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EVANGELIZAÇÃO DOS INDÍGENAS .

ÍNDICE :

1) CAIU UM DOS MAIORES OPOSITORES AS MISSÕES NO BRASIL
2) Índios ZOÉs e a MNTB
3) Índios Evangélicos no Brasil Holandês
04) Tapuias

05) Karajás
_10/05/06
06) Congresso BH Set/07 - AMTB
07) Marcelo Berger _ evangelizacao de indios??? 15/04/2007
08)    Revista VEJA :    Reforma na selva 17/04/07 Cleo
09) Endereços sobre Indígenas
10) Funai exclui igrejas
11) Funasa (11/06/2009)
12)   Acusações Federais contra os Suzuki´s -(16/02)
13) relatório Etnias Indígenas Brasileiras 2010
14) 30 dias de oração ( 27/01/2011)

15) Cassiano ( 28/03/2011)
16)
Acusações são retiradas da Internet ( 1/8
17) 7o. Congresso - Chapada Guimarães MT jul/2012
18) MEIB - 21/11/2011 - 30/08/2012
19) Mapa Alteco - Presença indigena no Brasil . 03/08
20) Reforma agrária
_ 27/08/2012

1) CAIU UM DOS MAIORES OPOSITORES AS MISSÕES EVANGÉLICAS ENTRE OS ÍNDIOS NO BRASIL
 
A manhã de hoje, terça (2/02/06 4), foi diferente no terceiro andar do prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Brasília. Em vez de colocar seu inseparável chapéu camuflado e começar a despachar, o sertanista Sydney Possuelo encaixotava quatro décadas de serviços prestados aos índios brasileiros. Possuelo, 65, atuava como coordenador-geral de Índios Isolados na Funai desde 1987. Foi demitido na noite de sexta (20) pelo presidente da fundação, Mércio Pereira. Ele acredita que se trata de uma retaliação às duras críticas que fez a Mércio, quando este afirmou à imprensa que o país já tinha “terras demais destinadas aos índios”.
 
"Trata-se de atitude muito típica desse governo que nunca se importou realmente com os índios e não iria manter lá um funcionário que se importava com eles. O Sydney foi sacrificado por sua independência e pelo seu respeito ao trabalho que fazia”, afirmou o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ). Criada pelo próprio Possuelo, a coordenadoria de Índios Isolados destina-se a tratar da localização e proteção de tribos isoladas, a exemplo dos hi-merimã no Amazonas, ou dos apiaká no Mato Grosso. Porém, bem antes disso, lá na adolescência, Possuelo encasquetou que queria viver como os índios viviam. Foi atrás de Orlando Villas Bôas, apresentou-se, ficou amigo, discípulo, dispôs-se a ajudar no que fosse preciso. Daí em diante, não parou mais. De 1991 a 1993, inclusive, chegou a ocupar a cadeira de presidente da Funai.
 
Com a morte de Orlando Villas Bôas em dezembro de 2002, Possuelo tornou-se um dos últimos grandes sertanistas vivos em atividade no Brasil. Sua fama e importância, no entanto, não se limitam às fronteiras tupiniquins. No ano passado ele foi agraciado na Inglaterra com o título de herói do Império Britânico pela Royal Geographic Society. “Diferente dos outros ‘caras pálidas’, ele caça os índios para salvá-los, e não para exterminá-los”, elogiou o jornal inglês The Guardian. “Possuelo é capaz de distinguir imediatamente se uma pegada na floresta é de um índio ou de um homem branco apenas pela abertura dos dedos dos pés”, apontou, certa vez, uma reportagem publicada pelo The New York Times.
 
A revista Trip que chega às bancas na primeira semana de fevereiro traz uma longa entrevista realizada com o sertanista. O subeditor Thiago Lotufo acrescentou às já existentes onze páginas uma extra com novas declarações de Possuelo logo após ser exonerado do cargo. Confira, a seguir, o relato de Lotufo, e trechos da entrevista que estampam as Páginas Negras da Trip #141:
 
“O homem que luta há mais de 40 anos pela defesa dos povos indígenas se encontrava na Fundação Nacional do Índio (Funai) quando atendeu, poucas horas atrás, a reportagem de Trip ao telefone. O tom de voz era de pura desolação. Possuelo fora exonerado de seu cargo e estava limpando as gavetas da sala que ocupava no terceiro andar do órgão federal. “Recentemente, crescia a incompatibilidade de Possuelo com outros sertanistas da Funai que trabalham com povos indígenas isolados”, divulgou a assessoria de comunicação da Funai. E mais: “Embora a Funai reconheça os méritos de Possuelo, o incremento da expansão da sociedade envolvente em torno de áreas habitadas por índios isolados requer uma atitude de união e esforço concentrado, com a participação efetiva de todos sertanistas e antropólogos da Funai, além de estudiosos da questão indígena brasileira”.
Possuelo voltou na sexta (20) de uma viagem de 15 dias à tribo dos zo’és, na Amazônia, quando foi comunicado que seria demitido:
 
Após 15 dias na selva, como foi voltar e receber esta notícia?
[Risos] Olha, é muito interessante o círculo vicioso da vida, porque, à medida que eu vivia com os homens brancos, eu gostava mais dos índios, à medida que eu comecei a viver com os índios, eu comecei a achar os macaquinhos, os animais também muito bacanas, aí, fico na selva, e estão acabando com a selva, então, é uma sucessão de fugas na vida que parecem intermináveis, mas está tudo bem. Sexta-feira passada cheguei em Brasília às 19h30, diretamente lá do zoé, lá do extremo norte da fronteira do Brasil. Por volta das 20h meu telefone toca – era o chefe de gabinete da Funai, Roberto Lustosa.
 
E como foi a conversa?
Ele disse pra mim: "Olha, você está fora, eu lamento muito te comunicar, mas você está fora". Eu falei tudo bem, já foi assinada a portaria? Ele não me respondeu. Eu falei tudo bem, segunda-feira eu estou indo lá para Funai e acabou, só isso. Não houve justificativa.
 
Surpreso com a notícia?
[Pensativo] Não muito. É interessante, o presidente da Funai, Mércio Pereira, quando assumiu a presidência da Funai, ele fez uma reunião, logo no início, em que ele chega e começa a falar, dizendo que ia fazer um grande trabalho na fundação e que para isso ele tinha que fazer, mexer, aprontar etc. E ele não tinha medo de ninguém para fazer isso.
 
Aí, ele chega e diz: "Eu não tenho medo de ninguém". E aponta para mim que estou sentadinho escutando e diz: "Nem de você, Possuelo". E, aí, quando ele terminou a reunião, eu falei: “Negativo! Eu quero te dizer, como você me citou nominalmente, dizendo que não tinha medo de mim, não sei por que você está dizendo isso, não sei se você deve ter algum motivo para ter medo de mim. Agora, com certeza, eu não tenho o menor medo de você”.
 
O sr. votou no Lula?  Votei. Andei com a camisa do Lula lá, Lula aqui, Lula acolá, e hoje sou um desiludido com o governo. Falo dessas coisas que nos agridem na cidade, imagine o índio, que não tem presença física aqui. Quem está se importando? 
 
Como o sr. avalia a gestão da Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente?  Ela é uma menina de história. Vem de uma luta, de posturas. A pessoa da Marina engrandece qualquer governo, o que eu lamento.
 
E a Funai, uma entidade tão desacreditada? Não é só a Funai. Os órgãos públicos estão totalmente desacreditados. A partir do Collor, o Collor foi o melhor presidente, inclusive, que eu vi na minha vida. Nunca vi presidente melhor para os índios do que o Collor, ele foi o que mais demarcou terra indígena...
 
 Mas muito também por causa da Eco 92... 
Não importa o que foi. Ele foi o que mais demarcou terras e... não sei nem por que  estou falando dele aqui agora.
 
 O sr. ia falar da Funai.  É. Mas no governo Collor também começa o neoliberalismo no país. E a minha visão disso é mais ou menos a seguinte: o neoliberalismo desacredita o Estado, os seus funcionários, diz que toda a culpa é deles, que são um bando de canalhas, ladrões etc.  Claro que tem canalhas e ladrões que são funcionários públicos e começam a desacreditar o órgão. A Funai sofreu esse processo e a técnica é a seguinte: começam a cortar o orçamento e aí os problemas estouram pelo país afora e a Funai não tem nem como mandar os seus homens pra onde precisa. Aliás, nem tem mais funcionários qualificados pra resolver esses problemas. Você entra hoje lá e 50% ou mais são um monte de estagiários que estão ali por seis meses e depois vão embora. Eles vão se empenhar em quê?  ( Via _ Sanches )
2) Índios ZOÉs e a MNTB
Queridos:   Podemos orar por esta situação abaixo? David Botelho
 
 
De: Conselho Geral _MNTB Para: es.marinho   06/13/05 Assunto: novas
 
Queridos irmãos,
 
Faz um bom tempo que não envio notícias, porém foi um tempo de intensas atividades. Relato-as para que participem conosco em oração.
 
1. A revista Época, n. 366, 23/05/05, nas paginas 110,111, traz uma reportagem sobre os índios Zo'é e uma entrevista que fizeram comigo por telefone. Apresentaram as minhas afirmações ao representante da Funai e ele questionava as minhas palavras. Eu não sabia que ele também participaria da entrevista. A reportagem não foi totalmente ruim, já houve piores. Descansamos sabendo que o Senhor Deus está no controle de todas as coisas. Alguém querendo a reportagem e não tendo acesso é só avisar que envio o arquivo.
 
2. Ouvimos que o processo em Brasília está tramitando, que começou a andar, depois de cinco anos. Isto é muito bom e principalmente se o resultado for positivo, derrubando a sentença do mandado de segurança contra nós. Orem para que isto aconteça. Não temos a data do julgamento, mas esperamos que seja logo.
 
3. O procurador da República em Santarém, nos informou que não há nada contra a MNTB. Existe um inquérito para averiguar a invasão na área Zo'é, desmentindo o que informou os jornais. Isto nos tranquiliza um pouco, mas devemos continuar orando pois não sabemos o que passa por estas mentes que são contra a obra missionária.
 
4. O nosso filho Edgard Luz se formou em Ciência da Computação. Foi uma festa muito bonita e louvamos a Deus por esta conquista. Reconhecemos que é obra única do Senhor. Louvem ao Senhor junto conosco.
 
5. Conversei com o filho Edward e ele está bem, terminan-do a dissertação de mestrado que apresentará em julho na UNB. Ele está em Tocantínia-TO. A saúde está boa, sentindo ter que tomar três remédios diários. Espera que logo fique somente um. Agradecemos a Deus por estas vitórias.
 
Recebam um forte abraço, com saudades,
 
Edward

 
*3) Índios Evangélicos no Brasil Holandês
Francisco Leonardo Schalkwijk
 
Três vezes a igreja evangélica foi implantada no Brasil colônia, mas sempre expulsa pelos portugueses: a igreja reformada dos franceses no Rio de Janeiro (1557-1558), a dos holandeses na Bahia (1624-1625) e a dos holandeses, alemães, ibéricos, ingleses, franceses e índios no Nordeste, quase 30 anos depois. Este artigo focalizará a igreja evangélica indígena durante a ocupação holandesa do Nordeste (1630-1654). A história desta missão está escondida em muitos arquivos, especialmente nos de Amsterdã e Haia, na Holanda.
 
No século XVII os três centros principais do Brasil colonial eram a Bahia, o Rio de Janeiro e Pernambuco. Ali a cidade líder era Olinda, em pleno progresso econômico, porém em franco declínio moral. Um ano antes da invasão holandesa, o frei Antônio Rosado, dominicano e visitador da Inquisição, alertou em sua pregação: "De Olinda a Olanda não há mais que a mudança de um ‘i’ em ‘a’, e esta Vila de Olinda se há de mudar em Olanda e há de ser abrasada pelos olandeses antes de muitos dias; porque, pois, falta a justiça na terra, há de acudir a do céu."1
 
Olhando-se, porém, do outro lado do Atlântico, da Europa, não se notava tanto a situação moral dos colonos portugueses, mas muito mais as grandes caixas de açúcar, branco e mascavo, que de lá chegavam, ao mínimo 35.000 caixas de 300 quilos cada, por ano. E esta riqueza ajudava a Espanha em seu poder mundial que procurava estrangular a jovem República dos Países Baixos Unidos (ou seja, a Holanda, assim chamada pelo nome da província maior). Embora o Brasil tivesse nascido como colônia portuguesa, a partir de 1580 isto havia mudado: Portugal passou a integrar o império espanhol, em cujos limites o sol nunca se punha, e com isto o Brasil luso passou a ser um Brasil ibérico, sendo puxado para dentro da órbita dos conflitos internacionais da coroa de Castela. Mais dia menos dia, e os inimigos da Ibéria haveriam de aparecer na costa brasileira.
 
Nesta altura da história a Holanda ainda fazia parte do Império Alemão. Durante alguns anos um dos Condes de Nassau tinha sido imperador, mas pouco depois de 1500 a casa de Habsburg estava no poder, reunindo suas possessões alemãs, espanholas e holandesas na mão de Carlos V. Durante a sua vida eclodiu a Reforma Protestante, em 1517. O sucessor de Carlos foi Filipe II, rei da Espanha, que decidiu acabar com os evangélicos nas suas terras. Isto levou finalmente a uma luta político-religiosa nos Países Baixos, conhecida como a "Guerra dos 80 anos" (1568-1648), em que o "stadhouder" da Holanda, o príncipe Guilherme de Oranje-Nassau, apoiava seus súditos. Depois da derrota da armada espanhola em 1588 o poder ibérico começou a declinar e, ao mesmo tempo, a Holanda a fortalecer-se, especialmente por causa dos muitos refugiados franceses, belgas, espanhóis, alemães, poloneses, etc. Iniciou-se a "era áurea" dos Países Baixos. A Espanha fechou seus portos para os holandeses e assim esses começaram a singrar os oceanos, considerados até então mares territoriais ibéricos. Descobriram o Estreito de Lemaire e o Cabo Horn, a Nova Zelândia e a Tasmânia. Fundaram Nova Amsterdã, que depois seria denominada Nova Iorque. A cultura floresceu com cinco universidades, artes e ciências. Nomes como Rembrandt e Hugo Grotius, Descartes e Spinosa eram famosos.
 
A Igreja Cristã Reformada também crescia com o grande influxo de refugiados, perseguidos por sua fé evangélica. Chegaram a organizar congregações eclesiásticas de língua francesa e inglesa. Mas, o que foi mais importante do que o simples crescimento numérico, é que ao mesmo tempo procurou-se zelar pela qualidade, como expressão holandesa do puritanismo. Procuravam viver a Bíblia como norma de fé e prática numa verdadeira "prática da piedade," não no sentido de afastamento do presente mundo, mas, partindo da submissão ao SENHOR, saíam para o seu trabalho no seio da sociedade, esforçando-se por aplicar os princípios bíblicos em todas as áreas da vida diária. Os "predicantes" advertiam contra os perigos da crescente riqueza material que começava a se acumular na Holanda, e insistiam na obrigação de ajudar os mais fracos através da assistência diaconal.
 
O crescente comércio ultramarino holandês organizou duas grandes companhias para maior cooperação e para melhor proteção contra os espanhóis nesta "primeira guerra mundial": a das Índias Orientais e a das Índias Ocidentais. A área desta última era o Atlântico. Sua diretoria era composta de dezenove membros, os chamados "Senhores XIX," representando as cidades cooperadoras, da qual Amsterdã era a principal. Sabedores de que as maiores riquezas da Espanha, com que sustentava suas guerras, provinham das Américas, começou-se a pensar não somente em viagens corsárias, mas em conquista de uma parte das suas colônias. A Bahia parecia ser presa fácil. E a cidade de Salvador foi tomada. Depois de um ano, porém, já se perdeu a conquista (1624-1625). Entretanto, tendo-se capturado uma frota carregada de prata espanhola, decidiu-se por outra tentativa, agora em Pernambuco. A concretização desse plano levou ao período do "Brasil Holandês" (1630-1654).
 
A história do Brasil Holandês pode ser dividida em três partes: inicialmente a resistência portuguesa por sete anos; depois a resignação desses "moradores" durante o governo do Conde Maurício de Nassau por quase oito anos (1637-1644); e finalmente os nove anos da guerra da restauração. Foi Maurício que pacificou grandemente a conquista, fazendo-a englobar o litoral desde Sergipe até o Maranhão. Mas foi dali que começou o desmoronamento do domínio holandês, de sorte que o Nordeste conheceu mais guerra do que paz nesses 24 anos.
 
Durante esse período se encaixa um capítulo interessante da história eclesiástica brasileira: a da Igreja Cristã Reformada2 , nome da igreja evangélica na Holanda. Ela era uma "igreja do Estado," conforme a situação da época colonial nos países do ocidente, tanto nos católicos romanos como nos da reforma protestante. Essa igreja reformada veio para o Brasil com a bandeira holandesa, e foi expulsa com ela. Na medida em que a conquista se alargava foram implantadas as congregações reformadas, e na medida em que os luso-brasileiros recapturavam o terreno estas desapareceram, porque não havia lugar para qualquer igreja evangélica debaixo da hegemonia ibérica.
 
Ao todo existiram durante algum tempo vinte e duas igrejas reformadas no Nordeste. Destas a do Recife era a maior, inclusive com uma congregação inglesa e uma francesa. Esta se reunia no "templo gálico" onde o próprio Nassau era o membro mais ilustre, sob o pastorado do predicante espanhol Vincentius Soler.3  Com o aumento da conquista organizou-se uma "classe", uma convenção eclesial, o Presbitério do Brasil, e durante alguns anos existiu até o Sínodo do Brasil, com dois presbitérios: o de Pernambuco e o da Paraíba.4
 
Havia igrejas grandes e pequenas, com seus predicantes ou sem pastores; com seus presbíteros e diáconos ou sem condições de escolher oficiais; com seu "proponente" (um estudante de teologia licenciado) ou seu "consolador" (um evangelista); com seu professor na escolinha ou quase abandonada; com suas alegrias e lágrimas; com sua visão missionária ou com sua falta desta visão. Na leitura dos documentos surge uma igreja como a conhecemos hoje em dia, mas com um problema específico: rodeada de pessoas que queriam expulsá-la da sua terra. Apesar disto a igreja procurou evangelizar os moradores portugueses, inclusive com literatura evangélica. O resultado, porém, não foi grande, pois, por mais gentis que fossem, sempre era a religião dos invasores. Entretanto, para um grupo da população os holandeses não eram invasores, mas sim libertadores: os índios. E não é de estranhar que a maior parte da missão reformada no Nordeste estivesse voltada para eles.
 
A história dessa missão desenvolveu-se em três etapas: a preparação (1630-1636), a expansão (1637-1644) e a conservação (1645-1654).
 
I. Preparação, 1630-1636
Havia entre os indígenas dois grupos principais: as tribos já domesticadas e as não subjugadas. Os holandeses denominaram as últimas como "Tapuias" e as primeiras de "brasilianos", como os moradores autóctones do Brasil.
 
O primeiro contato entre os "brasilianos" e a Companhia das Índias Ocidentais ocorreu por ocasião do curto domínio holandês na Bahia. Mas a perda de Salvador em 1625, foi, para os neerlandeses, um preparo direto para o futuro trabalho missionário entre os índios do Nordeste. Chegando tarde para segurar a Bahia para a Companhia, o almirante da frota holandesa navegou para o norte em busca de um lugar onde pudesse reabastecer antes de zarpar para as Ilhas Caribes. Aportaram na Baía da Traição, uns nove quilômetros ao norte da Paraíba. Os índios locais, da tribo Potiguar, escolheram logo o lado dos holandeses como libertadores do jugo português. Quando, porém depois de seis semanas, perceberam que a permanência da frota era passageira, muitos queriam embarcar. Apenas seis moços o conseguiram, velejando com os navios para a Holanda, enquanto os outros procuravam esconder-se da vingança lusa. - Os seis potiguaras (um deles era o índio Pedro Poti) permaneceram por cinco anos nos Países Baixos. Aprenderam a ler e escrever e foram instruídos na religião cristã reformada. A Companhia tinha planos definidos para esses jovens, porque pouco depois da invasão em Pernambuco alguns deles foram enviados de volta para o Brasil a fim de servirem de "línguas" (tradutores) no contato com seus compatriotas nas várias aldeias nordestinas.
 
O sistema de aldeamento dos índios havia sido começado pelos padres católicos romanos e continuou na época holandesa. A famosa pintura de Zacarias Wagner nos mostra um deles: duas fileiras de três casas compridas cobertas de palha de coqueiro, e na cabeceira uma capela com um campanário em frente. As casas abrigavam cerca de 40 a 50 pessoas, cada família pequena morando no seu próprio canto. Por volta de 1639 o Rio Grande do Norte tinha cinco aldeias de brasilianos, a Paraíba sete, Itamaracá cinco e Pernambuco quatro, ao todo com umas seis mil pessoas, das quais um terço guerreiros. Mas o número de índios litorâneos já estava declinando muito. Uns cem anos antes, ao iniciar-se a colonização portuguesa, o total de guerreiros foi estimado em cem mil, mas o extermínio começou cedo. Durante o período holandês os indígenas gozavam de todos os direitos humanos da época, mas apesar disto o seu número continuou decrescendo por causa de doenças e das constantes lutas contra os primeiros colonizadores. Depois da expulsão dos holandeses diminuíram ainda mais rapidamente por causa das expedições punitivas portuguesas.
 
Entre esses "brasilianos" em declínio começou o trabalho missionário da igreja reformada, em cima do fundamento lançado pelos padres. Tinham aprendido algumas orações e a confissão apostólica, conheciam os nomes de Jesus Cristo e "nossa Senhora," e tinham sido batizados. Quanto ao mais, viviam nas suas crenças animistas, pintando seus corpos com figuras do diabo, cruzes e evocações latinas. Cedo a igreja reformada reconheceu seu dever de evangelizar os índios, e o governo apoiou o trabalho missionário, sem dúvida inclusive por motivos políticos: precisava deles na sua luta contra os portugueses. E muitos foram os obreiros que serviram nas aldeias: pastores e "consoladores," professores e "proponentes".
 
Vários predicantes tinham visão pelo trabalho missionário. O capelão do exército, o alemão Jodocus à Stetten, era um deles. Numa carta escrita durante uma campanha militar disse que batizara o primeiro pagão naqueles dias (supostamente um soldado indígena), acrescentando que reconhecia a necessidade de aprender bem a língua portuguesa. Um ano depois ele relatou que a sua esposa apresentou diversos brasilianos para o batismo.
 
Não apenas obreiros individuais, mas também a igreja como organização, começou o seu trabalho missionário. Durante a época nassoviana (1637-1644) tudo ocorreu numa situação de relativa paz, mas durante os anos da revolta lusa, no meio de guerra (1645-1654).
 
A decisão de iniciar o trabalho foi tomada na reunião do conselho eclesiástico da Igreja Reformada do Recife, que escreveu uma carta inclusive sobre os métodos, ao Presbitério de Amsterdã. Nessa importante missiva o "Consistório de Fernambuque" solicitava oito "proponentes", bem educados, e aptos para o pastorado, a fim de aprenderem a língua brasiliana. Além disso, Recife pediu professores primários, de preferência com esposa e filhos. Ainda sugeriu que fossem levados à Holanda uns jovens brasilianos com o fim de aprenderem o holandês e serem educados na religião reformada. O Presbitério de Amsterdã decidiu levar o assunto à Companhia, que era responsável pelos salários eclesiásticos.
 
A Diretoria da Companhia, os Senhores XIX, já havia recebido uma carta de igual teor da parte do governo holandês no Recife, com um pedido de enviar à Holanda 25 jovens brasilianos, e trazer de lá 25 órfãos com o mesmo objetivo. Caso isto não fosse possível, então, pelo menos, doze de cada grupo. "Deus engrandeceu o cristianismo por doze apóstolos somente, de modo que Ele bem pode reformar o Brasil com 24 jovens." Os Senhores XIX decidiram apoiar o trabalho missionário, entretanto, não a idéia de levar à Holanda jovens brasilianos, porque o caso de Pedro Poti lhes havia mostrado como eles esqueciam parcialmente a sua língua materna.
 
Mas qual seria finalmente o melhor método missionário? Sempre ficaria difícil evangelizar nômades e semi-nômades através de um padrão cultural que lhes era estranho. As aldeias continuavam como unidades agrícolas artificiais. Acertar com um método melhor era extremamente difícil, e o mais satisfatório provavelmente nunca foi achado, apesar de ensaios sinceros.
 
Não obstante esses problemas metodológicos, encontramos nos documentos algumas anotações sobre batismos, e no Presbitério de 1637 surge uma pergunta sobre o batismo de filhos de brasilianos e de africanos, subentendido de pais já batizados. Quem batizara os pais? Na realidade, as anotações sobre batismos de índios adultos são poucas. Tem-se a impressão de que a maior parte já havia sido batizada. E não é de estranhar quando lembramos da praxe batismal católica romana. Durante esta mesma época, por exemplo, em poucos meses, padres capuchinhos no Maranhão batizaram milhares de índios. Portanto, quando os reformados iniciaram seu trabalho no Nordeste, muitíssimos batismos já haviam sido realizados, durante mais de cem anos, por jesuítas, franciscanos e carmelitas. A Igreja Cristã Reformada reconheceu o batismo da Igreja Católica Romana, apesar de certas dúvidas que surgiram entre ministros evangélicos que entraram na herança missionária romana. O teólogo puritano Voetius, da Universidade de Utrecht, sempre advertiu para não se seguir o exemplo da praxe batismal romana. E não deviam ser batizadas crianças cujos pais não haviam sido batizados.
 
O presbitério decidiu, então, que filhos de pais já batizados podiam receber o sinal da aliança desde que seus pais "confessassem a Jesus Cristo". Um período de ensino bíblico era necessário, e depois de ter certeza de que esses pais criam no Senhor Jesus prometendo obedecer-lhe, seus filhos podiam ser batizados. Era um tipo de reafirmação pública da sua fé por parte dos pais antes de seus filhos poderem receber o selo do pacto da graça. As crianças brasilianas cujos batismos foram registrados no Livro de Batismo da Igreja Reformada do Recife, decerto tinham pais professos nessa igreja.
 
II. Expansão, 1637-1644
Durante o ano de 1637 o pastor Soler no Recife e um jovem pastor na Paraíba, David à Doreslaer, tiveram muitos contatos com os índios, um preparo importante para a reunião seguinte do presbitério. A de 1637 tinha sido basicamente de purificação do corpo ministerial; a de janeiro de 1638 tornou-se principalmente uma convenção missionária, embora ambos os aspectos estivessem evidentes nos dois encontros. Na mesa estava um pedido dos índios da Paraíba pleiteando seu próprio predicante. Nesta altura havia ficado claro que a idéia do internato não funcionava na prática, e o presbitério decidiu então atender o pedido indígena e colocar um pastor nas aldeias para "pregar a Palavra de Deus, administrar os sacramentos e exercer a disciplina eclesiástica", citando assim as "três marcas da verdadeira igreja" conforme o artigo 29 da Confissão Belga. Além disso, dois professores hábeis "na língua espanhola" deveriam morar nas vilas para ensinar velhos e jovens a ler e escrever como também dar instrução sobre os fundamentos da religião cristã. Falou-se com o governo, o qual, sob a liderança do Conde Maurício de Nassau, apoiou o plano integralmente.
 
Em seguida, o presbitério pediu ao pastor David à Doreslaer, que conhecia bem a língua portuguesa, que aceitasse este chamado, assegurando-lhe que os colegas o assistiriam em seu serviço com conselho, ajuda e oração. Rev. David, "convencido em seu coração da necessidade e importância do caso, aceitou o chamado no temor do Senhor". E, assim, mudou-se da capital paraibana para a aldeia de Maurícia. A partir dali, vários serviços missionários começaram a desenvolver-se, como a pregação, a educação, a produção de literatura e a diaconia.
 
A. Ministério de Pregação
Aparentemente o trabalho do pastor David no sul da capitania da Paraíba foi recebido com muita satisfação, porque já umas semanas depois os "deputados", representantes do Presbitério do Brasil, escreveram aos Senhores XIX que eles tinham "boa esperança" na conversão dos "moradores naturais" e nunca os sinais da conversão tinham sido maiores. E o Conde Maurício comunicou que os próprios índios enxotaram os padres, não querendo mais admiti-los às aldeias.
 
