SUMÁRIO
Introdução............ 03 I PARTE - FILOSOFIAS MISSIONÁRIAS Algumas definições...............04 Propósitos bíblicos.......................................................... 05 Alguns
propósitos básicos do conselho missionário.................................................
05 Responsabilidade
do conselho missionário..............................................................
06 Registro, revisão dos propósitos e responsabilidades.............................................. 07 II PARTE - ESTRUTURA Pessoas que farão parte do conselho missionário................................................... 08 Composição...
08 III PARTE - POLITICA FINANCEIRA Orçamento................................................................................................................ 09 Vantagens de oferta missionária de fé.................................................................................
10 IV – PARTE – ESTRATÉGIA MISSIONÁRIA Áreas alvos e projetos missionários......................................................................... 11 Prioridades missionárias.......................................................................................... 12 Idéias de treinamento inicial..................................................................................... 12 Conclusão................................................................................................................. 13 Carta aberta as igrejas – David Botelho... 14
Bibliografia................................................................................................................ 17 INTRODUÇÃO
Uma igreja missionária O Brasil é um
celeiro de missões. A igreja evangélica brasileira é a mais comprometida
em se envolver com missões. O missionário brasileiro é o mais desprendido
no campo. Até onde esse
questionamento se torna um desafio? Como entender
e estender esse desafio para a nossa igreja local, especificamente a
Igreja Evangélica Irmãos Menonitas de Curitiba? Sabemos que não
é fácil se envolver com missões, dispor recursos humanos, financeiros,
estratégicos, preparo para formar líderes de missões, missionários,
e obreiros para a obra local, nacional e nacional-transcultural e além
fronteiras (transcultural). Sabemos dos riscos
que corremos, das dificuldades que temos, transtornos que virão, desgaste
nos ajustes de missões dentro da filosofia e estrutura da igreja local
em células, frustrações e diferenças de idéias e objetivos, mas queremos
fazer o possível e cremos que junto com os nossos pastores e líderes
podemos fazer a parte que cabe a nossa igreja nesse aspecto da obra
salvadora de Jesus Cristo, nosso Senhor. Cremos que a
nossa uma igreja com um conselho missionário com pessoas maduras, terá
uma visão diferente do que é corrente em muitas igrejas. A verdadeira
visão missionária não se confunde com aquele “espírito de mártir” que
alguns líderes tentam incutir em alguns missionários. Algumas expressões
do tipo: “vá que o Senhor suprirá...”, “... o justo viverá pela fé...”,
“... Deus não falha...”, “... Deus dá aos seus enquanto dormem...” (essa
eu já usei). Não combatemos esse tipo de visão, mas podemos produzir
de forma mais ampla, segura e completa para o reino de Deus. Essas expressões
são até bíblicas, mas devem ser acompanhadas de outras como: “... quem
vai a guerra sem antes ter se preparado para a mesma ou o seu exército?”,
“... É semelhante aquele que edificou uma casa, cavou, abriu profunda
vala e pôs alicerces sobre a rocha; e vindo à enchente bateu com ímpeto
a torrente naquela casa e não a pode abalar...”. Por isso cremos
que missões nascem no mesmo berço que nascemos! Não devemos como
igreja deixar a responsabilidade total do chamado, educação e preparo
pessoas para agências missionárias e instituições de envio para missões.
Elas têm os seus espaço em todas as áreas de treinamento do missionário,
mas, a responsabilidade principal é do Pai ou mãe (igreja) que o viu
nascer, crescer e conhece o seu filho espiritual. Nosso sonho é ver a nossa igreja com um conselho missionário (ou seja, lá qual for o nome) formado e funcionando. Trabalhando com o propósito de glorificar a Jesus Cristo por meio de pessoas que amam missões e de uma igreja local ainda mais forte e missionária. E o que queremos apresentar nesse trabalho são pequenos passos que podemos dar para missões em todas as áreas...se assim o Senhor Jesus permitir... I PARTE – FILOSOFIAS MISSIONÁRIAS 1.
