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MEDICINA COM OU SEM DEUS
William Standish Reed, M.D:, (Cirurgia) Tampa, FLORIDA. Quando Ephraim McDowell, médico e cirurgião de Kentucky, em 1809, realizou a primeira laparotomia para a remoção de um enorme cisto de ovário ele escreveu uma oração: "Deus Todo Poderoso estejas comigo, humildemente Te peço, neste tratamento em Tua hora sagrada, permita-me tomar-me reverente em Tua presença, e de-me Tua direita e o auxílio. Imploro-Te para que eu, ao confessar, possa ser humilde e verdadeiramente arrependido em oração, sério e devoto em louvores, grato e sincero, e ao ouvir Tua Palavra atento e desejoso de ser instruído. Dirija-me, óh Deus, ao realizar esta operação, pois sou apenas um instrumento em Tuas mãos e sou apenas Teu servo, e se for da Tua vontade, poupa esta pobre e aflita mulher! Dá-me fé verdadeira na expiação de Teu Filho, Jesus Cristo, ou um amor suficiente para procurar Teu favor e bênção que Te adorando em espírito e verdade meus serviços possam ser aceitos através de Seu todo suficiente mérito. Amém." Cristianismo ou o aspecto Judeu-Cristão do que é chamado religião não é deletério para a pessoa como um todo, mas é um absoluto indispensável para um homem tomar-se completo. Através do Velho Testamento existem muitos exemplos de cura. Não somente é isto verdade na vida de Moisés na cura de Miriam, a qual foi sarada de lepra, mas também, nas curas feitas por Elias e Elisha e a cura de Ezequias. No Velho Testamento é retratado um Deus que cura e que confere amorosa integridade aos que o amam. Existem também Os Dez Mandamentos que listam as leis as quais, quando seguidas pelo homem, o levam à integridade e "duração de dias" nesta vida. No Novo Testamento, existem muitos exemplos de curas sendo realizadas por Jesus de Nazaré e seus discípulos assim como pelos que seguiram os discípulos. Jesus instruiu seus discípulos para irem e proclamarem que o Reino de Deus está presente e demonstrarem o fato pela cura do doente. No Evangelho de Lucas, o qual era um médico, Jesus deu a seus discípulos autoridade "sobre todos os demônios e para curar doenças." Mais adiante, neste mesmo Evangelho, lê-se que os discípulos saíram "curando em todo lugar". O próprio Jesus, nunca é registrado como sendo sem poder em relação à cura do homem enfermo. Está escrito que multidões o procuravam e Ele os curava a todos. Este poder de cura foi conferido sobre seus seguidores como está registrado no Livro de Atos por São Lucas, o médico, onde São Paulo e São Pedro são ambos creditados com a cura de muitas pessoas. Está escrito que o poder do Espírito Santo em São Pedro foi tão grande que sua sombra tinha o poder de curar. Também está registrado em Atos 19 que lenços e roupas tomadas de Paulo tinham a habilidade de curar aquelas pessoas as quais tais tecidos eram aplicados. Isto, naturalmente, parece muito místico e muito mágico para nós hoje. . . Contudo, existem exemplos, na palavra de Deus, desta sorte de poder miraculoso sendo presente no Cristão totalmente comprometido o qual está cheio com o Espírito de Deus. Sem dúvida, a razão porque muitas destas coisas não acontecem hoje é porque o homem perdeu sua habilidade de acreditar totalmente em Deus. Subseqüente à era Apostólica, no início da era Cristã, houve muitos escritores tais como Tertuliano e Cipriano, assim como Origem, Ireneus, Clemente de Alexandria, Hipólito, Policarpo, Clemente de Roma e lgnácio, Justin Martyr, Atenágoras, Methodius, Tatran, e muitos outros que escreveram acerca do poder da vida cristã e a habilidade da vida cristã conquistar não somente a morte, porém, a doença. Não foi apenas uma disciplina cristã, porém também foi uma parte do Judaísmo indo mesmo até a Idade Média ao tempo de "Maimonides" o qual escrevendo e falando na Espanha e depois no Egito, escreveu muito a respeito do poder de cura de Deus na vida do homem, especialmente daqueles que vivem uma vida santa e consagrada. Houve, naturalmente, aquelas pessoas as quais incorporaram práticas pagãs e crenças pagãs assim como superstições com o Cristianismo. Cristianismo é erroneamente culpado pelo tempo quando o avanço científico não continuou e quando superstição e ignorância reinavam no mundo durante a era do obscurantismo. Contudo deveria ser lembrado que conhecimento e o pouco que se sabia sobre anatomia e tratamento das doenças foi preservado nos monastérios da Europa durante esta era do obscurantismo. Gradualmente, assim como o homem desenvolveu-se para a era científica através dos esforços de pessoas tais como Ephraim McDowell nos