http://www.uniaonet.com/amsbamsuruwaha.htm



www.vozpelavida.blogspot.com Edson e Márcia Suzuki ATINI _ VOZ PELA VIDA Tl. 061 3603 1680 ou 061 8115 5364

( Última Mensagem : 11/08/2008)

August 27, 2006 12:31 PM Subject: Direito de viver? Queridos amigos, Estamos vivendo um momento de grande oposição. "Uma porta grande e eficaz para o trabalho se abriu; e há muita oposição." (1 Coríntios 16:9) Mas todos já sabemos que se andamos em obediência a Deus, a oposição pode ser indicadora de que estamos diante de uma grande porta - de uma grande oportunidade. Não podemos temer a oposição, nem fugir dela, nem mesmo evitá-la. Muitas vezes nosso lugar certo é bem ali, no miolo do furacão, no meio do redemoinho. Ali é o lugar de receber graça e o lugar de ouvir mais claramente a voz de Deus. Nosso centro de operações em Brasília nasceu no meio desse furacão. Ao mesmo tempo que temos que conviver com a ameaça de uma operação policial pra forçar os suruwaha a voltar para a Casai ou para a aldeia, e de um processo judicial contra Jocum, tínhamos que procurar uma casa espaçosa onde pudéssemos continuar hospedando nossos amigos. A ameaça não se cumpriu, mas nem a nossa situação nem a situação da família de Muwaji está tranquila. A FUNAI continua se negando a regularizar a situação e ainda ameça, informalmente, acionar a Polícia Federal. Mas tínhamos que continuar caminhando. Conseguimos alugar uma casa onde os índios se sentem bem e conseguem suportar a distância da aldeia. A casa que encontramos fica afastada de Brasília, mas é muito boa, com espaço suficiente para as 4 familias (2 familias de missionários, a familia de Muwaji e a familia de Maitá Yanomami). Tem plantação de mandioca, banana e outras frutas. Tem muita área verde para as crianças e tem até uma piscina, que permite matar saudade dos banhos gelados nos igarapés da amazônia. Nessa casa os suruwahá estão desenvolvendo atividades lúdicas e esportivas e aprendendo a ler e escrever em sua própria língua. Além disso, Muwaji pode ralar mandioca, assar carne na lenha e fiar algodão para tecer redes e tangas. Eles podem vestir tanga quando desejam e a cultura deles é sempre respeitada. Montamos também uma salinha de fisioterapia onde Iganani pode fazer os exercícios diários recomendados pela equipe de reabilitação. Manter essa casa significa um grande desafio para nossa equipe, em todos os sentidos. Estamos sempre correndo e dificilmente conseguimos dar conta de todas as responsabilidades de uma casa desse tipo. Além de estudar a lingua e trabalhar na tradução, tivemos que improvisar uma escola bilíngüe. Também fazemos as sessões de fisioterapia diárias de Iganani e treinamos Muwaji para que ela mesma possa fazer quando voltarem para a aldeia. Além disso temos levar os índios para consultas médicas quase que diariamente. Hakani e Maitá estão fazendo terapia com fonoauldióloga e psicóloga. Tem dentista para todos eles, endocrinologista para as meninas. Suzuki e eu estamos envolvidos dos pés à cabeça, mas ao mesmo tempo estamos liderando um movimento nacional contra o infanticídio e estamos formalizando a Associação ATINI - VOZ PELA VIDA. Deputados, igrejas, empresas, missões e associações indígenas estão se juntando a nós nesse movimento. Dê uma olhada no site www.vozpelavida.blogspot.com. Ali você vai acompanhar o que acontece com as crianças indígenas que estamos acompanhando e vai descobrir muitos outros casos de crianças que escaparam da morte. Crianças que foram desenterradas, outras que escaparam de ser envenenadas. Mas vai ver também como essa triste realidade persiste em muitas tribos do Brasil. Dezenas de crianças indígenas ainda são mortas pelos seus pais a cada ano, sem nenhuma esperança de defesa. "EU VIM PARA QUE TENHAM VIDA." Deus colocou em nosso coração o desejo de começar a campanha contra o infanticídio bem onde as mortes acontecem - nas tribos indígenas.
Suzuki, Hakani e eu acabamos de voltar ao Brasil. Passamos quase dois meses na Europa, ensinando em cursos da Jocum e pregando em diversas igrejas. Cada vez que falávamos sobre a situação das crianças indígenas e da nossa luta contra o infanticídio, havia uma grande comoção. A distância nos ajudou a enxergar a situação de maneira mais clara e objetiva. Deus usou essa viagem para renovar nossas forças, nos dar novas estratégias. E também para criar conexões e relacionamentos que nos ajudarão nessa luta.
 
 
 
Assim que  colocamos os pés no Brasil Deus me deu uma visão impressionante, num lampejo. Vi um grande demônio, imenso, assustador, se contorcendo e urrando com ódio. Ele estava preso numa imensa estrutura quadrada, erguida acima de um prédio bem alto. Pernas e braços abertos e presos nas quatro quinas da estrutura quadrada. Quando se contorcia para trás sumia dos meus olhos e parecia que tinha desaparecido na escuridão. Mas em seguida se contorcia para a frente e eu podia ver novamente sua figura assustadora.
 
 
 
Estamos enfrentando uma luta de grandes proporções em nossa nação. É uma luta contra poderes espirituais que encontram sustentação na estrutura de nossa nação. Existe uma estrutura espiritual que legitima e sustenta o sacrifício de crianças indígenas no Brasil. Essa estrutura se reflete em diversos níveis da sociedade. E se os poderes que agem para manter o status quo do infanticídio estão por um lado contidos nessa estrutura, eles estão também, por outro lado, presos dentro dela. Quando essa estrutura for quebrada, o sacrifício de crianças será erradicado de nossa nação.   Mas a resistência será grande, e precisamos estar dispostos a pagar o preço necessário. O sangue de centenas de crianças que têm sido cruelmente sacrificadas está gritando e clamando por toda a terra do nosso Brasil. Esse grito chegou aos ouvidos do Pai e Ele quer sarar nossa nação.
 
 
 
O Chefe de Gabinete da FUNAI ligou na quinta-feira nos convocando para uma reunião com ele na sexta pela manhã (dia 07 de julho). Na reunião estavam presentes autoridades do alto escalão da FUNASA e da FUNAI. Jocum está sendo formalmente acusada de sequestro ou abdução de menores. O "Estado Brasileiro" ali representado, entende que os índios suruwahá   são como crianças de 5 anos de idade, totalmente incapazes de tomar  decisões. Logo, a decisão deles de sair da CASAI não tem efeito legal nenhum. Sendo assim, segundo a interpretação do Estado, não foram os suruwahá que saíram da CASAI, mas a foi a Jocum que os retirou ilegalmente. Sendo assim, Jocum tinha que "devolvê-los" imediatamente. Depois da reunião foi enviada uma equipe com membros da FUNAI e da FUNASA até a nossa casa   para levar a família suruwaha de volta para a CASAI. Naturalmente os suruwahá se recusaram a voltar, disseram que saíram por conta própria. Insistiram em dizer que não se adaptam lá e que querem ficar numa casa onde se sentem seguros e onde são comprendidos.
 
 
 
Depois de horas de insistência a equipe desistiu e voltou sem os suruwaha. Disseram que não  podiam colocá-los no carro à força. Agora a decisão está com o Chefe de Gabinete da FUNAI   e é  possível que haja uma operação da Polícia Federal nos próximos dias. Se os suruwahá não aceitarem ficar na CASAI serão levados de volta à tribo. Os suruwahá   estão firmes em sua decisão. Eles não suportam morar na CASAI, onde são forçados a conviver com todo tipo de doença e com o risco e abuso sexual por índios de outra etnia, e onde ninguém fala a língua deles.   Na CASAI eles viviam deprimidos e havia o risco de suicídio. A situação dessa família é muito difícil e eles precisam de um milagre. Querem salvar a vida de Iganani mas também querem ser tratados como pessoas adultas. Não aceitam a humilhação de ser tratados como crianças de 5 anos.
 
 
 
Se os suruwahá voltarem para a aldeia agora, as implicações serão terríveis para a família e para a tribo. Eles afirmam que Iganani será sacrificada e Muwaji vai se suicidar. Será um fim trágico para uma luta que eles vêm travando tão corajosamente há mais de dois anos. Já para os demais suruwahá a mensagem será clara – "continuem matando suas crianças. Não há esperança de compreensão no mundo dos brancos."
 

Precisamos orar, jejuar, e crer num milagre novamente. Vamos nos mobilizar mais uma vez.
 
 
 
A vitória de Iganani representa um passo adiante na luta contra o infanticídio.
 
 
 
Essa menininha sorridente representa centenas de outras crianças que tiveram que ser mortas e que ainda estão sendo mortas. E o sangue dessas crianças está gritando. Você consegue ouvir? (Via_Leci e Césio.) 10/07/06


www.vozpelavida.blogspot.com ATINI - VOZ PELA VIDA _Edson e Márcia Suzuki : June 04, 2006 : mobilização pela vida de Iganani
 

Irmãos e amigos
 
Levantem um clamor por todos os cantos do Brasil pela vida da indiazinha
Iganani Suruwahá e por sua família. Ela está novamente correndo risco de
voltar para a aldeia e ser sacrificada. Depois de quase um ano de luta,
dor e também de vitórias, a mãe de Iganani corre o risco de ser forçada,
inclusive com uso de força policial, a voltar para a casa de saúde
indígena ou para a aldeia.
 
Eles deixaram a Casa de Saúde Indígena na semana passada porque não
conseguiram se adaptar de jeito nenhum. Estavam com muito medo, entrando
em depressão e também porque Muwaji estava correndo risco de ser
violentada por indígenas de outra etnia. A decisão de abandonar o local
foi deles, e esta decisão está em consonância com os direitos
internacionais garantidos por lei a qualquer pessoa, segundo a Declaração
Universal dos Direitos Humanos. Eles decidiram sair e pedir abrigo na casa
de nossa equipe em Brasília, e já estão conosco há vários dias.
 
Agora, que estavam se sentindo seguros e tranquilos para continuar o
tratamento de Iganani, temos razões para crer que uma operação policial
está sendo preparada e que nosso colega da Jocum, o missionário Darci,
também corre risco. Advogados estão preparando um pedido de Habeas Corpus.
Suzuki e eu estamos na Europa e estamos contatando a mídia internacional.
Um milagre precisa acontecer. Precisamos de um rompimento no mundo
espiritual. Orem, jejuem, façam campanhas de oração. Vamos clamar pela
vida de Iganani e clamar para que sua mãe seja respeitada e tratada com
dignidade, como ser humano adulto e capaz de decidir onde ela quer morar e
como quer fazer o tratamento da filha. Orem não só por ela, mas pelas
muitas crianças que correm o risco de ser sacrificadas em nosso país, as
quais não podem contar com a proteção das autoridades simplesmente por
serem indígenas.
 
"Garantam justiça para os fracos e para os órfãos; mantenham os direitos
dos
necessitados e dos oprimidos. Livrem os fracos e os pobres; libertem-nos
das
mãos dos ímpios". Salmo 82: 3,4
 
Estamos juntos nessa batalha. Queremos ver nossa nação livre do sacrifício
de crianças.
 
Edson e Márcia Suzuki (Via_Pedro/SBC)

Pedido de oração, urgente!
Ontem como foi divulgado pela Marcia, a Muwaji, india Suruwaha, viuva mae de dois filhos deficientes,  que vivia contra a sua vontade, em custódia da FUNAI, se retirou voluntariamente e se mudou para o apartamento da JOCUM.  Muwaji estava feliz e se sentindo protegida, na casa do indio ela corria risco de estupro por homens de outras etnias, alem de viver com condicoes de sujeira e solidao...
No entanto ficamos sabendo agora que a PF está invadindo o apartamento da JOCUM e prendendo o missionario Darci, e os índios novamente como custódia...
Orem por nós..
Braulia (Via_Comin/AMTB/M.HORIZ)


Liz Rio _ Isto está acontecendo em Brasília e mostra que índios são como animais perante o Estado e não há espaço de cidadania para eles entre nóe. Além disso, quem os ajuda é também penalizado. ISto não pode continuar assim. Não podemos nos conformar com isso:

Missionários da Jocum têm seis meses para sair de área indígena
     O Ministério Público Federal (MPF) estipulou o prazo de seis meses
para que missionários evangélicos da missão Jovens Com Uma Missão (Jocum)
treinem funcionários públicos, e depois saiam da aldeia dos Suruahá, na área
rural do município de Tapauá, a cerca de 450 quilômetros de Manaus (AM).
      A retirada dos evangelistas foi decidida em reunião realizada pelo
governo do estado na semana passada. Segundo o procurador André Lopes
Lasmar, ficou acertado que a Jocum deverá treinar membros da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa) e da Fundação Nacional do Índio (Funai) para
trabalhar com os Suruahá e só então os missionários se retirarem.
      A Funasa recorreu ao MPF por entender que os missionários estariam
evangelizando os índios. Em contra-partida o Ministério Público entende ser
necessária a presença dos missionários, por serem os únicos a entender a
linguagem da etnia.
      Para a presidente nacional da Jocum, Bráulia Ribeiro, a entidade vai
lutar para não sair da aldeia. Na opinião de Bráulia, "não se trata de uma
questão de ficar ou não, mas de vínculo fraternal, de um trabalho de 21
 anos". Ela declarou ser difícil ensinar uma língua indígena complexa em
seis meses. Nenhum dos 137 Suruahá fala português, não há bilíngües, e a
Jocum já ensina o básico aos funcionários da Funasa.    (Via_GAM - Grupo de apoio missionário)
= = =

Irmãos Não sou advogado, mas o MPF não pode estar acima da nossa Constituição que nos assegura o direito de ir e vir, bem como liberdade de expressão e de religião no Brasil.
Sds_ Marcos Munis. 12/05/06

Glória a Deus que os índios estão sendo evangelizados e o MPF reconhece a necessidade da presença da JOCUM ali. Todos os leitores deste site estão em oração e o inferno não prevalecerá... Mais importa obedecer a Deus... não temas nem te espantes... os resgatados do Senhor voltarão cantando... Benção para todos. Pedro, SBCampo 17/05/06


Prezado Yorrito e toda a comunidade UNIAONET de guerreiros do Senhor Jesus,
 
Graça e paz vos sejam multiplicadas.
 
