Breve
descrição do projeto de Trabalho 1.
Apresentação Tendo
reconhecido a vocação de Deus para este ministério, estamos trabalhando
há um ano entre os Guarani. Apesar de o povo Guarani ser numeroso e
viver, na sua maior parte, próximos centros urbanos (pequenas cidades
do interior), não há ainda a existência de uma igreja forte e madura
que testemunha a experiência do conhecimento e transformação da Palavra
de Deus entre o seu próprio povo. O que nos desafia a empenhar-nos nesta
tarefa, que acreditamos ser o que Nosso Deus quer de nós, e a Sua Salvação
para essa gente. 2.
Aspectos Sócio-culturais Guarani
Segundo dados do governo federal (cd-rom do
Itamarati) a população Guarani é de mais ou menos de 35 mil índios.
Sendo, portanto, a maior tribo do Brasil, vindo em seguir a tribo Yanomami;
contando com 20 mil no Brasil e 10 mil na Venezuela. Os Guarani são bem diferentes da imagem que fazemos do índio brasileiro;
nu ou semi nu, paramentado com cocares e pinturas no corpo. Hoje em
dia os Guarani se vestem igual a população não índia, só que de uma
maneira mais precária. Devido a este fato sofrem um preconceito ao revés;
o de serem índios aculturados. O que de fato não é verdade, pois no
interior de suas aldeias vivem orientados por uma cosmovisão animista
e praticam diversas cerimônias. Algumas delas presenciada por nós. Além
de fazerem largo uso de sua língua para se expressarem, apesar do conhecimento
limitado que têm do português
Os Guarani estão bem espalhados pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso
do Sul. Também há um considerável número de aldeias no Paraguai e Argentina.
Nós estamos localizados na cidade de Eldorado no Estado do Mato Grosso
do Sul. É uma região de pecuária e agrícultura, forte em gado de corte
e produtiva principalmente de soja, milho, e entre outros. Temos concentrado
nossos esforços na aldeia indígena Cerrito. Moramos a uns 35 km do centro
desta aldeia, fora da reserva, na cidade.
A
vida cerimonial dos Guarani é intensamente marcada por rituais numa
casa que eles chamam de “opy” ou “tava”, no idioma Guarani. É ali onde
acontece às danças, os cânticos, onde os pajés fazem suas “curas”, as
“orações”, os aconselhamentos e etc. Os cânticos na maioria das vezes
fala da “Terra Sem Males” (lugar considerado pelos Guarani como um paraíso),
do amendoim sagrado e etc. O pajé é uma figura respeitada e atuante
entre eles. É o pajé quem os orienta na sua vida religiosa. Um aspecto
de destaque na vida dos Guarani é a crença num lugar a oeste onde fica
a “Terra Sem Males”. Há vários registros de grupos Guarani em peregrinação
rumo a “Terra Sem Males”, sendo orientados pelo pajé.
Como já foi mencionado os Guarani fazem amplo uso de seu idioma, sendo
que muitos na sua maioria falam um português bem limitado. Pouquíssimos
têm um bom domínio do português. Quem conviver com os Guarani verá que são uma gente com identidade própria,
com valores e comportamentos bem diferentes dos não-índios. À medida
que temos nos aprofundado na vida cotidiana Guarani temos ficado surpresos
com as descobertas da cultura deste povo.
No
passado os Guarani dispunham em sua reserva de bem mais recursos que
satisfaziam suas necessidades. Hoje em dia estes recursos estão bem
escassos. Ainda se encontram algumas poucas espécies de caça, frutas,
e material que é retirado do mato para fazer artesanato com o fim de
venderem. Esta escassez tem afetado sua alimentação tradicional assim
como sua organização econômica. Na sua maioria os Guarani dependem da
ajuda do governo, o que tem causado ainda mais paternalismo por parte
do governo e dependência por parte dos índios. 3.
Justificativa (o desafio) Os Guarani ainda não foram evangelizados em
seu próprio idioma considerando aspectos relevantes de sua cultura.
