www.uniaonet.com/espmusica.htm Castelo Forte é nosso Deus, A nossa força nada faz Se nos quisessem devorar Que Deus a luta vencerá Castelo
Forte Lá por volta do ano 1500 da nossa era, estava triunfante
o movimento da Reforma Religiosa na Europa. Iniciado por Martinho
Lutero e coadjuvado por Melanchton (um leigo-teólogo), Calvino,
Zwinglio, Huss, Farel e outros, tomou logo conta de todos os países;
mas no ano de 1523, em Bruxelas, dois jovens, cujo único crime
fora a sua profissão de fé na nova doutrina, foram queimados.
Em honra a esses dois mártires, Lutero escreveu e compôs a música
do seu primeiro hino: Castelo forte é nosso Deus, o qual é uma
paráfrase do Salmo 46. 1 Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro
bem presente na angústia. 2 Pelo que não temeremos, ainda que
a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio
dos mares; 3 ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os
montes se abalem pela sua braveza. Martinho Lutero(1483-1546)
é conhecido como o Apóstolo da Reforma. Foi também o pai do canto
congregacional, pois antes disso a congregação não tinha o costume
de cantar hinos. Os poucos hinos que havia eram cantados em latim,
somente pelos oficiais da igreja. Foi ele que introduziu o cântico
por toda a congregação! Mas, o hino em foco foi considerado como
a "Marselhesa da Reforma", pois todos os cristãos da Reforma cantavam-no
com o mesmo entusiasmo dos patriotas da França. De facto, sendo
a letra e a música de Lutero, este cantico espalhou-se por toda
a Terra e tornou-se o hino oficial da Alemanha Protestante. Era
cantado diariamente por Lutero e por seus companheiros. Até os
inimigos da Reforma diziam: "O povo inteiro está cantando uma
nova doutrina". Assim, este hino cooperou muito no desenvolvimento
da Igreja cristã naqueles dias. Foi tão grande a repercussão deste
hino que homens ilustres, artistas e músicos de fama usaram-no
nos seus temas: o exército de Gustavo Adolfo cantou-o antes da
Batalha de Leipzig, em Setembro de 1631; Meyerbeer usou-o como
tema de sua ópera de fundo religioso, "Os Huguenotes"; Mendelsohn
usou-o na sua "Sinfonia da Reforma"; Wagner utilizou-o em "Kaiser-Marsch"
e J. S. Bach também o usou numa de suas cantatas sacras. E hoje,
faz parte de todos os hinários sacros da Igreja Cristã, levando
o número 328 em "Hinos e Cânticos" - 16ª edição. Ele nunca morrerá,
mas viverá para sempre! |