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www.tfp-fundadores.org.br Sem medo da verdade _ Boletim Eletrônico de Atualidades da TFP-Fundadores
Associação dos Fundadores da TFP
Tradição Família Propriedade
_ Diogo .
Índice .
22. A Esquerda Católica e a atual crise brasileira ( 25/09/2005 )
21. Armas:   Sim ou Não? (21/09/05)
20.   Um esquecimento e dois silêncios (14/9/05)
19. Perigoso despertar do dragão amarelo (11/9/05)
18. *** Marketing de quem? ***
17. DITADURA DO PT ABORTA (1/9/05)
16. A eterna vigilância
15. PT abandona a ética e parte para o crime organizado
14.  Roubolândia e o papel das elites (25/8/05)
13. Referendo Estatuto do Desarmamento (19/08/05)
12 _ DO MARKETING PARA A HISTÓRIA
11. Paz, paz, paz
10. Ofensiva abortista do PT
(1/8/05)
09. DESARMAMENTO: A ALEGRIA DO CRIME! _ Julho 21, 2005 
08. Levantando novamente as bandeiras do fracasso e da desordem (27/06/05)
 07 .
Rescaldo, silêncio estratégico ou perigo à vista! (09/06/05)
06. Ministro Roberto Rodrigues favorável ‘a revisão dos índices de reconhecimento de propriedade produtiva (23/5/05)
05. Debate . (19/5/05)
04.    5,5 milhões, mais dinheiro, financiamento, cestas  básicas, aparelhamento do Incra e desapropriações (19/5/05)
03.  Para os sem terra, tudo Para os militares, nada (16/5/05)
02. Edição de 9/5/05
01. A OAB democratiza o debate sobre o desarmamento
00. Ed.Anteriores : 13/3/05 :  “Quarta Internacional orienta Rossetto”/AM.
22. A Esquerda Católica e a atual crise brasileira ( 25/09/2005 )
Plinio Vidigal Xavier da Silveira
 
Jornalista espanhol afirma que o fracasso da Reforma Agrária é uma das causas da crise do governo Lula, em torno da qual criou-se enorme expectativa, entretanto sem fundamento
 
As situações políticas, com freqüência, são difíceis de analisar por quem está à margem do núcleo dos acontecimentos. Muitas vezes, porém, um texto de comentarista que vive nos meios políticos pode esclarecer o que não se desvendava.
 
Em 7 de agosto último, o “Estado de S. Paulo” publicou uma entrevista com Juan Arias, correspondente no Brasil do diário “El País”, de Madri. Transcrevemos trechos dela por serem muito esclarecedores do que se vem passando na atualidade.
 
“Você já acompanhou duas crises no Brasil — a cambial, em 1998, e a do mensalão. Há diferenças fundamentais entre os dois momentos?
 
Sim. Quando Lula ganhou, criou-se um expectativa mundial. Sua vitória nos fez lembrar da ascensão de Felipe Gonzales, pelo PSOE, em 1982. O partido socialista mudou a cara da Espanha em 14 anos, ainda que ao término desse período o PSOE tenha se afundado em corrupção. Os espanhóis imaginaram que, com Lula, iria se dar a sonhada transformação social do Brasil com desenvolvimento econômico. Que o governo iria colocar no mercado de consumo esses 40 milhões de brasileiros que vivem à margem — enfim era uma esperança. Meu país apostava no Brasil e, ao longo do primeiro ano do governo, tornou-se o segundo investidor estrangeiro no País. Em resumo, a vitória de Lula nos fez pensar que o Brasil poderia ser o laboratório da quarta via.
 
“O que significa a quarta via?
Seria um caminho intermediário entre a via marxista clássica e a via social-democrata com ênfase para experiências já testadas pelo PT. Esse caminho político deveria se abrir à participação da sociedade civil, dentro dos marcos do capitalismo. E a experiência poderia ser expandida para outros países latino-americanos.
 
“Por que acharam que isso seria possível?
Porque o presidente eleito tinha o respaldo de um partido organizado, o PT. Um partido com base social, capital intelectual, um time de economistas e forte presença nas universidades. Assim surgiu a confiança de que Lula não iria provocar um crack econômico, mas ao contrário, iria propor mudanças seguras para todos os estratos da sociedade. Lula encarnou a possibilidade de êxito de uma esquerda com os pés no chão.
 
“E quando você começou a duvidar desse projeto?
Quando me dei conta de que a experiência começava a fracassar, depois de quase um ano de governo, propus uma série de artigos ao “El País”. Meus editores não acreditavam que o projeto fosse desandar e me perguntavam: ‘Você quer dizer que estávamos enganados?!’. O primeiro artigo crítico que escrevi chamava-se “As dez goteiras do governo Lula”. Analisava projetos sociais emperrados, entre eles o da reforma agrária, da reforma educacional e o Fome Zero”.
 
Fracasso também da esquerda católica
O comentarista espanhol informou ter analisado projetos sociais emperrados,  entre eles o da Reforma Agrária, o da reforma educacional e o “Fome Zero”.
 
Ele tinha visto, já em fins de 2003, que o governo brasileiro estava fracassando, e no Brasil isso não foi percebido pelos especialistas?
 
O emperramento do projeto de Reforma Agrária é apresentado como uma das causas do fracasso do governo. Será que nosso povo já notou isso? Foi o governo que não apoiou a Reforma Agrária? Ou, na verdade, terá sido o fracasso do projeto de Reforma Agrária, dentre outros, a causa do que estamos assistindo no País? É o que parece mais provável.
 
Em toda a crise que o Brasil vive neste momento, causa estranheza o silêncio e a inatividade quase totais do MST, que praticamente cessou suas tão conhecidas invasões. Dir-se-ia que os sem-terra não querem atrapalhar o governo do PT, que está com tantas dificuldades.
 
Somente um ano depois do que retrata o jornalista espanhol, Frei Betto um dos principais mentores do presidente atual, tomou a iniciativa de abandonar seu amigo Lula! E mais alguns membros da esquerda católica o acompanharam...
 
Que papel teve nesse quadro a esquerda católica? Ela também fracassou?
Ao levantar tais questões, aflora uma nova interrogação: onde é que entra nisso a sucessão de escândalos de corrupção que a imprensa vem denunciando? Reforma Agrária, “Fome Zero”, reforma educacional, corrupção política, qual é o principal fator na crise que vivemos? E o caso do Banestado? E o assassinato de Celso Daniel? Que mistério há nisso tudo? Talvez se desvende ao cabo desse processo. Ou quiçá, não seja desvendado por enquanto e fique para a História revelar.

(transcrito de Catolicismo _ www.catolicismo.com.br - Nº 657 – setembro de 2005 – Ano LV)
 

21. Armas:   Sim ou Não? (21/09/05)
A seguinte notícia dispensa comentários.
 
 
Padre Antônio Lorezatto*
 
No próximo dia 23 de outubro será realizado em todo o Brasil, um referendo, ou seja, uma consulta ao povo para que este se manifeste a respeito do comércio de armas e munições no País. A pergunta é duvidosa. Ela seria mais transparente se fosse assim: você é a favor ou contra a posse e o porte de armas?
 
Todos deveríamos andar desarmados.  Mas os criminosos não pensam assim e carregam armas das mais sofisticadas. Nós recebemos de Deus o presente da vida. E, para conservá-lo, necessitamos de bens materiais que o agressor quer nos tirar e que temos o dever de proteger.
 
Deus, ao transmitir vida aos animais, lhes confiou armas para se defender: a abelha pelo ferrão; a cobra pelo veneno; a lebre e o cervo, a velocidade; o gato, os dentes e as garras afiadas; o cachorro, a terrível mordida; o burro e o cavalo, os coices devastadores; o touro, os chifres; a outros, o mimetismo como disfarce e etc. A nós, o Criador não concedeu nenhuma destas armas, mas nos conferiu a inteligência para descobrirmos meios mecânicos para nossa defesa.
 
Os prováveis duzentos e sessenta milhões de reais que serão gastos neste referendo, teriam melhor resultado se fossem empregados na educação das crianças, na segurança do povo e na recuperação de criminosos. A pessoa humana não deveria usar armas, mas a razão, e cumprir o mandamento de Jesus:
 
“Ama teu próximo como a ti mesmo”. (Matheus 22:39)
 
Entretanto, sempre existem os maus, que se afastaram dos ensinamentos de Nosso Senhor e não respeitam seus semelhantes.
 
Se o “sim” vencer, e vier a lei do desarmamento, todos deverão ficar desarmados. Mas quem não vai se desarmar serão os criminosos. E, sabendo que estaremos sem proteção, multiplicarão seus ataques às pessoas e às residências. Eu não possuo nenhuma arma e não aprovo a fabricação e o comércio de armas de fogo, mas enquanto o Governo não desarmar os bandidos, nos proporcionando segurança, opto pelo uso de armas de fogo defensivas. Se o desarmamento realmente acontecer, seremos todos ovelhas indefesas.
 
E quando as ovelhas estão indefesas, os lobos atacam!
 
*Padre Antônio Lorezatto é Reitor da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e Capelão do Hospital Divina Providência
 
"Embora violências defensivas sempre sejam uma triste necessidade aos olhos de homens de princípios, seria ainda mais lamentável se malfeitores dominassem os homens justos"
( Santo Agostinho(354 - 430) ) ( Diogo)

20.  Um esquecimento e dois silêncios
 
São Paulo, 14 de setembro de 2005
 
 
O Presidente Lula da Silva, em seu último pronunciamento ‘a nação, dia 7 de setembro, esqueceu-se do agronegócio. Lamentável. Nos dias subseqüentes duas outras notícias caíram no silêncio. Constrangedor.
 
Um esquecimento lamentável
Em cadeia nacional de rádio e televisão o Presidente afirmou: “ Juntos, governo e povo, fizemos o Brasil voltar a crescer de modo sustentado. Os resultados estão aí, ‘a vista de todos. A economia cresce, a indústria cresce, o comércio cresce, as exportações crescem, o emprego cresce, o salário cresce, cresce a transferência de renda para os pobres, a inflação cai, o custo da cesta básica também cai.”
 
Lamentavelmente nenhuma palavra sobre o agronegócio, reconhecido como o sustentáculo da economia nacional. Em 2004 o saldo de US$ 33,6 bilhões da Balança Comercial Brasileira se deve a um resultado positivo do agronegócio, de + US$ 34,1 bilhões vindos do agronegócio e - US$ 0,5% como saldo dos demais setores. O jornal britânico Financial Times (Fonte BBC Brasil) afirmou em artigo sobre o Brasil que “o interior do Brasil está gerando fazendas que podem alimentar o mundo”. “O Brasil está para a agricultura como a Índia está para a terceirização de serviços e a China para a Indústria: uma potência cujo tamanho e eficiência poucos competidores podem igualar”.
 
Todo esse sucesso deve-se ao empreendedorismo da iniciativa particular, e seria mais forte ainda se o setor não passasse por uma crise sem precedentes. Reconhecida pelo Ministro da Agricultura Roberto Rodrigues como “a pior crise já enfrentada pela agricultura brasileira. Eu nunca vi, diz o Ministro, uma comparada em extensão e profundidade”. Segundo ele “a equação é simples de entender: os custos subiram porque a demanda cresceu, somado ‘as ofertas recordes que fazem os preços caírem, mais o grande endividamento do agricultor (três anos de bons rendimentos fizeram o produtor investir na renovação da frota), o que se somou ‘a seca do início do ano. O resultado é essa coisa que enfrentamos hoje, complicadas ainda mais pelo sucateamento da infra-estrutura e logística”, afirmou (Folha de Londrina, 24 de agosto de 2005).
 
Acrescente-se a isso a cotação baixa do dólar para aqueles que exportam, e o financiamento curto, as perseguições trabalhistas classificando até pequenas transgressões como trabalho escravo, a imposição de pesadas multas e ameaças de prisões e expropriações, uma pesada regulamentação ambiental que tem paralisado alguns setores, e tem-se a dimensão do problema. Sem contar com a baderna do MST e congêneres que constituem capítulo ‘a parte nessa epopéia do empreendedor agrícola brasileiro.
 
De passagem o Ministro da Agricultura chamou a atenção de que já começam a faltar recursos para a pesquisa. Comparando: a pesquisa brasileira tem um orçamento de R$ 5 bilhões, enquanto nos EUA, o valor chega a R$ 350 bilhões. E conclamou o setor privado para envolver-se na questão e responder ‘as demandas atuais e rasgar a cortina do futuro. E explicou: “deixando o futuro com o setor público”.
Todos esses dados levam ‘a conclusão que pelo menos uma citação agradecida mereceria o agronegócio na fala presidencial.
 
Dois silêncios constrangedores
Dois dias depois da fala presidencial duas notícias e dois silêncios constrangedores a respeito delas:
● a indústria registrou no mês de julho uma queda de 2,5% com relação ao mês anterior, depois de um semestre de altas, que segundo o IEDI – Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial é característico de um crescimento que não está baseado em investimentos (O Estado de São Paulo – 9 de setembro de 2005 – 1ª página)
● no Comércio Exterior, o Brasil encosta nos Estados Unidos no agronegócio (Folha de São Paulo 9 de setembro) em bilhões de dólares, enquanto o saldo do agronegócio recua nos Estados Unidos, tem uma forte evolução no Brasil. US$ 4,5 bilhões é o saldo previsto este ano para os Estados unidos enquanto que o saldo acumulado comercial do agronegócio Brasileiro, acumulado em 12 meses até agosto é de US$ 36,6 bilhões.
 
E como se comporta a esquerda católica diante de tudo isso?
Aproveitando-se da tradicional visita feita pelos fiéis a Aparecida (SP), dia 7 de setembro, dia da Independência, onde cerca  de 100 mil pessoas foram rezar pelo País e agradecer ‘a Padroeira do Brasil, a esquerda católica representada pelas pastorais sociais da Igreja, pelas CEBs – Comunidades Eclesiais de Base, pelo MST e com colaboração da CUT – Central Única dos Trabalhadores, organizou o chamado “Grito dos Excluídos”, neste ano em sua 11ª edição. Ao ato compareceram cerca de 5000 pessoas, um fracasso, mas amplamente coberto pela mídia. A figura central foi João Pedro Stédile, o principal líder do MST, que utilizando os chavões socialistas, investiu contra a política econômica e decretou, com sua costumeira arrogância que o governo do Presidente Lula acabou.
 
No momento sem as verbas governamentais que lhe dá sustento, refugiado junto ‘a esquerda católica, onde sempre encontrou respaldo, o MST prometeu um setembro vermelho com as invasões e arruaças costumeiras. Nunca se deve menosprezar a força dos arruaceiros em fazer pressão ou mesmo revoluções. É mais ou menos o que diz Stédile no seu discurso aos “excluídos”: “O lado bom dessa crise é que ela vai ajudar a conscientizar as pessoas de que não basta votar e esperar. As verdadeiras mudanças só vão acontecer se houver mobilização da sociedade”.

19. Perigoso despertar do dragão amarelo (11/9/05)
 
Renato Murta de Vasconcelos
Correspondente
Espanha
 
Com o despertar do dragão chinês –– fartamente alimentado por capitais ocidentais ––, o comunismo, na aparência extinto com o desmoronamento da União Soviética, pode voltar e tentar subjugar o Mundo Livre.
 
O passado século XX traz indiscutivelmente a marca da influência dos EUA. A China comunista ambiciona essa influência para si neste século. Com o apogeu econômico e propagandístico da China, muitos observadores internacionais opinam sobre o que parece ser o despertar do dragão amarelo e o grande perigo a ameaçar o mundo nas próximas décadas.
 
De fato, do ponto de vista econômico, a China poderia, segundo alguns analistas, tornar-se dentro de três décadas a maior potência da Terra. A taxa de crescimento de sua economia – 9% – representa quase o dobro da dos EUA e é a maior do mundo. No fim do ano passado, possuía uma reserva de 403 bilhões de dólares, só inferior à do Japão. Industrializando-se a passos de gigante, a China absorve 26,9% da produção mundial de aço, 31,3% da de carvão, e é o segundo maior consumidor de petróleo.(1)
 
Os alicerces para o "boom" econômico foram colocados em 1978, quando os líderes chineses, sem renunciar à ideologia comunista, fizeram concessões à economia de mercado “ad intra” e “ad extra”.
 
