HISTÓRIA DOS HINOS : Irmão
Carlos Muñoz
Dou graças ao Senhor por tantas bençãos recebidas nesta ano e porque Ele tem colocado sua mão poderosa e tem derramado tanto amor na minha vida, que me tem permitido levar este ministério em diante. Estou compartindo uma boa e uma má noticia, primeiro comentarei aa boa: me tem confirmado um convite para visitar e levar a mensagem da Palavra de Deus na Argentina(mendoza) e no Chile (Santiado e Viña del Mar). o plano é tão intenso que debo permanecer por la até fins de fevereiro do próximo ano. A má noticia é que durante todo este tempo não poderei enviar estes mensagens de edificação e somente voltaremos a nos encontrar em Março e durante todo este tempo solicito que não me enviem mensagens para não encher a minha caixa podtal que não terei como administrar-la; Peço a meus irmão que orem para que esta viagem seja a vontade de Deus e possa compartilhar as minhas experiencias que tive este año que termina, tanto de gozo como de tristeza. Aguardo sua compreensão e apoio e somente terei tempo para enviar as mensagens da proxima quinta-feira a tarde, por este motivo de forma adiantada lhes envio um forte abrazo y que a festa deste fim de ano seja de gratidão pelas bençãos recebidas. Irmão Carlos _ O SEMEADOR DE INTERLAGOS ÍNDICE :
42. CRISTO PARA MIM (20/12/05)
Entre os inúmeros escritores de hinos evangélicos
do século 19, temos o Sr. Henrique Maxwell Wright nascido em Lisboa,
portugal, no dia 7 e Dezembro de 1849, e que morreu no ano de 1931.
Era filho de pais ingleses, os quais eram
verdadeiramente cristãos.
Dedicou-se, primeiramente, ao comércio, mudando-se,
depois para Londres a fim de cuidar de seus interesses profissionais.
Ali converteu-se ao Senhor. Mais tarde, assistindo
à campanha do evangelista D. L. Moody, em 1874-1875, e renunciou a sua
atividade comercial para dedicar-se exclusivamente ao serviço do Evangelho.
Dedicou-se à evangelização na Inglaterra
e Escócia durante tres anos. Em 1887 regressou a Portugal. Ali trabalhou
não só no Continente, mas também nas ilhas, como Madeira, São Miguel
e Açores. Visitou o Brasil quatro vezes: uma em 1881, outra em 1890-1891,
outra em 1893 e, por último, em 1914.
Era pregador vibrante e convicto e possuía
belíssima voz.
Gostava imensamente de pregar o Evangelho
ao ar livre. Na última viagem que fez ao Brasil, em 1890-1891, divulgou,
com muito entusiasmo, este hino: "Cristo Pra Mim".
Numa de suas pregações em praça pública,
um bêbado começou a perturbar a reunião e ele, dirigindo-se ao ébrio,
repreendeu-o, aquietou-o e aconselhou-o até ao ponto de levá-lo
a cantar com os olhos lacrimejantes: "Oh, que descanso em Jesus encontrei...
Cristo pra mim! Cristo pra mim!".
Conta-se que um missionário também ao penetrar
no interior do norte da Índia para evangelizar uma tribo selvagem, viu-se,
inesperadamente, cercado por nativos que, armados com arco e flechas,
ameaçavam sua vida. Esperando a morte a qualquer instante, tomou seu
violino e começou a tocar um hino: "Saudai o Nome de Jesus".
Eis que a música tocou de tal maneira os
corações daqueles homens que pediram que continuasse tocando. Depois
o levaram à sua vila, onde foi bem acolhido. Em pouco privilégio de
ouvir diversos dos seus convertidos cantarem louvores ao seu Salvador!
Um irmão testemunhou a respeito do irmão
Wright, dizendo o seguinte: "A minha amizade com H. M. Wright durou
uns 20 anos, até ao fim de sua vida. O que mais aprecio lembrar dele
é que durante todos os anos de nossa amizade, nunca cheguei a saber
qual era a sua denominação. Ele nunca disse e eu nunca perguntei! Porém,
por toda a parte os interesses de Deus eram os seus interesses e o povo
de Deus, seus irmãos em Cristo" .
A música deste hino é CLEANSING FOR ME, de
Robert H. Booth (1862-1926).
Henrique Maxwell Wright (letra) (1849 - 1931) Robert H. Booth (música)
Naceu no 26 de Agosto de 1862, em Penzance, Cornwall, Reino Unido (su nombre de nacimiento es recordado como Herbert Henry). faleceu no 25 de Setembro de 1926, em Yonkers, Nova Iorque, EUA descansa no cemitério Kensico, em White Plains, Nova Iorque, EUA HINO - CRISTO PARA MIM Oh, que descanso em Jesus encontre! Cristo pra mim! Cristo pra mim! Oh, que teouros infindos achei! Cristo pra mim! Cristo pra mim! Queiram os outros o mundo pra si; Queiram riquezas, delícias, aqui! Eu buscarei, meu Jesus, sempre a Ti! Cristo pra mim! Cristo pra mim! Quer na aflição, na doença ou na dor, Cristo pra mim! Cristo pra mim! Quer na saúde, na força ou vigor, Cristo pra mim! Cristo pra mim! Sempre ao meu lado, pra me socorrer Com Seu amor, sim, e com Seu poder, Em cada transe Ele quer me valer, Cristo pra mim! Cristo pra mim! No dia amargo da perseguição, Cristo pra mim! Cristo pra mim! Nas duras provas e na tentação, Cristo pra mim! Cristo pra mim! Ele o pecado e o mundo venceu, Quando por mim no Calvário morreu, E da vitória a certeza me deu; Cristo pra mim! Cristo pra mim! Quando no vale da morte eu entrar, Cristo pra mim! Cristo pra mim! Quando perante meu Deus me encontrar, Cristo pra mim! Cristo pra mim! Só no Teu sangue confio, Senhor! Só no Teu sempre imutável amor. Inda outra vez cantarei, Salvador; Cristo pra mim! Cristo pra mim! Hinos On Line - Edgard de Almeida
43. Hino - DIVINO AMOR Como contar de Deus o amor,
Que o filho amado ao mundo deu? Quem poderá sondar a dor Que meu Jesus, na cruz, sofreu? Quero adorar a meu Senhor
por seu divino e santo amor! Quero adorar a meu Senhor por seu divino e santo amor! Oh, que mistério singular;
Jesus morreu por mim, um réu! O própio Deus aqui baixar Pra me levar da terra ao céu! Era Senhor, mas quiz servir!
Maravilhoso o Seu amor! Tudo pagou , pra redimir A mim, indigno pecador! Os meus grilhões Jesus quebrou
Com Sua poderosa mão! Por Seu poder me libertou, Não vivo mais na escravidão. Condenação não temerei:
De Cristo sou e Cristo é meu! É meu Pastor, Senhor e Rei, Com Ele irei gozar no céu! Este notável hino, adaptado por José Ilídio Freire (1892 - 1987), como muitos outros, teve também como autor, o célebre Carlos Wesley, nascido em Epworth Restory, Lincolnsrure, Inglaterra, em 1707, e falecido em Londres, em 1788. O panorama religioso da Inglaterra do século
18 foi mudado por dois irmãos:
João e Carlos Wesley. Eles foram m dois mais novos sobreviventes da família famosa de Samuel e Susana Wesley. Ambos nasceram em Epworth Restory; ambos
foran grandemente usados pelo
Senhor em seus respectivos lugare~ durante o reavivamento espiritual de âmbito nacional, em seu~ dias; e ambos são, atualmente contados entre os homem notáveis da Inglaterra, na Abadia de Westminster. No princípio do século 18, o costume de
freqüentar ( igreja, na Inglaterra,
era negligenciado e corrupto. O clero en mundano; as reuniões falhavam freqüentemente e a visita : igreja era quase desconhecida. Em Epworth, no entanto, as coisas eram
bem diferentes porque lá Samuel se
esmerava num fiel ministério para c Senhor. Ainda que em circunstâncias adversas, por causa d; pobreza, e, às vezes, sem poder satisfazer as própria necessidades da vida, a sua fé e a sua moral sempre foram do mais alto padrão e isso ele procurava compartilhar tanto aos seus paroquianos quanto aos seus familiares. Porém, talvez, a figura central daquele
lar na comunicade de Epworth era a
mãe, Susana Wesley; uma senhora notável pela fé e dedicação com que cuidava dos seus dois filhos, tanto fisica quanto espiritualmente. E, tendo uma mãe tal como Susana Wesley,
os filhos foram, realmente, muito
abençoados. Carlos Wesley, com a idade de 8 anos, deixou o lar para ir para o Colégio Westminster, em Londres. Tomou-se logo o primeiro da escola e, após dez anos, ganhou o prêmio de melhor estudante. Foi muito brilhante na matéria eclesiástica
e alcançou seu diploma de grau
superior com a idade de 21 anos! Os seis anos seguintes foram passados em Oxford, como Reitor do Colégio e, mais tarde, em companhia do seu irmão João, deixou a Inglaterra e foi para Georgia, na América do Norte. Mas sua experiência lá foi um desapontamento e logo voltaram para a Inglaterra. O despertamento espiritual e a conversão
de Carlos Wesley a Deus tiveram
lugar logo depois do seu retomo à Inglaterra. Tendo fica40 doente na casa de um amigo, em Londres, recebeu a visita de um crente moraviano, Peter Bohler. "Você tem esperança de se salvar?", perguntou-lhe Bohler. "Sim", respondeu Carlos. Então Bohler perguntou-lhe em que baseava a sua esperança. "Na base de que tenho feito os meus melhores esforços em servir aDeus", respondeu Carlos; ao que Bohler sacudiu a cabeça, mostrando-se insatisfeito com a resposta. Este simples encontro foi usado pelo Senhor
para impressionar o coração de
Carlos Wesley. a fim de sentir a sua necessidade pessoal de salvação. Ele a almejou e a encontrou. Esta inesquecível experiência teve lugar
num domingo, dia 21 de maio de
1738. Quando a Sra. Turner, uma pobre moraviana, falou-lhe das palavras de luz e de vida, ele exclamou: "Eu creio, eu creio". Naquele mesmo dia Carlos leu no seu livro de orações as palavras do Salmo 40: "E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus ". Estas palavras foram como que proféticas,
pois nos anos seguintes Carlos
Wesley escreveu nada menos que 6.500 novos hinos de louvor a Deus (o equivalente a um novo hino a cada três dias dos 50 anos). E, de 1738 a 1778. em conjunto, com seu irmão João, ele editou 39 diferentes livros de hinos e poesias sacras. Os hinos de Carlos Wesley não são apenas
numerosos, mais muitos são da mais
alta qualidade espiritual. As opiniõesde consideráveis comentaristas são as seguintes: "Em matéria de qualidade e quantidade, Carlos Wesley deu ao mundo de língua inglesa a sua mais rica herança de hinos sacros". A sua natural aptidão em expressar as idéias
em versos, a completa educação
clássica e um senso de urgência espiritual resultou em composições, muitas das quais, imorredouras. Um outro comentarista disse o seguinte:
"Wesley está tão , embebido com as
coisas grandes e isso nos confirma na fé, quanto retrata para nós as coisas lá de cima. Somos elevados aqueles lugares transqüilos. Sentimo-nos nos lugares celestiais em Cristo" acrescenta: "Os hinos de Wesley nos mostram como deve ser urna vida de santidade, cujo coração viu a a Deus"!. Carlos Wl'sley escreveu quando o país estava
passando por um grande
reavivamento religioso. Enquanto seu irmão João viajava de norte a sul, montado a cavalo, pregando o Evangelho eterno, Carlos passava aquela época reavivando a música sacra. Um comentarista disse a respeito disso; "João fez o país chorar, enquanto Carlos o fez cantar" e aquéias lágrimas de profundo arrependimento e os cânticos de plena redenção foram os sinais evidentes do maior reavivamento espiritual na experiência das nações e acrescentou: 'O movimento que trouxe nova vida ao mundo. no século 18, está patente nos palpitantes versos de Carlos Wesley" . .
A partir do momento de sua conversão a
Deus, os hinos começaram a fluir de
sua pena, hinos cujo tema era Cristo, o Redentor dos homens. E isto continuou assim até à sua morte. em 29 de março de 1788. Com a idade de 80 anos, quando já não podia
mais escrever, e pouco antes da
sua morte, ditou à sua esposa o seu último hino; uma estrofe apenas, mas cheia de ternura e de beleza: "No fim dos anos e na extrema fragilidade,! Quem poderá a um verme pecador remir?/ Jesus! Só Tu és minha esperança,! Força de meu coração e carnes fracos.! Oh! come dejaria um sorriso Teu! E entrar na eternidade". Foi apenas dois dias após a sua conversão
que Wesley escreveu estas
palavras imortais, adaptadas pelo querido irmãc José Ilídio Freire, cujas palavras fazem parte do hino que aque mostro. A música é do Sr. Thomas Campbell (177-1844). Carlos Wesley (letra) Nasceu no28 de Dezembro de 1707, em Epworth, Lincolnshire, Inglaterra. faleceu no 29 de Março de 1788, em Londres, Inglaterra. descansa no templo da Igreja Marylebone Parish , Em Londres, Inglaterra. Thomas Campbell (música) Nasceu no 27 de Julho de 1777, em Glasgow, Escócia. Faleceu no 15 de Junho de 1844, em Boulogne, Francia. descansa na Adabia de Westminster em Londres Inglaterra. 44. HINO - É MESMO ASSIM
É mesmo assim! qual meu Senhor vou ser Sim, transformado pelo Seu Poder, Poder do amor que ao Salvador moveu Quamdo Ele a maldição da cruz sofreu. Ó Cristo! Sei que Teu desejo é Que eu mismo agora veja, pela fé, A Tua glória; prova desse amor que tem o Pai por Ti, meu Redentor. E Tu nos dizes que Teu coração Por nós sente uma tão grande afeição, que nessa glória Tu teras prazer em co-herdeiros Teus lá receber. Não como os homens, Tuas bençãos dás; Eterno gozo Teu favor nos traz. Tens-nos amado, com amor sem par É nos convidas a fruir Teu lar. Este é um dos hinos escritos pelo Sr. Jobo Nelson Darby (1800-1882), filho mais novo de um próspero possuidor de terras e comerciante de Markeley, Sussex, Inglaterra, e de Leap Castle, Irlanda. Darby nasceu em Londres, W estminster,
em 18 de novembro de 1800. Seu nome Nelson foi adotado do grande
Lord Nelson, sob quem um tio seu, o Almirante Henry Darby, serviu
na batalha do Nilo. A mãe de Darby morreu quando ele era, ainda,
menino. Ele recebeu a primeira educação na escola de Westminster
e, com a idade de 15 anos, ingressou no Trinity College, em Dublin.
Com 19 anos de idade fez o Curso Judicial
e logo foi convidado para fazer parte do Tribunal de Justiça Irlandês.
Uma brilhante carreira se deparou perante ele, com promessa de muita
renda e altas honrarias.
Mas Deus o estava chamando e, após profunda
luta espiritual, ele abandonou a sua profissão legal e ingressou
em um serviço na vida espiritual. Primeiramente, ele fez parte da
Igreja estabelecida naquela época e, em 1825, foi ordenado como
diácono, servindo um tempo como pároco da grande paróquia do Calvário,
no Condado de Wickow. Ali ele deu-se a si mesmo, sem reserva, ao
trabalho, atendendo as necessidades físicas e espirituais dos pobres
daquele lugar.
Mas, muito cedo, Darby sentiu uma apatia,
sem precedente, contra a Igreja estabelecida, onde poucos procuravam
o bem das almas dos homens. Olhando ao redor, notou a frieza das
igrejas com relação aos homens e, meio desnorteado, voltou-se para
Deus e para a Sua Palavra, sentindo que poderia encontrar um guia
claro para a sua vida.
Logo se convenceu de que não tinha mais
condições de continuar na Igreja estabelecida e, assim, resignou
o cargo da sua paróquia. Ao mesmo tempo, outros, na cidade de Dublin
e arredores, estavam, também, buscando direção nas Escrituras e
o Espírito de Deus abriu os seus corações para a grande verdade,
expressada mais tarde por Henry Groves, "da singularidade da Igreja
de Deus, envolvendo comunhão grande suficiente para abraçar todos
os santos e pequena suficiente para excluir o mundo".
Com muita oração eles encontraram o caminho
que Deus revelara através de Sua Palavra e, na última parte do ano
de 1829, Darby e mais três outros irmãos se reuniram pela primeira
vez para celebrar o Partir do Pão. Uma sala, na Praça Fitzwilliam,
na cidade de Dublin, foi o lugar da reunião e o Senhor mesmo foi
o seu Centro de reunião, a Palavra de Deus, o seu guia, e o Espírito
do Senhor presidia em suas reuniões. Foram dias preciosos aqueles!
Além de grande pregador e ensinador,
Darby também screveu muitos hinos colecionados em um volume chamado
“Cânticos Espirituais” e que contêm. Entre outros, o hino atual:
“É mesmo assim” A tradução para o português foi feita pelo Sr. Stuart
Mc Nair e a música é de William Herber Jude.
