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Dedico este trabalho a todos os que me ajudam nesta caminhada, aos que  acreditam que pode haver mudança para o homossexual, e aos que estão buscando conhecimento para ajudar vidas que desejam deixar esta prática sexual tão destrutiva. 
SAULO ADELINO NAVARRO

HOMOSSEXUALIDADE: CONSCIENTIZANDO A IGREJA DE CRISTO


CURITIBA  _ JANEIRO - 2005

 
SUMÁRIO
 

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................4
2 O QUE É HOMOSSEXUALIDADE...............................................................................7
3 O QUE MUDOU NO DECORRER DOS TEMPOS.....................................................13
4 UMA VIDA DETERMINADA ANTES DO NASCIMENTO..........................................14
4.1 DESVIO DE COMPORTAMENTO..................................................................15
4.2 POSSESSÃO DEMONÍACA............................................................................17
4.3 ESTILO DE VIDA ALTERNATIVO...................................................................18
5 GRANDES MITOS ACERCA DA HOMOSSEXUALIDADE.......................................20
5.1 O MITO DO INDIVÍDUO HOMOSSEXUAL.....................................................21
5.2 O MITO DA CAUSA GENÉTICA.....................................................................21
5.3 O MITO DA NATUREZA PERMANENTE........................................................22
5.4 O MITO DA COMPREENSÃO E DO NOVO CONHECIMENTO.....................23
5.5 O MITO DA NATUREZA BENIGNA DA HOMOSSEXUALIDADE...................23
5.6 HERMAFRODITA E HOMOSSEXUALIDADE.................................................25
6 A CRISE DA VERDADE.............................................................................................26
7 A POSIÇÃO CRISTÃ COM RELAÇÃO À HOMOSSEXUALIDADE..........................27
7.1 DA OMISSÃO A COMPAIXÃO........................................................................42
7.2 A IGREJA EVANGÉLICA E A MUDANÇA DOS HOMOSSEXUAIS...............46
7.3 EVANGÉLICO QUESTIONA PSICÓLOGO CRISTÃO....................................47 
8 DIREITOS DADOS PELO CRIADOR.........................................................................56
9 EXEGESE BÍBLICA SOBRE A QUESTÃO HOMOSSEXUAL..................................60
9.1 A BÍBLIA DIZ QUE HÁ ESPERANÇA PARA O HOMOSSEXUAL..................68 
9.2 TEOLOGIA HOMOSSEXUAL.........................................................................69
9.3 O REVISIONISMO DAS ESCRITURAS..........................................................74
10 A HOMOSSEXUALIDADE E O CRISTÃO................................................................77
10.1 O HOMOSSEXUAL COMO CRISTÃO............................................................81
11 SINTO SER DIFERENTE...........................................................................................84
11.1 CAUSAS PSICOLÓGICAS DA HOMOSSEXUALIDADE...............................85
12 TODOS NÓS ENFRENTAMOS OS MESMOS CONFLITOS....................................87
13 OS QUATRO ASPECTOS DA HOMOSSEXUALIDADE..........................................88
13.1 FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE HOMOSSEXUAL.................................90
14 AJUDANDO PESSOAS A DEIXAR O ESTILO DE VIDA HOMOSSEXUAL.............94
15 SEXUALIDADE - BÊNÇÃO EM CRISE...................................................................116
16 COMO LIDAR COM A SEXUALIDADE NA INFÂNCIA...........................................118

17 COMO LIDAR COM ATRAÇÕES PELO MESMO SEXO........................................128
17.1 DESEJOS, PROBLEMAS EMOCIONAIS E RELACIONAMENTOS.............131
18 ORIENTAÇÃO PARA PASTORES E LEIGOS........................................................138
18.1 EVANGELIZAÇÃO DE HOMOSSEXUAIS....................................................144
18.2 COMPARTILHANDO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE...............................145
18.3 POSTURA E ATITUDES DO CONSELHEIRO..............................................147
19 QUANDO ALGUÉM QUE VOCÊ AMA SE DECLARA HOMOSSEXUAL...............149
19.1 DEUS PODE USAR VOCÊ...........................................................................159
20 CUIDADO COM AS CIRCUNSTÂNCIAS.................................................................161
21 EM BUSCA DA PESSOA CERTA............................................................................162
22 A MALDIÇÃO DOS RELACIONAMENTOS DEPENDENTES.................................166
22.1 SUPERANDO A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL...........................................168
23 HOMOSSEXUAIS PODEM MUDAR........................................................................171
24 APELAÇÃO CIENTÍFICA.........................................................................................181
24.1 PESQUISAS CIENTÍFICAS...........................................................................182
25 PORQUE DESOBRIGAR APENAS OS HOMOSSEXUAIS.....................................196
25.1 A INTOLERÂNCIA DOS TOLERANTES.......................................................196
26 CAUSAS, DESENVOLVIMENTO E CONSEQÜÊNCIAS.........................................198
27 O PREÇO DA IGUALDADE SEXUAL......................................................................202
28 REALIDADES PASSADAS E PRESENTES............................................................205
29 O PROJETO SUPLICY.............................................................................................209
30 COMO OS ATIVISTAS HOMOSSEXUAIS ESTÃO AGINDO..................................214
30.1 O MOVIMENTO HOMOSSEXUAL................................................................217
31 VIRANDO AS COSTAS PARA O PASSADO..........................................................241
32 AMOR RESTAURADO.............................................................................................246
33 O HOMEM NO ESPELHO........................................................................................273
34 TESTEMUNHO DE VIDA: SAULO ADELINO NAVARRO......................................280
35 MENSAGENS ÚTEIS................................................................................................295
36 QUAL É O NOSSO ALVO........................................................................................297
37 CONCLUSÃO...........................................................................................................300
38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................301

1 INTRODUÇÃO
Originariamente, o termo homossexualidade apareceu pela primeira vez em um panfleto alemão de autoria anônima, publicado em 1869, o qual se opunha a uma lei prussiana de anti-sodomia. No mesmo ano, o termo homossexualidade foi utilizado por um médico húngaro que defendia sua legalização. Este termo detinha uma conotação científica que permitia se falar do fenômeno de maneira objetiva e sem um julgamento negativo. Para apontar os homossexuais dentro da legalidade, sem juízos de valor, criou-se não apenas o termo homossexualidade, mas também definiu-se a heterossexualidade. Na última década do século XIX, o termo homossexualidade apareceu pela primeira vez na língua inglesa, num trabalho do tradutor Charles Gilbert Chaddock e, desde então, tem sido amplamente utilizado na literatura contemporânea versando sobre o tema.
Criaram-se, em seguida, outros termos para se discutir a homossexualidade. Em primeiro lugar a homossexualidade foi definida como preferência sexual a fim de rebater a psiquiatria tradicional que a considerava como uma perversão, ou, genericamente falando, um “desvio”. Quando os militantes homossexuais tentaram provar a natureza genética de seu comportamento, passaram a falar em orientação sexual. Também se utilizou outro termo como “modo de vida alternativo”. 
Hoje, o termo “orientação sexual” determina vários significados diferentes e, segundo os estudiosos que detém uma visão secular sobre o termo, existem três orientações sexuais, todas as três normais, naturais e fixas em adultos (isto é, imutáveis): - heterossexual – o indivíduo que se sente sexualmente atraído por pessoas do sexo oposto; - homossexual – o indivíduo que se sente sexualmente atraído por pessoas do mesmo sexo; - bissexual – o indivíduo que se sente atraído tanto por pessoas de ambos os sexos, não necessariamente no mesmo grau de intensidade.
A homossexualidade é definida como a preferência sexual por indivíduos do mesmo sexo. Atualmente a ciência e a sociedade têm reconhecido, que a homossexualidade não é mais vista como opção, mas como uma orientação sexual normal e definida na infância e, conforme estudos mais hipotéticos, até mesmo genética.
Muitas pessoas têm a idéia pré-concebida de que a humanidade toda é heterossexual e que uma minoria de indivíduos encontra-se "viciada" num comportamento homossexual. Assim, acreditam que a homossexualidade é, simplesmente, um comportamento anticonvencional que muitas pessoas escolhem externar. Outros indivíduos acreditam que a homossexualidade é uma das três orientações sexuais normais, ou seja, o indivíduo simplesmente é, não opta.
A sexualidade humana é um fenômeno complexo. Entre a atração forte e exclusiva de um homem por uma mulher, de um homem por outro homem, ou de uma mulher por outra mulher, existe uma infinidade de sensações sexuais e emocionais: o desejo, a excitação ou mesmo a frieza em qualquer relacionamento humano depende dos indivíduos inseridos em determinada situação, e não em quaisquer das especificações arbitrárias que poderiam ser impostas através de sociedade, tais como os rótulos que tentam definir se o indivíduo é heterossexual ou homossexual.
Alguns homens desejam fazer sexo com outros homens e este desejo é algo permanente em suas vidas. Alguns são meramente curiosos a respeito de corpos masculinos, e podem experimentar, em algum momento de suas vidas, um contato mais íntimo. Outros se sentem, igualmente, atraídos por homens e mulheres. Para alguns, o prazer encontra-se simplesmente em admirar os corpos de outros homens sem desejar o contato sexual. Há aqueles que preferem a companhia de outros homens para o lazer, e muitos trabalham num ambiente completamente masculino. Mulheres também sentem e vivem todas estas situações com outras mulheres. Estas permutações infinitas e a confusão que resultam delas nem sempre são absorvidas pela sociedade em que vivemos, a qual necessita ordem para funcionar. E esta ordem, para os extremistas, significa deixar de lado o incerto e procurar distinguir apenas o preto e o branco. Significa "rotular", etiquetar as coisas. E desta forma surgem as minorias, os excluídos, aqueles que não merecem nada mais do que um olhar de reprovação ou mesmo desprezo. Precisamos olhar para estas pessoas com o olhar de Jesus, que veio buscar e salvar o que se havia perdido.   
Até o início dos anos 70, a grande maioria dos psiquiatras estava ainda convencida de que a homossexualidade era uma doença mental. Alguns acreditavam que ela poderia ter causas físicas, como é o caso de inúmeras doenças mentais. Mas a maioria acreditava que sua origem estava, geralmente, num desvio da orientação sexual provocada por uma perturbação do desenvolvimento psico-sexual. Os psicanalistas, mais precisamente, sempre admitiam que a homossexualidade estava ligada a uma carência no processo de identificação durante a infância. Em outras palavras, o adulto homossexual teria sido uma criança que não conseguiu encontrar sua autonomia e definir sua identidade sexual em relação aos pais.
Os homossexuais acusavam a Psiquiatria de ser um instrumento da opressão da qual eram vítimas, declarando serem os psiquiatras seus inimigos mais perigosos na sociedade contemporânea, proclamando idéias preconceituosas e repressivas, uma acusação que teve grande repercussão.
Em 1973, grande pressão é feita pelos homossexuais sobre a Associação Americana de Psiquiatria para que ela suprimisse a homossexualidade do rol de doenças mentais, propondo chamá-la, a partir de então, de “uma forma natural de desenvolvimento sexual”. A entidade, diante de tanta repercussão negativa, acabou reconhecendo o erro de catalogar a homossexualidade como doença e removeu-a de seu Manual de Diagnóstico e Estatística de Desordens Psiquiátricas. Nota-se aqui, que não houve nenhuma prova científica para tomarem tal atitude, a remoção da homossexualidade deste manual foi por pura pressão vinda dos próprios homossexuais. A Associação Americana de Psicologia, por sua vez, terminou por declarar que a homossexualidade não era uma patologia em 1975.
Finalmente, em 1° de janeiro de 1993, a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.) retirou a homossexualidade de sua lista de doenças mentais, uma grande vitória contra as idéias pré-concebidas, mas não propriamente contra o preconceito, que existe em função da crença que os homossexuais detêm uma opção de escolha e que só é homossexual quem quer. A decisão se baseou, principalmente, no fato de que não foi provada qualquer diferença existente entre a saúde mental de um indivíduo heterossexual e a saúde mental de um homossexual. Várias tentativas foram feitas neste século no sentido de "explicar" a homossexualidade, e até mesmo "curá-la".

2 O QUE É HOMOSSEXUALIDADE
Dentro da teoria psicanalítica, a homossexualidade é vista como um desvio do padrão de sexualidade, sendo as causas enumeradas para o aparecimento de tal desvio e provenientes de fatores diversos.
Freud comenta: “Os homossexuais, que em nossos dias se tem defendido energicamente das restrições impostas por lei às suas atividades sexuais, gostam de ser apresentados, por intermédio de seus teóricos defensores, como pertencentes a uma espécie diferente, como um estágio sexual intermediário ou como um ”terceiro sexo”. Por maior que seja a nossa vontade, por motivos humanitários, de acatar suas declarações, devemos analisar suas teorias com reservas, pois foram feitas sem levar em conta a gênese psíquica da homossexualidade.”
E ainda: “A pesquisa psicanalítica contribui para a compreensão da homossexualidade. Estas descobertas põem fim a qualquer pretensão que possam ter os homossexuais de serem considerados como um terceiro sexo e também a qualquer controvérsia sobre homossexualidade inata ou adquirida. Deve-se notar infelizmente que, aqueles que se tornaram porta-vozes dos homossexuais no campo da ciência, foram incapazes de aprender qualquer coisa das deduções estabelecidas pela psicanálise”.
Sob a perspectiva psicanalítica o termo empregado para o fenômeno da homossexualidade é inversão. Sendo assim, invertido seria a pessoa que tem sentimentos sexuais contrários. Didaticamente os invertidos podem ser indivíduos em três grupos: 1) Absolutos – são as pessoas que tem como objeto sexual elementos exclusivamente do próprio sexo, chegando a possuir, em alguns casos, até aversão por contatos com elementos do sexo oposto; 2) Anfigênicos: são elementos cujos objetos sexuais tanto podem ser do próprio sexo como do sexo oposto. Na linguagem popular este indivíduo é conhecido como bissexual, todavia ressaltamos que tal termo tem outra conotação dentro da teoria psicanalítica; 3) Ocasionais: são indivíduos que optam por um objeto sexual do mesmo sexo em função de certas condições externas. Freqüente em situações de guerra, entre marinheiros que passam muito tempo em alto mar, escolas internas, mosteiros, seminários, etc. Todavia eliminada a situação externa, estas pessoas retornam à orientação heterossexual em seu comportamento.
Como citamos, as causas da homossexualidade podem ser muitas, porém queremos ressaltar algumas idéias muito comuns acerca da homossexualidade:
 Homossexualidade é causada por um desgaste nervoso ou doença mental: Este conceito é errôneo porque a doença mental provoca vários e sérios desvios de conduta, mas não observamos isto no homossexual. Pelo contrário, na quase totalidade dos casos os homossexuais têm um perfeito conhecimento e controle da realidade que os cerca e também não apresentam nenhum traumatismo ou doença neurológica em sua história pregressa que justifique qualquer suposição nesta área.  Ao contrário, na maioria dos casos, são pessoas de extrema capacidade intelectual e sensibilidade artística, longe de denotarem as limitações inerentes dos doentes mentais e excepcionais; portanto não podemos considerar a homossexualidade como um desgaste nervoso ou doença mental.
 Homossexualidade é herdada geneticamente: Esta idéia comum e até muito debatida e defendida nos meios científicos, não tem um fundamento sólido, pois sabemos que as características que são herdadas geneticamente são imutáveis. Por exemplo: a cor dos olhos ou do cabelo. Em contrapartida temos tido relatos com comprovação clínica de elementos homossexuais que mudaram sua conduta, passando a ter comportamento e atividade heterossexual. Outro aspecto que se descarta é no caso dos homossexuais ocasionais e os anfigênicos. Como explicar suas condutas se houver um determinante? A genética não trabalha com relativos, somente com absolutos. Também é possível demonstrar que em muitos casos (mesmo nos absolutos) houve cedo em suas vidas impressões sexuais que deixaram efeitos secundários permanentes na forma de uma tendência à homossexualidade. Então não se pode explicar a natureza da inversão taxando-a de congênita simplesmente.
 Homossexualidade é “sem-vergonhice” intencional: Existem inúmeros casos de pessoas que lutam fervorosamente contra suas tendências sexuais, que estariam longe de serem denominadas de “sem-vergonhas”, quão menos poderia afirmar-se que suas tendências são deliberadas. Existe, isto sim, uma sub-cultura “gay”, que, influenciada por mídia e posições científicas, acomodam-se em suas situações e “assumem” suas tendências como naturais, criando assim todo um discurso para justificar-se perante os demais. Homossexualidade não é sem-vergonhice, nem tampouco é intencional na maioria dos casos.
Quando tratamos de ajudar uma pessoa a superar sua homossexualidade, encontramos que muitas delas estão confusas sobre o que, verdadeiramente, é a homossexualidade. Muitas vezes a pessoa se identifica erroneamente como “homossexual”, criando assim um obstáculo a mais no seu esforço de aceitar sua nova identidade em Cristo. Há outros que não desejam aceitar seu problema homossexual e evitam confrontar a realidade. Isto acontece com pais de família ou parentes que não desejam aceitar a homossexualidade de um ser amado.
No momento, nenhuma comunidade científica, nem grupos religiosos, nem pessoas homossexuais, têm chegado a um acordo sobre a definição da homossexualidade. Lawrence J. Hateter deu esta definição: Aquele que em sua vida adulta, está motivado por uma atração definida, de preferência erótica com pessoas do mesmo sexo, e quem usualmente, mas não necessariamente, têm relações com “eles”.
Nascer homossexual? A maioria das pessoas homossexuais crê que elas “nasceram” homossexuais. Nesta crença, o menino sente alívio e retira-se dele a responsabilidade de mudança. No entanto, não existe sólida evidência científica que uma pessoa nasça homossexual. A grande maioria das pessoas homossexuais são completamente normais geneticamente. São homens e mulheres completos neste sentido.
Cremos que a homossexualidade é uma conduta aprendida e que foi influenciada por uma série de fatos: uma ruptura na vida familiar da criança; uma falta de amor incondicional da parte de alguns dos pais; falta de identificação com o genitor do mesmo sexo. Mais tarde, estes problemas podem resultar numa busca de amor e aceitação, inveja do mesmo sexo ou do sexo oposto, uma vida controlada por diferentes temores e sentimentos de isolamento. Parece que uma coisa está clara: a homossexualidade é causada por múltiplas razões. Seria simplista pensar em culpar somente uma área. Temor ao sexo oposto, incesto ou abuso sexual, mães dominantes e pais possessivos, e opressão demoníaca, tudo isto pode fazer parte da causa da homossexualidade, porém somente um desses fatores externos na vida de uma pessoa, suas próprias decisões têm um papel importante em formar sua identidade homossexual, ainda que sejam poucos os que desejam admiti-lo.
Que diz a Bíblia? A Bíblia diz claramente em cinco lugares diferentes que a homossexualidade é pecado: Levítico 18:22, Levítico 20:13, Romanos 1:26-27, 1Coríntios 6:9-10 e 1Timóteo 1:9-10. Apesar do posicionamento das Escrituras sobre a conduta homossexual ser muito clara, algumas pessoas se perguntam, “A Bíblia também diz que os sentimentos homossexuais são incorretos? Depois de uma larga exposição sobre a homossexualidade, Romanos 1 termina com este versículo: Eles sabem que a Lei de Deus diz que quem vive assim merece a morte. Mas mesmo assim continuam a fazer essas coisas e, pior ainda, aprovam os que agem como eles”. É evidente aqui, que o aprovar o estilo de vida homossexual é pecado. Colossenses 3:5 diz: “Portanto, façam morrer os desejos deste mundo que agem em vocês: a imoralidade, a indecência, as paixões baixas, os maus desejos e a cobiça, pois a cobiça é um tipo de idolatria”. De acordo com a Palavra de Deus, a luxúria sexual e a fantasia homossexual e heterossexual são pecados. Por outro lado, 1Coríntios 10:13 nos assegura que a tentação não é pecado: “As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam; mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que sofram tentações além das suas forças. Ao contrário, quando vier a tentação, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim poderão sair dela”. Existe uma diferença entre sentir-se atraído pelos atos homossexuais, pelos atos sexuais, fantasias, e escolher render-se a esta atração. Esta é a diferença entre tentação e pecado. Não podemos controlar por completo o que nos serve de tentação, mas, sim, está em nós o poder de decidir seguir esta tentação. Este poder de decisão se fortalece pelo Espírito Santo que vive em nós.
Muitos crentes, quando questionados sobre as causas da homossexualidade, apontam imediatamente para fatores espirituais, como possessão demoníaca, segundo dizem. Isso é um claro sinal de desconhecimento bíblico-teológico sobre a questão e, às vezes, de preconceito (a Bíblia não faz diferenciação de pecado – 1Coríntios 6:9 – 10).
A influência maligna existe como em qualquer outro pecado, pois Jesus disse que o diabo é mentiroso e nunca se firmou na verdade (João 8:44). A homossexualidade é uma mentira dentro dos propósitos maravilhosos de Deus para a sexualidade humana. Jay Adams comenta a questão da seguinte forma: “(o diabo) não pode ser acusado do pecado da homossexualidade de maneira tal que seja removida a responsabilidade daqueles que o cometem. O comportamento homossexual é pecaminoso, e não o produto de uma irresistível influência satânica ou possessão ou controle demoníaco. Em nenhuma das passagens onde a homossexualidade é condenada, jamais é especialmente vinculado à influência satânica ou demoníaca”.
Quando entendem que não é possessão maligna, alguns levantam a hipótese de o problema ser orgânico. Pesquisas tentando mostrar causas-efeitos biológicos ou genéticos para a homossexualidade existem há quase um século. Mas, o fato é que, ao longo dos anos, nenhuma pesquisa jamais provou que a homossexualidade resulta de fatores biológicos. O psiquiatra John White traz uma informação esclarecedora sobre a questão: “Até agora, a ciência buscou em vão uma causa física para a homossexualidade. Os testículos dos homens homossexuais produzem os mesmos tipos de hormônio dos homens normais. Os ovários e as outras glândulas responsáveis pelos hormônios da mulher homossexual produzem a mesma proporção de hormônios sexuais da mulher normal. Evidências científicas parecem sugerir que embora nossos hormônios sexuais sejam responsáveis (pelo menos em parte) pelo fato de termos um comportamento sexual e experimentarmos impulsos sexuais, eles não determinam necessariamente o tipo de comportamento sexual que adotamos nem o sexo do parceiro que escolhemos”.
Se não existem provas de que a homossexualidade seja de ordem biológica devemos questionar, então, quais são os fatores que levam uma pessoa à homossexualidade. Ankerberg e Weldon falam da ausência de fatores orgânicos e a realidade de que homossexualidade é um comportamento aprendido. Eles citam as conclusões a que chegaram o Dr. Joseph Nicolosi, Willian Masters e Virgínia Johnson - três grandes pesquisadores americanos da área de sexualidade humana: “O Dr. Joseph Nicolosi salienta que já examinou todos os tipos de literatura científica que têm relação com os supostos princípios biológicos da homossexualidade: Eu mesmo revisei toda a literatura e certamente não acredito, e acho que nenhum cientista realmente acredita, que haja predeterminação para a orientação sexual. Existem muito mais evidências para os fatores ambientais que, desde cedo, determinariam a orientação sexual de uma pessoa. Ninguém menos que a grande autoridade no assunto, o próprio Alfred Kinsey, conforme citado por W.B. Pomeroy, seu pesquisador adjunto, declara: Eu mesmo cheguei à conclusão de que a homossexualidade é, em grande escala, uma questão de condicionamento”. Talvez isso explique porque os especialistas em sexo Masters e Johnson enfatizem: “É de grande importância que todos os profissionais da área de saúde mental tenham em mente que o homossexual masculino ou feminino é basicamente um homem ou uma mulher por determinação genética, com orientação homossexual por preferência aprendida”.
Cientistas do comportamento humano, conselheiros e terapeutas de ex-homossexuais têm quase a mesma opinião sobre as causas da homossexualidade: a maioria dos homossexuais teve problemas na área familiar.
Muitos tornaram-se homossexuais pela falta de referência saudável dos pais, falta de afetividade e toques físicos, ausência de exemplo paternal sadio, inversão de papéis dos mesmos (mães dominadoras e superprotetoras e pais apagados ou indiferentes), moralismo excessivo ou ausência de educação sexual, separação dos pais e violência no lar.
O psicólogo americano Gary Collins acredita que o fator de maior influência é, no entanto, o que envolve pais e filhos. Ele afirma: “Teorias psicanalíticas afirmam que a homossexualidade afeta os homens criados em famílias onde o pai é uma figura passiva e ineficaz, enquanto a mãe é dominadora. A mãe ensina sutilmente o filho a ser passivo e dedicado a ela. Ele não tem um exemplo masculino forte a seguir e logo descobre que é menos competente que os companheiros para relacionar-se com as meninas. O filho perde então a confiança em sua masculinidade e teme a idéia de intimidade com mulheres. As filhas em tais famílias sentem que os pais são pouco amigáveis ou as rejeitam e elas têm então pouca oportunidade para relacionar-se com homens realmente masculinos, associando-se melhor com as mulheres. Esta explicação é a causa mais comumente aceita e melhor documentada para a homossexualidade”.
Além de lares disfuncionais, algumas experiências na infância e adolescência levaram pessoas às práticas homossexuais: experiências sexuais - satisfatórias ou não - com pessoas do mesmo sexo (colegas, primos, parentes); medo; insegurança; a própria escolha de praticar a homossexualidade e abuso sexual na época da formação da identidade sexual. Segundo informações de líderes de ministérios com ex-homossexuais nos EUA, 85% das mulheres lésbicas que buscam ajuda, sofreram algum tipo de abuso e entre 50 e 60% de homens homossexuais sofreram abuso sexual.
É importante ressaltar que muitos envolveram-se na homossexualidade, também, devido a rótulos que receberam: “Você é gay!”, “Sua bicha louca!”, “Mulher-macho, sapatão!”, “Você é bicha mesmo e não tem jeito!” etc. Ouvir tudo isso é forte e doloroso demais para crianças e adolescentes. Com certeza esses rótulos marcam suas mentes e emoções. E, como a maioria não tem um lar amigável (onde os pais mantém constante diálogo com os filhos e os orientem com amor), acaba acreditando nas mentiras que lhes são ditas e assimilam psicológica e emocionalmente os tais rótulos (Tiago 3:5-9).
 
3 O QUE MUDOU NO DECORRER DOS TEMPOS
A proibição bíblica contra o ato homossexual — “com homem não te deitarás, como se fosse mulher: é abominação” (Levítico 18.22) — mantém-se intacta. O que mudou no decorrer dos tempos é que não se aplica mais o castigo de morte por apedrejamento. Por que a Torá proíbe categoricamente as relações homossexuais? Primeiro por elas serem antinaturais, contrariando a própria anatomia dos sexos, visivelmente concebida para as relações heterossexuais. Além disso, o ato homossexual obviamente não leva à procriação, que é uma das principais funções — embora não a única — da sexualidade humana. Mais ainda, a homossexualidade é uma ameaça à instituição da família, que constitui um dos principais alicerces da continuidade judaica.
É importante, entretanto, fazer uma nítida distinção entre o ato homossexual e o homossexual como ser humano. Sem entrar na polêmica de o ato ser ou não ser uma “perversão”, uma “disfunção” ou uma “anomalia”, acreditamos que o indivíduo tem de ser aceito pela sociedade, independentemente de suas tendências sexuais serem aprovadas ou condenadas. Aceitar não equivale a justificar ou incentivar. O que se pretende é integrar o homossexual na comunidade e não aliená-lo.
O dever dos cristãos em geral, é estender a mão àqueles que se sentem marginalizados, manter a lei e, ao mesmo tempo, mostrar compaixão.
 
4 UMA VIDA DETERMINADA ANTES DO NASCIMENTO
Essencialmente, a sociedade tem duas visões da homossexualidade. A visão tradicional diz que homossexualidade é uma aberração, que a orientação é desordenada e o comportamento é patológico. A visão oposta é a de que a homossexualidade é uma variante normal na condição humana, que é determinada antes do nascimento, e o comportamento homossexual é natural para aqueles orientados dessa maneira. A comunidade homossexual tem tido muita sorte em ganhar aceitação pelo segundo ponto de vista. Esta visão, contudo, repousa em um número ímpar de premissas questionáveis, as quais, se falsas, levam-nos de volta às visões tradicionais.
“A homossexualidade é geneticamente, ou de outra forma, determinada, antes do nascimento”, essa é a linha básica para muitos com respeito à homossexualidade.   Quase sem exceção, esta é a crença daqueles da igreja que advogam a sua aceitação. Eles nascem assim, não podem mudar, e então a atitude caridosa que se deve ter é a de ajuda-los aceitar sua homossexualidade.
A comunidade homossexual está muito empenhada em fazer a sociedade aceitar essa visão. O movimento dos direitos dos homossexuais é na verdade um movimento de “aceitação homossexual”.  Como um povo sempre sujeito ao escárnio, ridículo, ódio e rejeição, eles desesperadamente querem ser aceitos como “normais”.
Fazer as pessoas acreditarem que uma certa proporção da humanidade é nascida homossexual legitimaria a homossexualidade como nada mais poderia fazer. “Nascer homossexual é exatamente como nascer canhoto ou ruivo. É uma variante normal na espécie humana”. Quem não preferiria ser visto dessa forma do que ser rotulado de “pervertido”?  Quais são as provas quanto à homossexualidade ser genético, ou hormonal, ou de outra forma predeterminado biologicamente? A princípio, devemos afirmar que o grosso das provas disso deve residir com aqueles que tomam a posição de que a homossexualidade é inata. Quanto a isto, os que advogam a “normalidade” da homossexualidade falham muito. Eles quase sempre falam em termos gerais, usando expressões como “muitos acreditam”, ou “pesquisas recentes revelaram”. Mas quando se pergunta quem são os “muitos”, ou onde estão as pesquisas, eles se esquivam.
Nada verdade, nada há que tenha sido publicado e recebido ampla aceitação nas comunidades científicas e médicas que indique que a homossexualidade é primariamente uma condição genética ou determinada antes do nascimento. O que dizem os especialistas, o que se especializaram nos campos da sexualidade ou homossexualidade humana? Essas são as visões que deveríamos buscar nesse caso específico, e não aquelas que têm um interesse a promover ou um estilo de vida a proteger. “Qualquer que seja a possível contribuição não-aprendida de fontes constitucionais, a identidade psicossexual da criança não é registrada, sem aprendizagem, no código genético, no sistema hormonal ou no sistema nervoso ao nascer (John W. Money, Doutor, Professor na Escola de Medicina John Hopkins, e Diretor do Instituto de Pesquisa Psicohormonal)”.
Um psiquiatra que tem escrito e aflado bastante sobre o assunto da homossexualidade, Dr. Charles W. Socarides, da Faculdade de Medicina de Albert Einsten de Nova Iorque declarou: ”Homossexualidade, a escolha de um parceiro do mesmo sexo para o prazer do orgasmo, não é inato. Não há ligação entre instinto sexual e a escolha do objeto sexual. Tal escolha do objeto é aprendida, portanto trata-se de comportamento adquirido; não há propensão inata geneticamente cunhada com respeito à escolha de um parceiro, tanto do mesmo quanto do outro sexo”.
Outro especialista que já escreveu muito é George Rekers, Doutor, Professor de Neuropsiquiatria e Ciência Comportamental da Universidade da Carolina do Sul, Departamento de Medicina. Sua visão: “Atualmente, podemos concluir tentativamente que a principal fonte para o desvio do comportamento sexual e de gênero é encontrada no aprendizado social e nas variantes do desenvolvimento psicológico, embora devamos reconhecer que ainda permanece a possibilidade teórica de que anormalidades biológicas poderiam contribuir um fator de vulnerabilidade potencial de alguma forma indireta”.
Argumentos do tipo “natureza” são sempre difíceis, já que o homem é uma criatura complexa. Se estamos discutindo alcoolismo, comportamento criminoso ou homossexualidade, pode ser que seja impossível comprovar a causa de qualquer forma de comportamento ou de qualquer identidade simplesmente utilizando o método científico ou as regras  da lógica. Mas o consenso geral dos especialistas da área é de que a homossexualidade é primariamente comportamento aprendido, e se houver qualquer elemento genético, é quase certo que não passe de uma contribuição menos significativa.
Se a homossexualidade é, na verdade comportamento aprendido, então há a possibilidade de que possa também ser desaprendido. De fato, há cada vez mais provas de que um número considerável de pessoas estão experimentando verdadeiras mudanças.
 

4.1 DESVIO DE COMPORTAMENTO
Esta posição é a mais defendida por psicólogos cristãos. Acredita-se que a homossexualidade é um comportamento aprendido, mas que não deixa de ser um desvio de comportamento. Collins faz uma distinção muito interessante: diferencia entre homossexualidade manifesta (quando se pratica atos homossexuais) e homossexualidade latente (quando existe a atração pelas pessoas do mesmo sexo, mas não há prática, às vezes há até uma negação destes sentimentos). No primeiro caso, seria considerado pecado, pois em vários pontos da Bíblia o comportamento homossexual é condenado. No entanto Collins (1980) afirma que em nenhum lugar da Bíblia é condenada a orientação ou tendência homossexual, apesar de fomentar devaneios, pensamentos e fantasias homossexuais poderá levar o indivíduo a cair no pecado da lascívia, da mesma forma como acontece com heterossexuais.
Do homossexual se exige a castidade, da mesma forma que o é exigido dos heterossexuais não-casados. Portanto, o foco da condenação deixa de atingir a pessoa como pessoa e passa a incidir sobre seus atos ou comportamento, sobre os quais a pessoa tem bem mais controle.
Collins (1980) faz mais uma distinção: ele identifica os homossexuais circunstanciais, aqueles que escolhem um comportamento homossexual temporariamente porque parceiros sexuais do sexo oposto não estariam disponíveis (por exemplo: encarcerados). Dentro desta perspectiva, afirma-se que não há uma única e clara causa da homossexualidade. Diante dos estudos científicos, não se pode apoiar a idéia de que a homossexualidade tenha base genética, como se acredita popularmente. Resta pensar que tal prática seja aprendida e há várias teorias sobre como isto se passa:
 Relacionamentos pais/filhos: onde a mãe é muito dominadora e o pai omisso ou ausente. A mãe ensina o filho a ser passivo e completamente dedicado a ela. Não tendo uma figura masculina forte com a qual se identificar, ele começa a perceber sua menor habilidade em lidar com as moças, perde a confiança na sua masculinidade e adquire um pavor a relacionamentos íntimos com mulheres. Filhas em tais famílias percebem o pai como sendo ameaçador ou rejeitador e acabam por ter poucas oportunidades de se relacionar com homens realmente masculinos: descobre que se relacionam melhor com mulheres. Esta, embora a melhor e mais aceita explicação para a homossexualidade, não é totalmente abrangente. Nem todos os casos podem ser explicados assim e há filhos em tais situações que não se tornaram homossexuais.
 Outros relacionamentos familiares: a) as mães desconfiam das mulheres e ensinam isto aos filhos; b) as mães desconfiam dos homens e ensinam isto às filhas; c) um filho vive somente com mulheres e aprende a agir e pensar como elas; d) os pais que queriam uma filha, ganharam um filho e criam-no como filha, e vice-versa; e) o filho é rejeitado pelo genitor de mesmo sexo e sente-se inadequado no seu papel sexual; f) os pais são temerosos quanto ao sexo e passam para dele uma visão distorcida para os filhos; g) a mãe é tão indulgente que o filho não consegue se libertar do vínculo e se convence de que nunca alguém vai poder se comparar a mãe (muito comum no filho). E assim por diante.
 Medo: muitos temem o contato heterossexual por não terem tido contatos freqüentes com o sexo oposto ou haverem vivido situações traumáticas envolvendo pessoas do sexo oposto (estupro, por exemplo). Alguns autores salientam que grupos religiosos podem estar até contribuindo para o desenvolvimento de relacionamentos homossexuais na medida em que proíbem o contato e interação social entre os dois sexos, principalmente entre jovens.
 Escolha consciente de comportamento homossexual: muitas pessoas hoje em dia estão experimentando relacionamentos homossexuais por curiosidade ou como uma tentativa de mostrar que são “liberadas” e sem preconceitos. Outras, cuja história de vida as tornam vulneráveis, uma experiência homossexual eventual leva a outra até que se estabelece um padrão de comportamento permanente.
 

4.2 POSSESSÃO DEMONÍACA
Este enfoque diz respeito à perspectiva da homossexualidade como sendo causada por demônios. Parte-se do pressuposto de que os demônios existam ainda hoje e que sua existência seja capaz de explicar muitos dos problemas que as pessoas enfrentam. “Espíritos demoníacos podem invadir e viver nos corpos humanos ao habitarem a pessoa, eles obtêm uma maior vantagem sobre ela... quando os demônios habitam uma pessoa, ela “tem” ou “fica com” demônios, ou fica “possuída” por demônios (Hammond & Hammond, 1973).
Em resumo: 1) há demônios; 2) eles podem invadir as pessoas; 3) algumas correntes dentro do cristianismo admitem a possibilidade de também cristãos poderem tê-los (mesmo que não possam ser possuídos por eles), enquanto que outras correntes não admitem, visto que o “corpo é o templo do Espírito Santo” (1Coríntios 6:19) e não poderia haver comunhão ou habitação entre a luz e as trevas, num mesmo corpo. Segundo algumas correntes, vemos que a homossexualidade poderia ser causada pela presença de demônios no corpo da pessoa. O demônio da homossexualidade causaria tal comportamento. Desta forma, a causa seria espiritual e não uma formação emocional ou psicológica. Sua relação também teria que ser de origem espiritual.
      
 

4.3 ESTILO DE VIDA ALTERNATIVO
Possivelmente para a surpresa de alguns cristãos, esta perspectiva não só existe como é muito defendida, especialmente nos Estados Unidos e Europa. Baseia-se na idéia de que não haveria condenação bíblica para uma relação homossexual monogâmica e duradoura, dentro do contexto de amor, cuja contrapartida seria o casamento heterossexual.
Biblicamente, a defesa desta posição depende das seguintes afirmações (posições de Scanzoni & Mollenkott, 1980), que para nós cristãos são anti-bíblicas:
 Quanto à história de Sodoma e Gomorra, cidades que foram condenadas ao juízo de Deus pelas suas perversidades (Gênesis 19), daí vem a palavra sodomia, os focos da condenação seriam basicamente dois: a) o desejo de praticar atos homossexuais violentos (um tipo de “curra”) com os hóspedes de Ló, por parte dos moradores da cidade; b) falta de hospitalidade para com os forasteiros.
 As condenações descritas em Levítico 18:12 (“um homem não deve se deitar com outro homem como se fosse com mulher”) fazem parte do Código de Santidade dos antigos israelitas. Se fôssemos obedece-lo ao pé da letra em toda a sua extensão, teríamos também que obedecer a outras prescrições: a mulher não deveria se vestir com roupa de homem, nem usar cabelo curto; deveria abster-se de relações sexuais durante a menstruação, não usar tecidos de fios misturados, não comer carne mal passada, etc. Assim, essas prescrições de caráter sexual precisam ser compreendidos como um dos expedientes para se manter o povo israelita separado das outras nações (muitas religiões dos povos vizinhos incluíam a prática homossexual nos seus ritos de fertilidade) como forma de evitar todo tipo de idolatria e suas práticas.
 Uma explicação sobre a passagem de Romanos 1 e sobre o que seria natural ou não natural, o contexto social da época e o uso de algumas palavras do grego original cuja compreensão, para as autoras, é muito discutido. Salientam, no entanto, que a conversão é necessária para todos os que querem entrar no Reino de Deus; só que essa experiência não apaga automaticamente a orientação homossexual nem tampouco a transforma milagrosamente numa orientação heterossexual. Todos (homossexuais e heterossexuais) têm de lidar com a velha natureza. Nestes estudos há os homossexuais que não são pessoas perturbadas e acabam por defender a posição de que, em vez de ser uma neurose ou algo destrutivo, a homossexualidade pode ser considerada como uma variação sexual. Assim como há heterossexuais que estão bem integrados à sociedade, há homossexuais (“casados”) que estão e que vivem de uma forma duradoura e saudável há anos. Ainda mais, a Igreja não deve discrimina-los. Existem, inclusive as Igrejas Comunitárias Metropolitanas, que congregam especificamente os homossexuais, afirmando ser preciso haver um lugar onde tais pessoas possam adorar a Deus sem serem discriminados como costumam sê-lo nas Igrejas tradicionais. Defendem a posição de que se possa ser cristão e homossexual, não havendo de mudar de orientação, mas deve-se evitar a promiscuidade e sexo casual, mantendo relações duradouras, tipo casamento, com um único parceiro.
 
5 GRANDES MITOS ACERCA DA HOMOSSEXUALIDADE
Afinal de contas, o que causa a homossexualidade? Fatores genéticos, escolha pessoal, ou fatores do meio? É possível deixar a homossexualidade?
Muitas igrejas e boa parte de nossa sociedade estão encaminhando-se em um novo curso pela forma como estão lidando com a homossexualidade. Motivadas por compaixão e por um desejo de serem abertas e tolerantes, estão aceitando o estilo de vida homossexual como nunca antes na história. É óbvio que devemos combater todo tipo de perseguição ou discriminação contra pessoas que apresentam orientação homossexual; tal atitude é correta e consistente com tudo aquilo que valorizamos em uma sociedade democrática – e mais ainda, consistente com aquilo que cremos como Cristãos. Todos nós fomos criados à imagem de Deus; igualmente todos nós fracassamos em atingir os padrões divinos; da mesma forma Jesus Cristo veio para salvar todos os que aceitam Seu sacrifício por nós – não importando qual seja sua orientação sexual. Por outro lado, a aceitação do indivíduo nunca significou que tenhamos que aceitar ou endossar tudo aquilo que tal indivíduo pratica. Independente de estarmos tratando de nossos filhos, vizinhos ou amigos, há ocasiões em que as pessoas que amamos fazem coisas com as quais simplesmente não podemos concordar ou aprovar. No entanto, muitos da comunidade homossexual exigem não apenas que os aceitemos como pessoas, mas também que aceitemos e aprovemos a homossexualidade, exigem que declaremos que trata-se de algo aceitável e correto, e que eventualmente reconheçamos que os relacionamentos homossexuais sejam equivalentes ao casamento heterossexual.
Muitas pessoas desejosas de manifestar compaixão à “pessoa homossexual ou lésbica” tem aceito este tipo de raciocínio. Creio que isto deve-se ao fato de que a ponte entre o indivíduo e o seu comportamento é característica de muitos dos mitos modernos sobre a homossexualidade. A cultura ocidental tem adotado uma posição quanto à homossexualidade que não tem precedentes na história da humanidade.  Isto deve-se ao fato de que passamos a considerar os que praticam a homossexualidade como pessoas “diferentes”, que teriam nascido homossexuais, sem outras opções de vida, tudo isto somado ao contexto da revolução sexual radical dos últimos 30 anos. Muitos livros têm sido escritos tratando das teorias sobre as causas da homossexualidade, sobre a possibilidade de mudança, etc. No entanto, a maioria das pessoas não têm interesse em aprofundar-se nestes estudos. Porém, mesmo uma análise superficial destes assuntos revelam que muitas de nossas opiniões sobre os mesmos baseiam-se em nada além de mitos, e que com a remoção de tais mitos podemos passar a considerar os termos da homossexualidade, que tem causado tanta polêmica na sociedade e na igreja, com maior objetividade.
 
5.1 O MITO DO INDIVÍDUO HOMOSSEXUAL
Uma pessoa homossexual ou lésbica é alguém cuja atração sexual e romântica primária é dirigida para pessoas do seu próprio sexo.  Esta é a definição básica do que é a homossexualidade. E o conceito do indivíduo homossexual é algo bastante recente (século 19). No entanto, é absurdo definir uma pessoa primariamente a partir de suas atrações sexuais. Tais atrações são apenas uma pequena parte do que somos. Esta definição do indivíduo por sua atração sexual é tão errada quanto definir alguém pela cor de sua pele. Inclusive a comunidade homossexual é a primeira a salientar que com exceção de tais sentimentos sexuais e emocionais, eles são como todas as demais pessoas. Homens e mulheres envolvidos na homossexualidade apresentam estudos que indicam que a constituição psicológica destas pessoas não é diferente dos heterossexuais. O conceito do “indivíduo sendo homossexual” tem servido às pessoas que não apenas rejeitam o comportamento homossexual, mas que também rejeitam as pessoas que praticam tal comportamento. Ironicamente, este conceito do “indivíduo homossexual” também foi adotado pelos membros da comunidade homossexual, que por motivos políticos, assim como por razões de poder pessoal, desejam criar solidariedade entre homens e mulheres que sentem atrações homossexuais. Estas duas motivações são igualmente errôneas. “Em todo indivíduo normal, quer masculino, quer feminino, encontram-se vestígios do aparelho genital do outro sexo. Estes persistem sem função, como órgãos rudimentares, (ex: mamilos masculinos), ou modificam e exercem outras funções (ex: clitóris). ”Entendemos então que a disposição bissexual está relacionada com a inversão. Também deduzimos que casos de inversão são distúrbios que afetam o “instinto” (ou padrão) sexual no curso de seu desenvolvimento.
 

5.2 O MITO DA CAUSA GENÉTICA
Os debates em torno das causas da homossexualidade, assim como os debates sobre outras formas de comportamento provavelmente jamais serão resolvidos. Assuntos relacionados com o porque faço o que faço, ou caso posso ou não fazer o que faço de outra maneira, são temas que tem base filosófica ou religiosa, que dificilmente podem ser explicados cientificamente. Seres humanos são complexos, não podemos colocá-los em tubos de ensaios e realizar experiências para provar nossas teorias. Apesar disso, devido à constante insistência por parte daqueles que desesperadamente querem crer que há uma causa genética para a homossexualidade, muitos acreditam que já existam provas destas causas genéticas, e que as mesmas são amplamente aceitas pela comunidade científica. Mas isto é totalmente falso. Vejamos porque: Todos os anos surgem novos estudos que pretendem demonstrar a existência de causas pré-natais para a homossexualidade. Entre estes estão o estudo do hipotálamo (Lê Vey), o estudo com gêmeos (Bailey e Pillard) e o estudo dos cromossomos (Hamer-NIH). Cada um destes estudos, assim como os que os antecederam, foram amplamente divulgados pela mídia. No entanto, nenhum deles podem ser reproduzidos em pesquisas posteriores. Curiosamente, cada um destes estudos foi conduzido por um pesquisador homossexual. É óbvio que a orientação sexual do pesquisador não invalida o estudo, mas por quê 97% dos pesquisadores heterossexuais não conseguiu reproduzir qualquer um destes estudos? Além disso, tem sido provado que a maioria destes estudos contém graves erros; no caso do estudo com gêmeos, uma versão inglesa posterior produziu resultados totalmente diferentes.

5.3 O MITO DA NATUREZA PERMANENTE
Um estudo publicado na revista “Pediatrics” (Pediatria, 1992) revelou que 26% das crianças com idade de 12 anos demonstram incerteza quanto à sua sexualidade. Esta porcentagem cai para 5% por volta dos 17 anos, com uma média geral de incerteza envolvendo todas as faixas etárias de cerca de 10.7%. Já que a população homossexual perfaz menos do que 3% da população geral, conclui-se que a grande maioria destas crianças manifestará orientação heterossexual. Ou seja, na infância nossa sexualidade é bastante fluida. Apesar do fato de que em 1973 a Associação de Psiquiatria Americana retirou a homossexualidade de sua listagem de desordens (DSM III), muitos terapeutas profissionais continuam tratando de pessoas com tendências homossexuais e que desejam mudar, e tem obtido excelentes resultados. Máster & Johnson relataram um índice de sucesso de 71.6% após verificação durante seis anos. Mayerson & Lief experimentaram um índice de 47% de sucesso com verificação durante 4 anos. Gerard Van Den Aardverg descobriu que entre 101 clientes, 65% deles experimentaram mudança “radical” ou “satisfatória”. Em mais de 150 ministérios Cristãos como Regeneração em várias partes do mundo milhares de homens e mulheres que estão insatisfeitos com sua homossexualidade estão experimentando mudanças significativas em seu comportamento, em sua identidade, assim como em sua atração sexual. Qualquer consideração séria e honesta da homossexualidade necessariamente envolveria uma investigação séria das afirmações de tais grupos. Infelizmente, tais investigações raramente ocorrem, em especial por parte das pessoas da igreja que já estão predispostas a aceitar a homossexualidade.
 

5.4 O MITO DA COMPREENSÃO E DO NOVO CONHECIMENTO
Os que defendem a aceitação da homossexualidade freqüentemente falam de forma vaga sobre novas informações, ou sobre novos conhecimentos que deveriam fazer com que reconsiderássemos nossas atitudes quanto à homossexualidade. Em geral desafio tais pessoas para nos explicar quais são estes novos conhecimentos ou informações. Com exceção do conceito da “pessoa ou indivíduo homossexual”, para o qual não há absolutamente qualquer prova, nunca recebi resposta para minha pergunta. E você, já recebeu?  
 
