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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA
ICB-5 Monte Negro- Núcleo Avançado Posto de Correios de Monte Negro
CEP : 78965-000 - Monte Negro, Rondônia Fone_Fax : 55-69-35302053

VII ATIVIDADE DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

 

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO VELHO

FACULDADE SÃO LUCAS

JANEIRO/2006

 

 

Coordenador Geral:Prof.Dr. Luís Marcelo A. Camargo-Médico (USP/FSL)

Coordenador de Odontologia: Dr.Ricardo H. Silva – Odontólogo (USP)

Coordenador Micologia: Prof.Dr. Carlos Taborda – Biomédico (USP)

Coordenadora Acadêmica de Biomedicina: Ac. Luana Janaína Vera (FSL)

Coordenadora Acadêmica de Enfermagem:Ac.Jamille C. Nascimento (FSL)

Coordenadora Acadêmica de Nutrição: Ac. Ariana Vieira da Rocha (FSL)

Coordenadora Acadêmica de Odontologia: Ac. Diana C. S. Cunha (FSL)

 

1-)Cronograma e Trajeto: saída de Porto Velho a bordo do Barco-Hospital Dr. Floriano Riva Filho às 13:00h do dia 08/01/2006. Chegada em Nazaré das Farinhas às 18:00h do mesmo dia. Atendimento em 09 e 10/1/2005. Saída às 13:00 h de 10/1/2005 com chegada em Calama às 18:00 hs no mesmo dia. Dias 11 e 12/1 atendimento em Calama com saída às 12:00 h em 12/1 e chegada na Gleba do Rio do Preto às 17:30 h de 12/1. Atendimento em Jacarezinho(gleba) de 13 a 15/1 com saída às 10:00 h para Ademir (gleba). Atendimento 16 e 17/1. Atendimento em Santa Izabel 18 e 19/1. Descanso em 20/1. Atendimento em Demarcação 21/1. Saída para P.Velho em 21/1 às 18:00 h com chegada às 13:00 h de 22/1. Atendimento em Monte Negro de 25/1 a 2/3/2006.


RELATÓRIO DE MEDICINA E ENFERMAGEM

                                                                                                             

Nazaré das Farinhas (09/01/06 à 10/01/06)

                                

PATOLOGIAS

 

1- Doenças Degenerativas e Crônicas :01

2- Doenças Infecciosas e Parasitárias :23

3- Pré-natal :0

4- Consultas Ginecológicas e Preventivos :01

5- Procedimentos :02

6- Consultas Gerais :16

7- Internação:0

PERFIL POPULACIONAL

 

1- Idade

  Crianças : 23

  Adultos : 15

   Idosos : 05

2- Sexo

  Masculino: 16

  Feminino:27

 

 

 

 

Calama (11/01/06 à 12/01/06)

 

PATOLOGIAS

 

1- Doenças Degenerativas e Crônicas : 04

2- Doenças Infecciosas e Parasitárias : 14

3- Pré-natal : 0

4- Consultas Ginecológicas e Preventivos : 08

5- Procedimentos : 0

6- Consultas Gerais : 26

7- Internação:0

 

PERFIL POPULACIONAL

 

1- Idade

  Crianças : 24

  Adultos : 18

   Idosos : 03

2- Sexo

  Masculino: 21

  Feminino: 24

 

 

Gleba do Rio Preto - Jacarezinho (13/01/06 à 15/01/06)

 

PATOLOGIAS

 

1- Doenças Degenerativas e Crônicas :06

2- Doenças Infecciosas e Parasitárias :15

3- Pré-natal :04

4- Consultas Ginecológicas e Preventivos :09

5- Procedimentos :01

6- Consultas Gerais :15

7- Internação:01

 

 

 

PERFIL POPULACIONAL

 

1- Idade

 Crianças : 12

 Adultos : 25

 Idosos : 02

2- Sexo

  Masculino: 15

  Feminino:24

 

 

 

Gleba do Rio Preto - Ademir (16/01/06 à 17/01/06)

 

PATOLOGIAS

 

1- Doenças Degenerativas e Crônicas :01

2- Doenças Infecciosas e Parasitárias :02

3- Pré-natal :0

4- Consultas Ginecológicas e Preventivos :01

5- Procedimentos :01

6- Consultas Gerais: 11

7- Internação:01

 

PERFIL POPULACIONAL

 

1- Idade

  Crianças : 02

  Adultos : 12

   Idosos : 01

 

 

2- Sexo

  Masculino: 08

  Feminino:07

 

Gleba do Rio Preto - Santa Isabel (18/01/06 à 19/01/06)

 

PATOLOGIAS

 

1- Doenças Degenerativas e Crônicas :0

2- Doenças Infecciosas e Parasitárias :04

3- Pré-natal :0

4- Consultas Ginecológicas e Preventivos :03

5- Procedimentos :1

6- Consultas Gerais :15

7- Internação:0

PERFIL POPULACIONAL

 

