Jair
Souza Leal _
é bacharel em teologia, autor do livro 'Quatro Homens e Um Segredo',
professor no Instituto Teológico Quadrangular e auxiliar na Igreja
Batista Memorial do Industrial. Contagem/MG - Contatos - jairsouzaleal@ig.com.br
Veja o resumo no www.uniaonet.com/msgjair4homens.pdf Artigos 52 a 89 : 52_ Um toque 53_ HOMENAGEM AO ÍNDIO . 54_ A Adoração => "Venha a nós o teu reino..." 55_ A Gordura e o Pecado 56_ A Adoração => "Seja feita a tua vontade... 57_ As Petições => "O Pão nosso de cada dia.. 58_ "E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como..." 59 _ Independência ou morte 60 _ As Petições
61 _ Importância da Visitação 62 _ Deus está perdendo? 63. Retirando o Combustível da Violência 64. A História da humanidade sem história 65. Porque temos a prática de presentear no Natal? 66. Ele nasceu para nós, para que pudéssemos renascer para Ele . 67. Ver a sua estrela é muito bonito, mas ver a sua face é muito melhor. 68. Uma nota de esclarecimento sobre o natal 69. Ciladas - Introdução* 70. CONSELHO 71. Filhos pecadores 72. A PÁSCOA* 73.Estar e não ser ( March 29, 2005 ) 74. Aprendendo com a adversidade* ( 10/4/05 ) 75. Atração Fatal* 76. Dia do trabalhador 77. O Pernilongo (30/4/05)
(Jair Souza Leal*)
Comumente, a cada início de ano, as empresas apuram os resultados
auferidos no decorrer do exercício anterior, isto é, no decurso
do ano que passou. Desta forma, através dos números apontados,
elas identificam o seu desempenho. Se alcançaram ou não os
alvos e objetivos previstos, onde e porque falharam.
Assim, podem traçar as diretrizes que nortearão o rumo a ser
seguido no ano que se inicia, fazer o seu planejamento e se
reorganizar. E, para se tornarem mais competitivas, adotam
diversas medidas, que podem ser de investimento ou de contenção.
Sabe-se que só assim terão as condições necessárias para enfrentar
com êxito os novos desafios que se agigantam.
Cada igreja, e cada cristão em particular, deviam adotar as
mesmas medidas e agir com a sabedoria econômica das empresas,
fazendo um balanço e uma avaliação da própria vida e ações
no decurso do ano que findou. Isto é bíblico. "Examine-se,
pois, o homem a si mesmo" (1 Coríntios 11:28).
Precisamos apurar os resultados obtidos, pois só assim podemos
ver se alcançamos os alvos divinos e identificar onde e porque
falhamos, para, assim, não seguir na mesma direção e cometer
os mesmos erros.
Identificar as omissões e fraquezas para tomar medidas que
possam sanear toda falta. Planejar, perseguir alvos cada vez
maiores, mais nobres, mais espirituais, e que estimulem a
excelência, para sermos cada vez mais competitivos contra
o reino das trevas, que se torna a cada dia mais arrojado
em suas táticas, artimanhas e propostas.
Precisamos apurar se alcançamos para o Reino de Deus, lucro
ou prejuízo. Fazer nova declaração de fidelidade ao Senhor.
Conter o pecado, o materialismo e o mundanismo, que tão de
perto nos assola, e investir mais em oração, em meditação
na Palavra de Deus, em santidade, em evangelismo; pois só
assim não conheceremos falência, fracassos ou derrotas.
Nosso alvo deve ser a perfeição. "Sede vós, pois, perfeitos,
como é perfeito o vosso Pai celestial" (Mateus 5:48). Nada
menos que isto pode mover e nortear a nossa caminhada cristã.
Devemos sempre "prosseguir para o alvo" e, "na medida de perfeição
a que já chegamos, nela prosseguir" (Filipenses 3:14,16).
Qual o resultado do seu balanço; lucro ou prejuízo? Quais
são os seus planos e alvos para o novo ano. Deus está em primeiro
lugar nestes planos? A santidade, a busca por maior intimidade
com o Pai, o chegar "à medida da estatura da plenitude de
Cristo" também?
Lembre-se: Deus não é sócio da sua Igreja nem da sua vida.
Ele é o dono! Mormente somos mordomos que Lhe prestaremos
contas, tendo a incumbência de multiplicar aquilo que nos
foi confiado; seja muito ou pouco.
"Porque é assim como um homem que, ausentando-se do país,
chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens: a um deu
cinco talentos, a outro dois, e a outro um, a cada um segundo
a sua capacidade; e seguiu viagem.
O que recebera cinco talentos foi imediatamente negociar com
eles, e ganhou outros cinco; da mesma sorte, o que recebera
dois ganhou outros dois; mas o que recebera um foi e cavou
na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Ora, depois de muito tempo veio o senhor daqueles servos,
e fez contas com eles. Então chegando o que recebera cinco
talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor,
entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.
Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre
o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo
do teu senhor.
Chegando também o que recebera dois talentos, disse: Senhor,
entregaste-me dois talentos; eis aqui outros dois que ganhei.
Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre
o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo
do teu senhor.
Chegando por fim o que recebera um talento, disse: Senhor,
eu te conhecia, que és um homem duro, que ceifas onde não
semeaste, e recolhes onde não joeiraste; e, atemorizado, fui
esconder na terra o teu talento; eis aqui tens o que é teu.
Ao que lhe respondeu o seu senhor: Servo mau e preguiçoso,
sabias que ceifo onde não semeei, e recolho onde não joeirei?
Devias então entregar o meu dinheiro aos banqueiros e, vindo
eu, tê-lo-ia recebido com juros. Tirai-lhe, pois, o talento
e dai ao que tem os dez talentos. Porque a todo o que tem,
dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até
aquilo que tem ser-lhe-á tirado. E lançai o servo inútil nas
trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus
25:14-30).
88. Cabral e a Besta do Apocalipse ( 2/11/05) (Jair Souza Leal*)
Eu sou um nativo das terras brasileiras, do tempo em que andar
nú, não era sinônimo de comércio nem de pornografia. Certo
dia, enquanto curtia tranqüilamente as praias do Atlântico,
após degustar um delicioso assado de javali, o qual acabara
de caçar, decidi aproveitar o sossego do lugar para tentar
decifrar um velho pedaço de manuscrito que achara recentemente,
imagino que tenha sido trazido pelo vento, de terras longínquas.
Ele não estava escrito em minha língua nativa. Mas, como toda
a minha vida sempre gostei de observar os sinais e tentar
decifrá-los, tentar entender o que era dito por meio deles,
acabei me tornando meio perito nesta arte. Decidi tentar interpretar
estes sinais que agora tanto me intrigava. Estava decidido
a descobri-lhe o sentido.
Assim, andando de um lado para o outro pela praia, que hoje
chamam de Porto Seguro, esforcei-me para entender os dizeres
cabulosos daqueles símbolos. Seu conteúdo dizia algo mais
ou menos assim, se é que estava entendendo corretamente. "E
eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta
que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres
dez diademas... todos a adoraram... Quem é semelhante à besta?
Quem poderá batalhar contra ela?"
De repente, estupefato pela descoberta do que parecia ser
uma antiga profecia, lanço meu olhar em direção ao infinito
oceano e, qual não é o meu espanto, vejo surgindo, ao longe,
algo que jamais meus olhos contemplaram.
Me sinto invadido por um estranho medo e ao mesmo tempo por
uma incontrolável emoção e curiosidade. Algo me faz pressentir
que a velha profecia começara a se cumprir. Aparentemente
tudo começou a fazer algum sentindo. Besta... areia... mar...
chifre...
O que seria este imenso monstro que lentamente começa a se
aproximar do lugar aonde estou!? Devo fugir ou permanecer
esperando para ver o que vai acontecer? Estou confuso, atônito,
perplexo...
O velho nativo, vendo o objeto vindo do mar após analisar detalhadamente aquelas profecias que havia decifrado, logo associou o que viu ao que acabara de ler e começou a percorrer a pequena aldeia a gritar: "Está se cumprindo! Está se cumprindo!".
Há tempos que a maioria das pessoas de sua tribo achavam que
ele estava ficando meio biruta, louco talvez. Porém, ele permanecia
firme naquilo que entendia ser profecias que mostravam ser
o futuro do seu povo.
Certo dia, quando chamou os de sua tribo para provar através
do pedaço de manuscrito que achara na praia, coisas que pareciam
ser a comunicação de outros povos existentes no mundo, eles
riram e caçoaram dele, achavam-no um pobre desmiolado. Agora,
todos ficaram assustados.
Ele finalmente seria compreendido? Poderia se tornar uma pessoa
especial entre os de sua tribo? Ou estaria sendo o canal para
atrair a maldição dos deuses e deveria ser sacrificado por
ter enfurecido os deuses com a sua loucura?
Os nativos da pequena aldeia a beira mar se dirige para o
local onde o "louco" gritava. Qual não foi a surpresa de todos,
ele tinha razão. Eles começam a vislumbrar as três "bestas"
que se aproximavam deles. E agora, o que dizer? Como reagir,
o que vai acontecer?
As três "bestas" atracam na praia. O nativo consegue decifrar
algo escrito parecendo ser o nome das bestas: a da primeira
"Santa Cruz"; da segunda "Pinta", e da terceira, "Nina".
Antes os olhos estupefatos de todos, começam a sair seres
parecendo humanos, embora pussem perceber que eles tinham
a pele diferente e usavam uns panos esquisitas em volta do
corpo.
O que seriam eles? Seriam filhos dos deuses? Vieram em paz?
Seriam mesmo o cumprimento das velhas profecias? Será que
levarão algo que é nosso ou apenas nos visitam para trazer
a mensagem dos deuses?
*Autor do livro "4 Homens e 1 Segredo"
e auxiliar na Igreja Batista no Balneário, bairro Ressaca,
Contagem (MG).
87. INVERSÕES ( 23/10/05) (Jair Souza Leal*)
"E voltaram os setenta
com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até
os demônios se nos sujeitam. E disse-lhes: Eu
via Satanás, como raio, cair do céu. Eis que vos
dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e
toda a força do inimigo, e nada vos fará dano
algum. Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem
os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os
vossos nomes escritos nos céus. Naquela mesma
hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse:
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes,
e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai,
porque assim te aprouve" (Lucas 10:17-21).
No retorno da missão dos setenta os discípulos
relatam à Jesus tudo o que ocorrera. Aquele mutirão
evangelístico fora um sucesso total. Eles voltaram
eufóricos e entusiasmados, pois nunca tinham visto
tantos milagres nem tantos demônios sendo expulsos
por meio da sua instrumentalidade, na autoridade
e poder de Jesus. Estavam maravilhados! Era simplesmente
espantoso!
Tão abismados com o poder, eles não relataram
a Cristo quantas pessoas haviam aceitado a mensagem.
Na linguagem de hoje, não relataram quantos "se
converteram" à Cristo. Eles se alegravam porque
o poder de Cristo funciona. Focados no poder,
não compreendiam o propósito do mesmo.
Havia um objetivo naquela missão, o poder era
somente um meio de tornar bem sucedida a missão.
Eles não haviam percebido isso. Falar quantas
pessoas receberam a mensagem de Cristo e foram
transformadas não alegra tanto os discípulos quanto
falar quantos demônios foram expulsos. Este é
um entusiasmo de discípulos obedientes, porém,
imaturos.
Sua euforia era semelhante a de alguns crentes
de hoje que andam longe e pagam caro para ir a
algum congresso e, quando voltam, estão estupefatos:
com o pregador, com a mensagem, com as maravilhas
que lá aconteceram. É como se tivessem experimentado
um Deus que não é aquele que servem no dia-a-dia
medíocre das suas igrejas locais. Passada a euforia,
continuam a ser os mesmos crentes inúteis e infrutíferos
de sempre, alimentados pelas migalhas.
Os setenta que Jesus enviou foram anunciar boas-novas
aos perdidos, enquanto a maioria dos crentes de
hoje vão se reunir em congressos onde só tem crente
falando para crente. Os setenta fizeram os milagres
acontecer, enquanto os crentes de hoje vão em
busca dos milagres.
Jesus havia enviado aqueles discípulos. Eles foram
cumprindo a Sua vontade, obedecendo a Sua ordem.
Sendo assim, é mister perceber que quando cumprimos
a vontade do Senhor e obedecemos a Sua ordem de
anunciar boas-novas aos perdidos, milagres acontecem
por meio da nossa instrumentalidade. Na autoridade
e poder de Jesus - os demônios se nos submetem.
Falando assim, parece quase óbvio que nós não
deveríamos correr atrás dos milagres, eles é que
deveriam nos acompanhar. Os milagres acompanharam
os discípulos na sua missão entre os perdidos,
não em encontro de salvos.
Jesus muda o foco da alegria daqueles discípulos.
Eles não deveriam se alegrar no que faziam, mas
no que tinha sido feito por eles. Eles não deveriam
se alegrar pela obra que realizaram na autoridade
do nome de Jesus, mas, sim, na obra que Jesus
realizava por eles. Não deveriam se alegrar pelo
que eram capazes de fazer no poder de Jesus mas,
se alegrar em terem sido salvos por este poder.
É tentador especular se Judas, aquele que posteriormente
iria ser desmascarado como o traidor, estava entre
aqueles enviados. Se fez os mesmos sinais e maravilhas.
Se pregou boas-novas aos perdidos. Em caso afirmativo,
ele poderia se alegrar pelas obras realizadas
como qualquer um dos outros, não é verdade? Mas
jamais poderia se alegrar por ter seu nome escrito
nos céus!
O que mais alegra você? Porventura é ter o seu
nome escrito nos céus? É ver o nome de outros
sendo escrito nos céus, ou testemunhar certos
homens amarrando demônios, fazendo maravilhas,
ao usar o poder disponível e real que há no nome
de Jesus, não importando se estes tais sejam como
Judas?
Não deveríamos em obediência à ordem de Jesus,
estar levando as boas novas aos perdidos? Não
fomos todos enviados com esta missão? Não deveríamos
estar usando o poder que Cristo disponibilizou
a cada um de nós para que os perdidos experimentem
a libertação e vejam as maravilhas que confirmam
a mensagem anunciada e crida?
Jesus se alegra no Espírito Santo e adora ao Pai,
pois a Sua vontade estava sendo cumprida, de modo
espantoso, não por intermédio de intelectuais,
dos grandes e poderosos, nem mesmo por líderes
da religião judaica, mas, tão somente, por meio
de gente simples, desconhecida, pelos inexpressivos
do mundo e da sociedade - os pequeninos.
Aqui aparece uma outra inversão. Nos dias atuais,
os pequeninos, as pessoas simples, têm corrido
atrás dos "grandes" homens de Deus, dos ícones
espirituais. Parece que Cristo mudou Seus planos,
e já não se alegra mais em cumprir a vontade do
Pai usando esta gente simples.
Um último detalhe marcante é a alegria de Jesus
no Espírito Santo. Tão pleno do Espírito, Jesus
começa a agradecer, e por este seu gesto edifica
e ensina aos discípulos. Parece notável neste
momento a ausência do êxtase, das tremedeiras,
dos estrimeliques. "Estranhamente" Ele parece
falar, e não gritar. E fala de um modo que todos
compreendem, não fala de uma maneira ininteligível.
Assim, numa atitude simples e sábia, desvenda
a sabedoria do Pai, aquela que se contrapõe à
sabedoria deste mundo.
O que anda acontecendo hoje com as pessoas que
se "alegram" no Espírito Santo? Elas não se regozijam
com a sabedoria de Deus, não entendem melhor os
mistérios do Reino que antes lhes estavam encobertos.
Não percebem o astuto Satanás sendo derrotado
por um Deus eternamente sábio, através de seres
humanos muito infinitamente menores em poder.
Diferentemente de Cristo, vemos muito êxtase,
pulo, gargalhadas, tremedeira, gritaria, desmaios,
socos e pontapés, uivos, linguagem ininteligível,
e nada de edificação. Quando muito, esta é uma
"alegria" que só beneficia o "usuário".
Uma análise bíblica acurada sobre a finalidade
pela qual Deus nos concede poder, nos leva a concluir
que é para que o mesmo seja usado: na evangelização,
na edificação, para derrotar o império das trevas
e trazer glória ao próprio Deus, em todas e qualquer
circunstância. O mesmo não se presta a promoção
individual, ministerial, denominacional, à auto-glorificação
e, muito menos, à satisfação pessoal.
*Jair Souza Leal -
autor do livro "4 Homens e 1 Segredo" e auxiliar
na Igreja Batista do Balneário, no bairro Ressaca,
em Contagem/MG.
86. Tipos de Crentes ( 14/10/2005) Espécies Raras (Jair Souza Leal*) O cristianismo, ao longo dos séculos, tem produzido as mais variadas espécies raras de cristãos. Veja aqui algumas delas e descubra qual te identifica melhor: O crente microondas - é aquele que na mesma intensidade com que esquenta, também esfria. O crente maionese - mistura tudo. O crente Romeu e Julieta - sacrifica a sua vida espiritual em função do amor que sente pelo mundo e o pecado. O crente frieira - vive pegando no pé dos outros. O crente elevador - no mesmo instante que está no alto, desce... sobe e desce... entra e sai da igreja. O crente sola - sempre é pisado. O crente bola - leva chute prá todo lado. O crente saliva - está na boca de todos. O crente Raimundo - está com um pé na igreja e outro no mundo. O crente foca - não faz outra coisa que não fô foca. O crente Tiradentes - vive na forca. O crente metralhadora - dá tiro prá todo lado, num acerta um. O crente chinês - tem os olhos fechados. O crente pipoca - tá sempre pulando... até ser devorado. O crente pipa - é levado pelos ventos de doutrina; está sempre por um fio. O crente pá - tudo que ouve aplica para os outros; isto foi pá Fulano, isto pá Sicrano, aquilo pá Beltrano e nada fica para si. O crente enxada - tudo que ouve puxa para si mesmo. O crente exame de sangue - recomenda o jejum. O crente açougueiro - vive da carne. O crente árvore frutífera - sempre leva pedradas... todo mundo monta em cima. O crente jiló - está sempre amargo O crente psiquiatra - vive entre loucos. O crente sol quente - ninguém suporta. O crente freezer - por dentro é gelado. O crente dinamite - detona tudo que estiver a sua volta. O crente limão - é azedo. O crente binóculo - este enxerga longe. O crente agente secreto - ninguém sabe que ele é O crente artista - sua vida é uma novela. O crente barbante - vive todo enrolado. O crente macaco - vive pulando de galho em galho. O crente Pelé - vive da glória do passado. O crente bombeiro - está sempre salvando os outros. O crente militar - é disciplinado. O crente marmita - temos de agüentar todo dia. O crente vaivém - pode esperar que ele volta. O crente Indiana Jones - é um aventureiro da fé. O crente Titanic - se gaba da sua grandeza sem perceber que está afundando. O crente internet grátis - cai toda hora. O crente manivela - é fácil de enrolar. O crente pandeiro - só faz barulho. O crente ginecologista - vive mexendo com a mulher do outro. O crente saci pererê - falta alguma coisa nele. O crente celular - está sempre fora de área e nunca está disponível. O crente Gugú - é o que só aparece no domingo legal. O crente a voz do Brasil - fala, fala, mas ninguém escuta. O crente Martinho da Vila, meio Rubinho Barrichello - é devagar, é devagar, é devagar, é devagar, devagarinho... O crente Guga - nunca mais foi o mesmo. O crente Pinóquio - é mentiroso. O crente mecânico - vive procurando defeito. O crente carteiro - é o que leva e trás notícias. O crente lixo - é o que enche o saco. O crente cofrinho arrombado - não consegue guardar segredos. O crente pião - é o que roda, roda e não chega a lugar algum. O crente ortopedista - é o que vive de joelhos. O crente dente dolorido - é extremamente sensível. O crente côco - este é casca grossa. O crente correio - manda e desmanda. O crente sabonete - é escorregadio. O crente a Praça é Nossa - não tem graça... só lei O crente jacaré - tem uma bocona enorme. O crente pingüim - tá sempre frio O crente denorex - parece mas não é. O crente Noé - Nunca as coisas são com ele... "Noé comigo irmão" O crente Homem-Aranha - por qualquer coisa ele sobe pelas paredes. O crente 6 horas - Sempre dependendo da oração dos irmãos: "seis" ora por mim?" O crente Zagalo - os irmãos tem de engolir O crente Chacrinha - só dá abacaxi. O crente pão de fôrma - é miolo mole, casca grossa, chato e quadrado. O crente cabelereiro - trabalha fazendo a cabeça dos outros. O crente bule - é de pô ca fé O crente escoteiro - só vai em acampamento. O crente rocambole - é todo enrolado. O crente Kodak - vive de revelação. O crente avião - vive nas nuvens. O crente astronauta - vive no mundo da lua. O crente bucha de canhão - mantenha distância para sua segurança O crente carne de pescoço - este é pior que osso, para engolir tem que mastigar bem O crente incendiário - tá queimado O crente cachorro - tá amarrado. Obs.: Existem milhares de outras, aqui, apenas apontamos algumas, descubra você também novas espécies. *Autor do livro "4 Homens e 1 Segredo" e auxiliar na Igreja Batista Balneário, bairro Ressaca, Contagem (MG). 85. Relacionamento e Doutrina - os dois pilares da Igreja ( 10/10/05) (Jair Souza Leal*)
A Igreja de Cristo está edificada sobre dois pilares: o pilar
dos relacionamentos e o pilar da doutrina. Estes dois valores
são de vital importância para a fé cristã. Juntos, formam
um trilho pelo qual segue o trem Igreja rumo à eternidade.
São as pernas que permitem à Igreja prosseguir até os confins
da terra.
Ser cristão significa crer corretamente e estar num relacionamento
adequado com Deus e com o semelhante. A doutrina delineia
o relacionamento; o relacionamento dá vida à doutrina. É preciso
crer e se relacionar.
Relacionamentos são eternos! Quando pensamos na forma de existência
de Deus em três pessoas distintas, reconhecemos o valor desta
afirmação.
Refletindo sobre esta eternidade passada, é possível perceber
que antes de ser criado o universo, os anjos e o homem, já
havia relacionamento - entre as três pessoas da Trindade.
Como expôs alguém muito apropriadamente. "Por que uma trindade?
Se Deus fosse uma pessoa, poderia haver poder... Se Deus fosse
duas pessoas, poderia haver amor... Mas Deus é três... e com
a Trindade, agora há comunidade." Esta é uma afirmação cristã
de conteúdo doutrinário.
Refletindo sobre a eternidade futura, após a Segunda vinda
de Cristo, é possível perceber que a doutrina passará mas
os relacionamentos permanecerão. Obviamente, a doutrina é
essencial para nos indicar o modo correto e seguro pelo qual
podemos vir a fazer parte do povo escolhido, das pessoas que
permanecerão para sempre em um relacionamento íntimo, pessoal
e eterno com o Deus trino, e umas com as outras.
As Escrituras não revelam a razão pela qual Deus criou o homem.
É certo que não foi pela solidão eterna e cósmica em que Ele
se encontrava. Como dissemos, a forma de existir em três pessoas
leva-nos a rejeitar esta possibilidade, além de apresentar
Deus num estado de perfeição e plenitude, em que nada Lhe
pode ser acrescentado. Entretanto, sabemos que tão logo Deus
criou o homem, passou a se relacionar pessoalmente com ele.
Os primeiros capítulos de Gênesis registra a vinda de Deus
ao jardim do Éden, na virada da tarde, em busca do homem,
para se relacionar com ele.
Só uma coisa pode impedir, destruir e romper relacionamentos
- o pecado. Ao pecar, o homem rompeu o relacionamento que
tinha com Deus. Observamos que logo que desobedece a Deus,
o homem passa a se esconder dEle, a Lhe evitar, a se sentir
desconfortável em sua presença.
O pecado comprometeu o relacionamento do homem com Deus e,
consequentemente, comprometeu os relacionamentos humanos,
que se tornaram atrofiados e doentios. Vertical e horizontalmente,
os relacionamentos foram afetados.
Com este rompimento, esta separação, este distanciamento,
passou a haver inimizade: "porquanto a inclinação da carne
é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus"
(Romanos 8:7), "qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se
inimigo de Deus" (Tiago 4:4). O mesmo ocorreu nos relacionamentos
humanos. Conflitos, inimizade, desavença, ódio, traição, passaram
a existir. No mesmo relato de Gênesis, lemos sobre o primeiro
homicídio, quando Caim, por inveja e ódio, mata a seu irmão
Abel.
Por si só, o homem jamais seria capaz, uma vez envenenada
a sua natureza, de voltar-se para Deus, arrependido, em busca
de perdão e reconciliação. Deus, o ofendido, toma a iniciativa
de procurar o ofensor, na pessoa de Jesus, para sobrepor esta
distância, e assim reconciliar e restabelecer o relacionamento
perdido entre Ele e o homem.
Você se lembra quando o Bill Clinton era presidente dos EUA?
Ele aparecia na tv, ao lado dos líderes de Israel e da Palestina,
países em constantes conflitos. Ele procurava restabelecer
a paz no Oriente Médio. Ele era o mediador entre as partes
conflitantes. Ficava sempre entre eles, no meio, tentando
costurar uma reconciliação.
Semelhantemente, este foi o papel e a missão de Jesus quando
ele veio a este mundo. Veio para mediar a paz, fazer a reconciliação,
restabelecer o relacionamento do homem com Deus, por conseguinte,
sanar o relacionamento do homem com seu semelhante. A Bíblia
diz que Jesus é o mediador entre Deus e o homem (1Timóteo
2:5).
Veja como a Escritura confirma este fato. "Porque se nós,
sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de
seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos
salvos pela sua vida" (Romanos 5:10). "E tudo isto provém
de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo,
e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava
em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando
os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.
De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se
Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo,
que vos reconcilieis com Deus" (2 Corintios 5:18-20).
Interessante notar que todos quanto foram reconciliados com
Deus por meio de Jesus, tem o ministério da reconciliação.
Todos os que voltaram a se relacionar com Deus, tem a missão
de reconciliar outros com Ele.
É oportuno dizer que, até o relacionamento eterno da Trindade,
que abordamos no início deste texto, foi interrompido por
causa do pecado. Isso se deu quando Cristo recebeu sobre si
os pecados da humanidade. Naquele momento, houve uma interrupção.
Não sabemos por quanto tempo, mas ainda que por um milésimo
de segundos, houve esta interrupção, quando Jesus clamou:
"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 27:46).
Então, "o único momento em toda a eternidade quando a Divindade
não viveu em comunidade foi quando o meu pecado - o seu pecado,
quebrou aquela comunhão!
Portanto, podemos afirmar com grande grau de certeza que a
missão de Cristo foi destruir o pecado e desfazer as suas
conseqüências, restaurar o relacionamento do homem com Deus
e entre os semelhantes.
Quando esteve neste mundo Jesus relacionou-se a cada instante.
Ora ele estava se relacionando com a multidão, ora com os
seus discípulos, ora estava sozinho se relacionando com o
Pai. Ele viveu uma vida de relacionamentos; com o Pai e com
os homens - vertical e horizontalmente.
Até a cruz aponta isto. Ela tem uma haste vertical e uma haste
horizontal. O relacionamento horizontal (com o semelhante),
só se encontra e é sustentado no relacionamento vertical (com
Deus), tendo Cristo como a razão do vínculo de ambos.
Não é sem razão que o maior mandamento é amar a Deus, e a
seguir, amar ao próximo, porque o primeiro relacionamento
rompido foi do homem com Deus, depois com o semelhante. Assim,
o mandamento segue esta ordem de restauração.
Portanto, os dois pilares, os dois grandes valores do cristianismo
são: relacionamento e doutrina. Um não subsiste sem o outro.
Há uma maneira adequada de se relacionar com Deus e com o
semelhante - a maneira ensinada por Jesus.
Ele ordena: "Fazei discípulos", e mostrou como: vivendo junto,
caminhando junto, se relacionando... discipulado é relacional.
Mas, qualquer relacionamento é discipulado? Não! Ele disse:
"Ensinando a obedecer tudo o que vos tenho ensinado", mostrando
qual deve ser o conteúdo do discipulado.