Estados Unidos e Beaumont, William Harvey, Koch, Pasteur e muitos outros no último século, a medicina científica se desenvolveu como uma entidade que tinha suas conexões com a Igreja e com religião. Aquelas conexões e aqueles contactos com a Igreja progressivamente tornaram-se mais e mais tênues. Com o avanço da patologia e o aparecimento do pensamento da Escola Alemã de Virchow na parte inicial do século XX, houve um aumento gradual na aderência aos preceitos de ciência pura sem consideração do aspecto espiritual do homem. Sigmund Freud e aqueles que o seguiram iniciaram a tentativa de entender o aspecto mental do homem e o desenvolvi mento das dificuldades psiquiátricas conseqüentes as suas experiências e suas relações com aqueles ao seu redor, particularmente aqueles em sua família imediata. Gradualmente, surgiu um tipo de prática médica, a qual apareceu, inicialmente, através dos conceitos de Flanders Dunbar nos primeiros anos da década de 1930 que trouxe o novo conceito de prática médica chamada medicina psicossomática. A maioria das práticas médicas modernas hoje são consideradas antiquadas, a menos que o homem seja considerado como uma entidade psicossomática. Contudo, tem aumentado em anos recentes, cada vez mais, o grau de especialização à medida que a explosão de conhecimento continua até que o homem não é realmente considerado psicossomaticamente, porém, é fragmentado cada vez mais ao ponto onde é raro o médico que está capacitado de colocá-lo junto novamente física ou psicossomaticamente. É certamente singular que o primeiro cirurgião a realizar uma laparotomia foi um cirurgião americano, o qual era produto da expansão da nova nação dos Estados Unidos para o oeste. Pareceria que naquela era os homens estavam mais perto de Deus e pensavam muito mais profundamente acerca de Deus em relação às suas vidas. Se acontecia de serem médicos, eles pensavam em Deus em relação a si mesmos como médicos e aos seus pacientes. À medida que continuamos, nós vemos um afastamento gradual deste tipo de pensamento embora tenha havido homens tais como Hugh Kelley, o grande professor de ginecologia e urologia em Johns Hopkins, que eram homens de oração e falavam de sua crença em Deus e o lugar Dele na cura do enfermo. A fim de levantar os olhares do doutor para a possibilidade de uma nova medicina ou do ministério da medicina no Século XX, nós devemos realmente olhar não para a América, porém para a Áustria, Suíça, França e Inglaterra. Áustria produziu Victor Frankl. Talvez melhor seria dizer que ele foi um produto da Universidade da era "Hitleriana" e desenvolveu sua filosofia de ministério médico como resultado de suas experiências em campos de concentração na 2ª Guerra Mundial. Alexis Carrel, que era Católico Romano e nascido na França, foi um homem cuja educação e filosofia da prática médica foi profundamente afetada por uma viagem a Lurdes quando estava justamente saindo da escola médica. Sua experiência está detalhada num pequeno livro chamado "Viagem a Lurdes". Após Carrel ter chegado a América para participar do Instituto Flexner, na Cidade de New York, ele tornou-se um pesquisador em cirurgia vascular e trabalhou com Charles Lindberg no desenvolvimento de um coração artificial. Ele foi um pioneiro em cirurgia vascular porém, mais importante do que isto, foi uma pessoa que olhou muito profundamente dentro do homem. Em seu livro, "o Homem, este desconhecido" ele procura muito profundamente, assim como Victor Frankl faz, o significado da vida. Na Suíça, como um produto da 1ª Guerra Mundial e dos distúrbios que a seguiram, quando trabalhava com a Cruz Vermelha e depois tornando.se membro do movimento Oxford, Dr. Paul Tournier, um clínico geral, viu que muitos dos seus pacientes tinham problemas, os quais iam muito além daqueles que poderiam ser facilmente manejados por uma simples prescrição ou por realizar uma cirurgia. Com o passar dos anos, ele começou a orientar sua vida em direção a Deus, em direção a Bíblia e desenvolveu uma escola de pensamento médico chamada "A Medicina da Pessoa". Médicos de todas as disciplinas incluindo cirurgia, assim como psiquiatria e medicina interna começaram a ouvir Tournier e assistir às várias conferências, as quais eram levadas anualmente em várias partes da Europa. Dr. Tournier desenvolveu a filosofia de Medicina da Pessoa, a qual ensina aos médicos que eles devem ver mais profundamente dentro das vidas dos seus pacientes e ver se eles estão lidando com a personagem ou com a pessoa. A fim de verdadeiramente estar apto a entender o homem, de acordo com os ensinos de