“Ad intra” as reformas econômicas concederam aos citadinos a liberdade de fundar pequenas empresas, e aos camponeses a de plantar e vender seus produtos. “Ad extra” abriram as portas aos investimentos estrangeiros, que ascendem hoje a mais de 50 bilhões de dólares anuais. Empresas multinacionais instalando-se no país, fábricas de automóveis, de aparelhos eletrônicos, de eletro-domésticos, de artigos desportivos, de brinquedos, e quanto mais se possa imaginar, surgiram como cogumelos por toda a parte.
 
Trabalho quase escravo gerando produtos ordinários
 
Chineses trabalham numa das inúmeras fábricas montadas com apoio de multinacionais ocidentais e asiáticas como as do Japão
 
A mão-de-obra de custo ínfimo, fornecida por uma população de 1,3 bilhão de pessoas a trabalharem muitas vezes em condições sub-humanas, encheu prateleiras dos macro, super e mini-mercados do mundo inteiro com produtos baratíssimos — de qualidade muito discutível —, provocando desemprego em muitos países ocidentais.
 
A par das multinacionais surgiram empresas nacionais bem sucedidas, cujos donos, mestres na arte do “guanxi” –– isto é, captar as boas graças dos líderes comunistas –– tornaram-se em poucos anos verdadeiros cresos. Muitos deles, despóticos e contando com cumplicidade oficial, atuam como verdadeiros chefes de máfias.(2)
 
E vai se verificando uma curiosa regra de três: assim como empresários americanos e europeus montam fábricas na China, aproveitando-se da mão-de-obra barata, assim também empresários chineses estabelecem fábricas nas cidades limítrofes da Sibéria, onde os salários são ainda bem mais baixos. E aos poucos a China vai sendo chamada de os Estados Unidos da Ásia.
 
Xangai, por exemplo, tornou-se uma cidade que compete em tamanho e riqueza com Nova York e Tóquio. No boulevard Bund, às margens do rio Huang-pu, em meio a uma floresta de arranha-céus, encontram-se numerosos hotéis de cinco estrelas, um dos quais, o Hyatt, é o mais alto do mundo.
 
A China virou o país dos superlativos. O país de maior extensão territorial, com a população mais numerosa da Terra, está terminando de construir no rio Yang-tsé a maior represa de todos os tempos e lugares, próximo da grande Tomkin com seus 31 milhões de habitantes.
 
Compreende-se que em outros campos a China não queira ficar atrás. Em 2001 mandou ao espaço seu primeiro “taikonauta” (de taikon, espaço). No campo da genética, está avançada nas pesquisas com embriões, pouco se importando com a moral. E o laboratório da Micro-Soft Research Asia, com sede em Pequim, representa o que atualmente existe de mais sofisticado na área da informática.
 
Poderio militar do dragão e desejo de abocanhar Taiwan
 
O dragão continental não ousou até agora abocanhar, pela força, a ilha Formosa. Na foto desfile do exército comunista em Xangai
 
A China destina anualmente uma verba de cerca de 40 bilhões de dólares para gastos militares. Dispõe de um exército de 4 milhões de soldados que devem ser reduzidos a dois milhões, na medida em que os armamentos forem modernizados. O arsenal do exército vermelho provém da antiga União Soviética e encontra-se obsoleto graças ao embargo à venda de armas lançado pela ONU.
 
Ora, com seu “boom” econômico a China tornou-se mercado interessantíssimo para países exportadores de armas. E na surdina vem sendo feita uma campanha para levantar o embargo da ONU. Ainda há pouco, Gerhard Schröder, chanceler da Alemanha, defendeu de modo claro que o embargo deveria ser suspenso. De modo algum, argumenta ele candidamente, seu país deseja fazer comércio de armas com a China. Longe dele tal pensamento! O problema é que tal embargo não mais se coadunaria com a atual quadra mundial…
 
Taiwan possui forças militares muito bem treinadas e equipadas com armamentos modernos. O que é um argumento dissuasório de peso...
 
Isso justamente no momento em que o dragão amarelo solta rugidos rumo a Taiwan (ou Formosa, como os portugueses a chamavam), ameaçando anexá-la à força, caso não se reúna de boa vontade ao continente dentro dos próximos 15 anos. E a propósito da invasão nipônica na segunda guerra mundial, bate a cauda em direção ao Japão, com ameaças implícitas...
 
Em 1945, quando os comunistas de Mao-Tsé-Tung ganharam a guerra civil, os nacionalistas liderados por Chiang-Kai-Chek refugiaram-se na ilha de Taiwan e aí constituíram um governo independente que, desde o início, declarou-se legítimo governo de todos os chineses. Assim o entendeu a comunidade internacional, e Taiwan foi membro da ONU até 1970, ano em que este organismo admitiu a República Popular da China e excluiu Taiwan.
 
País independente e fortemente anticomunista, com 20 milhões de habitantes, Taiwan é um dos tigres asiáticos e possui a terceira maior reserva monetária do mundo. Mas também um exército muito bem treinado e equipado com armamentos modernos. É o que em boa parte explica por que o dragão continental não ousou até agora abocanhar a ilha Formosa.
 
Perseguição aos católicos fiéis a Roma
 
Num país oficialmente ateu, paradoxalmente observam-se manifestações que tendem a "divinizar" os líderes da revolução marxista
 
Os líderes chineses declaram-se adeptos do maoísmo-leninismo. O ateísmo é ensinado oficialmente nas escolas do país. Não há padrões morais normativos. E por isso mesmo, o respeito aos chamados direitos humanos é mínimo ou inexistente.
 
O primeiro e o mais importante dos direitos naturais (humanos) é o de conhecer e praticar a Religião verdadeira. Nada favorece esse direito na China, apesar da entrada em vigor, a 1° de março deste ano, de diretivas destinadas a melhor proteger os “direitos legítimos” dos que têm fé.
 
A situação dos 15 milhões de católicos chineses — o que corresponde à população do Chile — é aflitiva. Há cerca de duas décadas o governo comunista instituiu, com a infeliz cumplicidade de católicos acovardados e oportunistas, a assim chamada igreja católica patriótica, a qual recebe suas ordens não do Vaticano, mas dos sátrapas de Pequim.
 
Igreja católica na cidade de Jinan: suas portas foram fechadas e lacradas pelo governo comunista chinês
 
Os católicos fiéis a Roma — cerca de 10 milhões — vivem perseguidos, em regime catacumbal. Diversos bispos, numerosos sacerdotes e leigos já foram presos e torturados por não se dobrarem ante as autoridades atéias e marxistas.
 
“Sanguis christianorum semen” (o sangue dos cristãos atua como semente), proclamava Tertuliano no século II, apostrofando os perseguidores dos cristãos. É o que se verifica na China, quando se considera o aumento contínuo do número de católicos. Apesar da pertinaz perseguição do regime comuno-ateu de Pequim, são batizadas anualmente 160.000 crianças chinesas.
 
Inexistência dos mais básicos direitos humanos
 
Bandeira de Hong Kong e figura de Mao. Os bilhões de dólares do Ocidente são vitais para a China tornar-se uma potência econômica
 
No que diz respeito ao direito à vida, existe uma verdadeira esquizofrenia. De um lado, o governo aplica despoticamente a norma de um só filho por casal. Com isso, milhões de abortos compulsórios — e um aborto não passa do frio assassinato de um nascituro no ventre materno — são praticados anualmente. Dessa norma draconiana de um filho por casal, não escapam nem mesmo mulheres chinesas morando temporariamente no exterior.(3)
 
De outro lado, o governo aplica a pena de morte a delitos menos graves, como furtos, sonegação de impostos e comércio de drogas, freqüentemente executada em centros esportivos, na presença de centenas de espectadores. Por vezes, junto ao local da execução já se encontra uma ambulância devidamente apetrechada para retirar do sentenciado órgãos para efeito de transplante. De passagem, interessa notar que essas mais de 10 mil execuções capitais por ano não despertam alarido proporcional ao que se faz a propósito dos cerca de 500 criminosos condenados à morte nos EUA no mesmo período.(4)
 
Uma “terceira via”? Ela conseguirá iludir o mundo?
 
O atual panorama chinês caracteriza-se por um duplo aspecto. Um flexível, o das reformas econômicas rumo a um “socialismo de mercado”, que criou condições para uma explosão da economia e um enriquecimento, não do povo em geral, mas de uma camada privilegiada do país; as populações agrícolas continuam imersas numa situação de miséria, apesar da existência de ilhas urbanas de prosperidade e do “boom” econômico. Outro aspecto, rígido, o da inflexibilidade político-ideológica, onde não houve qualquer mudança fundamental. Os “laokai” –– os terríveis campos de concentração –– se abarrotam de dissidentes e opositores do regime.
 
Uma pergunta salta ao espírito: Não será este “boom” desenvolvimentista uma excelente tática para apresentar ao mundo embasbacado um novo modelo de convergência entre capitalismo e socialismo? Estará, por acaso, sendo experimentada uma espécie de “terceira via”, cuja fórmula eficaz até agora não havia aparecido, embora muitas vezes tentada? Por exemplo, a do “socialismo de face humana”?
 
Em 1936, Hitler manipulou os jogos olímpicos de Berlim para fazer propaganda do regime nazista. Os próximos realizar-se-ão em Pequim, em 2008. Dois anos depois, em 2010, será inaugurada a Exposição Mundial em Xangai. Dois eventos aptos a assestar o foco da atenção do mundo inteiro sobre o antigo Império do Meio, criando “condições objetivas” propícias para a propaganda em nível mundial de uma presumível terceira via, que faz sua propaganda nesta surpreendente simbiose comuno-capitalista.
 
Alimentado pelo capitalismo ocidental com 50 bilhões de dólares anuais, foco da atenção geral, o dragão amarelo será tentado a abrir orgulhosamente suas asas e a lançar fogo pelas ventas. Antes disso o dragão finge sorrir para o Ocidente. Não se trata de uma preparação de terreno, para depois incendiar o mundo?
 
Notas:
 
1. O “boom” chinês foi largamente tratado na edição especial da revista alemã "Der Spiegel", nº 5, de 2004.
2. Ver a respeito interessante artigo de James Meek para o diário inglês "The Guardian", reproduzido no "Jornal do Brasil" de 14-11-04.
3. Chi An, uma jovem estudante chinesa, relata em seu livro O coração estraçalhado, publicado em 1993, as tremendas pressões que sofreu do governo comunista chinês para abortar seu segundo filho, nascido nos EUA, quando seu marido fazia um curso de especialização ("Das zerrissene Herz", Goldman Verlag, Berlim, 1994). O caso teve na época grande repercussão internacional.
4. De acordo com cálculos de Thomas Hengsen, especialista da insuspeita "Anistia Internacional".
Veja:
http://www.catolicismo.com.br

18. *** Marketing de quem? ***

O Estado de S. Paulo, segunda-feira, 1 de agosto de 2005
 
*** Marketing de quem? ***
 
Carlos Alberto Sardenberg
 
Apareceu um depósito de R$ 400 mil feito pela agência SMPB, de
Marcos Valério, na conta da Associação Brasileira de Organizações
Não-Governamentais (Abong), que, entre outras atividades, organiza o Fórum
Social Mundial de Porto Alegre desde 2001. A entidade imediatamente divulgou
nota explicando a origem do dinheiro, a Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos (ECT), e o destino, justamente a montagem do fórum deste ano.
Acrescentou que recebeu outros R$ 100 mil da ECT para organizar a
participação brasileira na edição de 2004 do fórum, realizada em Mumbai, na
Índia.
 
Tudo, portanto, dentro da lei. A ECT foi patrocinadora oficial e,
pela regulamentação vigente, esse tipo de gasto entra na rubrica de
publicidade, devendo ser pago por intermédio da agência contratada pela
estatal. A SMPB tinha o contrato com os Correios. E, como a Abong se
apressou a explicar, não houve nenhum entendimento com Marcos Valério, mas
apenas com autoridades públicas.
 
No meio do pesado noticiário dos últimos dias, esse caso passou
batido, mesmo porque foi completamente esclarecido.
 
Mas estaria politicamente correto? Na verdade, pode estar aí uma
forma paralela de "instrumentalizar" o governo.
 
A Abong afirma que, no total, recebeu cerca de R$ 5 milhões do
governo federal, via estatais e órgãos da administração direta, para o fórum
deste ano. Além da ECT, foram patrocinadores o Banco do Brasil e a Caixa
Econômica Federal.
 
Ninguém desconhece que o fórum reúne entidades e militantes com
clara orientação política de esquerda. A estrela do evento deste ano foi o
presidente Hugo Chávez, da Venezuela.
 
A questão é: podem empresas públicas e o governo, com o dinheiro de
impostos arrecadados de todos os brasileiros, financiar um movimento que
representa o pensamento de apenas parte dos cidadãos? Para o presidente da
Abong, Jorge Eduardo Durão, a resposta é claramente sim. Em entrevista à
Rádio CBN, disse que o presidente Lula foi eleito com um programa que se
aproximava das idéias do Fórum Social.
 
Só isso, na opinião de Durão, autoriza politicamente o governo
federal a financiar o evento.
 
Mas, se esse argumento está correto, isso quer dizer que o governo
federal poderá financiar um fórum mundial de igrejas evangélicas se, por
exemplo, Anthony Garotinho se eleger presidente. Ou financiar um fórum
mundial dos proprietários rurais, no caso de o presidente ser militante da
União Democrática Ruralista (UDR). Ou um encontro global dos movimentos
neoliberais, se o PFL emplacar o governo federal. É claro que não pode.
 
Ao financiar o Fórum Social, o governo federal usou dinheiro público
para apoiar um movimento político que representa parte da sociedade. Milhões
de brasileiros da outra parte, que pagam seus impostos, foram assim levados
a financiar a propaganda de idéias com as quais não concordam.
 
Essa prática se chama instrumentalizar o Estado. E é uma ameaça à  democracia.  (diogo)
= = =

17. DITADURA DO PT ABORTA (1/9/05)
Artigo do jornalista Janer Cristaldo
 
         
 
Tenho 58 anos. Ouço prantos de viúvas por onde quer que me vire. São as viúvas do PT, que vêem os ícones de seu partido atolados até o pescoço no lamaçal do mensalão.
 
Algumas viúvas são de minha idade, outras mais velhas e a grande maioria mais novas. Que um jovem, em seus dezoito anos, tenha votado no PT nas últimas eleições, entendo. "Com quem faremos a revolução? - perguntava-se um personagem de Robert Arlt, em Os Lança-Chamas.
"Com os jovens - respondia - são estúpidos e entusiastas".
 
Que jovens tenham votado no PT, é natural. Nada conhecem de história, não leram os livros que deveriam ter lido, principalmente porque estes livros foram devidamente recusados pelos editores brasileiros.
 
Um jovem de 18 anos não conhece a árvore genealógica do PT. Para ele 64 é data de um passado distante, 35 pertence à pré-história e 17 deve ter ocorrido logo após o Big Bang.
 
Mas que um cidadão de minha idade, um pouco menos ou pouco mais velho que eu, tenha um dia depositado confiança num partido constituído por marxistas, comunistas soviéticos ou maoístas, trotskistas, olpotistas ou castristas, isso sem falar nos cultores de Envers Hodja ou Nicolae Ceaucescu, é vergonha que pede aos céus punição.
 
O partido dito dos trabalhadores já demonstra sua arrogância no próprio nome. Só seus membros são trabalhadores. Os membros dos demais partidos, por exclusão, serão burgueses, capitalistas, imperialistas, exploradores do povo, enfim, tudo menos trabalhadores.
 
Ninguém parece ter notado que, embalando o neném recém-nascido em 1980, estavam seus progenitores: intelectuais uspianos e da PUC, a ala esquerda da Igreja Católica, os sedizentes teólogos da libertação e mais uma malta de teóricos urbanos que de operário só queriam distância. Lula, ao ver um cavalo encilhado passando frente a seu rancho, nele montou sem hesitar um segundo.
 
O marxismo transformara o operário em um salvador da humanidade, um Cristo proletário, e Moscou era a Nova Jerusalém. Os intelectuais celerados que conceberam o PT souberam explorar durante o século passado todo esta mística e conseguiram encontrar um operário para entronizar como Messias, Luís Ignácio Lula da Silva. Filho de uma cópula espúria entre padres e acadêmicos, o metalúrgico dava legitimidade ao Partido dos Operários. Se quisermos situar os fatores de subdesenvolvimento mental do Brasil, vamos encontrá-los na Igreja Católica e na universidade.
 
Antes mesmo de o PT existir, eu escrevia contra o PT. Explico. Durante os anos 70, em minhas crônicas diárias na extinta Folha da Manhã, de Porto Alegre, eu escrevia sobre companheiros de geração que hoje são ilustres próceres do partido governante.
 