A propósito do que foi divulgado em seu último boletim sobre o prazo que o Ministério Público Federal (MPF) deu à equipe JOCUM para deixar uma aldeia indígena no AMAPÁ quero dizer algumas verdades:
 
1) É quase padrão entre os promotores federais de regiões com áreas indígenas assumirem a defesa intransigente dessas comunidades, independente dos direitos das outras partes. Temos exemplo claro disso em Dourados, Mato Grosso do Sul, onde o MPF tem atuado dessa forma, mesmo em casos de invasões de terras.
 
2) É importantíssimo que a JOCUM e as demais missões evangélicas procurem atuar dentro das normas legais, porque a cada dia, a tendências é aumentarem essas dificuldades.
 
3) Temos um bela exemplo de atuação que pode inspirar outras congêneres nacionais. Trata-se da MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ, em Dourados-MS. Não pertenço a ela, mas, conheço relatórios e outros documentos. Recentemente passou até pelos olhares investigativos da uma CPI estadual, mas, nada lhe aconteceu porque sua atuação é exemplar.
 
4) As estratégias missionárias dentro de uma área indígena devem ser multidiscplinares e não meramente evangelísticas.
 
5) Está no tempo de avaliarmos qual o sentido de algumas igrejas se envolverem tanto em política secular, para sabermos quais os reais e concretos resultados da atuação dos ditos "parlamentares da BANCADA EVANGÉLICA". O que fazem além de buscarem vantagens pessoais. Quais os benefícios de sua atuação em favor dos propósitos da Igreja no Brasil, e que tipos de objetivos eles buscam.
 
6) Se esses parlamentares, realmente, se unirem para defender os ideais do povo de Deus no Brasil, poderão exercer um papel fundamental em casos como esse do Amapá. Não que consigam desqualificar a atuação do MPF, e não é disso que falo. Mas, para que busquem aprimorar a legislação tendo uma visão de futuro entre as leis votadas e os objetivos da Igreja. Porque o MPF atua em cima da lei. E a lei é feita por esses parlamentares, também.
 
7) Precisamos acompanhar e fiscalizar melhor esses "representantes" do povo evangélico para que sejam reconhecidos como tal, ou para que, comprovada a leniência, sejam apenas considerados como parlamentares "comuns".
 
Pr Elias Vieira
 
Missão Luz do Mundo - AD
 
( Grato pelo esclarescimento/posicionamento Pr.Elias , não só apenas na questão indígena ...  mas pelo que temos aprendido a Cristo ( Dê a Cesar o que é de cesar e a Deus o que é de Deus ... e que devemos respeitar as autoridades os poderes e Leis constituídos ) não podemos considerar como fruto do Espírito Santo o que é conseguido de forma diferente do que a Bíblia estabelece . Yrorrito : Vosso irmão em Cristo Jesus )


Caro Yrorrito
Não sou brasileiro, nem conheço esses casos em particular.
Mas por aquilo que tenho visto noutros países, nomeadamente em África o no Oriente, cada vez mais aumentam as dificuldades dos missionários o que é triste. Mas mais triste é concluir que há fortes razões para os vários povos encerrarem as suas portas aos "missionários" que a pretexto de pregar o evangelho, se infiltram por motivos políticos.
Nesse aspecto, penso que o Governo brasileiro tem sido demasiado permissivo.
Certamente que essas organizações estatais têm como sua função a defesa das populações indígenas assim como a defesa da soberania do Brasil e da cultura brasileira.
Até a Índia, país com uma tradição milenar de boa convivência entre as várias religiões, teve de encerrar as portas aos "missionários" evangélicos estrangeiros, principalmente americanos e "brasileiros", que geralmente estão ao serviço dos americanos. A Jocum, é das principais organizações que tentam denegrir as outras culturas realçando os aspectos negativos e até inventando falsos problemas e com falsas acusações. Vejam os meus artigos
Índia urgente -
http://www.estudos-biblicos.com/indiaurg.html
Sacrifícios humanos na Índia dos nossos dias? -
http://www.estudos-biblicos.com/indiaurg2.html
Discriminação religiosa na Índia
http://www.estudos-biblicos.com/parias-1.html
O mesmo que fazem nos outros países, podem também fazer no Brasil, filmando algumas aldeias índias no interior da Amazónia para dizer:
Isto é o Brasil e é assim que vivem os brasileiros. Penso que já é tempo do Brasil impedir a entrada de certos estrangeiros nesses locais e de verificar se os missionários brasileiros são verdadeiros brasileiros e do onde vêm as verbas para esses trabalhos de evangelização.
A Amazónia já está sendo cobiçada pelo imperialismo americano. A "ajuda" humanitária aos índios, pode ser o pretexto para a futura anexação dessa vasta região.
Camilo


http://suruwaha.blogspot.com 02 May 2006 Queridos irmãos Escrevemos mais uma vez para pedir socorro e oração. São as orações de vocês que têm nos preservado e nos feito perseverar nessa luta. Continuem conosco. Fomos convidados para falar no culto de quarta-feira de manhã na Câmara dos Deputados, em Brasília. Desde aquela audiência pública, em dezembro do ano passado, que envolveu JOCUM, FUNAI e FUNASA, muita coisa aconteceu. Tem havido um grande mover de Deus no meio dos parlamentares evangélicos com relação ao sacrifício de crianças nas aldeias. Há deputados que têm chorado e perdido o sono à noite, pensando nas crianças que estão sendo mortas sem acesso a assistência médica ou socorro de qualquer tipo. Um grupo desses deputados está organizando esse culto, com o objetivo de sensibilizar todos os deputados da Frente Parlamentar Evangélica para a causa, e dar início a uma campanha nacional contra o infanticídio. Nesse culto, que será mais um ato público, ou um ato profético, o bispo Robson Rodovalho estará trazendo a palavra. Suzuki e eu fomos convidados para palestrar e mostrar nossa experiência nessa área. Vamos mostrar fotos, depoimentos e dados alarmantes, como o fato de cerca de 200 crianças, num único estado do norte do Brasil, terem sido mortas por suas mães nos últimos 5 anos. Precisamos de cobertura de oração, pois sabemos que estamos tocando num assunto muito sério, que envolve sacrifício humano e pactos espirituais de gerações e gerações. Há autoridades que defendem abertamente o infanticídio, como se fosse um direito dos povos indígenas. Não podemos estar sozinhos nisso. Orem por nós e por nossas famílias, pelos suruwaha que estão aqui em Brasília, pelos deputados e por todos os que estão abraçando essa luta. "Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados." (Pv 31.8) Fomos chamados a falar em nome daqueles que não têm voz. No nome das muitas crianças que têm sido enterradas vivas, sufocadas com folhas, abandonadas no mato. E em nome de muheres que lutam contra essas práticas, mas que sozinhas não encontram forças. Orem para que Deus nos dê sabedoria na maneira de falar e que nos dê unção e sabedoria do alto. Quarta-feira pela manhã. Um abraço Edson e Márcia Suzuki _ ATINI - voz pela vida (Via_Lívia)


= = =


 Suzuki e Marcia  May 03, 2007  quem vai quebrar o silencio?
 

Queridos amigos,
 
Esse menino nasceu numa família importante.
 
                                
Era filho de um dos maiores caçadores da aldeia e irmão de três lindos meninos. Ele era o quarto. Isso fazia da família dele uma família muito especial – quatro filhos homens! Com certeza cresceriam e viriam a matar muitas antas para alimentar o povo, exatamente como fazia seu pai.
 
Mas, para a tristeza da família, Niawi não se desenvolvia como um menino normal. Aos três anos de idade ainda não conseguia andar nem falar. Apesar de ser um menino gordinho e bonito, todos percebiam que ele tinha alguma coisa errada. A tensão aumentava e a família se sentia cada vez mais envergonhada e infeliz. Várias equipes médicas estiveram na aldeia e viram o estado da criança, mas acharam que nada podia ser feito – afinal, os jadawa eram índios semi-isolados e os órgãos oficiais achavam que qualquer interferência deveria ser evitada. Nós chegamos a filmar e fotografar Niawi e levar o material para mostrar a alguns médicos em São Paulo. Mas nenhum diagnóstico poderia ser feito sem a realização de exames num hospital. E retirá-lo da tribo seria considerado uma interferência cultural.
 
A situação de pressão só aumentava e o desgosto dos pais se tornou tão insportável que eles acabaram se suicidando quando Niawi tinha 5 anos. Toda a tribo chorou muito a perda do grande caçador e de sua esposa. Foram longos dias de luto e de canto ritual. Quando terminaram os rituais fúnebres, o irmão mais velho de Niawi lhe deu vários golpes na cabeça até que ele desmaiasse. Depois disso, segundo relatos dos familiares, Niawi foi enterrado ainda vivo numa cova rasa perto da maloca.
 
Algumas mulheres jovens da tribo, chocadas mas incapazes de reagir, ficaram paradas ao redor da cova improvisada. Ficaram ali ouvindo o choro abafado do menino até que esse choro se transformasse num profundo silêncio. Esse silêncio continua até hoje. Quem vai ter coragem de quebrá-lo? Quem vai começar a enxergar essas crianças como seres humanos que são, portadores de direitos universais e inalienáveis Quem vai ouvir o choro abafado de centenas de crianças enterradas vivas nessas matas? Quem vai levantar a voz e reagir?
 
Ajude-nos a quebrar o silêncio e fazer alguma coisa. Dê uma olhada www.vozpelavida.blogspot.com. Há sempre uma maneira de você se envolver nessa causa, que é a favor da vida.
 
Com carinho
 
Suzuki e Marcia
 
= = =

12/05/07 Camilo Coelho  
Na mensagem do : UNIAONET/376 - Ano VII : Referência a 131 informações recebidas no www.uniaonet.com de 04a10/05/2007 . . .   fiquei chocado com a notícia do menino índio Niawi (logo a primeira notícia da secção do Brasil). . .. referente :   http://vozpelavida-conte.blogspot.com Se isso é verdade, então que se divulgue, para pressionar as autoridades brasileiras a intervir nesses casos inaceitáveis. Mas penso que em primeiro lugar deverias contactar a FUNAI ou outra organização no género e pedir um esclarecimento. Talvez eles sejam impedidos de agir por motivos económicos ou impedimentos da legislação, como a notícia dá a entender. Mas como brasileiro, penso que deverias em primeiro lugar contactar as autoridades do teu país.
 
A notícia utiliza linguagem um tanto emocional, talvez compreensível, mas que não deixa de afectar a credibilidade da notícia.
 
A parte final "Quem vai ouvir o choro abafado de centenas de crianças enterradas vivas nessas matas?"!!!!
 
Será isso verdade? Estarão a ser enterradas vivas centenas de crianças nas matas do Brasil? 
Eu não sou brasileiro. Mas, como português, não posso ser indiferente ao prestígio de qualquer país do nosso mundo lusófono.
 
Fraternalmente
 


  Lei Muwaji _ Brasília 12 de junho de 2007.
 
No dia 11 de maio foi protocolado na Câmara dos Deputados um projeto
de lei que foi batizado de Lei Muwaji. É o PL 1057 2007.
Ementa: Dispõe sobre o combate a práticas tradicionais nocivas e à
proteção dos direitos fundamentais de crianças indígenas, bem como
pertencentes a outras sociedades ditas não tradicionais.
 
A Deputada Janete Rocha Pietá do PT –SP foi nomeada relatora do
projeto, seu papel será de decidir se o projeto deve ser votado ou
arquivado.
Estou enviando em anexo cópia deste projeto.
 
Nós cristãos entendemos que somos o sal da terra e não podemos perder o sabor.
Interceda para que Deus incline o coração da Deputada Janete em favor
das crianças indígenas.
Seja você a voz destas crianças,  não se cale diante do sangue
inocente que tem sido derramado em nossa nação.
Precisamos de uma grande mobilização da sociedade nacional. A Dep.
Janete precisa saber o quanto esta lei é importante e que nós o povo
de Deus somos a favor dela.
 
Entre em contato com ela e diga que você espera que ela dê um parecer
favorável para este projeto.
 
Projeto de Lei nº 1057-2007
Relatora _ Dep. Janete Rocha Pietá (Professora e Arquiteta) / PT-SP
Endereço postal - Dep Janete Rocha Pietá
Gabinete 578 Anexo III  Câmara dos Deputados  - Praça dos Três Poderes
Brasília - DF CEP - 70160-900
Fone - 0XX61 3215-5578  ¤       Fax -  0XX61 3215-2578
Mensagens para Janete Rocha Pietá também pelo 0800 619 619.
Vamos fazer ecoar nossa voz em favor das crianças por toda a Câmara
dos Deputados.
 
 PROJETO DE LEI Nº 1057 2007
 (Do Sr. Henrique Afonso)
 
Dispõe sobre o combate a práticas tradicionais nocivas e à proteção dos direitos fundamentais de crianças indígenas, bem como pertencentes a outras sociedades ditas não tradicionais.
 
