www.uniaonet.com/bnovamaelzira.htm
06/12/2005 _ Mamãe partiu. Daniel e eu estamos sem chão para pisar. Era ela o nosso esteio humano, a nossa alegria, a nossa razão humana de viver. Agora ela se foi. Depois de 16 dias de martírio hospitalar, seu coraçãozinho parou de bater. Aguardou-me para orar com ela, despedindo-a na paz e na certeza da missão cumprida. Alguns já passaram por essa dor, mas eu lhes digo: é dura demais. Mamãe morreu às 18 horas de hoje. Daniel e o pastor estão indo ao hospital, para a liberação do corpo. Seu velório será na IGREJA BATISTA DE VILA POMPÉIA, sp AV. POMPÉIA, 867 TELEFONE (0XX11) 3673-7925 OU 3873-8755 TALVEZ O ENTERRO SEJA À TARDE, NÃO SEI. SERÁ EM EMBU DAS ARTES. PORÉM, MAIORES DETALHES SÓ MAIS TARDE, NO MEU CELULAR, OU NOS TELEFONES DA IGREJA DA POMPÉIA. AGRADEÇO O CARINHO DE TODOS. "Senhor, dá-nos a serenidade suficiente para aceitar a Tua vontade, e para conviver com o tremendo vazio que estamos sentindo, e que será para o resto de nossas vidas! Tenha de nós misericórdia!" WAGNER ANTONIO DE ARAÚJO DANIEL PAULINO DE ARAUJO (011) 9699-8633 3672-6738 Deus abençoe o carinho de todos os irmãos, que estão telefonando, ou enviando e-mails, ou enviando mensagens no telemóvel. Só Deus poderá recompensá-los. Já tenho as informações precisas. Mamãe chegou à Igreja Batista de Vila Pompéia. Seu corpo já foi preparado e enfeitado. É muito difícil saber que aquela que lhe deu à luz um dia, está cheia de formol e pó-de-serra, por dentro, uma vez que seu corpo iria explodir de tantos medicamentos tomados. Sei, é apenas seu tabernáculo terrestre. Não há dúvidas. Mas foi nele que aprendemos a amar mamãe e foi dele que saímos. VELÓRIO IGREJA BATISTA DE VILA POMPÉIA, sp AV. POMPÉIA, 867 TELEFONE (0XX11) 3673-7925 OU 3873-8755 Estive por lá há alguns instantes, mas sucumbi ante a visão saudosa e perpétua, desse adeus (que é "até breve") Talvez não consiga velá-la, pois já estou no meu limite em termos de remédios cardiovasculares. Sou humano. Sou um ser normal. Também sucumbo. E, hoje, eu posso dizer com toda convicção: eu não estou agüentando o peso desta dor! Orem por mim! Orem pelo Daniel! Orem pela Milu! E pela Izamara, que está acompanhando junto conosco! Se eu lá não estiver, estarei aqui, na sala, da minha casa. Na igreja informarão aos que quiserem vir e me dar um abraço. CULTO DA SAUDADE 13 horas, no templo da igreja. SEPULTAMENTO Após o culto, o enterro seguirá para o CEMITÉRIO MEMORIAL PARQUE PAULISTA na Rua Jorge Balduzzi, 520, em EMBU DAS ARTES, altura do km 275 da Rodovia Régis Bittencourt, a estrada para Curitiba. maiores detalhes sobre a localização do cemitério, consulte o seguinte link: http://www.cemiterio.com.br/mpp.htm Daniel
& Pr. Wagner - DIVAGAÇÕES PÓS-TUDO
Não consigo dormir. Dormi durante a tarde, à custa de remédios, enquanto mamãe era homenageada em velório e enterro. Uma decisão do meu irmão, querendo preservar-me de mais sofrimento, uma vez que passara a madrugada e o princípio da manhã junto ao caixão, e não suportava mais tanta dor, ausência e solidão. O que dizer? O que falar? É como se o mundo não tivesse mais cores, os sons não tivessem mais ruídos audíveis, como se o ar não fosse mais suficiente e o tempo não significasse mais nada. Viver, morrer, nada mais faz sentido. Quanta história esses 16 dias de UTC do Hospital São Joaquim da Beneficência Portuguesa, reservou para nós! Coisas que certamente esqueceremos, com o passar dos anos, mas que aconteceram, e isso não se pode negar. A internação de mamãe. Na cama, quase afogando-se, enquanto os bombeiros chegavam para removê-la, ela disse à Milu: "Cuida bem do Wagner e cuida da casa". Depois, ao chegarmos ao hospital, e removê-la para a tomografia, após sair, suas últimas palavras à minha prima Leila: "Eu te amo", e já não disse mais nada. A hora em que meu irmão Daniel chegou do Rio de Janeiro, junto com seu sócio Renato, e o desespero de ver minha mãe à beira da morte. Os dias se seguiram, e o mundo praticamente parou em nossas mentes. Não vimos mais jornais, noticiários, não sabemos mais o que aconteceu no planeta. O nosso planeta era mamãe, e ela estava sofrendo. Vê-la entubada, pela primeira vez, foi a morte para nós. Meu Deus, ela dormia "tranqüila", se é que se pode chamar esse tipo de sono de tranqüilidade. Visitas ao meio-dia e às dezoito horas. Cada médico plantonista com um jeito diferente de falar: uns, dando muita esperança, dizendo que houve melhoras nos rins, nos índices de glicemia, no sangue, nos órgãos, e que diminuiram a medicação e a respiração mecânica. No outro plantão, tudo caía por terra, porque agora ela estava cada vez pior. E na manhã seguinte, num eterno círculo vicioso, melhoras e pioras se sucediam. Lembro-me quando, junto de meu irmão, vimos mamãe começando a acordar. Seus olhos se abriram. Mas eram olhos diferentes, grossos, com a parte branca engrossada. Seu rosto ficou vermelho e ela tentava tirar os canos. Acalmamo-la, mas nosso desejo era ajudá-la, arrancando tudo. Seríamos presos, se o fizéssemos. Alguns parentes também viram minha mãe assim, chamando (imaginaram que fosse) "Jovê", "Nina", a sua irmã mais velha e mais doente, que sofre com enfermidades longas. Lembro-me do dia em que uma frente fria passou aqui por São Paulo. Aliás, o tempo aqui na capital está tão triste, o sol não se firma, também não há estabilidade, parece que a Natureza chora mamãe. Nossa mente faz associações que lhe confortem e consolem, não é mesmo? Bem, naquela tarde, após vê-la, meu irmão iria embora. Então eu disse a ele que passaria a madrugada no hospital. Ele perguntou-me: "você acha que ela irá morrer hoje?" Eu disse: "Não sei, mas tenho que ficar por aqui, disso eu sei". E fiquei. Primeiramente meus primos Edemir e Eneida, vieram ver-nos e conversar. Ficamos até altas horas. Depois, sozinho, recebi a visita do amigo e irmão Serginho, vice-presidente da Boas Novas. Ah, ficamos a conversar longamente, e a orar também. Mas às 11 horas eu iria usar minha carteirinha para ver minha mãe. Contudo, as enfermeiras estavam em troca de plantão, e eu vi minha mãe bem rápido, para não atrapalhar. Perguntei se poderia vê-la às 3 da madrugada e saber notícias. A enfermeira explicou-me que vê-la ela autorizaria, mas passar informações, só a médica, pois seria anti-ético da parte dela. Ah, se todos os pastores também aprendessem a respeitar a ética cristã e ministerial! ÀS 3 da manhã estávamos lá, Serginho e eu. Uma enfermeira veio à sala de espera, dizendo: "o senhor é o filho da Dona Elzira, certo? A enfermeira-chefe está lhe chamando". O coração já saltou de medo e preocupação. Teria minha mãe falecido? Estaria já a chamar a família? Corri para a porta de entrada, lavei as mãos e vesti o avental. A enfermeira, do corredor, disse: "Venha, ela está a chamá-lo". Corri. Então mandaram-me entrar numa sala, onde estavam 5 enfermeiras. A chefe falou: "Bem,... nós estamos morrendo de vergonha... mas todo mundo aqui já sabe .... que a Dona Elzira tem um filho pastor ... e nós queríamos que o senhor orasse pelos doentes aqui do Choque. Eles precisam, e nós também..." Aliviado, mas excitado pela surpresa, disse: "Mas como assim? Ir de leito em leito?" Elas disseram "Nâo, porque alguns não aceitariam, mas podemos orar aqui mesmo". Fiquei agradecido ao Senhor, porque até lá, no hospital, à beira da morte, mamãe estava a dar o seu testemunho, sendo reconhecida como uma mulher abençoada, cujo filho deveria ser alguém de bem também. Aliás, um dos comentários ali feitos é que nós dois, Daniel e eu, éramos os visitantes mais constantes, contínuos e fiéis de uma paciente. Orei emocionadamente por cada doente, cada enfermeira, cada médico, cada funcionário. E orei também por minha mãe. Enquanto orava, Deus tocava em meu coração para que eu repartisse a Sua Palavra com eles. "Em quantos funcionários vocês são?" Elas disseram: "60 aqui na UTC". "Então eu hei de conseguir 70 Novos Testamentos, ou 70 bíblias, para lhes dar de presente, até um pouco antes do Natal". Ah, elas sorriram e fizeram festa, como quando recebemos a notícia alegre de que alguém está melhor de saúde. "Mesmo que minha mãe ainda estiver aqui, ou se tiver saído para a vida, ou ido aos braços do Pai, eu voltarei". "O senhor poderia orar de vez em quando aqui?" "Mas é claro que sim! Contem comigo!" E ali estava um ministério novo, criado por Deus, através do sofrimento de mamãe! Ainda não tenho os novos testamentos, ou as bíblias inteiras, mas creio que o Senhor as dará, para que eu as encaminhe para eles, até antes do Natal. Penúltimo
dia. O médico nos disse que minha mãe estava além dos 70% aceitáveis
de gravidade, e que agora a infecção hospitalar havia coberto o seu
corpo. Disse-nos que as úlceras estavam abertas e jorrando sangue, e
que não havia medicamento que desse jeito à sua pressão. Falou-nos que
tentariam alguma coisa, mas que, infelizmente, o mais natural, seria
o caso "evoluir para o óbito". Evoluir??? Meu Deus! Saímos de lá abatidos,
acabados. Lembro-me, no corredor, quando tentamos ir à capela orar,
e encontramo-la fechada..., ter confortado o meu irmãozinho Daniel,
quando eu mesmo é que precisava de conforto! Mas eu sou o mais velho,
e tenho a obrigação de ser forte, e o Espírito Santo supriu-me de conforto
o coração. Aleluia!