John Nelson Darby (letra)
Nasceu o 18 de Novembro de 1800, em Londres, Inglaterra. faleceu o 29 de Abril de 1882, em Bournemouth, Dorset, Inglaterra. Descansa em: Bournemouth, Dorset, Inglaterra.. William Herbert Jude (música) Nasceu em Setembro de 1851, em Westleton, Suffolk, Inglaterra. faleceu no 8 de Agosto de 1922, em Londres, Inglaterra.. 45.HINO - FONTE ÉS
TU
1. Fonte és Tu de toda benção; Cantarei o Teu louvor Com o coração tão grato Por teu compassivo amor 2. Como ovelha extraviada; Longe do redil vaguei; Tú minha alma procuraste Me levaste a Tua grei. 3. Quanto á Tua graça devo Dia a dia, ó meu Pastor! Prende-me por essa graça A Teu lado, meu Senhor É interessante como este hino fez com que o seu próprio autor voltasse à comunhão com Deus, após longos anos de afastamento dEle. Foi assim. Lá pelos fins do século
18, um cavalheiro e uma senhora se encontraram assentados, lado
a lado, numa carruagem, em quando esta seguia o seu caminho através
da Inglaterra. A senhora parecia muito ocupada com o conteúdo
de um livro, em suas mãos; ora lendo o que estava em sua página,
ora meditando no que estava lendo. Ela estava justamente tentando
cantarolar a música das palavras deste precioso hino!
Virou-se, então, para o cavalheiro
ao lado, um estranho para ela, tentando fazê-Io interessar-se
pelo que estava alegrando o seu coração. Mostrando-lhe aquela
página ela lhe perguntou se conhecia aquele hino.
A princípio ele pareceu muito embaraçado,
até agitado; então tentou desviar-se da pergunta, mas ela insistiu,
dizendo-lhe das bênçãos que aquelas palavras trouxeram ao
seu próprio coração.
Após um período de silêncio, o cavalheiro
prorrompeu em lágrimas e disse: "Senhora, eu sou o pobre infeliz
que compôs esse hino, há muitos anos, e daria, se tivesse, milhões
e milhões para gozar mais uma vez aquele sentimento que senti
então".
O cavalheiro que estava viajando naquela
carruagem era o Sr. Robert Robinson. O hino tinha sido o produto
da sua pena cerca de anos antes!
Robert Robinson nasceu numa família
pobre, em Swaffham, Norfolk, em 27 de setembro de 1735. Na sua
terra natal foi aluno de uma escola de Latim e, mais tarde, numa
escola de gramática, onde o seu professor disse dele: "Um jovem
de grande capacidade, gênio incomum e refinada percepção". Robert
perdeu seu pai quando tinha apenas oito anos de idade e daí para
frente recebeu o carinho de sua pobre mãe, cuja ambição era que
o seu filho fosse um clérigo na Igreja da Inglaterra. Porém, as
circunstâncias de pobreza, não permitiram que isso acontecesse.
Com 14 anos Robert foi aprendiz de
cabeleleiro em Londres, mas esse trabalho não lhe interessou muito.
Ele gastava mais do seu tempo na leitura de livros; ele foi por
natureza um rapaz estudioso e muito cuidadoso.
Além disso, era um rapaz desolado e
logo, nos seus dias em Londres, juntou-se a um grupo de rapazes
incrédulos que, vez após vez, o deixavam em dificuldade. Na verdade,
chegou o tempo em que as suas ações envergonharam tanto a sua
própria família, que eles se recusaram a assumir a responsabilidade
das suas falhas.
Então, com a idade de 17 anos, aconteceu
um incidente que mudou completamente a sua vida. Isso foi em 24
de maio de 1752, quando seus companheiros e ele se juntaram para
fazer uma brincadeira com uma velha cartomante que gostava de
ler o futuro das pessoas; eles queriam rir das suas previsões.
A velha leu o futuro de Robert, dizendo que ele viveria longos
anos e que consigo mesmo: "Então, eu verei filhos, netos e bisnetos”.
E, durante a minha juventude, farei
todo o possível para encher a minha mente com toda a sorte de
conhecimento. Verei e ouvirei tudo o que for raro e espetacular,
para que, quando for incapacitado para outros empreendimentos,
possa sentar e entreter os meus descendentes. Assim a minha presença
será agradável a todos e não serei desprezado na minha velhice".
Imediatamente procurou pôr em prática
o seu intento. Estava ali, naquela ocasião, um famoso pregador,
o Sr. Whitefield, e Robert soube que ele ia pregar aquela noite
e foi ouví-Io. O pregador falou sobre o texto de Mateus 3:7.
Quando o pregador falou sobre a ostentação
dos fariseus, aparentando parecer justos, mas dentro dos seus
corações havia o veneno de víboras, isso tocou muito profundo
em Robert,como se fôsse uma flecha de Deus ao seu coração; ele
estremeceu. E, quando o pregador gritou bem alto: "Oh, ouvintes,
a ira vindoura! a ira vindoura!", Robert contou mais tarde a um
amigo, que "aquelas palavras afundaram em meu coração como a chumbada
dentro dágua. Eu chorei e quando o sermão terminou eu me
retirei e fiquei sozinho. Dias após dias não pude pensar em outra
coisa. Aquelas terríveis palavras me perguntaram por onde quer
que fosse".
Então, três anos mais tarde, em 10
de dezembro de 1755, ele encontrou pleno e livre perdão através
do precioso sangue de Jesus Cristo!
Após sua conversão, Robert adquiriu
um profundo interesse pelas coisas espirituais. Seu coração faminto
e sedento da Palavra de Deus fez com que, durante três anos, procurasse
estar presente em todas as reuniões que fosse possível em Londres.
Apreciava muito as pregações de Gill e Wesley, onde encontrava
sempre grande satisfação, Então tomou-se ministro do Evangelho,
primeiramente em sua terra natal, Norfolk, depois em Norwick e,
em 1759, mudou-se para uma Igreja Batista, em Cambridge, onde
foi um notável ministro.
Como pregador, tinha extraordinário
talento; seus auditórios ficavam encantados com o seu ministério.
Como escritor, exibiu considerável habilidade e foi um bom teólogo,
tendo escrito cerca de 30 publicações. Seus trabalhos sobre a
Pessoa de Cristo, sobre a Sua divindade e Sua morte, mereceram
e receberam altas aclamações.
Como hinólogo, Robert escreveu alguns
bons hinos, alguns para as crianças, os quais foram bem recebidos
pela crítica como "melodiosos, evangélicos e não sentimentais".
"Fonte, és Tu de toda a bênção" é um
dos melhores dos seus hinos. Foi escrito bem no princípio da sua
experiência cristã, por volta de 1758. Tinha apenas 23 anos de
idade. Naquele tempo ele era um jovem ministro em sua terra natal,
NorfoIk.
A letra, como vimos, de Robert Robinson
(1735-1790), foi traduzida para o português por William Anglin
(18821965) e tem como música, SHARON, de William Boyes (1710-1779).
Robert Robinson (letra)
´Nasceu no 27 de Setembro de 1735, em Swaffham, Norfolk, Inglaterrta faleceu no 8 de Junho de 1790, em Showell Green, Warwickshire, Inglaterra. descansa no cemitério Key Hill em Birmingham, Inglaterra. William Boyes (música) (1710 - 1779) 46. GUIA-ME O DEUS O País de Gales é geralmente conhecido como a terra do cântico. Dele sairam inúmeros compositores de hinos e, entre eles, temos o Sr. William Williams, que é tido como um dos maiores cantores de Gales. William Williams, o quarto filho
de John e Dorothy Williams, nasceu em 1717, na cidade de Cefn-y-Coed,
próximo de Llandovery, no condado de Carmarthenshire, País de
Gales.
Ainda jovem, sua família transferiu-se
para uma cidade próxima, chamada Pantycelyn, onde viveu a maior
parte da sua vida, ficando conhecido como "o Williams de Pantycelyn".
Recebeu uma boa educação e seus pais
queriam que ele fosse um doutor. Para isso, mandaram-no para
a Universidade de Liwynliwyd. Aconteceu que um dia, quando retomava
do colégio para sua casa, montado a cavalo, aproximou-se de
uma pequena cidade, onde um pregador estava falando do Evangelho,
ao ar livre, de cima de uma pedra de túmulo.
Diz ele que nunca havia ouvido uma
voz assim, que parecia vir do céu e que falou muito ao seu coração.
O pregador era o Howel Barris, um jovem evangelista metodista
e a sua mensagem trouxe a salvação a William, então estudante
de medicina, com 20 anos de idade!
Após poucos dias da sua conversão,
William convenceu-se de que devia deixar o curso de medicina
e devia tomar-se um médico de almas.
Com 23 anos de idade foi designado
diácono da Igreja da Inglaterra e por três anos serviu em duas
pequenas paróquias no sul de Gales. Por fim deixou as paróquias
e juntou-se a outros três evangelistas, Howel Harris, Daniel
Rowland e Howel Davies, e percorreu de norte a sul o seu país,
despertando o seu povo da consciência do seu pecado e da necessidade
de um Salvador.
Sofreu muita perseguição; viajava
a cavalo ou a pé, proclamando o glorioso Evangelho. Howel Harris
deu testemunho dele, dizendo: "O inferno treme quando Williams
chega, e as almas são ganhas, diariamente, pelo innão Williams,
na rede-do-Evangelho".
Ele faleceu em sua cidade, Pantycelyn,
no dia 11 de janeiro de 1792, com 74 anos de idade, depois de
longos e penosos dias de enfennidade. Quem visita o túmulo de
William pode ler o seu epitáfio: "William Williams, um pecador
salvo. Ele aguarda aqui a chegada da Estrela da Manhã".
William Williams foi um grande homem
de Deus; um grande teólogo e um grande pregador. Além disso,
um grande poeta e um grande compositor de hinos, cerca de 800!
Surgido de uma zona rural, William
usava muito o pano de fundo da natureza -- o amanhecer, o pôr-do-sol,
as montanhas, os campos, uma tarde de verão ou uma noite de
inverno, etc., com o propósito de refletir as experiências da
alma, crendo que o livro da natureza hannonizava bem com a revelação
das Escrituras!
Este hino reflete um pouco da peregrinação
do povo de Israel, durante os 40 anos através do deserto, até
chegar à terra de Canaã. Como através do deserto o povo de Deus
clama por um guia, proteção, suprimento, tal, assim, como o
hino.
A tradução para o portuguêsé de Richard
Holden. A música é de John Bacchus Dykes.
William Williams (letra)
Nasceu no 11 de Fevereiro de 1717, em Pantycelyn, Pais de Gales. faleceu no 11 de Janeiro de 1791, em Pantycelyn, Pais de Gales. descansa no templo da igreja de Llanfair, Llandovery, Pais de Gales John Bacchus Dykes (música)
Nasceu no 10 de Março de1823, em Kingston-upon-Hull, Inglaterra. faleceu no 22 de Janeiro de 1876, em Ticehurst, Sussex, Inglaterra. descansa em St. Oswald’s, Durham, Inglaterra. HINO _ GUIA-ME O DEUS Guia, ó Deus, a munha sorte Nesta peregrinção Fraco sou, mas Tu és forte; Não me largua a Tua mão. Nesta terra de inimigos Ando ás vezes com pavor; Pelo meio dos perigos Guia-me o Salvador. Nutre, con maná celeste, meu faminto coração; Com Teu manto me reveste; Livra-me da tentação. Fonte cristalina abriste, Donde ás vivas águas vêm; Nesta luta amarga e triste Quero aproveitá-las bem. Já da morte, ó Cristo, as águas Tu secaste para mim; Esgotaste as suas mágoas, Meu caminho vejo assim. Só me resta a Tua glória, Pois, em breve, voltarás Pra me dar final vitória E a Teu lar me levarás. 47. LEMBRAMO-NOS DE TÍ 13/07/06 Este lindo hino, escrito em português pelo Sr. Ricardo Holden, foi escrito, originalmente, pelo Sr. Jaime Montgomery, no século passado, entre os anos de 1826 e 1850. O seu autor, acima mencionado,
nasceu em Ayrshire, Escócia, em 4 de novembro de 1771, e faleceu
em abril de 1854, em Sheffield, Inglaterra; portanto, com
a avançada idade de 73 anos.
Escreveu cerca de 400 hinos e versões dos salmos, entre os quais se encontram: “Para sempre com o Senhor”, “A oração é o anseio sincero da alma”, “Descanso” e o hino que estou focalizando, “Lembramo-nos de Ti”. Mas, sua longa vida não foi sempre achegada ao Senhor. Sua infância foi bastante atribulada, apesar de ser filho de um ministro moraviano. Seu pai, João Montgomery, queria que seu filho fosse ministro como ele, e logo, aos seis anos de idade, Jaime foi matriculado numa escola, na Irlanda, para onde seu pai havia sido transferido. Porém, passado algum tempo, talvez com grande surpresa para Jaime, seu pai foi transferido novamente, desta vez para a Ilha de Barbados, nas Índias Ocidentais, e o garoto também teve de ser transferido nessa mesma ocasião para um seminário morávio localizado em Fulneck, Yorkshire, Inglaterra. João faleceu pouco depois, em Barbados, e Jaime ficou só, órfão de pai, “desolado e melancólico”, como disse a respeito dele um escritor da época. Vendo que Jaime não dava para os estudos, alguns irmãos apresentaram-no ao proprietário de uma mercearia, onde ficou trabalhando por algum tempo. Mas ele gostava mesmo era de versejar. Começou a fazer versos desde sua tenra infância e aos dezoito anos de idade já havia escrito um bom número de poemas, que eram, agora, suficientes para publicação de um livro. Com essa esperança foi a Londres, Inglaterra, mas não foi bem sucedido. Em 1792 dirigiu-se a outra cidade, Sheffield, onde arranjou emprego na redação de um jornal, trabalhando como assistente do diretor. Mais tarde este diretor teve de transferir-se para os Estados Unidos e deixou Jaime Montgomery como redator do Jornal, no qual trabalhou durante 31 anos. O jornal tinha um carácter político-revolucionário e, por causa de ter publicado alguns assuntos um tanto fortes, como o poema sobre a “Tomada da Bastilha” e sobre a abolição da escravatura, Jaime foi preso duas vezes. Foi
durante aqueles períodos da sua vida que ele escreveu os melhores
hinos.
Porém, o jornalismo político não era o plano de Deus para Jaime. Ele deixara a tranqüila cidade de Fulneck e mergulhara nas fadigas e lutas políticas do mundo, e disso veio a arrepender-se grandemente. Contudo, o Senhor não o desamparou.
“Os prazeres e as desilusões do mundo”, diz o mesmo escritor,
“e sua precoce instrução religiosa, evitaram que se promiscuísse
com a dissolução e os prazeres da juventude, livrando-o, assim,
de prosseguir no curso do pecado”.
Isto, porém, não bastava, pois sua vida continuava atribulada e triste. Foi somente quando confiou em Cristo que ele pôde perceber o contraste entre a paz que agora gozava e o sentimento de desassossego e tristeza que anteriormente o dominava. Escrevendo a um amigo a respeito dos seus sentimentos de outrora, Montgomery disse: “Tal tem sido a minha educação e tal tem sido a minha experiência no alvorecer da minha vida; não posso abraçar um sistema de moralidade que não esteja fundado no Evangelho de Cristo. Fui atirado de um lado para outro
num mar de dúvidas e perplexidades; mais ainda, fui afastado
daquela praia onde uma vez, felizmente, fui ancorado; a fraqueza
produziu em mim um sentimento de que jamais conseguiria alcançar
outro local para ancorar em segurança, e minhas esperanças
de voltar ao porto seguro foram aos poucos se esgotando”.
Não é esta uma confissão dramática
? Entretanto esta é e tem sido a experiência de muitos! Depois
de vaguear por muito tempo em busca de satisfação no mundo,
acabam vencidos por um amargo desapontamento. Fora de Cristo
não há verdadeira e completa alegria. Quando Ele é banido
de uma vida, só podem restar inquietude e trevas.
Felizmente Montgomery experimentou, ao final, a verdadeira restauração e, com a idade de 43 anos, por ocasião de seu aniversário, escreveu aos irmãos de Fulneck, solicitando sua recepção à comunhão. O seu pedido foi prontamente atendido e ele passou a servir ao Senhor com toda a diligência até ao fim de sua vida. Quando estava já bem próximo de sua partida, um amigo lhe perguntou: “Qual dos seus poemas perdurará?” Ao que ele respondeu: “Nenhum, senhor, excepto, talvez, uns poucos hinos”. E entre eles está, sem dúvida,
o que estamos focalizando neste número: “Lembramo-nos de Ti”.
Na edição atual de Hinos e Cânticos com Música , duas melodias estão unidas a este hino: a primeira denomina-se “Lloyd” e é uma composição de Cuthbert Howard, nascido em Manchester, Inglaterra, em 1856, onde também faleceu em 1927. A segunda música, denominada “Martyrdom” é composta por Hugh Wilson, nascido em 1766, em Fenwick, Ayrshire, na Escócia, e falecido em 14 de agosto de 1824. Hugh Wilson compôs, também, muitas
melodias para os salmos.