            O CONGRESSO NACIONAL decreta:
 
          Art. 1º. Reafirma-se o respeito e o fomento a práticas tradicionais indígenas e de outras sociedades ditas não tradicionais, sempre que as mesmas estejam em conformidade com os direitos humanos fundamentais, estabelecidos na Constituição Federal e internacionalmente reconhecidos.
    Art. 2º. Para fins desta lei, consideram-se nocivas as práticas tradicionais que atentem contra a vida e a integridade físico-psíquica, tais como
I. homicídios de recém-nascidos, em casos de falta de um dos genitores;
II. homicídios de recém-nascidos, em casos de gestação múltipla;
III. homicídios de recém-nascidos, quando estes são portadores de deficiências físicas e/ou mentais;
IV. homicídios de recém-nascidos, quando há preferência de gênero;
V. homicídios de recém-nascidos, quando houver breve espaço de tempo entre uma gestação anterior e o nascimento em questão;
VI. homicídios de recém-nascidos, em casos de exceder o número de filhos considerado apropriado para o grupo;
VII. homicídios de recém-nascidos, quando estes possuírem algum sinal ou marca de nascença que os diferencie dos demais;
VIII. homicídios de recém-nascidos, quando estes são considerados portadores de má-sorte para a família ou para o grupo;
IX. homicídios de crianças, em caso de crença de que a criança desnutrida é fruto de maldição, ou por qualquer outra crença que leve ao óbito intencional por desnutrição;
X. Abuso sexual, em quaisquer condições e justificativas;
XI. Maus-tratos, quando se verificam problemas de desenvolvimento físico e/ou psíquico na criança.
XII. Todas as outras agressões à integridade físico-psíquica de crianças e seus genitores, em razão de quaisquer manifestações culturais e tradicionais, culposa ou dolosamente, que configurem violações aos direitos humanos reconhecidos pela legislação nacional e internacional.
    Art. 3º. Qualquer pessoa que tenha conhecimento de casos em que haja suspeita ou confirmação de gravidez considerada de risco (tais como os itens mencionados no artigo 2º), de crianças correndo risco de morte, seja por envenenamento, soterramento, desnutrição, maus-tratos ou qualquer outra forma, serão obrigatoriamente comunicados, preferencialmente por escrito, por outras formas (rádio, fax, telex, telégrafo, correio eletrônico, entre outras) ou pessoalmente, à FUNASA, à FUNAI, ao Conselho Tutelar da respectiva localidade ou, na falta deste, à autoridade judiciária e policial, sem prejuízo de outras providências legais.
    Art. 4º. É dever de todos que tenham conhecimento das situações de risco, em função de tradições  nocivas, notificar imediatamente as autoridades acima mencionadas, sob pena de responsabilização por crime de omissão de socorro, em conformidade com a lei penal vigente, a qual estabelece, em caso de descumprimento:
   Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
    Art. 5º.  As autoridades descritas no art. 3º respondem, igualmente, por crime de omissão de socorro, quando não adotem, de maneira imediata, as medidas cabíveis.
    Art. 6º. Constatada a disposição dos genitores ou do grupo em persistirem na prática tradicional nociva, é dever das autoridades judiciais competentes promover a retirada provisória da criança e/ou dos seus genitores do convívio do respectivo grupo e determinar a sua colocação em abrigos mantidos por entidades governamentais e não governamentais, devidamente registradas nos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente. É, outrossim, dever das mesmas autoridades gestionar, no sentido de demovê-los, sempre por meio do diálogo, da persistência nas citadas práticas, até o esgotamento de todas as possibilidades ao seu alcance.
    Parágrafo único. Frustradas as gestões acima, deverá a criança ser encaminhada às autoridades judiciárias competentes para fins de inclusão no programa de adoção, como medida de preservar seu direito fundamental à vida e à integridade físico-psíquica.
    Art. 7º. Serão adotadas medidas para a erradicação das práticas tradicionais nocivas, sempre por meio da educação e do diálogo em direitos humanos, tanto em meio às sociedades em que existem tais práticas, como entre os agentes públicos e profissionais que atuam nestas sociedades. Os órgãos governamentais competentes poderão contar com o apoio da sociedade civil neste intuito.
    Art. 8º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
 
 J U S T I F I C A Ç Ã O
 
    A presente proposição visa cumprir o disposto no Decreto 99.710, de 21 de novembro de 1990, que promulga a Convenção sobre os direitos da criança, a qual, além de reconhecer o direito à vida como inerente a toda criança (art. 6º), afirma a prevalência do direito à saúde da criança no conflito com as práticas tradicionais e a obrigação de que os Estados-partes repudiem tais práticas, ao dispor, em seu artigo 24, nº 3, o seguinte:
 “Os Estados-partes adotarão todas as medidas eficazes e adequadas para abolir práticas tradicionais que sejam prejudiciais à saúde da criança”.
 
     Também visa cumprir recomendação da Assembléia Geral das Nações Unidas para o combate a práticas tradicionais nocivas, como estabelecido na Resolução A/RES/56/128, de 2002, a qual faz um chamamento a todos os Estados para que:
“Formulem, aprovem e apliquem leis, políticas, planos e programas nacionais que proíbam as práticas tradicionais ou consuetudinárias que afetem a saúde da mulher e da menina, incluída a mutilação genital feminina, e processem quem as perpetrem”.
 
     Cabe pontuar que a menção à mutilação genital feminina é meramente exemplificativa, como uma das práticas tradicionais nocivas que têm sido combatidas, pelo fato de afetar a saúde da mulher e da menina. Não há, entretanto, registros desta prática consuetudinária no Brasil.
 
     A Resolução A/S-27/19, também da Assembléia Geral da ONU, chamada de “Um mundo para as crianças”, estabelece como primeiro princípio:
 Colocar as crianças em primeiro lugar. Em todas as medidas relativas à infância será dada prioridade aos melhores interesses da criança.
 
     Destaca-se que a expressão “melhor interesse da criança”, presente na legislação nacional e internacional é, hoje, um princípio em nosso ordenamento jurídico e, mesmo sendo passível de relativização no caso concreto, existe um norte a seguir, um mínimo que deve ser respeitado na aplicação do mesmo: os direitos fundamentais da criança.
 
     E como estratégia para proteger as crianças de todas as formas de maus-tratos, abandono, exploração e violência, dispõe a Resolução A/S-27/19, no ítem 44:
“Dar fim às práticas tradicionais e comuns prejudiciais, tais como o matrimônio forçado e com pouca idade e a mutilação genital feminina, que transgridam os direitos das crianças e das mulheres”.
 
     Urge destacar que todas as crianças encontram-se sob a proteção da própria Constituição Federal de 1988, que em seu artigo 227, garante o direito à vida e à saúde a todas as crianças. A mesma proteção é garantida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, o qual, em seu art. 7º, estabelece que a criança tem direito a proteção à vida e à saúde.
     Também o Código Civil determina, em seu art. 1º, que toda pessoa (incluindo, obviamente, as crianças) é capaz de direitos e deveres na ordem civil e, em seu art. 2º, que o começo da personalidade civil se dá com o nascimento com vida (deixando claro que os neonatos já são titulares de personalidade civil).
 
     Demonstra-se, portanto, que os diplomas legais acima referidos garantem o direito à vida como o direito por excelência. Desta maneira, o Estado brasileiro deve atuar no sentido de amparar todas as crianças, independentemente de suas origens, gênero, etnia ou idade, como sujeitos de direitos humanos que são. Obviamente, as tradições são reconhecidas, mas não estão legitimadas a justificar violações a direitos humanos, como dispõe o art. 8, nº 2, do Decreto 5.051/2004, o qual promulga a Convenção 169 da OIT.
 
     Desta maneira, não se pode admitir uma interpretação desvinculada de todo o ordenamento jurídico do art. 231 da Constituição, o qual reconhece os costumes e tradições aos indígenas. É necessário que este artigo seja interpretado à luz de todos os demais artigos mencionados acima, bem como o art. 5º sobre os direitos fundamentais da Constituição, o qual norteia todo o ordenamento jurídico nacional.
 
     É importante destacar um trecho do estudo intitulado “Assegurar os direitos das crianças indígenas”, realizado pelo Instituto de Pesquisas Innocenti, da UNICEF, que diz o seguinte:
 
“Por outro lado, as reivindicações de grupo que pretendem conservar práticas tradicionais que pelos demais são consideradas prejudiciais para a dignidade, a saúde e o desenvolvimento do menino ou da menina (este seria o caso, por exemplo, da mutilação genital feminina, do matrimônio não consensual ou de castigos desumanos ou degradantes infligidos sob pretexto de comportamentos anti-sociais) transgridem os direitos do indivíduo e, portanto, a comunidade não pode legitimá-los como se se tratasse de um de seus direitos. Um dos princípios-chave que tem vigência
no direito internacional estabelece que o indivíduo debe receber o mais alto nível possível de proteção e que, no caso de crianças, “o interesse superior da criança” (artigo 3º da Convenção sobre os direitos da criança) não pode ser desatendido ou violado para salvaguardar o interesse superior do grupo”.
 
      É importante destacar que a cultura é dinâmica e não imutável. A cultura não é o bem maior a ser tutelado, mas sim o ser humano, no intento de lhe propiciar o bem-estar e minimizar seu sofrimento. Os direitos humanos perdem, completamente, o seu sentido de existir, se o ser humano for retirado do centro do discurso e da práxis. Portanto, a tolerância (no sentido de aceitação, reconhecimento da legitimidade) em relação à diversidade cultural deve ser norteada pelo respeito aos direitos humanos.
     Desta forma, entende-se que práticas tradicionais nocivas, as quais se encontram presentes em diversos grupos sociais e étnicos do nosso país, não podem ser ignoradas por esta casa e, portanto, merecem enfrentamento, por mais delicadas que sejam.
     Sabe-se que, por razões culturais, existe a prática de homicídio de recém-nascidos, o abuso sexual de crianças (tanto por parte de seus genitores, quanto por parte de estranhos), a desnutrição intencional, entre outras violações a direitos humanos fundamentais. Destaca-se que tais práticas não se circunscrevem a sociedades indígenas, mas também a outras sociedades ditas não tradicionais.
     Há que ressaltar, também, o sofrimento por parte dos genitores que, muitas vezes, não desejam perpetrar tais práticas, mas acabam obrigados a se submeterem a decisões do grupo, tendo, assim, seus próprios direitos humanos violados (como, por exemplo, sua integridade psíquica).
 
     Quando a família ou o grupo não deseja rejeitar a criança, mas sim buscar alternativas, a atuação do governo deve guiar-se pelo princípio fundamental de respeito à vida e à dignidade humana, os quais permeiam todo o ordenamento jurídico brasileiro e dar a assistência necessária para que a família ou o grupo possam continuar com a criança.
 
     Porém, se um grupo, depois de conhecer os meios de evitar as práticas tradicionais nocivas, não demonstrar vontade de proteger suas crianças, entende-se que a criança deveria ser encaminhada, provisoriamente, a instituições de apoio, governamentais ou não, na tentativa de ainda conseguir a aceitação da família ou do grupo. Se esta tentativa for frustrada, então a alternativa da adoção poderia ser adequada, pois garante o direito à vida que a criança possui. É imprescindível destacar que este processo todo deve ser realizado, em todos os momentos, com base no diálogo.
 
     Preocupada com a postura dos órgãos governamentais de não interferir em práticas tradicionais que se choquem com os direitos humanos fundamentais, postura esta embasada no relativismo radical e demonstradamente contrária ao ordenamento jurídico brasileiro e à legislação internacional, a organização não-governamental ATINI – Voz pela Vida, que defende o direito humano universal e inato à vida, reconhecido a todas as crianças, empenha-se no enfrentamento e debate sobre as práticas tradicionais que colidem com os direitos humanos fundamentais.
    
   De acordo com pesquisas realizadas pela ATINI, existem poucos dados oficiais a respeito do coeficiente de mortalidade infantil em razão de práticas tradicionais. Segundo dados da FUNASA, entre a etnia Yanomami, o número de homicídios elevou o coeficiente de mortalidade infantil de 39,56 para 121, no ano de 2003. Ao todo, foram 68 crianças vítimas de homicídio, naquele ano.  No ano seguinte, 2004, foram 98 as crianças vítimas de homicídio (erroneamente divulgado como infanticídio). 
 
    Também foi divulgado pela mídia um caso de gravidez de uma criança de 9 anos, da etnia Apurinã, com suspeita de que haja sido por estupro.
 
     Fica clara a urgência de providências que este assunto demanda, visto que inúmeras crianças, as quais devem ter seus direitos e interesses postos em primeiro lugar, têm sido vítimas silenciosas de práticas tradicionais nocivas e sem que haja providências suficientes para cessar estas violações à sua dignidade e a seus direitos fundamentais mais básicos, dos quais elas são indiscutivelmente titulares. 
 
     Objetivando tornar realidade os propósitos da ATINI – Voz pela Vida, manifestados nesta justificação, venho assumir a tarefa de apresentar esta proposta de Projeto de Lei.    
 

Dada a importância do tema conto com o apoio dos nobres parlamentares para a provação do presente Projeto de Lei.
 
    Sala das Sessões, 11 maio de  2007.
 

