I.                   MAMÃE

A.                Que seja Agora

  (Cora Gonzalez)

Enquanto ela está presente,

diga que você a ama,

que a mãe mais bonita é ela,

que o amor mais puro e terno

somente ela soube dar

e você agradecido sente

que o filho mais feliz

é você mesmo,

Mas diga isto agora

enquanto ela está presente

Aquela flor que você viu

tão bela, e quis levar

para ela, mas se esqueceu,

e agora de repente lembrou

da flor - e do amor que ela

tantas vezes demonstrou.

Dê esta flor para ela

mas, dê agora

 enquanto ela está presente

A palavrinha amiga

Guardada há tanto tempo

que você quis dizer

depois de ver

que ela, terna, paciente

o aconselhou a ser

um filho obediente.

se você ainda quer dizer

QUERIDA MÃE, diga-o agora

enquanto ela está presente

E a vida honesta e pura

que você prometeu

quando ela em pranto

lhe dizia: "Filho meu,

Sê sábio e bom,

leal e reto, e o teu caminho

entrega ao CRIADOR

e olhando para ela ternamente

você disse: Espere mãe

e ela tanto tempo o esperou...

Se você quer fazer

sua mãe contente,

ao salvador se entregue,

simplesmente

mas, faça isso agora

enquanto você mesmo

está presente.

B.                Salmo da MÃE

Bemaventurada a mãe que confia no Senhor; que se compraz na observância da Lei divina.

Retos serão seus filhos; ela se alegrará com a sua posteridade.

Há amor e generosidade no seu coração; seu exemplo permanecerá para sempre.

Nas trevas surgiu uma luz; a mãe nela se ilumina e por isso é misericordiosa, é compassiva, é boa.

Bemaventurada a mãe que compreende os seus e os ouve; ela encaminhará seus conselhos com prudência, porque se inspira em Deus.

A lembrança da cruz lhe está sempre presente; apoiada nela nãotemerá ouvir notícias funestas.

A sua alma está sempre disposta a confiar no Senhor. Fortalecida pela comunhão diária, seu coração nunca será abalado.

Distribui; dá aos pobres; atende a tudo e a todos. Seu sorriso permanente vence todos os dissabores. A sua alegria será exaltada na glória.

Bemaventurada a mãe em cujo seio palpita o próprio deus. Seus dias são um Natal perene. O Cristo renasce em cada ato seu.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito santo. Amém.

                                                       Cecília Duprat

C.                Eu gostaria de ser a mãe que amasse, muito amasse... mas que nunca, nunca machucasse.

Eu gostaria de ser a mãe que tudo soubesse dar, tudo, tudo, sem nada ocultar.

Eu gostaria de ser a mãe tão amiga e tão capaz de dar paz, tão somente a paz!

Eu gostaria de ser a mãe que liçoes soubesse dar, porém, mais ainda praticar.

Eu gostaria de ser a mãe nem quadrada nem prá frente, mas apenas dentro do presente.

Eu gostaria de ser a mãe generosa, que atendesse, que entendesse, percebesse e resolvesse o que for, sem nenhum interesse.

Eu gostaria de ser a mãe carinhosa, cuidadosa, orgulhosa e amorosa para ser dos filhos muito amada.

Eu gostaria de ser a mãe compreensiva e também exigente, persistente, consciente , paciente, contente de meu filho ser também um crente.

Eu gostaria de ser a mãe otimista, altruísta, idealista, realista na conquista de vitórias, no sofrer de todas as inglórias.

Eu gostaria de ser a mãe para quem o direito é perfeito e ser aceito é preceito, e jamais apoiar o suspeito.

Eu gostaria de ser a mãe que aos meus filhos ajudasse, educasse, ensinasse e para Deus somente os preparasse.

Não me deixes, ó Deus, esmorecer, mas apenas mãe me sentir, que eu consiga ser,

A MÃE QUE EU GOSTARIA DE SER!!

D.                Paráfrase por uma gestante:  Salmo 23

           (Wanda Carreiro Bloch)

O Senhor é meu médico,

Ele tem cuidado de mim em cada gestação.

A cada dia Ele me faz descansar nEle, esperando a hora certa em que há de vir o bebê.