No livro de Atos, encontramos a nascente Igreja vivendo estes
dois valores. Eles "perseveravam na doutrina dos apóstolos"
- o conteúdo; na "comunhão, e no partir do pão" - o relacionamento.
Então, não pode haver Igreja verdadeira sem que haja doutrina
verdadeira; assim como não pode haver Igreja verdadeira sem
que haja relacionamento - com Deus e uns com os outros.
Podemos inquirir: qual é a missão da Igreja? Sendo ela o corpo
de Cristo, sua missão é dar continuidade aquilo que Ele fez
quando esteve neste mundo. Cristo continua a sua obra por
meio do seu novo corpo - a Igreja. E, como disse, Ele ensinava
e se relacionava.
Então, há um conteúdo correto no qual devemos crer (a sã doutrina);
há um relacionamento adequado no qual devemos estar envolvidos.
Já nos tempos do Novo Testamento doutrinas erradas começaram
a surgir (as heresias), também surgiram conflitos nos relacionamentos.
Assim, muito das cartas escritas, endereçada a nós cristãos,
foram, parte para ensinar o certo e combater os erros doutrinários,
parte para ensinar como devemos nos relacionar mutuamente
(marido/mulher, pai/filho, cidadão/governo, patrão/empregado,
pastor/ovelha e, principalmente, uns aos outros).
Alguém colocou muito bem que "a Igreja não é uma religião:
ela começa e continua como um relacionamento com Deus. Os
relacionamentos são o maior valor da Bíblia. Toda a palavra
de Deus é uma história de relacionamentos: o desejo de Deus
de se relacionar com o homem, a quebra desse relacionamento
pelo pecado e a restauração do relacionamento por Jesus".
Assim sendo, relacionamento sem o conteúdo correto é sinônimo
de clube social, não se constitui igreja. Há muitos grupos
de pessoas que se ajuntam e se relacionam de forma íntima
e profunda, e isso não faz deles cristãos (a maçonaria é um
exemplo disto). Por sua vez, crer e ensinar o conteúdo correto
sem que isto leve aos relacionamentos, é sinônimo de religiosidade.
É possível que uma comunidade local pregue a doutrina correta
e seus membros não tenham relacionamentos uns com os outros,
são meros religiosos.
Muitas pessoas não gostam de congregar em pequenas comunidades,
eles preferem as grandes, pois lá se tornam crentes anônimos.
Ouvem boas mensagens, cantam boas músicas, entram e saem sem
que ninguém os percebam, sem que ninguém "pegue no pé", sem
que ninguém saiba como está a sua vida. Isto é um grande engano,
não basta acreditar nas coisas certas e viver de modo errado,
isso é religiosidade vazia.
Portanto, a Igreja cristã neotestamentária deve caminhar com
as duas pernas (a perna dos relacionamentos e a perna da doutrina).
A Igreja deve pregar a verdade tanto quanto deve viver a verdade.
Vida eterna, conforme ensinada pelo Senhor, constitui-se em
um relacionamento íntimo e profundo com Deus, semelhante ao
ato conjugal de um casal. Em (João 17:3), Jesus define a vida
eterna como sendo "conhecer" a Deus, e esta é exatamente a
mesma palavra usada para definir a intimidade do casal no
ato sexual.
A Igreja não é saci-pererê que vive pulando numa perna só,
ela deve caminhar com as duas pernas, só assim chegará aos
lugares ainda não alcançados.
Invariavelmente é assim, os apóstolos ao escreverem as cartas
do Novo Testamento expunham a doutrina, a seguir apresentava
as implicações da mesma na vida. Este trilho é que faz a Igreja
andar.
Só, que, para que pudesse viver estes dois valores, a Igreja
do Novo Testamento era uma igreja de "duas asas", isto é,
uma igreja que se reunia no templo para a grande celebração
- onde aprendiam a doutrina dos apóstolos; e de casa em casa
- onde experimentavam a comunhão, os relacionamentos.
Nosso desafio é restaurar a asa do grupo pequeno, para podermos
viver os relacionamentos do uns aos outros, e assim, com estas
"duas asas", alçar vôo.
*Autor do livro "4 Homens e Um
Segredo" e auxiliar na Igreja Batista Balneário, no bairro
Ressaca, em Contagem (MG).
(Jair Souza Leal)
"Depois chegaram à Jericó. E, ao
sair ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão,
estava sentado junto do caminho um mendigo cego, Bartimeu
filho de Timeu. Este, quando ouviu que era Jesus, o nazareno,
começou a clamar, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão
de mim! E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele
clamava ainda mais: Filho de Davi, tem compaixão de mim. Parou,
pois, Jesus e disse: Chamai-o. E chamaram o cego, dizendo-lhe:
Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama. Nisto, lançando de
si a sua capa, de um salto se levantou e foi ter com Jesus.
Perguntou ele ao cego: Que queres que te faça? Respondeu-lhe
o cego: Mestre, que eu veja. Disse-lhe Jesus: Vai, a tua fé
te salvou. E imediatamente recuperou a vista, e foi seguindo
pelo caminho." (Marcos 10:48-52)
Temos diante de nós um relato que, mais do que narrar a história
real de um milagre, retrata a postura, a atitude a ser tomada
por todos quantos se encontram frente a situações da vida
que precisam mudar, mas que são impossíveis de se alterar.
Este relato apresenta um homem, mendigo e cego, social e fisicamente
perante uma impossibilidade da vida. Por mais desejoso que
estivesse, por mais que quisesse, jamais poderia mudar sua
própria situação.
Voltar a enxergar, voltar a ter dignidade social era extremamente
necessário, porém, impossível. Eis o homem que precisava de
um milagre.
Porém, mesmo não podendo mudar sua própria situação, este
homem fez algo que determinou o milagre que mudaria para sempre
a sua vida.
Se captarmos estes princípios, nos tornaremos aptos a experimentar
os milagres do Senhor. Para Deus não há impossíveis, ele é
um Deus de milagres. Mas nós precisamos aprender como nos
apropriar deste impossível, deste milagre. Precisamos aprender
o que fazer diante do impossível.
Você está neste momento diante de alguma situação que precisamos
desesperadamente mudar mas por conta própria é impossível?
Aprenda o que fazer para, também, experimentar um milagre
do Senhor.
1. Esteja no lugar certo
Este mendigo cego estava ciente da própria situação, ciente da impossibilidade de por si mesmo tornar a ver e ser restaurado à sociedade e à dignidade. Entretanto, ele ouvira falar de Jesus. Sabia que Jesus era poderoso o suficiente para curá-lo. Então, precisava conhecê-lo.
Ele então soube que Jesus estava na cidade de Jericó, e que
para sair de lá só havia um caminho, e era no que ele se encontrava.
Então, ele se colocou no lugar certo. No lugar por onde Jesus
iria passar. Eis um princípio.
Há algo em sua vida que precisa se concretizar, mas que lhe
é impossível? Você precisa conhecer Jesus! Conhecemos Jesus
por meio dou ouvir a Palavra. Conhecendo Jesus, você vai crer
que ele é poderoso o suficiente para realizar o milagre?
Uma vez que você ouviu a respeito de Jesus, e creu nEle. A
próxima atitude a ser tomada é se colocar no lugar certo.
E qual é o lugar certo? O lugar onde Jesus está!
Mas... onde Jesus está? Estará porventura nos lugares que
você freqüenta? Estará porventura com as pessoas com quem
você anda? A Bíblia nos diz onde Jesus está. "Porque, onde
estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no
meio deles" (Mateus 18:20). "Portanto ide, fazei discípulos
de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho,
e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos
os dias, até a consumação dos séculos. Amém" (Mateus 28:18-20).
Ele está na Igreja, está entre os discípulos. Está com aqueles
que lhe obedecem e que se reúnem para cultuá-lo e proclamá-lo.
Eis o primeiro passo. Se o mendigo cego estivesse em outra
estrada, desanimado da vida, lamentando e chorando, não teria
experimentado o milagre. O primeiro passo para a derrota é
o desânimo e a murmuração. Coragem, bom ânimo e determinação
é o primeiro para a vitória. Então, pare de se lamentar e
corra para estar no lugar certo, no lugar onde Jesus está.
2. Certifique-se de que Jesus o
ouvirá
Jesus sai da cidade de Jericó. Ele se aproxima. Porém, vem acompanhado de uma grande multidão. E multidão faz barulho, tira a atenção. Como aquele homem poderia ser notado? Era possível estar no lugar certo mas Jesus passar de largo e ele não obter o tão esperado milagre. Então o homem dá o segundo passo, que é também o nosso segundo princípio.
Ele começa a gritar, a clamar em alta voz. Neste momento,
acontece algo inusitado. Dos que seguiam a Jesus, houve um
grupo que começou a desanimar o homem, repreendo-o e pedindo
para que se calasse.
Ele não deu ouvidos aos conselhos desanimadores destas pessoas
pois estava determinado a ser curado. E passou a clamar ainda
mais alto. E enquanto não teve certeza que Jesus o ouvira
não parou de clamar.
Interessante pensar que entre os que seguem a Jesus, há os
que, ao invés de serem usados para trazer os necessitados
e pecadores até a presença de Jesus, são usados para impedi-los
de se aproximarem. Ao invés de incentivar, desanima-os. Não
entram no reino e impedem os que querem entrar. São pedra
de tropeço.
Jesus ouviu o clamor do homem e mandou chamá-lo. Ele poderia
tão somente num gesto, ou numa palavra, ter curado o homem
de onde estava e ido embora, mas assim não fez.
Disto podemos inferir que Jesus não faz milagres para os que
estão longe dele. Antes de realizar o milagre ele manda o
homem se aproximar dele. Ele mesmo não foi chamar o homem,
mandou que o chamassem e o trouxessem até a sua presença.
Jesus usa a mim e a você para trazer os pecadores e necessitados
até a sua presença.
Interessante pensar que entre os que seguem a Jesus, há os
que, são usados para trazer os necessitados e pecadores até
a presença de Jesus. São cheios de misericórdia e compaixão.
Que anima, levanta, guia.
Aprendemos de tudo isto que não basta estar no lugar certo.
É preciso clamar, e clamar com intensidade, com a alma, com
convicção. Imagine aquele homem tentando furar o bloqueio
da multidão (com licença, com licença), ele jamais conseguiria.
Jesus admira a coragem, a convicção e a determinação das pessoas,
é isto que lhe chama a atenção. Certamente ele não se importaria
com uma pessoa indecisa, tímida, medrosa.
Aprendemos também que não devemos dar ouvido aos conselhos
desanimadores daqueles que tentam nos fazer calar, daqueles
que não têm fé, daqueles que não se interessam por nossos
problemas. Se tentarem te desanimar, se tentarem te fazer
calar, clame ainda mais intensamente.
É mister ainda apontar que muitas pessoas ficam dependente
das orações alheias, das orações de terceiros. No entanto,
aqui está uma indicação de que o melhor clamor, o mais poderoso,
não é o dos "gurus" espirituais, mas o seu próprio clamor.
Podemos até ter pessoas orando por nós, mas não podemos depender
apenas das orações de terceiros. Estar no lugar certo e clamar
você pode fazer, ou melhor, é você quem deve fazer.
Se você é um seguidor de Jesus, não esteja entre aqueles que
não trazem e ainda impedem os pecadores de se aproximarem
de Jesus. talvez por meio do seu mau testemunho, das suas
palavras que mais afundam que edificam. Procure estar entre
aqueles que são usados com amor e misericórdia para animar,
para conduzir os pecadores e necessitados até a presença de
Jesus.
3. Saiba exatamente o que quer
de Jesus
Estando no certo, o lugar onde Jesus estava. Tendo clamado com intensidade e incessantemente. O homem foi convidado por Jesus para estar em sua presença.
Mas uma última coisa aconteceu antes do milagre. Uma pregunta
de Jesus dirigida ao mendigo cego que lhe clamara: O que você
quer de mim?
Meu amado, não lhe parece estranha esta pergunta? O que poderia
estar querendo um mendigo cego na presença de Jesus? Esta
pergunta era necessária? Acaso Jesus não sabia? Qualquer um
de nós saberia dizer o que o homem queria.
Penso que esta pergunta foi proposital. Cito pelo menos três
algumas razões para isto.
Primeiro - Jesus estava dando ao homem a oportunidade de refletir se realmente ele queria o milagre. Pense comigo: A vida inteira ele dependeu de esmolas. Vivia disso, era sua fonte de renda. Como cego podia contar com a misericórdia alheia. Vindo a enxergar, teria que trabalhar e se virar pois as pessoas não mais o ajudariam. Ele não estava acostumado ao trabalho, não tinha profissão, pensão do INSS, nem família. Isto poderia se transformar para ele em um outro problema. Estava realmente disposto a ser curado?
Que maravilha gloriosa. Até neste momento vemos a grande misericórdia
de Jesus. Ele nos dá a oportunidade de decidir. Porque não
quer que futuramente acusemos a Deus: "Éh! Jesus me curou,
mas agora estou passando fome!" Pois bem amado, este é um
princípio importante: milagres envolvem responsabilidade.
Jesus jamais fará algo por nós para, no futuro, acusarmos
a Deus. Ele deixa sobre nós a responsabilidade.
Segundo - Jesus não quer só fazer milagres, ele quer ter comunhão
com o homem, quer nos "olhar nos olhos". Como disse, Jesus
não realiza milagres para os que estão longe dele. Para que
o milagre ocorra, precisamos nos aproximar dele.
Terceiro - Embora saiba todas as coisas, ele quer ouvir dos
nossos próprios lábios o que temos a pedir. Embora saiba tudo
quanto precisamos, Ele quer te ouvir pedir, quer conversar
com você. Ele não realiza milagres para pessoas com quem não
mantenha algum relacionamento. Isto seria muito vazio. Imagine
um filho que recebe tudo que precisa de seu pai, apenas não
sabe que é!
Assim, não bastava a fé. Jesus já percebera que o homem tinha
fé, ele já havia demonstrado pelo seu clamor. Mas a fé não
era suficiente. O homem precisava assumir a responsabilidade
pelo milagre.
Como o mendigo cego estava determinado e sabia muito bem o
que queria, não titubeou diante de Jesus. Esta última ação
determinou o milagre.
4. Esteja disposto a seguir a Jesus
Jesus opera o milagre ao dizer:"Vai, a tua fé te salvou" Em outras palavras, era o milagre que você queria? Então pode ir embora, já o recebeu.
Mas isto era um teste, Jesus experimentou o homem para saber
se ele só queria o milagre. Mas, veja, ele não se foi. Ele
"foi seguindo Jesus pelo caminho".
Isto se chama gratidão. Muitos só querem os milagres de Deus,
e depois que o recebe, não têm mais razão para permanecer
com ele. Mas este homem nos ensina que devemos ter gratidão
no coração, que devemos buscar não só os milagres, mas o próprio
Senhor dos milagres.
Então meu amado, você tem se colocado no lugar certo? Tem clamado com perseverança, ainda que muitos o estejam desencorajando? Sente que Ele está te ouvindo, que te olha com compaixão? Está disposto a assumir a responsabilidade por aquilo que tem pedido a Deus? É isso mesmo que você quer? Já avaliou as conseqüências do seu pedido? Está disposto a andar com Jesus ou só está buscando milagres?
Faça como este homem, prepare-se para experimentar o milagre
do Senhor. Jesus não apenas operou o milagre, mas salvou o
homem. Ele sempre faz mais do que pedimos ou pensamos.
*Autor do livro "4 Homens e Um
Segredo" e pastor na 1ª Igreja Batista do Balneário no bairro
Ressaca, em Contagem (MG)
83. "E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal" ( 17/9/05) Querid acho que você se lembra, lhe mandava regularmente
a exposição da oração do Pai nosso... ficou faltando esta
última sentença que só hoje tive oportunidade de terminar
(depois de quase 1 ano sem nenhuma inspiração rsrsrsr)...
e mesmo assim, após analisar as suas contribuições... costurei
e remendei prá todo lado e acho que ficou bom... agora preciso
que você leia e me diga se ficou sensato e claro os comentários,
faça criticas ou dê sugestões de melhoria. Ufa!!! Enfim, acabou.
"E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal"
(Jair Souza Leal)
Esta é a petição
final. Nela, não há como fugir das diversas e naturais perguntas
que surgem quando a estudamos. Temos de encará-las, temos
que tentar responde-las. Só assim entenderemos o sentido daquilo
que Jesus ensinou.
Ser tentado
é pecado? A resposta óbvia é, não! O próprio Jesus foi tentado
por satanás, e a Bíblia afirma que Ele jamais pecou (Hebreus
4:15). Portanto, a tentação em si não é pecado, ela é um incentivo
para o pecado. Ser tentado não é pecado, pecado será acolher,
será ceder à tentação.
Qual a diferença
entre tentação e provação? A palavra "tentação" traduz a palavra
grega "peirazo". Este termo aparece cerca de 50 vezes nas
Escrituras e dá a idéia de um teste, de uma prova. Biblicamente
ela tem duplo sentido: provar afim de que desenvolvamos
a fé e a virtude; instigar para o mal.
Tentação é um
apelo para algo que já esta dentro de nós, na tentativa de
forçar-nos, de dentro pra fora, a deixar de obedecer a vontade
de Deus, a cumprir uma vontade carnal. Tentação indica um
esforço do reino das trevas para nos levar por um caminho
que culminará na quebra de nossa aliança com Deus. É o esforço
no sentido de levar alguém que está em aliança com Deus e,
por conseguinte, sob a proteção divina, a cometer algum ato
que quebre a aliança com o Criador, tornando a pessoa, assim,
vulnerável aos ataques e estratégias do maligno.
Balaão fez isso,
ensinando Balaque a enviar prostitutas que seduzissem o povo
de Israel ao adultério (=quebra da aliança) e, ato contínuo,
a adorar os seus deuses. A tentação leva para fora da aliança,
onde não há a proteção divina e onde, por conseguinte, a vítima
pode ser atacada e destruída.
Provação, é
aquilo que nos atinge de fora pra dentro. São situações impostas,
circunstanciais, que vão avaliar a nossa fé e nos levar a
depender totalmente de Deus. A provação é a oportunidade dada
por Deus para que o homem conheça o seu próprio coração. Somos
provados para sermos aprovados. Somos tentados para sermos
derrotados.
É Deus ou o
diabo quem tenta o homem? A instigação para o mal não pode
vir de Deus. Ela vem, ou de nossa natureza caída, ou do próprio
diabo (Tiago 1:13-14). Deus prova, porém não tenta - o teste
de Deus é sempre para o nosso crescimento. O diabo não prova;
ele tenta - ele não quer deixar-nos crescer.
Fazendo assim
esta distinção, podemos afirmar: A tentação vem do diabo enquanto
a provação vem de Deus. Podemos confirmar esta distinção de
duas maneiras: Na fonte - a provação origina-se em Deus enquanto
a tentação pode ser maligna ou carnal; No objetivo - enquanto
a provação objetiva crescimento, amadurecimento, fortalecimento,
a tentação objetiva a nossa queda e separação de Deus. Em
uma, temos o perigo da queda, na outra, a oportunidade de
vitória.
Portanto, é
mister que fique claro que Deus não nos induz ao pecado. Ele
prova a nossa fé e caráter. Deus prova para extrair o melhor
de mim, para me levar ao amadurecimento, para me fazer ver
os erros ocultos no meu coração e me fazer voltar para Ele.
A provação dada por Deus tem por objetivo me remeter a uma
dependência maior, uma rendição maior ao Senhorio de Cristo.
O diabo tenta
para nos afastar da aliança e da proteção divina, de modo
que possa nos alcançar, nos subjugar e nos destruir. A única
forma de faze-lo é nos distanciando de Deus. Para isso nos
oferece inúmeras oportunidades de prazer e lucros, que sempre
implicam em quebra da aliança com Deus.
O que tem sido
a principal fonte de tentação em sua vida? A de Eva, foi uma
serpente, que a induziu a cobiçar e comer o fruto proibido,
desobedecendo a Deus. A de José, foi uma mulher, que tentou
seduzi-lo com prazeres carnais, ele fugiu da tentação. A de
Balaão, o dinheiro, que o induziu a usar o seu ministério
de modo indevido. A de Davi, foi uma linda mulher. A de Simão
o mago, o desejo de poder. A de Herodes, o de glória, de querer
ser como Deus. A de Jesus, o próprio diabo. E a sua amado
irmão?
Como saber se
Deus está me provando, o diabo está me tentando, ou se eu
estou sendo seduzido por meus próprios desejos? Basta saber
que Deus jamais me levará a cometer pecados. Ele sempre procura
formar o caráter de Cristo em nós. Quando o diabo tenta, ele
busca a nossa derrota, busca afrontar a Deus através da nossa
queda. Quanto aos nossos desejos, eles geralmente trazem consigo
uma forte inclinação emocional para o pecado, trás confusão
na mente, escurecimento no julgamento e enfraquecimento da
vontade.
Nos dois últimos
casos, sempre seremos levados a pecar contra Deus. Portanto,
a pergunta a ser feita nestes momentos será: Isto me afastará
de Deus ou me aproximará mais dele?
Qual a relação
que há entre o mal causado por satanás, o mal causado pela
maldade que há no mundo em geral, e o mal causado por aquilo
que está em mim? Se o mal for entendido como sendo a transgressão
da Lei de Deus, rebelião contra ele e desafio à
Sua autoridade, então não há realmente diferença entre estas
coisas, a não ser quanto à origem, e mesmo assim, estão interligadas.
Qual o mal causado
por satanás? Investir contra a humanidade no sentido de distanciá-la
de Deus. Qual o mal causado pela maldade que há no mundo em
geral? A oposição ao governo de Deus e a degradação da natureza.
Qual o mal causado por aquilo que está em mim? A insubmissão
a Deus, optar em não submeter-me à Sua vontade.
O mal que há
no mundo, minha maldade pessoal e o mal das trevas cooperam
para um mal maior. A primeira destruição das obras das trevas
começa dentro de nós, nos apropriando do caráter de Cristo,
através do Espírito Santo.
Qual a diferença
entre o mal e o pecado? Pecado é uma materialização do mal.
É tudo que é feito e pensado pelo homem que não condiz com
a vontade de Deus. Poderíamos talvez dizer que o mal é o princípio
atuante enquanto que o pecado é o ato prático, quer
por pensamento, palavras ou obras.
Entendendo que
o diabo seja a personificação do mal, podemos dizer que o
pecado é fruto do mal introduzido na humanidade após a queda.
Então o homem, enganado por satanás, praticou o mal e em seu
caminho enveredou rebelando-se contra a vontade do Senhor
Deus, tornando-se pecador.
De que mal Jesus
está nos ensinando a pedir livramento nesta oração? Poderíamos
dizer que o "Não nos deixe cair em tentação"... refere-se
ao mal que esta dentro de mim, mas o "livra-nos do mal" ...
refere-se ao mal que pode me acometer. Ou seja, aqui há uma
dupla preocupação, pelas quais o Senhor Jesus ensina-nos a
Buscar numa única fonte, que é DEUS, o socorro para
dois problemas diversos, o mal interno e o mal externo...
aquele que pode ser despertado de dentro pra fora e aquele
que pode ser infligido de fora pra dentro.
Inclui não somente
o mal causado por satanás, como também todas as formas e variedades
de mal, inclusive as que estão ocultas em nosso interior,
pois em nosso próprio coração, está oculta muita maldade.
Certamente, também, o mal que reside no mundo em geral. Precisamos
ser livrados de todos estes aspectos do mal.
Literalmente
no grego Jesus usou "ho poneros" que poderia, em outros
contextos, ser traduzido como "do Maligno", uma referência
a satanás. Portanto, Jesus se refere ao mal em geral,
o que naturalmente inclui todas as nuanças já mencionadas.
Porque deveríamos
pedir a Deus para nos resguardar do mal? Para que nossa comunhão
não sofra interrupções, e assim continuar desfrutando de companheirismo
e comunhão ininterruptos com Ele. Eis a razão desta petição,
que nada venha interpor-se entre nós e o nosso Deus.
Satanás nada
pode fazer sem a permissão divina, por isso o pedido de Jesus
é dirigido a Deus, ou seja, apelamos para Aquele que tudo
pode.
O homem natural
arrisca comprovar a sua força e se aventura em meio à tentação.
Alguns até oram: "conduz-me à tentação, para que eu prove
o quanto sou forte." O homem espiritual pede para que nem
entre nela, pois sabe que não resistirá.
Não podemos
ser incoerentes pedindo a Deus, por exemplo, que nos livre
de cair na tentação da cobiça, e assistir filmes de provocação
sexual; pedir a Deus que nos livre dos pensamentos impuros,
e ler literatura profana e imoral. Não se pode buscar a liderança
de Deus e conservar hábitos que ofendam ao Espírito Santo.
Deus está pronto a nos guiar; nós precisamos estar prontos
a seguir.
Por que pedir
para livrar-nos do mal, e não para que Ele extermine o mal
da face da terra? Simples, porque ele já revelou que só exterminará
o mal da face da terra na vinda de Jesus Cristo, com a ressurreição
dos mortos, julgamento final e condenação eterna de satanás
e dos ímpios.
O Senhor Jesus
já venceu o mal, e a Bíblia afirma que o pecado não nos domina
mais, entretanto, o Senhor ainda não arrancou o mal da nossa
existência, por sua própria e soberana vontade. Haverá o momento
certo de fazê-lo.
E se eu cair
em tentação? Deus não me livrou, a oração não foi feita com
fé, ou tem alguma outra razão? Certa vez li o seguinte: o
sacrifício de Jesus nos libertou do poder do pecado, obedecê-lo
nos livra da influência do pecado, e Sua volta nos livrará
da presença do pecado, o que significa que, embora salvos,
já experimentando um pouco do céu, já gozando amostras do
que Ele tem reservado à nós, ainda convivemos com o eixo do
mal: o diabo, o pecado e a natureza caída.
Um alcoólatra,
por exemplo, Leva pelo menos um mês para ser liberto da dependência
química do álcool, mas leva anos para ser livre da dependência
psicossocial embutida no processo do alcoolismo. Assim, quedas
momentâneas podem ser parte de um processo de afastamento.
Precisamos estar
cientes que "não há paraíso sem serpente"; que "a carne não
se expulsa... crucifica-se diariamente", e também que, "Satanás
seduz, mas, nós fazemos a escolha." Portanto, faça como aquela
menina que, quando se converteu, alguém lhe perguntou, "O
que você vai fazer, quando o diabo vier bater à porta?", ao
que ela respondeu, "Vou pedir a Jesus que atenda!" Esta
é a verdadeira atitude quanto à tentação. Aqueles que têm
Jesus no coração e confiam nEle, sabem que podem pedir a Jesus
para que atenda à porta, pois tem intimidade com Ele.
82. Confissões de um pecador (17/8/05) (Jair Souza Leal*)
"Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas
6:7). Muitas vezes, e de várias maneiras, escolhemos as sementes
erradas para semear em nossa existência. Com isso, amargamos
colheitas que nos arruinam.
Tenho aprendido nesta minha caminhada que uma ovelha branquinha
pode se tornar bem semelhante a um porco; isso se dá, quando
ambos estão mergulhados na lama. Desta forma, ficam igualmente
sujos e, aparentemente, entre eles, há bem pouca diferença.
Mas conquanto seja assim por algum tempo, a natureza distinta
deles logo fará sobressair as diferenças. O porco se sentirá
em casa, estará à vontade, enquanto a ovelha, estará desesperada,
inquieta, e não vai se sentir bem até que esteja totalmente
limpa. Você tem a natureza do porco ou da ovelha?
Há períodos em nossa vida que somos a ovelha suja. Não podemos
sentir medo nem receio de nos expor por confessar isso, mesmo
porque, de quem gostaríamos de esconder não podemos, isto
é, de Deus. Como Ele sabe tudo, não precisamos querer esconder
das pessoas.
"E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de
Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que
é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam
escritas nos livros, segundo as suas obras" (Apocalipse 20:12).