    Deputado HENRIQUE AFONSO
     (PT/AC)
  
   COMISSÃO PRÓ-YANOMAMI. Yanomami na Imprensa. Conselho Yanomami se reúne para aprovar Plano Distrital de Saúde. Fonte: Brasil Norte, 26 de maio de 2004. Disponível em: http://www.proyanomami.org.br/v0904/index.asp?pag=noticia&id=3382-, acesso em 02.01.2006.
   COMISSÃO PRÓ-YANOMAMI. Yanomami na Imprensa. Parabólicas. Fonte: Folha de Boa Vista, 11 de março de 2005. Disponível em: http://www.proyanomami.org.br/v0904/index.asp?pag=noticia&id=3977, acesso em 20.03.2006.
   Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI949683-EI306,00.html

= = =


Tercio Obara _ depois da VEJA, uma audiencia publica  
Preciosos Irmãos
Deus está mudando a história do nosso País!!!!!
Convoco a todos a orar e jejuar neste momento onde a luz da esperança começa a aparecer depois de 500 anos de trevas.

- - -
Suzuki e Marcia  _   , August 29, 2007 
Queridos amigos,
 
Continuem orando
 
Vocês têm acompanhado de perto e participado conosco dessa luta pela vida. Vocês têm sido nosso apoio e sabemos que sem suas orações e sem a sua voz (de testemunha), muita coisa não estaria acontecendo hoje. Louvemos a Deus pelas vitórias recentes, mas continuemos atentos, pois nossa luta é muito séria e envolve derramamento do sangue de centenas de crianças inocentes. Sabemos que no reino espiritual isso tem muito peso. E sabemos que as estruturas espirituais que sustentam esse sacrifício estão entranhadas na alma de nossa nação. Por isso não podemos descansar nem parar de interceder.
 
Audiência Pública
 
Depois da reportagem da VEJA ( http://vozpelavida-midia.blogspot.com/ ) muita coisa tem acontecido. Autoridades que não tinham conhecimento da gravidade da situação estão se manifestando. Um juiz está recolhendo provas para levar o caso a julgamento numa corte internacional - ele vê a tolerância do governo ao infanticídio como crime contra a humanidade! Isso é muito sério.
 
Além disso uma Audiência Pública foi marcada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados para o dia 5 de setembro. Para a audiência foi convidado presidente da FUNAI, da FUNASA, a Procuradora da República (Sexta Câmara) e outras autoridades. Além deles, eu fui convidada na qualidade de coordenadora da ATINI (o convite está no anexo)  para participar como expositora. O Ronaldo Lidório estará participando como antropólogo, e Paltu Kamayurá estará participando como líder indígena e pai de vítima ( http://vozpelavida.blogspot.com/2007/08/viagem-ao-parque-xingu.html) .
 
O objetivo da audiência é discutir a questão do infanticídio, com base no decreto 5001 do presidente Lula. Estejam orando por essa audiência pública, e quem sabe você pode vir a Brasília para participar? Só quem pode falar na audiência são os deputados e os expositores convidados. Mesmo assim, sua presença e sua oração no Congresso nesse dia podem fazer muita diferença. Ore a respeito.
 
Apoio às famílias de sobreviventes
 
Desde que chegamos em Brasília, Suzuki e eu percebemos que teríamos que ajudar outras etnias além dos suruwahá. Essas pessoas não têm a quem procurar, e nós não podemos nos omitir. A  medida que avançamos nessa luta, nossa responsabilidade aumenta. Os indígenas não páram de nos procurar pedindo ajuda para crianças que não podem permanecer na aldeia por problemas culturais. Começamos com as crianças suruwahá, mas o problema é generalizado.
 
Nossa casa já está lotada, estamos com a família da Muwaji e a família da Kamiru. Os trigêmeos Ikpeng não puderam ficar na aldeia, pois o risco de vida continua e a discriminação à família é muito forte. Eles estão morando em SINOP (MT) e nós assumimos o compromisso de suprir a alimentação da família, leite e fraldas para os trigêmeos. Além disso, estamos cuidando de duas meninas Kamayurá, em situação semelhante, que estão morando com a Rose, que é missionária da ALEM e também  voluntária da Atini. Os gêmeos Kuikuro e a Kawana Kamayurá estão em Barra do Garça e estamos ajudando a família com as despesas de alimentação.
 
Cuidar desses já dá bastante trabalho e custa bastante dinheiro. Mas os pedidos de ajuda não páram. Ontem recebemos uma denúncia de um bebê Deni, do Amazonas, que o pajé quer entregar para os espíritos da floresta, pois acha que ele é portador de maldição para a mãe. E hoje recebemos a ligação de uma família kamayurá que teve que deixar a aldeia porque sua filha de dez anos está sofrendo de uma doença degenerativa. Nessa etnia, crianças deficientes são mortas logo ao nascer. Mas quando a deficiência se manifesta mais tarde, essas crianças são consideradas maldição e não podem continuar na aldeia. Nesse caso, os pais saíram da aldeia, foram para a CASAI daqui de Brasília, e de lá nos ligaram pedindo ajuda. Precisam de um lugar para ficar, pois a CASAI não tem condições e não foi designada para problemas crônicos como o da sua filhinha. Eles estão muito tristes, pois a menina não consegue mais nem andar. Como a doença aparentemente não tem cura, eles vão ter que morar na cidade indefinidamente e nos pediram um lugar para ficar.
 
Encontramos uma casa para reformar e alugar que fica próxima da ALEM e fica mais fácil para a Rose e o pastor Eli Ticuna acompanharem.  No momento, as despesas com alimentação e moradia da ATINI  já estão em torno de 8 mil reais mensais, mas vamos precisar de mais ajuda financeira para manutenção dessas famílias.
 
Produção de material gráfico
 
Outra demanda que temos é a produção de material gráfico. Com todo o movimento que surgiu por causa da matéria da VEJA, da Lei Muwaji e da Audiência Pública, precisamos produzir material de divulgação, educação e conscientização. O público alvo são os deputados, senadores, antropólogos e outros formadores de opinião que podem ajudar na aprovação da lei e numa mudança geral  de atitude.
 
O material é de excelente qualidade e já temos toda a arte desse material pronta, faltando apenas dinheiro para produção e pagamento da artista gráfica. Tudo vai ficar em torno de 20 mil reais. Parece muito dinheiro, mas não podemos subestimar o valor desse material. Você se lembra da cartilha "O Direito de Viver", que foi a primeira publicação da ATINI? Ela já alcançou mais de 50 etnias e ajudou a mobilizar não-índios de todo o Brasil. Parte dos frutos que colhemos agora são por causa dessa cartilha, e ela foi produzida com as doações de muitos de vocês.
 
Tomamos a liberdade de falar com você nesses termos porque você tem sido nosso parceiro nessa caminhada. Entendemos que nosso papel é tanto falar sobre vida quanto desenvolver ações práticas que promovam a vida. Se você desejar fazer uma doação específica para esse momento, a conta corrente é:
 
ATINI - VOZ PELA VIDA
Banco do Brasil
Ag 2727-8 Asa Norte 116
c/c 13645-X
 
Um abraço e muito obrigado por tudo
 
Edson e Márcia Suzuki
www.vozpelavida.blogspot.com
- - -
Ofício nº 1275/2007-P      
 
                 Brasília,  22 de agosto de 2007
 
A Ilustríssima Senhora
Professora Márcia Suzuki
Coordenadora do Movimento Atini – Voz Pela Vida
 
Brasília - DF
 
 
 
     Prezada Senhora,
 

     Convidamos Vossa Senhoria a participar, como expositora, de audiência pública desta Comissão de Direitos Humanos e Minorias, a realizar-se no próximo dia 05 de setembro de 2007, às 14h30, no plenário 09, anexo II desta Câmara dos Deputados, com a finalidade de discutir  a prática do infanticídio nas áreas indígenas, em atendimento ao requerimento n.º 20/2007, de autoria do Deputado Henrique Afonso(PT/AC), aprovado no âmbito desta CDHM.
 
     O presente tema se fundamenta a partir do decreto presidencial n.º 5.051 de 19 de abril de 2004 que promulgou a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho – OIT que em seu artigo 8º parágrafo 2 estabelece que os povos indígenas tem o direito de conservar seus costumes e instituições próprias, desde que eles não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais nem com os Direitos Humanos internacionalmente reconhecidos. Sempre que for necessário deverão ser estabelecidos procedimentos para se solucionar os conflitos que possam surgir na aplicação deste princípio.
 
     Baseado principalmente nesta normativa a Comissão de Direitos Humanos e Minorias irá abrir um debate com especialistas e lideranças indígenas sobre a prática ainda presente em algumas aldeias indígenas de sacrifício de crianças que nascem com deficiência. A audiência não pretende levantar juízos e sim construir pistas de ação e diálogos para o enfrentamento desta realidade.  
 
      Na expectativa da presença de V. Sa., renovamos votos de elevada estima e apreço e aguardamos confirmação pelo telefone: 061-3216-6570, pelo fax: 061-3216-6580 ou pelo e-mail: cdh@camara.gov.br
 

Atenciosamente,
 
 

Deputado Luiz Couto
 
Presidente
= = =

Queridos Graça, Paz e Misericórdia Venho por meio deste fazer um pedido urgente de oração. Márcia Suzuki da ATINI e Isabel Murphi(antropologa) da SIL estão apresentando nesta quarta feira um trabalho numa conferência acadêmica nos EUA, (AAA) sobre um assunto polêmico da questão de advocacia para os pais indígenas que querem salvar seus filhos, mesmo deficientes, contra o costume de infanticídio (enterrando-os vivos ou sufocando-os). Em geral, a FUNAI não apoio qualquer mudança de cultura ou costume. Cotamos com o apoio e orações, No amor do Mestre, David Botelho

= = =
A Revista "ISTO É" fez uma importante reportagem sobre o infanticídio entre os povos indígenas. CRIANÇAS SÃO ENTERRADAS VIVAS!
 
 
Precisamos escrever para a revista elogiando a matéria, assim como para o Jornalista HUGO MARQUES que fez o artigo denunciando esta crueldade entre as crianças indígenas, onde a FUNAI faz vista grossa, em nome da preservação da cultura indígena.
 
 
 
Os cristãos que estão trabalhando em prol do resgate destas crianças estão sendo impedidos de realizar o seu trabalho. Esta é uma violência sem igual! O BRASIL enlouqueceu! PRECISAMOS DENUNCIAR ESTA CRUELDADE!
 
 
 
Escreva para a "ISTO É" pedindo para tornar pública as ações da CULTURA DA MORTE das nossas crianças indígenas: FAX da REDAÇÃO: (11) 3618-4324 e o único e-mail que a revista veiculou foi o da publicidade: publicidade@editora3.com.br , mas telefonei para a revista e me deram o do Hugo Marques: hugomarques@istoe.com.br  (tel. 0xx 61 3321-1212)
 
 
 
Já escrevi para o Hugo e para o endereço eletrônico da Revista. Compre a revista que veicula outras matérias interessantes.
 
 
 
VEJA A MATÉRIA COMPLETA, ABAIXO:
 
 
 
Brasil
 
 
 
 
 
 
 
 
O garoto indio que foi enterrado vivo
Amalé quase foi morto em nome dos costumes indígenas. E a Funai faz vista grossa ao infanticídio de algumas tribos
 

 
PRECOCE O pequeno Amalé sonha com uma mochila, mas tem consciência de seu drama
 
 
Amalé tem quatro anos. Como muitas outras crianças, na terçafeira 12 ele foi pela primeira vez à escola, em Brasília. Índio da etnia kamaiurá, de Mato Grosso, Amalé chamava a atenção dos demais garotos porque era o único que não usava uniforme nem carregava uma mochila nas costas. Mas Amalé se destaca dos demais por um motivo muito mais preocupante. O pequeno índio é, na verdade, um sobrevivente de sua própria história. Logo que nasceu, às 7 horas de 21 de novembro de 2003, ele foi enterrado vivo pela mãe, Kanui. Seguia-se, assim, um ritual determinado pelo código cultural dos kamaiurás, que manda enterrar vivo aqueles que são gerados por mães solteiras. Para assegurar que o destino de Amalé não fosse mudado, seus avós ainda pisotearam a cova. Ninguém ouviu sequer um choro. Duas horas depois da cerimônia, num gesto que desafiou toda a aldeia, sua tia Kamiru empenhou-se em desenterrar o bebê. Ela lembra que seus olhos e narinas sangravam muito e que o primeiro choro só aconteceu oito horas mais tarde. Os índios mais velhos acreditam que Amalé só escapou da morte porque naquele dia a terra da cova estava misturada a muitas folhas e gravetos, o que pode ter formado uma pequena bolha de ar.
 
A dramática história desse pequeno índio é a face visível de uma realidade cruel, que se repete em muitas tribos espalhadas por todo o Brasil e que, muitas vezes, tem a conivência de funcionários da Funai, o organismo estatal que tem a missão de cuidar dos índios.
 
“Antes de desenterrar o Amalé, eu já tinha ouvido os gritos de três crianças debaixo da terra”, relata Kamiru, hoje com 36 anos. “Tentei desenterrar todos eles, mas Amalé foi o único que não gritou e que escapou com vida”, relata. A Funai esconde números e casos como este, mas os pesquisadores já detectaram a prática do infanticídio em pelo menos 13 etnias, como os ianomâmis, os tapirapés e os madihas. Só os ianomâmis, em 2004, mataram 98 crianças. Os kamaiurás, a tribo de Amalé e Kamiru, matam entre 20 e 30 por ano.
 
Os motivos para o infanticídio variam de tribo para tribo, assim como variam os métodos usados para matar os pequenos. Além dos filhos de mães solteiras, também são condenados à morte os recém-nascidos portadores de deficiências físicas ou mentais. Gêmeos também podem ser sacrificados. Algumas etnias acreditam que um representa o bem e o outro o mal e, assim, por não saber quem é quem, eliminam os dois. Outras crêem que só os bichos podem ter mais de um filho de uma só vez. Há motivos mais fúteis, como casos de índios que mataram os que nasceram com simples manchas na pele – essas crianças, segundo eles, podem trazer maldição à tribo. Os rituais de execução consistem em enterrar vivos, afogar ou enforcar os bebês. Geralmente é a própria mãe quem deve executar a criança, embora haja casos em que pode ser auxiliada pelo pajé.
 