Quem dormiu à noite? E na madrugada? E na manhã? Cada toque do celular ou do telefone, era uma punhalada em nosso peito, que aguardava com expectativa fúnebre a notícia funesta e fatal do estado de mamãe. Por fim, o meu irmão iria visitá-la à tarde. Quis que eu ficasse. Mas eu tinha certeza de que deveria ir, uma vez que poderia ser a última despedida, ou então, que algum milagre ocorresse. Faltava meia hora para as 18, e eu senti no coração que deveria fazer uso, mais uma vez, da minha carteirinha. E fiz. Ao entrar, vi-a já com a boca arroxeando, sua cor empalidecendo, poucos medicamentos pendurados, e o seu coração em compasso lerdo, lerdo para o que víamos nos outros dias. E ouvi em meu coração A VOZ, que dizia: "Ore agora". Ah, essa voz! Foi essa a voz que me fez despedir o irmão Antonio, esposo da irmã Isabel, que morreu em meus braços! Foi essa a voz que me fez informar aos vice-presidentes que, logo após ir aos Estados Unidos, eles passariam por um funeral. Essa Voz, do Espírito Santo, me iluminou a orar. E orei, motivado por Ele: "Senhor, tua serva já cumpriu a sua missão, de forma brilhante e maravilhosa! Foi excelente esposa, primorosa cristã e a mãe mais maravilhosa do mundo! Não deixe-a sofrer mais! Seu corpo não suporta tanta luta! Dá-lhe o descanso necessário! Em nome de Jesus. Amém. Mamãe: muito obrigado por ser quem a senhora é. Daniel e eu a amamos muito! Agora, mamãe, siga em frente, descanse, vá para os braços de Jesus! Logo, logo, estaremos juntos, para sempre!" Orei assim, enquanto sentia, em sua testa, o último calor de vida. Nesse momento, a máquina do coração, indicava 55 por minuto, e caiu para 50, 45, e a enfermeira disse: "Tem mais alguém aí para entrar? Diga para entrar agora". Corri e chamei meu irmão Daniel, que entrou e pôde despedir-se dela. Ao saírmos, meu tio Carlos Bonfante e minha prima Cristina também entraram, e foi na visita da Cristina, que mamãe expirou. O Daniel falou: "ela esperou a sua bênção, mano". Seja Deus engrandecido. Então o forte fez-se fraco, e desandou. Caí em profunda dor, sentimento, tristeza, amargura, desespero. Fiquei em casa, com tias e parentes, e irmãos da Boas Novas, que vieram fazer-me companhia. Obrigaram-me a dormir um pouco e a comer algo (dois dias sem dormir, e quase isso sem comer). Quem conseguia dormir? Às três estava eu, Izamara e Domingas aqui, e o povo havia descido para a igreja. Corri para lá também. O Daniel quis segurar-me, mas quê! Tive que ficar juntinho do corpo dela. Ah, estava ela vestida com seu vestidinho mais usual e querido. Fizeram-lhe uma cirurgia pós-morte, para retirada de vísceras, pois a barriga estava explodindo e o sangue jorrava por todo canto. Quantas bolsas de sangue e litros de remédio ela não tomou em 16 dias, e os rins não deram conta? Encheram-na de pó-de-serra e de formol. Cheirava remédio e desinfetante. E os cuidadores, iam fazendo o enchimento com galhos de flores e folhas. Meu Deus, meu Deus, meu Deus! Quando foi que imaginei ver minha mãe assim? Enfeitaram-na com crisântemos brancos, com um véu muito fino, grampeado nas beiradas. Cada ruído do grampeador, era uma martelada em nossas carnes e em nossas mentes. Meu Deus! Depois, com ela preparada, estávamos lá, ombro a ombro, Daniel e eu, os filhos de Elzira! Agora éramos só nós dois, e a Milú, e mais ninguém! Estávamos sem aquela que nos gerara! Ela partira com Jesus. E, fisicamente, estava morta. E, espiritualmente, estava longe, muito longe, na eternidade, no Paraíso, e nós ficamos! Vir e ir. Voltei, trazido pelos irmãos, e comi alguma coisa, retornando para o velório. As pessoas estavam a chegar, mas eu não consegui conter-me, ao ver suas irmãs chegarem, e verem o rosto da irmã querida ali, morto, no caixão. Suas palavras, suas lágrimas, sua dor, foram insuportáveis. O meu coração começou a ter arritmia forte, e senti que algo estava a acontecer. Conhecedor de minhas limitações, o meu irmão ordenou que eu voltasse, trazendo-me para casa. E deram-me calmantes, com os quais dormi até bem depois das 17 horas, hora do sepultamento lá longe, em Embu das Artes. Fiquei triste, por não ter estado junto. Mas tudo o que eu tinha que fazer pela minha mamãe, eu fiz em vida, e isto eu sei que ela soube, e Deus também sabe. Meu irmão, saudável, esteve até o final, e falou-me da multidão de gente, entre amigos, irmãos em Cristo, empresários, executivos, pastores (mais de 30), gente de nosso relacionamento e amigos da internet, todos despedindo-se da "mãezona" Houve a necessidade de alugar-se um carro à parte e a mais, por causa de tantas e tantas homenagens de coroas de flores. Mamãe, nós te amamos! E
agora, primeira noite definitiva, sem a expectativa de alguma ligação
do hospital (até desligamos os telefones, para descansar), sem a esperança
de vê-la sentar-se no seu "trono" da sala, sem aguardá-la para comprar
as frutas que gostava, sem arrumar sua cama confortavelmente, para que
dormisse, sem ligar o rádio na REDE MELODIA, sua rádio querida do coração,
sem dar corda no seu relógio despertador quebrado, que ela mantinha
funcionando, mesmo sabendo que não tinha mais ponteiros (e quando ameacei
jogá-lo, ela disse: deixa ele funcionar, tadinho), cá estou, pensando
alto, com os dedos, no teclado do computador, sabendo que o e-mail já
está a terminar e, que depois, ao desligar a máquina, só sobrará um
vazio, um vazio do tamanho de minha mamãe! Que saudades da senhora,
mamãe Elzira! Como irei conviver com sua ausência?
Pedi licença da igreja e estou pedindo licença aos amigos e irmãos também. Meu irmão e eu nos ausentaremos por uns dias. Não sei para onde vou, o que vou fazer, mas sei que não posso ficar aqui. Tudo me lembra a mamãe, e as emoções estão frescas, à flor da pele. A Milú, coitada, está arrasada, porque foi ela quem cuidou de minha mãe como perfeita enfermeira, e convive conosco desde 1982. Ela está a sofrer barbaridades. A Izamara, secretária da igreja, esteve conosco, está conosco e não arredou o pé, sendo de uma gentileza e prestatividade à toda prova, e certamente o Senhor a recompensará muito pelo que fez, e nós também. Não sei quantas centenas de telefonemas que Daniel e eu recebemos, mas certamente ultrapassaram os 500. Os e-mails que continuam a chegar, passaram dos 1000. E eu agradeço por todos eles. Os responderei a todos, mas, com o tempo, quando voltar, porque, agora, não tenho cabeça para nada. Sei que vou me dedicar a Deus em dobro, porque esse é o caminho e também essa era a vontade de minha mãe. Quero viajar para pregar o evangelho aonde Deus me chamar, e aguardarei o que Deus terá à minha frente. Quero casar-me e ter os meus filhos, e lhes dizer o quanto fui abençoado, com a mãe que Deus me deu. E quero testemunhar a todos: o Senhor é fiel, o Senhor é sábio, o Senhor é misericordioso. Hoje eu não sinto ter sido atendido em minha oração, mas eu sei que fui, e o que mais importa é o que eu sei, mediante a Bíblia, do que o que eu sinto, em meu coração; pois a bíblia é eterna, e as minhas emoções são passageiras, e não sou guiado pelas emoções, mas pela Palavra de Deus. Continuem a escrever. Estou recebendo as mensagens, vou guardá-las com amor e carinho, meu irmão também, e vou respondê-las. Só esperem uma semana e pouco, para que voltemos a reconstruir a vida. Um
abraço.
Wagner Antonio de Araújo Igreja Batista Boas Novas de Osasco, SP bnovas@uol.com.br www.uniaonet.com/bnovas.htm fone 0xx11 9699-8633 0xx11 3672-6738 uma recordação de minha mãe, para os amigos. Uma pequenina cena, de mamãe tecendo e conversando comigo. Vá ao link http://hdvirtual.inteligweb.com.br/compartilhamento.php?id=NTIwMw== e forneça a senha "minhamae" Quem conseguir, por favor, envie-me um retorno, em bnovas@uol.com.br Querido e amado Homem do Senhor! Quero
registrar meus profundos votos de solidariedade.
Peço
a Deus a Paz do Senhor em vossos corações _
Alberto Stahl
= = Olá, Pastor. Sinto muito e imagino o quanto esta dor está sendo devastadora. Conte com minhas~orações e meu carinho! Um abraço _ Jacqueline Souza - - Pastor e daniel, estamos firme na oracao , Deus vai dar vitooooooria!!!!! Ah!!! Pastor como meu coracao doi , ouvir isso , porem o nosso Deus e mais poderoso . Sinceramente nao sei o que dizer , mas Deus sabe todas as coisas, esta frase e velha, porem muita sabia.continuarei orando. _ Toninho Querido irmão Toninho, homem de Deus, consolador humano, que tantas vezes me confortou, mesmo fazendo ligações caras dos Estados Unidos para cá: muito obrigado pelo amor e carinho! wagner - - MINHA CIONDOLENCIAS....AMADOS IRMAOS, SABEMOS QUE MESMO SABENDO QUE ELA ESTARÁ NA GLÓRIA C DEUS...E´´ DOLORIDO....MAS DEUS NAO DA PROVÇAOES QEU NAO POSSAMOS SUPORTAR... QUE DEUS LHES DE FORÇAS E REVOVE SEUS ANIMOS.....O SENHOR É C, VCS... QUE A GRAÇA E PAZ DO SENHOR FIQUE C VCS NOA
MOR DE CRISTO _ Cleusa Lima
-
-
Cleu,
muito obrigado de coração! Daniel _
NSS
=
= Greetings
from Oklahoma City:
Caro Pastor: Meus sinceros pêsames pelo falecimento de sua querida mãe. Já experimentei esta dor e sei o que o irmão está sentindo. O que o irmão escreveu ao pastor Vieira é a pura realidade: ela está com Jesus e nós aqui, peregrinando. Um forte abraço _ Alaor Leite -
-
Obrigado, meu querido amigo, pastor, homem da Igreja de Cristo, editor e consultor. Essa dor é terrível, mas temos que enfrentá-la. O irmão está nos Estados Unidos atualmente? wagner =
=
Pr
Vagner Que Deus te abençoe e te guarde; aqui tb estavamos velando
um irmão querido, que Deus em sua infinita misericórdia o recolheu
para o céu. Conte comigo, venha passar alguns dias conosco, eu e a
valéria estaremos aqui, orando por você e teremos o maior privilégio
de recebê-lo em nossa casa. Tenho certeza que que Deus te dará
forças, para vencer, força meu querido irmão, em breve todos nós tb
estaremos lá. _ Pr.Dionisio
.
=
= - - Obrigado, Pastor Dionísio Antunes, grande servo do Senhor, amigo e irmão em Cristo. Wagner Pastor Wagner e Daniel, Recebam minha mensagem de consolo neste momento tão doloroso que é a partida para a glória celestial de sua mamãe. Estou orando por voces e nos consola o fato dela estar com o Senhor. Leiam a passagem bíblica em Isaias 57 verso 1º que é balsamo para os corações. E os irmãos tem a promessa de nossas orações. Pastor João Martins Ferreira e D. Eliete _ Igreja Batista em Vila Salete - - Pr. Wagner e Daniel sejam
fortes no Senhor!
Sei
que não é fácil, mais quando sabemos que alguém que amamos partiu para
melhor, nosso coração fica confortado. Pensem
como eu pensei quando a minha mamãe foi. Ela saiu do sofrimento e foi
para receber o que para ela foi preparado. Foi comprado com alto preço. Então chegou a hora dela receber, logo mais do que justo este momento para ela. Que
o senhor nosso Deus continue dando muitas forças para voces.
Um
forte abraço.
Pr.
Décio _ atual Diretor do Acampamento
Batista de Sumaré.
( Palavras
são recursos infímos para se apresentarem diante de um coração que já
não cabe mais no peito ... Posso me aproximar de tentar contornar seus
sentimentos Wagner e Daniel ( sim neste momento deixemos o pastor de lado
aquele que passou a vida consolando não tem condições de suportar o peso
contínuo da função exercída por este título ) . Ao olhar para o meu coração
e ver ainda as cicatrizes que ficaram quando nosso Deus chamou para si
a minha vovó Raimunda ... dentre a sua variedade de dons e habilidades
vovó era costureira e sempre fazia as roupas que vestia , posso imaginar
tudo que a mãe Elzira fez a voces ... me lembro que foi ela quem comprou
minha guitarra , fazendo dívida por quase um ano de comprometimente de
sua pequena renda dos trabalhos que fazia com suas próprias mãos , este
instrumento custou-lhe várias noites de veladas ... posso imaginar quantas
coisas a Mãe Elvira lhes deu ... pena vovó Raimunda não ter conhecido
o Gui e o Fael ... pena a mãe Elzira não ter conhecido a sua futura esposa
... pena a gente ter de ficar escrevendo tudo isso ... sem saber o que
falar ... prá onde ir ... Ontem tocava : "noite feliz" no violão e a letra
que saia da minha boca eram orações ao nosso Deus pedindo pela restauração
da mãe Elzira e para que o Espírito Santo diminuisse vossa dor . E ao
ver a resposta de Deus , por maior dor que ela estaja vos causando , foi
a resposta que esperamos para nossa vida , o premio por ter cumprido a
nossa missão . em breve estaremos com ela e com os nossos que a frente
foram , e todo o pranto e toda dor de hoje se revestirá em elementos que
Deus há de transformar na alegria eterna do reencontro . Yrorrito ) - - Pastor Décio Muito obrigado pelo seu amor e carinho! No retiro em janeiro, espero ganhar um abraço apertado. wagner (17/12/05) muito obrigado Pr. Décio, de coração! Daniel - NSS - - Alguém
disse que só alguém que já sofreu uma grande perda pode aquilatar
uma grande perda de alguém. Não bem verdade,... não podemos imaginar
a perda de vcs e só podemos orar para que Deus console ao modo dEle
a vcs e demais familiares.