Na reunião seguinte do Presbitério, em outubro de 1638, o missionário David apresentou seu primeiro relatório, informando que os brasilianos estavam frequentando diariamente os cultos de oração, cânticos e pregação, e atendiam às admoestações, mas que era cedo demais para celebração da Ceia do Senhor, pois havia problemas de embriaguez.
 
Na realidade, surgiu aqui na missão reformada a questão da separação dos sacramentos: será que um adulto já batizado poderia participar da santa ceia do Senhor, ou deveria esperar durante alguns anos? Esse problema surgira na Idade Média, mas acentuou-se durante o século XVI, especialmente nas Américas, quando milhões de índios foram batizados pelos padres. Em 1539, a segunda junta apostólica romana do México decidiu que os índios só poderiam participar da eucaristia depois de serem instruídos na fé. No Nordeste brasileiro, na Igreja Cristã Reformada, que entrou na herança missionária romana, a praxe, sem dúvida, corria paralela à seguida no batismo dos adultos: a) instrução bíblica para os catecúmenos; b) batizar somente quando pudessem ser admitidos também à mesa do Senhor; c) pedir aos já batizados pelos padres que fizessem uma pública profissão de fé, antes de admiti-los à mesa da comunhão.
 
Não é bom ter pressa demais; frutos devem amadurecer. Mas finalmente a primeira ceia do Senhor realizou-se: decerto em julho de 1640, em Massurepe, Paraíba, na vila do líder indígena Pedro Poti, reunindo índios de várias aldeias.
 
Antes disso, o pastor David tinha comunicado ao presbitério que ele sozinho não conseguia mais atender toda a região, e os irmãos, reconhecendo o problema, desdobraram o campo missionário: David ficou com as aldeias paraibanas, e a parte sul, na capitania de Itamaracá, passou aos cuidados do inglês Johannes Eduardus, pastor em Goiana (PE), transferido de Sirinhaém. Esta divisão ajudou muito o desenvolvimento da obra: também nas aldeias de Itamaracá começaram as aulas de preparação para a pública profissão de fé.
 
Da Paraíba o trabalho não se expandiu somente para o sul, mas também para o norte: no Rio Grande o comandante Listri insistiu na necessidade de um missionário entre os índios ali. Por enquanto, infelizmente, havia falta de obreiros, e o Presbitério notificou o pastor Cornelius Leoninus Filho, recém chegado e morando no Forte Reis Magos, para que ele cuidasse dos indígenas na medida do possível.
 
Inclusive, a capitania de Pernambuco precisava de um missionário de tempo integral, disto não restava dúvida. O pastor Soler, da igreja francesa no Recife, visitava dominicalmente a aldeia de Nassau, perto da casa de campo do Conde (no atual bairro das Graças no Recife), e ocasionalmente pregava na aldeia de São Miguel, uns quilômetros para o norte. Em 1641 seu próprio pastor auxiliar, o problemático francês Gilbertus de Vau, apresentou seus serviços. Depois de um estágio no campo missionário de Itamaracá, começou seu trabalho em São Miguel. Mas, infelizmente, mudança de campo não muda a personalidade e De Vau continuou causando problemas, tanto para o pastor Soler como na sua própria aldeia. Depois de muita confusão, o Presbitério resolveu demiti-lo, e finalmente foi embarcado de volta à Holanda, ficando o Conde e seus conselheiros a se perguntarem "se ele tinha o seu juízo completo".
 
B. Ministério de Educação
Além do ministério de pregação começou o da educação. Mas onde estariam os professores que sabiam falar o português? O primeiro professor evangélico entre os índios foi o espanhol Dionísio Biscareto, casado com D. Ana, holandesa. No mesmo dia em que foi decidido que David seria o "predicante" entre os índios, Dionísio foi nomeado professor para Itapecerica, a maior aldeia da região de Goiana. Mas somente depois de muita procura acharam um professor para as aldeias paraibanas, o inglês Thomas Kemp, cuja longa folha de excelente serviço na obra do Senhor pede uma biografia posterior. De certo foi indicado para a aldeia de Massurepe.
 
Em geral o trabalho nas escolinhas estava indo bem. Um dos problemas, porém, era a língua. A Holanda sempre quis que o holandês fosse ensinado nas aldeias. Professor Dionísio tinha muitos filhos, mas Kemp era solteiro. Então foi decidido procurar dois mestres de escola com filhos a fim de que "os brasilianinhos, no decorrer do tempo, por meio da conversação com os filhos dos mestres, possam aprender a língua." E a Holanda mandou mais nove professores com suas respectivas famílias para este fim. Mas provavelmente, os poucos holandesinhos teriam aprendido o tupi antes dos muitos brasilianinhos aprenderem o flamengo!
 
Como o ano de 1640 foi de suma importância na área da pregação com a primeira santa ceia, assim também no setor de ensino foi feito um grande progresso: iniciou-se neste trabalho a brasilianização. Novamente foi o pastor Soler o idealizador desse importante desenvolvimento. Durante a segunda reunião do Presbitério naquele ano, ele observou que na aldeia de Nassau, perto da casa de campo do Conde, havia "um brasiliano razoavelmente experimentado nos princípios da religião, e no ler e escrever", e capaz de instruir os índios. O pastor Eduardus, então, lembrou que havia alguns outros assim também em Goiana. Decidiu-se sugerir ao governo que tais índios fossem nomeados professores nas aldeias, solicitando-se para eles um salário de 12 florins mensais, como um cabo do exército. Os Senhores XIX, na Holanda, alegraram-se muito ao ouvir que brasilianos podiam instruir a sua própria nação "no conhecimento do verdadeiro Deus e do caminho reto da salvação".
 
Realmente foi um desenvolvimento importantíssimo. Foram os primeiros professores indígenas da igreja evangélica da América do Sul. E desde o início de 1641 dois professores índios estavam trabalhando ao lado dos obreiros espanhol, holandês e inglês: João Gonsalves e Melchior Francisco. O antigo alvo da Companhia de ter indígenas na obra estava surgindo no horizonte.
 
C. Ministério de Literatura
Pierre Moreau afirmou em seu livro publicado em 1651, que os holandeses tinham entre os índios vários ministros, sobressaindo-se um jovem ministro inglês, que traduzira as Santas Escrituras para a língua brasiliana.5  Tudo indica que o tradutor era o hábil lingüista e pastor Eduardus. Mas o que traduziu, na verdade? A informação deve ter sido ampla demais; provavelmente foram traduzidos somente trechos bíblicos, mas nenhuma pista deles foi encontrada nos arquivos por enquanto. Evidencia-se, entretanto, o esforço da Igreja Cristã Reformada entregando aos índios a mensagem bíblica em sua própria língua.
 
Além da Bíblia era necessário que houvesse um catecismo em tupi. Muitos brasilianos conheciam como segunda língua o português. A idéia, então, foi preparar um catecismo em tupi, português e holandês. Originou-se talvez com o pastor Soler, que já havia escrito algo em português. Nesse meio tempo, o rev. David tinha sido mandado às aldeias, e a necessidade de um manual de catecúmenos aumentou. O Presbitério incumbiu os pastores Soler e David de confeccionar "uma breve, básica e clara instrução na religião cristã".
 
No ano seguinte o trabalho ficou pronto e, depois de examinado pelo Presbitério, foi enviado à Holanda para ser impresso sob o título: "Uma instrução simples e breve da Palavra de Deus nas línguas brasiliana, holandesa e portuguesa, confeccionada e editada por ordem e em nome da Convenção Eclesial Presbiterial no Brasil com formulários para batismo e santa ceia acrescentados." De fato David era o autor, Soler dando apenas uma ajuda indireta.
 
Na Holanda, o Presbitério de Amsterdã achou que não havia nada de errado no livrinho, mas que deviam ter seguido mais de perto a ordem do Catecismo de Heidelberg (com suas divisões básicas sobre a nossa perdição, salvação e gratidão). Também, consideraram muito extensas as perguntas e muito resumidas as respostas. Finalmente, ainda, que as fórmulas sobre o batismo e a ceia do Senhor eram diferentes das aprovadas pelo Sínodo Nacional de Dordt, o que era perigoso. O livrinho, então, devia ser devolvido ao Brasil.
 
Até esta altura o catecismo tupi não causara problemas. Entretanto, a partir de julho de 1641, iniciar-se-ia um ano turbulento. A causa foi que a Companhia das Índias Ocidentais mandou imprimir o pequeno livro, sem mais nem menos, contra a opinião declarada do Presbitério de Amsterdã. Foi numa gráfica de Enkhuizen, importante cidade portuária no norte da Holanda, participante ativa da Companhia, com grande igreja reformada, onde o pastor Abraão Doreslaer era o pastor mais destacado. Rev. Abraão tinha muito interesse no trabalho missionário, especialmente na publicação dessa obra da autoria do seu próprio filho David. De certo foi ele quem conseguiu as verbas para custear a sua publicação, e foi ele quem corrigiu minuciosamente os testes. Amsterdã, porém, não se conformou e levou o assunto ao Sínodo da Holanda. Até concílios de outras províncias neerlandesas se dirigiram à Companhia por causa do livrinho. Mas a Diretoria nem se preocupou com todo esse barulho e enviou os catecismos ao Brasil, onde devem ter chegado em abril de 1642. Por outro lado, a Companhia pareceu conscientizar-se finalmente de que, de fato, estava causando problemas e, numa carta ao governo no Recife, advertiu os conselheiros sobre o "uso do catecismo brasiliano". Estes, por sua vez, entregaram o catecismo nas mãos da igreja, que sabia dos problemas através de correspondência recebida diretamente do Presbitério de Amsterdã.
 
No início de junho dois representantes do Presbitério do Brasil se encontraram com David para falar sobre o livrinho. Em seguida, David escreveu da sua aldeia uma das cartas mais importantes da sua vida missionária. Declarou que era ele o autor do Catecismo, inclusive dos formulários, mas que entregou as duas partes ao Presbitério do Brasil, que decidiu que seria uma publicação sua, e, então, ele devia responder às indagações levantadas. Declarou que, desde jovem, creu no que ouviu na igreja na pátria, subscrevendo-o na hora da sua ordenação. Por isso queixou-se de que a igreja houvesse suspeitado algo "estranho", o que tanto o entristecera, que quase sentira vontade de deixar seu ministério entre os brasilianos. Em seguida descreveu também o problema missionário da publicação: era necessário ser bem simples, inclusive por causa da língua indígena. Posteriormente, quando soubesse melhor o tupi, acharia , se Deus quisesse, palavras para descrever melhor a riqueza da Escritura.
 
Os representantes eclesiásticos do Brasil encaminharam a carta ao Presbitério de Amsterdã, suplicando: "Por favor, deixem de suspeitar de algum mal!" Amsterdã aceitou a explicação, considerando, porém, que o autor devia ter tido mais cuidado no modo de expressar-se. E depois de algum ribombar cessou o temporal ao redor de um dos esforços missionários mais sublimes da época.
 
Mas como foi possível um livro tão pequeno causar uma tempestade tão grande? Sem dúvida a causa era composta por vários fatores. O mais evidente era a tensão entre a igreja e o estado. Para todos os efeitos práticos, a Companhia representava no Brasil o governo estabelecido. E os Senhores XIX de certo consideravam o catecismo trilingüe como um projeto unificador de suma importância para o Nordeste, promovendo sua publicação apesar da desaprovação da Igreja.
 
Um outro fator era que a própria igreja temia que o Brasil estivesse se desviando das três "fórmulas da união" adotadas pela Igreja Cristã Reformada no Sínodo Nacional de Dordt em 1619: a Confissão Neerlandesa, o Catecismo de Heidelberg e os Cânones de Dordt. Mas com muita razão a igreja no Brasil insistia que nada disso estava na mente de ninguém e que todos estavam uníssonos na doutrina.
 
O problema mais básico era a tensão acerca da responsabilidade missionária pelas colônias: será que era somente das igrejas onde havia câmaras da Companhia das Índias Ocidentais, ou da igreja nacional inteira? Por isso outros sínodos nos Países Baixos participaram da discussão. Sem dúvida, por ter o catecismo trilingüe entrado em campo numa época de tensões nestas três áreas, ele foi aproveitado como bola chutada na partida. E levantou mais poeira ainda por causa da grande velocidade com que fez seu aparecimento, pressa do pastor David, do Presbitério do Brasil, do velho pai Abraão e da Câmara de Enkhuizen. Decerto, o pastor Abraão teria ajudado mais a seu filho se tivesse tentado contornar o problema incluindo umas frases explicativas. Involuntariamente, a pressa excessiva prejudicou a obra.
 
Onde encontraríamos um exemplar do catecismo? Até agora não foi achada nenhuma pista, apesar de intensa procura. Repentinamente, deparamo-nos com uma lista de livros existentes no armazém da Companhia no Recife poucos dias antes da eclosão da revolta. Em primeiro lugar, registraram-se 2.951 "livrinhos de perguntas" e em segundo lugar 2.200 catecismos em espanhol (tudo indica, de uma tradução muito falha). Quanto ao resto dos livros não havia mais do que uns 200 exemplares de cada. Qual seria o primeiro ítem da lista? Não pode referir-se ao Catecismo de Heidelberg na língua holandesa, porque este aparece em 17o. lugar da mesma lista. Tudo indica que estamos diante de uma pilha dos catecismos trilingües, falados demais para serem usados, santos demais para serem queimados.
 
D. Ministério Diaconal
Além do ministério de pregação e educação, esboçava-se o aspecto diaconal ou da assistência social. Os pastores se preocupavam com a saúde dos índios, alertando o governo para a falta de alimentos, remédios, etc., inclusive para a grave diminuição da população indígena. Doreslaer e Eduardus calculavam que para cada brasiliano que nascia, três morriam. Na expedição naval contra Angola havia 240 índios, dos quais somente um quinto regressou às suas aldeias. Então, por insistência do Presbitério, o governo proibiu que os brasilianos servissem na expedição seguinte.
 
Um outro problema social era a situação matrimonial caótica em geral, também entre os índios. Muitos brasilianos casados viviam separados das suas esposas, ou por causa da guerra ou de "motu proprio". Não podiam casar-se novamente, embora alguns quisessem fazê-lo. O Presbitério então considerou em 1638: "Não podendo (os brasilianos) ficar sem a comunhão matrimonial, pergunta-se de que maneira e por que meio podem ser assistidos na sua necessidade." O concílio foi de opinião de que a parte desertora deveria ser citada dentro de um período determinado, por um edital público do juiz civil. Além disto, depois daquele período, a parte abandonada deveria ser considerada e declarada livre da parte desertora. E o assunto subiria ao magistrado para aprovação. Foi uma tentativa para se trazer alguma solução legal à situação matrimonial confusa reinante. De fato, foi o primeiro projeto de reconciliação ou divórcio legal na América do Sul, reconhecendo a dureza dos corações humanos.
 
Demorou dois anos para que alguma solução governamental fosse dada. É que o magistrado hesitou por causa das "conseqüências mais amplas". Finalmente, um edital foi promulgado em que todos os brasilianos foram chamados a viver com as suas próprias mulheres, mas o resultado prático foi limitado.
 
Por outro lado, o assunto da escravidão dos índios pedia uma solução urgente. Desde o início da invasão holandesa no Brasil havia se tornado claro que o tratamento conferido aos brasilianos seria caracterizado por muita liberdade, tanto para os tupis amansados como para os tapuias selvagens. A liberdade dos brasilianos seria até um dos capítulos fundamentais da "Constituição do Brasil Holandês". Os "Regulamentos" de 1629, 1636 e 1645 não deixam margem de dúvida sobre isso. O motivo foi moral, mas também político: não precisavam dos índios na guerra contra os ibéricos? Além disto havia uma simpatia profunda na Holanda para com os índios, pois os dois povos estavam sendo oprimidos pela Ibéria, superpotência mundial da época. A própria Holanda estava se libertando do jugo opressor e a mesma coisa devia acontecer com os brasilianos.
 
Conseqüentemente, a conquista de uma das colônias ibéricas na América do Sul foi motivo de grande júbilo, e as musas inspiravam os poetas da época. Um dos médicos da frota invasora cantou, depois da queda de Olinda: "... da escravidão liberto o índio ..." E a própria Holanda vibrou com a notícia. Talvez a poesia mais clara neste sentido seja a do pastor de Haarlem, Samuel Ampzing. O título de um dos seus epigramas (que não eram necessariamente satíricos para a época) era uma "Locução poética para o indiano ocidental sobre a tirania espanhola e o começo da atual vingança de Deus". Disse ele:
 
Deus está vendo a vossa injustiça e infelicidade
 
e vos faz estar aberta uma porta da liberdade.
 
O Batavo,6  o Pão da Vida vos fornecerá
 
e a mortífera violência espanhola castigará ...
 
Assim o Marrano7  das suas plagas expulsaremos nós
 
e o vosso arraial e país novamente adquirireis vós.
 
A Constituição do Brasil holandês era clara, mas como este alvo se concretizou na realidade? Os Senhores XIX insistiram que fossem postos em liberdade plena os brasilianos que tinham sido escravizados pelos portugueses em 1625, depois da partida da esquadra holandesa. A realização dessa meta demorou, todavia, e foi com o início do trabalho missionário entre os indígenas que esta libertação começou a tomar forma concreta. Quem melhor podia sentir a real situação eram os obreiros missionários, e freqüentemente, pessoalmente ou como concílio eclesial, dirigiam-se ao governo para sanar irregularidades ou melhorar a lei.
 
Descobriu-se em 1638 que os moradores portugueses ainda tinham escravos indígenas e o governo no Recife estipulou que deviam ser registrados para verificação do título "justo" de escravidão, e, se não, os capitães das aldeias deviam tirá-los dos lares lusos. Realmente uma boa parte deles haviam sido presos nas expedições punitivas ao redor da Baía da Traição em 1625; estes deviam ser libertados imediatamente.
 
Mas também a semi-escravidão começou a ser combatida: o governo lembrou aos fazendeiros em Alagoas, que índios somente podiam trabalhar nas lavouras se fosse de livre vontade, e somente com a devida remuneração. Dois anos depois o Recife insistiu que ninguém podia manter (em semi-escravidão) um brasiliano na sua casa, sem o consentimento dos capitães das aldeias. Em caso de transgressão dos moradores ou dos capitães, os pastores-missionários podiam reclamar junto aos magistrados, o que aconteceu de fato, pois depois de alguns meses os missionários Doreslaer e Kemp dirigiram-se pessoalmente ao alto governo no Recife para denunciar que na capitania do Rio Grande jovens, tanto rapazes como moças, e adultos não-casados eram forçados a trabalhar em propriedades alheias. Imediatamente o Conde de Nassau e seus conselheiros determinaram que isso estava categoricamente proibido: os brasilianos eram livres e deviam ter tempo de lavrar as suas próprias roças.
 
Outra forma de exploração era o sub-pagamento. Os capitães das aldeias (holandeses ou índios) abusavam do seu poder nesse ponto. Exigiam dos moradores um pagamento antecipado para uns cinco peões indígenas, mandando somente três ou quatro que largavam do serviço ainda antes de terminar. O governo, então, estipulou que os capitães que abusavam do seu poder deviam ser castigados; até seria melhor contorná-los, como o fazia o governador da Paraíba, usando os pastores como mediadores entre os fazendeiros e os trabalhadores indígenas. Os índios, por sua vez, começaram a cogitar de uma mudança para as aldeias onde havia missionários, mas não tinham coragem de fazê-lo por causa dos capitães. Depois da intervenção do Presbitério, o governo determinou que tais mudanças fossem realizadas, para que "o crescimento da igreja de Deus" pudesse ser promovido, devendo se dirigir os pastores não aos capitães, mas diretamente à Sua Excelência o Conde de Nassau.
 
Dois casos específicos de atuação da igreja na libertação dos índios devem ser mencionados ainda. O primeiro é a famosa "lei do ventre livre" de 1645. Originou-se de uma consulta do pastor Kemp e um colega. É que haviam alguns brasilianos casados com escravas africanas, e também escravos negros casados com mulheres indígenas. Será que neste caso a parte escrava devia ser considerada livre? O governo decidiu o seguinte: a parte escrava não se libertava pelo matrimônio, mas, sim, podia ser alforriada; e os filhos desse tipo de casamento seriam considerados livres, reiterando que brasilianos, sem exceção, eram livres, inclusive tapuias.
 
O outro caso específico foi a salvação da antropofagia tapuia. Tanto no Ceará como no Maranhão holandês vários senhores de engenho haviam comprado alguns jovens (potiguaras e tapuias) a outros tapuias, que já haviam devorado uns dos mais velhos. Perguntava-se agora o que se devia fazer: comprar e soltá-los, comprar e revendê-los ou deixá-los para serem devorados pelos tapuias? O governo, tanto no Recife como na Holanda, depois de uma certa vacilação, pronunciou-se categoricamente contra qualquer tipo de escravidão dos índios. Indicou até uma aldeia perto de Goiana para esses brasilianos, e estudou posteriormente um meio para indenizar aqueles que perderam seus escravos indígenas.
 
Decerto não é exagerado concluir que a realidade de serem eles colonizadores-da-segunda-onda obrigou os holandeses a cumprirem realmente o que a lei e a igreja defendiam no Brasil, tanto português como flamengo: a liberdade dos índios. Por outro lado, nesta libertação dos índios havia um sentido amplo, integral. Não era somente uma libertação espiritual, para adoçar a realidade da escravidão diária, mas inclusive a libertação sócio-política, com todos os direitos humanos da época. E não consistia somente numa libertação sócio-política para encher a barriga indígena, mas também na libertação espiritual com todas as promessas divinas para a vida que agora é e da que há de ser, pois não só de pão vivia o homem do século XVII (1 Timóteo 4.8, Mateus 4.4). Libertação religiosa, porém não obrigatória como sob o domínio luso, mas voluntária sob o domínio holandês reformado. Se alguém tivesse sugerido uma libertação sócio-política sem a libertação espiritual, toda a ala cristã reformada o teria tachado de herético, e os da ala católica romana teriam aplaudido pelo menos uma vez, porque a vida na época ainda era homogênea, integral mesmo. E os missionários procuravam de fato servir ao homem total de modo abrangente, num holismo autêntico.
 
Infelizmente, todavia, as consciências cristãs estavam subdesenvolvidas no que diz respeito à escravidão africana, porque quando o corajoso pastor recifense Jacobus Dapper perguntou se era lícito a um cristão negociar ou possuir escravos, até o Conde de Nassau opinou que eram escrúpulos desnecessários. Assim, ele se conformava à opinião do seu tempo, embora contrariando o pensamento do pai intelectual da Companhia, o belga Willem Usselincx, e também do pai espiritual da Igreja Reformada, o francês João Calvino.8
 
O segundo período do trabalho missionário durante o governo de Maurício de Nassau (1637-1644) estava terminando. Depois da euforia dos primeiros anos instalou-se uma certa decepção com os resultados parcos e surgiram dúvidas a respeito dos métodos usados. Uma reflexão mais madura foi dificultada devido ao regresso à Holanda de três grandes obreiros com seus dons diversos: Soler o motor, Doreslaer o fundador e Eduardus o tradutor. As fileiras tinham sido reforçadas um pouco com a ordenação de Kemp para pastor, e a promoção de Dionísio para "proponente". E na área da educação o ex-soldado Johannes Apricius havia começado o seu trabalho nas aldeias da Paraíba. A igreja, então, não abandonou o trabalho missionário, mas inaugurou-se um período de paciência perseverante, sabendo que os frutos viriam. O Conde voltou para Europa, e ninguém imaginava que o teste viria tão cedo.
 
III. Conservação, 1645-1654
O último período da missão da Igreja Cristã Reformada pode ser denominado como época da paciência; não a da resignação, mas a da esperança, conservando com muito amor a obra iniciada. Inaugurou-se com duas assembléias importantes, uma eclesiástica, outra política.
 
À mesa da assembléia geral das igrejas chegaram vários pedidos de tribos que queriam receber os seus próprios obreiros, tanto no sul, na região do Rio São Francisco, como no Rio Grande do Norte. Aliás, de lá, até o cacique dos tapuias, Nhandui, pediu ajuda. Foi difícil achar as pessoas necessárias. O professor Dionísio Biscareto foi ordenado pastor, e dois brasilianos nomeados professores; no mais, os obreiros das igrejas holandesas teriam de auxiliar na medida do possível. Por outro lado, o próprio governo requisitou a assistência da igreja. Reconhecendo que deviam ser mais cuidadosos no contato transcultural, pediram ao Sínodo que alguns pastores "que conhecem melhor o caráter dos índios" traçassem um regulamento para a vida diária nas aldeias. Sob orientação do pastor Kemp preparou-se um projeto com uma aplicação do Decálogo à sociedade indígena, o qual foi aprovado pelo governo e implantado nas aldeias.9
 
Poucos meses antes do começo da revolta em 1645, reuniu-se em Itapecerica, na capitania de Itamaracá, a primeira grande assembléia indígena com 120 representantes. Foram organizadas três câmaras, encabeçadas por três "regedores": a câmara de Itamaracá, sob o índio Carapeba; a câmara de Paraíba, sob o índio Pedro Poti; e a câmara do Rio Grande, sob o índio Antônio Paraupaba. Ao lado deles o governo holandês nomeou Johannes Listri como comandante geral.
 
O teste final e violento da política governamental e da missão reformada veio três meses depois da assembléia indígena, com a eclosão da guerra da restauração portuguesa. A fidelidade dos brasilianos refugiados ao redor das fortalezas litorâneas foi impressionante, atestada por todos os documentos. Os mais famosos destes são as chamadas "cartas tupis", basicamente uma correspondência entre dois primos brigados, escritas em sua língua materna: o capitão-mor Filipe Camarão e seus oficiais e Pedro Poti e seus homens. O primeiro era o grande defensor do lado luso-romano na guerra do açúcar, o segundo o decisivo parceiro do lado flamengo-reformado, disposto a "viver ou morrer" com os holandeses.
 
Em todas essas cartas está patente a estreita ligação entre fé e nação, igreja e estado. Filipe Camarão escreveu: "... não quero reconhecer a Antônio Paraupaba nem a Pedro Poti, que se tornaram hereges ..." O índio Poti por sua vez respondeu numa longa carta datada do dia 31 de outubro de 1645, talvez de propósito no dia comemorativo da reforma protestante. Nessa carta Poti afirma que seus índios viviam em maior liberdade do que os outros, enfatizando que os portugueses queriam escravizá-los. Lembrou as matanças da Baía da Traição e de Sirinhaém, havia poucas semanas, onde, depois da rendição da força holandesa, os portugueses mataram cruelmente todos os 23 índios prisioneiros de guerra, apesar das condições acordadas. Mencionou ainda como foi educado na Holanda e confessou ser cristão "crendo somente em Cristo, não desejando contaminar-se com a idolatria", exercitando-se diariamente na fé. Convidou finalmente seus parentes e amigos a passar para "o lado dos piedosos", que "nos reconhecem no nosso país e nos tratam bem."
 
As cartas seguiram para a Holanda, ou na forma original ou em cópia. Ali foram traduzidas pelo pastor Eduardus, utilizando o vocabulário que ainda possuía da língua tupi. Em verdade elas formam um ponto alto na história da missão reformada, num momento crucial dos anos da ocupação flamenga do Nordeste brasileiro. Nenhum dos primos, porém, veria o desfecho final da luta sangrenta. Filipe Camarão faleceu em 1648, depois da primeira batalha de Guararapes, e, no ano seguinte, Pedro Poti foi aprisionado na segunda batalha naquelas colinas perto do Recife.
 
Depois de restabelecido um pouco de paz, o trabalho missionário continuou. Um passo muito importante foi dado, não quantitativo, mas qualitativo: a brasilianização dos pregadores. A partir de 1647 nomes de pregadores indígenas começam a se destacar. O conhecido professor índio João Gonsalves, um homem "muito honesto e fiel no seu ministério", que já trabalhava durante cinco anos numa das aldeias da Paraíba, por sugestão do missionário Kemp foi promovido a "consolador de enfermos", e o Presbitério pediu maior salário para ele, sendo agora evangelista. Deve ter havido mais um consolador indígena, e com estes dois a primeira igreja indígena estava tomando uma forma mais autêntica. O surgimento de diáconos, presbíteros e pastores era uma questão de tempo.
 