Os próprios índios começam a se rebelar contra a barbárie. Neste momento, há pelo menos dez crianças indígenas em Brasília que foram condenadas à morte em suas aldeias. Fugiram com ajuda de religiosos e sobrevivem na capital graças a uma ONG, Atini, dirigida por missionários protestantes e apoiada por militantes católicos. A política oficial da Funai é enviar os exilados de volta à selva, mesmo que isso signifique colocar suas vidas em risco. “Não é verdade que entre os povos indígenas há mais violência e mais crueldade com seus infantes do que na população em geral”, sustenta Aloysio Guapindaia, presidente em exercício da Funai, em resposta por escrito à ISTOÉ. “O tema, tratado de uma forma superficial, transparece preconceito em relação aos costumes dos povos indígenas”, completa. Tem índio que não concorda. “Ninguém do governo nos ajuda a resolver o problema”, queixa-se Kamiru, com o auxílio de um tradutor. A recompensa pelo seu gesto de desafiar os costumes de sua gente vem daquele que ela salvou. “Minha verdadeira mãe não é a minha mãe. Minha mãe é a Kamiru”, diz o pequeno Amalé.
 
Outra índia que ousou enfrentar a tradição foi Juraka, também kamaiurá, de uma aldeia próxima à de Amalé. Ela está refugiada com a filha, Sheila, nove anos, no abrigo ao lado da Granja do Torto. A menina faz tratamento no hospital Sarah Kubitschek. Nasceu com distrofia muscular progressiva, uma doença que a impossibilita de andar. A tribo descobriu o problema quando Sheila deveria estar dando os primeiros passos. A mãe fugiu antes de ser obrigada a aplicar a tradição. “Não gosto desse costume de enterrar a pessoa viva”, diz Juraka, também com a ajuda do tradutor. No hospital os médicos disseram que não há nada a fazer. Sheila deverá passar a vida numa cadeira de rodas. “É a pessoa que mais amo no mundo, mais que meus outros filhos”, diz Juraka. Mãe e filha já retornaram algumas vezes à tribo. Os índios passaram a respeitar a coragem de Juraka e já começam a aceitar Sheila.
 
“É um absurdo fechar os olhos para o genocídio infantil, sob qualquer pretexto”, diz Edson Suzuki, diretor da ONG Atini. “Não se pode preservar uma cultura que vai contra a vida. Ter escravos negros também já foi um direito cultural”, compara. Suzuki cria a garota Hakani, dos surwahás do Amazonas. Ela hoje tem 13 anos. A menina nasceu com dificuldades para caminhar. Os pais se recusaram a matá-la; preferiam o suicídio. O irmão mais velho, então com 15 anos, tentou abatê-la com golpes de facão no rosto, mas ela sobreviveu.
 
“O infanticídio é uma prática tradicional nociva”, ataca a advogada Maíra Barreto, que pesquisa o genocídio indígena para uma tese de doutorado na Universidade de Salamanca, na Espanha. “E o pior é que a Funai está contagiada com esse relativismo cultural que coloca o genocídio como correto”, ataca o deputado Henrique Afonso, do PT do Acre, autor de um projeto de lei que pune qualquer pessoa não índia que se omita de socorrer uma criança que possa ser morta.
 
Longe da tribo, Amalé quer continuar a freqüentar a escola, mas exige uma mochila. Ele já fala bem o português e avisa que gosta muito de carros. Quer dirigir um quando crescer. “Vamos aprender muito mais com Amalé do que ele com a gente”, diz a diretora da escola, Aline Carvalho.
 
“NÃO SE PODE PRESERVAR UMA CULTURA QUE VAI CONTRA A VIDA”
 
Edson Suzuki, diretor da ONG Atini (viA_aBRACEH)
 
 = = =
IMPRESSIONANTE!
 
Tercio 
_  18 04 2008  : O documentário está pronto!
 

Dá uma olhadinha no clip  www.hakani.org   Viu?  Não dói no coração? Nosso desejo é que doa no coração de muita gente e que essa dor gere ação para que essa realidade mude.
 
Queridos irmãos e amigos,
 
Muito obrigado pelas orações. Agradecemos o empenho e a dedicação de vocês e sabemos que Deus tem nos sustentado por causa das orações dos irmãos.
 
Nós estamos vivendo momentos muito importantes de expansão e conquistas, mas ao mesmo tempo de grande batalha espiritual. Estamos atendendo e acompanhando a um número crescente de crianças indígenas  em situação de risco. Deus nos chamou para dar voz aos que não tem voz (Pv 31.8). A medida que lutamos para dar visibilidade à luta das famílias pelas suas crianças, percebemos que esse clamor pela vida vai sendo amplificado por Deus de maneira surpeendente. O documentário sobre o infanticídio vai ser uma ferramenta tremenda nessa luta. Continue orando conosco:
Pela nossa participação (através da Márcia e da Maíra) na Conferência do Fórum Permanente dos Povos Indígenas da ONU, em Nova York, de 21 de abril a 02 de maio. Por suprimento de Deus para a viagem e por portas abertas lá.
Por algumas exibições do documentário que estão sendo agendadas nos Estados Unidos para a primeira semana de maio. Hakani está viajando comigo e vai ser apresentada depois de cada exibição.
Pelo contato com a GLOBO, para que o documentário seja exibido em rede nacional. Temos uma reunião agendada com a equipe de jornalismo no Rio, dia 28 de abril.
Por proteção para todos os envolvidos nesse documentário, especialmente as crianças. Que Deus guarde a saúde, proteja de acidentes, proteja a mente e as emoções de cada um.
Pelos contatos na mídia, para entrevistas e programas sobre o assunto (Suzuki está dando uma entrevista neste momento e eu vou ao Rio participar do programa de Lêda Nagle na próxima quinta feira.
http://www.tvebrasil.com.br/semcensura/default.asp
Por suprimento financeiro para o atendimento diário de todos os indígenas que estão refugiados ou sob os cuidados da ATINI (cerca de 40 pessoas, várias delas com sérios problemas de saúde).
Por várias outras crianças indígenas que estão correndo risco em suas aldeias e precisam sair.
Por um milagre de Deus para que possamos comprar uma propriedade para abrigar os refugiados indígenas.
Que Deu faça cessar o infanticídio nas comunidades indígenas, e purifique o Brasil de tanto sangue inocente derramado.
Contamos com suas orações. Visite a nova página da atini
www.vozpelavida.org.br
 
Edson e Márcia

22/05/2008 _ NÃO PERCAM O DEBATE SOBRE INFANTICÍDIO DURANTE O II CENPS (www.cenps.com)
 
PALESTRANTES: MÁRCIA SUZUKI  e VALÉRIA TRIGUEIRO ADINOLFI
 
COORDENAÇÃO: EDUARDO RIBEIRO MUNDIM
 
 
Hakani ganha o mundo
 
Correio Brasiliense
14 de maio de 2008
 
 
Sete anos depois, índia reencontra, durante filmagens de documentário sobre a sua vida, o irmão que a salvou da morte. Obra resgata os horrores do infanticídio
 

--------------------------------------------------------------------------------
 
Marcelo Abreu
Da equipe do Correio
Carlos Vieira/CB/D.A Press
 
Hakani exibe foto com o irmão Bibi quando se encontraram na Floresta Amazônica, no começo do ano
 
 
 
 
Primeira reportagem saiu em outubro de 2007
 
 
 
Seria um encontro que resgataria a própria vida. E assim foi. No início de uma tarde de fevereiro, a pequena Hakani, hoje com 12 anos, reencontrou a pessoa que a salvou da morte. E lá estava ele, com 19 anos, esperando-a. Ao vê-la, emocionou-se. Ficou sem palavras. Depois, timidamente, começou a falar na língua que ela entende. Ela, embora não consiga mais falar aquela língua, compreendeu tudo que ele disse. E o abraçou com afeto de gente que gosta. Deu-lhe uma lanterna. Bibi riu. Não foi preciso mais qualquer palavra. Foi a maior e mais verdadeira catarse de sua vida. Aquele encontro trouxe, enfim, a libertação de Hakani.
 
E, junto com essa libertação, a história ganhou o mundo. O diretor e produtor norte-americano David L. Cunningham veio ao Brasil para contar a vida da indiazinha e a prática do infanticídio na tribo onde ela nasceu. Das mais de 200 etnias que existem no Brasil, 20 ainda levam à morte bebês portadores de deficiência física, gêmeos e filhos de mães solteiras. O documentário, rodado numa reserva em Porto Velho (RO), está pronto. Foi lançado nos Estados Unidos e no Brasil, no início deste mês. O filme, com 36 minutos de duração, leva o nome de sua personagem principal: Hakani. Na última cena, o emocionado reencontro de Hakani e Bibi. Uma rede de televisão brasileira já se interessou em exibir o documentário.
 
Em outubro do ano passado, o Correio contou, com exclusividade, a história da menina. O drama dela comoveu Brasília. A indiazinha, da etnia suruarrá, semi-isolada do Sul da Amazônia, nasceu com hipotireoidismo congênito — doença que, dentre outras coisas, afeta a produção dos hormônios do crescimento. Na cultura do seu povo, crianças que nascem com algum tipo de deficiência não podem viver. Segundo eles, são seres sem alma e teriam sido gerados por um espírito mau. Assim, a morte é a única solução. É feita, geralmente, com gole de timbó — chá preparado com o veneno de um cipó
 
Cabe ao pais, portanto, o ritual. A mãe de Hakani, Bujini, mulher forte e boa parideira, não teve coragem de matar a quinta e única filha. O pai, Dihiji, um dos maiores caçadores da tribo, também recuou da missão. Além de Hakani, que contava com 2 anos, Niawi, um ano mais velho, teria nascido sem alma. Também tinha hipotireoidismo. Os pais, em vez de darem o chá venenoso para os dois filhos, resolveram tomar. Morreram agonizando.
 
Mas a história não acabaria ali. Coube ao irmão mais velho, Aruwaji, então com 15 anos e agora responsável pela família, levar adiante a missão que os pais não tiveram coragem de cumprir. A tribo exigia que Hakani e Niawi fossem mortos. Aruwaji não arredou pé da tarefa. Tentou matar os dois irmãos a pauladas na cabeça. Depois dos golpes, enterrou-os numa cova rasa. Hakani chorou. Niawi não reagiu. Foi enterrado vivo. Há quem ainda tenha ouvido, horas depois, o choro debaixo da terra. Ninguém teve coragem de salvá-lo.
 
Maior missão
 
Bibi, com 9 anos, salvou Hakani. Desenterrou-a e passou a cuidar dela, escondido do irmão mais velho. Era o único que lhe dava comida e água. Certa vez, o avô materno tentou matar a menina. Flechou-a entre o peito e o ombro. Mais uma vez, Hakani sobreviveu. Transtornado por não ter conseguido matá-la, o avô se matou. Aruwaji, o irmão mais velho, também fez o mesmo. Ambos tomaram chá de timbó.
 
A indiazinha seguiu, sozinha, escondida, sob os cuidados de Bibi. Até os 5 anos, quase ninguém sabia de sua existência. Ela pesava 5kg e media apenas 68cm. Não falava nem andava. Foi quando o casal de missionários, Márcia e Edson Suzuki, chegou à aldeia. Lingüistas, eles estudavam os índios suruarrás. Quando souberam da situação da menina, começaram uma verdadeira batalha pela vida de Hakani. A avó materna lhes disse: "Levem essa menina. Não a queremos aqui nem cuidaremos dela". O frágil Bibi, então, entregou a irmã ao casal.
 
Com permissão da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Márcia e Edson levaram Hakani para tratamento em Porto Velho e depois em Ribeirão Preto (SP). Diagnosticado e tratado o hipotireoidismo, com alimentação e medicação adequadas, a menina cresceu e engordou. Aprendeu a andar e a falar. Aos poucos começou a não ter medo de gente. E apegou-se ao casal, sem filhos, como nunca havia se apegado a ninguém.
 
Mas como levá-la de volta à sua terra? Impossível. Ela morreria. Começa a luta de Márcia e Edson para adotá-la. Depois de cinco anos de batalha judicial, o casal, enfim, conseguiu. E ela ganhou um novo nome: Ana Hakani dos Santos Suzuki. Em 2006, a família desembarcou em Brasília. Vivem hoje numa casa na 715 Norte. Hakani estuda a 3ª série no Leonardo da Vinci, na 914 Norte. Adora as aulas de natação e de inglês. Além disso, faz terapia para entender e aceitar melhor sua história.
 
Protagonista
 
Hakani se sentiu bem à vontade em todas as cenas de que participou. Ao reencontrar o irmão, quase sete anos depois, disse, arrasando no inglês de criança: "This is my brother". Bibi não entendeu uma só palavra. Em Washington, de onde retornou na segunda-feira, dia 12, e foi para o lançamento do filme, não se cansava de repetir: "This is my film…". Aos poucos, a indiazinha consegue esquecer os horrores que viveu.
 
"Ela não falava sobre o passado. Tinha dificuldade para se reconhecer índia. Reencontrar o irmão foi sua libertação", diz, comovido, o pai adotivo, Edson Suzuki, 46 anos. Márcia, 45, emenda: "E para o Bibi também foi muito importante rever a irmã. Nunca ninguém tinha dito que ele estava certo. Pela primeira vez recebeu elogios, foi reconhecido e teve a certeza de que fez a coisa certa".
 
