultado um
crime contra a menor de idade como também de atrapalhar o trabalho de
proteção dos menores.
 
 
A Rede de Mulheres respondeu que não entregaria Rosita porque,
segundo elas, a menina estaria mais segura no albergue do que em
qualquer centro indicado pelo Ministério da Família.
 
A Ministra retrucou que se a Rede impedisse a remoção estaria
incorrendo em ilícito penal por obstaculizar o trabalho das
autoridades. Acrescentou que a Rede tinha conhecimento do abuso a que
a menor havia sido submetida e mesmo assim haviam ocultado o crime.
"Onde há uma menor grávida, existe presunção de delito", disse
a Ministra. E mais:
 
"A ORGANIZAÇÃO QUE SE COMPROMETE A
PROTEGER OS DIREITOS DE UMA MENOR SABE
DESTAS COISAS. A MENINA JÁ TEM UM BEBÊ
DE UM ANO E MEIO. OS FATOS ESTÃO AÍ.
ELAS SABIAM QUE TINHA HAVIDO UM DELITO.
SABIAM QUE A MENINA TINHA UM FILHO DE UM
ANO E MEIO. PORTANTO O DELITO ERA
EVIDENTE. E DURANTE TODO ESTE TEMPO
FICARAM CALADAS".
 
"NÃO ACEITAMOS ESTA ORDEM",
 
respondeu a Rede de Mulheres.
 
"É UMA ORDEM SEM FUNDAMENTO LEGAL.
TRANSFERIR A MENOR DE ONDE ELA ESTÁ
SIGNIFICA CORRER RISCOS QUE ESTÃO
PREVISTOS PELOS TRATADOS
INTERNACIONAIS".
 
 
A Assembléia Legislativa Nacional interveio ameaçando privar a
Rede de sua personalidade jurídica caso se mantivessem em uma atitude
de desobediência para com o Ministério da Família.
 
 
Finalmente a Rede teve que ceder e devolver a menina porque legal e
politicamente não tinham outra opção, mas exigiram que a menor
estivesse sob a supervisão de uma psicóloga da Rede. Através da
Sra. Violeta Delgado, a Rede também criticou o Estado da
Nicarágua por ter-se desinteressado do caso Rosita desde o momento
em que a menina foi vítima do primeiro assédio sexual. "Tivemos que
assumir a responsabilidade de acompanhar a Rosita durante quatro anos
porque ninguém mais o fêz", afirmou Violeta. Criticou também o
Estado da Nicarágua por "não ter movido um dedo para acompanhar o
julgamento contra o costarriquenho que supostamente havia violado a
menina antes do aborto".
 
 
O que é fantástico nestas acusações é que a própria organização
poderia ter resolvido em um instante a questão da culpa do estuprador
costarriquenho se tivesse entregado os fetos abortados para os exames de
DNA. Eles sabiam que o padrasto de Rosita era um dos suspeitos de
haver violado a menina e que estava impaciente para fugir da Costa
Rica. Mesmo assim eliminaram as provas do crime. Em setembro de
2007 La Prensa publicou uma matéria em que comentava-se que o
quanto era inacreditável o fato de que uma das colaboradoras mais
próximas de Marta Boldán e que participou de tudo era a Sra.
Lorna Norori:
 
"LORNA NORORI É TERAPEUTA
ESPECIALIZADA EM VÍTIMAS DE ABUSO
SEXUAL. É UM FATO BEM CONHECIDO QUE EM
MUITAS CIRCUNSTÂNCIAS O VIOLADOR É
ALGUÉM PRÓXIMO À VITIMA, GERALMENTE UM
PARENTE. COMO PODE SER QUE UM
ESPECIALISTA NESTA ÁREA NÃO SOUBESSE
QUE PODERIA ESTAR AJUDANDO O VIOLADOR A
ESCAPAR DAS AUTORIDADES?"
 
 
Já antes das revelações de El Nuevo Diario, a história de
Rosita não convencia mais nicaragüenses e costarriquenhos. Apesar
de claramente reconhecido pela menina e dos ensaios, documentários e
filme que apresentaram a primeira versão do estupro ao mundo inteiro,
um mês antes do súbito reaparecimento de Rosita, Alexis Barquero
foi julgado na Costa Rica e absolvido. É ele mesmo quem fala sobre o
que passou durante aqueles quatro anos:
 
"FOI UMA DESGRAÇA. OS TRÊS MESES QUE
PASSEI NA CADEIA OS OUTROS PRESOS
QUERIAM ACABAR COMIGO PORQUE
ACREDITARAM QUE HAVIA FEITO AQUILO.
PERDI MEU TRABALHO, AS PESSOAS ME
ACUSAVAM, TIVE QUE MUDAR PARA LONGE,
MINHA VIDA SE TRANSFORMOU EM UM
INFERNO. CHEGUEI A PENSAR EM
SUICÍDIO".
 
 
Desde 2003, como conseqüência do caso Rosita, iniciou-se um
aumento considerável dos números de casos de aborto terapêutico na
Nicarágua. As clínicas de aborto clandestinas já não mais faziam
abortos tão clandestinos. As clínicas passaram a oferecer a
possibilidade de realizar abortos terapêuticos para qualquer mulher,
por qualquer razão, com o único requisito de apresentar sua
assinatura, a assinatura do cônjuge ou do parente mais próximo e as
de outros três médicos. Este fato provocou o início de um debate,
no princípio abafado pela imprensa, mas depois incontenível, no qual
médicos a favor da vida, como o Dr. Mauricio Herdócia, alertavam
a população que
 
"PARA JUSTIFICAR O ABORTO, OS
ABORTISTAS INVENTARAM UMA GRANDE
QUANTIDADE DE FALSOS ARGUMENTOS E
ACRESCENTARAM O TERMO TERAPÊUTICO PARA
ENGANAR E CONFUNDIR AS PESSOAS. O
COLÉGIO DE CIRURGIÕES DOS ESTADOS
UNIDOS É BEM CATEGÓRICO AO AFIRMAR QUE
'TODO MÉDICO QUE PRATICA UM ABORTO MAL
CHAMADO DE TERAPÊUTICO OU IGNORA OS
MÉTODOS MODERNOS PARA TRATAR AS
COMPLICAÇÕES DE UMA GRAVIDEZ OU NÃO
QUER PERDER TEMPO PARA UTILIZÁ-LOS'".
 
 
Em abril de 2006 o tema do aborto terapêutico entrou em debate no
legislativo. Seria discutida uma proposta parlamentar, já antiga de
muitos anos mas que nunca entrava na pauta, para eliminar
definitivamente a figura do aborto terapêutico da legislação
nicaragüense.
 
Em outubro de 2006 houve uma gigantesca marcha popular pelas ruas
de Manágua exigindo que os parlamentares extinguissem o aborto
terapêutico da legislação nicaragüense. Os grupos feministas
convocaram uma marcha paralela mas, segundo a imprensa local, a
diferença de presentes foi de 20 mil para apenas duzentos. O
próprio presidente Enrique Bolaños, que havia recebido em 2003
cartas pessoais dos pais de Rosita mas havia-se posicionado diante do
caso de uma maneira insegura, em 16 de outubro enviou um requerimento
à Assembléia pedindo que a revogação do aborto terapêutico fosse
tratada como medida de urgência. A imprensa acusou políticos de
terem-se tornado a favor da vida e contrários ao aborto terapêutico
por interesse nos votos. O ONU, os governos do Canadá, da
União Européia e de vários países da Europa enviaram documentos
à presidência da Assembléia pedindo que o aborto terapêutico não
fosse revogado. Mas no dia 26 de outubro de 2006, por 52
votos a favor e nenhum contra, 9 abstenções e 29 ausências, o
Parlamento da Nicarágua aboliu a figura do aborto terapêutico no
país. O deputado liberal Wilfredo Navarro, membro da Comissão de
Justiça da Assembléia, explicou que
 
"NOSSO COMPROMISSO ERA ELIMINAR O
ABORTO TERAPÊUTICO DA LEGISLAÇÃO
PORQUE ESTA FIGURA NÃO PASSAVA DE UM
PRETEXTO DE QUE ALGUMAS ORGANIZAÇÕES
ESTAVAM SE UTILIZANDO PARA PROMOVER O
CRIME DO ABORTO".
 
 
E um ex Ministro da Família também declarou:
 
"FICOU LUMINOSO PARA TODOS QUE O ABORTO
TERAPÊUTICO ERA O PRETEXTO QUE
PERMITIA A PRÁTICA DO ABORTO POR
QUALQUER MOTIVO. A PASSEATA CONTRA O
ABORTO TERAPÊUTICO FICARÁ NA HISTÓRIA
PELO MAR DE GENTE QUE HOUVE, E LOGO EM
SEGUIDA A ASSEMBLÉIA RECEBEU UM ABAIXO
ASSINADO CONTENDO 290 MIL ASSINATURAS
PEDINDO AOS PARLAMENTARES A SUPRESSÃO
DO ABORTO TERAPÊUTICO DO CÓDIGO
PENAL".
 
Em novembro de 2007 Francisco, o padrasto de Rosita, foi
julgado e condenado a 30 anos de prisão por duas violações, a da
Costa Rica em 2003 e as seguintes da Nicarágua, de que havia
nascido um filho agora já de quase dois anos. No momento de sua
captura, no meio do ano, Francisco apenas admitiu a segunda gravidez
de Rosita, depois comprovada pelo exame de DNA. Antes do
julgamento confessou que também havia sido o pai da criança abortada.
Durante o julgamento Rosita pediu publicamente perdão ao jovem
costarriquenho que durante quase quatro anos havia acusado de tê-la
estuprado.
 
 
O site da Fundación Vida vai mais além e afirma que no início de
novembro, pouco antes do julgamento, Francisco reconheceu para a
imprensa que havia sido o pai do bebê abortado em 2003, afirmando
também que a mãe de Rosita o sabia e que juntos autorizaram a
prática do aborto. Francisco também afirmou que a Rede de Mulheres
contra a Violência, que promoveu a sua fuga da Costa Rica para
conseguir o aborto na Nicarágua, também sabia de sua relação com a
menina. O aborto da menor foi realizado em segredo por médicos
contratados pela Rede de Mulheres, mas o feto que permitiria
descobrir quem havia sido o estuprador não foi entregue para realizar
os exames de DNA.
 
A Associação Nicaragüense de Direitos Humanos abriu um processo
contra nove integrantes da Rede de Mulheres contra a Violência em
que estas são acusadas de prática ilegal de aborto, contrariamente ao
parecer médico científico técnico do Ministério da Saúde, em uma
clínica clandestina, com a facilitação de todos os meios materiais e
intelectuais para a realização do crime. Também são acusadas de
ocultar o crime de estupro, ao destruir e fazer desaparecer os restos
mortais do bebê abortado que continham em seu sangue o DNA que
permitiria identificar seu progenitor. "A situação é tanto mais
grave quanto maior foi a cultura e a capacitação profissional das
denunciadas, o que lhes permitia saber que a prova de DNA seria a
única via para determinar a responsabilidade penal do estuprador".
 
A acusação acrescenta também que no período compreendido entre
fevereiro de 2003 e julho de 2007 os integrantes da Rede
puderam acompanhar Rosita, a sua mãe e seu padastro, aos quais
mantiveram economicamente. "Proporcionavam-lhes bens móveis e
imóveis e, segundo testemunhas, vizinhas do lugar, as mulheres do
coletivo da Rede, sabiam que Rosita estava grávida e que era vítima
de abuso sexual de seu padrasto, e ocultaram estes fatos".
 
Inicialmente a Rede de Mulheres defendeu-se afirmando que Francisco
havia enganado a todos e que, embora estivessem constantemente com a
família, "era impossível saber o que estava se passando".
 
Mas depois que a Associação de Direitos Humanos moveu as ações
mencionadas, mudaram de discurso e passaram a afirmar
 
"SEREM VÍTIMAS DE UMA PERSEGUIÇÃO
POLÍTICA DO GOVERNO SANDINISTA CUJO
OBJETIVO É IMPEDIR QUE DESEMPENHEM O
PAPEL DE PROTAGONISTAS NA DEFESA DOS
DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES E DA
INFÂNCIA, ATRAVÉS DE NUMA CAMPANHA DE
DESMORALIZAÇÃO".
 
 
Nas palavras de Carlos Polo Samaniego, analista internacional do
Population Research Institute,
 
"a Rede de Mulheres utilizou-se de Rosita como de um caso
emblemático para promover a nível internacional a despenalização do
aborto como algo supostamente indispensável para salvar a vida de
muitas mulheres. Fizeram-se documentários, ensaios, livros e
numerosas manifestações em diversas cidades da América e da Europa
para estabelecer este "direito" da mulher. Nestes eventos o padrasto
e a mãe de Rosa sempre apareceram apoiados pelas feministas pedindo
justiça para sua filha e a condenação para o estuprador. Em uma
destas ocasiões muito celebradas pelas feministas, o padrasto afirmou
que se tivesse tido o estuprador diante de si, o teria matado com suas
próprias mãos. Em Manágua as autoridades estabeleceram que os pais
teriam a liberdade de tomar esta decisão e rotularam como
"terapêutico" a este aborto. Em seguida as feministas publicaram
aos quatro ventos que o aborto havia sido a melhor solução para a
menina de 9 anos e que, segundo seus pais, "havia voltado às suas
bonecas e era novamente feliz". Ainda que estas coisas estivessem em
contradição com o que de fato ocorria, as feministas da Rede
pensaram que tudo iria passar desapercebido para a opinião pública.
Nunca imaginaram que um trabalho jornalístico mais profundo como o de
El Nuevo Diário iria mostrar a todos como Rosita continuou vivendo
em um inferno e o aborto não havia resolvido seus problemas. Os fatos
de 2003 mostram que a Rede somente se preocupou com o objetivo
político de impor a legalização do aborto. Como conseqüência,
Rosita continuou exposta todo o tempo à agressão sexual. Tudo isto
pode ser matéria de processo penal contra a Rede de Mulheres por
parte do Ministério da Família e é isso o que a Rede mais teme
atualmente. Chama a atenção que enquanto El Nuevo Diario esteve
investigando os fatos, a Rede colocou todo tipo de obstáculo para que
ninguém pudesse aproximar-se de Rosita ou de sua mãe. Depois que
tudo já era público, a Rede negou-se a removê-la de seu albergue
e entregá-la ao Ministério da Família. Finalmente soube-se que
a Rede teve que concordar em devolver a menina porque legal e
politicamente não tinham outra opção".
 
 
No início de 2009 os processos movidos pela Associação de
Direitos Humanos contra os membros da Rede de Mulheres contra a
Violência ainda aguardavam julgamento.
 
=============================
 
9. CONCLUSÃO.
 
=============================
 
O mesmo que aconteceu na Nicarágua agora acontece no Brasil, com o
agravante que nestes casos ambos os pais eram contrários ao aborto.
Tudo indica que foi cometido um crime. Dois bebês de cinco meses
foram abortados contra o consentimento dos pais, o que é crime
tipificado pelo Código Penal. Aproveitando-se do baixo nível
cultural da mãe da vítima e de seu estado de incomunicabilidade com o
mundo exterior, esta foi convencida de que sua filha morreria se não
se submetesse imediatamente a um aborto. Quando uma equipe externa de
médicos e psicólogos se preparava para vir ao seu encontro, foi
removida por grupos militantes a favor do aborto juntamente com médicos
da direção do próprio IMIP para um paradeiro ignorado apenas para
que um aborto que não era necessário para salvar a vida da menor fosse
realizado o mais rapidamente possível. A triste situação da menina
e de seus os pais está sendo vergonhosamente explorado pelas
autoridades públicas para promover o aborto. A imprensa, desviando
as evidências do crime para concentrar toda a atenção do público na
pessoa de um arcebispo, está conscientemente anestesiando a
população para impedi-la de entender os verdadeiros objetivos do que
está sendo feito.
 
O hospital, que afirma possuir equipes multidisciplinares que incluem
ginecologistas, psicólogos e assistentes sociais para acompanhar estes
casos, negou o acesso do Sr. Erivaldo, o pai da menina e totalmente
contrário ao aborto, a qualquer informação qualificada. Atendido a
portas fechadas por uma assistente social que acabava de confessar
diante dos conselheiros tutelares que não possuía qualificações para
responder questões médicas sobre o estado de saúde da menor, o Sr.
Erivaldo foi convencido por esta mesma pessoa que sua filha morreria se
não realizasse imediatamente um aborto e, em seguida, foi
simplesmente dispensado sem poder conversar com mais ninguém. O
diretor do hospital testificou no dia seguinte diante de uma equipe
reunida no Palácio Manguinhos que a menina não corria risco de
morrer e que poderia até levar a gravidez a termo, se lhe fossem dados
os cuidados que seu estado requeria. No Brasil há 30.000
gestação de menores de 14 anos todos os anos, e nenhuma menor que
passou pelo pré natal adequado e teve parto cesariana morreu até hoje
por isso. No entanto os meios de comunicação estão dando a entender
a todo o povo que qualquer menor grávida tem que submeter-se a um
aborto porque sua vida corre risco e que os médicos que abortam um
bebê de cinco meses são heróis. Isto é servir-se, de caso
pensado, da mentira e da desgraça de pessoas simples para enganar o
povo e promover uma prática que é considerada por todos como
assassinato.
 
Os conselheiros tutelares, a partir do momento que compreenderam a
posição de ambos os pais e posicionaram-se em seu apoio, foram
igualmente humilhados e impedidos de conversar com os familiares
internados.
 
Mais significativo é o fato de que foi a própria Assessoria de
Imprensa do Hospital, segundo afirmam os jornais pernambucanos, quem
desencadeou o grande espetáculo midiático que veio em seguida,
repassando à imprensa informações falsas desde o primeiro .
 

63.

= =
2009/10/2 BRASIL: DOIS DEPUTADOS CONDENADOS POR DEFENDER A VIDA
 
Segunda feira, 28 de setembro de 2009

 

A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA
VIDA:

 

Esta mensagem descreve em detalhes como um conjunto de Fundações
internacionais está trabalhando desde o final dos anos 80 para
implantar o aborto totalmente livre no Brasil, como o Partido dos
Trabalhadores e o governo Lula tornaram-se os principais aliados das
organizações internacionais que trabalham para implantar esta prática
no país e como transformaram o projeto da total legalização do aborto
em seus programas de partido e suas metas de governo.

 

A mensagem descreve quais são os próximos planos do governo para
estabelecer no Brasil a cultura da morte e como os parlamentares Luiz
Bassuma e Henrique Afonso, deputados federais eleitos pelo PT,
foram virtualmente expulsos de seu partido no dia 17 de setembro de
2009, acusados de violarem o Código de Ética do Partido por
terem se posicionado contra a legalização do aborto, apresentado
projetos de lei a favor da vida e terem criado, no Congresso Nacional
uma Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar quem
está financiando a promoção do aborto no Brasil. O julgamento
ocorreu na sede do Diretório Nacional do Partido dos
Trabalhadores, coordenado pelo Deputado Ricardo Berzoini,
presidente nacional do PT, e a sentença foi emitida por unanimidade
de 38 votos.

 

O DIRETÓRIO NACIONAL DO PT DECIDIU QUE
DEFENDER A VIDA E POSICIONAR-SE CONTRA
A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO CONSTITUEM
VIOLAÇÕES GRAVES DO CÓDIGO DE ÉTICA DO
PARTIDO DOS TRABALHADORES.

 

A posição oficial do governo Lula e do Partido dos Trabalhadores
é pela completa legalização do aborto no Brasil. Daqui para a
frente, qualquer parlamentar que, como os deputados condenados dia
17 de setembro, se posicionar diversamente, será expulso do
Partido.

 

Os deputados Bassuma e Afonso estão proibidos de participar das
decisões na legenda e na Câmara, estão impedidos de votar e
participar nas Comissões Parlamentares, não poderão votar nem ser
votados nas eleições internas, terão que retirar os projetos de lei
que apresentaram em favor da vida e não poderão posicionar-se mais
publicamente sobre questões relacionadas à defesa da vida. Somente
poderão votar nas decisões que chegarem ao plenário da Câmara, em
conjunto com os votos dos mais de quinhentos colegas restantes. São,
a partir de agora, deputados apenas pelo nome, praticamente
impossibilitados de exercerem a atividade legislativa.

 

Em resposta, o deputado Henrique Afonso desfiliou-se do Partido
dos Trabalhadores na terça feira dia 22 de setembro de 2009, em
ato ocorrido em Rio Branco, capital do Estado do Acre:

 

"COMO O DIRETÓRIO ME PUNE PORQUE EU
TENHO UMA LUTA PELA VIDA? EU NÃO SOFRI
NENHUMA PUNIÇÃO DISCIPLINAR EM NENHUM
LUGAR E ESTOU SENDO OBRIGADO A ME
DESFILIAR DO PT", disse o deputado.

 

Terminado o julgamento, Bassuma afirmou pretender continuar
defendendo a vida mas que, contrariamente a seu colega Henrique
Afosno, não iria deixar o Partido, ao qual está filiado há quinze
anos. Suas declarações não foram veiculadas pelos principais
jornais do Brasil:

 

"EU SOU RÉU CONFESSO. NÃO FAZ SENTIDO
OPTAREM PELA SUSPENSÃO. EM MINHA
DEFESA, [QUE O PARTIDO NÃO PERMITIU QUE
FOSSE GRAVADA], DISSE QUE HAVERIA DUAS
DECISÕES: OU A ABSOLVIÇÃO OU A
EXPULSÃO. VOU CONTINUAR DEFENDENDO O
DIREITO À VIDA E CONTRA O ABORTO", afirmou
Bassuma, reiterando que não irá cumprir a pena aplicada pelo PT.

 

Entretanto, na segunda feira dia 28 de setembro, Luiz Bassuma
voltou atrás na decisão de não deixar o Partido, e oficializou seu
pedido de desfiliação, tanto na justiça eleitoral como no diretório
municipal petista.

 

 

A condenação dos Deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso,
acusados de violar a Ética Partidária, apenas por terem defendido a
vida e terem se manifestado contra o aborto, pretende servir como
punição exemplar e prepara o terreno para que o governo brasileiro
possa anunciar, antes do fim do ano, a imposição de novas medidas
para avançar a agenda da implantação do aborto totalmente livre no
país.

 

Peço aos que receberem esta mensagem, rica em detalhes, que a leiam
em toda a sua integridade, e a reenviem para toda a sua lista de
contatos.

 

No final desta mensagem explico o que podemos fazer e como os que a
receberem podem posicionar-se diante dos parlamentares, do Governo
Federal e do próprio Partido dos Trabalhadores.

 

Não existe melhor remédio contra a ditadura do que dar a conhecer ao
ditador o quanto todos estão acompanhando com detalhes as suas ações
e o quanto as notícias a seu respeito estão sendo difundidas em todo o
mundo. Isto sempre tem produzido os resultados mais extraordinários.
É deste modo que se tem defendido eficazmente os direitos humanos, o
estado de direito e a democracia.

 

O BRASIL ESTÁ ENFRENTANDO O MAIOR
ATAQUE JÁ DESENCADEADO CONTRA A
DIGNIDADE DA VIDA HUMANA QUE JÁ HOUVE
EM SUA HISTÓRIA. O problema transcende o próprio Brasil
e representa o coroamento de investimentos estrangeiros de várias
décadas que pretendem impor o aborto não só ao Brasil como também a
toda a América Latina e a todo o mundo.

 

Agradecemos a todos pelo imenso bem e pelo que estão ajudando a
promover.

 

ALBERTO R. S. MONTEIRO

 

================================================

 

Preocupo-me profundamente pela defesa da dignidade da vida humana, e
é por isso que estou lhe escrevendo. Caso não queira receber minhas
mensagens, por favor, escreva sob o título REMOVER para

 

 

================================================

 

Leia a seguir:

 

1. O QUE ACONTECEU

 

2. PARTIDO PROCURA IMPEDIR A
DIVULGAÇÃO DO JULGAMENTO

 

3. A CPI DO ABORTO.

 

4. DE ONDE VEM O MOVIMENTO MUNDIAL A
FAVOR DO ABORTO?

 

5. DE ONDE VEM O MOVIMENTO A FAVOR DO
ABORTO NO BRASIL?

 

6. A PARTICIPAÇÃO DO GOVERNO LULA NA
TRAMA INTERNACIONAL DO ABORTO.

 

7. A LEI DO ABORTO NÃO CONSEGUE SER
APROVADA NO BRASIL.

 

8. A EVOLUÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA SOBRE
O ABORTO.

 

9. A IMPOSIÇÃO DA CULTURA DA MORTE.

 

10. OS PRÓXIMOS PLANOS DO GOVERNO.

 

11. O QUE PODE SER FEITO.

 

12. TELEFONES, FAX E MAILS DE
PARLAMENTARES, GOVERNO E PARTIDO DOS
TRABALHADORES.

 

================================================

 

1. O QUE ACONTECEU

 

================================================

 

O Partido dos Trabalhadores, fundado pelo atual presidente do
Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e no qual ele ainda conserva
o cargo de presidente honorário, acaba de condenar os deputados
federais Luiz Bassuma (do Estado da Bahia) e Henrique Afonso
(do Estado do Acre), acusados de violarem gravemente o Código de
Ética do Partido, simplesmente porque eram contra o aborto.