Estamos,
aqui no Rio de Janeiro, orando por vossa mãe. No amor de Cristo _
Pr.
Marcos Reis Um abraço. Pastor Veloso _ Itaperuna - RJ - - MAS O Q DIZER DEPOIS DO TUDO? VIVER, ESTA É A MISSÃO, SABER Q TUDO FOI FEITO, COLOCAR A CABEÇA NO TRAVESSEIRO, DORMIR E SONHAR COM A VIDA Q SE FOI, MAS COM A CALMA E A PAZ Q SÓ O SENHOR DÁ. SOMOS HUMANOS E LIMITADOS, A DOR DÓI DEMAIS, MAS A PAZ EXCEDE TODO ENTENDIMENTO. AGORA, MISSÃO CUMPRIDA, A BATALHA VENCIDA. O TEMPO VAI CURAR AS FERIDAS, MAS ELAS ESTARÃO LÁ MARCADAS PARA LEMBRAR A MEMÓRIA.... ADEUS QUERIDA, IRMÃ, ESTAREMOS TODOS JUNTOS UM DIA NA GLÓRIA DE DEUS PAI. SEM DOR, SEM RANGER DE DENTES, SEM SOFRIMENTO. ONTEM FOI DOR E SOFRIMENTO HOJE É PAZ CELESTIAL CHEIA DA GLÓRIA DO SENHOR. OBRIGADA PAI, PELO CONSOLO DO ESPIRITO, OBRIGADA PAI PELA CERTEZA DE UM LUGAR PERTINHO DE TI. OBRIGADA PAI PELAS VIDAS AO NOSSO REDOR... A AJUDA VEM DO ALTO, MAS ELE USA ALGUNS DAQUI DE BAIXO MESMO! DA TERRA. OBRIGADA SENHOR PELA SUA PAZ... ADEUS... COMECEMOS DENOVO, OU SIMPLESMENTE CONTINUEMOS A CAMINHADA SABENDO Q UM DIA ELE VIRÁ E NÃO TARDARÁ. UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO PR. WAGNER _ ROSANA - - Muito obrigado, irmã Rosana! wagner (17/12/05) - - PASTOR WAGNER, RECEBA NOSSOS SENTIMENTOS. ESTAMOS ORANDO POR VOCES, CREIO QUE JESUS TRARA REFRIGERIO, CONSOLO A CADA UM. ABRACOS _ PRA. MADALENA E PR. LUCIANO - - Estou em oração por vocês nesta hora de tanta dor. Nossa confiança está no Senhor. Ele sempre tem o melhor para todos nós. abraços _ Pastor Vieira - - 17/12/05 Muito obrigado, amigo Pr. Vieira. Mamãe já está com Jesus. E nós ainda aqui, peregrinando. O terno ficou bom? Um abraço. Wagner - - Querido Pr. Wagner e Daniel O noso profundo sentimento pela passagem de sua mamãe, para a Pátria Celestial, onde um dia lá chegaremos, não tenho, querido Pr. Wagner palavras dpara consolo, mas a Palavra de Deus, o faz II Corintios 1: 3-5. Que a Paz do Senhor seja com você e Daniel _ Pr. Jonas e Ester =
=
Querido
Pastor Wagner Graça e Paz! Oro para que o Deus de toda consolaçao,
console o seu coraçao e te de animo e alegria para continuar a vida.
Nesses momentos de dor e afliçao que encontramos a graça maravlihosa
do nosso Pai Eterno. Deus te abençoe! Tenha fé, Deus está
contigo! _ Ozeias Sampaio
- - Obrigado, querido amigo e homem de Deus, pastor Ozeías. Espero que nos encontremos no retiro de sumaré, neste ano. wagner = = - - Agora agradeça apenas, pastor. Ela se foi. wagner = = Minha mamãe recebeu um dinheiro, quando de um acerto do Banco do Brasil, do meu falecido pai. E esse dinheiro dava pra comprar uma cama de casal. Minha mãe não sossegou, enquanto eu não fui comprá-la. Ela quis que eu tivesse uma cama ampla, para espichar. Que alegria e que brilho no seu olhar, quando a cama foi instalada. Ela nunca entrou no meu quarto, porque não conseguia locomover-se até aqui. Mas era feliz por fazer pelo seu filho algo tão belo. Ah, Yro, que dor! wagner (17/12/05) - - Continuamos com a garganta engasgada sem saber o que falar , mas esperamos ao menos termos condições ... de continuar por aqui junto do senhor e assim continuar disponível em ajudar e participar no que pudermos . Yro (18/12/05) - - OBRIGado, Yro, por seu amor e carinho wagner |
Amigos
Graça e paz.
Não há mais esperança.
Não há mais tratamento. Mamãe está com infecção
hospitalar, febre e um dos aparelhos já foi desligado. Só por um milagre ela sobreviverá. É possível, sempre possível. Só não é provável. Mamãe está redimida por Cristo. Aguardamos o chamado
do Senhor.
O Pr. Neilson
Xavier de Brito, seu pastor (IB Vila Pompéia, SP), já está lá,
orando por ela. E nós, aqui em
casa, agonizando.
Orem por nós.
E, se isso acontecer
(que Deus nos dê Seu divino consolo), as despedidas
serão no templo da Igreja Batista de Vila Pompéia, à Av. Pompéia, 867, na zona oeste da capital. Mesmo que muito
pequeno, ainda temos um pedacinho de esperança.
Wagner Antonio
de Araújo
= = = Igreja Batista Boas Novas de Osasco, SP bnovas@uol.com.br 0xx11 9699-8633 0xx11 3672-6738 December 05, 2005
10:42 PM
Subject: oração - em busca do milagre Prezados meu irmão, o Pr. Wagner, e mais alguns irmãos estão seguindo para a nossa Igreja na: Av Internacional 592 Jd.Santo Antonio Osasco - SP para estar orando por minha mamae, nesse instante. Se vc estiver por perto e quiser estar junto, por favor, chegue até lá Daniel December 04, 2005 3:18 PM Subject: [PontodeEncontro] notícias do Pastor Wagner olá pessoal tenho notícias do pastor Wagner e da sua mãe. Liguei agora à tarde pra ele, e ele me pediu q enviasse notícias pra vcs, pois ele está sem tempo e sem vontade de ligar o computador, devido ao estado da sua mãe não ser bom, eles estão correndo muito, tanto ele qto o irmão dele. As notícias não são das melhores, mas ele pediu que continuemos orando para que o Senhor Deus venha realizar milagres para que sua mãe se recupere e volte pra casa. Ela ainda está em coma induzido, e os médicos estão cuidado para que ela se fortaleça um pouco para poder fazer a cirurgia. Esta cirurgia é devido a uma úlcera que ela tem. Eles deverão tirar uma parte do estômago e uma do esôfago. Se ela se fortalecer e conseguir ir pra cirurgia, ainda assim é uma cirurgia de alto risco, mas nós sabemos que pra Deus todas as coisas são possíveis. Por enquanto todos os planos dele estão em pausa, pois a prioridade agora é o estado de saúde de sua mãe. Assim que ele tiver um tempo ele manda mais notícias, mas por ora é só. Oremos por eles! abraços e boa semana pra vcs Ângela (PDE) 02/12/05 mamãe Elzira à espera de um milagre! Olá a todos sou Daniel, irmão do Pr. Wagner hoje acordamos após uma noite agradavel, onde estavamos aliviados com a ligeira melhora de ontem a noite, porém, fomos surpreendidos com a noticia de que a úlcera de mamãe voltou a sangrar e que o quadro dela elevava-se à gravissimo, já que sua pressão só subiu após uma dose altissima de remédio. Estivemos o dia todo nesse desespero, orando e entregando a vida de nossa mulher mais preciosa nas mãos de Deus Pai, Senhor do Universo, Criador do céu e da terra e Criador dela. Assim estamos acompanhando hora a hora, agradecidos à Deus porque agora a noite ela não está sangrando. O relatório de perítos cirurgiões é de que o caso é cirurgico mas a falta de pressão não deixa condições para cirurgia, então o caso é esperar ou pelo fim do sangramento ou da estabilização de sua pressão, de forma que haja condições para cirurgia. Assim sendo, minha mamãe necessita de nossas orações e nós aguardamos com fé no milagre que Deus pode fazer, pedindo que acima de tudo, SUA Vontade seja feita e que mamãe não padeça de sofrimentos. muito obrigado obs: Pr. Wagner está de plantão no Hospital a noite toda no cel. 11 9699 8633 Daniel, Pr. Wagner e Milú - filhos da Sra. Elzira Bonfante, "a heroina da fé"! 01/12/05 Daniel & Pr. Wagner - mamãe: DECLIVE - ACLIVE uma foto antiga. Milu, Mamãe, eu e meu finado pai. Mamãe esteve à porta da eternidade. Sua situação beirava o desespero. Segundo os médicos, faltava 10% para que seu caso fosse considerado, bem, fosse considerado... Mamãe desceu até esse degrau. Nós descemos com ela, sofrendo, chorando, gemendo, orando, clamando, suplicando. Sua boca machucada, seu rostinho repleto de sinais de exames, endoscopias, fios, cabos, sondas, enfim, uma situação que não desejamos a ninguém. Chegamos no declive. Descemos. Do outro lado do portal, mamãe encontrará Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo, e a situação indicava que poderia ser em breve. Contudo, e bendito seja Deus porque ainda há um contudo, Mamãe entrou num singelo, pequeno, mínimo, mas real ACLIVE. Sua úlcera aberta, sangrante, infeccionada, foi tratada mais uma vez, e, desde as 14 hs de hoje, não sangrou mais. O médico, que conversou com meu irmão, considerou isso muito bom, e tenciona iniciar o processo de transição, para que o boletim saia de GRAVE (que significa GRAVÍSSIMO), para REGULAR-GRAVE (que significa DIFÍCIL, MAS TRATÁVEL). A noite de ontem foi difícil de ser administrada. O sono não chegava, o coração disparava, as cenas se desenrolavam ante os nossos olhos. Pude levantar algumas vezes, repreender o inimigo e o espírito de enfermidade, e clamar pela misericórdia do Altíssimo Deus. Sem dormir, acabei cruzando a cidade, indo acordar o meu irmão em Osasco (moro em São Paulo, 25 quilômetros de lá). Tentamos tomar café. De lá ainda pude visitar duas famílias. "Mas, pastor, o irmão é que precisa de consolo!" Então lembrei-me de Francisco de Assis, que afirmou, em sua célebre e imortal oração: "É DANDO QUE SE RECEBE, E CONSOLANDO QUE SE É CONSOLADO". E, de fato, fez-me bem. Rumamos para a Beneficência Portuguesa, o coração disparado. Ao nos chamarem, colocamos nossos aventais e corremos até mamãe. Lá estava ela, inchada, ligada aos aparelhos, mas limpinha e tratada. O médico nos afirmou: "Continua estável", e disse algumas outras coisas. Uma delas é que desde que trataram as suas duas úlceras, não ouve mais sangramentos inferiores. Segundo ele, era necessário observar mais um pouco, não havia novidades. Ambos, Daniel e eu, rumamos para nossos afazeres, tentando levar a vida com alguma normalidade. Mas quê! Quem consegue? É como se um pedaço de nós estivesse clamando, sofrendo, gritando, pedindo socorro! Visita da noite. 18 horas. Eu iria entrar com meu irmão, encontrar-nos-íamos no hospital. Mas a minha prima Leila também quis ver mamãe. Ah, que prima maravilhosa! Que mulher fenomenal! Bem-aventurado o Marcelo, seu filhinho, por ter uma mãe tão dócil, singela e carinhosa! E bem-aventurado seja aquele que desposá-la um dia, porque terá ao seu lado uma mulher honrada, valiosa, um verdadeiro rubi! Daniel e Leila entraram. Eu fiquei para fora. E falaram com o Dr. Ancon, um dos médicos. Bem, o que falaram nos trouxe um filete de esperança, ainda que mínimo. Sei que a saúde de alguém em UTI/UTC é muito instável, agora pode estar melhorando, daqui há pouco piora, ou agora pode estar em decadência, e, de repente, tem um progresso. Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. Ouçamos o Daniel, meu irmãozinho. Caros amigos Aqui é o Daniel, irmão do Pr. Wagner. No boletim da visita noturna, ouvimos do médico o seguinte quadro: 1) O sangramento da úlcera cessou há mais de dez horas. 2) Pulmão e pressão equilibrados, mas ainda à base de medicamentos. 3) O rim funcionando bem. 4) Hoje à tarde ela tomou sangue para repor o volume necessário. 5) Sendo isso, mamãe ainda necessita muito de nossas orações, e, pela fé, aguardamos o seu boletim regredir de GRAVE para REGULAR-GRAVE, o que já será a nossa primeira vitória. Daniel AGUARDEMOS EM ORAÇÃO! 30/11/05 Olá, amigos. Graça
e paz.