Precisamos estar cônscios de que haverá o dia quando os livros
de Deus se abrirão e todos os nossos atos, pensamentos e palavras
serão manifestos, e com base neles seremos julgados. Por que
não antecipar este dia abrindo a parte que nos toca? Confessando
os nossos erros e fracassos ocultos às pessoas que precisam
saber, para que sejamos curados, como sugere Tiago? "Confessai
as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros,
para que sareis" (5:16).
Aprendi que confessar a Deus me trás perdão, mas confessar
a uma pessoa nos trás a cura, além do que, é uma forma de
mostrar a vileza do nosso coração e o engano que pode redundar
das aparências, como diz a Escritura: "Enganoso é o coração,
mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?"
(Jeremias 17:9).
É também uma forma de mostrar que embora todos sejamos pecadores,
parte destes se diferenciam por seu arrependimento profundo,
sincero e abandono das práticas pecaminosas (como Pedro mostrou
ser diferente de Judas, ainda que cometendo pecado semelhante;
de traição).
Por fim, é uma forma de mostrar o poder transformador de Deus,
a Sua grande misericórdia e a Sua graça, capaz de levar um
condenado a herdar o paraíso. Graça esta que não é diferente
nos dias de hoje. Eu mesmo, muitas vezes e de varias maneiras
já fui alcançado por esta graça, que poderá alcançar você;
por mais vil, imundo e desgraçado que sejas, ou estejas se
sentindo.
Sei que muitos dos que me conhecem pessoalmente, já se espantaram
ou se escandalizaram com as confissões que já fiz dos inúmeros
pecados que cometi. Eles jamais imaginaram os abomináveis
atos de que fui capaz. Devo somente alertá-los: "aquele que
estiver sem pecado, atire a primeira pedra."
Pude aprender que a sinceridade e transparência tem um preço
alto. Você pode perder o emprego, os amigos, a família, o
casamento, o status, o ministério. Mas nada é mais valioso
para um filho de Deus do que poder andar de cabeça erguida,
sem medo das acusações de satanás, que tenta nos envergonhar
com os pecados que, no caso de já terem sido confessados,
foram perdoados, tratados e abandonados.
Experimente amado!!! Eu sei do que estou falando.
*Autor do livro "4 Homens e Um
Segredo" e auxiliar da Igreja Batista no Balneário - Contagem-MG.
"Se achar que vale a pena, divulgue
esta mensagem aos seus amigos".
Jair Souza Leal 81.
O Amor é como uma flor
(Jair Souza Leal) O amor é como uma flor, pode ser artificial Sendo assim, ele é fabricado e não precisa ser cultivado Engana por sua aparência, mas não tem vida na essência Parece muito perfeito, não apresenta defeito Não nasce, não cresce e não morre, já vem pré-fabricado pode ser reproduzido, em qualquer lugar encontrado Sua existência é falsa não possui o aroma, a beleza, que emana da natureza Eu não quero um amor fabricado, que não exija cuidado Homem nenhum poderá, o verdadeiro amor duplicar O amor é como uma flor, pode ser verdadeiro Sendo assim, vem da natureza invenção de Deus, com certeza extasia por sua beleza, irradia a sua grandeza Eu quero o amor deste jeito, ainda que tenha defeito mas não engana a vista ou o peito e por seu risco de acabar, me leva a cultivar Um trabalho assim vale a pena, e enche de emoção exala suave fragrância, que goteja no coração Amor que arde no peito, num doce desabrochar que sempre trás nova beleza, surpresas não hão de faltar Na brisa refresca suave, oferece o néctar pro mel o fulgor da esperança, luzente resplendor do céu Doce harmonia provoca, equilíbrio na diversidade espanta o medo, a maldade, que golpeia a humanidade Inspira a bela poesia, compõe a linda canção alivia a dor, o cansaço traz ternura ao mais rude coração Presente dos namorados, na celebração do amor desencadeia a primavera, a estação do amor Presente na vida e na morte, adoça a mais amarga alma humaniza o mais cruel coração Tão elevado sentimento, ainda que esmagado reage com perfume na mão Eterniza as metáforas adjetivos não o podem descrever Quem tem um amor deste jeito, palavras não precisa dizer Por mais espinhoso que seja, e chegue a me ferir prefiro o amor de verdade, que não se pode reproduzir Ainda que venha a murchar, suas folhas venham a cair morrendo, perdemos tudo, nada pode lhe substituir Nos vastos campos, na praça na imensidão do universo este amor está presente ainda aqui nestes versos Que possa sempre abundar no solo do seu coração o amor, como a flor de verdade um salto para a eternidade 80. Melô do Baby Fortão (Jair Souza Leal)
Eu sou o Baby... sou o Baby fortão
já vou na padaria com mamãe prá
comprar pão
Tava dormindo, alguém me acordou
que gente de mau gosto o meu
sono atrapalhou
Não choro à toa, só choro com
razão
quando sinto frio, fome, dor
ou solidão
Por ser mamãe poeta, fez uma
musiquinha
me homenageando, ficou tão bonitinha
Sou forte assim, porque gosto
de mamar
afinal, prá ser fortão, tenho
que me alimentar
Só tomo leite, do peito da maezinha
ele é suficiente prá encher minha
barriguinha
Durmo um soninho, e acordo prá
mamar
a barriguinha dói, não dá prá
continuar
Se estou sujinho, mamãe vem me
limpar
fico cheirozinho e um colinho
a reclamar
Eu sou o Baby... sou o Baby fortão
tenho Deus, meu pai, mamãe sempre
no coração
Agora que narrei esta minha aventura
preciso repousar, pois a vida
é muito dura
Uaaahhh, tchaau!!!
* * * * *
79 . Jesus está feliz com você? (2/5/05) (Jair Souza Leal)
É interessante pensar que em boa parte das reuniões entre cristãos, alguém sempre pergunta à congregação: Quem está feliz com Jesus diz: Amém! E todos a uma respondem em coro: Amém! É comum repetir-se a pergunta, e exigir uma maior veemência e euforia na resposta, e esta vêm na dose em que se é exigida: AMÉÉÉM!!! O interlocutor então, se dá por satisfeito com seu público e segue dando prosseguimento ao programa eclesiástico, ciente de que tem diante de si pessoas satisfeitas e felizes com Jesus.
Mas eu sempre me questionei, porque uma segunda pergunta
nunca é feita, aliás, a única pergunta que deveria ser feita,
a pergunta realmente vital e crucial: Se Jesus está feliz
com você diz: Amém!
Imagine esta pergunta sendo feita, qual não seria a reação
do público? Cairia como uma bomba no meio do povo de Deus.
Mas, pense comigo: Existe alguma razão para alguém não estar
feliz com Jesus, especialmente um filho de Deus? Existe
um mínimo de bom senso nesta questão?
Alguém que nunca mentiu e jamais mentirá para nós, embora
sejamos capazes de mentir para Ele; alguém que nunca nos
enganou e jamais nos enganará, embora tentemos por vezes
enganá-Lo com nossas desculpas e meias verdades; alguém
que nunca nos traiu e jamais trairá, embora muitas vezes
seja por nós traído; alguém que sempre atendeu e atenderá
às nossas súplicas, embora nem sempre poderá contar com
a nossa disposição de atender as suas; alguém que salvou
os que se haviam perdido.
Alguém que se sacrificou por nós e que por nós deu a própria
vida, embora tenhamos grande resistência em fazer algum
sacrifício por Ele; alguém que nos amou, ainda quando o
odiávamos; alguém que sempre se importou conosco, ainda
quando nem o conhecíamos; alguém que abençoa aqueles que
amaldiçoam; alguém que perdoa os que resistem em dar perdão;
alguém que nunca abandona mesmo aqueles que insistem em
deixá-Lo; alguém que nos respeita e honra, mesmo quando
o difamamos e desonramos.
Alguém que é santo, mas insiste em viver entre os pecadores;
alguém que nos oferece coisas que jamais seriamos merecedores;
alguém que não se envergonha de nos apresentar e confessar
diante do Pai, ainda quando nós mesmos nos envergonhamos
de apresentá-Lo e confessá-Lo diante dos homens; alguém
que vem ao nosso encontro, mesmo quando nos escondemos e
fugimos dEle; alguém que sempre cumpriu e cumpre o que promete,
ainda que estejamos sempre falhando naquilo que prometemos.
Então, haveria alguma razão para não estar feliz com Jesus?
Este amigo que nos ama, que deu a vida por nós, que nos
perdoa, que atende às nossas súplicas, que cuida de nós,
que nunca nos trai, nem engana ou, jamais nos abandona,
que nos dá o que não merecemos, que nos respeita, que nos
honra, que vem ao nosso encontro, que nos resgata e redime,
que nos salva, que nos exalta, que nos transforma, que nos
dá a alegria, a paz e a vida eterna?
Não seria mais real e sensato fazer um auto exame e pensar
se verdadeiramente Ele está feliz comigo? Se tenho trazido
alegria ou desgosto ao Seu coração? Se o lugar que tenho
freqüentado, se as pessoas com quem tenho andado, se as
festas que tenho participado, se as palavras que tenho proferido,
se os pensamentos que tenho tido, se os desejos que tenho
alimentado, se o que ando vendo e ouvindo, se a maneira
como tenho me comportado, tem alegrado ou entristecido o
coração do meu Senhor.
Tenho recebido com alegria o quinhão que Ele me deu, ou
vivo a murmurar, declarando assim que estou insatisfeito
com a maneira como Ele tem cuidado de mim? Nos momentos
difíceis por que passo, tenho recorrido a Ele e confiado
que Ele é suficiente para me dar a vitória, ou recorro a
outros meios e pessoas, declarando assim que não confio
muito que Ele seja capaz de reverter a minha sorte?
Então, posso declarar com segurança: Eu estou feliz com
Jesus, e você? Mas, talvez, seja um pouco mais difícil inverter
esta declaração e afirmar com a mesma segurança: Jesus está
feliz comigo, e com você? Mas é desta certeza que precisamos,
Jesus fez e continua a fazer a parte dEle. Tem alegrado,
confortado, trazido segurança e confiança aos nossos corações,
cabe a nós agora, fazer a nossa parte, e trazer alegria
ao coração do nosso Senhor.
Portanto, viva de tal modo que, quando te perguntarem: Se
Jesus está feliz com você diz: Amém! Você possa dizer com
veemência, segurança, euforia e em alto e bom som: AMÉÉÉM!!!
Na certeza de que Ele testificará favoravelmente.
Atenção: Autorizo você a usar
ou divulgar esta mensagem. A única condição é que você ore
por mim, por minha família e por minha igreja Batista Balneário.
"No
Brasil, empresário é herói, trabalhador é super-herói"
Jair Souza Leal = = =
78. Experiência Espiritual
(Jair Souza Leal)
"Seis dias depois, tomou Jesus
consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu
em particular a um alto monte, E transfigurou-se diante
deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas
vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram
Moisés e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra,
disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos
aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um
para Elias. E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem
luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este
é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o. E os
discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e
tiveram grande medo. E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes,
e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo. E, erguendo eles
os olhos, ninguém viram senão unicamente a Jesus. E, descendo
eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis
a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre
os mortos. E os seus discípulos o interrogaram, dizendo:
Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha
primeiro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias
virá primeiro, e restaurará todas as coisas; Mas digo-vos
que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo
o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho
do homem. Então entenderam os discípulos que lhes falara
de João o Batista. (Mateus 17:1-13)
Experiência espiritual é algo real, verdadeiro, importante
e bíblico. É impossível ser cristão e não crer nesta verdade.
É impossível ser cristão, sem ter tido uma viva e real experiência
espiritual com Deus, através de Jesus.
Quando o homem morto em delitos e pecados, separado de Deus,
alienado das realidades espirituais, vem a receber a vida
de Deus e o impacto da sua graça salvadora, vivificadora,
passando a ter comunhão com Ele, esta é sem dúvida a mais
nobre e vital experiência que um homem pode ter.
Mas ao longo da nossa caminhada com Deus, desfrutamos de
outros destes momentos solenes e especiais da graça divina.
E são as interpretações equivocadas destas experiências,
posteriores à conversão, que tem gerado grande confusão
na Igreja no decorrer dos séculos, e mui especialmente,
nos dia atuais.
Portanto, talvez mais do que nunca, precisamos de orientações
a respeito deste tema, orientações estas que sejam extraídas
exclusivamente da Palavra de Deus, e que poderá vir a nos
livrar de muitas ciladas, infortúnios, e mal entendidos.
Creio que muitos de nós já passamos por momentos difíceis,
por causa desta questão, então, tendo a direção segura que
vem da Palavra de Deus, poderemos por fim às dúvidas e controvérsias
que tem sua origem no homem. E nenhum texto é tão glorioso
e central ao assunto como o da transfiguração, que está
descrito nos três evangelhos (Mateus 17:1-13; Marcos 9:1-13
e Lucas 9:28-36, e também é mencionado em 2 Pedro 1:16-19).
Este é o que podemos chamar de "locus classicus" do assunto.
Se esta não é maior, é uma das mais tremendas experiências
espirituais que um ser humano já pode experimentar. Por
isto vale a pena estudá-la, entendê-la, pois certamente
não foi em vão inspirada por Deus seu registro, antes, é
para que possa nos esclarecer e ensinar princípios eternos
que devemos aplicar as nossas vidas.
Vamos pensar, então, em algumas questões gerais que despontam
no texto, antes de olharmos as questões particulares pertinentes
a experiência espiritual.
Primeiro, devemos destacar a importância deste texto e deste
acontecimento. Ele é tão central e importante que é narrado
de modo idêntico, e dentro dum mesmo contexto, pelos três
evangelistas. Esta é um daquelas raras passagens que tem
unanimidade nos evangelhos. Somente textos absolutamente
essenciais, são narrados assim com unanimidade, e
este é o caso do texto que estamos estudando.
Segundo, o contexto em que o texto aparece é muito sugestivo
e também nos ensina. Este texto está inserindo exatamente
nos momentos finais do ministério de Jesus, antecedendo
a Sua crucificação, ápice e consumação da obra que traria
salvação à humanidade.
Portanto, estes momentos aqui foram cruciais para Jesus
e para os discípulos. Ele é o marco central da história
da redenção. Nele se encontram os que foram usados por Deus
no passado, o que estava sendo usado no presente e os que
seriam usados no futuro, para proclamar a consumada revelação
de Deus. Era, sem dúvida, um momento decisivo, de crise,
de ansiedade. Todo o futuro da humanidade estava aqui sendo
traçado.
Terceiro, há aqui um resplandecente e glorioso encontro
entre o representante da lei, dos profetas e da graça. Entre
os representantes da antiga e da nova aliança.
Quarto, visualizamos aqui um pouco da glória que nos espera
no porvir. Um forte argumento contra a reencarnação, uma
prova de que a ressurreição será uma realidade.
Quinto, temos aqui o cumprimento de uma promessa que Jesus
fez a seus discípulos (Mateus 16:28). Isto nos fortalece
por lembrar, mais uma vez que, Ele sempre cumpre as promessas
que faz, e isto nos renova a esperança.
Sexto, não poderia deixar de mencionar o maravilhoso encontro
entre Pai e Filho. A linda declaração de amor, e a infinita
e eterna comunhão entre eles.
Uma vez apresentadas as lições gerais, voltemos a nossa
atenção para as lições particulares que o texto trás, a
respeito das experiências espirituais.
Primeiro, somente os que são discípulos de Jesus podem ter
experiências espirituais com Ele. Somente estes são convidados
a tal. Porém, não terão experiências espirituais semelhantes.
Alguns, talvez, nem as tenha. É Jesus quem chama e quem
toma a iniciativa (v 1). Os outros, embora discípulos de
Jesus salvos e participantes do seu amor, não tiveram esta
experiência, não foram convidados. A soberania de
Deus é quem determina a experiência que vamos ter.
Mas nós sabemos que estes três discípulos faziam parte de
um círculo mais íntimo de Jesus, e teriam uma missão importante
pela frente, eles seriam colunas da Igreja, e para isto,
precisavam estar mais fortalecidos. Podemos então afirmar
que, aqueles que estão em intimidade com Jesus, que são
chamados para uma missão, serão também convidados por Ele
para um momento particular de doce e graciosa experiência
com Deus.
Afirmamos ainda que há um grande equivoco na atualidade
por parte de muitos, que pensam que todos devem ter as mesmas
experiências espirituais, ou que existam "passos" e "regras"
para que as possa experimentar.
Segundo, toda experiência espiritual visa glorificar, honrar
e testificar de Jesus, não a pessoa. É Jesus quem se transfigura.
É dele que o Pai testifica e incentiva a confiança em Sua
palavra.
Este principio serve para corrigir dois erros que entre
nós tem sido comuns. Primeiramente, livrar-nos do orgulho
de nos sentir superiores aos demais irmãos devido as experiência
que tivemos. É Jesus, e não nós, que deve ser glorificado.
Podemos até nos sentir fortalecidos, mas nunca jamais devemos
nos sentir superiores aos demais irmãos, e jamais devemos
nos exaltar sobre eles.
Em seguida, servir de teste para comprovarmos se a experiência
espiritual que tivemos é genuína. Basta que façamos a pergunta:
Jesus foi glorificado? Eu agora o conheço melhor que antes?
Tenho mais fé e segurança na Sua pessoa, na Sua palavra,
na Sua obra que tinha antes? Este é o resultado natural
de uma genuína experiência espiritual, e devemos sempre
nos certificar de que realmente tivemos uma experiência
com Deus.
Terceiro, a importância da Palavra sobre a experiência.
Para Jesus, esta experiência significava fortalecimento
para o final que estava prestes a se desenrolar. Para os
discípulos visava, exclusivamente, despertar fé no que Jesus
lhes falava. Eles precisavam crer que o que Jesus dizia
iria acontecer, pois seriam os arautos desta palavra. Como
poderiam proclamar algo se ainda tivessem dúvidas?
O próprio Pai confirma: "Este é meu filho amado... escutai-o".
Pedro, alguns anos depois, pregando à igreja, afirmou que
não pregava fábulas inventadas (2 Pedro 1:16-21), mas uma
realidade que ele experimentara, entretanto, os irmãos não
precisavam crer na sua experiência, pois, tinham as escrituras
do Antigo Testamento. Ele submeteu a autoridade da Palavra
sobre a sua experiência. O objetivo pois, da experiência
que tiveram, foi para que cressem na Palavra de Jesus.
"Escutai-o", é a ordem de Deus. Como poderia os pregadores
da verdade, as testemunha vivas de Jesus duvidar dele? Precisavam
acima de tudo crer na Palavra, por isto tiveram esta experiência.
Este não é um princípio fundamental? Precisamos aprendê-lo
urgentemente.
Quarto, a experiência espiritual, não eqüivale à santificação.
Santificação é um processo, não um ato. Também não elimina
as falhas, os equívocos, os pecados, não é imunidade contra
o pecado.
Os três erraram em sua teologia, comparando e igualando
Jesus a Moisés e Elias. Erraram feio durante e depois da
experiência que tiveram. Lá mesmo falharam. Tiveram sentimentos
egoístas, querendo acampar, esquecendo que os outros colegas,
e a multidão, estava ao pé do monte e precisavam de Jesus
e deles.
Posterior à experiência, um deles estava requerendo posição
de destaque sobre os demais (Mateus 18:1; 20:30-36); agindo
com carnalidade sem discernimento espiritual (Mateus 26:6-13);
andando armado e cortando orelhas alheias (Mateus 26:51-53);
abandonando Jesus por medo (Mateus 026:56); traindo Jesus,
negando, mentindo, praguejando (Mateus 26:69-75).
Um grande erro é este de se sentir santo e imune ao pecado
após a experiência espiritual. Qual não é surpresa e decepção
quando, logo à frente, tropeçam e caem nos mais bestiais
tipos de pecados e engano. Por isto, o orgulho, o sentimento
de superioridade e de separatismo é condenável.
Quinto, Jesus ensina seus discípulos a serem discretos.
As vezes é importante compartilhar as nossas experiências
para edificação e fortalecimento mútua dos irmãos, mas na
maior parte das vezes em que as compartilhamos, tendemos
a falar com o intuito de nos envaidecer e engrandecer sobre
os demais, mostrando o quanto somos espirituais, abençoados
e queridos por Deus, e isto é um perigo e uma cilada.
Então, aprenda com Jesus. Até que o momento seja oportuno,
use sempre o princípio da discrição. "A ninguém conteis
a visão, até que..." Seja discreto, não busque a glória
e elogio dos homens.
Sexto, as experiências espirituais existem para nos tornar
úteis. É triste pensar que aquilo que deveria nos tornar
úteis à humanidade tem nos deixado mais inúteis. Quantos
se afastam e se separam dos demais "pecadores" e não conseguem
mais conviver com eles após uma experiência espiritual.
Que grande erro.
Agimos como os discípulos: "É bom estarmos aqui". Que egoísmo,
que falta de amor ao próximo. Queremos fincar estacas, fazer
barracas em nossas igrejas, nos acampamentos, encontros,
montes, congressos, enfim, nos lugares que experimentamos
Deus em maior medida, esquecendo que o mundo precisa de
nós.
É bom estarmos aqui, mas, e o mundo? Há pessoas ao pé do
monte precisando de libertação, precisando de Jesus, precisando
de nós.
Então, não podemos fazer nossas tendas no monte da transfiguração,
pois ao pé do monte há uma multidão que clama por libertação,
que precisa também experimentar Deus. Nada de tendas, nada
de acampar, após a experiência precisamos descer e ser úteis
ao mundo.
Oitavo, após a experiência espiritual seremos provado. É
bom saber disto antes que seja tarde. Sempre que você experimentar
Deus em maior medida, sempre que Ele se manifeste a você,
seguir-se-á uma prova, talvez um demônio a ser expulso logo
após. É um princípio: A prova sempre se seguirá à experiência
para torná-la parte de nós.
Finalmente, a experiência espiritual jamais vai gerar fé.
Ela poderá fortalecer a fé, avivá-la, despertá-la, mas nunca
gerar. Jamais terá primazia sobre a Palavra, antes, virá
para confirmá-la e para ampliar o nosso entendimento e confiança.
Não virá para nos trazer glória, mas para glorificar Jesus.
Não virá para nos santificar nem separar do mundo, dos pecadores
ou dos irmãos, antes, para nos criar o desejo de ter uma
vida santa, para nos capacitar a estar no mundo sem fazer
parte dele, para dar intrepidez de proclamar com maior autoridade
o Jesus glorioso que se transfigurou diante de nós.
Ela vem para nos fazer úteis ao mundo que precisa urgentemente
experimentar Deus, e isto só acontecerá através das nossas
vidas. Então, é hora de descer do monte da transfiguração,
desfazer a nossa barraca e vir libertar as almas do poder
do diabo. Há uma multidão ao pé do monte que clama por libertação.
Atenção: Autorizo você a usar
e divulgar esta mensagem, a única condição é que você ore
por mim, por minha familia e Igreja Batista Balneário.
77. O Pernilongo (30/4/05) (Jair Souza Leal)
Bem de noitinha
quando me deito para repousar
o pernilongo acorda
e começa a trabalhar.
Num instante sente cheiro
de um suculento manjar
É meu sangue, que, quentinho
Ele vem se alimentar
Apressado e faminto
começa a cantarolar
A aguda sinfonia
que vai me atazanar.
Ele faz a maior festa
quando é hora de jantar
E só com a barriga cheia
voltará a descansar.
Com extrema precisão
introduz o seu ferrão
Me deixando a sensação
de ter tomado uma injeção
Sua marca registrada
faz questão de imprimir
por quase todo meu corpo
sempre, antes de partir.
Como não me irritar
com sua música erudita
que não é samba, bolero
rock, pop ou forró
É um canto infernizante
que tem uma nota só
Ah! Que bom se ele pudesse
ser por mim domesticado
se tornaria muito útil,
o melhor encarregado
do grande banco de sangue
falido do meu Estado
que pela primeira vez
teria o estoque abastado
Me valeria até o sono perdido
as picadas empolantes
o sangue subtraído
pelo inseto transformado
no herói dos desvalidos
* * * * *
Jair Leal
76. Dia
do trabalhador* 75. Atração Fatal*
Há alguns anos atrás o cristianismo evangélico no Brasil, possuía
uma conotação negativa para a sociedade. Ser "crente" (como
era conhecido o cristão evangélico), na visão do povo, era equivalente
a ser analfabeto, doido, inculto, pobre, ignorante, entre outros
adjetivos que nos era atribuído.
Parte desta imagem negativa nós mesmos passamos, outra parte,
vem da imaginação fértil de quem está de fora, e, certa parcela,
deve ser atribuída à satanás, em seu afã de sempre querer depreciar
a obra de Deus.
Vivíamos meio que na defensiva, cheios de suspeita e desconfiança
por tudo que era novo. O rádio, a TV, a política, a cultura,
a tecnologia e até o avanço da ciência, eram vistos com maus
olhos por alguns e considerados inimigos que deviam ser combatidos
a ferro e fogo por serem armas de satanás.
Os pobres, e quase somente eles, eram o alvo na evangelização.
A igreja, na sua maioria, era composta de pessoas das classes
menos favorecidas da população brasileira. Muita coisa era importada
de outras culturas e países (músicas, instrumentos, estilo e
até alguns costumes).
A liturgia, usos e costumes, e as práticas, eram por vezes rígidas
e experimentavam mui pouca variação. Algumas chegavam a ser
bizarras, outras incompreensíveis, não faltavam as que eram
inexplicáveis.
Mesmo os seminários não eram bem vistos por alguns. De literatura,
havia grande escassez. Os poucos livros que tínhamos eram de
autores estrangeiros (infelizmente, esta é uma área em que não
avançamos muito até o presente, esta tendência ainda insiste
em permanecer).
Visivelmente, não havia grandes atrativos na fé evangélica.
Mas foi justamente neste contexto que a igreja mais cresceu,
avançou, desbravou e se estabeleceu no país como a maior força
religiosa do mundo.
Apesar da aparente "falta de atrativos", as pessoas afluíam
aos pés de Cristo. Foi uma época de grande fervor e fortes convicções.
Nos tornamos o celeiro do mundo, a maior parcela evangélica
dele (até então os EUA podiam ser assim considerados - antes
recebíamos missionários, hoje enviamos).
Atingimos camadas antes inalcançadas. Entramos na política,
no rádio, na TV, nas faculdades, na internet (o mais recente
e avançado meio de comunicação do mundo). Temos arrebanhado
pessoas dos mais variados meios, como: artistas, músicos, empresários,
intelectuais, universitários, homens e mulheres da alta sociedade...
já se pensa até num possível presidente evangélico.
Temos atuado em áreas sociais como um dos principais parceiros
do país na recuperação de pessoas, e cooperado ativamente em
tragédias de cunho nacional que por vezes assolam a nação.
O quadro mudou, a liderança, a mentalidade, o número. Muito
do que importávamos, hoje exportamos. Temos agora estilo próprio,
cantamos nossas músicas, adoramos e cultuamos a Deus de maneira
toda nossa.
Temos nos tornado relevantes, fortes e atrativos. Hoje dá até
status ser evangélico. Temos atraído multidões. Todos nos apreciam
ou admiram com respeito. Alguns interpretam isto como o mundo
entrando na igreja para corrompê-la, outros, mais otimistas,
pensam que enfim, a igreja entrou no mundo para transformá-lo.
Em meio a todo este entusiasmo e euforia, devido ao incrível
poder de atração da igreja, é preciso algum cuidado. Há sem
dúvida elementos que devem ser preservados e outros substituídos,
então, não vale a pena questionar se o passado era melhor que
o presente, mas devemos questionar: O que temos atraído para
as nossas igrejas? Espectadores ou discípulos?
Espectadores são atraídos pela visão, pelo belo, confortável,
agradável e admirável; entretanto, os discípulos são atraídos
pela Palavra pregada e vivida, que entra na mente, desce ao
coração e atua na vontade, chamando a um compromisso real e
à mudança de vida. Enquanto houver shows, ali estarão os espectadores,
mas eles se tornam cada vez mais exigentes e volúveis; somente
com discípulos se pode contar. Os espectadores formam as grandes
multidões; discípulos por vezes são em pequeno número.