Pelo menos dois atuais ministros foram meus colegas de faculdade. (Sobre Tarso Hertz Genro - do qual publiquei seus primeiros poemas no Diário de Notícias - o que escrevi contra daria uma pequena antologia). Eram em geral marxistas, maoístas, trotskistas e não foi surpresa reencontrá-los no PT, que só nasce em 1980.
 
Quando vi o tipo de gente que o novo partido reunia, só pude deduzir que eram os velhos bolcheviques e compagnons de route com outro rótulo. O socialismo soviético já começava a esboroar-se no mundo todo, mas renascia neste país incrível com nome novo.
 
Em uma das crônicas que escrevi na época, dizia ter lido um texto de Tarso e não ter entendido. Que, no entanto, lia
Platão e conseguia entender tudo. Devia ser, deduzi então, porque Platão era Platão e Tarso era Genro.
 
Semana passada, um político conferiu razão à minha crônica de três décadas atrás. "Ganha um mensalão quem entender um texto de Tarso Genro", - disse este senhor cujo nome me escapa. Tarso, doublé de judeu e maoísta, pelo que eu saiba jamais negou seu maoísmo. Este advogado resvaladiço, que esconde atrás de frases dúbias sua vocação totalitária, surge agora como esperança de um PT autêntico, como se autênticos petistas não fossem salafrários como Zé Dirceu, Genoíno, Delúbio et caterva.
 
A imprensa toda parece ter esquecido que Tarso era o vice de Olívio Dutra, quando este era prefeito de Porto Alegre. Dutra foi eleito governador financiado pelo jogo do bicho. Ou jogo do bicho não contamina companheiros de partido e antigos vices de chapa?
 
Ora, naqueles anos, alguém de minha idade, só podia ser comunista por duas motivações: falta de informação ou desejo de poder. Falta de informação os teóricos petistas não tinham. Eram em geral universitários, viajavam e liam muito e uma das modas da época eram os círculos de leitura de Marx. O must da idade era ler Marx no original, para bem
interpretrar o "Velho". Mas a affaire Kravchenko - que pusera uma pá de cal na política soviética - ocorrera em 49.
 
E depois de 49 não mais era permissível a um intelectual bem informado ser marxista.
 
Logo, os revolucionários tupiniquins tinham perfeita consciência do que se passava no mundo socialista. Mas confiavam na ignorância generalizada do brasileiro médio para conquistar o poder, empunhando uma doutrina totalitária que ainda tinha - para o grande público desinformado - laivos de humanismo.
 
A aposta deu certo. Desde há muito afirmo que os grandes derrotados na Revolução de 64 foram os militares. Impediram a emergência de uma republiqueta socialista no Brasil e hoje passam por vilões. Os velhos bolches são tratados - e aposentados - como heróis. Conseguiram inclusive criar um novo tipo de herói, insólito na História, o herói regiamente subsidiado pelos cofres públicos. Herói inclusive retroativo: as gordas aposentadorias retroagiram décadas. Os velhos bolches aprenderam que, em um país das dimensões territoriais do Brasil, a conquista pela armas era inviável.
 
Adotaram então uma estratégia mais sutil, a do Partido Revolucionário Mexicano, que instituiu uma ditadura travestida de democracia, cujo instrumento não era o fuzil, mas o dinheiro.
 
A ditadura do PRI teve a mesma duração da ditadura soviética, sete décadas. O PT estava implantando serenamente a sua, sem que a maioria inculta que constituí este país percebesse.
 
Foi quando surgiu um estraga-prazeres que, ao embolsar míseros três mil reais, jogou a responsabilidade toda da corrupção no colo de um deputado corrupto. O deputado, ao que tudo indica, detestava a solidão. E partilhou sua corrupção com o Congresso todo. A corrente depende de seu elo mais fraco, como diria Mao Tse Tung, o guru do atual presidente do PT. E o belo projeto de ditadura do PT, que Zé Dirceu já estimava modestamente em doze anos, veio por águas abaixo.
 
Que um jovem, nas últimas eleições, tenha se enganado com o PT, entende-se - repito. Que cidadãos de 60 ou 70 anos tenham apoiado esse rebotalho do pior que o século XIX produziu, é mais difícil de entender-se. Ou eram canalhas que tinham perfeita consciência do que faziam e desta ação esperavam privilégios ou dividendos. Ou analfabetos em termos de História, como o presidente que elegeram. Não há terceira hipótese.

16. A eterna vigilância
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
 
Thomas Jefferson (1743/1826), um dos Pais da Pátria americanos, cunhou essa frase de sempiterna atualidade: “O preço da Liberdade é a eterna Vigilância”. Muito repetida, transformou-se em dito quase que banal, fazendo com que a repitamos sem ponderar sobre seu sentido mais profundo. Mas, de agora em diante, nós brasileiros, devemos pronunciá-la reverentemente, pois se não fosse nossa eterna vigilância, teríamos perdido um bem mais do que precioso, a liberdade de expressão.
 
A força das nossas instituições democráticas, que continuam funcionando a pleno vapor, em meio dessa crise ultrajante que nos assola, impediu o estabelecimento de um estado autoritário, comandado pelos comissários do PT, uma marcha a ré na História do Brasil. Esse grupo se perpetuaria no poder, acabando com as liberdades e direitos civis. Sem a vigilância exercida pela sociedade civil, teríamos tido a criação do Conselho Federal de Jornalistas, que seriam punidos caso pecassem contra dogmas instituídos pelo Governo Federal, ou seja, em português rasteiro: notícias só a favor, contra, nunca. Teríamos também recebido do Estado um belo presente de grego: a Ancinav, ou seja, o controle sobre o conteúdo da produção audiovisual no País. E ainda a chamada Lei da Mordaça, quer dizer, o Ministério Público não poderia dar entrevistas e contar à sociedade o que estava investigando e descobrindo.
 
A roubalheira continuaria solta, a farra prosseguiria sem trégua, e o que é pior, pouco a pouco o aparelhamento do Estado iria se agigantando e quando abríssemos os olhos, teríamos aqui um Estado totalitário, igual aos poucos e melancólicos exemplos que o mundo ainda abriga.
 
John Stuart Mill, um dos grandes pensadores ingleses, é um dos maiores defensores da Liberdade de Imprensa. Sua defesa racional, lógica e persuasiva da Liberdade de Imprensa, acompanhada de um apaixonado texto contra a censura, nos mostra que seus argumentos continuam extremamente atuais. Diz Stuart Mill em seu texto chamado Sobre a Liberdade: “Se todos os Homens fossem de uma única opinião, e somente um tivesse opinião contrária, a Humanidade não teria o direito de silenciá-lo; assim como se fosse dado a esse Homem o extraordinário poder de silenciar todos os outros, ele também não estaria justificado... O mal específico em silenciar a divulgação de uma única opinião que seja, é que assim estamos roubando a raça humana, tanto a futura quanto a atual, tanto aqueles que dela divergem, quanto aqueles que com ela concordam: se a opinião for a correta, estamos impedindo que a verdade substitua o erro; se errada, perdemos o benefício da percepção clara da verdade e da vívida impressão que ela nos causa, resultante de sua colisão com o erro”.
 
Nós conseguimos impedir a vitória da Opinião Única, que é por onde começa a perda da Liberdade de Expressão, que levaria fatalmente à perda da Liberdade ela mesma. Agora tratemos de nos defender de expedientes antidemocráticos: vamos deslindar essa trama diabólica, que nos encobre tal qual uma nuvem negra e punir os culpados, mas mantendo acesa a Eterna Vigilância para que outros partidos, além do réu PT, não queiram nos envolver em novos golpes. Somos uma sociedade forte e seremos capazes de corrigir o rumo nas eleições de 2006. Amém.
18 de Agosto de 2005.
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15. PT abandona a ética e parte para o crime organizado
http://tv.terra.com.br Wálter Maierovitch:
 
Quarta, 24 de agosto de 2005, 18h26
 

Wálter Maierovitch
 
Colunista do Jornal do Terra
 
Corromper autoridades e contratar bons advogados para a defesa dos acusados são regras de sobrevivência do crime organizado. Por essas regras, nenhum companheiro deve ficar no sereno. No caso de se topar com policiais e juízes não corruptos, ou de a defesa apresentada pelo advogado falhar, outras garantias mafiosas são dadas. Assim, a associação delinqüencial assegura "mensalão" à mulher e aos filhos do criminoso preso.
 
Além do "mensalão", a organização criminosa garante a seu integrante preso privilégios e regalias nos presídios. Tudo sem prejuízo da continuação da assistência judiciária, em busca de revisão criminal, habeas-corpus, livramento condicional, prisão albergue, detração penal, etc. Evidentemente, tudo é planejado para evitar os riscos de delações. Algo que levaria ao comprometimento dos superiores hierárquicos, "chefões", do delinqüente preso. Dessa maneira constrói-se um muro para proteção dos chefões e para a preservação da organização criminosa. Fora isso, existe a intimidação difusa. Em outras palavras, aquele que romper o silêncio morre, dentro ou fora da cadeia. É a chamada "omertà", ou seja, a lei do silêncio.
 
Uma das maneiras de se quebrar essa blindagem é a oferta de prêmio, pelas delações. A propósito, as delações premiadas foram intituídas no século 19, pelo jurista Rudolf Von Lhering. Esse jurista percebeu como seria, nos séculos vindouros, a escalada da criminalidade organizada e as dificuldades para se chegar aos chefões. Lhering tinha razão. Como regra, as cadeias são verdadeiros aquários de peixes miúdos. Como se percebe, nesse escândalo verde-amarelo do chamado "mensalão", há uma forte pressão de matriz mafiosa para se proteger e não deixar Delúbios e Marcelos no sereno. Sem esforço, o internauta já pode perceber os movimentos para acabar com as delações premiadas. E a palavra de ordem é a ética. Dá para engolir num tempo em que o PT abandonou a ética e partiu para o crime organizado.

14.  Roubolândia e o papel das elites
 São Paulo, 25 de agosto de 2005
Por Plinio Corrêa de Oliveira
 
 
 
Corrupção política, haverá remédio? Sim, recomposição moral das elites é a solução para o gravíssimo problema da corrupção que deixa um país numa dramática situação e seu povo escandalizado.
 
Em conferência proferida em 4 de dezembro de 1993, Plinio Corrêa de Oliveira tratou do problema  da corrupção na sociedade. Suas sábias considerações aplicam-se de modo muito adequado à presente situação do Brasil, vista de um prisma mais alto que o do mar de lama que diariamente envolve pessoas e situações escandalosas.
 
O texto que apresentamos foi extraído da gravação em fita magnética, não tendo sido revisto pelo autor. Mantivemos a linguagem coloquial para garantir sua autenticidade. Apresentamos os excertos que focalizam especialmente a questão da liceidade ou não de contribuição financeira a candidatos a cargos públicos.
 
 “Em tese, uma pessoa rica contribuir para obter a eleição de um candidato não é, em si, um ato desonesto. Mas se ela contribui financeiramente porque, por exemplo, o candidato à presidência da República combina que lhe dará tais e tais negócios, isso se transforma em negociata.
 
Entra nisso — muito mais do que uma amizade particular — uma solidariedade de interesses, porque o empresário que faz alguém galgar ao cargo público recebe, em compensação, um contrato vantajoso. O que equivale a ser contratado para um negócio público não o mais competente, mas aquele que facilitou a subida de tal candidato. Aí começa a aparecer o lado espúrio.
 
Um fato que em si mesmo não tem nada de censurável pode, entretanto, dadas as circunstâncias, ser uma operação francamente ilícita.
 
Além do mais, não só aquele que contribuiu com dinheiro tem facilidades para receber o negócio, mas também para ampliá-lo. Ou seja, ele pode cobrar do Estado uma quantia muito maior do que cobraria alguém que não prestou ajuda ao candidato. Isso seria desonesto, porque entra uma ‘cavação’ pela qual o financiador cobra um valor que não tem proporção com o serviço que vai prestar. Ele cobra muito mais, faz uma execução relaxada do serviço, e o Poder Público não reclama. Tudo isto em razão do dinheiro que foi dado para o candidato galgar o mais alto poder, e da possibilidade de, em outra eleição, o mesmo beneficiário receber outra quantia mais polpuda ainda. E então temos uma operação ilícita em cena.
 
São variantes maiores ou menores de um mesmo pensamento central, que se poderia descrever em torno da sentença do Direito Romano: ‘Do ut des, facio ut des, do ut facias, facio ut facias’ (Eu te dou para que tu me dês, faço para que me dês, dou para que faças, faço para que faças).(1)
 
É uma combinação que pode ser feita aladroadamente ou honestamente, conforme as partes engajadas no tipo de negócio.
 
A questão, no seu eixo, no que ela tem de mais central, não está na forma de governo nem na forma da economia, ela está no grau de moralidade pública.
 
Muitas pessoas vêem que a falta de religião é raiz de todo mal, mas não querem absolutamente propagá-la de modo a criar um ambiente de moralidade. Porque obrigá-las-ia a não serem ladras. Ora, elas podem concordar que o roubo é uma coisa abjeta, mas deduzir daí que elas não roubarão, é uma coisa muito diferente.
 
Para eliminar a corrupção é preciso haver um apostolado de caráter essencialmente religioso, pelo qual se torne presente o auxílio da graça de Deus, que toque as almas, as inteligências e as vontades; de maneira que elas se convertam, e, a partir desta conversão, alguma coisa se consiga. Ora, tal conversão é evidentemente dificílima em épocas de imoralidade generalizada.
 
 Assim sendo, é preciso, se se quiser descer aos últimos recônditos do problema, haver apóstolos — como os recomenda Dom Chautard(2) — de vida interior autêntica, desejosos verdadeiramente do Reino de Deus antes de todas as coisas, e de que se faça a vontade de Deus assim na Terra como no Céu. Praticando eles mesmos tais virtudes, e incitando pelo exemplo e pela palavra — como também pela repressão do Estado, em alguma medida — as pessoas a mudarem de procedimento.
 
Se não houver isso, não adianta nada. O suborno dissemina-se como mancha de azeite que cai sobre uma folha de papel: vai penetrando e espalha-se por toda a contextura do papel.
 
Em certo momento o número de ladrões pode tornar-se tão grande, que é praticamente impossível reprimir o crime sem se colocar a nação inteira na cadeia. Nessas circunstâncias, surge uma alegação: é preciso dar um jeito.
 
Qual é o jeito? Um acordo: o indivíduo pode subornar, e não irá para a cadeia; apenas terá que pagar certa multa. É a roubalheira que continua, com preços ainda mais altos. É a oficialização do roubo.
 
Um ladrão de galinhas, visto pulando o muro de madrugada com duas ou três galinhas na mão, é preso. Vai para a prisão e fica desmoralizado. O outro, que arranjou a negociata, não fica desmoralizado, não é preso; tudo acaba num arranjo, e ele ganha mais dinheiro.
 
Conclusão: todos roubam de todo mundo; o roubo estabelece-se como costume oficial; o trabalho perde o seu prestígio e a competência perde a sua influência.
 
Desse modo, qualquer regime que seja, comunista ou capitalista, afunda no roubo e se desfaz; resulta numa ‘roubolândia’, em que uma minoria de ladrões acaba dominando o país.
 
Dá-se o desfazimento da sociedade e uma adulteração da polêmica. Uns dizem-se socialistas; alguns, comunistas; e outros, capitalistas. Os comunistas acusam os capitalistas, porque no regime capitalista o roubo se generaliza de todos os modos. Os capitalistas acusam os comunistas, porque no regime comunista o roubo se instala de todas as formas. Todo o mundo acusa todo o mundo de ladrão, todos são ladrões. E, afinal, a situação geral descamba para a anarquia e o caos.
 
Assim, vamos caminhando para uma ordem de coisas em que a discussão capitalismo-comunismo perde sua consistência. O comunismo é capitalismo; o capitalismo é comunismo; todo mundo é ladrão, a não ser uma meia dúzia de pessoas que ainda crêem verdadeiramente em Deus.
 
Trata-se de uma deterioração gradual, e enquanto não houver uma conversão religiosa, as instituições vão apodrecendo. Nesse quadro, ninguém pode ter ilusão a respeito. Levando-se uma vidinha, que à primeira vista pode parecer tranqüila, a corrupção das mentes ainda é pior do que a corrupção da economia. E todo mundo acaba se acostumando com essa situação.
 
Mas então, qual o remédio para isso?
 
É preciso recompor as elites — elites morais, antes de tudo —, mas elites por excelência, de famílias, nas quais ainda alguma coisa se conserva pela recordação de seus maiores, que foram célebres por sua honestidade etc. Ou se trabalha para restaurar verdadeiras elites, ou não há solução.
 