Já
estão escassas as lágrimas nos olhos, uma vez que temos chorado até
o impossível. A dor tem suas pedagogias: nós aprendemos com ela.
O
estado de minha mãe está a 10% de ser considerado DESESPERADOR.
O
meu irmão Daniel, homem de Deus, abalou-se profundamente, porque acabou
testemunhando um procedimento na UTC, com relação à mamãe: escapou um
dos canos de respiração, e o corre-corre entre médicos e enfermeiras,
e os apitos de alarme nos equipamentos, fizeram-no traumatizado. Era
como se mamãe tivesse sofrido uma parada cardíaca. Mas não era isso;
apenas havia escapado, e eles recolocaram no lugar, lá dentro dos pulmões,
apesar de também terem se assustado.
(batismo
de mamãe, em 1981, pelas
mãos
do Pr. Manoel Waldemur Pereira Corrêa)
Os
últimos três dias têm sido de declive. Mamãe piora. Sua pressão não
se mantém em nível aceitável, precisando de mais remédios; os remédios
provocam taquicardia, e isso se torna um círculo vicioso. Suas duas
úlceras não cicatrizaram; uma delas ainda sangra bastante, e eles
não conseguiram resolver esse problema. Seus rins funcionam regularmente,
não plenamente. Uma semana passou, e o seu estado, anteriormente considerado
REGULAR-GRAVE, agora é apenas GRAVE, com 60% de gravidade, quando o
limite desesperador é 70%, segundo a linguagem médica na UTC. Esperamos
notícias melhores amanhã, quando o Dr. Carlete conversar com o meu irmão
Daniel.
Temos
chegado à hora da decisão. Deus sabe o que irá acontecer. Nós não. A
impotência é a nossa característica, provavelmente para nunca querermos
tomar o lugar do Todo-Poderoso, porque Ele é sapientíssimo, mas nós
não. Lembro-me de Abrão a oferecer Isaque, e posso imaginar a dor que
sentiu. Para ele, houve livramento. Em nosso caso, só Deus sabe se irá
poupar nossa querida mãezinha.
Um
testemunho, que lembrei no domingo, me fez mudar de estratégia emocional,
para tornar estes dias suportáveis. Lembrei-me do testemunho de Nicolau
e Dorine Serviuc, irmãos muito queridos, que foram iniciadores conosco,
da Igreja Batista Boas Novas de Osasco. Contaram-me sobre o seu menino
menor, Luciano, hoje com mais de 20 anos.
Contaram-nos,
há anos, a experiência que tiveram com o menino, na época, com 3 ou
4 anos apenas. Ele estava em situação desesperadora, com grande enfermidade,
algo irreversível. O médico já não tinha mais o que fazer, e eles não
tinham mais lágrimas para chorar. Então decidiram entregar nas mãos
do Pai, e oraram assim: "Senhor, nós entregamos o nosso filho querido,
que tu nos destes, a quem tanto amamos, inteiramente em Tuas mãos. Se
quiseres, leva-o. Se quiseres, deixa-o. Te agradecemos, em nome de Jesus
Cristo. Amém". E saíram para tomar um lanche, ou descansar, não me lembro
direito. Segundo contaram, quando retornaram, o menino estava melhorando,
e, em pouquíssimo tempo, ele estava perfeito, um autêntico milagre do
Senhor! Eu conheci esse menino, e era o meu querido Lu, menino de ouro.
Hoje é um homem feito, talvez seja até casado, perdemos o contato. Mas
o testemunho marcou e ficou.
Isso
me conscientiza de uma verdade: Deus é soberano. Por mais que eu e o
meu irmão queiramos trocar de lugar com ela, ir em lugar dela, isso
não acontece. Por mais que queiramos trazê-la de volta, vê-la, conversar
com ela, tê-la na normalidade, só conseguiremos se Deus aprovar. Portanto,
não podemos acrescentar um fio de cabelo em nossas cabeças, quanto mais
um côvado à nossa existência. Assim, estou resignado. Que se cumpra
a vontade de Deus.
Minha
esperança: tê-la de volta. Minha expectativa: tê-la de volta. Meu sonho:
tê-la de volta. Do meu irmão: idem.
Aquilo
que de nós depende, temos feito, e continuaremos a fazer sempre. O mais,
está entregue nas mãos do Pai celestial.
Agradecemos
todo o carinho, os e-mails, as ligações, as mensagens, as visitas, as
doações de sangue. Em virtude da terceira transfusão pela qual ela estará
passando, o hospital solicitou-nos mais doações. Então, se o Espírito
Santo tocar o coração de mais alguém, a hora para cooperar com a vida
de mamãe é agora. Por favor, liguem para 3694-3398, falar com a Irmã
Célia, que terá dados para informar.
Muito
obrigado a todos. Eu lhes desejo todas as bênçãos celestiais.
Com
apreço, carinho e muito amor,
Wagner
Antonio de Araújo
Igreja
Batista Boas Novas de Osasco, SP
0xx11
9699-8633
28/11/05
Olá a todos!
sou Daniel, irmão do Pr. Wagner. Não tenho o dom da escrita que ele possui, mas relato abaixo as informações do médico: 1) Condição clinica estável. Rim funcionando, respirador ligado à 60%, pressão variando muito. Esta última é, no momento, a questão mais preocupante e que deve ser o alvo de nossas orações. Havendo estabilidade de pressão, ela poderá dar o passo de sair do coma induzido; 2) motivo de aumentar o oxigenio de 40 para 60%. Ira fazer vários exames e isso demanda uma quantidade maior de oxigenio; 3) motivo de ficarmos impressionados ontem com a agonia dela saindo do coma: O Médico chefe, faz rotineiramente exames de resposta e, para isso, o coma tem que ser muito leve. Ocorre que, por estar no limite do "acordar", às vezes o organismo se acustuma com o medicamento e necessita de aumento. Enfim, esse é o quadro. Misturando tudo isso com nosso amor elevado por nossa maezinha, temos o resultado atual, ou seja, eu, Pr. Wagner e Milú sofrendo muito vendo a convalecencia de minha Mamae. Que Deus nos permita te-la por mais alguns anos de forma saudavel, é nossa oração. Muito obrigado! 26/11/05 23:00 "Come um pouco, Wagner, você não pode se entregar! Sua mãe tem que encontrá-lo bem." Comer? Beber? Como fazer isso com prazer, quando se sabe que alguém a quem se ama agoniza num leito de hospital? Claro que comi, mas à contragosto. Daniel e eu estamos tristes. Lá na UTC(Unidade de Terapia de Choque do Hospital São Joaquim da Beneficência Portuguesa), onde mamãe (Elzira Bonfante) está internada desde quarta-feira, as coisas estão difíceis. Não difíceis porque ela tenha regredido em termos de números, de exames laboratoriais, de respiração; porém, difíceis em termos de sofrimento. Conforme compromisso do Diretor da UTC, eles começaram a diminuir o sedativo que a mantém dormindo, para que consiga despertar e venha a interagir conosco. Quando isso acontecer, então também irão tirar sua respiração artificial, não sem antes passar por um processo didático para reensiná-la a respirar, a se manter viva.