Também na área do ensino a brasilianização continuou e o Presbitério nomeou mais dois professores índios, Álvaro Jacó e seu colega Bento da Costa, sendo colocados na folha de pagamento dos funcionários eclesiásticos pagos pelo governo no Recife.
 
Ao lado do trabalho da pregação e do ensino destacou-se nesse tempo difícil a diaconia. A população indígena, junto com seus aliados europeus, comprimida numa faixa estreita do litoral pela revolta lusa, estava passando por "incrível miséria". A maior parte havia se refugiado na ilha de Itamaracá. Por isso, uns mil e duzentos, especialmente mulheres e crianças, foram levados ao Rio Grande onde era mais fácil protegê-los contra os ataques dos portugueses. O presbitério apelou para que a Holanda ajudasse os brasilianos, "de grande fidelidade e da nossa religião, havendo-se convertido a Cristo".
 
As igrejas na Holanda reagiram, Amsterdã em primeiro lugar, mas também o próprio Nassau, mandando entre outras coisas boa quantidade de linho, muito cobiçado pelos índios. Depois de serem transportados gratuitamente pela Companhia, os donativos haviam de ser distribuídos no Brasil. Sabemos de pelo menos três distribuições. A primeira realizou-se em 1647 sob orientação do pastor Kemp, entre os refugiados decerto ao redor do Castelo Reis Magos no Rio Grande. A segunda ocorreu perto do forte "Cabo Dello" na Paraíba, sob controle do pastor Biscareto. Aí, entre os 60 nomes registrados aparecem somente 10 homens; de 15 senhoras foi dito especificamente que eram viúvas, cada família recebendo entre 3 e 7 "côvados"10 . A terceira distribuição foi feita no forte Wilhem, na capitania de Itamaracá, pelo pastor Apricius na presença do regedor Carapeba e seus oficiais, alcançando 135 pessoas, sendo que eram somente mulheres e crianças.
 
A gratidão das igrejas indígenas foi grande, "não podendo admirar-se o bastante de como era possível que irmãos que nunca os viram lhes dessem provas de tão grande afeição". A ajuda, entretanto,não podia ser mais do que um alívio temporário; não podia evitar que a situação entre os índios chegasse a ser desesperadora. Os brasilianos "quase não queriam mais deixar-se consolar."
 
O domínio holandês estava terminando. Em 1649, na segunda batalha de Guararapes, o regedor Pedro Poti foi preso, não podendo esperar nenhuma compaixão dos seus juízes. Seu sofrimento deve ter sido terrível. Conforme testemunho de Antônio Paraupaba ele foi lançado num poço, onde permaneceu durante seis meses. Quando retirado, de vez em quando, padres, juntamente com seus parentes, saltavam sobre ele, tentando força-lo a abjurar a religião reformada. Mas, disse Paraupaba, o Deus de toda misericórdia na vida e na morte, que o havia trazido da escuridão para a luz, fortaleceu aquele junco frágil, transformando-o num pilar da fé. Todos que estavam presos com ele naquele tempo no Cabo Santo Agostinho puderam testemunhar isto. Depois foi embarcado para Portugal, "viagem que não acabou, atalhada da morte."
 
A guerra da restauração, sem dúvida, aproximou ainda mais os índios dos holandeses, e não é para menos que um dos motivos da persistência flamenga, encurralados durante nove anos, tenha sido o pacto com os brasilianos. Quando não houve mais condições de segurar o Recife, com as tropas de Francisco Barreto às portas das fortificações e uma armada lusa a forçar a entrada do porto, o Nordeste foi devolvido a Portugal. Terminou também forçosamente a missão cristã reformada, a qual era impossível sem a proteção de um país protestante.
 
De fato, os índios "rebeldes à coroa de Portugal" foram incluídos no perdão geral da capitulação de Taborda de 26 de fevereiro de 1654. Mas a maioria fugiu, não acreditando nas promessas. Percorreram mais de 750 quilômetros de sertão para a Serra de Ibiapaba, longe no oeste do Ceará. Ali se juntaram aos índios tabajaras. Com os refugiados a população deve ter chegado a umas quatro mil pessoas, um verdadeiro "Palmares dos índios". Sem dúvida, corsários holandeses mantiveram contato com eles, e foi num desses navios que embarcou Antônio Paraupaba, com dois dos seus filhos, como representantes dos refugiados.
 
Dentro de poucos meses, em agosto de 1654, Paraupaba apresentou na Holanda uma "Remonstrância" em nome da "nação índia inteira", dirigida ao governo central, os Estados Gerais dos Países Baixos. Pleiteou que esses, como "senhores alimentadores da igreja verdadeira de Deus", mandassem socorro o quanto antes, caso contrário, seus brasilianos seriam extirpados. O governo apoiou o pedido, mas não fez muito, pois vinte meses depois Paraupaba entregou outra "Remonstrância" implorando pelo seu povo. "Ajudem agora! A luz da Palavra de Deus será apagada por falta de pastores." Não sabemos o que foi feito, mas armas e panos e talvez um obreiro devem ter chegado ao Nordeste na barra do rios Camocim, Jaguaribe e Açu, fomentando depois a "Guerra dos Bárbaros". Paraupaba ficou na Holanda, onde faleceu, provavelmente no frio inverno de 1657, pois na capa do panfleto que contem as duas "Remonstrâncias" se diz que "durante sua vida foi regedor dos brasilianos na capitania do Rio Grande."11
 
Enquanto isso, no Nordeste, o padre jesuíta Antônio Vieira visitou a Serra de Ibiapaba ainda em 1654. Conforme ele, a região tinha se tornado uma verdadeira "Genebra de todos os sertões do Brasil". A influência do ensino religioso havia sido mais profunda do que se imaginava à primeira vista. Os padres ficaram atônitos diante do traje fino dos indígenas, da arte de ler e escrever e especialmente do lado religioso, porque "muitos deles eram tão calvinistas e luteranos como se houvessem nascido na Inglaterra ou Alemanha", considerando a igreja romana uma "igreja de moanga", uma igreja falsa.
 
Quando de viagem a Portugal, Vieira reteve para os jesuítas o encargo de cuidar espiritualmente dos índios em geral, com uma recomendação especial pela "reformação" dos indígenas influenciados pelos holandeses. Com muito cuidado, a missão de Ibiapaba finalmente conseguiu arrebanhar os índios novamente à obediência de Roma. Se tivesse existido liberdade religiosa poderiam ter permanecido como a primeira igreja indígena evangélica nas Américas, à semelhança da igreja indígena reformada nas ilhas do arquipélago da Indonésia. Mas debaixo da bandeira portuguesa, isto era absolutamente impossível.
 
O último vestígio da missão reformada no Nordeste apareceu durante a "Guerra dos Bárbaros". Foi uma luta de ferro e fogo que grassou no oeste do Rio Grande do Norte durante os últimos anos do século XVII, em que os tapuias nhanduis foram exterminados por serem "inadaptáveis, insubmissos e saudosistas".12  Lembrou em certos aspectos a contemporânea revolta dos Camisardos, os huguenotes do sul da França, depois da revogação do Edito de Nantes.
 
Até que ponto esses tapuias tinham sido evangelizados pelos holandeses, não sabemos. Depois do convite do cacique Nhandui, o "ema pequena", os pastores Kemp e Apricius e outros obreiros devem ter estado com eles, mas na verdade perdemos os rastros concretos da sua evangelização. Sabemos, contudo, que o contato com eles se estremeceu poucos meses depois da eclosão da revolta lusa. É que o pastor Stetten, acompanhado por um grupo de soldados, foi mandado ao Rio Grande para refrear os tapuias para não acabarem com todos os portugueses, pressentindo, de certo, que tinha chegado a hora da verdade: ou os portugueses, ou eles haviam de morrer um dia.
 
Na rendição dos holandeses em 1654 os tapuias foram incluídos no perdão geral. Uns aceitaram, mas os outros? E o que sobrou da missão reformada entre eles? Talvez mais do que pensamos. Deparamos com a "Memória" do capitão Pedro Carrilho de Andrade falando sobre os "Jandois" do Rio Açu: para eles "não deve valer a imunidade da igreja por serem uns hereges e públicos tiranos..." Poucos anos depois deparamos com um dos líderes tapuias, preso na cadeia do Recife, tendo seu nome registrado como "João Pregador". Sua notícia chegou até Lisboa, onde o Conselho Ultramarino "lembrou que fosse remetido para Angola ou para outra parte, com um praça de soldado". Seria esse João Pregador um tipo de missionário indígena, um "consolador" do clã dos Nhanduis? Por enquanto não dispomos de outros indícios, embora seu apelido soe especificamente "reformado", pois a pregação da Palavra de Deus era central em todo o culto reformado. João Nhandui era pregador do povo, "predicante" dos tapuias.
 
Conclusão
Finalmente, tentemos avaliar o trabalho missionário da Igreja Cristã Reformada no Nordeste, pensando no lado qualitativo e quantitativo.
 
A respeito do total dos missionários, a primeira impressão é que o número deles era muito baixo. Mas convém colocar os esforços no conjunto do total dos obreiros disponíveis. Entre os índios trabalharam três tipos de irmãos: pastores (e "proponentes" ou licenciados), "consoladores" (ou evangelistas) e professores (ou "leitores"). Os documentos nos fornecem mais de cem nomes de evangelistas e professores, mas é extremamente difícil definir quantos deles estavam entre os índios. Quanto aos pastores, as informações são bem mais específicas. Ao todo houve 47 ministros no Nordeste durante os anos da ocupação holandesa. Dentre eles seis eram missionários de tempo integral. De mais meia dúzia sabemos que fizeram um trabalho de tempo parcial, outros dois ocasionalmente, e mais cinco serviram à causa indígena indiretamente. Juntando tudo, podemos afirmar que pelo menos 17% do esforço pastoral esteve voltado para o trabalho entre os índios. E nos últimos anos da colônia isto subiu para até 40%!
 
Quanto ao aspecto qualitativo, isto depende em grande parte do ponto de vista do avaliador. Em geral, as avaliações negativas são inspiradas por sentimentos como os de frei Manuel Calado, que escreveu em 1648 que "os índios foram traidores, à lei de Deus e à Pátria amada..."13 , colocando-os na categoria do mulato Calabar. As avaliações positivas geralmente se inspiram na fonte da reforma evangélica do século XVI, como o luterano Helmut Andrae ou o presbiteriano Domingos Ribeiro, em estudos valiosos14  baseados na tradução das atas do Presbitério do Brasil. Realmente o assunto é controvertido por natureza: missões por invasores? Mas quem foram os primeiros moradores do Brasil, e quem os primeiros invasores?
 
Fatos não mudam, mas a interpretação deles sim. A imensa quantidade de informações complementares que vieram à tona, corroborando e ampliando o quadro das atas conhecidas do Presbitério do Brasil, nos comprovam que, pela graça de Deus, foi feito um bom trabalho.
 
Mas quem devia opinar em primeiro lugar seriam os próprios índios. Os poucos documentos do lado deles revelam uma grande confiança nos obreiros reformados, uma sincera lealdade à causa evangélica abraçada e uma profunda gratidão por terem conhecido melhor a Cristo. A avaliação final e definitiva, porém, virá quando estivermos ao redor do trono daquele que enxugará todas as lágrimas. E disso testificaram também os brasilianos no nordeste do Brasil holandês, inclusive usando as palavras do primeiro "Domingo" do Catecismo de Heidelberg, traduzido na sua língua tupi pelo seu pastor Johannes Apricius.
 
Perguntava o consolador indígena João Gonsalves: "Qual é a tua única consolação na vida e na morte?" E seus alunos respondiam: "É que, de corpo e alma, na vida e na morte, não pertenço a mim mesmo, mas sim ao meu fiel Salvador Jesus Cristo..."
 
Na vida e na morte... Também quando não havia mais lugar para índios evangélicos num Brasil de dimensões continentais.
 
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Notas
1 Paulo Florêncio da Silveira Camargo, História Eclesiástica do Brasil (Petrópolis: Editora Vozes, 1955) 146.
 
2 Frans Leonard Schalkwijk, Igreja e Estado no Brasil Holandês, 1630-1654, 2ª ed. (São Paulo: Vida Nova, 1989).
 
3 José Antônio Gonsalves de Mello, "Vicent Joaquim Soler in Dutch Brazil," em E. van den Boogaart, ed., Johan Maurits van Nassau-Siegen, 1604-1679 (‘s Gravenhage: The Johan Maurits van Nassau Stichting, 1979) 247-255.
 
4 Frans Leonard Schalkwijk, "A Igreja Cristã Reformada no Brasil Holandês. Atas de 1636 a 1648," em Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, LVIII (1993) 145-284.
 
5 Pierre Moreau, Histoire des derniers troubles du Brésil (Paris: Courbe, 1651) 204.
 
6 Batavo: antigo nome para os holandeses.
 
7 A palavra marrano se usava na Ibéria para os cristãos novos, na Holanda para os ibéricos.
 
8 André Biéler, La Pensée Économique et Sociale de Calvin (Genebra: Librairie de L’Université Georg & Cie, 1961) 17ss.
 
9 Cf. Catecismo de Heidelberg sobre os Dez Mandamentos, "Domingo" 34-44.
 
10 Um côvado holandês na época era equivalente a quase 70 centímetros.
 
11 Antônio Paraupaba, Twee verscheyden Remonstrantien (‘s Gravenhage: H. Hondius, 1657).
 
12 Luis da Câmara Cascudo, Histórias que o Tempo Leva (São Paulo: Monteiro Lobato, 1924) 65-76.
 
13 Manuel Calado, Valeroso Lucideno e Triumpho da Liberdade (Recife: CECIP, 1942) 230.
 
14 Helmut Andrae, "Kalvinist und Rothaut," em Staden Jahrbuch, Band 9/10, 103-127; Instituto de São Paulo, Hans Staden, 1962; Domingos Ribeiro, Origens do Evangelismo Brasileiro (Rio de Janeiro: Gráfica Apollo, 1937).
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Marcos Munis _ para iceuniao, comin (28/03/06)
Amado irmão Yrorrito
 
A Maria de Nazaré é Diretora do Seminário do Betel Brasileiro em Niteroi, RJ. Em cada seminário do Betel, os alunos incentivados pela Direção implantam o CENAM - Centro de Atividades Missionárias - para desenvolver o ardor por missões. Como os alunos resolveram apresentar um trabalho sobre os indios potiguares, onde o Betel mantém alguns trabalhos evangélicos (existem mais de 20 aldeias e em algumas há trabalhos batistas e parece-me também que assembleianos) resolvi lhe mandar uma cópia do que escrevi para ela, porque em virtude da grande necessidade que passa a Missionária Rosália, e a abrangência do COMIM, uma maior divulgação da sua situação, possa despertar mantenedores para ela e mais de 300 crianças índias muito pobres e necessitadas.
Desde já obrigado, e que Deus abençoe o seu ministério.
Marcos Munis -Coordenador Betel Brasileiro no RJ.
 
=== Cópia do enviado a Miss. Nazaré ===
 
Nazaré
 
Procurei fotos do trabalho com os índios mas não achei. Talvez tenha em papel e preciso fazer uma busca para depois escanear. Recebi um relatório recente da Rosália. Se você quiser escrever para ela o endereço é Missionária Rosália Macedo - Aldeia São Francisco - Baia da Traição - PB - CEP 58295-000.
Liga antes para Edinalva. Talvez ela possa ajudar com algum material.
 
Segue um resumo do relatório:
 
A Rosália mora na Aldeia São Francisco onde tem a Escola Jardim Encantado com 90 alunos. As aulas começam as 7 horas da manhã e toda segunda-feira tem estudo bíblico. Agora no início do semestre estão estudando A Criação do mundo - A Criação do Homem e o Pecado do Homem. Esta escola é para crianças e atualmente não se está fornecendo a merenda escolar por falta de verba. Lá tem freezer e cozinha grande que foram doados pelo Manoel e esposa. Mas eles sairam do Betel  pouco antes de D. Lídia falecer e pararam de ajudar. Outro que ajudava era o Galindo, mas também parou (ou dimimuiu muito).
 
Em São Francisco há também a Escola da Rua para aqueles que não estão matriculados regularmente na Escola Jardim Encantado (são maiores de idade, ou já completaram o curso oficial). Esta Escola da Rua tem 103  alunos, sendo 92 crianças e 11 adultos. Funciona aos domingos a tarde de 15 em 15 dias.
Ela diz que está sem condições de comprar bombons ou pipocas. Compra as vezes fiado, mas não pode ficar com um débito muito alto.
 
Na Aldeia de Laranjeiras, a Rosália também mantém uma classe com 80 crianças aos domingos a tarde, também de 15 em 15 dias (reveza com a Escola da Rua da Aldeia São Francisco). Esta classe é realizada em baixo de uma árvore, na casa de uma irmã índia nova convertida (lá todo mundo é índio). Para ir de São Francisco, onde mora, até Laranjeiras, a Rosália vai de moto-taxi. São R$12,00 para ir, ficar esperando enquanto ela dá a aula e voltar para São Francisco. Atualmente está sendo ensinado o Salmo 100, para os alunos decorarem. Normalmente as aulas constam de: Oração - Período de Louvor - Avaliação através de perguntas orais - Encerramento. Há uma outra aldeia precisando de uma classe bíblica, e a Missionária informa que está orando a Deus para que mande os recursos necessários. Nestes trabalhos das Aldeias de São Francisco e de Laranjeiras a Rosália tem a ajuda da Priscila uma jovem índia convertida.
 
A Ivonete (formada pelo Betel) e seu esposo Gustavo que moram também em São Francisco, trabalham juntamente com o Seminarista Samuel nas Aldeias Santa Rita e Tracoeiras. Há cultos nos lares as terças-feiras, de doutrina aos sábados, escola dominical aos domingos a tarde e culto público evangelístico aos domingos a noite. A classe com crianças aos domingos a tarde tem cerca de 100 crianças. Algumas pessoas de Tracoeiras frequentam a Igreja de Santa Rita cujo templo (simples) está em fase de conclusão. O templo maior e mais antigo fica na Aldeia São Francisco.
 
A Rosália termina o relatório dela dizendo que está preocupada pensando que o Dr. Galindo não vai mais ajudar a gente. E diz: por favor Dr. Marcos, a gente mais do que nunca está precisando de ajuda.
 
Eu, como você sabe, não estou em condições de enviar ajuda para ninguém, com essa tarefa da Serrinha, que Deus me colocou nos ombros (e que eu me sinto honrado).
 
Espero que este CENAM desperte pessoas (ou igrejas) para assumirem esta responsabilidade, não apenas mandando uma oferta, mas um compromisso mensal por um, dois, cinco ou mais anos.
 
Ajudar os índios potiguares é um compromisso que deve ser resgatado pela Igreja Brasileira. Há mais de 350 anos, quando os holandeses ocuparam o Nordeste, os Potiguares foram evangelizados e chegaram a formar uma igreja evangélica nacional florescente. Porém com a expulsão dos holandeses, os portugueses não permitiram que outra igreja visível, a não ser a católica romana aqui existisse, e a igreja evangélica deixou de existir.  Mas como o Senhor disse: as portas do inferno não prevalecerão sobre ela - hoje, a Igreja Evangélica renasce entre os Potiguares e você é convidado a fazer parte deste esforço.
 
Estou enviando um anexo sobre o período holandes no Brasil, para ser estudado, como contribuição ao brilhantismo do CENAM. Me avise quando será a apresentação. Farei o possivel para estar presente. - Estou enviando também para a Késia, pois o pessoal de VR vai estudar esse assunto na pós-graduação.
Em Cristo
Marcos Munis. ( Mais Informaçòes ver :
www.uniaonet.com/amsbparaiba.htm )

04) Tapuias
Marcia _ October 17, 2005
Olá irmãos:
Se puderem, mandem-me informações sobre uma tribo ou povo indígena chamada
Tapuais. Onde estão e se há missionários trabalhando com eles. Esta
informação me foi pedida por um jovem na Igreja.
Grata, Marcia Silva

 
Por Ednilda da Silva Oliveira; Maria Auricéia de Morais; Eliete Dantas de Medeiros e Maria de Lourdes Pereira de Medeiros – Alunas do período 99.2 )
 
Aspectos histórico-geográfico dos Tapuias
 

Os Tapuias, também conhecidos por "Bárbaros", habitavam, dentre outras regiões, os sertões da Capitania do Rio Grande. Dividiam-se em vários grupos nomeados de acordo com a região onde moravam – Cariris (Serra da Borborema), Tarairiou (Rio Grande e Cunhaú), Canindés (no sertão do Acauã ou Seridó). Eram chefiados por vários reis e falavam línguas diversas. Merecendo destaque os reis Janduí e Caracará.
 

Caracteísticas Físicas dos Tapuias
 

Os homens apresentavam-se corpulentos, possuidores de grande força física. A pele queimada, em tons de marrom. Usavam cabelo longo ao sabor do vento. Não costumavam usar roupas. Eram desprovidos de pêlos por todo o corpo. Apesar de andarem nus, cobriam as partes íntimas com peças feitas de materiais rudimentares, extraídos da natureza. Em contra partida, as mulheres apresentavam estrutura física pequena, mas a cor era a mesma da dos homens. Costumavam manter os cabelos curtos ou longos, de corpos rechonchudos. Também escondiam suas partes íntimas. Adornavam seu corpo com o que encontravam na natureza – Penas de aves, folhas de plantas nativas, raízes, utilizavam-se de pedaços de paus para fazerem brincos, colares e outros. Utilizavam-se de tais enfeites tanto para a prática das danças, como na preparação para a guerra.
 

Rituais de Vida e Morte
 

Os Tapuias, por vezes, atingiam aproximadamente dois séculos de vida. Quando isso acontecia eram homenageados por sua tribo. Isto quando do sexo masculino - se do sexo feminino, ao darem à luz a mais de um filho, tornavam-se cativas. Estando doentes são visitados pelos amigos e se o caso de morte, matavam-nos para que não houvesse sofrimento. A causa mais freqüente de óbito entre os Tapuias era o veneno de cobra. Eram endocanibalistas, devoravam até mesmo os de sua tribo, quando da sua morte.
 

A Vida Amorosa dos Tapuias
 

A puberdade era o período em que a donzela estaria pronta para casar-se. A virgindade era bastante valorizada. O namoro, acontecia entre danças, onde eram escolhidos os pretendentes. No noivado, o pretendente oferecia presente ao sogro. Quando a donzela não arrumava pretendente, era levada ao rei e este a possuía.
 
Os jovens tinham que demonstrar valor pessoal, exibindo força física. O rei aprovava a cerimônia e quando esta se realizava, furavam-se as faces dos noivos e colocavam pauzinhos. A festa durava cinco dias. Os matrimônios eram severos, apesar da poligamia, mas as cerimônias eram reservadas às primeiras esposas. Possuir várias mulheres era sinal de prestígio. O adultério era raro, e o marido expulsava a ré, depois de açoitá-la, no caso do flagrante e poderia matá-los. Sobre os tapuias cariris, eram praticantes do adultério, e era recíproco.
 

Da Gravidez, do Parto e das Crianças
 

A Índia, quando grávida, não tinha relações com o marido, também enquanto amamentava. A tapuia dava à luz nas matas, cozia o umbigo e a placenta e comia. Quando voltava ao acampamento, o filho era cuidado por outra mulher. Os maridos tinham o mesmo resguardo da parturiente. Esta se alimentavam de farinha de mandioca, milho, feijão, até o nascimento dos dentes dos lactentes. Os nascidos mortos eram devorados pelos tarairiús. As crianças começavam a andar com nove semanas e aprendiam a nadar nesta mesma época. Entre sete e oito anos eram furados o lábio inferior e as orelhas e colocados ossos e paus, depois eram batizados, ficando aptos para as lutas.
 

Ferocidades, Armas e Lutas dos Tapuias
 

Os Tapuias possuíam semblante ameaçador, corriam igual as feras, por isso eram muito temidos. Eram inconstantes, fáceis de ser levados a fazer o mal. Eram fortes, carregavam nos ombros grandes pesos. Ao irem para guerra, marchavam em silêncio, mas no embate faziam bastante alarido, jogando setas envenenadas das quais os feridos jamais escapavam.
 
Foram úteis, como aliados dos holandeses, conduzindo aos lugares mais difíceis. Os tapuias que se destacavam nas lutas eram considerados heróis.
 
O poder real não era hereditário, este era substituído quando morto. O rei distinguia-se dos outros pelos cabelos e pelas unhas. Os tapuias eram muito obedientes ao rei.
 
Os tapuias se enfeitavam da cabeça aos pés para as lutas. Suas armas eram as flechas, as pranchetas, arcos e dardos, que usavam com grande habilidade. Usavam também as clavas e machados de mão; as armas eram enfeitadas com bonitas plumas. Eles não se utilizavam das armas de fogo, passaram a usar em razão da Guerra dos Bárbaros.
 

Das Habitações dos Tapuias
 

Eram nômades, paravam onde houvesse abundância de alimentos. Gostavam de viver ao ar livre. Por isso não construíam casa, levantavam alguns ramos para servir de abrigo. Eram gulosos, as reservas alimentares dentro da área duravam somente dois ou três dias. Quando partem para outros sítios tocam fogo no acampamento.
 
O rei era quem programava as atividades do dia e da noite. Antes de partirem, banhavam-se no rio, para espantar a moleza. Quando mudavam de acampamento, os mais fortes carregavam dois troncos de árvores. As mulheres e os meninos conduziam as armas, as bagagens e os trastes. Chegados ao local do novo acampamento, iam cortar árvores, e usavam os galhos e ramagens para fazerem sombra. As habitações dos tapuias eram toscas e feias.
 

Caça, Pesca e Agricultura dos Tapuias
 

Os tapuias levavam uma vida descuidosa. Não semeavam, não plantavam, nem se esforçavam por coisa alguma. Alimentavam-se com mel de abelhas e maribondos e com todas as imundícies da terra, como cobras e lagartos. Os tapuias armavam ciladas aos peixes e animais, utilizando seu admirável olfato e sua habilidade para comer. Alimentavam-se ainda de frutos agrestes, caça fresca, peixes, tudo sem temperos ou condimentos. Não semeavam outra coisa além da mandioca.
 
Para assar a carne, eles cavavam um buraco na terra e colocavam a carne, depois enterravam pondo folhas de árvores por cima e faziam uma fogueira por cima de tudo.
 
Para atraírem felicidade na caça e pesca, os tapuias cariris queimavam ossos de animais ou espinhas de peixes.
 
Os Jovens caçadores presenteavam os velhos da tribo com caças e pescarias, sem sequer comer um único pedaço. Durante o período de caça e pesca, comiam uma sopa muito rala, feita com farinha de milho ou mandioca. Depois dessa temporada, estavam magros, por razão do intenso trabalho e da alimentação inadequada.
 

A Língua dos Tapuias
 

A linguagem era um tanto mal entendida, pois era trêmula, e cantada, não se entendia nada.
 
Dezenas de palavras foram usadas na linguagem dos tapuias como por exemplo; carfa, caruatá, cayú, comatyn, corpamba, corraveara, cucuraí, ditre, entre outros.
 

As Aldeias Indígenas
 

Foram aldeias, que em pouco tempo foram transformadas em vilas, onde existia um chefe para governar esse vilarejo indígena, onde estabeleceu-se a forma de vida um tanto democrática entre os demais. Podemos citar alguns nomes de aldeias existentes, como: a aldeia Jacoca, Utinga, Baía da traíção, Monte Mor da preguiça, Boa Vista, Cariris, Campina Grande, Brejo, Panatis, Coremas, Aldeia dos Pegas, dos Icos pequenos, etc.
 

Religião dos Tapuias
 

A religião dos Tapuias era basicamente animista, eles adoravam as forças da natureza com o trovão, a lua, o sol, além disto, acreditavam que certos animais, como serpentes, aves e alguns mamíferos, como morcegos, praticaram sacrifícios de animais, até humanos. Os europeus aqui chegados trataram de demonizar os deuses dos Tapuias, como podemos ver na frase do cronista Morisot, "Os brasilianos só adoram o diabo, não que daí esperem um bem, mas porque o temem, e por esse motivo oferecem sacrifícios e o invocam". (30, 125).
 