Espectadores dão resultados rápidos, mas superficiais (como
folhas em uma frondosa árvore); discípulo dá trabalho para formar,
leva tempo, mas no fim dá frutos porque tem raízes profundas,
o resultado é seguro. Espectador espera; discípulo faz. Espectador
gosta de ser servido; discípulo serve.
Nem sempre Jesus se animou muito com as multidões, embora nunca
as desprezasse. Ele falou algo do seu poder de atração: "e eu,
quando for levantado da terra, todos atrairei a mim." (João
12:32).
É preciso muito cuidado, se nosso principal alvo for números,
estatística, grandeza ou honra, pois nem sempre indicam resultados
reais ou frutos dignos. Além do que, é Jesus quem deve atrair,
não as coisas, nem as pessoas, nem as formas. Então, todo cuidado
é pouco pois a atração pode ser fatal.
* Jair Souza Leal é autor do livro
"4 Homens e Um Segredo" e auxiliar na 1ª Igreja Batista do Balneário,
em Contagem/MG.
Já em 1990 os Engenheiros do Hawai (um grupo de Rock nacional), profetizavam: "O Papa é pop". Muitos não lhes deram crédito, outros ficaram à margem do significado da tal profecia. Foi somente nestes últimos dias que todos nós descobrimos, pela mídia, o real significado da profecia... o Papa é mesmo "pop". Pop, é para nós brasileiros, uma pequena palavra, talvez importada dos América, talvez abreviada do português, que significa popular. Ninguém em sã consciência pode negar a popularidade do polonês Karol Wojtila. Se ele já tinha tal popularidade ou se a adquiriu em seus últimos e sofridos dias não sei, mas ela se mostra real e quase palpável. Mesmo sendo cristão de linhagem evangélica, cuja direção doutrinária é meio que oposta ao cristianismo católico, onde o Papa é o líder supremo (o sumo pontífice), recoheco que sua vida, carreira, e mesmo sua morte trás a todos nós bons ensinamentos. Ainda que não compartilhe de grande parte dos dogmas defendidos, não nego minha admiração por ele, como pessoa e como líder, que certamente faz qualquer religioso, do rebanho dele ou não, aprender. Sobre isto quero falar. Sentimo-nos desafiados frente à morte, especialmente quando esta atinge alguém que de alguma forma está ligada a nós, e nos é querida. Embora seja algo esperado por todos, e que todos temos ciência de que mais dia, menos dia, vai acontecer, quando este dia chega, é doloroso, e por mais que venhamos a nos sentir preparados, quando acontece, é difícil, muito difícil agüentar. Sentimo-nos impotentes, pequenos, e percebemos que não temos controle absoluto sobre todas as coisas. Sentimos que há algo que vai além do nosso controle e possibilidades, apesar de todo avanço e arrogância da ciência de querer explicar e resolver tudo. Este momento, sem palavras, mostra toda a nossa pequenez. E por mais influente, poderoso, bondoso, religioso que sejamos, todos temos um fim, mesmo um homem de Deus. O que fazer neste momento? Como encará-lo? Como aliviá-lo? Como não sentir tanta dor? Penso que a maioria de nós já passou por tal situação, e sabemos o que se sente pela ausência e perda de alguém que nos é caro. Mas, se não podemos mudar o fato, podemos ao menos encará-lo de forma diferente: com coragem, e aproveitar para repensar e refletir na nossa caminhada - nós os que ficamos. Que tipo de lembrança deixaremos? Tem valido a pena a nossa vida? Tem contribuído para alguém ou, para alguma coisa? Constantemente ouvimos ou pronunciamos a expressão: "Para morrer, basta estar vivo". Mas, viver, é simplesmente o mero existir? Apenas um respirar? Somente uma caminhada para o fim que é comum a todos? Se para morrer basta estar vivo, para viver não basta ter nascido, é preciso algo mais. Aproveitemos então este momento que por si nos leva a pensar, para relembrar algumas coisas que talvez nos console, ou, ao menos, alivie um pouco a dor que possa arder no peito: a) O nascimento e a morte, são uma das únicas coisas que torna igual a todos nós, e independe da posição social, política, econômica, religiosa. Aqui não há distinção de sexo, cor, idade, nacionalidade. As coisas que nos distanciam uns dos outros, só acontecem enquanto em vida, no intervalo. b) É neste instante que percebemos o valor das pessoas. Fica pois uma crítica: Quantas vezes só valorizamos as pessoas quando não as temos mais? c) Todos são importantes para alguém. Por mais vil, desprezado ou desconhecido que você seja, sempre haverá alguém para te lamentar. Você pode não ser importante ou reconhecido por todo mundo, mas neste mundo, haverá sempre alguém para quem você é muito importante. d) Nosso choro deve ser pela ausência e perda, não pelo arrependimento de ter feito ou deixado de fazer algo e que agora é tarde demais, não há mais como reparar. e) Este momento nos torna mais "religiosos", e nos leva a pensar: "ele foi para um bom lugar", mas será que no seu momento, da forma como tem administrado a sua vida, você vai encontrar com ele, no mesmo "bom lugar"? f) Você que despreza e não valoriza os outros, vê que seu princípio e fim são o mesmo, o que faz a diferença nas pessoas é a maneira como vivem no intervalo, entre estes dois momentos que chamamos de vida. É nele que deixamos nossa marca, nossa lembrança, nossas contribuições, sejam elas boas ou más. Não é este um momento de solidariedade? Onde os nobres sentimentos por vezes enferrujados afloram? Não é este o momento oportuno de querer ser diferente? De querer viver de tal forma que a morte seja apenas a consumação de todas as boas coisas que oferecemos ao mundo? Tenho pensado muito, e cheguei a uma conclusão: Eu não quero passar pela vida, sem deixar a minha nobre contribuição. Quero que as pessoas, de mim, tenham boas lembranças. Nas palavras de outro digo: Quero servir para viver, vivendo para servir, e você? *Jair Souza Leal é autor do livro "4 Homens e Um Segredo" e auxiliar na 1ª Igreja Batista no Balneário no bairro Ressaca - Contagem/MG. 73.Estar e não ser POEMA
Estar e não ser * Diz-se que há tempo de sonhar, planejar, realizar ter grande esperança, logo desacreditar amar intensamente e, a uma, odiar manter-se em silêncio, a seguir, dialogar viver em solidão, depois se relacionar ser intransigente, e poder relevar. Nem toda a alma é de poeta Mesmo a este, falta inspiração Um dia acorda bem humorado no outro, sem disposição agindo de modo agressivo ou, totalmente passivo Chorar, sofrer, sorrir, encher-se de emoção contrapõe a harmonia entre a mente e o coração. Como entender insólita variação? Quem não tem uma história de derrota e de glória? Porventura é constante a vitória? Perder é matéria que podemos aprender Na dicotomia humana, ajuda perceber que são neutros os sentimentos que pairam à volta do ser O indivíduo decide, por si, qual há de prevalecer. O perigo iminente, é se tomar decisão apoiado nos instáveis sentimentos que vêm-se, e vão Toda sensatez do momento, é pura distorção tal qual a miragem no deserto é fruto da imaginação Sábio é se valer do tempo, fazê-lo Senhor da razão Árbitro do que não deseja colecionar decepção Estar, e não ser, decerto, ajuda a prevalecer corroborando o bom senso de quem procura vencer. *Jair Souza Leal
72. A PÁSCOA* (Êxodo 11 e 12)
Quando Deus chamou a Abraão, para fazer dele uma grande nação, um povo escolhido, de antemão informou-lhe que antes da concretização da promessa, haveria muitos anos de sofrimento, de escravidão. Mas Ele não apontou apenas a desgraça, mostrou como pretendia abençoar seu povo (Gênesis 15:13-14; Êxodo 12:41).
Conhecemos a história de José, da grande fome, e de como Israel
foi parar no Egito. Um Faraó que não conhecia a história da
sua nação subiu ao trono e começou a oprimir o povo que um dia
os salvou. Ele mandou matar todos os meninos recém-nascidos.
Deus salva milagrosamente um destes meninos, Moisés, e mais
tarde o usa para ser o libertador deste povo.
Percebemos que em todo o tempo Deus está na gestão da história,
e zela pelos seus, mesmo quando tudo parece perdido.
Estava nos planos de Deus libertar Seu povo, Ele já havia prometido!
E quando Deus decide agir, nenhum homem ou demônio pode Lhe
impedir. Pode até se opor, e neste caso, Deus aproveita para
demonstrar o Seu poder, que tem uma dupla função: ensinar ao
seu povo preciosas lições enquanto administra juízo sobre seus
opositores.
Deus já havia enviado nove pragas, agora a última e decisiva
estava por vir. Mas Ele não faz nada sem avisar, mesmo a incrédulos,
para que tenham oportunidade de arrependimento e não tenham
o que argumentar contra a justiça de Deus.
Nesta décima praga, morreriam todos os filhos mais velhos (os
primogênitos), da casa de Faraó ao mais humilde servo e também
dos animais. À meia noite, o "anjo da morte" passaria por todas
as casas do Egito. Somente a casa que tivesse aspergido sangue
nos umbrais e nas vergas das portas é que seria poupada, e o
anjo não entraria para executar a sua missão. Esta "passagem"
do anjo (no hebraico 'pesah'), originou o nome da festa - páscoa.
Por não dar crédito aos avisos de Deus é que o incrédulo é punido
e castigado. Vale lembrar dos tempos de Noé, e dos dias que
antecederão o juízo final.
1.
Deus faz distinção (11:7)
Deus faz distinção entre aqueles que são seu povo e os que não são. Mesmo estando entre os egípcios, o povo de Deus não era egípcio. Mesmo estando no mundo, o povo de Deus não é do mundo (João 17:17-16). Estão, mas não são; há algo que os diferencia. É igualmente verdade que há muitos que estão na igreja mas não são do reino; estão entre os salvos mas são perdidos; lobos no meio das ovelhas.
A bênção de um significa maldição para o outro. A prosperidade
de um é o despojo do outro. O livramento de um trás castigo
para o outro. O que para um é motivo de adoração para o outro
é motivo de blasfêmia. Enquanto um se alegra e celebra, o outro
geme e amaldiçoa.
Acreditar na palavra de Deus e obedecer suas ordenanças é a
marca do povo de Deus, enquanto a incredulidade, a obstinação
e a rebeldia é a marca dos que não são. Os que temem ao Senhor
são abençoados e protegidos na mesma proporção em que os desobedientes
e rebeldes são punidos.
Primeiro foi o povo de Deus quem gemeu debaixo da opressão dos
seus adversários, e clamava pedindo livramento, a Deus (2:23),
e a Faraó (5:15). Agora serão os egípcios quem clamarão e gemerão
diante do juízo divino (11:6).
Deus ouve o clamor do seu povo. Deus é o vingador do seu povo.
Não se pode afrontar seu povo sem que esteja afrontando a Ele
próprio. E quando Deus ou seu povo é afrontado, o juízo se torna
iminente (1 Samuel 17; 2 Reis 19; Salmo 74:10).
2.
O livramento (12:23)
Ao seu povo Deus providencia o escape, a saída, porque zela por ele. O sangue nas vergas e umbrais da porta era o sinal de que naquela casa havia uma família que pertencia a Deus, ouvia sua voz, cria em sua palavra e lhe obedecia, sendo assim, era uma família que estava segura, debaixo da proteção e da cobertura da graça.
A cobertura do sangue não levava em conta os pecados pessoais,
mas o fato de que aquelas pessoas estavam em aliança com Deus
e pertenciam a Ele.
Passar o sangue era um ato de obediência, era um ato que indicava
fé. Crer que Deus promete e cumpre. Crer que Ele honraria a
sua palavra de proteger aos seus enquanto o juízo era executado.
Crer, a ponto de não deixar a proteção do sangue, e não sair
de casa, senão pela manhã.
A páscoa por si mesma não era a redenção, mas o despertar da
redenção, a indicação de que esta se aproximava. O povo de Deus
deixaria o Egito como um exército vitorioso, carregando os despojos
do inimigo (12:35-36).
3. O rico simbolismo
Somos enriquecidos com o simbolismo que a páscoa apresenta. Um cordeiro morreu no lugar de um filho na casa de Israel. Uma vida inocente foi sacrificada para que outra pudesse se salvar. Isto aponta para o sacrifício vicário de Cristo, o inocente morrendo no lugar do pecador. A morte de Cristo na cruz seria a vida da humanidade.
O cordeiro tinha que ser um macho de um ano, sem defeito, sem
mancha, e não poderia ter nem um osso partido (12:46). Não é
em vão que o Novo Testamento aponta para Cristo, nosso cordeiro,
nossa páscoa, inclusive cumprindo este detalhe (João 19:36;
1 Coríntios 5:7).
As ervas amargas serviam para lhes lembrar o amargor da escravidão.
A escravidão é algo que deve ser amargamente relembrada. A liberdade
é algo precioso. O Espírito de Deus dá liberdade, enquanto as
forças das trevas escravizam (João 8:36; 2 Coríntios 3:17).
Israel jamais teria se libertado sozinho.
Deveriam fazer os pães sem fermento e jogar fora todo o fermento
que tivessem em casa. A ausência do fermento indicava pressa
(não daria tempo à massa crescer), eles deviam estar preparados
e prontos para a liberdade. O fermento, símbolo da corrupção,
ensinava que eles precisavam romper com a cultura, a idolatria
e os pecados do Egito (Mateus 16:12; Lucas 12:1; 1 Coríntios
5:6-8). Eles deveriam deixar para trás, abandonar, jogar fora.
A páscoa marcaria para eles o inicio de um novo ano. Seu calendário
religioso teria início com a páscoa. Sendo assim, a páscoa marca
o começo da vida de Israel como nação e indica nova vida.
A páscoa é uma festa histórica que lembra os atos salvíficos
de Deus. É uma festa de educação religiosa, que visava instruir
as gerações futuras a crerem em Deus, a serem gratos e fieis
a quem os libertou, a quem zela por eles, abençoa e protege.
A páscoa fazia os judeus relembrarem o maravilhoso livramento
que Deus operou ao tirar da terra do Egito os seus antepassados
após ter Ele matado os primogênitos dos egípcios. Mas tinha
o propósito de servir de sinal daquela muito maior redenção
e livramento da servidão ao pecado, que foi realizada por Jesus.
A páscoa relembrava aos judeus que a aspersão do sangue, nas
vergas das portas das casas de seus antepassados, livrou-os
da espada do anjo destruidor. Tinha por objetivo ensinar que
o sangue de Cristo, aspergido sobre a consciência do pecador
arrependido, purifica-o de toda mácula do pecado e livra o pecador
da ira vindoura.
A páscoa fazia os judeus rememorarem o fato de que nenhum dos
seus antepassados esteve isento de ser destruído pelo anjo,
na noite em que ele matou os primogênitos egípcios, a menos
que tivessem comido do cordeiro que fora morto. Todos que quiserem
receber o benefício eterno da expiação efetuada por Cristo precisam
alimentar-se dEle, pela fé, acolhendo-o em seus corações.
No início, a páscoa era uma comemoração doméstica e familiar,
sem templo, altar, sacerdote. O chefe da família era o sacerdote.
Isto mostra a importância que a família e o lar tem nos planos
de Deus. Ele incentiva a celebração e a adoração no lar.
Com o tempo, a páscoa passou a ser comemorada no templo, oficializada
por um sacerdote profissional, e se tornou mais pública e formal
(grupos se reuniam por consentimento, como Jesus e os seus discípulos,
como uma família, para celebrar a páscoa). Este fato representa
a igreja institucional de hoje em contraposição à igreja menos
formal do passado, que se reunia nos lares para celebrar a Deus.
O grande ajuntamento do povo de Deus, a grande assembléia (hb.
qahal), já era uma figura do ajuntamento da igreja (gr. ekklesia).
Houve uma guerra espiritual. Os poderes espirituais que estavam
por trás dos símbolos adorados seriam derrotados e julgados
como os egípcios (12:12). Então, a páscoa foi uma derrota não
só para os inimigos humanos do povo de Deus, mas também do inimigo
espiritual.
4.
A última páscoa - a páscoa cristã (Lucas 22:7-23)
Um acontecimento tão importante como a páscoa, que deu origem a nação de Israel, não poderia ser ignorada pelo Novo Testamento. Pelo menos cinco idéias estão claramente implícitas e podem ser aplicada aos cristãos.
A morte de Cristo ocorreu exatamente no período da páscoa. A
páscoa é uma festa exclusivamente judaica, os gentios foram
excluídos da comemoração (12:43-49), mas a Ceia substitui a
páscoa judaica. Assim, festejamos e relembramos a morte e ressurreição
de Cristo. Nossa páscoa se chama Ceia do Senhor, ou como alguns
preferem, "santa Ceia".
Houve uma conexão intencional entre o tempo da páscoa judaica
e o tempo da morte de Cristo. Não foi por acaso, mas pela determinação
providencial de Deus, que nosso Senhor foi crucificado na semana
da páscoa e no dia exato em que o cordeiro pascoal costumava
ser imolado. O intuito disso foi o de chamar a atenção da nação
judaica para Aquele que é o verdadeiro cordeiro de Deus.
O cristão, tal como os antigos israelitas, devem pôr de lado
o fermento do pecado, da corrupção, da malícia, da desobediência,
substituindo pelos pães asmos da sinceridade e da verdade (1
Coríntios 5:7).
A última ceia foi inicialmente uma refeição pascoal (João 18:28;
19:14). Após a refeição pascoal, o Senhor instituiu o seu equivalente,
ou seu substituto cristão. Ele é a nossa páscoa. Nos celebramos
a ceia que relembra Cristo, o nosso cordeiro pascoal.
A idéia de uma aliança e do início de uma nova nação estão presentes.
Cristo fez uma nova aliança e por meio da sua Igreja, dá inicio
a uma nova nação, uma nova humanidade, composta de pessoas de
todas tribos, línguas e raças, uma nação sem fronteiras.
Quanto ao êxodo cristão, certamente que éramos escravos do pecado,
mas fomos libertos da escravidão para viver uma nova vida. Cristo
é o que nos liberta da escravidão do pecado.
Portanto, se o cordeiro assado, os pães sem fermento as ervas
amargas eram os símbolos da páscoa do judeu, o pão e o vinho
é o símbolo da páscoa do cristão. Quanto aos coelinhos e aos
ovos de chocolate, são apenas símbolo de um comércio espertalhão
e aproveitador, e de uma religiosidade sincretista.
Pense na páscoa sobre a perspectiva dos egípcios. Você acha
que este é para eles um dia de festa? Certamente que não! É
um dia de luto, de tristeza.
Portanto, a páscoa só pode ser comemorada por aquele que pertence
a Deus, aquele que lhe obedece, que nele crê. Só estes têm razões
para celebrar.
Se você pertence a Deus, deve celebrar. Deus quer que seu povo
celebre, adore, comemore, festeje. Então, alegria, pois a sua
redenção chegou. Celebração continua ajuda na lembrança continua,
na ação de graça contínua, caso contrário, corremos o risco
de esquecer os grandes atos salvíficos de Deus a nosso favor
(1 Coríntios 11:23-26).
Se você não pertence a Deus, deve se preocupar pois o juízo
de Deus é iminente, como pretendes escapar? "E, como aos homens
está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo"
(Hebreus 9:27). "Eis que o juiz está à porta" (Tiago 5:9).
"Bem-aventurados os que lavam as suas vestiduras no sangue do
Cordeiro" (Apocalipse 22:14).
* Jair Souza Leal - Autor do livro
"4 Homens e Um Segredo" e auxiliar na Igreja Batista do Balneário
no bairro Ressaca - Contagem/MG.
71. Filhos pecadores * (16/3/05) (Lucas 15:11-32)
Dois irmãos, criados na mesma família, tendo a mesma educação,
o mesmo pai, as mesmas oportunidades; têm desejos, temperamento,
reações e experiências diferentes.
Um é alegre, o outro é sério. Um tem espírito aventureiro, o
outro é responsável. Um é esbanjador, consumista; o outro econômico,
comedido. Um pensa no presente, o outro no futuro. Só uma coisa
é igual entre eles; a herança, e o amor que o pai tem por eles.
Encontramos a sabedoria naquele que vê dois extremos e tenta
harmonizá-los, busca o equilíbrio, colocando-se como ponte,
como mediador. Encontramos egoísmo naqueles que enxergam apenas
a própria situação.
Alivia saber que nem tudo é perfeito, nem tudo são flores; na
vida, nos relacionamentos. Isto não depende de nós, e por mais
que se tente, nem sempre as coisas saem do jeito que planejamos.
Alivia saber que mesmo perdendo tudo o que amamos e possuímos,
jamais devemos perder a fé e a esperança, as quais nem nada
nem ninguém poderá nos tirar.
Alivia saber que a fé vale a pena, que a esperança não é em
vão; que por mais tenebrosos e tristes que sejam certos dias
em nossas vidas, outros melhores virão.
Aprendemos que todos têm seus defeitos, alguns são mais visíveis
e escandalosos do que outros que estão mais internalizados dentro
de nós, e por vezes nem percebemos.
Aprendemos que há em cada um de nós virtudes a serem imitadas,
e mazelas a serem evitadas.
Fuja das mazelas do pródigo. Elas não precisam ser citadas por serem sempre bem cogitadas. Quanto ao que dele podemos aprender, está o fato de que, por pior que seja um homem, há nele coisas a serem seguidas:
Que só quando perdemos o que temos é que passamos a perceber
o seu real valor. Você vai esperar perder tudo o que tem, as
pessoas que o amam, para começar a valorizar-lhes?
Que por pior que seja a situação em que nos encontramos, se
houver humildade suficiente no seu coração, haverá a possibilidade
de voltar atrás, de reconsiderar, recomeçar.
Que mesmo sujo, com o orgulho ferido, decepcionado e com medo,
devemos arriscar voltar. Para acertar, o pródigo precisou da
mesma coragem que teve para errar.
Que surpresas estão no caminho do pecador arrependido que volta
atrás: o abraço, o amor e o consolo do Pai, a compreensão e
uma grande festa de quem enxerga a sensatez.
O arrependimento deve ser sempre desejado, e festejado. Ninguém
que seja sensato pode ver um pecador arrependido querendo recomeçar,
e não se alegrar, não festejar. O que passou ficou para trás,
serve apenas de alerta, não martírio.
Grande é o homem que não lança ao rosto aquilo que é evidente,
que sabe que o amor é suficiente para recompor os buracos que
o erro deixou. Grande é o homem que não permanece no erro, e
que não volta à lama que um dia deixou.
Imite as virtudes do filho mais velho, mas fuja das suas mazelas.
Elas precisam ser citadas por não serem tão cogitadas.
Por estar sempre perto, ele não se alegra com a presença do
Pai, não vai ao seu encontro, para entender o que se passa,
ouve a voz do criado, e com isso, deixa brotar a amargura em
seu coração.
Como um bom homem pode ter amargura, ciúme e inveja no coração?
Estas coisas são boas viseiras para impedir e compreender o
amor.
Com tais sentimentos, ele não consegue suportar o som da alegria,
das músicas, das danças, o cheiro de uma grande festa.
A amargura, o ciúme, a inveja, o ódio, a falta de perdão, impede
qualquer um de nós de conhecer o coração perdoador do Pai, e
nos afasta da família.
Irmãos que não entendem o coração perdoador do pai, julgam a
seus irmãos. E por mais certo que pareçam estar, são motivados
por egoísmo.
Querer um bezerro para festejar com os amigos sem estar disposto
a se alegrar com a família é uma contradição. O sentimento do
pai não lhe importa, recuperar um irmão não lhe interessa. Isto
se chama valorizar o que não tem valor, dar o valor errado as
coisas certas.
O santo reage com atitudes pecaminosas e hostis. O pecador,
que não tem nada a perder, tem mais facilidade para mostrar
atitudes santas e humildes.
O mundo lá fora é um inferno, o lar precisa ser um paraíso e
acolher aquele que experimentou frustrações, está ferido e se
sente abandonado.
Você que erra, está disposto a voltar atrás e recomeçar? Você
que observa o erro alheio, está disposto a perdoar? Quem não
quer ter um Pai como este? Quem quer ser um pai como este?
Pai, se seu filho quer ir, deixe-o ir, só não feche as portas
caso ele decida voltar. Pode ser que ele se vá para sempre,
pode ser que um dia ele queira voltar.
Amor é tudo que uma pessoa e um lar
precisa, dinheiro, nem tanto.
* JAIR SOUZA LEAL é autor do livro
"4 Homens e Um Segredo" e auxiliar na PIB Balneário, no bairro
Ressaca - Contagem/MG.
"A esperança adiada desfalece o coração,
mas o desejo atendido é árvore de vida" Jair Souza Leal 70. CONSELHO . (15/02/05) Caro amigo
Apesar de não sentir nem ver nada das coisas espirituais, eu consigo crer e confiar no Senhor Jesus. Penso que, como no Antigo Testamento a nação de Israel passava por longos períodos de fome e seca (quer por estar sitiada pelos inimigos, quer por castigo divino, quer pelo tempo e local em que habitavam), e com isso, o povo passava fome, e muitos morriam.
Por vezes, profetas como Elias e Eliseu eram usados nestes períodos
para realizar alguns milagre como: ressucitar uma pessoa, multiplicar
o azeite de uma vasilha (como mostrou o próprio Jesus: "Em verdade
vos digo que muitas viúvas havia em Israel nos dias de Elias,
quando céu se fechou por três anos e seis meses, de sorte que
houve grande fome por toda a terra; e a nenhuma delas foi enviado
Elias, senão a uma viúva em Serepta de Sidom. Também muitos
leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum
deles foi purificado senão Naamã, o sírio" - Lucas 4:25-27).
Entendo que Israel simbolizou de modo físico e literal no Antigo
Testamento (anterior aliança) o que a Igreja é de modo espiritual
no Novo Testamento (nova aliança). Desta forma, a guerra, o
templo, o sacrifício, o reinado, a Jerusalém, etc. é espiritual.
Enfrentamos períodos de fome e seca, em que não há sinais da
presença de Deus, não há milagres (senão esporadicamente), a
fé se torna árida e difícil, e o Senhor continua sendo Deus
do povo, exigindo fé.
Posteriormente, Ele envia períodos de avivamento e abundância,
onde as coisas acontecem mais facilmente, com maior intensidade
e constância.
Então, há esta semelhança entre o A.T. e o N.T. ou entre Israel
como nação e Israel como sendo a Igreja de Jesus. Tudo o que
era material e físico para eles, é equivalente espiritual para
nós. Se pensar que Elias, o profeta poderoso, realizou sete
milagres em toda a sua vida de pelo menos quarenta anos, poderíamos
dizer, ou pensar que os milagres para ele também foram raros,
ainda que lendo a Bíblia narrando de modo sequencial os principais
acontecimentos na vida do profeta, somos levados a concluír
que as coisas aconteciam sempre, que milagres eram uma constante.
Mas uma coisa tem me incomodado e intrincado de verdade. É o
que Paulo fala, que a sua pregação não consistia em Palavras
mas em demonstração do Espírito e do poder.
Romanos 15:17-19 "Tenho, portanto, motivo para me gloriar em
Cristo Jesus, nas coisas concernentes a Deus; porque não ousarei
falar de coisa alguma senão daquilo que Cristo por meu intermédio
tem feito, para obediência da parte dos gentios, por palavra
e por obras, pelo poder de sinais e prodígios, no poder do Espírito
Santo; de modo que desde Jerusalém e arredores, até a Ilíria,
tenho divulgado o evangelho de Cristo"
1Corintios 2:4-5 "A minha linguagem e a minha pregação não consistiram
em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do
Espírito de poder; para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria
dos homens, mas no poder de Deus"
1Corintios 4:19-20 "Em breve, porém, irei ter convosco, se o
Senhor quiser, e então conhecerei, não as palavras dos que andam
inchados, mas o poder. Porque o reino de Deus não consiste em
palavras, mas em poder.
1Tessalonicenses 1:5 "porque o nosso evangelho não foi a vós
somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo
e em plena convicção, como bem sabeis quais fomos entre vós
por amor de vós.