25/11/05 03:53 : Se há uma palavra capaz de expressar o que estamos sentindo agora é DOR. Muita dor. Mamãe está na UTI, na UTC, terapia de choque. Tudo aconteceu tão repentinamente, tão inesperadamente! Ela já não conseguia respirar direito à noite. Eu velava por seu sono, com receio de que viesse a engasgar-se. Mas neste dia ela já não estava respirando direito, nem sentada. Tomou seu café com torradas, pediu água, e cochilou em sua velha poltrona, como sempre fazia, neste período triste de sua vida. Após o almoço, ela pediu para deitar-se, porque não estava bem, estava desconfortável. Não encontrava posição para sentar-se, e de pé não conseguia. A Milu ajudou-a a ir até a cama. Mamãe apoiou-se com tudo no braço cujo ombro está quebrado. "Mãe, não faça isso, por favor! A senhora vai estragar seu braço!" "Não fica bravo comigo, filho!" Ah, meu Deus, como dói lembrar-me disso agora! Me perdoa se fui rude com ela! Conseguimos deitá-la. Mas sua respiração piorava, e sua barriga estava enorme. Não urinara a manhã toda, e tomara soro caseiro durante o dia anterior e este, por causa de uma anemia suspeitada pelo médico. "Mãe, o que há?" "Não sei, filho. Estou incomodada". "A senhora quer ir ao hospital?" "Sim, quero. Mas de ambulância, porque não agüento ir no carro." Mamãe não queria sequer falar em hospital. E agora pedia para ir. Algo muito grave acontecia. Minha prima Leila (ah, que jóia maravilhosa de garota!), colocou-se à disposição para acionar o seu médico, que prontamente ligou-me. Estava desesperado à procura de ambulância, e o médico conseguiu uma do SAMU, serviço gratuito da prefeitura. Quando chegaram, mamãe agonizava, já não falava coisa com coisa. Solicitaram apoio do resgate dos bombeiros. Vieram prontamente, e transportaram de maca a mamãe. Quando a vizinhança viu o caminhão enorme dos bombeiros, e a ambulância ligada, pensaram: "algo muito grave deve estar a ocorrer". E estava. Ver minha mãe sendo carregada até a ambulância foi como uma facada bem no centro da minha vida. A Milu chorava, e eu também. Fui com a ambulância. Corríamos contra o tempo. Da Pompéia até a Beneficiência Portuguesa, há um bom caminho, mas o motorista conseguiu chegar em 25 minutos. Eu não fazia idéia do que tinha que fazer, mas era eu o homem da casa, teria que tomar as decisões. Em minhas mãos os documentos dela. E no coração a tristeza, ao vê-la daquele jeito. Colocaram-na na maca e transportaram-na para a área de semi-intensivos. Lá tiraram o seu sangue. Tentaram fazê-la respirar um pouco melhor. Seus olhos estavam emplastados de secreções, seu peito parecia que estava a fazer um gargarejo. Corri para conseguir os exames e brigar com o convênio, que queria cobrar à parte a tomografia que fora solicitada. Consegui um acordo e corremos contra o tempo. Com a guia na mão, correram com o leito até o MED-IMAGEM. Lá, em 15 minutos fizeram a tomografia na mamãe. Tadinha, suas respostas não coincidiam com as perguntas, e sua fala já não era mais o português... Levaram-na para o semi-intensivo novamente. Ali tentaram melhorar sua respiração. Ela não estava sedada, mas estava quase que inconsciente. O médico foi curto e grosso: "já temos os exames de sangue. Tenho que ser honesto: ela está em crise total, seus órgãos não estão funcionando mais, seu sangue mostra tudo o que não pode ter, seus rins não funcionam e há o temor de um ... pulmonar (esqueci o nome daquilo que ele disse). Se colocarmos ela num respirador artificial, ela não resistirá! Vamos tentar fazer o que pudermos, mas preparem-se, porque o caso é muito, muito, muito grave..." Minha prima Leila, a fisioterapeuta Nalva, eu, olhamo-nos e trememos. Eu saí e chorei. Ah, como chorei. Minha mãe estava morrendo! De repente ela começou a afogar-se e as enfermeiras não conseguiam oxigenar sua respiração. Então foi um corre-corre naquele hospital: levaram a mamãe correndo pelo corredor. Para nós era normal; para eles, corriam para ligá-la nos aparelhos, porque ela estava morrendo. Depois que entrou, uma outra médica, tão simpática e delicada quanto o médico (...), foi nos bronquear: "então ela está doente há um mês? E agora que vocês a trouxeram? Pois saibam que ela está quase em óbito, etc.,etc..." Não adiantava explicar que ela estava sob os cuidados médicos locais, e, se eu fosse retrucar, mamãe é que iria sofrer. Meu irmão lutava contra o tempo, mas o tempo - tempo mesmo, porque os vôos do Rio para São Paulo estavam atrasados devido aos T-Storms. Ele deixou uma importantíssima conferência com os contabilistas de eletricidade do país, e correu pra São Paulo. O vôo atrasou muito, mas ele chegou. Então, ao ver meu irmãozinho, e saber que era a nossa mãe que estava por um fio, desabamos. Dez e tanto apareceu um outro médico, na porta da UTC. Um médico completamente diferente, experiente, preparado. Convidou-nos a entrar na ante-sala, e explicou-nos o caso: "ela está com seus órgãos em crise, não sabemos o que ela tem, vamos estabilizar sua respiração e fazer tudo que estiver ao nosso alcance para ajudá-la". Talvez ele tenha dito as mesmas coisas, mas com sabedoria. Suas palavras soaram como música em nossos ouvidos. Mas nada mudara. Apenas a notícia: "entubamos a Dona Elzira". Meu Deus, é quase o fim! Meu irmão ainda ficou por lá, mas eu voltei com a Leila para casa. Ela foi embora e eu recebi o Sergínho, a Edna e a Izamara, da Boas Novas. Minhas emoções estavam completamente à flor da pele. Eu não comera há quase 30 horas, e não tinha fome. Forçaram-me a comer. Depois, na madrugada, liguei umas 20 vezes para meu irmão e prima, só para desabafar. Por fim, dormi. Hoje, ao acordar, meu irmãozinho falou que ela fez transfusão de sangue e ficou mais corada. Também falou que seu sangue deu uma leve melhorada, nada a comemorar, mas um sinal evidente que o precipício da falência múltipla estava contido. Fomos à tarde para o hospital. Queríamos ver nossa mãe mais uma vez. Ao chegar a nossa hora, eu estava como que a apresentar-me a um concurso, a um presidente, de tão ansioso e nervoso. Ao chegar, vi mamãe. Tadinha, meu Deus! Tubos no nariz, tubos na boca, aparelhos por todo lado, mas não aquele medonho respiradouro sanfonado, que faz um barulho monstruoso. Esse é silencioso. Ela dormia profundamente. Estava em coma. Associaram sua falta de lucidez com os remédios, e induziram-na ao coma, para melhor tratarem. Lembrei-me do Pr. Marcílio de Oliveira Filho, de Curitiba, de saudosa memória... Mesmo ali, deitada, totalmente dependente de máquinas e médicos, não perdera a sua elegância, a sua postura linda e majestosa, a sua fisionomia de uma Filha de Deus, uma mulher boníssima, que, quem a conhece pessoalmente, sabe que não minto. Vestido de aventais azuis, Daniel e eu olhávamos e acariciávamos nossa mãe. Aquela mulher heroína, crente, sincera e fiel, que nos criara, que nos dera a luz, agonizava em grande enfermidade. Porém, graças a Deus pela Beneficência Portuguesa, o melhor hospital de nossas vidas. Foi ali que eu nasci, em 1965. Foi ali que eu quase morri, em 1982. E... esperem.... Não pode ser! Lembrei-me de algo que me fez arrepiar! MINHA MÃE ESTÁ EXATAMENTE NO LUGAR AONDE EU ESTIVE EM 1982, NO MÊS DE OUTUBRO, QUANDO AGONIZAVA E ME PREPARAVA PARA MORRER! SIM, NA MESMA UTI-UTC, NA MESMA SALA, NA MESMA POSIÇÃO DO LEITO!!! COMO PODE SER? LEMBRO-ME DE MAMÃE A ME VISITAR. E AGORA, EU A VISITO!!! NÃO É IMPRESSIONANTE? NÃO É INCRÍVEL??? Meu irmão me bronqueava, para que eu não chorasse. Eu tentava manter a compostura. Sua boca ferida, com as borrachas colocadas, suas mãos inchadas, pouca esperança nos inspirava. Foi então que o médico nos falou: "A Dona Elzira teve um sintoma muito bom: SEUS RINS VOLTARAM A FUNCIONAR. Ela já urinou 3 litros, e a coloração é sadia. Agora ela fará uma endoscopia, para descobrirmos porque evacua sangue, e para tratarmos o problema na origem. Mas ela está um pouquinho melhor. Há esperança de recuperação". Bendito seja Deus! Agora as lágrimas caiam, mas eram de esperança. Esperança misturada com temor. Sim, sou muito cauteloso nessas declarações de "está curado em nome de Jesus". Não sou Jesus, nem sou soberano para saber se a vontade dEle é ou não é essa. Porisso, faço como Maria: guardo no coração e aguardo os acontecimentos, para depois testemunhar com alegria. Seu estado: grave. Ontem: estado quase-óbito. Com certeza é algo melhor! E amanhã? Deus, tenha misericórdia de minha mamãe! Meu celular não parou de tocar. Presbítero Daniel Glauber, Professor José Fernando, Leandro, Pastor Alfrêdo, Pastora Gláucia, Iraídes, Noêmia, um irmão de Vila Campo Grande, Pastor Airton, Pastor Valter Pitteri, Pastor Neilson (seu pastor), Antonio, Pastor Marcos Amazonas, Pastor Luiz Loreto, etc. Perdoem se não citei o nome de todos, mas a memória é falha, mas a da gratidão a todos certamente não será. Alguns, que eu tinha certeza que ligariam, ainda não ligaram. Outros, não esperaram, e já deram seu ar de graça e companhia. Outros, através de e-mails lindos e carinhosos. Obrigado, muito obrigado mesmo! Peço a todos que ligaram para mim, que me enviem um e-mail, para eu registrar. Mandem para bnovas@ibest.com.br , porque agora até a UOL está dando problemas, para ajudar: está travando as mensagens E continuo com o meu telefone à disposição para notícias: 0xx11 9699-8633. Quanto à comunicação com o Daniel, agora ele não receberá mais em seu celular, mas deixou uma funcionária e um número de telefone para informar a quem desejar. Basta ligar para 3694-3398 e falar com Sra. Célia, que ela terá alegria e atenção em informar tudo o que souber até o momento. A Igreja Batista Boas Novas pode andar com as próprias pernas, e tem demonstrado isso. Hoje foi o DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS, e fizeram sem mim. Deram apoio, participaram, enfim, mostraram grande maturidade. Bendito seja Deus por isso! Obrigado, MM João Marcos, pelo apoio, obrigado Pr. Aparecido, pelo apoio também! Estou precisando de doadores de sangue, conforme é praxe nesses casos. Para este momento específico, preciso de um. Eu queria doar, mas, infelizmente, não tenho saúde para tal. Se alguém puder e quiser fazer esse ato de caridade, ficaremos agradecidos eternamente. Por favor, comunique-se com a Sra. Célia, em 3694-3398, para que ela informe tudo o que é necessário: endereço, horário, condições, etc. Há pouco fui até o quarto da mamãe. Seus bichinhos de pelúcia, sua cadeira de rodas, seu rádio onde ouve a MELODIA, seu relógio de cabeceira, os cds de seu pastor, enfim, seus pertences, tudo lembra ela, e está parado, triste, limpo, mas sem uso. Será que ela voltará para a sua casa, para os seus filhos, para as pessoas que a amam? Deus, por favor, deixa-me ainda colocar um neto nos braços de minha mãe! Eu imploro! Obrigado pelo amor, pelo carinho e por orarem por nós. Wagner Antonio de Araújo Igreja Batista Boas Novas de Osasco, SP bnovas@uol.com.br / bnovas@gmail.com telefones: 0xx11 9699-8633 ou para o Daniel: 0xx11 3694-3398, falar com Sra. Célia (irmã Célia). - -
23/11/05 Estamos levando minha mãe ao hospital, de ambulância especial para insuficiência cardiorespiratória. Orem por nós. Wagner Antonio de Araújo Igreja Batista Boas Novas de Osasco, SP bnovas@uol.com.br quem desejar, liguem-me após 17 horas, que creio ter notícias. fone 0xx11 9699-8633 meu irmão Daniel: 0xx48 9984-0402 ou 0xx11 8173-9902 Pr. Neilson (pastor dela) 0xx11 3673-7925 / 3675-9548 19/11/05 Olá. "Orai uns pelos outros". ELZIRA BONFANTE - Minha mãezinha querida. Enferma, ombro quebrado, mente enfraquecida, mas cremos que o Espírito Santo está operando em seu corpo. Meu irmão Daniel, a Milú e eu agradeceríamos, se os amigos pudessem fazer uma oração em prol da recuperação da saúde de mamãe. Muito obrigado! Muito agradecido por orarem, amigos! Contem também comigo! Wagner Antonio de Araújo Igreja Batista Boas Novas de Osasco, SP bnovas@uol.com.br ADENDOS
DE UMA TARDE DE VERÃO
Os amigos me escrevem, perguntando: como está a sua mamãe? Tenho dito: a situação está difícil. E realmente está. Tenho visto essa heroína da fé sofrer todas as noites e madrugadas, e sinto-me impotente para fazer algo. Nesta madrugada ela falou o tempo todo, e não conseguia discernir a realidade da imaginação. Como isso dói no coração de um filho! Hoje, sentado ao pé da cama, segurando sua mão cansada e calejada, não pude conter as lágrimas, enquanto intervia em suas alucinações, acalmando seu coração. Lembrei-me de minha avó, mãe dela, que também enfrentou a mesma fraqueza, e do meu pai, que morreu pensando que estava a serrar um cano de água... Agora
ela está lá, a fazer a fisioterapia. Fisicamente os sinais são bons
(mas, para mim, que já conheço a evolução das enfermidades, a fraqueza
da lucidez é mau presságio). Ela está emagrecendo, já consegue sair
da cadeira para a cama, já levanta da cadeira sozinha. O médico,
Dr. Caio, e a fisioterapeuta, Dna. Nalva, estão fazendo um trabalho
excelente. Mas viver e quanto tempo viver está nas mãos de Deus.
Minha oração é para que Deus me dê a graça de ter mamãe conosco
por mais tempo. Eu gostaria tanto de colocar um neto nos seus braços,
meu Deus!