Hakani, depois de se orgulhar do inglês, ouviu o irmão falar na língua suruarrá. Escutou-o. Por algum motivo, a indiazinha não mais consegue falar a mesma língua. Mas entende tudo. Os pais adotivos ouviam o que ela dizia e traduziam em suruarrá para Bibi. E ela lhe disse, em português: "Quero que você venha comigo para Brasília e estude no meu colégio". Bibi, que se casou há um mês e virou caçador, agradeceu à irmã. Ela, depois, comentou com a mãe: "O Bibi não ama a cidade. Ele gosta de matar anta pra comer…"
 
E assim, durante as filmagens do documentário, passaram-se duas semanas de convivência. Tempo inteiro de aconchego, troca de olhares, cumplicidade, afeto. Da parte dele, um pedido discreto de perdão, por não ter conseguido fazer mais. Dela, um grito de felicidade, com sorriso escancarado. Sem dizer uma só palavra, apenas com gestos, Hakani, a sobrevivente, lhe agradeceu pela vida. Essa é uma história que, mesmo com todos os horrores, teria tudo para virar um belo filme. E virou, com final feliz.
 
ONDE VER
Site do filme:
www.hakani.org
 

Anderson Ribeiro
61 84904150
- - -
CENPS irá debater esta semana o Infanticídio no Brasil
ainda dá tempo para vc participar
é só preparar sua mala para passar este feriado em BH ( Via_Obara)


= = =
17/06/2008 _carta do Edson Bakairi ao presidente Lula
 
 
Amigos e irmãos,
 
Deus está levantando profetas em nossa nação. Um desses profetas, que se levanta com autoridade e humildade, no momento certo, é o irmão indígena Edson Bakairi.
 
Edson é um líder indígena de destaque - licenciado em História, com especialização em Antropologia, tem sido por 3 anos presidente da organização dos professores indígenas de Mato Grosso. É também um sobrevivente. Abandonado no mato logo depois do parto, foi resgatado por suas irmãs, que cuidaram dele em oculto. Hoje ele é uma voz que se levanta com autoridade a favor das crianças em situação de risco de infanticídio.
 
Edson escreveu uma carta aberta ao Presidente Lula e à Nação Brasileira, pedindo apoio na luta de seus parentes contra o infanticídio e denunciando o descaso das autoridades. É uma carta  tão inspirada e tão forte, que lembra os discursos de Martin Luther King, que lutou pelos direitos civis nos Estados Unidos e entrou para a história.
 
Ajude-nos a fazer com que essa carta chegue ao Presidente Lula. Vamos divulgá-la em todos os meios, espalhá-la por todos os cantos. Chegou a hora das nações indígenas assumirem a frente da luta por justiça sobre essa nação - uma luta diferente da que temos acompanhado através da mídia. Nada de índígenas agitando facões e gritando com revolta. É hora de vermos homens sensatos, sábios e cheios de autoridade, assumindo a frente dessa luta pelos valores do Reino. Nosso papel nesse momento é apoiar esses irmãos e  abrir portas para que eles sejam ouvidos.
 
 
Leia a carta dele abaixo, (ou abra o anexo)
Carta aberta do movimento contra o infanticídio indígena
 
Ao Excelentíssimo Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à Primeira Dama D. Marisa e à Nação Brasileira.
 
 
 
 
 
Nós, indígenas do Mato Grosso e do Brasil, pedimos a sua atenção para os casos de infanticídio, que ocorrem impunemente nas aldeias indígenas do Brasil.
 
O infanticídio, não é um fato novo, infelizmente sempre esteve presente na história das culturas indígenas. Entretanto, tem ganhado a visibilidade na mídia com a divulgação da história da menina Hakani, da etnia Suruwahá, a qual sobreviveu ao infanticídio após o suicídio de seus pais e irmãos. Estamos vivendo um momento de profunda mudança em nossa cultura e estilo de viver, por que vivemos hoje um novo tempo. A realidade dentro das comunidades indígenas é outra. Já não vivemos confinados em nossas aldeias, condenados ao esquecimento e à ignorância. O mundo está dentro das aldeias, através dos meios de comunicação, internet e da escola, o acesso à informação têm colocado o indígena em sintonia com os acontecimentos globais.
 
Tudo isso tem alterado nossa visão de mundo. Hoje já não somos meros objetos de estudos, mas sujeitos, protagonistas de nossa própria história, adquirindo novos saberes e conhecimentos que valorizam a vida e a nossa cultura.
 
Somos índios, somos cidadãos brasileiros! Vivendo na cidade ou na aldeia, não abandonamos as riquezas de nossas culturas, mas julgamos que somos plenamente capazes de distinguir entre o que é bom e o que é danoso à vida e a cultura indígena. Desde já, assumimos as responsabilidades de nosso destino e de fazer escolhas que contribuam para o nosso crescimento. Nos recusamos ativamente  a ser meros fantoches nas mãos de organizações científicas e de estudos. Chega de sermos manipulados pelas Organizações Governamentais e não-Governamentais!
 
Portanto manifestamos nosso repúdio à prática do infanticídio e a maneira irresponsável e desumana com que essa questão vem sendo tratada pelos Órgãos Governamentais. Não aceitamos os argumentos antropológicos baseados no relativismo cultural. De acordo com a nossa própria Constituição Brasileira de 1988, que em seu artigo 227, determina:  
 
'É dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.'
 
É em nome deste preceito constitucional que nos dirigimos suplicando à nação brasileira, em especial ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva e à Primeira Dama D. Marisa assim como aos Congressistas e Governantes Estaduais e Municipais manifestando a nossa indignação com a falta de respeito à vida, em especial as vidas das crianças vítimas do infanticídio.
 
O recente caso da menina Isabela alcançou tal repercussão na mídia, que de imediato nós vivenciamos a dor e a angústia de sua família: parecia que Isabela era alguém da nossa própria família. Toda a nação brasileira se comoveu e se encheu de indignação com tamanha violência, acompanhando e exigindo justiça a partir de então. Quanto à punição dos suspeitos, a Justiça tem feito seu papel, e a sociedade está em alerta contra a violência infantil.
 
Mas nós perguntamos será que a vida da Isabela tem mais valor do que aquelas crianças indígenas que são cruelmente enterradas vivas, abandonadas na mata, enforcadas por causa de falsos temores e falta de informações dos pais e da comunidade?  NÃO!
 
Não aceitamos o infanticídio como prática cultural justificável, não concordamos com a opinião equivocada de antropólogos que têm a pretensão de justificar estes atos e assim decidir pelos povos indígenas colocando em risco o futuro de etnias inteiras.
 
O direito a vida é um direito fundamental de qualquer ser humano na face da terra, independentemente de sua etnia ou cultura.
 
Ao Excelentíssimo Senhor Presidente, a Primeira Dama D. Marisa, Senhores Congressistas, Governantes Estaduais e Municipais e a cada cidadão  brasileiro: os direitos humanos estão sendo violados no Brasil!! Milhares de crianças já foram enterradas, enforcadas ou afogadas e quantas mais deixaremos passar por tal crueldade?
 
Nosso movimento espera que a Lei Maior de nosso país seja respeitada, isto é, independentemente de etnia, cor, cultura e raça, todas as crianças gozem do direito à vida.
 
Nesse sentido:
 
- Pedimos que a Lei Muwaji seja aprovada e regulamentada;
 
- Pedimos ao Excelentíssimo Senhor Presidente Luís Inácio Lula da Silva e a sua esposa que pessoalmente interfiram nesse processo;
 
- Pedimos que os Órgãos competentes não mais se omitam em prestar socorro às mães e as crianças em risco de sofrer infanticídio.
 
Nós, abaixo assinados, concordamos com os termos da carta aberta e juntos com os seus autores, pedimos aos governantes do País em todas as instâncias, providências ao combate e a erradicação do infanticídio, para que assim o sangue inocente não seja mais derramado em solo indígena, em solo brasileiro.
 
Mato Grosso, Junho de 2008
 
 
 
Movimento contra o infanticídio indígena.
 
Edson Bakairi _ líder indígena em Mato grosso, professor licenciado em História com especialização em Antropologia pela UNEMAT, presidente da OPRIMT (Organização dos professores Indígenas de MT) por 3 anos e é sobrevivente de tentativa de infanticídio - abandonado para morrer na mata, foi resgatado e preservado com vida por  suas irmãs.
Ruth Larsson
http://www.blogdolaboratorio.blogspot.com/
www.hakani.org
www.atini.org


26 de junho de 2008  _ Adila - Miss: Messias e familia - a carta em anexo leia e ajude a divulgar ok
 
Por favor leiam e repassem. Entrem nos sites indicados e orem a favor dos que não tem vozes, mas dos quais é o reino dos céus e da boca de quem retiramos o perfeito louvor.
 
Em Cristo
 
 
 
Paz do Senhor,
esta carta foi um o irmão daqui  da nossa base quem nos enviou gostaria que lesse e se possível envie para mais pessoas pois o povo indígena tem sofrido.
nos como povo de Deus precisamos cobrar destes Deputados.
olha é preciso enviar ate o dia 30 deste mês de junho  pois é quando vai ser votada esta lei .
modelo da carta esta em anexo, caso queira modificar alguma coisa é melhor para que não fique uma só carta , entende? gostaria também que desse uma olhada nestes site abaixo e fale para todos dar uma olhada também ok. Conto com você para passar esta carta.
 
Queridos Jocumeiros
 
  Na reunião de obreiros de Quinta Feira estaremos apresentando uma campanha que está sendo feita por nossos colegas de ministério Suzuki e Márcia, missionários com mais de vinte anos de experiências com povos indígenas da Amazônia, fundadores da ONG ATINI - Voz pela vida que luta contra o infanticídio de crianças indígenas no Brasil. Infelizmente nosso governo é conivente com essas práticas, desrespeitando claramente nossa constituição e a Convenção dos Direitos Humanos Universais. Entendemos que nossa tarefa como Igreja é discípular nossa nação. Para isso precisamos trazer as intenções de Deus em todas as esferas da sociedade e com certeza o infanticídio são intenções de um 'assassino, ladrão e destruidor' em contraste com a vida abundante que é a promessa de nosso SENHOR (João 10:10). Orar é muito importante, mas a oração deve ser seguida de uma ação. É no momento da oração que descobrimos qual ação devemos tomar. Oração sem ação assemelha-se mais a um pensamento budista do que Cristão. Esta ONG a ATINi tem levado a sociedade a debater sobre este tema e muito já foi avançado. Hoje temos um projeto de Lei para ser votado garantindo este direito e nós podemos agir cobrando isso de nossos políticos. Também foi produzido um documentário chamado Hakani que conta um pouco deste drama.  Esse documentário pode ser baixado no site www.hakani.org (tem uma versão em português). Na reunião de obreiros iremos assistir o documentário. Também em anexo estou enviando um arquivo mostrando como podemos nos envolver e a quem escrever. Tem até um modelo de carta. Vamos encher a caixa de email desses deputados e mostrar que não estamos passivos a esta situação. Também podem visitar o site www.atini.org
Em Cristo
 
Miss: Messias e família

 
Aqui também vai o endereço para enviar carta pelo correio.
Presidente da Câmara dos Deputados
ARLINDO CHINAGLIA
dep.arlindochinaglia@camara.gov.br
Gabinete 706 - Anexo IV
Câmara dos Deputados
Praça dos Três Poderes
Brasília - DF
CEP: 70160-900
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados
POMPEO DE MATTOS
dep.pompeodemattos@camara.gov.br
 
Ministro da Justiça
TARSO GENRO
gabinetemj@mj.gov.br
Envie mensagens para todos os deputados da Comissão de Direitos Humanos. http://www2.camara.gov.br/comissoes/cdhm/membros.html
Envie mensagens para todos os deputados federais do seu estado.
http://www2.camara.gov.br/deputados
Organize uma sessão de exibição do filme Hakani, seguida de um debate. Acesse
www.atini.org para encontrar mais informações para o debate. Se você precisar de alguém para ajudar no debate, entre em contato – vozpelavida@gmail.com
- -
Excelentíssimo Sr. Presidente da Câmara dos Deputados,
 
Deputado ARLINDO CHINAGLIA,
 
"Esta semana chegou ao meu conhecimento o problema do infanticídio nas comunidades indígenas. São os próprios índios que tem buscado vencer essa prática e pedem ajuda. Considerando que todas as crianças brasileiras devem contar com a proteção da Constituição Federal, do ECA e dos acordos internacionais de Direitos da Criança, dos quais o Brasil é signatário,  solicito ao Exmo. Sr. que com a máxima urgência  tome os passos necessários para que o PL 1057/2007, conhecido como Lei Muwaji, seja votado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados ainda no mês de junho de 2008. Toda criança tem direito  à vida. Criança é criança, independente da origem étnica. Criança indígena tem os mesmos direitos de qualquer outra criança Brasileira."

= =

Oi pessoal,
Segue esse material para divulgarmos e nos mobilizaramos contra o infanticídio indigena no Brasil. Vamos interceder também. A Jocum está nessa campanha em todo o mundo para que o congresso nacional vote essa lei Muwjai, urgente _ Pr. Davi Galúcio
= = =
  Lei Muwaji - Reta Final
 
 
 
Queridos Amigos e Irmãos,
 
Estamos entrando na última semana antes do Recesso Parlamentar. Tantas coisas têm acontecido nos últimos dias, tanto mover de Deus, tanta gente envolvida... sabemos que Deus tem levantado Seu povo para "abrir a boca a favor dos que não têm voz", com poder e autoridade. A autoridade vem do amor e da obediência.
 