1- Idade

  Crianças : 09

  Adultos : 11

   Idosos : 0

2- Sexo

  Masculino:07

  Feminino:13

 

Demarcação - (21/01/06)

 

PATOLOGIAS

 

1- Doenças Degenerativas e Crônicas :05

2- Doenças Infecciosas e Parasitárias :16

3- Pré-natal :01

4- Consultas Ginecológicas e Preventivos :01

5- Procedimentos :03

6- Consultas Gerais :23

7- Internação:0

PERFIL POPULACIONAL

 

1- Idade

  Crianças :20

  Adultos :22

   Idosos :05

 

2- Sexo

  Masculino:25

  Feminino:22


Internação 1:

 

Foi internada em Jacarezinho no dia 13/01/06 a paciente Otaciana Batista Lopes, 15 anos, nascida em 11/01/91 em Porto Velho (RO), amasiada, do lar, residente em Jacarezinho (gleba do Rio Preto), com ensino fundamental incompleto.

 Paciente foi atendida com quadro de astenia, cefaléia, febre e um episódio de êmese há 12 horas. Refere história patológica pregressa de 10 episódios de malária (P. vivax), nega viagens a áreas endêmicas de dengue, nega alterações de hábitos urinários e intestinais.

Ao exame físico foi encontrado:

·        REG,

·        Acianótica,

·        Anictérica,

·        Febril,

·        Dispnéica.

·        Tax:38,3ºC,

·        FR:32 ipm,

·        FC:110bpm,

·        PA:110x70 mmHg.

Paciente consciente, orientada no tempo e no espaço com humor congruente com o afeto, mucosas oculares e orais úmidas e coradas. Perfusão periférica preservada, palpação de cadeia linfonodal cervical, supra e infra claviculares sem alterações.Tórax: 2 BRNF s/S, MMVFD s/RA. Abdômen: flácido, RH presentes, normoativos, levemente doloroso à palpação profunda em hipocôndrio direito, com DB negativa, sem VM, rins palpáveis bilateralmente e indolores.Sem sinais de irritação meníngeas.

A principal hipótese diagnóstica foi de malária por se tratar de região endêmica e devido ao quadro clínico.

Exames solicitados: exame parasitológico de fezes, procura do Plasmodium, hemograma completo e urina 1. Embora seis lâminas de procura do Plasmodium tenham resultado negativo, começamos o tratamento antimalárico e sintomático com: Mefloquina 500mg, dipirona, metoclorpramida, cimetidina, soro fisiológico e glicose 50% com monitoramento do balanço hídrico e sinais vitais.Tendo evoluído com melhora do quadro, assintomática, recebeu alta no dia 14/01/06 às 10 horas com primaquina 15mg de 12 em 12 horas por sete dias, dipirona de 8 em 8 horas se necessário e orientações gerais.

 

Internação 2:

 

Paciente Maria Elaine de Souza, 14 anos, nascida em 26/07/91 em Santa Luzia (AM), reside atualmente em Nova Esperança (Gleba do Rio Preto), agricultora, amasiada, evangélica, com ensino fundamental incompleto, foi atendida em consulta no dia 15/01/06 em Jacarezinho (Gleba do Rio Preto) com queixa de cefaléia, icterícia, astenia há uma semana e um episódio de êmese com coloração amarelada e conteúdo alimentar. Refere colúria sem disúria, nega febre e outras queixas.

Gestante de aproximadamente 24 semanas (G1P0A0). Ao exame físico foram encontradas as seguintes alterações:

·        Ictérica (2+/4+);

·        Taquicardia (115 bpm);

·        Abdome com fígado palpável a 6 cm do rebordo costal direito com bordas lisas e cortantes, doloroso à palpação e baço palpável a 6 cm do rebordo costal esquerdo.

Foram solicitados exames: hemograma, glicose, tipagem sanguínea (inclusive do cônjuge), HIV 1e 2, AgHBS, IgM e IgG de toxoplasmose e rubéola, urina 1, exame de secreção vaginal, EPF, PP, TGO, TGP e bilirrubinas.Com as seguintes alterações: hemograma com pancitopenia, urina com nitritos, proteínas e glicose (+/4+), bilirrubinas (3+/4+), bilirrubina total de 26 à custa de bilirrubina indireta.Foi feito punção medular e internada no dia 17/01/06. Administrado mefloquina 1000 mg, sulfato ferroso, sintomáticos e dieta livre. Apresenta-se assintomática e segue a Porto Velho para confirmação diagnóstica e tratamento.