UM IRMÃO COMO O DANIEL Sou um abençoado. Ter um irmão como o jovem Daniel, é um privilégio de poucos. Homem de Deus, que não mede esforços para ajudar a mamãe e tudo dedica ao Senhor. Daniel, obrigado por ser a bênção que você é. Saiba que nós, aqui de casa, somos muito agradecidos por você existir, e tornar as nossas vidas mais felizes! Tenho orgulho de tê-lo como o meu irmão mais novo. Mais novo; contudo, muito mais maduro interiormente. Deus te abençoe! Amigos
Não tenho respondido
e-mails. Mas a maioria deles está aqui, aguardando o
momento certo. As coisas por aqui estão trabalhosas. Minha mãe requer atenção especial, a igreja necessita de mim, e estou cansado. Mas vou responder, ok? E fico feliz quando vejo alguma mensagem direcionada a mim. Muito obrigado! Estou indo para
Monte Alto, interior de São Paulo, agora pela manhã. Se
alguém quiser presentear-me com um telefonema, sinta-se à vontade: 011 9699-8633. Com a graça de
Deus, vou hoje e volto amanhã, consultar-me com o médico,
irmão em Cristo e vice-prefeito Maurício Piovezan, um dos mais competentes endocrinologistas e cardiologistas do país. É um novo crente, aleluia! Orem por minha
mãe. No sábado ela estará submetendo-se a novos exames no
hospital. Só de pensar em tirá-la de casa, já dá um frio na barriga, porque será uma luta terrível. Ela está muito cansada e desanimada. Orem por nós.
Deus abençoe a
todos.
Wagner Antonio
de Araújo
Estamos orando por sua mãe! Abraços _ Pr. Billy November 11, 2005 _ Pr. Wagner, Estou orando por sua preciosa mãe e por sua saúde. Se cuide! Willian Wojcicki _ Pastor Batista (Pastor Willian O senhor é muito especial, eu agradeço muito as suas orações e apreço. Se Deus quiser ela há de melhorar, e em fevereiro estarei por aí, quem sabe subo até sua região, na América. Um abração. Wagner ) Yrorrito
_ Continuamos intercedendo pela mãe Elzira , por estarmos no mesmo corpo
, esta dor muito nos aflige e pedimos constantemente que a misericórdia
de Deus nos sutente firme em nossa fé , em nossas forças , até que Deus
aprouve em restaurar completamente ossos , músculos tecidos que foram
dilacerados com este acidente .
Compartilhei recentemetne com a Let , uma música que Deus nos concedeu quando passava por uma dor muito grande e neste momento gostaríamos de compartilhar com o senhor : SERVO
.
Sou
justo e bom , mas Deus tirou o meu direito , apesar de guardar todos
os Seus mandamentos e de fazer a vontade de Deus , o meu pedido foi
rejeitado , a minha oração não foi atendida . Porque Senhor ? Por quê
? ... E Deus então responde :
Servo
onde estavas , quando o mundo eu criei ? Servo onde estavas quando a
vida eu formei?
O mundo eu criei , todas as coisas eu formei , tudo que existe que acontece é minha vontade . Coro : Servo onde estavas quando tudo foi formado ? Quando a vida apareceu e eu criei a Luz ? Não questione aquilo que te acontece , aceite agrada-te com o que eu faço para ti . Vós
que sois maus sabem dar boas coisas , quanto mais eu vos darei aqui
.
Os teus olhos não são meus olhos , eu vejo o teu futuro , e permito que aconteça o que é melhor pra ti . Agora
tua vontade tem de ser minha vontade , eu não arrombarei , teu coração
, não forçarei
Vou
atuar segundo tua permissão , não vou arrombar , o teu coração .
(
Podes escutar a melodia clicando no : http://www.uniaonet.com/espmusmeta09.wma )
YRO SUA MÚSICA, TANTO A LETRA, QUANTO A MELODIA, QUANTO A INTERPRETAÇÃO, SÃO MARAVILHOSAS. ERA O QUE EU PRECISAVA ESCUTAR NESTA NOITE. QUANTAS VEZES O NOSSO PEDIDO É REJEITADO, A NOSSA VONTADE NÃO É FEITA, NÃO É VERDADE? QUERO TE PARABENIZAR DE TODO O CORAÇÃO PELA BÊNÇÃO QUE ME DEU. OBRIGADO! WAGNER
ELZIRA BONFANTE Mãe
amada!
Hoje és retrato sobre tela, mas foste luz sobre a Terra! Aliás, tua vida, testemunho, doçura e gentileza ainda povoam o coração de quem te conheceu. Há 3 anos e 111 dias chorávamos inconsoláveis a tua morte, mãe querida. E por que? Porque a tua ausência seria qual espada em nosso peito, veneno em nosso sangue, trevas em nosso dia. Mas temos Cristo em nós, E, por Ele te entregamos nas mãos do Pai, depois de dezesseis dias de profundo sofrimento, quando jazias no leito 412 da UTC da Beneficiência Portuguesa, em São Paulo. Ah, mãe amada, se pudéssemos, trocaríamos de lugar contigo, para não ver-te padecer como padeceste. Daríamos todo o resto de nossas vidas por um único dia a mais em tua existência, tamanha era a importância que tinhas aos nossos olhos. Tua irmã Isaura já havia partido, e teu coração estava triste. Hoje tua irmã Iracema, a mais velha, também seguiu o caminho da história, deixando o mundo e tornando-se uma lembrança. Mãe, se deste mundo nada se leva, tu fizeste diferente: levaste contigo o nosso coração! Não há um dia, uma hora, um segundo, em que tu não ocupes a nossa mente com saudade, lembranças, recordações, esperanças! Saudade do teu jeito meigo e frágil de andar, de olhar, de sorrir, de tratar teus filhos, teu pastor, teus irmãos, tua família e o teu Deus. Era impossível não gostar de ti, pois tu eras puro amor. Sempre sorrindo, sempre cantando, sempre encorajando aos que estavam ao teu redor. Teu amor pela Palavra de Deus, mesmo sem enchergar, teus hinos e cânticos prediletos ("Mais Perto Quero Estar", "Renova-me Senhor Jesus", "Buscai Primeiro", "O Rosto de Cristo") preenchiam o éter de nossa casa e caminhavam velozmente pelos telefonemas que davas, pois fazias questão de cantar. Teu jeito meigo de orar às refeições, nos domingos, como a nossa matriarca, como a rainha do nosso lar, antes de quem ninguém comia, dado o respeito que por ti tínhamos. Saudades de teu andador a arrastar-se pela casa - está guardado -, tua bolsa de couro, onde guardavas óculos, telefone e outras coisas (hoje vazio), e principalmente tua presença iluminante. Saudade! Lembranças, mãe querida! Como esquecer-te quando defendia-nos com todas as forças das violências familiares, quando eras para nós sustentáculo e esperança, quando deixavas de comer algo que lhe daria prazer, para dar aos teus filhos que cresciam? Lembranças de tuas caminhadas à pé ou de ônibus, a visitar tua mãe, tua irmã Jovelina, tuas irmãs de Pirituba Elza e Nadir; não medias esforços e andavas com sacolas pesadas de coisas que compravas na feira, para repartir com elas, pois pensavas em não deixar faltar! Pensavas em todo mundo, mãe! Só deixaste de pensar em ti! Não vias que teus pulmões adoeciam e que teus ossos dissolviam; deste-nos remédios e esqueceste de tomar os teus. Lembranças do amor legítimo e verdadeiro que tiveste para com o nosso pai, que só reconheceu-te com valor ao final de sua vida! Enquanto ele jazia enfermo, cego e canceroso, tu não saías de seu lado, suprindo-lhe, fazendo-lhe companhia, jamais deixando-o sozinho! Bendita és entre as mulheres, mãe e esposa! Ainda temos lembranças tuas, não apenas as imateriais, aquelas que estão cravadas nas pedras de nosso coração e nas veias de nossas almas, mas algumas coisas que te lembram como nunca! A tua poltrona onde sentavas para orar e cochilar, o teu prato e a tua caneca de café, o teu andador, o teu rádio onde ouvias a Rádio Melodia, a tua bíblia de cabeceira e o teu hinário cantor cristão, os cds de pregação que o Pastor Neilson Brito gentilmente te trazia, domingo após domingo, porque tu eras para ele qual mãe que acalenta seu filho, e não raras vezes ele vinha aos teus pés orar, chorar e ouvir teus ricos conselhos! Os conselhos vingaram, os cds estão guardados, mas tu não estás mais aqui. Que dor, mãe amada! E esperança? Que esperança pode haver no coração de filhos que choram tua partida dia após dia, noite após noite, mesmo que nada digam, mesmo que continuem a viver e seguir com suas carreiras, famílias e ministérios? Nós sabemos que fugiu de nossos olhos o colorido da vida. Como diria o poeta: "naquela mesa tá faltando alguém"! Se o Daniel ou eu tivermos filhos, mãe amada, nossos piás - guris - curumins ou miúdos, ouvirão falar em Elzira Bonfante como se fosse alguém viva e presente, mesmo que ausente deste mundo há tantos dias. Estás morta. Será? Cremos que não, pois tu és como Abraão, Isaque e Jacó, seres vivos para o Deus vivo. Tu vives, mãe amada, tu vives com Deus, na glória de Deus, pois tua vida foi salva pelo sangue do Cordeiro Santo e Imaculado, e tu renegaste a tua antiga idólatra e teus antigos protetores, tu, que confiavas em objetos e espíritos, e entregaste teu coração completamente a Cristo, recebendo-o em sua vida como Senhor e Salvador. Porisso temos esperança: tu estás viva! Aleluia! E essa bendita esperança nos conforta, nos faz tolerar a saudade de ti. Mas às vezes isso passa da conta e somos obrigados a fazer alguma coisa. O Daniel viaja, trabalha e tem esposa. Ele extravasa do seu jeito. Eu, solteiro, mas namorando alguém que eu gostaria tanto que tivesses conhecido (ela surgiu 3 meses depois que tu fostes embora, eu extravaso escrevendo, escrevendo, escrevendo. E porque fiz amigos por este mundo gigantesco, reparto essas palavras não ao vento, mas com aqueles que me amam e que aprenderam a amar-te de tanto que eu já falei de ti. Mãe amada, hoje é teu dia. Não, não é teu aniversário e nem dia comemorativo. É simplesmente mais um dia em que tu inspiraste a nossa existência com tudo que tu foste, que tu és no Céu e que tu serás para a eternidade. Tu não me ouves, não me lês. Mas isto me ajuda a fazer algo com tudo que me vai no peito e que eu, com lágrimas nos olhos e dor no coração, queria te dizer, se te encontrasse novamente, se pudesse abraçar-te fortemente, se pudesse colocar minha cabeça em teu colo, se pudesse beijar a tua mão e pedir a tua bênção, se pudesse afagar os teus cabelos e ouvir-te e atender-te. Ah, mãe amada, como eu gostaria que o tempo voltasse e pudesse ter sido um filho melhor! Queira Deus que os filhos busquem amar seus pais o tanto que o Daniel e eu te amávamos, mas nunca é o bastante no peito de quem ama! Porisso, mãe inesquecível, Eu agradeço a Deus, que me ouve, eu louvo a Deus, que me vê, eu choro aos pés de Cristo, que me conforta, eu abraço a minha futura esposa, que me consola, eu me dedico ao ministério pastoral, para o qual fui chamado, e te digo: Obrigado, Mãe Inesquecível! Dos teus filhos
Daniel e Wagner.
São Paulo, 26 de março de 2009 obs;
Para jamais te esquecer: http://www.youtube.com/watch?v=nSIud6_PPOc http://www.youtube.com/watch?v=kkQb0A93qXQ http://www.youtube.com/watch?v=1epkG2VwCeA http://www.youtube.com/watch?v=q0TrBC_ZRwk http://www.youtube.com/watch?v=S8jghJTqDpI http://www.youtube.com/watch?v=RSUUwlWo08I http://www.youtube.com/watch?v=bedf7m3-EM8 http://www.youtube.com/watch?v=G5yNguuWYa4
Dia das
mães.