HINO - LEMBRAMO-NOS DE TI
Agradecidos pelo amor Com que, no mundo aqui, Por nós morreste, ó Redentor, Lembramo-nos de Ti. Em Teu conflito e em Teu suor. No atroz Getsêmaní, Na traição do traidor, Lembramo-nos de Tí Na desdenhosa oposição Que suportaste alí, Na desleal coroação, Lembramo-nos de Tí. Nas Tuas mágoas sobre a cruz, De corpo e alma ali, Por teu amor, Senhor Jesus, Lembramo-nos de Ti. Nas horas tristes quando, a sós, Teu Deus deixo-te ali, Te fez pecado, sim, por nós, Lembramo-nos de Ti. Jaime Montgomery (letra)
Nasceu no 4 de Novembro de 1771, em Irvine, Ayrshire, Escócia. Faleceu no 30 de Abril de 1854, em Mount, Sheffield, Inglaterra. descansa em Sheffield, Inglaterra. Hugh Wilson (música) Naceu em1766, em Fenwick (cerca de Kilmarnock), Ayrshire, Escócia (batizado no 2 de Decembro de 1766). faleceu no 14 de Agosto de 1824, em Duntocher, Escócia.. O Amigo dos meninos no céu glorioso
está,
amigo que não muda, nem jamás falhará, terrestres amizades acabam no final, Mas Cristo é grande amigo, eterno e sem igual. Um lar para os meninos existe já nos céus; morada em que, glorioso, Jesus está com Deus. As glorias do Cordeiro nos céus nós vamos ver, e lá não há mais choro, nem aflição qualquer. Também para os meninos descaso há la no céus e um santuário puro no qual não há mais véu. Liberto do pecado, que alí não pode entrar. então o jovem crente seguro vai ficar. Coroas lá se encontram, da vida e retidão, que os crentes redimidos de DEus receberam; e prêmios gloriosos Jesus aos Seus dará, porque por Deus sofreram emquanto andaram cá. Um cântico os meninos na glória entoaram, e nem os santos anjos cantá-los poderam. Seu Rey os anjos chamam a Cristo, seu Senhor; mas nós O confessamos ser nosso Salvador. E todas as bençãos são dadas pelo amor, provado até a morte do terno Salvador, aos pequenos crentes que seguem a Jesus e salvo são por Ele, mediante Sua cruz. Albert Midlane Nasceu no 23 de Janeiro de 1825, em Newport, Ilha de Wight. faleceu no 27 de Fevereiro de 1909, na sua casa, em Forest Villa, St. John’s Road, Newport, Ilha de Wight. descansa no cemitério Carisbrooke, em Ilha de Wight. John Stainer Nasceu no 6 de Junho de 1840, em Londre, Inglaterra. faleceu no 31 de Março de 1901, em Verona, Itália. descansa no cemitério Holywell , no templo da igreja St. Cross em Oxford, Inglaterra. O autor deste hino foi o Sr. Albert
Midlane. (1825-1909), nascido no dia 23 de janeiro de 1825, na
Ilha de Wight, no sul da Inglaterra.
Ele era o filho mais novo do casal
James e Fanny Midlane. Ele teve a ventura de ter uma mãe profundamente
espiritual e uma irmã devotada às coisas de Deus. Ele relembra
os momentos em que sua mãe o levava para um lugar bem sossegado
do seu quarto e fazia-o ajoelhar-se com ela, enquanto orava fervorosamente
para que Deus derramasse as suas bênçãos em todas e quaisquer
circunstâncias.
Sua influência levou-o bem cedo a pensar
profundamente na sua condição de pecador perante Deus. Assim,
bem cedo, experimentou a bênção da salvação, numa reunião de oração
dos professores da Escola Dominical,
e, logo em seguida, foi batizado na Igreja Batista de Castlehold,
em Newport.
Aos 23 anos de idade, depois de muitos
exercícios espirituais, congregou com um grupo de irmãos numa
assembléia sem denominação. Trabalhou como empregado e, mais tarde,
como empregador, ganhando a boa amizade dos seus empregados, por
mais de 50 anos.
Mas o principal interesse do Sr. Albert
Midlane estava nas coisas do Senhor. Deu muito do seu tempo no
trabalho da Escola Dominical, pregando o Evangelho, dentro e fora,
ao ar livre, e ensinando a Palavra de Deus. Desde cedo e até o
fim, dedicou-se a este ministério e, três meses antes de sua morte,
ainda foi visto, com 84 anos de idade, pregando ao ar livre, em
Newport, perante uma multidão, falando-Ihes das coisas eternas.
Além de tudo, Albert Midlane foi um
talentoso escritor de hinos. Primeiramente, foi encorajado pelo
seu professor da Escola Dominical e, depois, por um irmão chamado
Thomas Binney, que residia próximo dele.
Publicou cerca de 1.000 hinos e poesias
durante a sua vida; o primeiro, quando tinha apenas 17 anos de
idade, e o último, por ocasião do seu 84° aniversário. Muitos
dos seus hinos foram escritos durante a sua meditação em redor
das ruínas dum velho castelo, chamado Carisbrooks. Aqueles momentos
de solidão deram-lhe ocasião para compor os mais belos hinos.
Midlane amava muito as crianças e foi
um exemplar professor da Escola Dominical. Compôs muitos hinos
para serem cantados pelas crianças, tais como: "Deus abençoa nossa
Escola Dominical", "O Brilhante Céu Azul", "A ovelhinha que se
desgarrou", etc.
Mas o que ficou mais conhecido, mundialmente,
foi: "O Amigo dos Meninos". É muito lindo. Fala do Amigo, do Lar,
do Descanso, do Cântico e das Bênçãos do Senhor.
Infelizmente, não conheço o nome do
tradutor para o português. A música é IN MEMORIAM, de John Stainer
(1840-1901).
49. O SALVADOR SOFREU(31/07/06) Entre as mulheres cristãs que escreveram hinos, três se destacam:
Fanny Jane Crosby, com mais de 8.000 hinos e cânticos; Frances
Ridley Havergal, com dezenas de hinos; e Cecil Frances Alexander,
com mais de 400 hinos e cânticos.
O hino "O Salvador Sofreu" é de autoria da Sra. Cecil Frances
Alexander, nascida em Dublin, capital da Irlanda, no ano de
1818. Era a segunda filha do major John Humphreys e passou a
sua infancia em Wicklow. Aos 15 anos de idade, a sua família
transferiu-se para Strabane, no Condado de Tyrone.
Bem jovem ainda, começou a escrever poemas e escondia-os
debaixo do tapete. Seu pai, ao descobri-los, fez todo esforço
para que ela desenvolvesse essa vocação. Daí para frente tornou-se
prolífica escritora dos seus 400 hinos!
Em 1850 Frances casou com o Sr. William Alexander, reitor
de uma Paróquia, no Condado de Tyrone. Mais tarde, retomou para
Strabane, onde o seu esposo foi escolhido como Bispo de Derry
e Raphos.
Frances, ou C.F.A, como ela assinava, foi muito querida por
todos que a conheceram, especialmente pelas crianças, pelos
pobres e doentes, a quem ela devotava toda atenção e carinho,
visitando-os, ajudando-os e socorrendo-os.
Seu esposo escreveu dela em sua biografia: "De uma casa pobre
para outra, de um leito de enfermidade a outro, de um lar triste
a outro, ela sempre levava palavras de conforto, e o Senhor
era com ela".
Mas ela amava as crianças e foi escrevendo para ela que Frances
se destacou. Ela ajudava as crianças a aprender as palavras
dos livros religiosos da época, parafraseando as palavras difíceis
e tomando-as mais fáceis de aprender.
Na verdade, as palavras deste hino foram escritas ao lado
de uma criança doente que, mais tarde dizia que "era o seu hino".
Carlos Gounod, o famoso compositor francês, fez uma música para
esse hino e considerou-o como o mais perfeito hino na língua
inglêsa.
Quando a sua família viajou para Strabane, passando pela
cidade de Londonderry, passou por um pequeno monte verde e ela
lembrou-se do Calvário, "o lugar da caveira", próximo de Jerusalém.
Lá foi que o Salvador foi crucificado para nos salvar. Ninguém
pode calcular o sofrimento que Ele passou por nós. Fez-lhe lembrar
de tudo o que o Senhor padeceu para que nós fôssemos perdoados.
Diz ela que naquele momento sentiu o quanto custou para o Senhor
Jesus ganhar para nós a vida eterna. E, com estes pensamentos
em sua mente, escreveu este belo e apreciado hino!
A tradução para o português é do Sr. William Anglin (1882-1965),
grande prégador e ensinador do Evangelho que trabalhou por muitos
anos no Brasil. A música é HORSLEY, de William Horsley (1774-1858).
Cecil Frances Alexander Naceu em Abril de 1818, em Redcross, County Wicklow, Irlanda. faleceu no 12 de Outubo de 1895, em Londonderry, Irlanda do Norte. descansa no cemitério da cidade em Londonderry, Irlanda do Norte.. William Horsley Naceu no 15 de Novembro de 1774, em Mayfair, Londres, Inglaterra. faleceu no 12 de Junho de 1858, em Kensington, Londres, Inglaterra. HINO - O SALVADOR SOFREU Lá fora de Jerusalém o Salvador sofreu, foi levantado numa cruz e Sua vida deu. Nós náo podemos compreender a dor que´padeceu; Sabemos que por nos amar Jesus alí moreu. Não foi achado mais ninguém, na vasta criação, Idôneo para efetuar a nossa salvação. Oh, quanto, quanto nos amou Jesus, o Salvador! Devemos nEle confiar a dar-Lhe nosso amor. *50 _
O SENHOR É MEU PASTOR. (11/08/06)
O Pastor é meu Senhor, O eterno Jeová, E nada pode me faltar Pois Ele tudo dá. Nos verdejantes pastos Seus Em paz me faz deitar; Ás águas quietas me conduz E faz-me repousar. Se fraco estou, mui pronto está Minha alma a restaurar, E na justiça e retidão, Meus fracos pés guiar. No vale escuro eu posso andar, Pois Tu comigo estás; E mal nenhum eu temerei, Pois Tu me guardarás! Perante as hostes vil do mal, Que ao rededor estão, Puseste a mesa para mim Com farta provisão. Com óleo santo vens me ungir E assim me confortar, E de alegria vens encher Meu copo a transbordar. Por toda a minha vida aqui Terei o Seu amor E, para sempre, habitarei Na casa do Senhor. = = = O presente hino é uma metrificação do Salmo 23, de autoria do grande rei Davi. Muitos têm feito poesias e acrósticos baseados nesse salmo. O próprio salmo é um hino que faz parte do Saltério, do qual grande parte foi composta por Davi. Na língua inglesa houve vários servos
de Deus que fizeram versões métricas desse salmo, entre eles,
Francis Rous (1579-1659) e Henry Williams Baker (1821-1877).
No fim do século 16 e princípio do
século 17, houve um movimento para evitar que os cristãos cantassem
hinos fora dos escritores e cantores bíblicos. Assim, os cristãos
deviam cantar os hinos que estão na Bíblia, isto é, os salmos.
Foram, então, feitas coletâneas dos
salmos chamadas "Saltérios". Mas como eram cânticos traduzidos
do hebraico, foram feitas traduções e metrificações nas outras
línguas, inclusive, na língua inglesa. Daí, essas traduções
e metrificações feitas pelos autores acima mencionados.
Na língua portuguesa temos vários
hinos, baseados no Salmo 23, e o. que temos aqui é de autoria
do irmão Luiz Soares (1930 -
), que, como grande habilidade, fez a metrificação e adotou
a mesma música da versão inglesa de Francis Rous, intitulada
CRIMONS, de Jessie Seymour Irvine (1836-1887), e harmonização
feita por David Grant (1833 - 1893).
O irmão Luiz Soares, nascido num
lar cristão, convertido ao Senhor, tem sido usado por Deus,
não só no ministério da Palavra de Deus, como na hinologia cristã
evangélica, tendo trabalhado ativa e exaustivamente na revisão
do hinário "Hinos e Cânticos" e na composição de letra e música
de vários hinos. Por possuir uma excelente memória, sabe de
cor quase todos os 500 hinos daquele hinário!
Mas o Salmo 23 tem sido o trecho
mais apreciado de toda a Bíblia, ao lado do João 3.16. Neste,
Deus mostra a universalidade do Seu amor; naquele, Davi demonstra
a segurança eterna do crente em Deus: "nada me faltará".
Davi iniciou a sua peregrinação na
vida como pastor. Aqueles dias devem ter sido os mais deliciosos
de sua juventude, mas seu caminho deu muitas voltas. A vida
lhe proporcionou dias escuros - a vida pública sempre traz dissabores,
e a vida privativa também traz amargor.
Entretanto, apesar de tudo, havia
algo que permanecia intocável pelas mudanças das circunstâncias
e do tempo, e que Davi, confidencialmente canta: o Pastor e
Sua constante presença. Que maravilhoso repouso para o seu coração:
suas necessidades são supridas pela previsão do Pastor; sua
fome é saciada pelos pastos verdejantes e a sede, pelas águas
tranqüilas; os erros são corrigidos e a alma restaurada; o medo
é retirado, ainda que o vale seja muito escuro; há real bondade,
mesmo na presença dos seus inimigos; e o caminho, ainda que
sinuoso e perigoso, leva para a casa do Senhor, pois o Pastor
conhece o caminho!
Leia, mais uma vez, compassada mente
e com meditação este lindo hino!
Luiz Soares Jessie Seymour Irvine Naceu no 26 de Julho de 1836, em Dunottar, Escócia. faleceu no 18 de Junho de 1883, em Aberdeen, Escócia 51. HINO - O VERBO DIVINAL (29/08/06) Tu fuiste o Verbo Divinal Que nos mostraste Deus, Da graça a fonte perenal, Nascida alí, nos céus. És digno Tu, Jesus Senhor, De nossos cantos de louvor. Ptenteado fui por Ti O coração de Deus; A perfeição se viu aqui Como antes só nos céus. És digno Tu, Jesus Senhor, De nossos cantos de louvor. O grande amor que nos atrai Podemos já fruir, Pouis que, auais filhos, para o Pai Nos queres conduzir. És digno Tu, Jesus Senhor, De nossos cantos de louvor. Tempos infinmitos passarão; Tu permanecerás. Outros aqui na provação, Mas hoje em glória estás. És digno Tu, Jesus Senhor, De nossos cantos de louvor. = = = Este hino foi escrito bem no princípio do século 19, por um crente da Igreja Congregacional, cujo nome é Josiah Conder. Ele era o quarto filho do Sr. Thomas Conder, um gravaaor e vendedor de livros, e nasceu na rua Falcon, em Aldersgate, Londres, no dia 17 de setembro de 1789. Os pais de Josiah eram crentes
fiéis e o jovem cresceu numa atmosfera de temor a Deus em
seu lar. Quando tinha apenas cinco anos de idade perdeu a
visão do seu olho direito, resultado de uma vacinação contra
varíola, e seus pais, temendo que o mal atingisse também o
outro olho, mandaramno para a cidade de Hackney, para
ser cuidado por um médico. Enquanto esteve lá, recebeu educação
do seu próprio médico, que logo percebeu nele um potencial
para a promissora carreira literária.
Bem cedo, aos dez anos de idade,
Josiah começou a exercitar o seu talento e já escrevia alguns
ensaios para uma revista, e por isso foi agraciado com duas
medalhas de prata. Com 15 anos, levou seu pai a se juntar
com a família de livreiros da metrópole e, daí para frente,
foi subindo cada vez mais na carreira literária, tomando-se
famoso, não só como autor, mas também como editor.
Com 21 anos de idade produziu,
em conjunto com outros jovens amigos, um volume de poesias:
"Os Associados Menestréis". Aos 25 anos aceitou a direção
de uma revista "Electric Review" e, logo em seguida, a de
um jornal, "O Conder. Ele era o quarto filho do .Sr. Thomas
Conder, um Patriota". Por isso, um biógrafo seu escreveu:
"Ele estava em íntima associação com os melhores literários
dos seus dias,. e estava ocupado com a publicação de muitos
dos seus próprios trabalhos, tanto em poesia como em prosa,
principalmente em temas religiosos".
Como escritor de hinos, Josiah
Conder tem um lugar de honra entre os melhores do século 19.
Seus hinos foram escritos no meio de várias experiências,
sofrimentos e privações de uma vida bem ocupada. Ao tempo
da sua morte, ele já tinha colecionado todos 9S seus hinos
em um volume, que, depois de revisados, foram publicados,
após a sua morte, com o título: "Hinos de Louvor, Oração e
Devotada Meditação" .
Os hinos de Conder são o produto
de uma mente profundamente espiritual e a exatidão das Escrituras
é a marca em todos eles. Provavelmente isto fica mais que
evidente neste majestoso hino na Pessoa do Senhor Jesus, "O
Verbo Divinal". Ele é o Verbo de Deus. "Ele estava com Deus,
e Ele era Deus" (João 1:1). Ele é o resplendor da glória e
a expressão exata do Seu Ser (Hebreus 1:2). Ele veio nos mostrar
Deus, o Pai. (João 14:9-10).
Tempos infrndos passarão;/ Tu permanecerás.!
Outrora aqui na provação,! Mas hoje em gloria estás.! És digno
Tu, Jesus Senhor,! De nossos cantos de louvor,! De nossos
cantos de louvor".
Josiah Conder passou para a glória,
em Londres, no dia 27 de dezembro de 1855, com 67 anos de
idade!
A tradução para o português foi
feita por Stuart E. Mc Nair (1867-1959). Há duas músicas:
a primeira é ARABIA, de E. Wilson; e a segunda, é de autor
anônimo, imas chama-; SUPREMACY.
Josiah Conder (letra)
Naceu no 17 de Setembro de 1789,
em Falcon Street, Londres, Inglaterra..
faleceu no 27 de Dezembro de 1855, em Hampstead, Middlesex, Inglaterra. descansa no cemitério Abney Park en Londre, Inglaterra. 52. OUVI O SALVADOR (16/09/06)
É muito interessante o hino que a seguir apresento. três estrofes começam com o que o autor diz que ouviu; em seguida, ele dá a resposta. Notem bem os diletos leitores as lindas expressões em cada verso: Ouvi o Salvador dizer: "Vem descansar em Mim, E no Meu peito encontrarás Consolação sem fim".
É a expressão de Cristo, citada, por Mateus, no capítulo 11 e versículo 28 do seu Evangelho! O autor se identificou bem com o seu Senhor e Mestre, como fez o Salmista, para, em seguida, exprimir a sua própria decisão e mostrar os resultados!
Vim a Jesus e Lhe entreguei Meu triste coração; Abrigo, gozo e paz achei, Achei consolação.
Leia o caro leitor novamente estas palavras, mas meditando nelas! O segundo verso diz: Ouvi o Salvador dizer: "De graça eu sempre dou As águas vivas. Vem beber; Da vida a Fonte Eu sou".