_____________
 
Notas:
 
(1) Digesto, 19.5.5 (adaptado).
 
(2) O conferencista se refere ao livro A alma de todo o apostolado, do Abade do Mosteiro de Sept-Fons (França), Dom Jean-Baptiste Chautard (1858-1935).
 
Veja:
 
 

13. Referendo Estatuto do Desarmamento (19/08/05)
 
     Suzana Bertioga
     Maria da Penha Vieira
     28, Julho/2005
 
Fonte: Domínio Feminino
 
Nosso Brasil hoje tem um Presidente que se acha acima de qualquer suspeita, porque não estudou, porque a mãe era analfabeta, porque era pobre como se isto lhe desse carta-branca para ser omisso, para se voltar contra as liberdades do povo brasileiro. Contudo, este mesmo presidente não sabe, ainda, mas está sob gravíssimas suspeitas. Todo tipo de tentativa de impedir essas liberdades já foram rechaçadas porque dependia de decisão de pessoas, de classes, onde havia cabeça pensante. Quanto tentou amordaçar a Imprensa, o Ministério Público e a Justiça. Todas essas medidas que atentavam contra as liberdades foram abortadas. Agora, esta, a do Desarmamento que depende de uma população, em sua maioria ignorante e analfabeta, que não tem informações suficientes para saber da extensão dos danos que irá causar ao povo brasileiro, votando porque a propaganda mentirosa do Governo Luis Inácio Lula da Silva investiu pesado, com recursos duvidosos. Tão duvidosos como são as origens do dinheiro que o elegeu.
 
Onde entra o propósito do Desarmamento?
 
O Estatuto do Desarmamento nasceu sob o signo da desordem, da desgovernabilidade e da corrupção depois de exposto o intestino grosso do Governo Llula, e do PT.
 
O Estatuto do Desarmamento foi votado em meio as evidências da existência de compra de voto para aprovação dos projetos do Governo de Lula. Assim sendo, esta votação está sob suspeita como sob suspeita está a validade do Referendo que fazia parte do pacote.
 
Os mais ardorosos criadores e defensores do desarmamento dos cidadãos brasileiros são comprometidos com o terrorismo, com mortes, assaltos à bancos, narcotráfico e vivências que nós mulheres nunca sonhamos para nossos filhos.
 
Não tenha medo de ser politicamente incorreta e faça a sua parte com  coragem!
Tanto o Deputado Luiz Eduardo Greenhalgh como as ONGs vinculadas aos movimentos vieram de maneira mais explícitas, conduzidas pela mão poderosa tanto de José Dirceu ( agora desmoralizado mas não morto ) como de Betto, o frade, mas, regidos e organizados pelo Presidente LLula liderando o Foro de São Paulo, onde o projeto de implantação do comunismo à cubana foi concebido e pretende governar a América Latina usando um dos instrumentos que criariam a base: hegemonização do pensamento revolucionário Llullista, começando pela Cultura, como o que todo e qualquer leitor poderá acompanhar com o estímulo veiculados nas emissoras de televisão. Não é à toa que o chefe da Cultura deste picadeiro é um cantor popular.
 
Corroborando o que foi escrito no parágrafo acima, um exemplo que não deixa nenhuma dúvida ao menos dos atentos leitores foi a recente inauguração da Rede de Televisão Mercosur sob os auspícios de Hugo Chávez, o ditador da Venezuela e o ditador de Cuba, Fidel Castro. O Brasil, entra com o presidente dos "pobres", o presidente Lula, idealizador do Mega Projeto de Poder criador da receita explosiva que une os povos árabes com os insufladores do terror na América Latina. Ou seja, não nos bastasse nossos terroristas, Lula foi fazer acordos com os terroristas árabes.
 
"Nos próximos três anos, se Deus ajudar e se não houver nenhuma crise maior, vamos consolidar a tão sonhada integração física de toda a América do Sul".
Luis Inácio Lula da Silva Terça, 13 de janeiro de 2004, 16h15 - Portal Terra.
 
Nada do que se vê é simplesmente para união deste grande Continente chamado Brasil. As intenções são de dar arrepios. Pena que o povão não tenha internet. Aliás, foi para isso que as Esquerdas fizeram tanta força nos programas de inclusão digital. O objetivo era acelerar o processo de fazer todo o povo brasileiro pensar da mesma maneira, todo mundo pensando igual, sem discordância. E é aqui que o desarmamento entra. Uma vez tomado o poder em toda América Latina, os descontentes jamais teriam como organizar-se e, os descontentes ou revoltosos desarmados seriam (ou serão) abatidos sem gemidos. O projeto-piloto do desarmamento nas Américas, Latina e Central, está tendo início no Brasil.
 
Acesse o link abaixo para ler a continuação Desarmamento _ www.dominiofeminino.com.br

12. www.diegocasagrande.com.br _ DO MARKETING PARA A HISTÓRIA
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA

Duda Mendonça fez, Duda Mendonça desfez. Isso ficou claro no pronunciamento
feito pelo presidente Luiz Inácio, no dia 12 deste agosto que segue
turbulento, cheio agouros, incerto no descortinar das tramas lamacentas que
vêm enchendo de vergonha aqueles quem têm capacidade para se indignar com o
que emerge do governo Lula e do PT.

O presidente da República tão loquaz, tão vibrante em sua eterna campanha,
quando se dirige às platéias selecionadas para aplaudi-lo ou aos brasileiros
dos grotões que vêm vê-lo a poder de sanduíches, refrigerantes e ônibus de
graça, no pronunciamento foi a face do derrotado vagando entre ministros em
clima de velório. Seu instrutor, Duda Mendonça, não se fazia mais presente
para ensaiá-lo, para ensiná-lo a adoçar a voz e representar o personagem
Lulinha de paz e amor, para redigir a fala que penetrava em desavisados
corações e mentes em apelos piegas, emocionais e populistas.

Na véspera do insignificante pronunciamento, o criador que esculpira a
imagem de um pretenso salvador preferiu salvar a própria pele. Com lábia de
marqueteiro e lágrimas nos olhos, ele lançou os petardos do caixa 2 e das
suspeitíssimas contas no exterior que alimentaram as campanhas eleitorais
dos então candidatos Lula, Aloísio Mercadante, José Genoino, Benedita da
Silva, hoje contaminados pela amnésia coletiva dos que nada sabem, nada
viram, nada ouviram.

Sem Duda Mendonça o presidente da República parecia aturdido, contrafeito,
sem jeito. Olhava toda hora para cima como se pedisse proteção divina, mas
nem essa parecia disposta a acudi-lo. Talvez, percebesse que o discurso
insistia em fazer dele um patético alienado com relação aos fatos escabrosos
perpetrados por seus auxiliares mais íntimos. Destaque entre estes o
"capitão do time", José Dirceu; o tesoureiro do PT e companheiro de tantas
viagens, Delúbio Soares; o fiel executor das ordens presidenciais para o PT,
José Genoino. E para confirmar seu desconhecimento dos fatos, dando assim a
mais cabal demonstração de incapacidade para governar, leu o presidente: "Eu
me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quase nunca tive
conhecimento". Que lamentável testemunho. Que desmerecimento do povo tido
desse modo como incapaz de mínima percepção da realidade.

Juntou, pois, o presidente, ao álibi pouco convincente de sua inocente
ignorância, o apelo da vitimização. Comodamente, jogou toda culpa dos
ocorridos, no PT. Portanto, para se salvar, voltou-se contra o partido que o
sustentou, a agremiação que o elegeu. E o fez generalizando e, portanto,
desmerecendo os fiéis e românticos militantes que nele acreditaram com fé
inquebrantável.

O senhor presidente está sem Duda Mendonça, que cultivava seu mito. Sem o
primeiro-ministro José Dirceu, que ditava a política de seu governo (de
forma trapalhona e ditatorial, é verdade, mas que o liberava para o gozo das
viagens internacionais). De certo modo já está sem Gushiken, que se encontra
escondido debaixo do tapete. E sobre Palocci, que no rastro da macroeconomia
tucana ainda mantém a economia funcionado sabe Deus até quando, rondam
acusações sobre o assessor Buratti.

Sem PT, o que será de Lula? E de onde virão os fartos financiamentos para
quando sua campanha recrudescer em 2006? O providencial e eficiente
gerenciador de recursos, Marcos Valério, não está mais atuando sob as ordens
de Delubio Soares, José Dirceu e, porque não, de José Genoino, todos caídos
em desgraça. As contas no exterior estão na mira dos opositores por serem
suspeitíssimas. Os generosos e abastados doadores de 2002 certamente
pensarão duas vezes antes de se envolverem com o que transpira incerteza e
descrédito. Sobram os ditos movimentos sociais que, segundo bravata do
redivivo Camarada Daniel ou deputado José Dirceu, promoverão uma convulsão
social se sair o impechment. Será, então, que o presidente Luiz Inácio se
fia no apoio do falso democrata Hugo Chávez, que nas maracutaias
governamentais e petistas, e no servilismo de deputados mercenários pagos
por mensalões, vê trama norte-americana arquitetada por Bush no quintal da
Casa Branca para desmerecer a esquerda latino-americana? Não, não é possível
que o presidente seja tão crédulo.

 Criatura sem criador, governante sem pendor para o cargo, mandatário sem
articulador no Congresso onde sem mensalão já não funciona a base aliada,
resta a Luiz Inácio a renúncia. A breve estada na presidência de fato já
terminou por sua exclusiva incompetência, ambição desmedida, sucessão de
erros gravíssimos. Se aos opositores falta coragem para pedir o impeachment,
que ele mesmo abrevie sua agonia política, renunciando. Quem sabe, assim,
poderá sair do marketing para entrar na história de modo menos degradante.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga é articulista.


11. Paz, paz, paz
São Paulo, 1 de agosto de 2005
 
O jornal “Folha de São  Paulo” publicou hoje, 1 de agosto de 2005, o artigo de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Diretor de Relações Institucionais da TFP_Fundadores, que transcrevemos abaixo 
 
 
 
Paz, paz, paz
 
Dom Bertrand de Orleans e Bragança
 
Ninguém mais nega que a situação nacional se tornou um atoleiro, no sentido preciso e sinistro do termo. Ampliam-se a cada dia os contornos de uma crise político-ideológica, cujas conseqüências, ainda não de todo previsíveis, poderão tornar-se abruptas.
 
Não é minha intenção vasculhar os labirintos da chamada corrupção ou tecer considerações a propósito de certos mecanismos do poder político. Prefiro atentar para uma faixa da realidade que tem pouco realce na seqüência frenética do noticiário. Refiro-me ao Brasil profundo, que há muito o mundo político-publicitário parece relegar, na prática, ao descaso, e que a esquerda, dos mais diversos matizes, em seu imenso projeto ideológico de poder quase por completo ignorou... e continua a ignorar.
 
Ao longo da história, o brasileiro sempre se mostrou ameno e afetivo. Por sua índole cordata, vive ele mais voltado para sua família e sua casa, das quais cuida com afinco, enquanto considera com algum desinteresse e descrença o mundo político e as disputas da vida pública.
 
Galgada ao poder por certos artifícios publicitários, a esquerda açodou-se em implantar as políticas ditas “sociais”, inspiradas por seu utopismo nivelador, e de indisfarçável caráter autoritário. O Brasil profundo, frustrado em seu desejo de distensão, presenciou – de início silencioso, depois agastado – o suceder-se inexorável de planos, projetos, leis, reformas, controles, conselhos, etc.
 
Certo tipo de esquerda – hoje influente no Estado e na estrutura da Igreja – demonstra uma falta de senso da realidade que preocupa. Insiste na idéia de uma luta de classes e de um confronto social, para atingir seus fins utópicos e niveladores.
 
Nesse contexto, preocupam as declarações, daqui, de lá e de acolá, da luta que continua, dos companheiros de armas, do levante das massas, do golpe das “elites”.
 
Talvez as mais alarmantes tenham provindo do novo Presidente do PT, Tarso Genro, quando ainda Ministro da Educação, em entrevista a esta “Folha”: “Se as classes populares não tiverem um mediador democrático dentro do Estado de Direito, como o PT (...) o Brasil pode entrar numa situação de anomia semelhante à da Colômbia. A destruição ou a diluição do partido pode levar para uma desesperança radical e aguçar de maneira irracional os conflitos de classe do Brasil, uma radicalização dos confrontos de classe”.
 
Quem conhece o brasileiro sabe que é ele infenso a rixas e a soluções violentas. Ande-se pelas ruas e facilmente se verá que não é propenso às psico-explosões com as quais doentiamente sonham muitos elementos da esquerda. Nosso povo se habituou a considerar com otimismo as várias crises, inclusive econômicas, pelas quais tem passado. Crente de que “Deus é brasileiro” (como afirma um velho ditado) confia em que, com “jeitinho”, bonomia e paciência, vencerá as dificuldades.
 
Que significado encerram, então, as declarações de Tarso Genro? Parece estar subjacente às mesmas a idéia de que, na Colômbia, a anomia, ou seja, o debilitamento da ordem legal, é fruto do descontentamento popular. Ora, é de sobejo conhecido que resulta ela da ação criminosa de grupos narco-guerrilheiros de índole marxista, como as FARC (que sintomaticamente nosso governo se recusa a qualificar de organização terrorista), os quais não gozam de apoio na população. Assim, é explicável que alguém se questione se tais declarações não encerram uma velada ameaça do recurso a forças e métodos, não muito claros, para tentar lançar uma luta fratricida no País.
 
Paro para reler estas linhas. Enquanto o faço, uma dúvida me assalta e faz em torno de mim sua dança macabra: diante de um projeto ideológico que se exauriu, e não vingou neste sossegado Brasil, estaria certa esquerda disposta à aventura de um golpe de força?
 
Que sentido teria a “anomia” de que fala Tarso Genro? Assistiríamos à proliferação do crime (assaltos, seqüestros, invasões de propriedades urbanas e rurais, etc.), proliferação esta apresentada por certas tubas publicitárias como expressão de um “furor popular” incontido?
 
A referência à Colômbia ganha realce no momento em que se delineiam os vínculos entre terroristas das FARC e grupos do crime organizado (como PCC ou Comando Vermelho), de acordo com afirmações de um juiz de Mato Grosso do Sul, surgidas há dias na grande imprensa.
 
Estupefato, ante esta ciranda de considerações e perspectivas, tenho vontade de exclamar: senhores da esquerda, se não fostes capazes de entender os verdadeiros anseios de nosso povo, entendei-os pelo menos agora! Observai sua repulsa surda mas profunda às explosões sociais e o anseio de estabilidade que do seio de nossa gente clama: paz, paz, paz!
 
Não imagineis dilacerar este Brasil que, sob o manto protetor da Senhora Aparecida, deverá atravessar esta crise uno e irmanado, como já atravessou muitas outras, rumo ao futuro glorioso e pacífico que a Providência Divina lhe destinou entre as nações.
 
Dom Bertrand de Orleans e Bragança é tetraneto de D.Pedro I e Diretor de Relações Institucionais da TFP-Fundadores  e-mail:dombertrand@terra.com.br

10. Ofensiva abortista do PT (01/08/05)

Enquanto a opinião pública está distraída pela crise política, o aborto entra pela porta dos fundos
 
Em seu último dia como ministro da Saúde, o petista Humberto Costa baixou, entre outras, a Portaria n° 1.145, que autoriza os médicos da rede pública do SUS a realizarem abortos em vítimas de violência sexual, sem a apresentação do boletim de ocorrência (BO).
 
Essa medida - sob pretexto de "garantir aos profissionais de saúde envolvidos no procedimento segurança jurídica" - na prática introduz, por via administrativa, mais um caso de aborto "legal", não contemplado pela legislação em vigor, qual seja o de "alegada violência sexual". Pois, como é de todo evidente, a desobrigação da apresentação do BO permitirá a qualquer mulher que deseje interromper uma gravidez indesejada alegar ter sido vitima de uma agressão difícil de ser de outra forma verificada.
 
A Portaria n° 1.145, em flagrante usurpação de atribuições, transfere da alçada da segurança pública para o campo da saúde pública a tarefa de apurar ato criminoso, isto é, a ocorrência de violência carnal contra a mulher a fim de que ela possa interromper a gravidez com base no inciso II do artigo 128 do Código Penal.
 
Efetivamente, lê-se no art. 3°: "A primeira fase [do Procedimento de Justificação e Autorização de Interrupção da Gravidez] é constituída pelo relato circunstanciado do evento criminoso, realizado pela própria mulher, perante dois profissionais de saúde". Assim, enfermeiros e médicos farão as vezes de escrivães e delegados de Polícia!
 