Algumas definições: Igreja local
- Comunidade de cristãos, salvos por Jesus Cristo, regenerados pelo
poder do Espírito Santo, batizados, fruto de uma obra missionária igreja
com alvos estabelecidos por Deus. Esse grupo se reúne em determinado local para cultuar a Deus, estudar a bíblia, e desenvolver a comunhão cristã. Proclamam a mensagem de salvação a outras pessoas, na sua comunidade, região, país e além das fronteiras transculturais. Missões - É o trabalho que a igreja local desenvolve, para levar o evangelho
para a sua cidade, estado, pais e demais países do mundo, transpondo
barreiras físicas, culturais, sociais, por meio de pessoas vocacionadas
e treinadas para tal atividade. Seu propósito é cumprir a Grande Comissão,
proclamando o evangelho de Jesus Cristo, por meio da evangelização,
discipulado e ação social, implantando igrejas autóctones para a glória
de Deus, dentro do meio urbano, rural, e transcultural. Missões urbanas - É o esforço da igreja local de levar o evangelho e amor de
Jesus Cristo para atingir pessoas nas cidades, especialmente em grande
centros urbanos; Missões rurais - É o esforço da igreja local de levar o evangelho e amor de
Jesus Cristo para atingir pessoas nos meios rurais, tais como pequenas
cidades, fazendas e sítios. Missões transculturais
- É o esforço da igreja
local de levar o evangelho e amor de Jesus Cristo para atingir pessoas
de outras culturas, línguas e nações, raças, dentro ou fora do país. Missionário
- As igrejas entendem
essa designação com uma pessoa vocacionada por Deus e treinado para
envolver-se pessoalmente na obra específica de levar a mensagem do evangelho
a outras pessoas. Cremos, porém que todos os cristãos
são missionários em potencial aguardando o chamado de Deus e a confirmação
da liderança no trabalho da igreja local com aprovação da mesma diante
de Deus e da igreja local. O missionário vai até o campo indo, orando
ou contribuindo para a obra de Deus. Conselho missionário
- É um grupo de trabalho,
oração, pesquisa e estudos que se propõe a informar, inspirar, treinar,
mobilizar e oferecer subsídios à igreja para a realização da tarefa
missionária em termos culturais e transculturais. Algumas igrejas chamam de Departamento
de Missões, Ministério de Missões, Grupo de Trabalho Missionário, Secretaria
de Missões, Equipe de Missões. 2.
Propósito bíblico Formar adoradores
de Deus de todas as nações: q
Apocalipse 5: 9 -10
- Pessoas de todas as raças e línguas foram compradas pelo sangue de
Cristo e irão adorar o cordeiro; q
Romanos 15: 9, 10, 11,
12 - louvor entre os gentios; q
Salmo 67 - Deus seja
conhecido entre todos os pagãos; Compaixão
movendo a compartilhar o amor de Cristo: q
Mateus 9:36 - "...
E sentia grande pena da multidão que apareciam com muitos problemas,
sem saber o que fazer nem onde procurar auxílio! Eram como ovelha sem
pastor"; q
Mateus 18: 10 - 14 -
“... não é vontade do Pai que está nos céus, que venha a perecer um
só desses pequeninos”; Cumprir A grande comissão (em ordem de prioridade pessoal): q
Atos 1:8 - ser testemunhas
de Jesus Cristo; q
Marcos 16: 15 - 16 -
pregar o evangelho a toda criatura; q
Romanos 15: 20 - 21
- Anunciar o evangelho, onde Cristo não fora anunciado; q
Mateus 28:19, 20 - fazer
discípulos de todas as nações; q
Atos 13: 1-4 – Separar
e enviar para a obra em outro local novamente; Explicação: Todo cristão foi comissionado ser testemunho de vida. Em segundo lugar ele deve pregar o evangelho a toda a criatura, e como resultado disso fará discípulos de todas as nações ou semeando ou colhendo. 3.