Foi o Senhor Quem disse: "Quem beber desta água tomará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que EU lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna" (João 4:13-14) E o autor do hino nos conta: Vim a Jesus e me prostei Às água e bebi; Janais a sede sentirei, Estando sempre ali. A terceira estrofe diz-nos: Ouvi o Salvador dizer: "A luz do mundo sou; Oh! Vm a Mim, pois quem vier Terá a luz que dou".
Foi Ele mesmo qum disse essas palavras a todos os que desejarem ver: "Eu sou a luz do mundo; quem Me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida" (João 8:12). Ao que o autor do hino responde: Vim a Jesus e nEle achei O sol que brilha em mim; E nessa luz caminharei Até da vida o fim.
Realmente, Cristo é o Sol da justiça. "Mas para vós que temeis o Meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas ;asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria" (Malaquias 4:2).
E assim, o autor do hino experimentou, com indubitável benção a luz permanente do Senhor "até da vida o fim".
Quem escreveu essas palavras foi o devotado ministro do evangelho o Dr. Horácio Bonar, que viveu nos anos 1808 1889, nascido em Edimburgo, na Escócia, sagrou-se ministro do Evangelho aos trinta anos da idade.
Conta-se que este consagrado servo de Deus passava muitas horas em oração; estava sempre visitando os crentes, ou pregando, ou escrevendo. Dizem também que o Dr. Bonar escreveu esse hino baseado nas Escrituras citadas e, principalmente, no versículo 16 do Evangelho segundo João, capítulo 1: "Porque todos nós temos recebido da Sua plenitude, e graça por graça".
A linda música, que se casa perfeitamente com as palavras e o sentido do hino, foi escrita pelo Dr. John Bacchus Dykes (1823-1876), da Universidade de CambruIge, Inglaterra.
Diz-se também que ele muito se esmerava na composição da música para cada hino, tendo em vista a sua perfeita combinação com o sentido do mesmo. Assim, como podem os leitores verificar, cada estrofe desse hino começa com um convite em uma escala chamada "menor" e, depois, por motivo de grande alegria, sendo o convite aceito, e termina em escala "maior" !
A tradução, para o português, bem fiel ao original, foi feita pela Sra. Mary Wardlaw. Horácio Bonar (letra) Naceu no 19 de Dezembro de 1808, em Old Broughton, Edinburgo, Escócia. falecei no 31 de Julho de 1889, em Edinburgo, Escócia. descansa
em Canongate churchyard. John Bacchus Dykes (música) Naceu no 10 de Março de 1823, em Kingston-upon-Hull, Inglaterra. faleceu no 12 de Janeiro de 1876, em Ticehurst, Sussex, Inglaterra. descansa em St. Oswalds, Durham, Inglaterra 53. HINO - Fonte sem igual (22/09/06) 1 Há uma fonte sem igual
Que nos abriu Jesus:
Um secular manancial
Que nasce ali na cruz.
Foi amor, divino amor, fiel, veraz,
sem fim.
Aquele amor que ao Salvador
Levou à cruz por mim.
2 A bênção desta salvação A todos franca está;
Saúde e purificação
A santa fonte dá.
3 O vil ladrão e malfeitor
Que em Cristo confiou,
Embora grande pecador,
O Seu valor provou.
4 E nós, também, a salvação
Podemos alcançar,
Se nessa fonte de
perdão
Quisermos confiar.
- - -
É este o hino que ficou mais gravado
na história dentre os inúmeros escritos pelo Sr. William Cowper,
um inglês, nascido em Great Berkampsteaa: Hartfordshire, a
16 de novembro de 1731.
Apesar de vir de uma família muito
distinta, pois seu pai era pastor e seu tio, ministro da Justiça,
contudo teve uma vida bem acidentada. Perdeu sua mãe aos seis
anos de idade e aos dez anos foi mandado para um colégio interno,
onde os meninos maiores muito o maltrataram. Ele era muito
tímido e por isso sofreu muito nas mãos daqueles moleques.
É ele mesmo quem diz: "Quase todos os dias eu estava no gan~ho"
e vivia uma vida horrível e cheia de desapontamentos.
Quando Cowper se tomou homem, escreveu
uma poesia chama "Tirocínio", na qual ele retrata bem o que
um menino como ele sofre nesses colégios internos; as crueldades
recebidas por ele, tomaram-no capaz de enfrentar, mais tarde.
outras dificuldades.
Alguns anos mais tarde ele ficou
doente mentalmente e aí foi mais dificil ainda, tanto para
os estudos como para a profissão de advogado ou juiz que por
longos anos procurou, sem conseguir.
Nessa constante e longa luta, Cowper
pensou que seria impossível ser salvo. Mas, em julho de 1764,
sentado no jardim da sua casa e lendo as Escrituras, foi impressionado
pelas palavras de Romanos 3:24-25 que dizem: "Sendo justificado
gratuitamente por Sua graça mediante a redenção que há em
Cristo Jesus; a Quem Deus propôs, no Seu sangue, como propiciação,
mediante a fé, para manifestar a Sua justiça, por ter Deus,
na Sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente
cometidos".
O Espírito Santo atuou no seu coração
através daquelas maravilhosas palavras e ali mesmo rendeu-se
a Cristo, sendo salvo dos seus pecados. É ele mesmo quem conta
o que aconteceu: "Não sei como, mas num momento, recebi poder
para crer e o Sol da Justiça brilhou em meu coração. Vi claramente
a suficiência do sacrifício feito por Cristo e o perdão através
do Seu sangue; a completa e ampla justificação"
É assim mesmo. No momento em que
cremos no Evangelho da nossa salvação, passamos da morte para
a vida. Não leva anos, meses ou dias, para sermos salvos.
No momento que olhamos para Cristo, com fé, somos feitos filhos
de Deus! (João 1:12). Foi isso que trouxe paz e alegria na
alma de William Cowper.
Quando já tinha 34 anos de idade
e tendo sido restaurado daquela enfermidade mental, uns amigos
levaram-no para sua casa e lá, com outro amigo, João Newton,
escreveu e compilou vários hinos, formando um hinário chamado
"Olney Hymns". Além dos 64 hinos dos quais era composto o
referido hinário, William Cowper escreveu muitas outras peças
mediante as quais foi considerado entre os primeiros na poesia
inglesa!
Além disso, ele lutou muito pela
causa dos pobres e dos escravos; até os indefesos animais
entraram nas suas poesias! Era também muito interessado em
Missões Cristãs; como deve ser todo verdadeiro cristão.
Assim, entre os inúmeros hinos
escritos por ele, está o que comentamos e conta-se a seguinte
história, muito interessante, a respeito dele.
O Sr. Cross tinha um vizinho descrente,
para o qual devotou grande interesse, pois estava enfermo.
Tentou, por várias vezes, visitá-Io para falar-lhe da sua
vida espiritual, mas sua mulher, instruída pelo marido, recusava
sempre a visita de alguém que desejasse falar-lhe sobre religião.
Mas este amigo não desanimou em suas tentativas e logo encontrou
uma saída.
Na vizinhança havia uma jovem cuja
voz era doce e expressiva. O Sr. Cross lhe disse: "Mabel,
você gostaria de cantar o hino 'Há uma fonte sem igual', junto
àquela janela onde se encontra um homem enfermo?" Mabel ficou
muito feliz em poder fazer aquele serviço para o Senhor e
o resultado foi que a esposa do vizinho enfermo logo ofereceu
a ela um lindo bouquê de flores e, em poucos minutos, ela
foi convidada a entrar no quarto; colocando o bouquê sobre
a mesa, começou a cantar o hino para o enfermo.
Linha após linha, o hino foi entoado
com toda a ternura que lhe era própria. O enfermo ficou tão
emocionado que perguntou à moça, onde havia aprendido aquele
hino. E ela respondeu que era na Escola Bíblica do Sr. Cross.
O enfermo pediu, então, que o Sr. Cross viesse e lhe falasse.
O que se passou, então, pode-se dizer em uma palavra: "Foi
como um tição tirado da fogueira".
Mas o Sr. Cowper passou para a
presença de Cristo no dia 25 de abril de 1800, com 69 anos
de idade. deixando muita saudade. A letra do estribilho é
de autoria da Sra Martha Matilda Stockton (1821-1885). A tradução
para o português foi feita pelo saudoso irmão, Sr. S. E. Mc
Nair (1867-1959). E a música é do famoso e apreciado compositor
e cantor Ira David Sankey.
William Cowper (letra) Naceu no 15 de Novembro de 1731, em Great Berkhampstead, Hertfordshire, Inglaterra. faleceu no 25 de Abeil de 1800, em East Dereham, Norfolk, Inglaterra. descansa em East Dereham, Norfolk, Inglaterra. Ira David Sankey (letra)
Naceo no 28 de Agosto de 1840, em Edinburg, Pennsylvania, EUA. feleceu no 13 de Agosto de 1908, em Brooklyn, Nova Iorque, EUA. descansa no cemitério GreenWood, em Brooklyn, Nova Iorque, EUA 54.Guarda O Forte! (27/09/06) 1 Hoje Cristo quer falar-te,
pobre pecador;
Nunca deixes de importar-te com o Salvador. Cristo quer salvar-te, agora;
ouve, pecador!
Não hesites! Sem demora, vem ao Salvador. 2 Pecador, por que é que ficas
na condenação?
Nunca ouviste que bem ricas Suas graças são? 3 Ele deu a sua vida, com divino
amor.
Hoje a ti Jesus convida:Vem, ó pecador Desta vez apresentamos a história de uma música de hinos que aparece em alguns hinários com duas ou mais letras diferentes. É o caso desta música que conhecemos com duas letras diferentes e com o sentido evangelístico "Guarda o Forte!" e entre outras "Saudai o nome de Jesus". O autor de "Guarda o Forte!"
é o famoso hinólogo e compositor, Sr. Philip Paul Bliss
(1838-1876). Ele nasceu de uma família pobre, descendente
dos antigos puritanos, numa fazenda da Pensilvania, E.U.A.,
e dizem que as circunstâncias da sua infância pareciam tão
desfavoráveis que não poderiam ajudá-Io a desenvolver o
seu talento musical. Ele mesmo fabricava os seus rudes instrumentos
com os quais produzia os sons maravilhosos da sua música.
A música que estamos considerando,
"Guarda o Forte", foi influenciada pela coragem e intrepidez
de um grupo de soldados que defendera, heroicamente, uma
fortaleza de Altoona, na América do Norte, durante a guerra
civil, no ano de 1863.
Quando tudo parecia completamente
perdido, com todos desanimados por falta de alimento e munição,
e com muitos feridos e sem esperança de salvação, eis que
um grande corpo do Exército Federal aparece por detrás das
montanhas e além das forças inimigas, fazendo sinais por
meio de bandeiras, trazendo a seguinte mensagem: "Sustentai
o forte!
Vamos em vosso auxílio!". Com
os ânimos redobrados e com novas esperanças, conseguiram
lutar um pouco mais até que os inimigos foram derrotados
e, por fim, foram salvos e libertados do cerco. Philip Paul
Bliss passou por aquelas cercanias sete anos após aquela
batalha e, ao ouvir o relato do heroísmo daqueles soldados,
logo lhe surgiram à mente as palavras e a música dum novo
hino que seria o cântico de vitória dos cristãos: "Guarda
o forte! Em breve Eu venho,! diz o Salvador.! Respondamos:
Venceremos / Pelo Teu favor".
Com o seu fino tato espiritual,
Bliss apoderou-se do histórico acontecimento da batalha
e tomou-se um símbolo da vida cristã - um contínuo batalhar,
sem descanso e sem quartel. Inimigos pertinazes promovem
assaltos sem tréguas e a luta se prolonga tanto quanto a
vida (Romanos 7:18-24).
Por vezes, esfarelados os muros
da fortaleza, diminuídas as reservas de resistência e quase
desfeitas as esperanças de sobrevivência, o desalento e
o desespero nos aconselham a desfraldar a bandeira branca
da rendição. Mas outras bandeiras, então, se desfraldam
sobre a crista dos montes, pois o Anjo do Senhor se acampa
ao redor dos que O temem e os livra (Salmo 121:1-2).
E, das montanhas da salvação,
na imagem daquele monte descalvado, nos arredores de Jerusalém,
o grande Capitão vem ao nosso encontro, pronto e poderoso
para nos socorrer. Ele é o nosso socorro bem presente em
toda angústia!
A referida música apareceu, primeiramente,
numa coleção de hinos sacros usada pelos americanos no tempo
das campanhas evangelísticas de Moody e Sankey, no fim do
século passado.
Uma das letras, em português,
de escritor anônimo, tem como título "Cristo quer salvar-te"
e começa com as seguintes palavras: "Hoje Cristo quer falar-te,
pobre pecador".
Mas a história registra, ainda,
um incidente assaz dramático na infância de Bliss. Quando
tinha apenas dez anos de idade, passou por uma casa rica,
onde alguém tocava piano. Era a primeira vez que ouvia aquele
instrumento. Ficou tão encantado que subiu as escadas da
casa, penetrou na sala onde se encontrava uma dama tocando
e ali ficou de pé, parado e extasiado, a contemplar a linda
dama. Quando ela terminou não pôde deixar de pedir-lhe que
tocasse um pouco mais.
A dama, assustada com a
presença inesperada do menino desconhecido, não compreendeu
o interesse nem o ardor que o animava e mandou-o retirar-se
dali. Esse incidente foi apontado, mais tarde, como sendo
a origem de um outro hino de sua autoria, também muito conhecido,
que se encontra em alguns hinários, cuja letra inicia assim:
"Repeti-mas inda outra vez estas palavras de vida. Que belas
são! Que belas são! Essas palavras de vida".
A outra, em português, é de autoria
do Sr. S. E. Mc Nair ( I H67 1959), cujo título é "Tudo
Cristo já tem feito" e começa com as seguintes palavras:
"Ó mortal! Se tu redobras/ O teu trabalhar"...
Ambas as letras têm caráter evangelístico,
tendo sido usadas para essa finalidade!
Philip Paul Bliss (letra e música)
Naceu no 9 de Julho de 1838, em Clearfield County, Pennsylvania, EUA. faleceu no 29 de Dezembro de 1876, em Ashtabula, Ohio, EUA. descansa no cemitério de Ashtabula, em Ohio, EUA 55. - O lar celestial (06/10/06) 1 Ó Lar celestial, Jerusalém de
Deus,
Felicidade perenal.permeia os átrios
Teus!
Incenso de oraçã'o e culto de louvor
Os santos oferecerão ao Nome do
Senhor.
2 As nuvens in tervêm a vista a
ofuscar;
Mas eu, por fé, avisto além o santo
e eterno lar.
No céu nem sombras há, pois Cristo
é sua luz;
A morte ali não entrará, nem mal
algum seduz.
3 Pra sempre com Jesus no Seu celeste
lar,
Morada da divina luz, minha alma
quer estar;
Na Casa de meu Pai há sempre gozo
e paz.
Meu coração, Senhor, atrai para
onde Tu estás!
O LAR CELESTIAL Nem sempre os escritores dos nossos hinos foram convertidos na adolescência ou juventude, apesar de muitos deles nascerem em um lar cristão e serem educados na Palavra de Deus. É o caso do Sr. James Montgomery
(1771-1854) que nasceu em Ayshire, Escócia, no dia 4 de novembro
de 1771. Ele foi filho de um ministro morávio, um camponês
irlandês, e, quando James tinha apenas 5 anos de idade, seus
pais voltaram para a Irlanda, para uma colônia morávia, em
Cracehill, próxima de Ballymena. Com a idade de 7 anos, James
foi mandado para um seminário, o Fulneck Seminary, próximo
de Leeds, em Yorkshire, para que ele aprendesse as doutrinas
dos morávios.
Ele permaneceu lá por nove ou dez
anos e, durante esse período, os seus pais saíram como missionários
para as Índias Ocidentais, onde ambos morreram; um em Barbados
e outro em Tobago!
A permanência de James no Seminário
foi uma decepção; de fato, um' escritor lembra que ele foi
"distinguido pela sua indolência e melancolia". Ele era um
sonhador, um visionário, mais interessado em fazer poesias
do que fazer as suas lições. Seu relatório escolar conclui,
dizendo: "James Montgomery, apesar das inúmeras observações,
não tem sido mais atento".
Assim, com a idade de 16 anos,
James tomou-se aprendiz de padeiro. Nisso, também James mostrou
pouco interesse e os anos que se seguiram foram marcados por
descanso e mudança freqüente de empregos. Parecia que havia
nascido para a poesia e, através dos anos, continuou fazendo
versos.
Procurou um editor para publicar
os seus versos e viajou para Londres, mas a sua viagem foi
em vão; voltou, então, para Yorkshire, muito desapontado.
Com a idade de 21 anos conseguiu um emprego, no "Sheffield
Register". Após dois anos, o Sr. Gales teve que deixar a Inglaterra
para evitar ser multado pelas autoridades, devido às suas
publicações, que foram consideradas como "incendiárias e revolucionárias".
Assim, James Montgomery assumiu
a direção do jornal, mudando o nome para "Sheffield Iris",
e assim continuou por mais 31 anos. Mais tarde, foi multado
e preso por publicar artigos criticando os atos dos magistrados
de Sheffield. Mas como a prisão não pode prender a alma, mesmo
ali, ele continuou escrevendo versos.
James Montgomery foi um homem profundamente
espiritual, mas só com a idade de 43 anos recebeu, definitivamente,
a sua segurança de salvação, e confessa que até aquela data
vivia sem o verdadeiro descanso para o seu coração.
Como poeta e escritor de hinos
ele teve um bom mérito. Ele mesmo diz: "Foi o meu trabalho
mais sério ao longo da minha vida". Diz ele que escreveu o
hino presente no ano de 1835, depois de perder um grande amigo
e ter ido ao seu funeral.