Essa maneira de "legislar" constituiu sempre uma das marcas dos regimes totalitários - nazi-fascistas ou comunistas, dá no mesmo - nos quais o Executivo se sobrepõe ao Legislativo e ao Judiciário, impondo a toda a nação sua vontade - ou a sua agenda ideológica - por meio de decretos, portarias, regulamentos, "normas técnicas" e outros instrumentos de poder discricionário.
 
Segundo notícias da imprensa, o novo ministro da Saúde, Dr. José Saraiva Felipe, ao tomar posse do cargo, anunciou a decisão de suspender a aplicação de 80 portarias baixadas nos últimos dias pelo seu predecessor, manifestando a preocupação de que algumas dessas medidas tivessem sido "tomadas de afogadilho". O noticiário não deixa inteiramente claro se entre as portarias cuja suspensão foi anunciada encontra-se a de n° 1.145.
 
Contudo, a mera suspensão de sua aplicação é de todo insuficiente. A presente portaria constitui violação de direitos pessoais imprescritíveis, e sobretudo afronta a consciência cristã de nosso povo - a maior população católica do mundo - pois favorece a violação do quinto mandamento da Lei de Deus - "Não matarás". É preciso eliminar de uma vez essa ameaça que paira desde já sobre incontáveis vidas indefesas e inocentes. Cabe, pois, a todos aqueles que de fato defendem o valor sagrado da vida humana e lutam pelo futuro cristão de nossa pátria somar forças para, num grande esforço, levar o governo à sua urgente revogação.
 
Clique  em : http://www.tfp-fundadores.org.br/acao/130705/dcamp.asp?camp=1  e participe deste protesto.

09. DESARMAMENTO: A ALEGRIA DO CRIME! _ Julho 21, 2005 
 
História para quem esqueceu, ou nunca soube:
 
Em 1929, a União Soviética desarmou a população ordeira. De 1929 a 1953, cerca de 20 milhões de dissidentes, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
 
Em 1911, a Turquia desarmou a população ordeira. De 1915 a 1917, um milhão e meio de armênios, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
 
Em 1938, a Alemanha desarmou a população ordeira. De 1939 a 1945, 13 milhões de judeus e outros "não arianos", impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
 
Em 1935, a China desarmou a população ordeira. De 1948 a 1952, 20 milhões de dissidentes políticos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
 
Em 1964, a Guatemala desarmou a população ordeira. De 1964 a 1981, 100.000 índios maias, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
 
Em 1970, Uganda desarmou a população ordeira. De 1971 a 1979, 300.000 cristãos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
 
Em 1956, o Camboja desarmou a população ordeira. De 1975 a 1977, um milhão de pessoas "instruídas", impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
 
Pessoas indefesas caçadas e exterminadas nos países acima, no século XX, após o desarmamento da população ordeira, sem que pudessem se defender: 56 milhões.
 
Há doze meses o governo da Austrália editou uma lei obrigando o proprietários de armas a entregá-las para destruição. 640.381 armas foram entregues e destruídas, num programa que custou aos contribuintes mais de US$ 500 milhões. Os resultados, no primeiro ano, foram os seguintes:
 
Os homicídios subiram 3.2%, as agressões 8.6%, os assaltos a mão armada 44%. Somente no estado de Victoria, os homicídios subiram 300%. Houve ainda um dramático aumento no número de invasões de residências e agressões a idosos. Os políticos australianos estão perdidos, sem saber como explicar aos eleitores a deterioração da segurança pública, após os esforços e gastos monumentais destinados a "livrar das armas a sociedade australiana".
 
Naturalmente, a população ordeira entregou suas armas, enquanto os criminosos ignoraram essa lei, como já ignoravam as demais.
 
O mesmo está acontecendo no Reino Unido. País tradicionalmente tranquilo, onde até a polícia andava desarmada, adotou o desarmamento da população ordeira. Pesquisa realizada pelo Instituto Inter-regional de Estudos de Crime e Justiça das Nações Unidas revela que Londres hoje é considerada a capital do crime na Europa. Os índices de crimes a mão armada na Inglaterra e no País de Gales cresceram 35% logo no primeiro ano após o desarmamento. Segundo o governo, houve 9.974 crimes envolvendo armas entre abril de 2001 e abril de 2002. No ano anterior, haviam sido 7.362 casos. E hoje por cima disso um atentado terrorista perpetrado pela Al Qaeda.
 
Os assassinatos com armas de fogo registraram aumento de 32%. A polícia já está armada.
 
Nos Estados Unidos, onde a decisão de permitir o porte de armas é adotada independentemente por cada estado, todos os estados com leis liberais quanto ao porte de armas pela população ordeira têm índices de crimes violentos em muito inferiores à média nacional, enquanto os estados com maiores restrições ostentam índices de crimes violentos expressivamente superiores à média nacional. Washington, onde a proibição é total, é a cidade mais violenta dos EUA.
 
Você não verá as informações acima disseminadas na imprensa local. Com honrosas exceções, a imprensa está fechada com as ONGs internacionais que pregam o desarmamento, por mais perigoso e ineficaz, Deus sabe com que propósitos.
 
Armas em poder da população ordeira e responsável salvam vidas e defendem propriedade. Leis de desarmamento afetam somente a população ordeira.
 
Em 2003, com a aprovação do absurdo Estatuto do Desarmamento, o Brasil iniciou o processo de desarmar a população ordeira. Salvo engano, isso quer dizer Você. E se você não lutar contra isso, você ou sua família poderão ser as próximas vítimas indefesas.
 
Com armas, somos cidadãos. Sem armas, somos súditos. Quem desarma a vítima fortalece o agressor. Na hora do perigo, será que a polícia vai estar lá? É impossível a polícia por mais bem equipada que esteja estar presente em todo lugar a todo momento protegendo cada um dos cidadãos.  Chamar a polícia pode levar alguns segundos, esperar por ela pode levar o resto da sua vida. Uma arma na mão é melhor que um policial ao telefone.
 
O Brasil tem a mania de andar na contra-mão da história. E aqueles que tomam, por nós, as decisões, estão confortavelmente protegidos pelo aparato de segurança do Estado, circulando em carros blindados, tudo pago pelo nosso dinheiro. A única coisa que temem é o uso consciencioso do voto. Do nosso voto.
 
Quem não luta pelos seus direitos, não tem direitos. Repassar essa mensagem pode ser a sua forma de lutar. Escolher bem na hora de votar, exigir o compromisso de cada candidato com a sua segurança, também.
 
Não atire para matar, mas atire para ficar vivo. Criminosos adoram o desarmamento das vítimas. Faz a atividade deles muito mais segura.
 
Tomás Jefferson foi presidente dos Estados Unidos e dizia: "Quando alguns homens transformaram armas em arados, eles serão forçosamente controlados pelos que têm armas".

São Paulo, 27 de junho de 2005 
 
08. Levantando novamente as bandeiras do fracasso e da desordem
 
 "..é o meu ofício e exercício andar pelo mundo endireitando tortos, e desfazendo agravos"
 
 - D.Quixote, XIX
 
 
 
Esta matéria poderia chamar-se também “Socialismo cara-de-pau” ou “Que democracia é essa”. O MST, a CUT, a UNE, as Pastorais sociais da CNBB, a CPT- Comissão Pastoral da Terra, o CIMI – Conselho Indigenista Missionário  e outras cerca de 40 entidades lançaram uma bombástica e confusa “Carta ao Povo brasileiro”, onde a lógica é substituída pelo jargão revolucionário. Investem qual novos D.Quixotes contra as elites, abusam da palavra democracia e convocam a sociedade brasileira para uma grande e contínua mobilização para “ espantar a crise política e fazer prevalecer os princípios democráticos”.
 
 
 
O Mar de lama
 
 Os brasileiros sérios não vêem com agrado o mar de lama que envolve totalmente as pautas da mídia e a preocupação da vida política nacional neste momento, afastando os verdadeiros e grandes problemas que interessam ao povo brasileiro. Não bastassem os abafados casos Celso Daniel e Waldomiro Diniz, os atuais escândalos dos Correios e do chamado “mensalão” já levaram ‘a queda do principal articulador do Governo o ex-ministro José Dirceu, e os desdobramentos da crise estão levando a uma radicalização do cenário nacional.
 
O fato é que José Dirceu caiu acusando e ameaçando: “Vou mobilizar o PT para dar combate àqueles que querem interromper o processo político democrático e querem desestabilizar o governo do presidente Lula”, declarou ao anunciar sua saída da Casa Civil. E acrescentou: “As forças políticas e sociais conservadoras estão brincando com fogo”.
 
O Diretório nacional do PT, dois dias depois aprovava um documento em que também se empenha em atribuir a crise a uma “inescrupulosa campanha” patrocinada por setores da oposição e pela direita para “desmoralizar a esquerda, seus valores e seu projeto histórico”.
 
E não faltou o eco do amigo de todas as horas, João Pedro Stédile, o líder do MST. Como comenta Demétrio Magnoli, colunista da Folha de São Paulo (20 de junho de 2005): “classificando as denuncias do ‘mensalão´ como factóides, (J.P.Stédile) decretou: “A crise instalada em Brasília é resultado de um movimento golpista que inclui motivações internacionais, representados pelo governo Bush e as transnacionais que atuam no Brasil, estão inquietos com a política externa do governo Lula, independente e de integração regional”.. A narrativa, com variações negligenciáveis, é compartilhada por quase toda a esquerda do PT. Nessa versão, a suposta solidariedade de Lula ao Presidente venezuelano Hugo Chávez, estaria na raiz de um suposto “movimento golpista” articulado na Casa Branca e operado, internamente pelo PSDB e pelo PFL com apoio da mídia”. Lembra ainda Magnoli que as denúncias do “mensalão” originam-se na base aliada do governo e são discretamente repercutidas por setores do PT.
 
 
 
Quixotes do século XX
 
Seria pertinente lembrar aqui o quarto centenário do aparecimento do “El ingenioso hidalgo D.Quijote de la Mancha” (1605) investindo contra moinhos de vento... se não fosse a seriedade do assunto. Quais neo lanças quixotescas, as bandeiras socialistas  destruíram em sua passagem o perdido século XX, fizeram milhões de mortos, deixaram sem esperanças o Leste europeu e arrasaram a África. E hoje ainda falam em sonhos, em utopias de um mundo miserabilista, totalitário e anarquista. A tal ponto chegou a destruição que promoveram, que o atual Papa Bento XVI, então Cardeal Ratzinger declarou recentemente que o socialo-comunismo foi a vergonha do século XX.
 
 
 
Elegendo as elites como alvo
 
Atendendo ao chamado de José Dirceu, os movimentos sociais liderados pelo Consea (Coordenação dos Movimentos Sociais), MST, UNE, CUT, CPT, CIMI, Pastorais Sociais da CNBB totalizando 43 entidades, lançaram ontem, 21 de junho uma Carta ao Povo Brasileiro, na qual jogam a culpa da atual crise nas elites que “iniciaram através dos meios de comunicação uma campanha para desmoralizar o governo e o Presidente Lula, visando enfraquecê-lo, para derruba-lo ou obrigá-lo a aprofundar a atual política econômica e as reformas neoliberais, atendendo aos interesses do capital internacional”.
 
Quer dizer, deslocando o foco do problema para as elites, transformam-se de acusados em acusadores.
 
Posto isso, passam a exigir: “excluir do governo federal setores conservadores, que querem apenas manter privilégios  (...) reconstruindo uma nova maioria política e social em torno de uma plataforma anti-neoliberal”A isso chamam democracia!
 
Exigem também uma reforma política democrática: “Queremos também a imediata regulamentação dos processos de democracia direta, que implica o exercício do poder popular mediante plebiscitos e referendos, conforme proposta apresentada pela CNBB e pela OAB ao Congresso Nacional.” A este respeito remetemos nossos leitores ao artigo de Marcos Aguinis, publicado pelo jornal O Estado de São Paulo  no qual  autor mostra como a ilusão de ideologias desse tipo custam caro, pois pregam o nivelamento por baixo e confundem justiça com miséria. Comentaremos esse artigo no próximo Sem medo da verdade.
 
Desejam fortalecer os espaços de participação  social na administração pública e criar novos espaços nas empresas estatais e de economia mista, viabilizando o controle social e real compartilhamento do poder. Lembremo-nos do aparelhamento do Estado!
 
Lutam por fortalecer iniciativas locais em favor da participação e da educação popular, como por exemplo os comitês pela ética na política, conselhos de controle social, escolas de formação política. Lembram-nos das escolas do MST onde se ensina guerra revolucionária e os inspetores de quarteirão dos regimes comunistas.
 
Querem enfrentar o monopólio (sic) dos meios de comunicação, garantindo sua democratização, inclusive através do fortalecimento das redes públicas e comunitárias. Que sirvam a interesses ideológicos evidentemente!.
 
E terminam concitando:  “Neste momento de mobilização, conclamamos as forças democráticas e populares a se mobilizarem para realizar manifestações de rua e protestos, e trabalhar para promover as verdadeiras mudanças que o país e o povo precisa (sic)”.
 
É o levantar das velhas e surradas bandeiras socialistas, fartamente derrotadas, querendo colocar o Brasil novamente na contramão da História. Com as bênçãos da esquerda católica!

São Paulo, 9 de junho de 2005 
 
 
 07 . Rescaldo, silêncio estratégico ou perigo à vista!
 
 Por trás do silêncio do MST, esconde-se o verdadeiro perigo dos movimentos ditos sociais, que querem ser a base da governabilidade do País.
 
 Rescaldo do “abril vermelho”
 
 Enquanto o cenário nacional e as atenções midiáticas se voltam para o estrondo das corrupções, o MST continua suas invasões em Pernambuco e no Pontal do Paranapanema em São Paulo. Para alguns analistas trata-se de um rescaldo do “abril vermelho” prometido mas pifiamente realizado e suplantado pelas notícias da marcha dos sem terra a Brasília.
 
 Silêncio estratégico
 
 Na realidade estamos diante de mais um silêncio estratégico para não atrapalhar seus amigos petistas que vivem seu inferno junino, com denúncias de corrupção explodindo de todos os lados e para as quais se acenderam todas as luzes da mídia, deixando pouco espaço para as estripulias do MST. Nem mesmo gerou protestos o não cumprimento da primeira promessa do Presidente aos sem terra, na reunião de três horas que concedeu ao final da marcha, a suplementação de  verbas orçamentárias para o MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário, que deveria ocorrer até 31 de maio. O prazo venceu sem nenhuma sinalização positiva do Palácio do Planalto. Procurada pela reportagem de um jornal paulista a coordenação nacional do MST não quis comentar o fato.
 
 Perigo ‘a vista!
 
 O perigo está muito além desses recuos estratégicos que se passam na ribalta da política pequena. Na prática estão em jogo duas concepções para o campo: a da livre iniciativa por um lado, representada pelo agronegócio e pelos pequenos proprietários rurais a ele ligados e de outro lado a concepção socialista, dirigista que propugna pela agricultura familiar coletivizada, em terras expropriadas ou desapropriadas que passam ao domínio do Estado, que as explora pelo regime de assentamentos. De um lado o resultado e a competência, que mesmo diante de todas as dificuldades representadas pela seca, pelo cambio desfavorável, pelos insumos caros,
 
pela falta de infra-estrutura adequada, assegurou o crescimento do PIB quando todo o resto da economia desacelerou. De outro, favelas rurais não produtivas que escondem seus resultados e cobram cada vez mais cestas básicas do governo, financiamento fácil e barato, que muitas vezes vão para os cofres do MST. Vivem da mística socialista de pregar a todo momento a utopia, como se ela fosse a solução de qualquer problema.
 
 Na prática, onde está o perigo?
 
 O povo brasileiro é maciçamente contra a Reforma Agrária. Ele sabe que esse expediente fracassou em todo o mundo e não passa de um estratagema para destruir a propriedade privada, um dos esteios da ordem. Sem destruir a propriedade privada, o socialismo não se implanta. Mas isto não quer dizer que os agro-reformistas se conformem com essa situação.
 
Contam para reverter essa situação com dois fatores: a esquerda católica e os movimentos ditos sociais. Frei Betto um dos próceres da esquerda católica levanta um pouco o véu desse processo. Diz ele no artigo “Morte e vida Severino” (Folha de São Paulo, 30 de maio de 2005):
 
“...um Executivo que excluiu do alicerce de sua governabilidade os movimento sociais dos quais deveria ser a expressão política...”  . Em outras palavras o Executivo deve ser expressão política dos movimentos ditos sociais e constituir com eles o alicerce da governabilidade! (A Bolívia que diga que governabilidade é essa!).
 