2 Timóteo 3:5 "tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o
poder. Afasta-te também desses"
Porque eu, e a maioria dos pregadores que ouço (por melhores
que sejam), têm somente as palavras e não "demonstram" ter o
Espirito nem o poder? Isso era válido somente para Paulo, ou
é também para mim? Se é para mim, porque não percebo isto em
minha vida? Paulo falava que "sempre" havia demonstração de
poder, não só palavras, o que quer ele dizer com este poder,
estes sinais e prodigios?
Me aconselhe a este respeito !!!
69. Ciladas - Introdução* (5/1/05) (Mateus 22:15-46)
Tudo não passava de um terrível e arquitetado plano. Era uma
astuta e perfeita cilada, uma verdadeira armadilha da qual era
impossível escapar. Desta vez ele não sairá ileso, desta vez
ele não terá chance, e finalmente será aniquilado de uma vez
por todas. Agora era só lhe encontrar para o encurralar e desmoralizar.
Eles não estão indo até o Mestre para aprender, pois já são
"doutores", já ensinam, ainda que não sejam ensináveis. Só o
que procuravam era ter uma pequena chance para manchar a reputação,
ter um único motivo de que lhe acusar, e para isto arquitetaram
este infalível plano.
Eles começam a execução do plano. Primeiro foram os discípulos
dos fariseus, orientados e enviados por seus mestres, acompanhados
de uns herodianos, para propor uma questão legal que o deixaria
entre César e o povo. A seguir foram os saduceus para propor
uma questão religiosa que o desmoralizaria. Por fim, os doutores
da lei para propor uma questão escriturística e provar ao povo
que ele era um falso profeta e negava a lei de Deus.
As questões em si não lhes importava; eram somente questões
embaraçosas com duas respostas possíveis onde qualquer delas
o deixaria num beco sem saída. Ou ele seria acusado de estar
contra o povo, ou seria acusado de estar contra as autoridades,
ou seria acusado de estar contra a lei. Ele não teria escolha,
não teria saída, não poderia escapar; desta vez o pegariam...
ao menos assim pensavam.
E foram três tentativas; todas frustradas, pois se esqueceram
que jamais devemos tentar a Deus; que jamais poderemos surpreendê-lo
em ciladas ou contradições; que jamais a nossa sabedoria e astúcia
sobrepujará a onisciência e sabedoria divina, que sonda a profundeza
do ser e conhece as intenções do coração. Se esqueceram que
ao humilde Ele exalta, mas ao orgulhoso abate; que ao simples,
contrito e sincero Ele recompensa e ama, mas ao arrogante, incrédulo
e blasfemo, retribui, na medida do seu pleito, em repreensão
e castigo.
Como lobos vestidos de ovelhas foram aqueles homens, em bajulação
e falsidade a dizer: "Mestre, sabemos que és verdadeiro, e que
ensinas segundo a verdade o caminho de Deus, e de ninguém se
te dá, porque não olhas a aparência dos homens". Eles diziam
verdades a respeito de Jesus; verdades que eles não criam; verdades
que, inconscientemente, decretavam juízo sobre eles.
Portanto, toda verdade conhecida que não é verdade crida, é
verdade inútil para o que a possui, verdade que torna seu possuidor
um hipócrita, blasfemo e passível de juízo, juízo que vem na
medida exata do teor desta verdade que é conhecida porém não
é crida. Então, é melhor não conhecer nada sobre Deus, do que,
conhecendo, negar este conhecimento por meio da incredulidade
e dureza de coração. A verdade não pode estar somente na mente,
é preciso que esteja também no coração, é preciso que faça parte
da vida do que a detém, é preciso ser aplicada.
Quantos possuem um conhecimento da pessoa de Jesus que não afeta
o seu viver, não transforma, não o faz reconhecê-lo como Salvador
e Senhor? Esta era a trágica situação vivida por estes homens.
Foi a respeito de pessoas tais que escreveu Tiago: "Crês tu
que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem"
(Tiago 2:19). Conhecer não é o bastante, é preciso crer e encarnar
o conhecimento, tornando-o parte da vida.
Como vimos, conquanto os demônios conheçam a Deus, não o obedecem.
"Ora, estava na sinagoga um homem possesso dum espírito imundo,
o qual gritou: Que temos nós contigo, Jesus, nazareno? Vieste
destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus... e ele curou
muitos doentes atacados de diversas moléstias, e expulsou muitos
demônios; mas não permitia que os demônios falassem, porque
o conheciam" (Marcos 1:23,24,34); "E os espíritos imundos, quando
o viam, prostravam-se diante dele e clamavam, dizendo: Tu és
o Filho de Deus" (Marcos 3:11).
Quantos homens cairiam nesta armadilha? Quantos homens neste
mundo já foram, ou estão sendo seduzidos pela bajulação e pela
falsidade humana, ao deixarem ser exaltados, ao deixarem ou
desejarem ser colocados numa perigosa posição de semideuses,
recebendo veneração e glórias humanas. Não sabem os tais o perigo
que correm, pois os mesmos que, maliciosamente, os eleva às
alturas, sem piedade os afundarão no pó e pisarão sobre eles.
Foi por meio da sedução que Satanás levou a humanidade à Queda.
Balaão, o profeta, contratado para destruir o povo de Deus,
amaldiçoando-os, não o pode, mas usou de astúcia e acabou levando
muitos à destruição, ao aconselhar seus contratantes a não enfrentá-los
diretamente, mas procurar pervertê-los, seduzindo-os à idolatria
e adultério (Números 31:16). Satanás causou mais estragos na
Igreja pela sutileza do que pela tentativa de destruí-la diretamente.
Já que não podia vencê-la, "uniu-se a ela".
É triste dizer mas, a maioria dos líderes cristãos caem mais
facilmente pela sedução do que pela perseguição. O próprio diabo
tentou pessoalmente a Jesus usando de malícia, astúcia e sedução,
visto não ter sido bem sucedido, mudou de tática, e fê-lo indiretamente
usando seus instrumentos. Aqueles que deveriam estar servindo
a Deus e seus propósitos, acabaram se deixando usar por Satanás
para servir aos seus propósitos. Assim, toda vez que estes instrumentos
de Satanás vinham abordar Jesus, usavam de dolo e má fé.
Foram inúmeras as ocasiões, além destas três que estamos considerando,
em que eles procuraram Jesus, com malícia, para o experimentar.
"Partindo dali, entrou Jesus na sinagoga deles. E eis que estava
ali um homem que tinha uma das mãos atrofiadas; e eles, para
poderem acusar a Jesus, o interrogaram, dizendo: É lícito curar
nos sábados?" (Mateus 12:9-10). "E eis que se levantou certo
doutor da lei e, para o experimentar, disse: Mestre, que farei
para herdar a vida eterna?" (Lucas 10:25).
"Então chegaram a ele os fariseus e os saduceus e, para o experimentarem,
pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu. Mas ele respondeu,
e disse-lhes: Ao cair da tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque
o céu está rubro. E pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque
o céu está de um vermelho sombrio. Ora, sabeis discernir o aspecto
do céu, e não podeis discernir os sinais dos tempos? Uma geração
má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão
o de Jonas. E, deixando-os, retirou-se" (Mateus 16:1).
"Aproximaram-se dele alguns fariseus que o experimentavam, dizendo:
É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?"
(Mateus 19:3). "Então os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma
mulher apanhada em adultério; e pondo-a no meio, disseram-lhe:
Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. Ora,
Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu,
pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para terem de
que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever
no chão com o dedo" (João 8:3-6).
Como nos lembra bem o bispo Ryle. "O que levou Sansão à derrota?
Não foram os exércitos dos filisteus, e, sim, o amor fingido
de uma mulher filistéia. O que levou Salomão a desviar-se? Não
foi a força de inimigos externos, e, sim, a adulação de suas
numerosas esposas. Qual foi a causa maior do erro do rei Ezequias?
Não foi a espada de Senaqueribe nem as ameaças de Rabsaqué,
e, sim, as lisonjas dos embaixadores da Babilônia. Quando Judas
traiu ao Senhor, fê-lo com um beijo. Com freqüência, a paz arruina
mais as nações do que a guerra."
Como Jesus não aceitava glória humana, antes, recebia somente
a glória que vem de Deus, Ele pôde detectar a cilada e não cair
nela. Se você não quiser sucumbir na armadilha da falsidade
e bajulação humana, faça como Jesus, não busque a glória que
vem de homens, busque a glória e exaltação que vem de Deus.
Pois não poderão prevalecer os "que recebem glória uns dos outros
e não buscam a glória que vem do único Deus" (João 5:44); e
ao receber glória humana, você já recebeu a sua recompensa e
nada mais há que receber de Deus (Mateus 6:1-5).
Aqui vemos encarnado o princípio expresso de modo claro nas
palavras: "o mundo é mais perigoso quando sorri do que quando
ataca". Mas estejamos certos de que toda bajulação e falsidade
será sempre detectada no coração dos que de Deus se aproximam.
A sinceridade é, indubitavelmente, o melhor caminho para os
que comparecem perante Deus.
Estes homens ensinavam ao povo mas eles mesmos não aprendiam.
Não aprenderam que não se pode ensinar sobre Deus visando autopromoção
ou vanglória; que não se pode ensinar sobre Deus e lutar contra
Ele; que todos os que ensinam as coisas de Deus não devem fazer
por inveja; que não se pode ensinar sobre Deus sem conhecer
o amor, pois a apreensão intelectual de informações espirituais
ou religiosas, quaisquer que sejam, serão inúteis se não emanarem
da fonte divina do amor para jorrar genuína.
Portanto, o primeiro aprendizado dos que querem ensinar sobre
Deus deve ser amar. O amor precisa ser a fonte de todo saber.
"E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os
mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de
maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor,
nada seria" (1 Corintios 13:2). Se tivermos o mais algo grau
de informações, a maior gama de conhecimentos, mas não tivermos
amor, tudo será inócuo; nada aproveita a quem o possui ou a
quem o recebe.
É mister aprender também, por meio desta passagem que, há uma
correspondência entre aquilo que vamos buscar de Deus com o
que vamos receber dEle. Quem vai a Jesus em busca de salvação,
recebe a salvação; quem busca perdão, recebe o perdão; quem
busca a cura, recebe a cura; quem busca respostas, terá as respostas;
quem busca a destruição do próximo, encontra a própria destruição;
quem se achega a Deus, tentando-o, cai na própria armadilha,
encontra a própria ruína.
Esta seqüência de ciladas no entanto, tem algo precioso a nos
ensinar de modo particular. Cada uma das questões levantadas
e cada uma das respostas de Jesus às mesmas, nos proporcionam
ricos e instrutivos ensinamentos. É sábio considerar separadamente
cada uma delas.
* Esta Introdução é parte integrante
do novo livro de Jair Souza Leal - "Ciladas" (Capítulo 1 - O
Quinhão de César e o de Deus; Capítulo 2 - Sete casamentos e
oito funerais; Capítulo 3 - O maior mandamento; Capítulo 4 -
Agora é a vez de Jesus). Dê sua opinião a respeito do mesmo...
"A esperança adiada desfalece o coração,
mas o desejo atendido é árvore de vida" Jair Souza Leal 68. Uma nota de esclarecimento sobre o natal. (Repasso!!! Jair Leal ) O Natal tem sido combatido por estranhos
cristãos. Alegam que o Natal é a
festa pagã do culto ao Sol. Conclusão precipitada. Tendo que escolher uma data, escolheu-se aquela porque se considera que Cristo é o sol da justiça (Ml 4.6). Combatem a árvore de natal, dizendo-a resquício do culto pagão às árvores. Esquecem que a Bíblia se abre e fecha com a presença de uma árvore (Gn 3.9 e Ap 22.14). Mas o estranho é guardarem festas judaicas, que se tornaram festas pagãs, com o advento de Cristo, sendo coisas passadas, à luz de Colossenses 2.16-17. O cristianismo e a Bíblia expressam as verdades de Deus na cultura do povo, não em uma cultura angelical. Os quatro títulos duplos que aplicamos a Jesus, em Isaías 9.6 ("Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz"), eram usados na sagração do novo Faraó, no Egito. O profeta os aplicou a Jesus. O domingo, dia do Senhor, era o dia do culto ao Sol, na mitologia de alguns povos europeus. Mas foi o dia em que Cristo ressuscitou. Não é preciso negar ou modificar tudo porque se descobriu um aspecto que não corresponde ao que pensávamos. Isto é insensatez: jogar tudo fora por causa de uma parte. Meio entendimento é pior que nenhum entendimento. Principalmente se produz estabanamento intelectual. Natal não é festa pagã. Isto soa como falta de inteligência. É a comemoração do nascimento de Jesus. Se a data não foi 25 de dezembro, qual é o problema? A Páscoa, quando se comemora a morte de Cristo, cada ano cai num dia. Mas não invalida a morte vicária de Cristo. O legalismo e a postura de alguns em reinventar e redescobrir o evangelho são atitudes negativas. Pergunte-se a um cristão sincero, não desses cheios de empáfia que descobriram que todo mundo fez tudo errado até hoje, o que ele comemora no dia 25 de dezembro. Ele dirá: "O nascimento de Jesus". Na falta de data específica, ficou-se com esta. Qualquer outra suscitaria uma crítica de alguém. Que critiquem. O erro não é comemorar o nascimento de Jesus. O erro é trocá-lo por Papai Noel, é olhar o aspecto apenas humano e sentimental da ocasião e esquecer o aspecto espiritual. Por isto, comemore o Natal. Com gratidão a Deus. Louve-o por seu Filho, Jesus Cristo, nosso Salvador. Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
67.
Ver a sua estrela é muito bonito, mas
ver a sua face é muito melhor."
Dwight L. Moody Aproveite a data especial, junte
sua família, seus amigos, e comemorem.
Há! E não se esqueça do aniversariante... não se esqueça que Ele gosta de ganhar presentes... Que tal dar a Ele a sua vida, o seu coração??? É uma boa opção! Deus abençoe, a você e a sua família. Jair Souza Leal 66. Ele nasceu para nós, para que pudéssemos renascer para Ele (Jair Souza Leal*)
O pecado fez o homem morrer para Deus; "no dia em que dela comeres,
certamente morrerás" (Gênesis 2:17). É isto o que a traição
faz; faz com que os grandes amigos morram um para o outro e
vivam em inimizade. O pecado fez Deus romper com o homem, e
este com Deus; tornou impossível seu relacionamento, distanciando
e separando-os. Com isto, o homem foi expulso por Deus do paraíso,
e por sua vez, expulsou Deus da sua vida e do seu coração.
Com esta inimizade que passou a existir entre o homem e Deus;
"porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois
não é sujeita à lei de Deus" (Romanos 8:7); "qualquer que quiser
ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tiago 4:4);
os relacionamentos humanos também foram abalados e se tornaram
doentios; passou a haver inimizade mútua, desavenças, ódio,
traições, rompimentos.
Conquanto o amor divino desejasse reatar o relacionamento e
perdoar, a justiça impedia exigindo julgamento e punição; afinal,
o homem foi quem tomou a iniciativa de desobedecer a Deus, de
ofendê-lo, de rebelar-se contra Ele, transgredir sua lei, tornando-se
assim passível de juízo.
Da sua parte, porém, o homem jamais seria capaz, uma vez envenenada
a sua natureza, de voltar-se para Deus arrependido em busca
de perdão e reconciliação. Foi Deus - o ofendido, quem
tomou a iniciativa de vir até o ofensor, na pessoa de Jesus,
para acabar com a distância que os separava, reconciliar e restabelecer
a comunhão perdida, oferecer o perdão e, consequentemente, a
volta ao paraíso, com a única condição de que o homem lhe devolvesse
o coração. É isto o que nos anuncia o natal - a chegada do perdão,
da reconciliação, da salvação. Ele nasceu para nós, para que
pudéssemos renascer para Ele.
Mas como satisfazer o amor - que desejava perdoar; e a justiça
- que exigia juízo, concomitantemente, sem pender para um ou
para o outro lado? Sem que Deus se tornasse injusto ou cruel?
Houve um plano, estabelecido pelo próprio Deus, onde Ele receberia
em si mesmo a punição devida ao pecado humano para satisfazer
assim sua justiça e demonstrar seu amor.
Então, na pessoa de Jesus, veio Deus, por seu infinito amor,
estabelecer a sua justiça; veio para, em si mesmo, receber a
punição que era devida ao homem, pois "o salário do pecado é
a morte" (Romanos 6:23). Destarte, foi satisfeita a justiça
e o amor divino. Este é o sentido da vinda e morte de Cristo
na cruz; Ele estava demonstrando sua justiça e seu amor. Ele
se propôs receber o castigo que nos era devido para satisfazer
a justiça, e em amor, poder nos oferecer perdão. É isto o que
nos anuncia o natal - a chegada do amor e da justiça divina.
Ele veio para morrer por nós, para que pudéssemos viver com
Ele.
Mas o homem precisava ser informado de que a justiça de Deus
fora satisfeita; de que Ele continuava a amá-lo; de que havia
sido mediado o perdão, a reconciliação. Não bastava realizar
a propiciação; era necessário fazer chegar ao homem esta boa
nova; era preciso procurar o ofensor para dizer-lhe que o perdoava,
que o aceitava de volta; era mister proclamar este ato divino.
Este é o sentido do Evangelho - a proclamação das boas novas
de Deus ao homem informando que já não precisa mais haver inimizade
e separação. O natal nos anuncia o Evangelho.
"E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os
cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor.
O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas
de grande alegria que o será para todo o povo: É que vos nasceu
hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor"
(Lucas 2:9-11).
"Pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,
não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou
da palavra da reconciliação" (2 Coríntios 5:19). "Porque ele
é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando
a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez
a inimizade... e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um
só corpo, tendo por ela matado a inimizade; e, vindo, ele evangelizou
paz a vós que estáveis longe, e paz aos que estavam perto" (Efésios
2: 14,16,17).
"Levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro,
para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça;
e pelas suas feridas fostes sarados" (1 Pedro 2:24). "Porque
se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus
pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados,
seremos salvos pela sua vida" (Romanos 5:10). "Havendo por ele
feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse
consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como
as que estão nos céus" (Colossenses 1:20).
Se a vinda de Jesus a este mundo anuncia e mostra que Deus procurou
o homem, seu ofensor, para possibilitar e oferecer-lhe perdão,
reconciliá-lo consigo, trazê-lo de volta, desfazer a inimizade
existente, reatar o relacionamento e a comunhão rompida pelo
pecado, e sem que este merecesse ou desejasse; este é o sentido
da graça. O natal nos anuncia e declara a graça divina.
Então, se o natal significa, declara e anuncia tudo isto; amor,
justiça, perdão, reconciliação, renascimento, evangelho e graça;
deveria ser assim comemorado e festejado. Aliás, a oferta do
perdão de Deus a nós, por meio de Jesus, exige da nossa parte
que ofereçamos perdão aos nossos ofensores. Jesus nos ensinou
a perdoar; perdoando, para que pudéssemos aprender a perdoar;
perdoando. Seu perdão nos capacita a perdoar.
Natal deveria ser assim entendido e comemorado, pois, uma vez
que fui procurado por Aquele que eu ofendi para ser perdoado
sem que merecesse ou desejasse, não posso me omitir de procurar
aqueles que me ofenderam para oferecer-lhes perdão, ainda que
não mereçam ou desejem. Deveria ser o momento de anunciar boas
novas, que decidi, da minha parte, pôr fim às inimizades, restaurar
os relacionamentos quebrados, reconciliar-me.
Natal fala da chegada do perdão de Deus ao homem, consequentemente,
deste ao próximo. Fala de ofendidos que tomam a iniciativa de
perdoar; fala de graça; fala de justiça; fala de amor. Jamais
deveria ser comemorado pelos que ainda abrigam ódio no coração,
desejo de vingança, inimizades; que ainda têm relacionamentos
rompidos e não reatados, mesmo que seja por iniciativa do ofendido,
e apesar do ofensor e da ofensa cometida.
Natal fala de nascimento e de renascimento; nascimento da esperança,
do perdão, da restauração, da reconciliação, da alegria, da
comunhão; renascimento das amizades e relacionamentos que um
dia tiveram fim, renascimento daqueles que um dia morreram para
nós.
Permita portanto, nesta data, que aqueles que um dia morreram
para você, que aqueles que um dia foram expulsos da sua vida,
que aqueles que um dia se separaram de você, renasçam e recebam
o perdão. Deixe Aquele que nasceu para os que estavam mortos
para Ele, viver em seu coração.
Saiba que a maior prova de que Jesus nasceu para você está na
capacidade que tens de perdoar. Ninguém que tenha recebido dEle
perdão será capaz de negar perdão. Se negamos o perdão, não
temos direito de sermos perdoados. Perdão, é a principal característica
do pecador regenerado; falta de perdão, é a principal característica
do pecador não regenerado. Se Deus nos perdoa, não temos porque
negar perdão, caso contrário, jamais poderemos orar dizendo:
"e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos
perdoado aos nossos devedores" (Mateus 6:12).
Aquele que veio para nos oferecer perdão foi quem afirmou categoricamente:
"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso
Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes
aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas" (Mateus
6:14-15).
"Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até
quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar?
Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas
até setenta vezes sete. Por isso o reino dos céus é comparado
a um rei que quis tomar contas a seus servos; e, tendo começado
a tomá-las, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;
mas não tendo ele com que pagar, ordenou seu senhor que fossem
vendidos, ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que tinha,
e que se pagasse a dívida.
Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo:
Senhor, tem paciência comigo, que tudo te pagarei. O senhor
daquele servo, pois, movido de compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe
a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus
conservos, que lhe devia cem denários; e, segurando-o, o sufocava,
dizendo: Paga o que me deves.
Então o seu companheiro, caindo-lhe aos pés, rogava-lhe, dizendo:
Tem paciência comigo, que te pagarei. Ele, porém, não quis;
antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo,
pois, os seus conservos o que acontecera, contristaram-se grandemente,
e foram revelar tudo isso ao seu senhor.
Então o seu senhor, chamando-o á sua presença, disse-lhe: Servo
malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste;
não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, assim
como eu tive compaixão de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou
aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos
fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um
a seu irmão." (Mateus 18:21-35)
Perdão, é o maior presente que podemos receber. Perdão, é o
maior presente que podemos oferecer. Então, você espera receber
algum presente neste natal? Pretende oferecer algum? Como vai
comemorá-lo neste ano? Não se esqueça do aniversariante; não
se esqueça de incluí-lo nos seus planos!
Lembre-se: "O verdadeiro dia de Natal, para qualquer homem,
é quando Jesus nasce em seu coração" (Walter H. Armstrong).
"Deus em Cristo participa de nossa humanidade, a fim de que,
nós possamos também participar de sua divindade" (Walter B.
Knight).
Feliz dia do nascimento de Cristo neste mundão; feliz dia do
nascimento de Cristo em seu coração!!!
*Jair Souza Leal é autor do livro
"4 Homens e Um Segredo" e auxiliar na PIB Balneário, no bairro
Ressaca em Contagem-MG.
"A esperança adiada desfalece o coração,
mas o desejo atendido é árvore de vida" Jair Souza Leal 65. Porque temos a prática de presentear no Natal? Leia o texto abaixo e responda:
Porque temos a prática de presentear no Natal? A quem deveríamos presentear? Por que chamamos os magos de Reis Magos? Porque dizemos que são TRÊS REIS MAGOS, e até damos nome a eles? Porque as decorações sempre mostram eles indo num presépio (com cavalo, galinha, palha), se estes magos encontraram o menino Jesus já com +- dois anos de idade na casa em que ele morava? O que você acha que os "pobrezinhos"
fizeram com o ouro ganho de presente?
Tem alguma coisa que você aprendeu errado porque nunca leu a Bíblia? Então.... segue o texto para você »MATEUS 2
1 E, TENDO nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos (uns são quantos???) vieram do oriente a Jerusalém (leva-se aproximadamente 2 anos nesta viagem a pé do Iraque até Belém). 2 Dizendo: Onde está aquele que é
nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente,
e viemos a adorá-lo (eles eram astônomos ou astrólogos como
preferir, mas não reis - REI ERA HERODES... eles foram em Herodes
porque esperavam encontrar o menino num palácio "o rei dos judeus"...
por isto Herodes ficou enciumado e bufando de raiva).
3 E o rei Herodes, ouvindo isto,
perturbou-se, e toda Jerusalém com ele.
4 E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes, e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo (isto ainda levou mais um ou alguns dias depois que os magos procuraram Herodes). 5 E eles lhe disseram: Em Belém de
Judéia; porque assim está escrito pelo profeta:
6 E tu, Belém, terra de Judá, De modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; Porque de ti sairá o Guia Que há de apascentar o meu povo de Israel (Esta profecia foi predita no Antigo Testamento por Miquéias (5:2) há +- 600 anos antes - eles puderam responder a Herodes porque conheciam esta profecia e sabiam que o Cristo predito nasceria em Belém... veja Deus cumpre o que promete). 7 Então Herodes, chamando secretamente
os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a
estrela lhes aparecera (viu??? ele vai tomar a decisão baseada
nestes cálculos, e chega a conclusão que o menino Jesus já estava
com +- dois anos de idade... veja no versículo 13 abaixo).
8 E, enviando-os a Belém, disse:
Ide, e perguntai diligentemente pelo menino e, quando o achardes,
participai-mo, para que também eu vá e o adore (MENTIROSO TRAPACEIRO...
parece alguém que eu conheço???).
9 E, tendo eles ouvido o rei, partiram;
e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante
deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava
o menino (NO PRESÉPIO???)
10 E, vendo eles a estrela, regozijaram-se
muito com grande alegria.
11 E, entrando na casa (VEJA!!! NA CASA... NÃO NA MANJEDOURA QUE FOI USADA COMO O PRIMEIRO BERÇO DE JESUS... ELE NÃO FICOU LÁ O RESTO DA VIDA), acharam o menino com Maria sua mãe (JOSÉ NEM ESTAVA LÁ NA HORA) e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra (SERÁ QUE CADA UM DEU UM PRESENTE POR ISSO VOCÊ CONCLUI QUE FORAM "TRÊS" "REIS"??? E SE FOI DOIS... CADA UM DANDO TRÊS PRESENTES??? E SE FORAM 10 CADA UM DANDO TRÊS PRESENTES... como saber quantos foram com base nos presentes dados??? eles abriram os seus tesouros... era mais de um mago e todos tinham tesouros, ou seja, parece que cada um destes magos deu das três coisas a Jesus... não foi cada um dando um presente de cada). 12 E, sendo por divina revelação
avisados em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes,
partiram para a sua terra por outro caminho.
13 E, tendo eles se retirado, eis
que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te,
e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te
lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino
para o matar.
14 E, levantando-se ele, tomou o
menino e sua mãe, de noite, e foi para o Egito.
15 E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho. 16 Então Herodes, vendo que tinha
sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos
os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos,
de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente
inquirira dos magos.
17 Então se cumpriu o que foi dito
pelo profeta Jeremias, que diz:
18 Em Ramá se ouviu uma voz, Lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, E não querendo ser consolada, porque já não existem. VOCÊ SABIA QUE O TAL DE NICOLAU ERA
UM CRISTÃO RICO E POR CAUSA DA SUA FÉ EM JESUS ELE RESOLVEU
DOAR A SUA GRANA PARA OS POBRES? E NO NATAL VOCÊ SÓ SE LEMBRA
DELE NÃO É MESMO??? JESUS QUE LEVOU ELE A FAZER ISTO VOCÊ NÃO
LEMBRA!!!
TEM ALGUMA COISA ERRADA NESTE NEGÓCIO...
IMITE O SERVO DE CRISTO SR. NICOLAU (O BOM VELINHO) DOE TAMBÉM TODO SEU DINHEIRO AOS POBRES NESTE NATAL E SEJA FELIZ!!! 64. A História da humanidade sem história (Jair Souza Leal*)
Temos tornado a vida um ciclo interminável de erros, de falhas
humanas e de repetições, e isto por não aprendermos com a história,
nem atentar para ela. Cada nova geração deveria vir acrescida
do saber anterior, vir fortalecida e vacinada contra os erros
e falhas dantes cometidas.