Ainda que eu tivesse uma gestação atribulada, não deveria estar amedrontada, porque Ele prometeu estar comigo, amparando-me ajudando-me a segurar o peso da barriga e dando-me disposição em tudo.

Sei que o Senhor já preparou a pessoa que irá fazer o parto, porque Ele tem cuidado de mim, e faz-me sentir segura, sabendo que Ele é fiel em cumprir o que

promete.

Certa estou de que a Sua bondade e a Sua misericórdia me envolverão e me acompanharão em todo o parto, e também em toda a minha vida, com meu marido e meus filhos, e estarei para sempre firmada no Senhor.

Tudo isso por amor do Seu nome, Amém.

E.                PRECE DE MÃE

(autor desconhecido)

Dá-me um filho, ó senhor, que seja forte bastante para compreender o seu erro, suficientemente corajoso para enfrentar o temor. Um filho que encare a derrota como um estímulo e aceite com humildade a vitória e o sucesso. Um filho que compreenda que o conhecer a Jesus Cristo é a pedra fundamental de todo o perfeito conhecimento.

Conserva-o, eu te peço, não no caminho da facilidade e do conforto, mas sob a luta, para que, enfrentando as tempestades, aprenda a porfiar e a ter compaixão pelos que caem. Dá-me um filho que tenha um coração puro e uma mente limpa. Um filho que saiba dar ordens depois de haver aprendido a receber ordens. Um filho que saiba rir sem se esquecer de como também se chora. Um filho que avançando para o futuro não se esqueça jamais das bênçãos do passado.

E, depois de tudo isto, eu te peço, meu Senhor, de joelhos e mãos postas: dá-lhe a força espiritual que vem de ti e o conhecimento da tua Verdade que sobrepuja todo o conhecimento humano. Então eu, sua mãe, orarei no mais profundo do coração: Não tenho vivido em vão.

F.                 Eu só quero agradecer

(Myrtes Mathias)

Constrangem-me, Senhor, estas homenagens e festas, quando eu é que tenho tanto para agradecer.

Porque presentes e flores quando tenho apenas cumprido o dever, se é que o tenho?

Estarei dando a este ser que trouxe ao mundo, sem lhe consultar a vontade, tudo quanto precisa?

Sim, Senhor. Eu é que tenho muito para agradecer.

Não se desesperavam as mulheres do passado por não serem mães e Raquel não bradou a Jacó:

- "Dá-me filhos se não eu morro?"

Sim, neste dia, eu só quero agradecer: não me senti eu infinitamente importante na sala de espera do obstetra com o meu largo vestido de futura mamãe?

Não foi com justo orgulho que me juntei às outras mães, na porta do Jardim de Infância, segurando pela mão minha pequenina de aventalzinho xadrez azul e branco?

Não tenho me sentido reviver em cada realização sua?

Por que então, Pai do céu, estes elogios e flores?

Neste dia, senhor, em todos os dias do ano, eu só quero agradecer: cantar ao mundo minha felicidade de artista que se realiza, mulher que se completa.

Portanto, neste dia de festa, nada de elogios e de receber;

apenas, com gratidão e humildade,

para fazer mais feliz minha felicidade,

eu só quero te louvar e te agradecer!

G.                UM PRESENTE PARA MINHA MÃE

                 (Doris W. Greig)

Senhor amado,

Acabei de embrulhar o presente de mamãe.

É uma TV colorida e foi bem cara!

Ela vive sozinha em uma casa de repouso.

Vai ajudá-la a “passar” suas horas solitárias.

            Mas, Senhor, este ano

            Decidi dar a mamãe outro presente

            Um presente mais importante!

            o dom de mim mesma1

Senhor, vou ficar disponível

Para levar mamãe ao supermercado,

Ao médico e ao dentista.

Vou levá-la à galeria de arte

que tanto deseja visitar.

Vou convidá-la mais vezes para jantar,

e não só nos feriados ou em outras ocasiões especiais!

Senhor, pelo teu Espírito

Ajuda-me a não me irritar com os esquecimentos dela,

E as perguntas repetidas.

Deixa que eu te entregue o meu programa

A fim de que, pelo Teu plano, eu tenha tempo

para minha mãe!