A tradução para o português é do
Sr. William Anglin. A música é de Isaac Baker Woodbury e o
arranjo é de Arthur Seymour Sullivan (1842-1900)
James Montgomery (letra) Naceu o 4 de Novembro de 1771, em Irvine, Ayrshire, Escócia. feleceu no 30 de Abril de 1854, em Mount, Sheffield, Inglaterra. descansa no cemitério de Sheffield, Inglaterra. Arthur Seymour Sullivan (música) Naceu no 13 de Maio de 1842, em Bolwell Terrace, Lambeth, Inglaterra. faleceu no 22 de Novembro de 1900, em Londres, Inglaterra. descansa na capela do British Empire, na catedral St. Paul, em Londres, Inglaterra 56_ PRECISO DE JESUS (17/10/06) 1 Preciso de Jesus! De Ti, meu Salvador! Somente a Tua voz tem para mim
valor!
De Ti, Senhor, preciso; de Ti preciso
sempre!
Oh! Dá-me a Tua bênção, aspiro a Ti! 2 Preciso de Jesus! Unido
a Ti, Senhor,
Pecado e tentação não mais terão vigor. 3 Preciso de Jesus! Domina
Tu meu ser!
Em santa retidão ensina-me a viver. 4 Preciso de Jesus! Nas trevas
e na luz!
Sem Ti a vida é vã; sou pobre sem Jesus 5 Preciso de Jesus! Do Sol dos
altos Céus!
Oh! Guarda-me, Senhor, meu Salvador e Deus - - -
Haverá alguém que, em sã consciência, possa dizer o contrário? O profeta Isaías diz: "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho; mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos". Daí a necessidade imperativa que todos temos da presença e da assistência, em nossas vidas, do bendito Senhor Jesus. Além disso, o salmista diz: "Inclina, Senhor, os Teus ouvidos e responde-me; pois estou aflito e necessitado! " (Salmo 86:1). Isso mesmo é o que sentiu e manifestou, conforme a história, a Sra. Annie Sherwood Hawks, uma crente consagrada, nos EUA, quando trabalhava tranquilamente em sua casa. Ela viveu entre os anos 1855 e 1918. Disse ela que certa manhã, quando fazia diversos serviços comuns a qualquer dona de casa, sentiu-se extremamente perto do Mestre. Começou, então, a pensar como seria possível alguém viver sem Ele em ocasiões de tristeza ou de alegria. E, com estes pensamentos, vieram à sua mente as palavras: "Preciso de Ti, Jesus, todas as horas", palavras estas que a acompanharam durante todo o dia. Em seguida, sentou-se e passou a escrever a letra deste belo hino. Essas palavras demonstram o resultado de uma vida de experiência constante com o seu Senhor em todas as situações da vida, no trabalho ou nas horas de lazer. Só mais tarde, após alguns anos, é que uma sombra caiu no caminho da Sra. Annie, sombra essa de uma grande perda, e foi então que pôde compreender ainda mais o conforto das palavras que ela mesma havia tido a felicidade de escrever nas horas doces de paz e segurança. Prestemos bem atenção nas palavras das últimas estrofes do hino, que dizem: "Preciso de Jesus! Domina Tu meu.ser! Em santa retidão Ensina-me a viver. Preciso de Jesus!
Nas trevas e na luz Sem Ti a vida é vã; Sou pobre sem Jesus". A tradução para o português foi feita pela Sra. Sarah P. Kalley (1825 - 1907). Já a música foi escrita pelo Sr. Robert. Lowry (1826-1899), um ministro do Evangelho. Diz-se que este irmão trabalhou muito pela música nas Escolas Dominicais. De fato, o hino que apresento, apareceu, pela primeira vez, em uma pequena coleção para a Associação Nacional de Escolas Dominicais nos EUA. Annie Sherwood Hawks (letra) Naceo no 28 de Maio de 1836, em Hoosick, Nova Iorque, EUA. faleceu no 3 de Janeiro de 1918, em Bennington, Vermont, EUA. descansa no cemitério Hoosick Rural, em Hoosick, Nova Iorque, EUA. Robert. Lowry (música) Naceu no 12 de Março de 1826,em Philadelphia, Pennsylvania, EUA. faleceu no 25 de Novermbro de 1899, em Plainfield, New Jersey, EUA. descansa no cemitério Hillside, em Plainfield, New Jersey, EUA. 57. SALVO NOS FORTES BRAÇOS (26/10/06) 1 Salvo nos fortes braços do terno Salvador, Doce descanso tenho no Seu perene amor. Vivo bem garantido contra o poder do mal, Sinto-me recolhido no seio divinal. Salvo nos fortes braços do terno Salvador, Doce descanso tenho no Seu perene amor 2 Pelo deserto triste, por onde passo aqui, Cristo me leva sempre, bem achegado a Si. Entra com simpatia em toda mágoa ou dor; Muda-as em alegria com Seu sincero amor. 3 Minhas necessidades cuida de bem prover, Minhas perplexidades trata de resolver. No meu andar terrestre lança celeste luz, Meu protetor e Mestre é sempre o bom Jesus. 4 Com ansiedade espero pelo feliz raiar Desse faustoso dia em que Ele vai voltar; Dia no qual Seu rosto à clara luz verei E Sua santa glória com Ele gozarei. = = = Salvo nos fortes braços do terno Salvador, Doce descanso tenho do Seu perene amor. De Benjamin, disse: "Todo o dia
o Senhor o protegerá, e ele descansará nos seus braços" Deuteronomio
33.12. De Aser, disse: "O Deus eterno é a tua habitação, e
por baixo de ti estende os braços" Deuteronomio 33.27.
O hino de que vamos falar é o fruto
de uma vida consagrada ao Senhor. Uma vida de alegria e gozo,
é a demonstração mais eloquente do que o Senhor pode fazer
com uma pessoa que, mesmo fraca e deficiente, descansa nEle
e vence para honrá-Lo.
Trata-se da famosa serva de Deus
que viveu entre os anos 1820 e 1915, Fanny Jane Crosby. Bem
cedo, com apenas seis semanas de vida, ficou completamente
cega devido a um engano do médico que a tratou. Por isso,
nunca chegou a apreciar, com os seus olhos, as belezas do
mundo criado por Deus.
No entanto esta aflição serviu
apenas para a introduzir num mundo novo onde encontrou, mais
tarde, Cristo, seu grande Amigo e Guia.
Bem cedo, também, demonstrou seus
dotes poéticos, compondo, aos oito anos de idade, sua primeira
poesia, a qual revela o seu contentamento e confiança em Deus,
mesmo na adversidade.
Anos mais tarde começou a escrever
hinos sacros, por sugestão do célebre compositor musical,
W.B. Bradbury, e dai por diante escreveu tantos hinos que
não se sabe, ao certo, o seu verdadeiro número; sabe-se, porém,
que somam muito mais de 8.000.
Fanny escrevia os hinos com tanto
rapidez que em certa ocasião, estando com o Sr. William H.
Doane, também compositor de música de muitos hinos, este lhe
disse; "Tenho uma música que gostaria que ouvisse", e assim
ele a tocou, ela exclamou: "Ora, isso está dizendo: 'Salvo
nos braços de Jesus'!" Ausentou-separa outra sala e, dentro
de poucos minutos, regressou pronunciando as palavras originais
do lindo hino acima.
Conta-se que Fanny, após sua conversão
a Cristo, orava muito e que não fazia nada nem escrevia, sem
primeiro ajoelhar-se e pedir a direcção de Deus. Tinha ela
uma amigo, filha de um famoso evangelista, que a visitava
muito. Chamava-se Phoeba Palmer Knapp.
Numa dessas ocasiões, Phoebe sentou-se
ao piano e tocou uma música de sua autoria; virando-se, viu
que Fanny estava de joelhos, orando. Quando terminou de tocar,
perguntou: "Fanny, a seu ver, que é que esta melodia está
dizando"? Fanny, prontamente, respondeu: 'Que segurança; sou
de Jesus!" Assim, nasceu mais um hino, dentre os milhares
que ela escreveu.
Mas este hino, é uma linda tradução
feita pelo consagrado servo de Deus, o Sr. R. Holden. A música,
como vimos, é da autoria de outro servo de Deus, o Sr. William
H. Doane, que a compos em 1868.
Assim, aquela ceguinha, graças
à sua disposição alegre, e pela confiança que havia posto
em Jesus, "não chorava nem se lamentava por ser cega", antes
tem servido de inspiração a milhões de pessoas, induzindo-as
a levarem vidas úteis e alegres.
Fanny Jane Crosby (letra)
Naceu no 24 de Março de 1820, em Putnam County, Nova Iorque, EUA. faleceu no 12 de Fevereiro de 1915, em Bridgeport, Connecticut, EUA descansa em Bridgeport, Connecticut, EUA William H. Doane (música)
Naceu no 3 de Fevereiro de 1832, em Preston, Connecticut, EUA faleceu no 23 de Decembro de 1915, em Rhode Island, EUA descansa no cemitério Spring Grove and Arboretum, em Cincinnati, Ohio, EUA. 58. SOL DA MINHA ALMA (01/11/06) Sol da minha alma és Tu, Senhor; Noite não há, se perto estás! Dissipa as nuvens do temor E Te verei com calma e paz. 2 Sol da minha alma! Ó meu Jesus,
Revela a Tua glória a mim E, recolhendo a pura luz, Refletirei seu brilho aqui. 3 Qual brando orvalho, o sono
vem
O corpo e a alma refrescar; No peito do supremo Bem Quão doce é sempre descansar! 4 Comigo o dia inteiro estás;
De Ti recebo todo o bem. Comigo a noite passarás E me darás descanso além.. Temos aqui um dos mais belos hinos cristãos dos últimos séculos. Como muitos outros, este também foi escrito por um ministro do Evangelho, o Sr. João Keble, que viveu entre os anos 1792 e 1866. Este autor cresceu num lar onde havia realmente influência cristã e, desde cedo, revelou-se uma pessoa de caráter forte. Escreveu muitas poesias e este
hino é tirado de uma delas, referente à noite. Era grande
admirador das belezas naturais e isso é patente em muitos
dos seus hinos.
Mas, acerca deste hino, conta-se
uma história muito interessante e como vente. Diz-se que
numa noite de horrível tempestade um navio soçobrou. Naquela
mesma tarde, antes de vir a escuridão, uns homens viram,
da praia, o navio que estava em perigo.
Cheios de coragem e esperanças,
resolveram tomar um barco e sair ao seu encontro para ver
se poderiam salvar algumas vidas, mas nem o navio encontram!
Depois de muita procura e sem
qualquer resultado estavam quase a ponto de voltar, quando
ouviram, mais forte que o barulho das águas turbulentas,
uma voz feminina cantando claramente as seguintes palavras:
"Sol da minh'alma és Tu, Senhor,
Noite não há, se perto estás! Dissipa as nuvens do temor, E Te verei com calma e paz". Seguiram a direção daquela voz
e puderam, assim, achar um escaler do navio desaparecido,
com umas poucas senhoras e crianças a bordo, que, sem remos
nem velas, estavam flutuando à mercê das ondas.
Se não fosse pelo canto daquele
hino, com toda a certeza, o pequeno barco cheio de vidas
teria sido despedaçado pelas ondas bravias mesmo antes de
chegar a manhã. Graças, porém, ao hino, aquelas vidas puderam
ser salvas.
E até hoje, este hino tem sido
de grande conforto para milhares de crentes em todo o mundo!
A música deste hino tem o nome
da paróquia onde Keble passou os últimos anos do seu ministério
e onde jaz o seu corpo; chama-se "Hursley".
O arranjo da música foi feito
pelo Sr. Peter Ritter (1760 - 1846) e a tradução para
o português é de autoria do Sr. João Gomes da Rocha (1861
- 1947).
João Keble (letra)
Naceu no 25 de Abril de 1792, em Fairford, Gloucestershire, Onglaterra.. faleceu no 29 de Março de 1866, em Bournemouth, Hampshire, Inglaterra. descansa em Hursley, Hampshire, Inglaterra. Peter Ritter (música)
(1760 - 1846) 59. SOMENTE A TI - Salmo 73.24-261 (15/11/06) “Quem tenho, ó Deus, no céu aí, Senão a Ti, somente a Ti? E mais ninguém adoro aqui Além de Ti, somente a Ti!" 2 "A Rocha deste coração
& Tu, Senhor, e meu quinhão. Com Teu olhar guiar-me-ás E em glória me receberás".. Há certas decisões na vida
cristã que devem ser tomadas com muita firmeza e oração.
O Salmista do Antigo Concerto, ao contemplar a prosperidade
material dos ímpios e a facilidade com que eles gozam
os prazeres terrenos, chegou a ser levado pelo pensamento
de que estaria se esforçando debalde para manter a sua
santidade. Chegou mesmo a ficar perturbado, procurando,
por si mesmo, compreender a razão de tudo isso.
Até que, entrando no santuário
do Senhor, pôde entender o fim deles! "Todavia estou de
contínuo contigo; Tu me seguraste pela minha mão direita!".
Eis como ele se expressou na exclamação do versículo acima:
"Quem tenho eu no céu senão a Ti? E na terra não há que
eu deseje além de Ti".
Essa foi, também, a decisão
tomada por um servo de Deus, depois de muita luta por
longos anos. Trata-se do Sr. Watchman Nee, largamente
conhecido no meio cristão.
Certa vez, quando ainda moço,
Nee estava lendo as Escrituras e, quando chegou àquele
versículo, essas palavras tocaram profundamente o seu
coração porque, justamente ele, não podia dizer o mesmo.
Ele se enamorara de uma moça
descrente de nome Charity Chang. Ele a conhecera na infância
e encontravam-se frequentemente, os pais de ambos eram
bons amigos entre si. Nee amava-a profundamente. Quando
se converteu a Deus e foi salvo por Cristo, ele desejou
profundamente que sua amada fosse também salva.
Envidou todos os esforços no
sentido de persuadi-Ia a também confiar no Senhor Jesus,
mas de uma maneira estranha, a jovem podia ouvi-Io falar
sobre qualquer outra coisa, menos sobre Jesus. Toda vez
que ele falava a ela do Senhor, a resposta que recebia
não passava de um simples sorriso!
O que o Sr. Nee conta, depois,
é algo dramático: '"Eu sentia que meu coração estava tão
apaixonado por ela que havia uma luta entre meu Senhor
e eu. Eu não podia abandona-Ia. Ela era importante
demais para mim". E, quando o Senhor lhe falava ao coração,
ele chegou a dizer: '"Senhor, por favor, não trate desse
assunto comigo".
Chegou a sugerir a Deus que
lhe deixasse ir pregar o Evangelho em outras partes e
fazer outras coisas para servi-Ia, contanto que não tocasse
mais no seu amor nem mencionasse mais o problema de abandonar
a sua amada.
Mas o Senhor queria uma decisão
mais firme de sua parte; queria que ele a renunciasse
e a servisse em primeiro lugar. Por causa desta luta,
Nee perdeu o interesse pelos estudos e quase não podia
mais orar!
Contudo, buscava, ainda, ao
Senhor e a plenitude do Seu Espírito, mas não ousava exclamar
como o salmista: "Na terra não há quem eu deseje além
de Ti"!
Certo dia, devido à obra do
Espírito Santo nele; o Sr. Nee teve que se render ao amor
de Cristo, pois é um amor tão forte que ultrapassa a todo
e qualquer amor humano. Finalmente confessou diante do
Senhor, dizendo: "Senhor, agora estoy pronto a renunciá-Ia".
Depois de dizer adeus ao seu
amor terreno, ele foi movido pelo amor de Cristo e escreveu
um lindo hino, com dez estrofes, intitulado: "Quem pode
calcular?", cuja primeira estrofe diz assim: "Quem pode
calcular/ De Deus tão grande amor?/ Pois Sua graça transbordou/
Em mim, um pecador"
A sexta estrofe diz assim:
'"Senhor da graça és Tu,/ Consolo tenho em Ti,/ Não tenho
outro que me aprazl No Céu além, e aqui".
Ele relembra a ocasião
em que escreveu este hino, dizendo: '"Naquele dia tirei
meu casaco bonito, vesti um bem simples. Fui para a cozinha
e preparei um pouco de cola, depois saí pelas ruas com
alguns folhetos evangélicos e colei-os, um por um, nas
paredes e distribuí também às pessoas que passavam". Eis
o resultado de uma forte e firme decisão ao Iado de Cristo!
Mas a história não finda
aqui. Como Abraão, do passado, quando Watchman Nee ofereceu
o seu Isaque sobre o altar, o Senhor, graciosamente, o
devolveu! Alguns anos mais tarde, a Srta. Chang se converteu
e foi salva; e se tomou a esposa do Sr. Nee!
Quando renunciamos às coisas
do mundo e colocamos o Senhor em primeiro lugar, o Senhor
nos dá "todas as demais coisas".
Watchman Nee (letra - adaptação) (1903-1972) 60. O DEUS DE AMOR (17/11/06) 1.Ó Deus de amor, vimos nós Te adorar. Vós, ó nações, rendei louvor! És Tu, Senhor, o poderoso Vencedor; És Criador e Rei sem-par. 2.Por Teu poder nos criaste,
Senhor,
Deste-nos vida e perfeição; E ao desviar-nos de Teu plano de amor, Veio, em Jesus, a salvação. 3.Teu é o poder e o louvor,
nosso Deus;
Teu, nosso amor, fervor também. Qual rocha firme a verdade ficará, Deus eternal, Senhor. Amém. Isaac Watts, autor deste hino,
é algumas vezes chamado “Pai da Hinódia Inglesa” porque
foi um dos primeiros a dar impulso ao canto dos hinos antigos.
Escreveu cerca de seiscentos hinos e paráfrases dos salmos.
O “Church Hymnl” contém trinta e um hinos de Watts, e “Cantai
ao Senhor” apenas oito. Seus hinos são de linguagem escriturísticas,
dignificantes e majestosos no pensamento, reverentes e cheios
de adoração na expressão.