Temos encontrado vários Guarani que até já foram em uma igreja evangélica,
porém não tiveram um real entendimento do Evangelho. Muitas igrejas
pentecostais tiveram boa aceitação entre eles, mas nenhuma vingou. Acreditamos
que esta aceitação se deve ao fato de um animista ser um manipulador
do sobrenatural. Esta tentativa de “manipular Deus” se ver muito em
igrejas pentecostais. A realidade é que os Guarani já tiveram experiências
frustradas com o evangelho, devido ao fato de a mensagem não ser no
idioma nativo (o que limita o entendimento), e não contextualizado na
sua cultura (na maneira como um Guarani enxerga a vida). De tudo isto
resultou sincretismo. Acreditamos
que o ensino Bíblico dado na língua Guarani, contextualizado na sua
cultura causará um grande impacto na sociedade Guarani. 4.
Descrição do Trabalho
Para alcançarmos nossos objetivos com os Guarani será necessário: Ø
Pesquisar
a cultura. Quando o missionário sabe o que o seu ouvinte conhece, ele
pode formar a apresentação do evangelho para provocar a interpretação
desejada, evitando ao máximo o sincretismo. Para saber o conhecimento
de um povo é necessário fazer uma pesquisa da sua cultura. Assim os
seus pensamentos, particularmente em referência ao sobrenatural, serão
descobertos. Ø Aprendizado da língua. É importante para uma boa comunicação. Entender tudo ser fluente na língua, é de vital importância para o ensino escolar, ensino bíblico, preparo de material bilíngüe e treinamento em várias áreas de desenvolvimento de projetos. Uma análise lingüística nível por nível é base para o aprendizado da língua. Para uma boa tradução precisa-se de uma boa análise detalhada.A Beth tem o domínio deste idioma, e eu estou em fase de aprendizado; já podendo me comunicar com eles! Ø
Ensino Bíblico e Discipulado. Por não haver pano
de fundo bíblico entre os Guarani, será dado o ensino em ordem cronológica.
Este método fornece isso claramente passo à passo, e facilita
o entendimento por parte dos indígenas a respeito do panorama completo
da Bíblia. Tem índio ouvindo a palavra de Deus! O ensino já começou
a ser feito! Para verificar as lições que já estão prontas, começamos
o ensino com uma família de nativos. Após esta verificação será feita
alguma possível adaptação ou modificação, para daí ensinar às outras
famílias. Ø
Projetos de Desenvolvimento Socioeconômicos.
Devido à necessidade, é importante desenvolver vários projetos
comunitários, visando melhorar suas condições de vida e dar certa autonomia
econômica. Pela experiência que temos tido, esses projetos causam um
impacto positivo para a pregação do Evangelho.Alguns projetos que pretendemos
desenvolver são: o
Ampliação da área cultivável da reserva;
para que os Guarani produzam mais e possam comercializar o excedente.
o Criação de tanques para a criar peixes, aproveitando os naturais disponíveis. o
Aproveitar o potencial da reserva para
a apicultura. o
Apoiar e ampliar a criação de galinha
o ovos caipira. Ø Treinamento. Será vital para a fundação, funcionamento e crescimento espiritual da Igreja indígena e dos crentes – fornece melhor ensino. O Treinamento também será fundamental nos projetos de desenvolvimento, para alcançar autonomia socioeconômica. Ø
Retirada dos Missionários. Uma retirada planejada,
é importante para a continuidade, um crescimento espiritual e numérico,
e autonomia da igreja Guarani. Será necessário: o
Distribuir e tornar acessível todo
material publicado no idioma. o
Entregar todas as responsabilidades
para a liderança nativa. o
Visitas e assistências ocasionais
deverão ser feitas por parte dos missionários para resolver problemas
da igreja enquanto atua sob responsabilidade da liderança indígena.
Nosso objetivo maior é o estabelecimento de uma igreja Auto-sustentadora,
Auto-governadora, e Auto-propagadora 5.
Conclusão Está diante
de nós este grande desafio: O de Participar como cooperadores de Deus
no plano da salvação do homem, (1ª cor 5.18 – 6.1). Temos consciência
de que esta tarefa não é de uma, ou de duas pessoas apenas, mas da Igreja
de nosso Senhor Jesus. E de pessoas comprometidas com o Reino de Deus,
que tem a Visão da Obra. = = = = = Participe! Envie-nos seu comentário : www.uniaonet.com/email.htm |
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