Senhor, por favor, permita também

Que eu me lembre de dizer à mamãe que eu a amo!

Ajuda-me a abraçá-la com frequência.

A tocar sua mão e

Beijar o seu rosto

Enquanto ainda a tenho aqui para amar.

H.                QUAL É A MARCA DAS ROUPAS DO SEU FILHO?

     Estranhou a pergunta? Então vou repetir: -"Qual é a marca das roupas que seu filho ou filha costuma usar?"

     Quando eu era criança, tanto lá em casa como nas de minhas coleguinhas, era costume vestirmos roupas feitas em casa mesmo. Mamãe era costureira (e que abençoadas mãos ela possuia, que perfeição em seus trabalhos!) portanto, eu e meus dois irmãos vestíamos, geralmente, o que ela mesma desenhava e costurava. Lembro-me que, muitas vezes, de retalhos sem jeito saíam peças que poderiam hoje competir com as de grandes confecções. Eu, quando tinha meu filho pequeno, também arrisquei e consegui vestí-lo com muitas peças feitas por mim mesma.

     Sei que os tempos hoje são outros; você já deve estar repetindo esta mesma frase para si mesma, não é? Além disso, falta-nos tempo e, na maioria das vezes, habilidade. Então, vamos a uma loja e ali escolhemos o "guarda-roupa" de nossas crianças. É para isso que quero chamar sua atenção. Qual é a marca das roupas que você costuma comprar para seu filho? Qual é a marca da roupa que sua filha usou domingo passado para ir à Escola Dominical?

     Preste atenção à qualidade, ao acabamento e até ao feitio. Isso tudo é importante. Mas preste atenção também, se não existem "xis" demais na roupa de sua menina. Tenho visto filhas de crentes enfeitadas de "xis" desde a travessa do cabelo, passando pela blusa, saia e até as sandálias, sem esquecer da pochete. Você deve saber do que estou falando e, espero, deve saber qual o significado do nome da loja que vende estas roupas.

      Tenho visto meninos vestindo camisas, camisetas, bermudas e até usando relógios e chaveiros com logotipos e, até por extenso, nomes de marcas de cigarros. Um dia desses, um de nossos jovens estava vestindo uma camisa nova que trazia algumas palavras em francês. Chamei-o particularmente e perguntei se ele sabia o que estava impresso ali e ele me disse desconhecer e que, simplesmente, havia achado a camisa bonita e, por isso, a comprara. Eu, então pude alertá-lo para que observasse bem ao assistir à corrida de Fórmula 1 e verificasse que aquelas palavras em francês eram de uma marca de cigarros europeus. Graças a Deus, esse querido jovem não usou mais aquela camisa.

     Sei de um caso que se passou numa de nossas igrejas e quem mo contou o assistiu. Num domingo, um jovem que estivera no exterior a serviço, estava de volta à sua Igreja e era dia de Santa Ceia. À sua frente estava um outro jovem que também participou da comunhão, era membro da Igreja há pouco tempo, por isso não se conheciam um ao outro. O da frente trazia estampados nas costas de seu blusão alguns caracteres que representavam palavras numa língua oriental e estas tinham um terrível significado. Acontece que o jovem que estivera fora do Brasil, voltava do país onde se escrevia e falava a língua que estava escrita no blusão do outro e o que estava escrito era exatamente: "eu sou filho do diabo". Já pensou, minha irmã, que triste papel estava fazendo aquele jovem, ao receber os elementos, transmitindo uma mensagem tão negativa?

     Irmã, não me leve a mal ao ler estas advertências. Já estava pensando em escrever sobre este assunto há bastante tempo e o que me impulsionou hoje foi outra situação que presenciei: estávamos em casa de uma anciã que completava seus 81 anos e comemorávamos a data com um culto. Não sou muito de reparar como estão as pessoas, principalmente em hora de reunião. Mas esse detalhe eu não pude deixar de ver e lamentar. Uma irmã que estava sentada bem ao meu lado trazia nos pés umas sandálias com um emblema de enfeite. Esse emblema é um dos símbolos da nova era. A sandália é modelo de uma marca bem conhecida e popular. Será que você, sem o saber, já comprou um par desses também?