 

Concretamente isto significa que, representando a grande maioria da
população brasileira e também dos militantes petistas, estes
deputados se posicionaram contra o aborto, defenderam a vida desde a
concepção, apresentaram vários projetos de lei contra o aborto no
Congresso Nacional, fundaram e lideraram a Frente Parlamentar a
Favor da Vida e apresentaram um requerimento que pedia a abertura de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar quem estaria
financiando a promoção do aborto no Brasil. Tudo isto, e apenas
isto, representou uma infração contra a Ética Partidária que
mereceu para os dois deputados praticamente a sua expulsão virtual.
Como políticos, agora eles estão impossibilitados de qualquer outra
atividade que não seja a votação no Plenário da Câmara.
Dificilmente poderão vir a ser reeleitos pelo PT ou por qualquer
outra legenda.

 

O julgamento foi presidido pelo próprio presidente nacional do
Partido dos Trabalhadores, o Deputado Ricardo Berzoini, na quinta
feira, dia 17 de setembro de 2009, na sede do Diretório
Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília. A
condenação foi por unanimidade. Uma comissão de 38 membros da
direção nacional do Partido dos Trabalhadores julgou, sem nenhuma
abstenção e sem nenhum voto contrário, que os deputados condenados
violaram gravemente a Ética do Partido ao se posicionarem a favor da
vida. A posição oficial do Partido dos Trabalhadores é pela
completa legalização do aborto.

 

O site oficial do PT está repleto de artigos em apoio à decisão.
Leia-se por exemplo:

 

"Foi com satisfação que recebemos a notícia de que a Comissão
Executiva Nacional do PT acatou o pedido da Secretaria Nacional de
Mulheres do partido e vai avaliar as posturas e procedimentos de dois
deputados federais - Luís Bassuma (BA) e Henrique Afonso
(AC) - em comissão de ética. Os dois parlamentares, há muito
tempo, afrontam a resolução partidária, ratificada pelo 3º
Congresso do PT, de defesa da descriminalização do aborto e a
regulamentação da prática nas unidades do Sistema Único de
Saúde. A defesa do direito ao aborto legal e seguro é uma bandeira
histórica das mulheres petistas. Queremos que se aplique uma
punição adequada a quem contraria abertamente, mas não mais
impunemente, definições políticas do partido. Um mandato
parlamentar não é propriedade daquele que o exerce. O mandato do
Bassuma ou o do Henrique Afonso é, também, um instrumento do
partido, e se utilizar dele para, exatamente, contrariar
posicionamentos políticos do PT é, no mínimo, um erro a ser
avaliado em comissão de ética. Não aceitamos que figuras públicas
do partido emprestem sua imagem a movimentações que vão de encontro a
uma resolução congressual do Partido dos Trabalhadores. Não
aceitamos esse tamanho desrespeito com as mulheres do PT. A
participação desses parlamentares em atos públicos contra a
legalização do aborto precisa ter conseqüências, demonstrando ao
conjunto do partido e da sociedade que o PT leva a sério as
resoluções políticas, a militância e a trajetória histórica que
tem".

 

"A próxima reunião do Diretório Nacional do PT está cercada de
expectativas acerca de uma pauta que já nos trouxe desgastes
indesejáveis, e sobre a qual precisamos encaminhar conclusão, sob
pena de não levarmos a nós mesmos a sério. Trata-se do relatório
da comissão de ética que averigua o comportamento de dois
parlamentares petistas - Luís Bassuma (BA) e Henrique Afonso
(AC) - que, há muito, vêm encaminhando publicamente posições
contrárias às do partido no que se refere à luta pela legalização
do aborto. Os dois deputados não apenas manifestam publicamente
posições contrárias às deliberadas no interior do PT. Mais que
isso, colocam-se como líderes de movimentações nacionais em afronta
a essas resoluções. No caso de Luís Bassuma, sua situação
ficou ainda pior. O deputado é o proponente de uma "CPI do
Aborto", que visa a levar ao extremo a criminalização das mulheres
e retroceder nos direitos já conquistados por elas nesse âmbito.
Portanto, entendemos que a comissão de ética, deve apresentar já
à próxima reunião do DN a recomendação da expulsão dos
parlamentares. Não pode ser outra a conclusão da comissão, pois
está claro que o que vem sendo encaminhado por Bassuma e Afonso se
trata explicitamente de embate contra definições partidárias
históricas e importantes. Na próxima reunião do Diretório
Nacional, esperamos ver definida essa questão, com a preservação
da ética petista que deve ser coroada com a aprovação do Código de
Ética".

 

Apesar de que a petição inicial do processo previa a completa
expulsão dos deputados, o diretório entendeu que seria preferível
suspender temporariamente seus direitos partidários em vez de
expulsá-los, para não transformá-los em heróis que pudessem ser
recebidos como tais pelos demais partidos. Se, em vez disso, eles
viessem a ser expulsos no ano que vem, que será um ano eleitoral, a
lei não permitirá que os deputados sejam recebidos por nenhum partido
e eles ficarão sem mandato. Se ambos decidirem desfiliar-se, como o
fizeram, o Partido poderá requisitar na justiça os seus mandatos.

 

Luiz Bassuma foi suspenso por um ano. Henrique Afonso por três
meses.

 

Em virtude da suspensão, os deputados Bassuma e Afonso estão
proibidos de participar das decisões na legenda e na Câmara, estão
impedidos de votar e participar nas Comissões Parlamentares, não
poderão votar nem ser votados nas eleições internas, terão que
retirar os projetos de lei que apresentaram em favor da vida e não
poderão posicionar-se mais publicamente sobre questões de defesa da
vida. Somente poderão votar nas decisões que chegarem ao plenário
da Câmara, junto com os votos dos mais de quinhentos colegas
restantes. Tornam-se, a partir do julgamento, deputados
praticamente apenas pelo nome, virtualmente impedidos de exercer a
atividade legislativa.

 

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2. O PARTIDO PROCURA IMPEDIR A
DIVULGAÇÃO DO JULGAMENTO

 

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O PT está fazendo o possível para que as notícias do julgamento
não tenham repercussão junto ao público.

 

Isto revelaria aos seus eleitores e ao grande público a verdadeira
face do Partido que ele não quer que seja conhecida. A maioria dos
jornais importantes do Brasil não publicou nada a respeito deste
julgamento, como foi o caso da Folha de São Paulo, ou apenas
algumas pequenas notas marginais. Durante o julgamento o chefe de
gabinete do Deputado Luiz Bassuma, após ter pedido e recebido
permissão para tanto, quis gravar a defesa do deputado, mas foi
expulso aos gritos do recinto pelo próprio Deputado Ricardo
Berzoini, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores,
evidentemente receando as repercussões que a divulgação desta defesa
poderia vir a ter.

 

O Partido dos Trabalhadores tem razão em não querer divulgar estas
informações. Fundado em 1980 pelo atual presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, prosperou e chegou às dimensões atuais
graças ao apoio da Igreja Católica, de suas comunidades eclesiais
de base, de seus teólogos e de sua hierarquia. A maioria dos
militantes do PT são católicos, contrários à legalização do
aborto, assim como uma esmagadora e continuamente crescente maioria do
público brasileiro, os quais não acreditam, mesmo quando se lhes
explica com documentos, que o PT é intransigentemente a favor da
completa legalização do aborto e é o principal aliado, no Brasil,
de poderosas de forças internacionais que trabalham pela promoção do
aborto.

 

Agora não há mais como encobrir os fatos.

 

Alguns poucos comentários que apareceram em alguns blogs dão a
entender o que aconteceria se a notícia se tornasse pública:

 

MARISTELA SOUZA: É realmente um absurdo, como um
partido como o PT age assim? E a liberdade de opinião? Eu sou
totalmente contra o aborto, acho que temos que preservar a vida.
Nunca mais voto no PT.

 

WILSON SOUZA MENDONÇA: Realmente uma absurdo a
posição do PT. Jamais votarei nesse partido.

 

MILENA SANTANA: É um absurdo isso! Não podemos ter
quem lute pelos direitos humanos? Cadê a democracia? Cadê a livre
expressão?

 

VALDEMAR MENEZES: Pessoas religiosas - filiadas, ou
que votam no Partido dos Trabalhadores (PT) - estão indignadas
com a decisão tomada pela Comissão Ética Nacional da agremiação
de suspender, por um ano, os direitos partidários do deputado Luiz
Bassuma (BA) e, por 90 dias, de seu colega Henrique Afonso
(AC), por se posicionarem contra o aborto. Consideram - e com
razão - uma traição do PT aos movimentos sociais religiosos,
sobretudo católicos, que ajudaram a fundar o partido. Se os
dirigentes tivessem um mínimo de sensibilidade e de informação em
relação ao problema religioso verificariam que estão cometendo uma
agressão contra petistas crentes, que consideram esse tema uma
questão de consciência moral. O partido comete não só uma
agressão estúpida contra essas pessoas, mas dá marcha-à-ré na
concepção de organização partidária respeitadora da liberdade de
consciência pisoteando um direito humano fundamental.

 

 

ALAIDE: Eu, como membro do PT, sinceramente estou
envergonhada. Onde está a tão sonhada democracia em que me fez
acreditar o Governo Lula?

 

 

FERREIRA: Vergonhosa essa punição que o PT impôs a
parlamentares atuantes, éticos e compromissados com uma causa tão
fundamental, que é o direito à vida, enquanto figuras execráveis e
corruptas, que envergonharam a História do PT e o colocaram na
lama, como Zé Dirceu, Delúbio Soares, Silvinho Pereira, e
muitos outros, nem sequer foram punidos pelo partido, continuam no
cenário político e, pelo contrário, foram promovidos. Que
liberdade é essa que vivemos?

 

 

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3. A CPI DO ABORTO.

 

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Para o PT, o ato mais imperdoável do Deputado Bassuma foi a
convocação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para
investigar quem está promovendo a implantação do aborto no Brasil.
Se instalada, a CPI descobriria facilmente não apenas que há um
projeto internacional interessado em promover o aborto no Brasil mas,
mais do que isso, a partir do momento em que chegou ao poder, a
cúpula do Partido dos Trabalhadores quis transformar-se no principal
aliado deste projeto, contrariando suas próprias bases eleitorais e os
interesses que ele afirma representar.

 

Tudo começou na quarta feira dia 10 de outubro de 2007, quando
realizou-se na Câmara dos Deputados a terceira audiência pública
para debater o projeto de lei PL 1135/91, o projeto que havia
sido encaminhado em setembro de 2005 pelo governo Lula à Câmara
dos Deputados o qual, se aprovado, extinguiria totalmente a figura do
crime de aborto do Código Penal e tornaria esta prática totalmente
livre, por qualquer motivo, durante todos os nove meses da
gestação.

 

Nesta audiência, o Deputado Luiz Bassuma questionou
contundentemente o projeto do governo e, no final, mencionando o
Ministro da Saúde, denunciou:

 

"Senhor Presidente, no programa televisivo Roda Viva, da TV
Cultura, nosso Ministro da Saúde fez uma declaração grave,
gravíssima. Eu tenho a fita gravada em meu escritório. O Ministro
da Saúde, José Temporão, foi perguntado pelos jornalistas:

 

"Senhor Ministro, [se o aborto for legalizado], como o Brasil
terá condições de financiar [um milhão e meio de] abortos [que
dizem ser feitos todos os anos] se nos hospitais estão faltando
gazes, esparadrapos e os brasileiros em muitos locais não tem
condições de fazer até mesmo um simples exame de sangue?"

 

"Sabe o que o Ministro respondeu, senhor presidente?"

 

"SE O BRASIL LEGALIZAR O ABORTO, NÃO
FALTARÃO PARA ISSO RECURSOS
INTERNACIONAIS".

 

"Ele disse isso. Eu tenho a fita gravada. Isso é gravíssimo. É
gravíssimo, senhor presidente!"

 

[http://www.pesquisasedocumentos.com.br/audienciapublica.mp3]

 

O deputado, posteriormente, referiu-se muitas vezes a este
episódio. O Portal AZ, entrevistando o deputado a este respeito,
divulgou que

 

"O deputado se revoltou com a resposta de Temporão: "Ele
respondeu", disse o deputado,

 

"que se o Brasil legalizar o aborto, não vai faltar dinheiro de
fora. Isso só confirma o que estamos denunciando a anos, de que
existem interesses internacionais. A Fundação Ford e Fundação
Rockefeller patrocinam projetos em países emergentes para controle da
natalidade pelo aborto. Por que o Ministro vai conseguir dinheiro de
fora só para o aborto? Por que não consegue dinheiro para combater a
dengue? Mas para implantar o aborto o dinheiro vem. É uma pergunta
que ele tem que responder e eu indaguei na justiça para ele
responder",

 

declarou o deputado".

 

Por causa desta e de outras declarações do Ministro da Saúde, a
CPI do aborto foi criada na Câmara, a pedido do Deputado Luiz
Bassuma e mais a assinatura de 210 parlamentares, pelo Deputado
Arlindo Chinaglia, no dia 8 de dezembro de 2008.

 

http://www2.camara.gov.br

Chinaglia |Bassuma|

 

Uma semana depois, no dia 16 de dezembro, já acusado de violar o
Código de Ética do Partido, em sua defesa diante da Comissão de
Ética do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, o
Deputado Bassuma explicou o que realmente o havia levado a pedir a
criação da Comissão:

 

"Organismos internacionais europeus e norte-americanos investem
grandes somas de dólares em ONGS, projetos e assessoria a
parlamentares pró-aborto. As principais são: Fundação Ford e
Fundação Rockefeller. O objetivo político é criar obstáculos
para que nosso país seja de fato uma grande superpotência econômica.
O Brasil é ainda um grande país despovoado e mal povoado. Não
chegamos nem a 200 milhões de habitantes, sendo que aqui existe,
terra, água, energia e riqueza para que vivam mais de 1 bilhão de
seres humanos e vivam bem. O próprio Ministro da Saúde José
Temporão em um programa da TV Cultura "Roda Viva" ao responder
a uma pergunta de um jornalista da revista VEJA disse que caso o
aborto venha a ser legalizado no Brasil não faltariam recursos
estrangeiros. Um absurdo tão grande que coletei 200 assinaturas no
Congresso para instalar um CPI para apurar o assunto".

 

 

Mas, desde que foi criada, a CPI do aborto ainda não conseguiu
ser instalada, devido à pressão das organizações não
governamentais que recebem apoio financeiro do exterior para assessorar
os parlamentares brasileiros na promoção da causa do aborto no
Congresso Nacional.

 

A principal destas organizações é o CFEMEA, uma entidade
criada pelos grupos feministas que se orgulham de terem impedido, na
Assembléia Constituinte de 1998, que a Constituição
brasileira reconhecesse o direito à vida desde a concepção.
Fortemente financiada, entre outras, pelas Fundações Ford de
Nova York e pela Fundação MacArthur de Chicago, com apoio da
ONU e do próprio governo brasileiro, o CFEMEA e outros grupos
tem pressionado as lideranças das bancadas dos partidos políticos no
sentido de se recusarem a nomear os parlamentares necessários para a
instalação da CPI, apesar de haver mais de duzentos congressistas
inscritos na Frente Parlamentar em Defesa da Vida, sob o pretexto
de que o verdadeiro objetivo da Comissão seria o de humilhar
publicamente as mulheres que provocaram o aborto, convocando-as a
depor no Congresso Nacional.

 

O site do CFEMEA assim se refere à CPI do Aborto:

 

"A CPI do aborto é uma verdadeira caça às bruxas, nos moldes da
inquisição, que levará as mulheres e suas organizações à
condenação pública, como vivenciado na Idade Média".

 

"A CPI do Aborto, de autoria do Deputado Luiz Bassuma, tem
como objetivo perseguir as organizações feministas e de mulheres,
usando métodos que nos remetem à época em que a razão era
considerada coisa do demônio, consagrando o arbítrio como forma de
deter os avanços da consciência social".

 

 

"Os deputados autodenominados 'defensores da vida' querem agora a
instalação de uma CPI para repetir os métodos da Inquisição,
que condenou milhares de mulheres à fogueira: a Idade Média em
pleno século 21. A representante do CFEMEA, Natália
Mori, declarou ser este um dos momentos mais medievais que já
presenciou".

 

 

Mas diante do que já se sabe que está por trás da promoção do
aborto, estas declarações beiram o puro ridículo. Após todas as
denúncias que já foram feitas até hoje, organizações tão
sofisticadas e bem financiadas como o CFEMEA não conseguem fazer
uso de nenhum outro meio mais inteligente para impedir que se investigue
quem está financiando a promoção do aborto no Brasil e até que
ponto o governo está envolvido com esta agenda internacional, do que
recorrer a argumentos medievais e esconder-se atrás da Inquisição.

 

Para entender o que se esconde por trás da perseguição aos
Deputados Luis Bassuma e Henrique Afonso e, por extensão, a
todos os brasileiros que daqui em diante continuarão a se posicionarem
a favor da vida, é preciso entender de onde vem a pressão pela
legalização do aborto no Brasil, e como o PT e o governo Lula
entraram neste processo.

 

Peço aos que receberem esta mensagem que examinem com atenção o
relato a seguir e se empenhem pessoalmente em divulgar estas
informações. O futuro da democracia no Brasil e na América
Latina depende essencialmente de pessoas como as que estão neste
momento recebendo esta mensagem.

 

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4. DE ONDE VEM O MOVIMENTO MUNDIAL A
FAVOR DO ABORTO?

 

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Sempre houve uma minoria muito reduzida de pessoas que eram a favor da
legalização do aborto, mas o movimento só ganhou a força que possui
hoje graças à iniciativa do mega-bilionário americano John
Rockefeller III. Herdeiro de uma imensa fortuna e de uma extensa
rede de instituições filantrópicas, indeciso sobre como assumir o
comando de uma organização tão complexa em que parecia não haver
espaço nem recursos para nenhuma inovação, sentiu-se atraído nos
anos 50 pela questão ainda emergente da explosão populacional. O
problema poderia ser resolvido promovendo o desenvolvimento educacional
e econômico do terceiro mundo mas, em vez disso, as organizações
Rockefeller resolveram utilizar-se de seus fabulosos recursos para
tentar resolver o problema através do controle direto da natalidade,
dentre os quais o principal método viria a ser o aborto.

 

Em 1952 Rockefeller e mais 26 especialistas em demografia
fundaram em Williamsburg o Conselho Populacional, uma organização
que desencadeou um projeto mundial de controle populacional. O
Conselho Populacional arrastou na sua esteira, imediatamente a
seguir, a imensa Fundação Ford e as próprias organizações
Rockefeller e, a partir de 1990, uma quantidade
extraordinariamente grande de outras e novas fundações
internacionais.

 

O problema, porém, é que John Rockefeller III era um homem de
visão muito curta e não conseguiu perceber que um projeto que, para
ser executado com sucesso, necessitaria incluir a implantação do
aborto totalmente livre como um direito a nível mundial é um projeto
que já nasceu falido, pelo menos pelas seguintes três dificuldades.

 

A primeira dificuldade estava em ter-se verificado, já desde os seus
primórdios, que para que um projeto como este pudesse prosperar,
necessitaria recorrer interminavelmente a práticas
anti-democráticas, as quais teriam que ser executadas em sigilo, com
o mínimo de divulgação por parte da imprensa.

 

Os exemplos são inúmeros, um número tão grande que se torna
impossível enumerá-los aqui, e tantos, que pode-se dizer que todo
processo de implantação do aborto no mundo só foi essencialmente
possível através da prática da anti-democracia. Não preciso
convencer os que promovem o aborto sobre a veracidade desta
afirmação. Os que realmente planejam as ações sabem muito bem que
é assim. Limitado ao jogo limpo e democrático, a questão do aborto
inevitavelmente perde. Nos Estados Unidos cunhou-se a expressão
"rights by steal" para designar o processo, retirada literalmente dos
próprios memorandos dos que promovem o aborto, e que em português se
traduziria aproximadamente como "a obtenção do direito através do
assalto". Um exemplo disso deu-se já no início do movimento pela
legalização do aborto nos Estados Unidos. O primeiro Estado
americano a legalizar o aborto, mas apenas até o terceiro mês de
gestação, foi o Colorado, em 1968. Surgiu em seguida uma
contra reação tão forte nos parlamentos estaduais que ficou claro que
o resultado final do processo que se desdobraria a partir daí seria
claramente a favor da vida. Foi então preciso recorrer à Suprema
Corte de Justiça para que, usurpando as atribuições que deveriam
pertencer ao Legislativo e impedindo o livre debate democrático que
estava em curso, através da apresentação de um caso de estupro
ocorrido no Texas que depois revelou-se falso pela confissão dos
próprios autores, o aborto pudesse finalmente ser amplamente
legalizado, durante todos os nove meses da gravidez, por uma súbita
imposição de cinco dos nove juízes da Suprema Corte. Em janeiro
de 1973, pela célebre decisão Roe x Wade, a Suprema Corte de
Justiça dos Estados Unidos decidiu que o aborto deveria ser legal,
em todo o país, durante todos os nove meses da gravidez, sem
necessidade de que a mulher, do primeiro até o sexto mês,
apresentasse nenhum motivo para pedir o aborto e, a partir daí, do
sexto até o nono mês, bastando apenas que ela apresentasse qualquer
motivo. Ademais, segundo declarou a sentença da maioria,

 

"a Constituição Americana não define o que seja pessoa, mas o uso
da palavra é tal que ela somente pode ser aplicada após o nascimento.
Nada indica que ela possa ter nenhuma aplicação pré-natal
possível. Além disso, deveria ser suficiente observar a grande
divergência de pensamento a respeito da questão sobre quando se inicia
a vida. Sempre houve grande fundamentação para sustentar-se que a
vida somente se inicia após o nascimento. A lei sempre foi relutante
em admitir qualquer teoria de que a vida, tal como a reconhecemos, se
inicia antes do nascimento".

 

 

A absurda sentença já tinha tido um precedente. A Suprema Corte
de Justiça americana já havia sentenciado, cem anos antes,
praticamente a mesma coisa sobre os escravos africanos, um dos motivos
que acabou desencadeando a Guerra de Secessão. Desconsiderando
lições óbvias da História, que ensina que não se podem ocultar
verdades evidentes, o movimento criado a favor do aborto julgava que,
conforme atesta uma ampla literatura, a causa estaria politicamente
encerrada e que o povo americano se conformaria definitivamente com a
sentença. Pode parecer inacreditável, mas os documentos atestam que
os promotores do aborto realmente acreditavam que se a Suprema Corte
havia decretado que não havia vida antes do nascimento, então todos
os americanos acabariam aceitando que não havia vida antes do
nascimento. Mas o próprio recurso ao Poder Judiciário, em uma
causa que deveria pertencer ao legislativo e que estava sendo
intensamente debatida na sociedade, revelou-se tão odiosamente
antidemocrático que, em conjunto com a própria absurdidade da
sentença, acabou por desencadear não o fim da controvérsia, mas a
organização definitiva de um movimento a favor da vida que não parou
mais de crescer até hoje nos Estados Unidos. No Brasil, passados
quase quatro décadas, a imprensa não divulgou ainda, uma única
vez, como o judiciário americano obrigou todos os estados da
federação a instituir o aborto livre e legal durante todos os nove
meses da gravidez, diante do espanto geral dos que compreenderam o que
estava acontecendo, pois a possibilidade de legalizar-se o aborto
durante todos os nove meses da gravidez era um assunto que jamais havia
sido nem debatido nem tampouco pensado na sociedade estadunidense.
Proliferam hoje no país clínicas especializadas em aborto de último
trimestre. A mídia brasileira não divulga estas notícias pelo
receio de tornar a população ainda mais contrária à legalização do
aborto do que ela já é.

 

A segunda dificuldade consiste em que, para que possa prosperar um
projeto que para ser executado necessite incluir a implantação do
aborto totalmente livre, tal projeto exigiria a destruição da Igreja
Católica. Destruir a Igreja Católica, porém, seria uma
façanha que nem os Césares, nem as invasões bárbaras, nem a
Renascença, nem Revolução Francesa, nem Napoleão, nem os
maiores gênios políticos da História até hoje não puderam
conseguir. Quer os promotores do aborto o tenham entendido ou não,
- parece que no início não tiveram uma idéia clara a este respeito,
mas hoje tudo indica que já o entenderam-, enquanto a Igreja
Católica não for destruída, o aborto nunca poderá ser
definitivamente implantado como um direito. Ele sempre será um
delito. A Fundação Ford, começou a sinalizar ter entendido esta
necessidade em 1990, ao publicar o célebre relatório
programático intitulado "Saúde Reprodutiva: Uma Estratégia para
os Anos 90". Neste documento, a Fundação estimava que para a
população mundial alcançar o crescimento zero seria necessária uma
redução da natalidade para a qual a oferta de serviços médicos,
incluindo a legalização do aborto, somente poderia contribuir no
máximo com 40% do total necessário. Os restantes 60%, segundo
o relatório, não poderiam ser alcançados apenas com reformas legais
e ofertas de serviços, mas fazia-se necessário

 

"introduzir a educação sexual precoce, alterar o status da mulher na
sociedade e alterar o julgamentos morais e éticos dos indivíduos e da
sociedade",

 

[Reproductive Health: A Strategy for the 1990s:
http://www.fordfound.org/archives/item/0148]

 

para lograr o que, porém, seria necessário destruir efetivamente o
papel da Igreja Católica na sociedade.