Os Tapuias também tinham como Deus principal a Constelação da Ursa Maior, para eles um inimigo dos Tapuias o intrigou com o seu Deus, este era a raposa, a causadora de sua expulsão do paraíso. Os tapuias acreditavam na imortalidade da alma desde que a pessoa não tivesse morrido de morte matada ou de picada de serpente.
 
Os Tapuias não faziam nada sem antes consultar os feiticeiros e adivinhos. De um modo geral, a religião dos tapuias lembra um pouco as religiões da África, no tocante a influência forte dos feiticeiros na vida indígena. Os europeus viam nos rituais dos tapuias um comércio direto com os poderes do inferno, além disto os tapuias possuíam deuses também que regiam a agricultura, a pesca e a caça, os invocaram e sacrificaram a eles para obter boas colheitas, pesca e caça fartas. Os tapuias tinham uma lenda que falava no Deus da criação, que tinham dois filhos, o mais novo foi embora para a terra, o Deus pai enviou seu filho mais velho para buscar seu filho mais novo, mas este e seus filhos acabaram maltratando e matando o irmão mais velho, que depois de morto ficou na terra, entre seus parentes, por vários dias e somente depois ascendem ao céu, retornando para o seu pai.
 
Os europeus acreditavam que o Deus em quem os tapuias falavam era o Deus de Israel, o filho mais velho Jesus Cristo e o filho mais novo seria o próprio Lúcifer ou Caim.
 

Favor citar da seguinte forma:
 
OLIVEIRA, E. da S.; MORAIS, M. A de; MEDEIROS, E. D. de & MEDEIROS, M. de L. P. de. Tapuias. História do RN n@ WEB [On-line]. Available from World Wide Web:  www.seol.com.br/rnnaweb
 
Referências Bibliográficas
 

MEDEIROS FILHO, Olavo. Índios do Açu e Seridó. Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 1984.
 
 
 
 
 acessos desde 16 de Novembro de 1999 - Atualizado em 02 de Janeiro de 2003

05. O aniversário da tribo karajá, o Pr. Roberto missionário lá me mandou...ai que vontade de estar lá com os irmãos indígenas e os missionários...viu que o Néviton já virou indio...rsrsrs (Via_Lenita) 10/05/06

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www.amtb.org.br . AMTB : Associação Missionária Transcultural Brasileira

06) FORÚM INDÍGENA 2007 - AMTB 10 - 14 de Setembro de 2007 / Belo Horizonte - MG Prezados irmãos, É com muito prazer que confirmamos o Forúm Indígena 2007, à realizar-se nos dias 10 - 14 de setembro de 2007, na cidade de Belo Horizonte-MG. Nos empenharemos em oração afim de termos a participação de cada agência missionária que atua entre os povos indígenas do Brasil. A presença de cada um de vocês é de suma importancia nos assuntos a serem discutidos, na comunhão, nas estratégias, na unidade, e em tudo que o Senhor da seara nos orientar. Com certeza teremos um encontro edificante que apontará novos rumos, desafios e reflexões quanto à obra missionária indígena. Em breve, vocês receberão informações mais detalhadas quanto ao local e taxa de participação. Desde já contamos com a oração de todos em prol deste encontro. . .. Messias Dias, Comissão de Programação (Via_Silas)
07)Marcelo Berger _ sera realmente uma coisa certa???evangelizacao de indios??? 15/04/2007
 
na minha opiniao vcs estao acabando com  a cultura indigena...porque vcs nao se juntam para preservar as tradicoes deles...vcs nao tem respeito pela tradicao destes povos... Povos como o o Piranha com quase 14.000 anos de existencia...
 
que ideia essa de querer levar Jesus (um judeu) para ser o Deus deles???
 
porque vcs nao ajudam a preservar a lingua, a musica, a arte e a religiao deles?? porque vcs nao se interessam em entender e manter a historia deles pro futuro??pra que ser o branco dominador???
 
ao inves de empurrar neles garganta abaixo o seu evangelho porque vc nao aprende a religiao dele? a cultura dele??a musica??eles estao no Brasil ha muito mais tempo que nos!!!
 
quem sao vcs para dizer que o seu Deus e melhor que o deles??? talves o seu Deus deveria conversar com o Deus deles...
 
seus filhos e os meus so irao saber da cultura destes povos atraves de livros e enciclopedias se vcs continuarem com esta evangelizacao...enquanto issso os Pastores estao indo pros Estados Unidos com malas e biblias cheias de dinheiro para gastar em Miami...
 
ha 500 anos atras os portugueses e os catequistas mataram e escravizaram os indios...quase 2 milhoes de habitantes e agora nao chegam a 300 mil...e vcs ainda por cima querendo converter esse povo...vcs continuam com o exterminio...que vergonha
 
porque vcs nao ajudam esses indios que vivem em pessimas condicoes por vontade propria...sem conversao...sem ser a mando de um Deus ...
 
vcs mesmos nao sabem do seu proprio passado...vao pesquisar a origem de suas familias...o Brasileiros vem da mistura do indio,do negro e portugues....nao temos nada a ver com os Judeus que viviam ha 3000 anos atras... Valorize suas origens!!!

Cleo _ 17 Apr 2007  Veja que tremendo o testemunho da Veja sobre nõs!!! Lá vem mais  perseguição, mas que o mais importante é que Evangelho avance!
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08)   Revista VEJA :    Reforma na selva 17/04/07
   Missionários evangélicos já são maioria no  trabalho de catequização de índios no país
   Marcelo Bortoloti, de Sidrolândia
   Oscar Cabral
 
 
 O pastor Basílio e seus fiéis na tribo terena (acima) e o quadro A Primeira
 Missa no Brasil (abaixo): troca de papéis
 Museu Nacional de Belas Artes
 
 
 
 A imagem de silvícolas em volta de um padre, no altar, como no quadro A
 Primeira Missa no Brasil, de Victor Meirelles, é coisa do passado. A cena é
 outra na maioria das tribos indígenas do país. Índios com a Bíblia sob o
 braço, e não mais braços nus. Aderiram ao figurino protestante, com trajes
 mais conservadores. Não raramente, entoam cânticos de louvação ao Senhor.
 Os índios brasileiros estão se tornando evangélicos. O trabalho de
 catequese há décadas deixou de ser uma exclusividade da Igreja Católica,
 que perdeu terreno nessa área. Pastores evangélicos tomaram seu lugar e
 hoje operam um vigoroso esforço de conversão em massa. Já superaram os
 católicos no número de missionários e contam com uma estrutura logística
 completa, que inclui aviões e lingüistas contratados para traduzir a Bíblia
 aos nativos. Existem 222 tribos no país. Os católicos estão em apenas 107
 delas. Protestantes de denominações como Batista, Adventista, Quadrangular
 e Assembléia de Deus, por exemplo, já estão presentes em 153. Seu objetivo
 é claro: chegar a cada etnia "não alcançada" por Jesus, fincar uma igreja e
 conduzi-la pelo que consideram o caminho da salvação.
 
 
 Na década de 70, a Igreja Católica decidiu mudar sua posição histórica em
 relação à catequese indígena. Em 1972, criou o Conselho Indigenista
 Missionário (Cimi), para gerir a relação com os índios, e passou a pregar
 que a cultura nativa deveria ser preservada, inclusive em suas crenças. Foi
 um flanco aberto para que os missionários evangélicos avançassem em peso
 por entre as aldeias mais remotas do país. No Censo de 2000, 20% dos índios
 brasileiros se declararam evangélicos. Em 1991, eles eram 13%. O porcentual
 dos que se professam católicos caiu de 64% para 59% no mesmo período. Hoje,
 os padres fazem apenas um trabalho laico, de orientação política e
 assistência social.
 
 
 Um exemplo da força da catequese evangélica é a tribo terena, que possui
 nove aldeias na cidade de Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul, a 70
 quilômetros de Campo Grande. É uma das primeiras tribos brasileiras
 catequizadas por evangélicos, que iniciaram os contatos na década de 40.
 Hoje, 75% dos terenas se declaram "crentes". Os cultos acontecem quatro
 vezes por semana. Eles têm uma rádio FM evangélica e até uma banda gospel,
 a Kosseanu Ituko'ovit (em português, Misericórdia de Deus). Também ali se
 repete a prática da cobrança do dízimo. "Se eu vendo dez frangos, um deve
 ser para a igreja", explica o índio Benício Jorge. Os índios se orgulham de
 ter-se distanciado do seu ritual sagrado, a pajelança. Acreditam que,
 somente depois da Bíblia, o desenvolvimento chegou às aldeias, que hoje têm
 luz elétrica e água encanada. Seus usos e costumes também cederam às
 diretrizes pentecostais. "É indecente as mulheres usarem vestido curto ou
 short. O cabelo delas também deve ser comprido. Está tudo escrito na
 Bíblia", professa o índio pastor Basílio Jorge, 57 anos. Ele deixou de
 beber aos 20 anos para se converter. E hoje ministra cultos e sessões de
 exorcismo.
 
 
 A Fundação Nacional do Índio (Funai) não incentiva a entrada dos
 evangélicos nas aldeias – ao contrário. Mas os próprios índios aceitam e
 defendem a presença do pastor. Os protestantes se utilizam de um expediente
 não explorado pelos católicos: deixam a cargo dos nativos o trabalho de
 cuidar de suas igrejas e arrebanhar novos fiéis. Existem no mínimo quatro
 escolas evangélicas de formação indígena, que ordenam uma média de vinte
 pastores por ano no país.
 
 
 Há pelo menos 650 missionários evangélicos atuando na catequização. O
 número é maior que o de católicos do Cimi, que somam 420. A dinâmica
 evangélica difere da prática jesuítica em outro aspecto importante: para
 eles, traduzir a Bíblia é uma prioridade. Nada menos que 34 povos já
 ganharam o livro sagrado em seu idioma e existem outros 54 projetos em
 andamento. É um trabalho que leva em média vinte anos e custa cerca de
 600.000 reais por tradução. O dinheiro, segundo eles, vem de doações de
 fiéis. Sua estrutura logística também salta aos olhos. Para levar os
 pastores a cada canto do país, os evangélicos contam com a ONG Asas de
 Socorro, que tem onze aviões, sendo três hidroaviões que não necessitam nem
 de pista de pouso. Com uma engrenagem assim, não há pajé que resista.
 
 Jandaia Baptista
 
 NQM Comunicação
 
 Fone: (41) 3254-6077
 
 Fax: (41) 3254-1673

09. Endereços sobre Indígenas :

_ www.mntb.org.br Missão Novas Tribos _ www.uniaonet.com/amsbammntb.htm

_ CONPLEI _ Conselho Nacional de Pastores e Líderes indígenas .

_ www.uniaonet.com/edem.htm : Escola de Missões Mundiais .. TRIBO INDIGENA PATAXÓS .. no Sul da Bahia

_ www.missaoate.com.br Missão ATÉ -: www.uniaonet.com/missaoate.htm
Projeto Achê _ www.uniaonet.com/amsparaguai.htm ALDEIA CHUPAPO'U _ índios guarani ...
Projeto AMI _ www.uniaonet.com/amsbmatogrosso.htm Fontanillas \ MT _ povo Rikbaktsa.. .
Projeto Lábrea _ www.uniaonet.com/amsbamlabrea.htm aldeias Paumari ...
Projeto Fontanillas _ www.uniaonet.com/amsbmtsul.htm _
índios da aldeia bororó....

_ www.uniaonet.com/amsbparaiba.htm Aldeia São Francisco - Baia da Traição - PB _ Pataxós ...

_ www.uniaonet.com/amsbamsuruwaha.htm _ Amazonas : Índios Suruwaha .. .

_ www.uniaonet.com/ulisses.htm _ Rondônia : Índios Pirahã ...

_ http://geocities.com/famyud - Isaias Yud & Queia _ Índios Huitoto e Bora da Selva Peruana . www.uniaonet.com/amsperu.htm

( Página em Construção , aguardamos sua colaboração ) Yrorrito



DIVERSOS .
17/04/07 Sabes dizer-me quantas línguas falam os índios da Amazónia? A Bíblia está traduzida nessas línguas? Eles têm a escrita, ou só falam e não escrevem? No caso das línguas que têm escrita, essa escrita é tradicional, ou foi organizada recentemente? Qual o abecedário e os sons das letras? Agradecia uma resposta se puderes. Camilo http://www.estudos-biblicos.com .


10) de junho de 2009 _ Funai exclui igrejas evangélicas de reservas indí­genas
 
Funai exclui igrejas evangélicas de reservas indí­genas
Por Julio Severo
 
Os socialistas, os militantes pró-aborto, os ativistas homossexuais e outras criaturas socialmente insatisfeitas vociferam que o Estado é laico, que na interpretação deles é que o Estado é um lugar onde os valores, princípios e ideologias deles podem permanecer à vontade. O que não pode ter essa mesma liberdade são os valores cristãos que defendem a vida e a família.
 
Assim, quando eles gritam e esperneiam que o Estado é laico, sua declaração diz: “O Estado é nosso, só nosso. Fiquem de fora os cristãos e seus valores. Engulam goela abaixo tudo o que vamos impor!”
 
A característica importante deles é que eles são grandes defensores da morte. Eles defendem políticas e leis de aborto para matar crianças inocentes e de eutanásia para matar doentes, deficientes e idosos. O único tipo de morte que eles acham inaceitável é a pena capital para assassinos comprovados.
 
Os cristãos genuínos têm outra direção: eles são grandes defensores da vida. É por isso que a luta e o sucesso pela emancipação dos escravos (de todas as raças) não pertencem aos ateus, aos socialistas nem aos agnósticos. Foram os cristãos que iniciaram e venceram essa luta.
 
É pelo fato de que em Cristo há libertação que os cristãos levam o Evangelho a todos: brancos, pobres, negros, ricos, índios, etc. Todos, indistintamente, merecem conhecer a mensagem de amor, esperança, salvação e libertação de Jesus Cristo.
 
É por isso que missionários cristãos, com muito amor, procuram conduzir os índios ao conhecimento e experiência da Pessoa de Jesus Cristo. Os índios que acolhem no coração o Espírito Santo se tornam novas criaturas, rejeitando um passado de escravidão moral e espiritual.
 
Um dos grandes resultados e benefícios da evangelização é o questionamento e rejeição, entre índios cristãos, aos costumes tribais de sacrificar e matar crianças índias. Esse resultado é apenas uma extensão natural do poder que o Evangelho tem de defender a vida.
 
Em todas as sociedades onde entra, o Evangelho genuíno opera liberdade e defesa da vida. É por isso que os maiores defensores das crianças hoje contra a ameaça de aprovação de insanas leis de aborto não são os agnósticos, nem os ateus, nem os nazistas, nem os socialistas. São os cristãos.
 
O Evangelho puro é pura cultura da vida. Não sendo racistas nem preconceituosos, os cristãos genuínos não querem negar aos índios — ou aos negros e a qualquer outra raça — a oportunidade de receberem a cultura da vida que o Evangelho oferece.
 
Só um preconceito cego e irracional imporia impedimentos para que os índios conheçam o Evangelho. Esse preconceito é hoje observado nas atitudes da Funai, o órgão do governo federal responsável por decidir o que os índios podem ou não ter.
 
No Brasil, embora a Constituição estabeleça direitos iguais a todos, parece que os índios não têm a liberdade de decidir se querem ou não o Evangelho em seu meio. Conforme informação do blog Holofote, em janeiro de 2008 a Funai (Fundação Nacional do Índio) decidiu excluir as igrejas evangélicas das reservas indígenas.
 
Em reação à evidente hostilidade estatal contra a presença evangélica entre os índios, o Senador Magno Malta, mesmo sendo um aliado de Lula, fez pronunciamento criticando a dura decisão do órgão do governo Lula privando os índios do Evangelho. De acordo com notícia da Agência Senado, no dia 7 de maio de 2008 Malta disse:
 
“As igrejas evangélicas trabalham, sobretudo, com a recuperação de índios vítimas da sua própria socialização, principalmente alcoólatras e depressivos que, sem a orientação dos pastores, acabam optando pelo suicídio”.
 
Os seguidores de Cristo não praticam preconceito nem discriminação. É por isso que eles não excluem os índios da oportunidade de conhecer o Evangelho, pois os índios também são seres humanos.
 
Contudo, ao excluir a presença evangélica entre os índios, o Estado pratica a pior forma de preconceito. Aliás, é sempre o Estado que consegue praticar a pior forma de preconceito e ódio, como bem comprovam os exemplos da Alemanha nazista e da União Soviética, que em nome de um Estado laico excluíam, perseguiam, difamavam, atacavam e trucidavam os cristãos e seus valores.
 
O Estado laico brasileiro, atribuindo a si prerrogativas essencialmente divinas, está decidindo o que os índios podem ou não ter, inclusive Jesus.
 
O Estado assim se enxerga acima de Deus, removendo dos índios a liberdade e a necessidade de Jesus, mas não lhes permitindo a liberdade e a necessidade de se verem livres de um Estado totalitário que lhes nega o maior de todos os direitos: conhecerem seu Criador.

FUNASA_ contratará 802 temporários para áreas indígenas
 

Querido irmão; Pr Eldir
 
 
Recebi este e-mail e vejo que é uma grande oportunidade para termos pessoas de nossa denominação trabalhando em uma área muito estratégica de evangelização aos povos indígenas, por isso solicito que envie este e-mail aos demais pastores para que possam divulgar entre outros irmãos interessados em trabalhar nesta área.
 
Amados,
 
Tendo em vista as dificuldades de atuação missionária entre certos povos indígenas, creio que esta é uma grande oportunidade para termos irmãos em Cristo, atuando nos DESAI (Departamento de Saúde Indígena) e nos 34 DISEIs (Distritos Sanitários Especiais Indígenas). Sabemos que os opositores do Evangelho, estão sempre colocando seu pessoal nesses pontos estratégicos e conseguido muitos dos seus objetivo e, por que nós não fazemos o mesmo? Se tivermos pessoas comprometidos com a Causa trabalhando nesses Distritos, sem dúvida,  as comunidades indígenas serão melhor assistidas e ainda poderão ajudar na abertura de portas ao trabalho missionário.
Hoje, a maioria dos trabalhos em andamento nas aldeias só tem sido possível com o aval de pessoas  ligadas às Instituições Regionais, que reconhecem a importância do trabalho dos missionários.
Portanto, divulguem, por favor, essa notícia e estimule pessoas a participarem dessa seleção! Pelo que entendo, o Edital ainda será publicado e este é o tempo que temos para nos mobilizarmos.
 
Um grande abraço
 
Onésimo Martins de Castro
 
FUNASA contratará 802 temporários para áreas indígenas
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Os ministros Paulo Bernardo, do Planejamento, e José Temporão, da Saúde, autorizaram a contratação de 802 profissionais para trabalho temporário na Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). A medida consta da Portaria nº 102, publicada na edição desta quinta-feira, 14 de maio, do Diário Oficial da União, página 76 da primeira Seção.
O pessoal a ser contratado deverá ser designado para exercício no Departamento de Saúde Indígena e nos distritos sanitários indígenas da FUNASA.
A portaria prevê 362 ingressos para nível médio de escolaridade e 440 vagas para quem tem formação superior. Nesse caso, haverá oportunidades para profissionais de enfermagem, medicina, odontologia, nutrição, epidemiologia, antropologia, saúde pública, estatística, assistência social, biologia, farmácia, veterinária, pedagogia e psicologia.
O edital do processo seletivo será da responsabilidade da FUNASA e nele deverá constar o número de vagas, a descrição das atribuições para cada área de atuação, a remuneração e o tempo de duração do contrato. Também será por conta da entidade arcar com as despesas das contratações.
A contratação temporária é um recurso legal utilizado pelo governo federal para situações inesperadas que não se apliquem às necessidades de serviço permanente no setor público.
www.funasa.gov.br

12.)   Acusações Federais contra os Suzuki´s - URGENTE  2 de fevereiro de 2010 
 

Edson e Marcia Suzuki vão depor, separadamente, nesta quinta-feira em
audiência na Procuradoria Geral da República. Eles desconhecem o teor da
denúnica, mas ficaram sabendo por meio de amigos que foram feitas duas
acusações formais contra o casal. A orimeira foi feita por um indiio que
acusou o casal de usar indevidamente a imagem do filho dele no filme Hakani.
A segunda foi feita pelos 40 lideres indigenas que integram o CNI - Conselho
Nacional Indigenista - e acusa Edson e Marcia de denegrir a imagem dos
indios no Brasil com a divulgação do filme, bem como interferir diretamente
no processo cultural deles.
Segundo a Marcia, com quem acabo de falar, parece que tem uma investigação
profunda feita pela Policia Federal a respeito do casal. Boatos dão conta
que tudo começou tambem com uma suposta denúncia de que eles seria
sequestradores e traficantes internacionais de crianças indigenas.
Enfim, vamos pedir orações para o casal e que Deus de sabedoria a eles e ao
advogado na hora da audiência.
É isso.
 
Mônica
Monica Santanna - NQM
- - -
www.revistapovos.com.br IRMÃOS, coloco a disposição a revista POVOS para uma reportagem sobre o tema. Na verdade já venho fazendo isso em todas as edições de POVOS!
 
Mas aqui vai um lamento: as vezes procuro as missões para parcerias e oferecer espaço para publicação de artigos e matérias, mas exceto poucas delas, quase sempre não tenho retorno do pessoal. Sinto falta de interesse... no mínimo deve ser falta de conhecimento, como elas seriam ajudadas se usassem os meios de comunicação que temos.
 
Entendo os cuidados que se deve ter, o sigilo de alguns trabalhos, etc... como missionário e jornalista sei sobre tudo isso, mas não é bem o caso que tenho visto. Dá pra falar de tudo, com algumas estratégias.
 
Mas de qq forma, continuarei insistindo, tenho nas agencias, missionários, etc grande inspiração para continuar fazendo a revista POVOS! (ver capa da edição em circulação).
 
Abs,
 
 
JAMIERSON OLIVEIRA _ Blog: jamiersonoliveira.blogspot.com
Msn: publisher.sp@hotmail.com
Skype: jamiersonoliveira888

= = =

ATINI _ intimação e testemunho
 15 Feb 2010
 
Queridos amigos,
Queremos agradecer imensamente a todos os que têm orado por nós, que têm enviado palavras de conforto e pedidos de informações.

 
Suzuki e eu vivemos momentos muita pressão nestas 2 últimas semanas.  Comparecemos à intimação no Ministério Público, onde fomos interrogados por mais de 3 horas num inquérito que investiga posssíveis "irregularidades" na produção do filme Hakani. Além disso conseguimos agendar audiências no Gabinete do Ministro da Justiça, na presidência da FUNASA e na Secretaria Nacional de Justiça, onde fomos recebidos pelo Secretário Nacional, Romeu Tuma Júnior. Nunca pensamos que estaríamos diante de tantas autoridades. O que Deus tem colocado em nosso coração é que Ele tem nos levado diante dos poderes desta nação com o propósito de defender o direito do vulnerável, do esquecido, do desprezado. Quem pode ser mais vulnerável que uma criancinha indígena deficiente, abandonada na mata fria, chorando sozinha até ser devorada por um animal? Ou do que uma jovem mãe de gêmeos, incapaz de impedir que seus bebês sejam enterrados vivos diante de seus olhos?
O que ouvimos no Ministério da Justiça é que haveria uma acusação formal de alguns líderes indígenas burocratas que acham que nosso trabalho seria ruim para a imagem deles fora do Brasil. Seria esse o grupo ofendido e que estaria pedindo investigações. Eli Ticuna, que é pastor, líder indígena, vice-presidente do CONPLEI e diretor adjunto da ATINI, tem tido um papel importantíssimo nestas audiências. Ontem ele relatou ao Secretário Romeu Tuma que a sogra dele teve gêmeos e que sacrificou uma das crianças. Anos depois, a própria esposa do Eli engravidou e teve gêmeos. Eles escolheram criar os meninos, que estão crescendo são lindos, inteligentes e saudáveis. Hoje Eli é um defensor do direito à vida das crianças indígenas e não se intimida com ameaças.
 
Orem pelos líderes indígenas cristãos, que precisam se levantar neste momento e se pronunciar com coragem a favor da vida. São centenas de homens e mulheres de diversas tribos que precisam entender que o Reino de Deus não é para os tímidos, e que a injustiça precisa ser denunciada para que mais e mais crianças possam ser salvas do sacrifício.
 
Leia o excelente artigo abaixo e continue conosco em oração e em ação,
 
Marcia e Edson Suzuki
 
 
Brasil: infanticídio indígena e relativismo multicultural
Solano Portela | 09 Fevereiro 2010
 
Do ponto de vista antropológico o Brasil é um dos países mais radicais na defesa do não intervencionismo e do relativismo cultural. A influência relativista está alojada na ABA (Assoc. Bras. de Antropologia), na FUNAI e nas principais ONGs que lidam com a questão indígena.
Agora, no final de janeiro de 2010, o casal Márcia Alves e Edson Suzuki (da ONG - ATINI: Voz pela vida), que tem feito um trabalho de contestação do infanticídio e de apoio a famílias indígenas que discordam da prática, recebeu intimação da Procuradoria Geral da República. A acusação: facilitar a realização de um documentário com índios e crianças indígenas "contra a vontade deles". Obviamente que isso é a ponta de um iceberg de opositores que permeiam o governo e se ocupam em perseguir aqueles que valorizam a vida e as responsabilidades que todos, governantes e governados, têm para com o Criador, acima de programas ateus partidários. São os relativistas multiculturais que querem definir as regras do jogo de nossa sociedade e, se ficarmos calados, prevalecerão.
Em uma palestra realizada na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 2007, o sociólogo e palestrante inglês Os Guiness fez uma análise das divergências da humanidade, apresentando três caminhos que têm sido seguidos para resolver a convivência com as profundas diferenças da raça humana. Ele detalhou a postura adotada em várias sociedades, e classificando-as como Universalismo Progressivo, o Relativismo Multicultural e a Aliança Cívica Plural; esta última, apontada por ele como a melhor forma de conviver em um mundo de disparidades (maiores informações sobre essa palestra, nesse link). É esse caminho do Relativismo Multicultural, visão que está bem presente em nosso país e com resultados desastrosos, que nos chama atenção nesse momento. Especialmente, quero abordar essa questão muito contemporânea do infanticídio indígena, que tem ceifado inúmeras vidas, perante o olhar impassível de antropólogos e autoridades. Estes têm considerado essa questão apenas como uma peculiaridade de uma cultura, que não pode ser contraditada. A suposta convivência harmônica de diferenças, no Relativismo Multicultural, se mantém com o sacrifício do reconhecimento de absolutos éticos. O grande perigo existente nesse caminho é o fechamento dos olhos ao mal explícito, rotulando ocorrências condenáveis como legítimas, válidas e inquestionáveis, por serem "expressões culturais".
 
É exatamente isso que vem ocorrendo em nosso meio, quanto a essa questão, na remoção de vários limites sociais que não deveriam ser derrubados. O antropólogo e teólogo Ronaldo Lidório, entre outros, já chamou atenção para os assassinatos de crianças que ocorrem nas culturas indígenas, no artigo: Não Há Morte Sem Dor e em sua "Carta Aberta Sobre o Infanticídio Indígena". Os questionamentos dessa prática e até a simples discussão da mesma, entretanto, é vista com maus olhos não somente pelas autoridades cegas pelo relativismo multicultural, mas também pela maioria da mídia, que embasa suas pautas e reflexões com igual descaso pelo que seria certo e o que seria errado - obviamente por não aceitar a premissa de que existem, sim, valores universais absolutos.
 