Tournier, o homem deve ter uma experiência com Deus e deve apontar seu paciente para seu potencial pessoal de ter uma experiência com Deus através de Jesus Cristo. Os muitos escritos de Tournier tem sido uma inspiração para os médicos da América, Os quais vêem o perigo do crescente "cientismo" e materialismo na prática da medicina e basicamente a perda de uma orientação verdadeira em direção ao próprio indivíduo o qual está enfermo com uma doença seja ela uma condição mental ou um câncer. Ambos, Alexis Carrel e Paul Tournier,juntaram.se a Victor Frankl em solicitar que o homem torne-se, novamente, preocupado consigo mesmo como uma pessoa e tão maravilhosamente como a ciência e os produtos da ciência são em nossas vidas nós devemos, a fim de nos preservarmos como seres humanos integrais, olhar para o próprio homem e sus orientação para Deus a fim de estarmos aptos a viver no futuro. Alexis Carrel escrevendo em "O Homem, este desconhecido" afirma que "cada um está interessado em coisas que aumentam bem estar e conforto. Ninguém entende que a qualidade estrutural, funcional e mental de cada indivíduo tem que melhorar. A saúde da inteligência do senso afetivo, disciplina, moral e desenvolvimento espiritual são tão necessários quanto a saúde do corpo e prevenção de doenças infecciosas". Nenhuma vantagem será ganha pelo aumento do número das invenções mecânicas. Seria de não se dar muita importância às descobertas da física, astronomia e química. Ciência pura nunca nos traz diretamente mal algum, porém quando sua beleza fascinante domina nossa mente e escraviza nossos pensamentos no reino da matéria inanimada, ela se torna perigosa. O homem deve agora voltar sua atenção para si e para a causa de sua incapacidade moral e intelectual. Que adianta aumentar o conforto, o luxo, a beleza, o tamanho e as complicações de nossa civilização se nossa fraqueza nos impede de guiá-la para o nosso melhor proveito? Realmente não vale a pena continuar elaborando o meio de vida que está trazendo a desmoralização e o desaparecimento dos elementos mais nobres das grandes raças. Seria muito melhor dar mais atenção a nós mesmos do que construir navios mais velozes, automóveis mais confortáveis, rádios mais baratos ou telescópios para examinar as estruturas das remotas nebulosas. Que real progresso é alcançado quando o avião nos leva para a Europa ou para a China em poucas horas? É necessário aumentar produção incessantemente a fim de que os homens possam consumir maiores e maiores quantidades de coisas sem valor? Não paira sombra de dúvida que ciências mecânicas, físicas e químicas são incapazes de nos dar inteligência, disciplina moral, saúde, equilíbrio nervoso, segurança e paz. Nossa curiosidade deve desviar-se deste caminho, tomar outra direção. Devemos deixar o físico e o fisiológico a fim de seguir o mental e o espiritual. Dr. Carrell também afirma, "A nova ciência deve progredir por um duplo esforço de análise e síntese em direção à concepção do indivíduo humano ao mesmo tempo suficientemente completo e suficientemente simples para servir como bases para nossa ação." Ele mencionou que nós continuamos a dividir o homem e falhamos em sintetizá-lo num organismo total e completo. Com referência à Igreja, Dr. Carrell diz, "Ministros racionalizaram religião. Destruíram suas bases místicas, porém não foram bem sucedidos em atrair o homem moderno. Em suas igrejas meio vazias eles pregam em vão uma fraca moralidade. Contentam-se com a parte de policiais ajudando no interesse da saúde em preservar a armação da presente sociedade ou como os políticos eles satisfazem os apetites da multidão." Seria bom se nestas crises nos lares da América, nas escolas de medicina e nas instituições educacionais da América o médico moderno voltasse e lesse de novo os escritos de Carrell de modo que nós poderíamos iniciar o desenvolvimento da medicina da integridade e começar a ser sadios e completos nós mesmos. Victor Frankl, escrevendo vinte anos após Carrell, afirma em seu livro "o Doutor e a alma": "o Homem vive em três dimensões: o somático, o mental e o espiritual. A dimensão espiritual não pode ser ignorada pois ela que nos torna humanos. Preocupar-se acerca do significado da vida não é necessariamente sinal de doença ou de neurose." Diagnóstico adequado pode ser feito somente por quem pode ver o lado espiritual do homem. Dr. Frankl aponta em seus escritos que muitos dos problemas do homem moderno não podem ser resolvidos simplesmente tentando tratar o homem numa base psicossomática. Psicoterapia sozinha é insuficiente. Frankl advoga um ministério