5.5 O MITO DA NATUREZA BENIGNA DA HOMOSSEXUALIDADE
Discorrer extensivamente sobre as estatísticas sobre a promiscuidade, doenças, vícios em álcool e drogas na comunidade homossexual pode parecer um ataque contra este grupo (e com freqüência é). No entanto, a recusa em encarar tais estatísticas representa uma perigosa negação. É fato comprovado que o estilo de vida homossexual aumenta enormemente as chances de se contrair enfermidade séria ou morte prematura. Um estudo recente de 5.000 obtuários de jornais homossexuais revelou que a idade média por ocasião da morte era de 41 anos. É verdade que muito disto é decorrência da AIDS, mas não tudo.  Os homossexuais contabilizam 80% das doenças graves sexualmente transmitidas nos Estados Unidos. Os homens homossexuais são seis vezes mais propensos ao suicídio do que homens heterossexuais. Um estudo revelou que entre 25 e 33% de homens e mulheres homossexuais são alcoólatras. Uma das maiores razões pela natureza destrutiva da vida homossexual é a tendência para a promiscuidade, e até mesmo comportamento compulsivo, entre homens homossexuais. Poucos estudos, mesmo na era da AIDS, mostram homens homossexuais tendo menos do que 50 parceiros sexuais em sua vida. Um estudo do Instituto Kinsey revelou que 43% dos homens homossexuais estimam que tiveram mais do que 500 parceiros, e 28% que tiveram além de 1.000 parceiros. Mais da metade dos participantes desta pesquisa revelaram que não conheciam a maioria dos seus parceiros antes de sua relação sexual. A resposta a estas estatísticas é sempre que tudo isto é culpa da sociedade. Afirmam que caso a sociedade sancionasse e apoiasse relacionamentos homossexuais onde os parceiros são comprometidos um com o outro, tudo isto não aconteceria. Mas a História não confirma esta afirmação. O grande aumento na aceitação da homossexualidade nos últimos 20 anos não indica isto, tampouco o faz a demografia. Os locais onde a homossexualidade é mais aceita são também os locais onde os índices de doenças transmitidas homossexualmente são maiores. Se tudo isto que qualifiquei como mitos fosse realmente verdade – que homossexuais são realmente pessoas diferentes, nascidas para serem homossexuais, sem chances de mudança; e caso realmente não houvesse nada de errado com a homossexualidade – então, pelo menos do ponto de vista secular poderíamos aceitar o comportamento homossexual e afirmar os relacionamentos homossexuais. Porém, se realmente nenhum destes mitos é fato que pode ser comprovado, então estamos caminhando numa direção terrivelmente perigosa, condenando o indivíduo com atrações homossexuais a uma vida limitada, cercada por afirmações que podem tratar-se de falsas crenças. No caso dos homens, isto pode significar o confinamento em uma vida extremamente perigosa. Além disto, ao aprovar tal estilo de vida, comunicamos uma mensagem confusa aos nossos filhos, especialmente àquele número significativo que está passando por aquele período de instabilidade em sua identidade sexual. Finalmente, ao apoiar a noção do “indivíduo homossexual” e afirmar os relacionamentos homossexuais, somos obrigados a redefinir os conceitos de “família”, justamente em um momento histórico quando a fragilidade da família tem sido a origem da maioria dos graves problemas sociais contemporâneos.
No entanto, o que talvez seja mais espantoso – e trágico – é que este direcionamento de conceitos não está ocorrendo apenas no mundo secular, mas também na igreja, onde muitos tem aceito totalmente estes mitos como sendo verdadeiros, estando dispostos até mesmo a abandonar os ensinamentos históricos da igreja e da fé com respeito à sexualidade humana. Eu cresci experimentando fortes atrações homossexuais desde muito cedo em minha vida. Contudo, também cresci em um meio cultural e envolvido em uma igreja Episcopal onde ensinavam que a prática de tais tendências era errada. Por muitos anos lutei para não praticá-las – muitas vezes sem sucesso. Apesar de minhas lutas, nunca aceitei uma identidade como homossexual, mas procurei viver da melhor forma possível como um homem cristão. Sou eternamente grato a Deus por não ter aceito nenhum dos mitos que descrevi neste texto. Do contrário, graças ao meu lar e a igreja onde cresci, desde cedo senti um grande desejo de conhecer a Deus, desejo que jamais me abandonou. Eventualmente – 20 anos atrás – cheguei àquela  ponte onde estava disposto a entregar todos aqueles sentimentos e desejos a Deus; a partir de então iniciei uma jornada de mudança. Através de Regeneração, e de outros ministérios semelhantes, milhares de homens e mulheres tem feito esta mesma jornada. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (João 8:32)”.  
 
5.6 HERMAFRODITA E HOMOSSEXUALIDADE
Quem chega a levantar esse tipo de argumento já provou que não entende nada de homossexualidade, menos ainda de hermafroditismo. Hermafrodita é a pessoa que nasce com duas genitálias, ou seja, pênis e vagina. Essa anomalia se dá na formação do feto, mais especificamente na hora de definir o sexo do bebê. Mas, preste muita atenção: apesar de o bebê nascer com, aparentemente, dois órgãos sexuais, ele só manifestará uma prevalência sexual (no hermafrodita uma genitália é falsa e outra é verdadeira). E será justamente essa prevalência, somada aos exames médicos sobre sua constituição orgânica que definirão qual dos dois sexos deverá ser operado e inutilizado. Na maioria das vezes só o órgão correspondente à sua verdadeira sexualidade nasce no tamanho normal. O outro é atrofiado. Muitas vezes, definida a sexualidade daquela pessoa, ela exercerá apenas o seu papel sexual de homem ou de mulher - nunca os dois. Como esses casos são raríssimos e não justificam a homossexualidade nem mesmo na vida dos portadores dessa anomalia, é tolice querer justificar o comportamento homossexual/lésbico de milhares de pessoas fisicamente saudáveis utilizando tal argumento.

6 A CRISE DA VERDADE
Por que é difícil deixar a homossexualidade? Vários eventos levaram-me a compartilhar os motivos pelos quais creio que certas pessoas parecem não receber ajuda de ministérios de apoio àqueles que enfrentam luta com a homossexualidade. O fato de maior motivação para esse trabalho foi a leitura do livro de Jeffrey Satinover, “A homossexualidade e a Política da Verdade”. Eu fortemente recomendo este livro, pois oferece uma importante discussão e dados que o mundo secular evita, seja de propósito ou por ignorância sobre o assunto. No capítulo 13, o qual é entitulado: “Tratamentos Cristãos”, o Dr. Satinover afirma que “sempre haverá pessoas que procurarão mudança para suas vidas, porém sem sucesso, mesmo após muitos anos de esforços. Até mesmo de forma compreensível a nós, alguns destes indivíduos adotam uma postura ativista homossexual bastante visível, e tornam-se hostis em relação aos ministérios que abandonaram, pois acreditam que os mesmos os tenham enganado ou iludido”.
Tenho conhecido alguns que não foram capazes de lidar com o processo de saída da homossexualidade e voltaram a envolver-se no velho estilo de vida. No entanto, entendo como eles se sentem, pois sei quão longo e penoso tal caminho pode ser. Todavia, tenho dificuldade em sentir simpatia por aqueles que tornam-se ruidosamente militantes contra ministérios de apoio aos que lutam com a homossexualidade, após terem feito parte de tais ministérios. O fato é que a afirmação de que a mudança desejada não aconteceu em suas vidas pode ser resultado de suas próprias escolhas. Além disso, a afirmação de que tais ministérios não funcionam em geral não leva em consideração os muitos homens e mulheres que prosseguiram e venceram seus desafios, tendo-se tornado capazes de experimentar segurança em sua identidade heterossexual. Parece-me que para justificar sua escolha, aqueles que deixaram os ministérios de ajuda e tornaram-se militantes necessitam desacreditar os outros que persistiram na jornada. Procurei focalizar a atenção naquilo que creio constituir as razões básicas pelas quais os ministérios de ajuda parecem não poder ajudar alguns homens e mulheres. Não tenho a intenção de jogar vergonha ou condenação sobre aqueles que abandonaram os ministérios de ajuda; pelo contrário, desejo compartilhar o que creio tratar-se de algumas condições fundamentais para todo aquele que está passando pelo processo de mudança.
 
7 A POSIÇÃO CRISTÃ COM RELAÇÃO À HOMOSSEXUALIDADE
Quando considero o assunto homossexualidade, imediatamente penso na teologia da sexualidade humana, da ética sexual cristã, de assuntos de alçada da Igreja e nos muitos objetos correlacionados de princípios e teologia. Entretanto pensar em homossexualidade é pensar também em gente.
Penso em Fred, que foi assediado durante a puberdade por um irmão mais velho. Depois do fato, atirou-se por seis anos na pior e mais promíscua sub-cultura homossexual. Não tinha atração por mulheres. Quando foi chamado por Cristo, imediatamente abandonou o comportamento homossexual em simples obediência àquilo que considerou o chamado de Deus. Após alguns anos de duro discipulado e crescimento espiritual, Fred considerou-se chamado por Deus para casar-se. Sua noiva, Debbie, conhecia toda a sua problemática anterior. Apenas ao final de seu noivado, já próximo ao casamento, Fred começou a sentir atração sexual por Debbie. Hoje, após quatorze anos de casamento, muita oração e aconselhamento, Fred está curado de suas inclinações homossexuais. Já não tem atração por homens, sente-se normalmente atraído pela esposa e sabe que sua homossexualidade tinha raiz no desesperado desejo de amor e afirmação advindas de seu relacionamento com o pai, além de profunda insegurança e dúvidas quanto à própria masculinidade.
Penso também em Mark, cristão, solteiro e negociante por profissão. Sempre soube de suas inclinações homossexuais desde que se conscientizou de sua sexualidade. Na casa do vinte, Mark esporadicamente demonstrava seus sentimentos homossexuais em livrarias de adultos e lavatórios públicos. Hoje recorda-se dessas experiências com um misto de vergonha, nojo e lascívia. A profundidade do compromisso dele com Cristo e o custo do seu discipulado muito me impressionaram. Mark não tomou qualquer atitude com relação à sua homossexualidade por mais de quinze anos. Porém sua dor é muito grande. Ele constantemente se sente como que vivendo seus últimos anos na igreja, uma igreja que não sabe como se relacionar com os solteiros, uma igreja que se enoja com a simples idéia de alguém ser homossexual, uma igreja na qual ele é questionado a todo o momento das razões pelas quais não se casa, uma igreja na qual ele almeja companheirismo, mas na qual as chances de verdadeira honestidade são poucas e distantes.
Qual é a posição cristã sobre a homossexualidade? Por que este assunto é tão importante? E como devemos nos comportar em relação às nossas respostas? Quando perguntamos por quê consideram o comportamento homossexual como errado, muitos cristãos sinceros simplesmente dizem: “Porque a Bíblia assim o diz!”. De fato, a Bíblia condena atos de homossexualidade em todas as suas menções. Porém, muitos cristãos encontram-se despreparados para defenderem textos bíblicos de serem alterados por um revisionismo de irrelevantes, ou mal interpretados. Não se engane: o testemunho bíblico contrário ao comportamento homossexual pode apenas ser neutralizado por interpretação errônea e grosseira da Bíblia, ou se a pessoa se houver apartado da visão mais elevada da Escritura.
A sexualidade se aplica a todos, homossexuais e heterossexuais, homens e mulheres, adultos e crianças, enfim, todos nós. Para se ter uma verdadeira visão cristã da nossa sexualidade, temos que considerar vários fatores em boa ordem. Na criação fomos feitos à imagem de Deus, houve a queda e a queda distorce e arruína todas as coisas, mas não pode destruir a marca da criação. Após temos a redenção através de Cristo. Ele trabalha naqueles que o amam, redimindo-os e redimindo o mundo.
Paulo lidava com heresias que negavam a criação, exageravam a queda e distorciam a própria visão da redenção (1Timóteo 4:1-5). Os gnósticos em particular distorciam a visão de sexo, e por essa razão Paulo tentava conduzir Timóteo e seu rebanho pelo caminho da visão cristã do casamento. Os gnósticos desprezavam o casamento porque viam o sexo como algo mau. Por que motivo Deus fez o sexo e o casamento? O embasamento de Paulo é que Deus criou o casamento, e conseqüentemente o sexo. Tudo o que Deus criou é bom. Porém, tudo o que Deus criou para ser bom tem de ser limpo primeiro, porque foi lançado na lama, eis a queda. Através de Cristo o sexo pode ser redimido, e este é o objetivo da consagração. Devemos começar pela criação, reconhecer a queda e participar da redenção. Toda vez que nós, humanos, sujarmos os desígnios de Deus (fala-se do pecado em geral, não somente de homossexualidade), colheremos conseqüências negativas a longo prazo.
Relações familiares desordenadas, que deixam as pessoas confusas e incertas quanto a um profundo nível íntimo com relação à sua identidade sexual, desempenham papel importantíssimo, experiências homossexuais prematuras de sedução ou abuso sexual cometidos em tenra idade causam efeitos devastadores na sexualidade do indivíduo no futuro. Muitas lésbicas, especialmente, têm uma história na qual foram alvo de abuso sexual cometidos em tenra idade, deixando-as profundamente inabilitadas para confiar ou sentir-se confortáveis para desejar intimidade com o sexo oposto. Em Cristo, nossas identidades devem ser formadas por nossa adoção como seus filhos, e nosso caráter deve ser formado pelo cultivo das virtudes morais que Deus deseja que tenhamos.  
Os atos homossexuais são exatamente como qualquer outro pecado: violam a vontade expressa de Deus e distorcem o seu desígnio criacional. Deveria haver mais fogo de nossos púlpitos contra a cobiça, o orgulho, o racismo, a arrogância, a falta de compaixão e frieza espiritual, bem como contra a prática homossexual. Devemos apresentar o mesmo amor e compaixão de Jesus, e ao mesmo tempo proclamar destemidamente a verdade. Talvez a chave da compaixão seja colocarmo-nos no lugar da outra pessoa, apreciar a humanidade que temos em comum. Isto muitos de nós não podem ou não querem fazer. A aversão a um tipo de comportamento não é a mesma coisa que aversão à pessoa que procede de tal modo. As pessoas que estão na prática da homossexualidade querem, assim como eu, amor, respeito, aceitação, companheirismo, vidas significativas e perdão, que nas buscas de coisas certas têm um direcionamento homossexual. Portanto, por razões fora de seu controle buscam o certo de maneira errada.
Nós, a Igreja, temos a oportunidade de falar, com nossas palavras e nossas vidas, sobre o amor de Deus para com o homossexual. Se verdadeiramente os amarmos, agiremos em consonância com esse amor. Devemos começar erradicando nossas atitudes para com os homossexuais. Devemos parar com as piadas maldosas e com os insultos, pois essas coisas ferem. Devemos aprender a lidar com nossas próprias reações emocionais e decidir a amar. Devemos transformar a igreja em um lugar no qual a pessoa que sente desejo homossexual possa ser abraçada. Devemos fazer uma igreja onde um homem ou uma mulher arrependidos, possam falar sobre o desejo sexual que sentem e ainda assim receber apoio, compreensão e sinceras orações. Você estaria disposto a orar, fazer refeições, compartilhar situações da vida com uma mulher ou um homem que sente desejos homossexuais, abraçando e confortando-o? Fazemos isto freqüentemente quando comemos com glutões, fazemos compras com avarentos, cumprimentamos os orgulhosos e descansamos com os indolentes, sem nos darmos conta do fato – tal como os outros compartilham suas vidas conosco sem dar-se conta de nossos pecados escondidos. Em suma, compartilhamos a vida, sabedores ou não da homossexualidade alheia. Apenas precisamos continuar a fazê-lo conscientemente e com amor.
Devemos também falar a verdade. Se amamos verdadeiramente, não devemos nos esquivar de transmitir a visão de Deus sobre o comportamento homossexual. Não sejamos enganados - a cada dia somos rotulados como desamorosos, por causa da nossa visão da homossexualidade como imoral, mesmo quando mostramos compaixão. Não obstante, esforce-se por mostrar verdadeiro amor quando falar. A compaixão cristã não significa a aceitação do estilo de vida homossexual mais do que a infidelidade do adúltero. Quando as pessoas de inclinação homossexual seguem nosso Senhor pelo caminho estreito, devem orar e crer na mudança. Quem disser que não há esperança, ou é ignorante ou mentiroso. Todos os estudos seculares sobre mudanças têm mostrado bons percentuais de sucesso, sendo que o número de pessoas que testemunham a mudança é enorme. Há esperança de mudança substancial para muitos nesta situação, mesmo muitos tendo dificuldades em deixar este tipo de vida. Não devemos crer quando o mundo diz haver resposta fácil para tudo, mesmo quando tal coisa procede de um cristão. Há dignidade e propósito no sofrimento. O testemunho do homossexual não é invalidado pela dor e dificuldade, o cristão sabe que sempre existe um propósito mais profundo no sofrimento. Cada um de nós deve ser uma testemunha de como suportarmos nossos sofrimentos. Um testemunho cristão não é encontrado apenas na força e no triunfo, mas também em quebrantamento.  Nossos irmãos e irmãs, que deixam as praticas homossexuais, que seguem o Senhor Jesus em discipulado doloroso, têm muito o que ensinar a todo o povo de Deus. Todos nós temos muito o que aprender com a proclamação da verdade e sobre como amar aqueles cujos esforços são diferentes dos nossos. Como igreja devemos orar no sentido que nosso Pai e Criador, que nos fez seres sexuais à sua própria imagem, nos dê graça para que compreendamos o modo meticuloso e maravilhoso pelo qual somos feitos. Precisamos de ajuda para compreender, em nossos desejos sexuais, o quanto somos incompletos, ou através de nosso quebrantamento, o quanto precisamos de união em Cristo. Precisamos de uma visão para seguir a Cristo através de um discipulado de sacrifício. Precisamos aprender a respeitar o maravilhoso dom de nossa sexualidade e usa-lo de modo preconizado por Deus.  Precisamos pedir que Deus dê, àqueles que lutam com desejos homossexuais, uma medida especial de graça para serem libertos de tais paixões, e graça especial para perceberem a presença confortante do Espírito Santo de Deus ao seu lado em suas lutas e sofrimentos. Precisamos orar pedindo mais forças para proclamar a verdade. Finalmente, todos precisamos nos arrepender de nossas atitudes de arrogância, ódio e intolerância para com aqueles cujas lutas são tão dolorosamente diferentes das nossas, orientado-nos de modo a sermos o tipo de comunidade que se caracteriza por ter a graça de bem receber o pecador e o amor de nosso Senhor Jesus Cristo.
O tema homossexualidade nunca foi tão explorado pela mídia como atualmente. Na televisão, os programas de auditório recebem militantes homossexuais para entrevistas e debates sobre suas conquistas e promoção de seus eventos. Novelas e filmes também exaltam a homossexualidade. Rádios, jornais e revistas abriram-se para a questão. O assunto está sempre na ordem do dia. Os acalorados debates atravessam muitas perspectivas quando o assunto é a homossexualidade: psicológica, sociológica, ética e, a mais polêmica, a religiosa. As posturas são as mais diversas. A Igreja Evangélica, entretanto, mesmo não sendo favorável à prática homossexual, acredita que os homossexuais devem ser acolhidos, receber compaixão e ouvir a palavra de Deus. As Sagradas Escrituras prometem transformação para todo e qualquer pecador que se arrependa dos seus pecados e creia em Jesus Cristo.
A Igreja Evangélica tem uma postura bem firme quanto à questão da homossexualidade. Apesar de lançar mão de argumentos psicológicos, científicos, sociológicos e éticos, é da Bíblia Sagrada que retira o substrato para nortear sua compreensão teológica e suas ações práticas. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a Bíblia faz menção aos atos homossexuais. A primeira referência à homossexualidade está no livro de Gênesis, quando os habitantes das cidades Sodoma e Gomorra tentaram violentar sexualmente dois anjos com aparência humana. Assim a Bíblia menciona, em Gênesis 19, a exigência dos homens da cidade que tentavam invadir a casa de Ló, onde os anjos se hospedaram: “Onde estão os homens que, à noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles.” Analisando a história de Sodoma e Gomorra, o escritor Joe Dallas faz a seguinte afirmação: “Houve uma tentativa de estupro homossexual, e os sodomitas com certeza eram culpados de outros pecados além da homossexualidade. Mas, tendo em vista o número de homens dispostos a participar do estupro, e as muitas outras referências - tanto bíblicas como extra-bíblicas - aos pecados sexuais de Sodoma, é provável que a homossexualidade era amplamente praticada entre os sodomitas. Também é provável que o pecado pelo qual eles são chamados foi um dos muitos motivos porque o juízo final caiu sobre eles.”
Outra passagem do Antigo Testamento que se refere à prática homossexual, encontra-se no capítulo 19 do livro de Juízes. Os homens da cidade de Gibeá também tentaram violentar sexualmente um homem que se hospedou na casa de um velho agricultor. A passagem relata o seguinte: “eis que os homens daquela cidade, filhos de Belial, cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao velho, senhor da casa, dizendo: Traze para fora o homem que entrou em tua casa, para que abusemos dele. O senhor da casa, saiu a ter com eles, e lhes disse: Não, irmãos meus, não façais semelhante mal; já que o homem está em minha casa, não façais tal loucura. (...) Porém aqueles homens não o quiseram ouvir...” Para o pesquisador e escritor Júlio Severo não há nenhuma dúvida de que essa passagem da Bíblia também se refere à homossexualidade. Severo afirma que os judeus - por não terem eliminado de seu meio os costumes dos povos pagãos - acabaram sendo influenciados por eles e sofrendo graves conseqüências sociais e morais: “O fato é que, os costumes dos cananeus que habitavam no meio do povo de Benjamin acabaram minando toda sua resistência moral. A homossexualidade, que era comumente praticada nas religiões cananéias, foi aos poucos sendo introduzida na vida social do povo de Deus”.
“Como conseqüência, as ruas de Gibeá deixaram de ser seguras. Nelas, agora, rondavam estupradores homossexuais. Foi por isso que o velho se dispôs a acolher os viajantes em casa. Ele quis protegê-los de um eventual abuso sexual. ”Segundo Júlio Severo, os habitantes da cidade de Gibeá colocaram-se ao lado dos seus cidadãos homossexuais e sofreram graves conseqüências. Ele considera a história de Gibeá um alerta para os cristãos dos dias de hoje, pois segundo afirma, esses também são suscetíveis de abrigar o pecado em suas comunidades: “Para que toda influência homossexual fosse arrancada do meio do povo de Deus, o Senhor ordenou que os benjamitas fossem combatidos. Na guerra que se seguiu, morreram quarenta mil soldados de Israel e vinte e cinco mil de Benjamin, sem mencionar as vítimas civis, que foram em número maior.
“A tragédia moral de Gibeá é um alerta para a comunidade cristã de todos os tempos. Ela mostra que não só a sociedade secular, mas também os próprios crentes são suscetíveis de perder a aversão pelas opiniões e práticas sexuais erradas. O ex-povo de Deus de Gibeá foi destruído porque não amou a Palavra do Senhor, nem obedeceu a ela”. Há, ainda, no Antigo Testamento duas passagens muito claras a respeito da homossexualidade. São Levítico 18:22, Levítico 20:13 que dizem o seguinte, respectivamente: “Com homem não te deitarás como se fosse mulher; é abominação” e “Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles”.
Analisando as declarações acima, os teólogos John Ankerberg e John Weldon chegaram à seguinte conclusão: “todo o contexto de Levítico 18 e Levítico 20 é principalmente de moralidade, e não de adoração idólatra. Nesse caso, em Levítico 18:1-5 Deus informa aos israelitas que não devem imitar as práticas malignas dos cananeus, mas devem ser cuidadosos em obedecer às leis de Deus e seguir as Suas determinações. Deus está expulsando os cananeus, não por sua idolatria, mas por suas práticas sexuais abomináveis. Na realidade, o restante do capítulo descreve quase todas as práticas malignas como pecados sexuais: relações sexuais proibidas entre membros da família, relação sexual durante o ciclo menstrual de uma mulher, homossexualidade e depravações. O restante do capítulo consiste em advertências convincentes para não serem contaminados por tais práticas. Por isso, Deus ordena no versículo 24: “Com nenhuma destas coisas vos contaminareis.”
No Novo Testamento a homossexualidade também é abordada de forma clara em três momentos: Romanos 1, 1Coríntios 6:9–11 e 1Timóteo 1:8-11. As três referências são feitas pelo apóstolo Paulo. As principais passagens que abordam a questão homossexual, no entanto, encontram-se nas cartas do apóstolo endereçadas às igrejas de Roma e da cidade de Corinto, na Grécia. Tanto em Roma como na Grécia antiga, a homossexualidade era uma prática comum. Era, ainda, considerado imagem ideal do erotismo e modelo de educação para os jovens. Contudo, apesar da prática homossexual ser considerada normal em Roma, a homossexualidade era passivo de desonrava aos romanos, que eram educados para serem ativos, serem senhores. A posição passiva era reservada para os escravos e para as mulheres, para os quais, aliás, era um dever. A História registra que dos quinze primeiros imperadores de Roma, só Cláudio era exclusivamente heterossexual. Mas foi o imperador Júlio César que ganhou a fama, só sendo tolerado pela posição que ocupava e por suas conquistas bélicas. Dele diz-se que “era homem de todas as mulheres e mulher de todos os homens”.
A palavra lésbica vem da ilha de Lesbos, na Grécia, onde vivia uma poetisa e sacerdotisa chamada Safo. Ela iniciava mulheres na homossexualidade (daí os adjetivos lésbica ou mulheres sáficas). As palavras sodomitas e efeminados usadas em 1Coríntios 6:9 têm significados distintos: sodomita vem do pecado de Sodoma e tornou-se sinônimo universal de homossexualidade ativo (quando o homossexual faz o papel de “marido” na relação com outro homem); e efeminado é quando o homossexual faz o papel de passivo (ou seja, o de “mulher” na relação sexual com outro homem) e, também, quando tem trejeitos femininos ou gosta de vestir-se com roupas de mulher (no caso de travestis).
Esse era exatamente o contexto em que o apóstolo Paulo vivia quando escreveu a primeira referência bíblica do Novo Testamento sobre a homossexualidade, dirigindo-se à igreja de Roma. Usando a autoridade que tinha de pregador da Palavra de Deus, ele não fez distinção entre homossexualidade ativo ou passivo. Afirmou, sim, que a homossexualidade contrariava os propósitos morais, sexuais, sociais e espirituais de Deus para homens e mulheres.
Depois de afirmar que os romanos haviam trocado a verdade de Deus pela mentira, ele declarou em Romanos 1:26 e 27: “porque até as suas mulheres trocaram o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro”. John Ankerberg e John Weldon analisam essa afirmação de Paulo ressaltando que, ao contrário da interpretação de alguns simpatizantes da causa homossexual, esses dois versículos são revelações claras de que o apóstolo referia-se à homossexualidade: “Paulo está simplesmente condenando a homossexualidade em si. As definições dos dicionários para as palavras que Paulo usa - pathe aschemosune etc - claramente se referem à atividade sexual. As descrições feitas pelo apóstolo Paulo são também dignas de nota. O livro de Romanos fala de homossexuais queimando-se em lascívia uns pelos outros. No inglês, a New American Standar Version diz: queimados em seus desejos; a NVI traduz: estavam inflamados em lascívia, e a Amplified diz: estavam em chamas (queimados, consumidos) pela lascívia”.
A outra menção à homossexualidade - considerada por muitos evangélicos a mais importante da Bíblia, por mostrar que homossexualidade é um pecado como qualquer outro, mas principalmente, que homossexuais podem mudar - é encontrada na carta de Paulo dirigida à igreja de Corinto. Essa cidade pertencia à Grécia antiga onde, à semelhança de Roma, a homossexualidade era celebrada e também praticada por filósofos e poetas. Na adolescência, os rapazes gregos deixavam a casa de seus pais e se tornavam amantes de homens adultos. Corria que essas práticas sexuais faziam parte de um relacionamento afetivo e educacional em que os jovens eram ensinados a trilhar os caminhos da virilidade.
O apóstolo Paulo, porém, mesmo conhecendo muito bem a cultura da Grécia, faz uma leitura diferente do pensamento corrente na época, em 1Coríntios 6:9 a 11: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em  nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”.
Comentando essa passagem bíblica, Bob Davies e Lori Rentzel (conselheiros de um ministério de ajuda a quem está deixando a homossexualidade nos EUA) reconhecem o mesmo teor de proibição das práticas homossexuais de muitos teólogos. Eles, porém, têm uma informação relevante àqueles que acham que a Bíblia só condena os homossexuais: “há evidências bíblicas explícitas de que Deus pode transformar a vida de uma pessoa envolvida nesse comportamento. (...) Paulo conhecia antigos homossexuais na igreja de Corinto! Portanto, a mensagem de que a homossexualidade pode ser mudado não é nova; os homossexuais têm experimentado transformações desde que a Bíblia foi escrita.”
Disfarçar não adianta mais. O problema está diante de nós, dentro da igreja. O que fazer: fechar os olhos ou ser um ajudador? Com certeza este é um assunto polêmico e evitado, o que traz conseqüências trágicas. De fato existem homossexuais dentro de nossas igrejas, sejam estes assumidos ou não. Já passou da hora de falar abertamente sobre este assunto e cumprir uma das grandes missões da igreja: ajudar o escondido. De maneira alguma a igreja deve ser o exército que, na batalha, deixa os seus feridos para trás.
Quero me apresentar dizendo que não sou pastor, nem psicólogo. Sou um evangelista e ex-homossexual. Tenho 38 anos, sou casado há 6 anos e tenho uma filha de 3 anos. Converti-me a 12 anos e trabalho na recuperação de homossexuais. Eu percebo que a igreja precisa dar resposta à questão da homossexualidade. Ela tem esta obrigação, pois Jesus nos comissionou para isto. Certamente, não podemos dar todas as respostas, mas podemos nos especializar e procurar entender este assunto a fim de dar uma resposta àquele que necessita de ajuda.
Existem homossexuais com seqüelas tão profundas que a igreja deve entender que eles precisam de muito tempo para se recuperar e mudar. É impossível querer converter um travesti e dizer: "Vamos tirar as mamas, o silicone, cortar o cabelo, deixar a barba crescer...".
Certa vez um travesti me questionou sobre isto: "Eu posso cortar meu cabelo, deixar a minha barba crescer, tornar a falar como homem... Mas e lá dentro, como é que fica?" E eu respondi: "Jesus é capaz de mudar você de dentro para fora. Mas isso é um processo". Só que nós, como igreja, queremos acelerar este processo. Isso só facilita a pessoa a se mascarar ainda mais.
Na maioria das vezes, a igreja fornece respostas imediatas, como se a conversão garantisse uma mudança instantânea. Tanto a liderança da igreja, quanto o próprio homossexual querem uma mudança rápida. No entanto, é preciso conhecer, estudar e analisar o problema do homossexualismo, tal como ele é. A maioria dos evangélicos e dos pastores reconhece que não entende bem o assunto, e por isto dizem que não podem fazer muita coisa.
Questionamos que a própria igreja tem contribuído para isto, e quero ressaltar que a igreja somos nós. Logo, nós também contribuímos com esta situação. O ambiente e a mentalidade de algumas igrejas facilitam o homossexualismo. Por exemplo, algumas igrejas separam homem e mulher durante o culto...
Por vezes, percebo que a igreja tem se colocado num pedestal, acusando os homossexuais, usando a Bíblia para condená-los, não dando saída nem chances a eles. Simplesmente dizemos que eles mudam ou irão queimar no fogo do inferno. Não damos resposta no sentido do "vinde a mim e eu vos aliviarei". Assim, um homossexual fica vitimado eternamente ao fogo do inferno e acaba pensando: "Não há solução para mim". Muitas vezes a pessoa está passando por um conflito muito grande e precisa de tratamento. Se alguém lhe sugere procurar o pastor ou alguma liderança, ele não aceita por medo. Ele sabe que a igreja irá lhe repudiar e excluir, será discriminado e seus problemas se tornarão fofoca na comunidade. Todos nós sabemos que isso de fato acontece. Creio que neste aspecto, devemos aprender com os católicos sobre o segredo de confissão, que é sagrado. É preciso aprender a ouvir, entender, ser solidário, sem julgar e banir.
Precisamos nos aprofundar no assunto, a fim de dar soluções para aqueles que realmente querem mudanças. Existem muitos que querem ajuda, pois não estão satisfeitos com sua homossexualidade e pedem socorro de uma forma silenciosa.
Eu, por exemplo, fui convencido pelo Espírito Santo. Eu vivia uma vida aparentemente boa como homossexual, pois tinha feito uma opção de vida. Não via possibilidades de saída, nem queria sair. Mas o Espírito Santo de Deus foi me convencendo e me transformando. Recebi apoio e ajuda de muitas pessoas e nunca fui discriminado. Fiquei num processo de desligamento com meu caso (o parceiro com quem vivia) durante seis meses. E as pessoas não falaram mal de mim, mas compreenderam meu processo. A partir daí, tomei uma decisão responsável por mim na minha vitória e então eu também passei a acreditar. Hoje, eu louvo a Deus por ter vencido.
Se você faz parte do corpo de Cristo, faça como Jesus e socorra outros membros enfermos. Se você é um membro enfermo, creia que há solução e procure uma pessoa indicada para lhe ajudar. Deus nos abençoe para encararmos esta realidade e superarmos este desafio.
O interesse principal é alertar e capacitar o crente a ajudar os homossexuais a buscarem e que estão buscando Jesus. Temos de deixar o Espírito Santo capacitar-nos para glorificar Jesus com a salvação de muitas vidas. No centro dessa guerra estão os esforços do inimigo para manipular aqueles que se encontram oprimidos pelas lutas pessoais contra a atração que sentem por indivíduos do mesmo sexo. Usando esta vulnerabilidade, ele quer confundir e enganar os que buscam uma solução para suas inclinações. Uma de suas principais táticas é perpetuar a mentira de que Jesus Cristo é hostil aos que lutam com o pecado, ou que ele não quer ou não pode redimi-los e transformá-los.
Qual é a posição cristã sobre a homossexualidade e por quê? E como devemos nos comportar em relação às nossas respostas? Quando abordamos o tema “sexualidade” opinamos sobre uma das preciosas bênçãos de que Deus colocou na vida do ser humano. A sexualidade sempre mexeu com povos e nações independente da sua cultura, raça ou religião. E mais, ao tratar da sexualidade tocamos a intimidade de cada ser humano. Não somos criaturas assexuadas, graças a Deus!
A maneira de tratar ou enxergar a sexualidade está vinculada ao tempo em que a gente está vivendo. Está relacionada com a religião que seguimos, com seus conceitos e preconceitos.  Precisamos admitir que, no decorrer da história, líderes da igreja cristã, disseram muita asneira sobre a sexualidade. Muita bobagem já foi convencionada como correta. Proibiu-se o que Deus jamais havia proibido. Por exemplo: o casamento.
Quando considero o assunto homossexualidade, imediatamente penso na teologia da sexualidade humana, da ética sexual cristã, de assuntos da alçada da igreja e nos muitos objetos correlacionados de princípios e teologia. Entretanto, pensar em homossexualidade é também pensar em gente. Por isto vale a regra básica: queremos olhar, sempre de novo, para o que a Bíblia diz. E o que ela diz deve valer. Podemos sintetizar assim sua advertência, que vale para todos os tempos, povos, nações, religiões: a sexualidade criada por Deus para ser bênção pode se transformar em maldição na vida das pessoas. Quantos sofreram e sofrem por causa de uma vida sexual irresponsável! Quantos lares já foram desfeitos e quantas lágrimas derramadas por causa de desvios e distúrbios na área sexual! Mas Deus também quer que a intimidade dos seus filhos e filhas seja tratada e restaurada de modo que possam usufruir da sua bênção e levar uma vida normal.
Quem ousa tratar de desvios ou distúrbios na área da sexualidade expõe-se imediatamente ao fogo cruzado dos grupos a favor e contra. Ainda mais no atual momento, quando a mídia investe horário nobre para dar evidência à questão da homossexualidade. Os cristãos precisam tomar consciência de que a mídia (especialmente a TV) tem uma forte capacidade de convencimento. Quem assiste aos mais variados programas por algumas horas ao dia recebe uma influência  moral e ética muito forte.  E boa parte dos meios de comunicação tem interesse em tratar a homossexualidade como algo normal. Acentua-se o fato de que todos têm liberdade de escolher o caminho para viver a sua sexualidade. É compreensível que no mundo seja assim, pois, para ele, a Palavra de Deus não é regra.
Difícil de aceitar é, porém, quando a igreja cristã começa a acatar as do mundo e assimila como vontade de Deus o que é imposto por grupos. A igreja cristã e sua liderança precisam estar atentas ao fato de que o diabo, o adversário de Deus, anda em derredor como leão que ruge pronto para devorar-nos. Por isto sejamos sóbrios e vigilantes! Necessitamos de coragem para reafirmar ao mundo em que vivemos as balizas que foram colocadas por Deus. Isto vale especialmente para a área da sexualidade.
Como igreja cristã anunciamos com coragem a Palavra de Deus, quer as pessoas gostem ou não. Necessitamos de ousadia amorosa para proclamar que certas atitudes, ações e reações não têm a aprovação de Deus. Também em relação a prática da homossexualidade é necessário anunciar o juízo e a misericórdia de Deus. Como cristãos precisamos resgatar a seriedade e responsabilidade com que a Bíblia trata do assunto. Existem muitas maneiras de ler a Bíblia. Um precioso segredo da vida cristã é ler a Bíblia como propósito e vontade de Deus a partir da realidade em que foi escrita. A chave para “abrir” a mensagem para os dias atuais é Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou para salvar os pecadores. Guiados por este Senhor vivo aprenderemos a agir com responsabilidade e amor. Deus aceita o pecador, mas não o pecado. Todo e qualquer pecado praticado obscurece o reino de Deus em qualquer área da nossa vida. Mas quem lhe expõe as suas feridas recebe o perdão do Senhor Jesus que declarou à mulher adúltera: “Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado (João 8:11)”.
Grandes esforços são feitos pelos homossexuais “liberados” dentro dos vários segmentos religiosos, para alterar os ensinamentos e práticas dessas organizações a fim de beneficiar o movimento. Temos à disposição, na Palavra de Deus, o plano claro do Senhor para a sexualidade humana. A confusão que existe sobre o papel sexual masculino e feminino provém da liberdade de consciência sem a plena dependência das Escrituras. As principais denominações do protestantismo estão desacreditadas por sua disposição em se corromper com o movimento homossexual. A maioria das denominações tem organizações que defendem a causa homossexual dentro da mesma.
Os líderes dentro de igrejas que aceitam a homossexualidade como normal aos olhos de Deus estão causando uma confusão na vida de alguns cristãos que estão em conflito com sua própria identidade sexual. Em algumas igrejas evangélicas, os líderes e membros estão confusos e despreparados, não têm convicções bíblicas quanto às práticas homossexuais, e os grupos ativistas homossexuais estão tirando proveito disso. Nos Estados Unidos a Igreja Metropolitana têm muitos membros que praticam a homossexualidade e contam com o apoio da imprensa popular e do governo americano. A Igreja da Irmandade no Brasil têm feito casamentos de homossexuais, onde pregam o amor acima de tudo, não chamam a união de homossexuais de casamento e sim de bênção. Os líderes cristãos que se dispõem a desaprovar publicamente o estilo de vida homossexual são condenados e tachados de “homófobos” e fanáticos religiosos pela imprensa. Desta forma enquanto algumas igrejas, com receio de perder membros e a aceitação popular, procuram assumir posicionamentos que não desagradem à maioria, os homossexuais vão exigindo ainda mais direitos especiais. 
Em anos recentes a comunidade homossexual evangélica tem desafiado os ensinamentos ortodoxos da igreja. Será que cristãos genuínos estão realmente repensando a questão toda ou, pelo contrário, porque elementos liberais dentro de todas as denominações estão confusos e tem aceito os argumentos ilegítimos da ciência secular e da comunidade homossexual? Esta confusão é resultante de estarem sendo enganadas pelas falsas argumentações ou por sua própria confusão sexual.
Quando perguntamos por quê consideram o comportamento homossexual como errado, muitos cristãos sinceros simplesmente dizem: “Porque a Bíblia assim o diz!” De fato, a Bíblia condena atos homossexuais em todas as suas menções. Porém, muitos cristãos encontram-se despreparados para defenderem textos bíblicos de serem alterados por um revisionismo de irrelevantes, ou mal interpretados. Veja o que dizem os revisionistas: As passagens de Levítico 18:22; 20:13 e Deuteronômio 23:18, que condenam o comportamento homossexual masculino, são irrelevantes porque ocorrem em meio à discussão quanto à depravação da parte de Deus do culto à fertilidade praticado pelas comunidades pagãs em torno dos israelitas. Afirmam os revisionistas que a prostituição homossexual nos templos pagãos era a única espécie de homossexualidade conhecida pelos israelitas. O que se rejeita aqui não é o relacionamento homossexual monogâmico e amoroso entre pessoas de orientação homossexual nos dias atuais.
A história contada em Gênesis 19, sobre Sodoma e Gomorra, é tida por irrelevante por ser uma história de tentativa de estupro de gangue, que é indicativo da crueldade que imperava na cidade. A natureza homossexual do estupro de gangue é um detalhe irrelevante da história.
Em Romanos 1, lemos sobre a condenação de pessoas heterossexuais, que dão as costas ao que lhes é natural a fim de rebelarem-se contra Deus, e têm relações homossexuais, que não lhes são naturais. Esta passagem não têm qualquer relevância hoje em dia. Afirma-se que os homossexuais modernos não estão se rebelando contra Deus no que não lhes é natural, porém fazem o que lhes é natural.
Em 1Coríntios 6:9 e 1Timóteo 1:10, as palavras gregas que são freqüentemente traduzidas como referências a práticas homossexuais são consideradas imprecisas, e provavelmente descrevem e proíbem apenas a pederastia, ou seja, a posse sexual de um adolescente por um adulto das classes sociais de elite.
Estes pormenores criam um argumento comum contrário à condenação Bíblica da homossexualidade. A maior parte dos estudiosos bíblicos é unânime em afirmar que estes argumentos vão longe demais. Os críticos têm razão, no entanto, em dispensar a visão de que a homossexualidade era o mais odioso pecado de Sodoma e Gomorra. Contudo não podemos considerar o pecado sexual de Sodoma e Gomorra como irrelevante, pois as próprias Escrituras descrevem a imoralidade sexual daquelas cidades. Além do mais, Levítico, Romanos, 1Coríntios e 1Timóteo são pertinentes. Estudos arqueológicos confirmam que o mundo antigo conhecia o desejo homossexual e sua prática, mesmo sem a existência de qualquer conceito de orientação psicológica. Diversos tipos de comportamento homossexual eram flagrantemente praticados. Em vista dessa verdade, é impressionante que todas as vezes em que os atos homossexuais são mencionados nas Escrituras, são aí condenados. Não se engane: o testemunho bíblico contrário ao comportamento homossexual pode apenas ser neutralizado por interpretação errônea e grosseira da Bíblia, ou se a pessoa se houver apartado da visão mais elevada da Escritura. 
O preconceito de muitos crentes, infelizmente, leva-os a uma postura de completa ignorância a respeito da homossexualidade e de como lidar com os homossexuais que se convertem a Cristo. Por isso, muitos homossexuais sofrem calados depois de sua decisão por Cristo. Apesar de precisarem muito de apoio, acabam se fechando por falta de amor cristão firme e compassivo. Esses dois traços do amor têm que estar presentes, tanto a firmeza quanto a compaixão. Mas, graças a Deus, várias igrejas já aprenderam a lidar com esses novos crentes e têm sido verdadeiras agentes de cura e libertação. Pastores esclarecidos e fiéis à Palavra de Deus têm ajudado muito essas pessoas. Alguns têm até fundado centros de recuperação especializados na libertação de homossexuais. Outros têm se especializado em aconselhamento e em toda parte estão surgindo iniciativas de cristãos interessados em ajudar homossexuais a terem uma vida normal. A igreja, na pessoa de seu pastor e de seus membros, exerce papel fundamental na transformação de homossexuais. Não há sobre a terra outro segmento que possa oferecer mudança tão real e permanente para os homossexuais como a Igreja.   E isso porque o seu poder não vem de si mesma, mas daquele que a instituiu. Jesus mesmo disse sobre a Igreja: "... e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". (Mateus. 16:18). A Igreja não pode tolerar a homossexualidade em suas fileiras, mas é seu dever receber todo e qualquer homossexual com amor. Precisa orar e trabalhar pela evangelização e libertação desse segmento cada vez mais evidente em nossa sociedade. Pastores e Igrejas que criam obstáculos à libertação dessas pessoas darão contas a Deus na mesma proporção que pastores e Igrejas que aceitam liberalmente a prática da homossexualidade. Nenhum homossexual ao converter-se pode ficar fora do convívio da igreja, mas deve submeter-se à orientação pastoral para seu próprio bem-estar espiritual, emocional e social. É muito comum o homossexual que se converte enfrentar crises em dados momentos. A igreja deve estar preparada para lidar com os altos e baixos durante o processo de libertação. Nunca deve exigir nem insinuar a necessidade de qualquer namoro/casamento heterossexual. A própria pessoa deverá decidir quando e com quem namorar e casar. Casamento não cura homossexualidade. Deve ser conseqüência da cura e tem que ser decidido por livre e espontânea vontade. O ex-homossexual pode, inclusive, optar por ficar solteiro sem que isso represente dúvida em sua nova vida. O ex-homossexual não deve se fazer de coitadinho (autocomiseração) esperando a atenção dos outros. Deve, pelo contrário, ser autêntico e lutar por sua própria libertação, enquanto também faz novas e saudáveis amizades dentro da igreja. Se não houver busca não haverá mudança.
Joe Dallas, em seu livro “A operação do erro”, publicado pela Editora Cultura Cristã, leva-nos a uma interessante reflexão sobre o papel da Igreja para com os que desejam deixar a homossexualidade: "Entretanto, quando eles são trazidos para fora da ilusão, quem está esperando por eles? A Igreja está sendo como o pai do filho pródigo, correndo para encontrá-lo no meio do caminho e celebrar o seu retorno? Ou será que o Corpo de Cristo está sendo melhor representado pelo irmão mais velho, justo em si mesmo, distante e frio, que não quer se envolver? Ao abordar o problema da homossexualidade, talvez essas sejam as perguntas mais importantes a serem feitas." Infelizmente, porque uma grande parte da Igreja não está cumprindo seu papel neste sentido, precisamos ouvir coisas como as que Troy Perry, líder da maior igreja homossexual cristã do mundo, disse e que Joe Dallas registra: "Se a Igreja tivesse realmente feito seu trabalho missionário, não creio que a MCC (Metropolitan Community Church) jamais tivesse vindo a existir."11
Graças a Deus, a Igreja começa a despertar! A Igreja Presbiteriana Independente de Londrina, por meio do Ministério Paz com Deus, começou a agir de maneira planejada para conscientizar pastores e membros da igreja, e ajudar os que se encontram em dificuldades com sentimentos ou práticas homossexuais. Ela promoveu o I Encontro Paz com Deus, realizado de 4 a 7 de março, em Londrina, Paraná. O evento contou com 130 pessoas (participantes e obreiros) e incluiu muitos pastores. Dentre as muitas bênçãos recebidas e testemunhadas pelos participantes, destacam-se as confissões que muitos pastores, outrora intolerantes no que diz respeito aos homossexuais, fizeram aos líderes de ministérios que atuam entre eles. Depois de uma das mensagens do preletor oficial Bob Reagan, ligado à Exodus e ao Regeneration Ministry, nos EUA, os pastores e líderes evangélicos foram convidados ao altar para uma oração de arrependimento e confissão de pecados como os de omissão ou rejeição de homossexuais durante seus ministérios. Quase todos foram à frente. Mas os pastores não foram os únicos a pedir perdão. Os participantes que haviam vivido a homossexualidade ou ainda estavam envolvidos neste comportamento também pediram perdão por terem guardado mágoas contra pastores ou igrejas. Muitas lágrimas foram derramadas por ambos. O pastor presbiteriano Saulo de Melo, 32 anos de ministério, atuando hoje em Maringá-PR, fez uma das confissões mais comoventes: "Estou perplexo com tudo o que estou aprendendo sobre homossexualidade neste congresso. Todos os meus valores foram remexidos. Quando eu descobria que alguém era homossexual, eu o mandava embora, excluía. Este congresso ajudou-me a olhar os homossexuais como nunca os havia olhado antes – com o olhar de Jesus."
Algo semelhante aconteceu a Eleny Vassão de Paula Aitken, 45 anos, autora do livro O desafio continua: A Missão da Igreja frente à Aids. Ela é chefe da capelania evangélica do Hospital das Clínicas de São Paulo e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Eleny revela que enfrentou relutância ao evangelizar um travesti pela primeira vez. Mas, o Espírito Santo mostrou-lhe que a única diferença entre ela e o travesti era Jesus. No outro dia, Eleny contou ao travesti a experiência por que passou. Não demorou muito, lágrimas encheram os seus olhos, e ele orou entregando sua vida a Jesus. Essa experiência mudou a vida de Eleny, que passou a amar e compreender os homossexuais sob uma nova perspectiva. Quem conversa com Eleny Vassão sempre ouve histórias comoventes de homossexuais que têm sido alcançados por Cristo. Por isso, ela pode falar com autoridade: "A Igreja deve ser o lugar de perdão e acolhida para seus soldados feridos, e não um tribunal para julgar os que caíram. Precisamos de mais misericórdia e graça para tratar as pessoas como o Senhor nos trata. Ele nos constrange pelo amor, mesmo sem perder de vista a sua justiça".
 