Uma matéria da Revista VEJA de 15 de agosto de 2007, sobre o infanticídio indígena, apresentou grande exceção nessa insensibilidade imoral, trazendo uma visão favorável à ação de pessoas que têm se colocado contra a prática do infanticídio praticado em algumas comunidades nativas no nosso país. O senso de certo e errado das pessoas (teologicamente isso é identificado como "a lei de Deus impressa em seus corações" - Rom. 2.15), despertado pela reportagem, gerou muitas cartas de apoio à revista que apontava a inatividade e incompetência da FUNAI para resolver essas situações.
Um dos poucos parlamentares que têm se alinhado contra esses assassinatos que ocorrem no nosso solo é o Deputado Henrique Afonso. Parlamentar do Acre, ele tem tomado posições firmes nesta e em outras questões relacionadas com a vida e com a família, com singular independência, seguindo sua consciência de cristão. Por causa dessas posições favoráveis à vida, o deputado foi processado pelo seu antigo partido (PT), do qual se desassociou, em um daqueles típicos processos bolchevistas de antanho. De sua autoria, está na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados um projeto de lei que, se aprovado, aumentará a pena de quem comete ou permite infanticídio em populações indígenas. O PL 1057/2007 criminaliza 12 práticas tradicionais reconhecidamente nocivas.
São muitas as vozes de apoio a essa iniciativa louvável? Não! O Centro Feminista de Apoio e Assessoria - Lobby esquerdista e com posturas declaradamente contrárias à vida e à família, se opõe claramente a este projeto lei, chamando-o de "repressivo" em seu site: "Ele precisa ser discutido com as mulheres indígenas, que serão as principais atingidas pela nova legislação", diz Myllena Calasans, assessora parlamentar do CFEMEA para a área de direitos humanos.
Pago com o seu e o meu imposto, temos uma Comunidade de Discussão do Poder Legislativo - Interlegis (Senado e Câmara). Nesse site somos brindados com a notícia de que "Antropólogos e representantes de povos indígenas defenderam, nesta quarta-feira, o direito de as tribos decidirem sobre infanticídio". Os depoimentos ocoreram em uma audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias. A representante das mulheres indígenas no Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, Jacimar de Almeida Gouveia (da etnia Kambeba), disse que a decisão deveria ser somente das famílias. Ela criticou a atuação de organizações não-governamentais (ONGs) que retiram crianças deficientes das aldeias para levá-las para as cidades.
 
Vejam a explicação que ela tem para o infanticídio: "Quando uma família decide eliminar um de seus membros, é feito um ritual, que tem um significado, e o assunto é encerrado. Ao contrário, quando uma criança é retirada da aldeia a dor não tem fim, pois eles ficam impedidos de saber qual foi o desfecho". Muito lógico, não? Permitam, consintam e defendam o infanticídio para que a família não fique supostamente desconfortável com um dor que é subjetiva e não aferível. Trocamos o fato concreto de uma criança sacrificada, pelo relativismo cultural intangível da proteção à cultura - muito civilizado!
Mas o que nos espanta, mesmo, é a notícia, no mesmo site (Interlegis) das palavras do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Augusto Freitas Meira, e da representante do Fórum de Defesa dos Direitos Indígenas (IDDI) Valéria Payê. Esses especialistas, de carteirinha, "defenderam o direito às diferenças culturais". O presidente da Funai fica em cima do muro do relativismo ético e, agradando aos antropólogos, diz: "A análise requer cautela, pois o tema é delicado e complexo e não deve ser reduzido ao julgamento moral das práticas e tradições indígenas", ao que Valéria Payê complementa que os indígenas não podem se submeter aos padrões morais e culturais dos brancos. "Eles têm direito a uma concepção própria de direitos humanos. Por que os povos indígenas deveriam aceitar a visão dos brancos sobre direitos humanos como a única correta?"
 
Do ponto de vista antropológico o Brasil é um dos países mais radicais na defesa do não intervencionismo e do relativismo cultural. A influência relativista está alojada na ABA (Assoc. Bras. de Antropologia), na FUNAI e nas principais ONGs que lidam com a questão indígena. Em seus artigos, Lidório relata vários fatos de diversas culturas que demonstram não ser o infanticídio uma peculiaridade dos nossos índios. Diz ele que "o infanticídio... não é um fato isolado nem mesmo reside em um passado distante; é uma experiência atual". Nem por isso pode passar em branco sem ser contestado; sem que a sociedade condene a prática e ofereça alternativas para as culturas que a pratica.
Edson Massamiti Suzuki, esse que está sendo intimado como criminoso - por defender inocente, afirma que "a prática do infanticídio é uma realidade até os dias de hoje, e que a cada ano dezenas de crianças são enterradas vivas, sufocadas com folhas, envenenadas ou abandonadas para morrer na floresta. Mães amorosas são muitas vezes forçadas pela tradição cultural a trair seus instintos e desistir de suas crianças. Algumas preferem se suicidar a fazer isso. Outras têm que conviver com a dor e o remorso pelo resto da vida. Em alguns casos, as mães lutam pela vida de seus filhos enquanto podem, e são obrigadas a viverem excluídas da sociedade ou a se refugiar fora da sua comunidade".
 
Poucos, entretanto, estão interessados nos direitos dessas mães, ou nos direitos das crianças, tudo por uma suposta proteção relativista do "direito" de proteção à cultura. Um dos que estão, na cidade de Tupã, estado de São Paulo, é o vereador Airton Peres Batisteti, que se posicionou contra o infanticídio indígena e tem propostas sobre a matéria. Ele disse o seguinte sobre essa questão: "mesmo sendo uma violação aos direitos humanos, o infanticídio acaba sendo protegido pelos órgãos oficiais, sob a política de não interferência cultural".
 
O deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, nos diz em outro site oficial, pago por nós (Rádio Câmara), que o importante nessa questão de infanticídio é o debate: "Ninguém é dono da verdade. É, nós achamos que é fundamental o respeito a vida mas também o respeito às diferenças... Nós queremos efetivamente que outros debates possam acontecer".
 
E assim, assepticamente, como se vidas não estivessem envolvidas e sendo ceifadas, vamos debatendo. No caldeirão do relativismo multicultural, cabe tudo. Fechamos os olhos até a assassinatos, porque, acima de tudo, está o "respeito às diferenças" em um mundo do qual se aboliram os valores éticos universais e fundamentais.
* - Solano Portela é teólogo, escritor e conferencista - http://www.solanoportela.net
 
ATINI – VOZ PELA VIDA  é uma organização social, sem fins lucrativos,  formada por índios e não-índios, que atua na defesa dos direitos das crianças indígenas em situação de risco e na busca de um modelo indigenista mais humano.
 
SCRN 714/715 Bloco F Loja 18 
70 761-660  Brasília - DF
 
Telefones: (61) 8116 1595  _ www.atini.org  (Taborda)

13) www.soma.org.br Lenildo Medeiros_  23 de abril de 2010 1 Informações para orar por MISSÕES INDÍGENAS
 
Lançado relatório Etnias Indígenas Brasileiras 2010
Crescente migração urbana, uma explosão de indivíduos que passam a se
autodeclarar indígenas nos últimos 15 anos, acelerada perda da língua
materna nas etnias periféricas às áreas urbanas e intensificação dos
problemas de saúde, educação e subsistência nos ambientes de aldeamento.
Estas são as principais conclusões do relatório Etnias Indígenas
Brasileiras 2010, um banco de dados atualizadíssimo sobre a situação dos
índios brasileiros e a atuação missionária evangélica neste campo. O
estudo foi realizado pelo Departamento de Assuntos Indígenas da
Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) e coordenado
pelo antropólogo e pastor Ronaldo Lidório. A AMTB possui 41 agências
missionárias filiadas com missionários vinculados a mais de 120
diferentes denominações evangélicas.

Estatísticas atualizadas do desafio missionário indígena no Brasil
“A Igreja indígena está em franco crescimento, e isto se dá a partir das
relações inter-tribais locais, atuação missionária com ênfaseno
discipulado e treinamento indígena e três fortes movimentos indígenas
nacionais. A presença missionária coordena mais de duas centenas de
programas e projetos sociais de relevância que minimizam o sofrimento em
áreas críticas, sobretudo em educação e saúde, e valorizam a sociedade
indígena local”. A boa notícia vem do relatório 2010 Etnias Indígenas
Brasileiras, do Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de
Missões Transculturais Brasileiras (AMTB). Mas segundo o estudo, ainda
há muito o que fazer: “não há presença missionária em 95 etnias
conhecidas, 27 etnias isoladas e 25 a pesquisar, totalizando 147 etnias
sem presença missionária”.

A tradução da Bíblia para línguas indígenas e o crescimento
do número de índios nas cidades brasileiras
Dados do relatório Etnias Indígenas Brasileiras 2010, do Departamentode
Assuntos Indígenas da Associação de Missões Transculturais Brasileiras
(DAI/AMTB), revelam a existência de 181 línguas indígenas no Brasil. Em
54 delas há programas de análise linguística e letramento em andamento,
sob iniciativa evangélica. Em 31, há também programas de tradução
bíblica em andamento. Segundo o estudo, atualmente, em três línguashá a
Bíblia completa (que serve a sete etnias); em 32 há o Novo Testamento
completo (que serve a 36 etnias) e em 23 há porções bíblicas. A
pesquisa, coordenada pelo antropólogo e pastor Ronaldo Lidório, faz
outro tipo de constatação do universo indígena, agora demográfica. Diz
que é muito grande o crescimento da população geral dos povos indígenas
no Brasil, assim como é notório o aumento do número de “autodeclarados”
índios nas cidades.

Dia do índio e a crescente necessidade de defesa de direitos
dos povos das florestas
Uma importante reunião do Fórum Permanente das Nações Unidas (ONU) sobre
Questões Indígenas coincidiu com as comemorações do Dia do Índio no Brasil.
Em discussão, as preocupações maiores dos especialistas com as populações das
florestas no mundo: desenvolvimento econômico e social, identidade e preservação
da cultura, meio ambiente educação, saúde, liberdades fundamentais e
direitos humanos. Temas que devem estar também presentes em iniciativas
em defesa dos índígenas em terras brasileiras. O Ministério Público Federal (MPF)
de Rondônia, por exemplo, tem mais de 160 investigações sobre violações
aos direitos dos integrantes dos 54 povos indígenas que vivem naquele estado.
O órgão quer garantir aos índios direitos fundamentais, tais como: saúde,
educação, registro civil, preservação cultural, terras tradicionais
e compensações ambientais
--
Lenildo Medeiros, editor _ www.soma.org.br
(21) 9831-0504/ 2288-5274
skype_ lenildomedeiros
twitter: @abibliaeojornal


14. )
30 DIAS DE ORAÇÃO
PELOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL
 
Produção: (Nome da organização, responsáveis e contatos)
Organizador: Ronaldo Lidório
Revisores: Cácio Silva, Cassiano Luz, Henrique Terena, Marcelo Carvalho, Márcio Schmidel  e Kézia Lidório
Fontes: Banco de dados do Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (DAI-AMTB) e Relatório Etnias Indígenas Brasileiras 2010 (www.revista.antropos.com.br)
Colaboração:
• APMT (Agência Presbiteriana de Misssões Transculturais)
• DAI-AMTB (Departamento de Assuntos Indígenas da Asssociação de Missões Transculturais Brasileiras)
• CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas)
• INSTITUTO ANTROPOS
• SEPAL (Servindo aos Pastores e Líderes)
 
Maiores informações sobre os povos indígenas do Brasil:
 
 
© Instituto Antropos 2011. Reprodução permitida.
 
 
 
 
Introdução
Deus ouve as orações, e esta é uma das verdades mais fantásticas da vida cristã.
Era comum Jesus convidar seus discípulos para momentos de oração (Lc 11:1). Desejava conduzi-los a um ato de fé e a momentos de intimidade com o Pai. Ao longo de sua vida e ministério Jesus continuamente orava (Mc 6:46). Por vezes se distanciava da multidão para uma noite inteira de intercessão, outras vezes falava com o Pai em curtas frases em meio à agitação diária (Mt 26:44). Em Suas orações frequentemente nos apresentava a Deus rogando por nossas vidas (Jo 17:15).
A oração nos convida ao relacionamento. Ela nos coloca aos pés do Senhor para buscarmos a Sua presença, conversarmos sobre as coisas do coração e sermos por Ele sondados. A oração provavelmente mais arriscada em toda a Palavra foi proferida pelo salmista quando clamou: “Sonda-me ó Deus e conhece o meu coração. Prova-me e conhece os meus pensamentos. Vê se há em mim algum caminho mal e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139:23). Nela o salmista roga para que o Senhor o sonde reconhecendo que não somos capazes de sondar a nós mesmos, precisamos de Deus para entender nosso próprio coração. Roga que o Senhor o prove pedindo que Deus o conduza nos processos dos pensamentos, pois dependemos dEle para isto. Por fim roga que Ele o guie afirmando que sem Ele estamos perdidos. Orar, portanto, não é tão somente apresentar nossas petições perante o Altíssimo, é nos aproximarmos do Seu coração.
Mas não basta orar, é necessário perseverar em oração (Ef. 6:18).  No livro de Atos vemos que a Igreja do primeiro século perseverava “na doutrina dos apóstolos, na comunhão,  no partir do pão e nas orações” (At. 2:42). Este texto funciona como um elo de ligação entre o Pentecoste e a vida diária da Igreja. As Escrituras destacam aqui de forma objetiva que esta comunidade que seguia a Cristo era a comunidade da perserverança, que cria no impossível e caminhava na vontade do Pai mesmo durante as épocas de maiores incertezas, e o fazia em oração.
Gostaria de convidá-los a orar e perseverar em oração pelos povos indígenas do Brasil nestes dias. Temos ainda em nosso país 121 etnias pouco ou não evangelizadas, 37 vivendo em risco de extinção, 111 grupos em complexos processos de urbanização, 38 línguas com clara necessidade de tradução bíblica e 99 etnias onde há uma igreja indígena, mas ainda sem liderança própria. Os missionários evangélicos atuam em 182 etnias em evangelização, plantio de igrejas, treinamento de líderes e ações sociais, coordenando 257 programas sociais. São desafios enormes. Precisamos rogar ao Senhor pela renovação das forças dos que estão com a mão no arado, novos obreiros para novas iniciativas, sinceras conversões entre os grupos e o fortalecimento da Igreja Indígena no Brasil, recursos para os trabalhos, o abrir das portas que permanecem fechadas e, sobretudo, clara direção do Alto para que seja feita a Sua vontade.
Nestes 30 dias rogue ao Senhor da Seara por cada vida, etnia e missão, em perseverança, crendo que o Senhor ouve as orações.
Ronaldo Lidório
 
 
 
DIA 1 – Oremos pelos Indígenas do Brasil
O Brasil indígena é formado por 228 etnias conhecidas e oficialmente reconhecidas, 27 isoladas, 10 parcialmente isoladas, 9 possivelmente extintas (sem comprovação conclusiva), 41 ressurgidas e 25 ainda a  pesquisar, totalizando 340 grupos. 
A população aproximada em 2010 é de 616.000 indígenas. Dentre estes, 52% habitam em aldeamentos e 48% em regiões urbanizadas ou em urbanização. Cerca de 60% da população indígena brasileira habita a Amazônia Legal, composta pelos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão. A partir das leituras de movimentos demográficos, porém, estima-se que em 5 anos o número dos que vivem em aldeias será equivalente aos que vivem nas pequenas e grandes cidades. A partir de 2015 a quantidade de indígenas habitando centros urbanos será, certamente, maior e em gradual aumento.
Neste universo de diversidade e multiculturalidade encontram-se as 121 etnias pouco ou não evangelizadas. São aquelas em que o evangelho de Cristo ainda não chegou, ou foi comunicado apenas a uma parte do grupo. Este tem sido um dos alvos de oração e também de esforço missionário. O DAI-AMTB (Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de Missões Transculturais Brasileiras) reúne 41 agências missionárias filiadas, as quais abrigam missionários vinculados a mais de 120 diferentes denominações evangélicas. Juntamente com outros movimentos parceiros, como o CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas), há uma crescente atenção neste presente desafio de comunicar o evangelho de Cristo aos que ainda não o conhecem.
 
Oremos:
1. Pelos grupos indígenas do Brasil e os complexos processos de manutenção de identidade, língua e cultura em meio a uma sociedade envolvente.
2. Pelas graves carências sociais, especialmente em educação, saúde e subsistência, que atingem mais de 70% dos grupos indígenas em nosso país.
3. Pelos 37 grupos vivendo em risco de extinção.
4. Pelos 121 grupos pouco ou não evangelizados, para que ouçam a respeito de Cristo.
5. Por 500 novos missionários que possam colaborar com as iniciativas em curso e se envolver com a tarefa ainda inacabada.
 
 
 
 
 

DIA 2 – Oremos pela Igreja Indígena no Brasil
A Igreja Indígena é um movimento crescente em nosso país e, possivelmente, maior do que se imagina. Os últimos congressos de indígenas evangélicos promovidos pelo CONPLEI, com milhares de participantes, mostram um pouco desta realidade. Esta igreja está presente, em diferentes níveis de representação, em 150 etnias, possuindo igreja local com liderança própria em 51 e sem liderança própria em 99.
Há presença missionária evangélica em 182 etnias indígenas, representando mais de 30 agências missionárias evangélicas e quase 100 diferentes denominações.
 
Há 16 seminários e cursos bíblicos no Brasil com ênfase no preparo indígena e 3 movimentos nacionais de iniciativa e coordenação indígena evangélica: o Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas (CONPLEI), a Associação de Mulheres Evangélicas Indígenas (AMEI) e a Associação Indígena de Tradudores Evangélicos (AITE).
Há 121 etnias pouco ou não evangelizadas, ou seja, aquelas em que não há presença missionária evangélica nem mesmo crentes na etnia. Outros fatores, como acesso a outras etnias evangelizadas e dispersão demográfica, também foram considerados nesta categoria. Destas 121 etnias pouco ou não evangelizadas, 74 habitam áreas viáveis, mais abertas politicamente. O restante se divide entre áreas parcialmente restritas (13) ou totalmente restritas (34).
Dentre as 150 etnias com presença evangélica indígena, 99 não possuem liderança própria e, destas, 54 não dispõem de acesso a nenhum programa de ensino bíblico. Isto demonstra que a Igreja indígena está em franco crescimento, porém não há proporcional desenvolvimento do ensino e treinamento, o que pode gerar graves problemas como sincretismo e nominalismo.
Oremos para que a Igreja Indígena, juntamente com as agências missionárias, possam também efetivamente trabalhar no combate ao alcoolismo, consumo de drogas, infanticídio e violência contra a mulher entre as etnias do nosso país. São problemas sérios que demandam compromisso de longo prazo.
Oremos:
1. Pelo crescimento e amadurecimento da Igreja indígena.
2. Pelo treinamento de novos líderes indígenas, especialmente entre os 99 grupos sem liderança evangélica própria.
3. Pelo CONPLEI, AMEI e AITE.
4. Pelos líderes indígenas nacionais como Henrique Terena, Edson Bakairi, Eli Tikuna, Jaison de Souza, Jonas Reginaldo, Leonísia Firmo, Luiz Terena e Paulo Nunes, além de vários outros preciosos irmãos. 
5. Para que a Igreja indígena se torne mais e mais missionária.
 

DIA 3 – Oremos pelas Organizações Missionárias
Mais de 30 Agências missionárias, representando cerca de 100 denominações evangélicas, formam hoje este efetivo missionário entre os indígenas do Brasil onde se misturam as ações brasileiras, estrangeiras e indígenas, de mãos dadas. Devemos neste dia nos lembrar de louvar a Deus pelos pioneiros que vieram antes de nós deixando suas terras, igrejas e famílias. Vieram abrir o caminho. A Igreja Indígena é hoje fruto desta dedicação.
 
Oremos pelas agências missionárias vinculadas ao DAI/AMTB (Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de Missões Transculturais Brasileiras): AEMI (Associação Evangélica Missionária Indígena), AGEMIW (Agência Missionária Wesleyana), ALEM (Associação Linguística Evangélica Missionária), AMANAJÉ, AMEI (Associação de Mulheres Evangélicas Indígenas), AMEM (A Missão de Evangelização Mundial), AMIDE (Associação Missionária para Difusão do Evangelho), APEC (Aliança Pró-Evangelização de Crianças), APMT (Agência Presbiteriana de Missões Transculturais), ASAS DE SOCORRO, ATE (Associação Transcultural Evangélica), ATINI (A Voz pela Vida), CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas), GAPCK (Seminário Teológico Timóteo do Amazonas), GRAVAÇÕES BRASIL, INSTITUTO ANTROPOS, JAMI (Junta Administrativa de Missões da Convenção Batista Nacional), JMN (Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira), JOCUM (Jovens com Uma Missão), MCD (Missão de Cristianismo Decidido), MEIB (Missão Evangélica aos Índios do Brasil), MEU (Missão Evangélica Unida), MEVA (Missão Evangélica da Amazônia), MICEB (Missão Cristã Evangélica do Brasil), MISSÃO ANTIOQUIA, MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ, MISSÃO HORIZONTES, MIU (Missão Indígena Uniedas), MNTB (Missão Novas Tribos do Brasil), MISPA (Missão Priscila e Aquila), OMITTAS (Organização da Missão Indígena da Tribo Ticuna do Alto Solimões), SAIM (South America Indian Mission) e SIL (Sociedade Internacional de Linguística).
 
As iniciativas missionárias evangélicas presentes em 182 etnias indígenas no Brasil atuam na evangelização, ações sociais, plantio de igrejas, tradução bíblica e treinamento de líderes. Coordenam 257 diferentes programas sociais, colaborando com a subsistência em áreas de maior necessidade e tantas outras iniciativas, representadas por ações em educação na língua materna, minimização dos problemas de saúde, valorização da cultura e da língua tradicional.
 
Oremos:
1. Para que o Senhor fortaleça as Organizações Missionárias em suas necessidades.
2. Pelos processos de evangelização, tradução da Bíblia, ações sociais e plantio de igrejas entre os que pouco ou nada ouviram.
3. Pelos 257 programas sociais, para que sejam usados para minimizar o sofrimento e promover a dignidade indígena.
4. Pela liderança de cada Organização Missionária, para que o Senhor lhes dê sabedoria.
5.  Por clara visão do Senhor para novos passos na direção que seja prioritária para o Reino.
 
DIA 4 - Oremos pelos Missionários
Há grave necessidade de um efetivo missionário maior em quase todas as frentes missionárias indígenas, tanto para manter o trabalho valorosamente começado anos ou décadas atrás, bem como iniciar novos trabalhos onde há oportunidades, mas poucos recursos humanos.
Devemos orar por aqueles que já estão no campo há algum tempo, sejam veteranos e pioneiros ou mais jovens e recém-chegados. Que o Senhor os sustente dando ânimo novo e forças renovadas. Também pela provisão para cada projeto missionário.
Os últimos anos têm sido marcados por um desejo de novos grupos ou comunidades indígenas de ouvir a Palavra de Deus. Muitos apelos, porém, ficam sem resposta, pois não há quem vá. Também na retaguarda, atuação de base, trabalhos especializados de apoio e consultorias há grave carência de maior presença missionária. Não há presença missionária em 147 etnias indígenas no Brasil, sendo 95 conhecidas, 27 isoladas e 25 a pesquisar.
Devemos orar por novos missionários que: (1) tenham compromisso com Cristo e a obra missionária entre os povos indígenas; (2) estejam desejosos de se envolverem com desafios e programas de médio e longo prazo; (3) sejam aptos ao aprendizado de uma nova língua e cultura; (4) tenham forte desejo de se envolverem com o universo indígena de forma integral; (5) sejam aprovados segundo a Palavra de Deus (1 Timóteo 3).
Oremos:
1. Pelos missionários em seus campos e ministérios, por forças novas e ânimo no Senhor. Por um bom relacionamento com a equipe de trabalho e também com o indígena.
2. Pelas famílias missionárias, boa saúde, vida em família e criação dos filhos no Senhor. Também por provisão pessoal para os projetos familiares.
3. Por novos missionários, relacionamento com suas igrejas enviadoras e agências  missionárias, provisão para suas vidas e início de ministério e, sobretudo, vida com Deus e clara direção do Alto para o próximo passo.
4. Por discernimento quanto ao trabalho e perseverança para os novos missionários. Por um bom relacionamento com a equipe de trabalho e com o indígena.
5. Por facilidade no aprendizado de língua e compreensão da cultura com a qual se relaciona. Por amor a Cristo e aos indígenas com os quais trabalha. Por alegria no ministério.
 
 
 
 
 

DIA 5 – Oremos pelas Traduções Bíblicas
Consideramos a existência de 181 línguas indígenas no Brasil, apesar das diferentes discussões e estudos ainda inconclusivos sobre várias delas.
O trabalho missionário tem sido um dos principais promotores da grafia e preservação das línguas tradicionais dos povos indígenas em nosso país e diversas outras partes do mundo.
Em 54 línguas há programas de análise linguística e letramento em andamento, sob iniciativa evangélica. Em 31 destas línguas há também programas de tradução bíblica em andamento. No momento, contamos com 58 línguas que possuem porções bíblicas, o Novo Testamento ou a Bíblia completa em seu próprio idioma, material que serve a 66 etnias.
Em 3 línguas há a Bíblia completa (que serve a 7 etnias); em 32 há o Novo Testamento completo (que serve a 36 etnias) e em 23 há porções bíblicas (que servem ao mesmo número de etnias).
Há 10 línguas com clara necessidade de tradução bíblica, 28 com necessidade de um projeto especial de tradução com base na oralidade e 31 com situação ainda indefinida, a avaliar. Estas 31 línguas a avaliar são faladas por 59 etnias. Tanto as línguas com necessidade de projetos de tradução quanto aquelas com necessidade de um projeto especial de oralidade possuem pouquíssima possibilidade de compreensão do Evangelho em alguma outra língua, por outros meios de comunicação ou outros grupos próximos. Oremos especialmente pelos Aweti (Mato Grosso), Húpdah (Amazonas), Juruna (Mato Grosso e Pará), Kamayurá (Mato Grosso), Karitiana (Rondônia), Mynky (Mato Grosso), Panará (Mato Grosso e Pará), Waimiri-Atroari (Amazonas e Roraima) e Zo’é (Pará).
Oremos:
1. Pelo uso das Escrituras já traduzidas e disponibilizadas: para que sejam abundantemente usadas pela Igreja indígena.
2. Pelas 38 línguas conhecidas sem as Escrituras: novas iniciativas, bem como projetos de oralidade.
3. Pelos projetos em andamento em 54 diferentes línguas: ânimo renovado para cada linguista-tradutor, agência missionária e igreja envolvidas com estes projetos.
4. Por novos linguistas, tradutores, educadores e mestres.
5. Pela AITE (Associação Indígena de Tradutores Evangélicos) bem como pelas igrejas indígenas sem as Escrituras em seu próprio idioma.
 
 
 
 
 
DIA 6 – Oremos pelo Uso das Escrituras
O trabalho de tradução e uso das Escrituras é longo e requer um envolvimento integral de, pelo menos, uma geração. Não é suficiente traduzir as Escrituras, mas também alfabetizar os que a lerão e despertar neles o desejo de fazê-lo. Além da forma clássica de tradução bíblica (publicações impressas) há também muitos desafios para a produção de material em audio e audiovisual. A transmissão das Escrituras de forma oral tem sido uma ótima estratégia de comunicação das Boas Novas e se adequa a diversas línguas e contextos.
Há 17 etnias com acesso à Bíblia (seja porção, Novo Testamento ou Velho Testamento) na língua materna, mas sem indígenas evangélicos entre eles. Ou seja, a Bíblia está presente, mas não está sendo usada. Há ainda outras 25 etnias com o mesmo acesso à Bíblia e com existência da igreja indígena local, mas sem liderança própria.
O desafio de tradução e transmissão das Escrituras se faz presente, assim, tanto nas 10 línguas com carência confirmada de tradução bíblica, como nas 28 com necessidade de um projeto especial de oralidade e, também, nas 54 que possuem projetos linguísticos e de tradução em andamento. É imperativo apoiarmos aqueles que já estão no caminho, com longo trabalho já realizado, e não somente investirmos em novas iniciativas.
Vemos, portanto, que nesta área precisamos olhar para os que já estão caminhando, para que não parem ao longo do caminho; para os que irão iniciar a caminhada com novos desafios; e para aqueles cujo trabalho de tradução já foi concluído, mas o uso das Escrituras necessita ser reavivado. Precisamos de educadores e mestres na mesma proporção que linguistas e tradutores.
Oremos:
1. Para que a Igreja Indígena tenha crescente interesse pela Palavra em sua própria língua. Por proveito na leitura, aprendizado e reprodução da Palavra a outros.
2. Por mais missionários linguistas e tradutores, bem como educadores e mestres em cada grupo indígena com tal necessidade.
3. Pela disponibilização das Escrituras de forma escrita, gravada, contada ou dramatizada (e, sobretudo em testemunho) em cada etnia indígena do Brasil.
4. Pelos projetos de tradução em andamento, para que os indígenas tenham interesse na participação dos mesmos desde já.
5. Pelas organizações e iniciativas missionárias promotoras da Palavra entre os indígenas: por perseverança, bom trabalho, portas abertas e criatividade na disponibilização das Escrituras em cada língua do nosso país.
 