“Teu é o Poder” é uma imitação do Salmo 100. As primeiras duas linhas são uma alteração de Jonh Wesley. Frases tais como “santa alegria”, aglomerar-nos-emos em seus portões com hinos de agradecimentos “vasto como a Eternidade é Seu Amor”e outras, (estas frases são do original em inglês) são belas expressões de reverente louvor. Este hino expressa a segurança do reino de Deus. A Melodia “Duke Street” apareceu primeiro anonimamente no Select Collection of Psalm and Hymn Tunes, 1793” (coleção seleta de Melodias de Salmos e hinos, 1973), de Henry Bord. Tem sido conhecida pelos nomes de “Addison’s 19 th Psalm”, Tem sido atribuída ao compositor John Hatton, que residiu na Rua Duke no distrito de St. Helens, na cidade de Windle daí os títulos para o hino. “Duke Street” em muitos aspectos
é um hino ideal. Tem dignidade, beleza melódica, um bom
arranjo para canto congregacional uníssono, harmonia forte,
e concordância com as palavras. Não há andamento em que
soe melhor. Pode ser cantando lentamente ou moderadamente
mais rápido com bom efeito. Não deveria ser cantado rápido
demais.
Este é um grande hino de louvor, e deveria ser cantado pelo menos uma vez por ano. Isaac Watts (letra) Nascio no 17 de Julho de 1674, em Southampton, Inglaterra. faleceu no 25 de Novembro de 1748, em Stoke Newington, Inglaterra. descansa no cemitério Bunhill Fields em Londres, Inglaterra John Hatton (música) Nasceu em 1710, emWarrington, Inglaterra. faleceu em Dezembro de 1793, em St. Helens, Windle, Lancaster, Inglaterra. 61. HINO - Tu és minha esperança 29/11/06 1 Tu és minha esperança! Achou minha alma em Ti A pás e a segurança que carecia aqui. 2 Depois de conhecer-Te, depois
que Te abracei,
Receios mais nã'o sinto da Tua santa lei. 3 A espada da justiça devia
me alcançar,
Mas Tu levaste o golpe, Senhor, em meu lugar. 4 A morte que sofreste foi
para me valer,
Servido como foste, meu Substituto ser. 5 Ah! Quanto amor mostraste,
meu Salvador Jesus,
Por mim, quando aceitaste a amaridão da cruz! 6 Tua obra tã'o perfeita, de
apreço divinal,
Com gosto Deus aceita: propiciação cabal. 7 É base fume e estável da
nossa redenÇão,
Terreno inabalável de reconciliação. 8 Tu és o meu descanso, pois
pela fé, já vi
Que estou pra sempre aceito perante Deus em Ti. Este é um hino, talvez, não
muito cantado, mas que de grande valor devido à sua expressão,
como diz a primeira estrofe: "Tu é minha esperança;! Achou
minha alma em Ti! A paz e a segurança! Que carecia aqui".
Foi escrito pelo saudoso irmào
Sr. Ricardo Holden, nascido na Escócia, em 1828, e falecido
aós 18 de julho de 1886, em Lisboa, Portugal, com 58 anos
de idade.
Na sua mocidade passou por
muitas lutas íntimas, até que chegou o dia de se entregar
interamente a Cristo. Depois disso foi um fiel servo do
Senhor. Embora sendo criado, desde a infància, num ambiente
puramente cristão, ele mesmo, infelizmente, não manifestava
nenhum interesse em Deus nem em Sua santa Palavra. Vivia
indiferente para com as coisa~ de Deus e crescia pensando
apenas em seus próprios prazeres.
Aos vinte anos de idade sobreveio-lhe
grave enfermidade e, pela primeira vez, pensou na morte.
E, como não estava preparado, passou por grande aflição.
Diz-se que, quando chegava a noite, meditava na aproximação
do fim dos seus dias e, com isso, ficava sobremaneira
perturbado.
Mas, uma vez passado o perigo, voltou à mesma situação anterior de indiferença para com Deus. Durante um inverno, nos domingos à tarde, após o jantar, Ricardo Holden costumava abrigar-se num pequeno compartimento ao lado de sua casa, onde, sentado, aquecendo se junto ao fogo, lia um livro qualquer. Numa daquelas tardes, entre uma obra do famoso Shakespere e um livro de religião, Holden escolheu o último, cuja leitura levou-o à conversão. Lendo sobre a realidade da
existência deste Ser Soberano e Onipotente, o Deus vivo
e verdadeiro, o Supremo Criador e Juiz, sentiu profundo
desejo de ser salvo. Depois descobriu como esse Deus Se
revelou pelo Filho, o Qual veio ao mundo para salvar os
pecadores. Sentindo-se pecador, confiou nEle e nasceu
de novo, passando a regozijar-se no Senhor e na sua salvação!
Daí para a frente sua vida
se tomou bastante ativa. Veio ao Brasil, onde dedicou-se
à vida comercial. Depois, foi para os Estados Unidos,
onde se formou em Teologia. Voltou para a Escócia e exerceu
o ministério da Igreja Episcopal, naquele país e em outras
cidades da Grã-Bretanha.
Em 1861 veio novamente para
o Brasil. tendo trabalhado em Belém-PA e em Salvador-BA,
mas devido à grande perseguição religiosa naquela época,
voltou novamente à Grã Bretanha, vindo logo em seguida,
outra vez, para o Brasil, para cooperar com o Dr. Roberto
R. Kalley, um, entre os primeiros missionários a trabalhar
em nossa Pátria.
Foi mais uma vez à Inglaterra
e lá ingressou no chamado Movimento dos Irmãos e, em 1874,
casou-se com Dna. Catarina, da qual teve um filho, por
nome Ernesto. Em 1877 o irmão Ricardo Holden foi trabalhar
no Evangelho em Portugal, onde deu muita cooperação aos
irmãos que estavam iniciando os lrabalhos naquele País.
Escreveu vários hinos em português,
compilou e lançou a primeira edição do hinário "Hinos
e Cânticos". Entre os muitos hinos que escreveu está o
que estou comentando. Convém ler e meditar em cada estrofe,
com muita atenção, pois ele conta como Holden encontrou,
em Cristo, a paz, a segurança e a esperança gloriosa de
estar para sempre com seu Senhor.
A música é de autoria de Friedrich
Karl Scholinus (1772 - 1816) e cai tão bem com as
palavras; tão singela, mas tão profunda no seu sentimento!
Oliver (Ricardo) Holden (letra) Naceu no 18 de Setembro de 1765, em Shirley, Massachusetts, EUA. faleceu no 4 de Setembro de 1844, em Charlestown, Massachusetts, EUA. descansa no cemitério Phipps Street , em Charlestown, Massachusetts, EUA. Friedrich Karl Scholinus (música) ( 72 - 1816) 62. HINO - Belém (06/12/06) 1 Eis os anjos lá descendo: multidões da glória vêm, Luz celeste resplendendo sobre os pastos de Belém; Santos seres dão a'Deus glórias nos mais altos céus, Proclamando o novo Rei aos pastores com a grei!
2 Ouve os anjos entoando nessa refulgente luz,
Todos juntos aclamando Salvador e Rei, Jesus! O Menino já nascido, o Messias prometido, Sumo bem aos homens traz, alegria e santa paz! Parece-nos que, depois do hino
"Noite de Paz", este é um dos que se tomou mais popular
como tema do nascimento do Salvador Jesus. É um hino conhecido
por toda parte e todas as igrejas cristãs o entoam, louvando
Aquele que veio ao mundo revelar aos homens o amor de
Deus.
Suas palavras traduzem o que foi o extraordinário acontecimento em que até os anjos se manifestaram, dando glórias a Deus e anunciando aos homens as boas novas que seriam para todo o povo: o nascimento do Salvador! Sim, Deus Se manifestou em carne e veio habitar entre os homens, os quais viram a Sua Glória, glória como do Unigênito do Pai! (João 1:14). Mas este hino é de autoria, do famoso compositor sacro Carlos Wesley, fundador do Metodismo. Carlos Wesley (1707 -1788) pertenceu a uma família amante da música sacra, pois tanto seu pai Samuel Wesley, como os seus irmãos Samuel e João, foram todos compositores de hinos sacros, destacando se Carlos, tanto pela quantidade como pela qualidade dos seus hinos. Carlos Wesley compôs cerca de seis mil e quinhentos hinos, para os quais ele e seus irmãos passavam horas e horas buscando músicas apropriadas. Conta-se até que em sua casa eram dados bons concertos e que contavam com dois órgãos e outros instrumentos próprios e adequados para o acompanhamento. O hino em foco foi publicado pela primeira vez em 1739, num hinário de João e Carlos Wesley, porém sem música certa. Até que, em 1855, cento e dezesseis anos mais tarde, sendo Carlos já falecido, um organista da Abadia inglesa de Watham, Guilherme Hayman Cummings, (1831-1915), associou-o à música de uma cantata escrita por Felix Jacó Ludwig Mendelssohn Bartholdy, (1809-1847), este nascido na Alemanha. Foi muito feliz na união de ambas. Sabe-se que mais tarde o próprio Mendelssohn manifestara desejo de que a letra do coro n° 2 'de sua cantata fosse substituída por outra mais apropriada, bem alegre e de caráter nacional, mas que não fosse sacra! Pois foi esta letra sacra, de Carlos Wesley, adaptada à música de Mendelssohn, por Guilherme Hayman Cummings, que lhe deu mais popularidade! Mais tarde a letra foi traduzida do inglês para o português por um pastor argentino, o Sr. Roberto Hawkey Moreton (1844-1917), que passou quarenta e seis anos de sua vida evangelizando Portugal. Mas a letra, em português, que estou apresentando, é tradução e adaptação feita pelo saudoso irmão Sr. William Anglin (1882-1965). Carlos Wesley (letra) Naceo no 28 de Dezembro de 1707, em Epworth, Lincolnshire, Inglaterra faleceu no 20 de Março de1788, em Londres, Inglaterra. descansa no templo da Igreja Marylebone Parish, em Londres, Inglaterra Felix Jacó Ludwig Mendelssohn
Bartholdy (música)
Naceu no 3 de Fevereiro de 1809, em Hamburgo, Alemanha. faleceu no 4 de Novembro de 1847, em Leipzig, Alemanha. 63. 15.01.07 HINO - O CRISTÃOS, AVANTE! 1. Ó cristãos, avante!
Sem temor marchar!
Pela cruz de Cristo, com ardor lutar. Cristo, o nosso Mestre, guia o batalhão; No calor da guerra ergue Seu pendão. CORO: Ó cristãos, avante! Marchar, marchar, marchar! Pela cruz de Cristo, Com ardor lutar! 2. Ó cristãos, avante, contra Satanás! A Jesus seguindo, príncipe da paz. Nunca o inimigo prevalecerá! Com as hostes santas Cristo vencerá! 3. Reinos pereceram, tronos e nações, Mas a Igreja vence, mesmo em aflições. Vamos, pois, avante, com fervor marchar, Rumo para a glória, nosso eterno lar. = = = Este hino é um convite ao cristão para lutar contra as hostes de Satanás, não tendo temor e marchando sempre, pela cruz de Cristo, tomando as armaduras da fé. Com sua imponência rítmica, nos sentimos compelidos a marchar na estrada da fé, tendo Cristo como nosso General e vencendo assim todas as provações deste mundo vil e tendo como alvo a glória que está preparada para os salvos valentes que vencerem através do sangue de Jesus Cristo. Sabine Baring-Gould (1834-1924)
teve uma vida longa e muito produtiva, servindo ao Senhor.
Nasceu em Exerterm, na Inglaterra, filho prodígio de um
abastado fazendeiro. Muito chegado à sua mãe, foi com
ela que Sabine aprendeu sentir responsabilidade para com
os pobres. Seu pai levou a família a viajar pela Europa
por 13 anos. Quando foi estudar em Cambridge aos 19 anos,
já falava seis idiomas. Bacharelou-se e fez o mestrado
em Artes na Universidade. Durante seus estudos, foi diretor
duma escola Coral em Londres. Ordenado na igreja Anglicana
em 1865, serviu em algumas paróquias. Durante os primeiros
anos do seu ministério, Baring-Gould apaixonou-se pela
filha de um operário. Solicitou permissão aos pais para
fazê-la estudar, no que foi atendido. Esperou pacientemente
que ela se formasse para se casarem, sendo muito felizes.
Quando ela faleceu oito anos antes dele, Sabine colocou
na lápide do seu túmulo “Aqui repousam os restos mortais
daquela que foi a metade de minha alma”.
Baring foi um homem muito versátil,
de habilidades incomuns e o “hábito de dar-se inteiramente
- capacidade e coração - ao trabalho que lhe era confiado”.
Nunca se valeu de uma secretária. Ainda assim, som bastante
energia e extraordinária variedade de interesses, seus
escritos preencheram quase 160 volumes e incluíram [entre
outros], Lives of the Saints (Vida dos Santos) em quinze
volumes, (...) The Origin and Developement of Religionus
Belief (A Origem e Desenvolvimento da Crença Religiosa),
novelas, livros sobre excursões, obras sobre a Alemanha
e sua igreja. Muito interessado em cantos folclóricos,
editou duas coletâneas destes.
Entre outras coisas Baring-Gould
era arqueólogo amador. Este extraordinário inglês corretamente
calculou que enormes pedras em círculo achadas perto das
suas terras eram, não do segundo século d.C., como outro
insistiram, mas do quinto século a.C.
Como hinista, Baring-Gould
publicou duas séries de Church Songs (Cânticos Eclesiásticos).
Escreveu também alguns outros hinos e nove carols. Gostava
de escrever especialmente para as crianças das suas paróquias.
Dedicou a elas um carinho especial e elas o estimavam
muito. Seus hinos mais difundidos mundialmente são justamente
este (feito para as crianças) e Finda-se este Dia (não
o temos no nosso hinário).
Com a morte do seu pai, Baring-Gould
herdou as terras e mansão que pertenciam a sua família
por 300 anos em Lew-Trenchard, condado de Devon. Tornou-se
fazendeiro e juiz de paz. Ao mesmo tempo, assumiu a direção
da paróquia e ali continuou seu ministério até sua morte
aos 90 anos de idade.
Sir Arthur Sullivan escreveu
a melodia ST. GERTRUDE para o texto Onward Christian Soldiers
(Avante, ó Soldados Cristãos) de Sabine Baring-Gould.
E Sullivan compôs uma melodia à altura.
Nos dias em que Sullivan compôs
esta alegre melodia, esteve hospedado na casa de uma amiga,
a senhora Gertrude Clay-Ker-Seymer. Como era seu costume,
homenageou a sua anfitriã, colocando o nome ST. GERTRUDE
na melodia. Nas palavras de Gertrude:
"Sir Arthur se hospedou muitas
vezes, por várias semanas, e escreveu melodias de hinos
e outras composições, enquanto estava em Hanford (...).Ele
deu o nome do nosso lar a um outro hino, mas Onward Christian
Soldiers, de que tenho orgulho em ser a madrinha agora
tem fama global."
O nome do célebre compositor,
Athur Seymour Sullivan (1842-1900) é conhecido especialmente
por sua composição de uma série de operetas em parceria
com Sir W.S. Gilbert, que “se tornaram uma parte da vida
e tradição inglesa”. Entretanto, Sullivan dedicou muito
do seu talento e esforço à música sacra.
Sugere-se o uso da leitura
bíblica indicada, no rodapé do hinário, antes e depois
de cantar este hino.
Bibliografia: Reynolds, William
J. Companion to Baptist Hymnal, Nashiville, TN , Broadman
Press, 1976, p. 439.
Sabine Baring-Gould (letra)
Naceu no 28 de Febereiro de 1834, em Exeter, Inglaterra. faleceu no 2 de Janeiro de 1924, em Lew Trenchard, Devonshire, Inglaterra. Arthur Sullivan (música) Naceu no 13 de Maio de 1842, em Bolwell Terrace, Lambeth, Inglaterra. faleceu no 22 de Novembro de 1900, Londres, Inglaterra. descansa na capela da Catedral St. Paul, em Londres, Inglaterra. 64. HINO -
A Provação (12/06/07)
1 Por que nos vem a provação
Ainda não podemos ver;
Se aqui não tem explicação,
Mais tarde havemos de entender
Confiemos sempre no Senhor
Se trevas vemos em redor,
Se trevas vemos em redor,
Depois havemos de entender.
2 Por que nem sempre o crente aqui
Tem tudo o que se diz mister
No santo lar com Deus, ali,
De certo havemos de entender.
3 Por que sofremos tanta dor,
Por que no meio do prazer
Nos tem surgido o dissabor,
Depois havemos de entender.
4 A chave de ouro está com Deus;
Consumará o Seu querer;
Mais tarde os redimidos Seus
Nos céus além vão entender.
Por que nos vem a provação Ainda não podemos ver; Se aqui não tem explicação, Mais tarde havemos de entender. Este hino tem muito a ver com nossas experiências diante da provação. O autor deste hino, o Sr. Maxwell N. Cornelius era um pastor da Igreja Presbiteriana, em Pasadena, EUA, quando escreveu as palavras deste hino, inspirado, naturalmente, por uma série de fatos na sua vida, fatos estes que o levaram a meditar profundamente na experiência da provação. Tiago escreveu na sua epístola, no capítulo 1 e versículo
2, o seguinte: “Irmãos, tende por motivo de toda a alegria
o passardes por várias provações”. Cornelius tinha sido
responsável pela construção do templo, mas uma crise financeira
fez com que muitos membros da igreja, em débito com as contribuições,
deixassem de pagar o que tinham prometido e as condições
tornaram-se muito difíceis.
E, para piorar a situação, a saúde de sua esposa foi
rapidamente agravada, tornando-a cada vez mais fraca. Pouco
tempo após o hino ter sido escrito, sua esposa veio a falecer.