Alguns propósitos práticos
do Conselho de missões: ü
Promover e coordenar
um programa missionário na igreja; ü
Incentivar e despertar
vocação missionária; ü
Orientar a prática,
o zelo e a responsabilidade no que diz respeito do processo de atuação
em missões, evitando confusões, inconsistência, e dificuldades que forem
provenientes do mau entendimento bíblico para a igreja em missões; ü
Auxiliar, incentivar,
apoiar e contribuir na melhoria da mordomia dos recursos humanos e financeiros
na área de missões; ü
Auxiliar a Equipe pastoral
e a igreja a avaliar, recomendar e candidatos a missões; ü
Incentivo ao treinamento
missionário através de parcerias com agências missionárias; ü
Auxiliar a igreja local
na responsabilidade de levar o evangelho a toda criatura; ü
Promover a igreja a
entrar na intercessão mundial pelo alcance do evangelho em todas as
regiões do mundo; ü
Estimular e administrar
recursos financeiros para o sustento de missões; ü
Familiarizar a igreja
com o todo o processo, responsabilidade no campo missionário de cada
membro, educando a atuar de forma bíblica e equilibrada na extensa necessidade
do mundo missionário; ü
Auxiliar no relacionamento
da igreja com o missionário e agências missionárias; ü
Informar a Equipe Pastoral,
os Ministérios; os Missionários, e as Agências Missionárias, bem como
toda a igreja, os princípios e práticas que operacionalizam o Conselho
Missionário da Igreja; ü
Avaliar o ministério
dos missionários e o cumprimento dos propósitos uma vez estabelecidos
antes do envio; 4.
Responsabilidades do
Conselho Missionário: ¨
Estabelecer alvos de
curto, médio e longo prazo, que sejam mensuráveis e ao mesmo tempo exijam
passos de fé; ¨
Rever os passos de tempo
em tempo (semestralmente ou anualmente); ¨
Desenvolver o interesse
pela oração em favor da evangelização mundial, da obra missionária em
geral, particularmente pelos missionários vinculados a igreja; ¨
Desenvolver meios de
comunicação interna existente, nos cultos, reuniões de oração, grupos
familiares, e ministérios da igreja; ¨
Manter a educação missionária
da igreja por meio da programação normal; dos meios de comunicação interna
disponível; de contatos com missionários e campos; ¨
Identificar, motivar,
orientar avaliar e recomendar ou não candidatos ao serviço missionário; ¨
Estimular a participação
da igreja no auxílio a missões em oração, intercessão, ofertas missionárias
de fé e outros meios de participação que abençoe a igreja em geral e
todos os envolvidos em missões; ¨
Avaliar o desenvolvimento
dos missionários no campo dos propósitos assumidos, dentro do período
proposto anteriormente; ¨
Definir claramente alvos,
formas de atuação, períodos a serem investidos e responsabilidades posteriormente
ao vencimento de prazos dentro do que foi proposto, encaminhando recomendações
a(s) igreja(s) e agencia(s) parceira(s); ¨
Cuidar dos missionários
da igreja em suas necessidades, tanto no campo quanto em visitas a igreja
local; ¨
Avaliar criteriosamente
todos os instrumentos de parcerias como agências, igrejas, missionários,
convênios, entre outros estabelecendo critérios definidos de cooperação
e limite de atuação desses; 5. Registro, revisão dos propósitos e responsabilidades. O conselho missionário deve possuir atas de registro onde devem
ser anotados os assuntos debatidos em reuniões ordinárias e extraordinárias.