7.1 DA OMISSÃO À COMPAIXÃO
“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus. Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” (Apóstolo Paulo em 1Coríntios 6:9 a 11)
Programas de entrevistas, novelas, filmes, jornais e revistas mostram a homossexualidade masculina e feminina como normal. Alguns desses veículos da mídia chegam ao cúmulo de afirmar que as pessoas que não vêem a homossexualidade como opção sexual natural são preconceituosas e homofóbicas (os que têm aversão aos homossexuais). Por outro lado cresce o número de homossexuais que se convertem a Cristo e buscam ajuda nas igrejas. Nesse momento algumas questões são pertinentes: Como receber os homossexuais que se convertem? Como abordar os casos de homossexualidade na igreja? Namoro e casamento curam o homossexual? Existem provas bíblicas e científicas que refutam a homossexualidade?
Elben Lenz Cesar, 68 anos, diretor da revista Ultimato, conta que há cerca de 20 anos não gostava nem mesmo de pronunciar a palavra homossexualidade, tamanha era a aversão que sentia. “Um dia o Senhor me falou que ao invés de sentir aversão pelos homossexuais eu deveria sentir compaixão por eles, pois foi exatamente isso que Jesus sentiu pelos meus pecados”. Depois dessa experiência, ele se tornou um dos maiores incentivadores dos grupos que trabalham com aconselhamento e evangelização de homossexuais.
O que Elben sentia é exatamente o que acontece hoje com muitos líderes evangélicos: por nunca terem vivido a homossexualidade ou por não ter um caso na família, sentem-se incapazes de aconselhar os que sofrem e, por isso, se omitem. Em casos extremos, a discriminação e rejeição de alguns líderes fecham a porta a qualquer possibilidade de diálogo com homossexuais que buscam ajuda. O caso do adolescente evangélico Geraldo, 17 anos, ilustra muito bem esse fato. “Eu estava tentando sozinho me livrar da atração que sentia por outros homens. Quando não suportei mais, pedi ajuda ao meu pastor e foi terrível”, conta Geraldo. “Não esperava isso de você! Sem mãe, sem pai, preto, feio e pobre, e ainda quer ser homossexual?”, bradou o pastor. A providência seguinte foi excluir Geraldo da igreja.
O caso do jovem Geraldo aponta para um erro gravíssimo condenado veementemente na Bíblia: a omissão. Deus pedirá contas aos pastores que não querem sarar suas ovelhas. O profeta Jeremias registra um desses momentos da ira do Senhor: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto!” (Jeremias 23:1) Para corroborar o caso de Geraldo, a maior reclamação dos grupos que trabalham com homossexuais no Brasil e em outros países é exatamente a indiferença dos pastores e igrejas.
Sempre foi um grande tabu falar sobre homossexualidade nas igrejas evangélicas. Algumas delas, contudo, enfrentam a questão atualmente com muita originalidade convidando crentes libertos da homossexualidade para testemunhar e instruir seus fiéis nessa questão. Apesar da omissão já mencionada de alguns, a igreja evangélica brasileira começa a perceber que precisa mudar quando o assunto é homossexualidade. Ela descobriu que corre o risco de repetir o erro de muitas igrejas americanas e européias que, ao invés de buscarem respostas concretas na Bíblia para os dramas dos homossexuais, fecharam seus olhos e hoje têm em suas fileiras homossexuais assumidos que consideram o estilo de vida homossexual normal - e até bíblico!
Um dos sinais que a igreja evangélica brasileira deve considerar perigoso é a ordenação de dois pastores homossexuais em São Paulo, celebrada em junho de 1998 por Neemias Marien. Ele foi um dos primeiros pastores do Brasil a abraçar a teologia homossexual. Essa teologia é espúria e nociva, pois diz que Deus apóia a homossexualidade e que vários personagens bíblicos tinham relacionamentos homossexuais, como Davi e Jônatas e Rute e Noemi. Quando questionado pela mídia sobre a originalidade do amor afetivo e sexual entre iguais, o “pastor” Neemias disse que “pecado é não amar”. Não satisfeito com o cheiro de enxofre de suas declarações apóstatas e desafiando a Bíblia que afirma que os que praticam a homossexualidade não herdarão o reino de Deus (1Coríntios 6:9-11), declarou, ainda - e pasmem! -, que há a possibilidade de sermos recebidos no céu por um homossexual.
Outro sinal perigoso que a igreja deve observar e ao qual deve reagir firmemente é a proposta de união civil entre homossexuais da deputada Marta Suplicy. Apesar de evitar as palavras “matrimônio” e “casamento” seu projeto reivindica que “todas as provisões aplicáveis aos casais casados também devem ser direito das parcerias homossexuais permanentes”. O consultor legislativo do Senado Federal e escritor Rubem Martins Amorese, ao refutar os argumentos da deputada, traz um argumento muito convincente: “Marta Suplicy busca a normalização do anormal. Quer, mesmo, tirar o fenômeno da opção homossexual do campo da “preferência” para colocá-lo no campo do “inelutável”. De opção, vira fato. De escolha, vira realidade de vida. De desvio, vira espécie. De pecado, vira genético. E continua, apontando para as nefastas conseqüências: “Com isso vai-se a esperança daqueles que sofrem com seu estado, pois percebem que lhes é inútil lutar contra a natureza. E ao invés de buscarem ajuda, tentam impor sua condição”.
Diante dessas prerrogativas, a “cultura” homossexual tem levantado sua bandeira sem nenhum escrúpulo. Foi criado em São Paulo o selo literário edições GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), cuja proposta é lançar livros de informações e entretenimento com temas homossexuais - inclusive para adolescentes! Nada menos chocante aconteceu no Rio de Janeiro, no último dia 18 de setembro de 1998: a lésbica Sarandah Vilas-Boas, de 48 anos, que na época já vivia seu terceiro “casamento” com outra mulher, foi homenageada na Câmara dos Vereadores e recebeu o título de Lésbica do Século no Brasil. A iniciativa partiu da vereadora Jurema Batista e o motivo da homenagem é, no mínimo, inusitado: sua “luta” em prol das relações homossexuais no país.
A despeito do crescimento da comunidade homossexual e de suas insólitas reivindicações, Deus tem levantado grupos e pessoas para refutar a teologia homossexual na mídia e evangelizar os homossexuais com amor e firmeza bíblica. Com somente três pessoas, distribuímos milhares de folhetos com o testemunho de um jovem ex-homossexual e a tradicional passagem bíblica em que Paulo fala da transformação de homossexuais em cristãos cheios do Espírito Santo (1Coríntios 6:9-11). O Evangelho regenera e transforma o homem.
Como resultado do evangelismo em eventos homossexuais temos colhido frutos e destacamos dois deles que têm tocado nosso coração e servido de estímulo para seguirmos avante: o caso do ativista (ex-evangélico) de um dos grupos homossexuais mais conhecidos do Brasil e o caso de uma “drag-queen” (homem que se veste de mulher de forma extravagante em suas roupas e maquiagem). O ativista recebeu nosso folheto no Dia do Orgulho Gay do ano passado e, desde então, se corresponde conosco para dizer que homossexualidade é normal diante de Deus e da sociedade. Durante um ano demos respostas que ele aparentemente odiava - pois continham misericórdia sem perder a firmeza bíblica. Depois de sofrer várias frustrações, ele reconheceu que homossexualidade é pecado, não traz felicidade plena e que precisa da ajuda de cristãos sinceros para libertar-se e viver uma nova vida em Cristo. Um dos fatores que contribuíram para esse quebrantamento é o preconceito que sofre nas reuniões do grupo homossexual todas as vezes que diz que crê na Bíblia e que Jesus vai voltar.
O outro caso é o de outra “drag-queen” que recebeu nosso folheto e, após alguns dias meditando, nos ligou e declarou com todas as letras que “... estava na passeata do Dia do Orgulho Gay, mas não sentia tanto orgulho assim de ser homossexual”. Após ouvir sobre a salvação em Cristo ele fez outra afirmação extraordinária: “Deus deve ter uma vida melhor para mim”. Naquele instante, mesmo falando de um telefone público, ele decidiu-se por Cristo e orou conosco. Poucos dias depois estava em um culto evangélico chorando sob o impacto da graça de Deus.
Jesus disse que aqueles que fizessem tropeçar uma criança deveriam ser jogados no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. Isso é muito forte, mas pode indicar também o que ele quer que façamos: livrar as crianças desses tropeços e desvios aos quais a pornografia conduz. Elas têm sido o principal alvo - mesmo à luz do dia - na TV, nas bancas de jornal, na Internet (onde já existe uma página homossexual para crianças, criada por pedófilos) etc.
A maior demanda no Brasil é de homens e mulheres que tenham coragem de pagar o preço estipulado por Deus para a transformação da sociedade. Não devemos achar que vamos fazer grandes milagres por nós mesmos. Devemos crer que Ele é poderoso para nos usar e realizar feitos extraordinários em nossa geração. Cremos que o Senhor dos exércitos nos convocou para essa batalha e não podemos nos omitir, pois Ele nos pedirá contas, assim como fazia com os profetas que se acovardavam e não denunciavam corajosamente os erros da nação de Israel. Cremos, ainda, que a igreja do Senhor Jesus Cristo no Brasil foi chamada para, com intrepidez, ousadia e amor, sarar esta terra. Que tal você se juntar a nós nessa batalha?
 
7.2 A IGREJA EVANGÉLICA E A MUDANÇA DOS HOMOSSEXUAIS
Por serem firmes em sua postura bíblica e por ajudarem os que se convertem ao evangelho de Jesus Cristo e lutam para deixar a homossexualidade, muitos crentes são taxados de homofóbicos (os que têm repugnância a homossexuais) pela militância homossexual. Uma fobia, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (APA), é definida como um temor ou medo irracional de um objeto ou atividade, levando a pessoa a evitar significativamente o objeto temido.
Segundo a compreensão de Joe Dallas, se todos fossem homofóbicos como garante a militância, ao ver um homossexual, deveríamos ficar agitados, com a respiração mais rápida, quase não suportando a presença de um homossexual, mesmo que por pouco tempo. A verdade é que quase ninguém reage assim. Portanto, é improvável que a pessoa acusada de homofobia seja realmente homofóbica. Para que fosse, de acordo com a APA, a pessoa deveria ter medo da homossexualidade ou de homossexuais, fazendo tudo para evitar a ambos.
O que a maioria tem (e que os ativistas homossexuais não aceitam) não é homofobia nem preconceito. É convicção. No entendimento de Dallas, convicção é a certeza obtida de fatos e razões que não deixam lugar para dúvidas ou objeções. Para ele, é plenamente possível ter uma posição firme em relação a homossexualidade sem, contudo, ter preconceito ou fobia.
É muito importante esclarecer que devemos ser absolutamente avessos a toda demonstração de violência contra qualquer pessoa, inclusive os homossexuais. Precisamos ser equilibrados, firmes contra as práticas homossexuais, mas acolhendo e conduzindo os homossexuais a Cristo. Aqueles, porém, que são mais recalcitantes devem ser objeto da compaixão e do amor cristão. Segundo uma recente pesquisa americana, a maioria dos homossexuais - homens e mulheres - deseja abandonar este comportamento, mas não sabe como. Por isso, precisam ser acolhidos, respeitados como indivíduos e conduzidos ao conhecimento de Cristo.
Apesar da questão homossexual ainda ser rodeada de preconceitos, a Igreja Evangélica está conscientizando-se do papel concreto que deve exercer. Muitas igrejas, têm apoiado os ministérios de evangelismo e ajuda aos que estão deixando a homossexualidade, mas ainda falta muito a percorrer.
É importante lembrar, ainda, uma desafiadora reflexão de Joe Dallas - ele foi um dos líderes da maior denominação homossexual americana (a Metropolitan Community Church) -, sobre a atitude da Igreja para com aqueles que desejam deixar a homossexualidade: “Entretanto, quando eles são trazidos para fora da ilusão, quem está esperando por eles? A igreja está sendo como o pai do filho pródigo, correndo para encontrá-lo no meio do caminho e celebrar o seu retorno? Ou será que o corpo de Cristo está sendo melhor representado pelo irmão mais velho, justo em si mesmo, distante e frio, que não quer se envolver? Ao abordar o problema da homossexualidade, talvez essas sejam as perguntas mais importantes a serem feitas”.
Certamente, não poderíamos terminar esse capítulo sem registrar, também, a experiência de pelo menos uma pessoa ajudada por conselheiros cristãos a deixar o comportamento homossexual. E. M., 34 anos, ao converter-se a Cristo e ser ajudado pelo Movimento pela Sexualidade Sadia, a conhecer mais a Deus e deixar o comportamento homossexual, passou a ser alvo da perseguição de seu antigo parceiro, com quem comprou um apartamento e viveu por 10 anos. É ele mesmo quem conta as lutas e a maravilhosa vitória que teve: “Depois de muita oração e jejum, meu ex-parceiro também entregou sua vida a Jesus Cristo e me deu de presente de casamento a parte dele no apartamento. Ele havia me colocado na justiça para ficar com tudo. Agora estou muito feliz com minha esposa e minha filha. Deus mudou completamente minha vida. Não quero jamais voltar para aquela velha vida. Hoje sou nova criatura e quero viver somente para Jesus e para minha família".
 
7.3 EVANGÉLICO QUESTIONA PSICÓLOGO CRISTÃO 
1ª Pergunta:
Estou perguntando sobre esse assunto que é um tabu entre os evangélicos,  mas acho que deve ser discutido agora mais do que nunca. Está provado pela ciência que uma pessoa não escolhe sua sexualidade. Da mesma forma que um heterossexual não escolhe ser o que é. Porque então fazemos tanta discriminação contra homossexuais, e queremos exigir que eles pratiquem o celibato toda a vida? A única escolha normal para um homossexual é o aceitar o que é para ter paz de espírito com sigo próprio sem incomodar-se com os julgamentos alheios. É claro que muitos fingem toda a vida para agradar familiares e serem aceitos. Mas isso não é vida. Os espias internacionais podem fingir e convencer todo o mundo, mas a realidade é sempre outra. Os programas de cura não dão resultado, pois o assunto não é doença, mas simplesmente uma diferença a qual não queremos entender como igreja. Por isso existem agora igrejas para ajudar aos que querem ter uma compreensão mais verídica do assunto. Uma resposta seria bem-vinda. E. V.
2º Pergunta:
Esclarecendo minha pergunta: Porque como Igreja que deve ser a cabeça e não a cauda em assuntos de importância ao ser humano, as igrejas se baseiam nos fatos antigos quanto a esse assunto? Fatos aprendidos de mitos sem base real, enquanto jovens (pelo menos 10% da população) estão sofrendo pela falta de compreensão geral. Resultando muitas vezes em suicídio ou casamentos com mulheres e homens que inocentemente se entregam com tais pessoas sem saber da realidade deles/delas. Em geral casamentos que estão destinados á falha, terminando em divórcio. Nós como igreja devemos cuidar dos nossos filhos e fazer tudo para entender as diferenças existentes em nosso mundo. Só Deus sabe o porque dessas diferenças. Se há um erro com qualquer ser humano Deus então seria o responsável em sua criação. E Deus não comete erros. Portanto o dizer que homossexuais escolhem sua tendência é um escape completamente irresponsável de nossas igrejas. Minha pergunta é: O que fazem os evangélicos para o beneficio de homossexuais e Lésbicas cristãos? Em cada família existe a possibilidade de haverem pessoas homossexuais. Isso é um fato da vida. E. V.
Resposta:
"Uma resposta seria bem-vinda". Como você verá levei muito a sério suas colocações, o que me levou a em alguns momentos dar uma resposta dura, por amor a sinceridade e honestidade com você. Creia, amo os homossexuais, como seres humanos que são,  mas não apóio nem concordo com a homossexualidade. Sei que é um problema delicado e que não se resolve num passe de mágica, mas creio com fervor que é possível ser tratada com sucesso. Como profissional, psicólogo que sou, coloco minha experiência profissional como testemunho. Percebi que o irmão tem poucas informações a respeito do ministério em favor dos homossexuais e também parece desconhecer o assunto em sua amplitude. Veja, o irmão diz: "assunto que é um tabu entre os evangélicos", a verdade é que é um tabu na sociedade em geral, não é exclusividade da igreja ou de nossos membros, basta ver os movimentos de "libertação homossexual" para tentar superar um preconceito social geral. Como nossa igreja está no mundo, não seria de se estranhar que este assunto também seja tabu na igreja, não por ser igreja, mas por ser parte da sociedade. Isto não quer dizer que apóio ou que incentive o preconceito, não. Mas também devemos entender que somos parte da cultura na qual estamos inseridos e ao entendê-la, devemos superá-la por causa da fé e do amor que aprendemos com Cristo. O Sr. diz: "Está provado pela ciência que uma pessoa não escolhe sua sexualidade". Veja que esta é uma questão pelo menos polêmica nos meios científicos. Primeiro teríamos que discutir o quão provisória é a verdade científica, pois o caráter processual da ciência faz com que uma coisa que seja verdade hoje, novas descobertas podem invalidar e propor outros paradigmas para explicar o mesmo fenômeno amanhã. Veja a teoria de Thomas S. Kuhn sobre A Estrutura das Revoluções Científicas. Em particular sobre a homossexualidade, só existe uma única pesquisa, que, por sinal, nunca conseguiu ser replicada (base "sine qua non", para criar-se uma verdade científica). Veja o que diz o Dr. Homero Pinto Vallada Filho, vice-diretor do laboratório de Neurociências e livre-docente em psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP. Outro ponto a ser considerado é o cuidado com a interpretação dos resultados científicos.
Algumas vezes são apenas resultados preliminares, que aguardam confirmações, ou resultados de estudos metodologicamente incorretos, que podem ser utilizados por políticos ou outros grupos com propósitos específicos. Por exemplo, o único estudo até agora sobre a conexão genética com a homossexualidade foi realizado em 1993, pelo biólogo Dean Hamer, do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, que identificou um marcador genético no cromossomo X em 75% de irmãos homossexuais. [Dean Hamer et al., "A Linkage Between DNA Markers on the X Chromosome and Male Sexual Orientation," Science 261 (1993): 321-27].  O significado funcional desse marcador é desconhecido, e as pesquisas seguintes não conseguiram reproduzir os resultados originais. Muito provavelmente o estudo de Hamer e seus colaboradores é um resultado falso-positivo. Logo após a publicação desse estudo, porém, gerou-se uma grande polêmica, em que as pessoas discutiam se acreditavam ou não na existência do gene para a homossexualidade, sem, no entanto analisarem os fatos (os resultados e a metodologia da pesquisa)". [ver artigo "Genética e Psiquiatria - Uma Visão Panorâmica" - Revista Médicos - Publicação bimestral do Hospital das Clínicas e da Faculdade de medicina da USP - Ano II, n.º 6, JAN/FEV 1999 págs., 28-31], (Destaques acrescentados). Apenas baseados neste único estudo os grupos ativistas homossexuais começaram a enganar o público leigo afirmando que existe a tal “prova científica” para a homossexualidade.
Em 15 de julho de 1993, na véspera da publicação do artigo de Hamer pela revista Science, os grupos de ativistas gays utilizaram a rádio “National Public Radio” (NPR) para, em cadeia nacional nos USA, afirmar que havia sido descoberto o gene da homossexualidade, e com isso estabelecer que a homossexualidade é inata, genética e portanto imutável – uma variante normal e comum na natureza humana como a cor dos olhos ou o tipo de cabelo. Veja, afirmar que a ciência prova que a pessoa não escolhe sua sexualidade ao nascer, é pelo menos prematuro, para não dizer de má fé. Já a afirmação: "Da mesma forma que um heterossexual não escolhe ser o que é", também não é um fato, pois existem os marcadores genéticos XX e XY, ou seja, enquanto existe "prova científica", dados mensuráveis e replicáveis, para a heterossexualidade, não existe, pelo menos por enquanto, "prova científica" para a homossexualidade. E enquanto não houver esta "prova" não se pode também afirmar "Se há um erro com qualquer ser humano Deus então seria o responsável em sua criação. E Deus não comete erros. Portanto o dizer que homossexuais escolhem sua tendência é um escape complemente irresponsável de nossa igreja".
Creio que diante, apenas da ciência, sem tocar no aspecto religioso, é irresponsabilidade sua fazer a afirmação acima. Se a isto acrescentarmos o fato de que Deus criou Macho e Fêmea, apenas dois gêneros, anatomicamente adaptados a uma relação heterossexual, qualquer desvio disto não importa quão científico seja é abominação aos olhos de Deus. Ainda, você não leva em conta a ação do pecado e de Satanás em deturpar a perfeita criação de Deus, ou seja, Deus não cria a aberração, ela é deturpação resultante do pecado. Sua ciência é fraca, sem base, e sua Teologia mostra-se pobre. A Bíblia diz "Meu povo perece por falta de conhecimento", recomendo-lhe rever tanto suas bases científicas quanto sua teologia, ou melhor, a bibliologia.  Quando o irmão diz: "A única escolha normal para um homossexual é o aceitar o que é para ter paz de espírito com sigo próprio sem incomodar-se com os julgamentos alheios". É verdade, a única escolha normal para um homossexual é buscar a homossexualidade, mas Deus espera que saiamos do normal e busquemos os padrões lá do alto. Veja, meu irmão, isto não se dá apenas com o pecado da homossexualidade, mas com todos os pecados, já Arão dizia que o povo é "inclinado para o mal" (Êxodus 32:22), o homem natural não tem prazer nas coisas de Deus, por isso é que o plano de Deus em nossas vidas é o novo nascimento, onde as coisas velhas ("naturais") já passaram. Tito 3:3-7, diz: "Porque também éramos noutro tempo... mas... segundo a sua misericórdia nos salvou".
Esta é a mais bela das mensagens de salvação, o verdadeiro evangelho, e a promessa é que quando isso acontecer "temos paz com Deus" (Romanos. 5:1), esta é a paz que todo ser humano precisa, mesmo o homossexual. "Porque então fazemos tanta discriminação contra homossexuais..." Minha experiência ministerial é diferente desta sua afirmação. Na maior parte das vezes tenho visto os homossexuais serem bem acolhidos na igreja, geralmente são pessoas que tem facilidade de conquistar simpatia e muito participativos em conjuntos, corais, música, departamento jovem etc. Penso até que se têm sido demasiadamente descuidado a ponto de quando alguns caem  ou voltam ao seu pecado causam grande estrago na comunidade da igreja. Mas enfim, os homossexuais, no geral têm espaço nas igrejas locais até que "caem" na tentação de sua tendência natural, quando então é tratado como qualquer membro que cede à tentação em outro pecado qualquer, segue-se Mateus 18 (1º- tu e ele só, 2º-leva mais um, 3º- dizei-o a igreja, e se também não ouvir a igreja, 4º- considera-o gentio e publicano) com muito amor, e os que "ouvem seus irmãos" continuam no convívio saudável da igreja onde, por sinal, há o que mais precisam para libertar-se da homossexualidade, a saber, o amor desinteressado.  Não conheço nenhum homossexual que deixou esta prática sem que tivesse encontrado um corpo de crentes verdadeiramente cristãos onde pôde apoiar-se para "dar a volta por cima". A Igreja como Comunidade Terapêutica é um conceito que salva na prática e queremos exigir que eles pratiquem o celibato toda a vida". Quem disse que a Igreja quer isso? O que a igreja quer é que possa sentir o verdadeiro prazer e a beleza da sexualidade como Deus a criou, e siga a ordem de Provérbios "Goza a vida com a mulher de tua mocidade". O sexo dentro do casamento heterossexual é a única opção bíblica para a prática do ato sexual, já o celibato, é uma opção pessoal, onde não há pecado, como o apóstolo Paulo, que excluiu a relação sexual de sua vida; cada um opta, ou sexo heterossexual no casamento ou celibato.  "Mas isso não é vida".
Concordo plenamente, foi por isso que Jesus veio ao mundo para dar-nos vida e vida em abundância. Dentro de Seu plano, não dentro da vontade deturpada do homem, o que não seria vida.  "Os espias internacionais podem fingir e convencer todo o mundo, mas a realidade é sempre outra". Meu irmão, será que estou vendo nesta frase sua alguma persecutoriedade exagerada? Alguma "paranóia"? Quem são os tais "espias"? Será que não dá para particularizar? porque generalizar? Sei que existem alguns "caça-homossexuais" soltos por aí, mas estão tão fora do plano de amor de Deus quanto aqueles dos quais procuram livrar-se. Não são cristãos e nem devem ser confundidos como tais, necessitam de um corpo de crentes que os amem também, fazendo-os ver que o amor de Jesus é capaz de abrandar-lhes o coração, passando a estar na mesma comunidade dos outrora homossexuais, procurando dizer a outros como foram transformados pelo poder de Deus. ”Os programas de cura não dão resultado, pois o assunto não é doença mas simplesmente uma diferença a qual não queremos entender como igreja”. O assunto é doença sim, um transtorno delicado e difícil de tratar, que tem a ver com a matriz de identidade do indivíduo. Bem, é verdade que o CID-10 (Código Internacional de Doenças, 10ª edição), minimizou a descrição da homossexualidade, e para ser "politicamente corretos" a chamam de "transtornos de identidade sexual", mas se você observar a descrição que é dada a esta doença fica claríssimo tratar-se das mais variadas formas de homossexualidade (desde transvestismo de duplo papel, transexualismo, etc.) e ainda se dá um número para esta patologia , F64. Portanto, é doença mesmo, com número na CID-10 e tudo que tem direito.
Há também outras doenças classificadas neste manual que tem a ver com o comportamento homossexual, são os "Transtornos de preferência sexual" classificados com o número de F65. Agora, onde claramente se refere a palavra homossexual é classificado como F66.x1, ou seja, "Transtornos psicológicos e de comportamento associados ao desenvolvimento e orientação sexuais". É verdade e para ser honesto, se explica que "a orientação sexual por si só não é para ser considerada um transtorno". Se você acompanhar os "lobbies" da comunidade homossexual nos USA para excluírem da classificação internacional de doenças estas categorias você vai ver que houve um mascarar da linguagem, mas não dá para se esconder um fato com política e pressão de grupo. Na comunidade científica tenta-se ser "politicamente correto" mas quando a coisa aperta, lá estão os códigos onde encaixar a homossexualidade.
Os doutores Jonathan D. Raskin e Adam M. Lewandowski, numa publicação da Associação Americana de Psicologia deste ano [2000], denunciaram a exclusão da homossexualidade do Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM-IV), como um caso de política na produção científica. Apresentam os dados de que foi necessário uma votação para tal retirada e não resultado de pesquisa, onde “5.854 votaram pela elinimação, 3.180 pela permanência, e 367 se abstiveram”, e finaliza argumentando que “isto é um produto da política mais do que de ciência”. (Neimeyer, Robert A. & Raskin, Jonathan D. (2000) Constructions of disorder: meaning-making frameworks for psychotherapy. Washington DC, American Psychological Association).  Mesmo assim, o DSM-IV (Manual Estatístico de Transtornos Mentais, 4ª edição) classifica em 302.6 e 302.85 o "Transtorno da Identidade de Gênero", com a descrição da homossexualidade. Isto sem entrar nas Parafilias (302.xx). Portanto mais uma vez você afirma sem conhecer, hoje ainda a ciência médica considera a homossexualidade como doença onde há uma confusão na identidade de gênero, e assim, Pode ser tratada e curada graças a Deus. Contudo, creia que esta nomenclatura não vai durar para sempre, pois conforme diz a Bíblia o mundo vai de mal a pior e logo, logo, o lobby gay conseguirá o que vem tentando há mais de 30 anos, a saber, tratar a homossexualidade como opção ou diferença, assim como o homem e a mulher são diferentes, eles criaram mais um gênero, o homossexual.  Meu irmão, isso é abominável, só Deus pode criar "ex-nihilo"! A homossexualidade é uma doença passível de tratamento como tantas outras disfunções no comportamento; o fato de ser uma doença não justifica tratar o ser humano que a porta com preconceito, devemos tratá-lo com amor, resgatá-lo e ministrar-lhes a cura.
Sobre o lobby homossexual nos USA, veja, voltando à base genética da homossexualidade, havia uma intenção do pesquisador. Seu estudo foi amplamente divulgado pelos meios de comunicação como sendo "a prova final de que a homossexualidade é hereditária e que nada se pode fazer para mudar a orientação sexual".  Todavia, quando a tal pesquisa foi submetida à aferição científica, ficou constatado que o campo da pesquisa era extremamente limitado (houve generalização a partir de uma amostra muito pequena) e que os resultados obtidos tinham sido forjados para se adequarem à proposição do cientista. Posteriormente, o autor da pesquisa, declarou que a pesquisa era financiada por grupos de ativistas homossexuais e que ele próprio, sendo homossexual, "poderia ter cometido enganos que levaram a pesquisa a tais resultados". (In: Dallas, Joe. A operação do erro. SP, Ed. Cultura Cristã, 1998). "Por isso existe agora aqui uma igreja de homossexuais para ajudar aos que querem ter uma compreensão mais verídica do assunto".
Bem, depois de tudo que lhe expus, se esta entidade que, tanto quanto eu saiba, não é oficial de igreja nenhuma, pensa que uma compreensão mais verídica é o que você disse aqui, então prefiro rejeitá-la por pobreza científica e desconhecimento da fé cristã.  Não conheço esta igreja e se ela tem a intenção de manter os homossexuais na prática da homossexualidade, já não posso aceitar sua sinceridade cristã. Mas, se como outras sociedades evangélicas (a mais séria que conheço é a Exodus Internacional, da qual faço parte ativa aqui no Brasil) ela trabalha para com amor, para preparar as igrejas e a comunidade cristã para ser o solo fértil de amor e aceitação para a  transformação de homossexuais sinceros que lutam para encontrarem a paz em Jesus através da heterossexualidade, bem, aí, e somente aí, posso crer que estão trabalhando para o reino de Deus.  "Porque como Igreja que deve ser a cabeça e não a cauda em assuntos de importância ao ser humano, a igreja se baseia nos fatos antigos quanto a esse assunto? Fatos aprendidos de mitos sem base real, enquanto jovens (pelo menos 10% da população) estão sofrendo pela falta de compreensão geral". Bem, ficou demonstrado que o proceder da igreja por enquanto está de acordo com a última palavra da ciência. A CID-10 e o DSM-IV são as últimas edições, correntemente em uso em todo o mundo, o livro que mostra o erro do cientista é de 1998, a revista de medicina que citei acima é de FEV/99, o livro com a denúncia de que a homossexualidade foi excluída do código de doenças por política e não como fruto de pesquisa científica é deste ano corrente (2000). Portanto tudo muito atual. Agora, creio que vai chegar um tempo em que, aí sim, a igreja precisará se firmar nas "veredas antigas" pois o padrão do mundo será cada vez mais frouxo (II Tim. 3:1-5). Mas, repito, por enquanto, como igreja estamos atualizadíssimos.
Creio que sua argumentação carece de base real hoje, e quando as coisas chegarem aonde parece que o irmão quer, pergunto, com quem o Sr. irá ficar? Com Deus e a Bíblia ou com a ciência? "Resultando muitas vezes em suicídio ou casamentos com mulheres e homens que inocentemente se irredam com tais pessoas sem saber da realidade deles/delas. Em geral casamentos que estão destinados a falhar, terminando em divórcio". Até porque trabalho com psicoterapia, cuja base é a transformação de comportamentos disfuncionais em comportamentos saudáveis, sou levado a crer que o pior casamento e os mais difíceis problemas podem ser resolvidos, se apenas houver disposição para isto. Agora, creio que este é um trabalho para profissionais, e o melhor é prevenir, orientar, educar, para não se chegar ao ponto de necessitar de psicoterapia, mas se chegar a este ponto, ela está ai para ajudar, como a medicina para as questões do corpo.  "Nós como igreja devemos cuidar dos nossos filhos e fazer tudo para entender as diferenças existentes em nosso mundo". Como disse acima, creio que existem diferenças oriundas da criação de Deus e outras oriundas da vontade deturpada de homens. E precisamos mostrar a nossos filhos estas diferenças tendo como princípio básico a Palavra de Deus. "Vede que ninguém vos engane".
"Só Deus sabe o porque dessas diferenças. Se há um erro com qualquer ser humano Deus então seria o responsável em sua criação. E Deus não comete erros". É verdade que no céu conheceremos os porquês de muita coisa, mas para isso precisaremos estar lá. É bom relembrar que não podemos responsabilizar Deus pelo pecado. Culpar a Deus pelo pecado é uma tentativa diabólica desde o céu, com a ação de Lúcifer sobre os anjos tentando dizer que Deus não era bom. "Portanto o dizer que homossexuais escolhem sua tendência é um escape completamente irresponsável de nossa igreja". Já comentei esta frase mais acima e constarei que a irresponsabilidade foi sua nesta afirmação. "Minha pergunta é: O que fazem os evangélicos para o beneficio de homossexuais e Lésbicas cristãos? Em cada família existe a possibilidade de haverem pessoas homossexuais. Isso e um fato da vida". Bem, como disse a grande maioria dos irmãos tendem a aceitar bem pessoas sinceras que estão tentando encontrar apoio e mudar o comportamento homossexual. Leva tempo, a comunidade deve saber aceitar a pessoas, como filhos de Deus que buscam a salvação. 
Não temos entidades organizadas na nossa igreja especificamente para este trabalho, temos uma ou outra iniciativa pioneira. São oferecidos palestras e orientações preventivas e os pastores em geral oferecem aconselhamento e acompanham muitos destes casos por anos. Eu próprio estive ministrando um curso de aconselhamento para todos os pastores da União Nordeste (+/- 120), cerca da 3 anos atrás, onde uma das aulas foi sobre como tratar com o homossexual e ministrar-lhe com amor. Assim, de alguma forma, os pastores têm recebido treinamento sobre o assunto. No meio evangélico, existe a Exodus Internacional filiada aqui no Brasil ao CPPC (Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos, do qual faço parte), que oferece congressos, acampamentos e seminários sobre o tema da homossexualidade para todas as pessoas interessadas, homo ou heterossexuais.  Pessoalmente tenho contribuído com esta organização e já vi várias conversões e transformações neste ambiente. O objetivo é treinar as igrejas para saber como receber, tratar e ajudar na mudança da homossexualidade para a heterossexualidade. Acredito em todo esforço cristão e amoroso para propiciar um espaço terapêutico onde os homossexuais possam sentir o amor salvador e transformador de Jesus.  Aí está meu irmão minha opinião sincera sobre este tema que é bastante importante para a igreja de hoje e o será cada vez mais quanto mais nos aproximarmos do fim. Receba meu abraço fraterno e aqui continuo a seu dispor.
 
 
 
8 DIREITOS DADOS PELO CRIADOR
Nas premissas bíblicas não há elementos capazes de autorizar o domínio do homem sobre outros homens, à exceção do domínio próprio, que é o domínio do homem sobre si mesmo. Ao se conceituar adequadamente pecado, percebe-se que pecado é sempre uma alteração da ordem estabelecida por Deus, não necessariamente ordem (mandamento), mas ordem (equilíbrio), embora o mandamento seja o principal agente mantenedor do equilíbrio.
Pode-se observar que todos os indivíduos das espécies animais criados por Deus situam-se no binômio macho e fêmea, e a mesma atração que atua entre o homem e a mulher os atrai entre si. No rompimento desse equilíbrio está o gérmen em potencial da extinção de uma espécie.  Mais do que um dom, a sexualidade é um direito, e os direitos do homem são flagrantemente reconhecidos por Deus: “a César o que é de César” (Mateus 22:21). Todavia, os direitos inventados pelo homem são de sua responsabilidade.
Quando homens e mulheres deixam-se alterar em sua identidade sexual, não importa quando, como ou por que, só existe um caminho para reassumi-la. Alterações da natureza transformam-se em amarras de tamanha resistência que não podem mais ser rompidas pelas pessoas, nem pela medicina, senão por um poder maior: “Se, pois, o Filho [de Deus] vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36). A humanidade encontra-se em processo irreversível de solidão. Quanto mais promíscua é uma pessoa, maior a solidão que ela acumula, porque a solidão é diretamente proporcional à sua incapacidade de amar.
A famosa expressão “amor livre”, tão em voga modernamente, de amor só tem o rótulo. Na ótica do Criador só existem dois seres capazes de se formar uma só carne. O problema, portanto, não é ser ou não homossexual, mas estar ou não estar homossexualizado. No plano criador de Deus, ninguém é homossexual.
Paulo aos Romanos (1:18-32), no início do primeiro século: "Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém! Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; estando cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem”.  
Por onde se introduz a comida para dentro do corpo: é pelo nariz ou pela boca? Por onde se introduzem as imagens para dentro do corpo: é pela boca ou é pelos olhos? Por onde se introduz o perfume para dentro do corpo: é pelo ouvido ou pelo nariz? Por onde se introduz o esperma para que se realize o ato de amor e se perpetue a espécie humana: é pela boca (sexo oral)? É pelo ânus (sexo anal)? É pela vagina (sexo natural)?
São perguntas muito simples, com uma só resposta. Mas a respeito desta última, tem se feito um enorme e desnecessário cavalo de batalha, comprometendo a reputação de psicólogos, sociólogos, antropólogos, médicos e de alguns poucos religiosos.
A homossexualidade não é um caso isolado. Muito menos uma questão recente. Antes da legislação mosaica sobre o assunto – "com varão não te deitarás, como se fosse mulher: abominação é" (Levítico 18:22) - já se verificara uma estrondosa explosão coletiva de contatos sexuais anormais em Sodoma e Gomorra (Gênesis 19). Apesar de ser um problema moral basicamente simples, ele se tornou de fato muito complexo nos dias atuais. A complicação deriva do afastamento do conceito bíblico sobre o assunto e da tentativa de explicar e justificar o fenômeno de acordo com a fraqueza humana.
Apesar de tudo, a palavra do apóstolo Paulo ainda é atual e até cientifica. A homossexualidade é o abandono do modo natural por outro contrário à natureza. Não é à toa que o médico Carlos Alberto Morais de Sá, professor titular da UniRio, lembra que "Biologicamente a mulher foi preparada para receber o esperma. O homem não". E, porque há homens recebendo o esperma o mundo inteiro está sob a ameaça de uma epidemia de AIDS – "e isso numa época em que se imaginava não haver mais epidemia ou pelo menos poder se controlá-las" (A Peste e a Culpa em Veja 14/08/85, pág 68).
Mas o problema não é só este: há ainda contatos sexuais contrários à natureza numa relação heterossexual e até dentro do casamento. O sexo anal, explica o médico britânico John Seale, "implica rompimento dos vasos microscópicos por onde se imiscui o vírus". Os médicos concordam que "o relacionamento heterossexual tradicional é potencialmente menos perigoso porque a mucosa vaginal é mais resistente à fricção e possui uma camada de células naturalmente protegida contra agressão de vírus".
O problema da homossexualidade deixou de ser assunto só de religião. Os médicos como que pedem desculpas por entrar nesta área, alegando sempre, como o americano Walter Dowdle, que "não se trata de moralismo, pois a questão é biológica". É por isso que o Sr.  Eugênio de Araújo Sales, explica a epidemia da AIDS como o revide da natureza violentada, "Dado o voluntário esquecimento da verdade ou insubordinação às orientações da fé e mesmo da sã razão".
A situação é tal que o médico paulista Ricardo Veronesi afirmou: "o direito do homossexual, em termos de saúde pública, vai até o ponto de não interferir no direito da comunidade". E em termos de religião?
Os relatos de Gênesis (1:27; 2:18,21-24) e (Mateus 19:4-6) ensinam que Deus criou a humanidade de uma maneira específica (macho e fêmea) com propósitos específicos relativos a isso (casamento, unidade sexual e procriação subentendidos). O lugar mais adequado para começar uma avaliação bíblica sobre a homossexualidade não é com textos que o rejeitam, mas com textos que sustentam e apóiam essas passagens condenatórias. Essa abordagem de pano de fundo é algo que quase todos os escritores pró-homossexuais falham em suprir.
A consideração do relato da criação é vital por muitas razões. Para começar, é um relato da criação. Homens e mulheres não são o produto cego de uma evolução ao acaso em que, literalmente, nada é normativo e os indivíduos são livres para escolher sua própria moralidade ou sexualidade. Os homens devem prestar contas ao Deus que os criou; eles não são o produto de uma natureza impessoal que não se importa com o estilo de vida deles. Abaixo estão cinco razões pelas quais o relato da criação é decisivo para qualquer discussão bíblica sobre a homossexualidade.
Se a homossexualidade fosse de alguma maneira legítima, as Escrituras não assumiriam uma inclinação heterossexual, mas incluiriam a opção homossexual. Se Deus tivesse a intenção de que o homem fosse bissexual, ou homossexual, ou se Ele tivesse criado o homem andrógino, o fato de criá-lo dessa maneira seria evidente em outros relatos das Escrituras relacionados à natureza do homem. Mas, o único padrão mantido e defendido é o heterossexual". Do primeiro capítulo de Gênesis até o livro de Apocalipse, o significado duplo de expressão sexual-genital – a saber, procriação e união – é claramente manifesto. Javé é descrito como o noivo fiel, e Israel, como a noiva fiel, indicando que o amor heterossexual pode ser a base para se expressar o mistério de Deus em amar a raça humana... Além disso, o autor de Efésios reitera a mesma verdade revelada sobre a sexualidade humana, no contexto da sublime comparação em que o marido é comparado a Cristo e a mulher à Igreja. Quando o autor deseja descrever o amor que Cristo tem pela Sua Igreja, ele se volta para o amor heterossexual do marido e da mulher. (Efésios 5:25,28). Em outras palavras, as Escrituras estão impregnadas com premissas concernentes à adequação da heterossexualidade; por comparação, a homossexualidade está ausente exceto quando se trata de condenação.
 
9 EXEGESE BÍBLICA SOBRE A QUESTÃO HOMOSSEXUAL
O Grupo Gay da Bahia, fundado e dirigido por Luiz Mott, sempre envia em sua defesa da homossexualidade um texto com o seguinte título: “O que todo crente deve saber sobre a homossexualidade”. Como o texto contém vários erros de exegese bíblica, a redação achou por bem fazer as necessárias correções, a bem do próprio grupo e do público em geral. Nesta matéria não pode haver nem dúvida nem imprecisão. O texto diz que “não há na Bíblia nenhuma só vez a palavra homossexual nem homossexualidade” e que estes vocábulos surgiram na Alemanha em 1869. Ora, isto não tem a menor importância. O importante é que a Bíblia se pronuncia sobre o assunto com absoluta clareza. As palavras usadas no original grego, por exemplo, em 1Coríntios 6:9 – “Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão  o reino de Deus” – são até mais fortes e mais técnicas. A palavra geralmente traduzida para efeminado é “malakos”, que define o elemento passivo numa relação homossexual. Já sodomita é “arsenokoítes”, que define o homem que tem relação com outro homem. Então, o sentido é um só. 
O texto que diz: “a prática do amor entre pessoas do mesmo sexo é mais antiga que a própria Bíblia” e que “há documentos egípcios datados de 500 anos antes de Abraão, que revelam a prática do homo-erotismo não só entre homens, mas entre os deuses Seth e Horus”.  Isto não é novidade para o leitor da Bíblia. Ele sabe muito bem que as nações de Canaã praticavam a homossexualidade e por esta razão contaminaram a terra, da qual foram vomitados por Deus (Levítico 18:24-27; 1Reis 14:24). Israel deveria ser diferente: “Com homem não te deitarás como se fosse mulher: é abominação (Levítico 18:22)”. Mais tarde, porém, na época de Roboão, “por toda parte havia homossexuais e o povo de Judá ficou tão corrompido, como as nações que adoravam deuses falsos, aquelas nações que o Senhor expulsou para dar lugar ao seu povo (1Reis 14:24)”. As casas de prostituição de homens só foram fechadas cerca de 50 anos depois, no reinado de Josafá, bisneto de Roboão (1Reis 22:47).
O texto que diz: “condenou apenas a homossexualidade masculina, pois não há nenhuma referência no Velho Testamento à mulheres que dormissem com outras mulheres”. E pergunta: “Teria Deus se esquecido, como aconteceu com a Rainha Vitória, de incluir na condenação as mulheres?” Deus não faz distinção entre homens e mulheres. As normas que Ele dita são endereçadas ao gênero humano, ao homem e à mulher. O “Não adulterarás” (Êxodo 20:7), por exemplo, se destina não só à mulher, mas também ao homem. O que se condena em Levítico 18:22 é o intercurso sexual entre pessoas do mesmo sexo. Se o Grupo Gay da Bahia quer um pronunciamento do tipo “Com outra mulher não te deitarás, como se fosse homem”, vai encontrar algo parecido em Romanos 1:26 – “Suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza.
O texto que diz: “as abominações do Levítico devem ser entendidas e reinterpretadas historicamente”. A prova disso é que na relação das uniões abomináveis de Levítico 18:19-30, encontra-se também a proibição da relação sexual com mulher menstruada, que não tem hodiernamente o mesmo peso das outras abominações.  Embora em Levítico a proibição da relação sexual com mulher em dias de menstruação esteja lado a lado com a proibição da homossexualidade, não é possível interpretar apenas historicamente a prática homossexual. Primeiro, porque em toda a Escritura ensina-se que o sexo deve expressar-se dentro da proteção do vínculo matrimonial (heterossexual). Segundo, porque, fora do Levítico, não há nenhuma outra referência às relações com mulher menstruada, enquanto que a Bíblia volta a insistir na condenação da homossexualidade em vários outros textos, em várias outras ocasiões. A prática homossexual está sempre relacionada com o juízo de Deus (Gênesis 19:1-29; Levítico 18:24; Romanos 1:18-22; 1Coríntios 6:9-10 e 1Timóteo 1:10). Não se nega, no entanto, a inconveniência de uma relação quando a esposa está menstruada, por razões de higiene e saúde, especialmente para um povo em trânsito, como era o caso de Israel.
O texto que diz que a prática homossexual foi proibida porque é uma relação não reprodutiva, pela mesma razão proibia-se a masturbação, o bestialismo e o coitus interruptus (o pecado de Onã). Se Deus prometeu a Abraão que sua descendência seria mais numerosa que as estrelas do céu, “toda relação sexual que não fosse procriativa estava assim impedindo o crescimento do povo eleito”.  Não é verdade. O homem e a mulher têm o direito de manter relações sexuais dentro do matrimônio não só para procriar. Basta examinar o texto de 1Coríntios 7:5 –“Não vos priveis um ao outro, salvo, talvez, por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e novamente vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência”. Havia outras relações sexuais proibidas que eram procriativas: os casamentos consangüíneos (Levítico 18:6-17), a bigamia (Levítico 18:18) e o adultério (Levítico 18:20). Porque suas esposas foram estéreis, durante um longo período de tempo, Abraão, Isaque e Jacó, os pais da nação judaica, e outros personagens da Bíblia mantiveram relações sexuais não reprodutivas normalmente.
O texto que diz: “se a homossexualidade é uma prática tão condenável, como explicar a relação homossexual existente entre o rei Davi e Jônatas e como entender a sugestão do Eclesiastes: “É melhor viverem dois homens juntos do que separados; se os dois dormirem juntos na mesma cama se aquecerão melhor”.  O Grupo Homossexual da Bahia não está sendo honesto no uso das Sagradas Escrituras. Nunca houve relação homossexual entre Davi e seu cunhado Jônatas. É grave deturpação ver indícios de homossexualidade na parte do poema Hino do Arco, composto por Davi logo após a morte de Saul e Jônatas, que diz: “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; tu eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor das mulheres (2Samuel 1:26)”. Ambos eram casados e estavam sob circunstâncias muito difíceis criadas pelo rei Saul, pai de Jônatas e sogro de Davi. Jônatas se portou admiravelmente com referência a Davi, aquele que ele entendeu ser o ungido de Deus para ocupar o trono do pai, não obstante a sua posição de herdeiro. O filho de Saul protegeu a vida de Davi em várias ocasiões contra o próprio pai. Daí a admiração de Davi por Jônatas. O caráter de Davi era obviamente heterossexual. Os erros que ele cometeu foram nesta direção: além de ter se casado com mais de  uma mulher (Mical, Ainoã, Abigail, Maaca, Hagite, Abidal, Eglá e Bateseba), ainda cometeu adultério com a mulher de Urias (1Samuel 18:20, 2Samuel 3:2-5 e 11:1-27).
Um dos nove livros da década de 70 que promove a teologia favorável ao homossexualismo é Jonathan loved David (Jônatas amou a Davi), escrito pelo pastor episcopal Tom Horner. O livro pretende dizer que entre Jônatas (filho de Saul) e Davi (genro de Saul) havia uma relação homossexual. É verdade que Jônatas amou a Davi. Está lá nas Escrituras Sagradas: “A alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou, como a própria alma” (1Samuel 18:1).
Não era só Jônatas que amava Davi. Saul também “o amou muito” (1Samuel 16:21). Mical, a irmã de Jônatas, “amava a Davi” (1Samuel 18:20).Também não era só a família de Saul que amava a Davi. A mesma Escritura afirma que “todo o Israel e Judá amavam a Davi” (1Samuel18:16). O jovem “era benquisto de todo o povo, e até dos próprios servos de Saul” (1Samuel 18:5). Por que Davi era o amado de todo o mundo? Por causa de sua simpatia, da sua simplicidade, da sua coragem, do seu caráter, da sua “boa aparência” (1Samuel 16:12 e 18, 17:42) e por dedilhar tão bem a sua harpa ( 1Samuel 16:18). Davi gerava confiança nos outros, a tal ponto que “ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito” (1Samuel 22:2). Inicialmente eram 400 pessoas. Esse número elevou-se pouco depois para 600 homens (1Sm 23:13, 27:2, 30:9).
Há uma coisa que aproxima Jônatas e Davi. Os dois amigos tinham uma fé simples no poder e na atuação de Deus. Eles eram iguais quanto a isso. Jônatas explicou ao seu escudeiro que “para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos” (1Samuel 14:6). Por essa razão, ele teve coragem para invadir, só com o escudeiro, uma guarnição dos filisteus e obter vitória. Igualmente Deus explicou a Saul que, se o Senhor o tinha livrado das garras do leão e das garras do urso, livrá-lo-ia também do gigante filisteu. Por essa razão, ele teve coragem para enfrentar Golias com apenas cinco pedrinhas lisas retiradas do ribeiro (1Samuel 17:34-40).
A dificuldade de Davi nunca foi homossexual. Sua poligamia (Mical, Abigail, Ainoã, Maaca, Hagita, Abital, Eglá, Bate Seba e outras) e seu adultério com a mulher de Urias mostram que a dificuldade do famoso salmista era heterossexual (1Samuel 18:27, 25:42-43, 2Samuel 3:2-5,11:1-27). A este respeito, escreve o rabino Henry I. Sobel, da Congregação Israelita Paulista: O íntimo relacionamento entre Jônatas e Davi é visto na Bíblia como um modelo de amizade. Em nenhum lugar das Escrituras se encontra referência a uma ligação homossexual entre eles. O versículo normalmente citado para justificar o homossexualismo é aquele em que Davi chora a morte de Jônatas, dizendo: ‘Teu amor me era mais precioso que o amor das mulheres’ (2Samuel 1:26). É importante observar, entretanto, que a palavra hebraica ahavá não significa apenas amor no sentido conjugal/sexual, mas também no sentido paternal (‘Isaque gostava de Esaú’, em Gênesis 25:28), no sentido de amizade ( ‘Saul afeiçoou-se a Davi’, em 1Samuel 16:21), no sentido de amor a Deus (‘Amarás o Senhor, teu Deus’, em Deuteronômio 6:5) e no sentido de amor ao próximo (‘Amarás o próximo como a ti mesmo’, em Levítico 19:18). Em todos estes exemplos, o verbo usado na Torá (a Bíblia hebraica) é ahavá. É por razão lingüística — e não por falso pudor — que a maioria das traduções bíblicas cita 1Samuel 1:26 ‘Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres”.
O texto que diz: “foi apenas a partir do 1º século depois de Cristo que se começou a interpretar a destruição de Sodoma e Gomorra como conseqüência da fornicação”. O próprio Cristo nunca se referiu a estas cidades como antro de imoralidade; pelo contrário, disse que no final dos tempos Sodoma e Gomorra seriam tratadas com mais benevolência do que Jerusalém, por ter recusado a mensagem de amor que o Mestre pregava...  E a homossexualidade, o que é senão o amor entre pessoas que nasceram com esta preferência existencial?   Antes de mais nada é preciso constatar sem sombra de dúvida que as cidades da planície próxima ao Mar Morto, das quais Sodoma e Gomorra são as mais importantes, foram mesmo destruídas por Deus, “na sua ira e no seu furor (Deuteronômio 29:23). As seguintes passagens o comprovam: (Gênesis 19:24-25; Isaías 13:19; Jeremias 50:40; Ezequiel 16:49-50; Malaquias 4:11; 2Pedro 26 e Judas 7). Outro detalhe a observar é a severidade do castigo: a subversão de Sodoma e Gomorra alterou por completo a região toda, antes “bem regada, como o Jardim do Senhor (o Éden), como a terra do Egito (os aluviões do rio Nilo), como quem vai para Zoar (Gênesis 13:10)”. Pedro declara que as cidades foram reduzidas a cinzas e ordenadas “à ruína completa (2Pedro 2:6)”. Agora resta saber qual foi o pecado principal de Sodoma e Gomorra. A primeira referência ao comportamento moral das cidades situa-se na ocasião em que Ló se separou de Abraão e se dirigiu para as Campinas: registra-se então que “os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor (Gênesis 13:13)”. Pouco depois, o próprio Deus explica a Abraão que “o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado e o seu pecado se tem agravado muito (Gênesis 18:20). Os dois enviados de Deus vão pessoalmente a Sodoma para ver o que está realmente acontecendo na cidade (Gênesis 18:21 e 19:1). Eles não só vêm, mas experimentam na própria pele a devassidão de Sodoma: os homens, “assim os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados (Gênesis 19:4), pedem a Ló que lhes entregue os seus hóspedes: “Traze-os fora a nós para que abusemos deles (Gênesis 19:5). Ló tenta engambela-los e lhes oferece as duas filhas virgens que nenhuma atração exercem sobre a turma tresloucada. O que eles querem mesmo são os estranhos visitantes que entraram em Sodoma à noitinha e que Ló constrangeu a se hospedar em sua casa.
A resistência de Ló provoca uma série ameaça: “A ti faremos pior do que a eles (Gênesis 19:9)”. Não é só ameaça: a multidão se arremete contra Ló e se chega para arrombar a porta de sua casa. O estupro masculino só não se realiza porque há um livramento sobrenatural. Então qual era o pecado principal de Sodoma? Judas afirma que Deus destruiu “Sodoma, Gomorra e as cidades vizinhas por se terem prostituído, procurando unir-se a seres de uma natureza diferente (Judas 7)”. É tão certo que o principal pecado de Sodoma era a completa perversão sexual que se criou o vocábulo sodomia, sinônimo de homossexualidade e, às vezes, até de bestialismo. Naturalmente um pecado nunca sobrevive sozinho – um abismo sempre chama outro abismo (Salmo 42:7). Sodoma sem dúvida era um caos moral, inclusive na área da justiça social, como salienta o profeta Ezequiel. Jesus chama atenção para a preocupação exclusiva e excessiva com os valores terrenos e seculares de Sodoma – “O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam  e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos (Lucas 17:28-29)”.
O texto diz que Paulo não quis se referir explicitamente aos homossexuais nas conhecidas passagens de Romanos 1:26-27; 1Coríntios 6:9 e Timóteo 1:10. O apóstolo condenava apenas a depravação e a decadência moral do Império Romano “e não o amor inocente tal qual Davi pratica com Jônatas”. Esta é mais uma tentativa de continuar na homossexualidade sem perder o direito de herdar o reino de Deus. A tese não resiste em qualquer análise, não tem suporte. Quando, em Romanos 1:26-27, Paulo fala de homens que deixam a relação natural com a mulher e ardem em desejo uns para com os outros, praticando torpeza homens com homens, de que está falando? Quando fala de mulheres que mudam as relações naturais por relações contra a natureza, de que está falando? Sem dúvida o apóstolo está falando de depravação e decadência moral, porém em especificamente em homossexualidade masculino e feminino. Nas outras duas passagens – 1Coríntios 6:9 e Timóteo 1:10, Paulo ainda está se referindo aos que se dão às práticas homossexuais, tanto ao “malakós” (efeminado) como ao “arsenokoitês” (homem que tem relações com outro homem). Não vamos dar à homossexualidade o bonito nome de “amor inocente”, nem jogar Davi e Jônatas em áreas de torpeza e aberração moral.
O texto diz que Jesus nunca falou sobre homossexualidade nem o condenou, embora tenha condenado “a dureza do coração, a intolerância dos fariseus, o formalismo daqueles que se apegam à lei e esquecem a caridade e o amor”. Mais ainda, “Jesus demonstrou grande abertura para a homossociabilidade, tendo predileção por um de seus discípulos, o adolescente João, o discípulo que Jesus amava, que, na última ceia, estava delicadamente recostado no peito do divino Mestre”.  De fato, os Evangelhos não registram nenhuma referência direta de Jesus à homossexualidade. Muito provavelmente porque não se tornou necessário. Seu ministério se realizou entre os judeus, que não admitiam tal prática (ver a reação de todo o povo contra o pecado de Gibeá, nos três últimos capítulos de Juízes). Esta anomalia sexual era mais comum entre os gentios (Romanos 1:18-32). Mas, Jesus falou de “relações sexuais ilícitas (Mateus 5:32) ou fornicação (porneia, no original grego). Além do mais, Ele elevou a moral sexual ao mais alto nível: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela (Mateus 5:28)”. Se Jesus considerava adultério mental o olhar impuro de uma pessoa para outra de sexo diferente, o que Ele diria de uma relação homossexual? A chamada “grande abertura de Jesus para a homossociabilidade” é pura invencionice, acompanhada de uma boa dose de malícia. Jesus foi amigo de todos: de homens e mulheres igualmente. Era chamado pela crítica  de “amigo de publicanos e pecadores (Mateus 11:19)”, por se aproximar de pecadores para traze-los de volta ao caminho da vida, entre eles a mulher samaritana (João 4:1-42), a mulher adúltera (João 8:1-11) e a mulher pecadora (Lucas 7:36-50). Várias mulheres da Galiléia acompanhavam Jesus e os discípulos em suas viagens e ainda o serviam com os seus bens (Lucas 8:1-3). Ele “amava a Marta, e a sua irmã (Maria) e a Lázaro (João 11:5)”. Ele curou e ressuscitou homens e mulheres. E, depois de ressureto, apareceu primeiro para Maria Madalena (João 20:11-18). Jesus não praticou a homossociabilidade, nem a heterossociabilidade, mas a “polissociabilidade”. Era amigo inclusive das crianças (Marcos 10:13-16).
O texto diz que  “a Bíblia é um livro antigo e que interpretar tudo ao pé da letra é ignorância e farisaísmo”. Além da Bíblia, “há também a Ciência, que diz claramente que a homossexualidade não é doença, nem pecado, nem crime”. Embora seja um livro antigo, a Bíblia é a Palavra de Deus e a única regra de fé e prática, além de ser notavelmente atual. De fato, exige uma interpretação cuidadosa e correta. É ela o principal sustentáculo da ordem e da conduta moral, a “candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da Alba nasça em nossos corações (2Pedro 1:19)”. A Ciência não se mete em moral, não faz julgamentos. Não é ela que vai dizer se isto ou aquilo é pecado ou não. A palavra pecado é um termo da Teologia e define qualquer comportamento contrário à vontade do Criador e Senhor de tudo e de todos. Mas, a Ciência não parece tão aliada à homossexualidade quanto o Grupo Gay da Bahia dá a entender: o Dicionário de Psicologia diz que o “comportamento homossexual é considerado anormal, porque contraria a regra da natureza (E. Dorin)”.
Essas passagens estão repletas de referências a homossexualidade e, implicitamente, também ao movimento homossexual cristão. As passagens paralelas ao trecho de Romanos são dignas de nota. Em 2Pedro 2, observe que o contexto envolve "falsos mestres entre vós" (i.e. dentro da igreja) que ardilosamente introduzem "heresias destrutivas" até mesmo negando o Mestre (Jesus) que os comprou. Note, além disso, que muitos seguirão sua "sensualidade" (v. 2) ou "caminhos vergonhosos", e por causa de tais mestres o caminho da verdade será "difamado" ou distorcido. Tais pessoas são consideradas como repletas de ganância e descritas como sendo aquelas que exploram os cristãos com "palavras falsas" ( v. 3) ou "fábulas". Até aqui, a passagem é aplicável tanto a homossexuais quanto a "homossexuais cristãos" que promovem os tipos de argumentos que temos considerado no livro “Os Fatos Sobre a Homossexualidade”. Note também que nessa passagem é a homossexualidade que é diretamente citada como ilustração de todos acima. Sodoma e Gomorra são mencionadas especificamente por terem sido destruídas como "um exemplo para aqueles que viessem a viver vidas impiedosas depois disso."
O livro de Judas continua a rejeitar a homossexualidade: "Como Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas que, havendo-se entregue à prostituição como aqueles seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição... Ora estes da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne, como rejeitam governo e difamam autoridades superiores... Estes, porém, quanto a tudo que não entendem, difamam... Estas são as coisas que os destroem... São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito" (Judas 7-19). Essas palavras dispensam qualquer explicação e requerem pouco comentário. Examinamos os principais e mais explícitos versículos das Escrituras relacionados à homossexualidade. Aquele que afirma que a questão bíblica contra a homossexualidade é baseada em alguns textos "isolados" e "obscuros", simplesmente não entende o peso desses trechos das Escrituras. Além dos versículos acima, há um grande número de versículos adicionais que são aplicáveis às práticas homossexuais apesar do termo em si não ser usado.
Um dos nove livros da década de 70 que promove a teologia favorável ao homossexualismo é Jonathan loved David (Jônatas amou a Davi), escrito pelo pastor episcopal Tom Horner. O livro pretende dizer que entre Jônatas (filho de Saul) e Davi (genro de Saul) havia uma relação homossexual.
É verdade que Jônatas amou a Davi. Está lá nas Escrituras Sagradas: “A alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou, como a própria alma” (1Samuel 18:1). Não era só Jônatas que amava Davi. Saul também “o amou muito” (1Samuel 16:21). Mical, a irmã de Jônatas, “amava a Davi” (1Samuel 18:20).Também não era só a família de Saul que amava a Davi. A mesma Escritura afirma que “todo o Israel e Judá amavam a Davi” (1Samuel 18:16). O jovem “era benquisto de todo o povo, e até dos próprios servos de Saul” (1Samuel 18:5). Por que Davi era o amado de todo o mundo? Por causa de sua simpatia, da sua simplicidade, da sua coragem, do seu caráter, da sua “boa aparência” (1Samuel 16:12 e 18, 17:42) e por dedilhar tão bem a sua harpa (1Samuel 16:18). Davi gerava confiança nos outros, a tal ponto que “ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito” (1Samuel 22:2). Inicialmente eram 400 pessoas. Esse número elevou-se pouco depois para 600 homens (1Samuel 23:13, 27:2, 30:9).
Há uma coisa que aproxima Jônatas e Davi. Os dois amigos tinham uma fé simples no poder e na atuação de Deus. Eles eram iguais quanto a isso. Jônatas explicou ao seu escudeiro que “para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos” (1Samuel 14:6). Por essa razão, ele teve coragem para invadir, só com o escudeiro, uma guarnição dos filisteus e obter vitória. Igualmente Deus explicou a Saul que, se o Senhor o tinha livrado das garras do leão e das garras do urso, livrá-lo-ia também do gigante filisteu. Por essa razão, ele teve coragem para enfrentar Golias com apenas cinco pedrinhas lisas retiradas do ribeiro (1Samuel 17:34-40).
A dificuldade de Davi nunca foi homossexual. Sua poligamia (Mical, Abigail, Ainoã, Maaca, Hagita, Abital,Eglá, Bate Seba e outras) e seu adultério com a mulher de Urias mostram que a dificuldade do famoso salmista era heterossexual (1Samuel 18:27, 25:42-43, 2Samuel 3:2-5,11:1-27). A este respeito, escreve o rabino Henry I. Sobel, da Congregação Israelita Paulista:  “O íntimo relacionamento entre Jônatas e Davi é visto na Bíblia como um modelo de amizade. Em nenhum lugar das Escrituras se encontra referência a uma ligação homossexual entre eles. O versículo normalmente citado para justificar o homossexualismo é aquele em que Davi chora a morte de Jônatas, dizendo: ‘Teu amor me era mais precioso que o amor das mulheres’ (2Samuel 1:26). É importante observar, entretanto, que a palavra hebraica ahavá não significa apenas amor no sentido conjugal/sexual, mas também no sentido paternal (‘Isaque gostava de Esaú’, em Gênesis 25:28), no sentido de amizade ( ‘Saul afeiçoou-se a Davi’, em 1Samuel 16:21), no sentido de amor a Deus (‘Amarás o Senhor, teu Deus’, em Deuteronômio 6:5) e no sentido de amor ao próximo (‘Amarás o próximo como a ti mesmo’, em Levítico 19:18). Em todos estes exemplos, o verbo usado na Torá (a Bíblia hebraica) é ahavá. É por razão lingüística — e não por falso pudor — que a maioria das traduções bíblicas cita 1Samuel 1:26 ‘Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres”.
 