 Procurei um versículo para nossa edificação sobre este assunto e, como a Palavra tem os mais variados temas para nosso viver diário, eis o que o Senhor me mostrou: leiamos em Zacarias, cap. 3.1-5. Vemos aí um servo do Senhor, o sumo sacerdote Josué, que estava diante do anjo do Senhor. Ali também se encontrava o próprio satanás para opor-se ao servo de Deus. No verso 2 o Senhor repreende a satanás e afirma-lhe que Josué é um de Seus escolhidos. Porém no verso 3 lemos que Josué trajava-se com vestes sujas. Isso não pode acontecer conosco também? Roupas fazendo apologia do vício, dizendo que o bicho comeu, demente criatura, etc, não são vestes sujas que não devemos usar em nenhuma ocasião, quanto mais na Casa do Senhor? Não somos também escolhidos do Senhor? Finalmente, nos versos 4 e 5 vemos que as vestes sujas foram-lhe tiradas e o vestiram com trajes próprios.

     Coloquemos este assunto diante do Senhor, façamos uma revisão nos trajes que costumamos usar, tiremos as "vestes sujas". O Senhor nos quer ver vestidos com trajes próprios e Ele mesmo é capaz de nos ajudar a discernir e escolher. Que Ele mesmo nos abençoe e se alegre ao ver-nos vestidos sempre adequadamente, não só em Sua Casa, mas em todo e qualquer lugar.

Alda C. Schuram Mateus (extraído da Revista Servas)

I.                      ALEGRAI-VOS NA ESPERANÇA

Sonhos coloridos dormitam no corpinho frágil do bebê.

Uma vida repleta de promessas! Os anos vão passando,

a criança crescendo, com suas traquinagens.

Mochila escolar às costas... Veloz desponta a adolescência,

fazendo reviver antigos planos entesourados na alma

dos perseverantes pais. Eis, no entanto,

surgem maus pressentimentos, quebrando a tão feliz expectativa:

companhias duvidosas, caminhos sinuosos...

Quantas interrogações e reticências inquietantes

nos doloridos corações paternos! Nesse ponto da estrada

param muitos viajantes embevecidos com acesso ardiloso,

verdadeiras miragens fugidias. Mas, em chegando a juventude,

há renovado alento, fase áurea, bela, promissora! Só que a ambição

de progredir é vaga e os valores recebidos desprezados.

Afinal, que foi feito dos projetos e ideais das alvoradas latentes?

Será que o futuro azul se perdeu no hoje acinzentado?

Não, oh, não, nem tudo está perdido!

Existem sombras genuflexas, aguardando surgir na poeira da estrada

o pródigo em andrajos, suspirando pelo aconchegante lar.

Oh, bendita promessa milenar das Santas Escrituras,

que acalenta e motiva a nossa fé, no reflorir da semente que plantamos

em solo ainda ameno e fertil!   Esperançoso, vislumbrando

além da escura nuvem, a luz do divinal amor.

A despeito da fúria do inimigo, a resistência fria cederá

e aquele filho, pleno de graça

cumprirá, submisso, o querer de Deus.

(Zenilda Rosa Morais)

J.                 TOMEI-O PELAS MÃOS E SEGUI

Deixei meus pratos todos por lavar!

E nem a minha cama eu arrumei.

Mas tomando meu filho pelas mãos,

Pelos seus passos caminhei.

Partimos assim numa doce aventura,

Deixando nossas marcas pelo chão.

Explorando a natureza, meu filho e eu

Sob o azul do céu num dia de verão.

Molhamos nossos pés num riacho cristalino,

Passeamos pelas flores do jardim.

Eu sei que a cozinha nem varrida  foi,

Mas a vida era tão linda para mim!

Descobrimos num cantinho aconchegante,

E ali meu filho pôde descobrir

Onde a mamãe coelha pode confiante

Colocar seus filhotes pra dormir.

Vimos o pardal buscar seu alimento,

Subimos e descemos em pequenas escaladas.

E olhando as nuvens que andavam pelo céu,

Descansamos das nossas caminhadas.

Que um dia a minha casa negligenciei,

Ou que minhas escadas não lavei,

Daqui há vinte anos nesta terra

Ninguém há de saber, eu sei.