médico o qual de forma alguma tentaria substituir a posição do ministro ou padre na igreja. Ele afirma que psicoterapia é para curar a alma, tomá-la sadia, e é alguma coisa essencialmente diferente de religião a qual se preocupa com a salvação da alma. Religião provê o homem com uma âncora espiritual, com o sentimento de segurança tal que ele não pode encontrar em qualquer outro lugar, porém para nossa surpresa a psicoterapia pode produzir um efeito colateral análogo, sem querer. Apesar do psicoterapeuta não estar preocupado em ajudar seu paciente a alcançar a capacidade para a fé, em certos casos felizes, o paciente readquire sua capacidade para a fé. Tal resultado nunca pode ser o fim da psicoterapia de início e um médico sempre tem de estar alerta de não forçar sus filosofia sobre o paciente. Não deve haver transferência (ou melhor, contra-transferência) de uma filosofia pessoal, de um conceito pessoal, de valores para o paciente. o terapeuta deve ser cuidadoso para ver que o paciente não mude suas responsabilidades para o doutor. Logoterapia é, no final das contas, educação em direção a responsabilidade. Frankl afirma que a conseqüência final da teoria de que o homem não é nada mais do que o produto de hereditariedade e meio ambiente foi, em sua forma mais terrível, as câmaras de gás em Auschwitz. Naturalmente, na separação da igreja e estado, levado ao ponto irracional como tem sido feito na América em anos recentes esta mesma sorte de filosofia e o ignorar do aspecto espiritual do homem tem permitido uma insinuação do ponto de vista materialista em nossa sociedade e instituições educacionais a ponto da filosofia de Auschwitz ter permeado as mentes da maioria de nosso povo. Isto é particularmente verdadeiro na medicina onde não tem havido consideração alguma do aspecto espiritual do homem. Embora nós não tenhamos câmaras de gás, hoje, o fato de que nós tenhamos sido capazes de racionalizar o aborto e experimentação humana debaixo da aparência externa de ciência e debaixo de aparência externa de ajudar o povo psicológica ou fisicamente nós vemos, gradualmente, caindo na espécie do ponto de vista o qual permitiu o desenvolvimento das câmaras de gás. As Câmaras de gás ou lugares semelhantes de exterminação continuam. crescendo, mesmo hoje, em nações comunistas onde, de acordo com os escritos de Solzhenitsejn, milhões de pessoas têm sido exterminadas na nossa era presente. Assim, pode-se dizer, que os pensamentos de Frankl são mais importantes neste momento do que jamais foram. Victor Frankl afirmou que há uma área em branco na ciência da psicoterapia, um espaço em branco o qual espera ser preenchido. Psicoterapia nasceu quando se tentou olhar além dos sintomas físicos para suas causas psíquicas, para descobrir sua psicogênese. Agora, "outros passos devem ser dados para olhar além da psicogênese que afeta a dinâmica da neurose, a fim de ver a aflição do espírito humano. O médico e o paciente ambos devem olhar para o significado da vida." Victor Frankl afirma, "Nós não alcançaremos o âmago da procura do que está verdadeiramente errado com o homem mais do que um médico que evitando completamente qualquer aproximação psicoterapêutica se contenta com tratamento físico ou prescrição de medicamentos." Não todos, porém alguns doutores irão orientar o paciente sofrendo de melancolia da adolescência, aconselhando-os a comer mais pão e manteiga, ganhar peso, na teoria de que com mais robustez física o paciente irá resolver todos seu problemas, e que seu paciente aceitará isto. Outro médico, sem dar muita importância ao fato, tentaria uma cura com arsênico. Outro ainda, em seu embaraço, escreverá alguma prescrição sem valor. Quantos rios de medicamentos têm corrido por esta razão, de forma que ao doutor pareceria estar fazendo alguma coisa? Quão sábio, em contraste1 é o clássico dito, "trate a mente e o corpo não necessitará de tratamento." O ponto é que todas estas aproximações médicas diante dos conflitos filosóficos do paciente, equivalem a trabalhar em propósitos contrários com o paciente debaixo da pretensão de ser científico". Dr. Frank advogaria o desenvolvimento de uma medicina da alma e espírito. Ele a chamaria ministério médico. Griffith Evans, escrevendo nos idos de 1950, na Inglaterra, foi um cirurgião que sentiu que o homem estava sofrendo do fato de que a ciência, como comumente injetada no pensamento médico, não permite ao homem pensar em termos do que ele realmente é a qual deveria ser seu objetivo final na vida. Ele sentiu que a medicina ainda estava na Era Newtoniana e não tinha começado