Desta forma, é certo que cometeríamos erros novos, mas faríamos
também novas descobertas. Em ciclos sucessivos de gerações,
haveria desenvolvimento e aperfeiçoamento. Cada nova fase da
vida humana deveria ser melhor.
Esta deveria ser uma lógica plausível. Entretanto, não é isto
o que se observa. Os mesmos erros cometidos por nossos antepassados,
ainda que os mais longínquos, são os erros da modernidade. Os
mesmos problemas enfrentados por eles continuam a existir.
As dificuldades e problemas enfrentados pelos mais rudes e primitivos,
são os mesmos enfrentados por homens mais civilizados, cultos,
nobres e educados. Então não se trata de uma questão cultural
ou de civilização.
Cada nova geração parece ser a primeira a existir, e tudo se
reinicia. Quando está começando aprender a viver, chega ao fim
e nasce outra, que vai iniciar o processo. É certo que algumas
coisas são acrescidas no decorrer da vida, mas geralmente são
coisas e fatores externos que mudam muito pouco a humanidade,
tome por exemplo a tecnologia, as formas políticas, os costumes,
os tabus e tradições, etc., e o homem continua o mesmo.
Muitas coisas que já foram comprovadas como destruidoras e inerentemente
más aos seres humanos, ainda permanecem. A guerra, por exemplo,
nunca trouxe benefícios, somente destruição sofrimento e perda
às partes envolvidas, e tem sido sempre o meio usado para resolver
os conflitos; há milhares de anos atrás ou nos dias atuais.
Neste caso, ao que parece, a única coisa que se aperfeiçoa são
as armas.
Poderíamos citar milhares de outros exemplos destas fraquezas
humanas, que só trazem dor e sofrimento mas que insistem em
permanecer a cada nova geração, como ódio, exploração, escravidão,
pobreza, miséria, orgulho, infidelidade, corrupção, depravação,
vício, mentira, ciúme, cobiça, vingança, enfim. Faça você mesmo
uma reflexão sobre cada item citado e descobrirá que nada mudou,
senão externamente. Seria o homem o mesmo ontem, hoje e sempre?
Isto não se aplica somente à humanidade, mas também a nós como
indivíduos. Cada ano que passa deveria acrescentar algo às nossas
vidas, nos aperfeiçoar e nos tornar melhores, mais justos, nobres,
compreensivos, pacientes, virtuosos, prudentes, competentes,
sábios, cheios de fé e esperança, e, certamente, deveria nos
levar a não cometer os mesmos erros. O fim da vida seria o auge
do saber, da perfeição, do amadurecimento.
Infelizmente, o que observamos ser real em se tratando
da raça humana, o é também em se tratando do indivíduo. Afinal,
o que é a raça humana senão o conjunto de indivíduos? Analise
a sua própria vida e veja os erros e falhas que tem cometido,
descubra o quanto cresceu no decorrer dos anos.
Faça uma comparação entre o seu comportamento e dificuldade
com o comportamento e dificuldade de seus pais, avós, bisavós.
Certamente vais descobrir, estarrecido, o quanto terias sido
poupado tão somente tivesses ouvido seus conselhos, seguido
os seus passos nas virtudes e desviado nos erros. Assim,
a história aperfeiçoaria a história
Penso ser esta a razão por que Deus sempre deixou os sinais
e marcos como memorial a seu povo, a fim de nunca esquecerem
da Sua pessoa nem da Sua atuação na história. Temos no Antigo
Testamento o arco-íris; "O meu arco tenho posto nas nuvens,
e ele será por sinal de haver um pacto entre mim e a terra"
(Gênesis 9:13). A circuncisão; "Circuncidar-vos-eis na carne
do prepúcio; e isto será por sinal de pacto entre mim e vós"
(Gênesis 17:11). O sábado; "Guardarão, pois, o sábado os filhos
de Israel, celebrando-o nas suas gerações como pacto perpétuo.
Entre mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre;
porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo
dia descansou, e achou refrigério. E deu a Moisés, quando acabou
de falar com ele no monte Sinai, as duas tábuas do testemunho,
tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus" (Êxodo 31:16-18).
A páscoa; "E este dia vos será por memorial, e celebrá-lo-eis
por festa ao Senhor; através das vossas gerações o celebrareis
por estatuto perpétuo" (Êxodo 12:14). As tábuas da lei, a arca
da aliança, o monte Sinai; Respondeu-lhe Deus: "Certamente eu
serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei:
Quando houveres tirado do Egito o meu povo, servireis a Deus
neste monte" (Êxodo 3:12). O maná; "E disse Moisés: Isto é o
que o Senhor ordenou: Dele enchereis um gômer, o qual se guardará
para as vossas gerações, para que elas vejam o pão que vos dei
a comer no deserto, quando eu vos tirei da terra do Egito" (Êxodo
16:32). As pedras, quando Deus fez seu povo atravessar o Jordão;
"e estas pedras serão para sempre por memorial aos filhos de
Israel" (Josué 4:7).
No Novo Testamento encontramos o batismo, os elementos da ceia
(pão e vinho) símbolos da nova aliança; "Isto é o meu corpo
que é por vós; fazei isto em memória de mim... Este cálice é
o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o
beberdes, em memória de mim" (1 Coríntios 11:24-25). Serviriam
como memorial, para que a humanidade jamais esqueça o mais importante
evento ocorrido na história - o sacrifício do filho de Deus
na cruz em nosso lugar. Posteriormente a cruz e o peixe também
se tornaram símbolos históricos da fé cristã.
A própria Bíblia, que é o registro da revelação de Deus e da
Sua atuação na história humana, veio à existência, e foi também
preservada no decorrer dos séculos, por Deus, com este mesmo
objetivo.
Tão somente o povo de Israel atentasse para este fato, observando
a sua própria história, procurando conhecer o Deus de seus pais
e viver conforme as Suas alianças históricas e mandamentos,
haveriam sido poupados de intensos sofrimentos no decorrer da
sua história como nação.
Igualmente, se a Igreja cristã atentasse em conhecer e aprender
com a sua história, estaria seguindo um rumo diferente do atual,
e teria sido poupado de muitos infortúnios. Os erros que ela
vem cometendo no decurso da sua existência são quase sempre
os mesmos.
Então, é tempo de refletir, de planejar, de avaliar, de rever,
de recomeçar. É tempo de crescer, de se aperfeiçoar. É tempo
de mudar a história. É tempo de mudar a nossa história. É tempo
de viver o presente, sonhando e planejando o futuro, sem nunca
desprezar o passado. Lembrando sempre que, um dia, o Senhor
da história a adentrou para transformá-la e dar-lhe um novo
rumo. Ele se tornou parte dela. Ela se dividiu. Ele veio para
mudar a nossa história, para nos dar uma história, para não
sermos uma humanidade sem história e, para que esta história
não tenha fim.
Deixe o Senhor da história mudar e aperfeiçoar a sua história.
Quando Ele veio, teve dificuldades para encontrar lugar onde
nascer. Que Ele não ache também dificuldades para encontrar
lugar em seu coração. E quando Ele voltar, iniciará um novo
momento na história da humanidade, e você estará inserido nesta
história.
*Jair Souza Leal é autor do livro
"4 Homens e Um Segredo" e auxiliar na PIB Balneário em Contagem-MG.
63. Retirando o Combustível da Violência
(Jair Souza Leal*) Como nunca antes, esta reflexão se mostra essencial e relevante. Vale a pena gastar alguns momentos para considerá-la, devido ao momento ímpar que atravessamos em nosso país. Momento este de grande violência urbana e de profundos distúrbios sociais. Aquilo que antes conhecíamos somente dos filmes de Hollywood, e que parecia tão irreal e distante, agora está muito perto. Hoje o perigo mora ao lado; e, para alguns é ainda pior pois, o perigo mora dentro de casa. Quando vemos a violência e seus acessórios assumindo proporções alarmantes a ponto de já se falar, com certa naturalidade, num poder paralelo ao estabelecido por vias normais, civilizadas e democráticas. Quando os jornais e noticiários absorvem grande parte do seu conteúdo na apresentação da violência. Quando, apesar de todo esforço, a justiça e a polícia, principais responsáveis pela proteção e combate às forças do mal, estão impotentes e se mostram ineficazes, e as forças do mal predominam, impondo as suas próprias leis e exterminando sem piedade aqueles que se colocam em seu caminho. Quando nem mesmo os países que vivem em constantes conflitos bélicos matam tantos inocentes. Quando a frouxidão dos magistrados e das leis, o desinteresse parlamentar, as pressões dos poderosos, os interesses das grandes corporações e dos especuladores internacionais predominam, fazendo pressão sobre a economia da nação, gerando miséria e sofrimento ao seu povo, e sendo grandes responsáveis pelo quadro caótico em que nos encontramos. Quando estamos bem perto do caos, e tanto a impunidade, como as drogas e a falta de Deus na vida das pessoas, tem potencializado e agravado a situação. Quando ninguém mais pode se gabar de nunca ter sido assaltado, ameaçado ou abordado de modo violento, de nunca ter tido uma arma apontada para a cabeça, um bem roubado, ou pior, perdido alguém que lhe era caro. Quando vidas são ceifadas de forma cruel e trágica, e ninguém está imune, seja nos grandes centros urbanos ou interior. Quando em lugar algum há segurança e todos sofrem com a violência, de modo direto ou indireto, e se vêem impotentes e indefesos para proteger suas vidas, patrimônios, empresas e igrejas (pois nem estas estão escapando). Quando todos os setores da sociedade tiveram oportunidade de dar o seu parecer e falharam, mostrando-se ineficientes e fracos para combater e mudar a situação, chegou o momento de chamar a atenção desta sociedade para encarar e analisar a situação dum ponto de vista cristão. Não deixamos de afirmar que, também a Igreja e os cristãos em geral, são co-responsáveis pela situação e têm grande parcela de culpa, ainda que por indiferença. Precisamos deixar de lado nossas diferenças e preconceitos e juntar forças para batalhar, e nada melhor do que pensar que há uma solução, há uma saída. Certamente, como cristãos, temos em nossas mãos a mais forte e poderosa arma que poderá ajudar o nosso país a sair deste infortúnio, esta arma se chama: evangelização, que transforma e resgata vidas, tirando o combustível da violência e das drogas. Se conseguirmos nos conscientizar da importância da evangelização, do valor social de uma conversão e da grandeza do cristianismo para uma nação, poderemos e revolucionaremos este imenso país, mudando a sua realidade. Posso afirmar, com grande convicção que, mesmo se não houvesse nenhuma vantagem espiritual na fé cristã, nenhuma promessa divina como a promessa do céu, da salvação, da vida eterna, do perdão, da eterna felicidade, entre outras, ainda assim haveriam as vantagens sociais e os benefícios pessoais desta fé. Ela é tão superior que, mesmo eliminando tudo quanto dissemos acima, continua sendo vantajoso ser um cristão, e isto não só para o indivíduo como para toda uma sociedade. Veja alguns destes benefícios. 1. Benefícios do cristianismo para a vida pessoal Posso falar, com base na Bíblia, na minha experiência pessoal, e em observações de fatos reais, quantos são os benefícios da fé cristã para a vida pessoal. As companias são diferentes, livrando-nos das más influências, de locais indesejáveis e de situações embaraçosas. Somos libertos e preservados de vícios, envolvimentos sexuais amorais, indevidos, pervertidos ou danosos à saúde e à família. A conversação é saudável, a moral elevada. Há integridade, alegria de viver, disposição para o trabalho, harmonia no lar e equilíbrio nos relacionamentos. Há paz, ainda que em meio a situações adversas, esperança que nunca desvanece, ações e atitudes que enobrecem a humanidade, uma irmandade que forma uma grande família, comunhão, fé, oração, o desejo pelo bem do próximo. Tudo isto já seriam motivos mais que suficientes para se investir no cristianismo. 2. Benefícios do cristianismo para a sociedade Toda conversão envolve uma transformação. Só se converte e vem a Jesus, aquele que se reconheceu pecador. E nas fileiras cristãs, todos têm consciência disto, e, se vieram a Cristo, é porque buscam o perdão e a libertação. O próprio Jesus andou entre os pecadores. Ele mesmo afirmou que veio para chamá-los ao arrependimento, como um médico, que só é procurado por doentes (Mateus 9:9-13). Aquele que não se reconhece pecador, não precisa de Cristo, como os que pensam não estar doentes, não precisam de médico. Todos os que buscam a Jesus, vêm porque são pecadores, mas pecadores arrependidos que buscam transformação em suas vidas. Socialmente falando, cada conversão significa: menos ódio entre as pessoas, menos um ladrão, menos um alcoólatra, menos um drogado, menos um marginalizado, menos um morimbundo, menos uma família desestruturada. Menos um assassino, menos um fanfarrão, menos um trapaceiro, menos um egoísta, menos um explorador, menos uma prostituta, menos um chantagista, menos um estuprador, menos um murmurador, menos um cidadão revoltoso, menos um vagabundo, menos um sonegador, menos um traficante, menos um marginal, menos um pivete, menos um racista. Menos um na cadeia, menos um nos botecos, menos um nas sarjetas, menos um nos antros de prostituição, menos um nos confrontos com a polícia, menos um no cemitério. Aliás, aos que gostam de criticar e zombar dos cristãos e das igrejas próximas de sua casa, ou criticar e zombar ao ver alguém carregando uma Bíblia ou de joelhos orando, eu pergunto: O que é melhor ter próximo da sua casa - uma igreja ou uma penitenciária? Uma igreja ou um ponto de tráfico de drogas? Uma igreja ou uma boca de fumo? Uma igreja ou um bordel? O que é melhor - ver alguém carregando uma Bíblia ou uma arma? De joelhos orando ou nas ruas cometendo crimes e ceifando vidas? Ver alguém que fala do amor de Deus ou alguém que fica na porta das escolas convencendo nossas crianças a usar drogas? Pense bem nisto. Certamente amigo, você há de convir que cada conversão, é menos uma preocupação para o governo, para a sociedade, para os patrões, professores, juizes, para os maridos e esposas, para as pessoas de bem. Você percebe como e quanto todos são beneficiados por uma conversão? Então deve concordar que, são nossas igrejas que devem se encher, não as delegacias ou prisões, nem tampouco os cemitérios. Precisamos de pessoas que sirvam a Deus, não aos traficantes; pessoas que oram, abençoam e sirvam ao país, não as que amaldiçoam, torcem contra e tentam destruí-lo; de pessoas que vivam padrões morais elevados, não as que vivam culturas animalescas e exaltam os prazeres incontidos e irrefreados buscando somente a satisfação dos seus instintos insaciáveis; de pessoas que marchem para Jesus, não para a morte. Mais do que nunca, este é um incentivo aos cristãos para buscar se despertar para uma evangelização mais efetiva, eficaz e consciente, para não se esconder, cruzar os braços e calar-se. Como cidadãos, devemos exigir e fazer cumprir os nossos direitos, cobrar dos políticos e governantes atitudes mais positivas, elevadas, severas e eficientes, e a criação de leis mais justas e firmes que eleve o nível moral do país. Mas, como cristãos, não devemos esperar somente do governo nem da policia. Devemos levar a mensagem de Jesus às pessoas, evangelizar, resgatar vidas, antes que a nossa seja ceifada. Mobilizemo-nos nesta santa tarefa de libertar nosso país pelo poder magnífico e transformador do evangelho de Cristo e pelo poder da graça do nosso Deus. É hora de ação, de oração, de evangelização. Todos com Cristo, por Cristo, para Cristo, levando o evangelho da paz, colhendo o fruto de almas que se rendam aos pés do Senhor não de corpos que caem aos pés de bandidos. Você aceita o desafio? Ele pode ser a única solução, mas é uma solução, e tudo que precisamos nestes dias é de solução. Sei que é "difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada." Então, se não permitirmos que nós, ou nossos filhos, sejam usados como o combustível da violência e das drogas, e ainda retirar os que já estão sendo usados, este mal poderá diminuir ou vir a se apagar. A possibilidade de mudança agora está em suas mãos e depende de você. Experimente e colha os resultados. *Autor do livro "4 Homens e Um Segredo" e auxiliar na PIB Balneário. "Crê no Senhor Jesus e serás salvo" Jair Souza Leal COMENTÁRIOS
DIVERSOS .
Yrorrito : irmão
Jair, muitos de seus textos são assuntos solicitados pelos contatos
do uniaonet. . . tenho visto que eles não estão arquivados em
nenhum lugar na internet para que sejam acessados. . . podemos
criar o www.unianet.com/msgjairleal.htm para
arquivá-los , se nos autorizar podemos fazer isso
30/01/2004
Jair Souza Leal _ January 30, 2004 Amado irmão, claro que autorizo. Aproveito para parabenizá-lo pela brilhante iniciativa. E para enriquecer o espaço a ser criado, envio-te um arquivo com 18 outros artigos. Abraços A minha pequenina e infante congregação
fica em Contagem-MG (é ainda um núcleo de estudos, trabalhamos
com evangelismo pessoal pioneiro e discipulado, hoje agregamos
cerca de 20 pessoas e 20 crianças) temos +- um ano e o nome
já é uma projeção de como nossa congregação se chamará quando
vir a ser tornar Igreja, e cremos que brevemente.
Aproveito para convidá-lo a conhecer
nosso recente trabalho. Você poderia nos ajudar a divulgar????
É uma benção de Deus a nós e tem contribuido com o Reino, mas
precisa de um pouco de divulgação e apoio para ir adiante. Leia
e veja o que pode fazer para nos apoiar. Forte abraço.
Ajude o Ministério Compartilhando
Fé a restaurar uma vida adiquirindo o livro 'Quatro Homens e
Um Segredo'. Seja edificado sendo abençoador. Veja o resumo
no www.uniaonet.com/msgjair4homens.pdf
A ciência, o cristianismo e o leite
Quando observamos a ciência e os inventos humanos, percebemos
que há uma tendência natural à evolução; destarte, quanto
mais distante vai ficando da sua origem, mais aperfeicoado
e eficiente se torna.
Em contrapartida, se observarmos o cristianismo, vamos perceber
que ocorre exatamente o oposto. Podemos assemelhá-lo ao leite.
E quanto mais próximo e fiel à sua origem, mais nutritivo,
saudável, consistente; quanto mais distante, mais cheio de
outros elementos introduzidos por mãos humanas, mais pré-fabricado,
quase artificial e bastante comercial. 12/8/04
Amigo irmão... senti que sua participação
no meu entendimento daquela questão a respeito do perdão (lembra-se?)
foi tão singular que não me atrevi a divulgar a última parte
da oração sem considerar a sua opinião a respeito das questões
abaixo... se você quiser e puder respondê-las estaria
me ajudando a contrabalancear meus argumentos e ver se estou
no bom caminho...
"Não nos deixe cair em tentação mas livra nos do mal..."
Qual a diferença entre tentação
e provação?
Qual a diferença
entre, Deus estar me provando, o diabo estar me tentando,
e eu estar sendo seduzido por meus próprios desejos?
Qual a relação que há entre o mal causado por satanás, o mal causado pela maldade que há no mundo em geral, e o mal causado por aquilo que está em mim?
De que mal Jesus nos ensina a pedir livramento nesta oração?
Qual a diferença entre o mal e o pecado? Por que pedir para livrar-nos do mal, e não para que Ele extermine o mal da face da terra?
E se eu cair em tentação? Deus não me livrou, a oração não
foi feita com fé, ou tem alguma outra razão??? Como sair da
mesma?
"A alegria do Senhor é a nossa força."
Jair Souza Leal 22/10/04 62. Deus está perdendo? (Jair Souza Leal)
Porque, meu Deus, sinto que tens se tornado cada vez menos atrativo para as pessoas do que as drogas, os vícios, as bebidas, as farras. Teus louvores tem atraído menos do que as músicas irracionais promotoras da incultura e dos desejos bestiais. O desejo por Ti tem sido menor do que o desejo por sexo, que está sendo exaltado, e hoje anda livre e descompromissado, alcançando mais e mais discípulos, cada vez mais jovens, e lançando-os na vida sem qualquer preparo.
Estas coisas tem sido mais divulgadas, exploradas, procuradas
e experimentadas do que Tu, oh Deus. Elas trazem algum prazer
momentâneo e aparente, mas são destrutivas, físico e emocionalmente,
enquanto Tu edificas, ofereces uma vida abundante, cheia de felicidade
e amor verdadeiro, e trazes benefícios eternos para o corpo, alma
e espírito. Porque então tens sido preterido a estas coisas? Tu
estas perdendo?
Porque, meu Deus, vejo mais pessoas servindo ao capitalismo, aos
poderosos do mundo, aos traficantes, à corrupção, aos próprios
interesses, aos prazeres insanos e pervertidos, do que a Tua nobre,
santa, amorosa e exaltada pessoa. Tu estás perdendo?
Porque, meu Deus, vejo mais pessoas buscando dinheiro, satisfazer
a qualquer preço os seus insaciáveis desejos, a fama, a auto promoção,
do que buscando conhecer-Te, saber a Tua vontade e em como poderão
agradar-Te. Tu estás perdendo?
Porque, meu Deus, vejo mais pessoas em boates, nas mesas de bar,
em discotecas, nas festas. Mais pessoas em locais que desonram
o Teu nome. Mais pessoas desafiando os Teus preceitos. Mais até
do que nos locais de adoração, onde se presta culto a Ti. Mais
até do que nos locais onde és honrado, ensinado e crido. Tu estás
perdendo?
Porque, meu Deus, ouço mais pessoas contando piadas imorais, falando
de futebol, de mulher, de carro, de efemeridades, do que falando
de Ti. Elas falam de tudo, com grande satisfação, até dos seus
erros e pecados, mas não tem a mesma disposição e coragem para
falar do Teu amor, do Teu nome, da Tua pessoa, das Tuas
obras. Tu estás perdendo?
Porque, meu Deus, percebo que há mais ódio do que amor entre as
pessoas; mais tristeza do que alegria; mais egoísmo do que altruísmo;
mais infidelidade e traição do que sinceridade e fidelidade; mais
incredulidade do que fé; mais orgulho do que humildade; mais individualismo
do que solidariedade; mais destruição do que milagres; mais males
do que bem; mais pecado do que piedade. Tu estás perdendo?
Se és a fonte de todo bem, de todo amor, da felicidade e da paz.
Se és o único capaz de preencher o vazio que há em nós e os anseios
do coração. Então, onde as pessoas têm buscado a paz? Onde têm
buscado a felicidade? Que amor é este que dizem ter? Como tem
preenchido as suas vidas? Quais são as suas motivações, esperança
e futuro? O que esperam alcançar?
Será isto a razão do aumento da violência? Da guerra iminente?
Da fome e exploração de seres humanos? Da falta de amor que impera
no mundo? Da corrupção cada vez maior? Do individualismo?
Será isto a razão de pais que matam filhos e filhos que matam
pais? De famílias desajustadas, desestruturadas e destruídas?
Do aumento do divórcio, da solidão e de todos os males que assolam
a humanidade?
Mas, parte desta inversão, não seria culpa dos teus atalaias que
se calaram, ou não falam o suficiente de Ti? Dos teus embaixadores
que não demonstram que a pátria celeste é superior à terrestre?
Dos teus representantes que não Te apresentam à altura? Dos responsáveis
em mostrar Sua imagem entre os homens, mas, que, da forma como
vivem, e pelos atos que praticam, tem trazido uma imagem distorcida
da Tua pessoa? Dos teus servos, que não tem te servido como convém?
Até quando isto permanecerá? Até quando os filhos comerão as bolotas
que pertencem aos porcos sem se lembrar que na casa do Pai há
abundância, e tudo é muito melhor? Quem está perdendo? Porventura
és Tu oh Deus? Ou somos nós que estamos perdendo, e se perdendo,
sem Ti?
61.Importância da Visitação . De volta ao Lar
(Jair Souza Leal)
Tenho me convencido cada dia mais que a prática da visitação é
para o cristão o que a prática da evangelização é para o não cristão.
Como dizemos que missões nasceu e está no coração de Deus, igualmente
devíamos dizer da visitação, que é criação e invenção dEle. Deus
foi o primeiro a nos ensinar com o Seu exemplo e pela Sua palavra.
Nosso Deus é visitador
Deus, sentiu grande prazer ao criar o homem e queria estar diariamente em contato com ele, para isto, visitava-o em seu lar - o jardim do Éden (Gênesis 3:8), e tinha imenso prazer nesta visita. Ele chamava o homem, pelo nome, esperando encontrá-lo para estarem juntos. Foi o homem que, devido ao pecado, começou a se esconder de Deus, já não sentindo mais prazer pela Sua presença em seu lar. Passou assim, a rejeitar o hóspede ilustre.
Por toda a Bíblia, aprendemos e descobrimos que, sempre foi Deus
quem veio ao encontro do homem, sempre foi Deus quem o visitou.
Ele veio a Caim, a Noé, a Abraão, a Isaque, a Jacó. Veio ao seu
povo Israel. "Depois disse José a seus irmãos: Eu morro; mas Deus
certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra para a terra
que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó. E José fez jurar os filhos
de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará, e fareis transportar
daqui os meus ossos" (Gênesis 50:24-25)
"Vai, ajunta os anciãos de Israel e dize-lhes: O Senhor, o Deus
de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, apareceu-me,
dizendo: certamente vos tenho visitado e visto o que vos tem sido
feito no Egito" (Êxodo 3:16); "E o povo creu; e quando ouviram
que o Senhor havia visitado os filhos de Israel e que tinha visto
a sua aflição, inclinaram-se, e adoraram" (Êxodo 4:31).
"Então se levantou ela com as suas noras, para voltar do país
de Moabe, porquanto nessa terra tinha ouvido que e Senhor havia
visitado o seu povo, dando-lhe pão" (Rute 1:6); "Para Babilônia
serão levados, e ali ficarão até o dia em que eu os visitar, diz
o Senhor; então os farei subir, e os restituirei a este lugar"
(Jeremias 27:22); "Porque assim diz o Senhor: Certamente que passados
setenta anos em Babilônia, eu vos visitarei, e cumprirei sobre
vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar" (Jeremias
29:10)
"Bendito, seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e remiu
o seu povo" (Lucas 1:68); "O medo se apoderou de todos, e glorificavam
a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós; e: Deus
visitou o seu povo" (Lucas 7:16).
Veio aos gentios para tornar dentre eles um povo para o seu Nome.
"Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios para
tomar dentre eles um povo para o seu Nome" (Atos 15:14). Deus
nos visita particularmente. "Provas-me o coração, visitas-me de
noite; examinas-me e não achas iniqüidade; a minha boca não transgride"
(Salmo 17:3); "Tu, ó Senhor, me conheces; lembra-te de mim, visita-me,
e vinga-me dos meus perseguidores; não me arrebates, por tua longanimidade.
Sabe que por amor de ti tenho sofrido afronta" (Jeremias 15:15).
Deus visita a terra. "Tu visitas a terra, e a regas; grandemente
e enriqueces; o rio de Deus está cheio d'água; tu lhe dás o trigo
quando assim a tens preparado" (Salmo 65:9).
Os anjos visitam
A oração do Pai nosso, ensinada por Jesus, diz: "seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu," mostrando que devemos fazer a vontade de Deus como fazem os anjos no céu. E uma das formas como os anjos de Deus faziam a Sua vontade, era visitando constantemente os Seus servos. "Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos" (Hebreus13:2).
Jesus e o Espírito Santo visitam
Emanuel, é Deus conosco, Deus entre nós, Deus que visitou a nossa morada, que deixou o céu e veio ao mundo (Lucas 7:16; João 1:11). Grande parte do ministério de Jesus foi em visita ao lar das pessoas, Ele foi até acusado por isto. "Ao verem isso, todos murmuravam, dizendo: Entrou para ser hóspede de um homem pecador" (Lucas 19:7). O Espírito Santo, é o Deus que vive em nós (Efésios 3:17), que está sempre presente, que visita a Igreja do Senhor e as pessoas.
Visitar é parte da verdadeira Religião
Se esta é uma prática divina, onde a Trindade e os anjos participam, não deveria ser também a nossa? Isto é tão importante para Deus que, Ele não somente praticou, como declarou que, a visitação, é a verdadeira e agradável religião. "A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo" (Tiago 1:27).