Mas que eu ajudei meu pequenino

Com nobreza e com amor crescer,

Passados vinte anos, certamente

O mundo há de ver e de saber.

                               Tradução e Adaptação -Elda Zambrotti

K.                UM DIA SÓ NÃO BASTA

(Peça teatral para o dia das mães)[1]

Personagens:

Juiz, Orador, Defesa, Acusação, 1ª testemunha, 2ª testemunha, corpo de jurados

Em cena: orador, defesa, acusação, jurados

Todos sentados. Ao entrar o juiz, todos se levantam em respeito à autoridade. quando o juiz senta, os outros também sentam.

Juiz- (bate com o martelo sobre a mesa iniciando a sessão) Está aberta a sessão. Com a palavra o Senhor Orador Oficial deste Tribunal.

Orador- Exmos. Srs. Juiz, Defesa, Acusação, Corpo de Jurados e demais assistentes. Nesta data coloca-se em julgamento alegórico a homenagem que se presta às mães, uma só vez por ano. (senta-se)

Juiz- (com seriedade) Antes do pronunciamento da defesa e da acusação é preciso que todos tomem conhecimenmto do sentido de ser mãe, o seu valor de progenitora, as renúncias em favor dos filhos, do esposo, da formação e continuidade da família.

(NESTE MOMENTO SERÃO APRESENTADOS NÚMEROS DE POESIA, CÂNTICOS, JOGRAIS, ETC que falem sobre as mães e seu papel na família...)

Juiz- com a palavra a Acusação.

Acusação- Srs. Jurados, estamos aqui para o julgamento do fato de termos dedicado às Mães, um só dia. Um dia, que na atualidade, como todas as outras fewstas naturais do homem, volta-se muito mais para o aspecto comercial. O presente, a lembrança, devem estar em segundo plano. O importante está na valorização e reconhecimento daquela que não mediu esforços para criar seus filhos, colaborando com a natureza e a obra divina.

Defesa- Protesto, meritíssimo!

Juiz- Protesto negado. Prossiga a Acusação.

Acusação- Um dia só não basta para demonstrarmos com toda a emoção do nosso ser, o quanto somos gratos por estarmos neste mundo, que apesar de tantas injustiças e maldades, nele passamos nossa existêncisa. (senta-se.)

Juiz- Com a palavra a Defesa.

Defesa- (levanta-se) Srs Jurados, venho aqui para defender a instituição da Homenagem do Dia das Mães. Sejam elas vivas ou mortas. Há todo um histórico que deve ser lembrado quanto a instituição deste dia. O presente, meus senhores, é secundário. O essencial é que as mães não sejam esquecidas. E hoje, que vivemos em meio a tantas adversidades, em que o homem se sente cada vez mais distante de seus famil;iares, preocupado com os compromissos, é certo que, se deixarmos a seu critério homenagear a sua mãe durante todo o ano, ela será esquecida.

Acusação- Protesto, meritíssimo!

Juiz- Protesto negado. Prossiga a Defesa.

Defesa- Não que a mãe seja esquecida pelos filhos, mas faltará aquela homenagem especial aquele sabor de ter nos 365 dias do ano, um dia só seu. (senta-se)

Juiz- Que entre a 1ª Testemunha ( a 1ª Testemunha entra e senta). A Acusação pode interrogá-la.

Acusação- O que traz nesse pacote?

1ª Testemunha- Um presente para minha mãe. Hoje é o Dia das Mães e nös devemos presenteá-las.

Acusação- Você faz isso todos os anos?

1ª Testemunha- Todos os anos. Sempre dou uma lembrança para minha mãe, que merece muito mais.

Acusação- Você lembra do dia das Mães, todos os anos?

1ª Testemunha- Lembrar eu não lembro. Vejo as propagandas pelas ruas e na telwevisão. As vitrinas colocam fotos de mães com filhos, corações coloridos, então eu sei que o Da das mães está chegando. Depois meu pai me dá dinheiro, e eu e meus irmnãos vemos o que ela mais precisa e lhe damos de presente.

Acusação- Não acha que as mães precisam mais de afeto e compreensão que presentes?