9.1 A BÍBLIA DIZ QUE HÁ ESPERANÇA PARA O HOMOSSEXUAL 
A Bíblia diz que há esperança e liberdade para o homossexual! 1Coríntios 6:9,10, nos diz que os imorais, os idólatras, as prostitutas e aqueles que praticam homossexualidade não podem herdar o reino de Deus. Leia agora o versículo 11 deste capítulo. Seja qual for o pecado, Deus está disposto a perdoar-nos e a transformar-nos para que possamos agrada-lo. (Moisés, o rei Davi e o apóstolo Paulo), e prostitutas (Raabe e Maria Madalena). Por que Deus iria usar estas pessoas? Para provar que nenhum pecado era grande demais para Deus perdoar. Estas pessoas confiaram no amor de Deus por elas e permitiram que Ele transformasse suas vidas. É verdade que pensar nas transformações pode causar medo. Porém, deve-se lembrar que Deus ama você e o conhece profundamente. Ele entende os seus temores. Ele sabe de todas as coisas que tem ferido você e entende sua necessidade de amor. Deus nunca pediria que você fizesse uma coisa que fosse impossível, e para Deus tudo é possível. Isto inclui a libertação da homossexualidade. Você resistirá a Deus e seu grande amor por você, perdendo assim a vida? Será que um simples momento de prazer passageiro vale o preço que você pagará nesta vida e também na eternidade? Nenhuma coisa tem mais valor do que o amor de Deus. Confie nele e descubra o amor que Ele tem por você (Isaías 1:18-20).
Apesar do mito popular que diz que “os homossexuais não podem mudar”, temos visto prova bíblica de que eles podem mudar. As desculpas, “uma vez homossexual sempre homossexual”, “eu não posso mudar porque nasci assim”, não constituem a verdade segundo as Escrituras. Muitos antigos homossexuais até já se casaram e tiveram famílias, não como prova ou troféu de sua libertação da homossexualidade e, sim como evidência de sua nova vida em Cristo. É claro que não é fácil para esses indivíduos deixarem a única vida que antes conheciam. Cada um deles enfrentou lutas, rejeição e tentação, mas nunca desistiram de crer na habilidade de Deus de transformar as suas vidas. Estavam decididas a continuarem na sua relação com Deus, sabendo que Ele os ajudaria a enfrentarem um novo futuro (1Coríntios 5:17).
Nosso propósito em escrever este texto não foi condenar os praticantes da homossexualidade. Nós amamos vocês. Por causa deste amor, nós nos atrevemos a compartilhar o que sabemos ser a verdade – para que experimentemos o tremendo amor de Deus por vocês! A Bíblia diz que quando sabemos a verdade esta nos liberta. Jesus é a verdade e Ele deseja ardentemente que você participe da sua vida.          
 
9.2 TEOLOGIA HOMOSSEXUAL
"Não se enganem, não herdarão o reino de Deus os imorais, os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os difamadores, os marginais. Alguns de vocês eram assim. Mas foram lavados do pecado, separados para pertencerem a Deus e aceitos por ele por meio do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus" (Apóstolo Paulo em 1Coríntios 6:9 a 11)
Quem vê as recentes conquistas do movimento homossexual (palavra inglesa que significa alegre, como adjetivo, e homossexual, como substantivo) na mídia e na sociedade nem imagina que até a década de 1950 não havia nenhum movimento organizado por homossexuais em prol de seus "direitos". Em apenas 50 anos, os homossexuais saíram do aparente anonimato para o status de defensores dos direitos humanos. O fenômeno, ao contrário de muitos outros movimentos sociais, não foi espontâneo. O plano foi cuidadosamente engendrado e paulatinamente executado, visando à homossexualização da sociedade, objetivo bem expresso na frase "o mundo é homossexual", cunhada pelos próprios militantes. E para neutralizar a oposição da Igreja, intelectuais e teólogos envolvidos na militância lançaram as bases do que hoje se chama "Teologia Cristã Homossexual".
Para validar seu comportamento, os militantes homossexuais recorrem a todo tipo de argumentação. À primeira vista, as pessoas menos informadas podem achar que as declarações dos ícones do movimento homossexual fazem sentido e se baseiam em fatos incontestáveis. Puro engano. Na verdade, esses argumentos não resistem a uma análise mais acurada e desprovida das motivações que estão por trás da maioria das afirmações dos mentores do movimento homossexual, incluindo sua teologia.
Luiz Mott, doutor em Antropologia e presidente do "Grupo Homossexual da Bahia", considerado o maior mentor intelectual do movimento homossexual no Brasil, utiliza argumentos teológica, histórica e cientificamente inconsistentes. Esses argumentos são, na verdade, importados dos Estados Unidos e da Europa, onde nasceu e se desenvolveu a chamada "Teologia Homossexual". Portanto, vamos nos ater a seus argumentos, tendo em vista que, analisando a Teologia de Mott, estaremos focando os principais postulados da "Teologia Homossexual" mundial. Por exemplo, em artigo publicado na revista SuiGeneris (periódico homossexual), Mott lança o seguinte desafio: "Jesus era homossexual?" Absurda em si mesma, a pergunta norteia toda a tendenciosidade do artigo. E como todas as seitas costumam fazer, Mott ataca diretamente a pessoa, o caráter e a missão de Jesus, esvaziando os conteúdos da fé cristã para tentar demonstrar que Jesus era homossexual.
Mott começa seu ataque levantando dúvidas quanto à existência histórica de Jesus de Nazaré. Causa estranheza que um doutor em Antropologia, supostamente familiarizado com a História, alegue a inexistência da maior personalidade de todos os tempos. Até mesmo os inimigos de Jesus deram testemunho dele. Isso para não falar que a própria História foi dividida entre antes e depois de Cristo. Se a existência de Jesus foi uma fraude, César, Nero, Napoleão e Hitler são meras projeções da mente humana, pois a mesma História registra a existência e os atos de cada um. Entre os testemunhos históricos extra-bíblicos acerca de Jesus estão os de Flávio Josefo (historiador judeu 37-95 d.C.), do Talmude (coleção de doutrinas e comentários rabínicos acerca da Lei, elaborada a partir do primeiro século da Era Cristã), os Anais de Cornélio Tácito (historiador romano, morto em 120 d.C.), Caio Suetônio Tranqüilo (escritor e senador romano que viveu entre 69-141 d.C.), Plínio, o Moço (governador romano entre 62-113 d.C.), Adriano (imperador de Roma entre 117-138 d.C.), Luciano de Samosata (poeta grego do começo do segundo século), Júlio Africano (cronologista, comentando os escritos de um historiador samaritano chamado Talo, datados do ano 52 d.C.), Mar Bar-Serápio (prisioneiro sírio escrevendo uma carta a seu filho por volta do ano 73 d.C.).
Corroborando os registros anteriores, Joseph Klausner, ex-professor de Literatura Judaica em Jerusalém, afirma em seu livro Jesus of Nazareth: "Se apenas possuíssemos estes testemunhos, saberíamos efetivamente que na Judéia viveu um judeu chamado Jesus, a quem chamaram o Messias, o qual fez milagres e ensinou o povo; que foi morto, por ordem de Pôncio Pilatos, por denúncia dos judeus..." Portanto, Luiz Mott precipita-se quando afirma que "a fé é sempre um passo no escuro". Os cristãos, além do resplendor da infalível e inerrante Palavra de Deus, possuem as luzes da História. É como disse Jesus: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida" (João 8:12).
Além das contradições no campo da História, Mott não perde a oportunidade de pecar contra a verdade bíblica no campo da Teologia. Em seu panfleto "O que todo cristão deve saber sobre homossexualidade", o "Grupo Homossexual da Bahia", instituição presidida por Luiz Mott, apresenta dez motivos por que a Bíblia supostamente não reprova a homossexualidade. Seu primeiro equívoco foi dizer que "a palavra homossexual só foi inventada em 1869... Portanto, como a Bíblia foi escrita entre dois e quatro mil anos atrás, não poderiam os escritores sagrados ter usado uma palavra inventada só no século passado". Isso demonstra total falta de compreensão sobre o que significam terminologia e conceito. A palavra homossexual, ou homossexualismo, é termo recente, mas o conceito é antigo. É o próprio Mott quem diz que "a prática do amor entre pessoas do mesmo sexo, porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia". Portanto, a Bíblia fala sobre a prática homossexual mesmo sem utilizar a terminologia moderna, uma vez que a homossexualidade sempre foi contemporâneo dos escritores bíblicos.
Mott vai além da guerra de palavras e ataca o Levítico afirmando que "do imenso número de leis do Pentateuco apenas duas vezes há referência à homossexualidade (...) que inúmeras outras abominações do Levítico – como comer carne de porco ou o tabu em relação ao esperma ou ao sangue menstrual (...) foram completamente abandonadas". O que o antropólogo ignora é que se há duas referências à homossexualidade no Pentateuco (Levítico 18:22; 20:13), e ambas são proibitivas e punitivas, já se vê que Deus reprova a prática da homossexualidade sem necessidade de qualquer outro argumento. Além deste erro grosseiro, confundir preceito moral com cerimonial – ou seja, rituais – é um equívoco imperdoável mesmo para um iniciante em hermenêutica. Cerimônias foram removidas mediante o sacrifício de Cristo na cruz (Colossenses 2:14-17) Moralidade, não.
Copiando na íntegra o desgastado argumento da homossexualidade entre Davi e Jônatas, Mott pergunta retoricamente: "Se a homossexualidade fosse prática tão condenável, como justificar a indiscutível relação homossexual existente entre o rei Davi e Jônatas?" Indiscutível sobre que bases? Na verdade, quando Davi disse que o amor que sentia por Jônatas ultrapassava o de mulheres, ficou claro que este amor não tinha qualquer conotação erótica. Vale destacar o comentário exegético do rabino Henry I. Sobel à revista Ultimato, de setembro/outubro de 1998: "... a palavra hebraica ahavá não significa apenas amor no sentido conjugal/sexual. O verbo usado na Torá (a Bíblia hebraica) é ahavá. É por razão lingüística – e não por falso pudor – que a maioria das traduções bíblicas cita 1Samuel 1:26 assim: Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres".
Os "intelectuais" da militância homossexual teimam em ignorar os fatos. Além do problema com a História e a Teologia, revelam total desconhecimento da geografia da Terra Santa. Argumentando sobre o texto de Eclesiastes 4:11 ("Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?"), tentam demonstrar que num clima quente como o da Judéia dormir juntos só pode ter conotação erótica. Ignoram, porém, que em Israel também neva. Exemplo disso é o rigoroso inverno que em janeiro deste ano atingiu a Terra Santa, espalhando neve por toda parte. Além de acusarem Davi de homossexualidade, os militantes sugerem que Salomão – mulherengo como era! – teria escrito a favor da homossexualidade, o que não encontra respaldo hermenêutico no contexto do versículo que, na verdade, fala de cooperação mútua.
Falando sobre Sodoma e Gomorra, a militância homossexual afirma que quando os homens daquelas cidades pediram a Ló para conhecer os visitantes (os dois anjos com aparência humana) eles não pretendiam manter relações sexuais com eles: "...maliciosamente se interpretou o verbo ‘conhecer’ como sinônimo de ‘ato sexual’." É verdade, porém, que o verbo que aparece neste contexto é o hebraico yada, que tem vários significados e, segundo, especialistas, aparece mais de 900 vezes no Antigo Testamento, por exemplo: Saber – Gênesis 15:8; dar-se conta – Gênesis 3:9; reconhecer – Gênesis 12:11; conhecer pessoas – Gênesis 29:5; ser esperto em algo – 1Reis 9:27; ter relações sexuais – Gênesis 4:1; 19:5; 19:8; Juízes 19:22. Na história de Sodoma e Gomorra, esse verbo tem conotação sexual (Gênesis 19:5 – a ameaça dos homens o demonstra claramente), pois a resposta de Ló oferecendo suas duas filhas virgens só tem conotação sexual.
Mas eles não queriam as mulheres. Seu desejo era homossexual. Uma das melhores traduções da Bíblia foi feita pelo judeu André Chouraqui e chama-se A Bíblia – No Princípio. A tradução literal em sua Bíblia é: "Faze-os sair até nós, vamos penetrá-los (Gênesis 19:5)”. E: "Tenho duas filhas que homem algum jamais penetrou (Gênesis 19:8)”. Isso está em completa harmonia com o ensino do Novo Testamento em Judas 7, que confirma que a intenção dos homens de Sodoma era realmente de violação homossexual, assim como o demonstram 2Pedro 2:7-10 e 1Timóteo 1:8-10 que lista diversas violações da lei colocando os sodomitas lado a lado com os parricidas, matricidas e roubadores de homens.
"Não há evidência histórica ou arqueológica confirmando a real existência de Sodoma e Gomorra", dizem os militantes. Por que, então, eles perdem tanto tempo com toda a argumentação discutida até aqui? Entretanto, erram por não levar em consideração os últimos achados arqueológicos. Bryan Wood, diretor da Associates for Biblical Research (Associados para a Pesquisa Bíblica), afirma: "Quando empregamos as informações disponíveis das escavações e o emparelhamento geográfico destas cidades, podemos identificar Bab edh-Dhra como Sodoma, Numeria como Gomorra, es-Safi como Zoar, Feifa como Admá e Khanazir como Zeboim. Ele acredita que a evidência é imperiosa e por isso conclui: ‘Estas cidades da Era do Bronze Antigo, descobertas no país da Jordânia logo ao sudeste do Mar Morto, formam uma linha norte-sul ao longo da bacia sul do Mar Morto. Elas todas datam do tempo de Abraão e parece que são verdadeiramente as cinco cidades da planície mencionadas no Antigo Testamento".
Tentando neutralizar os escritos paulinos contra o comportamento homossexual, os militantes argumentam que as palavras efeminados e sodomitas empregadas em 1Coríntios 6:9-11 foram mal traduzidas. Entretanto, as palavras gregas malakoi e arsenokoitai têm significados específicos. Malakoi significa "macio ao tato". Arsenokoitai é composta de duas outras palavras arsen (macho) e koitai (cama). Em outras palavras, esse termo se refere aos homens que vão para a cama com outros homens. Mas homossexualidade não é o único pecado sexual condenado na passagem em questão. Pornoi (fornicadores) e moichoi (adúlteros) mostram que não é só a homossexualidade que exclui pessoas do reino de Deus. Em contrapartida, o texto deixa claro que ninguém precisa permanecer excluído do reino, pois na igreja que estava em Corinto (cidade extremamente libertina onde a homossexualidade e a pedofilia eram considerados normais) havia alguns que deixaram a homossexualidade, bem como os outros pecados.
"Jesus Cristo nunca falou nenhuma palavra contra os homossexuais!", bradam os militantes. Mais uma tentativa frustrada para perverter a simplicidade do Evangelho. O fato de Jesus nunca ter mencionado especificamente a homossexualidade não significa sua aprovação. Ele também não se pronunciou claramente sobre muitos outros problemas sociais, tais como: seqüestros, abuso sexual, prostituição infantil, tráfico de drogas. Entretanto, a Palavra apresenta direta e indiretamente os princípios inegociáveis de Deus para a moralidade e dignidade humanas. Na verdade, ao se referir ao plano de Deus para a sexualidade, Jesus reafirmou o ensino vetero-testamentário sobre o casamento heterossexual e monogâmico (Mateus 19:4-6). A única alternativa ao casamento nestes termos é o celibato voluntário, concessão que Ele abriu ao ensinar que é melhor ser eunuco pelo Reino de Deus do que se divorciar e casar-se de novo (Mateus 19:9-12). Quanto à alegação de que Jesus era homossexual porque "conviveu predominantemente com os apóstolos (todos homens), que ele era muito sensível falando de lírios do campo, que era amigo de muitas mulheres, que tinha muita sensibilidade com as crianças ou, ainda, que nutria uma predileção por João", só revela a falta de bom senso que patologiza as relações mais simples e puras entre um homem e seus semelhantes. Certamente, uma compreensão correta da natureza divino-humana de Jesus jamais permitiria sequer uma suposição destas. O Deus Eterno que se fez homem jamais nutriria por suas criaturas qualquer tipo de amor que não fosse puramente ágape (amor de Deus pelos homens). E foi exatamente isso que Jesus demonstrou por todos. Mas Luís Mott prefere extrair sua cristologia deturpada de conceitos mitológicos sobre deuses como Zeus e Oxalá, "andróginos e praticantes do homoerotismo" (atração física entre seres do mesmo sexo) como seus idealizadores. Por isso, ele não consegue perceber nos relacionamentos de Jesus nada maior do que a interação entre iguais. Ele perde a oportunidade de ver a beleza do relacionamento Criador-criatura, Salvador-pecador, Senhor-servo, Mestre-discípulo e, especialmente, Pai-filho. É intrigante o fato de que o "Grupo Homossexual da Bahia", presidido por Luiz Mott, autor da maioria dos argumentos refutados acima, seja o idealizador da chamada "Ação Cristã Homossexual". Esse grupo que passa horas de pesquisa para tentar provar que Jesus é um mito, e que se fosse um personagem histórico seria homossexual, e que questiona os relatos bíblicos rejeitando sua interpretação literal pretende convencer-nos de que é ação, instituição ou movimento cristão. Como é possível tal contradição? É óbvio que o objetivo não é o de aproximar os homossexuais do Evangelho do Reino de Deus. É, antes, uma estratégia para impedir que eles cheguem ao pleno conhecimento da verdade. São como os intérpretes da lei a quem Jesus denunciou, dizendo: "Ai de vós, intérpretes da lei! Porque tomastes a chave da ciência; contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando" (Lucas 11:52).
 
9.3 O REVISIONISMO DAS ESCRITURAS
Não podemos apoiar o posicionamento revisionista das Escrituras, pois pretende interpretar a homossexualidade apenas como outro estilo de vida disponível aos cristãos. As pessoas que foram inspiradas por Deus para escrever a Bíblia não teriam se referido à homossexualidade com tal aversão se não fosse uma prática errada aos olhos de Deus. 
Quando o maligno alcança sucesso e faz um homossexual acreditar que a verdade e a graça de Jesus não são importantes, ele leva este indivíduo a sentir-se livre e confiante em sua identidade homossexual. E ao experimentar sua primeira relação homossexual, faminto por intimidade com o mesmo sexo, ele é “batizado” no estilo de vida homossexual, ativando assim o plano de mudança elaborado pelo inimigo. Inicia-se um processo no qual a verdade se torna mentira e vice-versa. O que antes era um problema, um conflito ou um pecado para o homossexual, torna-se o lado mais importante de sua existência. São inúmeras informações “científicas” a favor da homossexualidade, apresentando-o como uma variação genética normal. Nesse sentido, concedendo insensibilidade moral, livrando o homossexual de se culpar pelas escolhas que determinam sua conduta e estilo de vida. Além disso, o distanciam do reconhecimento dos traumas e sofrimentos passados que deram origem à sua inclinação homossexual. Então como nós cristãos podemos alcançá-los e ajudá-los? 
Nesta hora difícil, há duas coisas que devemos fazer. São duas coisas que não andam comumente juntas. Temos de nos abrir para o Espírito Santo, em algum momento da vida o homossexual vai procurar um meio de se ver livre da depressão, do vazio ou da opressão que o perturba, assim como aconteceu comigo. Assim que receber assistência espiritual adequada para os problemas que o trouxeram à igreja, ele provavelmente se abrirá para Jesus. Com a ajuda do Espírito Santo e seus dons, é possível levá-lo a experimentar o amor de Cristo. Assim ele vai à igreja em busca de solução para um problema específico e acaba ganhando uma chance de sentir a misericórdia do Senhor. Essa oportunidade pode ser bem positiva e na maioria dos casos o homossexual só sente o desejo de abandonar seu estilo de vida depois de ter uma experiência real com Jesus. Contudo não podemos cair no erro de aceitar o homossexual e, junto à homossexualidade, nem no erro de rejeitar o indivíduo que está nesta prática.
Devemos apresentar o mesmo amor e compaixão de Jesus Cristo, e ao mesmo tempo proclamar destemidamente a verdade que o próprio Jesus proclamou e personificou. Devemos colocarmo-nos no lugar da outra pessoa, apreciar a humanidade que temos em comum. Isso muitos de nós não podem ou não querem fazer. É natural que heterossexuais sintam um certo grau de aversão aos atos homossexuais. Os heterossexuais devem considerar bem-aventurados pelo fato de existirem alguns atos pecaminosos aos quais não somos naturalmente arrastados. Entretanto, aversão a um tipo de comportamento não é a mesma coisa que aversão à pessoa que procede daquele modo. Se não consegue simpatizar com um homossexual por medo ou por aversão a eles, você está decepcionando o Senhor. Você é culpado de orgulho, timidez ou arrogância. E se você estiver sendo pedra de tropeço para alguém, cuidado! Você poderá estar amarrando uma pedra de moenda em torno de seu pescoço. Nós da igreja temos a oportunidade de falar, com nossas palavras e nossas vidas, sobre o amor de Deus para com o homossexual. Se verdadeiramente os amarmos, agiremos em consonância com esse amor. Devemos começar erradicando nossas atitudes para com os homossexuais. Devemos parar com as piadas maldosas e com os insultos, pois essas coisas ferem. Devemos aprender a lidar com nossas próprias reações emocionais e decidir amar. Devemos transformar a Igreja em um lugar no qual a pessoa que sente desejo homossexual possa ser abraçada. Devemos fazer uma Igreja onde um homem ou uma mulher arrependidos possam falar sobre o desejo sexual que sentem e ainda assim receber apoio, compreensão e sinceras orações.
Você estaria disposto a orar, fazer refeições, compartilhar situações da vida com uma mulher ou um homem que sente desejos homossexuais?  Fazemos isto freqüentemente, quando comemos com glutões, fazemos compras com avarentos, cumprimentamos os orgulhosos e descansamos com os indolentes, sem nos darmos conta do fato. Tal como os outros partilham suas vidas conosco sem dar-nos conta de nossos pecados escondidos. Em suma, compartilhamos a vida, sabedores ou não da homossexualidade alheia. Apenas precisamos continuar a fazê-lo conscientemente e com amor.
Devemos também falar a verdade, se amamos verdadeiramente, não devemos nos esquivar de transmitir a visão de Deus sobre o comportamento homossexual. Amados, precisamos avançar em nome daquele que nos salvou e reivindicarmos para ele essas ovelhas perdidas. O Criador quer suas criaturas. Ele não quer que ninguém seja destruído pelos males desta geração. Que as igrejas se disponham a receber o homossexual com braços abertos e cheios de graça. Só assim eles terão a oportunidade de conhecer o bom Pastor e ser livres das forças carnais e demoníacas da identidade. 
Não existe uma saída fácil para o homossexual: a estrada da vitória é bastante estreita, e passa pela cruz. Mas aqueles que se decidirem a palmilhar este caminho podem estar certos da presença de um Companheiro, o Espírito Santo de Deus, que lhes dará forças para a jornada, e que finalmente os levará à libertação total. Nosso Senhor ainda está proclamando liberdade aos cativos e ainda liberta os que se acham oprimidos. 
 
10 A HOMOSSEXUALIDADE E O CRISTÃO
Como homossexual, creio que meus desejos sexuais são naturais e normais para mim. Por que é que isso vai contra a vontade de Deus? A homossexualidade é contra a vontade de Deus porque nunca formou parte do seu propósito ou plano para o comportamento sexual humano. Sabendo da necessidade de Adão de companhia física e emocional, Deus não criou para ele outro homem senão uma mulher (Gênesis 2:18-25; 1Coríntios 11:9). Foi este o plano original de Deus, um plano que é óbvio na natureza física com a função complementaria dos órgãos sexuais dos dois sexos e nos temperamentos complementares deles. Antes da queda do homem, só existia o relacionamento entre homem e mulher. Com toda a vida nesta terra, esta relação foi distorcida e mudada pela queda do homem. Isso resultou em casos de poligamia (mais de uma esposa, Gênesis 4:19), adultério (Gênesis 12:17 e 26:10), incesto (Gênesis 19:23), prostituição (Gênesis 38:15) e estupro (Gênesis 34:2). Relações homossexuais também resultaram da queda. Uma pessoa pode pensar que sua orientação sexual é natural para si, mas lembre-se de que os sentimentos podem nos desviar do caminho certo (Jeremias 17:9). O que nós sentimos ser certo não é necessariamente certo somente por causa dos nossos sentimentos. O importante é viver segundo os princípios da Palavra de Deus e não segundo os nossos desejos e sentimentos.
Já ouvi que em nenhuma parte da Bíblia é realmente condenada a homossexualidade. Até tenho ouvido que a palavra homossexual nem aparece nas Escrituras. Isso é verdade?  A verdade é esta: Primeiro, você precisa resolver se vai aceitar a Bíblia como a Palavra de Deus e como a nossa autoridade absoluta na fé e na conduta. Também você precisa crer que as Escrituras são relevantes e aplicáveis na vida de hoje (2Pedro 1:21). Creio que a Bíblia é a palavra inspirada por Deus, que não contém nenhum erro e que esta palavra se aplica às nossas vidas hoje (Isaías 40:8; Salmo 119:160; 2Timóteo 3:16). A resposta a esta pergunta é que a Bíblia condena no Velho e também no Novo Testamento toda conduta homossexual (Levítico 18:22; Levítico 20:13; Romanos 1:24-32; 1Coríntios 6:9-10). Desde que a palavra “homossexual” é relativamente nova, ela não aparece na linguagem original da Bíblia. Deus, portanto, não precisava de um título moderno para descrever esta conduta. Além disso, a palavra “homossexual” é um termo geral que se refere a uma variedade de atividades realizadas por um sexo só. Deus, porém, é muito mais específico na sua Palavra. Há várias palavras em hebraico (as línguas originais das Escrituras) que descrevem muito bem os tipos de comportamento sexual que Deus não aprova. O comportamento sexual pecaminoso inclui: relações sexuais fora do casamento, relações sexuais sem o propósito do casamento, adultério, relações sexuais entre membros da mesma família, relações sexuais com animais, prostituição masculina e feminina e todo ato sexual passivo e agressivo com o mesmo sexo.  (Nota: Todas as referências à homossexualidade nas Escrituras se referem à relação sexual entre homens, exceto Romanos 1:26,27, que é o único lugar onde vemos que Deus condena também a homossexualidade entre as mulheres).
Já que vivemos sob a graça e não sob a lei, por que é que temos que nos preocupar com critérios não-válidos do Velho Testamento, leis levíticas que tratam de cerimônias, comidas e sexo? Muitas pessoas crêem que podemos ignorar a lei da santidade do Velho Testamento que Deus deu a Moisés quando viajava com os israelitas no deserto. Dentro daquela lei, achamos o critério de Deus para atos sexuais, incluindo a condenação por Ele da homossexualidade. O argumento que segue vai assim: “Se vivemos sob a graça e não sob a lei, então podemos nos esquecer da condenação de Deus aos homossexuais achada em Levítico 18:22 e Levítico 20:13”. Alguns dizem que estas leis já não se aplicam mais a nós, ou que Deus só deu estas leis para estimular o crescimento da população dos israelitas, assegurando assim a sua sobrevivência. Na realidade, Deus proibiu o adultério e o incesto. Muitas vezes, Deus mandou os israelitas guerrearem com outros povos, matando todos aqueles que desobedecessem a sua lei moral. Tudo isto ajudou a reduzir a população. É evidente, portanto, que Deus não se preocupava com a qualidade: foi, e ainda é, a qualidade! Além disto. O código de santidade de Deus para os israelitas tinha duas categorias: as leis cerimoniais ou simbólicas e as “leis morais”. As leis cerimoniais tratavam de adoração religiosa, leis dietéticas, roupa e vários aspectos culturais que representavam um povo separado para Deus. Estas leis cerimoniais também simbolizavam a futura vinda de Cristo, o Messias e eram, por conseqüência, temporárias (Atos 10:15). As leis morais, porém, constituíam os critérios de Deus para a humanidade e não se limitavam à cultura judaica; eram universais. Estas leis morais, portanto, eram permanentes (Salmo 119:150). Aplicam-se a todas as culturas, inclusive a nossa sociedade moderna. É óbvio que os mandamentos ligados à sexualidade e à homossexualidade fazem parte das leis morais de Deus. Jesus cumpriu a lei cerimonial ou simbólica (Efésios 2:15), e Ele não veio para acabar com a lei moral (Mateus 5:17-19). Jesus falou dos mandamentos morais do Velho Testamento (Mateus 5:19).
Jesus disse alguma coisa a respeito da homossexualidade? Diretamente não. Há, porém, muitas coisas ditas por Jesus que não foram gravadas na Bíblia (João 21:25). Ele poderia ter mencionado, mas é provável que não tivesse ocasião para fazê-lo, pois os judeus da sua época eram muito contra esta prática. Há muitos assuntos que Jesus não mencionou, como incesto, estupro e bestialidade. O ato de Jesus não ter mencionado estas práticas não quer dizer que sejam boas. Jesus sempre apoiava a lei do Velho Testamento (Mateus 5:17-19) e esta condenava a homossexualidade. As referências de Jesus à sexualidade, tinham a ver com atos heterossexuais. A única alternativa ao casamento mencionada por Jesus foi o celibato – que implica em nenhum tipo de relação sexual (Mateus 19:12). Também podemos dizer que não houve nada de homossexualidade praticada entre os discípulos. Com certeza se tivesse tido tal caso, os inimigos de Jesus teriam exposto logo, porque a homossexualidade era crime que podia ser castigado com a morte.
Apesar das dificuldades, estou satisfeito com o estilo de vida homossexual. Não tenho desejo de me tornar heterossexual. Não acho justo Deus requerer que eu abandone a vida que tenho e que tente viver como heterossexual. O que é que devo fazer? Deus não está pedindo que você se torne heterossexual. Pois o seu alvo não é ser heterossexual e sim ser reconciliado com Deus. Deus não está pedindo que você deixe a vida homossexual só para entrar numa vida de heterossexualidade. As pessoas heterossexuais não gozam da bênção de Deus só por não serem homossexuais. Lembre-se disto: Deus não odeia os homossexuais. Este não é o pior e único pecado. Deus tem, sim, um ódio do pecado. Ele odeia os pecados heterossexuais tais como o adultério, incesto, tanto como Ele odeia a homossexualidade. O homicídio, o roubo, a mentira, falar mal dos outros, também são pecados. Deus odeia o pecado porque sabe que este resulta na corrupção, na destruição e no castigo eterno. Deus odeia todo pecado, inclusive o da homossexualidade, porque Ele vê o que faz àquele que Ele criou e que Ele ama. Deus é amor. Porém, seu amor nunca justifica nosso comportamento pecaminoso. Ele deseja nos perdoar e transformar para que possamos agradá-lo. O que nós precisamos é da disposição para sermos transformados. Quando Deus requer a transformação, Ele também a facilita (Marcos 10:27; Filipenses 4:14).  A única relação sexual abençoada por Deus é entre homem e mulher que se comprometeram a viverem a vida toda juntos, (Hebreus 13:4). Todas as outras relações sexuais são pecado, quer a homossexualidade, quer a heterossexualidade. Nenhum argumento nem filosofia dos homens mudará Deus e aquilo que Ele já tem dito a respeito do pecado, inclusive a homossexualidade (Malaquias 3:6).
 Deus nunca vai mudar a sua lei para satisfazer desejos humanos. As suas maneiras podem nos parecer injustas, mas Deus é Deus. Não cabe a nós discutirmos seus critérios. Devemos simplesmente obedece-los. Embora você esteja gostando por enquanto desta vida homossexual (A Bíblia diz que o pecado dá prazer passageiro – Hebreus 11:25) a única coisa que lhe dará satisfação e esperança eterna vai ser uma relação vital com Deus. Deus nos criou com uma necessidade dele que nenhuma outra coisa pode nos satisfazer. Quando não temos este relacionamento certo com Deus, procuramos em toda parte e experimentamos todas as coisas na tentativa de satisfazer esta necessidade que temos. Porém, filosofias, estilos de vida, dinheiro, coisas materiais, sexo – até religião, não pode substituir a Deus.
Se Deus é um Deus de amor, como Ele pode condenar as pessoas? É verdade que Deus é amor (1João 4:8). Porém, o tipo de amor que Deus tem não é igual ao amor humano. Deus também é verdade (João 14:6,7). O amor de Deus não elimina a sua verdade. De fato, a justiça de Deus é baseada na verdade (Romanos 2:2). Jesus veio à terra para nos mostrar o amor de Deus – e Ele provou seu grande amor pela humanidade morrendo por nós (João 3:16,17). Jesus amou tanto as pessoas que tinha que ser honesto com elas. Ele estava até disposto a enfrentar e ofender as pessoas com a verdade para que elas se arrependessem do pecado e fossem salvas. Jesus repreendeu Pedro por causa de uma atitude errada (Marcos 8:33). Em Mateus, capítulo 23, Jesus criticou os hipócritas religiosos e também ameaçou de castigo um pecador se este não se arrependesse (João 5:14). Jesus não condenou as pessoas. Porém, Ele condenou suas ações e atitudes erradas (Mateus 23:27,28; Marcos 7:20-23). Jesus advertiu que se eles não se arrependessem e não se voltassem a Deus, iriam sofrer o tormento eterno no inferno depois da morte (Lucas 13:4-5; Atos 17:30,31). Muitas pessoas acabam indo para o inferno por causa da queda do homem no Jardim do Éden (Gênesis 3). Toda a criação de Deus, inclusive a criação humana, ficou contaminada com o pecado. A pessoa pode ser homicida, prostituta, homossexual, ou a avó mais doce do mundo – todos têm sido afetados pela maldição do pecado. O pecado nos separa de Deus aqui na terra e resultará na nossa eterna separação de Deus após a morte (Isaías 59:1,2). A boa notícia, porém, é esta: Agora é possível sermos reconciliados com Deus e desejáveis a Ele por meio de perdão de nossos pecados através de Jesus, que tem providenciado uma maneira para nós voltarmos a Deus! Através da fé em Jesus, nossos pecados não nos separarão de Deus (Efésios 2:8; Lucas 7:50; Gálatas 3:26). Desde que Jesus teve de sacrificar a sua vida para providenciar este caminho a Deus para nós, Deus julgará severamente todos os que rejeitarem Jesus (todos os que o desobedecerem) e a seus ensinamentos. Aqueles que rejeitam direta ou indiretamente a Jesus não são purificados da contaminação do pecado, e Deus não deixou que o pecado e a corrupção exista no céu. A Bíblia diz que nenhum de nós é bastante bom ou justo para entrar no céu sem ser purificado por meio da fé em Jesus (Romanos 3). Embora o julgamento de Deus seja justo e terrível, não é necessário que ninguém vá para o inferno. É por isso que Jesus forneceu para nós uma maneira de escapar! Todos aqueles que vêm a Jesus para receber seu perdão e sua purificação não serão rejeitados (João 6:37).
 
10.1 O HOMOSSEXUAL COMO CRISTÃO
Primeiro, precisamos decidir o que é, realmente, um cristão. Em breves palavras, um cristão é alguém que vive em obediência aos ensinamentos de Jesus Cristo apesar do sacrifício envolvido nesta vida, reconhecendo que os ensinamentos de Jesus são verdade (João 14:6 e 18:37). Esta obediência é o que Deus requer daqueles que vão para o céu. É uma prova do nosso amor por Deus e pelos nossos irmãos (João 14:25; 14:23-41; Hebreus 5:9; 1Pedro 1:22). Esta obediência só é possível depois de uma experiência sobrenatural que Jesus chama de novo nascimento (João 3:3). Nascer de novo pelo Espírito de Deus é resultado da fé em Jesus: fé no testemunho de Jesus a respeito de quem ele é, porém, algo muito além da simples crença (Tiago 2:19). A fé salvadora realmente confia em Deus e crê no que Jesus tem dito a tal ponto, que a pessoa faz um compromisso vital para seguir o caminho de Cristo. Para poder fazer este compromisso, é preciso abandonar tudo aquilo que Deus diz ser pecado. A Bíblia diz que se a pessoa nascer de novo, viverá para agradar a Deus, obedecendo a sua palavra (João 8:31).
A Bíblia também diz que a pessoa nascida de novo não viverá no pecado continuamente (1João 3:9,10). A pessoa nascida de novo não continuará a ser escrava do pecado e das suas paixões (Romanos 6). Ela abandonará os maus caminhos (Romanos 6; Hebreus 10:26,27). Mesmo que uma pessoa ainda tenha que lutar contra o pecado depois de nascer de novo, (Romanos 7; 1Coríntios 10:13; Tiago 1:2), ela não permanecerá num estilo de vida contrária à Palavra de Deus (João 14:23,24). A palavra de Deus é muito clara no ponto da homossexualidade ser pecado. A Bíblia também é muito clara em dizer que todos aqueles que continuarem a praticar e a viver no pecado sexual não entrarão no céu, mas serão julgados e punidos eternamente (1Coríntios 6:9,10; Gálatas 5:19-21; Apocalipse 21:7,8). Uma pessoa pode dizer que é cristã, mas a Bíblia diz que nossas ações revelam a verdade mais do que nossas palavras (Gálatas 5:19-25; Mateus 15:7,8;  Tito 1:16). Baseado naquilo que diz a palavra (não a minha opinião pessoal), não é possível você ser cristão e continuar a praticar a homossexualidade. É uma contradição total à Palavra de Deus. Lembre-se sempre disso: quando Deus requer a transformação, Ele nos dá o poder de nos tornarmos os seus filhos (João 1:14).
Mesmo declarando-se cristãos, mesmo reunindo-se numa congregação cristã, mesmo louvando a Deus com hinos e outras expressões cristãs de culto, mesmo alimentando a esperança cristã de salvação e ressurreição, mesmo ordenando seus próprios pastores — homens e mulheres homossexuais são no mínimo cristãos deficitários. Essa é a expressão mais cuidadosa, mais gentil, mais polida que se pode usar. A expressão menos polida — embora verdadeira — seria cristãos aparentes ou nominais.
Os heterossexuais que não oferecem resistência às suas fantasias sexuais e se entregam ao adultério e à prostituição, e ainda se afirmam cristãos, estão negando sua fé e dando boas e suficientes provas de que não são cristãos, senão de boca, pois pelos frutos se conhece a árvore (Mateus 7:16). O mesmo se pode dizer dos homossexuais que se entregam aos seus desejos por dificuldade, fraqueza ou convicção. Homossexuais e lésbicas cristãos são cristãos deficitários porque Jesus deixou bem claro que o pecador que pretende seguí-lo precisa primeiro negar-se a si mesmo e dia a dia tomar a sua cruz (Lucas 9:23). Homossexuais e lésbicas cristãos são cristãos deficitários porque não se arrependeram de seus pecados e querem ser cidadãos do reino de Deus, levando consigo sua carga pecaminosa. Todos os profetas, todos os apóstolos, João Batista e o próprio Jesus anunciaram o arrependimento como o portão de entrada para o perdão de pecados. O arrependimento tem de ser verdadeiro, tem de produzir frutos visíveis e diferentes dos anteriores. O batismo não substitui o arrependimento. As emoções e o palavrório cristão sem o arrependimento não valem nada (Mateus 3:7-10).
Homossexuais e lésbicas cristãos são cristãos deficitários porque não  experimentaram mudança alguma. Não nasceram de novo (João 3:3) nem são novas criaturas (1Coríntios 5:10). Não há nada de novo na vida deles. As coisas antigas não passaram, não se fizeram novas. Não houve conversão. Homossexuais e lésbicas cristãos são cristãos deficitários porque desistiram da luta, foram aconselhados por psicólogos, conselheiros e ministros religiosos não comprometidos com a verdade a assumirem suas tendências, suas preferências e seus prazeres. Para se tornarem desculpáveis, puseram-se a torcer as Escrituras a seu prazer e necessidade, de modo que elas viessem a concordar com eles e não eles com elas (2Pedro 3:14-18). Homossexuais e lésbicas cristãos continuarão sendo cristãos deficitários ainda que o Congresso aprove o projeto de autoria da Deputada Marta Suplicy a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo e ainda que haja absoluta fidelidade entre um homossexual e seu companheiro ou entre uma lésbica e sua companheira. Simplesmente porque Deus os fez homem e mulher e porque só entre um e outro há uma relação legal aos olhos do Criador e soberano Senhor. Homossexuais e lésbicas só deixarão de ser cristãos deficitários quando se comportarem como alguns efeminados e sodomitas da cidade grega de Corinto, conhecida como a capital do gozo e da permissividade (500 mil habitantes no primeiro século). Estes, ao ouvir a pregação do evangelho, abandonaram sua conduta anterior e se tornaram ex-efeminados e ex-sodomitas.