 

 

 

 

Total de Atendimentos Médicos/Enfermagem

 No Rio Machado/Preto

 

Dia 08/01/06 à 22/01/06

 

Total de Atendimentos:209

 

Idade

Criança:90      

Adultos:103

Idosos:16

 

Sexo

Masculino:92

Feminino:117

 

Patologias

Doenças Crônicas e Degenerativas:17

Doenças Infecciosas e Parasitárias:74

Pré-natal:05

Consultas Ginecológicas e Preventivos:23

Procedimentos:08                                                                                               

Consultas Gerais:116

Internações:02

 

 

 

Atendimento Médicos em Monte Negro

Dia 26/01/06 à 02/02/06

 

Total de Atendimentos:450

 

Idade

Criança: 76     

Adultos: 314

Idosos: 60

 

Sexo

Masculino: 145

Feminino: 305

 

Patologias

Doenças Crônicas e Degenerativas: 89

Doenças Infecciosas e Parasitárias: 95

Pré-natal: 02

Consultas Ginecológicas e Preventivos: 89

Procedimentos: 21

Consultas Gerais: 158

Internações: 0

 

Total de Atendimentos Médicos/Enfermagem

em Rondônia

Dia 08/01/06 à 02/02/06

 

Total de Atendimentos:659

 

Idade

Crianças: 166

Adultos: 417

Idosos: 76

 

Sexo

Masculino: 237

Feminino: 422

 

Patologias

Doenças Crônicas e Degenerativas: 106

Doenças Infecciosas e Parasitárias: 169

Pré-natal: 07

Consultas Ginecológicas e Preventivos: 112

Procedimentos: 29

Consultas Gerais: 274

Internações: 02

 

  

RELATÓRIO DE ODONTOLOGIA

 

 

 

 

 

                    A equipe de Odontologia composta do cirurgião-dentista Ricardo Henrique Alves da Silva (coordenador de área) e das acadêmicas de Odontologia das Faculdades São Lucas, Diana Carla Soares e Joelma Souza partiram em expedição com destino aos Rios Madeira, Preto e Machado no dia 08 de Janeiro de 2006 a bordo do Barco Hospital Floriano Riva Filho, pertencente ao município de Porto Velho-RO.

                    Dentre os objetivos da expedição, além do atendimento clínico à população ribeirinha, realizar-se-ia nova tomada de índice PHP, realização de instrução de higiene oral e reforço no treinamento de agentes comunitários nas comunidades referentes ao projeto de pesquisa fomentado pelo CNPq através do Edital 038/2004.

 

1. ATENDIMENTO CLÍNICO

 

1.1 Nazaré das Farinhas (09/01/06 à 10/01/06)

 

Exame Clinico

12

ART

15

Exodontia

02

IRM

02

Raspagem

32

Masculino

06

Feminino

06

Total de procedimentos

49

 

 

 

1.2 Calama (11/01/06 à 12/01/06)

 

 

Exame clinico

14

ART

12

Exodontia

04

IRM

02

Raspagem

06

Profilaxia

01

Masculino

06

Feminino

08

 

1.3 Gleba do Rio Preto - Jacarezinho (13/01/06 à 15/01/06)

                                                                                            

Exame clinico

11

ART

05

Exodontia

03

IRM

01

Raspagem

00

Profilaxia

00

Masculino

05

Feminino

06

 

PROJETO CNPq: No dia 14 de janeiro de 2006 foi entregue ao Sebastião Carvalho Neves, morador da localidade, um tubo de flúor, para entregar a professora da escola, pois a mesma não compareceu ao barco. Este relatou que está sendo realizada aplicação tópica de flúor nas crianças a cada 30 dias, informação esta confirmada por mais integrantes da comunidade. O cirurgião-dentista Ricardo avaliava o método e as acadêmicas Diana e Joelma procediam a anotação das fichas de PHP e posterior instrução de higiene oral.

 

1.4 Gleba do Rio Preto - Ademir (16/01/06 à 17/01/06)

 

Exame clinico

10

ART

08

Exodontia

01

IRM

00

Raspagem

04

Profilaxia

00

Masculino

07

Feminino

03

           

PROJETO CNPq: No dia 17 de janeiro de 2006 foi entregue a Maria Áurea da Silva esposa do Ademir, moradores da localidade, um tubo de flúor. Esta relatou que foi realizada aplicação tópica de flúor nos meses de agosto, setembro e novembro. Foi ressaltada a importância da continuidade da ação e tomada de PHP dos moradores da comunidade.

 

1.5 Gleba do Rio Preto - Santa Isabel (18/01/06 à 19/01/06)

 

Exame clinico

06

ART

06

Exodontia

00

IRM

00

Raspagem

04

ATF

14

Masculino

02

Feminino

04

 

PROJETO CNPq: No dia 18 de janeiro de 2006 foi realizada palestra sobre escovação bucal, pela as acadêmicas Diana e Joelma, e também aplicação tópica de flúor nas14 crianças que se encontravam na escola Santa Isabel. Houve distribuição de escovas, cremes dentais e folder, conscientizando a importância da súde bucal.

 

1.6 Rio Machado, Demarcação - (21/01/06)

 

Exame clinico

11

ART

11

Exodontia

00

IRM

03

Raspagem

16

ATF

00

Masculino

04

Feminino

07

 

 

 

2. REGISTRO DE PHP- GLEBA DO RIO PRETO

 

PHP realizados

33

PHP não realizados

18

PHP novos

06

 


 

COMPONENTE BIOMEDICINA

 

 

        O laboratório prestou apoio na realização de vários exames complementares às atividades de enfermagem e medicina, além de importante apoio na coleta de material para projetos de pesquisa fomentados pelo CNPq e FINEP.