 

A terceira dificuldade consiste em que, para prosperar, o projeto
precisaria, ademais convencer a sociedade que não existe vida humana
antes do nascimento, algo totalmente impossível diante dos instintos
maternos fortemente instalados na natureza humana e diante do
desenvolvimento científico e tecnológico, que mostra cada vez mais
claramente, com novos e espetaculares recursos a cada dia que se
passa, exatamente o contrário.

 

Ora, qualquer projeto que, para vencer, deva ocultar constantemente
seu modo de proceder e subverter os princípios democráticos e que,
para consolidar-se, deva propor-se a destruir a Igreja Católica,
"alterar os julgamentos morais e éticos dos indivíduos e da
sociedade", e desafiar as evidências mais manifestas que surgem todos
os dias graças à ciência, não poderia nunca ter sido considerado,
por nenhum estrategista sensato, como um projeto de futuro. A
primeira dificuldade poderia ser vencida, durante algum tempo, por um
poder econômico muito grande; não, porém, durante todo o tempo,
por maior que fosse tal poder. Quanto à segunda dificuldade, há
quem suponha que poderia ser vencida por um poder divino, não talvez
por um poder meramente humano. Mas no que diz respeito à terceira
dificuldade, esta já não poderia ser vencida nem mesmo por um poder
divino. Um projeto como este, ainda que criado pelas poderosas
organizações Rockefeller e Ford, é um projeto falido em seu
próprio princípio. É uma missão impossível ou, como se diz em
português, uma canoa furada.

 

Hoje pertence ao senso comum espantar-se pela falta de visão do
projeto do Partido Nazista alemão, do qual era possível prever a
viabilidade pelas reações praticamente insuperáveis que acabaria por
suscitar. No entanto, não é difícil entender que um estrategista
isento, sentado junto a uma mesa de trabalho e comparando friamente
ambas as propostas, teria que concluir que o projeto nazista, já
insustentável a longo prazo, teria ainda assim, tecnicamente
considerado, maiores probabilidades de êxito do que o projeto Ford e
Rockefeller. É espantoso observar o quanto os envolvidos nestes
projetos não conseguiam perceber afirmações tão evidentes.

 

Porém, mais espantoso do que isto, é observar agora o Partido dos
Trabalhadores, que não estava envolvido com estas questões, ter
decidido, com a total aprovação do presidente Lula, diante de uma
população crescentemente contra a legalização do aborto, atirar-se
contra a sua base e contra a Igreja que o ajudou a organizar-se,
aliar seu próprio projeto político ao projeto internacional do aborto
e querer afundar junto com ele. E, se isto já não mostrasse
suficientemente um caso gravíssimo de miopia política, o Partido
acrescenta-lhe a condenação unânime de dois dos seus membros que
mais claramente haviam percebido as verdadeiras dimensões do problema,
impossibilitando sua atividad legislativa.

 

Para os próprios deputados, o julgamento poderá render os efeitos
contrários aos desejados pelo Partido dos Trabalhadores. O partido
desejava puní-los, mas, em vez disso, pode tê-los consagrado.

 

Em primeiro lugar, os deputados foram apresentados à nação como
homens honestos. Se o Partido queria expulsá-los, a coisa mais
fácil para isso teria sido flagrá-los e acusá-los de corrupção,
coisa comum entre políticos. Não conseguiu fazê-lo. Em vez
disso, atestou publicamente que nada encontrou nos acusados que pudesse
comprometê-los, exceto haverem defendido o direito à vida.

 

Em segundo lugar, o deputados foram apresentados à nação como
políticos capazes de serem fiéis aos seus ideais e às suas propostas
de trabalho. O julgamento mostrou que estes homens não puderam ser
comprados pela ameaça, pelo desprezo, ou pela própria expulsão do
partido a que serviam.

 

O quadro com que o PT apresentou os deputados Luiz Bassuma e
Henrique Afonso ao povo brasileiro, se as notícias fossem
divulgadas, representaria justamente o perfil dos políticos que
qualquer eleitor brasileiro sempre sonhou que deveria existir em algum
lugar, um político que qualquer partido honesto teria orgulho de
exibir em suas fileiras. O PT declarou que conseguiu encontrar dois
deles dentro de seus próprios quadros. Porém, em vez de
acolhê-los, reconhecendo necessitar de pessoas deste porte para
renovar sua imagem, fortemente abalada por constantes episódios de
corrupção, declarou em vez disso, por unanimidade, que os
políticos que possuírem tais currículos estão violando gravemente o
Código de Ética do Partido.

 

A violência envolvida neste julgamento do Partido dos Trabalhadores
não é apenas um grave golpe à defesa da dignidade da vida humana e à
liberdade de expressão no Brasil. Ela representa um sinal claro da
existência de um compromisso programático contra o direito à vida por
parte do governo Lula, e um prenúncio de outras medidas ainda mais
radicais que serão tomadas no futuro.

 

Para os deputados condenados, este julgamento representaria uma
consagração jamais vista a uma carreira política, algo que não me
recordo de ter presenciado em nenhum lugar, se as informações
realmente pudessem circular livremente. Depende unicamente dos que
receberem esta mensagem que o seu conteúdo possa se tornar domínio
público, para defesa da democracia e do estado de direito.

 

Volto a repetir que o Brasil está enfrentando o maior e mais ordenado
ataque já desencadeado contra a dignidade da vida humana que houve em
sua história. Gostaria de explicar aos que receberem esta mensagem de
onde ele vem, como ele age, e como o governo brasileiro decidiu
envolver-se com esta agenda monstruosa. A divulgação destas
informações são essenciais para a defesa da dignidade da vida humana
e a preservação do ideal democrático.

 

Conto com a boa vontade dos que receberem esta mensagem para que seu
conteúdo possa ser examinado com atenção e possa ser difundido a
todas as pessoas verdadeiramente preocupadas com estes temas. Estude
com atenção o material desta mensagem. Imprima-o se preferir.
Programe a leitura, dividindo-a em alguns dias, se necessário.
Examine os links, em muitos dos quais encontrará mais material a
respeito das principais afirmações feitas do que o apresentado na
própria mensagem. E não deixe, no final, de manifestar-se junto
às autoridades listadas no final desta mensagem.

 

Reconheço que o texto é grande, mas não poderia deixar de ser
diferente. Defender a democracia, um dos bens mais preciosos e
necessários para o homem, é um assunto complexo. Mas o preço de
sua perda é muito maior do que o custo da leitura de qualquer
documento.

 

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5. DE ONDE VEM O MOVIMENTO A FAVOR DO
ABORTO NO BRASIL?

 

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Desde os anos 50 até a década de 90, o movimento mundial pelo
controle populacional foi coordenado basicamente pelas organizações
Rockefeller e pela Fundação Ford, com grandíssima participação
da USAID (United States Agency for Internacional
Development) a qual, nos anos 70, trabalhou exaustivamente na
promoção mundial da esterilização forçada e do aborto clandestino.

 

Todo este trabalho, já reformulado pela Fundação Ford sob o
prisma dos Direitos Sexuais e Reprodutivos, assistiu, a partir dos
anos 90, em grande parte por iniciativa desta mesma Fundação, à
entrada de muitas outras organizações internacionais que vieram
somar-se a este empreendimento, incluindo a própria ONU.

 

Na América Latina, até o final dos anos 80, não era possível
promover a legalização do aborto, basicamente por causa dos governos
militares. A técnica da promoção da legalização do aborto exigia
a criação de numerosas organizações não governamentais financiadas
por capital estrangeiro que, simulando uma origem nativa e uma falsa
independência de iniciativa, obedecessem a uma estratégia unificada
formulada desde o estrangeiro, o que era impossível de se conseguir
sob as ditaduras militares. No final dos anos 80, porém, extintas
as ditaduras, algumas comissões enviadas pelas grandes fundações
internacionais percorreram a América Latina para determinar quais
fossem os melhores lugares por onde começar a pressionar os governos
para que o aborto fosse legalizado.Estas comissões chegaram à
conclusão que, por dois motivos, o local ideal seria o Brasil. Os
dois motivos foram os seguintes.

 

Em primeiro lugar, porque tratava-se do país que apresentava maiores
facilidades para estabelecer uma rede de organizações não
governamentais feministas.

 

Em segundo lugar, porque as leis brasileiras davam facilidades
especiais para que estas ONGs pudessem monitorar e pressionar as
políticas públicas do país. De acordo com o Programa Populacional
da Fundação MacArthur para o Brasil, uma das numerosas
organizações atraídas pela Fundação Ford no final dos anos 80
para o financiamento internacional de políticas populacionais,

 

"no Brasil, as disposições da Constituição de 1988, que
estabeleceram o Sistema Único de Saúde, incluíam, como elemento
intrínseco, conselhos operando em todos os níveis, nacional,
estadual e municipal. Mais de cem mil pessoas participam de conselhos
em todo o país. As forças inovadoras da sociedade brasileira podem
contar com uma estrutura de mecanismos institucionais permanentes
através dos quais a implementação das políticas podem ser
monitoradas em todos os níveis. À medida em que as mulheres forem
capazes de exercer suas escolhas mais amplamente, um novo padrão de
fecundidade irá se tornar explícito no Brasil".

 

[MacArthur Foundation: Population Program In Brazil - Lessons
Learned.
http://www.pesquisasedocumentos.com.br/macarthur.pdf]

 

As grandes Fundações souberam aproveitar-se das novas informações
e aproveitaram-se da especial situação cultural e política
brasileira para desencadear a promoção do aborto na América
Latina. A idéia era, através de organizações não governamentais
a serem criadas no próprio Brasil, mas financiadas desde o exterior,
pressionar desde dentro, através dos órgãos de monitoração criados
pelo próprio governo brasileiro, as autoridades civis para que fosse
montada uma extensa rede de serviços de abortos em casos de estupro,
ampliando gradativamente tanto a oferta dos serviços como o próprio
conceito do que seriam tais abortos, até que população amadurecesse
suficientemente para que se pudesse propor a total legalização do
aborto, retirando-a completamente, em todos os casos, do Código
Penal.

 

Há uma quantidade enorme de documentos mostrando detalhadamente como
todo este processo foi estabelecido. Um deles é uma amostra
suficiente para se ter uma idéia do conjunto. Trata-se do relatório
"Programa de População no Brasil", redigido por Sonia Correia
e Peter McIntyre em 2002, que mostra uma parte do trabalho da
Fundação MacArthur no Brasil entre 1990 e 2002, período
em que a Fundação gastou 36 milhões de dólares com a promoção
do aborto no Brasil.

 

O relatório inicia-se com a descrição da reunião inicial da
Fundação no Brasil, ocorrida em maio de 1990, com as figuras
mais badaladas da política e da sociedade brasileira para definir as
principais estratégias a serem adotadas. O documento mostra, em
seguida, como a Fundação financiou a criação da filial brasileira
das Católicas pelo Direito de Decidir, com a missão de
"questionar a base ideológica das posições religiosas ao aborto,
tornando-as mais tolerantes"; como a MacArthur trouxe para o
Brasil o IPAS, uma organização que hoje treina em técnicas de
aborto mais de mil novos médicos por ano nas várias maternidades
brasileiras; como financiou o CFEMEA, uma organização que
trabalha em tempo integral no Congresso brasileiro assessorando os
parlamentares na apresentar projetos de lei a favor do aborto; como
financiou a organização da Rede Nacional de Saúde Sexual e
Direitos Reprodutivos, que chegou a "congregar mais de duas centenas
de ONGs a favor do aborto em todo o Brasil"; como financiou o
treinamento de milhares de ativistas que, através da Rede, "tem
hoje assento em vários conselhos de saúde, comitês e comissões nos
âmbitos municipal, estadual e federal"; como financiou, entre
2000 e 2002, a professora Débora Diniz para que "pudesse
iniciar uma série de pesquisas projetos de advocacy junto à mídia",
da qual resultou a apresentação, em 2004, junto ao Supremo
Tribunal federal do Brasil, da ADPF 54, que pretende legalizar
o aborto em casos de anencefalia, como precedente para total
legalização do aborto; como financiou também as principais
produtoras de material pedagógico sobre educação sexual liberal,
atingindo cerca de 50 mil professores e dois milhões de alunos, e
vários outros projetos similares dentro de um plano maior de conjunto.

 

Terminados os trabalhos em 2002, a Fundação MacArthur
comissionou o CEBRAP e a CCR (Comissão de Cidadania e
Reprodução) para continuar, com os fundos deixados pela
MacArthur, os trabalhos iniciados em 1990. O relatório
conclui, na seção intitulada "Os Desafios Restantes"
(Challenges Ahead) que, tal como estava a situação populacional
do Brasil em 2002, após mais de uma década de trabalho da
Fundação,

 

"o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos no Brasil é hoje
consideravelmente mais amplo do que quando a Fundação MacArthur
iniciou seu investimento no país. Isso se deve, no caso brasileiro,
porque pode-se contar com uma estrutura de mecanismos institucionais
permanentes, através dos quais as definições e a implementação de
políticas de saúde podem ser monitoradas em todos os níveis. A
Fundação MacArthur decidiu em 1988 trabalhar no Brasil com
questões populacionais e de saúde reprodutiva porque seu ambiente
político permitiria que as ONGs influenciassem a política e a
prática. A MacArthur identificou as ONGs que poderiam
utilizar-se do financiamento externo para desenvolver sua capacidade de
produzir mudanças. Estas atividades se concentraram em alguns
pontos, entre os quais a criação de um conjunto de leis que
permitisse às mulheres obter abortos e outros serviços necessários.
A maioria dos estudiosos consideram um dos grandes sucessos neste
sentido foi a expansão dos serviços para vítimas de violência de
gênero. O primeiro grande salto foi dado em 1989, com o
estabelecimento em São Paulo do primeiro serviço público que
oferecia o aborto nos dois casos previstos pela lei. Depois disso
outro grande salto ocorreu em 1998, quando o Ministro da Saúde,
apesar da grande oposição, aprovou as Normas Técnicas do aborto
legal em casos de estupro ou risco de vida para a mãe. Embora a lei
do aborto não tenha sido alterada, a prática evoluiu. Houve grandes
progressos no debate sobre o aborto. Criou-se um ambiente para uma
aceitação progressiva de uma legislação mais liberal que incluiria
outras circunstâncias em que o aborto seria permitido. A Norma
Técnica para o aborto em casos de estupro e risco de vida para a mãe
é considerada por muitos como o principal avanço da década em termos
de saúde e direitos reprodutivos. Até o momento, no Brasil, a lei
do aborto mudou pouco, mas os serviços de aborto em casos de estupro e
risco de vida da mulher expandiram-se rapidamente. A maioria dos
estudiosos considera que, agora, somente existe uma única reforma
principal que deve ser tentada: a completa legalização do aborto. À
medida em que as mulheres se tornem mais capazes de exercer suas
escolhas, um novo quadro de mudanças populacionais irá surgir no
Brasil, sua população provavelmente estabilizando-se no nível de
reposição ou mesmo abaixo dele".

 

 

Todo este trabalho, tal como se encontra descrito no Relatório sobre
População no Brasil, realizado pela Fundação MacArthur em
conjunto com inúmeros outros organismos internacionais, e do qual
restava apenas "uma única reforma principal que deve ser tentada: a
completa legalização do aborto", deveria ser o estopim de reformas
semelhantes em toda a América Latina. Ele seria retomado, a partir
da posse do governo Lula, pelo próprio Partido dos Trabalhadores
como seu principal impulsionador.

 

O governo Lula comprometeu-se inequivocamente, desde o início de
seu mandato, a nível nacional e internacional, com a completa
legalização do aborto, para mais além do que havia sido alcançado,
inclusive nos Estados Unidos, com a decisão Roe x Wade. Em caso
de sucesso, o governo brasileiro seria imediatamente apresentado como
modelo internacional de progressismo para o restante do mundo, da
América Latina e dos demais países em desenvolvimento.

 

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6. A PARTICIPAÇÃO DO GOVERNO LULA NA
TRAMA INTERNACIONAL DO ABORTO.

 

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Mal assumiu o poder, tanto o presidente eleito Luiz Inácio Lula da
Silva, como o próprio Partido dos Trabalhadores, aderiram
entusiasticamente a este monstruoso programa. Lula não apenas é a
favor do aborto, como todas as suas ações somente fazem sentido
dentro de um quadro internacionalmente preparado, que contou com o
governo brasileiro como um dos mais firmes aliados na meta de apresentar
o Brasil como modelo mundial de progressismo em matéria de aborto,
direitos sexuais e reprodutivos.

 

Enumero em seguida os principais passos seguidos pelo governo Lula em
seu primeiro mandato. Muito que está escrito nesta seção já foi
exposto em maiores detalhes em mensagens anteriores. Muito mais ainda
certamente apareceria em uma CPI do aborto, como a criada por
iniciativa do Deputado Luiz Bassuma. Os detalhes da documentação
referente às informações contidas nesta seção podem ser encontrados
no seguinte endereço:

 

 

O que o Partido dos Trabalhadores e o Governo Lula tentaram fazer
no Brasil é a exata continuação do trabalho realizado pela
Fundação MacArthur em conjunto com outras organizações similares
no Brasil entre 1990 e 2002.

 

DEZEMBRO DE 2004: O Presidente Lula assinou um
documento oficial colocando entre as prioridades de seu governo a
legalização do aborto no Brasil. A Ministra Nilcéia Freire
declara à imprensa que a proposta de legalização do aborto contida no
documento não era uma iniciativa de uma secretaria do governo, mas de
todo o Governo Lula. Em março de 2005 a Ministra Nilcéia
Freire foi mais além e declarou ao jornal O Estado de São Paulo
que o presidente Lula a havia assegurado que ele próprio estava
pessoalmente interessado e avalizando a legalização do aborto no
Brasil, e que os ministros deviam entender que a legalização do
aborto era um programa do seu governo, e não da Secretaria da
Mulheres ou dos Ministérios.

 

ABRIL DE 2005: O Governo Lula, em documento oficial
entregue ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, compromete-se
internacionalmente a legalizar o aborto no Brasil.

 

 

MAIO DE 2005: A Comissão Tripartite, criada pelo
Governo Lula reunindo os maiores especialistas na questão da
legalização do aborto, trabalhando exaustivamente, desde abril até
agosto de 2005, na elaboração o projeto da total despenalização
do aborto no Brasil, passa em maio de 2005 a defender não mais a
simples legalização do aborto, mas a tese da inconstitucionalidade de
toda e qualquer lei que penalize o aborto.

 

AGOSTO DE 2005: O Governo Lula reconheceu, junto ao
Comitê do CEDAW da ONU, o aborto como direito humano.

 

 

SETEMBRO DE 2005: O Governo Lula entregou à Câmara
dos Deputados um projeto de lei que revogaria todos os artigos do
Código Penal que definem como crime qualquer tipo de aborto,
redefinindo a prática como um direito e tornando-a legal durante toda
a gravidez, desde a concepção até o momento do parto. A leitura do
texto do projeto, preparado pela Comissão Tripartite mostra que o
mesmo foi redigido em uma linguagem apropriada para enganar o grande
público. No início do projeto, que passou a tramitar como PL
1135/91, os primeiros artigos pareciam declarar que despenalizam
o aborto apenas até às doze semanas de gestação, mas no seu final o
projeto declarava, no artigo 9, que "revogavam-se os arts.
124, 126, 127 e 128 do Código Penal". Estes artigos
que seriam revogados pelo Projeto são nada mais nada menos do que
todos os artigos do Código Penal que definem que o aborto é crime,
exceto aquele que declara ser crime provocar o aborto sem o
consentimento da gestante. Isto significa que a parte principal do
projeto era justamente o último artigo, e não os oito anteriores, e
que a verdadeira causa pela qual o aborto deixaria de ser crime não
estava no artigo 2, onde se mencionava o prazo de doze semanas, mas
sim o último, que extinguia completamente qualquer tipificação do
crime de aborto do sistema penal brasileiro, desde que não fosse
praticado contra a vontade da gestante. Passando a não mais existir
qualquer crime de aborto, este poderia ser livremente praticado em
qualquer momento, por qualquer motivo, em qualquer fase da gravidez.
O público e até mesmo os legisladores desatentos pensariam que teriam
em mãos um projeto que legalizaria o aborto até o terceiro mês, mas
teriam aprovado uma lei onde o aborto estaria legalizado durante todos
os nove meses da gravidez, desde a concepção até o momento do
parto.

 

A armadilha foi denunciada por vários grupos a favor da vida desde o
momento em que o projeto foi apresentado, mas nunca foi publicada uma
única palavra a este respeito por nenhum jornal, estação de rádio
ou canal de televisão. Ao contrário, toda a mídia repetiu
incessantemente para o público brasileiro que o projeto legalizaria o
aborto apenas durante os três primeiros meses da gestação, inclusive
depois que o golpe foi claramente denunciado pelos especialistas
participantes das audiências públicas realizadas na Câmara dos
Deputados, diante dos jornalistas dos mais importantes jornais do
país.

 

O caráter monstruoso deste projeto é evidente para qualquer pessoa
que seja capaz de um mínimo de coerência. Qualquer pessoa que já
esteve em uma maternidade e teve a oportunidade de segurar em seus
braços uma criança recém nascida, sabe muito bem o que significa uma
criança aos nove meses da gravidez. São inumeráveis os que tiveram
esta experiência com o seu próprio filho ou o seu próprio neto.
Não há nenhuma pessoa de mente sadia que possa alimentar a menor
dúvida que a mulher que entregasse aquele recém nascido ao médico que
fez o parto e lhe pedisse que interrompesse a sua vida não estaria
exercendo um direito reprodutivo da mulher mas cometendo um
assassinato. Mas era exatamente isto o que o projeto elaborado pela
Comissão Tripartite organizada pelo presidente Luiz Inácio Lula
da Silva pretendia: liberar o aborto em qualquer circunstância e por
qualquer motivo, durante os nove meses da gravidez.

 

Uma explicação bastante mais detalhada sobre o conteúdo do projeto
PL 1135/91 pode ser encontrada neste arquivo:

 

 

ABRIL DE 2006: A descriminalização do aborto foi
oficialmente incluída pelo PT como diretriz do programa de governo
para o segundo mandato do Presidente Lula.

 

SETEMBRO DE 2006: Quatro dias antes do primeiro turno
das eleições, em 27 de setembro de 2006, o próprio
Presidente Lula incluiu o aborto em seu programa pessoal de governo
para o segundo mandato.

 

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7. A LEI DO ABORTO NÃO CONSEGUE SER
APROVADA NO BRASIL.

 

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O infame projeto PL 1135/91, que tornaria o aborto totalmente
livre, por qualquer motivo, durante todos os nove meses da gravidez,
desde a concepção até o momento do parto, preparado para ser
apresentado no Brasil por um trabalho internacionalmente organizado com
mais de uma década de antecedência, e que representaria a
consagração do Brasil e do governo Lula como referência mundial em
matéria de direitos sexuais e reprodutivos, após três audiências
públicas ocorridas na Câmara dos Deputados em 2007, foi
finalmente votado duas vezes no Congresso Nacional em 2008.

 

Na quarta feira, dia 7 de maio de 2008, foi votado na Comissão
de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.
Esperava-se uma maioria de votantes a favor da vida, e que a
votação fosse adiada a pedido dos deputados a favor do aborto. Em
vez disso, porém, a votação foi realizada e o projeto foi rejeitado
pela esmagadora unanimidade de 33 votos contra zero.

 

Votado uma segunda vez no início de julho de 2008 na Comissão de
Constitucionalidade da Câmara dos Deputados, o projeto foi
considerado inconstitucional e reprovado por 57 votos contra quatro.
Os tradicionais defensores do aborto sequer se apresentaram para a
segunda votação, exceto o Deputado petista José Genoíno, que
depois dela reuniu 52 assinaturas de seus colegas de parlamento,
necessárias para desarquivar novamente o projeto e levá-lo por uma
terceira vez à votação no plenário da Câmara, apesar de tudo
indicar que será outra vez reprovado por idêntica esmagadora margem de
votos. O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão,
representando o governo Lula, declarou em seguida à imprensa que o
governo

 

"NÃO VAI DESCANSAR ENQUANTO NÃO
CONSEGUIR A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO
BRASIL, E QUE O CONGRESSO NACIONAL NÃO
PODE CONTINUAR SENDO CONSERVADOR NUMA
QUESTÃO QUE É ESSENCIAL PARA A VIDA DAS
MULHERES BRASILEIRAS".

 

 

No entanto, poucos anos antes, em 2002, o relatório do
Programa de População para o Brasil da Fundação MacArthur
afirmava que o país já estava maduro para a completa legalização do
aborto. O Partido dos Trabalhadores acreditou nisso e aliou-se à
agenda internacional:

 

"Até o momento, no Brasil, a lei do aborto mudou pouco, mas os
serviços de aborto em casos de estupro e risco de vida da mulher
expandiram-se rapidamente. A maioria dos estudiosos considera que,
agora, somente existe uma única reforma principal que deve ser
tentada: a completa legalização do aborto".