Na decisão de alguma medida a ser tomada: mudança, readequação ou extinção
de algum dos procedimentos, propósitos, ou apoio e auxílio no sustento,
essa deve ser decisão da maioria do conselho e os demais contrários
à maioria são igualmente responsáveis pela decisão tomada. Deve haver revisão parcial ou total de todo a filosofia missionária de tempo em tempo (3 a 4 anos), para que sejam incorporados medidas, decisões ou propósitos não previstos até o instante ou surgidas no decorrer do andamento do conselho missionário. II PARTE – ESTRUTURA 1. Pessoas que farão parte do Conselho Missionário: O conselho Missionário será constituído por membros da igreja que estejam em plena comunhão com a igreja e demonstrem algumas características, tais como: v
Maturidade Espiritual:
É um tanto difícil mensurar isso, mas pode ser verificar pela
disposição diante do grupo familiar, disposição no servir, participação
direta em algum dos ministérios e células da igreja; v
Profundo interesse pela
obra missionária: O coração missionário é inquieto e dispõe o cristão a agir
pela causa missionária. Essa característica é marcante em todo o crente
que deseja trabalhar com missões; v
Disposição de assumir
o compromisso com a obra missionária da igreja e senso de equipe de
implantação de igrejas em células: É uma forma da igreja provar aqueles que serão enviados por
ela; v
Confiança e responsabilidade
no cumprimento de tarefas designadas pela igreja e estar envolvido em
algum ministério na igreja; v
Estar em treinamento
de missões; v
Ter a indicação do líder
de missões ou pastor responsável junto com a Equipe pastoral; 2. Composição: A composição
deve ser definido de acordo com a necessidade de cada comissão no qual
sonhamos contar. A composição
deve ser formada através de comissões de trabalho, algumas de cunho
permanente e outras temporárias (auxílio em eventos – ex: Conferência
missionária): Comissão
de intercessão e cuidado missionário:
Responsável pelo contato com os missionários e de levantar meios de
do bem estar financeiro físico, mental, psicológico, espiritual e financeiro
do missionário. Essa comissão será formada progressivamente ao acompanhamento
de candidatos e principalmente do envio e ao desenvolvimento do ministério. A responsabilidade
dessa comissão abrange o contato com os grupos familiares no que diz
respeito a conforto, envio de cartas, incentivos, ofertas, notícias
da igreja, dos familiares, etc; Comissão
de informação: Possui a responsabilidade
de toda a parte de elaboração e divulgação missionária, nos cultos,
boletins, jornais, meios de comunicação na igreja mantendo-a informada
sobre eventos e programações missionárias; Comissão
de educação e capacitação missionária:
Terá a responsabilidade da programação de eventos; como roteiros para
conferências missionárias, encontros missionários, estudos sobre missões
na igreja, criar meios de acompanhamento de pessoas com propósitos missionários.
Manter contato com agências e parceiros, eventos, conferências, relatórios,
atas, etc; III – PARTE – POLÍTICA FINCEIRA 1. Orçamento: O conselho missionário
deve desenvolver meios de prover sustento para suprir um calendário
missionário durante um ano todo, além das ofertas voluntárias e OMF
(oferta missionária de fé): Ø Jantar missionário com pratos típicos de vários países; Ø Café missionário com bolos e salgadinhos típicos de outros
países; Ø Contatar igrejas em células formando uma rede de sustento missionário
juntamente com a nossa igreja; Ø Adoção de missionários por particulares, empresas e associações; Ø Outras formas que surgirem com o andamento do conselho missionário. 2. Vantagens da Oferta Missionária de Fé: §
A igreja aprende a contribuir
mais, ao contrário do que é corrente pensar que os dízimos e ofertas
se diluem nesse tipo de ofertas; §
A igreja participa mais
ativamente da obra local e missionária; §
A igreja que participa
financeiramente de missões deixa de ser somente contribuinte para ser
igreja missionária; §
A igreja passa a ocupar
seu verdadeiro lugar de igreja mantenedora; §
Os campos missionários,
projetos e as agências recebem mais recursos missionários tornando os
alvos mais efetivos. IV PARTE – ESTRATÉGIA MISSIONÁRIA 1.