 Sabemos que os movimentos ditos sociais são os instrumentos de pressão formados na utopia socialista. O que Frei Betto diz é que com eles que se deve governar um país. O MST é um desses instrumentos de pressão para conseguir a Reforma Agrária, que por sua vez é o caminho (1º passo) para a eliminação da propriedade privada. Por seu lado, os Ministros Dulci e Rosseto, em artigo publicado na  Folha de São Paulo” de 31 de maio p.p.(“Paz, produção e qualidade de vida no campo), ao analisar as medidas combinadas entre Governo e sem-terra, ao final da marcha destes sobre Brasília, afirmam: “Se essas são as ações concretas e mais imediatas, outras propostas estão sendo analisadas, demonstrando que os canais de diálogo foram reforçados. A mobilização social contribui para o avanço das políticas públicas em relação ao campo. A luta pela reforma agrária legitima as decisões do governo no que diz respeito ‘a agricultura familiar, que, junto com a produção em larga escala, constitui a força e a vitalidade do setor agropecuário brasileiro”. E acrescentam: “O que alguns identificam como uma queda de braço entre o governo e o movimento dos sem terra foi, na verdade, um entendimento sobre a forma e o ritmo de atingir objetivos semelhantes.”
 
 Sobre o que os Ministros Dulci e Rosseto dizem cabem duas observações. Primeiro a agricultura familiar a que eles se referem dizendo que junto com a produção em larga escala constitui a força e a vitalidade do setor agropecuário, não é a dos assentamentos, mas a dos pequenos agricultores tradicionais, proprietários de suas terras, e que são responsáveis por 40% do agronegócio. Eles não querem nada com a Reforma Agrária. Em segundo lugar, ao afirmarem que a mobilização social contribui para o avanço das políticas públicas em relação ao campo, reforçam a tese de Frei Betto de que o Executivo deve ser expressão política dos movimentos ditos sociais.
 
 Acrescente-se a esse cenário o trabalho da esquerda católica, que através de seus missionários pregam que a terra não pertence a ninguém e as colossais verbas públicas e vindas de fora do País, despejadas nos cofres do MST para  formar lideranças capazes de “organizar a sociedade” (O Estado de São Paulo de 30 de maio de 2005 – “Cresce verba oficial para ‘capacitar´o MST”) para se ter a real dimensão de onde está o perigo.

06. Ministro Roberto Rodrigues favorável ‘a revisão dos índices de reconhecimento de propriedade produtiva
 
São Paulo 23 de maio de 2005
 
Causou perplexidade no meio rural a posição assumida pelo Ministro Roberto Rodrigues, declarando-se favorável ‘a revisão dos índices para efeito de reconhecimento de uma propriedade rural como produtiva.
 
Publicamos abaixo o comentário de Cid Alencastro no site da Associação dos Fundadores da TFP – Tradição Família Propriedade.
 
Ministro da Agricultura enfraquece posição dos produtores rurais
 
Cid Alencastro
 
Os produtores rurais e os sem-terra estão numa queda de braço a respeito dos índices de produtividade.
 
Os sem-terra querem que os índices sejam aumentados, para assim considerarem como “improdutivas”, fazendas até agora consideradas altamente produtivas. Com isso, eles terão pretexto para invadi-las à vontade e, com a conivência do INCRA, desapropriá-las. O passo seguinte é transformá-las em assentamentos de Reforma Agrária, mais conhecidos como favelas rurais.
 
Já os produtores argumentam que o aumento dos índices vai ocasionar uma queda brutal na produção, vai abalar a economia nacional e prejudicar todos os brasileiros. Além de aumentar o caos no campo.
 
Até agora, os sem-terra eram defendidos no governo pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. E os produtores eram defendidos pelo Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
 
Rossetto está mais do que nunca identificado com os invasores e os defende de todos os modos. Já Rodrigues está dando mostras de fraqueza na defesa dos produtores rurais e fala em ceder um tanto. Acusa os atuais índices de serem “antigos e superados” e acena para o fato de a Reforma Agrária exigir mais desapropriações.
 
É o que informa o jornal “O Estado de S. Paulo” (20-5-05): “Rodrigues disse que o governo estuda mudar os índices de produtividade, pois os atuais são muito antigos e superados. Quando a proposta surgiu, causou irritação entre produtores rurais e o ministro anunciou sua discordância publicamente. Ontem, no entanto, ele preferiu discurso mais vago. ‘Faço parte do governo que defende a reforma agrária e é a favor de que isso aconteça. Estamos lutando nessa mesma direção’, afirmou”.
 
Resta saber se os produtores rurais estão dispostos a embarcar nessa canoa do Ministro da Agricultura, ou se, pelo contrário, se darão conta de que o pior mal não está nos sem-terra, mas sim numa Reforma Agrária socialista e confiscatória, que é insaciável e quer demolir o agronegócio e toda agropecuária nacional, para fazer do Brasil um novo Zimbábue.
 
 *   *   *
 
 Em http://www.pampa.com.br/osul/index.htm, da Rede Pampa, Rogério Mendelski fez sobre a recepção de Lula ao MST e a mudança dos índices de produtividade, os seguintes comentários:
 
Réquiem do agronegócio.
Rogério Mendelski
 
A decisão tomada pelo Planalto de atender algumas reivindicações do MST soa como um doloroso réquiem para o agronegócio brasileiro. O MST, que já criara a jurisprudência do desrespeito ao Poder Judiciário, com o desprezo de seu líder máximo, João Pedro Stédile, às convocações para comparecer ao fórum de Canguçu (RS), mostra, agora, que o que vale mesmo é a desordem e as invasões de propriedades e prédios públicos. A marcha do MST que começou em Goiânia e terminou, nesta semana, em Brasília deixou impressões digitais bem visíveis de sua intenção de promover uma reforma agrária na marra.
 
Pois o governo federal vai mesmo modificar os índices de produtividade no campo, assinando, com isso, o atestado de óbito de um dos mais saudáveis pilares de nossa economia – o agronegócio. Os índices atuais de produtividade do campo brasileiro são coerentes com aspectos regionais bem definidos e demonstram isso com os resultados obtidos na balança comercial das nossas exportações. Mas quem se importa com isso, se o que vale é o terrorismo da invasão e da lei estuprada?
 
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, compositor e pianista do réquiem do agronegócio, sequer sabe quais são os índices de produtividade dos assentamentos do MST e, se os sabe, sua divulgação é pífia, porque devem envergonhar quem neles produz alguma coisa. No entanto, parece ser mais fácil desmontar o que é sucesso empresarial do que transformar o fracasso agrário dos assentamentos. Fracasso sacramentado no envio de cestas básicas para quem se diz agricultor, já com seu lote “conquistado” na luta pela reforma agrária. Pobre Brasil!
 
Ainda da coluna do Rogério Mendelski mais esta perplexidade, sobre o escândalo e a conivência da esquerda católica com os sem terra:
 
MITRA DE SANTA MARIA (1)
A Mitra Diocesana de Santa Maria firmou convênio com o Gabinete Estadual de Reforma Agrária e Cooperativismo “para ampliação do Terminal de Comercialização Direta e Regional para produtos do trabalho dos pequenos produtores cooperativados, Comissão Pastoral da Terra e dos assentamentos do MST”.
MITRA DE SANTA MARIA (2)
Qual o interesse da Mitra de SM na ampliação de um terminal de comercialização de produtos agrícolas? Por que esse convênio não é firmado diretamente com os interessados?

05. Debate 19/5/05 Prezados irmãos da Uniaonet
 
Acabo de ler a habitual mensagem da quinta-feira, em que se publicam notícias de todo o mundo evangélico. Mas há um assunto que procurei com atenção, pois desejava ser esclarecido.
 
Estou em Portugal, e durante os últimos dias os nossos canais de TV deram notícias dos manifestantes do “Movimento dos sem terra”, que partiram dessa cidade de Goiânia, onde se encontram, em direcção a Brasília.
 
Custa-me a aceitar que num país tão grande como o Brasil, haja falta de terrenos para cultivar. Mas muito mais difícil de aceitar, é o silêncio das igrejas ditas “evangélicas” perante os desgraçados que não têm um pedaço de terra para cultivar.
 
Bem sei que houve excessos e violência da parte dos sem terra. Factos que me têm sido apresentados para “justificar” o seu esquecimento da parte das igrejas “evangélicas”.Mas será que se pode esperar atitude diferente de quem não teve acesso à instrução e à cultura e por vezes nem à alimentação para poder sobreviver?
 
O MOVIMENTO VIROU MAIS POLÍTICO E ANÁRQUICO DO QUE IDEALISTA .
 
Não será outro, o motivo do esquecimento dos sem terra pelas igrejas “evangélicas”?
 
INFELIZMENTE NÃO PECAMOS POR OMISSÃO APENAS NESTE ASPECTO : A FOME A FALTA DE  UNIDADE E OUTROS ETC... FAZEM FILA JUNTO A ESTA QUESTÃO
 
Não será devido a uma simples e fria estratégia comercial, pois o dízimo dos sem terra não tem interesse para tais igrejas?
 
PROVAVELMENTE O DÍziMOS DESTES NÃO ULTRAPASSARIA DOIS DÍGITOS , E CONSEQUENTEMENTE POR ESTE LADO  NÃO SERIAM ATRATIVOS .
 
Que credibilidade podem ter os “missionários” brasileiros que vão para todo o mundo, levar o evangelho de paz e amor, se nada fazem para resolver os problemas do seu próprio país? Onde foi que já ouvi falar em ver um mosquito do outro lado do mundo, em África ou no Oriente, e não a trave que está mesmo à frente?
 
PERGUNTASTES E JÁ O BEM RESPONDESTES O QUE PODERIA DIZER .
 
Actualmente o “cristo milagreiro ou curandeiro”, ou o “cristo cobrador de dízimo” ou o “cristo para todo o serviço” já ultrapassou e abafou o anúncio do verdadeiro “Cristo crucificado” a que Paulo se referia.
 
Já é tempo de regressar ao verdadeiro Evangelho, pois … Ele pode vir esta noite.
 
 
FAÇO A ÚLTIMA OBSERVAÇÃO DE QUE CORRE NOS NOTICIÁRIOS " INFERIORES " DE QUE AS TERRAS IMPRODUTIVAS DA IGREJA CATÓLICA , SÃO NEGADAS A SEREM USADAS NA REFORMA AGRÁRIA , POR ESTES QUE INCENTIVAM A INVASÃO E COM SEU PRESTÍGIO CONSEGUEM VERBAS DO ESTADO PARA PATROCINAR UMA MARCHA COMO ESTA QUE REFERES .
YRORRITO

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Caro Amigo
Fico grato pelo  nosso boletim inserido no seu. Assim as boas ideias se difundem. Vamos continuar a luta. Suas palavras são um forte incentivo para nós. abraço Diogo


04.    5,5 milhões, mais dinheiro, financiamento, cestas  básicas, aparelhamento do Incra e desapropriações
São Paulo, 19 de maio de 2005 
 
Este é, e será mais um ônus para a aventura da Reforma Agrária no Brasil, que já custou mais de 25 bilhões jogados a fundo perdido num projeto fracassado, não só aqui, mas em todo o mundo, e que só produz favelas rurais. Com as bênçãos da esquerda católica.Tudo entregue aos cuidados do MST e congêneres que não se cansam de proclamar que o que querem não é  nem dar terra aos sem terra, mas implantar, usando a bandeira da Reforma Agrária, um regime socialista no País, transformando a sociedade.
 
 
 
5,5 milhões de reais
 
Essa é a estimativa dos entendidos. O MST teria gasto, por baixo, 5,5 milhões de reais para o seu show, a marcha de Goiânia a Brasília. E demonstrou ser uma organização impar em angariar recursos, montar intendência e colocar gente em ordem unida. Conhecendo-se as ligações do MST com as FARC, com Hugo Chávez e portanto com os métodos de guerrilha, entende-se onde querem chegar. Eles mesmos não se cansam de afirmar sua meta: implantar um regime socialista no País.
 
" As ocupações e outras formas massivas de luta pela terra, vão educando as massas para a necessidade da tomada do poder e da implantação de um novo sistema econômico: o socialismo!" (cfr. Documento Básico do MST - aprovado pelo VI Encontro Nacional)
 
 
 
O show tenta demonstrar um apoio que não existe
 
O MST bem que tentou agrupar em torno de si para a manifestação de Brasília outros movimentos políticos, ditos sociais, mas parece que não conseguiu. Ficou com os seus alegados e nunca provados 12.000 manifestantes angariados em todo Brasil e transportados a peso de ouro para Brasília. Segundo o Jornal do Brasil de 17 de maio, “O MST não tem conseguido mobilizar a população em torno da Reforma Agrária. Entre os militantes do movimento, há o reconhecimento sobre as limitações para tentar mudar a política econômica do governo sem a mobilização das massas. A coordenadora nacional, Marina dos Santos afirmou que o neo-liberalismo prega o individualismo entre as pessoas, tornando cada vez mais difícil a mobilização. - Há poucas categorias se mobilizando e o MST não consegue chamar as categorias- reconhece Marina”.
 
 
 
As 16 reivindicações não são divulgadas
 
O espetáculo midiático fazia crer que o leão rugia. Iria exigir isso e aquilo, inclusive a anexação do INCRA à presidência da República. Com o passar dos dias, as reivindicações estariam resumidas em 16 pontos que seriam entregues ao Presidente da República. Ainda não conseguimos saber quais eram todas, mas pelo que a mídia divulgou era um imbróglio de reivindicações pela Reforma Agrária e pautas políticas que nada tinham a ver com os sem terra, como “barrar acordo com a Alca”, “retirada de tropas americanas do Iraque e saída das tropas brasileiras do Haiti”.
 
 
 
Como movimento de massas, um meio fracasso
 
Como manifestação de massa que pretendia ser, a marcha foi um meio fracasso. Como aglutinação de outros movimentos também fracassou. Ficou tudo reduzido ‘as dimensões da marcha. Falou-se que os funcionários do Incra fariam greve de dois dias para participar das manifestações e mais nada se anunciou a respeito. A marcha desagradou por onde passou, o que foi notado pela impaciência dos motoristas nas estradas, o desgosto e prejuízos causados aos proprietários rurais das terras que invadiram para acampar etc.. Uma pessoa teve seu carro depredado porque ousou atravessar a marcha, Não se conhece manifestações de apoio à sua passagem.
 
 
 
Uma delegação é recebida por Lula
 
Uma delegação de 50 lideranças do MST e de outras entidades como D. Demétrio Magnoli, representando a CNBB, D.Tomás Balduíno, da CPT – Comissão Pastoral da Terra, representantes da UNE, MPA, CUT, Movimento das Fábricas Ocupadas, Movimentos de Direitos Humanos, CRB – Conferência dos Religiosos do Brasil, artistas etc., foram recebidos pelo Presidente Lula no final da tarde. Da parte do Governo os Ministros José Dirceu, Miguel Rossetto, Luiz Dulci e o Presidente do Incra, Rolf Hackbart.
 
O Presidente recebeu a delegação por 3 horas e apesar de ter usado novamente o boné do MST, e ter se declarado feliz em recebe-la e elogiar a capacidade de Organização do Movimento, prometeu que algumas reivindicações seriam atendidas delegando ao Ministro Rosseto, após reunião do governo anuncia-las.
 
O Presidente disse também que é preciso intensificar o diálogo com o Movimento Sem Terra. Sugeriu que fosse criada uma comissão que ficasse em contato permanente com o MST. “Vocês mais do que ninguém têm o direito de cobrar o governo”, disse.
 
 
 
Rosseto anuncia o que o governo dará aos sem terra
 
Dia 18  o Ministro Rosseto anunciou as medidas do Governo:
 
 
 
1.      Enviar até o final do mês de maio um projeto de lei de suplementação orçamentária para obtenção de terras destinadas à Reforma Agrária
 
2.      Contratar 137 servidores para o INCRA e abrir concurso para 1300 vagas.
 
3.      Aumento do teto de financiamento do PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar de 15 para 18.000 reais
 
4.      Instituir um crédito de recuperação de assentamentos de 6 mil reais por família.
 
5.      Reafirmação do compromisso de enviar cestas básicas a famílias acampadas. Passarão a ser distribuídas mais de 200 mil cestas, contra as 120 mil atuais.
 