 
 

DIA 7 – Oremos pelos Indígenas Urbanizados
Considerando que 48% da população indígena brasileira já vive hoje em áreas urbanizadas é necessário orar por este desafio. Provavelmente, 111 grupos indígenas já vivem em contexto de urbanização, o que promove uma série de disfunções socioculturais.
A urbanização é um fenômeno produzido, sobretudo, pelos processos de atração que promovem a migração do indígena para áreas urbanizadas, pequenas e grandes cidades. Os principais elementos de atração são: (1) busca por educação formal em português; (2) proximidade de uma melhor assistência à saúde; (3) acesso a produtos assimilados (especialmente roupas, alimentos, entretenimento e álcool); e (4) expectativa de melhor subsistência.
Os dados quanto ao processo de urbanização e suas implicações socioculturais, sociolinguísticas e familiares ainda são inconclusivos, porém, apontam, em grande parte, para um cenário por demais preocupante, formado por sérias deficiências de inclusão social, empobrecimento da dieta alimentar e dificuldade de acesso às iniciativas de assistência pública.
A evangelização dos grupos urbanizados também representa um grande desafio. Duas posturas têm sido observadas de forma mais presente neste contexto. Primeiramente, ignorar e discriminar a presença indígena na cidade evitando o contato e qualquer iniciativa de relacionamento. Em segundo lugar, abordá-los sem critérios de sensibilidade cultural, incorporando-os à trabalhos com padrões não indígenas que promoverão dificuldades de comunicação e algum sistema de exclusão.
Oremos:
1. Pelos 111 grupos indígenas em processo de urbanização.
2. Pelas políticas públicas, para que possam contemplar este grupo quase invisível nas cidades brasileiras.
3. Pelas iniciativas evangélicas entre eles, de forma ativa, intencional e culturalmente sensível.
4. Por lideranças indígenas evangélicas que possam conduzir o povo nesta difícil caminhada.
5. Pelas iniciativas do CONPLEI, que visam facilitar a experiência de urbanização dos indígenas evangélicos.
 
 
 
 
 
 
 
DIA 8 – Oremos pelas Ações Sociais e Direitos Humanos
Historicamente as iniciativas missionárias sempre se associaram às ações sociais, especialmente nas áreas de educação e saúde.
 
Em 165 etnias indígenas há programas e projetos sociais coordenados por missionários evangélicos. Destas, 92 possuem um programa social ativo, 54 possuem dois programas sociais ativos e 19 possuem 3 ou mais programas, perfazendo 257 programas e projetos com ênfase nas áreas de educação (análise linguística, registro, letramento, publicações locais e tradução), saúde (assistência básica, primeiros socorros e clínicas médicas), subsistência e sociocultural (valorização cultural, promoção da cidadania, justo comércio e inclusão social). Apenas 17 etnias com presença missionária evangélica não possuem um programa social ativo. Mais de 90% de todos os programas e projetos são subsidiados por igrejas, empresas e representantes evangélicos do Brasil. Estes números demonstram que a presença missionária evangélica está, histórica e tradicionalmente, sempre associada a iniciativas sociais e culturais, especialmente àquelas com forte valor para o povo local.
 
Várias destas iniciativas estão associadas à luta pelos direitos humanos. Um movimento nacional com ênfase no combate ao infanticídio foi iniciado pela ATINI – VOZ PELA VIDA, e aglutinou, nos últimos anos, apoio e participação de todos os segmentos evangélicos, despertando o debate, expondo fatos contundentes e resultando em ações de valorização à vida e apoio a crianças em risco de infanticídio.
Oremos:
1. Pelos 257 programas sociais coordenados pelos missionários: por sabedoria, perseverança e provisão de recursos humanos e financeiros.
2. Pelas populações indígenas com carências não supridas em áreas sociais: por novas iniciativas.
3. Por políticas públicas mais amplas que contemplem as populações com maiores carências.
4. Pela ATINI e a luta contra o infanticídio: pela liderança do movimento e conscientização das populações indígenas quanto ao assunto.
5. Pelos missionários envolvidos em ações sociais: por ânimo renovado a cada passo e provisão para cada projeto.
 
 
 
 
 
 
 
DIA 9 - Oremos pelas Etnias sob risco de Extinção
Dentre a diversidade do universo étnico indígena brasileiro encontram-se também 37 grupos vivendo em risco de extinção, levando em consideração sua população (inferior a 35 pessoas), elementos socioambientais desfavoráveis, limitado acesso à assistência de saúde, conflitos e dispersão, que são os 5 principais fatores no processo de extinção de um grupo.
Vale ressaltar que, além destas 37 etnias, outras 3 foram recentemente consideradas como extintas e 9 estão na categoria de possivelmente extintas, portanto é um processo dinâmico e amplo que atinge, especialmente, as etnias menores e sujeitas aos fatores mencionados. Devemos nos lembrar que etnias não se extinguem apenas no interior esquecido das matas, mas também no encontro de culturas, notadamente nos processos de urbanização.
Oremos pelos grupos minoritários e, especialmente, por aqueles que enfrentam situações de sofrimento humano e social.
Dentre às etnias sujeitas à extinção, lembremos de orar pelos Avá-Canoeiros, Txapacura, Arikapu, Ewuarhuyana, Juma, Krejê, Mandawaka, Tawandê, Yakarawakta e Wokarangma.
Oremos:
1. Por políticas públicas e iniciativas privadas que possam minimizar os problemas crônicos de saúde.
2. Pela diminuição dos conflitos no próprio grupo ou com membros de grupos vizinhos.
3. Pela evangelização e conversão destes grupos.
4. Pela preservação da língua, cultura e identidade.
5. Pela solução dos problemas que envolvem território.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

DIA 10 – Oremos pelas 121 Etnias Pouco ou Não Evangelizadas
Há cerca de 121 etnias que podemos considerar pouco ou não evangelizadas. São aquelas onde o evangelho não foi proclamado ou ainda não há crentes no Senhor Jesus Cristo. Destas 121 etnias pouco ou não evangelizadas, 74 habitam áreas viáveis, ou seja, áreas onde não há fortes restrições para a entrada e permanência missionária. O restante se divide entre áreas parcialmente restritas (13) ou totalmente restritas (34).
 Vários elementos fazem com que uma etnia permaneça ainda pouco ou não evangelizada após tantos anos de fé Cristã em nosso país, além de múltiplas iniciativas missionárias, porém, talvez o principal elemento seja de fato a carência de missionários.
 Como representantes destes grupos pouco ou não evangelizados podemos orar pelos Akuriô (Pará), Arapaso (Amazonas), Aweti (Mato Grosso), Kantaruré (Bahia), Katiana do Biá (Amazonas), Kokuiregatejê (Maranhão), Makuna (Amazonas), Maopityán (Pará), Muru (Acre), Paiaku (Ceará), Sakiriabar (Rondônia), Turiwara (Pará) e Zoé (Amazonas).   
Oremos:
1. Pela continuidade do trabalho de evangelização, para que o evangelho alcance o coração do povo na graça de Cristo.
2. Por novas iniciativas entre os que nada ouviram. Por novos missionários e clara direção para os menos evangelizados.
3. Por portas abertas junto ao grupo, tanto legais quanto comunitárias.
4. Pela relação destes grupos indígenas com outros já evangelizados onde há a Igreja de Cristo. Por testemunhos que transformam vidas.
5. Por perseverança e junção de forças para que todos ouçam, na própria língua e cultura, do Senhor Jesus.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

DIA 11 – Oremos pelas Etnias Isoladas
 Há, ainda, grupos indígenas com pouquíssimo ou nenhum contato com o mundo externo que são chamados de isolados. São 37 grupos listados nesta categoria, mas podem chegar a 52.  São etnias minoritárias que, pela dinâmica de trânsito e habitação em áreas remotas, critérios de evitamento relacional com outros grupos ou conflitos que os levararam a se distanciar, permaneceram isoladas de outros segmentos. 
Alguns destes grupos começam a se aproximar de áreas urbanizadas ou de outros grupos indígenas, e a pergunta que deve ser levantada é: sob quais critérios eles deixarão de ser isolados? Se o estado de isolamento os priva de alguns elementos desejáveis, como uma assistência mais ampla na área de saúde, a aproximação sem critérios da urbanização pode ser nociva ou letal ao grupo.
Não há critérios claros do Estado Brasileiro quanto a tais grupos, além de tentar mantê-los em isolamento. Devemos, assim, orar pelos Isolados da Serra do Taboleiro, Isolados da Serra do Taquaral, Isolados do Acre, Isolados do Alto Jutaí, Isolados do Alto Rio Envira, Isolados do Alto Rio Purus, Isolados do Arama e Inauini, Isolados do Bararati, Isolados do Cuminá, Isolados do Curuçá, Isolados do Igarapé Omerê, Isolados do Jatapu, Isolados do Rio Jari, Isolados Uru-Eu-Wau-Wau e Isolados do Xingu como representantes destes grupos ainda isolados em solo brasileiro.
Oremos:
1. Por uma política pública que seja realista e proponha critérios claros e aplicáveis em relação aos grupos que se aproximam de centros urbanizados ou o farão no futuro próximo.
2. Pelas situações de sofrimento, especialmente na área de saúde, além da complexidade de subsistência.
3. Para que, de alguma forma, Jesus Cristo torne-se conhecido entre eles.
4. Entre aqueles que já buscam um relacionamento com o mundo externo, por encontros que sejam seguros e benéficos.
5. Para que o Senhor os abençoe nas necessidades que desconhecemos.
 
 
 
 
 
 
 

DIA 12 – Oremos pelo Treinamento de Liderança da Igreja indígena
As 99 etnias com igreja evangélica, mas sem liderança própria, representam a extensão do desafio de treinamento em nossos dias. Junta-se a isto o fato de que 67 destas etnias possuem pouco acesso a cursos bíblicos e 54 não possuem nenhum acesso.
A Igreja Indígena vive um momento de crescente interesse na capacitação bíblica e em outras diversas áreas, porém sofre com a ausência de treinamento perante a demanda e necessidade. É necessário observarmos para onde o vento sopra e nos juntarmos a este movimento. Entre os anos de 2006 e 2007 há registro de 1.690 indígenas que participaram de encontros e congressos do CONPLEI ou apoiados pelo CONPLEI. Em 2008 e 2009 este número subiu para 2.350, demonstrando o grande interesse pela comunhão interétnica, treinamento e capacitação.
Há, portanto, necessidade de fortalecer os seminários e cursos já implementados para o treinamento indígena, investir em novas iniciativas como a Capacitação Bíblica Missionária Indígena (CBMI) e encorajar os movimentos de treinamento de própria iniciativa indígena, como o CONPLEI.
Uma das conclusões estratégicas mais claras e urgentes nestes últimos anos é a necessidade de investir de forma intencional e abundante no treinamento dos líderes indígenas evangélicos.
Oremos:
1. Pelos seminários de treinamento de líderes indígenas no Brasil: mais professores e provisão do Senhor para seu desenvolvimento.
2. Pela CBMI e outros programas usados para esta finalidade: provisão do Senhor e recursos humanos para o trabalho.
3. Pelo projeto de educação indígena do CONPLEI em Iranduba, Amazonas: professores, provisão de recursos humanos e financeiros e sabedoria para cada passo.
4. Pelos programas locais de treinamento indígena ligados às iniciativas missionárias e igrejas indígenas locais.
5. Por líderes indígenas crentes, amadurecidos, com conhecimento da Palavra, sabedoria do Alto e coração missionário.
 
 
 
 
 
 
 
DIA 13 – Oremos pelos Projetos em Andamento e Projetos Especializados
É necessário atenção às atividades missionárias em andamento, especialmente aquelas que estão em fase de consolidação ou conclusão (mais de 10 anos). Pela índole da Igreja Evangélica Brasileira e seu afã por novas iniciativas, não raramente deixamos para trás preciosas sementes que foram lançadas na terra há uma ou mais décadas e que precisam de maior atenção e apoio. Refiro-me, portanto, à presença missionária em 182 etnias, aos 257 programas sociais em atividade, aos projetos de linguística e tradução em 54 línguas, aos três grandes movimentos evangélicos indígenas e aos 16 seminários e cursos com ênfase no treinamento indígena. Há clara necessidade de apoio para a consolidação e continuidade de tais atividades.
Em diversas atividades missionárias há necessidade de apoio técnico especializado, essencial para a qualidade da produção. Podemos citar áreas como a linguística, antropologia, missiologia, pesquisa, desenvolvimento comunitário, ações sociais, medicina, enfermagem, odontologia, consultoria jurídica, transporte, comunicação e logística. Sem um adequado fortalecimento no apoio especializado, as ações missionárias entre os povos indígenas perderão força, qualidade e oportunidade.
Podemos observar instituições e iniciativas em áreas especializadas como Asas do Socorro (apoio logístico, transporte, comunicação e ações sociais), Instituto Antropos (capacitação missionária e ferramentas de capacitação de liderança indígena) e Celebrando a Libertação (combate ao alcoolismo em suas variadas formas).  Tais iniciativas, especializadas, multiplicam as ações missionárias e melhoram a qualidade do serviço.
 
Oremos:
1. Pelas atividades missionárias em andamento, especialmente aquelas que estão em fase de consolidação ou conclusão (mais de 10 anos).
2. Pelos missionários que estão no campo há vários anos, por encorajamento, saúde e perseverança.
3. Pelos projetos especializados de apoio missionário nas áreas de linguística, antropologia, missiologia, pesquisa, desenvolvimento comunitário, ações sociais, consultoria jurídica, transporte, comunicação e logística.
4. Pela Missão Asas de Socorro, para que o Senhor envie mais missionários pilotos, mecânicos, administradores, profissionais de saúde e aqueles que seguram as cordas para que o trabalho avance.
5. Pelos 16 seminários que colaboram com o treinamento indígena no Brasil, por professores, recursos e alunos segundo o coração de Deus.
 
 
 
DIA 14 – Oremos pelas Iniciativas Missionárias das Igrejas Indígenas
Há no Brasil fortes igrejas indígenas que atuam além de suas fronteiras étnicas, como os Baniwa, Hixkariana, Kaiuá, Kuripako, Tikuna, Terena, Xerente e Wai-Wai, dentre outras. Há também igrejas mais localizadas, mas que possuem uma crescente visão e despertamento missionário. Todas elas são, em potencial, a maior força missionária para a evangelização dos pouco ou não evangelizados.
Devemos nos unir em oração para que estas igrejas, junto a outros grupos em que há uma igreja madura estabelecida e com liderança própria, possam desenvolver ações missonárias em seu próprio povo e além dele. Devemos orar por um movimento missionário de natureza indígena, liderado por indígenas, para os povos indígenas e além. Para que o Senhor desperte a Igreja Indígena Brasileira para a missão de ser sal da terra e luz do mundo.
As etnias Baniwa, Hixkariana, Kaiuá, Kuripako, Tikuna, Terena, Xerente e Wai-Wai, entre outras, possuem como perfil a presença de uma igreja evangélica viva e com liderança própria, com as Escrituras em sua própria língua e interesse em espalhá-las. Possuem também os desafios comuns a uma igreja que ainda é relativamente nova, que tenta formar sua própria liderança e consolidar sua identidade. A partir de tais etnias, um mover do Alto pode fazer chegar o Evangelho de Cristo aos que, ainda, nada ouviram, encorajar as igrejas que estão nascendo e colaborar para a consolidação das que buscam a autoctonia.
Oremos:
1. Pela igreja entre os Baniwa, Hixkariana, Kaiuá, Kuripako, Tikuna, Terena, Xerente e Wai-Wai: por um despertamento espiritual e missionário.
2. Pela Igreja Indígena presente em 150 etnias no Brasil: para que o Senhor desenvolva liderança madura, que ame a Palavra e conduza o povo a ações missionárias em seu próprio povo e além dele.
3. Pelas iniciativas da Igreja Indígena que já estão em andamento em direção aos não evangelizados, tanto indígenas quanto ribeirinhos: para que o Senhor abra as portas, dê boa direção e unidade em cada passo.
4. Por bons relacionamentos interétnicos da Igreja Indígena Brasileira com os grupos pouco ou não evangelizados.
5. Por sabedoria, para que a Igreja não indígena possa colaborar com a Igreja indígena nesta santa tarefa de proclamar as boas novas de Cristo entre todos os povos.
 
 
 
 
 
DIA 15 – Oremos pelos Tukano e Tukanizados
 Os Tukano e tukanizados (grupos influenciados pela língua e cultura tukano) como os Siriano, Tariano, Arapaso, Makuna, Desano, Barasano, Miriti-Tapuya, Tuyuka e Pira-Tapuya, Brasil e Colômbia, totalizam quase 15.000 pessoas. 
 Estes grupos localizam-se no vale do Uaupés, noroeste da bacia Amazônica e também nos rios Tiquié e Pupuri, afluentes do rio Uaupés no Alto Rio Negro.
Os Tukano são, historicamente, um povo líder e influenciador em sua região. Apesar de, normalmente, se declararem católicos, há bastante sincretismo do catolicismo com a religião tradicional e muito poucos crentes conhecidos entre eles. Experimentam um crescente processo de urbanização e politização.
Oremos por conversões sinceras, liderança bem discipulada e fortes igrejas missionárias. Há 3 iniciativas específicas de trabalho missionário evangélico entre os Tukano no Brasil e devemos rogar ao Senhor para que elas se transformem em fortes e maduras igrejas missionárias.
O povo Tukano que habita a Amazônia brasileira recebeu, recentemente, o Novo Testamento completo em sua língua, motivo de muito louvor a Deus. Devemos orar para que haja sede pela leitura da Palavra e que esta possa falar a muitos corações.
Oremos:
1. Pelos crentes da etnia Tukano, para que fiquem firmes no Senhor Jesus, amem a Palavra e possam influenciar muitos outros dentre o seu povo.
2. Pela evangelização do povo Tukano e demais povos tukanizados no vale do Uaupés e derredores, por conversões sinceras.
3. Por líderes Tukano bem treinados na Palavra, com vida guiada pela Palavra e ardor missionário no coração.
4. Pelos missionários que atuam entre os povos Tukano e tukanizados, por forças renovadas, bons relacionamentos e oportunidade de evangelização.
5. Pelas incipientes igrejas entre os Tukano, para que sejam avivadas no Senhor para amarem a Palavra, buscarem vida santa e serem usadas por Deus na obra missionária.
 
 
 
 
 
 
 

DIA 16 – Oremos pela Região do Uaupés
Três das grandes áreas indígenas com aglutinação étnica e pouco evangelizadas no Brasil são o parque do Xingu, o vale do Javari e a região do Uaupés.
A região do Uaupés é formada pelo rio Uaupés, seus afluentes e interflúvios no noroeste do Amazonas, região limítrofe com a Colômbia. O Rio Uaupés e seus afluentes abrigam mais de 300 povoados e aldeias onde o evangelho pouco tem sido proclamado.
 Nesta região habitam as etnias Arapaso, Bará, Barasana, Desana, Húpdah, Karapanã, Kubeo, Wanano, Makuna, Miriti-tapuya, Pira-tapuya, Siriano, Taiwano, Tariano, Tatuyo, Tukano, Tuyuka, Kotiria, Yuhupdeh e Yuruti, dentre outras.
Dentre os povos da região do Uaupés, os Húpdah e Yuhupdeh são, tradicionalmente, etnias que habitavam o interior da mata e, atualmente, se aproximam dos grandes rios. São cerca de 3.200 pessoas espalhadas em dezenas de aldeias de difícil acesso, falando suas línguas com suas variações dialetais. Fazem parte da mesma família linguística que os Dâw, Nadëb, Nadëb do Rio Negro e, provavelmente, os Kakua e Nukak. Dentre estas, os Dâw e Nadëb foram evangelizados, havendo boas igrejas entre eles, porém o restante continua sem presença conhecida de convertidos ao evangelho de Cristo.
 Estes grupos na região do Uaupés recebem influência católica há várias décadas, mas permanecem mais influenciados pela religião tradicional, tendo o pajé e seus benzimentos como centro de sua religiosidade.
Oremos:
1. Pelos povos da região do Uaupés, por acesso ao evangelho e conversões sinceras.
2. Para que Deus os liberte da dependência do caxiri (bebida feita com a fermentação de certo beiju feito da mandioca) e da cachaça (que bebem quando vão à cidade).
3. Para que Deus os liberte desse medo e temor dos espíritos e conheçam a pessoa do Senhor Jesus Cristo.
4. Pelas iniciativas missionárias na região, que possam ter oportunidades para comunicar o evangelho de Cristo.
5. Pelos missionários, por bom ânimo na caminhada, perseverança no trabalho, saúde, provisão e bons relacionamentos com os indígenas.
 
 
 
 
 
DIA 17 – Oremos pelo Vale do Javari
 O vale do Javari é localizado no sudoeste do estado do Amazonas e faz divisa com o Peru, abrangendo áreas banhadas pelos rios Javari, Jutaí, Jandiatuba, Curucá, Ituí, Itacoaí e Quixito. Sua extensão territorial ultrapassa 8 milhões de hectares e é uma área demarcada pelo governo brasileiro. Esta região abriga, possivelmente, o maior número de índios isolados do mundo.
 Abrange terras dos municípios de Atalaia do Norte, Benjamim Constant, São Paulo de Olivença e Jutaí. Diversas etnias habitam o vale do Javari: Kanamari, Kulina Pano, Kulina Arawa, Marubo, Matis, Matsés (Mayoruna), Korubo e Tsohom Djapá, além dos isolados.
 Nos últimos anos, tem sido constante o pedido de socorro médico por parte das etnias do Javari que denunciam as crises de saúde pública na região.
 Há poucos crentes conhecidos entre as etnias do vale do Javari e as iniciativas missionárias enfrentam diversas barreiras. Devemos orar para que o Senhor abra portas até hoje desconhecidas e fortaleça os missionários que atuam nesta região.
Oremos:
1. Pelos povos do vale do Javari, por acesso ao evangelho e conversões sinceras.
2. Pelas igrejas nos municípios e povoados nos derredores do vale, que sejam usadas por Deus na relação com os indígenas quando visitam as cidades.
3. Por portas que se abram e oportunidades para a evangelização.
4.  Pelas iniciativas missionárias na região, que possam ter oportunidades para comunicar o evangelho de Cristo.
5. Pelos missionários, por bom ânimo na caminhada, perseverança no trabalho, saúde, provisão de recursos humanos e financeiros e bons relacionamentos com os indígenas.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

DIA 18 – Oremos pelo Parque do Xingu
A área cultural denominada de alto Xingu forma o Parque Indígena do Xingu, localizado no Mato Grosso. É formado por 16 etnias e mais de 6.000 indígenas.
 
Nas regiões sul, médio, baixo e leste Xingu habitam as seguintes etnias: Aweti, Ikpeng, Kaiabi, Kalapalo, Kamaiurá, Kisêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Tapayuna, Trumai, Wauja e Yawalapiti, Yudjá. São grupos distintos que se relacionam e partilham o mesmo território apesar de manterem suas distinções linguísticas e socioculturais.
 
Esta é uma das áreas indígenas menos evangelizadas no Brasil e restrita à presença missionária. Devemos orar para que o Senhor direcione a Igreja Indígena e iniciativas missionárias no relacionamento com os indígenas do Xingu.
Oremos:
 
1. Para que novas portas sejam abertas no parque do Xingu.
2. Para que o evangelho transforme os relacionamentos interpessoais entre os povos do Xingu.
3. Pelas iniciativas missionárias, para que sejam usadas pelo Senhor, tanto na evangelização quanto nas ações sociais.
4. Por perseverança para as ações missionárias entre os grupos do Xingu: boa saúde, forças novas, provisão e ânimo no Senhor.
5. Pelos sofrimentos humanos e sociais entre os povos do Xingu, que o Senhor os abençoe nas necessidades de saúde, relação entre os grupos e subsistência.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIA 19 – Oremos pelos Yanomami
Os chamados Yanomami representam um conjunto étnico que habita o Brasil e Venezuela, com população superior a 27 mil pessoas. Falam 4 diferentes línguas e se distinguem, linguística e culturalmente, de qualquer outro grupo indígena na América do Sul. Somente no Brasil se espalham em 228 distintas aldeias.
Podemos dividi-los a partir das línguas faladas, como os Sanumá (tradicionalmente habitantes da parte oriental de Roraima), Yanomami (ou Xamatari), os Ninam (habitantes do Rio Mucajaí) e os Ajarani (encontrados no afluente do rio Branco).
Estes grupos são seminômades, vivem da caça, pesca e agricultura de subsistência, bem como da coleta de frutas na mata.
Pela distinção linguística e cultural, os Yanomami tendem a viver mais isolados dos demais grupos indígenas de sua região e manter pouco relacionamento intercultural com outras etnias. Produzem lindos artesanatos e são conhecedores da floresta por transitarem em seu interior mais remoto.
Há alguns anos, alguns Yanomami passaram a se converter ao Senhor Jesus, depois de décadas de trabalho com poucos resultados visíveis. Hoje, há interesse na Palavra em diversas aldeias e uma valorização do evangelho. Algo novo está acontecendo.
Os desafios, porém, são grandes em relação ao acesso, permanência e comunicação missionária.
Oremos:
1. Por conversões sinceras e amadurecimento da Palavra entre os Yanomami. Para que os convertidos possam evangelizar e discipular outros.
2. Para que o evangelho transforme os relacionamentos interpessoais entre os povos Yanomami minimizando os conflitos.
3. Pelas iniciativas missionárias entre os Yanomami, para que sejam usadas pelo Senhor, tanto na evangelização quanto nas ações sociais.
4. Por perseverança para os missionários entre os Yanomami: forças novas e bom ânimo. Pelos Yanomami crentes, para que perseverem no Senhor e possam evangelizar seu próprio povo.
5. Pelos sofrimentos humanos e sociais entre os Yanomami, que o Senhor os abençoe nas necessidades de saúde, relação interpessoal e entre grupos e subsistência.
 
 
 
 
 
DIA 20 – Oremos pelos Pouco ou Não Evangelizados – Aipim aos Húpdah
Oremos pelas 121 etnias indígenas pouco ou não evangelizadas nestes próximos dias, colocando perante o Pai seus nomes e rogando que venham ouvir plenamente o evangelho de Jesus Cristo, bem como tenham a provisão que necessitam para toda e qualquer carência social.
Lembremos de interceder pela relação dos povos indígenas com os não indígenas. Muitos vivem em território partilhado, onde há processos exploratórios no comércio e no trabalho. Oremos por relações sociais justas e não discriminatórias.
Oremos:
1. Pelos Aipim no Pará (população incerta) e Akuriô no Pará (138 pessoas).
2. Pelos Amanayé no Pará (210 pessoas) e Anambe no Pará (1680 pessoas).
3. Pelos Animpokoimo no Amapá, Pará e Roraima (população incerta), Apiaká no Mato Grosso, Pará e Amazonas (745 pessoas) e Aranã em Minas Gerais (363 pessoas).
4.  Pelos Arapaso no Amazonas (526 pessoas), Arapiuns no Pará (população incerta) e Aweti no Mato Grosso (171 pessoas).
5. Pelos Baenã na Bahia (população incerta), Barawana no Amazonas (população incerta), Ewarhuyana no Pará (12 pessoas) e Hupdah no Amazonas (2.200 pessoas).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

DIA 21 – Oremos pelos Pouco ou Não Evangelizados – Isolados do Taboleiro aos Isolados do Xinane
Continuamos a orar pelas 121 etnias indígenas pouco ou não evangelizadas em nosso país. Há cerca de 180 línguas indígenas vivas no Brasil, sendo que 132 etnias falam o Português (monolíngues, bilíngues ou trilíngues com o Português).
Oremos para que a Palavra chegue a cada coração na língua que lhe seja mais propícia, que conduza de forma facilitadora a mensagem de salvação em Cristo Jesus.
Intercedamos também para que missionários tenham facilidade no aprendizado das línguas indígenas e na compreensão de cada expressão cultural.
Oremos:
1. Pelos Isolados da Serra do Taboleiro em Santa Catarina (população incerta) e Isolados da Serra do Taquaral em Rondônia (50 pessoas).
2. Pelos Isolados do Acre (população incerta) e Isolados do Alto Jutaí no Amazonas (200 pessoas).
3. Pelos Isolados do Alto Rio Envira no Amazonas (população incerta), Isolados do Alto Rio Purus no Amazonas (população incerta) e os Isolados do Arama e Inauini no Amazonas (população incerta).
4. Pelos Isolados do Bararati no Amazonas (população incerta), Isolados do Cuminá no Pará (população incerta) e Isolados do Curuçá no Amazonas (50 pessoas).
5. Pelos Isolados do Igarapé Omerê em Rondônia (6 pessoas), Isolados do Igarapé Tabocal (população incerta) e Isolados do Igarapé Xinane (população incerta).
 