 

[Fundação MacArthur: Programa de População no Brasil,
Lições Aprendidas
http://www.pesquisasedocumentos.com.br/macarthur.pdf]

 

O que aconteceu? Se em 2002 a MacArthur julgava que o Brasil
já estava maduro para a completa legalização do aborto, como pode o
PL 1135/91 ser reprovado de modo tão esmagador? O que
aconteceu no Brasil é o mesmo que está acontecendo em muitos outros
países do mundo e na maioria, senão em todos, os países da
América. A aprovação do público ao aborto está diminuindo
espantosamente de ano para ano. Esta é a maior prova de que não se
pode trapacear na democracia durante muito tempo, de que ainda não se
descobriu como destruir a Igreja mas, acima de tudo e
independentemente de tudo isso, de que não se pode esconder do
público que existe vida humana antes do nascimento.

 

Os resultados estão aí, e podem ser resumidos da seguinte maneira.

 

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8. A EVOLUÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA SOBRE
O ABORTO NO BRASIL

 

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IBOPE- 2003

 

Uma pesquisa realizada pelo IBOPE, o principal instituto de
pesquisas de opinião pública do Brasil, mostrou que, em 2003,
90% da população brasileira era contrária ao aborto. Uma cópia
desta pesquisa, que ficou disponível durante muito tempo no site do
IBOPE, pode ser encontrada hoje no seguinte endereço:

 

 

Na página 9 do relatório da pesquisa encontra-se que à pergunta:

 

"Atualmente no Brasil o aborto só é permitido em dois casos:
gravidez resultante de estupro e para salvar a vida da mulher. Na sua
opinião a lei deveria ampliar a permissão para o aborto?",

 

de 2000 entrevistados apenas 10% responderam afirmativamente.
Isto significa que, em 2003, 90% da população brasileira
somente admitia o aborto em caso de estupro, e em nenhum mais.

 

INSTITUTO CIDADANIA - 2003

 

O baixíssimo valor encontrado pelo IBOPE era coerente com outra
pesquisa realizada pelo Instituto Cidadania, uma ONG fundada por
Lula há quase 20 anos, e que, apesar de anunciada, tanto quanto
se saiba, nunca chegou a ser publicada. Realizada durante os meses de
novembro e dezembro de 2003, a pesquisa ouviu 3.500
brasileiros e brasileiras na faixa de 15 a 24 anos. Embora
aparentemente inédita até hoje, os repórteres da revista ISTO É
tiveram acesso aos documentos do trabalho e publicaram uma reportagem de
capa que até hoje está disponível na Internet. O próprio diretor
de redação da semanário escreveu no editorial da revista:

 

"A reportagem de capa desta edição traz revelações surpreendentes
sobre a juventude brasileira. Juliana Vilas e Camilo Vannuchi,
debruçaram-se sobre os resultados da extensa pesquisa feita pelo
Instituto Cidadania, ONG fundada por Lula há quase 15 anos.
O resultado é também surpreendente por mostrar um jovem mais
conservador do que os estereótipos normalmente aceitos. A maioria é
contra o aborto. Só 20% são a favor. Eles condenam as campanhas
feitas por grupos que defendem temas polêmicos como a
descriminalização da maconha, a união civil entre homossexuais e a
legalização do aborto: 58% dos jovens ouvidos não gostam de nada
disso".

 

 

DATA FOLHA - 2004

 

O valor encontrado em 2003 pelo IBOPE em todo o Brasil foi
confirmado no ano seguinte pelo DataFolha, um instituto de pesquisas
vinculado ao jornal Folha de São Paulo, cuja tendência editorial
é a de favorecer o aborto. O DataFolha anunciou, em 25 de
janeiro de 2004, haver detectado uma queda "abissal" da
aprovação ao aborto em São Paulo. Segundo o relato dos
repórteres da Folha de São Paulo,

 

"Um dos aspectos que mais atraíram a atenção das pessoas ouvidas
pela Folha a respeito dos resultados das chamadas "questões morais"
da pesquisa Datafolha foi a queda abissal no índice de moradores de
São Paulo que apóiam a legalização do aborto. Saiu de 43% em
1994, quando a maioria da população se declarava a favor da
descriminalização, para 21% em 1997, para apenas 11% na
pesquisa atual, uma diferença de 32 pontos percentuais em relação
ao primeiro levantamento".

 

 

IBOPE - 2005

 

No ano seguinte, no dia 7 de março de 2005, uma nova pesquisa
de opinião pública realizada pelo IBOPE nos mesmos moldes da de
2003, mostrou que a aprovação ao aborto de 2003 para 2005
havia diminuído de 10% para 3%. A pesquisa foi realizada em uma
amostra de duas mil e duas pessoas de 143 municípios,
semelhantemente à da pesquisa de 2003. A pesquisa foi comentada
nas páginas 63 a 65 da edição de 7 de março de 2005 da
Revista Época, mas a sua íntegra somente pôde ser encontrada na
edição impressa da revista. Os mesmos dados, porém, foram
reportados pelo programa FANTÁSTICO da Rede Globo de
Televisão, irradiado no domingo dia 6 de março de 2005. Em
síntese, a reportagem afirmava que, embora a maioria do povo
brasileiro apóie o aborto em casos difíceis como o estupro, 95%
ache que o governo deve distribuir anticoncepcionais, 97% concorde
com a distribuição de camisinhas, e 68% ache que a chamada pílula
do dia seguinte deva ser oferecida para a população, no entanto

 

"CATÓLICOS E NÃO-CATÓLICOS CONCORDAM
EM UM PONTO: APENAS 3% ADMITEM A
INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ POR UMA
DECISÃO DA MULHER".

 

Uma cópia da pesquisa integral do IBOPE em 2005 pode ser
encontrada hoje no seguinte endereço:

 

 

MINISTÉRIO DA SAÚDE - 2005

 

O governo Lula, que estava para encaminhar ao Congresso o projeto de
lei que legalizaria o aborto durante todos os nove meses da gravidez,
assustado com estes dados, resolveu ele próprio encomendar, em junho
de 2005, uma pesquisa de opinião pública. O Ministro Humberto
Costa quis confirmar os dados do IBOPE e, segundo o jornal Zero
Hora e outros sites da Internet cujos links hoje não estão mais
ativos,

 

"uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde nos dias 18 e 19
de junho de 2005 em 131 municípios do país revelou que somente
11% dos entrevistados são favoráveis à descriminalização do
aborto".

 

PEW RESEARCH - 2006

 

Logo em seguida o redator do site americano Life News, Steven
Ertelt, divulgou que os dados encontrados pelos institutos de
pesquisas brasileiros como os do Data Folha confirmavam pesquisas
feitas no Brasil por empresas americanas como a realizada em outubro de
2006 pelo "Pew Research". Aparentemente, até aquele
momento, esta pesquisa não era do conhecimento dos brasileiros.
Segundo Steven, o Pew Research encontrou em outubro de 2006
que:

 

- 79% DOS BRASILEIROS ACHAVAM QUE O
ABORTO NÃO SE JUSTIFICAVA EM NENHUMA
HIPÓTESE.

 

- 16% ACHAVAM QUE JUSTIFICAVA-SE EM
ALGUNS CASOS EXCEPCIONAIS.

 

- SOMENTE 4% ACHAVAM QUE O ABORTO
JUSTIFICAVA-SE EM QUALQUER CASO.

 

 

FOLHA DE SÃO PAULO - 2007

 

No dia 4 de abril de 2007, domingo de Páscoa, a Folha de
São Paulo publicou em destaque uma reportagem segundo a qual a
rejeição ao aborto em todo o Brasil havia atingido um índice recorde
que vinha "CRESCENDO CONSTANTEMENTE DESDE
1993". A reportagem assinada por Michelle de Oliveira afirmava
que no Brasil

 

"HOJE SOMENTE 16% DIZEM QUE O ABORTO
DEVE SER PERMITIDO EM MAIS SITUAÇÕES,
ALÉM DE ESTUPRO E RISCO DE MORTE PARA A
MÃE, COMO DIZ A LEI ATUAL. O ÍNDICE É O
MAIOR JÁ VERIFICADO DESDE QUANDO A
PESQUISA COMEÇOU A SER FEITA, EM 1993.
DESDE ENTÃO, O PERCENTUAL DOS
FAVORÁVEIS A DEIXAR A LEI COMO ESTÁ TEM
CRESCIDO CONSTANTEMENTE".

 

["Maioria Defende que Lei sobre Aborto não seja Ampliada":
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0804200705.htm]

 

A pergunta dos pesquisadores, feita a uma amostra de 4.044
brasileiros em 159 municípios, foi se o entrevistado pensa que o
aborto deve continuar sendo crime no país:

 

"SETE EM CADA DEZ BRASILEIROS,
PRATICAMENTE, DEFENDEM QUE A LEI DE
ABORTO CONTINUE COMO ESTÁ. SEGUNDO
PESQUISA DATAFOLHA, 68% DOS
BRASILEIROS QUEREM QUE A LEI NÃO SOFRA
QUALQUER MUDANÇA. A TAXA DOS QUE QUEREM
QUE O ABORTO CONTINUE SENDO TRATADO
COMO CRIME ESTÁ EM ASCENSÃO. EM 2006,
OS QUE DEFENDIAM A LEI SOMAVAM 63%; EM
2007, ERAM 65%. A TAXA DOS QUE NÃO
QUEREM FLEXIBILIZAR A LEI CRESCEU 14
PONTOS PERCENTUAIS ENTRE 1993 E 2008".

 

 

IBOPE - 2007

 

Em agosto de 2007 foi divulgada pela mídia uma nova pesquisa
nacional sobre o aborto, encomendada ao IBOPE pelas Católicas
pelo Direito de Decidir, mas desta vez a íntegra da pesquisa não
chegou a ser publicada.

 

As Católicas alegaram que não havia interesse em saber o que pensava
o público sobre o aborto em si e que a pesquisa havia se centrado na
questão se os brasileiros sabiam localizar os hospitais credenciados
para praticar um aborto em caso de estupro.

 

No entanto, os dados apresentados mostravam que, na sexta pergunta,
quando perguntados em que circunstâncias o aborto deveria ser
permitido,

 

SOMENTE 65% DOS BRASILEIROS AFIRMAVAM
QUE O ABORTO DEVERIA SER PERMITIDO EM
CASOS DE ESTUPRO, QUASE 10 PONTOS
PERCENTUAIS A MENOS QUE OS 74%
DETECTADOS NA PESQUISA DE 2005.

 

DATA FOLHA - 2007

 

Dois meses depois, em reportagem intitulada "Datafolha Revela o
Novo Perfil da Família Brasileira", publicada e anunciada em
destaque na capa na edição de domingo 7 de outubro de 2007, o
jornal Folha de São Paulo, revelava novos dados e voltava a
reconhecer que o Instituto Datafolha, de propriedade da Folha de
São Paulo, detectou que os brasileiros estavam mais tolerantes com o
homossexualismo e menos tolerantes com o aborto em 2007 do que em
1998. A nova pesquisa destinada a determinar o perfil da família
brasileira, ouviu 2.093 pessoas em 211 municípios
brasileiros.

 

Segundo o Data Folha, em 1998 77% achavam muito grave que seu
filho tivesse um namorado do mesmo sexo, percentual que havia caído
para 57% na pesquisa de 2007.

 

Mas a "VARIAÇÃO MAIS SIGNIFICATIVA", dizia
a reportagem, havia ocorrido com a questão do aborto. Com relação
a este tema, continuava a reportagem,

 

"O PERCENTUAL DOS QUE ACHAVAM A PRÁTICA
DO ABORTO MUITO GRAVE FOI DE 61% EM 1998
PARA 71% EM 2007.

 

"O AVANÇO É ESPANTOSO", afirma ainda o texto da
Folha. "HOJE", segundo o Datafolha,

 

"SÓ 3% DA POPULAÇÃO CONSIDERAM
'MORALMENTE ACEITÁVEL' FAZER UM
ABORTO, CONTRA 87% QUE ACHAM ISSO
'MORALMENTE ERRADO' ".

 

 

Oficialmente, depois de 2007, não há conhecimento de novas
pesquisas de opinião públicas sobre o aborto realizadas no Brasil.
Provavelmente elas estão sendo realizadas, mas as entidades que
promovem o aborto, que são as que possuem os recursos para
pagá-las, não tem interesse em divulgá-las.

 

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9. A IMPOSIÇÃO DA CULTURA DA MORTE.

 

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Apesar da rejeição crescente da população brasileira ao aborto, a
prática está sendo imposta no país. Os deputados Luiz Bassuma e
Henrique Afonso foram virtualmente expulsos do Partido porque se
posicionaram a favor da vida. Se a lei do aborto for aprovada, quem
garante que não será proposto um outro projeto definindo como crime
sustentar que o aborto é assassinato, como já está sendo feito com o
PL 122, já aprovado pela Câmara, que define como crime de
homofobia, passível de detenção, defender publicamente a posição
de que a conduta homossexual é moralmente errônea?

 

Ademais, o aborto em caso de estupro já está se tornando
obrigatório no Brasil. A menina de nove anos, residente em
Alagoinha, em Pernambuco, estuprada pelo padrasto e grávida de dois
gêmeos de cinco meses em março de 2009, cujo aborto causou imensa
polêmica no Brasil e no mundo, segundo depoimento prestado pelo
diretor da Instituto Materno Infantil em que ela estava internada,
não corria risco de vida e poderia ter tido os dois filhos por meio de
acompanhamento pré-natal e um parto cesáreo. Ela mesmo queria ter
os bebês. A mãe era contra o aborto, assim como o pai, que estava
dirigia-se ao Hospital Materno Infantil acompanhado de um advogado
para exigir a alta da filha. Para consumarem o aborto, duas
organizações feministas, uma delas fundada com recursos da
Fundação MacArthur, raptaram, com a aprovação das autoridades,
a mãe e a filha, para levarem-na, sob sigilo, a realizarem um
aborto, antes que o pai aparecesse para exigir a alta da filha, na
Maternidade da Encruzilhada. Todos os detalhes deste caso já foram
divulgados amplamente, mas não obviamente pela imprensa, e não
poderão continuar escondidos indefinidamente do público. E esta é
pelo menos a quinta vez que organizações patrocinadas por Fundações
internacionais raptam menores para realizarem abortos em casos de
estupro com o fim de obterem cobertura midiática para a promoção da
agenda internacional do aborto. Leia um relatório contendo todos os
detalhes do caso ocorrido em Alagoinha e outro similar na Nicarágua
no seguinte arquivo:

 

 

Em todo o Brasil os grupos que trabalham a favor da vida têm visto
multiplicarem-se as denúncias de que as assistentes sociais dos
serviços de aborto em casos de estupro, tal como aconteceu no caso de
Alagoinha, estão forçando as gestantes a realizarem o aborto, mesmo
quando elas gostariam de ter os bebês. Uma das denúncias mais
dramáticas, publicamente conhecida, está ocorrendo em Teresina, no
Piauí.

 

No dia 12 de março de 2009, o jornalista Carlos Lustosa
Filho, da TV Cidade Verde de Teresina, no Piauí, publicou uma
denúncia sobre a rede de serviços de abortos em casos de estupro no
Brasil que, até o momento, passou desapercebida. Segundo
Lustosa, a Sra. Marinalva Santana, conselheira do Conselho
Nacional dos Direitos da Mulher, em nota enviada à imprensa,
acusou o governo do Estado de não oferecer serviços de abortos legais
no Piauí. Mas, acrescenta o jornalista, o Dr. Francisco
Passos, o diretor da maternidade Evangelina Rosa, o estabelecimento
que supostamente deveria estar oferecendo o serviço, declarou em
resposta a esta nota que, diversamente do que está sendo acusado, o
serviço de aborto legal é oferecido no Piauí desde 2004. O
motivo devido ao qual ele estaria sendo acusado, afirma o Dr.
Francisco, não se deve à inexistência do serviço, mas ao número
de abortos, que seria menor que o desejado, uma vez que a maternidade
respeita a decisão das mulheres quando estas decidem não abortarem.
O Dr. Francisco acusou publicamente os movimentos feministas de
pressionarem a maternidade no sentido de forçar as mulheres a
decidirem-se pelo aborto.

 

"ELAS, (AS MILITANTES FEMINISTAS)
QUEREM QUE A GENTE CONVENÇA AS PESSOAS
A FAZER ABORTO E SE REVOLTAM PORQUE UMA
MENINA QUE É VIOLENTADA OPTA POR MANTER
(A GESTAÇÃO). É ESTRANHO? EU ACHO, MAS
A MULHER NÃO PODE DECIDIR MANTER O
FILHO?",

 

pergunta o médico, garantindo que a opção de interromper a
gestação da mulher violentada é oferecida. Dados da maternidade
afirmam que, desde outubro de 2004, das 1.500 mulheres
violentadas atendidas, 26 já fizeram aborto.

 

 

Em 2008 até a Fundação Ford de Nova York, preocupada pelo
baixo número de abortos em casos de estupro realizados no Piauí,
liberou recursos econômicos para financiar um projeto com o objetivo de
estudar por que motivo no Piauí ainda não era oferecido este tipo de
serviço à população. Mas, pergunto eu, por que a Fundação
Ford de Nova York deveria estar preocupada com os baixos números de
abortos em casos de estupro no Piauí? Sei que parece difícil de
acreditar, mas convido o leitor a ouvir a gravação de áudio a
seguir, contendo um debate ao vivo na televisão piauiense, no qual o
diretor da Maternidade Evangelina Rosa é acusado pelas feministas de
não fazer abortos em casos de estupro e ele responde que os faz, com
todas as facilidades às quais uma simples parturiente jamais sonharia,
mas não aceita que seja pressionado para obrigá-las a abortar.

 

 

A Maternidade Evangelina Rosa foi processada administrativamente
desde 2007, sob ameaça de ser responsabilizada criminalmente,
através do Processo Administrativo 251/07, pelo Ministério
Público do Piauí, em virtude de uma representação apresentada
pelas Católicas pelo Direito de Decidir e pela Liga Brasileira de
Lésbicas. A acusação contida no processo, obviamente, não
poderia ser a de que o Hospital não está obrigando as gestantes a
abortarem. A maternidade foi simplesmente acusada de não oferecer o
serviço de abortos em casos de estupro. Depois de muita
intermediação direta das secretarias do governo federal, também
preocupadas com o baixo número de abortos em casos de estupro no
Piauí e, principalmente, depois do desgaste público promovido
contra a causa do aborto por causa de programas de televisão como o
contido no link anterior o processo foi rapidamente arquivado em julho
de 2009, sob a alegação de que o Secretário da Saúde do
Piauí, em maio de 2009, havia publicado uma portaria apenas
confirmando que o serviço, inaugurado em 2004, realmente
existia.

 

É natural que nestas condições, enquanto as pesquisas de opinião
pública revelam que a rejeição ao aborto aumenta todos os anos no
Brasil e dados recentemente divulgados pelo Ministério da Saúde
sugerem que a prática do aborto clandestino tenha diminuído 12% por
ano durante os últimos três anos,

 

 

o número de abortos em casos de estupro, segundo o Ministério da
Saúde, simplesmente disparou. A quantidade destes procedimentos
cresceu 43% no Sistema Único de Saúde, passando de 2.130 em
2007 para 3.053 até novembro de 2008.

 

 

Em todo o País, o grupo que mais cresceu entre as pacientes que
realizaram abortos autorizados em caso de estupro é o das meninas de
10 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, o aumento de
casos nessa faixa etária foi de 122% entre 2007 e 2008.

 

 

Em vez de manifestar preocupação por este aumento e de anunciar
medidas para diminuir estes números, o Ministério da Saúde
declara-se satisfeito com eles e afirma que o próprio governo é o
responsável pelo seu aumento, que seria, segundo o Ministério da
Saúde,

 

"o resultado de campanhas e polêmicas recentes e uma melhor
qualificação dos serviços de saúde".

 

 

De acordo com os manuais de organizações estrangeiras que financiam e
orientam o trabalho das entidades que se apresentam com uma fachada
supostamente brasileira, levar a prestação dos serviços de aborto
nos casos não punidos pela lei até o máximo que for possível é o
caminho para alcançar o acesso mais amplo ao aborto e os momentos
críticos desta luta devem ser corretamente aproveitados para alavancar
o debate público, esclarecer argumentos a favor da total
descriminalização do aborto e possibilitar que a imprensa publique
artigos e editoriais favoráveis. Não pode haver maior hipocrisia.
Está-se manipulando o sofrimento alheio para promover uma agenda
internacional que pretende elevar o crime do aborto, praticado em
quaisquer condições, justamente considerado pela esmagadora maioria
dos brasileiros como o assassinato de um ser humano indefeso, à
condição de um direito humano.

 

Esta é, ademais, a política oficial do governo Lula e do Partido
dos Trabalhadores e o projeto que eles tem para o Brasil. Não
importa que todos os brasileiros sejam contrários. Aqueles que
ousarem discordar da direção do Partido, serão expulsos.

 

================================================

 

10. OS PRÓXIMOS PLANOS DO GOVERNO.

 

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O Partido dos Trabalhadores e o Governo Lula estão
institucionalmente comprometidos com o projeto da total despenalização
do aborto no Brasil. O Partido e o Governo não descansarão
enquanto não tornarem o aborto totalmente livre durante todas as fases
da gravidez.

 

Ambos não estão sozinhos no empreendimento. São no momento os
principais aliados, no Brasil, de uma agenda mundial construída a
partir dos esforços de John Rockefeller III na década de 50 e
atualmente conduzida por um consórcio de grandes Fundações
internacionais.

 

Nesta agenda, o Partido dos Trabalhadores e o governo Lula não
representam nem as mulheres, nem o povo brasileiro, nem seus próprios
eleitores, mas um dos projetos de reengenharia social mais perversos e
falidos atualmente em curso na humanidade. E estão decididos a
expulsar do partido qualquer pessoa que esteja disposto a denunciar isto
claramente, não importa se pelo bem da sociedade ou se apenas no
interesse do próprio Partido.

 

Neste momento o governo Lula pretende expandir prioritariamente a rede
de serviços de aborto em casos de estupro, principalmente no nordeste
do Brasil e prepara-se para publicar uma terceira Norma Técnica
sobre estes serviços, para estender-lhes a oferta e ampliar-lhes os
conceitos, aproximando a sociedade brasileira cada vez mais do ideal do
aborto completamente despenalizado e livre durante toda a gravidez.
Além da terceira Norma Técnica para os serviços de aborto em casos
de estupro, o governo prepara também o lançamento de uma nova e
inédita Norma Técnica sobre o Aborto Inseguro.

 

A primeira Norma Técnica sobre os serviços de aborto em casos de
estupro originou-se em 1996 quando o governo brasileiro, seguindo
as recomendações da Conferência do Cairo, no sentido de permitir
que as ONGs, ainda que não fossem constituídas por profissionais
da saúde, pudessem cooperar, supervisionar (e pressionar) os
governos na prestação dos serviços de saúde reprodutiva,
reorganizou a Comissão Intersetorial da Saúde da Mulher
(CISMU), pertencente ao Conselho Nacional da Saúde,
rearticulando-a de modo a que passasse a contar com uma forte presença
de feministas. Tratou-se, em essência, de instalar dentro do
governo brasileiro o mesmo mecanismo que transformou a ONU em uma das
principais agências internacionais de promoção do aborto no mundo
moderno. A Comissão Intersetorial da Saúde da Mulher, apenas
reorganizada, passou a pressionar o Ministério da Saúde para que
elaborasse uma Norma Técnica para a Implementação de Serviços de
Atendimento à Violência Sexual que incluísse o aborto. O
Código Penal Brasileiro, em seu artigo 128, afirma que em casos
de estupro o aborto não é punido, mas em nenhum momento afirma que é
um direito da mulher. A nova norma do Ministério da Saúde,
publicada em 1998 pelo economista José Serra, quando este
ocupava o cargo de Ministro da Saúde, teve como autor principal ao
pelo Dr. Jorge Andalaft, diretor do serviço de aborto em casos de
estupro do Hospital do Jabaquara. Além de mencionar o aborto nestes
casos como um direito da mulher, dispensava para obter o aborto a
realização do exame do corpo de delito, exigindo apenas a
apresentação de um boletim de ocorrência, um documento que pode ser
conseguido sem a apresentação de qualquer prova da ocorrência. O
Dr. Jorge Andalaft soube aproveitar-se, ainda no final de
1998, do caso habilmente explorado pelos meios de comunicação da
menina C.B.S., vítima de violência sexual em Goiás para,
através da nova Norma Técnica, aumentar o prazo então vigente para
a prática de abortos em casos de estupro de três para cinco meses de
gestação. A Organização Mundial da Saúde e a Organização
Panamericana de Saúde traduziram a Norma Técnica brasileira para o
inglês e o espanhol, para apresentá-la em outros países como modelo
de regulamentação.

 

Já durante o governo Lula, a segunda Norma Técnica, também
tendo como seu principal autor o Dr. Jorge Andalaft, diretor do
primeiro serviço de aborto em casos de estupro criado no Brasil pela
prefeitura de São Paulo no Hospital do Jabaquara, circulou em
segredo sob o patrocínio do Ministério durante muitos meses e
inclusive sua existência foi veementemente negada pelo Ministro da
Saúde. Publicada finalmente em 2005, afirmava que a gestante
já não precisaria apresentar nenhum documento, muito menos uma
prova, do estupro para que pudesse pedir a realização do aborto.
Segundo a nova Norma, bastaria

 

"a palavra da mulher que busca os serviços de saúde afirmando ter
sofrido violência, a qual deverá ter credibilidade, ética e
legalmente, devendo ser recebida com presunção de veracidade".