 

PROJETOS DE PESQUISA- COLETAS REALIZADAS

 

 

Localidade

Data

Cand.vulv.

Cand.oral

Mic.sup.

Solo

Malária

Nazaré

09-01

0

0

05

02

0

Nazaré

10-01

01

02

06

0

0

Calama

11-01

01

0

02

10

0

Calama

12-01

07

01

0

0

0

Jacarezinho

13/01

01

0

02

0

0

Jacarezinho

14/01

01

0

03

0

0

Jacarezinho

15/01

06

02

05

0

0

Ademir

16/01

0

0

02

0

0

Ademir

17/01

0

02

01

0

0

Santa Izabel

18/01

0

0

09

0

0

Santa Izabel

19/01

01

0

0

0

0

Demarcação

21/01

06

03

0

0

130

 


EXAMES DE FEZES REALIZADOS

 

 

Foram realizados 98 exames parasitológicos de fezes, para a pesquisa de parasitas intestinais, sendo encontrada a seguinte prevalência:

 

 

EXAMES REALIZADOS NO BARCO HOSPITAL

 

 

Foram realizados hematócritos, hemogramas, bioquímicas em geral, pesquisa de plasmodium, E.A.S, E.P.F., micológico direto e bacterioscopia de secreção vaginal:

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

Dada à importância dos aspectos nutricionais no desenvolvimento de uma pessoa ou comunidade, o Instituto de Ciências Biomédicas 5 (ICB-5), coordenado pelo Profº Drº Luiz Marcelo Aranha Camargo, com o projeto de atendimento assistencial às comunidades ribeirinhas da Amazônia, implantou uma equipe de Nutrição para desenvolver trabalhos e diagnósticos pertinentes a esta área.

            Esta equipe coordenada pela nutricionista, Ariana Vieira Rocha, vêm ao longo de um ano, estabelecendo um perfil nutricional dessas populações.

            Com trabalhos já desenvolvidos no Vale do Guaporé, Machadinho D’Oeste, e algumas comunidades do Rio Madeira, esta equipe empenha-se novamente em assistir as comunidades mais carentes do Baixo Rio Madeira, entre elas Nazaré, Calama, Gleba do Rio Preto e Demarcação.

Esse atendimento é realizado através de dados antropométricos, hábitos de vida e inquérito alimentar. Realizando orientação nutricional de acordo com os hábitos alimentares e necessidades decorrentes de morbidades, individualmente.

            Este estudo é parte de um projeto amplo de diagnóstico interdisciplinar das condições de saúde da população ribeirinha da região amazônica, no sentido de alimentar órgãos governamentais com informações necessárias à implementação de ações que promovam a saúde desta população. Durante o levantamento das informações junto à população, foram prestados atendimentos preventivos e corretivos, nas especialidades que compunham a equipe.


 JUSTIFICATIVA

 

 O SISVAN, 2004, define atitude de vigilância como um olhar diferenciado para cada indivíduo, para cada grupo, para cada fase do ciclo de vida. A avaliação do estado nutricional se constitui num instrumento que permite a determinação da amplitude e da distribuição geográfica dos distúrbios nutricionais, possibilitando a identificação e análise dos fatores determinantes destas condições (CRISPIM, 2004).

A Constituição Federal do Brasil de 1998, assim expressa em seu artigo 196: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Infelizmente o acesso a uma boa política nutricional não chega nem perto de ser igualitária, se fazem necessários programas mais abrangentes.

Ao traçar o perfil de uma população, se objetiva identificar os problemas que a atinge e procurar, de alguma forma, promover a saúde e a sua relação com o modo de viver. “A promoção da saúde representa um amplo processo social e político, ela não engloba apenas as ações dirigidas para o fortalecimento das habilidades e capacidades dos indivíduos, mas também das ações direcionadas para as mudanças nas condições sociais, ambientais e econômicas, de forma a avaliar seu impacto sobre a saúde públicas e individual”. A promoção da saúde é o processo que possibilita às pessoas aumentar o controle sobre determinantes da saúde e dessa forma melhorá-la Organização Mundial de Saúde - OMS,1998.

O viver saudável inclui diversos aspectos relacionados ao modo de vida. Sendo este dependente da cultura, da crença e dos valores compartilhados com a comunidade. Essa combinação de aspectos individuais e coletivos, associadas a fatores como as reações emocionais, nos mostra o quanto é complexo pensar em saúde e falar de uma vida saudável.

A avaliação nutricional de populações requer os princípios gerais da investigação científica. Este projeto de pesquisa visa à avaliação do estado nutricional de um determinado grupo de pacientes, tendo em vista que a alimentação exerce papel fundamental para a promoção, manutenção e recuperação da saúde. Várias doenças que se apresentam com maior incidência entre os adultos e crianças estão relacionadas à alimentação, seja como causa, como forma de tratamento ou controle. Visa também subsídios para a melhoria das condições de vida da população em estudo.