a pensar em termos Einstenianos. Ele censurou a medicina de ter um ponto de vista atômico ao invés de pensar no homem em termos de ondas mecânicas e natureza verdadeira dos sistemas de energia. Dr. Evans previu um fenômeno da nossa própria era onde, apesar de todos os grandes avanços científicos que estão acontecendo nos campos dos transplantes de órgãos e do conhecimento da replicação dos genes e possibilidade de manipulação genética, a ciência estaria chamando por mais e mais descobertas científicas e continuando a colocar suas esperanças nos "cavalos e carruagens materialistas". Contudo, ele viu que, na Inglaterra, nos anos cinqüenta e inícios dos sessenta, houve uma tendência de alguns médicos voltarem ao paranormal e às áreas psíquicas da cura e ele viu isto como sintomático do homem procurando por outras formas de terapia para os indivíduos doentes. Ele viu que poderia haver um perigo nisto desde que nesta procura o homem se afastasse da verdadeira busca espiritual e ir para as áreas de extensões do psiquismo ao invés de verdadeiramente olhar o homem como uma criação espiritual de um Deus espiritual. Ele afirmou: "A volta à cura paranormal deveria ser dirigida em canais, ambos filosófica e cientificamente seguros, que reconheçam a tríplice natureza do homem completo." A tríplice natureza do homem significa que ele não é somente mente e corpo, mas também espírito. Muitos dos escritos de Griffith Evans são complexos, matemáticos e a maioria interessantes. Ele imagina a medicina do futuro como sendo não somente grande em termos de ciência, porém, grande em termos de nosso conhecimento de como o homem realmente é curado pelo poder de Deus. Ele imagina uma medicina onde doutores que são orientados para Deus através da oração e orientados para seus pacientes através do amor, produzem não somente a cura das doenças, porém da inteireza final, que é uma necessidade não somente do indivíduo, mas de toda a sociedade. Dr. Evans afirma: "A credibilidade da Bíblia como um sistema divinamente inspirado e intuitivamente compreendido também surge." Assim como os anseios do homem universal são divinamente inspirados e verdadeiramente evolucionários, são irresistíveis, e serão unidos à civilização, a qual coloca em posição antagônica sua insignificante força contra o anseio do Extremo Oriente, por determinação própria, contra o desejo do Negro e do Índio por liberdade, contra a lealdade intuitiva do camponês russo e sua fé tradicional. Ai do sistema imposto da medicina acadêmica a qual negligência - "Vis medicatrix Naturae" - e sustenta que a falsa doutrina da terapêutica de substituição civilizada é preferível a homeostase evolucionária natural. Dr. Evans deduziria que existem tendências naturais dentro do corpo humano, as quais estão sempre tentando curar-se e que nós devemos aprender o que é verdadeira homeostase e como trabalhar com estas forças ao invés de contrariá-las tão freqüentemente como temos feito através do uso de cirurgias, produtos químicos e vários tipos de radiação e métodos destrutivos. Sua conclusão é que nós estamos na medicina moderna trabalhando nos resultados finais de anormalidades dentro do mecanismo humano que se chama doença e verdadeiramente não entendemos em que caminho o corpo se cura e como cooperar com as forças naturais, as quais permitem o corpo tornar-se íntegro. Ele conclui que isto somente é entendido quando começamos a entender a Bíblia e começamos a tentar entender intuitivamente assim como experimentalmente. Há um perigo no método experimental, quando ele exclui o intuitivo e o espiritual, Dr. Evans afirma: "Humanismo opõem-se a doença com o produto da razão e do método experimental. A Natureza depende da elasticidade de todo organismo respondendo ao insulto do impacto adverso de qualquer grau ou tipo vindo de fora. O abandono de Deus o Criador como um princípio unificador e restaurador deixa o homem a mercê de teorias incompletas e leis de chances. Ele afirma que Jung reteve a tradicional crença intuitiva em Deus, o criador e doador da vida e insistiu que o equilíbrio mental poderia somente ser restaurado pela reunião com Ele que guiou sua evolução. O mesmo padrão surge em cada estágio do estudo científico e religioso: uma simples verdade objetiva e duas interpretações opostas, a Humanista baseada na razão e indução e a Teísta baseada na intuição e dedução. Nós estamos realmente nesta mesma posição hoje na medicina, vendo grandes avanços sendo feitos em medicina e cirurgia, porém, não se precisa ser particularmente perceptivo para ver que a sociedade na qual vivemos não