1ª Testemunha- Afeto e compreensão eu dou o ano todo, mas o presente é símbolo da deidicação que eu e meus irmãos temos por ela.

Acusação- Nada mais a perguntar.

Juiz-  A  Testemunha está dispensada. Que entre a 2ª Testemunha. A Defesa pode interrogá-la.

Defesa- Você não traz presente para a sua mãe?

2ª Testemunha- Presente? Em casa nós não costumamos dar presentes. Plantamos flores no jardim e as colhemos nesta época, para ofertá-las à mamãe.

Defesa- Deve ser trabalhoso.

2ª Testemunha- Por tudo quanto mamãe fez e faz por nós, até que representa muito pouco! Trabalho? Fazemos com amor, regando todo dia, tomando cuidado com os insetos que possam comer as pétalas, adubando para que as flores sejam muito bonitas.

Defesa- Seria mais fácil comprá-las...

2ª Testemunha- Não tiro o mérito dos outros, sei que outras pessoas preferem comprar-las...

Defesa- E vocês entregam as flores somente neste dia?

2ª Testemunha- Não... Se elas desabrocham antes, colhemos e ofertamos a mamãe, ela sempre merece ganhar flores... Em nosso jardim há sempre flores e lembramos constantemente da mamãe!

Defesa- Nada mais a perguntar.

Juiz- A  Testemunha está dispensada. (Antes de sair, a 2ª Testemunha oferece uma flor aos participantes da peça, depois se retira)

Ouçamos as palavras finais da Acusação.

Acusação- (fica em pé) Srs. Jurados, peço-lhes que condenem a comercialização deste dia. Fique apenas a imagem pura da mãe, da mãe que está em todas as horas, ao lado dos filhos; da mãe que se preciso for, deixa sua terra para protegê-los; preocupa-se com suas demoras e ausências e, nos momentos difíceis, sofre com eles, não os abandona; e nas horas alegres, se rejubila com a realização do homem. Um só dia não basta, meus senhores. (senta-se)

Juiz- Com a palavra a Defesa.

Defesa- (fica em pé) Srs jurados, é preciso que um dia instituído continue e as homenagensàs mães sejam concentradas neste dia. É tudo isso que o caro colega lhes disse. Mas não nos esqueçamos que, se tirarem este dia, muitos serão injustos para com suas mães e isso não pode acontecer. Uma pequena lembrança torna a mãe mais feliz, recompensa seus esforços. Cabe a vocês esta decisão. Sejam generosos nas homenagens às suas mães. (senta-se)

Juiz- O Corpo de Jurados deve sair para dar o veredicto final.

(retira-se o corpo de Jurados. Na frente vai o juiz e os outros o seguem. Pode-se aproveitar este tempo para outros números de cânticos, poesias etc...  Depois de uns 10 minutos todos retornam.

Juiz- O representante do Corpo de Jurados pode dar a sentença final.

Jurado- Tratando-se se uma criatura tão meiga, de valor incomparável como é a mãe, o Corpo de Jurados foi unânime em afirmar que nunca faltem às mães homenagens, em um dia especial, o Dia das Mães e em todos os dias do ano, porque um dia só não basta! Não importa a forma e a maneira de homenágeá-las, com muitos ou poucos resentes, o importante é que todos saibam que valorizamos as mães e as amamos muito, muito!

Juiz- Diante desta sentença, todos nós ganhamos a causa: somos filhos felizes e abençoados por nossas mães. Com a palavra o Sr. Orador.

Orador- Senhoras màes presentes, peço que fiq     uem de pé. Recebam com muito carinho a nossa pequena homenagem. (todos os participantes da peça duistribuem flores às mães) Saudemos todas as mães com uma calorosa salva de palmas. (depois das palmas:) Está encerrada a sessão.

L.                 A MÃE DE UM HOMEM

                K. McComae

            “Lembra-te agora... enquanto ela vive, de pagar em amor e ternura, um pouco do que lhe deves”.

            Homem, se tens uma mãe idosa, sê bom para ela. Dize-lhe que a amas. Segura nas tuas as suas nodosas mãos. Beija-lhe as enrugadas faces. Esparge algumas das flores da ternura da apreciação em seu trilho enquanto vive ainda e nelas pode encontrar felicidade. Não esperes para vazar todo o teu afeto, gratidão e reverência para com ela, em custoso bloco de mármore com a inscrição: mamãe.