METODOLOGIA

O peso foi medido em quilogramas, utilizando-se balança de plataforma Welmy, e plenna (portátil – digital), ambas com capacidade até 150 Kg e precisão de 100 gramas. A altura foi medida em metros, utilizando o estadiômetro da balança Welmy com alcance de 200 cm e escala de 5 mm.

Levando em consideração o gênero e a idade da população estudada posicionou-se a criança, adolescente e o adulto de costas para a balança, descalço com o mínimo de roupa possível e a cabeça livre de adereços, no centro do equipamento, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Em posição ereta e olhar fixo na altura da linha do horizonte, plano de Frankfort.

Para avaliação e diagnóstico nutricional de crianças e adolescentes os dados de peso, altura, entre outros, quando combinados tornam-se um índice. Foram utilizados os índices nutricionais mais amplamente usados, recomendados pela Organização Mundial de Saúde – OMS, (1998) e adotados pelo Ministério da Saúde. Para a avaliação do estado nutricional de crianças. Foram adotados os índices ALTURA/IDADE, PESO/IDADE. E para os adolescente o IMC/IDADE mantendo os mesmos pontos de corte e classificação já padronizados.

A partir dos dados coletados de adultos foram obtidos os Índice de Massa Corpórea - IMC, O peso em quilogramas é dividido pela altura em metros ao quadrado. Sendo esta classificação da seguinte forma. Os indivíduos com peso abaixo do normal IMC menor que 18.5, há maior predisposição para males como desnutrição e infecções pulmonares. Os que apresentaram IMC 18.5 – 24.9 foram considerados normais. Já os que obtiveram IMC 25 – 29.9 classificados dessa forma como sobrepeso, começam a aparecer às chances de surgimento de complicações como diabetes, hipertensão arterial e colesterol. Todos os pacientes classificados com IMC acima de 30 foram considerados como obesidade. Nessa faixa sobem os riscos de surgimento de doenças relacionadas às juntas articulares e obesidade mórbida acompanhada de várias doenças relacionadas ao excesso de peso.

A antropometria é muito útil para o diagnóstico nutricional dos idosos. É um método simples e com boa predição para doenças futuras, mortalidade e incapacidade funcional, podendo ser usada como triagem inicial, tanto, para diagnóstico quanto para monitoramento de doenças. Nos procedimentos de diagnóstico e acompanhamento do estado nutricional de idosos, a Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN utiliza como critério prioritário o sistema de classificação do índice de massa corporal – IMC, recomendado pela Organização Mundial de Saúde – OMS, considerando os pontos de corte diferentes daqueles utilizados para adultos. Onde a faixa de normalidade se encontra entre 22 a 27 Kg/m², isto devido às alterações fisiológicas nos idosos.

o       Declínio da altura;

o       O peso pode diminuir com a idade (mais evidente nos homens);

o       Alterações ósseas;

o       Mudança na quantidade e distribuição do tecido adiposo subcutâneo;

o       Redução da massa muscular.

 

Para avaliar o estado nutricional da gestante, são necessários a aferição do peso e da estatura da mulher e o cálculo da idade gestacional. O índice de massa corporal - IMC é utilizado, através do peso pré – gestacional, verificando o ganho de peso da gestante conforme a idade gestacional o mês de gravidez. Desta forma, gestantes com IMC adequado devem ganhar, ao final da gestação, entre 11,4 e 16 Kg. Aquelas com sobrepeso devem acumular entre 7,0 e 11,5 Kg e as obesas devem apresentar ganho em torno de 7,0 Kg e 11,5 e as obesas devem apresentar ganho em torno de 7, 0 Kg com recomendação específica de acordo com o trimestre de gestação (SISVAN, 2004).

 

 

 

DADOS UTILIZADOS

 

Fornecimento e Tratamento da Água

 

            Devido ao número de doenças veiculadas pela água, e a influência dessas doenças sobre o estado nutricional, principalmente das crianças, foi levantado à fonte de água para consumo e se a mesma tem tratamento.

 

Destino dos Dejetos

 

Foram identificados os destinos dos dejetos , pois quando não há um tratamento adequado desse material, ele se torna contaminante das águas próximas ao seu destino, deixando a população com maior risco de desenvolver agravos como cólera, diarréia e verminoses.

 

Escolaridade

 

            A importância de se saber a escolaridade, vem junto com os níveis de conhecimento relacionado ao estado social, desde a capacidade de socialização até o conhecimento da necessidade do tratamento da água.

            Dividiu-se a população em quatro níveis de escolaridade:

·        Analfabeto: não sabe ler e escrever

·        Alfabetizado: apenas sabem desenhar o nome;

·        Fundamental: cursaram total ou parcialmente o ensino fundamental (até a 8ª série);

·        Médio: cursaram total ou parcialmente o ensino médio;

·        Superior: cursaram total ou parcialmente um curso de nível superior.