De novo??? Mas o último foi ontem mesmo, Faz tão pouco tempo! Lembro-me de quando preparava os trabalhinhos de artes plásticas, no primário e no ginásio. Folhas de sulfite com pó de lápis de cor, giz de cêra, raspas de madeira, borrões de guache, etc. Não ficava bonito, lindo, maravilhoso. Às vezes era horroroso o resultado. Mas que se havia de fazer? Era o melhor que eu podia fazer naqueles anos primevos da vida juvenil. No dia das mães, logo que amanhecia, corria para entregar à mamãe querida as lembrancinhas feitas na semana. Juntava com um presentinho ou outro, que muitas vezes não eram mais que objetos de cozinha, que serviriam à casa mesmo, mas que entregava com tanto carinho! Depois meu irmãozinho chegou, cresceu, e foi sua vez de dar as coisinhas feitas na escola. Porta-níqueis de plástico, flores feitas de recortes, vasinhos de argila, plantinhas cultivadas na escola, enfim, as professoras sempre inventavam alguma coisa diferente para que trouxéssemos às nossas mães. Crescemos, saímos da escola, paramos de fazer trabalhos de arte plástica e ficamos sofisticados. Com nossos próprios salários podíamos comprar coisas boas para a mamãe: roupas, sapatos, objetos de uso pessoal, aparelhos eletro-eletrônicos, etc. Para a mamãe, o prazer e a alegria eram os mesmos daquele papel cheio de folhas de mato coladas, desenhando um EU TE AMO. Amadurecemos, e mamãe envelheceu. Os presentes, que antes cheiravam a perfume, agora cheiravam a remédios, mas o sorriso continuava o mesmo, e o prazer de ter os filhos ao seu redor só aumentava. O amor de mãe é mutante só em um sentido: para mais e para melhor. Se mamãe nos amava antes, agora muito mais, pois a cada dia esse amor aumentava, crescia, se auto-cultivava. Mãe é estufa, é criadouro, é viveiro de delícias vivas. Bem, mas hoje é Dia das Mães. O que daremos à nossa, Daniel? Nada. Nada lhe daremos. Pela quinta vez estaremos vendo a celebração pessoal dos outros, e a nossa será apenas espiritual, interiorizada. Mamãe partiu em 2005. Mamãe está com Jesus. Não falamos com ela, não a vemos, não nos comunicamos. Mas nem é preciso, porque a conexão de nossos corações é eterna e indestrutível. O amor que nos unia, continua a nos unir e nos fortalecer. Não importa que não estejamos juntos fisicamente. Nossos corações vibram na mesma freqüência e nossos pensamentos são de gratidão. Por esses dias recebi um presente. Para mim e para o Daniel. Foi uma leitora minha, uma moça muito querida, que até então eu desconhecia. Ela é da Cidade do México. Ela lê meus e-mails em português, mas não fala a nossa língua. Ela não fala português, mas fala a língua das mães - ela fala a linguagem do AMOR. Ela mandou esses presentes: Ela assistiu aos filmes que guardei com imagens da minha mãezinha, e fez esses dois retratinhos tão lindos, dóceis, meigos e VIVOS! Sim. Ela viu em minha mãe a VIDA. E essa vida que mamãe expressava tão linda, em seus olhos, foi Jesus quem deu. E Jesus não é Deus de mortos, mas Deus de vivos! Quer vivamos ou quer morramos, somos de Jesus, e estamos vivos! Aleluia! Então o presente do dia das mães é dizer a Jesus OBRIGADO PELA VIDA! OBRIGADO POR GUARDAR A NOSSA MÃE NO CÉU! OBRIGADO POR TER-NOS DADO ELZIRA BONFANTE POR UM TEMPO! OBRIGADO PORQUE UM DIA NOS REENCONTRAREMOS TODOS JUNTOS, DANIEL, EU, PAPAI, MAMÃE E ... J E S U S !!!!! Obrigado à Glória, pelo presente que nos deu! (gloria.g.r@gmail.com) Obrigado aos leitores amigos, que lêem os textos e amam a nossa mãe de tanto que já a conhecem! Os filminhos que temos dela: http://br.youtube.com/watch?v=bedf7m3-EM8 http://br.youtube.com/watch?v=G5yNguuWYa4 http://br.youtube.com/watch?v=nSIud6_PPOc http://br.youtube.com/watch?v=kkQb0A93qXQ http://br.youtube.com/watch?v=1epkG2VwCeA http://br.youtube.com/watch?v=q0TrBC_ZRwk http://br.youtube.com/watch?v=S8jghJTqDpI http://br.youtube.com/watch?v=RSUUwlWo08I
São Paulo, 05 de junho de 2012 Mamãe orava. Eu orarei também. Mamãe era uma mulher de oração. Sim, Elzira Bonfante, heroína na fé, sabia orar, e como orava! Ela sabia falar com Deus. Mamãe não cursou teologia, não conhecia as línguas originais da Bíblia nem tampouco matérias acadêmicas. Mas ela conhecia a Deus muito mais do que eu; a sua teologia era a teologia da comunhão, da contrição, da rendição total ao Senhor que lhe remiu. A beleza de minha mãe não estava tanto no rosto ou no corpo torneado. A sua beleza estava na alma, no caráter, na vivência com Jesus, na experiência de quem sofrera e vencera, de quem trocara tudo por Cristo, o seu Salvador amado! Mamãe orava por nós. E como orava! Junto de sua bengala, ou depois, no andador, ela se escorava sentadinha na cama, fechava os olhos e balbuciava palavras doces ao Senhor. Em seus dizeres havia o odor de cada um de nós. Ela pedia por mim, por meu irmão, pela Milú, pelas suas irmãs, nome por nome, por sua igreja, seu pastor e a família dele. Mamãe orava para que seus parentes encontrassem Jesus como ela encontrara um dia. Ela orava para que eu fosse feliz e sarasse; que o meu irmão prosperasse e fosse cada dia mais santo; que não faltasse o pão quotidiano. Orava pelos vizinhos todos, pelos irmãos em Cristo, pelo Brasil, pelos netos que não tinha mas que gostaria de ter. Mamãe agradecia. Ah, quantas vezes ela parava no meio da refeição e dizia: "Obrigada, Senhor!" Constantemente cantarolava e batia com a mão na mesa ou na cadeira para acompanhar seu canto: "Renova-me, Senhor Jesus, põe em mim teu coração..."; "Andando com Deus eu estou, andando com Deus..."; "Mais perto quero estar, meu Deus de Ti"... Quando as mulheres da igreja (Batista em Vila Pompéia São Paulo Brasil) vinham celebrar o culto das senhoras em casa, mamãe trazia seu Cantor Cristão (hinário) e pedia para cantar vários hinos. Em cada um deles ela se emocionava e como não sabia o que fazer com as lágrimas que desciam, ela sorria e dizia: "Como sou boba, estou emocionada!" Sim. Lágrimas e sorrisos sinceros, honestos, humildes, de uma mulher que orava! Mamãe pouco pedia para si. Raramente eu a vi orar por algo pessoal. Ela não tinha nem tempo e nem interesse, uma vez que se sentia absolutamente realizada com o que recebera do Senhor: a vida eterna! Mamãe era toda amores por Cristo. O que ela queria era ter bastante para repartir com suas irmãs e com os filhos. "Se eu ganhasse um milhão, daria um pouco para a Jovê (irmã), outro pouco para a Elza, para a Iracema, para a Nadir etc... Comprava um carro para você, outro para o Daniel, ajudava a construção do templo etc..." E assim ela sonhava! E nos seus sonhos ela nos deu tantos carros, ela ajudou tanto as minhas tias, ela supriu tanto as nossas necessidades! E é verdade, pois, se não fez mais financeiramente (sempre que pôde fez!), o fez com o seu amor, o seu carinho, a sua ternura, a sua quietude, o seu sorriso e bom humor constantes, e, principalmente, com as suas orações! Mamãe orava! E esse é o tesouro que Daniel e eu levaremos pelo resto de nossas vidas: as orações de nossa mãe! Assim como ondas de rádio se propagam pelo espaço e nunca se perdem, as orações de nossa mãe não se desfizeram em energia estática; elas continuam agindo, continuam no Altar de Deus, continuam suprindo bênçãos aos que delas foram alvos! Sim, pois diz-nos a Escritura Sagrada que as orações estão no cálice do Senhor, com o incenso do Altar. Elas não se perdem. "Muito pode a oração de um justo em seus efeitos" (Tg 5.16) Agora, enquanto chove forte lá fora, enquanto a frente fria avança pelo estado de São Paulo, enquanto a minha casa está quase toda reformada e sem mobília, enquanto a minha esposa repousa tranquila em seu leito, enquanto a minha irmã adotiva está em Minas com o meu irmão Daniel, cá estou eu, na minha poltrona, olhando o retratinho de minha saudosa mamãe em oração. Como sou rico! Eu tive uma mãe que orava! Irmãs que me lêem: sejam para seus filhos, parentes e amigos mulheres que oram, mulheres que intercedem, mulheres que trazem beleza, ternura e graça nos lares onde vivem! Filhos e filhas: sejam para seus pais filhos que oram, que suplicam, que intercedem! Eu lhes dou testemunho de que vale à pena, pois somente aos quatorze anos eu me entreguei a Jesus, mas orei e testemunhei de Cristo, e vi cada um dos meus familiares se render ao Senhor, inclusive a minha mãe, que se converteu por último, mas transformou-se na mais crente de todos nós! Vale a pena tornar-se um filho ou uma filha que ora! Maridos e pais: tudo o que devemos ser pode resumir-se nesse ato maravilhoso: "homens que oram"! Não é suficiente conhecer a Deus "de ouvir falar", "de ouvir pregar". Precisamos andar com Deus. Precisamos buscá-lo em oração, com a bíblia na mão e em contrição interior. Quando orar deixar de ser um peso e transformar-se num hábito, então teremos começado a caminhar a maravilhosa jornada dos heróis da fé. Teremos agradado o coração de Deus e vislumbraremos os portais da Terra Celestial com felicidade e grande contentamento! "Obrigado, Senhor, pela minha mãe, Elzira Bonfante, Tua serva, minha heroína, meu tudo, meu tesouro incomensurável! Sofro, Senhor, por tê-la recolhido tão cedo, em 2005, mas confio que o Teu plano foi perfeito e submeto-me a Ti. E peço-Te: que o exemplo de minha mãe inspire outras mães, pais, filhos, irmãos e amigos, para que também sejam PESSOAS QUE ORAM. Em nome de Jesus. Amém." Eu te amo, mãe querida! Para sempre... Wagner Antonio de Araújo Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel em Carapicuiba, São Paulo, Brasil pres. da Ordem dos Pastores Batistas Clássicos do Brasil bnovas@uol.com.br www.uniaonet.com/bnovas.htm sobre Elzira Bonfante, o Missionário Yro colecionou para mim gentilmente as mensagens que ao longo do tempo fui publicando, desde que Jesus a levou para o Céu. Estão aqui: http://www.uniaonet.com/bnovamaelzira.htm = = O irmão Diácono Kleber e a Diaconisa Tânia, nos Estados Unidos, têm um programa radiofônico semanal. E qual não foi a minha alegria quando nesta manhã eles leram o texto que escrevi nesta madrugada, "Mamãe Orava". Muito, muito obrigado, querido Klebão! Em anexo, a transmissão. Wagner Antonio de Araújo
Ah, mãe querida! Foi em 1965 que acalentaste
em teus sonhos um filho para amar; em teu ventre eu vivi até
setembro, quando então passaste a acalentar-me em teus braços.
Como sou grato por teu amor!
Não me lembro destes primeiros dias, mas
em fotos posso ver o quanto devotavas a mim o teu amor. Sei,
pelo que ouvi de tuas irmãs, que tudo fazias em meu benefício:
economizavas contigo e gastavas comigo. Deixavas de comer algo
de que gostavas, para dar-me uma roupinha, um mimo, um brinquedinho.
E como te orgulhavas de levar-me por todo canto!
Lembro-me de ti sempre trabalhando. Os tempos
eram outros; não tinhas dinheiro para uma empregada doméstica;
tu mesmo enceravas o taco dos quartos, passavas vermelhão na
cozinha, limpavas o banheiro e cuidavas das louças, da cozinha
e das roupas não sei quantas vezes por dia! Ainda tinhas tempo
para alimentar-me, banhar-me, acarinhar-me e ninar-me. Como
foste MÃE!