Áreas-alvos e projeto
missionário: Levando em conta o texto de Atos 1:8, conforme propomos: Jerusalém – Desafio missionário no Boqueirão, Curitiba e região
metropolitana; Judéia – Pode compreender cidades próximas e região; Samaria – Trabalhos a nível nacional; Confins da terra – Abrange países com compromisso e dedicação
no que se refere a língua, cultura, raça, (onde é priorizado povo menos
alcançado no nosso entendimento); Dentro de cada
área alvo deve ser constituído e confirmado o local que o missionário
será enviado e estabelecer contato com igrejas em células próximas do
local e agências missionárias para a apresentar a visão do trabalho
e eventual ponte, base estratégica apoio e parceria em todas as áreas. A(s) pessoa(s)
a ser enviada será ao mesmo tempo com o propósito de passar a visão
para a liderança da(s) igreja(s) locai(s), e liderar o projeto em conjunto
com essa. Exemplo 1: Auxiliar
as igrejas em células do Norte do país a implantar núcleos de células
nas regiões (cidades) dadas pelo último censo, sem nenhuma igreja e
trabalho evangélico estabelecido; Exemplo 2: Reunir
as igrejas em células do trajeto do projeto Amazônia, concentrando esforço
nesse trabalho, levantando trabalhos locais para facilitar o trabalho
futuro; Exemplo 3: Contatar
igreja em células ou participantes do projeto Josué 2000 no exterior
e projetos de trabalhos para participação das igrejas brasileiras com
recursos estratégicos, de planejamentos, financeiros e principalmente
humanos em trabalhos transculturais. Objetivos: §
Estabelecer vínculos
fortes de integração entre as igrejas em células; §
Atender a demanda missionária
da igreja, cumprindo seu dever com missões; §
Incentivar igrejas em
células, na criação de redes de trabalho; §
Incentivar igrejas ao
trabalho missionário em conjunto com a “igreja mãe” da visão em células; §
Desenvolver parcerias
de trabalhos; §
Dar uma nova visão missionária
às igrejas, seminários, agências e instituições de envio missionário; 2. Prioridades missionárias: -
Missionário integral:
tempo de dedicação integral; -
Missionário parcial:
tempo de dedicação parcial; -
Missionário fazedor
de tendas: alusão ao trabalho do apóstolo Paulo. Missionário auto-sustentável
financeiramente; -
Missionário de apoio:
missionários que dão suporte a outros missionários. Ex: Asas de socorro; -
Missionários em treinamento:
Em agências missionarias ou no campo; -
Trabalhos, desafios
e projetos missionários Ex: Lava pés, Amazônia, AMB, etc; 3. Idéias de treinamento
inicial - O treinamento inicial deve ocorrer depois de atender todas as disposições e exigências do candidato; -
Ter passado os trilhos
do ano de treinamento; -
O candidato começara
com o curso de da missão horizontes cemtd – curso de especialização
missionário transcultural a distância, por módulos; -
Módulos do curso de
missões urbanas com o Pastor Robson (ISBIM); -
Visitas a conferências
missionárias; -
Visitas a agências missionárias. CONCLUSÃO
Cremos que Deus
quer usar a nossa igreja para ser uma igreja missionária porque há uma
preocupação inquietante por parte de membros da nossa igreja com relação
a esse tema. Essa inquietação somatiza com necessidade constante mensageiros
de Deus em todas as partes do Brasil e do mundo, divulgados por meios
de comunicações evangélicos. Queremos trabalhar
com missões porque temos como igreja, um ensino sólido e coerente; Porque como corpo
local, não temos ranços nem rancor histórico, teológico, e denominacional; Porque temos
pessoas que amam missões e querem se engajar nesse ministério; Porque temos
membros firmados no caráter de Jesus e na sua obra redentora; Porque somos
uma igreja comprometida com o corpo local e com identidade própria; Porque cremos que Deus dará muitos frutos não só com missões, mas, em todos os ministérios da igreja; Resumindo temos
todos os requisitos, ou pré-requisitos para sermos uma benção em missões
e teremos herança espiritual em todo mundo. Abrindo
o coração francamente... (Carta
aberta à igreja brasileira) Amados irmãos, Ser transparente ou abrir o coração implica
muitas vezes em nos expormos para críticas. Porém, a convicção faz com
que decidamos nos expor. É por isso que desejo abrir o coração de maneira
pública... Deus tem falado ao meu coração. Mas será
que é só ao coração? Também poderíamos dizer mente, entendimento ou
até mesmo fígado, como é pensado em outras culturas. Por ser um técnico, uma pessoa bastante
racional, prática e criteriosa tenho dificuldades em me expressar para
as pessoas. Mesmo assim vou tentar dizer de forma matemática o que o
Senhor está me dizendo. Entendo que hoje a missão na qual estamos
comprometidos está dez vezes mais preparada do que há cinco anos atrás.