 

Faixa Etária da População

 

            Foram consideradas quatro faixas etárias:

 

·        0 a 10 anos, crianças

·        11 a 19 anos, adolescentes

·        20 a 59 anos, adultos

·        60 ou mais anos, idosos

 

Média de Idade de Maternidade

 

            Este dado mostra a capacidade e o conhecimento das famílias sobre como executar o planejamento familiar. Sendo que a idade de gestação pode influenciar no estado nutricional das crianças, a nas condições de saúde da mãe. Considerando também, que mães adolescentes até dezoito anos, normalmente não têm condições de administrar um lar.

 

Tempo Médio de Amamentação

 

            O leite materno é a melhor forma de alimentar uma criança até os seis meses de vida, além dos nutrientes, o leite fornece defesas imunológicas. Crianças amamentadas exclusivamente até os seis meses têm melhor desenvolvimento físico e intelectual em relação às crianças não amamentadas.

 

Ingesta Diária de Água

 

            A ingestão de água diária foi considerada em três níveis, ruim: (de 1 a 3 copos), razoável: (de 3 a 5 copos) e ideal: (acima de 6 copos).

            A importância da ingesta de água em quantidades necessárias é decorrente da função que a mesma exerce sobre o organismo humano, mantendo o metabolismo estável, e como meio de realização de algumas reações necessárias a vida. Quando há pouca ingesta de água, o organismo, para poupar água, diminui seu ritmo de funcionamento, predispondo a um acúmulo maior de peso.

De acordo com Dutra, 1998, a água tem grande importância nos processos digestivos, respiratórios e excretórios, além de ser fundamental para a manutenção da temperatura corporal. A sua ausência possui efeito mais intenso sobre a capacidade do organismo em exercer uma tarefa qualquer do que a falta de alimento sólido. A redução entre 4 e 5% da água corpórea reduz de 20 a 30% a capacidade de trabalho dos órgãos e sistemas.

Dutra, 1998, preconiza que a média diária de ingestão oral de água pelo adulto seja de 1500mL a 3000mL.

 

Número de Refeições Diárias

 

            Este dado foi classificado de (1 a 3 refeições), (4 a 5 refeições), (6 ou mais). Sendo que o número mínimo (ideal) de refeições é 4.

            Considerando que pessoas que realizam mais refeições com quantidades reduzidas, têm menor predisposição a desenvolver a obesidade, em relação àquelas que realizam poucas refeições com mais quantidades.

O ministério da saúde, 2005, recomenda que de 4 a 6 refeições diárias, justificando que quando não se realiza as refeições principais como café da manhã, almoço, lanche ou jantar, há uma tendência a compensar na refeição seguinte, levando muitas vezes a um consumo exagerado de calorias na mesma refeição. Sendo o ideal realizar o desjejum, almoço, jantar, um pequeno lanche entre o desjejum e o almoço, um lanche entre o almoço e o jantar e uma ceia antes de dormir.

 

Freqüência do Consumo Alimentar

 

            Através do inquérito alimentar, foi possível qualificar a alimentação dos pacientes atendidos, onde os mesmos respondiam voluntariamente quando consumiam os alimentos. Se o consumo era diário/ 1 a 3 vezes por semana / apenas 1 a 3 vezes por mês/ raramente / nunca.

O Guia alimentar da Pirâmide, proposto pelo Departamento de Agricultura dos EUA, em 1992, sugere que as frutas e vegetais deve ser de no mínimo 4 porções diárias, sendo estas variadas, para assegurar um aporte ideal de vitaminas e minerais, que são encontrados principalmente neste grupo de alimentos.

 


EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

ICB-5 USP

 

RELATÓRIO PARCIAL DE NUTRIÇÃO

 

LOCALIDADE DE NAZARÉ

 

 

Adultos:                                   8

Adolescentes:                          1

Crianças:                                 14

Total de atendimentos: 23 pessoas

 

Fornecimento de água:    100% relataram que tinham como fonte de água o rio

Tratamento de água:                   33% filtra, 45% cloro, 22% nenhum

Escolaridade de crianças:            100% relataram que freqüentam a escola

Média de idade de maternidade:          20 anos

Tempo médio de amamentação:           5 meses

 

Desenvolvimento das Crianças:

 

 

Escolaridade dos pacientes atendidos:

             

Faixa etária da população atendida:

 

Classificação de estado nutricional de adultos de acordo com o IMC:

 

 

Ingesta diária de água:

 

 

 

 

 

 

Número de refeições diárias:

 

 

Destino de dejetos:

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Cereais, Açúcar, Gordura

 

 

Freqüência do Consumo de Folhosos e Legumes

 

 


Freqüência do Consumo de Frutas

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Carne e Leguminosa (feijão)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Leite e Derivados

 

 

 

 

 

Modo de Preparo: Fritura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

ICB-5 USP

 