 

Por outro lado, a mesma norma afirmava que os médicos seriam
obrigados a praticar o aborto se a mulher alegasse ter sido estuprada,
a menos que o médico pudesse provar que a gestante estivesse mentindo.
Se não fosse este o caso, continua a Norma,

 

"a recusa infundada e injustificada de atendimento pode ser
caracterizada, ética e legalmente, como omissão. Nesse caso,
segundo o art. 13, § 2º do Código Penal, o(a) médico(a)
pode ser responsabilizado(a) civil e criminalmente pelos danos
físicos e mentais que [a gestante venha a] sofrer".

 

Uma extensa documentação disponível evidencia que os hospitais da
prefeitura de São Paulo foram utilizados como pilotos de prova destas
normas antes delas terem sido publicadas. Durante quase um ano, antes
da Norma Técnica de 2004 ter sido publicada, e quando ainda
sequer se falava a respeito, a prefeitura de São Paulo começou a
divulgar publicamente que não exigiria por parte das gestantes provas,
boletins de ocorrência ou quaisquer documentos atestando haver ocorrido
um estupro para que pudessem submeter-se a um aborto na rede
municipal, sendo suficiente a palavra da própria gestante, afirmando
haver sido estuprada.

 

 

Juntamente com a segunda Norma Técnica para os abortos em casos de
estupro, o governo Lula publicou, também em 2005, a Norma
Técnica do Atendimento Humanizado ao Aborto Provocado, elaborada
sob orientação técnica do IPAS, a organização introduzida no
Brasil pela Fundação MacArthur que treina mil novos médicos por
ano em técnicas de aborto e que é apontada pela literatura técnica
especializada, desde a sua fundação nos Estados Unidos no final dos
anos 70, como uma das principais promotoras do aborto clandestino a
nível internacional. Na página 13 a Norma afirma, contra o que
diz a lei brasileira, que em casos de anencefalia e outras
malformações similares o aborto é um direito da mulher. No restante
da norma afirma-se que o documento quer "estabelecer e consolidar
novos padrões culturais" na classe médica brasileira, pelos quais os
profissionais de saúde possam atender humanamente as mulheres que
provocaram um aborto reconhecendo-lhes a

 

"dignidade, a autonomia e a autoridade moral e ética para decidir,
dissociando valores individuais, - morais, éticos e religiosos -,
da prática profissional".

 

Conforme o texto da Norma Técnica do Atendimento Humanizado ao
Aborto Provocado,

 

"Com vistas a estabelecer e consolidar padrões culturais de atenção
às mulheres, esta Norma Técnica é o reconhecimento do Governo
brasileiro à realidade de que as mulheres em processo de abortamento,
espontâneo ou provocado, que procuram os serviços de saúde devem ser
acolhidas, atendidas e tratadas com dignidade".

 

"A atenção humanizada às mulheres em abortamento pressupõe o
respeito ao direito da mulher de decidir sobre as questões relacionadas
ao seu corpo e à sua vida. Em todo caso de abortamento, a mulher
deve ser respeitada na sua liberdade, dignidade, autonomia e
autoridade moral e ética para decidir, afastando-se preconceitos,
estereótipos e discriminações de quaisquer natureza, e evitando-se
que aspectos sociais, culturais, religiosos, morais ou outros
interfiram na relação com a mulher. Esta prática não é fácil,
uma vez que muitos cursos de graduação e formação em serviço não
têm propiciado dissociação entre os valores individuais (morais,
éticos, religiosos) e a prática profissional".

 

"A mulher que chega ao serviço de saúde abortando pode ter
sentimentos de culpa, autocensura, de ser punida e de ser humilhada.
O acolhimento é elemento importante para uma atenção de qualidade e
humanizada às mulheres em situação de abortamento. Acolhimento é o
tratamento digno e respeitoso, o respeito ao direito de decidir de
mulheres e homens, assim como o acesso e a resolutividade da
assistência".

 

 

Além da nova Norma Técnica sobre os serviços de aborto em casos de
estupro, o governo também está preparando, para publicação, uma
nova Norma Técnica sobre o Aborto Inseguro, que pretende obrigar
os médicos, sob a aparência de uma política de redução de danos,
a ensinar as mulheres que pretendem abortar como podem elas mesmas
provocá-lo sendo que, uma vez iniciado o qual, a Norma do
Atendimento Humanizado ao Aborto Provocado de 2005 já exige que
as mulheres

 

"em processo de abortamento, espontâneo ou provocado, não podem ser
denunciadas pelos médicos, mas se procuram os serviços de saúde
devem ser acolhidas, atendidas e tratadas com dignidade,
reconhecendo-lhes a autoridade moral e ética para decidir".

 

 

As organizações Rockefeller, através de várias ONGs recém
criadas neste princípio de século, estão desenvolvendo suporte e
treinando profissionais da área da saúde de diversos países
latino-americanos para promoverem este tipo de atendimento. Uma vez
que o médico está proibido pela legislação de praticar um aborto,
mas uma mulher lhe declare que irá praticá-lo, ele será obrigado a
ensinar-lhe com detalhes sobre como proceder para realizá-lo com
segurança e, uma vez iniciado o procedimento, comprometer-se a
atendê-la humanamente em algum estabelecimento de saúde, sob pena de
responder por quaisquer danos que um aborto praticado de modo inseguro
possa vir a acarretar à mulher. A norma já está em fase de
implantação no Uruguai, onde no momento as autoridades da saúde
afirmam que, apesar de obrigatória para todos os médicos da rede
publica e privada, os profissionais que não concordarem não serão
perseguidos, mas chamados a um amplo diálogo. o Brasil o médico
Aníbal Faundes, ex professor de Obstetrícia da UNICAMP,
mas ainda funcionário, desde 1977, do Population Council de
Nova York, a entidade das organizações Rockefeller que desencadeou
em 1952 o movimento mundial pelo controle populacional, tentou, em
2008, implantar o sistema em Campinas, através da BemFam
(filial brasileira da International Planned Parenthood Federation,
entidade que controla cerca de 20% das clínicas de abortos norte
americana) e com fundos obtidos pela SAAF (Safe Abortion Action
Fund), um consórcio para financiar a difusão da a nova técnica
patrocinado pelos países da União Européia. A tentativa de
instalar o sistema no Brasil foi denunciada internacionalmente pelo
Population Research Institute.

 

[Violar a Lei para Mudar a Lei: Em Campinas, Bemfam quer
Ensinar Mulheres a Abortar.
http://www.lapop.org/content/view/142/23/]

 

Informações sobre o Safe Abortion Action Fund 
= =


64.   Situação da Defesa da Vida  _   2009/10/21  IGREJA CATÓLICA PEDE APOIO À CPI DO ABORTO
 
A SITUAÇÃO DA DEFESA DA VIDA
DIFUNDA ESTA MENSAGEM.
 
EXPLIQUE A SEUS CONTATOS QUE A
DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO É
NECESSÁRIA PARA A DEFESA DA VIDA.
 
================================================
 
IGREJA CATÓLICA PEDE APOIO À
INSTALAÇÃO DA CPI DO ABORTO
 
================================================
 
APRESENTAÇÃO E RESENHA
 
O Deputado Luiz Bassuma requisitou a abertura de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito na Câmara dos Deputados para investigar
quem está financiando a promoção do aborto no Brasil e qual o
envolvimento do governo nesta agenda internacional depois que o
Ministro da Saúde, José Gomes Temporão além de outras
declarações, afirmou diante das Câmaras da TV Cultura que,
mesmo faltando recursos básicos no sistema de saúde, em caso de
aprovar-se a legalização do aborto não haveria necessidade de
preocupar-se sobre como financiar a prática de um milhão e meio de
abortos por ano, pois não faltariam recursos internacionais para
tanto. Pode-se ouvir em aúdio o próprio deputado depondo a respeito
na audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, na quarta
feira dia 10 de outubro de 2007.
 
[http://www.pesquisasedocumentos.com.br/audienciapublica.mp3]
 
Se instalada, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
descobriria facilmente não apenas que há um projeto internacional
interessado em promover o aborto no Brasil mas que, mais ainda, a
partir do momento em que chegou ao poder, a cúpula do Partido dos
Trabalhadores, contrariando suas próprias bases eleitorais e os
interesses que afirma representar, quis transformar-se no principal
aliado deste projeto que pretende negar a personalidade jurídica antes
do nascimento, remover completamente todos os tipos de aborto do
Código Penal, reconhecer o aborto como um novo direito humano e
tornar a prática totalmente livre em qualquer momento da gestação.
 
Por causa desta e de outras atividades em defesa da vida, o
Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, em julgamento
ocorrido no dia 17 de setembro de 2009, condenou por unanimidade
os Deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, à suspensão de suas
atividades legislativas, acusados de haverem violado gravemente o
Código de Ética Partidária por haverem militado contra a
descriminalização do aborto.
 
É o que afirma claramente o comunicado apresentado no site oficial do
PT sobre o julgamento, onde se encontra também a íntegra da
sentença proferida:
 
"O DIRETÓRIO NACIONAL DO PT, REUNIDO
NESTA QUINTA-FEIRA (17), ANALISOU OS
PARECERES DAS COMISSÕES DE ÉTICA
INSTAURADAS CONTRA OS DEPUTADOS
FEDERAIS LUIZ BASSUMA (PT-BA) E
HENRIQUE AFONSO (PT-AC). POR
UNANIMIDADE, OS MEMBROS DO DN
ENTENDERAM QUE OS DOIS DEPUTADOS
INFRINGIRAM A ÉTICA-PARTIDÁRIA AO
"MILITAREM" CONTRA RESOLUÇÃO DO 3º
CONGRESSO NACIONAL DO PT A RESPEITO DA
DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO".
 
A difusão mundial do aborto nos anos recentes transformou-se em um
dos maiores casos de corrupção de toda a história.
 
As organizações que financiam internacionalmente o aborto não apenas
investem milhões de dólares para transformarem a prática do aborto em
um novo direito humano, como também, nos países onde suprimir a vida
de um ser humano antes do nascimento é definido pela lei como crime,
patrocinam também a própria disseminação e a impunidade do aborto
clandestino.
 
A CPI do aborto, já criada na Câmara no dia 8 de dezembro de
2008, não foi instalada até o momento apenas porque as
organizações que recebem dinheiro do exterior para promoverem o aborto
no Brasil estão exigindo dos líderes das bancadas partidárias que
não indiquem os deputados necessários para que a Comissão
Parlamentar de Inquérito possa começar seus trabalhos.
 
Neste domingo encerrou-se em Itaici a 31ª Assembléia das
Igrejas do Regional I da CNBB. Entre os dias 16 e 18 de
outubro de 2009, 46 Dioceses da Igreja Católica no Estado de
São Paulo elaboraram um documento manifestando
 
"INDIGNAÇÃO PELO ACONTECIDO COM OS
DOIS DEPUTADOS",
 
denunciando o PT
 
"PELA ATITUDE DE INTRANSIGÊNCIA E
RETROCESSO NA CONSTRUÇÃO DO ESTADO
DEMOCRÁTICO, EM CONTRADIÇÃO COM
DIVERSOS DOCUMENTOS INTERNACIONAIS
SOBRE DIREITOS HUMANOS E OS PRINCÍPIOS
DO EVANGELHO",
 
e pedindo
 
"APOIO À CPI DO ABORTO PARA INVESTIGAR
O FINANCIAMENTO DO CRIME DO ABORTO
SUSTENTADO POR INTERESSES
ESTRANGEIROS QUE QUEREM IMPOR AO
BRASIL E AMÉRICA LATINA A POLÍTICA
PERVERSA DO CONTROLE DEMOGRÁFICO".
 
Leia a seguir o texto completo da moção.
 
EM SEGUIDA TELEFONE AOS DEPUTADOS
FEDERAIS QUE COMPÕEM A FRENTE
PARLAMENTAR EM DEFESA DA VIDA,
EXPLICANDO-LHES COM SUAS PRÓPRIAS
PALAVRAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO E
PEDINDO-LHES QUE EXIJAM A IMEDIATA
INSTALAÇÃO DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE
INQUÉRITO SOBRE O ABORTO.
 
Os mails e telefones dos membros da Frente Parlamentar em Defesa da
Vida seguem após o documento de Itaici.
 
Em uma democracia não se pode tolerar que um dos maiores casos de
corrupção da história, envolvendo uma aliança do governo nacional
com uma agenda internacional para subverter desde as raízes, o direito
humano fundamental à vida, não seja investigado apenas porque os
próprios envolvidos estão pedindo para que o assunto seja arquivado.
 
================================================
 
MOÇÃO APOIO APROVADA EM ITAICI PELAS 46
DIOCESES DA REGIONAL SUL 1 DA CNBB
 
Publicação autorizada pela Comissão Regional em Defesa da Vida
do Regional Sul 1 da CNBB
 
================================================
 
"Na Trigésima Primeira Assembléia das Igrejas Particulares do
Regional Sul 1 da CNBB, nós, Povo de Deus, reunidos de 16
a 18 de outubro de 2009 em Itaici, Indaiatuba, SP, viemos a
público manifestar nossa indignação diante do sucedido com os
deputados federais Luis Bassuma (PT-BA) e Henrique Afonso
(PT-AC), que foram processados, julgados e condenados pela
Comissão de Ética de seu partido à pena de suspensão de suas
atividades parlamentares, retirados da Comissão de Seguridade
Social e Família da Câmara dos Deputados e ainda instados a
retirarem todas as suas iniciativas legislativas que defendem e promovem
a vida humana.
 
Os deputados foram punidos por assumirem a defesa do direito humano
primário: o direito à vida do inocente indefeso, desde a
concepção.
 
O proceder do Partido dos Trabalhadores, como de qualquer outro
partido, que se comporte da mesma forma, demonstra intolerância e
desrespeito à liberdade de consciência, garantida pela
Constituição Federal, provocando um retrocesso na construção do
Estado Democrático, além de violar o direito fundamental à vida
desde a concepção, garantido pela Convenção Americana de
Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica),
homologado pelo nosso Congresso Nacional em 1992, e contrariando
frontalmente a a mensagem central do Evangelho.
 
[...]
 
Manifestamos nossa solidariedade e apoio aos deputados pelo testemunho
exemplar de cidadania e profunda consciência humana e cristã, bem
como apoiamos a instalação na Câmara dos Deputados da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) do Aborto, para investigar a
prática do aborto clandestino, sustentado pelo financiamento e
interesses estrangeiros, que querem impor ao Brasil e à América
Latina a política perversa do controle populacional.
 
Se quisermos sustentar um fundamento sólido e inviolável para os
Direitos Humanos, é indispensável reconhecer que a vida humana deve
ser defendida sempre, desde o momento da fecundação (Documento de
Aparecida, nº 467)".

64. Alberto R. S. Monteiro  _ 3 de maio de 2010  URGENTE: CAMARA VOTARÁ DIREITO À VIDA
Sábado, 1 de maio de 2010
 
A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA
VIDA:
 
No dia 17 de setembro de 2007 os deputados federais Luiz
Bassuma (PT-BA) e Henrique Afonso (PT-AC) foram
condenados por unanimidade de 38 votos pelo Diretório Nacional do
Partido dos Trabalhadores, sediado em Brasília, acusados de terem
cometido infrações graves à Ética Partidária por haver defendido a
vida desde a concepção e apresentado vários projetos de lei contra o
aborto no Congresso Nacional.
 
A violência envolvida neste julgamento, além de ter sido um sinal
claro da existência de um compromisso programático contra o direito à
vida por parte do governo Lula, foi um prenúncio de novas medidas
mais radicais que virão a ser tomadas contra a vida pelos governos do
Partido dos Trabalhadores.
 
Entre os vários projetos que valeram a condenação do Deputado Luiz
Bassuma, encontra-se o Estatuto do Nascituro, apresentado em
co-autoria com o deputado Miguel Martini (PHS-MG).
 
O Estatuto, que tramita na Câmara com o nome de PL 478/07,
elenca todos os direitos inerentes à criança por nascer e pretende
tornar integral a proteção ao nascituro.
 
O projeto, que tem ampla aprovação da maioria dos parlamentares na
Câmara e o respaldo da esmagadora maioria da sociedade brasileira que
é contrária à legalização do aborto, poderia ter sido aprovado por
um folgado número de votos nesta quarta feira passada, dia 28 de
abril de 2010 se a votação não tivesse sido suspensa através de
uma manobra de um pequeno número de parlamentares a favor do aborto.
 
NESTA QUARTA FEIRA DIA 5 DE MAIO DE 2010
O ESTATUTO DO NASCITURO SERÁ NOVAMENTE
APRESENTADO PARA VOTAÇÃO NO CONGRESSO.
 
PRECISAMOS DE SUA AJUDA PARA QUE ESTE
PROJETO SEJA APROVADO NA PRÓXIMA
QUARTA FEIRA DIA 5 DE MAIO DE 2010.
 
O BRASIL ESTÁ ENFRENTANDO O MAIOR
ATAQUE JÁ DESENCADEADO CONTRA A
DIGNIDADE DA VIDA HUMANA QUE HOUVE EM
SUA HISTÓRIA. O problema transcende o próprio Brasil e
representa o coroamento de investimentos estrangeiros de várias
décadas que pretendem impor o aborto não só ao Brasil como também a
toda a América Latina e a todo o mundo.
 
Procuraremos manter informados sobre o desenrolar dos acontecimentos a
todos os que tenham recebido esta mensagem.
 
Agradecemos a todos pelo imenso bem que estão ajudando a promover.
 
ALBERTO R. S. MONTEIRO
 
================================================
 
LEIA A SEGUIR:
 
1. O DEPUTADO LUIZ BASSUMA (PT-BA) É
JULGADO E CONDENADO POR DEFENDER A
VIDA.
 
2. O ESTATUTO DO NASCITURO.
 
3. DEPUTADOS A FAVOR DO ABORTO IMPEDEM
A VOTAÇÃO DO ESTATUTO DO NASCITURO.
 
4. O QUE FAZER.
 
5. TELEFONES, FAX E MAILS DOS
PARLAMENTARES DA COMISSÃO DE
SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA DA CÂMARA
DOS DEPUTADOS
 
================================================
 
Preocupo-me profundamente pela defesa da dignidade da vida humana, e
é por isso que estou lhe escrevendo. Caso não queira receber minhas
mensagens, por favor, escreva sob o título REMOVER para
 
 
================================================
 
1. O DEPUTADO LUIZ BASSUMA (PT-BA) É
JULGADO E CONDENADO POR DEFENDER A
VIDA.
 
================================================
 
No dia 17 de setembro de 2009 o Partido dos Trabalhadores,
fundado pelo atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da
Silva, condenou os deputados federais Luiz Bassuma (do Estado da
Bahia) e Henrique Afonso (do Estado do Acre), acusados de
violarem gravemente o Código de Ética do Partido, simplesmente
porque eram contra o aborto.
 
Concretamente isto significou que, representando a grande maioria da
população brasileira e também dos militantes petistas, estes
deputados se posicionaram contra o aborto, defenderam a vida desde a
concepção, apresentaram vários projetos de lei contra o aborto no
Congresso Nacional, fundaram e lideraram a Frente Parlamentar a
Favor da Vida e apresentaram um requerimento que pedia a abertura de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar quem estaria
financiando a promoção do aborto no Brasil.
 
O julgamento foi presidido pelo próprio presidente nacional do
Partido dos Trabalhadores, o Deputado Ricardo Berzoini, na quinta
feira, dia 17 de setembro de 2009, na sede do Diretório
Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília. A
condenação foi por unanimidade. Uma comissão de 38 membros da
direção nacional do Partido dos Trabalhadores julgou, sem nenhuma
abstenção e sem nenhum voto contrário, que os deputados condenados
violaram gravemente a Ética do Partido ao se posicionarem a favor da
vida. A posição oficial do Partido dos Trabalhadores é pela
completa legalização do aborto.
 
No comunicado oficial emitido no mesmo dia do julgamento, hoje
retirado do ar, o site do PT afirmou claramente que a condenação
dos deputados foi motivada porque os deputados militavam contra a
legalização do aborto:
 
"O Diretório Nacional do PT, reunido nesta quinta-feira
(17), analisou os pareceres das Comissões de Ética instauradas
contra os deputados federais Luiz Bassuma (PT-BA) e Henrique
Afonso (PT-AC). Por unanimidade, os membros do DN
entenderam que os dois deputados infringiram a ética partidária ao
"militarem" contra resolução do 3º Congresso Nacional do PT a
respeito da descriminalização do aborto".
 
 
Na sentença condenatória, que podia ser lida em sua íntegra no site
do PT, afirmava-se que
 
"O ESTATUTO DO PT GARANTE A TODO
FILIADO O DIREITO DE MANIFESTAÇÃO
PÚBLICA SOBRE QUESTÕES DOUTRINÁRIAS E
POLÍTICAS",
 
mas exige que o comportamento dos afiliados
 
"SE LIMITE AO MERO EXERCÍCIO DO DIREITO
À LIBERDADE DE EXPRESSÃO",
 
sendo vedada qualquer
 
"MILITÂNCIA OSTENSIVA CONTRA A
RESOLUÇÃO DO 3º CONGRESSO NACIONAL DO
PT SOBRE A DESCRIMINALIZAÇÃO DO
ABORTO".
 
 
A violência envolvida neste julgamento do Partido dos Trabalhadores
não foi apenas um grave golpe à defesa da dignidade da vida humana e
à liberdade de expressão no Brasil. Além de ter feito parte de uma
estratégia para desestruturar o posicionamento dos parlamentares que
defendem a vida no Brasil, como se depreendeu de diversos artigos
aparecidos na época no site oficial do PT, foi também um sinal
claro da existência de um compromisso programático contra o direito à
vida por parte do governo Lula, e um prenúncio de outras medidas
ainda mais radicais que seriam tomadas no futuro. Estas medidas vieram
na véspera do Natal, quando o Presidente Lula assinou o decreto nº
7.037, de 21 de dezembro de 2009, que instituiu o Terceiro
Programa Nacional de Direitos Humanos, o qual reconhece a prática
do aborto como um direito humano.
 
O Objetivo Estratégico III da Diretriz número 9, contido na
página 91 do Plano, afirma que um dos objetivos estratégicos do
governo, em matéria de política de direitos humanos, será
 
"APOIAR A APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI
QUE DESCRIMINALIZA O ABORTO,
RECOMENDANDO-SE AO PODER LEGISLATIVO A
DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO".
 
 
Mas, como afirmou o jornalista Reinaldo de Azevedo em matéria
publicada na Revista Veja, "SOB A DESCULPA DE
DEFENDER OS DIREITOS HUMANOS O PLANO
TAMBÉM INSTITUI UMA VERDADEIRA POLÍCIA
POLÍTICA PARA VIGIAR E PUNIR A MÍDIA" que
desrespeitar os novos direitos humanos definidos no documento. O
Objetivo Estratégico I da Diretriz nº 22 do Plano do governo
quer "promover o respeito aos Direitos Humanos nos meios de
comunicação", e propõe que
 
"seja criado um marco legal estabelecendo o respeito aos Direitos
Humanos nos serviços de rádio e televisão como condição para sua
outorga e renovação, prevendo penalidades como advertência, multa,
suspensão da programação e cassação, de acordo com a gravidade das
violações praticadas, e a elaboração de critérios de
acompanhamento editorial a fim de criar ranking nacional de veículos de
comunicação comprometidos com os princípios de Direitos Humanos,
assim como os que cometem violações".
 
[DECRETO GOLPISTA DE LULA USA DIREITOS
HUMANOS PARA TENTAR CENSURAR A
IMPRENSA:
http://veja.abril.com.br
Isto significa que não apenas o aborto passa a ser considerado,
segundo o Plano do Presidente Lula, como um novo direito humano,
mas também que não será mais permitido o direito de expressão para
quem quiser manifestar a opinião contrária.
 
É surpreendente o modo propositalmente enganoso com que o governo do
Presidente Lula
 
(1) pretendeu impor, no final de 2005, ao povo brasileiro, o
infame substitutivo do Projeto de Lei 1135/91, que
LEGALIZARIA O ABORTO, POR QUALQUER
MOTIVO, DURANTE TODOS OS NOVE MESES DA
GRAVIDEZ, mesmo consciente de que a quase totalidade da
população é contrária à legalização deste crime hediondo;
 
(2) promoveu o vergonhoso julgamento dos Deputados Luiz Bassuma e
Henrique Afonso, a quem coube grande parte do mérito pelo
desmascaramento do substitutivo do PL 1135/91 e sua consequente
derrota na Câmara em 2008;
 
(3) promulgou o PNDH 3, que não apenas RECONHECE A
PRÁTICA DO ABORTO COMO DIREITO HUMANO,
como também A TORNA POLÍTICA DE ESTADO e pretende
institucionalizar o CERCEAMENTO DA LIVRE
MANIFESTAÇÃO DA POSIÇÃO CONTRÁRIA QUE
REPRESENTA O PENSAMENTO DE TODOS OS
BRASILEIROS;
 
para não citar
 
(4) uma série INUMERÁVEL de outros ataques ao direito à
vida perpetados INSISTENTEMENTE por este mesmo governo,
que mencionei em outras mensagens anteriores, os quais têm sido
repetidos continuamente,
 
(5) e com uma sofisticada técnica capaz de produzir O
GRADUAL AMORTECIMENTO DA
SENSIBILIDADE DO ELEITORADO SOBRE O
VERDADEIRO SIGNIFICADO DESTAS
INTERMINÁVEIS VIOLAÇÕES DE DIREITOS
HUMANOS.
 