Ou seja, imaginando que partimos de um ponto referencial ‘0’ e passamos
pelos pontos 0,1 – 0,2 – 0,3 – 0,4 – 0,5... até chegarmos ao ponto ‘1’.
Isso seria o mesmo que dizer que o Senhor está nos dizendo que deveríamos
preparar nossas mentes para 100 vezes mais do que o ponto onde estamos.
Mas quais são as implicações de tudo isto? Nós somente podemos chegar até onde a
nossa fé alcança. Pensando nisso, me vem à mente o texto de II Rs 13.14-19,
que fala do encontro de Eliseu e do rei Jeoás. Quando o profeta foi
visitá-lo, recebeu uma palavra para que abrisse a “Janela do Oriente”
– onde estava o maior desafio do povo de Israel. Parece que temos um
paralelo dessa situação em nossos dias. Quando olhamos para a “Janela
do Oriente” ou “Janela 10-40”, que abrange grande parte do mundo muçulmano
árabe. Eliseu disse-lhe também para pegar o arco e as famosas “flechas
do livramento do Senhor”, que seriam o livramento dos sírios. O rei
tinha o local determinado e vitória total decretada pelo Senhor para
consumir os seus inimigos. Ele recebeu a ordem de pegar as flechas e
simbolicamente ferir a terra. Jeoás obedeceu, mas deu contra o solo
somente três vezes. Isso causou indignação ao profeta, pois o rei poderia
ter feito aquilo cinco ou seis vezes. Se o fizesse, então este número
indicaria o final do inimigo do povo de Israel. Vemos que era necessário
fazer somente o dobro do que ele havia feito, mas não fez. Entretanto,
pensar em multiplicar nossos esforços por 100 é algo estonteante! Foi o pecado que levou toda uma geração
da nação de Israel a ser exterminada. Os israelitas se deixaram influenciar
negativamente pelos dez espias que deram um relatório negativo, mesmo
que os outros dois tenham trazido uma palavra alentadora. Que tristeza! Precisamos estar abertos para coisas novas
da parte do Senhor. Ele é criativo e faz coisas novas a cada dia. As
lutas nos fazem mais sensíveis e, se soubermos superá-las, nos tornamos
mais fortes mentalmente. Temos que nos preparar para grandes desafios,
pois conduzir o povo de Israel pelo deserto não era tarefa fácil. Imagine
entregar tal tarefa hoje em dia a um presidente do Ocidente. O que ele
pensaria se lhe disséssemos que devia levar três milhões de pessoas
pelo deserto e que tal tarefa duraria 40 anos? Imagino que
ele iria dizer que seriam necessários mil hipermercados para suprir
todo o povo, além de milhões de litros de água, roupas para todos, etc.
Moisés só teve cinco escusas. Quantas teriam os mandatários ocidentais? O Senhor nos entregou a tarefa de fazer
discípulos dentre todos os povos. Desde que a recebemos já passaram
mais de dois mil anos e há muita terra para conquistar. Temos um grande desafio à nossa frente. Vamos pensar um pouco sobre os dados
que dispomos no momento: Há 24.000
povos no mundo e ainda faltam 8.000
para serem alcançados. Há 6.809
línguas no mundo e 4.500
delas não têm nenhuma porção da Bíblia traduzida. 85.000 pessoas morrem a cada dia sem nunca terem ouvido nada sobre Cristo. O Brasil tem a 3ª maior igreja do mundo.