Nessas últimas semanas, mais de 80 mil pessoas assistiram o clipe do filme Hakani no youtube. Cerca de 1000 pessoas estão visitando o site www.hakani.org a cada dia. Exibições do filme tem acontecido em diversos países na América do Norte e do Sul, na Europa, na Ásia e na Australia. A mídia tem publicado matérias sobre o assunto em diversos jornais e revistas ao redor do mundo. Milhares de irmãos têm levantado a voz para orar pela vida das crianças indígenas, milhares de mensagens têm corrido pela internet cobrando ação das autoridades. A FUNAI ameaça proibir a exibição do filme e processar os produtores, mas as pessoas continuam se mobilizando.
 
Indígenas que assistem o filme ficam profundamente tocados. Para Marcos Mayoruna, um jovem indígena do Vale do Javari, o filme trouxe uma grande libertação. Foi só depois de assistir o documentário que ele teve coragem de enfrentar seu passado e contar sua história. Ele, aos dez anos de idade, viu seu pai e seu irmão gêmeo serem queimados vivos, condenados pela comunidade por serem considerados uma maldição. Marcos está vindo para Brasília na terça-feira para prestar seu depoimento e ser mais uma voz a favor da vida.
 
Na próxima quinta-feira irão acontecer diversas manifestações a favor da Lei Muwaji por todo o Brasil. Muita gente vai para as ruas para protestar pelas cerca de 200 crianças que já foram sacrificadas nas aldeias durante o último ano - exatamente o tempo que a Janete Pietá está mantendo o projeto de lei engavetado. Crianças de várias idades, meninos e meninas, portadores de deficiências, gêmeos, filhos de mãe solteira. Enquanto as autoridades discutem como vão punir aqueles que estão denunciando as mortes, mais e mais crianças são sacrificadas. Chega de sangue inocente derramado!
 
Junte-se aos que estão organizando as manifestações em todo o Brasil. Entre em contato conosco, através do email . . . se quiser organizar uma manifestação em sua cidade. Muitos manifestantes em vários estados vão para a porta da prefeitura local com balões vermelhos simbolizando as crianças que foram sacrificadas nas tribos no último ano. Em algumas cidades os manifestantes vão montar um "cemitério simbólico", cada um levando uma cruz de isopor ou de madeira. Serão duzentas cruzes representando as cerca de 200 crianças "enterradas"  na gaveta da deputada Janete.
 
Serão manifestações pacíficas, de apoio aos indígenas em sua luta pela vida. Junte-se a nós. Comunique-se com o maior número possível de pessoas. As instruções estão nos arquivos em anexo. São apenas sugestões, mas cada grupo de manifestantes tem liberdade para orar e buscar novas formas de manifestação.
 
Vamos sair para as ruas e levantar nossa voz pela vida das crianças indígenas.
 
Edson e Márcia Suzuki _ 13/07/2008



Tribo SURUWAHÁ

20/01/2004 Livro : "O Chamado Radical". É um livro sobre missões, mas tem servido de grande encorajamento para quem lê, e engrandecido a visão que as pessoas tem de Deus... Vale a pena... Veja mais sobre ele no site da editora Atos. www.editoraatos.com.br Bráulia Ribeiro _ Presidente de JOCUM-Brasil

16/07/2003 Queridos irmão e amigos. Gostaira de llhes pedir oração para a equipe que trabalha no povo Suruaha, pois nessa semana chegou aqui na missão(JOCUM) uma carta do ministério público pedindo a retirada da equipe da área indígina, além disso eles pediam para que as crianças que estavam na guarda do Suzuki e Mácia e Moises fossem devolvidas. Eles tiraram as crianças da área porque na cultura Suruaha quando a criança não tem pai nem mãe, ou é de mãe solteira a criança não tem espírito ou são demônios então maltratam a criança até morrer, no caso da Rakãni adotada legalmente pelo Suzuki e Márcia, ela comia lixo, até fezes, estava tão desnutrida que estava semelhante a crianças da Somália, Rarãni que está sobre a guarda provisória da Lucília e o Moises foi abandonada logo quando nasceu no meio da selva, pois a mãe não sabia quem era o pai então o avô teria que matar ,mas como a equipe está lá, preferiu abandonar na selva e depois de 5 horas que havia nascido o avô disse para o Moises onde tinha a deixado, ele correu por horas dentro da selva onde achou a criança. Se a equipe não tivesse pego esses bebês com certeza teriam morrido. Por favor orem sobre essa situação, isso é realmente urgente. _ Pr. Ivan Ribeiro

05/01/02 - JOCUM Braulia/Reinaldo Ribeiro _: relatório 2001
Jovens Com Uma Missão NOTÍCIAS DO MATO SEM CACHORRO
Uma cartinha(ona) de Reinaldo e Braulia Oi amigos, Nosso ano foi marcado pela presença e ministração de Deus em nossa ministério. Queremos tudo o que Ele pode dar! Poder espiritual, cura, restauração de vidas!! Vou te mostrar rapidamente como alguns povos indígenas da região foram tocados este ano. Serão poucos exemplos dos muitos que aconteceram neste 2001 que ficou pra trás. Obrigada pela sua parceria conosco neste ministério. Suas orações e contribuições tornam este ministério possível.
Urueu-wauwau: Nossa equipe no povo Fred, Anete e filhos, Irmã Nilva, Luís e Dionéia e seu filhinho, estão muito bem e conseguiram ficar na área na maior parte do ano, (em duas aldeias diferenetes) apesar da perseguição anti-missionárias que algumas ONGs fazem. Reinaldo visitou as aldeias com o Fred e teve oportunidade de ver a diferença que a equipe faz para a vida dos índios. A presença deles significa acesso à etno-educação, e saúde numa forma de carinho consideração e respeito que outros agentes não podem oferecer. Um dos índios assassinou um madeireiro o que tornou a situação da tribo perigosa mas mesmo assim Deus os protegeu da fúria da vingança dos madeireiros ilegais que atuam na área. Um dos chefes teve um sonho em que Jesus aparecia para ele. Pode estar próxima a revelação de Jesus aos Urueu-wauwau!!
Suruwahá: Muitos se comoveram com a história da garotinha Suruwahá que para nós é o símbolo da ressurreição que Deus quer operar no povo. Ela nasceu sem a glândula Tireóide e por isto apresentou sinais de retardamento logo aos dois anos. Seus pais perceberam e se mataram (já era seu segundo filho neste estado) para não suportar mais sofrimento. À partir daí a menina ficou jogada no chão da aldeia e abandonada por toda a comunidade. Tentaram matá-la várias vezes de várias maneiras, com pauladas, facadas, veneno afogamento, até enterrá-la viva. Por 3 anos e meio Hakani cujo nome significa sorriso, foi chamada de "anã" Jiawakye. Comia lixo quando achava e pequenos insetos. Era insultada e mal-tratada por toda a aldeia. Não tinha rede, nem fogo nem ninguém que lhe desse banho. Nossa equipe sofria com a situação mas não havia uma maneira cultural de tirá-la daquele sofrimento. Até que à beira da morte, ela foi entregue na mão da Márcia por seu irmãozinho menor. Márcia tomou-a como filha e aí começou a luta para trazê-la de volta à vida. Hoje Hakani voltou a fazer jus a seu nome: Sorriso. É um presente para Suzuki e Márcia e para nossa comunidade. Surpreendentemente cresceu 21 centímetros em 10 meses e recuperou a habilidade de andar e de falar. Para nós Hakani pode significar para os Suruwahá a recuperação de sua capacidade de ser solidários e de crer na regeneraçào do ser humano. Em janeiro Márcia e Suzuki vão voltar a visitar a tribo pela primeira vez com Hakani. O suicídio que houve no meio do ano (8 pessoas) foi uma tristeza mas aos poucos a vida na aldeia está voltando ao normal. A recuperação de Hakani significa a volta da esperança para esta tribo tão sofrida.
Pirahã: A equipe Eloir e Rosângela, Paula e Ulisses, que trabalha em parceria com a equipe da Wycliffe nesta tribo tão arraigada às suas tradições, teve uma boa surpresa este ano. Descobriram juntos que a música é a forma correta de se comunicar assuntos espirituais entre os Pirahã. Nada que é espiritualmente profundo pode ser falado sem música. Então. O evangelho foi cantado inúmeras vezes ao povo este ano!! Continue orando para o amor de Jesus venha tocar o povo Pirahã em sua solidão.
Jaminawa: Daniel e Du e seus filhos sofreram este ano o que Jesus disse que deveria ser motivo de alegria para nós: "Bem aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem por minha causa". (Mt5:11) A presença deles na aldeia esteve ameaçada várias vezes por causa de mentiras e ódio alimentadas por facções anti-missionárias. Mas na última investida, um grande grupo hostil formado por funcionários da FUNAI, FUNASA, e ONGs, acabou chorando, é, acredite se quiser, chorando mesmo durante um interrogatório que estava fazendo com a Du, diante das histórias de milagres e salvação de vidas que ela tinha pra contar. A aldeia inteira se reuniu para pedir a permanência da família numa prova de amor que os duros Jaminawa ainda não haviam dado a ninguém.
Jarawara: A igreja Jarawara continua crescento no entendimento e se espalhando por mais aldeias. Este ano vários Jarawara viajaram e suas cartas também continuam pregando para os outros que ainda não foram alcançados. O alvo de Davi e Francisca agora é vê-los cheios do Espírito e dos dons que vão ajudá-los a perseverar. Eles estão na área há 3 meses numa intensa campanha de oração e jejum, além de estarem ajudando a equipe da Wycliffe a traduzir porções importantes das escrituras.
Aymaras:
Talvez o projeto no qual temos mais expectativas para o ano que vem seja este que vai se realizar nos Andes. Como alguns sabem a ETED é o curso básico da JOCUM desde o início da missão. Este curso é uma espécie de treinamento de fuzileiros navais do reino. Um condensado de 5 meses, 3 meses de estudo e oração intensiva e 2 de prática missionária formam um tipo de obreiro diferente do formado pelos seminários. O "jocumeiro" ou a pessoa que passa pela ETED, se ela deixa que Deus trabalhe em sua vida mesmo (claro, porque sempre depende da escolha pessoal) ela sai se sabendo capaz de qualquer coisa para Deus, apta para pisar em qualquer Jordão e vê-lo se abrir, sabendo orar, guerrear, pregar, corajosa e cheia de motivação para sonhar coisas impossíveis. É um curso com a unção de capacitar as pessoas, ou pelo menos com a unção de fazer com a pessoa pense que está capacitada J para qualquer missão! Foi este curso, sua simplicidade e focalização prática que permitiram à JOCUM se tornar a maior missão evangélica do mundo com trabalhos estabelecidos em quase todos os países do mundo.
Bom cheguei no ponto. Na América do Sul o curso só é oferecido em duas línguas português e espanhol.
Cadê as línguas indígenas?? Não estamos capacitando os povos indígenas para participar em missões!! Chegou a hora disto mudar. Queremos começar em 2002 ETEDs em várias línguas indígenas e a primeira delas vai ser Aymara. A população Aymara é de mais de 2 milhões de pessoas. A população cristã não é grande mas se fortalecida por um preparo de fuzileiros pode conquistar não só o resto da população Aymara mas no ajudar na tarefa de levar o evangelho para os povos que nunca ouviram.
Ore por este projeto. Duas moças vão começar a fazer os contatos e aprender a se mover na cultura e na língua. Eu e o Reinaldo também queremos nos envolver diretamente neste projeto. Os Quichua com uma população de 17 milhões serão o próximo povo.
Pessoais:
Bráulia: - Continuo sonhando em fazer um doutorado em sociologia ou antropologia. - Estou terminando de escrever um livro contando a história do nosso começo na Amazônia e discutindo a nossa missiologia Tupiniquim! - Queremos fazer muitas viagens no ano que vem com as crianças e para isto vou ter que ensinar o Samuel em casa! Ore por mim J!!
Reinaldo: - Sonho em fazer um "doutorado" no Espírito Santo e seguir um destes profetas famosos por um tempo para aprender tudo com ele. - Andei viajando bastante (principalmente no 1. semestre). - Tenho ajudado na liderança de uma igreja local além de meu trabalho de líder aqui de JOCUM. - Gostaria de ver uma macro-rede ministerial operando na Amazônia e para isto vou viajar mais no ano que vem. Obrigado por tornar nosso ministério possível.
Pelos 21 povos que alcançamos e por nossos 120+ missionários, um grande ósculo santo para todos!!
Reinaldo e Bráulia Ribeiro
"Oração urgente por tribo suicida!!! Por favor orem, estamos enfrentando uma grande luta nas tribos amazônicas nesta semana: O PIOR: Na Tribo SURUWAHÁ de segunda-feira até hoje 8 pessoas se suicidaram. 6 jovens rapazes e um casal sendo que o homem do casal era um velho pajé muito respeitado e uma referência cultural importante para a tribo que já perdeu a maioria de seus adultos. Estamos em corrente de oração, vigília e jejum, choro, louvor e tudo o que sabemos. O casal que está lá na aldeia já salvou vários da morte e estão com graça de Deus mas debaixo de muita pressão. Seus nomes são Moisés e Lucília, com duas filhinhas Ester (5) e Lídia (6 m.) - Esta semana também apareceram duas acusações falsas contra outro casal na tribo YAMINAWA (fronteira Peru e Acre) feitas à partir de uma folha assinada em branco por alguns índios. E dos 1 a 4 de agosto está marcada uma audiência com vários orgãos do governo para tirá-los da aldeia. Daniel (suíço) e Du (brasileira) e seus filhos Martin (10) e Marcos(8). - Morreu o chefe da tribo TUPARI ontem de câncer. Nossos missionários Zita e Eduardo estiveram com ele em seus últimos momentos à pedido dele e eles creem que ele recebeu Jesus. Há algum tempo atrás este chefe teve uma visão do céu. E disse que tentava entrar e não podia porque na porta do céu havia uma cruz. Ele contou o sonho para os missionários e eles assim tiveram a oportunidade de falar de Jesus e sentiram que ele havia entendido. Desde então o chefe ganhou nova esperança e orava sempre na língua nativa. O novo chefe que assume agora  é radicalmente contra a missão e vendido a interesses de garimpeiros e madeireiros... por favor divulguem nossa necessidade." (COMIN)
"Amazônia proibida - Continuamos correndo riscos de vermos o preconceito religioso semelhante à lei do Taliban fechar as portas do evangelho para as tribos indígenas da Amazônia. Com uma idéia equivocada sobre a liberdade humana, alguns radicais "liberais" crêem que as tribos não são capazes de ouvir o evangelho e ainda assim manter sua identidade tribal. As agências missionárias continuam sendo perseguidas implacavelmente por esta turma de liberais xiitas.  Por favor orem pelas tribos Y e S que nestas semanas estão passando por sérios problemas."