11 SINTO SER DIFERENTE
Como podemos avaliar da melhor maneira possível a percepção dos homossexuais de sempre terem se “sentido” diferentes? Permanece o fato de que muitos homossexuais afirmam que sempre tiveram sentimentos homossexuais e que, portanto, nunca escolheram ser homossexuais. Quando se fala com um homossexual, ouve-se essa percepção repetida tão freqüentemente que é fácil acreditar que a homossexualidade dever ser algo inato.
Entretanto, essa auto-percepção dos homossexuais diz pouco ou nada a respeito da origem verdadeira da homossexualidade, porque a percepção em si pode ser uma interpretação inexata ou uma turva lembrança de outra coisa completamente diferente. A pergunta verdadeira é: “Quão importantes são tais sentimentos?” O que significaram tais sentimentos quando ocorreram pela primeira vez, e, eles significam o mesmo agora? A interpretação de tais sensações reflete, de maneira precisa, a predeterminação biológica, ou foi colorida ou interpretada pela própria experiência homossexual? Além disso, tais sentimentos parecem ser prontamente explicados por outros fatores.
Roger Montgomery, por exemplo, um ex-prostituto homossexual, foi várias vezes estuprado, quando criança, pelo vizinho homossexual. Muito confuso e assustado com as ameaças desse homem para que não falasse nada a ninguém, só restava a Roger se submeter. Mas, aos poucos aconteceu uma transformação. O que foi inicialmente uma experiência muito dolorosa e horrível, começou a ser visto como algo que trazia prazer. Essa foi a única experiência de sexo que Roger teve e o que ele aparentemente, por falta de uma palavra melhor, “gravou na mente”. Isso explica porque Roger nunca teve a percepção de desejos heterossexuais. Através de tais experiências, sua orientação se tornou “fixa” e ele tinha pouca necessidade ou desejo de relações heterossexuais. Isso levanta uma questão bastante séria. Quantos homossexuais podem se lembrar de só terem desejos homossexuais porque essa foi a única sexualidade à qual foram submetidos?
Em outras palavras, a incapacidade dos homossexuais de se lembrarem da opção pela homossexualidade pode ser apenas meia-verdade. A sexualidade humana parece ser um estudo neutro no qual tanto a homossexualidade quanto a heterossexualidade podem ser gravados pela experiência ou pela prática constante. Roger, por exemplo, foi uma vítima que nunca teve, por inteiro, a oportunidade de escolha. Mas mesmo assim, isso não garantiu que se tornasse homossexual, como ele mesmo confessou: “Foi um erro muito grande ter permanecido em silêncio, pois se tivesse podido compartilhar minha situação com a pessoa certa, estou convencido que teria levado uma vida heterossexual normal e saudável”.
A incapacidade de lembrar a escolha não significa que não houve tal escolha. Os homossexuais continuam diariamente a fazer escolhas para permanecerem homossexuais. Quaisquer que sejam as influências existentes na vida de uma pessoa – evidentes ou sutis – que encorajam direcionamentos de estilo de vida, a questão chave é como uma pessoa reage para com elas: Nós reagimos a essas influências com atos responsáveis próprios, sutis ou óbvios, adicionando nossas próprias escolhas à infinidade de influências que moldam nossa personalidade. Podemos deixar de enxergar o impacto de nossas escolhas, porque decisões que moldam nossas vidas muitas vezes não são grandes e destacadas, mas pequenas e cumulativas, e resultam em sermos bondosos ou cruéis, invejosos ou gratos, idólatras ou piedosos.
Pode ser que nunca venhamos a saber com certeza absoluta uma causa única ou exata da homossexualidade, mas a irresponsabilidade dos pais, molestamento, e falta de religião na educação dos filhos, parecem ser fatores-chaves.
As complexidades da personalidade humana e a influência do meio ambiente no desenvolvimento humano fazem com que declarações sobre a condição homossexual sejam virtualmente impossíveis. Fatores como pais, condição sócio-econômica, ambiente no lar, educação religiosa, raça, nacionalidade e temperamento tornam a coleta de dados algo muito difícil. A natureza subjetiva do assunto também faz com que a interpretação dos dados seja uma tarefa muito delicada.
A idéia de que homossexuais “nasceram desse jeito” e “nunca poderão mudar” é um mito. É um mito útil para muitos homossexuais e ativistas liberais, mas um mito de conseqüências nefastas para nós. Ninguém pode negar que as alegações de determinismo biológico e de 10% de incidência de homossexualidade têm muito a ver com a política, porque temos nos acostumado a “justificar” um movimento completo de direitos civis. Infelizmente, os mitos têm sido energizados pela “agenda” social, que não tem sido das melhores nos EUA.
 
11.1 CAUSAS PSICOLÓGICAS DA HOMOSSEXUALIDADE
Uma vez que as causas não são genéticas, passam a figurar no campo da Psicologia. O Dr. Gerard van den Aardweg, psicólogo holandês, estabelece as seguintes causas do desejo homossexual nas pessoas: experiência homossexual na infância, anormalidade familiar, experiência sexual fora do normal incluindo sexo grupal ou com animais, e as influências culturais. Corroborando as afirmações do Dr. Gerard van den Aardweg que homossexualidade não é genética, a psicanalista e escritora Sheiva Sherman declarou, em 27 de março de 1998, no programa de TV Madalena Manchete Verdade que "uma coisa tem de ficar claro: homossexualidade não é genético. Está provado". É bom frisar que as causas da homossexualidade não são genéticas, porque a maior vitória do movimento homossexual na década passada foi mudar a direção do debate. Em vez de se discutir sobre a conduta, fala-se sobre identidade. Qualquer um que se oponha a homossexualidade passou a ser visto como agressor dos direitos civis dos cidadãos homossexuais. Isso é o que constatam o teólogo John Ankerberg e o sociólogo John Weldon, autores do livro Os fatos sobre a homossexualidade (Editora Chamada da Meia-Noite): "Nossa cultura está se tornando tão tolerante que muitos dão ouvidos a qualquer grupo de autodenominadas “vítimas”.
Denunciar a tolerância demasiadamente aética de nossa sociedade para com as minorias, não significa promover ou praticar a violência contra elas. É muito importante esclarecer que somos absolutamente avessos a toda demonstração de violência contra qualquer pessoa, inclusive os homossexuais. Deve provocar a indignação de qualquer cidadão o que aconteceu recentemente ao adestrador de cachorros Edson Neris da Silva, homossexual, de 35 anos, que foi cercado por um grupo de "Carecas" e assassinado a socos e pontapés na praça da República, na região ABC paulista. Essa é, sem dúvida, uma atitude doentia, homofóbica (aversão a homossexuais), sem qualquer justificativa. Precisamos ser equilibrados, repudiando o discurso e a prática homossexual, mas acolhendo e conduzindo os homossexuais a Cristo. Mesmo aqueles que são mais complicados devem ser objeto da compaixão e amor cristãos.
Uma coisa que precisa ficar muito clara é que toda a argumentação aqui apresentada visa a combater os falsos ensinos que a militância homossexual vem divulgando. Todavia, a maioria dos homossexuais não faz a mínima idéia de grande parte dos argumentos dos grupos homossexuais nem quer se envolver em sua luta; deseja apenas viver em paz. A maioria dos homossexuais, homens ou mulheres, deseja, na verdade, abandonar esse comportamento, mas não sabem como. Por isso, precisam ser acolhidos, respeitados como pessoas e conduzidos ao conhecimento de Cristo.
 
 
12 TODOS NÓS ENFRENTAMOS OS MESMOS CONFLITOS
Minha luta não é diferente da luta de outras pessoas. Todos nós lutamos com algum tipo de pecado, e as raízes das nossas lutas são as mesmas. A manifestação exterior de nossa pecaminosidade pode ser diferente, porém interiormente todos carecemos igualmente da graça de Deus. Caso persista em enfocar apenas meu comportamento, é justamente ali onde permanecerei – na superfície, o que não resulta em mudança permanente. Temos que identificar as áreas mais profundas que nos estão destruindo e nos mantendo prisioneiros. Sim, ministérios de ajuda podem não ajudar muito certas pessoas. Há aqueles que deixarão o processo, recusando-se a encarar as raízes profundas de seus conflitos, ou que estarão dispostos a comprometer a verdade. Estamos vivendo em um momento quando as pessoas estão em busca de gratificação e mudança instantâneas. No entanto, há um preço para se experimentar mudança, e este preço envolve seguir a Jesus, e morrer para tudo aquilo que não procede dEle. 
A morte não é uma experiência agradável! No entanto, embora meus sentimentos fiquem abalados em certas circunstâncias, sei que Deus continua constantemente presente em minha vida. Escolho não viver por meus sentimentos, mas sim depender de Sua misericórdia e graça. Eu escolho enfrentar minhas lutas aos pés da Sua cruz, em submissão e obediência. É aqui que ocorre a mudança verdadeira e duradoura. Concluo este pensamento com duas perguntas: Você já decidiu seguir a Jesus, não importa qual seja o preço? Você já fechou a porta para a opção da homossexualidade? Creio que estas duas áreas cruciais que devem ser encaradas, as quais são fundamentais para o processo de saída da homossexualidade.
 
13 OS QUATRO ASPECTOS DA HOMOSSEXUALIDADE
O problema da homossexualidade é muito mais que simplesmente um ato sexual. As pessoas presas por este pecado normalmente entraram no ambiente homossexual, em algum grau. Para compreender melhor as circunstâncias da pessoa que busca ajuda, dividimos a homossexualidade em quatro aspectos diferentes: conduta, resposta psíquica, identidade e ambiente homossexual.
 Conduta: Muitas vezes, assumimos que todas as pessoas homossexuais têm encontros homossexuais, mas não é sempre o caso. Assumimos, incorretamente também, que todo aquele que pratica atos homossexuais é homossexual. Mas a verdade é a seguinte: Os atos homossexuais não são um indício verdadeiro que uma pessoa seja ou não homossexual. Existe um número imenso de homens heterossexuais que têm encontros homossexuais por várias razões (estar na prisão ou em outro lugar  onde não é possível o sexo heterossexual). Tampouco, cremos que um menino que tenha tido encontros homossexuais numa tenra idade, seja um homossexual, a não ser que estes encontros preencham uma necessidade que não é satisfeita de outra forma, como a necessidade de amor, aceitação, segurança e sentido para a vida. Neste caso, estes encontros representam uma “troca” pelas necessidades não-sexuais que se obtém através deles. É possível que estes encontros sejam sinônimo de satisfação destas necessidades. Isto pode levar a uma orientação homossexual. No entanto as estatísticas nos informam que a maioria dos meninos que experimentaram atos homossexuais os deixaram, e amadureceram em direção a uma vida heterossexual normal. Por outro lado, muitas pessoas homossexuais nunca tiveram encontros homossexuais. Devido ao medo ou uma forte convicção religiosa, estas pessoas não entram numa vida homossexual, mas levam uma grande luta com a homossexualidade.
 Resposta psíquica: Uma breve definição deste termo é: “excitação sexual (estímulo) causada por percepção visual ou especulação de fantasia”. A resposta psíquica é o que as pessoas também chamam de “orientação homossexual”. Apesar que muitas pessoas dizem que tem experimentado uma atração visual ou sexual pelo mesmo sexo “desde que se conhece por gente”, existe um padrão progressivo na vida de uma pessoa que conduz a uma resposta psíquica homossexual. A criança pode começar com a necessidade de se comparar com outros para ver se satisfaz os valores impostos pela sociedade. Quando percebe que não se compara favoravelmente com os demais sente admiração pelas qualidades e características físicas que sente não possuir. A admiração, que é uma coisa normal, se converte em inveja. A inveja, por sua vez, leva ao desejo de possuir os outros, e finalmente, ao desejo de consumir os outros. Quando esta resposta psíquica começa a tomar conta da vida da pessoa, inicia-se o uso da imaginação. Imaginam-se situações sexuais. Quando o primeiro encontro ocorre, pode ser o resultado de vários anos de planejamento e fantasia. No entanto, a conduta homossexual pode ser anterior à resposta psíquica, resultado de uma resposta condicionada devido a encontros prazeirosos e satisfatórios com o mesmo sexo.    
 Identidade: Algumas pessoas entram na homossexualidade por questão de “identidade”. Estas pessoas podem nunca ter experimentado atração sexual pelo mesmo sexo, ou jamais ter tido um encontro homossexual. No entanto, desde tenra idade, se sentiram “diferente” dos outros. Se sentem anormais, como se não ocupassem um lugar no mundo heterossexual. Seu raciocínio é o seguinte: “Se não sou heterossexual, então devo ser homossexual”, e aceitam nas suas vidas a identidade de homossexual. Claro que isto é uma má interpretação. Uma vida reprimida pela timidez, medo do sexo oposto, falta de habilidade nos esportes ou na vida social, não identifica o rótulo de homossexual. No entanto, as pessoas crescem dentro de identidades. Uma vez que se aceita uma identidade, desenvolvem-se as características que esta identidade possui. Por esta razão é tão importante o que cremos a respeito de nós mesmos.
 Ambiente: Uma pessoa homossexual pode insistir que não tem responsabilidade por sua identidade, sua resposta psíquica, e nem mesmo pelo seu primeiro encontro homossexual, já que este pode ter sido à força. No entanto, toda pessoa homossexual deve carregar a responsabilidade de ter escolhido entrar no meio homossexual. As pessoas entram neste estilo de vida em diferentes graus.  Alguns vivem no mundo heterossexual a maior parte do tempo, e somente buscam o ambiente homossexual atrás de encontros sexuais esporádicos e impessoais. Outros, por outro lado, entram completamente na subcultura homossexual, onde trabalham, vivem e socializam num ambiente totalmente homossexual. Dentro destes extremos existem todos os graus de aprofundamento, mas para muitas pessoas, o ambiente homossexual foi o primeiro lugar aonde sentiram alguma forma de aceitação mesmo a um nível superficial. Apesar da aceitação disponível no meio homossexual, pouco a pouco se torna uma vida dolorosa e sem recompensa, especialmente para os homossexuais mais idosos que já não são mais desejados sexualmente.
Como você pode ver, nestes quatro aspectos, a homossexualidade é um problema complexo com muitas definições e variações. Se alguém lhe disser, “Eu sou homossexual, na verdade lhe disse muito pouco sobre a sua pessoa. É necessário olhar sua vida mais profundamente para determinar até que ponto a homossexualidade se converteu em parte de sua identidade. Isto também pode ilustrar por que a homossexualidade pode ser difícil de superar.
É verdade que a saída da homossexualidade não é fácil, mas há milhares de pessoas que abandonaram a homossexualidade, e se fizeram “novas criaturas em Cristo”. Muitos se casaram e têm suas famílias, enquanto que outros se mantêm no celibato, e vivem vidas gostosas, dedicadas ao serviço do Senhor. Deus nos dá os desejos do nosso coração. Satanás não se alegra quando alguma pessoa vê através do engano da homossexualidade e descobre a porta de saída. Há muitas batalhas a serem travadas, mas “maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo, ”Não tenhas medo nem te desencorajes, por que a batalha não é tua, mas, sim, do Senhor (2Crônicas 20:15)”.
 
13.1 FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE HOMOSSEXUAL
Podemos inferir, mas não provar plenamente, que existe um certo grau de influência psíquica (hermafroditismo psíquico) de um sexo sobre a disposição mental do sexo predominante. Algumas observações clínicas nos mostram que certos comportamentos caracteristicamente masculinos são apresentados por mulheres normais e vice-versa. (Homens que tem afinidade por serviços domésticos ou maternos; mulheres com características e afinidade por atividades masculinas – certos esportes mais violentos e profissões competitivas).
Segundo a teoria do hermafroditismo psíquico, um homem invertido age como uma mulher no que diz respeito à submissão aos encantos procedentes dos atributos masculinos, tanto físicos como mentais.
Todavia estes traços procurados no elemento do mesmo sexo são exatamente os traços hermafroditas, ou seja, os traços do sexo oposto (biológico) ao da pessoa em questão. Por exemplo: o homossexual masculino tem a tendência de apaixonar-se ou ser atraído, não por pessoas que tenham os traços denotadamente masculinos – fortemente masculinos, mas por pessoas que tenham em seus traços físicos ou em seu caráter, algum rasgo de feminilidade. Às vezes, estes traços de feminilidade (no caso) são quase impercebíveis, mas como os homossexuais têm uma sensibilidade mais acentuada, captam os mesmos com maior facilidade.
Concluímos então que o objeto sexual dos invertidos não é alguém do mesmo sexo, mas sim alguém que combine os caracteres dos dois sexos. “Existe uma conciliação entre um impulso que aspira por uma mulher e um que aspira por um homem, ao mesmo tempo em que permanece a condição primordial que o corpo do objeto (órgão genital) seja masculino. ”Assim sendo, o objeto sexual dos invertidos é uma espécie de reflexo da própria natureza bissexual do indivíduo.
Com base na estruturação de sua personalidade constatamos que: Como todo o ser humano, o invertido também passa, nos primeiros anos de sua vida, por uma fase de fixação, uma espécie de paixão por uma mulher (geralmente sua mãe ou quem exerce tal papel) e depois, visto a impossibilidade de possuir tal objeto de amor para si, desencadeiam um movimento de saída. Para os heterossexuais o movimento de saída é o seguinte: “Vou identificar-me com meu pai e ser como ele para poder conquistar uma mulher que seja como minha mãe, pois afinal ele (o pai) foi capaz de realizar tal conquista, assim agirei como meu pai, exercendo um papel masculino”.  No caso dos homossexuais, não raro existe uma figura paterna fraca ou ausente em termos psicológicos e uma relação conflitiva entre o casal (pais) como agravante da situação. O menino então não dispõe de uma figura masculina para a identificação de seu papel e a única figura forte e presente é a mãe, com a qual acaba se identificando e assumindo então papéis femininos. Todavia, a pessoa a quem esta mãe dedica seu amor não é o pai e sim o próprio filho, exercendo este amor de forma exagerada e possessiva. Quando adulto então este filho vai procurar alguém que se pareça com ele mesmo e a quem ele possa dedicar seu amor, tal qual o modelo aprendido de sua mãe. Dizemos que este amor tem uma base narcísica, pois trata-se do reflexo do amor da mãe por ele mesmo. Em outras palavras, ele procura se amar nos outros – da mesma forma como era amado por sua mãe. Constatamos que a ausência de uma figura paterna (ou qualquer substituto para tal) favorece o surgimento de uma estrutura homossexual. Descobrimos muitas vezes que os invertidos não são imunes aos encantos das mulheres, mas continuamente transpuseram a excitação provocada pelas mulheres para um objeto masculino, repetindo de certa forma o mecanismo que causou sua própria inversão.
Podemos inferir ainda que a energia psíquica, que é dinâmica, em constante movimento e que determina os pares psíquicos (ativo-passivo, maníaco-depressivo, obsessivo-compulsivo, sado-masoquista), também pode fixar-se ou estagnar-se em qualquer momento da vida no que diz respeito à oscilação entre o masculino e o feminino. Há momentos da vida em que predomina desempenho de um papel (masculino x feminino) e que evidenciam-se nas preferências de parceria (ex.: crianças que brincam com pares somente do mesmo sexo; nubentes que se isolam da companhia de iguais para desfrutar a heterossexualidade; etc...). Estas fixações determinam também dois pares: homossexuais e maníacos sexuais: extremidades do mesmo problema. Curioso observar nesta perspectiva que, numa sociedade de cultura machista como a brasileira e a latino-americana em geral, o rapaz tem que provar sua masculinidade através de uma iniciação sexual, geralmente levado pelo pai ou amigos, numa relação com uma prostituta profissional. Acontece que as prostitutas (que também sofrem de desvios em sua sexualidade) sempre tomam um papel ativo na relação sexual (especialmente em casos de iniciação sexual), colocando o jovem “macho” em sua prova de masculinidade, exatamente na posição passiva, característica feminina da relação, evidenciando toda a face homossexual do momento.
Quando a homossexualidade feminina, “não é menos comum que nos homens, embora muito menos manifesto; não só tem sido ignorado pela lei, mas também negligenciado pela pesquisa psicanalítica.
Resumindo podemos dizer que a homossexualidade é muito mais uma questão de um distúrbio da afetividade (pais ausentes e conflitantes) que da sexualidade como tal. Evidenciamos uma fórmula que é segura para a formação de uma personalidade desequilibrada, entre as quais podemos citar a personalidade homossexual, a saber: pai ausente + mãe possessiva = filho com problemas.
A busca de sanar esta distorção da afetividade, deveria ser concluída, para os invertidos, no momento em que eles encontrassem padrões autênticos e desejáveis de serem seguidos no relacionamento heterossexual. Aqui impera o termo objetivado por Deus para o relacionamento cristão. Interdependência, afeto, compromisso, segurança, liberdade são todos princípios deixados por Deus para o relacionamento humano e que visam suprir todas nossas debilidades.
A igreja funcionando como comunidade de acolhimento (aceitando o pecador – não o pecado), sem expectativas de transformações mágicas, onde impere um ambiente de amor e liberdade, com maturidade, pode tornar-se em elemento altamente terapêutico na restauração de vidas  - não somente de mudança de orientação sexual, mas na reintegração de pessoa como um todo.
Homossexuais são criaturas também atingidas pelo sacrifício na cruz.  Graça e a misericórdia (amor pela miséria) de Deus estão sobre eles. Jesus tinha uma especial compaixão pelos marginalizados e nós somos chamados a sermos imitadores de Cristo. Existem comunidades e grupos para eclesiásticos (ao lado da igreja) que tem desenvolvido trabalhos em prol da restauração de vidas homossexuais, mas esta tarefa não deveria, nem deve, ser algo à parte, mas, sim, uma ação contínua da Igreja na expressão do amor de Deus para com o necessitado. Que Deus nos capacite a fazê-lo.