RELATÓRIO PARCIAL DE NUTRIÇÃO

 

LOCALIDADE DE CALAMA

 

           

Adultos:                                   14

Adolescente:                            5

Crianças:                                 15

Total de atendimentos: 34 pessoas

 

Fornecimento de água: 88% das pessoas com acesso a água da CAERD e 12% do Rio

Tratamento de água:                72% utilizam cloro, 9% filtra, 9% ferve e 14% nenhum tratamento

Escolaridade das crianças:       100% relatou freqüentar a escola

Média de idade de maternidade:          21 anos

Tempo médio de amamentação:           4,5 meses

 

Desenvolvimento das crianças:

 

Escolaridade de adultos:

 

 

Faixa etária da população atendida:

 

 

 

 

 

 

 

Classificação do estado nutricional de adultos de acordo com o IMC:

 

 

Ingesta diária de água:

 

 

 

 

 

 

 

Número de refeições diárias:

 

 

Destino de dejetos:

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Cereais, Açúcar, Gordura

 

 

Freqüência do Consumo de Folhosos e Legumes

 

 


Freqüência do Consumo de Frutas

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Carne e Leguminosa (feijão)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Leite e Derivados

 

 

 

 

Modo de Preparo: Fritura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

ICB-5 USP

 

RELATÓRIO PARCIAL DE NUTRIÇÃO

 

LOCALIDADE DE DEMARCAÇÃO

 

           

Adultos:                                   18

Adolescente:                            7

Crianças:                                 15

Idoso                                       5

Total de atendimentos: 45 pessoas

 

Fornecimento de água:           57% rio, 33% poço cacimba, 7% mina,, 3 % CAERD

Tratamento de água:                          77% cloro, 13% nenhum, 10% filtra

Média de idade de maternidade:          17 anos

Tempo médio de amamentação:           6,9 meses

 

Desenvolvimento das crianças:

 

 

 

 

 

Escolaridade de adultos:

 

 

 

Faixa etária da população atendida:

 

 

 

Classificação do estado nutricional de adultos de acordo com o IMC:

  

Ingesta diária de água:

 

Número de refeições diárias:

 

 

Destino de dejetos:

 

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Cereais

 

 

Freqüência do Consumo se Açúcar e Gordura

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Folhosos e Legumes

 

 

 

Freqüência do Consumo de Frutas

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Carne e Leguminosa (feijão)

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Leite e Derivados

 

 

 

Modo de Preparo: Fritura

 

 

 

 

 

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

ICB-5 USP

 

RELATÓRIO PARCIAL DE NUTRIÇÃO

 

LOCALIDADE DE GLEBA DO RIO PRETO - JACAREZINHO

 

 

 Adultos:                                  20

Adolescente:                            5

Crianças:                                 16

Idoso                                       1

Gestante                                 3

Total de atendimentos:          45 pessoas

 

Fornecimento de água:           100% rio

Tratamento de água:                          71% cloro, 8% nenhum, 21% filtra

Média de idade de maternidade:          17 anos

Tempo médio de amamentação:           6,1 meses

 

Desenvolvimento das crianças:

 

            Apenas 2 das 16 crianças atendidas se encontram com baixo peso em todos os índices: Peso / Altura, Peso/ Idade, Altura / Idade. Enquanto as outras 14 em normalidade.

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Escolaridade de adultos:

 

 

 

Faixa etária da população atendida:

 

 

 

 

Classificação do estado nutricional de adultos de acordo com o IMC:

 

 

 

Ingesta diária de água:

 

 

 

 

 

 

 

 

Número de refeições diárias:

 

 

Destino de dejetos:

 

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Cereais, Açúcar, Gordura

 

 

 

Freqüência do Consumo de Folhosos e Legumes 

 

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Frutas

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Carne e Leguminosa (feijão)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Leite e Derivados

 

 

 

 

 

 

 

Modo de Preparo: Fritura

 

 

 

 

 

 

 

 

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

ICB-5 USP

 

RELATÓRIO PARCIAL DE NUTRIÇÃO

 

LOCALIDADE DE GLEBA DO RIO PRETO - ADEMIR

 

 Adultos:                                  9

Adolescente:                            6

Crianças:                                 2

Idoso                                       1

Total de atendimentos:          18 pessoas

 

Fornecimento de água:           100% rio

Tratamento de água:                          70% cloro, 6% ferve,  24% filtra

Média de idade de maternidade:          18 anos

Tempo médio de amamentação:           6,1 meses

 

Desenvolvimento das crianças:

 

            As duas crianças atendidas se encontram em patamares de normalidade; Peso/ Altura, Peso/ Idade, Altura/ Idade.