Tudo isto deveria fazer com que já fosse chegado o momento em que
todos nós seriamente repensássemos, enquanto ainda é tempo,
QUAL É O VERDADEIRO PAPEL QUE ESTE
PARTIDO PRETENDE DESEMPENHAR E QUAL A
SUA RELAÇÃO COM O AUTÊNTICO IDEAL
DEMOCRÁTICO, que foi a bandeira sob a qual o PT
apresentou-se à nossa sociedade, ao ser fundado no início dos anos
80.
 
================================================
 
2. O ESTATUTO DO NASCITURO.
 
================================================
 
Entre as diversas infrações à Ética do Partido dos Trabalhadores
cometidas pelo Deputado Luiz Bassuma, atualmente militante do
Partido Verde, está a apresentação, à Câmara dos Deputados,
em março de 2007, de um projeto de lei denominado por ele mesmo de
ESTATUTO DO NASCITURO.
 
Trata-se, segundo a apresentação escrita pelo próprio
parlamentar, de
 
UM PROJETO INOVADOR, QUE TRATA
SISTEMATICAMENTE DE UM ASSUNTO NUNCA
TRATADO EM OUTRA LEI. ESTE PROJETO,
CHAMADO "ESTATUTO DO NASCITURO",
ELENCA TODOS OS DIREITOS A ELE
INERENTES, NA QUALIDADE DE CRIANÇA POR
NASCER. O ESTATUTO PRETENDE TORNAR
INTEGRAL A PROTEÇÃO AO NASCITURO,
SOBRETUDO NO QUE SE REFERE AOS DIREITOS
DE PERSONALIDADE.
 
No texto do projeto, que pode ser lido na íntegra no endereço
 
afirma-se, entre outros dispositivos, que
 
"ART. 2-3: O NASCITURO É TODO SER
HUMANO CONCEBIDO, MAS AINDA NÃO
NASCIDO. DESDE A CONCEPÇÃO SÃO
RECONHECIDOS TODOS OS DIREITOS DO
NASCITURO, EM ESPECIAL O DIREITO À
VIDA, À SAÚDE E A TODOS OS DEMAIS
DIREITOS DA PERSONALIDADE PREVISTOS
NOS ARTIGOS 11 A 21 DO CÓDIGO CIVIL
BRASILEIRO".
 
"ART. 7: O NASCITURO DEVE SER
DESTINATÁRIO DE POLÍTICAS SOCIAIS QUE
PERMITAM O SEU DESENVOLVIMENTO SADIO E
HARMONIOSO E O SEU NASCIMENTO EM
CONDIÇÕES DIGNAS DE EXISTÊNCIA".
 
"ART. 12: É VEDADO AO ESTADO OU A
PARTICULARES CAUSAR DANO AO NASCITURO
EM RAZÃO DE ATO COMETIDO POR QUALQUER
DE SEUS GENITORES".
 
A relatora do projeto, a deputada Solange Almeida, ao apresentar
seu voto favorável ao Estatuto, comentou com razão:
 
"Trata-se de um projeto de grande valor para a integração da
legislação relativa à aplicação dos direitos humanos da criança e
do adolescente. De fato, o art. 1º, item 2, da Convenção
Americana de Direitos Humanos, designada como Pacto de São José
da Costa Rica, adotada pelo Brasil em 1992, estabelece que,
para os efeitos daquela convenção
 
'PESSOA É TODO SER HUMANO',
 
e a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, adotada
pelo Brasil em 1990, afirma que a
 
'CRIANÇA, EM VIRTUDE DE SUA FALTA DE
MATURIDADE FÍSICA E MENTAL, NECESSITA
PROTEÇÃO E CUIDADOS ESPECIAIS,
INCLUSIVE A DEVIDA PROTEÇÃO LEGAL,
TANTO ANTES QUANTO APÓS SEU
NASCIMENTO'.
 
Ora, é evidente que não se podem alcançar estes objetivos sem que
sejam tomados os necessários cuidados devidos ao nascituro".
 
================================================
 
3. DEPUTADOS A FAVOR DO ABORTO IMPEDEM
A VOTAÇÃO DO ESTATUTO DO NASCITURO.
 
================================================
 
O projeto iria ser votado na quarta feira passada, dia 28 de abril
de 2010, na Comissão de Seguridade Social e Família da
Câmara dos Deputados, onde seria aprovado pela larga maioria dos
Parlamentares presentes. A maioria dos deputados da Comissão é a
favor da vida, assim como a esmagadora maioria dos brasileiros que eles
representam. Nos últimos vinte anos a aprovação ao aborto tem
diminuído constantemente ano após ano no Brasil, e hoje é tão
baixa que há vários anos os institutos especializados em pesquisas de
opinião pública, normalmente contratados pelas organizações que
militam a favor do aborto, já não divulgam mais os resultados
obtidos.
 
Para impedir a aprovação ao Projeto, que inauguraria uma nova fase
na defesa da vida no Brasil, os deputados a favor do aborto, alguns
momentos antes do início da votação, retiraram-se do plenário para
que, devido à falta do quorum mínimo de 17 parlamentares
presentes, a votação fosse declarada suspensa.
 
A notícia da votação suspensa na quarta feira dia 28 de abril de
2010 pode ser lida na própria Agência de Notícias da Câmara:
 
Nenhum outro periódico comentou uma linha sequer sobre este Projeto
nem sobre sua votação. Todos os principais veículos da mídia
impressa e falada no Brasil estão a par dos acontecimentos referentes
a este projeto, mas o assunto está sendo propositalmente ignorado
apenas porque o apoio da população ao projeto seria esmagador. O
Estatuto do Nascituro somente será objeto de algum comentário pela
imprensa caso venha a ser rejeitado.
 
================================================
 
4. O QUE FAZER.
 
================================================
 
O Estatuto do Nascituro deverá voltar a ser votado na Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara na quarta feira dia 5 de
maio de 2010, a partir da 9 horas e 30 minutos da manhã, no
Plenário 07 do Anexo II do Congresso Nacional, conforme a
pauta publicada no site da Câmara. É o ítem número 9, sob
título PROJETO DE LEI Nº 478/07 - DOS SRS.
LUIZ BASSUMA E MIGUEL MARTINI - QUE
"DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DO NASCITURO E
DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".
 
 
Para que o projeto seja aprovado basta que compareçam ao Plenário
para votarem todos os deputados da Comissão de Seguridade Social e
Família que são a favor da vida.
 
Precisamos de sua ajuda para que este projeto, que marcará a
história da defesa da vida no Brasil, seja aprovado.
 
TELEFONE E ENVIE FAX AOS DEPUTADOS DA
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E
FAMÍLIA QUE SÃO A FAVOR DA VIDA
PEDINDO-LHES QUE COMPAREÇAM À SESSÃO
DE QUARTA FEIRA DIA 5 DE MAIO DE 2010 NO
PLENÁRIO 07 DO ANEXO II DO CONGRESSO
NACIONAL PARA VOTAREM A FAVOR DO
ESTATUTO DO NASCITURO.
 
TELEFONE E ENVIE FAX AOS DEPUTADOS DA
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E
FAMÍLIA QUE ESTÃO INDECISOS SOBRE O
PROJETO PARA MANIFESTAR-LHES O QUANTO
É IMPORTANTE QUE SE POSICIONEM PELA
DEFESA DA VIDA.
 
É importante que se enviem mensagens eletrônicas, porém mais
decisivo ainda é que se telefone e se fale de viva voz, com o próprio
deputado ou com um de seus assessores. Expliquem-lhes com suas
próprias palavras porque este projeto representa o pensamento de
praticamente a totalidade do povo brasileiro.
 
A EXPERIÊNCIA TEM MOSTRADO QUE EM CASOS
COMO ESTES A PARTICIPAÇÃO ATIVA DOS
CIDADÃOS QUE MOSTRAM REPRESENTAR A
MAIORIA DA CIDADANIA TEM SIDO O FATOR
RELEVANTE QUE TEM DECIDIDO O DESTINO
DAS VOTAÇÕES.
 
INSISTA EM TELEFONAR E EM PEDIR QUE
OUTRAS PESSOAS TELEFONEM.
 
INSISTA TAMBÉM EM DIVULGAR TODO O
CONTEÚDO DESTA MENSAGEM. A DIFUSÃO DO
CONHECIMENTO É CONDIÇÃO NECESSÁRIA
PARA A PRESERVAÇÃO DA DEMOCRACIA E DA
DIGNIDADE DA VIDA HUMANA.
 
As seguintes observações são importantíssimas:
 
1. SE VOCÊ NÃO É BRASILEIRO, ESCREVA E
PEÇA PARA ESCREVER TAMBÉM, POIS O
RESPEITO À DIGNIDADE DA VIDA DIZ
RESPEITO A TODA A HUMANIDADE.
 
2. PEDIMOS QUE CADA UM ESCREVA ALGUMA
MENSAGEM COM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS EM
VEZ DE MANDAR UMA MENSAGEM PREVIAMENTE
PADRONIZADA.
 
3. QUEM PARTICIPAR DE ALGUMA IGREJA OU
RELIGIÃO, NÃO SE MANIFESTE COMO
RELIGIOSO, MAS COMO CIDADÃO OU
PROFISSIONAL.
 
4. A TODOS A QUEM FOR SE DIRIGIR,
DEVE-SE O MAIOR RESPEITO EM QUALQUER
CIRCUNSTÂNCIA. TELEFONANDO, OU
ESCREVENDO, SEJA SEMPRE EDUCADO AO
EXTREMO MAS NÃO DEIXE DE MANIFESTAR
CLARAMENTE SEU PONTO DE VISTA.
 
Procuraremos manter informados sobre o desenrolar dos acontecimentos a
todos os que tenham recebido esta mensagem.
= =

65.

A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA
VIDA:
 
Em uma sessão dramática que durou cerca de quatro horas, o Estatuto
do Nascituro foi aprovado por 17 votos a favor e 7 votos contra,
nesta quarta feira, dia 19 de maio de 2010, pela Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados em
Brasília.
 
O Estatuto do Nascituro, que está tramitando sob o nome de PL
478/2007, será um marco histórico na defesa da vida no
Brasil e, brevemente, deverá tornar-se referência para demais
países da América Latina.
 
O projeto, que deverá ser votado pelo Plenário da Câmara e do
Senado antes de transformar-se em lei, seguiu, na quinta feira dia
20 de maio de 2010, para discussão e votação na Comissão de
Finanças e Tributação da Câmara.
 
A Câmara não divulgou os nomes dos 17 deputados que votaram a
favor do Estatuto do Nascituro. O resultado oficial da votação,
bem como os nomes dos deputados que votaram contra o projeto, podem ser
obtidos na ata oficial da sessão no seguinte endereço:
 
 
A tramitação do PL 478/2007 poderá ser acompanhada
através do endereço
 
 
Os arquivos contendo os áudios da sessão podem ser baixados no
seguinte endereço:
 
 
OS MILHARES DE CONTATOS QUE FORAM
FEITOS COM OS DEPUTADOS POR PARTE DE
INCONTÁVEIS CIDADÃOS BRASILEIROS QUE
RECEBERAM ESTA E MUITAS OUTRAS
MENSAGENS QUE CIRCULARAM PELA INTERNET
FORAM DECISIVOS PARA QUE ESTE PROJETO
PUDESSE TER SIDO APROVADO.
 
Agradecemos a todos pelo imenso bem que tem ajudado a promover.
 
Pedimos aos que receberem esta mensagem que enviem nossos mais
profundos agradecimentos a todos os deputados que souberam defender a
vida no Congresso Nacional e, de modo especial, aos deputados
LUIZ BASSUMA (PV-BA) e MIGUEL MARTINI
(PHS-MG), autores do projeto, SOLANGE ALMEIDA
(PMDB-RJ), relatora do projeto, e FÁTIMA PELAES
(PMDB-AP), a qual, conforme relato adiante, soube
posicionar-se corajosamente em defesa da vida.
 
Procuraremos manter informados sobre o desenrolar dos acontecimentos a
todos os que tenham recebido esta mensagem.
 
ALBERTO R. S. MONTEIRO
 
================================================
 
Caso não queira receber minhas mensagens, por favor, escreva sob o
título REMOVER para
 
 
================================================
 
LEIA A SEGUIR
 
1. O QUE É O ESTATUTO DO NASCITURO.
 
2. COMO TRANSCORREU A VOTAÇÃO DO
ESTATUTO DO NASCITURO.
 
3. O NÚMERO DE ABORTOS NO BRASIL.
 
4. CONDENSADO DA SESSÃO DE 19 DE MAIO DE
2010 DA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E
FAMÍLIA
 
5. TELEFONES, FAX E MAILS DOS
PARLAMENTARES DA COMISSÃO DE
SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA DA CÂMARA
DOS DEPUTADOS
 
================================================
 
1. O QUE É O ESTATUTO DO NASCITURO
 
================================================
 
O Estatuto do Nascituro é o mais importante projeto em defesa da
vida que tramita na Câmara dos Deputados desde a apresentação, em
2005, por iniciativa do governo Lula, do substitutivo do infame
projeto de lei 1135/91, que propunha a total descriminização
da aborto, tornando a prática totalmente livre, por qualquer motivo,
durante todos os nove meses da gravidez, desde a concepção até o
momento do parto.
 
O Estatuto do Nascituro, ao contrário do atual governo brasileiro
que decidiu aliar-se às grandes Fundações Internacionais que
promovem o aborto irrestrito em todo o mundo, segue a linha dos
principais tratados e convenções internacionais de direitos humanos
assinados pelo Brasil que tem reconhecido cada vez mais claramente a
personalidade e o direito à vida antes do nascimento.
 
A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS
HUMANOS DA ONU afirmava, em 1948, em seus artigos 3 e
6, que
 
"TODO INDIVÍDUO TEM DIREITO À VIDA, À
LIBERDADE E À SEGURANÇA DE SUA PESSOA.
TODO SER HUMANO TEM DIREITO, EM TODAS
AS PARTES, AO RECONHECIMENTO DE SUA
PERSONALIDADE JURÍDICA".
 
Dez anos depois, em 1958 a CONVENÇÃO SOBRE OS
DIREITOS DA CRIANÇA DA ONU, da qual o Brasil é
signatário, ia além e afirmava que
 
"A CRIANÇA, EM VIRTUDE DE SUA FALTA DE
MATURIDADE FÍSICA E MENTAL, NECESSITA
PROTEÇÃO E CUIDADOS ESPECIAIS,
INCLUSIVE A DEVIDA PROTEÇÃO LEGAL,
TANTO ANTES QUANTO APÓS SEU
NASCIMENTO".
 
Passados mais dez anos, em 1969, o PACTO DE SÃO
JOSÉ DA COSTA RICA, do qual o Brasil também é
signatário, afirmava em seus artigos 1, 3 e 4:
 
"PARA EFEITOS DESTA CONVENÇÃO, PESSOA
É TODO SER HUMANO. TODA PESSOA TEM
DIREITO AO RECONHECIMENTO DE SUA
PERSONALIDADE JURÍDICA. TODA PESSOA
TEM O DIREITO DE QUE SE RESPEITE SUA
VIDA. ESSE DIREITO DEVE SER PROTEGIDO
PELA LEI E, EM GERAL, DESDE O MOMENTO DA
CONCEPÇÃO."
 
Em nosso ordenamento jurídico o Código Penal de 1940 já
reconhecia o nascituro como pessoa ao colocar o crime do aborto,
tipificado em seus artigos 124 a 128, debaixo do título de
"Crimes contra a Pessoa".
 
O novo Código Civil Brasileiro, datado de 2002, em seu artigo
1798, ao tratar do direito de herança, menciona como pessoas
tanto "as nascidas como as já concebidas":
 
"LEGITIMAM-SE A SUCEDER AS PESSOAS
NASCIDAS OU JÁ CONCEBIDAS NO MOMENTO DA
ABERTURA DA SUCESSÃO". (Artigo 1798 do
Código Civil de 2002).
 
Faltava um documento em nossa legislação que recolhesse as
afirmações dos tratados internacionais de que o Brasil é signatário
e estabelecesse claramente a partir de que momento se inicia a
personalidade jurídica e o direito a vida, uma lacuna lamentável que
tem permitido a difusão da Cultura da Morte em nosso país, cujo
povo é esmagadoramente contrário à legalização do aborto. O
Estatuto do Nascituro veio preencher esta lacuna.
 
O Estatuto do Nascituro, ao contrário das ações e projetos
constantemente apresentados pelo governo Lula, reconhece o direito à
vida desde o momento da concepção. O Estatuto elenca todos os
direitos inerentes à criança por nascer, já afirmados pelo direito
internacional, tornando integral a proteção ao nascituro, sobretudo
no que se refere aos direitos de personalidade, e
 
"VEDA AO ESTADO OU A PARTICULARES
CAUSAR DANO AO NASCITURO EM RAZÃO DE
ATO COMETIDO POR QUALQUER DE SEUS
GENITORES".
 
O texto do projeto pode ser lido na íntegra no endereço
 
 
O Estatuto do Nascituro, juntamente com diversas outras iniciativas
a favor da vida, valeu aos Deputado Luiz Bassuma e Henrique
Afonso, na época filiados ao Partido dos Trabalhadores, serem
julgados e condenados por unanimidade de 38 votos, proferida no dia
17 de setembro de 2009 pelo Diretório Nacional do Partido dos
Trabalhadores, acusados de terem cometido infrações graves à Ética
Partidária por haver defendido a vida desde a concepção e
apresentado vários projetos de lei contra o aborto no Congresso
Nacional.
 
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2. COMO TRANSCORREU A VOTAÇÃO DO
ESTATUTO DO NASCITURO.
 
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A minoria dos parlamentares que são a favor do aborto são também,
com evidentes razões, contrários à aprovação do Estatuto do
Nascituro. Com a assessoria dos ministérios e das secretarias do
poder executivo, fizeram o possível para não permitir a discussão e
a votação do projeto, que seria certamente aprovado por ampla
maioria. Os deputados que são a favor da legalização do aborto,
coordenados pelo Deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS),
conseguiram, através de diversos expedientes regimentais, impedir que
o projeto fosse discutido e votado pelo menos por cinco sessões
consecutivas. A intenção era postergar o mais possível tanto a
discussão como a votação, até que a atual legislatura expirasse e o
projeto fosse arquivado. Na terça feira dia 11 de maio de
2010, a própria Assessoria do Governo na Câmara dos Deputados
chegou a convocar os deputados a favor do aborto da Comissão de
Seguridade Social e Família para uma reunião com representantes do
Ministério da Saúde, da Secretaria de Direitos Humanos, do
Ministério da Justiça e da Secretaria Especial de Políticas para
as Mulheres, apenas para discutir estratégias para impedir a
votação do PL 478/07.
 
A sessão desta quarta feira dia 19 de maio iniciou-se com o
Deputado Darcísio Perondi pedindo uma verificação de quorum. O
presidente deve então contar os deputados presentes e, havendo menos
de 17 parlamentares no plenário, a sessão é definitivamente
suspensa. No momento em que o deputado Perondi pedia a
verificação, porém, vários deputados contrários à aprovação do
Estatuto do Nascituro retiraram-se do plenário apenas para que não
houvesse quórum suficiente para manter a sessão. A sessão, já
derrubada, acabou por fim sendo mantida após retirada do pedido do
Deputado Perondi, apenas graças à pressão exercida por alguns
parlamentares em nome de um grupo de idosos que haviam vindo de longe
para assistir a aprovação de outro projeto sobre a aposentadoria dos
funcionários do IBGE.
 
Terminada a votação dos aposentados, o Deputado Darcísio Perondi
ainda apresentou um requerimento para retirar de pauta a votação do
Estatuto do Nascituro e depois outro requerimento para adiar a
votação do estatuto por mais nove sessões. Manobras como estas já
impediam a votação do Estatuto por cinco semanas.
 
Durante a discussão do mérito do projeto, teve especial destaque o
depoimento pessoal da deputada Fátima Pelaes, que afirmou já haver
votado na Comissão de Seguridade Social e Família a favor do
direito ao aborto, mas que hoje havia mudado seu modo de pensar e,
testemunhando, segundo suas próprias palavras, que a vida inicia-se
na concepção, iria votar a favor do Estatuto do Nascituro. "Esta
mulher que está hoje aqui presente", afirmou Fátima, havia nascido
fruto de um estupro, de uma mulher que já era mão de cinco filhas e
cumpria pena por um crime passional, juntamente com outra filha, em
uma penitenciária, onde havia sofrido abusos sexuais. A mãe de
Fátima chegou a pensar no aborto e Fátima nunca soube quem foi o seu
pai. Já adulta, sua mãe lhe pede perdão pelo que pensou em fazer.
Ao chegar na Câmara, em uma sessão em que estava sendo discutido do
direito ao aborto, Fátima fêz questão de chegar atrasada ao
aniversário de seu filho para poder ficar até o fim da sessão e votar
a favor do aborto. Hoje, nesta mesma Comissão, concluiu Fátima,
seu filho a está chamando outra vez para irem a um aniversário, mas
ela afirma que novamente não sairá daqui enquanto não tiver votado a
favor do Estatuto do Nascituro, porque se a vida não começasse na
concepção, ela, assim como todos os seus demais colegas de
Parlamento, não estariam hoje nesta Casa votando este projeto.
 
No final, o Estatuto do Nascituro foi aprovado por 17 votos a
favor e 7 votos contra.
 
Um resumo desta longa, dramática e histórica sessão pode ser
encontrado no ítem 4 desta mensagem. O leitor poderá deixar de ler
este resumo, passando diretamente para os endereços, telefones e fax
dos deputados para enviar suas mensagens de agradecimento aos
parlamentares. Mas gostaríamos de mencionar o quanto seria importante
ler com atenção o condensado da sessão.
 
Todos sabem que a democracia depende do autêntico debate das idéias e
da possibilidade de que estas possam realmente chegar ao público.
 
No entanto, todos os periódicos, nacionais e estrangeiros, com as
duas exceções adiante mencionadas, apesar da importância da matéria
e apesar de que os jornalistas são diariamente informados no próprio
Legislativo sobre o andamento dos trabalhos, não mencionaram uma
única palavra, nem antes nem depois da aprovação, sobre o que havia
acontecido.
 
Na quinta feira dia 20 de maio de 2010, sob o título
"Comissão aprova Projeto para Pensão de Filho Gerado em
Estupro", o Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, foi o único
periódico do Brasil e do mundo que noticiou a aprovação do Estatuto
do Nascituro.
 
 
Somente depois de três dias silêncio, em sua edição de sábado dia
22 de maio de 2010, a Folha de São Paulo publicou, no
rodapé da segunda página do seu terceiro caderno, uma pequena
matéria anunciando que
 
"APÓS ACALORADAS DISCUSSÕES QUE
DURARAM QUATRO HORAS, A COMISSÃO DE
SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA DA CÂMARA
APROVOU NA ÚLTIMA QUARTA UM PROJETO DE
LEI CONHECIDO COMO ESTATUTO DO
NASCITURO.
 
O PROJETO É VISTO COMO 'TOTAL
RETROCESSO' PELOS GRUPOS QUE APÓIAM A
DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO".
 
 
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3. O NÚMERO DE ABORTOS NO BRASIL.
 
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Pelo menos desde 1994, a aprovação à legalização do aborto
tem diminuído ano após ano no Brasil, até chegar a números tão
baixos que as próprias entidades que costumam financiar estas pesquisas
têm cessado de divulgar os seus resultados.
 
Mas não é apenas a aprovação ao aborto que diminui no Brasil ano a
ano.
 
Segundo dados do Ministério da Saúde, pode-se concluir que a
própria prática do aborto tem diminuído, nos últimos anos, em
cerca de 12% ao ano, a cada ano, todos os anos.
 
O contato diário com o público dos inúmeros grupos que trabalham na
defesa da vida mantém em todo o Brasil já indicava, há diversos
anos, uma diminuição muito significativa da prática do aborto no
Brasil, comparável à própria diminuição da aprovação à
legalização do aborto.
 
Depreende-se também, e de modo mais explícito, que a prática do
aborto provocado tem diminuido constantemente nos últimos anos no
Brasil, pelos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde e
divulgados pela imprensa, embora estes insistam em divulgar conclusões
opostas.
 
Segundo os dados do SUS, divulgados pela Folha de São Paulo em
janeiro de 2009,
 
O NÚMERO DE CURETAGENS PÓS-ABORTO
REALIZADAS NO SUS (SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE) CAI ANO APÓS ANO NO PAÍS,
CONFORME DADOS DIVULGADOS PELO
MINISTÉRIO DA SAÚDE. SÓ EM 2008, ESSA
REDUÇÃO FOI DA ORDEM DE 12%.
 