Quando os seis anos vieram visitar-me, pedi a ti, lá na lavanderia de casa, um presente diferente, e disto lembro-me como se fosse hoje. Puxei teu avental e disse: "mamãe, a senhora poderia dar-me um irmãozinho?" Tu não me respondeste na hora. Fizeste-o meses depois, quando em 1971, no mês de junho, trouxestes no teu colo o teu segundo e último rebento, o meu irmão. Que alegria! Que felicidade! Mas, o que? Agora ele dividirá a ternura tua comigo? Eu não quero! Mas não tive querer; o meu irmão cativou-te igualmente, e tu, que eras todo Amor, tiveste o suficiente para repartir com ambos. Tu eras fantástica! Sofrias calada. Teu casamento não era um
mar de rosas. Tuas lágrimas doíam em mim, mas eu era pequeno
demais para enfrentar a guerra. Tu te fazias alegre, mesmo quando
por dentro derretias em dores, sem outra alternativa, pois agora
tinhas aos teus dois amores para cuidar, e crias (e estavas
certa) de que os filhos devem ter uma família unida. Tu fostes
mártir no afã de ser mãe e ensinar teus filhos a amarem o próprio
pai. Como te admiro! Costuravas as nossas roupas, encapavas
os nossos cadernos e livros, levava-nos à escola à pé (não havia
nem condução e nem perueiros) e ainda cuidavas de tua irmã vizinha,
deficiente e necessitada. E não te esquecias de semanalmente
dar de tua atenção a tua mãe, a vovó querida! Não sei que milagre
fazias com o parco recurso que papai te confiava às mãos, pois
daquilo tínhamos o pão quotidiano e ainda repartias com vovó
e tua irmã!
O tempo passou, eu cresci, meu irmão também cresceu. Só não crescemos aos teus olhos, pois ainda éramos os teus filhinhos queridos, amados, por quem devotavas a cada dia um amor maior. Nunca te olvidaste de nos corrigir quando necessário. Sempre exigias de nós a verdade, a honestidade, o trabalho (e ambos, meu irmão e eu, trabalhamos desde os 12 anos e nunca fomos infelizes por isso!). E por mais que quiséssemos, tu sempre nos premiava com teus mimos, tuas comidas, teu sorriso, tua companhia sempre agradável e iluminada! Só uma vez tornamo-nos inimigos, mamãe. E por uma causa bíblica. É que tua tradição religiosa era profunda e arraigada, e ficaste enfurecida com a minha conversão a Cristo, com a minha transformação de vida e a decorrente renúncia da idolatria que permeava o nosso lar e a minha vida. Tu choraste, tu me repreendeste, tu ficaste decepcionada. Nessa hora, mãe querida, preferi a tua ira à ira de Deus; preferi o amor de Cristo ao teu amor. E não tenho dúvida: fiz a escolha certa! Tu viste que papai, em pouco tempo, foi transformado pelo poder de Deus. Viste que teu filho Daniel também foi convertido ao mesmo Senhor Jesus. Mas faltava ver-te rendida aos pés de Cristo. Com que alegria fui recebido por ti, um ano depois, de avental amarrado e lenço na cabeça, dizendo-me: "converti-me a Cristo fritando um bife!" Pois naquele jantar uma nova Elzira cozinhava em casa: uma mulher remida pelo sangue de Jesus! Tu já eras maravilhosa, tornaste-te imensa! Agora lias a bíblia, agora oravas ao Pai em nome de Jesus; agora ias à igreja com fidelidade. Foste perseguida pelos queridos familiares, da mesma forma que me perseguiste antes de te converteres. Mas suportaste a ignomínia, dando testemunho vivo do evangelho que te salvara! Tua idade chegara. Já não aguentavas encerar,
lavar roupas, fazer comida, ir à feira, caminhar 5 quilômetros
para visitar tua irmã, tua mãe falecera. Agora papai adoecia
mortalmente e tu o conduzias aos médicos, andavas à pé ou de
ônibus, quase nunca de taxi, conduzindo papai aos exames difíceis,
aos hospitais, aos bancos, onde ele precisasse. Nunca reclamavas!
Quando ele foi internado pela vez derradeira, lá estivestes
dia e noite, às vezes repartindo com teu cunhado Roque, mas
não arredavas o pé do hospital. Nas últimas noites só tu estiveste
o tempo todo com ele. Em agonia, pela primeira vez, papai pronunciou
o teu nome com respeito e disse que te amava, para depois entrar
em coma. E naquela triste madrugada de 1991 tu estiveste ao
seu lado, cumprindo o que prometeste no casamento: "na alegria
ou na tristeza, na saúde ou na doença, na vida ou na morte".
Tu foste MULHER, tu foste ESPOSA, tu foste HEROÍNA!
Agora era o tempo de seres cuidada, de teres o amor e o carinho de teus filhos. E como nos esforçamos para cuidar de ti, mãe amada! Agora pudeste viajar e visitar tuas irmãs queridas, pudeste trabalhar com fervor na Igreja (Batista em Vila Pompéia), pudeste receber em tua casa tantas pessoas queridas e amadas! Ao mesmo tempo em que teu corpo envelhecia e que tuas pernas não mais podiam se deslocar, teu coração, mente, voz e ligações telefônicas corriam o mundo, pois tu cuidavas de cada irmã, de cada prima, de cada irmão da igreja, do pastor, enfim, eras imprescindível! Era a tua voz que o meu irmão ouvia pela manhã a despertá-lo do sono, estivesse onde estivesse. Tu davas boa noite por telefone às tuas irmãs e orava com os irmãos da igreja. Tu te emocionavas com os hinos cantados e ouvias diuturnamente a Rádio Melodia, com os louvores que tanto gostavas! Mas o tempo de servir ao Senhor terminara.
Teu corpo cansado, sofrido, enfermo, buscava o derradeiro repouso.
E já não podias sair de casa nem ir à igreja. Só te deslocavas
à sala ou ao banheiro, e depois apenas com cadeira de rodas.
Por fim, para tristeza nossa, levaste um tombo no teu quarto,
quebraste o ombro, e o teu sofrimento foi o nosso calvário pessoal.
Dias e noites de terapia caseira, um ferro na cabeceira de tua
cama para firmar teus braços e os cuidados mais que maternais
de Milú, tua empregada que tornou-se filha! Quanto sofrimento
tinhas quando não podias mais ir ao banheiro! Quanta vergonha
com teus gases que surpreendiam. Quantas dores sentias! Enquanto
definhavas nós morríamos aos poucos também!
Não querias ir ao médico, muito menos ao
hospital. Fizeste chapas e exames rápidos, mas naquele novembro
de 2005 , pela manhã, tu pediste para ir ao hospital. Recomendaste
à Milú para cuidar de mim e da casa. Leila, tua sobrinha, Milú
e eu, fomos ao hospital levar-te. Tuas últimas palavras: "EU
TE AMO". Ah, mãe inesquecível, como doeu ouvir-te dizer o que
dizias com tua vida dia após dia! Doeu-nos porque sabíamos que
eram as derradeiras! Ao levar-te para a UTC da Beneficiência
Portuguesa, ouvimos o médico dizer que iriam cuidar, mas o sangue
já era de óbito. Tínhamos esperanças.
Dezesseis dias de UTC! Os boletins matinais
nos animavam, os vespertinos nos arruinavam. Tuas mãos inchavam.
Quando tentaram cortar os sedativos tu ficaste vermelha tentando
arrancar os tubos, mas logo sedaram-te novamente. Vida mesquinha!
Tu dizias que não querias morrer cheia de fios, cabos, canos,
tubos, e lá estavas escravizada às máquinas. Não havia mais
noite ou dia para nós. Pensávamos em enfeitar um quarto do hospital
para ti, torcendo e esperando tua recuperação. Mas os planos
do Autor da Vida eram outros; o Teu Natal passarias com o Salvador!
De fato no dia 6 de dezembro de 2005 tu foste ceifada. Deus, o Pai, recolheu a tua alma. Levou-te até o país "além de um grande rio, cheio de flores e prazer real, que é destinado às almas resgatadas, onde não há mais pranto nem mais dor". Mas nós ficamos. Teu corpo, tão doente e repleto de bolsas de sangue e medicamentos, iria estourar, não fosse a cirurgia pós-morte que trocou teus órgãos por pó-de-serra. Meu Deus, o que fizemos! Lembro-me que Daniel cuidou de tudo e eu estive ao seu lado até o momento de receber-te no templo da igreja. Ah, aquele templo! Na longa campanha de
construção tu doaste milhares de blocos e tijolos para aquela
construção! Tuas ofertas não eram grandes, mas quando recebeste
indenizações de seguros do nosso pai, deste muito mais do que
teu necessário dízimo. Tu amaste aquela igreja como se ama um
grande amor! Que ironia do destino! Tu não havias entrado na
construção do mesmo, mas teu corpo ali foi velado! Era como
uma homenagem a quem tanto fez e investiu, a quem tanto amou
e apoiou! Lembro-me de ter ajudado a te cobrir de flores amarelas
e hastes verdes. Também de colocar sobre ti um véu. Ao ver teu
rosto não reconhecia tua fisionomia; tu eras a cópia de minha
saudosa Nona Silvia! Assustava-me ao ver tua semelhança agora
na morte! Só que tu tiveste um destino lindo: foste ao braço
do teu Salvador eterno, que te remiu, te salvou, te perdoou!
Meu choro foi incontrolável. Ao ver minhas tias aos pés do teu esquife, ao ouvi-las balbuciar palavras em italiano e chorarem pela matriarca e agente de união de todas as irmãs, eu via o tamanho de nossa perda! Perda para nós, ganho para o Céu. Perda? Não foi perda. Foi lucro! Como Paulo, para ti o viver foi Cristo e o morrer foi lucro! Tu sabias em quem tinhas crido, e estavas certa de que Ele era poderoso para guardar o teu tesouro até o dia final. Cessaram as madrugadas com o rádio ligado e o teu corpo escorado no andador, sentada à cama, balbuciando orações. Cessaram os cultos das senhoras e a celebração da Ceia do Senhor, em casa, feita pela Igreja Batista de Vila Pompéia. Cessaram tuas risadas e teu bom humor. Cessaram teus telefonemas em despertador para irmãs e filho, e tuas canções de ninar. Cessaram as alegrias em nossa casa. Teu guarda-roupa ficou repleto de teus vestidos de senhora. Teus bichinhos de pelúcia apodreceram. Teus cds de pregações e de hinos ficaram na estante. Tua cama foi comida pelos cupins. Teu quarto deteriorou-se. Mas não a tua lembrança, a tua presença
em cada gesto que meu irmão e eu temos em nossa vida. Tu não
sais de nossa lembrança um instante sequer. Tu ocupas mais da
metade de nossas conversas diuturnas. As pessoas hoje conhecem
Elzira Bonfante em fotos, vídeos e testemunhos tão bem quanto
tuas irmãs e o povo de tua igreja. Tu és presente, mamãe amada!
Sei que não me lês, que não me ouves. Sei que não me vês e nem conheces a esposa que Deus me deu. Tu não sabes que Daniel casou-se com Cleide e nem que é pai e o será segunda vez. Não conheces Gaby! Mas tuas orações são conhecidas dos céus e elas repercutem no éter universal e seus efeitos continuam valendo. Muito pode a oração de um justo, e tu eras uma justificada por Cristo! Hoje faz 8 anos que tu partiste. Meu coração se derrete, meus olhos são um mar de lágrimas. Meu peito dói profundamente e as forças me faltam. Porque sou humano e sinto tua falta. Queria o teu colo, queria pegar em tua mão, queria afagar os teus cabelos, queria trazer-te alegria. Hoje eu estou envelhecendo como tu envelheceste. E sinto muito, muito a tua falta. Tu hoje me inspiras a testemunhar de ti. ELZIRA BONFANTE, mulher segundo o coração de Deus. MINHA MÃE, mãe de Daniel, esposa de Antonio Paulino de Araújo e filha do Deus vivo! Até breve, mamãe! Pela graça do Senhor, nos veremos no Céu! Teu filho Wagner (e com ele, assina com absoluta concordância, o filho Daniel!
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