é mais sadia, de fato, talvez menos sadia do que era 20 a 30 anos atrás. Nossos problemas parecem estar crescendo ao invés de diminuir. Enquanto fizemos grandes progressos na cura da tuberculose e poliomielite, estamos em frente de estatísticas de mortalidade cada vez maiores de câncer e leucemia e todas as formas de doenças mentais produzidas pela civilização. O cirurgião que se contenta em tirar apêndice e vesícula biliar ocasionalmente e ignora a doença da sociedade em seu redor é visto como o mais incompleto indivíduo. Portanto, não deveria parecer estranho que qualquer médico que lida com o enfermo deve chegar a alguma espécie de racionalização ou entendimento, conforme possa ser o caso, com referência a civilização como ela se apresenta a ele. O médico que pensa não pode ser complacente num mundo tal como estamos vivendo hoje, e os grandes avanços na ciência e no desenvolvimento de conforto material têm pouco significado para a pessoa que vê o sofrimento mental e espiritual e angústia do mundo na espécie de situação em que está hoje. Portanto, o homem deve desenvolver uma "nova medicina". Dr. Flanders Dunbar, 40 anos atrás, desenvolveu uma nova escola de pensamento médico, aquela da medicina psicossomática. Supostamente, hoje a maioria dos médicos que pensam, usam medicina psicossomática e seus princípios na compreensão e no tratamento de todos os seus pacientes. Há muita interrogação em minha mente, se isto é realmente verdade desde que a espacialização está verdadeiramente crescendo ao invés de decrescendo, e há muitos poucos médicos hoje exceto talvez os jovens formandos de medicina que estejam interessados na prática geral e tratamento da pessoa como um todo. Existem alguns sinais de otimismo. Basicamente, contudo, no presente momento, a medicina na América e, provavelmente, no mundo, nunca foi tão pouco orientada psicossomaticamente como agora e talvez se possa afirmar que há pouca ou nenhuma consideração do aspecto espiritual e eterno do homem. Como resultado dos escritos dos médicos mencionados no início deste artigo, torna-se aparente que uma grande nova medicina deve desenvolver-se. Dr. Frank concebe a logoterapia como sendo um novo tipo de psicoterapia. Contudo, o espírito não é uma extensão da mente porém realmente é o aspecto religioso ou potencialmente religioso do homem. Jesus de Nazaré, ao falar com Nicodemos, disse a este sábio judeu que era necessário ele nascer do Espírito. A indicação é que um homem não consiste automaticamente de espírito, porém que sua natureza espiritual deve nascer. Os escritos de Watchmann Nee durante os anos de 1920 a 1930 são muito interessantes neste aspecto. O Reverendo Nee escreveu extensivamente no assunto do homem espiritual e da necessidade do homem natural tornar-se espiritual. Medicina moderna hoje é uma medicina natural praticada por homens naturais psicossomáticos que tem basicamente ignorado o aspecto espiritual não somente de seu paciente porém de si mesmo. Como uma conseqüência a área inteira da medicina espiritual ou medicina do Espírito, ou o que nós chamamos medicina logo-psicossomática, aparece como virtualmente em aberto, não investigada e em muitas ocasiões campo não pensado. Não há dúvida, que existem muitas doenças as quais são pensadas como sendo psiquiátricas, as quais são, basicamente, espirituais em sua origem. Existem, também, muitas doenças que são uma combinação de doença espiritual assim como psiquiátrica. Nós achamos em nossas investigações clínicas nos últimos vinte anos que desordens e anomalias de desenvolvimento espiritual do paciente podem resultar em doença no psicossoma. Entre tais doenças bem poderia estar a esclerose múltipla com as lesões em placas na medula espinhal e nos vários nervos afetados, sendo um resultado final de uma anormalidade que começa na alma e no espírito. Escritores, em anos recentes, nos jornais de psiquiatria têm mostrado que pacientes com neoplasias malignas freqüentemente têm no fundo, problemas psiquiátricos. É bem possível que estes problemas psiquiátricos não são somente psiquiátricos, porém psicoespiritual. Em minha própria vida, como médico, tenho visto o desenvolvimento de câncer do seio em pacientes que tem ressentimentos profundos em suas vidas e tenho visto a melhora da doença quando estes profundos e letais atributos psicoespirituais do subconsciente podem ser lidados direta e espiritualmente assim como psiquiatricamente. Embora eu seja um cirurgião e talvez não devesse falar em termos psiquiátricos e teológicos, sinto que um dos grandes problemas na medicina moderna é o hiato