Infelizmente, hoje são necessários 100.000
crentes para sustentar um missionário. Por que isso ocorre? A
média de investimentos por pessoa em missões transculturais é apenas
R$ 1,30 por ano. Isto é algo inadmissível e vergonhoso.
Precisamos fazer alguma coisa para mudar este quadro. Creio que estamos
cometendo o mesmo pecado em que caíram os filhos de Israel nos tempos
de Josué. Lemos na Bíblia que sete tribos foram negligentes em possuir
a terra, mesmo depois de Deus tê-la entregado em suas mãos (cf. Js 18:2-3).
Creio que podemos chamar este pecado de Grande
Omissão (Tg. 4:17). A apatia, o conformismo e a indiferença moderna
são os maiores desafios dos dias hodiernos. Vemos que tudo isso está
presente em nossas igrejas, mas não podemos nos conformar com este mundo!
Devemos renovar as nossas mentes, segundo nos alerta Paulo em Rm 12:1-2.
Ainda não consigo entender, e muitos menos aceitar, o que Oswald Smith
disse por experiência própria e com muita coragem: “O primeiro e maior
obstáculo para missões são os pastores”. Para mim, como pastor, é triste
ouvir isso. Lembre-se que ele foi um grande homem de Deus, que pastoreava
uma igreja que possuía mais de 800 missionários e escreveu muitos livros
impactantes, como “Paixão pelas Almas”, “Evangelizemos o Mundo” e “O
Clamor do Mundo”. Falar em mudanças é fácil, mas sabemos
que na prática as coisas são bem diferentes. Falar em mudar o outro
é uma coisa, mas quando o Senhor mostra que somos nós que precisamos
mudar, então tudo muda de figura. Creio que precisamos nos preparar
mentalmente para que as mudanças tenham início em nós. O Senhor está falando que nossa comunidade
deve se preparar para mudanças, a começar em nós, pois Ele fará o resto.
Isto implica em uma melhor administração, maior unidade, melhor preparação
para receber as pessoas, maior visão, maior dedicação, uma mente preparada
para o sofrimento, sermos menos sensíveis emocionalmente às críticas,
termos mais perseverança nas provas, lutas e dificuldades. É preciso
que haja uma unidade mais forte entre nós. Precisamos ser mais abertos
para ouvir a voz de Deus e mudarmos o curso da história. Isso ocorrerá
se tivermos uma visão clara de ministério para nós e nossa organização,
sem invejarmos o que é bom dos outros. É necessário estarmos prontos
a sacrificar nossos anelos, sonhos e visões em bem da equipe e pela
expansão do Reino na face da terra. Isso tudo sem gastarmos recursos,
tempo, talentos em vão, aprendendo a sermos pacientes com todos e amarmos
o próximo, vendo o que é melhor para ele. Como isso é difícil! Mas é
exatamente isso que o Senhor está nos pedindo. A Missão Horizontes resolveu inovar. Fizemos
um seminário diferente, onde o segundo ano é realizado no exterior,
pois mais de 97% dos formandos dos seminários não vão para missões transculturais.
A maioria dos nossos alunos levanta apenas 50% do custo necessário.