Visitar é base para Recompensas ou Castigos
É tanto que receberemos galardão ou castigo com base nesta prática. "Estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes. Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mateus 25.36-43).
Pastores e líderes serão julgados por abandonar as suas ovelhas
e não as visitarem. "Portanto assim diz o Senhor, o Deus de Israel,
acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes
as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes. Eis
que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor"
(Jeremias 23.2).
Visitar era pratica comum para os crentes do Novo Testamento
O Novo Testamento mostra que a visitação era uma prática comum na sua época. Os magos e os pastores visitam a Jesus; Maria visita Isabel; os apóstolos e cristãos visitavam constantemente (Atos 15:36; 28:30; Romanos 1:13; 15:23; 15:29; Gálatas 1:18; 2 João 1:12).
Concomitantemente, a hospitalidade (que diz respeito ao que recebe
visitas), também era uma prática comum (Atos 10:6; 21:16; 28:7;
Romanos 16:23; 1 Timóteo 5:10). Foi dado ordenança a respeito
da hospitalidade. "Exercei a hospitalidade" (Romanos 12:13); "Não
vos esqueçais da hospitalidade" (Hebreus 13:2); "Sendo hospitaleiros
uns para com os outros, sem murmuração" (1 Pedro 4:9). Sinal da
importância da prática de se visitar e de se receber visitas.
Aliás, como a maioria das igrejas existiam no lar, visitar uma
igreja, era visitar um lar.
Quem deve fazer visitas?
Visitação, é ministério que deve ser praticado por todos os cristãos, e dos pastores, exige-se que este ministério seja praticado de modo ainda mais intenso e regular. É uma das obrigações de um ministro. A hospitalidade figura na lista de recomendações ao que quer ser pastor (1 Timóteo 3:2; Tito 1:8). O pastor deve ser então um visitador e alguém apto para receber visitas em sua casa.
Porque visitar é tão importante?
Família significa isto - relacionamento. Deus nos chamou para sermos seus filhos, e como pai, Ele nos visita, deixando o exemplo a ser seguido. Ele sempre visitou seu povo. Jesus, que criou a Igreja, fazendo dela uma família, quer que tenhamos relacionamentos maduros e profundos consigo e uns com os outros, e os relacionamentos entre irmãos acontecem no lar. Portanto, visitar é bíblico, necessário e urgente. Queira Deus, seja esta uma prática restaurada no seio da igreja que professa o seu nome. E o que a Reforma protestante foi para a Idade Média, o pentecostalismo para o século passado, seja a visitação para o século da mídia, das telecomunicações e da informática, que tem diminuído as distâncias geográficas e criado outras distâncias, como as do relacionamento interpessoal, onde posso, por exemplo, me comunicar com pessoas do mundo inteiro, e não conhecer pessoalmente nenhuma.
Que não sejamos uma comunidade de espectadores desconhecidos,
mas uma família onde os irmãos se conhecem. Que nossos lares sejam
a base de sustentação da igreja de Cristo. Todo avivamento é uma
volta às origens, e voltar às origens, é voltar ao lar.
60.As Petições => "Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como..." (Jair Souza Leal)
Há outra questão intrigante e por vezes complexa, em relação ao
perdão, que precisa ser tratada, pois gera algum mal entendido em
muitos de nós, que é: O perdão é incoerente com a lei e a justiça?
Não seria exatamente o oposto da justiça que pede a condenação do
ofensor? O perdão não é um incentivo para que o outro permaneça
no erro sem correção? O transgressor não precisa responder por seus
atos a lei e a justiça? Mas, como denunciar um criminoso se somos
ensinados a perdoar? Não deveríamos também perdoar os nossos filhos
quando errassem ao invés de puni-los?
Há momentos em que nos faltam algumas respostas. Afinal, somos finitos,
e não temos todo o conhecimento. Por isso Deus estabeleceu mestres
e doutores na Igreja, para nos capacitar, e num processo progressivo,
eliminarmos dúvidas e crescermos. Daí a importância de estarmos
sempre sendo ensinados, para sabermos enfrentar de modo agradável
a Deus os problemas que nos sobrevêm, e para que saibamos ajudar
outros.
Primeiramente, devemos saber que incorremos em erro se pensarmos
na justiça como algo ruim e mal, este conceito está equivocado.
"Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para
as más. Queres tu, pois, não temer as autoridades? Faze o bem, e
terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas,
se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é
ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal" (Romanos
13:3-4). Também não devemos pensar que amor e justiça sejam opostos.
O amor na Bíblia, é visto não como um fechar de olhos para o erro,
mas como a ansiosa busca pela recuperação do faltoso por meio da
justiça.
O Aurélio define justiça como sendo a "virtude de dar a cada um
o que é seu". A lei existe para impor limites aos seres humanos,
para ordenar o relacionamento da sociedade e nortear o convívio
social. Num mundo de amor e paz, não haveria necessidade de leis
e, naturalmente, ele seria um mundo plenamente justo.
Então, com a Queda, foi preciso imputar à humanidade alguns limites
de convivência, e estes são demarcados pela lei. Deus mesmo as ordenou,
para manter o pecado dentro de certos limites. Ela defende o bem.
Os magistrados e autoridades humanas, devidamente constituídas,
são ministros que Deus usa para aplicar a lei. Ao homem cabe o julgamento
como medida disciplinar. "Se houver contenda entre alguns, e vierem
a juízo para serem julgados, justificar-se-á ao inocente, e ao culpado
condenar-se-á" (Deuteronômio 25:1); "Não farás injustiça no juízo;
não farás acepção da pessoa do pobre, nem honrarás o poderoso; mas
com justiça julgarás o teu próximo" (Levítico 19:15).
O mesmo Deus que ordena o perdão, ordena também a lei e a justiça,
e não há incoerência da Sua parte. Eis uma célebre frase que diz:
"Nunca a alma humana surge tão forte e nobre como quando renuncia
a vingança e ousa perdoar uma ofensa." Este é o cerne da questão,
na verdade, toda a aparente complexidade das asserções acima se
dissipam neste simples princípio: o perdão é contra a vingança,
não contra a lei e a justiça.
Portanto, perdoar não significa aprovar o que é errado, não significa
isentar o criminoso das conseqüências do seu ato; significa, sim,
não pagar com a mesma moeda, não acolher o ódio no coração, não
fazer justiça com as próprias mãos. Sendo assim, a justiça não se
confunde com a vingança.
O transgressor tem que responder por seu ato à justiça, ainda que
a pessoa lesada o tenha perdoado. Ao cometer uma transgressão, ele
se torna devedor a lei e a justiça, tanto quanto ao ofendido. Mesmo
arrependido, para que seu caráter seja trabalhado, para que seja
tirado dele o prazer pelo pecado, deve colher os frutos amargos
do erro praticado
Destarte, se uma ofensa é ao mesmo tempo transgressão da lei, perdoamos
a ofensa e denunciamos a transgressão; perdoamos o criminoso e denunciamos
o crime. O transgressor tem que ser corrigido para que outros não
venham a sofrer. Somos proibidos de compactuar com o erro, de ser
complacentes com o pecado, e impelidos a zelar pela justiça.
Deus é o nosso padrão em todas as questões morais, inclusive na
do perdão. Seu perdão a nós, embora imerecido, não é incondicional.
Ele perdoa mediante a condição de arrependimento sincero. O perdão,
ainda que livre o pecador da condenação, não o isenta das conseqüências
do seu pecado. A concessão de perdão só se tornou possível porque
Jesus cumpriu a pena no lugar dos pecadores. Jesus nos substituiu.
Nossos pecados foram nEle castigados.
Deus perdoa o pecador, porque imputa a ele a justiça que Cristo
conquistou. Jesus tomou sobre si os nossos pecados, e em seu corpo
recebeu o castigo que nos era devido, pagando o preço por nós. Ele
conquistou e tornou possível a nós o perdão e a reconciliação. Esta
entrega voluntária de Cristo pelos pecadores destacou Seu grande
amor e a seriedade da justiça.
Então, quando recebemos o perdão de Deus, não devemos entender que
Ele esteja simplesmente dizendo: "Tudo bem, vamos fingir que nada
aconteceu..." Não é assim que Ele faz; se nos perdoa, é porque Jesus
foi punido em nosso lugar. Como pecadores, somos perdoados, mas
nosso pecado teve que ser punido.
Isto posto, podemos concluir que, não deve haver oferta de perdão
sem que haja arrependimento sincero. Não precisamos perdoar o criminoso
que não se arrependeu, se o fizermos, estaremos indo além do próprio
Deus. Podemos e devemos sim, ao invés de dar lugar a mágoa, ser
movidos de compaixão; ao invés de dar lugar ao ódio, orar pelo nosso
inimigo, para que haja lugar de arrependimento em seu coração. Lembrando
que nada isenta das conseqüências cíveis um ato criminoso.
Bem diferente da justiça aplicada a um ato criminoso, está
o dever de disciplinar aqueles por quem somos responsáveis.
"E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na
disciplina e admoestação do Senhor" (Efésios 6:4). Cabe então separar
a justiça (aplicada para corrigir o transgressor), da disciplina
(aplicada para ensinar nossos filhos). O castigo dos filhos é algo
didático, não deveríamos chamar de castigo, e, sim, de correção.
Esta correção deve ser vista como treinamento. Deve ser efetuada
com amor. Jamais devemos livrar nossos filhos da disciplina: "Livrá-los
da disciplina é matá-los!" Disciplina, segundo Hebreus, serve para
que se produza neles o "fruto da justiça". Esta disciplina nunca
deve ser levada a efeito tendo por base o estresse ou a raiva.
Continua...
Faça seu comentário... há nesta meditação a sua participação 59.Independência ou morte (Jair Souza Leal) A cento e oitenta e dois anos atrás, ouviram, às margens plácidas do rio Ipiranga, o brado retumbante de um povo heróico. Eram aqueles que acompanhavam D. Pedro I no grito nacional: "Independência ou morte". Poeticamente até se declarou que, em raios fulgidos, o sol da liberdade brilhou no céu da pátria nesse instante. A história nos relata que foram muitas as lutas pela libertação do Brasil. Inúmeros brasileiros deram a sua vida nestas lutas. Os que morreram, fizeram por achar que valia a pena sacrificar-se para que nós, hoje, pudéssemos ter uma pátria livre para viver. Era forte o controle que Portugal exercia sobre o Brasil. O Brasil era explorado ao máximo e Portugal não se importava com a situação dos brasileiros. Por isso, houve muitas revoltas neste período. Índios e negros se revoltaram contra o governo, igualmente os colonos, mineiros, padres, poetas, militares e até os senhores de engenho. Os brasileiros clamavam por liberdade e independência. Lutavam contra o domínio português e contra os governantes que o rei de Portugal nomeava para controlar o Brasil. Em todas as principais colônias e províncias brasileiras houve guerras e revoltas. Muitos mártires despontaram. Um deles, e talvez o mais conhecido (Joaquim José da Silva Xavier - o Tiradentes), declarou: "Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria". Este ideal de liberdade era tão forte que, hoje, podemos vê-lo estampado na bandeira de Minas Gerais: "Liberdade ainda que tarde". O penhor dessa igualdade, conseguimos conquistar com braço forte. Para que vivêssemos no seio da liberdade, nossos antepassados entregaram o peito a própria morte. Derramando o seu sangue para que você e eu pudéssemos declarar a flâmula: "Paz no futuro e glória no passado". Esta é a pátria amada. O gigante pela própria natureza. O florão da América, de sonho intenso e raio vívido. Com céu formoso, risonho e límpido, onde resplandece a imagem do Cruzeiro. Forte impávido colosso, cujo futuro espelha grandeza. Mas não foi sem muita luta e sangue derramado, ó pátria amada, que esta brava gente brasileira conquistou a liberdade e independência para podermos hoje declarar: "Já podeis, da Pátria filhos, ver contente a mãe gentil; Já raiou a Liberdade no horizonte do Brasil. Brava gente brasileira! Longe vá temor servil! Ou ficar a Pátria livre, Ou morrer pelo Brasil. Os grilhões que nos forjava, da perfídia astuto ardil... Houve mão mais poderosa: zombou deles o Brasil. Revoavam tristes sombras, da cruel guerra civil, mas fugiam apressadas, vendo o anjo do Brasil. Mal soou na serra ao longe, nosso grito varonil, nos imensos ombros logo, a cabeça ergue o Brasil." Nunca houve, jamais, em toda a história da humanidade, liberdade e independência sem que sangue fosse derramado, sem que muita luta a precedesse, sem que pessoas dessem a sua vida. O impressionante desta afirmação é que ela também é verdadeira em relação a liberdade e independência espiritual. É gratificante relacionar a luta pela liberdade e independência do Brasil com a luta que ocorreu pela liberdade e independência espiritual da humanidade. A Bíblia afirma que todos os homens são pecadores (Romanos 3:23), e que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado (João 8:34). Logo, se todos somos pecadores, todos somos também escravos do pecado. Mas Jesus afirmou: "Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8:36). Como ele pode nos oferecer esta liberdade? A dois mil anos atrás, ouviu-se o maior brado retumbante, às margens do monte Calvário. Era o grito de Jesus: "está consumado". Esta era a declaração de que, pela sua morte e sangue derramado, a independência e liberdade da humanidade havia sido conquistada. Ali estava Jesus, nosso rei e salvador, derramando o seu sangue, entregando a sua vida, lutando por nós, para que pudéssemos receber a liberdade da escravidão do pecado em que nos encontrávamos, e poder declarar independência de Satanás. E hoje Ele oferece, a todos, e de graça, a libertação do engano, da mentira, do pecado, do mundo, da condenação eterna, de Satanás e de você mesmo. Bastando para isto que você creia nEle, recebendo-o como seu único salvador e senhor. É independência ou morte. Ou você é libertado de todas estas coisas, ou morrerá em seus delitos e pecados. Sendo assim, sua sentença será a eterna separação de Deus. Então, não espere mais tempo. Declare hoje mesmo, em Jesus Cristo, a sua independência espiritual, e viva a liberdade que só um filho de Deus pode experimentar. Torne-se um cidadão do reino de Deus, onde prevalece a justiça, a paz, o amor e a felicidade suprema. Que cada um de nós possamos comemorar o nosso setembro espiritual, a cada ano, por toda a eternidade. A vitória já foi conquistada na cruz, basta apropriar-se dela. Deus te abençoe... "A alegria do Senhor é a nossa força." Jair Souza Leal 58 .As Petições => "Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como..." Continuação do Capítulo 10
(Jair Souza Leal)
...
Cabe-nos agora elucidar algumas questões que surgem quando tratamos desta sentença. Se Jesus já morreu em nosso lugar, e levou sobre si todas as nossas transgressões, e pela fé, nós já fomos perdoados e justificados por Deus, porque ainda precisamos arrepender e confessar a Ele diariamente os nossos pecados buscando perdão? E mais, o fato de Jesus dizer que só sou perdoado se perdoar, não anula a graça? Se o perdão de Deus é inteiramente pela graça como Ele pode impor condições?
Deixe-me apresentar uma ilustração que acredito ser perfeita
para nos capacitar a responder esta questão, nos fazendo perceber
a diferença que há entre a remissão dos pecados (uma vez por
todas), e o perdão diário.
Imagine um dente estragado, cheio de cárie, furado, empretecido
e cheirando mal; sendo restaurado, limpo, tratado e reconstruído
pelo dentista. Este dente estragado, representa a nossa vida;
como pecadores que somos, esta é a nossa situação diante de
Deus. Entretanto, como o dentista, Ele restaura, limpa e faz
de nós novas criaturas; justificando e remindo de todos os pecados,
isto é inteiramente pela graça, independente de quaisquer méritos
ou condições, com base exclusivamente no sacrifício vicário
de Jesus Cristo.
Este mesmo dente, mesmo após ser restaurado, vai precisar de
escovações diárias, para mantê-lo saudável e higienicamente
limpo, pois ainda que a sua estrutura esteja perfeita, externamente
vai se sujar. Conquanto a restauração só possa ser efetivada
pelo dentista, manter o dente limpo compete ao dono do dente.
Obviamente ele não precisará de nova cirurgia cada vez que se
sujar, apenas de uma boa limpeza.
Assim acontece com aqueles que foram regenerados, e tiveram
todos os seus pecados tratados quando da justificação. Agora
o que precisa é manter a saúde e higiene espiritual, tratar
das sujeiras que se apegam enquanto caminha neste mundo.
O texto de João 13:5-10 nos orienta a este respeito. "Depois
deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos,
e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. Aproximou-se,
pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os
pés a mim? Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o
sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus:
Se eu te não lavar, não tens parte comigo. Disse-lhe Simão Pedro:
Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça. Disse-lhe
Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os
pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas
não todos."
Jesus fala aqui de uma lavagem do corpo inteiro - a justificação.
Justificação, é uma declaração de Deus de que Ele cuidou plenamente
de nossos pecados, na pessoa do Senhor Jesus Cristo, incluindo
os pecados que já cometemos e aqueles que ainda iremos cometer,
tendo-nos imputado a retidão do Senhor Jesus Cristo, considerando-nos
e declarando-nos justos, porque estamos em Cristo.
Porém, Ele diz, que, uma vez justificados, enquanto caminhamos
por este mundo, ficamos com os pés sujos e maculados pelo pecado.
Sabemos que fomos perdoados e justificados, mas, precisamos
de perdão, por nossas falhas e fracassos diários, e para manter
um relacionamento de comunhão com Deus.
Então, Jesus não está aqui nesta oração falando da justificação.
Ele não está falando àqueles que precisam receber a salvação,
até porque esta é uma oração diária, e não poderíamos ir todos
os dias a Deus pedir perdão para a salvação. Jesus fala àqueles
que já foram justificados, que se tornaram filhos, que são discípulos;
para que mantenham a comunhão, para que permaneçam limpos, e
neste caso, há uma condição. Afinal, uma vez que já experimentaram
o perdão em sua essência, não podem negar perdão. Ele não diz
aqui: "perdoa-nos porque perdoamos", nem, "perdoa-nos com base
no fato de que perdoamos". Ele diz; "assim como".
Como eu não guardo amargura, não guardo rancor, não deixo de
reatar as boas relações rompidas pela ofensa de alguém, não
quero que Deus deixe de ratar comigo as boas relações rompidas
depois que Lhe desagradei. Não quero que a nossa comunhão fique
interrompida, obstruída.
Isto é algo que só pode acontecer entre pai e filho. Eu, depois
de lhe desagradar, me arrependo e peço para que nossa ralação
diária seja restaurada. Este perdão de pecados tem a ver com
a comunhão, com a restauração das relações. Nós já fomos declarados
justos, agora, nossos atos precisam ser perdoados. O perdão
estendido a outros é um resultado, e não uma causa do perdão
que recebemos da parte de Deus.
Ademais, uma das coisas que Deus faz conosco é libertar da escravidão
do pecado, e o ressentimento produz escravidão. A falta de perdão
nos mantém escravo do que nos ofendeu. Nossa mente e ações estão
sempre em função do ofensor. Ficamos amargurados, ressentidos,
cheios de ódio, ira e desejo de vingança, e isto não condiz
com um filho de Deus, além de que, produz enfermidades físicas.
Portanto, o perdão nos torna livres, corta a corda que nos prendia
ao outro, e também nos dá liberdade para com Deus, além é claro
de dar confiança no poder da oração, certeza da salvação e de
livrar de enfermidades físicas e emocionais. Enfim, o prejuízo
é muito maior quando retemos o perdão.
"Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho
também vós, porque esta é a lei e os profetas" (Mateus 7:12).
Só os pecadores perdoados aprendem a perdoar. Só os que foram
perdoados sabem o valor que tem o perdão. A capacidade de perdoar
é o que diferencia os filhos de Deus dos que não são. Foram
os nossos pecados que levaram Jesus à cruz, e Ele nos perdoou.
Como filhos que somos, devemos seguir o seu exemplo. O verdadeiro
filho não terá dificuldade em imitar seu pai. Ele sabe que perdoar
não é uma opção, é um mandamento!
Continua...
"A alegria do Senhor é a nossa força."
Jair Souza Leal Nas petições desta oração, somos ensinados a ter uma total dependência de Deus. Para manter a vida, precisamos do alimento, mas a vida não é somente alimento, é também comunhão com Deus. Para ter comunhão com Deus, precisamos ser perdoados, e para que esta comunhão seja mantida, precisamos ser resguardados do pecado. De forma lógica, abrangente e progressiva, Jesus ensina seus discípulos a pedirem a Deus: em benefício do corpo (pão); em benefício da alma (perdão); em benefício do espírito (ser resguardado da tentação). Portanto, logo após a petição material que engloba as necessidades do corpo, o Senhor ensina a pedir em benefício da alma. Chegou a hora de confessar os pecados e de buscar perdão. Confissão é um importante elemento da oração. A quem devemos confessar os nossos pecados? Se estamos falando com o nosso Pai, é a Ele que devemos confessar os nossos pecados e solicitar perdão. Com qual freqüência devemos assim proceder? Com a mesma freqüência com que buscamos de Deus o sustento, isto é, todos os dias. Precisamos confessar diariamente a Deus os nossos pecados e buscar dEle o perdão, do mesmo modo com que diariamente precisamos adorá-lo, diariamente precisamos viver de modo tal que o Seu nome seja honrado e diariamente precisamos lutar para que o Seu reino se expanda. Algumas versões usam nesta oração a palavra "dívida", só que a mesma refere-se a pecados, ou ofensas, e não a dinheiro. Não temos ficar devendo dinheiro a Deus. Devemos a Ele satisfação pelos nossos atos, pela maneira como administramos a nossa vida. Sendo nosso criador e Pai, Ele tem total autoridade sobre as nossas vidas e, consequentemente, direito de exigir de nós obediência. Ao infringirmos as Suas leis, Lhe ofendemos e nos tornamos culpados, devedores, passíveis de castigo e de punição. O reconhecimento, arrependimento, confissão e abandono do erro, nos dá o direito de acertar as contas, por meio da solicitação de perdão. Quem sente necessidade de buscar perdão a não ser aquele que está arrependido? Aquele em quem há verdadeiro arrependimento e desejo de mudança? Que tem sensibilidade espiritual para perceber que aborreceu ao seu Pai, e por isto mesmo quer restabelecer com Ele a comunhão perdida? Como dissemos, oração é comunhão com Deus. Não precisaríamos ir a Ele em busca de perdão, se não tivéssemos certeza de que o pecado interrompe esta comunhão. "Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" (Isaías 59:2). É a compreensão da santidade de Deus que nos leva a buscar perdão. Quanto maior for a compreensão da santidade de Deus, maior será o anseio por perdão. Se nos compararmos a outras pessoas, poderemos nos orgulhar de sermos melhores, mas se fixarmos os olhos no Deus santo, só poderemos exclamar como Isaías: "Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos" (Isaías 6:5). Nós não precisamos tentar impressionar Deus com a nossa "piedade", pois Ele nos conhece no íntimo. Precisamos ser humildes para reconhecer a necessidade de confessar os pecados e buscar perdão. Se cremos na santidade de Deus não podemos continuar a viver em nossos pecados. A busca de perdão fala de confissão. Como Jesus estava aqui dando um modelo de oração no coletivo, precisamos entender que ao confessarmos individualmente os nossos pecados, não podemos fazer de forma generalizada. É necessário especificar cada pecado cometido, dar nome a eles. Se diariamente "entramos no quarto", fechamos a porta e falamos com o nosso Pai que vê em secreto, não há porque dizer: "perdoa as minhas ofensas". Precisamos dizer quais ofensas. É preciso entender que ao aplicar esta oração à nossa individualidade, devemos transformar tudo o que está no plural e coletivo para o individual e particular. Ou seja, cada pecado cometido deve ser especificamente confessado diante de Deus para que seja perdoado. Se diariamente confesso e sei que Deus perdoa, cada novo dia de confissão, levará consigo as cargas de apenas um dia ainda não confessado. Se não entendermos assim, estaremos usando de vãs repetições, demonstrando com isto que Deus não está nos perdoando, pois sempre vamos repetir o pedido de perdão de todos os pecados. Alguns perguntam: Jesus já morreu em nosso lugar e levou sobre si todas as nossas transgressões, e pela fé, nós já fomos perdoados e justificados por Deus, porque ainda precisamos confessar a Deus diariamente os nossos pecados buscando o perdão? João 13:5-10 nos orienta a este respeito. "Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois. Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça. Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos." Aqui Jesus fala de uma lavagem do corpo inteiro - a justificação, mas diz que, uma vez justificados, enquanto caminhamos por este mundo, ficamos com os pés sujos e maculados pelo pecado. Sabemos que fomos perdoados e justificados mas, precisamos de perdão, por nossas falhas e fracassos diários, e para manter a comunhão com Deus. Como no pedido anterior, embora Deus saiba tudo o que precisamos, Ele quer que peçamos. O apóstolo João, falando a cristãos, também deixa claro que os filhos de Deus devem confessar seus pecados, buscando perdão e purificação. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1João 1:9). Mas nesta sentença o Senhor deixa claro não somente a necessidade que temos de perdão, como condiciona o perdão ao perdoar. Podemos inferir que a prova que temos de que fomos perdoados por Deus, é o fato de que perdoamos aos que nos ofendem. Esta idéia está contida na parábola de (Mateus 18:23-35). "Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; e, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas." O não querer perdoar, é prova muito forte do não ter sido perdoado, pois aquele que foi perdoado por Deus jamais negará perdão. O perdão, é um dos principais ensinos cristãos, e mesmo nesta oração, é tão essencial, que o Senhor o repete logo adiante. "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas" (Mateus 6:14-15). Aqui está um dos maiores testes da genuinidade e sinceridade da nossa oração, consequentemente, a maior certeza e confiança de que a mesma será atendida. Peço para ser perdoado do mesmo modo como tenho perdoado, se há verdade no pedido, sei que serei atendido. A capacidade de perdoar é o que diferencia os filhos de Deus dos que não são. Foram os nossos pecados que levaram Jesus à cruz, e Ele nos perdoou. Como filhos que somos, devemos seguir o seu exemplo. Perdoar não é uma opção, é um mandamento. Saiba filho de Deus: Se você ofendeu alguém, deve buscar deste alguém o perdão; se foi ofendido, deve oferecer ao ofensor o perdão; se pecar contra Deus, deve buscar dEle o perdão, mas não vá a Ele buscar perdão se ainda não foi capaz de oferecer perdão ao seu ofensor. Se você tinha ainda alguma dúvida de que esta não é uma oração para todas as pessoas, antes, é uma oração exclusiva dos verdadeiros filhos de Deus, aqui se dissipou toda a dúvida. Basta responder à pergunta: Qualquer pessoa pode fazer esta oração com sinceridade, clamando, me perdoa Senhor, do mesmo jeito que eu tenho perdoado ao meu ofensor? "Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se! Você quer ser feliz para sempre? Perdoe!" (Maria Trommershausen). Continua... 57_ As Petições => "O Pão nosso de cada dia nos dá hoje..." (Jair Souza Leal)
Chegamos agora à terceira divisão da oração ensinada por Jesus,
e que nos ensina a pedir aquilo que nos diz respeito. Há nela uma
síntese de todas as nossas necessidades: físicas, mentais e espirituais.
Nada foi esquecido por Jesus, que numa pequena sentença, sumariou
toda a vida humana sendo colocada diante de Deus.
É bom começar refletindo sobre a sentença acima, a partir de algumas
questões que lhe são pertinentes, como: O que pensar a respeito
das dívidas face a esta súplica que ensina sobre dependência de
Deus (onde peço e confio que vou receber)? Seria dogmático e insensato
afirmar com base nela, que uma pessoa que confia em Deus e vive
na dependência dEle, a cada dia, quanto ao suprimento das necessidades,
não pode ser uma pessoa endividada? Seria provável alguém se endividar
adquirindo as coisas que lhe são estritamente necessárias?
Há diferença entre necessidades e desejos. Deus prometeu que todas
as nossas necessidades serão supridas, e esta oração é a prova cabal
da mesma. É improvável alguém que está sendo suprido por Deus ficar
endividado, não é mesmo?