            Estas palavraas são escritas em particular ao homem que me lê. Não lhe sei o nome. Mas conheço-lhe a história.

            É um homem de meia idade, casado, próspero. É bom homem, respeitado, não pensa senão estar cumprindo todo o seu dever para com sua pobre mãe, que mora em sua companhia e a quem ela sustenta. Supre-lhe as necessidades. Ela come à sua mesa, é abrigada por seu teto, decentemente vestida pelos seus esforços; mas isto é tudo.

            Ele a negligencia. Nunca lhe dispensa qualquer pequenina atenção. Quando ela arrisca alguma opinião, ele corta prontamente com certo desdém. Quando ela conta suas prolixas histórias, as histórias de seu tempo, como costumam fazer os velhos, ele nem procura disfarçar o enfado.

            Por mil maneiras, não intencionais embora, a velha mãe é levada a sentir-se como um intruso, um impecilho no lar, uma antiquada e inútil peça de mobília da qual todos gostarão de se ver livres. Ante esta frieza e negligência, a pobre e velha mãe sente romper-se-lhe o coração.

            Ah! se pudesse ao menos dizer-lhe algo que o levasse a pensar! Se ao menos lhe pudesse dizer: “Homem, homem, dá amor juntamente com o dever a tua mãe! Dá-lhe o elixir da vida, da mesma maneira que o pão. Não esqueças a mulher que nunca te esquece”.

            Lembra-te agora, enquanto ainda é tempo, enquanto ela vive, de pagar-lhe em amor e ternura, um pouco do que lhe deves. Jamais lhe poderás pagar a dívida inteira; dá-lhe, porém, algo por conta ainda neste dia.

            Vai para casa, põe os braços em torno do sumido vulto. Dá-lhe um verdadeiro beijo em vez do contato formal em suas faces. Dize-lhe que ela é a maior mãe que um filho já possuiu, e que a ela deves tudo quanto hoje és.

            Isto fará sua alma saltar de júbilo, tornará o mundo um radioso lugar e a própria vida se lhe afigurará um grande e doce cântico, afinal!

M.               Refletindo...

Luzes e sombras perfazem o meu dia,

mas assim também

se deu no dia-a-dia de Outra Mãe.

O choque de uma notícia - teve ela, tenho eu?

Uma viagem imprevista - teve ela, tenho eu?

Uma alegria sem tamanho - teve ela, tenho eu?

A dor de uma saudade - teve ela, tenho eu?

Horas alegres com o esposo - teve ela, tenho eu?

Cuidados com o filhinho - teve ela, tenho eu?

Sofrimentos e imprevistos - teve ela, tenho eu?

Oração muito profunda - teve ela, tenho eu?

A tristeza de uma morte - teve ela, tenho eu?

Um filho que se despede - teve ela, tenho eu?

Falta até do necessário - teve ela, tenho eu?

O desprezo de muita gente - teve ela, tenho eu?

Atenções com os vizinhos - teve ela, tenho eu?

Compreensão com os parentes - teve ela, tenho eu?

Muita paz, muita alegria - teve ela, tenho eu?

Trabalhos, descansos, lutas - teve ela, tenho eu?

Um filho ressuscitado - teve ela, terei eu?

N.                Mamãe  (Zaíra Bayma)

Já estás velhinha...

Os teus olhos que, outrora foram lindos,

Se já não tem o brilho que encantava,

Inda sabem achar-nos com ternura!

Teus cabelos tão negros e macios

-Que, bem cedo, aprendi a pentear

Hoje estão brancos, brancos de algodão...

Cada ruga, em teu rosto,

Fomos nós que marcamos,

Foram noites inteiras de vigília

Junto ao berço do filho que sofria...

E cada fio de cabelo branco

Tem uma história inteira p’ra contar...

Mas nós te amamos mais, Mamãe!

Assim velhinha,

Tu estas mais linda para nosso amor!

Quiséramos poder, Mamãe querida,

As rugas apagar com nossos beijos

E de amor coroar os teus cabelos brancos!