14 AJUDANDO PESSOAS A DEIXAR O ESTILO DE VIDA HOMOSSEXUAL
Deixar o estilo de vida homossexual pode ser relativamente fácil ou difícil, dependendo de diversos fatores. O passo mais importante é este – aceitar que o estilo de vida homossexual é moralmente errado e resolver mudar. Como comentamos no livro "Os Fatos Sobre a Homossexualidade", a mudança é claramente possível para homossexuais que queiram mudar, e Deus concederá graça e poder àqueles que se voltarem para Ele com fé, desejosos de agradá-lo com seu comportamento sexual. Nesse caso, a chave é uma oração de arrependimento diante de Deus, resolvendo deixar o estilo de vida homossexual, o incentivo e o aconselhamento daqueles que já fizeram isso. O Movimento pela Sexualidade Sadia é uma importante organização dedicada a ajudar homens e mulheres homossexuais durante a transição para um estilo de vida celibatário e a transição para a heterossexualidade. Aqueles que praticavam a homossexualidade e entregaram sua vida a Jesus, devem entender que a entrega a Cristo é um assunto sério e envolve fazer dEle o Senhor de cada área de sua vida. Vocês devem saber também que inclinações para o mesmo sexo podem, mas provavelmente não vão cessar automaticamente.
O pecado da homossexualidade é igual a qualquer outro pecado sexual e requer tempo e paciência para ser vencido. Outro passo importante é um rompimento explícito e permanente de todos os laços com a comunidade homossexual, incluindo, se necessário, todas as amizades anteriores. Nenhuma brecha de tentação deve ser permitida. Toda rejeição ao pecado equivale à auto-negação e, é claro, é algo doloroso, mas o simples fato da dificuldade não nos isenta da responsabilidade diante de Deus de amá-lo como Ele nos amou. Milhares de homens e mulheres homossexuais testemunharam que existe vitória – vitória completa – e aqueles que acabaram de começar seu novo estilo de vida devem ser encorajados por esse fato.
Para muitos que estão lutando com esta questão, a opção em relação à homossexualidade ainda não foi resolvida. Há uma porta que ainda está aberta, em que o comportamento homossexual ainda é visto como algo que não é totalmente errado, ou ainda existe a ilusão de que há um príncipe ou princesa encantada esperando por mim em algum lugar. O coração destas pessoas ainda não tomou a decisão de que seguirá a Jesus, não importa o que venha a acontecer. Largo é o caminho que leva à destruição; enquanto eu considerar o comportamento homossexual como uma opção viável, não terei verdadeiramente abraçado o processo de mudança. É importante ressaltar que experimentaremos incertezas e dúvidas durante o processo de saída da homossexualidade. Á medida em que nossos conflitos ficarem mais intensos, maior será a pressão para que busquemos conforto nos velhos hábitos e mecanismos de escape, como forma de enfrentar a dor do conflito. Inclusive não é incomum que aqueles que estão lutando enfrentem períodos de comportamento pecaminoso a medida em que se aprofundam no tratamento de suas feridas emocionais.
Apesar do fato de que alguns escolhem atividades homossexuais como forma de fuga da dor emocional, a esperança de mudança ainda está presente. Sei que posso caminhar em Sua misericórdia e graça, mesmo caso eu tenha um envolvimento sexual. Na minha própria experiência, percebi que tinha que entregar a Deus meu “direito de ser puro”. Isto pode parecer estranho, mas enquanto eu procurasse atingir pureza (ou seja, ficar contando os dias e horas desde meu último envolvimento), eu não estava descansando na verdade de que Ele somente é a minha pureza. Eu sei que sou capaz de retornar a velhos hábitos nesta caminhada. Por outro lado, também sei que minha pureza pessoal é resultado da minha identificação com Cristo, e não do meu desempenho! No entanto, tenho que crer e tomar a decisão de que é verdade que a prática da homossexualidade é algo que Deus não aceita sob nenhuma circunstância. Trata-se de pecado. Qualquer forma de envolvimento sexual não é mais uma opção para mim. Como adulto, sou responsável por minhas escolhas; e a autoridade da Palavra de Deus estabelece que comportamento homossexual não é aceitável a Ele.
Deixar o estilo de vida homossexual pode ser relativamente fácil ou difícil, dependendo de diversos fatores. O passo mais importante é este – aceitar que o estilo de vida homossexual é moralmente errado e resolver mudar. Como comentamos no livro "Os Fatos Sobre a Homossexualidade", a mudança é claramente possível para homossexuais que queiram mudar, e Deus concederá graça e poder àqueles que se voltarem para Ele com fé, desejosos de agradá-lo com seu comportamento sexual. Nesse caso, a chave é uma oração de arrependimento diante de Deus, resolvendo deixar o estilo de vida homossexual, o incentivo e o aconselhamento daqueles que já fizeram isso. Aqueles que praticavam a homossexualidade e entregaram sua vida a Jesus, devem entender que a entrega a Cristo é um assunto sério e envolve fazer dEle o Senhor de cada área de sua vida. Vocês devem saber também que inclinações para o mesmo sexo podem, mas provavelmente não vão cessar automaticamente.
O pecado da homossexualidade é igual a qualquer outro pecado sexual e requer tempo e paciência para ser vencido. Outro passo importante é um rompimento explícito e permanente de todos os laços com a comunidade homossexual, incluindo, se necessário, todas as amizades anteriores. Nenhuma brecha de tentação deve ser permitida. Toda rejeição ao pecado equivale à auto-negação e, é claro, é algo doloroso, mas o simples fato da dificuldade não nos isenta da responsabilidade diante de Deus de amá-lo como Ele nos amou. Milhares de homens e mulheres homossexuais testemunharam que existe vitória – vitória completa – e aqueles que acabaram de começar seu novo estilo de vida devem ser encorajados por esse fato. Muitos descobrem que os valores cristãos se chocam com valores do mundo gay. Eles anseiam por viver livres da vida dominada pelo pecado, porém, têm desistido da esperança de que a mudança é possível. Toda vez que ligam a TV ou lêem um jornal, ouvem as novas descobertas que reivindicam que a pessoa já nasce com a homossexualidade e esta é impossível de ser mudada. Mesmo as que fazem esforço para viver uma vida pura, são incentivadas a comemorar o fato de serem gays e a terem uma vida sexual ativa através do sexo seguro.
Os sacrifícios requeridos para uma pessoa sair de tal viciado e pecaminoso estilo de vida parece impossível de se enfrentar. Falando de maneira generalizada, a igreja “não tem estado presente” para a pessoa gay que procura uma saída. A maioria de membros são extremamente relutantes em discutir a questão da homossexualidade e deseja que ela simplesmente deixe de existir. Os ex-homossexuais não têm desafiado a igreja ao ponto de levá-la a ver que a homossexualidade é uma questão como o alcoolismo e o vício com drogas. Sem ouvir uma mensagem de amor, de incentivo, encorajamento e apoio por parte da igreja e/ou um testemunho de libertação de alguém que já passou pela homossexualidade e que tem sido mudado, a pessoa que está tentando mudança com suas próprias forças, normalmente, desistirá, pensando que isso é algo impossível, exatamente como “eles falam”.
Jesus Cristo tem poder para transformar vidas. Á igreja devemos trazer a mensagem de que não é útil à pessoa homossexual ser endossada no seu pecado assim também como ser rejeitada. No lugar disso, a igreja deve prover um novo estilo de vida, que substituirá o velho estilo. Há um caminho melhor, como as Escrituras dizem, o caminho é estreito e poucos o tem encontrado, porém ele conduz à Vida Eterna (Mateus 7:13,14). Deus, nosso pai amoroso, procura somente o melhor para nós. Ele não está interessado em nos ver sofrer como pagamento pelos nossos pecados, mas sim, deseja trazer nosso caminho reto, derramando bênçãos e bênçãos sobre aqueles que o procuram. Sim, há uma batalha. Nosso inimigo definitivamente não desiste facilmente do controle, mas se posiciona prontamente para nos enganar em cada curva. A mudança (que queremos) requer que nós aprendamos maneiras novas de pensar e de agir, que tenhamos novas respostas para as velhas tentações. As pessoas que trabalham com vidas que desejam deixar as práticas homossexuais experimentam épocas de profunda dor e sofrimento com relação a quedas. Porém, nós conhecemos também a amorosa mão de Deus, ministrando graça e encorajamento.  
A homossexualidade é uma busca enganosa de amor e afirmação. Deve-se procurar prover relacionamentos que são, ao mesmo tempo, amáveis e coerentes com a visão de Deus. Porém, todos os relacionamentos humanos falham às vezes: por causa disso nós procuramos, também, intensificar o relacionamento da pessoa que está lutando, com Aquele que nunca falhará com ela, Jesus.
Como parte da igreja, corpo de Cristo, nós encontramos um relacionamento pessoal e profundo com Cristo e ainda com nossos irmãos e irmãs a até podemos chamá-lo de relacionamento íntimo, porém, santo. Nós agora conhecemos aquela paz e alegria que somente Deus pode estabelecer em nossas vidas. A decepção se foi: a realidade veio. Nós estamos sendo transformados no povo que Deus planejou que fôssemos.
Então temos três pontos importantes: a necessidade vital de um relacionamento íntimo com Deus, o conhecimento sobre a questão homossexual e a parte que nos cabe na nossa cura (como nós cooperamos com Deus). Não pode haver nenhum engano sobre a ordem de prioridade desses três fatores, contudo, nós não temos nenhuma garantia que a coisa funciona assim. Uma grande parte do mundo secular e parte do mundo cristão acreditam que o conhecimento da questão traz a cura. A idéia deles é de que uma vez que o passado foi revelado e se teve conhecimento sobre as causas ou a raiz do problema, este então seria resolvido. Quão agradável seria se este fosse o caso. Infelizmente isso não é nada mais ou nada menos do que uma ilusão. Esse equívoco indubitavelmente vem da interpretação parcial da escritura: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (João 8:31)”. Jesus não disse aqui que o conhecimento traz libertação de cadeias. Ele estava falando sobre ele mesmo. Se as pessoas acreditassem nEle e se firmassem nos Seus ensinamentos, então elas encontrariam liberdade.  A primeira forma de prioridade incorreta é colocar o conhecimento em primeiro lugar, deixando Deus e os nossos esforços por último.
Um segundo mal entendido é que nossos esforços trarão a liberdade que estamos procurando. Não importa quão diligente nós possamos ser, nunca poderemos curar a nós mesmos. Todos os livros de auto ajuda existentes no mundo falharão em cumprir o que eles prometem. Cura é um trabalho do Espírito Santo de Deus, não do homem. A mudança que muitos estão procurando e a mudança de que muitos já desfrutam não é nada menos do que um milagre de Deus. Nós nunca poderemos alcançar nossa restauração, nossa cura através de nossos esforços. Alguns erroneamente estão colocando seus esforços em primeiro lugar, deixando Deus e o conhecimento por último.
Se não colocarmos Deus como prioridade nunca experimentaremos a vitória. É Deus quem traz as mudanças que nós desejamos tão desesperadamente. Quando Deus é prioridade, então tudo o mais ocupa o seu lugar certo. “Mas buscai primeiramente o reino de Deus e a sua justiça e todas as outras coisas vos serão acrescentadas (Mateus 6:33)”. O conhecimento é importante? Sim, o Senhor espera que procuremos entendimento em todas as áreas de nossa vida. A maioria do livro de Provérbios nos fala sobre procurar a sabedoria, o gozo e a paz que vem através de um viver sábio.  O esforço é importante? Sim, o Senhor espera que sigamos seus comandos. Espera que fujamos da tentação, que ponhamos a armadura de Deus e que tomemos uma posição. Paulo nos dá uma lista longa do que devemos e do que não devemos fazer. Nós devemos cooperar com Deus em nosso processo de restauração. Muitas passagens nas escrituras nos dizem que os rebeldes não receberão nada de Deus. Se nós amarmos o Senhor nosso Deus com todo nosso coração, Ele porá nossas vidas em ordem. Será seu Espírito que guiará e dirigirá nossas vidas. Ele nos conduzirá a toda a verdade. Ele nos dará a compreensão e o conhecimento que nós necessitarmos, diretamente, e também através do homem. Ele nos motivará em corretas ações as quais nos protegem e nos ajudam a nos tornarmos mais e mais à imagem de Cristo.
O poder não está no conhecimento ou nos  nossos esforços, o poder está todo no nosso relacionamento com Deus. Nenhum método nunca nos salvará ou nos conduzirá à transformação que procuramos. Este somente pode vir de Deus e do resultado de nosso relacionamento com Ele. A prioridade que traz a vitória está primeiramente em Deus, depois vem o conhecimento e os nossos esforços. “Todas as coisas são possíveis para o que crê (Marcos 9:23)“.
Muitas pessoas dentro de nossas igrejas ainda pregam a cura instantânea da homossexualidade. O resultado dessa expectativa errada quando imposta ao recuperando, tem sido mais feridas, frustração, confusão e sofrimento desnecessário para aqueles que abraçaram o caminho da mudança. Através de reuniões de grupo, as pessoas que são homossexuais têm a liberdade de compartilhar sobre suas jornadas e dificuldades, assim também com suas vitórias. O mundo nos programou para esperar resultados instantâneos, dessa forma, menos que as notícias que ouçamos não sejam sensacionais, elas não merecem nossa atenção. Não somente o mundo na sua dimensão, mas também o mundo cristão esperam resultados imediatos. Os cristãos anseiam pelo dia em que, num abrir e piscar de olhos, todos nós seremos levantados no ar e seremos transformados em n ovas criaturas. Eles estão presos ao desejo de ver coisas miraculosas. Eles promovem adesivos que dizem: “Esperem por um milagre”. Eles querem ouvir as curas instantâneas. Enquanto tudo isso é possível e nós não descreditamos os milagres, normalmente, o milagre da transformação demora mais do que o que se é esperado na vida de quem deseja deixar as práticas homossexuais. “Eu ouvi dizer que você transforma homossexuais em heterossexuais”. Uma pessoa disse: “Eu tenho apenas três minutos, por favor, me diga o que eu devo fazer para me mudar para heterossexual”.  Um grupo cristão que trabalha na restauração de vidas que desejam  deixar as práticas homossexuais disse: “o lado negro de se esperar uma cura instantânea é que algumas igrejas desejam nos usar para promover as causas deles. Nós nos tornamos exemplos e papéis modelos para provar que os homossexuais podem mudar. O  problema em tudo isso é que nenhuma oportunidade ou abertura é feita para o “processo de mudança” acontecer. Essa mensagem então se torna uma condenação severa a todas as pessoas gays, exigindo cura instantânea. Pelo fato de termos dito que os homossexuais permanecem  nos estilo de vida homossexual  por escolha própria, a mensagem é dada: Gays são gays porque escolheram, então, mudem agora! Essa não é uma mensagem que redime ou que resgata. Ajuda prática e apoio deve ser oferecido para aqueles que estão considerando a possibilidade de deixar o estilo de vida homossexual. Tiago falou de simples palavras vazias e sem ações (Tiago 2:16)”.
A comunidade homossexual está igualmente confusa com relação a essa questão. Ela vê os que ajudam pessoas a deixar esta prática sexual tão destrutiva como uma ameaça e regularmente escrevem artigos sobre isto, descrevendo-os como desprogramadores. Como certos segmentos da igreja cristã, ela também não dá abertura para nenhuma mudança, mas continuam a ver essa questão em dimensões em preto e branco. Ou nós mudamos pessoas da homossexualidade para a heterossexualidade ou nada. Se nosso pessoal volta para a vida homossexual uma vez ou outra, isso é usado para provar que a mudança é impossível e que nós representamos mentiras. Parece que nenhum dos lados está disposto a reconhecer qualquer fato condicional.
Em nenhum momento, ministérios que apóiam pessoas que desejam deixar a homossexualidade, deve estridentemente proclamar ter encontrado uma nova cura para a homossexualidade. Não se proclama um método ou sistema, mas uma Pessoa: Jesus. As escrituras nos dizem que o mundo não pode aceitar as coisas de Deus, está preso no seu próprio imaginismo vão e tola argumentação, o mundo está cego para a verdade. Apesar de sermos admoestados para sermos o povo separado do mundo (para estar no mundo, mas não ser do mundo), este permanece grandemente como parte do pensamento cristão. Os homossexuais mudam? Absolutamente! Mas raramente eles mudam da noite para o dia.
Se Deus leva um longo tempo para curar uma pessoa, nós não aceitamos ou reconhecemos isso como um milagre “genuíno”. Mais uma vez, é ZAP ou nada. Muitos não aceitarão nada menos que isso, vindo de Deus. Ou Ele é um Deus milagroso, ou Ele não é Deus de forma nenhuma.Infelizmente, este tipo de pensamento tem seriamente impedido os homossexuais de receberem ajuda. Grandes denominações e grupos religiosos continuam até os dias de hoje na sua crença na mudança do estilo ZAP. Eles não vêem nenhuma necessidade para grupos de aconselhamento ou qualquer tipo de ministério especial para homossexuais. Se as fontes de ajuda que eles têm fossem oferecidas para auxiliar no processo de mudança, milhares estariam encontrando liberdade nesse momento. Eles negam a ajuda que é desesperadamente necessária por causa da cegueira deles nessa área.
Participar de uma das reuniões de grupo pode trazer muito desencanto para alguém que vem esperando resultados imediatos. Talvez eles sairão da reunião, pensando que não é nada mais do que um estudo Bíblico comum. Porém, a abertura e honestidade dos grupos podem ser o início da cura de Deus. Somente depois de muitos meses é que nós podemos olhar para trás e ver que a vitória está, de fato, ocorrendo em nossa vida. Sim, a transformação pode ser melhor medida ao olharmos para trás. Onde estava você há um ano atrás? Quais eram seus pensamentos, suas atitudes? Quais as escolhas erradas que você fazia lá que hoje você já venceu? A transformação é um processo constante e contínuo.  A Bíblia diz em 2Coríntios 3:18: “Nós estamos sendo constantemente transfigurados em nossa própria imagem em cada esplendor progressivo de um degrau de glória em outro, pois isso vem do Senhor que é o Espírito”. Sim, a transformação pode acontecer para o homossexual. Existem milhares de nós que uma vez foi homossexual e que pode testificar esse fato! Porém, a mudança pode não ser óbvia para o mundo. O mundo (e infelizmente, grande parte da comunidade cristã) esperam que o ex-homossexual prove alguma forma que ele não é mais gay. Seu testemunho não é suficiente, sinais visíveis são exigidos. Que coisas podem ser estas? Certamente, todos os que aconselharam pessoas problemáticas sabem que entrando ou saindo de um casamento somente não é um sinal de transformação. Porém, o casamento pode, com certeza, ser um novo e emocionante crescimento na vida de um homossexual transformado.
O mundo e mesmo parte da igreja acha que é imperativo que o ex-homossexual esteja em um relacionamento com uma pessoa do sexo oposto, um relacionamento que claramente tenha sinais excessivos de romance. A opção de deixar uma vida de solteiro dedicada ao Senhor é vista como suspeita. A lascívia, uma vez que em direção do sexo oposto é vista como um sinal sadio como vinda da parte de Deus. Somente o tempo demonstrará o trabalho do Senhor. Muitos ex-homossexuais têm simplesmente continuado indo à igreja ocupando cada um seu lugar certo e esperado que as mudanças aconteçam. No tempo oportuno, o Espírito que está então habitando no interior do ex-homossexual falará ao Espírito que habita nos outros cristãos testificando que a mudança é genuína.
“Homossexual por opção” é uma afirmação severa e condenadora que tem sido feitas. Na sua busca de encontrar a parte que está faltando, ou seja, o seu complemento, a pessoa que está na homossexualidade pode ter feito a troca: sexo por amor, atenção e afirmação. Sim, essa pode ter sido a escolha, porém, todos nós fazemos más escolhas de vez em quando. Se nós mudamos homossexuais para heterossexuais? Não, nós não fazemos isso, mas nós realmente apresentamos o caminho em direção Àquele que pode transformar, Jesus. Porém, nem mesmo Jesus trabalha contra a vontade de alguém. O processo de mudança ocorre somente quando a pessoa homossexual se rende completamente ao Senhorio de Cristo em sua vida. Morrer para si mesmo é, algumas vezes, um processo longo, dolorido e com sofrimento, porém a recompensa é grande. “Mas a todos quanto o receberam e o deram boas vindas. Ele deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus (João 1:12)”.
A idéia de que existe uma escolha de se permanecer ou não como  homossexual, é, ao mesmo tempo, assustadora e ameaçadora. A pessoa que vive como homossexual tem um investimento real na sua identidade. Uma grande quantidade de homossexuais tem sido perturbada com sentimentos homossexuais durante muitos anos antes de aceitarem o rótulo de homossexual em sua vida. Quando chegam a aceitar essa identidade, eles põem em descanso essa luta tão difícil e se sentem aliviados de que esse tempo traumático em suas vidas tenha passado. A idéia de retornar a essa questão de incerteza é muito ameaçadora e abala sua autoconfiança e sua nova identidade.  A maioria dos homossexuais não consegue lembrar do tempo em que não tinham sentimentos homossexuais. Eles, na verdade, acreditam ter nascido desta forma. O que pesquisas têm provado é que os caminhos que tomamos em nossa vida são estabelecidos numa idade muito nova. Tem sido dito que a criança com seis meses de idade sabe se o seu nascimento foi desejado ou não. Durante o período de 18 a 36 meses, a identidade do gênero (masculino ou feminino) é formado e se torna difícil mudar a partir daquele momento. Então, não  é surpreendente que a mensagem da Comunidade Gay de que uma pessoa “nasce gay” é aceita como verdade sem ser questionada.
Quer dizer então que estamos dizendo que uma pessoa se torna homossexual na prematura idade de três anos? Não. Porém as raízes da causa da homossexualidade e muitas outras personalidades desajustadas são implantadas nessa idade.  Nós acreditamos (Ministério Amor em Ação), que a causa mais profunda da homossexualidade está na ruptura dos laços e vínculos familiares, produzindo com isso a perda do senso de se pertencer e de se sentir parte de algo, e, ainda, na falta de afirmação. A segurança de uma criança depende de uma chave tripolar de vínculos: da mãe para com a criança, do pai para com a criança e do compromisso entre o pai e a mãe que, infelizmente, é omitido e negligenciado na maioria das vezes. Qualquer quebra neste triângulo produzirá insegurança na criança. É importante mencionar aqui que, se essa quebra não for real, mas apenas percebida ou interpretada pela criança, o resultado é o mesmo. A criança é afetada pela forma como ela reage às perturbações que ocorrem na unidade da família. Deus ordenou o pai para assumir a responsabilidade pela unidade da família: “o homem é o cabeça de sua esposa, assim como Cristo é o cabeça da igreja... assim também que as esposas sejam em tudo submissas a seus maridos (Efésios 5:23,24)”. No momento em que o pai renuncia ao seu papel é que distorções ocupam seus lugares. É muito fácil ver quanto o pai é de vital importância no desenvolvimento do garoto dentro da família. O filho precisa ser capaz de respeitar, honrar e desejar ser como o seu pai, para que a transferência de identidade possa acontecer.
A criança do sexo masculino possui certas necessidades que somente seu pai pode preencher e a mesma verdade se aplica para a criança do sexo feminino com sua mãe. A necessidade do garoto pode ser resumida em três palavras: força, poder e proteção. O papel masculino é iniciar, o papel feminino é responder. Esses devem ser os traços predominantes, ainda que haja uma travessia natural no processo. As vezes se torna comum para o sexo masculino responder e para o feminino iniciar. É vital para o menino desenvolver uma personalidade ativa no lugar de passiva. Ele precisa se tornar um “corredor de risco”. Sob a cobertura de seu pai ele se sente livre para explorar seu mundo e aprender através de um processo e de erros. A força, o poder e a proteção de seu pai faz isso se tornar possível. Ele se alegra com o relacionamento com seu pai, sabendo que este deseja que ele possua estes traços por ele mesmo, no lugar de sempre depender dele (seu pai) para tê-los. Esses bons sentimentos para com  seu pai se transformam em amor, afirmação e no senso de se pertencer a alguém. Ele é então seguro na identidade de seu pai, e passa a aceitar aquela identidade para ele próprio. O que leva os homossexuais a sair pelas ruas procurando parceiros sexuais? Apesar da maioria ter uma pequena consciência disto, a busca deles não é primeiramente sexo, mas sim intimidade. Eles procuram em outra pessoa do sexo masculino os elementos do amor paterno que foram negados a eles quando criança. A maioria das buscas do homossexual reflete a procura para encontrar o pai, na tentativa de encontrar força, poder e proteção que vem da figura masculina. Na verdade, uma das indicações de que um ex-homossexual possa estar pronto para o casamento é quando se percebe que o desejo de ser protegido tem sido substituído pelo desejo de proteger.
A criança feminina também precisa de uma pessoa da qual ela transferirá sua identidade, porém de uma maneira bem diferente. O desejo de ser protegida é normal e bom. Ela deverá desenvolver um tipo de confiança na figura masculina através do seu pai, o qual ela sempre teve como seu “protetor especial”. Ela precisa vir a ver o papel feminino como uma coisa que ela deseja, ou seja, o papel da mãe como algo compensador, e, conseqüentemente encontrar dignidade em servir. Ela desenvolve um senso completamente diferente do desenvolvido pelo sexo masculino. Ela não deve ver o papel feminino como algo degradante e humilhante. Ela deve chegar ao ponto de chegar a ser grata a Deus por ter sido feita mulher (Provérbios 31:30).
O pais tem um significado muito grande para a filha da mesma forma que para o filho. Em afirmá-la, amá-la incondicionalmente, aprovar, e em apreciar a feminilidade dela, ele a prepara para um desenvolvimento heterossexual saudável. Na medida em que ele expressa seu amor por ela, e ela testemunha um forte vínculo de amor entre seu pai e sua mãe, ela então percebe que há algo cheio de bondade num relacionamento heterossexual. Logo, o pai precisa prover estabilidade e segurança para ambos, o garoto e a garota. Por conseqüência disto as raízes mais profundas da homossexualidade não são sexuais. O desejo por interação sexual vem depois de um longo período após ter passado pelo simples desejo de amor, segurança, afirmação e mesmo depois de ouvir alguém simplesmente dizer: “não há nada errado com você”.  Nem todos, mas a maioria dos homossexuais (homens em particular), têm um período de retraimento quando ainda cedo na sua infância. Se a criança tiver tido um pai ausente, seja de forma física ou emocional, uma certa vulnerabilidade é sentida pela criança. Ele, o garoto, se sente exposto e sem proteção no mundo. Essa tendência para retraimento ou fuga produz três efeitos: medo, isolamento e inveja.
Acredito que a maioria de nós que aconselhamos pessoas com problemas, sejam homo ou heterossexuais, tem descoberto que por detrás das fobias, comportamentos imprevistos e anormais, está um profundo medo de ser abandonado, causado desde um tempo bem cedo na infância.  Apesar de que isso possa não ser a causa principal de toda desordem, é certamente uma das maiores causas de personalidades perturbadas. Uma vez que os pais são equiparados com proteção, um pai ofensivo tem por isso traído o propósito intencionado por Deus de proteger e guardar sua família. Se ele é alguém que causa medo no filho, este não contará com ele para defendê-lo dos ataques do mundo. O pai que é indiferente para com o filho tem também renunciado seu papel, e em algumas formas prejudica mais no desenvolvimento da criança do que o pai ofensivo. Enquanto a criança vê seu pai parado negligentemente ou mesmo inutilmente enquanto ela enfrenta sua batalha, tem provas concretas de que seu pai não a ama. Esse pai emocionalmente ausente abandonou sua criança da mesma forma ou até mais do que um pai totalmente ausente. Quando um pai está completamente fora da vida de uma criança, existe a possibilidade e a chance de que a criança acreditará no melhor a respeito dele, porque isso é uma coisa que a criança naturalmente quer. Ela poderá criar a fantasia de que se seu pai estivesse presente ela seria amada e cuidada. O pai indiferente e que está presente não faz esse tipo de sonho se tornar possível. Por causa disso, ressentimentos profundos são formados os quais representam papéis significativos mais tarde na vida da criança. O pai é freqüentemente chamado de “janela do mundo” e à medida que a criança cresce, se tornando mais velha, ela precisa de conhecimentos, habilidades, de modelo ideal e proteção, elementos estes que podem vir somente do pai. Sem isso, a criança pode se tornar irada com o mundo e começar a se afundar no seu próprio mundo de fantasia, muito amedrontada para funcionar normalmente no mundo cotidiano.
A falta do modelo que viria da pessoa do mesmo sexo cria problemas na criança no que se refere a relacionamento com seus colegas. Se a criança, nesse caso o menino, tem somente a influência da mãe, reagirá no seu mundo e com seus colegas da mesma forma que sua mãe reagiria. Seus colegas rapidamente perceberão seu jeito efeminado e ridicularizarão, excluindo-o do círculo deles. Dessa forma esse isolamento é forçado sobre ele. A garota que tem desenvolvido uma forte identificação com seu pai, também verá a si mesma separada ou diferente de suas colegas e dos interesses que elas têm. Freqüentemente ela ficará ressentida ao ver a forma diferente com que suas colegas se aproximam e têm acesso fácil à vida feminina e excluirá a si mesma da interação com elas.
Um dos maiores e básicos problemas da homossexualidade é a ausência de afirmação e do senso de se pertencer a alguém. A rejeição dos colegas pode ter o maior papel em reforçar as diferenças da criança e a idéia de que ela não é aceita. Às crianças que são “diferentes” regularmente é negada a oportunidade de pertencer a um grupo, ficando assim do lado de fora do círculo de seus colegas, observando ansiosamente a intimidade que lhe foi negada, não compartilhando dos segredos e nem do companheirismo do grupo. Talvez seja mais importante o fato de que a criança propositadamente escolhe o isolamento, uma vez que a interação social traz dor e rejeição.
É simplesmente natural que a criança que tem sentido a dor da rejeição venha a invejar os colegas que são aceitos. Um processo então se começa aqui e se continuado até a conclusão dele, é o que os homossexuais chamam de sua “orientação” sexual. Começando com a simples comparação da criança com os outros, ela faz a decisão e admite que ela não é igual aos demais colegas. Concretiza então a idéia de que ela não pode alcançar o padrão ou o modelo de um dos colegas do grupo. Uma retirada ou fuga por causa da competição começa onde a criança deixa de iniciar ações com seus colegas começando então a ficar para trás. Finalmente ela desiste completamente, admitindo sua inadequação para com o grupo. Isso traz à tona então, a admiração por aqueles que de alguma forma parecem ser “melhores”. Eles podem ser mais bonitos, ter um corpo mais bem formado, ser mais inteligentes ou ainda uma grande porção de outras coisas. Predominantemente, existe admiração por parte daqueles que têm medo de iniciar, para com aqueles que têm força e coragem para manter seu valor próprio quando atacados por pessoas ou situações na vida cotidiana. Em algum lugar durante esse percurso, essa admiração se degenera até se transformar em inveja e num desejo de possuir aquelas qualidades. Normalmente existe uma pessoa especial que é esse objeto de inveja e admiração. Décadas mais tarde, o homossexual pode ainda estar na busca para substituir esse seu “primeiro amor”. Eles fortemente desejam que essas pessoas sejam seus “melhores amigos”, fantasiando estarem sozinhos com estas pessoas e serem capazes de relacionarem intimamente com elas.
Na puberdade, enquanto o desejo sexual começa e emergir, esse desejo simplesmente se ajusta sobre o que tem sido o centro de atenção da criança, o qual era seu objeto de admiração e inveja. Desse modo a inveja se torna erotisada. Para muitas pessoas, esse processo não se concretiza até o final, mas para o homossexual, esse desejo sexual por uma pessoa do mesmo sexo parece completamente natural porque ele ou ela começou a sentí-lo de uma forma que não era sexual.
Descobrimos que o molde da homossexualidade se desenvolve durante um longo período que se estende desde a infância até a adolescência. Por se iniciar muito cedo, pode parecer que é algo intrínseco ou que se nasce com ele. Em algum lugar na puberdade, a pessoa se torna consciente de que esse interesse por pessoas do mesmo sexo não é normal e que os colegas dela estão se movendo em uma direção de interesses heterossexuais. Pânico regularmente ocorre quando a descoberta é feita de que isso não é simplesmente uma fase que terá fim, e que poderá ser uma condição de vida. Essa revelação é, algumas vezes, seguida pelo que pode ser simplesmente descrito como um processo de desgosto e amargura. Existe um período de dúvida e recusa em aceitar o fato. Seguido disso pode haver um tempo de quase total isolamento, choro e severa depressão. É nesse ponto que muitas pessoas que nunca tinham sido “religiosas” se inclinam em direção à religião à procura de uma mudança imediata para suas vidas. Nos meus 16 anos de idade, eu me lembro que, deitado no chão, chorando, pedi a Deus para me mudar ou então tirar a minha vida. Deus foi fiel, mas o tempo dEle foi muito diferente do meu. Foi aproximadamente três décadas mais tarde que Deus fez exatamente isso: “Ele me mudou”. Não foi a mudança do “ZAP” imediato que eu queria, mas o processo de mudança começou lá nos meus 16 anos. Uma vez que a maioria não recebe uma cura dramática, eles começam a ter raiva e rancor. O interesse próprio da pessoa passa a se tornar seu objetivo principal e ela então decide que terá o melhor possível pela sua situação infeliz.
Aqueles que são cristãos são confrontados com uma decisão muito difícil. Eles devem consumar seus desejos com a prática do ato sexual? Esse conflito dura muitos anos. Os que escolhem se engajar no comportamento homossexual são normalmente cheios de sentimentos de culpa e remorso por suas ações, sabendo que as Escrituras claramente se opõem a esse comportamento. Alguns tentam justificar o que estão fazendo e alteram a interpretação das Escrituras e de como ela trata com a homossexualidade para favorecer seus desejos homossexuais. Mas eles não podem nunca abalar a persistente convicção de pecado no fundo de seus corações. Segue abaixo algumas questões que podem auxiliar na restauração de vidas que buscam sair da homossexualidade:
1. Você conhece alguém que deixou de viver no estilo de vida homossexual? Descreva a mudança deles de acordo com o que você notou.
2. Você está enfrentando dificuldades com seus amigos homossexuais por causa do seu desejo de mudar? Descreva.
3. Você já fez alguma tentativa de deixar o estilo de vida homossexual? O que aconteceu? Descreva.
4. O termo ex-homossexual é confuso para você? Fale sobre o assunto.
5. Qual é a coisa que parece ser mais difícil de ser mudada em sua vida? Que passos devem ser dados para mudar essa área que tem sido de derrota para você?
6. Você alguma vez teve a experiência de livrar-se de alguma experiência homossexual? Qual foi o resultado?
7. Você é capaz de identificar suas necessidades emocionais que são legítimas?
8. Você acredita que você nasceu homossexual? Descreva seus pensamentos nessa questão.
9. Você escolheu ser homossexual? Por quais escolhas você é responsável?
10. Discuta a questão da escolha. Você escolheu ser homossexual? Por quais escolhas você é responsável?
11. Descreva as dificuldades que você tem enfrentado com a identidade homossexual.
12. Você foi uma criança desejada? Descreva seus primeiros anos.
13. Descreva seu senso de segurança quando criança.
14. Descreva o seu relacionamento com seu pai ou sua mãe, de acordo com o seu sexo. Exemplo: Se seu sexo é masculino, descreva seu relacionamento com seu pai, se feminino, descreva seu relacionamento com sua mãe.
15. Você descreveria seu comportamento ainda bem cedo na sua infância como ativo ou passivo?
16. Você pode estabelecer relação com a substituição da figura do pai ou da mãe?
17. Você sentiu proteção ao redor de você quando criança? A sua proteção veio de sua mãe ou de seu pai?
18. Você pode perceber o que há de bom num relacionamento heterossexual?
19. Descreva a sua busca por intimidade. Você estava buscando sexo ou afirmação?
20. Descreva as suas tendências para o retraimento.
21. Você experimentou medo de ser abandonado?
22. Como é o seu relacionamento com o seu pai hoje? Você experimentou perdão pelas deficiências dele?
23. Você foi ridicularizado ou zombado na sua infância?
24. Descreva seu relacionamento com os colegas.
25. Descreva sobre a inveja na sua infância e seus efeitos hoje.
26. Descreva o momento em que você percebeu que tinha um problema.
27. Você guarda mágoa em sua vida pelo fato de Deus não ter tirado você da homossexualidade?
28. Como é que “o conflito” tem afetado sua vida? Descreva sua luta.
 O que Deus falou? Onde é que nós temos ouvido essas palavras? Elas têm um som familiar? Se olharmos em Gênesis 3:1 nós encontraremos satanás questionando as diretrizes dadas por Deus. Satanás trabalha através da decepção, em introduzir dentro da igreja heresias que se opõem ao plano de Deus para o homem. Ele tenta lançar dúvidas sobre aquilo que Deus tem deixado perfeitamente claro. Essa pergunta: “Foi assim que Deus falou?” tem separado o homem de seu Deus. Não somente rompendo seu relacionamento pessoal com Deus, mas também com seu próximo, trazendo morte e derrota. A homossexualidade juntamente com todo pecado nasceu naquele dia fatídico em que o homem aceitou e acreditou nas mentiras do inimigo.
 Apesar de que isso possa parecer novo para você, certamente isso afetará sua vida profundamente em tempos que estão para vir. Os inimigos da verdade estão ganhando espaço dentro da igreja. Satanás sabe que seu tempo é curto e ele está intensificando seus ataques. Ser precavido é estar preparado. Esteja alerta e mantenha o inimigo fora da igreja. Abaixo segue algumas questões para que a igreja possa repensar o que tem entendido sobre a questão homossexual:
1. Você tem sido tentado a pensar que a homossexualidade é normal e aprovado por Deus?
2. Você tem sido exposto à “Teologia Homossexual”?
3. Você tem lido e investigado as Escrituras com referências a homossexualidade, por você mesmo ou você tem confiado no que os outros têm dito?
4. O Espírito Santo tem falado ao seu espírito que a homossexualidade é errada? Você deseja que não fosse?
5. Você tem amigos em sua igreja que estão vivendo ativamente como homossexuais? Você os tem confrontado?
6. Quais literaturas sobre homossexualidade você leu e de que forma ela afetou sua vida?
7. Sua igreja tomou alguma atitude com relação a teologia homossexual? Descreva a atitude de sua igreja.
8. Na sua mente, que tipo de ação a igreja deveria tomar?
 Não é fácil para o homossexual aceitar que Deus falou contra a homossexualidade e concordar em embarcar na longa e difícil jornada para mudança. Como nós temos visto, a igreja em sua maioria, não tem ajudado muito em guiar o ex-homossexual em direção a um novo e diferente estilo de vida. A igreja e, particularmente, os seminários estão avançando com a idéia de que as Escrituras que reprovam a homossexualidade foram escritas para uma cultura passada e não oferecem nada de valor para o mundo de hoje. Um grande número de pessoas que enfrentam dificuldades na área homossexual estão sendo aconselhadas por seus pastores a ajustarem sua vida à este estilo de vida, embora elas sejam exortadas a “viver do modo mais respeitável possível como um homossexual”. Alguns pastores embebidos com a psicologia, estão agora concordando com o ponto de vista da Associação Psiquiátrica Americana aplicando o rótulo de “desvio de conduta” ao indivíduo que não é completamente satisfeito com sua vida homossexual e está procurando uma forma de sair dela.
A decisão que uma pessoa toma para deixar as práticas homossexuais, com certeza a fará passar por muitos desafios, períodos atrás de períodos. Sua decisão permanecerá nos tempos de provação somente se ela tiver sido tomada por você e não pelos outros. Se sua decisão tiver sido baseada em satisfazer outras pessoas, ela não será forte o suficiente para resistir às adversidades e os tempos difíceis que estão à frente. Por mais que queiramos agradar nossa mãe, pastor, amigos, e até mesmo a sociedade, essa motivação apenas será insuficiente e falhará durante os tempos de aprovação e, mais cedo ou mais tarde, nós vamos nos encontrar dizendo: “Eu fi-lo somente para agradar meus pais (ou outros)”.
Muitos homossexuais ativos (praticantes) que professam o cristianismo se acomodaram na igreja silenciosa, a igreja que se recusa a reconhecer que o problema da homossexualidade existe. Nesse caso, eles vivem uma vida dupla: regularmente eles ocupam lugar de liderança na igreja, porém continuando a se envolver em todos os tipos de comportamento existente dentro da homossexualidade quando não estão na presença de outros cristãos. Se a igreja percebe o problema e decide exortar e confrontar aqueles que estão vivendo ativamente como homossexuais, eles silenciosamente saem daquela igreja e procuram outra, onde eles possam continuar no pecado sem interferência. A natureza humana faz o que é possível para procurar uma maneira, um caminho que não ofereça nenhum tipo de dor. Com tanta pressão para permanecer vivendo como um homossexual ou se ajustar a esse estilo de vida, e ainda com a possibilidade de se esconder em uma igreja silenciosa, é verdadeiramente um milagre quando um indivíduo está disposto a se submeter ao plano de Deus para redenção e regeneração.
Para as pessoas jovens que  estão entrando na homossexualidade, talvez possa parecer mais como uma solução para seus problemas (2Coríntios 10:45). Aqueles que foram rotulados durante todo o seu tempo de escola com insultos e zombarias vêem a vida homossexual como um lugar de afirmação e aceitação. Com grande alegria eles encontram colegas, pessoas de sua mesma idade, que querem ambos, amizade e intimidade com eles. Muitos dizem: “Se isso é um problema, por favor, me dêem mais problemas”. Para eles parece que a aceitação encontrada na vida homossexual é o pote de ouro no final do arco íris, o preenchimento das fantasias que eles carregaram consigo durante toda sua vida. Porém, cada encontro, reforça o apego a homossexualidade. Novas facetas da vida homossexual são reveladas e o que no início teria sido visto como algo degradante, agora é voluntariamente aceito à medida que promete um preenchimento que não tinha sido alcançado até então. Enquanto encontros homossexuais possam ter trazido satisfação por um momento, a pessoa homossexual é deixada vazia, procurando ainda por um ingrediente ilusório que poderia fazer a intimidade durar mais. Ela permanece, então, à espera de que na próxima esquina está a pessoa certa, pela qual tem procurado, porém isso nunca acontece, e continua numa busca que não tem fim. Raros são aqueles que podem ser alcançados enquanto estão ativamente procurando fazer de cada fantasia uma realidade. Eles estão seguindo um sonho impossível. Pastores, pais, amigos e, algumas vezes, até esposas tentam trazer o indivíduo de volta à realidade, porém eles estão controlados por seus sonhos. O  “eu” está entronizado. “Se isso lhe faz sentir bem, faça-o”, “Se eu acho que está certo, deve ser certo”. Da mesma forma que está ilustrado em Juízes 21:25 “Naqueles dias não havia nenhum rei em Israel, cada homem fazia o que era correto aos seus olhos”. Enquanto a pessoa não chegar ao fundo do poço (Romanos 1) e admitir que o problema existe, ela não poderá ser ajudada. Voltar atrás (ambivalência) é a barreira de impedimento para mudança. Enquanto estiver aberta a opção de retornar a homossexualidade “se as coisas não funcionarem”, não poderá ocorrer mudança na vida da pessoa. Ligações devem ser cortadas. A decisão decisiva deve ser feita. O Espírito Santo traz convicção de pecado, e se a pessoa recebe profundamente esta convicção em seu coração, ela terá a motivação permanente para cancelar a opção.
Outra vez, a decisão é sua. Você está disposto a enfrentar a questão à frente e dar uma olhada realista na sua vida? Que futuro o espera como um homossexual? Você quer uma vida cheia de culpa e separada de Deus? Uma coisa que nós talvez estejamos inconscientes no tempo em que estivermos tomando nossa decisão, é de que Deus é por nós e Ele virá em nosso auxílio, ajudando-nos durante as situações difíceis que vamos passar. Ele está próximo, de acordo com o que você permite que ele esteja. Ele é sempre fiel às suas promessas “para aqueles que O invocam”.  É necessário coragem para deixar para trás as coisas que sempre se apresentaram como a resposta para os lugares vazios em nossas vidas. Porém, o Espírito Santo pode transformar homens covardes em homens de coragem. Ele usou um pequeno número de homens para virar o mundo de cabeça para baixo, e Ele pode fazê-lo novamente. Quando Deus nos pede alguma coisa e nós respondemos com um coração cheio de obediência, Ele sempre provê forças para que façamos o que Ele nos pediu. Mais questões para serem usadas por conselheiros e pessoas que desejam deixar a homossexualidade.
1. Descreva o tempo em que você fez sua decisão de sair da homossexualidade. Você vacilou nessa decisão?
2. Quais conselhos você recebeu de pastores e conselheiros?
3. Até onde sua decisão tem sido baseada nos desejos dos outros?
4. Descreva a vida dupla que você levou.
5. Descreva como o inimigo enganou você.
6. Quais escolhas difíceis você fez?
7. O que o conduziu a romper com a vida homossexual?
8. Até onde você tem rendido sua vontade ao Senhor?
9. Você desistiu da idéia de que pode simplesmente encontrar a pessoa ideal na próxima esquina?
10. Você tem chegado ou já passou pela situação onde você percebe que as coisas só tem piorado, ou seja, de que sua vida está indo cada vez mais para baixo? (“Se eu procurar uma pessoa de padrão mais baixo, não tão alto como eu tenho exigido, eu poderei encontrar o que eu estou procurando”).
11. Desde que você tomou sua decisão, você tem encontrado o Senhor “próximo daqueles que invocam o Seu nome?
 Uma vez que o Espírito Santo traz a convicção de pecado, o arrependimento deve vir a seguir. Antes da gloriosa ressurreição de Cristo, Jesus teve que andar no solitário caminho da “Via Dolorosa”, o caminho de sofrimento. A morte de um sonho é de fato uma coisa triste. Não é fácil para o ex-homossexual colocar de lado a fantasia de que um dia a pessoa ideal aparecerá trazendo o preenchimento que ela tem procurado todo o tempo. Porém, enquanto esse sonho viver, a mudança permanece bloqueada. Qual é o significado real de arrependimento? Arrependimento significa uma mudança de mente e de direção, ou em outras palavras, uma dor que traz início a uma ação. Não é suficiente lamentar sobre a dor da perda de um estilo de vida que era confortável, nem é suficiente ter bons pensamentos sobre Jesus enquanto ainda se caminha em trevas. Toda pessoa deveria lamentar profundamente por entristecer o Espírito Santo e tomar a decisão de não deixar isso continuar a acontecer. Há também uma outra forma de dor ou sofrimento que você terá na sua nova forma de viver. Nosso relacionamento com Jesus altera nosso relacionamento com o mundo. O mundo tenta reivindicar nossas vidas e não negligencia nenhuma oportunidade enquanto estamos desenvolvendo nosso estilo de vida (Tiago 4:4).
 Ao contrário do que muitos ex-homossexuais possam acreditar, Deus não nos isenta de fazer as coisas comuns esperadas de todos os cristãos. Nosso problema não é único ou tão excepcional como nós pensamos. Muitos ex-homossexuais se concentram apenas no seu problema de identidade e se afastam de envolvimentos tradicionais do Corpo de Cristo concernentes a todo e qualquer cristão. A vida homossexual normalmente promove relacionamentos impessoais, levando muitos ex-homossexuais a optar por uma vida cristã isolada.
 A homossexualidade não deve ser definida, exceto secundariamente, como uma dificuldade em se relacionar com o sexo oposto. Essencialmente, ela (homossexualidade) é marcada pela dificuldade em se relacionar com pessoas do mesmo sexo”. Ao isentar-se de se envolver em relacionamentos com colegas quando ainda crianças, o homossexual também isentou-se de desenvolver habilidades sociais adequadas ao seu sexo.  Enquanto alguns homens homossexuais são agressivos e bem sucedidos nos esportes, nós temos observado que a maioria são retraídos, amedrontados e, de alguma forma, isolados dessa área. Por causa da homossexualidade se apresentar como um problema enorme que consome grande parte da vida, nós esperamos que Deus trate dessa área em primeiro lugar. Muitos têm orado a Deus diariamente sobre sua questão homossexual, contudo sentem que essas orações não têm sido respondidas. Todavia, a homossexualidade é apenas um sintoma, o resultado de escolhas e atitudes erradas que tivemos. É muito bem provável que Deus pretenda cortar o problema pela raiz, deixando o que floresceu, secar com o tempo. Por causa disso, nos deparamos com Deus trabalhando em áreas em nossas vidas nas quais Ele não foi convidado a atuar. As pessoas que dizem: “Deus não operou na minha vida”, devem estar inconscientes de que Deus tem estado trabalhando, vasculhando no mais profundo do coração e assentando as bases para a transformação. Muitos cristãos que lutam contra a questão homossexual dizem para mim: “A sua teoria de que a igreja é a resposta para o processo de transformação deve estar correta, mas você não conhece a minha igreja. O bar gay da esquina tem amor e aceitação dez vezes maior do que a minha igreja”. Normalmente, o compartilhar na igreja é mantido a nível superficial. Se a pessoa tenta compartilhar um problema pessoal sério, outros se afastam, sentindo que esta ultrapassou os limites dela. Então, como devemos lidar com a igreja “sem amor”? Gasta-se tempo para ganhar a confiança dos outros. Existem motivos ( talvez válidos, mas existentes) para os membros da igreja parecerem ser reservados, insociáveis e pouco comunicativos. Primeiramente, as pessoas se sentem confortáveis com questões que elas não entendem. Muitos membros de igreja são completamente desinformados sobre a questão homossexual. E, depois, também, todos nós temos precaução com estranhos. Normalmente temos medo de sermos enganados, de nos envolvermos em situações onde outros tirarão vantagem de nós e de nos deixarmos vulneráveis ao que, para nós, é desconhecido. Uma pessoa pode ter um problema com masturbação, sentindo-se profundamente depressiva e culpada. Ela vem então à igreja para sentir alívio do seu fardo. Se ela compartilhar seu problema sobre masturbação com todo mundo que ela encontra pela primeira vez, encontrará pessoas que se sentirão ofendidas pela honestidade dela. Porém, se ela esperar algumas semanas, depois que a confiança tenha sido estabelecida, ela poderá descobrir que os membros a ouvirão compreensivamente, oferecendo conselhos que a ajudarão.
 Satanás utiliza de instrumentos para atacar pessoas que desejam andar com Jesus, tais como o tédio, onde as pessoas envolvidas na vida homossexual têm usado o sexo nestes momentos de tédio como resposta. Solidão, nós nos tornamos solitários quando não temos relacionamentos íntimos e sadios com outros. Há bastante diferença entre solidão e estar sozinho. É tão difícil encontrar justificativas para a solidão se você não estiver trancado no seu quarto. Depressão, desespero, falta de esperança, parece ter sido divulgado um mal-entendido muito comum com relação às causas da depressão. O fato de termos nossa vontade contrariada pode nos levar à depressão. A maioria das pessoas que estavam acostumadas a ter as coisas da forma delas caem em depressão quando é requerido que elas obedeçam à liderança dos outros, ou à orientação do Espírito Santo. O desespero pode ser simplesmente impaciência para com Deus, e indisposição de aceitar mudanças no tempo proposto por Ele. Ninguém pode dar a Deus um horário ou um esquema de atividade para Ele cumprir. A incredulidade é empurrada por Satanás, onde muitas vezes pensamos que Deus não está nem aí conosco. Os cristãos estão apanhados em uma fantasia. Pense em todas as oportunidades sexuais que você está perdendo. Satanás fala estas coisas para todas as pessoas, tenham estes problemas homossexuais ou não. Poucos encontros sexuais na vida homossexual poderiam ser considerados ótimos. Quase sempre, existe o desejo de que a experiência poderia ter sido melhor. Normalmente, nós nos sentimos usados, enganados ou trapaceados, e ainda rebaixados depois do ato sexual. Nas lembranças que Satanás traz ele apaga todas as conotações negativas. Nós lembramos apenas as positivas e começamos a desejar a repetição de alguma coisa que na verdade foi insatisfatória, sem recompensa e humilhante. Saibamos que Deus não nos deu um espírito de covardia e sim de poder, de amor e de equilíbrio (2Timóteo 1:7).
Para muitos que estão lutando com esta questão, a opção em relação à homossexualidade ainda não foi resolvida. Há uma porta que ainda está aberta, em que o comportamento homossexual ainda é visto como algo que não é totalmente errado, ou ainda existe a ilusão de que há um príncipe ou princesa encantada esperando por mim em algum lugar. O coração destas pessoas ainda não tomou a decisão de que seguirá a Jesus, não importa o que venha a acontecer. Largo é o caminho que leva à destruição; enquanto eu considerar o comportamento homossexual como uma opção viável, não terei verdadeiramente abraçado o processo de mudança. É importante ressaltar que experimentaremos incertezas e dúvidas durante o processo de saída da homossexualidade. Á medida em que nossos conflitos ficarem mais intensos, maior será a pressão para que busquemos conforto nos velhos hábitos e mecanismos de escape, como forma de enfrentar a dor do conflito. Inclusive não é incomum que aqueles que estão lutando enfrentem períodos de comportamento pecaminoso a medida em que se aprofundam no tratamento de suas feridas emocionais.
Apesar do fato de que alguns escolhem atividades homossexuais como forma de fuga da dor emocional, a esperança de mudança ainda está presente. Sei que posso caminhar em Sua misericórdia e graça, mesmo caso eu tenha um envolvimento sexual. Na minha própria experiência, percebi que tinha que entregar a Deus meu “direito de ser puro”. Isto pode parecer estranho, mas enquanto eu procurasse atingir pureza (ou seja, ficar contando os dias e horas desde meu último envolvimento), eu não estava descansando na verdade de que Ele somente é a minha pureza. Eu sei que sou capaz de retornar a velhos hábitos nesta caminhada. Por outro lado, também sei que minha pureza pessoal é resultado da minha identificação com Cristo, e não do meu desempenho! No entanto, tenho que crer e tomar a decisão de que é verdade que a prática da homossexualidade é algo que Deus não aceita sob nenhuma circunstância. Trata-se de pecado. Qualquer forma de envolvimento sexual não é mais uma opção para mim. Como adulto, sou responsável por minhas escolhas; e a autoridade da Palavra de Deus estabelece que comportamento homossexual não é aceitável a Ele.
A mudança só será possível depois que o indivíduo reconhecer e confessar que sua atitude e conduta precisam ser transformadas. É uma questão de decisão. Homossexualidade não é imutável. Alguns psicólogos afirmam que as pessoas não são homossexuais, mas estão homossexuais. Homossexualidade é um comportamento aprendido e, portanto, pode ser desaprendido. O homossexual deve confessar seus pecados e temores a Deus e pedir-lhe que o purifique no Sangue de Jesus (1Coríntios 6:9 a 11).
Aquele que deseja a mudança deve pedir a Deus que lhe dê profunda consciência de pecado através do Espírito Santo (João 16:8) e um grande desejo de mudança de mente (Romanos 12:1, 2). O envolvimento com uma igreja local é extremamente importante para o crescimento espiritual, para a restauração emocional, para a socialização com pessoas que sempre foram heterossexuais. Isso é o que nos ensina Hebreus 10:25: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações”. A unidade cristã é decisiva para o homem e a mulher que estão saindo da homossexualidade;
Saber que há tentações e que o pecado, o mundo, a carne e o diabo devem ser vencidos. As carências e vulnerabilidades do ser humano levam a equívocos sexuais. Buscar entender 2Coríntios 5:7. Observe o que declarou um ex-homossexual americano: “Você é heterossexual em Cristo. Não importa a profundidade de seus sentimentos homossexuais, pois profundamente jaz dentro de você sua identidade heterossexual, enterrada debaixo de milhares de temores”.
Esperar sempre em Deus a força e o poder para a mudança (Filipenses 1:6 a 9). Obedecer os conselhos recebidos do conselheiro, se tem convicção que essa pessoa foi posta por Deus em sua vida. É preciso aprender a disciplinar os pensamentos (Romanos 12:1, 2) e hábitos (pessoais e públicos) para vencer as tentações. Contar com a ajuda de um ministério cristão de apoio a homossexuais também é muito importante; Falar com Deus sobre os problemas, tentações, tristezas, decepções etc., sempre com absoluta sinceridade, sabendo que Ele é onisciente e é, também, o amigo mais compreensivo;
Deve confessar a Deus e ao conselheiro se cair durante o processo pois, do contrário, pode haver desânimo profundo, hipocrisia e acusação do diabo. A confissão e o abandono do pecado também trazem uma profunda consciência do perdão de Deus (ler Provérbios 28:13 e Tiago 5:16);
Uma vida de leitura bíblica, oração, jejum e louvor é a melhor arma para se vencer a homossexualidade, pois como disse Frank Worthen, fundador do ministério Amor em Ação (EUA) “Os indivíduos que têm maior chance de abandonar o homossexualismo são aqueles que se entusiasmam com Deus, que antecipam o que Ele vai fazer em suas vidas. Eles vêem Deus trabalhando até mesmo em pequenos detalhes da vida deles, e seus corações estão cheios de louvor.”
Evitar amizades que possam influenciar na volta às práticas homossexuais assim como filmes, programas, revistas e lugares onde há pornografia, objetos do passado e tudo que exerça influência homossexual etc.
“E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas passaram; eis que se fizeram novas” (2Coríntios 5:7).

15 SEXUALIDADE - BÊNÇÃO EM CRISE
A completa permissividade que vemos hoje é, certamente, conseqüência da Revolução Sexual iniciada da década de 1960. Os apelos sexuais da mídia geral levam muitas pessoas (principalmente adolescentes e jovens) a praticarem o sexo sem compromisso. Mas levam-nas também, inconscientemente, a sentirem nojo, aversão e culpa por essas práticas - e essa é uma estratégia diabólica para ofuscar a beleza do sexo, uma das coisas mais santas e prazerosas que Deus criou.
Os jovens evangélicos têm sobre si duplo peso: viver num contexto pós-moderno onde não há absolutos morais e os chavões mais populares (“Ah, o que é que tem?” e “Isso não tem nada a ver!”) nasceram dos pensamentos acadêmicos relativizados e onde pais e líderes evangélicos não assumem a responsabilidade de desmistificar, des-satanizar e des-sujar a bênção do sexo.
Um dever bíblico e cívico que os pais e líderes têm é o de ensinar princípios morais aos adolescentes e jovens. Exigências podem ser feitas quando os direitos não são respeitados. Acredito que os jovens deveriam exigir dos pais e líderes maior atenção na área da sexualidade. Os pais, por outro lado, deveriam reconhecer humildemente seu erro de omissão e mudar de atitude. Ouvi uma frase, recentemente, que está reverberando em minha mente: “Não devemos ter vergonha de falar daquilo que Deus não envergonhou de criar” (Clemente de Alexandria).
Os jovens estão escalando sozinhos montanhas íngremes e geladas sem conseguir conciliar os valores éticos bíblicos, a verdadeira ciência e o lixo da mídia. É essa mídia que ensina a excluir e rotular de quadrados todos aqueles que lutam para guardar os valores que conduzem à “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Nos atendimentos do Movimento pela Sexualidade Sadia (MOSES) temos recebido muitos jovens (rapazes e moças) sinceros que envolveram-se na homossexualidade a partir de sugestões externas (como apelidos na infância e na adolescência, por exemplo) ou abuso sexual, quando eles não tinham com quem desabafar e tirar suas dúvidas, pois “falar sobre sexo é senvergonhice”. Alguns desses jovens derramam lágrimas de vergonha e culpa pela humilhação que sofreram porque não sabiam como se defender. Contudo, uma coisa é interessante nas respostas: a certeza que a maioria tem de que sexo antes do casamento e homossexualidade não são os ideais de Deus para a humanidade - por isso as conseqüências estão aí com as mães solteiras sofrendo as juras de amor não cumpridas, as doenças sexualmente transmissíveis e o total desconhecimento de verdades que nos preservam física, espiritual e socialmente . As campanhas que só ensinam a usar preservativo para o “sexo seguro” são superficiais e incentivam a prática do sexo sem amor e compromisso. Nesse contexto, muitas autoridades da área de saúde já reavaliaram sua posição sobre essas campanhas e, hoje, afirmam que o mais importante no que se refere às DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) – principalmente a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) - é uma mudança de comportamento. À nossa sociedade promíscua e perversa não interessa divulgar essa verdade.
Outro ponto que desperta nossa atenção é o enfoque “espiritualizado” que a maioria dá para a homossexualidade, como se só ele fosse alvo das influências de satanás. Ora, a Bíblia diz em Romanos 11:32 que “Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos” e em 1Coríntios 6:9 a 11 que adúlteros, mentirosos, idólatras, avarentos e bêbados são tão pecadores e alvos do diabo quanto os homossexuais. Acredito que os evangélicos deveriam ler mais livros cristãos sobre o assunto para ter uma visão de mais compaixão e menos preconceito com aqueles que sofrem com tendências homossexuais. O apóstolo Paulo nos mostra no último texto citado que, na igreja de Corinto, havia vários ex-homossexuais libertos pelo Sangue de Jesus e santificados pelo Espírito de Deus. Outra coisa que observar é o ranço machista que também contaminou a igreja. Percebe-se claramente nas entrelinhas que a responsabilidade maior sobre a virgindade é da mulher. Ora, quando a Bíblia exige pureza, exige de homens também. Graças a Deus, porém, que “se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram” (2Coríntios 5:17). O passado não pode mais escravizar nossa consciência e em Cristo todos temos possibilidade e motivação para mudar constantemente.
 
 
16 COMO LIDAR COM A SEXUALIDADE NA INFÂNCIA
A idéia de que sexo é sempre algo sujo e pecaminoso tem levado muitas pessoas a desenvolverem sérios problemas de personalidade, gerando comportamentos distorcidos, que a sociedade tende a rejeitar. A maioria dos problemas tem origem na infância, fato que atribui aos pais um papel fundamental na correta orientação dos filhos no campo da sexologia. Quando a sexualidade não é bem entendida, podem ser gerados vários problemas que têm afligido e angustiado, não somente as famílias, mas também o próprio indivíduo que luta com inúmeras dificuldades psíquicas e funcionais afetivas. Iremos abordar o assunto por etapas, o que será mais fácil para o leitor acompanhar e compreender esse tema, bem como sobre os distúrbios sexuais que afligem a milhares de pessoas. Após, iremos tratar de um assunto complexo: a homossexualidade dentro da visão psicanalítica, com o objetivo de oferecer às famílias (pais), e ao próprio indivíduo envolvido, algumas respostas a inúmeras perguntas e dúvidas sobre a problemática homossexual, além de oferecer também uma indicação terapêutica para o caso.
O ser humano, tanto no nível mental como no corporal, se desenvolve em etapas. Especificamente, em nível psicológico, o homem evolui nas seguintes fases:
 Oral   0 – 1   ano de idade
 Anal   1 – 3   anos de idade
 Fálica   3 – 5   anos de idade
 Latente  5 – 10 anos de idade
 Adolescência pré-adolescência: 10 –12 anos de idade
adolescência propriamente dita: 12 – 18 anos de idade
pós-adolescência: 18 – 23 anos de idade
 Maturidade  25 – 50 anos de idade
 Senilidade  50 em diante
Cada fase tem uma correspondência muito íntima com a formação da árvore neurológica (estrutura cerebral) e sua funcionalidade (psicodinâmica) comportamental. Vamos trabalhar inicialmente com os estudos das cinco primeiras nas quais ocorre, de maneira fundamental, uma troca muito intensa de sentimentos e percepções entre o indivíduo e o ambiente.
Na criança de alguns meses de idade, que ainda esteja sendo amamentada ao seio da mãe, ou mesmo na mamadeira, sua boca, esôfago e estômago são órgãos sensoriais para os estímulos agradáveis e desagradáveis (sentimentos bons ou maus); os quais põem a criança em relação com o meio interno dela e o meio ambiente, o que já é determinante para a formação de sua psique.
Na criança de um a três anos, época em que ela já começa a ter maior relacionamento com o seu meio (pessoas), e a sofrer influências das primeiras regras sociais, (quando a mãe solicita que ela peça para evacuar, e não o faça na fralda), ela te o ânus e a ampola retal como órgãos sensoriais para os mesmos sentimentos de prazer ou desprazer, ou seja – podendo ela evacuar por prazer ou desprazer, ou seja, podendo ela evacuar por prazer de ganho afetivo ou reter as fezes pelo mesmo motivo. Ou do modo inverso, reter as fezes ou evacuar, como sentimento de desprazer para com o meio.
Alcançada a idade de três a cinco anos, a criança está vivenciando a fase fálica. Nesse momento, a zona dos órgãos genitais é que passa a ser acionada para a relação de meio interno da criança e meio externo (ambiente). Na realidade, é um período muito significativo para ela, já que tendo uma evolução neurológica e psicológica mais desenvolvida, pode, com toques na zona genital, descobrir o prazer sexual anorgásmico (sem orgasmo), pois ainda não possui o circuito hormonal funcionante; apenas fazem suas primeiras descobertas corporais com prazer. Portanto, a sexualidade bem definida é que dará ao indivíduo a capacitação plena para as suas realizações na vida. É a espinha dorsal do comportamento humano.
Está bem claro que durante toda a nossa vida, desde o nascimento até a morte, todo pensamento, sentimento ou ação comportam em si uma pulsão libidinal (força). Não há vida sem uma identidade sexual sadia. A sexualidade sadia estrutura-se com base na atividade fisiológica bem como no conteúdo afetivo em relação ao objeto amoroso.
Afirma o Dr. F. Dolto que todas as atividades do indivíduo são animadas  por energia libidinal. Isso é comprovado em cada etapa do desenvolvimento, desde a oral passiva (época da amamentação do bebê) – a busca do prazer através da sucção – até a oral ativa (época em que o bebê já possui alguns dentinhos) na qual o morder tem papel fundamental.
Na fase genital prévia, segundo Aberastury e Klein, na segunda metade do primeiro ano de vida (seis meses), aparece a necessidade do terceiro (pai), e se estrutura o complexo de Édipo primário. É quando ocorre o descobrimento e a manipulação dos órgãos genitais. As fantasias de um indivíduo em nível genital adquirem predomínio sobre o que significa a sexualidade no indivíduo. Essas fantasias de vínculo genital (ligações entre o bebê, mãe e pai), se dão com as características do penetrante para o masculino e do penetrado para o feminino. As fantasias de penetrar e ser penetrado são o modelo do vínculo que vai ser mantido durante a vida posterior do sujeito como expressão do masculino e do feminino, para o qual as figuras da mãe e do pai são essenciais.
Bem, com a criança na fase anal (dois a três anos) a capacidade de “empurrar” e “reter” suas evacuações proporciona ao indivíduo, além do prazer, a possibilidade de dar prazer também ao adulto amado, e implica na noção de poder controlar seus excrementos. Pelo fato de ser muito atuante, a tensão libidinal da criança nem sempre encontra como deslocar-se para os substitutos que lhes são oferecidos. Além do mais, a atitude dos pais em relação aos hábitos de higiene, vai influenciar o desenvolvimento sadio, bem como a adaptação à vida social.
Agora a criança já se encontra na fase três, a fálica. Com o desinteresse pelas matérias fecais, ela transfere sua atenção e interesse para os genitais, o que passa a ter muito significado para ela. É preciso ressaltar que o que aqui ocorre é uma descarga genital geral, pois os genitais em fase remotas já funcionavam como zonas erógenas, só que de força primária.
O menino passa a identificar-se com o seu pênis, de forma narcisista (amor profundo a si). Além disso, há a descoberta da diferença entre os sexos. E assim ele experimenta, pela primeira vez, o que se chama de “angústia de castração”, ou seja, medo de que alguma coisa possa acontecer a esse pênis valorizado. É muito comum observarmos mães que se preocupam ao ver a criança tocando o pênis, e fazem ameaças de, por exemplo, cortá-lo e dar para o gato, ou aplicar castigo, criando a angústia terrível de castração.
A intensidade dessa angústia depende do valor atribuído ao pênis durante o período fálico, que vai influir na questão com que se defronta o menino, em relação à sexualidade: ou renuncia a ela, ou põe em risco seu pênis. Como nessa fase estão presentes os fatores narcisistas (amor profundo a si próprio), a posse do pênis passa a ser objetivo principal.  É interessante lembrar que nessa fase da criança, o complexo de Édipo se desenvolve intensamente (é o amor da criança pela mãe, e a repulsa pelo pai). É um período curioso, em que se nota grande interesse do menino pela mãe, oferecendo a ela todo o seu carinho, tornando-se mais exigente para com ela, cobrando sua atenção e afeto, beijando-a constantemente. Quer dormir com ela, fica manhoso, e tenta afastar o pai das relações afetivas, para com a mãe. Trata-se de uma disputa verdadeira de dois sexos iguais (masculinos) em relação a um sexo diferente (feminino) mãe.
O objeto de amor afetivo sendo a mãe, e o menino faz tudo para conquistar sua atenção, seu interesse. E quanto mais se desenvolve com esse  objetivo declarado de agradar a mãe (feminino) e de se identificar com o pai (masculino), mais os fantasmas edípicos se evidenciam. Notamos isso pelos sonhos ameaçadores na criança, os pavores noturnos que a atacam, ficando ela apavorada e recorrendo ao quarto dos pais, não conseguindo ficar sozinha em sua cama, tentando insistentemente acomodar-se no meio dos pais. Lembramos aos pais que suas atitudes de compreensão para com a criança nesse período, são de fundamental importância para uma elaboração (realização) satisfatória do Complexo de Édipo.
A menina também está experimentando a fase fálica (três a cinco anos). Ela vê o pênis como um objeto muito valorizado e que ela não possui. Sente-se com isso, desfavorecida, imaginando ter sido castrada por seus jogos sexuais – manipulação que a criança faz dos órgãos genitais. Ela inveja o pênis, desejando-o para si, ao mesmo tempo em que deprecia seu próprio genital. É isso que faz com que ela se ligue mais intensamente ao pai (Complexo de Édipo), relacionando-se com ele da mesma forma que o menino e a mãe, afastando o máximo possível a mãe da relação.
Esse contato desenvolve entre ela e o pai o seu primeiro encontro amoroso heterossexual (deseja o pai). Ela precisa introjetar (colocar dentro de si) a figura paterna com sua virilidade masculina para poder aprender a desenvolver um relacionamento de trocas com o sexo oposto.
Freud salienta um aspecto muito importante, que diferencia a vivência da moça e a do rapaz, nesse período. A menina deve passar por três alterações essenciais para a formação de sua identidade sexual:
 Desligar-se de sua mãe, objeto de amor homossexual.
 Transferir seus impulsos amorosos (libidinais) para o pai (eleição heterossexual).
 A excitabilidade centralizada no clitóris (resquício do pênis embriológico), deve ser dirigida para a vagina, transformando assim seus fins sexuais ativos em passivos, na identificação com a figura materna.
Dentro do conceito psicanalítico da identidade sexual, o que leva a menina a separar-se da mãe como objeto amoroso homossexual inclui entre outros, o fato principal de reprovar-lhe a falta do pênis, como uma herança da mãe, de um genital insuficiente, que nunca lhe servirá para conquistá-la. Sendo assim, a menina volta-se para o pai, já que pode ser amada por ele, e aí recupera sua mãe, através da identificação com ela.
Vale lembrar que, em ambos os sexos, o Complexo de Édipo é o ponto culminante da sexualidade infantil, no qual os desejos são geralmente expressos na masturbação com sentimentos de culpa. Para que o indivíduo alcance um desenvolvimento satisfatório, é necessário ele supere estes desejos.
A facilidade com que o adolescente (12 a 23 anos), conseguirá atingir um sentido claro de identidade, dependerá de vários fatores, dentre os quais constam os tipos de identificações com sua maturidade sexual, suas aptidões e capacidades derivadas de sua destreza e experiências, bem como das oportunidades apresentadas pelos papéis sociais em mudança.  Creio que o ponto mais crítico seja a espécie de relacionamento que o menino e a menina tenham tido e continuem a ter com seus pais. São os processos de identificações iniciais, que facilitam ou dificultam a aquisição de uma identidade sexual “normal”. Muitas vezes, esse processo de identificação facilita a experiência do tipo homossexual, sem negar que o espírito de grupo, o contato intenso, a comunidade de aspirações e as fantasias sexuais inconscientes determinam aproximações homossexuais cada vez mais intensas.
Pais neuróticos criam filhos neuróticos e, no Complexo de Édipo destes, os pais vão reviver os seus próprios complexos, provavelmente não elaborados. Além disso, a “ausência” de um dos pais ou, por outro lado, a imagem empobrecida e fraca ou ainda demasiado forte de um deles, são de fundamental importância para a elaboração do Complexo de Édipo. Nesse processo de identificação, a falta de uma figura paterna com características e papéis bem definidos propicia ao rapaz ou à moça se fixarem na figura da mãe, passando a ser o ponto chave para o desenvolvimento da homossexualidade.
Discutiremos, já dentro da fase da adolescência, alguns pontos chaves desencadeantes das dificuldades da personalidade do indivíduo. O desenvolvimento de um sentido de identidade própria, de uma definição de si mesmo como pessoa, é fator vital na tarefa de tornar-se adulto. É bastante comum encontrar, na prática da psicoterapia, adolescentes com dificuldades de enfrentar as demandas da etapa em que se encontram: independência, integração de uma maturidade sexual recém-descoberta, estabelecimento de relações significativas e eficientes com companheiros de ambos os sexos, e decidir a orientação de sua vida bem como os objetivos profissionais.
A adolescência é um período muito doloroso para o jovem ou a jovenzinha. Eles sofrem alterações nos aspectos físicos (mudanças corporais como crescimento, aparecimento das mamas, pêlos pubianos, distribuição de gorduras modeladoras das formas nas meninas, mudança de voz – tom, aparecimento da barba, alargamento dos ombros nos meninos) e emocionais, provocados pelas mudanças psíquicas, em conseqüência do desenvolvimento psicológico. O adolescente apresenta três tipos diferentes de idade:  uma cronológica (aniversário), outra mental (pelo desenvolvimento da psiquê), outra comportamental (conduta), tudo isto num momento só.
Além do mais é preciso chamar a atenção para quatro lutos psicológicos, cuja realização é fundamental nessa fase:
 Luto pelo corpo infantil – tipo de morte psicológica do corpo de infância, e nascimento para um corpo adulto.
 Luto pela identidade infantil – perder a identidade infantil significa sofrimento, porque a nova identidade adulta exigirá responsabilidade em suas atitudes.
 Luto pelos pais infantis – perda da proteção que os pais ofereciam à criança indefesa, dependente de total proteção.
 Luto pela bissexualidade – morte psicológica de um corpo igual (feminino/masculino) para assumir um corpo com identidade e sexualidade definidas.
Tudo isto ocorre como um processo existencial e precisa ser encarado tanto pelos filhos como pelos próprios pais para que possa ocorrer um desenvolvimento pleno da identidade sexual sadia. Quando a fase genital prévia (incluída em todas as fases pré-genitais, e que se repete no período fálico) não é elaborada satisfatoriamente porque foi distorcida ou impedida pela conduta dos pais ou substitutos, o indivíduo certamente terá dificuldades na definição de sua identidade sexual, visto que essa evolução depende da elaboração das fases anteriores e da fase genital prévia.
Para Freud, o processo típico da homossexualidade consiste em que, alguns anos após a puberdade, o adolescente fixa seus sentimentos sexuais afetivos em sua mãe, identificando-se com ela; busca objetos eróticos em que seja possível volver para si mesmo, e quererá ser amado tanto quanto a mãe é amada.
O ponto crítico deste processo é a fixação que o indivíduo estabelece em sua mãe, impossibilitando assim a transição para outro objeto feminino. E quando a figura paterna é ausente ou com características não definidas, certamente o desenvolvimento sexual desse indivíduo será distorcido, apresentando neuroses ou perversões. Observamos então, que a identificação com o primeiro objeto-mãe é tão forte que não permite a orientação para outro sexo, ficando assim inclinado à eleição narcisista do objeto. O indivíduo passa então a valorizar muito o órgão viril e é  incapaz de aceitar que no objeto erótico não exista pênis. Busca relações com homens porque o terror repulsa as mulheres por não terem pênis e pelo medo de tornar-se igual a elas.
Uma boa parte dos homossexuais, contudo, não consegue livrar-se com facilidade dos seus desejos biológicos normais em relação às mulheres, que continuam a atraí-lo. Mas não suporta a idéia de criaturas (mulheres) sem pênis. Esse desejo os obriga a escolherem rapazes com o máximo de feições femininas, e até com certas características da mãe ou da irmã. Isso mostra que o objeto inicial da excitação é a mulher, mas reprimem esse interesse deslocando-o para os homens. Pode-se observar que a maioria dos homossexuais apresenta um amor edipiano pela mãe e uma fixação materna bastante acentuada. Vemos também que a mulher, objeto de identificação do rapaz, pode não ter sido a mãe e sim a irmã ou outra mulher do ambiente infantil.
O medo da castração é fundamental no desenvolvimento da homossexualidade, mas também está presente nas neuroses e em outros tipos de comportamento sexual desviante.
Fenichel observa que, depois de ocorrer a identificação decisiva do homossexual masculino com a figura materna, o desenvolvimento posterior pode dirigir-se em várias direções: o indivíduo com características narcisistas vai procurar um substituto dos seus desejos edipianos e passa a comportar-se da maneira como desejara que a mãe se comportasse com ele. Se ocorrer uma fixação anal, que determine o desenvolvimento posterior, o objeto de amor é o pai. O homossexual submete-se ao pai, de forma passivo-receptiva tal qual a mãe. Com essa regressão anal, há um aumento das reações femininas e o Complexo de Édipo se resolve com a aceitação da atitude edipiana negativa. Observação: o homossexual desse tipo mantém, inconscientemente, o desejo de ser masculino. A feminilidade tem o objetivo de, no contato com homens, aprender os segredos da masculinidade. Quer dizer, ele submete-se ao pai para identificar-se com ele, de uma forma primária (oral). Esse amor é ambivalente, já que o objetivo final é tomar o lugar do pai.
Existe o indivíduo que é heterossexual, embora feminino. Por temer à castração por homens, relaciona-se com as mulheres. Passa por mulher, com a idéia de que procedendo assim protegerá seu pênis de uma mutilação.
Para Arthur Janov, o ato homossexual representa simbolicamente a necessidade de amor por meio do sexo. Para ele, toda a pessoa realmente sexual é heterossexual, e a homossexualidade pode ser resultado de qualquer número de permutas na interação da família. Acreditando, portanto como Janov, que a homossexualidade seja uma maneira de representar necessidades. Por exemplo: um menino homossexual pode ter tido um pai fraco, tirano, ou amante; o que importa é a necessidade que ele sente de um pai amoroso.  Os casos apresentados a seguir ilustram alguns aspectos do problema:
 Caso clínico número 1: T. A, 22 anos, é filho de pais separados há mais de 12 anos. O pai era alcoólatra, figura agressiva e hostil para com a família. Após a separação, não houve mais contato dele com os filhos e a mulher. O filho o visita esporadicamente, embora tente negar a necessidade que sente do pai, de sua atenção, de sua presença. A mãe por sua vez, é uma pessoa fraca, uma “coitada”, segundo o paciente. Aos seis anos de idade, Tiago foi seduzido por um rapaz de 26 anos, que manteve com ele uma relação sexual. Refere que não sabia bem o que estava acontecendo, porém, sentia-se bem porque através dessa pessoa recebeu carinho e a atenção que nunca sentiu por parte dos pais. Após esta experiência, manteve outros contatos homossexuais, inclusive com autoridades, na época em que serviu o exército. Todos atuaram como substitutos da figura paterna ausente.
 Caso clínico número 2: I.D. é um rapaz de 19 anos, o sexto entre dez irmãos. Veio para o Sul junto com três irmãos e uma irmã (com quem se identifica, porque ela sempre consegue o que quer), de uma zona rural do Centro Oeste. A mãe era uma pessoa nervosa e manifestava isso xingando e falando alto. Quando pequeno, Isidoro apanhava toda a vez que desarrumava alguma coisa ou deixava de fazer o que lhe era pedido. O pai, segundo o paciente, era uma pessoa calma, porém fracassada. A mãe controlava todos os negócios da família porque o pai não sabia aplicar o que ganhava. Isidoro relata que sempre teve mais dificuldades de relacionar-se com o pai. Ele buscou tratamento psicológico devido a fantasias e impulsos homossexuais que o assustavam, os quais queria eliminar. Durante a psicoterapia, relatou que a mãe, na gravidez dele, esperava uma menina, chegando a fazer todo o enxoval para “ela” e, no  entanto, nasceu um menino. Ele lembra que inúmeras vezes sua mãe experimentava nele vestidos das irmãs. Por sua vez, ele gostava muito de brincar com uma menina, cujos pais não aceitavam muito esse contato, pelo fato de ele ser menino. Assim, ele passou a ser mais “dócil”, e “quietinho”, para poder brincar com ela. Em certa sessão ele contou: “Era como se eu deixasse de fazer as coisas de que gostava, para fazer outras e ser querido. Percebo que até hoje copio tudo dos outros e deixo de ser eu mesmo, com receio de não ser aceito”.
Muitos homens e mulheres que não conseguem “sentir-se”, adotam as imagens ou roupagens daquilo que querem ser. Essa necessidade de projetar uma imagem pode ser uma indicação de sentimentos íntimos bem diferentes. Vamos encontrar, muitas vezes, aberrações, daqueles homens considerados “machões”, e que sepultaram sentimentos homossexuais. 
Um homossexual fixado é aquele que, depois de adulto, deseja exclusiva ou principalmente ter relações com membros do próprio sexo e tem pouco desejo ou nenhum desejo pelos elementos do sexo oposto. Segundo Dr. Albert Ellis, um homossexual fixado é um pervertido porque, devido a um medo irracional, ele não deseja as atividades heterossexuais. Se ele fosse realmente bissexual e sentisse desejos espontâneos por pessoas de ambos os sexos, ele não seria necessariamente “pervertido”, sexual ou “neurótico”, e sim “perturbado emocionalmente”, pelo fato de ceder aos impulsos bissexuais. Para o Dr. Osmair C. Lacerda, a homossexualidade não é um padrão de comportamento nato ou congênito, e sim um comportamento ou aprendizagem de origem psicossocial.
Em primeiro lugar, pode-se mencionar os ensinamentos sexuais, geralmente na infância ou adolescência, que geram termos de senso de culpa em relação a certos atos de amor sexual. Tendo a pessoa impulsos sexuais biológicos, isso faz com que ela busque algum modo de escape, em forma de atos substitutos. Um homem pode aprender que o coito heterossexual é perigoso e pecaminoso e acaba fixando-se na masturbação e/ou na homossexualidade.
Outro fato será relacionado com sentimentos de medo, vergonha ou incapacidade, que tornam o indivíduo sexualmente pervertido. Geralmente ele se auto-condena por ter adquirido tendências anormais. Esses sentimentos ajudam-no a tornar-se obsessiva e compulsivamente fixados.
Albert Ellis acredita, a partir de sua experiência clínica, que o Complexo de Édipo e o Complexo de Castração possam influir no comportamento desviante do homossexual, mas cita outras “razões fundamentais” que, para ele, determinam o fato de um indivíduo fixar-se na homossexualidade:
 1: O indivíduo ser deliberadamente criado pelos pais para assumir o papel de outro sexo.
 2: A incapacidade, por causas diversas, de ser bem-sucedido no seu próprio papel sexual.
 3: A identificação com um progenitor marcante do sexo oposto ao seu, particularmente quando o de seu mesmo sexo não é marcante.
 4: Sentimento de hostilidade ou medo em relação a membros do outro sexo.
 5: Diversas dificuldades que pode encontrar no meio social para obter relações heterossexuais satisfatórias.
 6: A facilidade de encontrar o amor e aceitação entre membros do seu próprio sexo.
 7: Ter tido experiências homossexuais com satisfação muito cedo na vida, e sua tendência à neurose, ou por medo, fixando-se nesses níveis imaturos de comportamento.
 8: Problemas e distúrbios psicológicos gerais ou específicos de que a homossexualidade seria um mero sintoma.
A homossexualidade é, portanto, um problema basicamente psicossocial. A desorganização psicológica de um indivíduo de ambos os  sexos, resulta em desvios comportamentais, desajustando a pessoa em dois planos básicos de vida. Primeiro, para consigo mesmo, trazendo a esses indivíduos sofrimento mental muito grande, pelo sentimento de rejeição fortemente sentido; segundo, um desajuste social, criando um forte preconceito na sociedade que tentará bani-lo de seu meio, sem muito entender essa psicopatologia tão temida, mas que tem suas origens na família – precisamente o relacionamento dos membros no lar.
Como ajuda para esse problema, existe o tratamento psicológico para orientar tanto o indivíduo quanto à família (terapia individual ou familiar) que pode prestar valiosas colaborações para a solução do problema. 
 