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Escolaridade de adultos:

 

 

 

Faixa etária da população atendida:

 

 

 

 

 

Classificação do estado nutricional de adultos de acordo com o IMC:

 

 

Ingesta diária de água:

 

 

 

 

 

 

 

Número de refeições diárias:

 

 

 

Destino de dejetos:

 

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Cereais, Açúcar, Gordura

 

 

 

Freqüência do Consumo de Folhosos e Legumes 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Frutas

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Carne e Leguminosa (feijão)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Leite e Derivados

 

 

 

 

 

Modo de Preparo: Fritura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

ICB-5 USP

 

RELATÓRIO PARCIAL DE NUTRIÇÃO

 

LOCALIDADE DE GLEBA DO RIO PRETO – SANTA ISABEL

 

 

 Adultos:                                  8

Adolescente:                            2

Crianças:                                 5

Total de atendimentos:          15 pessoas

 

Fornecimento de água:           100% rio

Tratamento de água:                          80% cloro, 20% filtra

Média de idade de maternidade:          19 anos

Tempo médio de amamentação:           5,9 meses

 

Desenvolvimento das crianças:

 

            Apenas 1 das 5 crianças atendidas se encontra com baixo peso em todos os índices: Peso / Altura, Peso/ Idade, Altura / Idade. Enquanto as outras 4 em normalidade.

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Escolaridade de adultos:

 

 

 

Faixa etária da população atendida:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Classificação do estado nutricional de adultos de acordo com o IMC:

 

 

 

Ingesta diária de água:

 

Número de refeições diárias:

 

 

 

Destino de dejetos:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Cereais

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Folhosos e Legumes 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Frutas

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Carne, Açúcar, Gordura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Freqüência do Consumo de Leite e Derivados

 

 

 

 

 

Modo de Preparo: Fritura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONCLUSÃO

 

A partir do conhecimento sobre o perfil nutricional de uma população, é possível interferir em seus hábitos alimentares, modificando-os com o intuito de melhorar sua qualidade de vida e prevenir ou retardar o desenvolvimento de determinadas doenças. O estado nutricional é a condição de saúde de um indivíduo, influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes, identificada pela correlação de informações obtidas de estudos físicos, bioquímicos, clínicos e dietéticos.

O equilíbrio entre ingestão e necessidade de nutrientes é influenciado pelo comportamento alimentar, por fatores econômicos, culturais, emocionais e pelo estado de saúde. O reflexo das desigualdades sociais, em qualquer país, pode ser direta ou indiretamente avaliado através das condições nutricionais da sua população. A história familiar, renda salarial são fatores que podem influenciar no curso da doença e na presença de comorbidades. As pessoas somente acatam a condição de prevenção quando os problemas degenerativos já ocorrem. Sendo que a alimentação equilibrada protege e previne.

 Observou-se que as populações em estudo, sofrem em escassez quando se trata de vegetais de modo geral, e em virtude da estação de cheia a precariedade é ainda maior, pois os rios não oferecem o peixe como é de costume na seca. Isto foi verificado principalmente na comunidade de Demarcação, onde a freqüência do consumo de carnes e leguminosa (feijão), por 13% da população não era diário.

A família é um dos fatores responsável pelos hábitos alimentares de crianças e adolescentes. A ferramenta mais segura e eficiente para atacar esse problema é investir em medidas de saúde pública que dependem de uma vontade política governamental. Este estudo descreve a situação nutricional da população estudada, fazendo uma abordagem inicial para futuras análises e pesquisas mais aprofundadas das causas e diferenciações dos desvios nutricionais detectados. Embora a maior parte da população adulta tenha se mostrado dentro de uma normalidade de peso, há uma incidência muito alta de doenças relacionadas principalmente aos aspectos nutricionais, como diabetes, hipertensão, dislipidemias, e a mais comum atingindo mais que 20% da população, a gastrite.

 As estratégias preventivas e terapêuticas a serem elaboradas e desenvolvidas, devem considerar os desvios sociais e econômicos aos quais estão submetidas à população. Para que a atividade econômica da população estudada resulte em benefícios para qualidade de vida, são fundamentais investimentos públicos em educação profissional e principais fontes de renda.

 

BIBLIOGRAFIA

 

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Resolução 196/1996.

 

 

CRISPIM, SP; GRILLO LP.; SANTOS PF; FELIPE, M, RF. Situação nutricional de população em cidade com baixo índice de desenvolvimento humano, Castro Alves – Bahia. Nutrição Brasil, set./out 2004; 3(5); 297-303.

 

J.E.Dutra-de-Oliveira; J. Sérgio Marchini. Ciências Nutricionais. Editora Sarvier, 1998, São Paulo.

 

MARCONDES, E. Normas para a diagnóstico e a classificação dos distúrbios do crescimento e da nutrição: última versão. Pediatria, S. Paulo, 4: 307-26, 1982.

 

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Vigilância Alimentar e Nutricional SISVAN. Orientações básicas para a coleta, o processamento, a analise e a informação em serviços de saúde, serié A, normas e manuais técnicos. Brasília, 2004.

Organização Mundial da Saúde. Reunião Mista. Necessidades de energia e proteína. São Paulo: Roca, 1998. 225p (OMS – Série de Relatos Técnicos, 724).

 


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