entra o médico e o psiquiatra e entre o doutor e Deus. Talvez o clínico geral tenha a maior chance de ser o doutor da nova medicina. Esta nova medicina é alguma coisa que não pode automaticamente surgir na base de alguém repentinamente fazer a decisão de tornar-se um médico logopsicossomático. Não se pode começar a ministrar como parte do ministério médico simplesmente tomando uma decisão de assim fazer. É óbvio que deve haver um caminho e um meio pelo qual um homem pode parar de ser "natural", ou o que se chama indivíduo psicossomático e tornar-se logo-psicossomático. Para usar os termos de Jesus, é necessário para um médico que adotaria a nova medicina, nascer de novo, isto é, nascer do Espírito. Quando ele nasceu do Espírito e começa crescer espiritualmente, ele então procurará comunhão espiritual com médicos e enfermeiras com o mesmo pensamento e aqueles que estão cuidando do enfermo. Ele verá seus pacientes como aqueles que também necessitam nascer do Espírito a fim de ser totalmente curado. Isto tem sido pensado há anos, primariamente, como a função do ministro da igreja. Tem havido uma grande separação entre o ministro da igreja e os médicos. O médico que se tornou Cristão ou um membro da Igreja Judaísta Ortodoxa tem se repugnado em injetar qualquer dos seus pensamentos ou sentimentos nas suas relações com seu paciente. Dever-se-ia ser extremamente cauteloso, como Victor Frankl disse, em sugerir ao paciente que ele siga nossas convicções. O homem deveria tomar uma decisão se quer ou não nascer do Espírito e viver logopsicossomaticamente por si mesmo ao invés de seguir a sugestão ou contra-transferir a crença do médico para si mesmo. É necessário que o paciente verdadeiramente chegue a uma decisão em sua própria vida de tornar-se ou não espiritual. A única avenida aberta neste assunto é a avenida fornecida através do cristianismo. As avenidas da meditação transcendental e outros vários sistemas religiosos do mundo fazem referência a tal transformação, porém usualmente o requerimento é o desenvolvimento de um asceticismo ou tipo de monasticismo, os quais é impossível para um médico ou seu paciente entrar neles. Cristianismo, por outro lado, dá a ambos, paciente e médico, a avenida pela qual espiritualidade pode ser alcançada no meio da correria e pressão da vida. Com isto em mente, o ministério médico apontaria ao paciente, que não é requisito necessário a pessoa tornar-se um cristão denominacional, porém, que é necessário para ele aceitar os preceitos de Cristo. A fim de fazer isto, ele deve pedir que o princípio do Cristo-Vivo ou a nova vida em Cristo como resultado da sua própria oração entre em sua vida de forma que ele pode não mais ser simplesmente um homem de corpo e alma, porém também de espírito. Este é um ponto de vista o qual é promulgado nos Evangelhos de Jesus Cristo e nas Epístolas do Novo Testamento e não é achado em qualquer outro lugar. Portanto, se alguém desejar investigar este tipo de vida e este tipo de transformação, a Bíblia Sagrada é o primeiro livro de referência e a verdade é achada em ambos Velho e Novo Testamentos. Se há tal área do homem a ser considerada, como seu espírito, a qual não é parte do psicossoma, uma inteiramente nova área de investigação e de estudo está aberta. Médicos que foram mencionados na parte inicial deste artigo são médicos que entenderam este conceito. Existem muitos outros médicos hoje que estão em suas próprias vidas e nas vidas dos seus pacientes investigando o reino do Espírito. Isto não é para ser confundido com espiritualismo ou ocultismo, os quais são do campo psíquico e são extensão do psique ou da área mental do homem. O psíquico ou campo da mente é uma área muito poderosa de um ser humano e tem dentro dele tremendo potencial tanto para o bem como para o mal. Contudo, é neste reino que todos os cultos da mente são achados incluindo Religião da Ciência, espiritualismo, feitiçaria, ocultismo, satanismo. Alguns dos esforços destas áreas têm seus aspectos que são louváveis e bons. Contudo, há muitos erros e enganos achados em todas as presentes áreas de esforço psíquico. Não é o propósito deste artigo condenar cura psíquica, ou investigação psíquica, mas simplesmente advogar a verdade e o real em contraste ao parcial e incompleto. Haverá aqueles que continuarão investigar e trabalhar no psicológico, nos campos psiquiátricos e psíquicos, porém devem saber que há um perigo em todas estas áreas inclusive psiquiatria. O homem deve ter o contrapeso do Espírito a fm de estar apto a trabalhar seguro no campo do psique. Portanto, deve ser visto que