O Sr. Cornelius pregou no funeral dela e leu o poema relacionando-o
com o sermão. Que firmeza de fé!
Algum tempo depois, o Major Whittle encontrou o poema
num dos jornais da cidade e guardou-o na sua Bíblia durante
três meses. Finalmente, pediu ao Sr. James McGranahan que
compusesse uma música para o poema. Cornelius havia escrito
apenas as estrofes, e o Sr. Whittle escreveu as palavras
do estribilho.
Mais tarde o Sr. Cornelius ficou responsável por uma
fazenda, em Pennsylvania, EUA, e assumiu o cargo de contratar
pessoal para construção de casas, em Pittsburgh. Quando
construía uma casa sofreu um acidente e quebrou uma das
pernas, a qual teve de ser amputada, com urgência.
Como não havia anestésico na ocasião, ele foi forçado
a suportar a operação em plena consciência. No momento em
que o cirurgião ia iniciar a operação, Cornelius pediu que
lhe trouxessem um violino, em cuja solicitação foi atendido.
Tocou, então, uma música tão agradável que fez até o cirurgião
chorar. E aquela melodia fez com que o médico obtivesse
maior coragem para realizar a cirurgia!
Cremos, pelas palavras do poema escrito pelo Sr. Cornelius,
que ele aprendeu bem o que é suportar a provação; e, se
não podia, naqueles momentos difíceis, entender a razão
de tudo, sabia com certeza que mais tarde, no céu, havia
de entender. Ele já está na glória do Senhor, e, certamente,
chegou a compreender o porquê das várias provações por que
passou enquanto viveu aqui na terra!
Que sirva para nós o exemplo deste piedoso hinólogo,
Cornelius, e que, como nos diz Tiago, saibamos ter “por
alegria o passarmos por várias provações”!
As palavras em português são uma primorosa tradução do
Sr. S. E. McNair e tem, em nosso cancioneiro Hinos e Cânticos,
o número 377.
A última estrofe é um lindo resumo da mensagem deste
precioso hino.
Maxwell N. Cornelius (letra) Naceu no 30 de Julho de 1842, em Allegheny County, Pennsylvania, EUA. faleceu no 31 de Março de 1893, em Washington, DC, EUA. descansa em Ohio, EUA James McGranahan (música) Naceu no 4 de Julho de 1840, em West Fellowfield, Pennsylvania, EUA faleceu no 9 de Julho de 1907, em Kinsman, Ohio, EUA. descansa no cemitério Kinsman, em Ohio, EUA. 65. HINO - Quando andamos na luz (26/06/07) Quando andamos na luz
e tomamos a cruz E seguimos ao nosso Senhor, Com que bênção e paz Ele nos satisfaz E nos enche do Seu santo amor! É confiar, sim e obedecer, Se contentes em Cristo Nós queremos viver. Eis aqui um belo hino, escrito
pelo Sr. John Henry Sammis (1846-1919), nascido em Nova
Iorque, EUA.
Ele era homem de negócios e um
bom cristão, onde residia, em Longansport, Indiana. Mais
tarde deixou os seus negócios e passou a servir como secretário
duma organização cristã para a mocidade. Depois disso, formou-se
pastor presbiteriano. De 1909 até a sua morte, em 1919,
trabalhou na faculdade do Instituto Bíblico de Los Angeles.
É interessante como um pequeno
incidente pode originar grandes coisas, como é o caso deste
hino. Quem nos conta é o Sr. Daniel B. Towner, de Roma,
estado da Pennsylvania.
Diz ele: 'Há muitos anos atrás
o Sr. D. L. Moody estava dirigindo umas reuniões evangelísticas
na cidade de Crockton, estado de Massachusetts, e eu tive
o prazer de cantar os hinos para ele naquela ocasião. Certa
noite, após uma das reuniões, um jovem levantou-se e fez
a seguinte confissão: 'Eu não tenho muita certeza, mas vou
confiar e vou obedecer'. Anotei aquela sentença e enviei-a
ao Sr. John Henry Sammis, contando-lhe como e de quem a
ouvira. Este, tomando por base a referida sentença, escreveu
o hino que até hoje é cantado entusiasticamente pelos cristãos
em todo o mundo.
O Sr. Daniel Brink Towner nasceu
em Roma, cidade situada no Estado de Pensylvania, nos Estados
Unidos. Era possuidor de grande talento musical, colocou
toda a sua imensa capacidade a serviço da música sacra.
Em 1855 juntou-se ao Sr. D. L.
Moody, servindo como director do Departamento Musical do
Instituto Bíblico Moody desde 1893 até a sua morte repentina,
em 3 de outubro de 1919, em Longwood, quando dirigia a música
numa campanha evangelística. Possuía uma linda voz de barítono
e alcançou projecção como cantor. Foi editor de muitos hinários
e compôs músicas para centenas de hinos. A ele devemos a
linda música do hino focalizado cujo nome é "Trust and Obey"
(Confiar e Obedecer).
A letra portuguesa que cantamos
é uma tradução do Sr. Henry Maxwell Wright e aparece em
Hinos e Cânticos com o número 314.
John Henry Sammis (letra) Naceu no 6 de Julho de 1846, em Brooklyn, Nova Iorque, EUA. faleceu no 12 de Junho de 1919, em Los Angeles, California, EUA. Daniel Brink Towner (música) Naceu no 5 de Abril de 1850, em Towner Hill, Rome, Pennsylvania, EUA.. faleceu no 3 de Outubro de 1919, em Longwood, Missouri, EUA. descansa no cemitério Rosehill , em Chicago, Illinois, EUA. 66. HINO - UM PENDÃO REAL
Um pendão real vos entregou o Rei
A vós, soldados seus. Corajosos, pois, em tudo O defendei, Marchando para os céus. Com valor, sem temor!
Por Cristo prontos a sofrer! Bem alto erguei o Seu pendão, Firmes sempre até morrer! Eis formados já os densos batalhões
Do grande Usurpador. Declarai-vos hoje bravos campeões; Avante, sem temor! Quem receio sente no seu coração
E fraco se mostrar, Não receberá o eterno galardão Que Cristo tem prá dar. Pois sejamos todos a Jesus leais,
E ao Seu real pendão. Os que na batalha sempre são fiéis, Com Ele reinarão. - - -
O pastor batista Bill H. Ichter, em seu livro Vultos
da Música Evangélica no Brasil, registra a maneira como
o "Um Pendão Real" foi cantado naquela noite memorável.
Conforme segue:
Durante a reunião, um mensageiro não se conteve e, do
fundo do salão da Igreja Presbiteriana Independente, o homem
começou a entoar em voz alta um hino. O homem que interrompeu
aquela solenidade era Antonio Ernesto da Silva, que mais
tarde se tornou pastor batista. O hino era "Corajosos" (número
469 do "Cantor Cristão"), o hino mais conhecido pelas três
primeiras palavras da sua primeira estrofe – "Um Pendão
Real". O mesmo Antonio Ernesto da Silva descreve esta experiência
na página 18 da autobiografia, "Humilde Testemunho de um
Resgatado": Quando triunfaram os princípios da Independência,
ao levantarmo-nos da primeira oração…não pude conter-me
e rompi com o hino "Um Pendão Real", mais tarde adotado
como o Hino da Independência’…".
Na verdade, o "Um Pendão Real" é um dos hinos do período
áureo da canção evangelística no protestantismo norte-americano.
Seu compositor e seu autor, respectivamente, James McGranahan
e Daniel Webster Whittle, foram figuras ligadas ao surgimento
e disseminação de hinos de apelo popular, na segunda metade
do século XIX. "Um Pendão Real" foi composto em 1884, ganhando
o título original de "There’s a Royal Banner". McGranahan
tornou-se um dos mais famosos compositores e cantores de
canções evangelísticas, sucedendo a outro grande nome desse
movimento, Philip P. Bliss.
Em 1893, um lisboeta de ascendência inglesa, Henry Maxwell
Wright, evangelista e também hinólogo, traduziu "There’s
a Royal Banner" para o português, especialmente para a instalação
das atividades da Associação Cristã de Moços (ACM) no Brasil.
O hino acabou se tornando a canção oficial da ACM brasileira,
sendo entoado por muitos anos nessa condição.
Foi, porém, como o hino oficial da IPIB que o "Um Pendão
Real" se tornou conhecido no protestantismo brasileiro.
Por décadas, ele tem sido cantado como uma autêntica "marselhesa"
da Igreja Presbiteriana Independente, incendiando os corações
com o mesmo fogo que incandesceu os protagonistas de 1903.
No ano de 1975 o "Salmos e Hinos" passou por uma revisão,
sendo então alterada a letra de "Um Pendão Real" na nova
edição. A IPI do Brasil, porém, determinou que o seu hino
oficial continuasse a ser entoado com a letra original.
No Supremo Concílio de 1987 fez-se a única alteração: a
substituição da palavra "negros" por "densos", na primeira
linha da segunda estrofe.
Daniel Webster Whittle (letra)
Naceu em 22 de Novemvro de 1840, em Chicopee
Falls, Massachusetts, EEUU
faleceu em 4 de Março de 1901, em Northfield, Massachusetts, EEUU repousa em Northfield, Massachusetts, EEUU James McGranahan (música) Naceu em 4 de Julho de1840, em West Fellowfield,
Pennsylvania, EEUU
Faleceu em 9 de Julho de 1907, em Kinsman, Ohio, EEUU repousa em Kinsman, Ohio, EEUU 67. Ó MESTRE, O MAR SE REVOLTA
1. Ó Mestre, o mar se revolta, as ondas nos dão pavor! O céu se reveste de trevas, não temos um salvador! Não se Te dá que morramos? Podes assim dormir, Se a cada momento nos vemos já prestes a submergir? CORO:
As ondas atendem ao
Meu mandar: Sossegai!
Quer seja este revolto mar, A ira dos homens, o gênio do mal, Tais águas não podem a nau tragar, Que leva o Senhor, Rei do céu e mar, Pois todos ouvem o Meu mandar: Sossegai! Sossegai! Convosco estou para vos salvar; Sim, sossegai." 2. Mestre, na minha tristeza
estou quase a sucumbir.
A dor que perturba minh"alma, eu peço-Te, vem banir! De ondas do mar que me encobrem, quem me fará sair? Pereço sem Ti, ó meu Mestre! Vem logo, vem me acudir! 3. Mestre, chegou a bonança,
em paz eis o céu e o mar!
O meu coração goza calma que não poderá findar. Fica comigo, ó meu Mestre, dono da Terra e Céu, E assim chegarei bem seguro ao porto, destino meu. Mary Ann Baker, a autora deste lindo hino nasceu em 16 de setembro de 1831. A tuberculose ceifou a vida dos seus pais e deixou-a órfã em tenra idade. Moravam em Chicago com a irmã e o irmão. Esse, um moço de excepcionais qualidades de caráter, começou a sofrer efeitos desta terrível doença. Das suas escassas economias,
as duas irmãs conseguiram recursos para que ele viajasse
à Flórida, ma esperança de que no clima mais ameno começasse
a melhoria. Não lhes foi possível acompanha-lo. "Tudo em
vão. Em poucas semanas o mal se agravou e o rapaz faleceu,
longe do aconchego da família." Não havia dinheiro para
as irmãs irem ao seu enterro, nem para transportar o seu
corpo para Chicago. Mary escreveu sobre esta experiência
assoladora:
"Embora nosso choro não fosse
como outros que não têm esperança' e embora tivesse crido
em Cristo desde menina e desejasse sempre viver uma vida
consagrada e obediente, tornei-me terrivelmente rebelde
a esse desígnio da divina providência. Disse no meu coração
que Deus não amava a mim, nem aos meus. Mas a própria voz
do meu Mestre veio aclamar a tempestade no meu coração rebelde
e me trouxe a calma de uma fé mais profunda e uma confiança
mais perfeita."
Foi logo depois desta maçante
experiência que o Dr. Horatio Palmer solicitou a Mary Ann
o preparo de um grupo de hinos sobre os assuntos das lições
da Escola Bíblica da sua igreja Batista. "Um dos temas era
Cristo Acalmando a Tempestade. Esta lição expressou tão
vividamente a minha experiência, que este hino foi o resultado"
Nas palavras da inigualável
hinóloga Henriqueta "Rosinha" Braga, a experiência de Mary
Ann não apenas permitiu-lhe narrar com felicidade a passagem
bíblica; mais do que isto, capacitou-a a expressar a profunda
fé na atuação do Mestre, quando estamos prestes a submergir
nas dificuldades, tristezas e impasses em que a vida nos
enreda.
Imediatamente, o próprio
Dr. Palmer escreveu a música para o hino, que tem beneficiado
a muitos com a sua mensagem de fé. Publicou-o na sua coletânea
Songs of Love for the Bible School(Cânticos de Amor para
a Escola Bíblica), em 1874.
Depois disto, Mary Ann se
empenhou de corpo e alma à União de Mulheres Cristãs Pela
Temperança. Neste ministério teve oportunidade de observar,
bem de perto, o sofrimento de irmãs, esposas e mães de alcoólatras
cujas vidas naufragaram pelo degradante vício de beber.
Depois de chorar com muitas destas mulheres ao lado da sepultura
destes seus entes queridos, ela testificou: "Tenho chegado
a sentir gratidão pelas doces memórias do meu irmão. O caminho
de Deus é o melhor".
Ao saber que seu hino também
estava sendo uma grande benção em outros países. Mary Ann
Baker disse: "Me surpreende muito que este humilde hino
tenha atravessado os mares e sido cantado em terras bem
distantes para a honra do nome do meu Salvador".
Este hino logo foi incluído
em outras coletâneas, Nos Estados Unidos, tornou-se tão
amado que, em 1881, quando o Presidente Garfield foi baleado,
ficou ente a vida e a morte, e finalmente morreu, este hino
foi usado repetidamente em cultos em sua homenagem. Foi
neste ano que a autora também faleceu.
Sankey incluiu este hino
em Sacred Songs and Solos (Cânticos e Solos Sacros-1881),
que o difundiu ao redor do mundo. Provavelmente foi deste
hinário que o saudoso missionário William Edwin Entzminger
o traduziu para o português em 1903 e o incluiu no Cantor
Cristão. Esta bela tradução, muito fiel à leta original,
fez com que o hino se tornasse um dos favoritos dos evangélicos
brasileiros, também incluído em outros hinários, como nosso
Hinário Adventista.
O Pedagogo musical Horatio
Richmond Palmer nasceu em Sherburne, Estado de Nova Iorque,
em 26 de abril de 1834. Pertencia a uma família de músicos,
sendo seu pai e sua tia seus primeiros professores. Desde
os nove anos cantou no coro do pai. Aos dezoito, começou
a compor. Formou-se pela Academia de Música Rushford em
Chicago e aos vinte anos tornou-se seu diretor. Serviu,
ao mesmo tempo, como organista e regente coral da Igreja
Batista de Rushford. Além de fazer o doutorado em Música
pela Universidade de Chicago, estudou Música em Berlim e
Florença.
Estabelecendo-se em Chicago
depois da Guerra Civil, o Dr. Palmer tornou-se músico de
renome. Editou jornais de música, escreveu livros, dirigiu
festivais e convenções de música com grande sucesso. Organizou
a União Coral Sacra, dando concertos com milhares de cantores.
Num concerto no afamado Madison Square Guarden em Nova Iorque,
regeu 4.000 coristas. De 1877 a 1891, foi o Deão da Escola
de música de Verão do famoso centro de retiros Chautauqua
(Nova Iorque). Publicou coletâneas muito parecidas como
The Song Queen (A Rainha dos Cânticos), The Song King (O
Rei dos Cânticos), The Song Herald (O Arauto dos Cânticos)
e Concert Choruses (Músicas Corais de Concerto), além de
livros didáticos sobre música. Palmer faleceu em 15 de novembro
de 1907, em Yonkers, Estado de Nova Iorque.
Mary Ann Baker (Letra)
1831-1921
Horatio Richmond Palmer (musica)
Nació el 25 de Abril de 1834 en Sherburne, Nueva York, EUA fallecio el 15 de Noviembre de 1907 en Yonkers, Nueva York, EUA 68. 68. HINO - CONSOLAÇÃO 1. Que consolação tem meu coração, Descansando no poder de Deus! Sigo com prazer neste meu viver, Descansando no poder de Deus. CORO: Descansando
Nos eternos braços do meu Deus, Vou seguro Descansando no poder de Deus. 2. Sempre avante vou, bem
contente estou,
Descansando no poder de Deus. Sinto a grande paz que me satisfaz, Descansando no poder de Deus. 3. Lutas hei de ter, mas
hei de vencer,
Descansando no poder de Deus. Não terei temor, onde quer que for, Descansando no poder de Deus. Uma noite em 1887, o mestre
de canto Anthony J. Showalter despediu sua classe na singing
school (escola de canto) em Hartselle, Estado de Alabama,
EUA. Pegou seus livros, fechou a igreja onde ensinava, e
se dirigiu à pensão onde se hospedava durante sua estada
curta na cidade. Havia recebido cartas de dois dos seus
amigos, ex-alunos no estado da Carolina do Sul. Ao abri-las
leu a mesma notícia: suas esposas haviam falecido naqueles
dias. Quando se sentou para escrever palavras de conforto
a eles, abriu a sua Bíblia, e o trecho bíblico que o tocou
e que incluiu nas suas cartas, foi: “O Deus eterno é a tua
habitação, e por baixo estão os braços eternos” (Deuteronômio
33:27).
Nos momentos que se seguiram,
as palavras de um refrão e uma melodia ecoaram no pensamento
deste compositor. Logo se pôs a escrevê-los e, sabendo que
precisaria de estrofes também, pensou no seu amigo, o hinista
Elisha A. Hoffman, autor de mais de 2.000 gospel songs.