O.                ORAÇÃO DE UM FILHO

            Ó Deus, de quem procedem as boas dádivas, faze neste dia minha mãe feliz.

            Tira do seu rosto, Senhor, aquela ruga profunda de preocupação, e dos seus olhos a lágrima furtiva que noutro dia eu vi.

            Tira Senhor, toda amargura do seu coração, e faze-a sorrir.

            Esta é a prece do filho que tudo daria para ver : a alegria - a felicidade - a despreocupação - o amor - estampados num rosto tão querido de mulher.

            Por isso , senhor, humilde e fervorosamente peço com todo o meu ser:

            Faze minha mãe feliz!

P.                MÃE

                    (Haydéa Moraes)

Ó Mãe, que embalas e sorris,

quando afagas com muito amor,

as cabecinhas dos teus filhinhos...

Ó Mãe, que choras e também sofres

e te entriteces, quando padecem,

tão pequeninos os teus filhinhos...

Ó Mãe, que oras, sempre a pedir ao Pai do Céu

a suplicar e insistir,

com muita fé, por teus filhinhos...

Ó Mãe mais velha, de filhos homens,

que não percebes que já cresceram,

e continuas, com muito amor,

a suplicar ao Pai do Céu,

por teus filhinhos...

Ó Mãe velhinha,

que ainda embalas e sorris

quando afagas,

com o mesmo amor,

as cabecinhas dos teus netinhos...

Receba agora, querida Mãe,

do Pai do céu a aprovação e o galardão,

por tanto amor, dedicação, compreensão

do teu dever por teus filhinhos!

Q.                OBRIGADA    (Agnes M. Pena)

Meu Pai

Já te agradeci pelos filhos que me deste,

Eu já disse obrigada, porque assim os fizeste?

Já te agradeci pela ternura dos três,

Eu já disse obrigada, ao menos uma vez?

Já te agradeci porque eles são perfeitos,

Eu já disse obrigada, até pelos defeitos?

Já te agradeci por sua grande energia,

Eu já disse obrigada, por toda sua simpatia?

Já te agradeci pela alegria que trazem,

Eu já disse obrigada, pela confusão que fazem?

Já te agradeci pela sua dependência,

Eu já disse obrigada, por toda sua inocência?

Já te agradeci pelo olhar maroto,

Eu já disse obrigada, pelo sapato roto?

Já te agradeci porque nos deste para amar,

Eu já disse obrigada, por assim me abençoar?

Já te agradeci, Pai

Já?

R.                ORAÇÃO PELOS QUE PERDERAM A MÀE

Para muitos este dia é duro e longo

Não aquece mas queima -

Em todos nós há muito da criança

Do menino que fomos um dia,

E este dia, sem mãe - é uma hora vazia

Com muito de saudade e muito de lembrança.

Ah, a doce presença

O sorriso na hora da volta

A regfeição posta na mesa

O prato fumegante

A bebida quente,

A cama posta - os lençóis muito brancos

O cobertor na noite fria

E aqueles olhos abertos, escancarados

Velas acesas - preocupação imensa

Na hora da doença!

Ah, os joelhos dobrados

Noites inteiras,

Perdidas madrugadas

Olhos vermelhos de tantoi pranto

-          Deus ouve as mães como ninguém!

E neste doa a sua ausência,

a dura ausência

pesada ausência

Ela nãop está em casa

A casa é fria na sua ausência,

Ela não está nas compras

Ela não está na cidade!

Ela é uma sombra de saudade

Uma palavra de saudade

Uma cantiga de saudade!

Abençoa Senhor

Os que perderam a mãe -

A canção que ficou vazia

O verso sem poesia

O olhar sem brilho -

Fica ao lado do filho

Nesta hora maior de saudade tão alta -

Os que já nãp tem mãe

E sentem brutalmente a sua falta!

Leva-lhes neste instante

Onde quer que elas estejam

Numa outra existência, numa outra cidade,

Esta homenagem feita de carinho

Mas sobretudo, luz do meu caminho

Esta palavra cheia de saudade

Esta canção perdida de saudade

Esta existência morta de saudade!

Só assim meu coração se aquieta

Posso afinal dormir e descansar.