O restante é conseguido com recursos provenientes da venda de literatura,
vídeos, doação de alimentos, roupas para bazar beneficente, etc. Desenvolvemos
um projeto de “fundo comum” onde todos vivem no mesmo nível. Nosso modelo
foi bastante criticado, mas atualmente já tem uma aceitação maior e
inclusive está sendo utilizado por outras organizações cristãs. Essa
iniciativa está levantando uma força missionária latina. Essas e tantas
outras mudanças de paradigmas históricos já foram introduzidas, mas
em que as próximas mudanças implicarão? Ficamos pensando se é coerente fazer um
projeto para 300 pessoas em 2002. Para isso precisamos que os candidatos
estejam preparados. Esperávamos 50 novos alunos no seminário, mas neste
semestre eles chegaram a 65. Além disso, precisamos de obreiros, no
mínimo 30 voluntários. Só que isso atualmente não é coerente, pois carecemos
de estrutura para recebê-los. Hoje não temos recursos suficientes para
tal empreitada, nem pessoal suficiente para treiná-los. Mas estamos
conscientes de que não temos alternativas. Temos de fazê-lo, pois a
ordem veio do Senhor. É preciso que o Brasil faça algo para levantar
uma força que irá até os não-alcançados. Você já imaginou se cada igreja brasileira
que possui pelo menos 100 membros enviasse um missionário preparado,
o sustentasse dignamente e o enviasse para os povos não-alcançados?
Isso seria uma revolução! É algo que o mundo inteiro espera e este é
o desejo do Senhor. Você já imaginou termos bases de treinamento em
todos os países da América Latina e levantarmos 10.000 missionários?
Parece algo muito grande para o Senhor? Alguns textos bíblicos têm nos
tocado e inspirado: ·
“Vede
entre as nações e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos, porque realizo
em vossos dias uma obra que vós não crereis, quando vos for contada” (Hb 1:5). ·
“Clama a mim e responder-te-ei, e anunciarei
coisas grandes e ocultas que não sabes”
(Jr 33:3). ·
“Em verdade, em verdade vos digo que aquele
que crê em mim também fará as obras que eu faço. E as fará maiores do
que estas, porque eu vou para o Pai”
(Jo 14:12). ·
“Mas como está escrito: As coisas que o olho
não viu, e o ouvido não ouviram, e não subiram ao coração do homem,
são as que Deus preparou para os que o amam”
(I Co 2:9). ·
“Amplia
o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se estendam,
não o impeças; alonga as tuas cordas, e firmam bem as tuas estacas.
Porque transbordarás a mão direita e à esquerda; a tua posteridade possuirá
as nações, e fará que sejam habitadas as cidades assoladas” (Is 54:2-3). ·
“Pois
para Deus nada é impossível”
(Lc 1:37). ·
“Assaltam
a cidade, correm pelos muros, sobem às casas, entram pelas janelas como
o ladrão. Diante deles treme a terra, abalam-se os céus, enegrecem-se
o sol e a lua, e retiram as estrelas o seu resplendor. O Senhor troveja
diante do seu exército; muito grande é o seu arraial e poderosos são
os que executam a sua palavra. O dia do Senhor é grande e muito terrível,
quem o poderá suportar?” (Jl 2:9-11). Quais são as áreas que devemos mudar?
Qual seria a sua contribuição? Qual o complemento daquilo que o Senhor
está falando para a nossa comunidade? O que Ele está falando contigo
e que pode ser parte deste material? Quais seriam os passos para alcançarmos
o que o Senhor quer de nós? Precisamos de ajuda. Tanto em oração quanto
em sustento e material humano. Esta palavra não é somente para uma pessoa,
mas para uma comunidade. Clamando por misericórdia, sabedoria e
graça do Senhor para fazer a vontade do Mestre: David Botelho
Missão Horizontes América Latina Diretor BIBLIOGRAFIA
Campanhã,
Josué e Raquel - OM melhoramentos - Guia missionário; Guimarães,
Sebastião Lúcio – Como organizar o ministério de missões em sua igreja Fernandes,
Keltenner Christian – Projeto missionário – Idéias de como montar e planejar
um departamento missionário na igreja; Taborda, Marcelo – Apostila de sugestões; Limpic, Ted - SEPAL – Serviço de Evangelização para a América Latina. Projeto Josué 2000 Botelho,
David – carta à igreja brasileira - Missão horizontes. Caso queira agragar algo no mesmo por favor o faça depois me reeenvie. Obrigado Marcelo e Ellen Taborda Siloé Ministério em Missões.
Participe! Envie-nos seu comentário : iceuniao@uol.com.br - www.uniaonet.com |
.