 
O número de curetagens é frequentemente associado ao índice de
abortos realizados de forma clandestina. Uma grande parte destas
curetagens, estimada, segundo a prática de médicos experientes dos
hospitais do sistema público de saúde, em no máximo 25%, são
decorrentes de abortos mal feitos.
 
Entretanto, novos dados divulgados pela Folha de São Paulo neste
sábado 22 de maio de 2010, decorrentes de uma pesquisa
encomendada pelo Ministério da Saúde na qual foram entrevistadas
2002 mulheres em todo o Brasil, informam que cerca de 300
mulheres, ou 15% da amostra, afirmaram que haviam praticado aborto
e destas, cerca da metade, ou aproximadamente 150, afirmaram que
haviam sido internadas em razão do procedimento. Ou seja, segundo os
dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, cada mulher internada em
decorrência de um aborto provocado representa um total de duas que
abortaram.
 
 
Segundo ainda outros dados do Ministério da Saúde, realizaram-se
no Brasil, em 2008, cerca de 200 mil curetagens na rede de
hospitais do SUS. Este número inclui tanto as curetagens
realizadas por causa de abortos provocados como as realizadas por outros
motivos.
 
Cruzando todos estes dados, somente agora disponíveis em sua
totalidade, e admitindo que 25% das curetagens realizadas pelo
SUS são decorrentes da prática do aborto provocado (a proporção
exata provavelmente deve ser menor), conclui-se que cada ano são
internadas nos hospitais brasileiros um total de 50 mil mulheres em
decorrência da prática do aborto provocado.
 
Como, segundo os novos dados fornecidos pelo Ministerio da Saúde,
cada mulher internada em conseqüência de um aborto representa um
totall de duas mulheres que provocaram um aborto, pode-se concluir que
O NÚMERO DE ABORTOS PROVOCADOS NO
BRASIL GIRA EM TORNO DE NO MÁXIMO 100
MIL ABORTOS POR ANO, e que provavelmente o número real
seja menor do que este, O QUE SIGNIFICA UM NÚMERO
MUITO INFERIOR AO UM MILHÃO E MEIO DE
ABORTOS POR ANO PROPAGANDEADO PELO
MINISTÉRIO DA SAÚDE COM O EVIDENTE
PROPÓSITO DE PROMOVER A LEGALIZAÇÃO DA
PRÁTICA NO PAÍS.
 
Deve-se acrescentar, ademais, QUE ESTE NÚMERO VEM
DIMINUINDO, NOS ÚLTIMOS ANOS, À TAXA DE
CERCA 12% AO ANO.
 
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4. CONDENSADO DA SESSÃO DE 19 DE MAIO DE
2010 DA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E
FAMÍLIA
 
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- IMEDIATAMENTE APÓS O INÍCIO DOS
TRABALHOS, O DEPUTADO DARCÍSIO PERONDI
PEDE VERIFICAÇÃO DE QUORUM PARA
DERRUBAR A SESSÃO. A DEPUTADA JÔ
MORAES, PARLAMENTAR A FAVOR DO ABORTO,
JUNTAMENTE COM OUTROS, RETIRA-SE DO
PLENÁRIO PARA NÃO HAVER QUORUM
SUFICIENTE PARA PROSSEGUIR A SESSÃO.
 
DARCÍSIO PERONDI
 
Peço verificação, senhor presidente, regimentalmente.
 
PRESIDENTE
 
Regimentalmente, nobre deputado Darcísio, vamos fazer a
verificação.
 
MIGUEL MARTINI
 
Senhor presidente, se cair a sessão, os nossos companheiros que
estão reivindicando os direitos dos aposentados, e que vieram de
longe, não poderão ver votado o projeto de lei que lhes interessa.
Peço que haja sensibilidade dos nobres deputados e que eles possam
realmente dar o seu sim para manter o plenário. Haverá outros
momentos em que poderão ser obstruídos os trabalhos desta Comissão,
mas peço que respeitem todos os aposentados que aqui estão.
 
DARCÍSIO PERONDI
 
Gostaria de tranqüilizar os aposentados, pois se este projeto não
entrar em votação hoje, entrará na próxima semana, ou na outra,
com absoluta certeza. Temos unanimidade quanto a este projeto, que é
mais do que digno, que é mais do que justo.
 
MIGUEL MARTINI
 
Na verdade todos os aposentados se locomoveram, gastaram recursos e
esforços físicos para virem de longe e estar aqui, e ele pode ser
aprovado. Nós gostaríamos que realmente fosse dado quorum para que
nós deputados pudéssemos fazer a votação do projeto destes
aposentados. Peço à Deputada Jô Moraes que venha ao Plenário,
que dê a sua presença, para que possamos votar o projeto.
Democracia é isso. Democracia é respeito.
 
PAES DE LIRA
 
Senhor presidente, gostaria de manifestar que esta manobra é
surpreendente. Eu esperava manobras, mas em um ponto posterior da
sessão. Esta manobra, até um certo ponto surpreendente, tem o
claro propósito de impedir a votação do projeto de lei extremamente
importante para o futuro do Brasil, uma lei que se dispõe a proteger
os bebês desde o ventre materno, desde a concepção, e as mães em
situação de dificuldade, uma lei que caminha, como deve caminhar,
na contramão daquelas que propõem a simplificação do problema pela
eliminação do nascituro. Esta manobra tem o claro propósito de
impedir a votação de um projeto tão importante e ela deve ser
reprovada.
 
SOLANGE ALMEIDA
 
Gostaria de pedir ao Deputado Darcísio Perondi, que sabe a
importância dos trabalhos desta comissão para o destino da saúde e da
previdência do país. Estamos com uma pauta sobrecarregada de
matérias para votar e não é possível que vamos derrubar uma sessão
sem sequer ela haver acontecido. Vamos entrar em recesso no mês que
vem, vai ser difícil votar matérias e a sociedade aguarda a votação
destas matérias. Então eu gostaria de pedir ao deputado Darcísio
Perondi, pela luta que ele tem, que ele retire o seu pedido de
verificação para que possamos dar continuidade à sessão.
 
DARCÍSIO PERONDI
 
Gostaria de fazer uma correção em benefício do regimento da Câmara
e desta Comissão. O nobre deputado Paes de Lira usou um termo
pejorativo. Ele se referiu a manobras regimentais. Eu quero lembrar
que o que existe são expedientes regimentais. Todos estes expedientes
são legítimos, desde que amparados no regimento. Não existem
manobras, com sentido pejorativo.
 
HENRIQUE AFONSO
 
Senhor presidente, nós temos a grata satisfação de estar recebendo
nesta casa os ex-servidores da Autarquia do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, e estes ex-servidores vieram buscar
justiça. Hoje, esta obstrução, materializada por um recurso
regimental, que é a verificação de quorum, pode fazer destes
servidores pessoas que voltarão para seus lares frustradas com este
Parlamento.
 
HENRIQUE AFONSO
 
Mais uma coisa. Este debate sobre o Estatuto do Nascituro tem
trazido polêmicas importantes e nós temos que encarar esta polêmica.
Não podemos fugir do debate democrático e republicano. É
necessário enfrentá-lo. Na semana passada foi feito um pedido de
vistas pelo mesmo Deputado Darcísio Perondi e outros, [que atrasou
a votação por mais uma semana]. Hoje nós queremos discutir o
projeto. Eu acredito que derrubar esta sessão não coloca só em
cheque este debate democrático sobre um dos pontos mais importantes do
direito do nascituro. Ainda que reconheçamos o direito regimental de
obstruir, por parte de quem não tem interesse sobre determinada
matéria, não podemos colocar em cheque também direitos fundamentais
dos trabalhadores, como é o caso dos trabalhadores que estão aqui
presentes. Nós pedimos a este deputado, ao Deputado Darcísio,
que é homem brilhante e democrático, que possamos abrir a
discussão. Não entendemos por que estão querendo fugir deste debate
sobre o Estatuto do Nascituro.
 
ARNALDO FARIA DE SÁ
 
Senhor Presidente, entendo a posição regimental do nobre Deputado
Darcísio Perondi, mas fico preocupado com este projeto sobre a
aposentadoria do pessoal do IBGE. Portanto, em nome dos
aposentados do IBGE, vamos tentar manter a atividade da sessão.
 
ARNALDO FARIA DE SÁ
 
A minha tristeza é que a nobre deputada Jô Moraes estava aqui e ela
mesma se ausentou da votação. Ela está se omitindo deste projeto.
Se estivesse aqui, já teria sido dado o quorum suficiente para
continuarmos.
 
DARCÍSIO PERONDI
 
Senhor Presidente, fiquei sensibilizado pelas palavras do Deputado
Henrique Afonso e, na linha do Deputado Arnaldo Faria de Sá, eu
retiro o meu pedido de verificação [de quorum], desde que se vote
imediatamente o projeto dos aposentados. Este é um acordo.
 
- VOTA-SE O PROJETO DOS APOSENTADOS,
QUE É APROVADO POR UNANIMIDADE.
 
PRESIDENTE
 
Senhores deputados, temos um pedido regimental, nos termos do Artigo
117 do Regimento Interno, [da parte do Deputado Darcísio
Perondi], que requer a retirada da ordem do dia do Projeto de Lei
[do Estatuto do Nascituro], em apreciação nesta Comissão.
 
PAES DE LIRA
 
Senhor Presidente, voltamos ao campo das manobras. O objetivo é
mandar ao arquivo, definitivamente, um projeto de lei extremamente
importante para o futuro do país. Não vou debater o mérito, mas o
fato é que um pedido de adiamento de nove sessões não é adiamento.
O objetivo é fazer com que termine a legislatura e este projeto seja
passado ao arquivo sem merecer a devida consideração pela Comissão
de Seguridade Social e Família. Esta é uma manobra que deve ser
rejeitada pelo Plenário. O Plenário não deve acolher este pedido
cujo objetivo não é o de aperfeiçoar, de burilar, de melhorar, mas
sim matar este projeto de lei tão importante.
 
DARCÍSIO PERONDI
 
Eu tenho um respeito enorme pelo Deputado Paes de Lira. Mas ele
insiste em usar a palavra manobra. O microfone é livre. Nele
pode-se falar o que quiser. Mas não é uma manobra. Não é
manobra! É um instrumento regimental. Eu quero a retirada deste
projeto para discutir mais. Este tema mexe, este tema está mexendo
conosco! Todos estão percebendo. Neste instante esta sala está
carregada de emoções, de posições divergentes. Vamos colocar mais
tempo para trabalhar a razão e diminuir a emoção. Este é o
objetivo da retirada, para que nós possamos conversar mais, discutir
mais. Com certeza este projeto será aprovado, porque a maioria assim
o quer. Mas eu só quero discutir mais.
 
LUIZ BASSUMA
 
Senhores deputados, eu penso que o deputado Paes de Lira foi muito
educado e diplomático quando usou a palavra manobra. É uma palavra
muito leve. O sentido desta movimentação que vai pela quinta sessão
consecutiva é bem outro. A deputada relatora Solange Almeida
disponibilizou o projeto durante três anos para que todos tivessem a
oportunidade de lerem e relerem o texto. Ela enxugou o projeto e
conseguiu retirar dele o que havia de mais polêmico, que era a parte
penal, pois achávamos que as penas para o aborto deveriam ser
ampliadas, porque trata-se de um crime hediondo. A deputada
Solange, com a sua habilidade política, conseguiu nos convencer [a
suprimir toda esta parte]. E Vossa Excelência, deputado Paes de
Lira, foi muito educado ao dizer que [o que está ocorrendo nesta
Casa são] manobras. O que se quer fazer aqui Casa é pior do que
isso. Por que não querem votar este projeto? Eu vou explicar por
que não querem votar o projeto. Qual é o sentido daqueles
parlamentares que estão fugindo covardemente [deste debate]? Veja
que eu não sou tão educado quanto Vossa Excelência. Eu disse
covardemente. É uma covardia parlamentar o que estes deputados estão
fazendo há cinco sessões. Por que não se coloca o projeto em
discussão? Vote contra! Mas assuma a sua posição perante o povo
brasileiro. Digam claramente que são a favor da matança das
crianças em nosso país! Mas nós queremos defender o direito
daqueles que querem viver e ter uma vida digna!
 
MIGUEL MARTINI
 
Nobre deputado Luiz Bassuma, alegar que este projeto é
desconhecido, que este projeto precisa de mais discussão, é algo a
que talvez falte até um pouco mais de criatividade. O que nós
estamos vendo, nobre deputado Luiz Bassuma, é que trata-se de algo
mais grave do que aquilo de que Vossa Excelência falou. O que está
acontecendo é que há um grupo decidido a implantar a Cultura da
Morte neste país, e nós precisamos dizer isso com todas as letras.
A lógica deles é a de não deixar nascer, e os que nascerem serão
mortos. Desde 1973, Vossa Excelência conhece bem estes dados,
desde 1973 até o ano 2000, foram assassinados nos países que
aprovaram o aborto um bilhão e quinhentos milhões de vidas. Hoje
criou-se um novo modo de fazer aborto nos Estados Unidos, que Vossa
Excelência bem conhece. Quando a criança está com seis meses, ou
mais, no ventre materno, o termo usado para esta nova prática é
aborto por nascimento parcial. A lei americana afirma que se o bebê
chegar a respirar fora do útero [qualquer tentativa de retirar-lhe a
vida] é assassinato. Então o que os médicos fazem? Dilatam o
útero da mãe, pegam a criança pelos pés, puxam a criança até o
pescoço sem deixar o pescoço sair completamente, [deixando apenas a
cabeça do bebê dentro do ventre materno], e então cortam o pescoço
da criança. Depois disso retiram a cabeça do bebê. Alguns estados
americanos se revoltaram contra isso [e proibiram esta prática].
Mas os promotores do aborto entraram com uma ação na Suprema Corte
e foi julgado que esta prática deveria ser considerada legal para todos
os 50 estados americanos. Então, nobres deputados, o que está
por trás de tudo isso não é outra coisa senão uma estratégia para
aprovar uma Cultura da Morte e é preciso que a sociedade acompanhe e
saiba quem tem interesse em defender a vida e quem verdadeiramente luta
pela vida. É claro que somos radicalmente contrários a este
requerimento protelatório, que só tem a intenção de impedir a
discussão. Não é nada mais do que isso!
 
SOLANGE ALMEIDA
 
O que acontece é o seguinte. Eu fiz parte de um acordo com o
Deputado Darcísio Perondi e eu imaginei que aqui se respeitassem os
direitos dos cidadãos brasileiros. Mas eu não estou vendo os meus
direitos respeitados. Eu sequer consigo ler o meu relatório por causa
de todas estas manobras regimentais! Não podemos ter dois termos.
Ou defendemos a vida ou não a defendemos! Ou somos a favor da
tortura ou não somos a favor da tortura! Dizer que somos a favor da
tortura para os bandidos, que não somos a favor da tortura para as
pessoas boazinhas, mas que somos a favor da tortura para os ditadores,
não! Ou se é contra ou se é a favor! Não podemos ter dois pesos
e duas medidas quando se trata da vida. Ou defendemos a vida ou somos
contra a vida! Mas o que eu estou vendo aqui é um desrespeito total.
Eu participo desta comissão há três anos e meio, e hoje o deputado
Darcísio Perondi sequer me deixa ler o meu relatório! Assuma a sua
posição, deputado, como eu assumo a minha! Eu quero ser tratada
com a dignidade e o respeito com que eu trato a cada um de vocês. Eu
não aceito o que está sendo feito nesta casa há cinco sessões. Eu
exijo respeito pelas minhas idéias. Cheguei aqui como qualquer um de
vocês, pedindo votos, indo na casa das famílias dos brasileiros que
moram no Rio de Janeiro e pedindo para as pessoas para que eu pudesse
vir aqui representá-las. Aqui estou, e estes 69.462
munícipes do Rio de Janeiro a quem represento merecem respeito,
merecem que eu esteja aqui defendendo suas idéias. Então vamos votar
o relatório. Vamos ler o relatório.Vamos debater o relatório.
Até hoje não vi o deputado Darcísio Perondi pedir para discutir o
relatório. Quando houve uma audiência pública sobre o Estatuto do
Nascituro ele não compareceu. Então eu quero dizer que eu quero
respeito. Eu acho que devo ler este relatório hoje!
 
- VOTA-SE O REQUERIMENTO. 17 DEPUTADOS
VOTAM, DOS QUAIS 16 CONTRA O ADIAMENTO
E APENAS 1 A FAVOR DO ADIAMENTO. O
REQUERIMENTO DO DEPUTADO DARCÍSIO
PERONDI É REJEITADO.
 
- APÓS A LEITURA DO RELATÓRIO, A
DEPUTADA SOLANGE ALMEIDA CONTINUA SEUS
COMENTÁRIOS.
 
SOLANGE ALMEIDA
 
Senhor presidente, para falar em defesa do PL 478, devo dizer
devo dizer que tenho muita satisfação e alegria por ter sido relatora
deste projeto. Nós não podemos tapar o sol com a peneira. Ou
acreditamos que existe vida ou não acreditamos que existe vida e não
vamos lutar pela vida. Isto não tem meio termo. Temos que lutar
pela vida em todas as suas instâncias.
 
- O DEPUTADO DARCÍSIO PERONDI PASSA A
LER UM EXTENSO VOTO CONTRÁRIO AO
PROJETO.
 
DARCÍSIO PERONDI
 
Senhor presidente, voto em separado. Este projeto vem causando
longas discussões nesta comissão, bem como em todo o país, pela
importância do tema abordado. Precisamos lembrar que a liberdade e a
igualdade são pilares das democracias contemporâneas e que, dentre as
liberdades, as de pensamento e de crença caracterizam as democracias
liberais dos estados constitucionais. Com isso, a eventual
imposição de uma moral hegemônica ou a não consideração da
diversidade das idéias e de opiniões coloca em risco estes
pressupostos fundamentais, aniquilando o sentido da liberdade
construído durante séculos. Outro ponto central das democracias é a
igualdade que, por sua vez, é condição tanta para a realização da
liberdade quanto para a concretização das sociedades justas. Ao
equiparar os direitos dos nascituros aos direitos das mulheres e
equiparar o nascituro à criança, o projeto viola não apenas a
liberdade de crença, mas também a igualdade. O status inferior dado
às mulheres no âmbito do Estatuto implica na ausência do
reconhecimento de sua condição contemporânea como sujeito moral e de
direitos. A proposta de se proteger os seres humanos não nascidos é
legítima, mas torna-se ilegítima e incompatível com os princípios
fundamentais do estado democrático de direito no momento em que viola
ou ignora a igualdade, a liberdade e a dignidade das mulheres como
seres humanos. O problema do projeto não está no reconhecimento da
proteção ao nascituro, mas que este reconhecimento ocorra ao preço
das mulheres e dos direitos reprodutivos. O nascituro pode ser
considerado humano por pertencer a um código genético humano. A
categoria de pessoa, entretanto, é uma categoria moral. A
afirmação de ser o nascituro pessoa humana só é possível a partir
de determinadas concepções morais e de determinadas crenças.
Ademais, afirmar que o nascituro, em todo o seu processo de
desenvolvimento deve ter seus direitos reconhecidos no mesmo grau que os
direitos de uma criança ou de uma mulher é ignorar elementos básicos
da personalidade como a capacidade de viver a vida, a consciência, o
nascimento com vida, a participação na comunidade política, o
registro de nascimento, entre outros.
 
- O DEPUTADO DARCÍSIO PERONDI PASSA A
DESCREVER EM DETALHE A HISTÓRIA DO
SOFRIMENTO DE VÁRIAS GESTANTES,
VÍTIMAS DE ESTUPRO, QUE NÃO
CONSEGUIRAM ABORTAR.
 
- AOS 35 MINUTOS DA LEITURA, QUANDO
DESCREVE COM DETALHES AS HISTÓRIAS DAS
DIFICULDADES DESTS DIVERSAS JOVENS QUE
NÃO CONSEGUIRAM ABORTAR, O DEPUTADO É
INTERROMPIDO PELA PRESIDÊNCIA QUE LHE
DÁ 10 MINUTOS PARA ENCERRAR.
 
PRESIDENTE
 
Nobre deputado Darcísio Perondi, nós estamos ouvindo o voto de
Vossa Excelência que é muito pertinente. Mas Vossa Excelência
já está lendo este voto há 35 minutos. Eu gostaria que Vossa
Excelência concluísse para deixar os demais colegas falarem.
 
MIGUEL MARTINI
 
Senhor presidente, nós estamos observando que esta leitura está
tendo uma ação postergatória. O que o deputado está querendo é
usar o prazo regimental. Esta leitura deveria ser suspensa, o nobre
deputado já passou de muito o tempo dele.
 
PRESIDENTE
 
Nobre deputado Perondi, Vossa Excelência tem dez minutos para
concluir a leitura de seu voto. Às doze e quinze, onde o Sr.
estiver na leitura do voto, ela estará terminada.
 
DARCÍSIO PERONDI
 
Senhor presidente, a sociedade brasileira está certa em discutir este
tão importante tema. Entretanto, sabemos que uma unanimidade não
será alcançada. Por todo o exposto, e por considerar que o projeto
viola tanto a liberdade de crença e de pensamento quanto o princípio
da igualdade e a dignidade das mulheres, por impedir o aborto
decorrente de violência, por considerar que este projeto
institucionaliza a tortura e o terrorismo de Estado, por considerar
que a proteção ao nascituro não pode se dar ao custo dos direitos das
mulheres, voto pela rejeição do projeto.
 
JOFRAN FREJAT
 
Senhores e senhoras deputados, eu estou em dúvida com relação a
este projeto. Uma primeira dúvida se refere à situação em que o
médico faz o diagnóstico de risco de vida para a mãe. Parece-me
que esta situação não está bem caracterizada neste projeto. Quero
também trazer à reflexão a situação de que uma mulher tenha que
gerar um feto de um desafeto. Porque se permanecerem estas coisas,
teremos que ser contra a aprovação deste projeto.
 
SOLANGE ALMEIDA
 
Nobre deputado, nós não alteramos o Código Penal. Se não
alteramos o Código Penal, então isto significa que fica mantido o
Código Penal. Mas, com o Estatuto, a mulher que não quiser
abortar e quiser ter o filho, o Estatuto é claro ao dizer que o
Estado será obrigado a dar segurança e terá que prover o sustento
daquela criança. No caso de risco de vida da mãe teremos o mesmo
caso de quando nascem crianças gêmeas siamesas. O médico, neste
caso, terá que adotar algum tipo de conduta. Ele terá que optar por
alguma conduta e neste caso trata-se de uma questão de ética
médica. É o médico que irá optar por esta conduta. Mas hoje em
dia nós realmente vemos muitos poucos casos de mulheres que estejam em
risco de morte materna e [que necessitem de um aborto para
salvarem-se]. Alguns anos atrás isto era bem diferente. Nós não
vamos fazer uma lei dizendo o que os médicos devem fazer quando se
vêem diante de um caso de gêmeos siameses. É a ética médica que
vai decidir o que ele deverá fazer.
 
JÔ MORAES
 
Senhor presidente, caros deputados, sem dúvida nenhuma este projeto
retira e anula o previsto no Código Penal. O artigo 12 do projeto
diz que "é vedado ao Estado e aos particulares causar danos aos
nascituros em razão de ato cometido por qualquer de seus genitores".
Isto aqui anula o que está escrito o Código Penal, deputados.
Nós não somos ingênuos. Aqui diz que o Estado garante o que o
estuprador faz, e até o estupro está quase descriminalizado! Está
no artigo 12. Eu leio e repito. "É vedado ao Estado ou a
particulares causar dano ao nascituro em razão de ato cometido por
qualquer de seus genitores". O estuprador está liberado de qualquer
penalização! Este trecho do Estatuto compõe uma ilegalidade. A
Lei Complementar 95/98, em seu artigo 9, diz que "a cláusula
de revogação deverá enumerar expressamente as leis ou as
disposições legais revogadas". Mas o artigo 12 do Estatuto do
Nascituro não expressa o que ele está revogando! Está aqui
previsto que o Estado não poderá dar assistência à mulher vítima
de estupro, e não foi usada a palavra revogado. Mas é claro que
está revogado! O Estado não poderá realizar a interrupção da
gravidez em casos de estupro! Eu quero que fique clara esta questão!
Mais um dado. Eu não consigo entender por que de repente nós
criamos mecanismos que praticamente quase descriminalizam o estupro.
Pergunto aos senhores, está escrito aqui no artigo 13, parágrafo
primeiro: "identificado o genitor do nascituro ou da criança já
nascida, será este responsável por pensão alimentícia nos termos da
lei". Deputados e deputadas, o estuprador tem que ficar na cadeia!
Como nós podemos dizer que o estuprado vai ter o direito de dar
pensão ao seu filho! Coitadinho do estuprador! "O Estado arcará
com os custos respectivos até que venha a ser identificado e
responsabilizado pela pensão o estuprador". Deputados e deputadas,
isto é Bolsa Estupro, e que eu lamentavelmente não compreendo como
isso possa ser um direito! Eu solicitaria a todos os deputados e
deputadas que analizassem que defender a vida do nascituro é defender a
vida da mãe. Garantimos a vida do nascituro garantindo políticas
públicas, garantindo pré-natal, mas não é essa que é a questão
central do projeto! No parágrafo único do artigo segundo afirma-se
que "o conceito de nascituro inclui os seres humanos concebidos ainda
que in vitro, antes da transferência para o útero da mãe". Vejam
que então, neste caso, que se alguém está fazendo uma faxina em um
laboratório e quebrar uma ampola [onde se guardam embriões], este
homem será um criminoso, porque a legislação está prevendo aqui que
"o conceito de nascituro inclui seres humanos concebidos ainda que in
vitro, antes da transferência". Nesta caso será um criminoso quem
eventualmente bater em uma ampola! Nós estamos aqui com uma falsa
polêmica de sermos contra ou a favor do aborto. Porque esta é uma
falsa polêmica. Nós não estamos aqui contra ou a favor do aborto.
Nós estamos votando um projeto que fere profundamente a legislação
processual, que anula um artigo do Código Penal. Não somos
ingênuos, estamos lendo isto no projeto. Por isto, por ter dois
filhos, por ser uma mulher que viveu duramente as dificuldades da
ditadura, por querer que todas as mulheres tenham direito à vida, que
tenham políticas públicas, eu voto contra o Estatuto.
 