17 COMO LIDAR COM ATRAÇÕES PELO MESMO SEXO
Uma das batalhas mais difíceis que um ex-homossexual, homens e mulheres, enfrentam é lutar contra atrações que eles ainda têm por membros do mesmo sexo. Com freqüência, o inimigo se aproveita dessa situação e traz culpa e condenação, com sentimentos de desespero e fracasso. Essas atrações podem ser divididas em dois tipos. O primeiro trata daquelas que sentimos por pessoas que não conhecemos, aqueles encontros casuais enquanto caminhamos na rua, ao fazer compras, ou mesmo na igreja. O segundo tipo de atração é dirigido a pessoas que conhecemos, alguém com quem trabalhamos ou temos alguma comunicação de forma regular.
Liberdade duradoura: Eu conversava com um aconselhado uma tarde, que dizia: “Dificilmente posso viver com a culpa que sinto. Mesmo hoje, eu fracassei repetidamente. Eu me relacionei com tudo que apareceu no meu caminho. Sinto-me como um prostituto”. Como a maioria das pessoas, ele tinha uma dose de vitória apenas ao falar, mas na hora de agir, ele tinha realmente um problema sério. Pouco resolve simplesmente dizer: “Chega!” Deve haver um momento de vitória antes de se retomar os velhos padrões. Só quando chegamos a nos entender e a ver o que está por trás das atrações, é que podemos achar uma medida de liberdade duradoura.
Enquanto algumas atrações são definidamente sexuais, muitas não são. Devemos investigar nossos sentimentos e descobrir a variedade de necessidades que faz com que sintamos atração pelos outros. Este problema precisa ser retirado do campo da homossexualidade, porque é um problema que todo cristão enfrenta. O homem ou a mulher “normal” está atento à maneira que as pessoas se vestem, como elas se conduzem e seu grau de sofisticação. Suas atrações são uma mistura de interesses tanto sexuais como não-sexuais.
Ao entrevistar homens heterossexuais, tenho aprendido que na maioria das vezes eles escolhem seus amigos para, de certa forma, se completarem. Um rapaz se prende a um outro amigo de boa aparência para que ele compartilhe a atenção recebida das garotas pelo outro. Um outro fará amizades com alguém que goste de esportes para partilhar da glória de vencer e de ser uma figura importante.
O que há por trás das atrações? Dois elementos geralmente, se destacam: o primeiro é a questão de “pele”, corpos são atraídos por outros corpos e o segundo, alguma forma de inadequação. Com respeito ao primeiro, talvez os homens tenham um problema maior, pois como sabemos respondem mais ao visual. Contudo, sensualidade é comum a todos, hetero ou homossexuais. As Escrituras claramente desmistificam a tentação que enfrentamos com a sensualidade, então “não ache isso estranho (1Pedro 4:12)”. Todas as pessoas têm que lidar com a questão da sensualidade. Um pouco de prevenção vale muito para evitar as artimanhas de Satanás. Liberalmente Deus nos dá a sabedoria para evitarmos de cair nas emboscadas do inimigo. Devemos aprender a ficar livres de lugares e situações com as quais não podemos lidar. O sábio não cede armas ao inimigo para que sejam usadas contra si.
Inadequações: É a segunda razão que precisamos enfocar. Inadequações que provavelmente remontam ao começo da infância. Nossos sentimentos de inadequação fizeram-nos admirar aqueles que eram adequados, que pareciam melhores que nós de certa forma. Tudo começou simplesmente por admirarmos àqueles com quem desejávamos ser parecidos. Algumas de nossas inadequações não eram no campo físico: o temeroso admirado o corajoso; o lento, o rápido; o solitário, os de panelinha “da moda”. Mas o lado físico sempre parece desempenhar um papel primordial. O franzino admira o musculoso. Os que não são atléticos tentam moldar seus corpos. Fazendo isso, eles se tornam cada vez mais conscientes daqueles que lhes são superiores nesta área. Até mesmo figuras de músculos fortes numa revista começarão a atrair sua atenção. E enquanto a inveja de outros e uma obsessão com essa área de desenvolve, é possível que este enfoque fique sexualizado durante os anos da puberdade. Esta é a maneira pela qual se pode começar uma obsessão com uma parte específica do corpo.
Inveja: Muitas de nossas atrações são simplesmente baseadas na inveja e devem ser trazidas diante do Senhor e confessadas. Deus nos fez da maneira que somos e não devemos dizer a Deus que Ele cometeu um engano em nos criar. Certamente, se negligenciarmos o corpo que Deus nos deu, somos obrigados a restaurá-lo, como por exemplo, perdendo peso excessivo, ou solucionando um abuso de substância. Desta forma, resolvendo a situação de nossas atrações, estaremos fazendo muito para trazer vitória nessa área.
Outras atrações: O que dizer a respeito de nossas atrações aos que estão próximos de nós, especialmente os cristãos com os quais nos relacionamos? Como devemos reagir? Ficar firme ou fugir? Somos claramente informados de que devemos fugir de prazeres juvenis (2Timóteo 2:22), e isso se aplica ao caso! Muitos sentem uma carga a mais de culpa quando a pessoa por quem estão atraídos é um cristão. Eles sentem que de alguma forma, eles desonraram um dos santos de Deus. Eles se sentem sujos e imaginam que Deus os despreza por sua voracidade. De novo, separemos o que é sexual do que não o é. Satanás adora perturbar ex-homossexuais com a mensagem: “você só deixou a homossexualidade; você não mudou. Deus não está trabalhando na sua vida”. Às vezes, não temos um elemento sexual na nossa atração, mas devido a uma sugestão satânica, um interesse sexual se desenvolve. Sempre vá ao Senhor para a verdade. Deus, o que é realmente santo? É sexual? Será apenas inveja ou um desejo de possuir o que o outro tem? Não nos condenemos sem um julgamento. Deus pode na verdade dar-nos uma absolvição.
Tentações sexuais: E se eu sentir um desejo sexual, uma forte necessidade por uma interação sexual? Outra vez, confesse e receba o perdão que Deus livremente lhe concede. É também muito útil confessar a outra pessoa e se tornar responsável àquela pessoa, “prestar contas”. Todos precisamos de parceiros de oração, de apoio. A tendência pode ser fugir da necessidade de ter que repentinamente cortar todos os contatos com a pessoa por quem estamos atraídos. Se a pessoa por quem estamos atraídos é um cristão, não acredito que possamos simplesmente tirar essa pessoa de nossa vida. Acho que devemos a ele e ao corpo de Deus a resolução desse relacionamento. Se não houve sedução da parte da outra pesoa e toda a tentação sexual está na sua mente, então não é correto sair e rejeitar a outra pessoa por nenhuma razão aparente. Também não ajuda dizer à pessoa o que você sente, pois ele estaria sem saber como ajudá-lo a esse respeito. Acho que só devemos fugir se houver um interesse sexual da parte da outra pessoa.
Evitando a fuga: Usei o termo “resolver” e você pode perguntar o que este termo quer dizer. É uma expressão que sempre ouvimos, às vezes, referindo-se a uma situação de pesar, onde houve uma perda: a perda de uma pessoa, um trabalho, ou alguma forma de segurança. Não devemos fugir de tais situações, mas sim, enfrentá-las de uma maneira realista. Se não enfrentarmos nossas atrações, teremos que lidar com elas repetidas vezes. Uma coisa a nosso favor é que nossas atrações raramente são duradouras, mas enfraquecem e são substituídas por novas atrações.
Enquanto não precisamos auxiliar cada amizade sob o microscópio, devemos fazer um pouco de reflexão. Consumir atrações pode ser uma forma de idolatria, adorando a criatura mais que nosso Criador. Se nós temos certeza disso, se alguém for mais importante para nós do que Deus, então devemos confessar nossa idolatria e pedir a Deus para resolver essa situação. Parece que a maioria das pessoas, homossexuais ou não, estão numa constante busca de aprovação. Todos temos profundas inseguranças e precisamos da força de outros em nossas vidas. Nossa aprovação, contudo, deve primeiro vir de Deus ou nunca estaremos satisfeitos e sempre estaremos numa busca interminável.
Rompendo uma paixão: Se você estiver preso agora a uma louca e consumidora paixão e não sabe o que fazer, como medida paliativa, se possível, diminua o número de vezes que você vê a pessoa. Usar o telefone ao invés de visitar a pessoa ajuda a quebrar a atração física. Mesmo que você não queira, você deve encorajar outros relacionamentos, tanto para você quanto para seu amigo. Na procura de novas amizades, devemos abandonar os relacionamentos do velho estilo de vida. Acharemos que os que não são fisicamente atraentes podem se tornar atraentes a nós de outras formas. Podemos ter um belo relacionamento com outros cujos anos não aparecem exteriormente. Devemos ter cuidado com o isolamento. Abrir nossas vidas aos outros traz-nos saudáveis recompensas; diminuindo amizades leva-nos a relacionamentos distorcidos.
Nossas necessidades: Todo mundo precisa de afeto e aceitação. Deus criou a Igreja, o Corpo de Cristo, para afirmar-nos, para suprir nossas necessidades. Quando as necessidades mais profundas são preenchidas, quando nos sentimos seguros e temos um sentido de pertencer, nós não queremos o que outros têm, e as atrações perdem seu poder.
Então não bata sua cabeça toda vez que se sentir atraído por outra pessoa. Comece a preencher os vazios e deficiências em sua vida de uma maneira saudável e completa. Repreenda o inimigo e não caia nas suas mentiras. Separe a verdade das mentiras e confesse o que é verdadeiro ao Senhor. Então caminhe no perdão que Ele deseja que você tenha.
 
17.1 DESEJOS, PROBLEMAS EMOCIONAIS E RELACIONAMENTOS
Hoje em dia, a homossexualidade é um foco de grande atenção. O movimento para fazer valer seus direitos está ganhando força: jornais e revistas freqüentemente nos chamam a atenção para esta questão e cristãos debatem a moralidade dos relacionamentos homossexuais. As conseqüências do crescente interesse no assunto são de longo alcance. Pessoas que antes podiam lidar com os desejos desta natureza percebem que não mais conseguem fazê-lo de forma responsável. Outras que talvez nunca tenham considerado a homossexualidade como uma opção de vida pessoal sentem-se, agora, atraídas a isto.
O cristão não pode ignorar a homossexualidade e nem conformar-se com outra coisa que não seja a verdade de Deus sobre o assunto. Cada um de nós deveria saber compreender o problema, quer o estejamos enfrentando ou não. Deixo três aspectos da homossexualidade e dar algumas sugestões que possam ajudar os cristãos a se inteirar da verdade nesta área.
Desejos, problemas emocionais, relacionamentos: Apesar da homossexualidade ser discutida com freqüência, não está claramente definida. Pode referir-se a desejos sexuais por alguém do mesmo sexo; a um problema de personalidade, no relacionar-se consigo mesmo ou com a vida como um homem ou uma mulher; ou a um relacionamento sexual ativo com um membro do mesmo sexo.
As distinções são importantes. Por exemplo, um relacionamento homossexual ativo, isto é, aquele no qual dois membros do mesmo sexo participam de atos sexuais um com o outro, é pecaminoso, enquanto que o fato de experimentar o desejo de participar de tal relacionamento não o é, em si, automaticamente. É errado encorajar tais desejos ou participar de relacionamentos ativos para satisfazê-los, mas os desejos homossexuais, em si, não constituem pecado.
Da mesma maneira, vários problemas emocionais ou de personalidade, às vezes associados à homossexualidade, não constituem, em si mesmo, um erro. O medo e o sentimento de culpa que uma pessoa pode experimentar quando está em luta com o problema, seja ele real ou imaginário, é um exemplo da dificuldade emocional no assunto. A feminilidade nos homens, isto é, o desenvolvimento impróprio de características femininas e masculinização, seu correspondente nas mulheres, são exemplos de problemas de personalidade.
Os problemas citados não aparecem, necessariamente, juntos. Por exemplo, um homem efeminado pode não ter desejos homossexuais ou não estar envolvido em relacionamentos homossexuais ativos. Entretanto, há uma idéia, fortemente arraigada em nossa sociedade, de que estas coisas estão invariavelmente ligadas. 
Desejos homossexuais: Desejos homossexuais não são mais pecaminosos que qualquer outra tentação ou desejo. Na verdade, em maior ou menor grau, muitas pessoas experimentam desejos homossexuais de tempos em tempos: normalmente, quando mais jovens, e menos freqüentemente na medida em que envelhecem. Esses desejos ocasionais não deveriam incitar no indivíduo temor quanto a sua identidade sexual. É de grande ajuda para cada um manter os desejos em perspectiva, reconhecendo que aparecem de vez em quando e podem ser firmemente administrados. Se causarem ansiedade, podem ser discutidos com um cristão mais maduro, que tenha tanto uma visão apropriada sobre a homossexualidade quanto uma perspectiva pastoral consoante.
Há pessoas para as quais os desejos homossexuais são persistentes e predominantes. Enquanto que, às vezes, o Senhor liberta alguns indivíduos desses desejos instantaneamente, a maioria tem de tomar a iniciativa de dar passos no sentido de controlá-los. O foco não deveria estar na libertação instantânea do problema, mas numa libertação progressiva. As pessoas devem introduzir ordem em suas vidas e relacionamentos, especialmente em suas amizades; precisam resistir a pensamentos que evoquem desejos homossexuais; devem buscar libertação através da oração e aconselhamento com uma pessoa qualificada para ajudá-las a superarem o problema através de uma perspectiva cristã.
O Senhor tem modificado muitas pessoas que lutam com desejos homossexuais, e continuará ajudando àqueles que submeterem esta dificuldade a Ele. Às vezes, a mudança pode ser gradativa, dependendo do tratamento de outros problemas da vida da pessoa. O Senhor quer que creiamos que a mudança pode acontecer, mas temos que reconhecer que isto, às vezes, envolve muita oração e aconselhamento que pode ser um processo a longo prazo, e, também, doloroso.
É claro que não adianta muito a um indivíduo esperar uma mudança se, na verdade, não desejar isto. Muitas vezes é difícil lidar com a homossexualidade porque, no fundo, a pessoa realmente não quer mudar, mas está aberta à mudança, está na posição de receber ajuda. O componente emocional: Inclinações homossexuais podem andar de mãos dadas com problemas emocionais, tais como insegurança, ciúme, lascívia, confusão e falta de auto-confiança. Mesmo que o indivíduo não peque por participar ativamente em relacionamentos homossexuais, ainda assim ele pode estar envolvido por dificuldades emocionais que o impeçam de levar uma vida normal e equilibrada. Além disso, espíritos malignos costumam tirar proveito das dificuldades emocionais, levando o homem a uma confusão maior e afastando-o da solução do Senhor para o problema.
De onde procedem os problemas emocionais? O estigma social vinculado à homossexualidade é uma das principais fontes. Inclusive, muitos cristãos que deveriam reconhecer sua responsabilidade de amar a seu próximo, independente de seus pecados ou dificuldades, tendem a ser negativos e grosseiros para com aqueles que descobrem ou suspeitam ter dificuldades homossexuais. Em conseqüência, aqueles que lutam com este tipo de problema, freqüentemente experimentam sentimento de culpa, assim como de condenação e rejeição. Por um lado, são vítimas de fortes desejos sexuais, e, por outro, deparam-se com grande pressão interna e externa para ignorar, esconder ou repudiar estes desejos. Esta luta interior contínua pode deixá-los emocionalmente esgotados.
O reconhecimento de problemas homossexuais pode levar a um temor paralisante. A pessoa com dificuldades homossexuais pode imaginar que jamais lhe será possível viver uma vida normal ou relacionar-se com membros do mesmo sexo sem experimentar desejo sexual. Consciente de seus problemas, e não sabendo como lidar com eles, ela pode tornar-se cada vez mais suscetível a temores quanto à sua identidade pessoal e sua capacidade de atuar na sociedade. Estes temores podem constituir uma tremenda carga emocional.
A possibilidade de um casamento produz, não raro, considerável ansiedade. A sociedade não apenas apresenta o casamento como fonte básica de satisfação e de um estreito relacionamento pessoal, mas também o baseia em atração erótica pelo membro do sexo oposto. O indivíduo que não experimenta desejos eróticos heterossexuais sente-se isolado, eliminado daquilo que se apresenta como a principal condição para um preenchimento interior. Se ele não se “apaixona” com facilidade por um membro do sexo oposto, sente-se condenado a uma vida fora dos padrões sociais normais, a uma vida completamente vazia.
Por último, conhecendo a lei de Deus mas não desejando submeter-se a ela, homens e mulheres às vezes ignoram o mandamento do Senhor contra a homossexualidade, negando-se a buscá-lo para obter a resposta às suas dificuldades. Esta rebeldia pode ser a raiz dos seus problemas emocionais. Desesperar-se com sua situação leva-os ao ponto de envolver-se ou participar de relacionamentos homossexuais, num esforço para reduzir a ansiedade e a luta travada em seu interior. 
As escrituras referem-se a relacionamentos homossexuais como pecado: (Levítico 18:22; Levítico 20:13; 1Coríntios 6:9-11; Romanos 1:21,24,27). As pessoas conheciam a Deus mas recusavam-se a glorificá-lo. O resultado foi desordem na raça humana, caracterizada por pecados, tais como relacionamentos homossexuais. Ultimamente, muitos tentaram reinterpretar as Escrituras para sustentar a tese de que a homossexualidade é aceitável. Alegam que os escritores da Bíblia não tinham dados psicológicos que lhes permitissem tratar a questão adequadamente; que foi escrita num contexto cultural completamente diferente dos nossos dias. Portanto, dizem eles, as Escrituras devem ser reinterpretadas para satisfazer às necessidades de uma sociedade tecnológica moderna, levando em conta os avanços na área da psicologia. Mas, nesta cultura moderna, tais interpretações enfraquecem a autoridade das Escrituras, dando ao mundo a última palavra em questão de autoridade, e passando a Bíblia para segundo plano.
Lutando contra a homossexualidade: Ao tratar da homossexualidade a verdade é crucial. Para alguns, a visão da verdade pode incluir o reconhecimento de que possuem um problema homossexual e que é uma dificuldade com a qual devem aprender a lidar, um fardo que deverão submeter continuamente ao Senhor. Mas, enquanto a dificuldade representa um fardo, não deve mutilar a pessoa; evitando que leve uma vida normal e que tenha relacionamentos pessoais.
No entanto, problemas homossexuais podem mutilar uma pessoa, caso ela se rotule ou seja rotulada de “homossexual”. No início da adolescência, muitas pessoas em conflito com sua identidade sexual perguntam-se: “Será que sou homossexual?”. Experimentam grande sentimento de culpa e temor em relação a este problema, até que um dia decidem-se: “Bem, é isso aí: eu sou homossexual”. Rotulando-se desta maneira, dão um passo psicológico importante para o estabelecimento de sua identidade homossexual. A questão dos desejos sexuais não deveria ter um papel tão proeminente na determinação da identidade de uma pessoa. Alguém pode sentir desejos homossexuais e não se identificar com um “homossexual” se não tiver intenção de viver uma vida homossexual. Há mais coisas envolvidas no fato de ser um homossexual do que apenas desejos.
Qualquer cristão resolvido a superar a homossexualidade deve estar preparado para confrontar-se com Satanás, que está bastante ativo nesta área. Primeiro, ele promove a idéia de que a lascívia é irresistível, e que, portanto devemos ceder a ela, e depois procura inutilizar-nos através da condenação. Se ele consegue fazer com que uma pessoa se sinta condenada pelo fato de possuir dificuldades sexuais, sabe que já está no caminho certo para fazer com que ela não viva uma vida cristã eficaz.
Desejos homossexuais e tentações somente são pecados quando correspondidos, encorajando os desejos ou participando de relacionamentos homossexuais ativos. Homens e mulheres vítimas de desejos homossexuais, às vezes falham em reconhecer esta diferença, e, convencidos de que o desejo equivale ao pecado, sucumbem a um terrível e exagerado sentimento de culpa, sentimento este que inibe sua capacidade de combater eficazmente seus problemas. Pessoas podem sofrer de desejos homossexuais, manejá-los corretamente e permanecer completamente livres de erro. Satanás também ataca pelo lado contrário, tentando enganar as pessoas, levando-as a crer que o pecado não é pecado. Através de racionalizações, pressões sociais e outros meios, tentará convencer as pessoas de que aquilo que é errado é admissível.
E quanto ao casamento? Até mesmo as pessoas cujos desejos sexuais são predominantemente homossexuais podem casar-se e ter um casamento bem sucedido sem que seus desejos tenham sido modificados por completo antes de se casarem. Os desejos devem, é claro, estar sob controle, e o indivíduo deve estar submetendo-os ao Senhor, permitindo-lhe trazer ordem à sua vida. Em outras palavras, a pessoa deve estar a mais de meio caminho andado no sentido da resolução do problema antes de se casar. Mas nem todas as dificuldades devem, obrigatoriamente, estar sanadas por completo antes que possa entra num bom casamento.
Há um bom número de razões para isto. Muitas vezes os desejos homossexuais têm sua origem num problema emocional. Uma vez que este problema esteja resolvido, o indivíduo pode casar-se confiante que terá a capacidade de lidar, com relativa facilidade, com as dificuldades remanescentes dos desejos sexuais. Além do mais, contrariamente à opinião pública, atração erótica não é o básico e essencial para um bom casamento. Este baseia-se num compromisso de amor no qual os participantes dão suas vidas para cuidar e servir ao outro. O relacionamento sexual é uma parte importante do casamento, e o indivíduo com desejos homossexuais deve estar confiante em poder experimentar a sexualidade como parte prazeirosa e enriquecedora do casamento. Mas não deve presumir que a atração heterossexual extasiante é a base para um bom casamento.
Nenhum homem, nenhuma mulher que tenha desejos homossexuais deve casar-se sem antes tratar do problema sob a orientação de uma pessoa qualificada. Também, se alguém participou ativamente de relacionamentos homossexuais, deverá viver livre de tal atividade durante tempo suficiente para sentir-se livre em sua capacidade de resistir à tentação. Em muitos casos, deverá comunicar ao seu futuro cônjuge o fato de que sofre de dificuldades homossexuais, concordando em que, caso o problema surja no futuro, seja discutido e resolvido com a colaboração de ambas as partes, o mais breve possível. Se necessário for, o casal continuará a buscar orientação e apoio de uma pessoa qualificada.
Liberdade para relacionar-se com outros: Se uma pessoa é vítima de um problema como a homossexualidade, ou se pensa que tem, deve conversar com um cristão mais maduro sobre o assunto. Se tentar resolvê-lo sozinha, estará tornado-se altamente vulnerável. Na verdade, se alguém não conversou com outro sobre sua dificuldade, é quase certo que não a está tratando como o Senhor quer.
A cultura homossexual (bares, danças, literaturas, atividades e assim por diante) deve estar fora dos limites dos cristãos que alguma vez participaram dela. Às vezes, aqueles que foram libertos da homossexualidade resolvem voltar a este meio para ganhar outros para o Senhor. Mas Ele tem outros meios de alcançar estas pessoas. Aqueles que uma vez participaram desse modo de vida, normalmente percebem que a cultura é por demais irresistível, e que, nela, velhos desejos são facilmente despertados. É extremamente insensato, para qualquer cristão que tenha sofrido de problemas homossexuais, voltar a um ambiente homossexual por qualquer motivo que seja, incluindo evangelismo.
Homens e mulheres que lidam com tais dificuldades não deveriam temer relacionamentos com membros do mesmo sexo. Muitas vezes, cristãos que possuem dificuldades homossexuais têm medo de cumprimentar outros do mesmo sexo com um abraço. Temem que esta atitude desperte, automaticamente algum desejo sexual, e cause mais problemas. Este temor não permite que eles formem relacionamentos sólidos e saudáveis com seus irmãos em Cristo. No Senhor, homens podem relacionar-se confiadamente com homens, e mulheres podem relacionar-se confiadamente com mulheres, mesmo que experimentem atração sexual  por alguém do mesmo sexo, de igual maneira como aqueles que experimentam atração sexual pelo sexo oposto. É claro que o Senhor quer que este relacionamento seja desenvolvido com sabedoria, mas em geral, os cristãos deveriam ser capazes de relacionar-se com outras pessoas de maneira confiante.
Aqueles que não sofrem de problemas de homossexualidade precisam corrigir qualquer atitude errônea em relação àqueles que sofrem desses problemas. Grande número de pessoas são hostis para com aqueles que têm dificuldades homossexuais, rejeitando-os, fazendo “piadas” sobre eles, e condenando-os. Não conseguem colocar em prática o mandamento de Jesus, que diz: “Sede misericordiosos como também é misericordioso vosso Pai. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados (Lucas 6:36,37)”. O Senhor quer que os cristãos se aproximem dos indivíduos que possuem dificuldades homossexuais da mesma maneira com que Ele o faz: com amor, e confiante de que o problema pode ser sanado.                     
 
18 ORIENTAÇÃO PARA PASTORES E LEIGOS
 No momento em que vivemos, quando várias indagações com relação aos homossexuais nos confrontam a cada passo – nos jornais, na televisão, em debates públicos e até na igreja – é necessário que os cristãos aprendam a olhar para essas pessoas como Jesus as olharia.   A mulher apanhada no ato de adultério achou-se diante de uma multidão irada, moralista, disposta a apedrejá-la até a morte pelo seu pecado. Mas Jesus envergonhou a todos com aquelas palavras inesquecíveis: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire pedra”. Mas nossa tendência é dar menos atenção às palavras finais do Mestre, dirigidas à mulher: “Vai, e não peques mais”. Esse acontecimento exemplifica bem a atitude de Cristo para com todos os pecadores: brandura para com o pecador cativo, repreensão para os pecadores que se julgam justos e estão sempre prontos a julgar e condenar os outros, e a ordem de se arrepender-se que indica o caminho para libertar-se da imoralidade. Jesus realmente veio ao mundo para livrar a todos nós que somos cativos do pecado. Há esperança de solução para o problema homossexual. Não é uma vitória fácil, mas ela é possível, oferecida pela única Pessoa que pode salvar-nos, Jesus.
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós ainda pecadores (Romanos 5:8)”. Quando sentimos claramente que “todos pecaram, e carecem da glória de Deus”, nos colocamos lado a lado, uns com os outros, homossexuais e heterossexuais, e reconhecemos, humildemente, que sem a graça salvadora de Deus em Jesus Cristo, estamos todos perdidos.
A condenação é feita ao pecado, enquanto ao pecador são oferecidos perdão e reconciliação. Enquanto não reconhecermos nossa condição de treva espiritual, não poderemos reconhecer o valor da luz. Em vez de se arrependerem de seus pecados, muitos estão querendo que sua conduta seja tirada da categoria do pecado. E para apoiar esta petição, apresentam a teoria genética, segundo a qual, o indivíduo já nasce com características homossexuais, e, portanto, não têm liberdade para escolha de sua preferência sexual, assim como não o teve na escolha dos olhos. Contudo, não existem bases para esta tese, nem na Bíblia, nem na ciência. A teoria genética apresentada pelos homossexuais também não encontra respaldo na ciência, assim como não o encontra na Bíblia.
Muitos psiquiatras crêem, como nós cremos, que a conduta homossexual acha-se condicionada a certos fatores ambientais aliados à vontade do indivíduo. E como a Bíblia ensina que toda a criação se encontra em um estado decaído, entendemos perfeitamente que uma pessoa possa se ver envolvida num ambiente que contribui para causar desordem ou confusão em sua vida, sem que isso tenha sido escolha sua. Apesar de tudo, Deus ainda considera o cristão responsável por suas ações e pelas decisões que toma, ainda que tenha sido formado num ambiente inadequado ou pernicioso.
Embora a Igreja deva olhar com grande compaixão os praticantes da homossexualidade, cuja criação os predispôs para esse comportamento errado, cremos que ela deva apresentar-lhes, com toda a clareza, o apelo ao arrependimento. É somente reconhecendo seu pecado, arrependendo-se dele e recebendo perdão e cura do Salvador, que qualquer indivíduo pode encontrar um verdadeiro relacionamento com Cristo, bem como seu lugar de direito no Corpo de Cristo. Jesus Cristo, o Senhor do céu e da terra, veio ao mundo para demonstrar o amor de Deus pelo pecador. Mas também expressou o juízo de Deus sobre o pecado e ordenou a Seus seguidores que tivessem uma vida santa. E esse juízo é um fato positivo, pois serve para fazer distinção entre o que pode prejudicar-nos e o que pode redimir-nos. Depois de curar certo paralítico, Jesus lhe disse o seguinte: “Olha que já estás curado, não peques mais para que não te suceda coisa pior (João 5:14)”.
Em nossa opinião, existe uma clara diferença entre o pecador que insiste em permanecer no pecado, e o que vem a Jesus pedindo perdão e cura, mas que depois se vê constantemente tentado, e cede à tentação. Sabemos que o poder de Cristo é ilimitado para libertar a pessoa do pecado, mas reconhecemos também que certos pecados são mais difíceis de serem superados. Neste aspecto, o comportamento homossexual acha-se no mesmo plano do vício de drogas, alcoolismo ou fumo, e de condutas compulsivas como o jogo e a glutonaria.  Paulo teria tido muita compreensão e compaixão por pessoas que estivessem tentando libertar-se desses pecados, mas que fossem tentadas e fracassassem. Portanto, insistimos em que se ofereça comunhão cristã, cuidados e aconselhamentos constantes ao homossexual que começa a experimentar a cura de seu problema. Contudo, achamos que uma pessoa que deseja perseverar numa prática proibida pelas Escrituras, seja ela a homossexualidade ou outra qualquer, não deve ser ordenada para o ministério cristão. Cremos ser contrário à vontade de Deus ordenarem-se indivíduos que se encontram, aberta ou secretamente vivendo em pecado. Antes, cremos que o Senhor conclama a igreja a criar e incentivar ministérios de libertação que possam auxiliar tais pessoas a desenvolverem todo o seu potencial em Cristo.  
Os cristãos devem reencontrar os dons do Espírito Santo para libertação e cura, devemos saber como usá-los tanto no ministério pessoal como no trabalho com grupos, a fim de libertar as pessoas da homossexualidade e de outros pecados. O praticante da homossexualidade pode ser curado. Logo que experimenta uma vida alegre, livre dos desejos homossexuais, ele sente vontade de abraçá-la plenamente. Sempre que a igreja leva essas promessas a sério e começa a apropriar-se delas no poder do Espírito Santo, vidas começam a ser transformadas.
Segue abaixo um resumo da história de Ed: ele sai do trabalho e vai para a boate para homossexuais onde seus amigos sempre se encontram. Nesta boate alguém o chama, era a sua mais recente conquista, um rapaz que já estava esperando por ele. Sentou-se para desfrutar daquela longa noitada de dança, drinques e “flertes”. E era esta a rotina quase que diária. De repente Ed sentiu-se estranho, o ambiente a sua volta estava estranho. “A densa névoa da fumaça dos cigarros ardia em meus olhos e pulmões, e o riso agudo, a música barulhenta feriam meus ouvidos. Era o mesmo lugar a que estava acostumado, mas parecia como se tivessem removido escamas de meus olhos, e agora, pela primeira vez, eu o visse como realmente era. Meus Deus! Pensei comigo. Estou num mercado de carnes! Aqui eu nunca vou encontrar amor! Clamei interiormente, fechando os olhos à dura realidade que acabava de descobrir. Foi então que, bem lá no fundo do meu coração, ouvi uma voz que parecia dizer-me: Filho, agora você chegou ao máximo, e viu que é só um vazio. Por que não volta para Mim?”. Foi neste momento que Ed encontrou o verdadeiro amor – e o nome dEle é Jesus.
Palavras de Marty, que praticava a homossexualidade: “Reconheci que precisava urgentemente de amizades sadias e do apoio de outros cristãos, comecei a procurar uma igreja à qual pudesse unir-me. Pela graça de Deus, encontrei uma onde fui bem acolhido, sentindo-me logo ligado aos irmãos dali. Procurei manter-me sempre próximo dos amigos que ali arranjei e esforcei-me para ignorar as propostas que meus antigos amigos me faziam. Entretanto, mesmo na igreja, percebi que não achava-me totalmente imune às tentações. Não demorou muito e minhas antigas atitudes começaram a manifestar-se novamente. Não queria retribuir o olhar daquele homem, pensei. Espero que ele não pense que estava querendo que me acompanhasse. Durante seis meses, estive empenhado numa batalha solitária contra o meu passado. Quando já estava perto de sucumbir, Deus mandou-me socorro na pessoa de um crente cheio do Espírito Santo, um pouco mais velho do que eu. Ele me ajudou muito, mas eu não estava respondendo a altura e fui até ele para dizer que não suportava mais e iria voltar para o mundo, mas eu estava prestes a ter uma grande surpresa: Que estupidez! Foi a sua resposta, totalmente sem pena. Você vai dar as costas ao Senhor e fugir para sua sórdida vidinha homossexual de novo? É isso que está me dizendo? Fui tomado de surpresa pela reação de raiva dele, não consegui fitá-lo diretamente. Tentei mais uma vez falar com ele: Você não está entendendo, tentei explicar. Não sabe como tenho sido tentado. Se soubesse o tipo de pensamentos que tenho... E ele veio: Bobagem! Berrou ele. Isto não passa de desculpas. Por que considera o seu caso diferente dos outros? Será que é pecador demais para Jesus, e Ele não dá conta de Você? Pois deixe que lhe diga uma coisa, companheiro: Eu, toda noite, ia para a cama com uma menina diferente, antes de Jesus me chamar e purificar a minha vida. Acha que seu pecado era pior do que o meu? Pois Deus não acha, para Ele pecado é sempre pecado. Então comecei a pensar: pecado é sempre pecado, quer dizer que Deus não mede nosso pecado com um pecadômetro? E que qualquer pecado é repulsivo para Deus e que nenhum deles está fora da sua redenção? Foi só então que comecei a entender a diferença entre tentação e pecado. Eu possuía o Espírito Santo que Deus me dera não para impedir que fosse tentado, mas para que me capacitasse a resistir às tentações. Pouco depois, comecei a ver claramente que precisava de um tipo de vida que pudesse amadurecer espiritualmente sem auxílio do meu amigo. Ele também sentia o mesmo. Pouco a pouco as tentações foram ficando menos freqüentes. Descobri que havia três pecados que atuavam como agentes catalisadores em minha luta contra os antigos desejos – a rebelião, o orgulho e a auto-piedade.
A História de Roberta, praticava a homossexualidade: “Embora já fizesse quase dez anos que eu não pensava seriamente no Deus que minha mãe amava, compreendi que a Pessoa que se achava ali naquele momento tão difícil para mim, constrangendo-me era Jesus, Seu Filho. Ele estava ali, no meio de minha vida despedaçada, oferecendo-me Seu amor e perdão. Subjugada por aquele amor e pela consciência de meus pecados, caí de joelhos diante da cadeira e clamei em voz alta: Ó Deus, perdoa-me! Ó Deus, perdoa-me! E naquela noite em vez de encontrar a morte, reencontrei a vida. Falando um pouco de minha vida: Mamãe sempre fora muito doente devido à artrite e a problemas cardíacos e por isso eu sempre me via muito solta, grande parte do tempo. Meu pai, antes de morrer, tinha sido um homem muito bruto e severo comigo, e maltratava bastante minha  mãe. Esse seu modo de agir fora uma das razões de eu começar a desprezar os homens – com exceção de meu irmão mais velho, a quem eu adorava e procurava em tudo. Minha desconfiança para com os homens, que se iniciara com a brutalidade de meu pai, intensificou-se mais tarde na adolescência quando um namorado tentou violentar-me. Mas, apesar de tudo, ainda desejava o afeto e calor humanos. Eu sabia perfeitamente que minha vida homossexual não era aceitável diante de Deus, mas justificava minha conduta com minhas necessidades e desejos.  Na verdade eu estava dizendo a Ele: Farei qualquer coisa que o Senhor me pedir e irei onde quiser, mas deixe que o faça à minha maneira e com a pessoa que eu escolher. E só Deus sabia quantas outras lésbicas poderiam já estar libertas de seu cativeiro, se eu tivesse obedecido ao seu chamado – ao apelo que Deus me fazia a que consagrasse toda a minha vida a Ele, para uma obra especial que Ele tinha para mim. Faz dois anos, que integrei-me a uma missão de âmbito mundial que trabalha entre os homossexuais. Se os cristãos de todo o mundo se unirem a nós em oração, para que as fortalezas de Satanás nesse aspecto da vida humana sejam derrotadas, muitos outros praticantes da homossexualidade encontrarão o caminho da libertação, como eu encontrei, e aceitarão o Senhorio de Cristo em sua vida”.
Segue uma frase onde deixa claro o que pode acontecer quando existe falha na comunicação dos pais com os filhos: “Por causa da nossa forte reação inicial, a porta da comunicação com nosso filho (que se declarou homossexual para os pais) se fechara hermeticamente, assim como estava cerrada a porta de seu quarto, pois na noite seguinte nosso filho ajuntou as coisas e desapareceu de nossa casa. Recorremos ao Senhor para que nos mandasse alguém que pudesse falar-nos alguma coisa – uma pessoa que já tivesse passado por aquilo e entendesse nosso sofrimento. Pude aceitar que meu filho que foi embora, seja lá o que for que ele fizer de sua vida, precisa de meu amor, e não de minha condenação. É difícil descrever em palavras o alívio que senti quando entreguei meu filho completamente aos cuidados do Senhor. Essa entrega libertou-me de um fardo imenso que estava carregando – o fardo da plena responsabilidade pela vida dele. E pela primeira vez em muitos meses, dormi um sono tranqüilo. Ainda não mudou sua inclinação sexual, e nós não mudamos nossa opinião de que essa conduta é pecado, aos olhos de Deus. Estamos como pais, aprendendo a amar o pecador, e ao mesmo tempo rejeitar o pecado, embora isto seja bastante difícil. E à medida que continuamos a orar, louvar a Deus e a render-nos a Ele, sentimos que o Senhor está operando na vida de nosso filho bem como na nossa. Ele está sanando as falhas de relacionamento entre nós e acreditamos que está restaurando a imagem de nosso filho também. Deus me deu fé para crer que, algum dia, nosso filho ficará curado disso, pela Sua graça e poder sobrenatural. Quando Jesus morreu na cruz, pagou pela culpa de todos os pecadores e também dos homossexuais. Se Deus pode curar um cego ou um surdo, um mudo, pode também curar um homossexual. Essa idéia de que uma vez homossexual sempre homossexual é um mito. Existe solução e o nome dela é Jesus”.
A seguir a história de Alex e sua necessidade de aceitação: “Por que papai nunca está satisfeito com o que faço? Acho que ele nem gosta de mim. Eu precisava da certeza de que meu pai me amava. Meu avô morreu. Acho que nunca perdoei direito a Deus, por ter levado o único homem no mundo que me dava atenção, e que parecia gostar de mim, aceitando-me plenamente. Depois que vovô morreu, tive que voltar para os professores e amigos, em busca da aprovação que nunca consegui receber de meu pai. Brincava com meus coleguinhas como todas as crianças, e eu estava levemente consciente de que achava a anatomia masculina mais interessante que a feminina. Contudo, antes mesmo de entrar na puberdade, já participava de brincadeiras sexualmente excitantes com meus amigos garotos. Achei esta prática tão gratificante e interessante, que aceitei a explicação de um amigo de que éramos homossexuais. Nunca tivera nenhum outro relacionamento heterossexual para comparar, e tampouco recebera instrução sexual. Se aquilo era ser homossexual, então estava tudo bem para mim. Durante minha vida descobri que Deus era universalmente associado à figura do pai. Essa descoberta, aliada ao meu desejo inconsciente de ter um pai a quem eu pudesse amar, começou a mudar minha vida. E pela primeira vez em minha vida, senti que Jesus poderia ser uma realidade viva e presente, e que eu também, algum dia, poderia conhecê-lo melhor e tê-lo como amigo. Como a homossexualidade começou a ser mais aceita pela sociedade, passei a ter uma atitude mais aberta sobre minha inclinação nesse sentido. A verdade, porém, era que essa vida já estava perdendo um pouco de seu fascínio para mim. Contudo, eu não conhecia outra maneira de viver. Mas com o passar do tempo conheci a verdade que liberta do pecado. Quando olho para trás, vejo que Deus sempre teve sua mão em minha vida. Louvo muito a Ele pelas pessoas sinceras que colocou em meu caminho e pela vida e amor de minha bela esposa com quem me casei. Finalmente, conheço verdadeiramente o sentimento de aceitação e sei que meu Pai me ama e me aceita exatamente como sou”.  
Segue agora uma breve palavra de John: “Será que sou cristão? Eu estava na homossexualidade e sabia muito bem que o verdadeiro arrependimento implica em deixar o pecado. Um amigo se converteu ao evangelho de Jesus e quando ele falava de Jesus, ele irradiava uma certeza e uma alegria tão grandes, que percebi que lhe acontecera alguma coisa muito importante. Tive uma experiência poderosa com o Senhor, explicou em resposta à minha pergunta. Faz um ano conheci Jesus como aquele que batiza com o Espírito Santo, e de lá para cá recebi os dons do Espírito. Então uma simples oração minha, e estando cheio do poder do Espírito Santo, senti que agora poderia vencer a luta contra a homossexualidade. Abandonei resolutamente as práticas que vinha seguindo, e aqueles desejos e tentações foram morrendo dentro de mim, e procurei deixar Deus fazer a sua boa obra por meu intermédio. Entretanto, sei que, ainda hoje, se não estiver sempre lembrando-me de que sou uma pessoa que precisa depender constantemente do poder de Jesus para a solução de qualquer problema, poderia facilmente cair de novo na escravidão da homossexualidade. E como sei muito bem o que essa escravidão causa ao homem – principalmente ao seu relacionamento com Deus – preocupo-me bastante quando ouço alguém dizendo que a homossexualidade não tem nada de errado, e que é simplesmente uma questão de preferência sexual. Para mim ele não foi certo, nem para as pessoas com quem me envolvi. É um pecado destrutivo, que mutila nossa vida e quase acabou comigo.
 
18.1 EVANGELIZAÇÃO DE HOMOSSEXUAIS
Um imperativo deixado por Jesus quando ascendeu aos céus foi que devemos pregar o evangelho a toda criatura. Isso inclui os homossexuais e quaisquer outros grupos considerados minorias ou marginais: “E disse-lhes (Jesus): Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.  Quem crer e for batizado será salvo.” (Marcos 16:15). “Se a igreja se cala, (...) deixa de proclamar profeticamente a esses pecadores que há salvação e vida abundante em Cristo”.
 Jesus também disse que devemos ser sal da terra e luz do mundo. “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens” (Mateus 5:13). Uma característica do sal é que ele penetra no alimento dando-lhe sabor. Assim devemos ser. Mais do que simplesmente jogar o sal, devemos desejar que ele penetre os alimentos (as pessoas) à nossa volta e que estas tenham novo sabor na vida. A missionária Eleny Vassão, chefe do setor de capelania evangélica do Hospital das Clínicas e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, SP, fez uma declaração muito importante em seu livro O Desafio Continua: A Missão da Igreja Frente à AIDS: “Evangelizar nosso povo é viver o amor de Deus, cumprindo nossa missão como embaixadores do céu na terra e ganhando a cada dia novos cidadãos para o Reino de Deus”. Ela transcreveu, ainda, em seu livro, declarações relevantes de Bill Bright (extraídas do livro Testemunhando Sem Medo) sobre evangelismo:
“Quando o cristão deixa de partilhar sua fé, perde uma das maiores bênçãos que nosso Senhor oferece: a profunda alegria de ajudar um ser humano a encontrar uma vida nova e abundante, a vida eterna em Jesus Cristo”.
“No mundo só há dois tipos de pessoas: aquelas que são missionárias e estão em campo; outras que são campos missionários, à espera de evangelização”.
 “São chaves para a evangelização: obediência à ordem do Senhor, oração, jejum, ação e amor pelas pessoas, indo até elas”.
Evangelizar homossexuais não é tarefa fácil. Poucas igrejas envolvem-se com esse tipo de trabalho não tendo, por isso, experiências para compartilhar. Com isso, quando pensamos em evangelismo com minorias, temos que lembrar, obrigatoriamente, de grupos isolados que tomam essa iniciativa. A premissa básica para quem quer evangelizar os homossexuais é crer que Deus pode transformá-los (1Coríntios 6:11 deve ser bem entendido e crido) e tomarmos alguns cuidados importantes como:  
a) Orar e jejuar especificamente e esperar orientação de Deus para saber que estratégias usar;
b) Importante: Se receber atenção voluntariamente, não inicie a conversa apontando o pecado homossexual da pessoa (em 1Coríntios 6:9 e 10 todos os pecados estão no mesmo nível). Isso pode criar, imediatamente, uma barreira. Procurar falar sobre o amor de Deus pelo homem e do plano de salvação geral, pois quem está ali é um ser humano comum e que, como qualquer outro, tem uma alma que precisa ser resgatada pelo Sangue de Jesus Cristo (plano de salvação em Jesus Cristo: Romanos 10:13, Mateus 4:19, João 14:6, João 1:12, Atos 16:31, Mateus 6:33, Marcos 8:34, João 15:16);
c) Observar a característica de cada grupo (locais e horários em que atuam, tipo de comunicação, se são abertos ao diálogo ou não, os cuidados práticos a serem observados, a verdade e os mitos sobre os riscos que o grupo de evangelismo corre etc);
d) Comprar ou confeccionar literatura específica para o tipo de trabalho a ser desenvolvido (os folhetos não precisam necessariamente falar de homossexualidade).
e) Ter uma relação de Ministérios de Ajuda  e lugares para onde possa encaminhar aqueles que desejam deixar a homossexualidade mas não têm para onde ir (casas de recuperação, no caso de travestis que se prostituem, por exemplo);
f) Selecionar pessoas maduras espiritual e emocionalmente para o trabalho (se possível, evitar pessoas que estejam no início da caminhada no evangelho);
g) Contar com o apoio da liderança e ter um grupo de intercessores.
 