há uma diferença distinta entre cura psíquica e cura espiritual. Muita ênfase tem sido dada nestes tempos à cura psíquica. Médicos estão entrando nesta área com a idéia que ela tem alguma coisa a ver com o Espírito de Deus e o espírito do homem. lnfelizmente, na situação usual, isto não é verdade. Nunca houve um tempo no qual houve tantos diferentes tipos de abordagens psíquicas sendo promulgadas para a prática médica. Médicos que estão investigando o campo do espírito do homem não desviam ou mudam suas práticas para incluir as nuances da metodologia psíquica. Durante os últimos cinco anos o médico que começou a usar princípios médicos logo-psicossomáticos em sua prática, verifica que se ele é um internista ele continua a praticar medicina interna, porém ele o faz numa forma mais compadecida e empática em relação a seu paciente. Ele tem profunda conscientização da pessoa de seu paciente e ele verifica que a dupla relação que existe entre ele e seu paciente e ele próprio, sobre a qual Dr. Tournier falou, torna-se uma coisa mais e mais real. Se ele é um cirurgião, ele está preocupado mais do que apenas o procedimento cirúrgico e seu cuidado pré e pós-operatório, porém ele está interessado na pessoa toda do paciente e é reverente para o paciente, mesmo durante os períodos de inconsciência na sala de recuperação pós-anestésica ou na sala de cirurgia. O médico que está trabalhando na área da neurologia onde está lidando com pacientes comatosos dá maior reverência ao paciente do que ordinariamente é dada e termos tais como o paciente sendo um "vegetal" são usados com grande cuidado e grande prudência. Nos anos de 1973 e 1974, foram realizados em Tampa, Flórida os primeiros dois congressos internacionais ligados com a medicina logo-psicossomática. Médicos compareceram a estes congressos de todas as partes do mundo. Nestas reuniões, médicos que começaram a conduzir suas práticas médicas e cirúrgicas de uma forma logo-psicossomática apresentam casos e suas experiências pessoais nesta nova dimensão, não somente de prática, porém de vida. Uma grande quantidade de material está portanto sendo acumulada a qual será apresentada em forma de livro. Medicina logo-psicossomática, então, é uma nova medicina para o futuro, a qual tem como seu tema central uma grande orientação de ambos médico e paciente em direção a Deus através de Jesus Cristo e através do Espírito Santo. Ela começa com o próprio médico que deve ser uma pessoa que é nascida do Espírito. Este é um tipo de prática médica que não pode ser administrada empiricamente ou sem envolvimento do próprio médico nas mais profundas áreas do seu próprio ser nesta nova orientação em direção a Deus e em direção ao seu próximo. Ela é uma desafiadora, porém mais compensadora área de pesquisa, não somente do ponto de vista da etiologia da doença, porém de tratamento e talvez prevenção de doenças, tanto do tipo físico como mental. Este é um tipo inicial de apresentação. Muito precisa ser feito no campo da investigação. Muito precisa ser feito no campo do entendimento da terapêutica pela oração e o que representa a verdadeira terapêutica espiritual e pela oração. Se o homem tem um espírito, deve haver um tratamento das desordens espirituais. Assim como o homem que tem uma psique, algumas vezes apresenta desordens psiquiátricas, as quais tem seus próprios tratamentos psiquiátricos. Aquelas coisas que são físicas têm seus tratamentos físicos. Contudo, Flanders Dunbar mostrou-nos que nenhuma destas áreas existe em compartimentos estanques, assim portanto, doenças psiquiátricas têm seus aspectos espirituais assim como físicos, e doenças espirituais tem seus atributos psiquiátricos e físicos. Uma expansão é portanto necessária no pensamento humano em todas estas áreas. Devemos parar de nos preocuparmos com todas as múltiplas coisas que existem ao redor do homem e começar agora a entender mais o homem, este desconhecido, que é realmente homem, a criatura de Deus, que nunca pode ser verdadeiramente entendido nem nunca verdadeiramente tratado totalmente sem incluir Deus e Seu Espírito Santo no regime terapêutico. William Standish Reed, M.D.
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"A Doctor's Thoughts on Healing", MacAlester Park Publishing Co., St. Paul, Minnesota. "Surgery of the Soul", Fleming H. Ravel Co., Old Tappan, New Jersey. Tournier, Paul, M.D.
"A Doctor's Casebook in the Light of the Bible"; "The Meaning Parsons"; "A Place for You"; "The Parson Rebom"; etc., Harper & Row, Publishers, New York, New York.
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