6.      Atualização dos índices de produtividade das propriedades rurais. O Governo prometeu divulgar os novos índices, consolidado entre as pastas do  Desenvolvimento Agrário e da Agricultura nas próximas semanas.
 
 
 
Um dos líderes do MST, Jaime Amorim, declarou: “alcançamos grandes conquistas. A principal delas é a sinalização, por parte do governo, de atualização dos índices de produtividade”. Causa estranheza que, em nenhum momento, se fale em índices de produtividade para os assentamentos. Nisso não se toca porque é sabido que são um fracasso, todos transformados em autênticas favelas rurais.
 
Isto significa que vai correr muito mais dinheiro para a Reforma Agrária, um aparelhamento do Incra (pois, como se sabe, lá é reduto do MST), derrama de cestas básicas para acampados (a massa de manobra das invasões) e desapropriações.
 
Depois disso é o caso de se perguntar: Como se sentirão os proprietários rurais, que estão no momento precisando de auxílio do governo para enfrentarem secas, quebra de preços, retração de mercados, eles que são o esteio da economia nacional?
 
Como verão eles a sentença de expropriação, vinda por meio de atualização dos índices
 
como é intenção declarada dos partidários da Reforma Agrária?
 
 
 
Dias tristes se aproximam para o campo...


03.  Para os sem terra, tudo Para os militares, nada
 
São Paulo, 16 de maio de 2005
 
 
 
 Para os sem terra, tudo Para os militares, nada
 
Os fatos falam por si mesmos. De um lado bilhões gastos a fundo perdido numa Reforma Agrária cujo fracasso já esta amplamente documentado. Um de seus agentes, o MST é tratado com honras e muito dinheiro vindo de fora, dos cofres públicos e amplo apoio logístico dispensado por governos para sua mais recente marcha-demonstração de força e prestigio, onde não falta apoio da esquerda católica. Fazem escancaradamente doutrinação marxista durante a marcha e exibem uma arrogância como se fossem donos do país e estivessem acima da Lei. De outro lado, pobres senhoras dos militares são tratadas com indiferença e desdém.
 
Como a CPT e a esquerda católica tratam uma e outra entidade?
 
 
 
O comentário que segue nos dois próximos subtítulos é da jornalista Márcia Peltier no Jornal do Brasil:
 
 
 
Show 1
 
 “ A marcha do MST, que deverá chegar em Brasília dia 17, com seus 11 mil integrantes, tem uma logística invejável. Ambulância, carros de apoio, computadores, e um sistema de comunicação integrada com a imprensa, além de cestas básicas garantidas. É uma verdadeira caravana rolidei”.
 
 
 
Show 2
 
“Já o espetáculo das mulheres dos militares que estão acampadas na Esplanada do Ministério, está longe de ser um show. Sem apoio nenhum, uma das manifestantes passou mal, ontem, e não tinha sequer dinheiro para comprar remédio. Foi ajudada por um passante”.
 
 
 
Dois pesos e duas medidas
 
Os militares, homens da lei e do silêncio, sempre foram tratados como heróis da pátria. Não é de se esperar deles arrogância e muito menos descumprimento da lei. Acostumados ‘a hierarquia, sentem-se até constrangidos ao reivindicar algo para si mesmos. Suas mulheres estão em manifestação para pedir uma simples reposição salarial, enquanto seus maridos continuam trabalhando seja no Haiti, seja na Amazônia, seja no apoio ‘as Policias Estaduais, seja nos quartéis. Não nos consta que alguma Pastoral da CNBB esteja dando apoio a essas mulheres.
 
Do outro lado a baderna invasora, arrogante e acima das leis, recebe o apoio do Arcebispo de Goiânia, D.Washington Cruz, que procurou, no início do ano o Governador Marconi Perillo e conseguiu dele um amplo apoio logístico, sem o qual essa manifestação não conseguiria se realizar. Soma-se a esse apoio o da Prefeitura de Goiânia e diversas prefeituras por onde a marcha vai passando. Como , logicamente, não podem contar com apoio dos fazendeiros, vão invadindo onde precisam acampar. Já estão na oitava invasão.
 
Os custos dessa marcha não ficam nos que a mídia tem chamado a atenção. Segundo Jean Maria Tomazela, do jornal O Estado de São Paulo, “ o MST levou 11 meses para treinar 3 mil militantes em 23 Estados para os postos de comando, numa estrutura cuja hierarquia e disciplina se assemelham ‘as de um exército”. Quem custeou tudo isso?
 
 
 
A CPT – Comissão Pastoral da Terra está presente
 
Além da presença da CPT, outros grupos religiosos acompanham a marcha. O mais numeroso é o da Presença Solidária da CRB – Conferência dos Religiosos do Brasil, com 100 freiras acompanhando a marcha. Uma delas declarou que “nossa missão é estar onde o povo sofre”.
 
E as mulheres dos militares? Não sofrem? Onde estão as irmãs para conforta-las?
 
 
 
Doutrinação para uma nova sociedade
 
Durante ‘as tardes, os “Marchantes” como são chamados, que receberam 10 mil mochilas contendo cadernos, caneta, cartilha da Reforma Agrária, livros de Karl Marx e Florestan Fernandes recebem doutrinação. Não faltam bandeiras com a imagem de Che Guevara, que encabeça a marcha ao lado da bandeira do Brasil, ou cartazes da “Brigada Olga Benário” entre outros ícones do comunismo internacional. Os temas das reuniões quase sempre envolvem questões ideológicas. Como esta de Pedro Simas, da Via Campesina:” Este é um momento de outras possibilidades, por isso colocamos nosso exército de trabalhadores nas ruas, para mudar a realidade que aí está e construir uma nova sociedade.
 
Um exército?
 
Cremos ler na consciência de nossos leitores: O MST não estaria preparando um exército  revolucionário? Eis o que relata Antonio Sepúlveda, jornalista do Jornal do Brasil: na marcha do MST “ dez mil radinhos garantem a pregação socialista e o toar de marcha político-militares e revolucionárias, transmitidas por um trio elétrico. Uma delas, a Marcha Brasil, tem um refrão politicamente explícito e literariamente medíocre: “Marcha Brasil, ergue a tua voz / Um novo país só depende de nós / Um país socialista queremos construir / Junto com o povo queremos resistir / É hora, camaradas / Não podemos desistir”. Não tiveram nem o cuidado de substituir o “camarada” soviético pelo “companheiro” petista!
Também cantam hino de marcha que tem o refrão:  "um dia eu avistei uma bandeira em minha frente / o coração bateu muito forte, senti algo diferente / sua cor era vibrante, cor de sangue da gente".
Pois é isso que a esquerda católica quer para o Brasil. Por isso ao MST tudo, aos militares nada.
 


02. São Paulo, 9 de maio de 2005
Jogando gasolina na fogueira não se consegue a paz no campo
Prepara-se um show para dia 17 de maio em Brasília, com sem terras exigindo vinculação direta do Incra ‘a Presidência da República, verbas para Reforma Agrária e manifestações contra a política econômica. Teme-se que e sejam apresentados os novos índices de produtividade que seriam impostos ao campo, que representariam desapropriações em massa ‘a vista,  e um inferno vermelho do MST.
O mês do abril vermelho passou
 
 O mês do abril vermelho do MST se foi. Com as costumeiras invasões a propriedades e prédios públicos, pilhagem em pedágios, destruição e desrespeito a direitos e ‘as leis, reféns e crianças detidas. Com seu chefe máximo J.P. Stédile sendo recebido com honras pelo PT e em Brasília.
 
 
 
A marcha sobre Brasília
 
 Desde segunda-feira, 3 de maio, os sem terra estão em marcha, de Goiânia para Brasília, reunindo segundo os organizadores 11.000 militantes (que ninguém se preocupou em contar e as fotos parecem desmentir), com o apoio logístico do Governo de Goiás, a pedido so Arcebispo de Goiania e das Prefeituras por onde passam. Devem se juntar a outros movimentos como CUT - Central Única de Trabalhadores e UNE - União Nacional dos Estudantes e partidos políticos numa grande manifestação, dia 17, na Esplanada dos Ministérios e Palácio do Planalto,  quando apresentarão ao Presidente Lula sua pauta de reivindicações políticas e protestos contra a política econômica do governo. Um caminhão, com uma rádio exclusiva, transmite programas do MST para todos os participantes da Marcha, que receberam um radio de pilha para acompanha-la.
 
 
 
Enquanto marcham, invadem
 
 Segundo relata o jornal O Estado de São Paulo enquanto marcham, os sem terra fazem o que sabem: invadem propriedades, cortando cercas e acampando sem permissão dos proprietários. Na terça-feira, 4, duas áreas particulares, pertencentes a uma associação agropecuária foram ocupadas em Anápolis, a 50 quilômetros de Goiânia. Ficaram lá acampados parte de uma tarde   e ‘a noite. Ao saírem deixaram o que também sabem fazer muito bem: destruição. Mais de 100 metros de cerca destruídos, corte de uma centena de varas de bambu e danos ‘a pastagem. Outro grupo de sem terras ergueu barracas em terreno de um posto de gasolina. Avisados de que se tratava de terreno particular, argumentaram com a arrogância que lhes é característica, de que não precisavam de permissão.
 
 
 
O Ministro Rosseto já está avisado. MST quer Incra vinculado diretamente ao Presidente da República.
 
 No dia 3 o MST apresentou ao Ministro Rosseto, do Desenvolvimento Agrário, sua pauta de reivindicações que será apresentada dia 17, que inclui a vinculação do Incra ‘a Presidência
 
da República. Como o Incra é dominado pelo MST...
 
 
 
Uma grande jogada de marketing
 
 Segundo o Boletim Política & Verdade, essa marcha e reunião em Brasília fazem parte de uma montagem de marketing. Numa grande apoteose Lula seria apresentado como “único intermediário” capaz de impedir que o MST deflagre sua revolução no País.  Segundo a Folha de São Paulo, J.P. Stédile declarou um dia antes do início da marcha que o “MST não é louco de romper com o Presidente”, apesar de estar decepcionado com os números da Reforma Agrária
 
 
 
Rosseto quer os novos índices de produtividade definidos antes do dia 17 de maio.
 
 Segundo a Agencia Folha técnicos dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura estão na fase final, sob a coordenação da Casa Civil, do estudo para chegar ‘a definição de novos índices de produtividade de imóveis rurais no País. Já chegaram a um consenso de que os índices precisam ser reajustados. Antes de virar norma, a proposta teria que ser aprovada pelos ministros Rodrigues e Rosseto e pelo Presidente da República.
 
 
 
Para que tanta pressa? Não seria para apresentar como um fato consumado e agradar aos sem terra? Sem nenhuma discussão? Sem ouvir os agricultores e pecuaristas, nem as outras categorias envolvidas no agronegócio o qual sustenta as exportações agrícolas brasileiras e é responsável pela maior fatia do PIB nacional?
 
 
 
O setor mais produtivo é o mais radicalmente punido por sua eficácia.
 
 
 
De nenhum outro setor econômico é exigido índices de produtividade, pelo Estado, sob pena de desapropriação. Quando se discutia na Constituinte o Projeto de Constituição, o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira alertou a bancada ruralista e toda a Nação, para que não deixassem aprovar que ficasse nas mãos do governo a possibilidade de desapropriar terras com base em índices fabricados pelo próprio governo. Agora estamos colhendo os malefícioso dessa desatenção.
 
 
 
Ainda mais. Os beneficiários dessas desapropriações, os sem terra, não têm nenhum índice de produtividade a ser cumprido! É fácil entender. Eles não têm a propriedade da terra, mas simplesmente o uso. Seu patrão, o Estado, através do Incra, reconhecendo (segundo declarações de superintendente do Incra em Mato Grosso do Sul) que o antigo programa “está falido”, inventou um novo Programa – O Terra Vida. Trata-se da divisão de cada um dos lotes entregues aos sem terra em duas partes. Uma delas estimada em no máximo 40% da área para a produção agropecuária individual, e os outros 60% em uma área societária.
 
 
 
Curioso é que o feitiço virou contra o feiticeiro. Dois mil sem terra ligados ao MST não aceitaram o novo plano e usando as técnicas que lhes foram ensinadas, invadiram a fazenda Itamaraty II, em Ponta Porã, para a qual foi proposto o “Terra Vida”, fazendo reféns 11 funcionários do Incra, tomando residências, aprendendo 8 veículos oficiais e detendo 160  crianças de uma escola estadual que funciona dentro do imóvel. Pobres sem terra! Sem propriedade, não podendo fazer uso livre da posse e condenados a viver em favelas rurais, em um sistema falido e cada dia mais comunista.
 
 
 
Como não existe mais terra improdutiva, aumentam-se os índices de produtividade exigidos.
 
 Na ânsia de desapropriar e substituir o agronegócio pela propriedade estatal familiar, o Incra e o Ministério do Desenvolvimento Agrário “descobriram” que os índices de produtividade exigidos para a desapropriação, fixados em 1975 estão defasados. Ou melhor, que por esses índices, e porque o campo demonstrou ser muito eficaz, precisa-se criar novos critérios de desapropriação para transferir a propriedade para o Estado e o uso para os ineficazes.
 
 
 
E se o aumento dos índices levasse os proprietários a produzir mais?           &nbs p;          &n bsp;     
 
 O brasileiro consumiria mais com a renda que tem? O mundo compraria nosso excesso
 
de produção? Teríamos infra-estrutura, crédito, suprimentos, maquinário etc. para agüentar
 
esse boom? Não seria um desastre interferir assim no mercado? Se todos os proprietários viessem a cumprir os índices estaria criada uma crise
 
sem precedentes no Brasil e no mundo, pelo excesso de produção.  Essa é a conclusão a que chegam todos os entendidos, e confesssadamente não é o que querem os agroreformistas. Querem desapropriar mais terras produtivas, aumentando o  estoque delas para a Reforma Agrária.
 
 
 
Segundo a revista Veja,  edição 1903 de 3 de maio de 2005, esse golpe na produtividade
 
propõe um critério tão rígido que, no caso  da soja, por exemplo, poucas propriedades do
 
Brasil e até do mundo, conseguiriam escapar.
 
 
 
O Índice de produtividade, que hoje é de 1,9 tonelada por hectare subiria para 2,9 toneladas
 
 por hectare, só alcançado no Brasil pelo Estado de Mato Grosso.
 
 
 
Os índices alcançados em outros países, para comparação, segundo o Ministério da Agricultura:
 
EUA, Argentina e Paraguai, alcançam 2,4 toneladas por hectare. China, 1,7 e Japão 1,5.
 
 
 
No caso do milho, só o Paraná estaria a salvo. Minas, o segundo maior produtor  e São Paulo o terceiro, estariam abaixo da exigência do MDA
 
 
 
Na pecuária o problema é ainda mais grave. Se o critério for pelo número de animais em criação, e se no momento da  visita do Incra o
 
proprietário tiver vendido há pouco tempo um lote ou estiver reformando o pasto, a terra poderá ser julgada improdutiva.
 
 
 
E assim por diante, todo o Brasil será atingido criando-se o caos no campo.
 
 
 
Talvez para não engulir o  boi tenhamos de de engulir um novilho
 
 Pode ser que da reunião dos técnicos dos Ministérios saiam índices um pouco menores. O que importa não são os índices. O que importa é a manipulação deles para atentar mais uma vez, confessadamente, contra a propriedade privada.
 
 
 
Sinal verde para as invasões do MST
 
 Estarão criadas assim as condições não para a paz, com produtividade, mas para a baderna organizada criminosamente pelo MST,
 
CPT – Comissão Pastoral da Terra, órgão da CNBB e outras entidades que incendiaram e incendeiam o campo.
 
O cenário é ainda mais grave, quando se sabe que Hugo Chávez está ameaçando a estabilidade da América Latina com financiamento de seus petrodólares e apoio a grupos radicais de países vizinhos, entre os quais o MST. Segundo a revista Veja no Brasil pretende cativar os
 
movimentos radicais de esquerda. O MST e outros grupos radicais ganharam assento no Congresso Bolivariano dos Povos que dá apoio ‘a
 
esquerda revolucionária. O novo índice de produtividade é a gasolina que faltava para reacender a fogueira no campo.
 
Sem medo da verdade
 
O Boletim "Sem medo da verdade” é enviado a pessoas cadastradas. 
BOLETIM DA CAMPANHA PELA LEGÍTIMA DEFESA
 
 
01. A OAB democratiza o debate sobre o desarmamento
Assista trechos da conferencia na OAB (parte 1)
 
Assista trechos da conferencia na OAB (parte 2)
 
Assista trechos da conferencia na OAB (parte 3)
 
Caso nao consiga entrar nos links, entre em nosso site onde se encontra de modo bem visivel
 
Com estas palavras o presidente da Mesa, Dr George Augusto Miaradi, comemorou o que ele considerou um verdadeiro sucesso, a conferência do Coronel Jairo Paes de Lira, sobre “A questão das armas face à evolução do mundo jurídico”.
 