 
 
 
 
 
 
 
 

DIA 22 – Oremos pelos Pouco ou Não Evangelizados - Isolados do Tabocal aos Isolados do Tapirapé
 Cada etnia pouco ou não evangelizada representa um desafio único. Os grupos menos evangelizados são, comumente, os que apresentam maiores barreiras, sejam geográficas, de acesso, linguísticas, culturais ou políticas.
 Devemos orar para que o Senhor dê direção e criatividade a cada iniciativa missionária que intente proclamar as boas novas para estes grupos.
Também por cuidado cultural ao fazê-lo, para que contribuamos para que eles conheçam o evangelho e sejam assistidos socialmente dentro de sua própria cultura, sem imposições ou desrespeito.
Oremos:
1. Pelos Isolados do Igarapé Tabocal no Acre (população incerta) e Isolados do Igarapé Xinane no Acre (população incerta).
2. Pelos Isolados do Jacareúba no Amazonas (50 pessoas) e Isolados do Jandiatuba no Amazonas (300 pessoas).
3. Pelos Isolados do Jatapu no Amazonas, Pará e Roraima (50 pesssoas), Isolados do Madeirinha no Mato Grosso (população incerta) e Isolados do Mamoriazinho no Amazonas (população incerta).
4. Pelos Isolados do Mapuera no Pará (população incerta), Isolados do Parauari no Amazonas e Pará (população incerta) e Isolados do Rio Candeias em Rondônia (população incerta).
5. Pelos Isolados do Rio Jari no Pará (população incerta), Isolados do Rio Liberdade no Mato Grosso e Pará (população incerta) e Isolados do Rio Tapirapé no Pará (população incerta).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIA 23 – Oremos pelos Pouco ou Não Evangelizados - Isolados do Teles Pires aos Karuazu
 Um dos maiores desafios missionários na evangelização dos grupos pouco ou não evangelizados é a perseverança. Em geral, um trabalho em um grupo novo não é realizado em menos de 20 anos e, muitas vezes, bem mais que isto, até mesmo várias gerações. Isto envolve perseverança mesmo em épocas em que nada novo parece acontecer, confiança de que o Senhor está no comando e realizando Sua obra mesmo quando não conseguimos enxergá-la.
Oremos para que os missionários se encoragem mutuamente e sejam encorajados pela Igreja brasileira. Que a Igreja indígena seja também encorajada a prosseguir e que Jesus seja em tudo glorificado.
Oremos:
1. Pelos Isolados do Teles Pires no Mato Grosso (população incerta) e os Isolados do Uru-Eu-Wau-Wau em Rondônia (população incerta).
2. Pelos Issé no Amazonas (população incerta) e os Itogapuk no Mato Grosso e Rondônia (100 pessoas).
3. Pelos Jibóia no Amazonas (população incerta), Jiripancó em Alagoas e Pernambuco (2.050 pessoas) e Kaixana no Amazonas (505 pessoas).
4. Pelos Kalabaça no Ceará (229 pessoas), Kamba no Mato Grosso do Sul (2.100 pessoas) e Kantaruré na Bahia (493 pessoas).
5. Pelos Karapotó em Alagoas (2.189 pessoas), Kariri na Bahia, Ceará e Pernambuco (1.612 pessoas) e Karuazu em Alagoas e Pernambuco (1.065 pessoas).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

DIA 24 – Oremos pelos Pouco ou Não Evangelizados - Katiana aos Maitapú
O Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (DAI-AMTB) colabora com as agências e iniciativas missionárias evangélicas entre os indígenas, trabalhando em parceria com o Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas (CONPLEI) e outras associações.
Devemos orar para que o Senhor fortaleça o DAI-AMTB, dando direção clara em cada projeto de pesquisa, comunhão entre as agências e mobilização da Igreja brasileira. Que através do seu site (www.indigena.org.br) e todo o material produzido muitos novos missionários se levantem para as mais diversas áreas e agências em nosso país.
Oremos para que o Senhor continue dando boa comunhão e trabalho conjunto entre as agências missionárias e denominações evangélicas que atuam entre os indígenas em nosso país.
Continuemos intercedendo pelos 121 pouco ou não evangelizados no Brasil.
Oremos:
1. Pelos Katiana no Amazonas (população incerta) e Katukina do Rio Biá no Amazonas (450 pessoas).
2. Pelos Kaxixó em Minas Gerais (304 pessoas) e Kayura no Pará (população incerta).
3. Pelos Kokuiregatejê no Maranhão (população incerta), Kokuryana no Pará (população incerta) e Kontakiro no Amazonas (população incerta).
4. Pelos Kontanawa no Acre (250 pessoas), Kraptê no Pará (população incerta) e Krejê no Maranhão (30 pessoas).
5. Pelos Kueretu no Amazonas (população incerta), Kujubim em Rondônia (55 pessoas) e Maitapú no Pará (população incerta).
 
 
 
 
 
 
 
 
 

DIA 25 – Oremos pelos Pouco ou Não Evangelizados - Makuna aos Nereyó
Devemos interceder pelos centros de treinamento missionário em nosso país, bem como pelas igrejas enviadoras, para que o Senhor possa prover aos novos missionários uma boa educação teológica, missiológica, linguística e antropológica.
Intercedamos para que os períodos de treinamento e envio sejam especiais na vida de cada missionário, para que caminhe na vida com Deus e busque o caráter de Cristo.
Oremos também por cada processo de encontro de culturas entre missionários e indígenas que há de acontecer nos próximos anos, para que o Senhor dirija os momentos, os passos e que tudo contribua para bons e saudáveis relacionamentos, para o testemunho de Cristo.
Oremos:
1. Pelos Makuna no Amazonas (696 pessoas) e os Mandawaka no Amazonas (24 pessoas).
2. Pelos Maopityán no Pará (população incerta) e Matipu no Mato Grosso (119 pessoas).
3. Pelos Miarrã no Mato Grosso (população incerta), Mihua no Maranhão (população incerta) e Miriti no Amazonas (120 pessoas).
4. Pelos Morerebi no Amazonas (100 pessoas), Muru no Acre (população incerta),  Mynky no Mato Grosso (356 pessoas) e Nadëb do Rio Negro no Amazonas (275 pessoas).
5. Pelos Natu em Sergipe (população incerta), Naua no Acre (422 pessoas) e Nereyó no Pará (população incerta).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIA 26 – Oremos pelos Pouco ou Não Evangelizados - Nokiari aos Paumelenho
As etnias indígenas brasileiras relacionam-se cada vez mais com um amplo leque de segmentos sociais e organizacionais da cultura envolvente, como os representantes da FUNAI, agentes de ONGs, comerciantes, linguistas, antropólogos, religiosos e assim por diante. É necessário orarmos para que os povos indígenas do Brasil possam desenvolver bons mecanismos de relacionamento, a fim de obterem aquilo que desejam e não se perderem em sua identidade como grupo.
Também as políticas públicas brasileiras, especialmente as de índole assistencialista, muitas vezes funcionam como mecanismos de atração do indígena para fora do seu território tradicional e aproximação às pequenas e grandes cidades onde receberá auxílio mensal, assistência de saúde e educação, entre outras coisas.
Quando as relações entre indígenas e outros segmentos externos se manifestam de forma desequilibrada produzem, frequentemente, perdas humanas e sociais duradouras no grupo. Devemos orar para que o Senhor preserve os povos indígenas do Brasil dos contatos e relações nocivas e exploratórias.
Oremos:
1. Pelos Nokiari no Amazonas (população incerta) e Nukini no Acre (697 pessoas).
2. Pelos Numbiai no Mato Grosso (população incerta) e Paiaku no Ceará (220 pessoas).
3. Pelos Paiaku no Ceará (220 pessoas), Paikdai no Amazonas (população incerta) e Panará no Mato Grosso e Pará (400 pessoas).
4. Pelos Pankará em Pernambuco (2.702 pessoas), Pankaru na Bahia (179 pessoas) e Pantamona em Roraima (5.608 pessoas).
5. Pelos Papavô no Acre (200 pessoas), Paranawat em Rondônia (100 pessoas) e Paumelenho em Roraima (população incerta)
 
 
 
 
 
 
 
 
 

DIA 27 – Oremos pelos Pouco ou Não Evangelizados - Pipipã aos Turiwara
Oremos pelo governo brasileiro, pela FUNAI, Forças Armadas, Polícia Federal e IBAMA. Por relacionamentos positivos, boa comunicação e entendimento com os povos indígenas do Brasil.
Oremos por cada iniciativa do governo brasileiro junto aos povos indígenas, para que as propostas que sejam positivas para o país e para os indígenas possam ser encaminhadas e implementadas.
Oremos por sabedoria dos governantes nas decisões, sobretudo aquelas que regulam os territórios indígenas e as relações entre indígenas e não indígenas.
Oremos:
1. Pelos Pipipã em Pernambuco (1.640 pessoas) e Puti no Amazonas (população incerta).
2. Pelos Sakiriabar em Rondônia (103 pessoas), Salumá no Pará (300 pessoas) e Suruwahá no Amazonas (200 pessoas).
3. Pelos Tapayuna no Mato Grosso (63 pessoas), Tingui-Botó em Alagoas (350 pessoas) e Tovajara no Maranhão (população incerta).
4. Pelos Truká na Bahia e Pernambuco (4.169 pessoas), Trumai no Mato Grosso (198 pessoas e Tukumanfed em Rondônia (população incerta).
5. Pelos Tumbalalá na Bahia (1.469 pessoas), Tupinambá na Bahia e Pará (4.741 pessoas) e Turiwara no Pará (60 pessoas).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIA 28 – Oremos pelos Pouco ou Não Evangelizados - Uraparaquara aos Xambioá
Devemos louvar a Deus por Sua presença e boa mão à frente de cada passo missionário em solo brasileiro. Louvar ao Senhor pela Sua bondade, por despertar cada igreja enviadora, abençoar cada centro de formação missionária, sustentar cada missionário, fazer nascerem novas igrejas indígenas e lideranças indígenas nacionais. Deus é bom.
Devemos louvar ao Senhor pelos veteranos e pioneiros que vieram antes de nós, muitos de outros países. Oremos pelos que continuam empenhados na luta e por aqueles novos que chegam, ou ainda chegarão.
Devemos louvar ao Senhor por cada indígena que ouviu falar de Jesus e por todos aqueles que ouvirão em breve.
Devemos louvar ao Senhor por Sua graça que é melhor que a vida e pela oportunidade que temos, como Igreja, de sermos úteis em Suas mãos no partilhar do evangelho de Cristo entre os indígenas do nosso país.
Oremos:
1. Pelos Uraparaquara (população incerta) e Uru-Pa-In (200 pessoas), ambos em Rondônia.
2. Pelos Waharibo no Amazonas (população incerta) e Waimiri-Atroari no Amazonas e Roraima (1.120 pessoas).
3. Pelos Wakoná em Alagoas (900 pessoas) e Warikyana no Pará (população incerta).
4. Pelos Wassu em Alagoas (2.061 pessoas) e Wokarangma no Pará (31 pessoas).
5. Pelos Woreyana no Pará (população incerta) e Xambioá no Pará e Tocantins (250 pessoas).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIA 29 – Oremos pelos Pouco ou Não Evangelizados - Xetá aos Zo’é
Ainda oramos pelas 121 etnias pouco ou não evangelizadas. Há em nosso país claros casos de discriminação das ações missionárias evangélicas. Um deles se ambienta entre a etnia indígena Zo’é onde uma missão evangélica foi tolhida de sua permanência, mesmo que em detrimento do desejo do grupo indígena e das competentes ações no estudo da língua e da cultura. O outro caso se dá entre os Suruwahá onde, a despeito do relevante trabalho missionário e desejo do grupo, há restrições de sua presença em meio ao povo.
Tais situações tornam-se mais e mais frequentes no movimento evangélico missionário entre indígenas e devemos orar por portas abertas e um tratamento justo por parte do Estado brasileiro, bem como de outras Organizações Não Governamentais.
Sabemos, porém, que a fé cristã, ao longo dos séculos, se expande entre barreiras e obstáculos. Devemos orar para que o Senhor mantenha abertas as portas para o trabalho que já caminha entre os indígenas, abra portas novas e fortaleça os missionários que vivem sob perseguição. Por um bom relacionamento dos agentes missionários com o Estado e as ONGs em cada região.
Devemos interceder por liberdade e portas abertas entre todos os povos, mas façamos hoje, de forma especial, pelos povos Suruwahá e Zo’é.
Oremos:
1. Pelos Xetá no Paraná, Santa Catarina e São Paulo (86 pessoas) e Xocó em Alagoas e Sergipe (380 pessoas).
2. Pelos Xukuru-Kariri em Alagoas, Bahia e Minas Gerais (2.950 pessoas) e Yabaana no Amazonas (90 pessoas).
3. Pelos Yakarawakta no Mato Grosso (30 pessoas) e etnias Yanomami (Sanumá, Xamatari, Ninam e Ajarani) no Amazonas e Roraima (16.000 pessoas)
4. Pelos Yaruma no Mato Grosso (população incerta), Yuhupdeh no Amazonas (1000 pessoas) e Yawalapiti no Mato Grosso (233 pessoas).
5. Pelos Yurupari-Tapuia no Amazonas (população incerta) e Zo’é no Pará (421 pessoas).
 
 
 
 
 
 
 
DIA 30 – Oremos pela Tarefa Inacabada
Oremos pela tarefa ainda inacabada. Só o Senhor de fato a conhece, sua dimensão e todas as suas implicações. Oremos para que Ele mesmo desperte em nós o desejo de obediência.
Oremos para que o Senhor levante, nestes próximos anos, 500 novos missionários em nosso meio para o trabalho indígena no Brasil.
Oremos para que o Senhor desperte a Igreja Indígena para sua vocação missionária em nosso país e além dele.
Oremos para que o Senhor abra os olhos do nosso coração para vermos o caminho certo a tomar, em cada passo.
Oremos para que a história das missões evangélicas entre os povos indígenas do Brasil seja marcada pela ação do Espírito Santo de Deus guiando cada iniciativa, dando o melhor rumo, atraindo para as áreas de maior necessidade, gerando ânimo sempre renovado, suprindo o necessitado e convertendo corações.
Oremos:
1. Para que o nome de Jesus seja glorificado nas ações entre os indígenas no Brasil. Pela conclusão da tarefa ainda inacabada.
2. Por obediência, fidelidade, perseverança e contentamento para a força missionária atuante entre os povos indígenas.
3. Por suprimento do Alto para cada ação, seja evangelizadora ou social.
4. Para que a Igreja Indígena torne-se mais e mais missionária, amadurecida na Palavra e com a visão do Reino que vai além de suas fronteiras.
5. Para que a Igreja brasileira e a Igreja Indígena se abençoem mutuamente, tenham santa comunhão e mútuo respeito na diversidade sociocultural e linguística.

15. ) 28/03/2011_ Queridos irmãos,
 

Espero que estejam em paz, caminhando sob a graça do nosso Deus.
 

Apenas uma rápida comunicação da parte da diretoria do DAI-AMTB.
 

Tendo trabalhado nos últimos dois anos na atualização do Banco de Dados Indígena da AMTB, sob a coordenação do Dr Ronaldo Lidório, estamos iniciando uma ação mais intensa de mobilização, com o propósito maior de levantarmos 500 novos missionários para a causa missionária indígena. Gostaríamos de contar com você nessa empreitada, e assumimos o compromisso de mantê-lo informado.
 

Por hora, deixamos à sua disposição o site: www.indigena.org.br, e o twitter: indigena_amtb.
 

Pedimos que nos ajude a divulgá-los!
 

Para os que trabalham diretamente com a questão indígena, contem com estes canais de comunicação!
 

Juntos
 
--
 
Cassiano Luz
 
16. ) http://ooutroladodamoeda.com Acusações infundadas contra missionários são retiradas da Internet
 
Sábado, 30 Julho 2011 00:38 Notícias Gerais
 
O Departamento de Comunicação da FUNAI, tomando conhecimento de que acusações imputadas a membros da Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) que atuaram entre a população indígena Zo’é, no estado do Pará, já foram investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em Santarém e consideradas improcedentes, decidiu retirar de seu website as matérias que continham algum tipo de declaração acusatória. Isso porque em documento protocolado pela MNTB em 07/08/2010 requerendo direito de resposta, foi anexado relatório da Polícia Federal com a declaração oficial de que: “Pelo exposto, esta autoridade não encontrou provas suficientes para que pudesse concluir que a presença da MNTB na região teria ocasionado ...” danos à população Zo’é (IPL085/1998-DPF.B/SNM/PA) e, comprovada a inocência dessas pessoas o Ministério Público Federal requereu “O arquivamento do feito, pois que não comprovados os crimes previstos no art. 121, caput, CP, e crimes previstos no art. 267 e 268, imputados de início, a membros da MNTB.” (Processo n. 2000.39.02.001859-0), sendo a mesmo arquivado pela Justiça Federal em 27 de fevereiro de 2004.
= =

17. )

Queridos Irmãos,
Graça e paz.
Ja estou em Chapada dos Guimarães para ser o Ponta de Flexa nos preparativos pro Congresso Nacional do CONPLEI em 2012 e estarei me dobrando par atender parte do minsiterio no Amazonas, mas o prazer em servir ao rei  tem nos motivado a isso.
Desde ja rogo a vossa cubertura em oração para ter sabedoria suficiente e junto com o Professor Daniel (AMI) fazermso o melhor para Deus e pros povos Indigenas e também para você.
Muita coisa ja tem sido feito como mudanças, construções, reservatorios de águas, alojamento e outros ja estão sendo modificados e adapatdos para este evento, cada dia temos novos alvos, projetos e ideias que surgem, os desafios são imenso e a soma finaceira pra fazer tudo isso antes e durante e depois é assustadora, mas temso o Eterno conosco e também o amor de preciosos irmãos como você.
Temos uma ação rapida a executar, ir ate lugares de dificil acesso e contactar lideres Indigenas chaves para trazermos para este evento.
AÇÔES em:
Vale do Javari (AMAZONAS)
Algumas cachas do rio negro (Amazonas)
Lugares isolados pela distancia no estado de Roraima
Xingú.
Ja temos no Vale do Javari 7 Lideres chaves (Marubo, Korubo, Matis, Mayoruna, Kulina,) que ja convidamos paar este evento e nosso Representante na Região ja esta alimentando esse sonho desses lideres para estarem consosco neste grande evento. Trazer cada um desses lideres sera um desafio Politico, Geografico e finançeiro, mas estamso disposto a investir nesta nobre causa que vai envolver, dias a de Carro ou a Remo, canoa Motorizada, Barcos de medio e grande porte, Aviaãozinho e também avião comercial de linha aerea. E também ja estamso contactando lideres de outras regiões citadas.
Por isso venho pedir ao amado irmão e amigos que nos ajude com esta mobilização financeira, precisamso ter em maos antes deste final de ano pelo menos R$ 100.000,00 (Cem mil reais) só pra ções deste tipo.
Sabendo que a provisão sera do Todo Poderoso, nos colocamso aqui em vossa inteira dispossição.
Um grande abraço a todos.
Pr. Paulo Nunes
(COMPLEI Mobilização 2012)


18. www.meib.com.br _ Missão Evangélica aos Índios do Brasil Passagem Pau DArco, 27, Coqueiro, CEP 67 113 190, Ananindeua-PA Tel. (91) 3235 7595



Missão Evangélica aos Indios do Brasil
 
FOCUSMISSÃO
 
Ano 2011, Edição 4
 
Prezados Irmãos,
 
A Missão Evangélica aos Índios do Brasil, tem ao longo dos seus 43 anos de atuação missionária
buscado mudar a realidade espiritual das tribos indígenas através do ensino da Palavra de Deus,
tradução das Escrituras, estabelecimento de igrejas autóctones e capacitação de liderança indígena.
Das 340 etnias existentes no Brasil, a MEIB está presente em apenas 4 grupos: Kayapó, Canela,
Guajajara e Tembé e conta com 22 missionários cedidos e mantidos parcialmente por suas igre-
jas. Hoje nosso foco concentra-se na capacitação de liderança indígena, entendendo que os indíge-
nas devem tanto como nós cumprir a Grande Comissão, sendo canais do amor de Deus em suas
próprias etnias, bem como, em outros grupos que ainda não foram alcançados pelos boas novas do
Evangelho. A seara indígena é grande e os trabalhadores são poucos... capacitar liderança indígena
é estratégico para alcançar as demais etnias, pois os mesmos possuem habilidades naturais, como o
conhecimento da cultura, o domínio da língua e o fato de serem indígenas. Apesar da fiscalização
federal ser adotada para ambos, os indígenas poderão ter menos restrições para entrar em outras
etnias visando o trabalho missionário. A estatística coordenada pelo DAI (Departamento de Assun-
tos Indígenas da AMTB), identificou 111 grupos urbanizados. São indígenas que migraram para
cidade em busca de educação, saúde e outras necessidades. A maioria deles pelo senso vivem co-
mo mendigos, dependentes do branco para se manterem. Essa realidade pode ser revertida pela
igreja com ações de alcance a esses grupos, oportunizando aos mesmos o retorno a aldeia ou ações
que visam minimizar o impacto da vida na cidade. Em novembro de 2010, entregamos para a igre-
ja indígena 8 alunos que receberam treinamento durante 16 meses para serem canais visando a
edificação da igreja indígena. Somos gratos a todas as igrejas que tem contribuído para que os ir-
mãos indígenas sejam devidamente preparados. A igreja indígena ainda necessita depender dos
recursos de irmãos e igrejas para manter seus líderes até que essa igreja se torne auto-sustentável,
auto-governável e que se auto-propague. Temos ainda um longo caminho pela frente e precisamos
caminhar JUNTOS. Deus tem ouvido as orações em favor dessa obra, e temos plena certeza que
essa intervenção é fruto das intercessões dos santos e dos recursos enviados e destinados para sus-
tento dos missionários e sustento de líderes indígenas em treinamento no CTBCH. Temos como
igreja e agência escrito a história da evangelização indígena para que no dia do Senhor Jesus, po-
vos, línguas e nações estejam diante do Cordeiro, declarando honras e glórias aquele que é digno
de todo louvor e toda a adoração.
 
Pr. Messias Dias, Secretário Executivo
 
Estatísticas
 
340 etnias
 
182
 
Com presença missionária
 
69
 
evangélica
 
Línguas sem a Bíblia
 
traduzida
 
NECESSIDADES: Novos Missionários
 
Com compromisso com Cristo e a obra missionária
 
Com envolvimento de médio e longo prazo
 
Aptos ao aprendizado de uma nova língua e cultura
 
Com forte desejo de um envolvimento integral com o desafio indígena.
 
Dignamente mantidos por suas igrejas locais
 
Dispostos a gastar suas vidas na obra missionária indígena
 
Devidamente treinados para o ministério transcultural
 
Novo Testamento Tembé
 
Recebemos na base de Ananindeua o exemplar
no Novo Testamento Tembé que será entregue
no final de novembro em um momento de cele-
bração do povo de Deus na aldeia Tekoraw. O
NT Tembé é uma adaptação do NT Guajajara,
pois as duas línguas perten-
cem ao mesmo tronco lin-
guístico, tendo assim suas
similaridades linguísticas.
Temos realizado ações e-
vangelísticas e sociais entre
povo Tembé na região de
Tomé Açu. A aldeia Teko-
raw é a maior aldeia Tembé
e a menos alcançada pelo
Evangelho. Ali não existe
ainda uma igreja indígena.
Nos dias 25 e 26 de novembro seguiremos em
caravana para a aldeia Tekoraw, juntamente
com missionários, linguistas e irmãos Guajajara,
Kayapó e Tembé.
 
Gravação Bíblia Canela
 
Nossa oração é que esse momento seja de
grande impacto para todos os indígenas ali
presentes. A aldeia Tekoraw e sua liderança
ao longo dos anos tem oferecido uma certa
resistência ao trabalho missionário. Cremos
que essa barreira pode ser
dissipada pela oração do
povo de Deus. E que o Novo
Testamento Tembé seja um
instrumento para edificar a
igreja indígena e ao mesmo
tempo abrir portas para que
o evangelho chegue as de-
mais aldeias. Oremos tam-
bém por um missionário
indígena para levar a Palavra
de Deus na aldeia Tekoraw.,
que esteja disposto a mudar de aldeia, enca-
rar novos desafios e assim edificando a
igreja indígena.
 
Pela dedicação do Novo tes-
tamento Tembé..
 
Pelos crentes Tembé de Tome
Açu, que sejam desafiados a
evangelizar os Tembé de
Tekoraw
 
Por obreiro indígena visando
o alcance dos Tembé de Te-
koraw.
 
Pelas ações da MEIB com os
Tembé de Tomé Açu
 
Pelo ministério de Héber e
Sophia entre os Tembé.
 
Mais uma vez nos ale-
ticipando nas 3 horas
gramos em vos escrever e
de programação. Na
noticiar sobre o início da
parte da tarde grava-
Gravação da Bíblia em Kane-
mos 13 músicas cris-
la neste mês. Entramos para
tãs com as crianças
a aldeia Porquinhos no dia
na língua Kanela. Participaram das gravações da Bíblia em Ka-
26/09 pela manhã e após 4
nela 13 indígenas ao todo e ficamos muito emocionados quando
horas de viagem chegamos a
conseguimos concluir a Carta de Judas e as porções de Provér-
casa do irmão Zequinha Ka-
bios no AT. Retornamos a cidade no dia 06/10 pela manhã,
nela. Fomos bem recebidos
contentes pelas oportunidades que o Senhor nos deu e por ter-
pelos índios e para Dan e Key foi uma experiência nova o primei-
mos começado bem o trabalho da Gravação da Bíblia em Kanela.
ro contato com uma tribo indígena brasileira. No mesmo mo-
Uma grande novidade é que a liderança da aldeia deseja a nossa
mento nos chamaram no pátio (centro) da aldeia para falarmos
volta no próximo ano e ficamos de conversar em outra oportuni-
com a liderança e os homens da aldeia sobre
dade, pois neste fim de ano estamos bem ocupados
o que desejávamos fazer ali naqueles dias. Pr.
também com as atividades no CTBCH. Agradece-
Bernardo, Dan e eu, falamos e a liderança da
“Deus não somente lê a mos pelas orações em nosso favor e também pela
aldeia nos deu liberdade para fazermos o que sua história, Ele escreveu fidelidade daqueles amados irmãos que contribu-
desejávamos fazer.
No mesmo dia monta-
em para que o povo Kanela seja alcançado para o
ela...” (Jeremias 29.11).
mos o mini estúdio no fundo da casa do irmão
Senhor Jesus Cristo. Orem conosco pela continui-
Zequinha em uma casinha de palha. No outro
dade da gravação na aldeia do Ponto neste mês e
Max Lucado.
dia iniciamos com um devocional bem cedo e
pela longa jornada que os colegas terão até o início
a partir das 8:00 horas começamos a gravação. Deus nos orien-
de dezembro deste ano. Orem também pelo nosso sustento como
tou quanto a seleção dos que iriam participar. Como nesta aldeia
família. Agradeçam também comigo pela Convalidação de
ainda não há muitos leitores, utilizamo-nos da oralidade para
Teologia que iniciei em março deste ano no SCEN em São Lu-
gravar com os que não sabiam ler. Os dias prosseguiram com 8
ís. Como o pensamento escrito no inicio desta circular diz,
horas de gravação diárias e nos fins de tarde ainda achávamos
Deus é quem escreveu a nossa história e deseja escrever a de
tempo e força para fazermos visitas nas casas. À noite reserva-
outros também como os Povos Indígenas em nosso país.
mos para assistir DVDs bíblicos com os irmãos e os demais. No
A Deus seja a glória para sempre!
domingo pela manhã realizamos uma classe com crianças e ado-
Gilson e Iara
lescentes. Havia mais de 120 crianças e muitos adolescentes par-
 
NOTÍCIAS São José do Xingu-PA, Aldeia Piaraçu, Kayapó
 
Estou atualmente servindo ao Senhor em São José do Xingu, MT. Estou bem, hos-
pedado na casa de uma família batista que me apoiam quando estou na cidade re-
tornando da Aldeia Piaraçu, sempre na segunda-feira. Na aldeiatudo está indo bem,
na graça de Deus. Só a graça, do Senhor pra me sustentar. Tenho buscado com fre-
quência me fortalecer no Senhor e as vezes até com jejum, quando as coisas ficam
difíceis. Sou grato por suas orações e sei que a responsabilidade maior é minha. Es-
tou trabalhando com Kayapó, Panará, Jurunas Suyás e agora também me envolven-
do com Kayabis, Os Kayabis estão com uma aldeia com muitos crentes evangeliza-
dos pela Assembléia de Deus e já aboliram muito de sua cultura; eles ficaram bem
interessados e vamos combinar uma visita minha à aldeia deles para conversar com
os irmãos de lá.São muitas bênçãos e muitas desafios, mas graças a Deus, que nos
dá a vitória, por Jesus Cristo nosso Senhor. Estou satisfeito servindo ao Senhor na-
quilo para que Ele me chamou. Suas orações e suas ofertas têm sido ouvidas por
Deus e suas ofertas têm me ajudado muito. Tenho ótimo relacionamento com os pa-
rentes Kayapós e agora com índios de mais tribos. O pedreiro da irmã Raquel , em São José e meu irmão Atamãe
Kayapó se renderam a Jesus e o aceitaram como seu salvador e minhas duas irmãs Ijaka e Japi (kayapó) declara-
ram o desejo de servirem ao senhor como crentes; temos cultos todos os dias e as crianças são a maioria, e são
assíduas.
 