LUIZ BASSUMA
 
Senhor presidente, minha intenção não era a de alongar-me, mas
devido às distorções dos oradores que me precederam, não sei se por
ignorância ou má fé, distorções terríveis, eu me vejo obrigado a
gastar mais tempo. O projeto original do Estatuto do Nascituro, de
minha autoria, realmente modificava fortemente o Código Penal. A
Deputada Solange Almeida fez cortes profundos no projeto. Eram 32
artigos, o projeto foi reduzido a apenas 14. Tudo o que se referia
ao Código Penal foi retirado. Ou seja, o Código Penal continua
inalterado. Portanto as pessoas que quiserem hoje abortar legalmente
por estupro ou risco de vida, continuam tendo os mesmos direitos. As
pessoas que falaram diversamente estão querendo distorcer a realidade.
O que há então de novo no Estatuto do Nascituro? O estuprador
continuará respondendo criminalmente na prisão, mas além do que o
estuprador já é punido, ele também terá que ser responsabilizado
por aquele filho que gerou. Mas o coração e o pulmão do projeto
está aqui: é isto que está deixando indignados os deputados que no
passado lutaram para legalizar o aborto, para aprovar o PL
1135/95 [que liberava o aborto durante todos os nove meses da
gestação], um projeto que foi rechaçado veementemente [nesta
Casa]. O Estatuto reconhece desde a concepção a dignidade e a
natureza humana do nascituro, conferindo ao mesmo a plena proteção
jurídica. Este é o grande avanço. A Constituição de 1988
reconhecia o direito à vida, mas não deixava claro quando começava a
vida. Mas com este projeto isto fica claro. A vida começa no
momento da fecundação. E todos temos que ter responsabilidade,
inclusive as clínicas que fazem fertilização in vitro, elas tem que
ser responsabilizadas pois estão lidando com vidas, não estão
trabalhando com papéis nem com computadores! Portanto, agora eu vou
encerrar. Quero parabenizar todas as organizações da sociedade civil
a favor da vida que estão publicando o que está acontecendo nesta
Casa. E espero que elas publiquem em todo o Brasil o nome daqueles
deputados e deputadas que hoje estão se posicionando a favor do
aborto.
 
MIGUEL MARTINI
 
Senhor Presidente, nós não pretendíamos usar um tempo maior para
considerar o que já está absolutamente claro, isto é, o que este
projeto traz de novo para nossa legislação. Mas diante dos sofismas
ou até mesmo de afirmações que não encontram amparo no projeto de
lei, cabe a nós fazer alguns esclarecimentos. O que nós estamos
tratando aqui é de proteger a humanidade. Desde 1973 até o ano
2000 um bilhão e quinhentos milhões de vidas foram assassinadas no
ventre materno com a aprovação do aborto nos Estados Unidos e mais
57 países. Há países que já estão com um envelhecimento elevado
e a população, a comunidade e a sociedade não se repõem mais. O
que nós estamos querendo chamar a atenção e o que estamos querendo
preservar é que a vida começa na concepção. O capítulo 5 da
Constituição Federal no seu inciso décimo garante a vida e não há
dúvida nenhuma quando ela começa, que é na concepção. O que
estamos fazendo com este Estatuto é exatamente isso. Podem sofismar
e dizer que o Estatuto anula o Código Penal. O Estatuto não
anula nada. Se fosse assim, teríamos colocado no Estatuto que
revoga-se isto ou revoga-se aquilo, e isto não está sendo feito.
O Estado tem que cuidar que esta mãe não sofra violência, que
tenha direito ao pré-natal, que tenha direito de gerar com
dignidade. Seu filho, porém, é uma outra vida, que precisa
também ser amparada, e esta outra vida depende substancialmente,
essencialmente, de que nós criemos um mecanismo para que ela seja
protegida, porque o que nós percebemos mundo afora é que não é
considerado ser humano aquele que está no ventre materno, apesar de
todo o avanço tecnológico que nós temos. E é esta vida que
queremos proteger em todas as instâncias, desde a concepção até o
seu termo final.
 
JOSÉ GENOÍNO
 
Este argumento que Vossa Excelência está colocando já foi
desenvolvido e está nos anais da Assembléia Nacional Constituinte,
quando a Constituinte decidiu superar esta questão. Havia pessoas
como Vossa Excelência que defendiam esta tese, mas ela foi
rejeitada. Por isso o argumento de Vossa Excelência é
flagrantemente inconstitucional, porque este debate já aconteceu na
elaboração da Constituição de 1988 e foi superado por uma
decisão democrática das Comissões de Mérito e do Plenário em
relação à constitucionalidade.
 
PAES DE LIRA
 
Celebremos então a democracia. Vamos aprovar o Estatuto do
Nascituro e vamos dar ao ilustre deputado José Genoíno a
oportunidade de ir ao Supremo Tribunal para derrubar esta lei que é
pela vida.
 
JOSÉ GENOÍNO
 
Derrubaremos este projeto na Comissão de Constitucionalidade, se
ele passar por aqui!
 
PAES DE LIRA
 
Claro! Vamos dar oportunidade na Comissão de Constitucionalidade,
vamos dar oportunidade no Plenário, vamos dar oportunidade no
Supremo Tribunal Federal, ao deputado José Genoíno, com todos
aqueles que estiverem com ele, a oportunidade de lutar para derrubar
esta lei que é pela vida. Vamos dar a eles esta oportunidade! Para
encerrar a minha fala, esta é uma boa lei, esta é uma lei que de
modo sadio vai na contra-mão das grotescas atitudes adotadas em grande
parte dos países que se atrevem a dizer-se civilizados mas que têm
legislações destinadas a consagrar a chacina de inocentes no ventre
materno. Vamos votar o relatório e aprovar esta boa lei do Estatuto
do Nascituro. Para oi presente a para o futuro do Brasil.
 
FÁTIMA PELAES
 
Senhor presidente, este momento para mim tem sido um dos mais
difíceis [de minha carreira]. Estou há anos nesta casa. Cheguei
aqui em 1991 e aprendi que não podemos ser omissos. Podemos errar
por excesso, mas não por omissão. Já que o deputado Darcísio
Perondi apresentou vários depoimentos, enquanto Vossa Excelência
falava eu me senti no direito de dar um depoimento também, o meu
depoimento, um depoimento que por muitos anos eu mantive no meu peito,
no meu coração, e que aqui ficou preso, mas que agora, depois de
muitos anos de terapia, posso falar dele normalmente. Esta mulher que
hoje está aqui no Congresso Nacional, em seu quarto mandato, nasceu
dentro de uma penitenciária, filha de uma mulher que estava pagando
pena ali, por ter cometido um crime passional, uma mulher que já
tinha cinco filhas e uma delas estava com ela na penitenciária. Nesta
penitenciária ela foi abusada sexualmente e esta outra mulher que está
aqui hoje nasceu, sem saber até hoje quem foi o seu pai. Ela chegou
a pensar sim no aborto, porque não se via saída para a sua
situação. Como uma mulher que estava encarcerada poderia continuar
com aquela gravidez? Ela não teve como fazer. Depois ela me pediu
perdão. Depois que eu já estava adulta, ela me pediu perdão, e
hoje eu estou aqui, podendo dizer que a vida começa no momento da
concepção. Sim, porque se há muito tempo atrás ela tivesse feito
o aborto, nós não estaríamos hoje aqui. Há quem poderá me
dizer: "Mas este foi o seu caso!" Sim, mas quantos outros não
existem como este! Dá-se um jeito. Consegue-se sobreviver.
Consegue-se, não é fácil, mas é possível. É possível sim,
só eu sei a dor que aquela mulher passou, eu aprendi isso no dia a
dia, vendo aquela mulher lutando e que tirava força de onde não
tinha, como só uma mãe sabe. Eu já estive em alguns momentos nesta
mesma Comissão defendendo que toda mulher tem direito ao aborto,
defendendo que a vida não começa na concepção. Mas eu precisei ser
curada, trabalhada, porque eu estava com um trauma. Eu não
conseguia falar disto. Hoje eu posso. Hoje eu digo: nós temos que
refletir, nós temos que pensar. Esta lei não mudará o Código
Penal. A deputada que fez o seu relatório disse aqui, [no texto do
seu relatório]: "Entendemos que o caput do artigo 13 [do
Estatuto do Nascituro] tinha que ser reformulado para estar em
consonância com o artigo 128 do Código Penal". Portanto,
penso que nós, como representantes do povo brasileiro, temos que
pensar que direito nós, mulheres, temos de eliminar uma vida? Que
direito nós temos? Como é feita esta vida? Ela está ali, e se
não houver um nascituro, não teremos depois os seres humanos que
estão aqui presentes para trabalharem pela vida. Esta Casa recebe
milhares de pessoas do Brasil todo, buscando seus direitos, sempre
para melhorar a sua vida. Como é que nós agora vamos querer eliminar
uma vida, ali, no seu início? Eu queria dizer então, Senhor
Presidente, nobres colegas, que é muito importante que façamos uma
revisão. Eu já tive a oportunidade de estar aqui, como estou hoje,
sendo chamada pelo meu filho de 20 anos como ele está me chamando
agora para comemorarmos um aniversário e eu estou pedindo que ele me
aguarde. Mas muitos anos atrás, em um momento como este, quando era
o aniversário dele, eu também resolvi ficar até o fim da sessão,
mas para dizer que a mulher tinha o direito de abortar. Mas hoje
não, porque eu sei da consciência do que é. Nós não podemos.
Se nós lutamos pelo direito à vida, temos que lutar pelo nascituro.
Esta lei não modifica o que já estava no Código Penal, o parecer
da deputada diz que ela tem que ser adequada ao Código. Senhor
presidente, nobres colegas, nós temos aqui a responsabilidade para
com o nosso país. Vamos colocar a mão na nossa consciência. Muito
obrigada.
 
JOSÉ LINHARES
 
Senhor Presidente, penso que o assunto, depois deste testemunho,
merece ser encerrado. Peço a Vossa Excelência o encerramento das
discussões e que passemos à votação.
 
ARNALDO FARIA DE SÁ
 
Senhor Presidente, todos nós ficamos extremamente emocionados com a
manifestação da deputada Fátima Pelaes. Eu acho que, como disse
o nobre colega José Linhares, após a fala dela, temos que encerrar
a discussão e votar pela vida.
 
HENRIQUE FONTANA
 
Senhor Presidente, nobres colegas deputados e deputadas, eu estava
aqui pensando enquanto ouvia cada um dos argumentos, que muitas vezes,
na busca de um objetivo comum que seguramente todos nós temos, muitas
vezes nós podemos transformar este debate, o mais nobre de todos, em
um debate que pode pender em muitos momentos para uma simplificação
como se houvesse um teste, e este teste fosse dividir a todos nós,
seres humanos, entre aqueles que defendem a vida por ter uma
determinada posição em um determinado assunto e aqueles que seriam
contra a vida por terem uma posição diferente neste mesmo determinado
assunto. Todos nós aqui defendemos a vida. Vamos partir deste
pressuposto construtivo, este sim que mostra uma elevação da
sociedade, um amadurecimento da sociedade humana. O primeiro pedido
então que eu faço, Senhor Presidente, é que paremos de distribuir
estes e-mails que estão aqui. A democracia é muito linda e é muito
importante para que tentemos manipular a cabeça das pessoas com
argumentos simplificados, que nos estariam dividindo. Eu vou votar
contra [o Estatuto do Nascituro], mas não vamos disseminar na
nossa sociedade a idéia de que este projeto é um teste de quem é a
favor ou quem é contra a vida. Quero também dar meus cumprimentos à
Deputada Fátima Pelaes, que teve aqui a generosidade inclusive de
abrir um drama pessoal em um debate público e que mostra, na minha
opinião, como sempre temos que respeitar as diferenças. Nós sempre
temos que respeitar a evolução do pensamento de cada uma das pessoas e
nunca nos sentirmos os donos da verdade.
 
JOSÉ GENOÍNO
 
Quando, no terreno da Filosofia, no terreno da Religião ou terreno
da Ética cria-se um pensamento maniqueísta, de uma verdade única,
e associa-se esta verdade única ao Estado, todos nós sabemos como
este processo começa mas não sabemos como este processo termina.
Este raciocínio maniqueísta produz um tudo ou nada e o tudo ou nada,
da maneira como ele é colocado em um debate sobre esta questão é
associar uma verdade como sendo obrigatória para todos. Aí é que
está o germe e a raiz da intolerância, do maniqueísmo, do
absolutismo, do monolitismo, porque trata os outros como inimigos
daquela verdade. É isto que produz um raciocínio simplista. Quando
quero resolver uma polêmica com uma norma, isto se chama maniqueísmo
com um viés absolutista. E, pela maneira como estes discursos estão
aqui sendo feitos, aqueles que não tem a elaboração subjetiva destes
discursos irão interpretar à sua maneira, o que conduzirá à
negação de algo fundamental da condição humana, que é a
pluralidade de idéias, de religião, de crença e de convicção.
Quando se faz a fixação e a condenação, ela se faz na palavra,
mas estes que condenam na palavra, se tiverem força, amanhã sairão
da palavra para o fato concreto. Este é que é o problema. Não nos
chamem de intolerantes, não nos chamem de maniqueístas, chamem-nos
sim de uma visão democrática, que aceita a pluralidade. Este
projeto [do Estatuto do Nascituro] é equivocado
constitucionalmente, é equivocado do ponto de vista dos princípios
filosóficos, é equivocado em relação àqueles que acham que a vida
começa na concepção.
 
MIGUEL MARTINI
 
Senhor Presidente, eu não vou usar todo o meu tempo, mas apenas
quero dizer que quem está usando argumentos religiosos não foi a
Deputada Solange Almeida, nem nós. Nós usamos argumentos
jurídicos e científicos. Querer impingir a nós o discurso religioso
é, no mínimo, não sustentar a verdade. Dizer que há
maniqueísmo, que há intolerância na fala que ouvimos anteriormente,
parece-nos que, [depois da fala que acabamos de ouvir], [o
maniqueísmo e intolerância] também estão do lado de lá. O que
achamos é que o assunto já está bem discutido. Vamos defender a
vida e encerrar esta discussão.
 
- EM VOTAÇÃO O PROJETO DE LEI 478 DE
2007, [QUE CONTÉM O ESTATUTO DO
NASCITURO].
 
- O PROJETO É APROVADO POR 17 VOTOS A
FAVOR E SETE CONTRA.


67. ) A SITUAÇÃO DA DEFESA DA VIDA
 
 
DIFUNDA ESTA MENSAGEM.
 
EXPLIQUE A SEUS CONTATOS QUE A
DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO É
NECESSÁRIA PARA A DEFESA DA VIDA.
 
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FANTÁSTICO DENUNCIA O ABORTO NO BRASIL
 
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APRESENTAÇÃO E RESUMO
 
Domingo à noite, dia primeiro de agosto de 2010, o programa
"Fantástico", transmitido pela Rede Globo de Televisão,
irradiou uma matéria na qual era abordada a questão do aborto
clandestino no país.
 
Apesar de parecer que o programa tivesse sido elaborado para denunciar
o problema, é importante que o público perceba claramente que a
reportagem nada mais foi do que o apoio, por parte da emissora, ao
projeto do governo Lula, comprometido com interesses internacionais,
de promover o aborto no Brasil.
 
Esta mensagem explica e fundamenta por que o principal objetivo do
programa não era denunciar a prática do aborto. Não é a primeira
nem a última vez que a mídia e o governo brasileiro tentam promover o
aborto por estes meios. A estratégia utilizada pela Rede Globo foi
elaborada nos anos em 1990 em Nova York pela Fundação Ford,
implementada pela ONU e seguida fielmente pelo governo Lula.
 
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O ABORTO COMO PROBLEMA DE SAÚDE
PÚBLICA: COMO ENGANAR O POVO
BRASILEIRO
 
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Na noite do primeiro domingo agosto de 2010, o programa
"Fantástico", transmitido pela Rede Globo de Televisão,
transmitiu uma reportagem na qual eram exibidas cenas tomadas em
clínicas de aborto clandestinas, revelando o envolvimento de policiais
que protegem o crime, a conivência do Conselho Federal de
Medicina, que só pune o médico que pratica aborto em caso de
reincidência, e a permissividade das autoridades que permitem a venda
ilegal de drogas abortivas.
 
Tentou-se manter pouco visível para o público que este programa
fazia parte de uma série de outros que a Rede Globo vem
apresentando, como o veiculado pelo mesmo Fantástico no dia
10/6/2010, nos quais o aborto é sistematicamente apresentado
como um problema de saúde pública.
 
É fato conhecido que apresentar o aborto como problema de saúde
pública é a estratégia utilizada pelo nosso governo para promover
não só a legalização do aborto, como também o reconhecimento desta
prática como um direito.
 
Quando o governo insiste que o aborto deve ser considerado um problema
de saúde pública, o que se quer dizer é que sua prática não mais
deve ser considerada como uma questão de direito penal, o que, dito
em outras palavras, significa o mesmo que sustentar que a prática do
aborto não deve ser proibida por lei. Ora, segundo o próprio
direito, tudo o que não é explicitamente proibido pela lei é direito
dos cidadãos.
 
É o que fez o governo Lula em 2005, ao reconhecer perante a
ONU, em documento oficial, o aborto como um direito humano das
mulheres e em seguida afirmando-se comprometido a revisar a
legislação punitiva para as mulheres que praticam o aborto, conforme
consta nas páginas nona e décima do "SEXTO INFORME PERIÓDICO DO
BRASIL" apresentado pelo governo brasileiro em agosto daquele ano ao
Comitê da ONU para a Eliminação da Discriminação contra a
Mulher.
 
 
É o que fez também o governo Lula ao instalar, em 2005, uma
Comissão Tripartite estabelecida com o propósito, segundo afirma em
documento oficial, "DE EXAMINAR O TEMA DO ABORTO E APRESENTAR UMA
PROPOSTA PARA REVISAR A LEGISLAÇÃO PUNITIVA DO ABORTO". Em parceria
com a ONU, o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para
Mulher (UNIFEM) e com o Fundo de População das Nações
Unidas (UNFPA), a Comissão pretendeu demonstrar ao público
"O DESCOMPASSO DO LEGISLADOR BRASILEIRO PERANTE A LEGISLAÇÃO DO
ABORTO E A INCONSTITUCIONALIDADE DA CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO" e
passou a defender não mais a simples legalização do aborto, mas a
própria "INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER CRIMINALIZAÇÃO DO
ABORTO". Como conseqüência dos trabalhos da Comissão
Tripartite, o governo Lula, através da Secretaria da Política
das Mulheres, depois da aprovação pessoal do próprio presidente,
apresentou ao Congresso Nacional o substitutivo do PL
1135/91, cuja relatora e aliada do governo na Câmara veio a
ser a então deputada federal Jandira Feghali, projeto que, em seus
primeiros artigos, DEFINIA O ABORTO COMO UM DIREITO e nos seus últimos
artigos REVOGAVA TODOS OS ARTIGOS DO CÓDIGO PENAL QUE DEFINIAM O
ABORTO COMO UM CRIME, tornando-o com isso, caso o projeto viesse a
ser aprovado, LEGAL DURANTE TODOS OS NOVE MESES DA GRAVIDEZ, DESDE A
CONCEPÇÃO ATÉ O MOMENTO DO PARTO, e posicionando o Brasil como a
nova e espetacular referência emergente no cenário internacional na
difusão da Cultura da Morte.
 
Na realidade, definir o aborto como um problema de saúde pública,
retirando-o da esfera penal, é o primeiro passo para defender e
promover esta prática como um direito, que é o objetivo que realmente
se pretende com esta política.
 
O governo brasileiro, ao adotar esta postura, entretanto, nada mais
está fazendo do que seguir o relatório programático estabelecido em
1990 pela Fundação Ford, conhecido como "REPRODUCTIVE
HEALTH: A STRATEGY FOR 1990S" (Saúde Reprodutiva, uma
Estratégia para os anos 90), no qual estimava-se que, para
alcançar o crescimento populacional zero, não seria suficiente apenas
a oferta de serviços médicos, mas seria necessário em primeiro lugar
a promoção das mudanças sociais necessárias pelas quais as mulheres
poderiam ser motivadas a não desejar ter filhos o que, segundo a
Fundação, não era um problema que pudesse ser resolvido pela classe
médica, mas pelos especialistas em ciências sociais, com os quais a
Fundação trabalhava, como parte principal de seu programa, desde o
fim da segunda guerra mundial.
 
As mudanças propostas envolviam
 
1. A reconceitualização da saúde e a doença como processos
sociais.
 
2. A introdução da educação sexual precoce.
 
3. O empoderamento das organizações de mulheres para promover os
novos conceitos de saúde e direitos sexuais e reprodutivos.
 
4. A transformação dos julgamentos morais e dos valores éticos
pelos quais as decisões reprodutivas são tomadas pelos indivíduos e
pela sociedade.
 
A nova abordagem, pela qual estimava-se poder finalmente alcançar o
crescimento populacional zero, foi imediatamente adotada pelas
Conferências Mundiais sobre População promovidas pela ONU e
pelo próprio Fundo de Atividades Populacionais da ONU
(FNUAP), que passaram a exigí-las dos países membros como se
fossem obrigações contidas em tratados internacionais de direitos
humanos.
 
A estratégia, segundo o relatório da Fundação Ford, não
poderia deixar de reconhecer a necessidade de promover o acesso ao
aborto seguro, o que exigiria que a prática fosse enfocada de uma
maneira inteiramente nova, transferindo-a do antigo esquema legal para
o novo paradigma da saúde reprodutiva das mulheres, como está sendo
feito pelo governo Lula que segue a mesma cartilha das Comitês da
ONU e da Fundação Ford, ao qual agora somou-se também a Rede
Globo de Televisão.
 
Segundo pode-se ler no "REPRODUCTIVE HEALTH: A STRATEGY FOR
1990S", com o qual iniciou-se toda esta nova política,
 
"O RECONHECIMENTO E O RESPEITO PELOS DIREITOS REPRODUTIVOS, COM OS
QUAIS A CRIMINALIZAÇÃO PENAL DO ABORTO POSSUI UMA RELAÇÃO DIRETA,
É UM OBJETIVO DE LONGO PRAZO ESTABELECIDO PELA FUNDAÇÃO FORD".
 
O relatório, leitura obrigatória para quem quer entender o que
realmente está acontecendo sobre este tema no Brasil, pode ser
encontrado neste endereço:
 
 
O modo como as diretivas contidas neste documento foram incorporadas
às política da ONU e do governo Lula, com a finalidade de
promover uma cultura da morte que, mais adiante, inevitavelmente irá
converter-se em uma ditadura da morte, pode ser lido em detalhes no
dossiê preparado pelas Comissões em Defesa da Vida das Dioceses de
Guarulhos e Taubaté, intitulado "CONTEXTUALIZAÇÃO DA DEFESA DA
VIDA NO BRASIL", disponível neste endereço:
 
http://www.promotoresdavida.org.br

68. O aborto é muito mais do que uma problemática religiosa e não deve ser excluída da discussão presidencial. Ser favorável ao aborto é o mesmo que confessar incompetência para dar segurança aos brasileiros; é confessar que o Brasil não pode proteger nem os pais, nem os filhos; é confessar que não tem nenhum interesse em melhorar as condições sociais e econômicas da sociedade brasileira; é confessar que o dinheiro dos impostos recolhidos não pode ser gasto com as crianças, com a educação das crianças, com a saúde das crianças; é confessar que a receita do governo ficará retida no tesouro federal, à espera de espertalhões que a levem nos mensalões da vida; é confessar prioridade de salários exorbitantes a deputados, senadores, juízes e funcionários públicos, enquanto aos operários se pagarão salários de fome e aposentadorias cada dia mais humilhantes. Assim, o aborto é mais do que um sentimento religioso, humanitário. O aborto é uma opção politico-econômica de quem não se importa com a família. Em síntese, não havendo crianças, ou muitas crianças, o govêrno terá uma preocupação a menos em suas políticas sociais. Nós, evangélicos, enquanto cidadãos do céu e da terra, nesta questão do aborto, devemos nos preocupar com o bem-estar da mulher e com a vida da criança ainda no ventre materno, com políticas sérias de acompanhamento pré e pós natal. Deus salve a Pátria! PCL
18/10/2010

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