Os aplausos, a platéia que praticamente lotou o salão nobre da OAB-SP e permaneceu até o fim da palestra, a quantidade enorme de apartes e perguntas indicam bem a candência e o acerto do tema escolhido.
 
Depois de brilhante e bem estruturada exposição, na qual provou a ilegalidade e a inconstitucionalidade do Estatuto do Desarmamento, o coronel respondeu a diversas perguntas do plenário.
 
Com a autoridade e a experiência de um oficial da polícia, que encerrou sua carreira como comandante metropolitano da PM em São Paulo, salientou com ênfase o absurdo de esperar que a polícia defenda a todos os brasileiros e esteja a todo momento, em todos os lugares. Concluiu o coronel que, isto posto, é dever de cada indivíduo promover sua legítima defesa e o Estado não pode impedir que o faça proibindo a aquisição de armas legais de defesa.
 
Praticamente 90 % dos crimes fatais ocorrem na área da marginalidade, ou seja, no tráfico de drogas, disputas entre gangues do crime etc. Os motivos fúteis, são residuais no total de crimes fatais. E, além do mais, nestes casos, poucos sãos os crimes praticados por armas de fogo, usa-se qualquer objeto.
 
A conferência foi toda ela filmada pela OAB, e segundo informaram os técnicos que lá estavam, em breve aquele organismo disponibilizará aos interessados o filme desta e de outras conferências.
 
A palestra repercutiu tanto que logo em seguida os desarmamentistas, ao saberem do evento, solicitaram autorização para falarem também. Caso isto venha a acontecer, nós já nos oferecemos para participar como contra-ponto e se não aceitarem, lá estaremos para interrogá-los.
 
LEMBRAMOS A TODOS DE ENVIAREM O APELO AOS DEPUTADOS AMIGOS DA CCJ
 

Diogo _   Boletim "Sem medo da verdade” :   São Paulo, 13  de março de 2005
Mando, desmandos e livre trânsito
Dirigentes da Quarta Internacional Socialista cobram  posicionamento do  Ministro Miguel Rossetto. Como fica a esquerda católica diante das propostas de  administração internacional da Amazônia.  Enquanto isso,  os sem terra e acima da lei e seus assemelhados, promovem todo tipo de desmandos. Seu chefe máximo João Pedro Stédile é recebido no Congresso e nos ministérios em Brasília.
 
 
 “Quarta Internacional orienta Rossetto”
 
 
 
Com o título acima e grande destaque o jornal Folha de São Paulo de 4 de março conta o episódio em que dirigentes da Quarta Internacional Socialista, fundada por Trotsky e que mantém forte ligação com a facção Democracia Socialista do PT, ‘a qual Rossetto está ligado, cobram do ministro uma manifestação mais dura com relação aos cortes no orçamento da União para projetos de Reforma Agrária. Diz um trecho da carta: “Diante dos obstáculos orçamentários notadamente, teria sido possível [a Rossetto] elevar o tom para fazer a responsabilidade pelos atrasos recair sobre opções macroeconômicas e preparar dessa forma uma possível saída do governo ou, ao menos, a apresentação de um balanço defensável diante dos movimentos sociais”. Constrangido, o ministro fez declarações contra a modificação orçamentária,  limitando-se a telefonar para algumas redações e rotular de pesado o corte de R$ 2bilhões.
 
 
 
A Quarta Internacional orienta ainda setores da esquerda petista a se aliarem a dissidentes que formaram o PSOL contra a política econômica vigente.
 
 
 
A esquerda internacional está arrogante como nunca. Este é mais um exemplo de interferência até na política interna seja governamental ou partidária de um país. Chega ao cúmulo de pedir satisfações em nome dos “movimentos sociais”, dos quais assim se auto constituem tutores.
 
Essas são apenas pontas de um iceberg de onde está o perigo. Perigo sim pois ninguém seria capaz de citar um só exemplo de êxito das políticas socialistas, que só conduziram os povos aos quais conseguiram se impor, ou ‘a miséria total ou ‘a ditadura mais ferrenha.
 
 
 
 A esquerda católica com a palavra: como fica a internacionalização da floresta amazônica?
 
A tese é levantada de tempos em tempos. A mais recente foi a declaração do francês Paschoal Lamy, candidato ‘a direção da Organização Mundial do Comércio – OMC, de que a Amazônia deveria ser patrimônio administrado pela humanidade.
 
 
 
Seria o caso de perguntarmos como se posiciona agora a esquerda católica. Usando e abusando de sua autoridade religiosa, a esquerda católica tem apregoado para defender a Reforma Agrária, que a terra não tem dono, é de Deus. Assim se referiu o Bispo de Presidente Prudente, D. José Maria Libório Camino Saracho, um dos grandes defensores do MST em entrevista ao jornal O Globo: “ A terra não tem dono, é de Deus. Ninguém no mundo é dono de nada” . A mesma declaração ele fez durante a inauguração do escritório do MST em Presidente Prudente. Igualmente, D. Orlando Dotti, quando presidente da CPT – Comissão Pastoral da Terra declarou : “ A terra pertence a Deus e é um bem destinado a todos, não é privatizável. Essas citações estão no livro de Gregório Vivanco Lopes Pastoral da Terra e MST incendeiam o País, primeiro volume da coleção Em defesa do agronegócio que a TFP-Fundadores está difundindo em todo o território brasileiro.
 
 
 
Será difícil para a esquerda católica defender a Amazônia da administração internacional...
 
Diz Vivanco Lopes na obra citada: “ A `esquerda católica´, em oposição ‘a propriedade privada, costuma pregar a destinação universal dos bens, citando para isso alguns dos primeiros Padres da Igreja.” “... a própria Igreja sempre ensinou que essa destinação universal só produz adequadamente seus frutos através de uma sábia e ordenada apropriação privada. A propriedade privada não beneficia apenas o proprietário, mas toda a sociedade. Se tudo for de todos indistintamente, ninguém é beneficiado, e cai-se necessariamente no caos ou no totalitarismo”.
 
 
 
Desmandos ambientais
 
Não é só a Amazônia que vive no caos. Também no sertão do Piauí a situação anda confusa.
 
No artigo intitulado O progresso chega ao sertão do Piauí, publicado no O Estado de São Paulo de 3 de março, o jornalista Marcos Sá Corres conta as peripécias da arqueóloga Niede Guidon, que nos últimos 40 anos, em São Raimundo Nonato encontrou mais de 600 sítios arqueológicos com pinturas rupestres nas cavernas da Serra da Capivara, criando um museu a céu aberto. Por sua influência foi criado em 1979 o Parque Nacional da Serra da Capivara, cuja tarefa de efetivar o Parque lhe foi entregue em 1991 por um convênio com o Ibama.
 
 
 
Pois bem, a área foi logo cercada por posseiros que se intitulam quilombolas, cuja defesa é uma das bandeiras da esquerda católica. No rastro deles vieram os sem terra acima da lei. Eles põem fogo no mato. Os incêndios afetam os sítios arqueológicos. Com os assentamentos chegaram políticos, comerciantes e até a Diocese de São Raimundo Nonato, erguendo casas de campo em terras devolutas.
 
 
 
Agora o Incra resolveu assentar definitivamente os invasores, prometendo inclusive regularizar as casas de campo. Niede Guidon ameaça extrair do parque o acervo arqueológico antes que ele acabe.
 
 
 
Assim é o Brasil da Reforma Agrária, dos “excluídos” quilombolas, dos “excluídos” das barragens, dos índios das reservas fabulosas, dos sem terras acima da lei... Terra de ninguém!
 
Onde só não tem vez a propriedade privada, a classe média e as pessoas de bem... como os juizes que por todo este país fazem cumprir a lei. Um deles, o juiz Castro Junior, da Justiça Federal em Marabá, nesta semana declarou ao jornal O Estado de São Paulo: “Estou sob a ira dos movimentos sociais”, e que por sua conduta é alvo de representação na corregedoria geral do TRF-1, protocolada por organizações não governamentais.
 
Enquanto isso ... livre  trânsito para João Pedro Stédile em Brasília.
 
“Stédile ... ontem passou o dia em encontros com o presidente do Senado, Renan Calheiros, da Câmara, Severino Cavalcanti, e o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos. Hoje ele se reúne com ministros do Planalto”, relata o jornal O Estado de São Paulo, enquanto ferviam os episódios amazônicos.   Excusez du peu! diriam os franceses. Desculpe pelo pouco!
 
Sem medo  da verdade
 
O Boletim "Sem medo da verdade” é enviado a pessoas cadastradas.
Outras Informações de outras fontes :
MST e outra humanidade possível
 
 
 
19.Maio.2005
 

Leonardo Boff *
 

Que o Movimento dos Sem Terra (MST) luta pela reforma agrária, todos sabemos. Que para ele Terra não é apenas, como quer a cultura capitalista, meio de produção, mas é muito mais, é a nossa Casa Comum, está viva, com uma comunidade de vida única e que nós somos seus filhos e filhas com a missão de cuidar dela e de libertá-la de um sistema social consumista que a devasta, isto é surpreendente. Este é o seu sonho maior, expressão do novo paradigma civilizatório emergente. Ele deixa para trás muita inteligência académica que se orienta exclusivamente pela razão instrumental-analítica, funcional ao modo de produção actual que está ameaçando o futuro comum da Terra e da Humanidade. Captar esta novidade do MST e da Via Campesina é captar a sua força de convocação para o Brasil e para toda a sociedade mundial. Eles encontram-se na ponta da visão alternativa de que outra humanidade é possível. Com as suas práticas, não obstante aqui e acolá as contradições inerentes ao processo histórico, estão mostrando a sua viabilidade. Basta observar, com olho isento, o que dizem, como se organizam e o que fazem. As vítimas da ordem vigente dão corpo a um sonho novo. 
 
Há dias, eu e minha companheira Márcia que apoia o MST desde sua fundação no acampamento Ronda Alta-RS, pudemos participar da marcha de Goiânia a Brasília. Foram dois dias de convivência e de marcha com aqueles 12.272 caminhantes. Precisa-se de muita acumulação de consciência solidária, de disciplina e de sentido do bem comum para fazer funcionar esse processo popular multitudinário com mais perfeição que uma escola de samba carioca. Nem falemos da comida pontualíssima, da montagem e desmontagem das barracas, da água potável abundante e do serviço sanitário. A preocupação ecológica era quase obsessiva. Se alguém, no dia seguinte, quisesse saber onde acamparam aqueles milhares, não o saberia porque a limpeza era tão minuciosa que nem sequer um réstea de papel ficava para trás.
 
 
 
Entre os objetivos explícitos da caminhada, além da reforma agrária e da discussão de um projecto popular para o Brasil, havia o de "desenvolver actividades de solidariedade para fortalecer a luta e os sonhos do povo". Em função disso, por mais de duas horas, à tarde, promoviam-se palestras transmitidas pela rádio interna, seguidas de grupos de discussão. A mim foi-me pedido para falar sobre a nova visão da Terra e como cuidar dela  à luz das sugestões da Carta da Terra. Passando pelos grupos vi a seriedade com que se discutia. Mas não só. A marcha propôs-se "resgatar e promover a cultura brasileira através de canções, poemas, teatros e outras manifestações típicas do povo". Ao sermos acolhidos em sua barraca pelo grupo de Paraná (mais de 800 pessoas) ouvimos canções e poemas de rara beleza. Uma estrofe dizia:"ouçam a harmonia de igualdade do homem pobre." Se o sistema nos atordoa, por todos os meios, com palavras "acumulação, consumo, riqueza, prazer" aqui o que mais se ouvia era "solidariedade, cooperação, justiça, homem e mulher novos, nova Terra". Quem está no melhor caminho?
 
 
 
Eu matutava comigo mesmo: seguramente Marx, Lenin e Mao jamais pensaram num tipo de revolução que fizesse esta síntese tão feliz entre luta e estudo, caminhada e festa. Um movimento que incorpora poesia e música será invencível. O MST dá-nos sinais de que outra humanidade quer emergir.
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Religiosas na marcha do MST
 

Leonardo Boff *
 

A marcha do MST sobre Brasília suscitou pelo Brasil afora muita solidariedade. Um grupo cabe ser ressaltado, o CRB-solidariedade: as 50 religiosas que andaram mais de duzentos quilómetros desde Goiânia representando a Conferência dos Religiosos do Brasil. Era impressionante vê-las em seus hábitos cinza, inseridas na multidão, algumas idosas, marchando em fila, compenetradas e joviais.
 
Por duas razões este grupo é relevante. Em primeiro lugar, ele mostra que a Igreja da libertação está viva apesar de todo o esforço que se fez para desmantelá-la ou torná-la invisível. São muitas centenas as religiosas que se inserem nos meios pobres e populares, especialmente no interior do país e nas periferias das cidades, fazendo-se as verdadeiras parteiras da Igreja da base.
 
 
 
Elas entenderam que o voto de pobreza que professam, implica mais que não ter, exige mais que uma dimensão espiritual de disponibilidade e abertura para Deus. Ser pobre em contexto nosso de opressão desafia a fazer-se pobre por amor e solidariedade para com os pobres, para junto com eles, comprometer-se contra a pobreza e em favor da vida e da justiça para todos. A presença delas no MST, cujos membros são em sua maioria cristãos, assegura que esta luta por Terra representa, além do seu aspecto social e político, também um dos bens do Reino e que a causa está ancorada no coração de Deus. Isso confere grandeza ao compromisso.
 
 
 
Em segundo lugar, estas religiosas fazem o contraponto a tantas críticas que se veiculam pela mídia, vindas dos estratos intelectuais da sociedade. Deixemos de lado aqueles para os quais "o MST não passa de uma corja de impostores" e seus líderes "um bando de bandoleiros". Estes desqualificam-se a si mesmos e não merecem sequer reparo. Mais subtil é a crítica de intelectuais que, num tempo, eram pela transformação da sociedade mas que hoje, face ao desencanto geral, assumiram uma visão demissionista e fatalista da história. Há quem considere, por exemplo, o MST sem autonomia, "populações retardatárias da história" que apresentam "demandas atrasadas e fora de época" pois os seus valores são tirados "do estoque de ideias conservadoras : a propriedade da terra, o trabalho comunitário, a religião, a família, a comunidade". Mal sabe ele que tais valores, na actual crise ecológica, são os que garantem o futuro da Terra.
 
 
 
Tais afirmações não surpreendem. São típicas da elite iluminista, bem funcional ao sistema discricionário brasileiro;  elite que, segundo o grande historiador José Honório Rodrigues, "nunca se reconciliou com o povo, negou os seus direitos, arrasou a sua vida e, logo que o viu crescer, negou-lhe pouco a pouco a sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continua a achar que lhe pertence" (Conciliação e reforma p. 16). Em razão disso, nega ao MST "uma compreensão objectiva do seu lugar na história".
 
 
 
Aqui a arrogância soma-se à ignorância. Que sabem tais intelectuais do trabalho civilizatório feito pelo MST, conferindo consciência de cidadania activa aos seus milhares de membros, fundando 1300 escolas por onde passaram 160 mil crianças e adolecentes, envolvendo cerca de 3000 educadores e alfabetizando 30 mil adultos? Até a primeira universidade popular do Brasil o MST fundou em Gararema-SP.
 
 
 
O MST desafia a sociedade organizada a colocar-se também em marcha de mudança porque o Brasil que herdamos não nos dignifica. Merecemos um destino melhor, a construir.
 
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* Teólogo (Via_Orlando) 25/5/05


DIVERSOS .
www.pelalegitimadefesa.org.br Sua alteza príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança diretor de relações
institucionais da Associação dos Fundadores da TFP, deu uma entrevista recentemente sobre Reforma Agrária na TV Canal do Boi que durou uma hora e meia. Esse programa é assistido por ruralistas do Brasil inteiro. .. que defende o direito a legitima defesa. Aliás com o estatuto do desarmamento civil, a criminalidade está crescendo
muito sobretudo crime organizado, porque os cidadãos honestos são desarmados e os bandidos estão armados até os dentes. O Hitler quando subiu ao poder uma das coisas que ele fez, foi desarmar a população para que quando ele tivesse consolidado no poder não tivesse mais reação da parte população devido a suas armas confiscadas... Abraço Diogo
25/5/05


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