O BUDISTA _ 01/10 SOBRE A PAGINA: www.uniaonet.com/amsbamsuruwaha.htm VENHO POR MEIO DESSE E-MAIL FALAR SOCIOLOGICAMENTE: O SUICIDIO EH UMA COISA CULTURAL NESSA TRIBO E JÁ COMO É UMA COISA DOMESTICA E CULTIURAL ENTAO DEIXEMO-LOS COMO ESTÃO POIS SE FOREM ACULTURADOS ELES PERDERÃO SUA IDENTIDADE. ( msg repassada ao Grupo da Amazônia )
Amados,
 
Estou encaminhando texto do nosso irmão em Cristo - Júlio Severo. Leia, medite e tome uma posição a respeito.
 
Não se omita. não fique em cima do muro. Seja um cristão verdadeiro.
 
Deus te abençoe muitissimo.
 
Wanderley Almeida _ Missionário e Capelão Evangélico
Coordenador do Projeto Boas Novas de Evangelização e Missões
Tels: 21.3287-2795 / 8797-4272

 
Campanha internacional para resgatar crianças indígenas do Brasil
 
Julio Severo
 
“Quando meu sobrinho de 3 anos foi enterrado vivo, eu sofri muito. Desejei morrer junto com ele. A gente sofre muito quando enterra criança.”
 
― Índio Makana Uru-eu-wau-wau
 
Centenas de crianças indígenas, rejeitadas por suas tribos, são enterradas vivas no Brasil todos os anos. Essa é uma prática antiga, encontrada ainda em mais de 20 povos indígenas diferentes. Muitas dessas crianças são recém-nascidas. Outras são mortas aos 3, 5, e até 11 anos de idade. Centenas delas são condenadas à morte por serem portadoras de deficiências físicas ou mentais, ou por serem gêmeas, ou filhas de mãe solteira. Muitas outras são envenenadas ou abandonadas na floresta porque os índios, por influência de tradições indígenas envolvendo bruxaria, acreditam que tais crianças trazem má sorte para a tribo.
 
Indiferença do governo brasileiro
 
A situação trágica dessas crianças vem sendo revelada ao mundo inteiro, que grita: “O que o governo brasileiro está fazendo para acabar com a matança de inocentes crianças?”
 
A agência governamental responsável pela supervisão do bem-estar dos índios é a FUNAI, que há décadas conhece bem esse problema, mas prefere permanecer confortavelmente na postura da omissão, com a desculpa de não interferir nos costumes indígenas.
 
Para sensibilizar a opinião mundial com relação à insensibilidade do governo brasileiro diante do sacrifício de sangue inocente nas tribos, foi produzido o filme “Hakani”, que mostra a necessidade de ação para deter esses assassinatos.
 
Evangélicos são usados como bodes-expiatórios
 
Não só essas matanças são crimes, mas também a própria omissão da FUNAI. Contudo, em vez de reconhecer os próprios erros, indivíduos ligados a FUNAI agora se levantam exigindo que o governo Lula tome providências contra os evangélicos que tomaram a iniciativa de lançar uma campanha internacional com a produção do filme “Hakani”.
 
Em artigo em seu blog, Mércio Pereira Gomes, ex-presidente da FUNAI, não só defende o Estado e seus interesses, mas também ataca organizações evangélicas como a JOCUM que atuam entre os índios. O título do artigo é: “JOCUM faz filme criminoso sobre os Zuruahá“.
 
Para Mércio, quem é criminoso não é quem mata ou quem se omite diante dos assassinatos. Criminoso é quem denuncia os assassinatos!
 
É muito fácil desviar a atenção do público usando os evangélicos como bodes-expiatórios. Agentes estatais, muito bem pagos e muito bem omissos, usam os evangélicos apenas como alvos de seus preconceitos pessoais e estatais. Um Estado supostamente anti-preconceito, que vive pregando que discriminação é crime, jamais sente vergonha de praticar preconceitos aos evangélicos por qualquer motivo.
 
“Omissão é crime”.
 
Eu não pude resistir enviar uma mensagem ao Mércio, dizendo: “Mércio, só gostaria de saber uma coisa: quando você era presidente da FUNAI, o que você fez para impedir a matança de crianças indígenas? Omissão é crime. O filme incomoda exatamente porque põe em relevo o fato assustador de que, se as matanças prosseguem, é porque há omissão da FUNAI. Pense nisso, ex-presidente da FUNAI”.
 
Eu fico perplexo: hoje condenamos pessoas que foram omissas durante o nazismo, mas nem ligamos para a omissão dos agentes estatais de hoje. Nos dois casos, pessoas inocentes foram assassinadas enquanto os Mércios a serviço do Estado nada faziam para intervir.
 
O Estado e seus agentes nada fizeram e nada fazem para acabar com as matanças. Pelo contrário, eles estão dispostos a atacar os evangélicos que estão se mobilizando. E depois as instituições estatais e as ONGs por ele sustentadas têm a cara de pau de declarar que os evangélicos são preconceituosos.
 
Mesmo sob as pressões, preconceitos e perseguições injustas do governo federal, os evangélicos e todas as pessoas de bem não podem calar a boca diante do assassinato de crianças indígenas. Os inocentes clamam, e os que ouvem esse clamor clamam junto.
 
Líder indígena clama junto com os inocentes
 
O líder indígena Eli Ticuna, do Amazonas, relata: “Como indígena, conheço muito bem a dor que essas famílias enfrentam quando são forçadas pela tradição a sacrificar suas crianças. Mas conheço também mulheres corajosas que enfrentam a tradição e literalmente desenterram crianças que estavam condenadas à morte. Essas mulheres, mesmo sem nunca terem estudado direitos humanos, sabem que o direito à vida é muito mais importante que o direito à preservação de uma tradição”.
 
Eli Ticuna conta que, mesmo sem nenhuma ajuda e sensibilidade das agências governamentais, ele próprio tomou a atitude de agir: “Por causa do sofrimento do meu povo indígena, e da coragem dos meus parentes que se opõem ao infanticídio, eu me dispus a trabalhar na elaboração de um projeto de lei. O primeiro esboço saiu da minha cabeça. Numa segunda fase, contei com o apoio de uma equipe de especialistas e de um deputado federal sensibilizado pela causa”.
 
Finalizando, Eli Ticuna chama a todos a se envolverem na aprovação de um projeto de lei para proteger as crianças índias: “Eu como indígena e defensor dos direitos fundamentais, conclamo a sociedade brasileira, índios e não-índios, a participar da Campanha Lei Muwaji. A primeira coisa que eu peço é que você assista o documentário HAKANI. É a história real de uma menina suruwaha que foi enterrada viva, mas foi resgatada por seu irmão de nove anos. Você vai se comover com a luta desse menino para salvar a vida de sua irmãzinha. Depois de assistir ao filme, ajude-nos a pressionar o governo para que a Lei Muwaji seja votada com urgência. Faz exatamente um ano que o projeto de lei está parado na Comissão de Direitos Humanos. Isso mostra o total desinteresse do Congresso na causa indígena. Temos menos de um mês para fazer com que a comissão vote o projeto, senão ele vai cair no esquecimento. Nós precisamos da sua ajuda. Participe da campanha e ajude-nos a superar essa prática terrível que ceifa a vida de centenas de crianças inocentes”.
 
Lei Muwaji
 
Para garantir às crianças indígenas o direito à vida, o Dep. Henrique Afonso apresentou no Congresso Nacional o PL 1057, conhecido como a Lei Muwaji. O projeto, que foi apresentado em 2007, até hoje não foi levado à votação e aprovação porque a relatora da comissão que o está examinado é petista. A prioridade do PT, como bem dá para ver, não é e nunca foi resgatar crianças do aborto e da matança entre as tribos.
 
O projeto foi batizado de Lei Muwaji em homenagem à coragem da índia Muwaji Suruwaha. De acordo com as tradições do seu povo, ela deveria ter sacrificado sua filha Iganani, que nasceu com paralisia cerebral. Mas ela se posicionou contra esse costume, enfrentando não só a sua tribo, mas também toda a burocracia do governo brasileiro, para garantir a vida e o tratamento médico de sua filha.
 
 
Leitura recomendada:
 
Funai exclui igrejas evangélicas de reservas indígenas
 
Índios estatizados: o papel do Estado no sufocamento do Evangelho entre as tribos
 
Governo brasileiro estuda restringir missões cristãs na Amazônia
 
 
 
# posted by Julio Severo : 9:10 AM
Comments:
Os argumentos do ex-presidente da Funai e da sua "troupe" são simplesmente patéticos. Beiram a irracionalidade, a insensibilidade e a demagogia, ao se apregoar "baluarte" da lei, indignado com a ação dos missionários que apenas e tão somente salvam indiozinhos da morte; o que o Mércio Gomes deveria ter feito à época em que geria a Funai.
E ainda vêm culpar-nos por impedir a matança. É bestial... maligno! E nem mesmo há o mínimo de raciocínio, apenas ódio e preconceito.
Os índios praticam a eugenia sob as barbas do Estado, que se faz de impotente com o pretexto de não interferência cultural; patrocinando o infantícidio descaradamente, numa clara demonstração de desprezo pelas crianças indígenas, enquanto apregoam-se seus protetores...
www.kalamo.blogspot.com
 
# posted by  Jorge Fernandes : Quarta-feira, 02 Julho, 2008
 
O sr. Mércio atribui aos autores do filme "HAKANI" algum "crime". Todavia, em seu purulento blog relativista, sob os auspícios de seus acólitos, não aponta quais os crimes. Medo de alguma coisa?
 
Talvez para este senhor, enquanto presidente da FUNAI, ainda pesem crimes como Omissão de Socorro, em nome da doença mental voluntária que apresenta e propaga. Ele sim deveria sofrer persecução judicial pela conduta aberrante exercida no cargo que ocupava. Sabia do morticíno e o patrocinava, mediante a aberrante justificativa do relativismo cultural.
 
Em uma civilização coerente e séria, este cidadão já estaria atrás das grades ou desacreditado.
 
# posted by  Anônimo : Quinta-feira, 03 Julho, 2008
 
Me impressiona alguém da envergadura intelectual como o senhor Mércio, antropólogo etc e tal, autor de livros, apresentar uma incoerência daquela magnitude. Só faltou ele dizer que é a jocum que enterra as crianças vivas.
 
# posted by  André L. : Quinta-feira, 03 Julho, 2008
 
Não me impressiona, André. A característica da imensa maioria dos antropólogos é a relativização da vida humana e dos conceitos morais...Para eles cada cultura tem sua identidade e, por mais assassina que seja, deve ser mantida. O que os torna hipócritas é o profundo desprezo que sentem pela civilização judaico-cristã, atribuindo a ela todos os males dos últimos 2000 anos.Ou seja, a cultura dos outros é bela enquanto exótica, mas a nossa é assassina e cruel.
 
Eles negam os males do comunismo maoísta e marxista, se apegam a um ou dois casos de corrupção de pastores evangélicos, negam os inúmeros casos de pedofilia da ONU e transformam a Igreja católica numa fábrica de pedófilos.
 
Recentemente 5 homossexuais entraram num ônibus aqui em Recife, estavam agredindo os passageiros, assediando-os sexualmente, e proferindo palavras xulas, as piores possíveis. Todos ficaram calados. Na parada Gay da Hungria desse ano, um grupo de extrema direita atirou ovos neles, a imprensa caiu de pau, todos foram chamados de homofóbicos...Agora, aguém sabe o que os organizadores da parada gay fizeram? Xingaram a religião alheia (como fazem o tempo todo por aqui), agrediram as crenças alheias? Ninguém sabe. Mas o que posso garantir é que essa gente reza para ser agredida, é o que eles mais querem, assim se auto-vitimizam e ganham a matéria de amanhã na Folha ou no Estadão. Não estou defendendo o grupo de extrema direita, são uns malucos mesmo, assassinos e skinheads, mas os grupos GLBT estão longe da santidade...
 
# posted by  bebeto_maya : Sábado, 05 Julho, 2008
 
Júlio,
Bem que você poderia repetir aqui o comentário que você fez lá no blog do Mércio, pois foi o único que teve o "comentário removido pelo autor".
Fica com Deus!
 
# posted by  Manoel Aleksandre : Domingo, 06 Julho, 2008
 
Postar um comentário
 
<< Home
 

Quem sou eu
 
Nome: Julio Severo

Mais informações ver : www.uniaonet.com/amsbamsuruwaha2.htm

Participe! Envie-nos seu comentário :www.uniaonet.com/email.htm