Imediatamente escreveu a ele, mandando o hino e explicando
as circunstâncias. Pediu que Hofman escrevesse estrofes
apropriadas. Ao recebê-las de volta, certamente enviou o
hino, com sua mensagem confortante, aos irmãos enlutados.
Publicou o hino no seu hinário The Glad Evangel for Revival,Camp
and Evangelistic Meetings (O Evangelho Alegre para Reuniões
de Reavivamento, Campais e Evangelísticas), em 1887.
Anthony Johnson Showalter
(1858-1924) nasceu no condado de Rockingham, estdo de Virgínia.
Começou seus estudos na música com seu próprio pai. Mais
tarde, estudou em singing schools e com alguns destacados
músicos da época, como George F. Root e H.R. Palmer. Começou
a ensinar nas singing schools também e, em 1880, escreveu
seu primeiro livro Harmony and Composition (Harmonia e Composição).
Depois de dirigir uma filial
duma publicadora por um tempo, fundou sua própria editora
em Dalton, estado de Geórgia.Publicou pelo menos 60 livros,
que tiveram uma tiragem de 2.000.000 de cópias! Por mais
de 20 anos editou o periódico mensal The Music Teacher (O
Professor de Música). Dirigia escolas normais de música,
convidando os mais respeitados professores. Ao longo dos
anos, Showalter conduziu singing shools em uma dúzia de
estados do Sul dos Estados Unidos. Tornou-se muito conhecido
e respeitado. Foi presbítero da Igreja Presbiteriana em
Dalton, servindo como diretor de música da mesma por muitos
anos. O nome da melodia SHOWALTER homenageia este dedicado
músico.
Elisha Albright Hoffman (1839-1929),
foi pastor evangélico. É um bom exemplo do gospel hymn da
sua época, tanto em mensagem como em melodia.
O Pr. Hoffman nasceu em Orwigsburg,
estado de Pensilvânia, EUA, em 7 de maio de 1839 num lar
cristão. Seu pai foi ministro do evangelho por mais de sessenta
anos. Hoffman “preparou-se para o ministério no seminário
União da Associação Evangélica, e pastoreou várias igrejas,
inclusive a primeira Igreja Presbiteriana de Benton Harbor,
Estado de Michigan”.
Editou muitas publicações
de música sacra. Hinista prolífico, muitos dos seus hinos
e cânticos (mais de 2.000 impressos) foram usados pelos
cantores evangélicos do seu tempo. Hoffman escrevia tanto
a letra como a música na maioria dos casos. Muitos desses
hinos vieram ao Brasil e foram usados nos hinários evangélicos.
Bibliografia: Keith, Edmund
D., Hinódia Cristã, 1ª ed.trad. Bennie May Oliver, Rio de
janeiro, Casa Publicadora Batista (JUERP), s/d, p.173.
Anthony Johnson Showalter
Naceu no 1 de Maio de 1858, em Cherry Grove, Virginia, EUA. . faleceu no 16 de Novembro de 1924, em Chattanooga, Tennessee, EUA. descansa em Cemitério West Hill em, Dalton, Georgia, EUA. Elisha Albright Hoffman
Naceo no 7 de Maio de 1839, em Orwigsburg, Pennsylvania, EUA. faleceo no 25 de Novembre de 1929, em Chicago, Illinois, EUA. descansa eno cemitério Oak Woods em , Chicago, Illinois, EUA. 69. HINO - CHUVAS DE BENÇÃOS
1. Chuvas de bênçãos teremos; É a promessa de Deus. Tempos benditos veremos, Chuvas de bênçãos dos Céus. CORO: Sim, chuvas de bênçãos,
Chuvas de bênçãos dos Céus! Gotas somente nós temos; Chuvas rogamos a Deus. 2. Chuvas de bênçãos teremos,
Vida de paz e perdão. Os pecadores indignos Graça dos Céus obterão. 3. Chuvas de bênçãos teremos;
Manda-nos já, ó Senhor! Dá-nos agora o bom fruto Desta promessa de amor. 4. Chuvas de bênçãos teremos,
Chuvas mandadas dos Céus; Bênçãos a todos os crentes, Bênçãos do nosso bom Deus. = = = E hoje, você já falou com DEUS? Se já falaste com Deus, tenta novamente, agora clama ao nosso Senhor pelos Se já falaste com Deus, tenta novamente, agora clama ao nosso Senhor pelos nossos irmãos, do Perú, vítimas do recente terremoto. Clama a Deus para que derrame seu amor e muita misericôrdia pelos que sofrem às consequencias. Pai e Senhor das nossas vidas, permite que a paz e o amor retornem aos nossos irmãos no Perú, e que às ajudas enviadas ao Perú, possam ser distribuídas de forma justa e rapida, para que a fome e o frío não chegue aos nossos irmãos. MINISTÉRIO CANTA SEMEADOR Na doce comunhão de Jesus Carlos - O Semeador ".... movidos pelo sentimento de gratidão. louvor e adoração os primeiros cristão se extravassaram em hinos e cânticos espirituais" (Efésios 5:19) se não desejar receber mais esta campanha de divulgação, envie um e-mail para mim e no assunto escreva a palavra "remover". Hinos On Line - Edgard de Almeida CHUVAS DE BENÇÃOS Era 10 de junho de 1890, Salomão Ginsburg olhava pela portinhola do navio atracado no porto do Rio de janeiro. A sua frente via as luzes da cidade e do novo país para onde Deus o mandara. Pela manhã estaria em terra firme. Quanta emoção experimentava com esta expectativa! Quantas recordações! Lembrava do seu primeiro lar na Polônia, do seu pai rabino que observou quando ele se tornou crente, da sua mãe que cuidou que ele tivesse uma educação privilegiada na Alemanha, e que fosse para a Inglaterra ficar com seu tio e aprender a arte de tipografia. Lembrou-se do seu primeiro encontro com judeus convertidos, sua própria conversão e as duras penas que sofreu alegremente para compartilhar sua nova fé. Agradeceu a Deus pelos anos
de treinamento para o ministério, e por sua noiva, que o
despertou para missões, e que esperava segui-lo mais tarde.
Pensou nos seis meses que passou estudando português em
Portugal, do panfleto polêmico que conseguiu publicar com
a ajuda de Joseph Jones, e a sua distribuição que criou
a necessidade de sair de Portugal para não ser preso. Agradeceu
a Deus por tudo isso. Sentiu que a sua vida e o seu ministério
apenas começavam, que Deus faria grandes coisas nesta nova
terra.
Folheando um hinário que
trouxera da Inglaterra, viu o hino Showers of Blessings
(Chuvas de Bênçãos), que o levou a pensar: “Até agora as
bênçãos que recebi foram somente gotas em face às Chuvas
de Bênçãos que hão de vir”.Tomou sua pena e se pôs a traduzir
esta mensagem na sua nova língua, que estudara tão diligentemente
nos últimos seis meses. Deu graças a Deus por sua aptidão
e experiência em línguas neste longo caminho que trilhara.
Finalmente, estava satisfeito. Seu primeiro hino traduzido
para o português, estava completo! Mostraria para seu companheiro
de viagem, o evangelista português, Henry Maxwell Wright,
para revisão e correção.
Salomão Luiz Ginsburg não
podia saber que este hino seria o primeiro entre 105 letras
e traduções que faria nos anos à sua frente; que ele seria
o “Pai do Cantor Cristão”; que deixaria nos 37 anos que
Deus lhe daria neste grande país, não somente a herança
de um grande número de brasileiros salvos, de igrejas fundadas,
de publicações, de escolas para treinamento de obreiros,
de convenções, mas a herança inestimável de hinódia brasileira.
Certamente as “gotas” que já recebera se transformariam
em verdadeiras Chuvas de Bênçãos, na verdade, numa grande
inundação de bênçãos que Deus proporcionaria através da
sua vida totalmente dedicada a Ele.
Este hino foi escrito pelo
major Daniel Webster Whittle, militar e comerciante transformado
em evangelista e hinista. A melodia SHOWERS OF BLESSINGS
foi composta por James McGranahan, que compartilhava o ministério
de Whittle como músico, depois da morte trágica de Philiph
P. Bliss.
Ira D. Sankey publicou o
hino pela primeira vez, na sua coletânea Gospel Hymns, N°
4 em 1883, e o incluiu em todas as edições que se seguiram.
O nome da melodia apareceu desde sua primeira publicação.
Seguiu-se também a publicação do hino nas diversas edições
do Sacred Songs and Solos, que Sankey publicou na Inglaterra.
Fonte: JUERP (Casa Publicadora
Batista)
Daniel Webster Whittle (letra)
Naceu no 22 de Novembro de 1840, em Chicopee Falls, Massachusetts, EUA. faleceu no 4 de Março de 1901, em Northfield, Massachusetts, EUA. descansa em Northfield, Massachusetts, EUA. James McGranahan (música) Naceo no 4 de Julho de 1840, em West Fellowfield, Pennsylvania, EUA. faleceu no 9 de Julho de 1907, em Kinsman, Ohio, EUA. descansa em Kinsman, Ohio, EUA. 70. HINO - SI, CRISTO ME AMA 1. Cristo tem amor por mim, Com certeza eu creio assim; Por amor de mim morreu, Vivo está por mim no Céu. CORO: Sim, Cristo me ama,
Sim, Cristo me ama, Sim, Cristo me ama, A Bíblia assim me diz. 2. Sim, Jesus me tem amor,
E Se fez meu Salvador; Hoje ainda tem prazer De crianças receber. 3. Por gozar Seu rico amor,
Hei de amar meu Salvador, E desejo aqui mostrar Seu amor tão singular. 4. Meu Jesus comigo está,
E afinal me levará Para o lindo Céu de luz, Pois me resgatou na cruz. Anna Barllet Warner, e sua irmã Susan, escreveram um romance intitulado, Say and Seal,( Dizer e Selar) em 1859, publicada em 1860. Num ponto da história, um menino doente está sendo confortado por seu professor da Escola Dominical. Ele toma a criança nos seus braços. Quando o menino lhe pede para cantar, ele canta um novo hino, escrito por Anna, um hino que mais tarde seria cantado e amado por crianças em todos os continentes do globo: Anna Barllet Warner (1820-1915) nasceu em Long Island, Estado de Nova Iorque. Morou com o seu pai, o advogado Henry W. Warner, e sua irmã Susan, uma famosa autora, na ilha Constitution perto da Academia Militar West Point. Embora Anna nunca alcançasse a fama literária da sua irmã, escreveu diversos romances sob psedônimo de Amy Lothrop. Publicou também dois volumes de poesia. Anna e Susan mantiveram classes de Escola Dominical na Academia por muitos anos. O seu lar, chamado Good Crag ( Bom Rochedo), foi doado à Academia e transformado em patrimônio nacional. O compositor, William Batchelder Bradbury, nascido em Montclair, Estado de Nova Jersey, EUA, em 6 de outubro, 1816, mudou-se com a família para Boston, Estado de Massachussetts, em 1830. Lá, ele estudou na Academia de música de Boston e cantou no coro da igreja “Bowdoin Street”, ambos dirigidos pelo Dr. Lowell Mason, o célebre músico, educador e compositor. Bradbury serviu como organista e dirigiu classes de canto em igrejas da cidade de Nova Iorque, de 1840 até 1847, quando levou sua família à Europa. Lá estudou com Wenael, Boehm e Hauptmann, em Leipzig. Voltando a Nova Iorque em 1847, dedicou o seu tempo em ensinar, conduzir convenções musicais e editar livros. Juntamente com Lowel Mason, Bradbury incentivou o estudo de música nas escolas publicas. Também fundou a companhia de pianos Bradbury em sociedade com seu irmão. Entre 1854 e 1867, Bradbury ajudou a publicar 59 coletâneas de música sacra e secular. Entre as mais importantes estão O Coro Jovem, O Salmista, e a Coletânea Mendelssohn. Bradbury, “ o hinista mais importante e prolífico do seu período”, aplicou nas suas melodias, como também faziam outros músicos americanos contemporâneos, artifícios usados pelos mestres europeus. Algumas vezes, ele fazia adaptações de melodias de Beethoven, Handel, e outros compositores clássicos. As melodias de Bradbury se destacavam por fluírem bem, sendo assim fáceis de serem cantadas. Outra contribuição de Bradbury, que afetaria a hinódia mundial de uma maneira marcante, foi procurar uma famosa poetisa cega, chamada Fanny Jane Crosby, e convidá-la a contribuir com hinos para a sua publicadora. Falando desse encontro, Fanny diria: “ Parecia que o grande trabalho da minha vida havia começado”.( trabalho este que resultaria em 9.000 hinos).Os dois passaram a trabalhar em feliz parceria até a morte de Bradbury em 1868. Bradbury compôs a música CHINA para este texto, e adicionou as palavras do refrão. Publicou o hino no seu hinário para a Escola Dominical, Golden Shower (Chuva de Ouro), em 1862. Porque missionários na China contaram que este hino era favorito entre as crianças da China, o nome CHINA foi dado à melodia Anna Barllet Warner (Letra) Nasceu no 31 de Agosto de 1827, em Long Island, Nova Iorque, EUA. faleceu no 22 de Janeiro de 1915, em Highland Falls, Nova Iorque, EUA. descansa na United States Military Academy, em West Point, Nova Iorque, EUA. William Batchelder Bradbury (música) Nasceu no 6 de Outubro de 1816, em York, Maine, EUA. faleceu no 7 de Janeiro de 1868, em Montclair, New Jersey, EUA. descansa no cemitério Bloomfield, em Bloomfield, New Jersey, EUA.. 71. HINO – SANTO ÉS SENHOR (20/09/07) CORO: Santo, santo, santo,
santo és, Senhor.
Santo, santo, santo, Deus e Criador. 1. Terra e céus formaste
para o Teu louvor.
Santo, santo, santo, sumo benfeitor. 2. Teu, Senhor, é o reino,
Teu é o poder,
Tua é a glória, para sempre, amém! - - - Desde os primórdios da era cristã, os crentes, nos seus cultos, cantavam os salmos, ensinados pelos judeus convertidos. Além destes, adicionaram os hinos, outros trechos do Antigo Testamento, como o Gloria in Excelsis, o cântico dos anjos (Lucas 2:10-14), o Magnificat, cantado por Maria (Lucas 1:46-55), o Benedictus, cântico de Zacarias (Lucas 1:67-79), e o Nunc Dimittis, cântico de Simeão (Lucas 2:28-32). No Ter Sanctus (três vezes santo), de Isaías 6:3 e Apocalipse 4:8, os serafins dirigiam-se a seu Deus e cantavam “Santo, santo, santo”. Ao longo dos anos, o canto desta, e de outras escrituras, que antes era espontâneo, aos poucos se tornou parte do ritual do culto. No período medieval, a igreja católica incluiu o Sanctus como parte invariável da missa que se definiu nesta época. Ao mesmo tempo, os crentes continuavam a cantar este versículo em hinos escritos em épocas sucessivas. Hoje, felizmente, há nas
igrejas evangélicas um movimento mundial de ênfase na adoração.
Para levar a igreja a adorar a Deus em uma só voz, uma ótima
maneira de iniciar um culto é usar uma “chamada ao culto”;
um curto trecho bíblico recitado em uníssono ou um curto
cântico de adoração. Este cântico, que declara a santidade
de Deus, é uma escolha excelente para esta parte do culto.
Ao procurar responsos e doxologias
para os cultos das igrejas, achou-se Holy Is The Lord (Santo
És, Senhor) de letra tradicional e a música do ilustre compositor
vienense Franz Shubert. Faz parte de diversos hinários modernos.
Franz Shubert compôs Deutshe
Messe (Missa Alemã), da qual esta melodia foi extraída,
em 1816. A letra original fez parte do antigo Sanctus (com
texto em Isaías), seção que segue o prefácio da obra. Apropriadamente,
a melodia é chamada HEILIG, HEILIG, HEILIG (Santo, Santo,
Santo).
Franz Peter Shubert, um dos
maiores gênios da música erudita da sua época, nasceu em
31 de janeiro de 1797, num subúrbio de Viena. Conseguiu
seus primeiros conhecimentos musicais com seu pai (um hábil
violoncelista amador) e seu irmão. Franz começou a tocar
violino aos oito anos. Entrou, aos dez, no coro da corte
de Viena e na escola Konvict, que treinava estes cantores.
Seus professores (que incluíam o ilustre Salieri) descobriram
nele um gênio musical. Tocou na orquestra da corte, chegando
à posição de primeiro violino. Sua primeira canção, ainda
existente, foi escrita em 1811 aos quatorze anos; sua primeira
sinfonia, em 1813. Para se sustentar, Shubert completou
seu preparo para o ensino público, juntando-se ao seu pai
na mesma escola. Continuou a estudar a composição, e tornou-se
“o expoente supremo do lied (canção alemã), obtendo a maestria
de expressão vocal”. De fato hoje Shubert é “considerado
o criador do lied alemão moderno”.
Há amplas fontes sobre a
vida e obra deste cordial gênio que, como Mozart, produziu
(além de 500 canções) um fantástico acervo de música em
todas as formas na sua vida curta de 31 anos (sua obra completa
abrange quarenta volumes! ). Faleceu em 1828, de febre tifóide,
pobre e pouco conhecido além do seu circulo de ilustres
músicos e escritores. Hoje, sua obra é considerada à altura
de Beethoven. A seu próprio pedido, foi sepultado perto
deste gênio alemão. (Brahms, outro gênio do século, foi
sepultado pertinho).
Bibliografia: Slonimsky,
Nicolas, ed. , Baker’s Biografical Dictionary of Musicians,
Sixth Edition, New York, Schirmer Books, 1978, p. 1549.
Franz Seraphicus Peter Schubert (letra y música) Nasceu no 31 de Janeiro dee 1797, em Vienna, Austria. falesceu no 19 de Decembro de 1828, em Vienna, Austria. descansa em Zentralfriedhof, Vienna, Austria. |
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