POR FAVOR OREM:
 
1- Por Beprãnhtire e sua esposa Kredjê (kayapós) e Tawajaku Juruna e uma família Suyá que estou discipulando e desafi-
ando-os para liderar o trabalho em suas aldeias, também os desafiei para estudar no CTBCH. 2- Por Kĩjabjêti Kayapó,
crente antigo vindo à muito tempo do Pará e tem ensinado cânticos e versículos na sala de aula de sua aldeia Pykatãkwỳr
Kayapó. 3- Pelas aldeia juruna e que está aberta para a Palavra de Deus. 4- Pela organização da igreja kayabi que aboliu
sua cultura e é liderada pela Assembléia de Deus, eu os desafiei a ter uma igreja totalmente indígena, mas ainda precisa-
mos investir no preparo de seus líderes. 5- Por mais obreiros e obreiras. 6- Por mim que o Senhor me renova as forças a
cada dia, para com sabedoria e alegria servi-lo como verdadeiro servo do Senhor. São muitas bênçãos e muitos desafios,
mas os obreiros ainda são muito poucos. Vamos continuar firmes porque o Senhor está voltando.
 
No amor de Cristo: Messias Santos.
 
A visão de investir na terceira força
missionária indígena prossegue no
Centro de Treinamento Bíblico Car-
los Harrison. Já estamos na segunda
turma de alunos provenientes apenas
da etnia Guajajara. Em 2012 teremos
um número maior de alunos e duas
mais etnias: Kayapó e Tembé. Será
um grande desafio para todos os pro-
fessores. Ali os missionários Benedi-
to, Dorilene, Graça, Juracy, Gilson,
Iara, Gladys, Roberto, dedicam suas
vidas para ensinar e estruturar este
 
CTBCH
 
Ensinando para Transfor-
mar Vidas
 
ministério. Quanto ao suporte das
igrejas, apesar de ainda ser ínfimo,
cremos que Deus poderá levantar no-
vos irmãos e igrejas que serão solidá-
rios com a causa indígena, cooperando
no sustento dos alunos. Os alunos for-
mados em 2010, todos estão cooperan-
do como líderes em suas aldeias, edifi-
cando a igreja ali existente e conse-
quentemente trazer o reino de Deus de
forma impactante. Temos orado por
despertamento de nossos irmãos indíge-
nas, podendo vê-los compartilhar a
Palavra com os parentes em suas aldei-
as.
 
Ano que vem receberemos novos missionários,
o casal Ubiratan e Marília, ambos da Igreja
Presbiteriana do Brasil. Eles chegam para unir
esforços no treinamento de líderes indígenas
no CTBCH. Na visita que fizeram à aldeia Sar-
dinha dos Guajajara, foram desafiados a ajudar
na transição das missionárias Graça e Juracy,
cooperando com a igreja indígena dessa aldeia.
Temos orado juntos por novos missionários e
Deus tem suprido as necessidades. Louvem a
Deus conosco!!!
 
CONTATO
 
Missão Evangélica aos Índios do Brasil
 
Passagem Pau DArco, 27, Coqueiro, CEP 67 113 190,
Ananindeua-PA
Caixa Postal, 509, Agência Coqueiro , CEP 67 133
970, Ananindeua-PA
Tel. (91) 3235 7595
E-mail: meib.base@gmail.com
http://meib.com.br
 
SUPORTE FINANCEIRO
BRADESCO
Agência: 1672-1
C/C 6871-3
 
Somos gratos a Deus por construir ao longo
dos anos essa Unidade: Igreja, mantenedor,
agência missionária e obra missionária. Com
a participação de cada um é possível chegar
até os confins da terra, e cumprir a grande
comissão. Aqui, JUNTOS trabalhamos para
levar as boas novas aos povos indígenas para
que muitos creiam no Senhor Jesus. Deseja-
mos continuar contando em 2012 com vosso
apoio, seja no sustento de missionários e lí-
deres indígenas, como também no suporte
para manutenção dos projetos viabilizados
por esta agência missionária. Temos plena
certeza de que é o nosso Deus que tem opera-
do em nossos corações nos fazendo obedien-
tes ao seu chamado de interceder, contribuir
e anunciar as verdades dAquele que nos cha-
mou das trevas para a luz. Recebam nossa
gratidão.
 
Relatório Congresso MEIB 2011
 
Esse evento teve muitos dife-
renciais. A viagem, o ônibus, o
local onde aconteceu, o clima
frio e o cansaço resultante de
muito trabalho. Como secretá-
rio executivo da missão, o Pr.
Messias Dias queria que fizés-
semos este encontro em um
local diferente do, já muito
frequentado, eixo Pará-
Maranhão (estados onde a
missão atua). Dessa vez pensa-
mos um pouco mais alto e
resolvemos partir para o centro
do País: Brasília seria nosso
destino. A viagem foi muito
interessante. Partimos de Be-
lém dia 25de junho em um
ônibus doble deck, com 53
lugares para nosso trajeto.
Como temos missionários
espalhados entre o sul do Pará
e o Maranhão, então combina-
mos com o motorista de ir
parando em algumas cidades
 
para pegar irmãos que vieram
de suas localidades. Além de
servir como meio de transpor-
te até Brasília, nosso ônibus
foi um ótimo espaço para es-
treitar os laços entre os missio-
nários. Normalmente o tempo
que eles têm juntos para se
encontrar e conversar é nos
congressos, assim, uma via-
gem, mesmo que longa até
nosso destino, serviu para eles
terem um tempo de conversa e
de convivência mais próxima.
O tempo entre os dias 28 e 30
de junho no Congresso da
MEIB foi muito especial. Fi-
camos hospedados na chácara
da AMIDE e tivemos a opor-
tunidade de ouvir muitas pes-
soas diferentes. Os devocio-
nais com seu Werner Hediger
e as palestras ao longo dos 3
dias de evento ministradas
pelos irmãos Héber Negrão,
 
Enoque Faria e Lissânder
Dias. Todas as noites eram
reservadas para um breve estu-
do bíblico ministrado por al-
guns missionários. Deixamos
a maior parte do tempo para os
testemunhos. Tivemos o pra-
zer de ouvir as lutas, os desafi-
os e as alegrias de cada mis-
sionário que compartilhou
conosco seus sentimentos so-
bre o ministério. Separamos o
dia 1º de julho para conhecer a
capital do nosso país. Estando
todos de volta a noite tivemos
um momento especial e des-
contraído. Participamos de um
amigo oculto diferenciado que
foi muito divertido e tivemos
algumas brincadeiras envol-
vendo os missionários seus
filhos.No final de semana
(dias 2 e 3 de julho) nos loco-
movemos da Chácara da AMI-
DE para vá
 

várias igrejas nas cidades saté-
lites de Brasília para realizar a
Conferência Missionária. Nos-
so objetivo era mostrar a reali-
dade de novos desafios mis-
sionários nos campos onde a
MEIB atua,. Estamos muito
gratos a Deus pela bênção
deste congresso e suprimento
de todas as nossas necessida-
des. (adaptado Héber Negrão)

 

 
= =
30/08/2012 - Querido intercessor
 
Nós, como missão, somos muito gratos a Deus pela sua vida. Seu apoio em oração é imprescindível para que noso ministério seja bem desenvolvido.
Estou escrevendo para lhe enviar nosso último informativo Focus Missão. Você também pode acessar todas as edições anteriores de "Focus Missão" em nosso site http://meib.com.br
 
Nesta edição do Focus Missão você vai ler:
A participação da MEIB no CONPLEI
Perseverança ao invés de conformismo - Benedito Barbosa
Com a mão no arado, cumprindo a missão - Gilson Silva
Desafios Kayapó - Messias Santos
Equipe Douliu: Cumprindo a Grande Comissão - Francisco Cardoso
Também encorajo você a ler em nosso site o artigo que escrevi sobre o CONPLEI. Foi uma belíssima experiência: http://meib.com.br
 
Juntos, na Seara do Mestre
 
Héber Negrão
meib.base@gmail.com.


FOCUS MISSÃO
 
Boletim Informativo da Missão Evangélica aos Índios do Brasil—MEIB, N° 04, 2012
 
Editorial
 
Em 1500 quando os portugueses chegaram ao
Brasil, mais de cinco milhões de índios viviam aqui.
Apesar disso, segundo os últimos levantamentos o
número hoje chega somente a 360 mil (população
de aldeados). Devido péssima situação, despertou-
se para a consciência de que era preciso preser-
var o povo restante. A situação hoje, embora ainda
preocupante, melhorou. A população indígena apre-
senta uma taxa de crescimento anual de 3,5%,
bem mais alta que a média nacional. Apesar de
pequeno crescimento, este segmento da sociedade
brasileira ocupa áreas demarcadas que equivalem
a 11% do território nacional dividido em 245 nações
(2005). Os índios brasileiros falam cerca de 185
línguas diferentes. Na época do descobrimento,
eram 900 povos e mil e trezentos idiomas.
Nos últimos dez anos testemunhamos um cresci-
mento inédito em termos de evangelização aos
povos indígenas no Brasil. Este avanço foi alavan-
cado por vários movimentos missionários entre as
agências que trabalham em muitos campos indíge-
nas, sejam elas de acesso fácil ou não. Mas com
todo esse movimento não deixaremos de mencio-
nar um movimento em particular que Deus está
levantando no Brasil, unindo tantas agências missi-
onárias como também as mais de 60 etnias que
fazem parte deste movimento e está influenciando
outros por todo país, bem como os amazônicos
adjacentes; O CONPLEI—Conselho Nacional de Pas-
tores e Líderes Evangélicos Indígenas.
As dificuldades de acesso aos campos indígenas,
os missionários não indígenas nacionais e estran-
geiros), têm sentido a necessidade de buscar no-
vas estratégias.
Uma delas é que os próprios indígenas tornem-se
um missionário para seu povo. Assim as três ondas
missionárias: estrangeira, nacional e indígena;
chegariam juntas ao campo missionário com a
força de um tsunami espiritual para que a mensa-
gem salvífica do evangelho chegue até aqueles que
vivem em lugares distantes e restritos ao acesso
humano.
 
CONPLEI
Uma igreja genuinamente indígena em
cada povo
 
80 etnias indígenas da
América do Sul e Central
2300 participantes
Agências missionárias ...
30 indígenas Kayapó e Guajajara
 
Foram dias de grande benção aos
pés do Rei das nações. Todo o can-
saço dos Kms percorridos de Belém
até Chapada dos Guimarães, MT,
foram minizados pela visão marcante
da igreja indígena ali representada.
Aquilo que João cita em Apoc. 7:9
foi patente nos dias do encontro:
Depois destas coisas olhei, e eis aqui
uma multidão, a qual ninguém podia
contar, de todas as nações, e tribos, e
povos, e línguas, que estavam diante do
trono, e perante o Cordeiro,.. (Apoc.
7:9). Em meio aos sons diversifica-
dos das línguas, do colorido dos ar-
tesanatos e kokás e do compasso
marcante dos pés daqueles que
anunciam boas novas, a grande al-
deia foi formada: Um só corpo, uma
 
só fé, um só Deus! Tudo isso fruto
não de uma catequização colonizan-
te mas do poder do evangelho, que
busca plantar em cada etnia uma
igreja genuinamente indígena. Ao
poucos vamos entendendo e sendo
gratos ao Senhor da seara. Foi no
Nome dEle que o Kerigma foi anun-
ciado..Foi em seu Nome que muitos
do passado e do presente foram
batizados,,Foi pelo seu Nome que a
Palavra foi traduzida e ensina-
da...Somos sem dúvida nenhuma em-
baixadores desta excelente obra e
continuaremos focados não no po-
der das nossas estruturas missioná-
rias mas tão somente no Autor e
consumador da nossa fé. Nestes 100
anos de evangelização indígena, a
MEIB nos seus 43 anos de atuação,
tem contribuído para que os Kaya-
pó, Canela e Guajajara cheguem ao
pleno conhecimento do Filho de
Deus e do Nome que está acima de
todo o nome: Jesus!!
 
Messias Dias, Sec. Executivo
 
extraído(Livro CONPLEI)
 
Página 2
 
FOCUS MISSÃO
 
Perseverança
em vez de
Conformismo
 
Graça e Paz.
Hoje depois de cinco anos que recebemos o sítio e que co-
meçamos a modificá-lo, construindo, reformando e por fim
fazendo funcionar o CTBCH, cheguei à conclusão de que
seja Deus!
todas as mudanças que aconteceram estavam baseadas em
Nos dias 6 a 8 de Julho de realizamos um Retiro na al-
dois princípios: a vontade de Deus, na convicção de que o
deia Colônia com mais de 270 pessoas e tivemos um
treinamento dos irmãos indígenas é a principal estratégia
gasto de R$ 3.000,00 (três mil reais); foi um dos retiros
para a propagação do reino de Deus e na visão de empreen-
onde de fato a igreja reagiu ao ensinamento da Palavra.
dedorismo; pois se não fizer nada diferente, não se iluda: vai
Ainda temos um débito de R$ 400,00 reais, para pagar o
continuar tudo do jeito que está. Muitas vezes tenho percebi-
frete do carro. Ore e se possível contribua.
do na obra missionária a continuação do
E não vos conformeis com este Tenho uma grande preocupação com a obra
mesmo porque possibilita conforto, menos
desafios, mas tranquilidade, menos lutas e mundo, mas transformai-vos guajajara, mesmo sabendo que Deus levanta-
mais conformismo. Acredito que Romanos pela renovação do vosso enten- rá pessoas que possam amar e compreender
12:2 é aplicável à vida missionária. ... A vida dimento, para que experimen- este povo, temo que se levantem pessoas que
missionária é um desafio constante; é o que teis qual seja a boa, agradável não se identificam com o povo, com sua cultu-
disse Paulo em Rm 8:36 Como está escrito: Por e perfeita vontade de Deus... ra e valores e venham delimitar o evangelho
pelo principio etnocêntrico, que não conse-
amor de ti somos entregues à morte todo o dia:
guem valorizar elementos importantes da cul-
fomos reputados como ovelhas para o
tura e demonizam manifestações de valores maiores e
matadouro.
menores, mas que são de grande importância para manter
Neste ano estaremos entregando mais três no-
o povo como povo e a compreensão do evangelho supra
vos obreiros para a tribo Guajajara; um deles é de nossa
cultural e atemporal. Estou lutando para preparar o povo
região e vai precisar de muito apoio das igrejas da cidade
para este momento em que eles terão que enfrentar as
para realizar a obra que o Senhor tem colocado diante dele.
possíveis mudanças.
São mais de 15 aldeias em sua micro região; ele vai precisar
Em Cristo.
de sustento, pois para fazer a obra não terá tempo de colo-
Pr. Bené e Família
car roça; ele vai precisar se dedicar no estudo da Palavra e na
 
MINISTÉRIO TIM NA ALDEIA TEMBÉ
 
pregação entre seus parentes.
Até Setembro estaremos concluindo o Templo em Colô-
nia e o Templo na Aldeia Jatobá..
O trabalho de São Pedro voltou a funcionar com todos os
irmãos que haviam saído e com novos convertidos. Louvado
 
Nos dias 06—09 de setembro , nossa equipe de jovens
vocacionados do ministério TIM seguirá viagem para a ,
aldeia Cuxiú-mirim, município de Tome –Açu., afim de dar
assistência espiritual ao irmãos dessa aldeia. Com ativida-
des evangelísticas, discipulado, kids games e serviço práti-
co.
 
FOCUS MISSÃO
 
Página 3
 
Com a mão no arado,
cumprindo
a missão
 
Estamos alegres por mais uma vez escrever-lhes e
falarmos sobre as nossas novidades nestes últimos
meses. Temos continuado envolvidos com as aulas no
CTBCH e no treinamento de liderança indígena local.
Temos dado aulas voluntárias e participado de encon-
tros com líderes da etnia Guajajara. Sempre que te-
mos uma oportunidade, visitamos a Aldeia Porqui-
nhos e continuamos o nosso esforço de alcançarmos
os Kanela com as amizades que já temos entre eles.
Participei do encontro nacional do CONPLEI Con-
selho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos
Indígenas) na Chapada dos Guimarães-MT nos
dias 18 a 22/07. Foram dias abençoados e edifican-
tes para todos apesar do frio.Todos presenciamos os
milagres de Deus no alcance de outros povos indíge-
nas no Brasil, através dos testemunhos dos vários
indígenas. No dia 07/08 iniciaram-se as aulas no
CTBCH para mais um semestre com os alunos indí-
genas.
 
Desafios Kayapó: Eis-me aqui!!
 
Participei do CONPLEI com 20 irmãos
Kayapó. Ficamos felizes por encontrar
ali mais de 80 tribos indígenas diferen-
tes, além de muitos missionários e
gente interessada em missões.Só no
dia seguinte que me dei conta de que
aquele não era um encontro indígena
comum e sim um encontro de crentes
indígenas. Parecia o cumprimento de
Ap.7:9,10. Vários irmãos indígenas
pregaram e participamos de uma
grande santa ceia com beiju de tapio-
ca e vinho de açaí. Além de nosso
devocional matutino, ainda fizemos
cultos na rodoviária, nas manhãs de
ida e volta, em Guaraí-TO, testemu-
nhando nossa fé. Chegando em Re-
denção, retornamos a visitar os pon-
tos onde encontramos os parentes
kayapós, e os apelos continuam para
que visitemos suas aldeias como
Bàydjà e Odjinéia de Gorotire. Ele me
pediu 50 livretos de versículos para os
irmãos da aldeia, que querem apren-
 
Até o fim do ano temos muitos compromissos com au-
las, viagens a aldeia, e Treinamentos Bíblicos com líderes
indígenas. Gostaríamos ainda de compartilhar convosco
alguns pedidos de oração urgentes:
 
 
Pelos Projetos de GRAVAÇÃO entre os índios Kanela
este ano: FILME JESUS (de 22/09 a 10/10) e Bíblia Kane-
la em audio (de 22/10 a 10/12);

Pelo sustento, saúde e desafios que temos a vencer
neste restante de ano; •

Por um TRANSPORTE (Moto ou carro) para o
próximo ano, quando Dara começará a estudar;

Pelas viagens que faremos para as aldeias e compromis-
sos missionários. • Pelos alunos do CTBCH (Os que
estão saindo para os campos neste ano e por novos
alunos para o ano de 2013).
Agradecemos o cuidado dos amados conosco quando oram,
contribuem e mantém contato. Que o Senhor os recompense
em tudo o que vocês têm feito pela Sua obra e por nós!
Atenciosamente,
Pr. Gilson, Iara e Dara Silva
 
Kubẽkrãkênh, Katete, Juari e outros. :
Desafios:
1- Auxiliar a liderança da igreja kayapó
e que cada igreja da cidade adote uma
aldeia visando a construção de igrejas
kayapó.
3- Iniciar novos trabalhos nas aldeias
do Mato Grosso e dar continuidade nas
aldeias Pijaraçu e Kẽnpoo (Kayapó), e
Pakajá (Juruna).
Necessidades:
1- São mais 80 aldeias kayapó. Preci-
samos urgentemente de missionários.
2- Ainda precisamos de material para
multiplicar CDs e DVDs com hinos e
vídeos na língua kayapó e um data
show para apresentar filmes evangelís-
ticos;
Pedidos de oração:
Orem por novos missionários.
 Para que o Senhor abençoe os ir-
mãos comprometidos com nosso sus-
tento.
Pela saúde de Dona Ivy, esposa de
 
 Pelo próximo curso dos
homens kayapó em novem-
bro/2012.
 Para que o Senhor nos
restaure as forças para com
sabedoria e coragem perse-
verar na linha de frente des-
ta obra.
Obrigado por sua participa-
ção neste ministério.
 
Messias Santos (missionário
MEIB)
 
FOCUS MISSÃO
 
Página 4
 
Equipe Douloi: cumprindo
a grande comissão
 
Queremos agradecer a todos que esti-
veram intercedendo pelo Treinamento
de Líderes Guajajara da Região do
Arame - Ma. Concluímos ontem a noite
com a Celebração da Ceia do Senhor,
a qual tivemos como elementos biju e
açaí. Foi um tempo de grandes ben-
çãos para nós Equipe Douloi e para os
irmãos indígenas. Embora a Equipe
estivesse desfalcada, Selma em Belém
- Pa; Bron na Inglaterra para seu tempo
de divulgação e Everli em Santos - SP
para reunião com a família. O Senhor
providenciou servos disposto a compor
esta equipe, Brigite veio da Alemanha
passar férias no Brasil e está conosco
estes dias e o Pr. Davi Miranda veio
com uma equipe da ICE Gonçalves
 
Dias(Irmã Val com sua filha Leticia e o
jovem Guilherme) Louvamos a Deus
pela vida destes irmãos que nos apoia-
ram neste trabalho.Os estudo foram na
carta de Paulo aos Colossenses, Eu,
Pr. Francisco, Pr. Davi e Antonio Filho
ministramos os estudos sobre a Carta
Paulina e os irmãos Ernesto falou so-
bre a Maturidade do Líder Cristão e
Francisco Guajajara ministrou sobre A
influencia do Líder na vida dos novos
convertidos.Participaram 22 irmãos
Guajajara e mais 11 crianças.Os ir-
mãos prestaram relatórios dos traba-
lhos que estão realizando em suas
aldeias e em aldeias próximas, mos-
trando muito interesse em continuar
fazendo o trabalho de evangelização
 
de seus parentes. Ficou decidido que no
dia 27 e 28 de outubro vai ser realizado o
segundo aniversário da Igreja Evangélica
Tenetehar com um grande culto de louvor
ao Senhor e também será lançada a Pe-
dra Fundamental da Sede da Igreja na
Aldeia Angico Torto. Os amados irmãos
estão convidados para este grande even-
to.
Francisco, Dâmaris
 
JUNTOS:Orando, Enviando e Sustentando
 
a obra missionária indígena
 
Missão Evangélica
aos Ìndios do Brasil
 
Passagem Pau DArco, 27
Coqueiro, Ananindeua,
67113 190
 
Tel: 91- 3235 7595
Fax: 91-3235 7595
Email: meib.base@gmail.com
www. meib.com.br
 
Donativos:
BRADESCO
Ag. 1672-1
C/C: 6871-3
 
Somos gratos a Deus que nos concede diariamente o privilégio de experimentar seu su-
primento diante de cada necessidade. Os custos para levar os indígenas para o CONPLEI
foram altos, principalmente as despesas com o aluguel do ônibus e alimentação..Deus
supriu através do irmão Christoph (Elubel) parte dos recursos visando o pagamento
do ônibus e outra parte foi doada pela MICEB. A ICE do Marco também contribui e
outros irmãos que tem ao longo dos anos, demonstrado compromisso fiel no cumpri-
mento e avanço da obra missionária entre os povos indígenas. A Deus o nosso louvor e a
todos vocês a nossa sincera gratidão. Que o Senhor continue vos ABENÇOANDO!!.

 

= =

www.meib.com.br _ Missão Evangélica aos Índios do Brasil Passagem Pau DArco, 27, Coqueiro, CEP 67 113 190, Ananindeua-PA Tel. (91) 3235 7595



www.uniaonet.com/espmissoesindios.htm - 19) Mapa Alteco : Estatística dos Grupos Tribais na Bacia Amazônica - Com e Sem a presença Evangélica . . .
Brasil : 121 Povos classificados SEM Evangelho . Somente 20 no mapa como "isolados" ...
PERU - Possivelmente 10 Povos classificados SEM contato . Nenhum no mapa . Dados : AMTB Brasil , IMB América do Sul , Joshua Project , IHR Brasil .
( para ver o mapa no tamanho original clique em www.uniaonet.com/mapalteco1208.JPG ou acesse : www.facebook.com/groups/uniaonetbrasil ) via Taborda


20)www.alcnoticias.net _ Povos do campo, das águas e florestas retomam luta pela reforma agrária
ALC

 

Brasília, sexta-feira, 24 de agosto de 2012 (ALC) - O Brasil está se transformando numa alavanca do projeto neocolonizador e expande esse modelo para outros países da África e da América Latina. Esse projeto capitalista volta-se à acumulação de capital especializado no setor primário, promove a super exploração agropecuária, hidrelétrica, mineral e petroleira.
A análise consta no documento extraído do Encontro Nacional Unitário de Trabalhadores e Trabalhadoras, Povos do Campo, das Águas e das Florestas, reunido nesta semana em Brasília. Camponeses, sem terra, quilombolas, indígenas, extrativistas, quebradeiras comprometem-se a lutar pela reforma agrária "como política essencial do desenvolvimento justo, popular, solidário e sustentável", que democratiza o acesso à terra.
 
A primeira década do século XXI, aponta o documento, revela "um projeto de remontagem da modernização conservadora da agricultura, iniciada pelos militares, interrompida nos anos noventa e retomada como projeto de expansão primária para o setor externo nos últimos doze anos, sob a denominação de agronegócio".
 
Em vez de promover igualdade e dignidade, as políticas e ações do Estado muitas vezes "retiram direitos e promovem a violência no campo". Por isso, povos do campo, das águas e das florestas exigem o redirecionamento das políticas e ações do Estado brasileiro, "pois o campo não suporta mais".
 
O documento também detecta consequências socioculturais desse projeto agro exportador, como a masculinização e o envelhecimento do campo pela ausência de oportunidades para jovens e mulheres, o que resulta na não reprodução social do campesinato. Por isso, representantes dos povos do campo, das águas e das florestas vão se empenhar pelo reconhecimento da importância estratégica da juventude na dinâmica do desenvolvimento e reprodução social.
 
As 37 organizações que assinam o documento, dentre elas o Conselho Indigenista Missionário e a Comissão Pastoral da Terra, afirmam a soberania alimentar como direito dos povos, a agroecologia como base para a sustentabilidade e organização social e produtiva da agricultura familiar e camponesa, e a soberania energética como um direito dos povos.
 
Pedem, ainda, a democratização dos meios de comunicação e se comprometem a lutar pela transição agroecológica, contra os agrotóxicos e pela produção de alimentos saudáveis. Também se empenharão no combate e denúncia da violência e impunidade no campo, e a criminalização das lideranças e movimentos sociais, promovidas por agentes públicos e privados.

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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)
Edição em português: Rua Ernesto Silva, 83/301, 93042-740 - São Leopoldo - RS - Brasil
Tel. (+55) 51 3592 0416 editorportugues@alcnoticias.net.

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