Há uma relação muito íntima entre esta petição e o maná diário recebido
pelo povo de Israel durante quarenta anos, enquanto eram guiados
por Deus no deserto, rumo à Terra Prometida. Neste tempo eles foram
alimentados, seus calçados e roupas não se envelheceram nem se desgastaram,
e no caso das crianças, os mesmos até acompanharam seu crescimento.
Eles habitaram em tendas, tendo a proteção do Senhor contra os inimigos,
doenças e animais selvagens. O Deus da provisão e da cura era por
eles.
Mas eles não tomavam as próprias decisões, dependiam diariamente
e exclusivamente de Deus. Jamais foram desamparados, e nunca tiveram
falta. Todas as suas necessidades eram supridas. Não dependiam dos
próprios recursos, não viviam regalados em luxo, também não sabiam
o que era dívidas nem escassez. Aliás, dinheiro, na situação em
que se encontravam, caminhando num deserto, era o que menos importava.
Não tinham no que nem onde utilizá-lo. A dependência diária no cuidado
e provisão divina era a moeda que falava alto. Sozinhos não sobreviveriam!
Porventura esta oração não nos leva a pensar que o mesmo Deus que
cuidou no passado do seu povo, é o que está sendo invocado, e que
está recebendo a nossa súplica em favor do Seu cuidado e provisão
diária para conosco? Como é possível confiar e depender de Deus
e viver escravizado pelas dívidas e problemas financeiros?
Uma vez que confiamos em Deus, e sabemos ser Ele fiel no cumprimento
da Sua palavra, solícito em atender a nossa súplica. Uma vez crendo
e confiando nEle, ainda precisaremos fazer alguma coisa ou tudo
que temos a fazer é pedir e esperar?
Aqui nos deparamos com outro erro, muitos pensam que dependência
significa ociosidade. Mas Jesus ensina: "Por isso vos digo: Não
andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer
ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que
haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo
mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam,
nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta.
Não tendes vós muito mais valor do que elas?" (Mateus 6:25-26).
Obviamente não deve haver guarida em nossos corações para a ansiedade
ou incredulidade. Quando Jesus disse que Deus cuida e alimenta os
pássaros, não foi para concluirmos que eles ficam parados nas árvores
esperando comida no bico. Eles fazem a sua parte no processo, e
este esforço e labor é possível pela benção divina. Jesus não está
nos incitando a sermos relapsos para com o trabalho. O que ele ensina
é que não há nos pássaros ansiedade para com o amanhã. Eles não
estocam, não têm seguro de acidentes, seguro saúde, aposentadoria,
e nem por isso vivem apreensivos quanto ao amanhã.
Um dos maiores desafios para nós homens modernos chama-se dependência.
Gostamos de tomar as próprias decisões, de contar com aquilo que
temos em mãos, aquilo que podemos tocar, ver, controlar. Depender
e contar com o invisível, o subjetivo, o incerto, desafia e prova
mais do que qualquer outra coisa, a nossa fé.
Aqui mais uma vez podemos reafirmar que não é qualquer pessoa que
pode fazer esta oração. Somente um filho de Deus está mesmo disposto
a depender dEle a cada dia. Labuta arduamente sem deixar a ansiedade
dominar, sem deixar que seus desejos o levem a querer além do que
convém. Desta forma, não sabe o que é divida ou padecimento. E sua
fé e labor incessante, é agraciado com a bênção de Deus.
Há um grande perigo de confundirmos os nossos desejos consumistas
com aquilo que são verdadeiras necessidades. Portanto, avalie o
que você possui: diria que são coisas absolutamente essenciais e
necessárias? Como pode clamar pelo cuidado divino e viver ansioso
quanto ao amanhã? Não permitindo que Ele dirija sua vida? Sendo
controlado por seus desejos consumistas? Ou vivendo ocioso, e com
isto levando as pessoas a blasfemarem o bom nome de Deus?
Observe como após a adoração espiritual nos voltamos para as petições
materiais. Isto é significativo, pois na perspectiva divina, corpo,
alma e espírito não são esquecidos. O homem é um ser integral, por
isto o seu relacionamento consigo, com seus semelhantes e com Deus
são muito relevantes. Mesmo a ordem é interessante. Primeiro vem
o espiritual, depois o físico, sempre nesta ordem, mas nunca um
sem o outro.
"Dá-nos neste dia aquilo que nos é necessário", aqui nos é dado
a idéia de alguém que está buscando de Deus, pela manhã, o suprimento
necessário e suficiente para aquele dia. O pão, é símbolo de "todas
as coisas necessárias para a preservação desta vida, como o alimento,
a saúde do corpo, o bom tempo, a casa, o lar, a esposa, os filhos,
um bom governo e a paz" (Lutero). Simboliza, portanto, todas as
nossas necessidades materiais. Sendo assim, nesta sentença, podemos
aprender que:
a) O extraordinário Deus, Criador e Sustentador do universo, leva
em conta até as nossas mais íntimas necessidades, como o sustento
diário, e cada detalhe das nossas vidas são conhecidas por Ele e
lhe são importantes. "E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão
todos contados" (Mateus 10:30); "Porque assim diz o Alto e o Sublime,
que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo
lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito,
para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração
dos contritos" (Isaías 57:15).
b) Devemos orar pelas necessidades, não pelo luxo, pois isso não
está aqui prometido. O suficiente nos foi prometido, e as promessas
de Deus não falham, mas, elas referem-se a necessidades verdadeiras.
Será que a nossa idéia de necessidade tem correspondido à de Deus?
"Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo,
nem a sua semente a mendigar o pão" (Salmo 37:25)
c) Se Deus já sabe o que necessito ("...porque vosso Pai sabe o
que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes - Mateus 6:8), porque
precisamos pedir? Certamente não é porque Ele não conheça, mas,
porque quer ter comunhão conosco, e quer nos manter em constante
contato consigo, esta é a razão, a essência da oração. Por isso
Jesus condenou a oração mecânica. Vamos imaginar que Ele nos deu
tudo o que precisamos para a vida inteira, mas, cada vez que precisar,
tenho de preencher um cheque e ir até Ele para que possa assinar.
Não é admirável que o Deus auto-existente, que de nada depende,
gosta da nossa companhia, e tem grande prazer quando nos vê se aproximando
dEle com fé e confiança para buscar o sustento diário?
d) Todos dependemos inteiramente de Deus até para o nosso sustento
diário. Se Ele não desse mais a chuva, o sol, a fertilidade, a saúde,
estaríamos perdidos. Portanto, todos estamos à Sua mercê. Tudo está
nas mãos de Deus.
Pedir a Deus, é claro, não impede que ganhemos a nossa própria vida,
ou que trabalhemos; nem mesmo impede a ação social. Deus usa os
meios humanos para realizar seus propósitos. "Porque tive fome,
e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro,
e hospedastes-me" (Mateus 25:35). Pedir a Deus, indica dependência.
Somos aqui ensinados a viver o presente, um dia de cada vez. Ensinados
também que Deus não financia o que não é da Sua vontade. Se vamos
viver pela provisão de Deus, precisamos viver segundo a Sua vontade.
Se a provisão não chega quando dela precisamos, a falta não está
em Deus.
Lembre-se: Deus é fiel, Ele nunca falha, e sempre supre as nossas
necessidades. Ele é Jheova-Jireh - o Deus que provê. Precisamos
aprender a reconhecer a diferença entre necessidades e desejos,
pois Deus prometeu suprir as necessidades de seus filhos. "Não digo
isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com
o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em
toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter
fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer
necessidade" (Filipenses 4:11-12).
Portanto, não somente peça, ajunte a isto a fé de que Ele atenderá
ao seu clamor. Aleluia, pois Ele é também o pão da vida que sacia
diariamente as nossas almas.
Continua...
56 _ A Adoração => "Seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus..." (Jair Souza Leal)
Esta terceira petição é uma conseqüência lógica da segunda, a qual,
por sua vez, é uma conseqüência lógica da primeira. O resultado
da vinda do reino de Deus entre os homens será o perfeito cumprimento
da vontade do Senhor entre eles.
Mas quem faz a vontade de Deus no céu? Devemos saber, afinal, nesta
sentença estamos pedindo que, entre nós, a vontade de Deus seja
cumprida, ao mesmo tempo, e de modo semelhante ao que ocorre no
céu.
A conclusão é que são os seres celestiais, os anjos do Senhor, e
também os santos que já estão com o Senhor Jesus na glória. Lá sempre
se cumpre de modo perfeito e pleno a vontade de Deus. Certamente
que o supremo desejo de todos no céu é fazer a vontade de Deus,
e assim, honrá-lo e adorá-lo. Este também deveria ser o supremo
desejo de todo cristão autêntico enquanto vive neste mundo.
Para submeter-se à vontade de Deus, é preciso primeiramente conhecê-la.
Se Jesus ensinou-nos a orar pedindo que a vontade de Deus fosse
feita entre nós, como é feita pelos anjos, é porque é possível conhecer
e fazer a vontade de Deus.
O salmista pediu a Deus: "Ensina-me a fazer a tua vontade, pois
és o meu Deus" (Salmo 143:10). Se não conhecemos esta vontade, ou
conhecemos e não a estamos praticando, precisamos fazer o pedido
do salmista.
Não devemos ser insensatos, mas "entender qual seja a vontade do
Senhor" (Efésios 5:17). Precisamos ser "cheios do conhecimento da
sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual" (Colossenses
1:9). Pois precisamos praticá-la e ensinar outros a fazerem o mesmo.
Não podemos só orar, precisamos estar dispostos a submeter-se a
vontade de Deus. Devemos estar prontos a dizer: "Deleito-me em fazer
a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração"
(Salmo 40:8). Deus nos permite conhecer Sua vontade quando estamos
dispostos a executá-la, sendo Ele mesmo quem nos capacita.
Somente por meio da vontade de Deus é possível: nascer espiritualmente
(Tiago 1:18; João 1:12-13), e participar da família divina (Mateus
12:48-50). E isso é absolutamente essencial, pois a vontade de Deus
será sempre contrária às paixões humanas (1 Pedro 4:2-3; Romanos
8:7-8), e exige perseverança e fé (Hebreus 11:6).
A Bíblia diz que a vontade de Deus é "boa, perfeita e agradável"
(Romanos 12:2), pois Ele é infinito em conhecimento amor e poder.
Quem conhece o que é melhor para nós do que o próprio Deus? Existe
então algo mais seguro, prazeroso e sublime do que conformar a nossa
vontade à vontade de Deus?
Será que a sua vida tem sido dirigida por Deus? A vontade dEle tem
achado guarida em você? Saiba que resistir a vontade de Deus demonstra
loucura, discernir e praticá-la, demonstra sabedoria. Vale lembrar
que ela trás recompensa aos que a obedecem (Hebreus 10:36; 1João
2:17), e castigo aos que a desobedecem (Lucas 12:47-48).
Mas será que Deus pediria de nós algo que fosse impossível de se
praticar? Certamente que não! Portanto, não existe razão alguma
para não obedecermos a Sua vontade. Aliás, como é possível ser filho
de Deus e não fazer a Sua vontade? Como podemos dizer que o amamos
se não Lhe obedecemos?
Não é bastante orar pedindo que a vontade de Deus seja feita. É
preciso conhecer e submeter-se a esta vontade, caso contrário, não
passará de vã repetição.
A Bíblia nos permite saber algumas coisas a respeito da vontade
de Deus. Ele quer salvar e dar a vida eterna (João 6:40; Gálatas
1:4); quer que creiamos em Jesus (João 6:29-30); quer um coração
sincero para com Ele (Salmo 51:6); quer uma vida completamente dedicada
a Ele (1Tessalonicenses 4:1-8); quer sinceridade nos relacionamentos
(Efésios 6:1-9; Colossenses 3:18-23); honestidade (Provérbios 11:1);
quer que façamos o bem mesmo padecendo por isto (Salmo 5:4-5; 1Pedro
2:15,19-21; 3:17; 4:19); quer que sejamos gratos a Ele em tudo (1Tessalonicenses
5:18); e, quer que obedeçamos aos seus mandamentos.
Certamente que, quando fazemos esta petição, estamos aguardando
a vinda do reino de Deus, porque a vontade de Deus jamais será cumprida
por aqueles em quem Deus não reina.
É este mesmo o seu desejo? que as leis de Deus sejam obedecidas
tão perfeitas, pronta e incessantemente, como o são pelos anjos
no céu? Você conhece a vontade de Deus? Obedece e se submete a ela?
É seu desejo expandir este conhecimento, esta obediência, esta submissão,
aos que agora não a conhecem nem a obedecem?
Vivemos constantemente sob muita pressão, para nos conformar ao
egocentrismo da cultura secular. Quando isso acontece, ficamos preocupados
com nosso pequeno nome, gostamos de vê-lo gravado em relevo sobre
nossos papéis de carta, convites de formatura, cartões de visita,
jornais, etc.
Nos preocupa o nosso pequeno império (quer chefiando, quer influenciando,
quer manipulando), e também, a nossa própria vontade (pois
sempre desejamos que as coisas aconteçam ao nosso modo, e nos aborrecemos
quando contrariados). Todavia, aprendemos aqui que nosso desejo
máximo não está no nosso nome, no nosso reino ou em nossa vontade,
mas, em Deus.
Então, faça-se a tua vontade significa, que as pessoas obedeçam
as leis divinas, que sigam os princípios divinos (Mateus 12:50 e
18:14).
Como seres criados à semelhança de Deus, somos livres e podemos
exercer nossa vontade. Devemos usar essa nossa vontade e liberdade
para tomar decisões agradáveis a Deus, refletindo assim o caráter
de Deus em nossas vidas, e dando-lhe glória. Se não temos poder
infinitos nem liberdade infinita, estamos nas mãos daquele que tudo
pode pois Ele é soberano.
Nesta oração, somos instruídos acerca de como devemos começar a
orar. Qual deve ser o nosso mais íntimo e profundo desejo. O desejo
profundo pela honra e pela glória de Deus. Este desejo deve ser
mesmo até maior do que o desejo pela salvação de almas e pela expansão
do reino.
Mesmo antes de começarmos a orar pela conversão das almas, e pela
expansão do reino, deveria haver esse desejo avassalador pela manifestação
da glória divina, esse desejo de que todos os seres humanos se humilhem
diante da presença de Deus.
Quão admirável é esta oração, não é mesmo? O Senhor nos ensina de
modo tão claro que agora tudo o que precisamos é por em prática
os princípios aqui aprendidos.
Adore a Deus, honre-o, e leve outros a fazer o mesmo. Deseje a Deus,
deseje a Sua presença, deseje ter uma íntima comunhão com Ele, e
leve outros a fazer o mesmo. Obedeça a Deus, e leve outros a fazer
o mesmo. Viva de tal forma que as pessoas vejam na sua vida que
você honra e obedece a Deus, e queiram fazer o mesmo. A oração não
envolve apenas a repetição de palavras, envolve ação, emoção, sentimento,
verdade. Você pode dizer amém!
Continua...
55_ A Gordura e o Pecado (Jair Souza Leal)
Recentemente, por ter ampliado um pouco minha casa, precisei mudar
a cozinha de lugar, e, consequentemente, a pia não poderia mais
continuar onde estava. Fui então desativar o cano por onde descia
os resíduos e a água.
Pude notar que apesar do grande cuidado envidado por minha esposa
para não entupi-la; usando produtos de limpeza, sempre tirando os
resíduos de tudo quanto era lavado, e nunca esquecendo de usar um
ralinho, não adiantou. Com o tempo, o cano, que era de grande diâmetro
criou uma espécie de nervo em todo o seu percurso. Mais um tempo
e... ploft... entupiria.
Assim, nem a água nem a sujeira conseguiriam descer. Poderia até
acontecer de voltar toda a sujeira, fazendo uma fétida lambança,
que só renderia à minha esposa trabalho forçado.
Necessário se faria chamar uma desentupidora especializada para
desobstruir a passagem interrompida pela sujeira. Ou dar aquele
jeitinho brasileiro de enfiar um ferro e ir cutucando, jogar água
quente, ácido, até abrir alguma passagem.
É que com o passar do tempo e do uso diário, a gordura se prega
nas paredes do cano e vai acumulando os diversos resíduos provenientes
das vasilhas lavadas, de forma lenta e imperceptivel, até culminar
na obstrução total. Muito semelhante ao que acontece em nossas veias;
o colesterol, que na verdade é a gordura que se vai acumulando,
obstrui a circulação do sangue podendo culminar em enfarto e morte.
Tudo isto acabou me ensinando uma preciosa lição. Temos livre acesso
à Deus através de Jesus, que abriu, por meio do seu sangue derramado
e sacrifício na cruz, um caminho, um canal espiritual de comunicação
com os céus.
Estamos, por meio dEle, interligados. Sobem as nossas orações, a
adoração, o louvor, as riquezas que lá podemos acumular através
dos frutos e do testemunho cristão. Descem as respostas, a graça
abundante, as bênçãos e as consolações do Espírito. Somos envolvidos
por uma rica realidade celeste.
Se o canal está limpo, no dia a dia da nossa caminhada e nos solenes
momentos em que cultuamos a Deus, somos capazes de sentir a Sua
presença de forma quase palpável, ouvir Sua doce voz falando, ensinando,
corrigindo, orientando. Assim, mantemos comunhão e sentimos a reciprocidade
nas realidades espirituais.
Como a gordura, há algo que lhe corresponde no mundo espiritual
- o pecado. Geralmente, as pequenas coisas que vão lento e imperceptivelmente
bloqueando o canal. Quando damos conta, não estamos mais sentido
a presença de Deus, não ouvimos mais a sua doce voz, o coração fica
endurecido, os ouvidos e olhos vendados para as coisas do Espirito.
Não temos mais tanto prazer ou ansiedade de procurá-lo em oração,
não desejamos mais ler a Bíblia, e, ainda que estando no ambiente
mais espiritual, nos sentimos frios e apáticos. Este estado pode
culminar num rompimento total, num afastamento e abandono da fé.
Não deixe o cano entupir, não deixe a pia transbordar e exalar sua
sujeira, não deixe a veia se obstruir e causar a má circulação do
sangue de Cristo em seu espírito, pois isto pode culminar numa fatídica
morte.
Evite a gordura; cuidado com o pecado! Especialmente os "pequeninos",
estes são mais comuns, por serem mais aceitáveis, mais racionalizáveis,
e não lhe damos a devida atenção e cuidado, mas são tão ou mais
fatais do que os "grandes" pecados.
É preciso cuidados preventivos como: evitar, fugir da aparência
do mal, vigiar e conscientemente ter uma vida santa pela força da
graça. Se contudo não conseguir evitar, não espere a bomba explodir,
chame imediatamente o especialista.
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça (1 João
1:9). Abandone-os, arrependa-se, confesse os seus pecados a Deus
e clame por perdão, e então, aproprie-se e creia na promessa que
Ele fez de que vai te perdoar. Esta é a melhor forma de desbloquear
o canal e voltar a ficar bem de novo.
54_ A Adoração => "Venha a nós o teu reino..." (Jair Souza Leal*)
A primeira petição alude à principal necessidade do homem que é,
reconhecer Deus, honrá-lo e adorá-lo. Ela é feita pelo profundo
desejo de ver o caráter santo de Deus ser respeitado e reconhecido
entre os homens, e pela consciência de que isso se dará através
da própria vida. A segunda petição é uma seqüência lógica da primeira.
Há uma ordem lógica nestas petições; uma segue após a outra. Começamos
pedindo que o nome de Deus seja reverenciado entre os homens, mas
sabemos que o nome do Senhor não é assim reverenciado, e somos levados
a se perguntar: Por que razão não se prostram todos os homens diante
do nome sagrado de Deus? Porque nem todos adoram nem honram a sua
pessoa?
Há um reino do mal que faz oposição a Deus e a sua honra, por isso
o Senhor instou seus discípulos a orarem a fim de que o reino se
manifeste de modo crescente. Esta oração é apropriada para nós hoje
e será até que este reino seja consumado.
Deus decidiu que, nós, como filhos seus, fôssemos responsáveis pela
reivindicação, expansão e consumação do seu reino. Ele vinculou
o estabelecimento definitivo do reino à proclamação do evangelho
e nos entregou esta responsabilidade. "E este evangelho do reino
será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e
então virá o fim" (Mateus 24:14).
Em algum grau, somos co-responsáveis pelo sucesso do reino, não
como os zelotes do tempo de Jesus, que por conta das armas, queriam,
à força, implantar o reino, mas como cooperadores de Deus que tem
a responsabilidade de orar, testemunhar, defender, reivindicar,
preservar e ampliar este reino.
Afinal, se tudo já estivesse determinado, ou sob a exclusiva responsabilidade
divina, que sentido faria a oposição do reino das trevas e de satanás
a este reino? Por que orar se independente da oração seu progresso
fosse contínuo?
Já nos tempos de Jesus a vinda do reino era uma questão que ocupava
o primeiro plano no pensamento de muitos. Havia uma iminente pregação
sobre ele. Esta foi a pregação de João Batista: "Naqueles dias,
apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo:
Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus" (Mateus 3:1-2).
Esta era a pregação de Jesus: "Desde então começou Jesus a pregar,
e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus" (Mateus
4:17).
Mas afinal, o que é o reino de Deus? o que significa? O reino
de Deus deve ser entendido como algo que está sob o Seu governo
e é regido por suas leis. Ele se manifesta em três tempos distintos;
pode ser considerado de três maneiras diferentes.
O tempo passado - Em certo sentido o reino de Deus já veio. É o
reino histórico. Veio quando Jesus desceu a este mundo. "Mas, se
eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado
o reino de Deus" (Lucas 11:20). Jesus introduziu o reino de Deus
no mundo; introduziu-o no coração das pessoas.
O tempo presente - O reino de Deus já está aqui neste momento, no
coração e vida de todos os que se submetem a Cristo, de todos quanto
nEle confiam.
O tempo futuro - O reino culminará com a segunda vinda do rei Jesus.
Quando ele reinará de modo físico, visível e pessoal. Ele estabelecerá
seu reino sobre a terra.
Então, quando oramos pela vinda do reino, estamos essencialmente
clamando: pelo domínio de Deus nos corações das pessoas e, pela
volta de Cristo. Isso revela que estamos prontos para esta vinda,
ansiosos pela volta de nosso rei e, desejosos de que outros conheçam
este rei e entreguem o controle das suas vidas a Ele.
Será este realmente o desejo do seu coração? Deus é o seu rei? Ele
governa você? Seu coração Lhe pertence? Ele reina em sua vida? Você
deseja que outros o conheçam e se submetam a Ele? O que tem feito
para que isso se efetive? O que tem feito para expandir o reino
do seu Pai? Você anseia pela volta dEle? Quando vier, você receberá
dEle castigo, repreensão e condenação ou, elogios, galardão e salvação?
Saiba que "o Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns
a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que
alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se" (2 Pedro
3:9).
Saiba também que "quando o Filho do homem vier em sua glória, e
todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua
glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará
uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá
as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o
rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai,
possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação
do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me
de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me;
adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.
Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos
com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
e quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo
o rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um
destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então dirá também
aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos,
para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque
tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes
de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não
me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos
com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na
prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade
vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não
o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos
para a vida eterna" (Mateus 25:31-46).
Você realmente quer que o nome de Deus seja honrado? Então precisa
orar com sinceridade e com a consciência de que isso só se dará
nos corações em que Ele reinar, e você será o instrumento usado
para a expansão deste reino. "Respondeu Jesus: O meu reino não é
deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus
servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu
reino não é daqui" (João 18:36).
Esta é na verdade uma oração intercessória pelo sucesso do Evangelho,
pela conversão de homens e mulheres. É uma oração missionária, que
demonstra que, não só eu estou sob o domínio de Deus como faço de
tudo para que este se expanda.
Certo é que haverá um dia em que todo o pecado e toda a maldade
serão destruídos, bem como tudo o que faz oposição a Deus, e Ele
será o supremo Rei deste mundo. "Depois virá o fim, quando tiver
entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo
o império, e toda a potestade e força. Porque convém que reine até
que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último
inimigo que há de ser aniquilado é a morte. Porque todas as coisas
sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas
lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou
todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas,
então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas
lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos" (1Coríntios 15:24-28).
Portanto, Jesus esta ressaltando aqui que, antes de começarmos a
pensar em nossas necessidades e desejos, devemos ter este ardente
anelo pela vinda do reino, a fim de que o nome de Deus seja glorificado
e honrado acima de tudo.
Que possamos dizer juntamente com João em Apocalipse 22:20:
"Amém, ora vem Senhor Jesus".
Continua... 53_ HOMENAGEM AO ÍNDIO Cabral e a Besta do Apocalipse (Jair Souza Leal) Eu sou um nativo das terras brasileiras, do tempo em que andar nu não era sinônimo de comércio nem de pornografia. Certo dia, enquanto curtia tranqüilamente as praias do Atlântico, após degustar um delicioso assado de javali, o qual acabara de caçar, decidi aproveitar o sossego do lugar para tentar decifrar um velho pedaço de manuscrito que achara recentemente, imagino que tenha sido trazido pelo vento de terras longínquas. Ele não estava em minha língua nativa. Mas, como toda minha vida sempre gostei de observar os sinais e tentar entender o que era dito por meio deles, e acabei assim me tornando meio perito nesta arte, decidi tentar interpretar estes que agora tanto me intrigava. Estava decidido a descobri-lhe o sentido. Assim, andando de um lado para o outro pela praia que hoje chamam de Porto Seguro, esforcei-me para entender os dizeres cabulosos daqueles símbolos. Seu conteúdo dizia algo mais ou menos assim, se é que estava entendendo corretamente. "E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas... todos a adoraram... Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?" De repente, estupefato pela descoberta, do que parecia ser uma antiga profecia, lanço meu olhar em direção ao infinito oceano e, qual não é o meu espanto, vejo surgindo ao longe, algo que jamais meus olhos contemplaram. Me sinto invadido por um estranho medo e ao mesmo tempo por uma incontrolável emoção e curiosidade. Algo me faz pressentir que a velha profecia começara a se cumprir. Aparentemente tudo começou a fazer algum sentindo. Besta... areia... mar... chifre... O que seria este imenso monstro que lentamente começa a se aproximar do lugar aonde estou!? Devo fugir ou permanecer esperando para ver no que vai dar? Estou confuso, atônito, perplexo... VAMOS FAZER UMA HOMENAGEM AO ÍNDIO CONTANDO A HISTÓRIA DO BRASIL SOBRE SUA PERSPECTIVA, AO MESMO TEMPO QUE FAZEMOS UMA DIVERTIDA APRESENTAÇÃO DA PROFECIA DO APOCALIPSE. ABRAÇOS 52 _ Um toque (Jair Souza Leal)
As vezes sinto minh'alma doente
Penso estar como certa mulher
que há doze anos tinha um fluxo de sangue
gastou tudo que era seu, mas não resolveu
Até o dia em que com Jesus se encontrou
e em seu manto com fé ela tocou
uma descarga de poder lhe inundou
e da doença curada ficou.
Senhor desejo tocar teu manto
Sentir teu poder adentrar o meu ser
E energizado por tua glória,
a cura vou receber
Senhor teu manto quero tocar
se preciso a multidão enfrentar
quando impedirem de me aproximar
Assim entenderás
que não sou mais um na multidão
Sou aquele que toca o teu manto
com grande fé no coração
Certamente não vais me repreender
por usufruir deste teu poder
Tanto esforço apliquei buscando solução
És a minha única saída
Quando em teu manto puder tocar
sei que curado vou ficar
Não há outro que possa me ajudar
Se ao menos puder aproximar...
Quero tocar-te oh! Senhor,
não distancies deste sofredor
Minh'alma não subsistiria,
Tua ausência a despedaçaria
Com meiga voz tu perguntas
'Quem me tocou, de mim saiu virtude'.
Toquei-te com fé, não posso esconder
Estou curado pelo teu poder
Um leve toque livrou-me de todo mal
Posso
contigo ser feliz afinal.
Participe! Envie-nos seu comentário : iceuniao@uol.com.br - www.uniaonet.com |
.
|