18.2 COMPARTILHANDO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
Aqui seguem algumas dicas para ministrar a alguém, que você conhece, que pode estar lidando com a questão da homossexualidade: 
Veja uma pessoa, não um homossexual. Não estamos fazendo uma “campanha limpeza”; somos embaixadores do amor. Como você abordaria qualquer pessoa que você sentisse precisar de Cristo? Não existe nada de especial na homossexualidade como pecado aos olhos de Deus. Não permita que obscureça sua visão. Homossexuais estão procurando amor da mesma forma que todos os outros. Jesus é a resposta para tal necessidade.
Lembre-se que o evangelho significa “boas-novas”. Tenha o cuidado de apresentar o Salvador, não um código de ética. Jesus é uma pessoa real, não uma filosofia de vida. Não fique tão preocupado a respeito de um pecado em particular. Deus quer redimir a pessoa inteira, não apenas a sua sexualidade.
Saiba o que você está oferecendo. Você está oferecendo Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Você não está oferecendo heterossexualidade. Existe uma diferença entre ser homossexual e ser heterossexual. Quando alguém faz um compromisso com Cristo ele precisa concordar com Deus, que o comportamento homossexual é um pecado. Você está oferecendo a ele, inicialmente, o poder para exercitar o celibato. Seus sentimentos homossexuais não irão transformar-se da noite para o dia. Isto virá com o tempo, o cuidado e preocupação dos outros, e a qualidade de sua entrega constante a Cristo.
Ame ativamente esta pessoa. As palavras podem ser muito vazias. Demonstre seu amor: ouça, telefone, confrontando quando necessário, sentando juntos na igreja. Amar é um verbo.
Não tenha medo de ouvir alguns detalhes “escabrosos”. Algumas pessoas não sabem se expressar de outra forma a não ser na linguagem de rua. Ouça com amor e responda enquanto você busca o conselho de Jesus. Você precisa amá-las como estão.
Não tenha medo de dizer “eu te amo”. Não tenha medo de abraçar, segurar as mãos em oração, tocar. Todos precisamos daquela afirmação física de amor um pelo outro. Tocar não é sexual, é amoroso. Os homossexuais precisam aprender qual o lugar do afeto fora do contexto de envolvimento sexual. Não vão lhe estuprar. Se suas intenções não forem bem compreendidas, se explique, mas não se afaste.
Compartilhe a sua vida. Muitos que vêm de um ambiente homossexual ficam surpresos ao descobrir que “gente normal” também luta com tentações sexuais, solidão, rejeição, mágoas, etc. Isto lhes ajuda a colocar suas vidas numa perspectiva mais saudável.
Apresente o evangelho inteiro. Jesus quer libertá-los das mentiras, ressentimentos, orgulho, rebeldia, e outras coisas. O comportamento e fantasia homossexual é apenas uma parte disso tudo.
Distancie-os do seu pecado. Aponte em outra direção. Permita que vejam Jesus, a resposta para todos os seus pecados. Não faça da homossexualidade o alvo do seu relacionamento. Evite piadas e histórias de homossexuais. Isto só faz com que afundem cada vez mais. Pela mesma razão não os chame de ex-homossexuais. São pessoas inteiras em Cristo. São cristãos.
 
 
 
18.3 POSTURA E ATITUDES DO CONSELHEIRO
a) Determinar os alvos do aconselhamento (quantas semanas ou meses, quantas vezes por semana, o tempo de cada encontro etc);
b) Instilar uma esperança real. O perdão de Deus é uma realidade, mas há que se lutar contra os antigos hábitos e as tentações (1Coríntios 10:13 - 1Pedro 1:14 e 15 – Filipenses 4:6 a 9 – Romanos 12:1 e 2);
c) Transmitir conhecimento da questão (ler muito sobre o assunto – Provérbios 4:7);
d) Ser leal e saber guardar confidências. Só nos casos em que outros estão correndo riscos de integridade física, moral e espiritual é que alguns segredos podem ser compartilhados e isso não deve ser feito sem que o aconselhando saiba;
e) Proteger o aconselhando de constrangimentos. Há crentes que usam a desculpa do “é só para eu orar mais especificamente” para contar o que ouviram para outras pessoas, sem pensar nas conseqüências para o indivíduo que está precisando de ajuda;
f) Sempre falar a verdade, mas não somente falar a verdade: saber falar a verdade no momento certo e da maneira certa, mesmo quando houver dor (Provérbios 27:5 e
g) Na década de 1990 foram vendidas 25 milhões de caixas de Prozac. Alguns psicanalistas afirmam que isso é uma forma nociva de se evitar o enfrentamento da angústia e da dor que, via de regra, cura o indivíduo. Infelizmente, muitas pessoas não gostam de falar a verdade e outras tantas não gostam de ouvi-la;
h) Procurar estar presente sempre que necessário evitando, entretanto, envolvimento afetivo/sexual (isso pode acontecer tanto com o aconselhando como com o conselheiro) ou manipulação emocional por parte do aconselhando. Alguns pastores e conselheiros, independentemente do sexo, já caíram por não vigiarem nessa área e se acharem imbatíveis;
i) Saber dar espaço para o aconselhando expressar o que sente e quem ele é, pois só assim o conselheiro conhecerá a pessoa na intimidade e o trabalho será mais produtivo;
j) Saber ouvir para discernir as necessidades do aconselhando (Tiago 1:19);
k) Procurar escutar as coisas que escapam à razão, ou seja, aquilo que a pessoa não fala, o que está nas entrelinhas. Lembrar-se que observar as expressões corporal e facial também é muito importante no aconselhamento;
l) Evitar tomar decisões pelo aconselhando, pois, se alguma coisa sair errado, você poderá ser acusado depois;
m) Quando se fizer necessário, encaminhar o aconselhando a um profissional (de preferência cristão, que creia na Bíblia como revelação de Deus e autoridade final em todas as coisas);
 n) Informar-se sobre as relações familiares da pessoa e, se for necessário, envolver a família no aconselhamento (o aconselhando pode ser o depositário das patologias da família);
o) Sempre incentivar o crescimento espiritual e emocional do aconselhando, através da meditação bíblica e oração diárias. Muitos dos que não se firmam e têm constantes recaídas não têm vida devocional disciplinada e os que, geralmente, estão de pé e vivem uma vida de transformação diária são os que têm comunhão diária com Deus e sua palavra;
p) Enfatizar a necessidade de perdão para si e para as pessoas implicadas no problema desde a infância (Mateus 5:24);
q) Informar-se sobre possíveis pactos religiosos e orar especificamente;
r) O conselheiro deve orar e jejuar regularmente pelas pessoas a quem aconselha (Ezequiel 22:30 e Mateus 17:21). O conselheiro também precisa de um conselheiro de confiança com quem possa compartilhar o peso espiritual e emocional. Isso o ajudará a se retroalimentar espiritualmente (Provérbios 17:17, 18:24, 27:12 e 27:17). “...mas as palavras das pessoas corretas salvam os que estão em perigo.” (Provérbios 12:6); “...mas as palavras do sábio podem curar.” (Provérbios 13:18);

19 QUANDO ALGUÉM QUE VOCÊ AMA SE DECLARA HOMOSSEXUAL
Primeiro caso: Susana e Carina eram boas amigas há anos. Não era segredo que por causa da sua relação íntima, Carina e seu esposo estavam tendo problemas no seu casamento. Um dia quando as duas estavam almoçando juntas, Carina admitiu que tinha algo que precisava confessar, algo importante. Susana sentiu a apreensão na voz de sua amiga: Um divórcio, pensava ela, está se divorciando! Carina suspirou fundo e começou: É tão difícil ter que dizer isso a você, mas tenho que dizer. Não posso continuar a fingir. Só não quero que isso venha a influenciar a nossa amizade – você é como irmã para mim. Susana estendeu sua mão para Carina – O que é, Carina – é o seu casamento? Seja o que for, você pode me dizer. As lágrimas brotaram nos olhos de Carina – Susana, não é o casamento – isso seria a coisa mais fácil. Sou homossexual.
Segundo caso: Quando passou pelo quarto do seu filho, ela reparou num papelzinho branco pregado na porta. Um recado de Marcos. Ela sabia que havia algo errado. Levou o papel para a cozinha, sentou-se e começou a ler. Queridos pais, já que vocês sabem que sou homossexual, resolvi que seria melhor eu sair de casa. Sei como vocês se sentem e não quero piorar a coisa. Por enquanto ficarei com uns amigos. Com certeza tenho que desistir de pensar em ir à universidade agora. Por favor, tratem de não se preocupar comigo. Vou vencer de alguma forma. Lamento muito ter desapontado vocês. Fiquei triste com aquela briga da outra noite. Não queria que vocês descobrissem assim. Porém, acho melhor que vocês saibam. Mais do que nada, sinto muito que vocês não entendam o meu caso. Eu me comunicarei com vocês. Com amor, Marcos. Ela deixou de lado o papel – será que isso realmente está acontecendo? Pensou ela – parece tão estranho. Somente há alguns dias atrás tudo parecia normal. Então tive de ser eu a descobrir suas revistas pornográficas e aquelas cartas! Fui eu que tive que enfrentá-lo e forçá-lo a me dizer a verdade. Por que eu disse ao seu pai? E agora? Ela pensou para si mesma – será que poderemos ter uma vida normal?
Quase ninguém está preparado para descobrir que alguém de sua intimidade é homossexual. A confissão da homossexualidade pode vir de um filho, de uma filha, esposo, esposa, ou amigo íntimo, mas a reação é quase sempre a mesma: - O que eu digo a ele agora? Como é que eu posso ajudar? Será que tenho parte da culpa desta situação?
O impacto de descobrir que alguém na sua vida íntima é homossexual pode ser quase tão grande quanto o da morte. De repente suas esperanças e seus desejos para o futuro daquela pessoa são capazes de nunca serem realizados. Muitas vezes surgem emoções típicas de uma pessoa em luto. Primeiro vem o choque e a tendência de negar, seguido por um jato de vergonha, fúria e lágrimas. Podem resultar a depressão e sintomas físicos de pressão arterial. Quase sempre há tremendos sentimentos de culpa homossexuais. Onde eu errei? Isso é especialmente comum com pais e cônjuges de homossexuais. Ressentimento e fúria podem resultar na amargura. Como você podia fazer uma coisa dessas comigo? Se a pessoa continua com falta de perdão, a intensa dor da tristeza, passará quanto a sua intensidade, especialmente se você der a sua angústia a Deus confiando nele para ajudar.
O propósito deste texto é ajudar os amigos e às famílias de homossexuais a lidarem com suas próprias reações à homossexualidade e a responderem aos homossexuais de uma forma positiva e cristã.
Primeiro, existe esperança para você, além de considerar a necessidade daquele que você ama que é homossexual. Deus deseja ajudar você a lidar com a situação. Deus não quer ver você vencido por frustração e desespero. Temos as promessas de Deus. Aplique estas a sua situação. Deus nos diz que se nós nos humilharmos e nos esforçarmos em obediência, seja como for a situação que tivermos que enfrentar, Ele nos dará o poder de fazer o que é certo. Ele promete nos dar sabedoria se pedirmos. Ele promete conformar e fortalecer-nos no momento de nossa necessidade. Ele promete que sua graça é suficiente para ajudar-nos a enfrentar qualquer circunstância. A sua graça também nos dá a fé necessária para entregarmos aquele que nós amamos às mãos tão capazes e poderosas de Deus. Deus pode nos dar a paciência para esperar nele até que Ele opere na vida daquela pessoa. Ele pode nos dar a capacidade de perdoar e de demonstrar o amor àqueles que têm nos causado dor e vergonha. Deus pode nos ajudar a ver as circunstâncias da perspectiva dele. Então veremos que tudo é possível com Deus. “Todas as coisas”, inclui a libertação da homossexualidade! Veremos que existe esperança!
Agora vamos ao segundo ponto: Há uma maneira de sair da homossexualidade, para aquele que quer sair. Mesmo que a homossexualidade seja condenada através das Escrituras, como é condenado todo o pecado, existe também um exemplo nas Escrituras de homossexual libertado desta condição (1Coríntios 6:9-11). Lembre-se quando Deus requer que mudemos o nosso estilo de vida para podermos obedece-lo, Ele também dá o poder para possibilitar esta transformação. Isto é verdade tanto quanto para o homossexual quanto para a prostituta, o viciado em drogas e todos aqueles que necessitam de Jesus!
Embora seu amigo ou parente esteja envolvido na homossexualidade agora, isso não quer dizer que ele sempre vá continuar assim. Muitos homens e mulheres pelo mundo inteiro têm sido e estão sendo libertados deste problema. Deus não tem favoritos. Aquele que você tanto ama também pode ser liberto – mas o processo talvez leve mais de um dia. O Espírito de Deus tem que ser aquele que opera na vida da pessoa. Sua única esperança, portanto, é no poder de um Deus ilimitado.
Coisas que você pode fazer: Pode ser difícil controlar as suas reações emocionais. Isso é especialmente difícil quando houver um confronto. Ainda que as reações emocionais façam parte de nossa humanidade, devemos nos esforçar para que elas não fiquem descontroladas. Na sua fúria, não peque. Limite a sua primeira reação para diminuir as dificuldades no seu relacionamento com a pessoa homossexual. Se já houve um confronto desagradável, pode lutar por uma reconciliação.
Perdoe, alivie a sua fúria, vergonha e mágoa com o perdão. Isso impede o crescimento das raízes da amargura e abrace o caminho para a cura de suas próprias emoções bem como a reconciliação na sua relação com a pessoa homossexual. Além de perdoar aqueles que lhe têm causado mágoa, peça para Deus perdoar você por qualquer coisa no seu passado que pudesse ter contribuído para esta situação. Uma vez perdoado por Deus, não permaneça mais tempo na prisão dos sentimentos de culpa e de condenação. Marque no seu calendário a data em que recebeu o perdão de Deus. Quando os sentimentos de culpa ou de condenação começarem a surgir dentro de você, olhe aquela data no seu calendário. Lembre a si mesmo e também a Satanás que naquele dia você sabe que Deus o perdoou pelos erros passados.
Busque a perspectiva de Deus. Ajuste a sua atitude com a Palavra de Deus. Não é o fim do mundo ter entre seus amigos ou familiares uma pessoa homossexual. A homossexualidade é pecado, mas não é o pior pecado. Não é incurável. Pois Deus também não odeia os homossexuais. Na realidade Ele os ama e quer redimi-los. Ele vê sua necessidade de amor, aceitação e identidade, e deseja ardentemente suprir estas necessidades. Jesus não condenou a prostituta, o traidor, a adúltera, o ladrão e nem o homicida. Pelo contrário, ofereceu a eles outra oportunidade de vida. Jesus mostrou a eles uma maneira de serem aceitáveis a Deus. Ele oferece esta mesma nova vida hoje ao homossexual. Como antes foi mencionado, todas as coisas são possíveis com Deus, inclusive a libertação da homossexualidade. Há exemplos na Bíblia, de homossexuais que foram transformados pelo poder de Deus. Reparta esta esperança com seu amigo ou famílias de homossexual.
Mantenha abertas as linhas de comunicação. Seja sensato naquilo que você comunica ao homossexual. Nossas palavras podem construir ou destruir. Não faça de cada visita ou conversa um sermão sobre o pecado. Evite as discussões – seja bom ouvinte. Os homossexuais precisam saber que eles pelo menos podem falar com você, especialmente quando está sofrendo. Ore por muita sabedoria na sua comunicação dos critérios de Deus. Estimule o homossexual a ver Jesus de maneira positiva, como uma pessoa que o ama, que se preocupa com as necessidades e quer ajudá-lo.
Demonstre amor e aceitação. Às vezes, precisa haver firmeza no nosso amor. O crente não pode se desviar dos critérios de Deus e concordar com o pecado. É imperativo, porém que o homossexual entenda que a desaprovação do comportamento pecaminoso dele não constitui uma rejeição dele mesmo. Para permanecermos firmes na Palavra de Deus, às vezes temos que ser muito claros quanto a nossa posição. Em algumas situações isso pode ser não somente necessário, mas também doloroso. Portanto, ainda podemos demonstrar o amor de muitas maneiras práticas. Esteja disposto a falar e também ouvir. Não tenha medo de tocar na pessoa e nem de abraçar. Não exclua a pessoa de sua vida e atividade. O homossexual é capaz de se ressentir da sua posição quanto a este pecado e, talvez, de se isolar ou de se afastar de você. Você, porém, não tem que virar as costas para ele, pois você pode constituir um vínculo importante entre esta pessoa e Deus, agora ou no futuro. Continue firme, portanto, no seu testemunho. Permaneça firme na Palavra de Deus, mas ame também a pessoa homossexual.
Confie esta pessoa às mãos de Deus. Um dos mais difíceis passos é este de confiar aquele que você ama às mãos de Deus. Largue a pessoa, pois você não pode salvá-la. Você não pode impedi-la de seguir esta vida de pecado. Você não controla a vida dela – é Deus que controla! Confie em Deus para chamar a pessoa através de seu Espírito. Confie nele para proteger a vida da pessoa. O desejo de Deus é livrá-lo do pecado e da decepção. Lembre-se de que Ele ama esta pessoa muito mais do que você.
Ore, jejue e espere. Você pode e deve orar! Você pode jejuar. A oração junto com o jejum é uma poderosa arma espiritual. A situação vai requerer muita oração e jejum. Será que não vale a pena, porém, um sacrifício tão grande por causa de um amigo ou de um parente amado? Jesus sabia que a oração e o jejum traziam resultados e Ele praticava estas coisas. Seus discípulos também praticavam. Vemos através da Bíblia que homens e mulheres, quando enfrentavam circunstâncias difíceis, oravam e jejuavam. Deus muitas vezes respondia de formas milagrosas (Isaías 58 sobre o propósito do jejum).
Ainda que Deus sempre ouça as nossas orações, Ele quase nunca responde quando e como nós queremos. Queremos ver nosso amado livre agora! A hora de Deus, porém, é perfeita. Seus meios são perfeitos. Dentre todas as coisas que você faz, espere em Deus até que Ele opere na vida daquele que você ama. Use este período de espera como oportunidade para fortalecer a fé e confiança em Deus. Ele ouve você. Ele vai ajudar você!
Se você está achando muito difícil lidar com uma pessoa por causa da sua homossexualidade, precisa examinar a sua própria atitude e endireitá-la. Ter dificuldade em saber lidar com a homossexualidade é uma coisa; reagir com hostilidade, violência é outra. Esta última reação é pecado. Chama-se homofobia – um medo ou uma hostilidade irracional para com os homossexuais. Homofobia é uma reação defensiva que muitas vezes disfarça insegurança ou temor a respeito da própria identidade sexual da pessoa que a tem. Homofobia só serve de impedimento ao seu testemunho. Deus pode livrá-lo desta atitude pecaminosa e de quaisquer outros temores e inseguranças. Se você suspeitar que alguém entre seus amigos ou parentes esteja envolvido na homossexualidade (ou qualquer outro tipo de imoralidade), faça o máximo esforço para não ficar zangado e para não entrar em estado de pânico. Ao contrário, enfrente a pessoa (em amor firme e honestamente) com aquilo que você suspeita. Não acuse! Esteja preparado para ouvir mentiras para encobrir a atitude de quebrantamento. Lembre-se também de que a pessoa pode realmente ser inocente. Quando você se encontra numa situação deste tipo, procure aconselhamento cristão para si mesmo e, se possível, para aquele que você ama. Acima de tudo, espere em Cristo, sabendo a verdade do seguinte versículo (Romanos 8:28).
Sobre comportamento homossexual: Levítico 18:22; Levítico 20:13; Romanos 1:20-32; 1Coríntios 6:9-11; 1Timóteo 1:9-10. Sobre imoralidade sexual: 1Coríntios 6:13-20; Romanos 6:12,13; Gálatas 5:19-21; Colossenses 3,4-6; Tessalonicenses 4:3-8. Sobre esperança: Romanos 7:13-24; Romanos 8:1-3; 1Coríntios 6:9-11; 2Coríntios 5:17; Efésios 2:1-10; Hebreus 12:5-17; 2Pedro 1:3-11; 1João 1:9; 2Timóteo 4:18; Judas 17-25.
O que você pode fazer quando alguém que você conhece e ama diz a você que está envolvido na homossexualidade? Alguém que você ama abre o jogo e declara que é homossexual. E agora?
Algo para o qual a grande maioria das pessoas está despreparada é a descoberta de que alguém de seu convívio é homossexual. Caso a confissão venha de um filho ou filha, marido, esposa ou amigo íntimo, a reação freqüentemente é a mesma: “O que eu digo agora?” “Como posso ajudar?” e às vezes “Será que tenho culpa disto?”.
Este texto foi escrito como resposta às centenas de cartas, telefonemas e encontros com pessoas que estão nesta situação. Foi preparado com o intuito de ajudar pessoas não envolvidas com a homossexualidade a saber lidar com suas reações para com os que estão envolvidos, e também lidar com suas próprias reações à homossexualidade. Também visa servir de encorajamento a cristãos interessados em ministrar a homossexuais.
Talvez a forma mais traumática que alguém venha a enfrentar a questão da homossexualidade é descobrí-la na vida de alguém de seu convívio e afeto. No entanto isto é algo que ocorre  com certa freqüência hoje em dia: o filho de idade universitária que revela aos pais estar envolvido com outro rapaz; o empresário casado pai de filhos que confessa à sua esposa estar secretamente envolvido na homossexualidade há vários anos. Cada situação deste tipo é única, porém há sempre algo em comum: a pessoa ou pessoas que ouvem esta confissão tem que enfrentar algumas escolhas de como irão reagir àquela pessoa que fez a confissão. Preparamos algumas sugestões sobre como reagir nestas situações, levando também em consideração a sensação de confusão e surpresa que acompanham estas revelações, que em geral transforma-se em fardos insuportáveis nestas ocasiões.
Primeiro, mantenha-se o mais calmo possível. A descoberta da homossexualidade de alguém íntimo em geral libera uma reação emocional de pânico que faz com que a pessoa pense que isto é o fim do mundo. Não é. Quando isto ocorre, o melhor é pensar na seguinte questão: “O que esta pessoa precisa receber de mim neste momento?” O momento em que a pessoa abre seu coração não é a hora adequada para você focalizar atenção em seus próprios medos e inseguranças. Você terá muito tempo para pensar nisto mais tarde.
Segundo, expresse aceitação. Não rejeite a pessoa que está fazendo a confissão. Este é o momento de sua vida em que ela mais necessita do teu amor e aceitação. Talvez você esteja sentindo-se totalmente arrasado – como se aquela pessoa amada e conhecida subitamente se transformasse em um monstro desconhecido. Fique calmo, não foi o que aconteceu. Naquele momento, reafirme o teu amor por aquela pessoa, procurando demonstrar toda a aceitação e graça que você conseguir expressar (é necessário oração neste momento). Naquele momento a última coisa que aquela pessoa precisa é rejeição ou um sermão raivoso.
Terceiro, ame incondicionalmente. Você deve estar pensando, “Mas a homossexualidade não é pecado? Eu não preciso dizer o quão errado esta prática é?” Sim, mas isto vem mais tarde. No momento você deve dirigir todas as suas energias no sentido de amar tal pessoa incondicionalmente. Isto, na maioria das vezes, não ocorrerá naturalmente, portanto você deverá buscar ajuda de Deus e receber da Sua força neste sentido.
Quarto, confronte em amor. A maioria das pessoas tendem a colocar este passo em primeiro lugar, substituindo a palavra “raiva” por “amor”. É por isto que enfatizamos tanto a necessidade de primeiramente afirmar nosso amor e aceitação pela pessoa que revela sua homossexualidade. Mas a verdade é que a homossexualidade é contrária à Palavra de Deus. É pecado, e resulta nos efeitos destrutivos do pecado sobre a vida da pessoa e daqueles ao seu redor. Após ter comunicado claramente seu amor e aceitação pela pessoa, de forma que saiba que você não irá retirar o seu apoio, você está pronto para compartilhar sua opinião a respeito. Isto é especialmente verdadeiro caso a pessoa em questão seja cristã. Isto deve ser feito de forma amorosa e gentil, sem ficar “dando na cabeça dela” com a Palavra de Deus.
Quinto, comunique esperança de mudança. Juntamente com a confrontação em amor, você precisa apresentar uma alternativa ao estilo de vida homossexual, que é o amor de Jesus Cristo e Seu poder para redimir e recriar o indivíduo. Neste momento é bom ter algo concreto para oferecer àquela pessoa: fitas que possam ouvir,o telefone de uma pessoa cristã que já tenha passado pela homossexualidade, ou uma brochura ou folheto de algum ministério para pessoas com problemas nesta área.
Sexto, faça parte de uma cobertura de apoio. A revelação inicial e suas reações são apenas o começo do processo. Aquela pessoa vai necessitar de amor e apoio constantes e consistentes. O mundo homossexual é repleto de mudanças, instabilidades, promessas e relacionamentos rompidos. Você pode prontificar-se a ouvir, a oferecer um local de conforto, segurança e integridade que o mundo de pecado não pode oferecer. Algumas coisas práticas que você pode fazer: diga àquela pessoa, verbalmente, que você a ama, e demonstre o fato escrevendo cartas, ligando ocasionalmente, convidando-a para jantar.
Seu primeiro encontro com o tema da homossexualidade pode resultar em algumas reações confusas e estressantes em sua vida. Não se sinta culpado por ter os seus próprios problemas. A maioria das pessoas realmente têm dificuldades em lidar com a confissão de homossexualidade por parte de alguém que amam. No entanto, há alguns princípios que podem ajudá-lo a lidar com suas reações nestas situações. Em primeiro lugar, não encare o problema de forma pessoal. Esta é uma reação muito comum. Às vezes uma pessoa homossexual pode vir a confessar seu passado com intenção de feri-lo ou culpá-lo por sua condição atual. Mas nem sempre este é o motivo da confissão – em geral tal pessoa se abre com você com o intuito de aproximar-se. Seja qual for a motivação, procure considerar a homossexualidade daquela pessoa como se fosse uma outra revelação. Não a considere como algo com a intenção de feri-lo, ofendê-lo, incriminá-lo ou envergonhá-lo de qualquer forma que seja. Esta reação de “tomar o problema pessoalmente” é especialmente comum a pais e cônjuges de pessoas que confessam sua homossexualidade. Tais pessoas são particularmente vulneráveis, pois algumas de suas ações podem de alguma forma ter tido alguma influência nesta situação. No entanto, a homossexualidade é uma condição com causas tão profundas e extensas que dificilmente um só indivíduo pode ser responsabilizado por fazer com que alguém se torne homossexual. É importante que isto fique bem claro em sua mente. Você não é culpado pela homossexualidade daquela pessoa que você ama.
Um resultado quase inevitável a partir da revelação da homossexualidade de alguém do seu convívio é o fato de que tal revelação pode fazer com que você passe a questionar a sua própria identidade sexual. A maioria das pessoas tem uma série de temores a respeito de sua sexualidade, e estes medos provavelmente virão à tona nesta ocasião. Muitos irão perguntar a si mesmo, “Será que eu tenho tendências homossexuais?” Um problema comum que encontramos no aconselhamento é o medo irracional da homossexualidade, conhecido como homofobia. Para muitos, o medo de uma determinada coisa é maior que a coisa propriamente dita, e alguns chegam a envolver-se em práticas homossexuais a fim de livrarem-se do medo de serem homossexuais. Características comum de uma pessoa homofóbica: são predominantemente heterossexuais em seus pensamentos, sonhos e desejos, porém podem ter tido algumas atrações homossexuais ou experiências negativas com o sexo oposto. Talvez tenham tido alguns encontros com parceiros do mesmo sexo, os quais podem ter produzido memórias e fantasias persistentes. Apesar disso, a condição homossexual refere-se a uma preferência sexual permanente por pessoas do mesmo sexo. Outro aspecto da reação homofóbica, tão comum quanto o questionamento da própria sexualidade, é a reação de repulsa, nojo e medo. É a partir deste tipo de reação que surgem os termos pejorativos como “bicha”, “veado”, “pervertido”, “boiola” e “sapatão”.  Alguns, ao descobrir a homossexualidade de alguém de sua intimidade, ficam até mesmo fisicamente doentes. Tais sintomas emocionais e físicos bastante violentos são reações comuns à homossexualidade. No entanto, uma mensagem que muitos cristãos apresentam relutância em aceitar é que não é aceitável permitir que as atitudes por trás destes sentimentos continuem sendo parte de suas vidas, influenciando a maneira como tratam aqueles envolvidos na homossexualidade.
É impressionante como alguns cristãos que acreditam totalmente no tratamento de alcoólatras, prostitutas e até mesmo assassinos com o amor de Cristo podem ver dois homossexuais passando pela rua e exclamarem, “Veja só aquelas bichas!” E o que é ainda mais impressionante é que tais cristãos sentem-se completamente justificados em ter tal atitude! No entanto, este tipo de atitude para com o homossexual não é agradável a Deus. Nosso Senhor julga e condena os atos e o estilo de vida homossexual, porém Cristo jamais tratou qualquer pessoa pega em pecado sexual de forma tão degradante. Considere como Jesus tratou a mulher samaritana junto ao poço, e a mulher apanhada em adultério (João capítulo 4 e 8). Enquanto que os fariseus – homens religiosos daquela época – tratavam tais pessoas com desprezo, Jesus as perdoou. Apesar de Jesus ter confrontado tais pessoas quanto a seus pecados, e de forma alguma ter sido conivente com os mesmos, Ele estava mais interessado em suprir as verdadeiras necessidades de seus corações e libertá-las para que pudessem viver de forma produtiva e satisfatória.  Esta é a atitude que devemos assumir ao ministrar àqueles com lutas homossexuais. Caso você não tenha esta atitude, e esteja carregado de sentimentos de medo de repulsa, seja honesto consigo mesmo e com Deus! Leve estes sentimentos ao Senhor em oração, pedindo a Ele que mude o seu coração. Ele o fará, embora possa levar algum tempo. Tenha paciência consigo mesmo e persista em oração, e você verá mudanças.
Alguns – porém não todos – experimentam a revelação da homossexualidade de alguém de sua intimidade como algo traumático e devastador. As razões pelas quais algumas pessoas são tão fortemente atingidas enquanto outras não o são, não são totalmente claras. Para alguns esta é uma experiência que pode causar um impacto tão grande (ou maior) do que o impacto causado pela morte de um ente querido. De fato, algumas pessoas nesta situação passam por todas as etapas típicas do luto; a sensação de perda pode assumir tais proporções. E é exatamente isto que dá início ao processo de “luto”:  a percepção de que algo ou alguém de grande valor foi irremediavelmente perdido de alguma forma, talvez para sempre. Para ajudá-lo a lidar com estas emoções, aqui está uma rápida descrição de cada etapa do processo de “luto”.
Primeiro, o choque, negação e incredulidade. Quando desesperadamente desejamos que algo não seja verdade, podemos subconscientemente nos recusar a aceitar tal fato. Algumas pessoas podem vir a minimizar a confissão de homossexualidade de um ente querido: “Não é um problema tão grave assim. Com o tempo isto desaparece. Vamos esquecer este assunto e nunca mais falar a respeito. Deve ser somente uma fase”. Ou até mesmo, “Ele realmente não é homossexual”.
Segundo, a descarga emocional. Assim que a realidade da questão fica evidente, no entanto, a pessoa pode experimentar crises de choro e fortes sensações emocionais. A melhor maneira de enfrentar esta crise é permitir-se sentir tais emoções, e também expressá-las, evitando, no entanto, descarregá-las sobre a pessoa que fez a revelação. Você pode dizer a tal pessoa como você está se sentindo, porém sem gritar com elas, ou acusá-las, durante uma reação de choro e frustração.
Terceiro, a depressão e isolamento. Estes sintomas são praticamente auto-explicativos, e são geralmente acompanhados por uma dose de auto-piedade pela “perda”, o que pode levar a sentimentos e comportamento de isolamento de outras pessoas.
Quarto, sintomas físicos e nervosismo. Estes sintomas podem deixar a pessoa bastante perplexa, variam de fortes dores de cabeça a dores no peito, náusea e dificuldade de respiração. Uma mulher queixou-se por sentir que seus “dentes estavam coçando”, uma outra passou um ano com a sensação de ter engolido uma pedra. Mas você não vai morrer – estes sentimentos são assim mesmo!
Quinto, pânico. Quando você não consegue pensar em mais nada além daquela perda e experimenta muita dificuldade para concentrar-se, você está no estágio do “pânico”. Ao ficar sabendo da homossexualidade de seu filho, uma mãe ficava “ouvindo” a palavra “homossexual” em sua cabeça como se fosse um disco riscado.
Sexto, sensação de culpa. Basicamente, é neste estágio que você começa a repensar nos contatos anteriores com aquela pessoa e pensa, “Onde é que eu errei? De que forma falhei com ela?” Isto não leva a nada, a não ser que você acrescente, “O que posso fazer agora?”
Sétimo, raiva e ressentimento. “Como é que ele se atreve a fazer isto comigo?” Esta tristeza nos atinge depois que a tristeza inicial diminui. Em realidade é sinal de que estamos começando a superar os primeiros estágios do processo. Em geral, quando alguém que está enfermo começa e melhorar após uma longa enfermidade, esta pessoa começa a reclamar logo que começa a sentir-se melhor. Isto significa que ela já está em processo de recuperação. Isto pode ser um bom sinal, desde que tal pessoa não fique remoendo o problema e torne-se amargurada. Coloque o problema para fora e continue com sua vida!
Oitavo, resistência para voltar ao normal. Esta é a ponte onde você percebe que “a vida continua e eu devo continuar também”. No entanto, muitos hesitam em deixar o problema para trás e continuar com suas vidas. A tristeza da perda funcionava como um “cobertor”, uma forma de segurança. Não é fácil abandoná-la.
Nono, surge a esperança. Um certo dia você se dá conta de que está sentindo-se melhor. Em geral isto acontece após vários dias durante os quais você não tenha sentido a presença daquela dor constante. Também pode ser que talvez você tenha estado tão ocupado com outras coisas que não tenha tido tempo para dar vazão à dor de sua perda. Mas este é o sinal vital: o seu foco agora é externo e não interno. O problema ainda existe, porém aquela dor pessoal já foi.
Décimo, luta para afirmar a realidade.  Nesta etapa a sua vida já voltou ao normal – na maior parte das áreas. De vez em quando, no entanto, você é tomado por memórias e sentimentos a respeito do problema. No caso da homossexualidade, a pessoa em questão provavelmente ainda está por perto, dentro do seu convívio, e ocasionalmente pode haver crises com as quais você terá que aprender a lidar. Mas já não é mais como era no início. As coisas nesta fase atingiram um nível mais racional. Nesta altura dos acontecimentos você já superou (graças a Deus!) boa parte do problema.
Para compreender o que é o “liberar” uma pessoa amada, temos que primeiramente entender como Deus é e qual é a essência de Sua relação conosco. Da mesma forma como Ele age conosco, devemos agir (na medida do possível) com aqueles queridos a nós. A “libertação” de um ente querido não significa que o abandonamos ou que passamos a negligenciar nossas responsabilidades em relação àquela pessoa. Porém, significa que teremos que abrir mão de nossa expectativa quanto àquela pessoa. Você não pode exigir que tal pessoa realize os seus sonhos para com ela. Significa ainda que você abre mão de “receber qualquer pagamento” por parte daquela pessoa por qualquer coisa que você tenha feito para ela. Também significa perder o direito de uma tranqüilidade ininterrupta. E às vezes significa abrir mão de nossos direitos de “respeitabilidade”. Talvez você tenha que enfrentar comentários indesejáveis por parte de outras pessoas. Mas o mais importante e o mais difícil, é que “liberar” um ente querido significa que tal ente querido enfrente dor, tragédia e até mesmo a morte, e permitir que tal pessoa aceite as conseqüências de suas próprias ações.
 
19.1   DEUS PODE USAR VOCÊ
As experiências pelas quais você está passando não serão desperdiçadas. Deus dá grande valor naquela resistência que é aprendida através do sofrimento. No Velho Testamento, Moisés e José estão entre aqueles que experimentaram grande sofrimento, e as epístolas do Novo Testamento deixam pouca dúvida sobre as dificuldades e sofrimentos experimentados pelo apóstolo Paulo. A primeira carta do apóstolo Paulo descreve o valor do sofrimento: “...embora (...) sejais contristados por várias provações, para que o valor da vossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo. “Ninguém está melhor preparado para ministrar em uma determinada área do que aquele que passou por aquela luta. Caso você continue aberto para Deus e esteja disposto a ser usado por Ele, você provavelmente encontrará muitas oportunidades para “confortar com o mesmo conforto que você recebeu de Deus”.
Em realidade, o gozo proveniente ao ministrar àqueles que estão passando pelas mesmas aflições pode ser o maior instrumento de Deus para trazer cura à sua própria vida!
 
 
20 CUIDADO COM AS CIRCUNSTÂNCIAS
 

Nem sempre as circunstâncias são saudáveis. Você não pode agir sempre de acordo com as circunstâncias. Às vezes, elas ajudam, simplificam e facilitam sua ação. Outras vezes, elas atrapalham, dificultam e confundem tudo. Veja o exemplo de Saul, quando, “forçado pelas circunstâncias”, fez o que não deveria fazer (1Samuel 13:12). Exatamente aí começou a sua decadência, que terminou em derrota total e suicídio.
Cuidado, muito cuidado com as circunstâncias. Há circunstâncias que favorecem o erro, o pecado, a tragédia. Que tornam o erro fácil demais. Que quase obrigam o roubo, a calúnia, o adultério, o crime. Há circunstâncias que atrapalham o raciocínio e servem de desculpas que não diminuem a culpa de ninguém.
Há homossexuais que são homossexuais por causa de circunstâncias, que vêm, às vezes, da infância. Algum acontecimento histórico facilita e pretende impor uma opção sexual contrária à natureza. Também é possível que esse transtorno aconteça por causa de algum mal congênito ou por causa de alguma sedução. São circunstâncias que precisam ser entendidas como circunstâncias e não como causas determinantes, às quais não se pode oferecer resistência.
Aprenda a fazer separação entre as circunstâncias saudáveis e as circunstâncias demolidoras do caráter e da paz de espírito. Cuidado, muito cuidado, com as circunstâncias que destroem!
 
 

21 EM BUSCA DA PESSOA CERTA
O que um homem procura em outro homem? Tenho feito esta pergunta a muitos homossexuais masculinos em muitas situações, e as respostas tem sido surpreendentemente semelhantes.  “O que você buscava quando você começou uma relação homossexual?” Suas respostas? Força, geralmente emocional, segurança, aceitação, compreensão, sensibilidade, conforto, amizade, companheirismo, identidade, sentido de complementação. Outra coisa surpreendente em suas respostas era a ausência de uma palavra específica – sexo. Parece que a maioria dos homens estavam tentando encontrar  necessidades de relacionamento, e sexo era incorporado apenas como uma forma de atender a outras necessidades.
Uma questão de necessidades: Você pode notar pela lista acima que homossexuais começam relacionamentos com outros homens para tentar atender a certas necessidades básicas. Elas podem ser englobadas em duas necessidades humanas essenciais - a necessidade por um sentido de identidade (valor, significado, competência, amor próprio) e a necessidade de amor (segurança, afeto, amizade, companheirismo).
É interessante também, que enquanto todos os homens têm ambas as necessidades, alguns homens trabalham com mais afinco para satisfazer a necessidade por um sentido de amor incondicional e segurança, enquanto que outros lutam desesperadamente para estabelecer um sentido de identificação e amor-próprio.
Tudo desemboca na necessidade. Estas não são necessidades homossexuais em si, mas necessidades humanas. Todos os humanos têm essas necessidades e todas as pessoas trabalham para terem essas necessidades satisfeitas, de uma forma ou de outra. Deus criou essas necessidades, então não há nada de errado em tê-las, ou em tentar satisfazê-las. A questão é: “O que realmente satisfará essas necessidades básicas?”.
A grande diferença: Embora tenha havido grande disseminação de informação no assunto da homossexualidade, ainda é surpreendente quão poucas pessoas reconhecem a diferença entre orientação homossexual e comportamento homossexual. Até mesmo alguns homossexuais colocam os dois juntos, pensando que não há diferença entre o que são e o que fazem. Essa falta de compreensão é refletida no pensamento comum que homossexuais têm sobre Deus. O pensamento é algo como: Deus odeia a homossexualidade. Eu sou um homossexual, portanto, Deus me odeia.
A maioria dos homens entenderiam que isso é patentemente falso, mas essa resposta é geralmente mais emocional do que intelectual. Infelizmente, alguns cristãos têm dado aos homossexuais essa idéia através de sua rejeição aos homossexuais. Felizmente, o amor de Deus não é determinado pelas ações das pessoas. Deus ama os homossexuais, a despeito do que alguns cristãos pensam ou fazem.
Há uma diferença, contudo, entre orientação e comportamento. Uma pessoa não pode controlar sua orientação (e desejos que resultam disso), já que ela não escolheu ter a orientação. Mas o homem pode escolher se ele irá se engajar em atividades homossexuais ou não, já que aquela atividade está sob o direto controle de sua vontade.  
Deus nos ama. A maioria das pessoas não discutem isso. Mas quando as pessoas ouvem sobre como Deus nos ordenou a viver, alguns têm dúvidas sobre a bondade de Deus. Porque Deus nos proibiu de termos certas atividades? Será que Ele, arbitrariamente, declarou algumas ações como sendo boas e outras maléficas? Porque Deus proíbe participação no comportamento homossexual?
Se você perguntar a um psicólogo ou psiquiatra se roubar, mentir, matar e praticar adultério são atividades benéficas para um ser humano, quase todos dir-lhe-ão que a pessoa se corrompe quando faz estas coisas. Simplesmente não é saudável para uma pessoa fazer o que lhe agrada (o que quer que seja).
Por que Deus nos ama, Ele nos diz quais comportamentos nos beneficiam e quais nos prejudicam. Deus não é arbitrário em seus mandamentos. Ele apenas nos proíbe de fazer o que nos prejudica. Se você examinar cuidadosamente os mandamentos de Deus, você verá que Deus só tem nos instruído a fazer aquelas coisas que são para nosso bem, e proíbe aquelas que nos destroem.
Assim, se Deus proíbe alguma forma de atividade sexual é porque Ele nos ama e sabe que aquele comportamento nos prejudicará. Nós podemos não entender por que é prejudicial para nós, mas o infinito, regente amado Deus sabe o que Ele está fazendo, e se Ele diz que uma atividade é prejudicial, nós temos que aceitar Sua palavra sobre a situação. Deus não é um desmancha-prazer. Ele apenas nos comanda a não fazer o que nos destruirá. É por isso que Deus diz “Não”. 
Alguns homossexuais acham que Deus está implicando com eles e sendo injusto quando proíbe atividades homossexuais. Mas Deus não está sendo imparcial no seu tratamento aos homossexuais. O que Deus proíbe nos campos da fantasia, prazer ou fornicação, Ele proíbe para todas as pessoas, hetero ou homossexualmente orientadas.
Se um homem de tendência heterossexual comete fornicação com uma mulher, ele não pode usar sua tendência ou desejos como desculpa para seu comportamento. Ele não pode dizer: “Bem, você sabe, eu tinha que ir para a cama com ela, porque sou um heterossexual”. O mesmo aplicar-se-à ao homem de tendência homossexual. Então, o que Deus proíbe para um, Ele proíbe para todos. Ele não está discriminando. Ele não está marcando os homossexuais.
“Se Deus me ama, mas proíbe envolvimento em conduta homossexual, então devo satisfazer minhas necessidades? Devo não satisfazer minha necessidade de amor pelo resto de minha vida para que eu possa conhecer a Deus? Isso não me parece um bom negócio”.
A resposta à essa questão tem duas partes principais: 1) A necessidade de amor, identidade, amor-próprio, segurança, etc., são necessidades humanas básicas, não apenas necessidades homossexuais. Todas as pessoas têm essas necessidades, e desde que Deus nos criou com essas necessidades, Ele também forneceu um meio de satisfazê-las – num relacionamento com Ele. Nós não fomos feitos para termos nossas necessidades básicas satisfeitas num relacionamento com um ser humano, quer seja homem ou mulher. Deus quer satisfazer estas necessidades, e Ele bem pode fazer isto. A razão pela qual a maioria das pessoas vivem com suas necessidades insatisfeitas é porque elas não conhecem a Deus, e não estão deixando-O satisfazer essas necessidades. Deus é capaz de satisfazer nossas necessidades. 2) Muitos homossexuais dizem que eles nunca poderiam ser felizes num relacionamento heterossexual. Essa afirmação presupõe que ou não existe Deus, ou que Deus não é capaz de preencher as necessidades de Suas criaturas. Muitos homens cristãos com tendências homossexuais testemunham que é possível ter um casamento heterossexual completo com a ajuda de Deus. Isso certamente não significa que a vida deles esteja livre de problemas, mas que estão pelo menos tendo suas necessidades básicas satisfeitas dentro da abrangência dos mandamentos de Deus.
Alguns cristãos com tendências homossexuais optam por permanecerem solteiros, mas isso é um assunto de escolha individual. De qualquer forma, a questão é que Deus pode satisfazer às necessidades de uma pessoa, e não é necessário engajar-se em atividades que Deus proibiu para tentar satisfazer essas necessidades.
O primeiro passo para satisfazer suas necessidades básicas é estabelecer uma relação com Deus. Todos nós rebelamos contra Deus e merecemos ser separados Dele. Mas Deus, em Seu grande amor por nós, tornou-se um homem em Jesus Cristo, morreu por nós para o sacrifício de nossos pecados, levantou dos mortos, e nos forneceu uma maneira de restaurar o relacionamento com Ele que nós somos designados a ter. Você pode ter essa graça do relacionamento com Deus (o que a Bíblia chama de “vida eterna”), se você satisfazer essas condições: 1) Reconheça que você se rebelou contra Deus. “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Romanos 3:23)”. 2)Deixe seu estilo de vida egoísta. “Arrependa-se para o perdão de seus pecados (Atos 2:38)”. 3) Determine-se a viver da maneira que Deus lhe ordena viver – amando a Deus, e ao próximo como a ti mesmo. “Ame o Senhor seu Deus, e ame seu próximo como a ti mesmo (Marcos 12:30,31)”. 4) Peça perdão de Deus por seus pecados. “Se confessarmos nosso pecados, Ele é fiel e justo para perdoar-nos pelos nossos pecados (1João 1:9)”. 5) Deixe de governar sua própria vida e deixe Jesus ser seu mestre. “Se você confessar com sua boca que Jesus é o Senhor, e acreditar em seu coração que Deus o fez ressuscitar dos mortos, você será salvo (Romanos 10:9,10)”.
O que você tem procurado? Depois de entregar sua vida a Deus, e tornar-se Seu filho, Ele pode atender suas necessidades básicas: Ele será sua rocha e força em tempo de problema (Salmo 18:1-3), Ele o ama incondicionalmente, nunca lhe desamparará e sempre lhe ajudará (João 3:16; Hebreus 13:5; Mateus 6:25-34), Você será completamente aceito por Deus (Romanos 15:7), Deus é o “Deus de todo conforto” para seus filhos (2Coríntios 1:3), Jesus chama Seus filhos de seus amigos (João 15:13-15), Você será completo (Coríntios 2:10). Jesus é sua “pessoa certa” e através dEle você pode encontrar o que você tem buscado em sua vida. Jesus é a pessoa certa.
 
 
22 A MALDIÇÃO DOS RELACIONAMENTOS DEPENDENTES
Desde a queda do homem, nossa segurança interna tem sido corrompida pelo pecado e separação de Deus. A resultante culpa e alienação continua a oprimir-nos hoje em nossa incapacidade de desenvolver relacionamentos apropriados. Um motivo fundamental para desenvolver relacionamentos com os outros, homens e mulheres, homossexuais e heterossexuais, pode ser um desejo de manter uma segurança interna, base esta que faz com que os relacionamentos sejam abalados. Este desejo de segurança se sustenta na nossa necessidade de aprovação e aceitação, além da necessidade de ser um indivíduo livre. Entramos em relações de dependência com a esperança de que elas supram a necessidade de auto-estima e auto-aceitação. Não estou sugerindo que nos tornemos solitários e independentes. Em Cristo nós somos um e somos interdependentes. O problema do qual trato aqui é o de projetar em outra pessoa nossa necessidade de segurança. Motivos egoístas são a base.
Na essência, quando fazemos outra pessoa responsável por nossa segurança, estamos dizendo: “Quero sua vida para que eu possa viver”. Isso cria obstáculos nas relações já que o resultado só poder ser a possessividade, que cancela a liberdade que é a base para o verdadeiro amor divino. Colocamos nossas expectativas na outra pessoa do relacionamento, e descobrimos depois que a outra pessoa está fazendo a mesma coisa. É como duas pessoas que estão se afogando e tentam usar uma a outra para subir à superfície. É um círculo viciado marcado por um conflito constante. Os elementos destrutivos nesses relacionamentos são a amargura, raiva, e ódio que surgem quando a profunda necessidade de segurança não é encontrada. A situação é resolvida quando soltamos a relação de dependência quando achamos algo realmente seguro: o real Salvador, Jesus Cristo.
Dependência de relacionamentos homossexuais: Dependência é exatamente o fator que faz com que os relacionamentos homossexuais acabem. Algumas pessoas argumentarão que alguns relacionamentos homossexuais realmente funcionam, mas eu digo que amantes homossexuais, permanecem juntos não como resultado de realização, mas ao contrário, de um mútuo temor de ficar só. Esta é uma característica de todas as relações de dependência, não somente a de homossexuais. Uma outra característica é que nós decidimos para o outro, comprometemos nossos valores pessoais e forçamos a outra pessoa a fazer o mesmo, tudo para a manutenção da segurança pessoal. No meu relacionamento com meu ex-amante, eu comprometi meus valores normais e minha expressão pessoal para manter minha segurança. Eu era vazio e passivo na forma em que eu me relacionava com ele, falhando em expressar meus verdadeiros sentimentos. Eu não era real. Toda vez que eu me esforçava para ser real, o relacionamento começava a se abalar. Eu me sentia culpado e temeroso, por baixo e dominado. Eu me sentia só, quando eu não estava seguro comigo mesmo. Deprimido e ansioso, eu sabia que eu tinha de seguir em frente, mas eu tinha medo de deixar minha fachada de segurança.
Dentro desse relacionamento pseudo-seguro, eu me sentia frustrado. Eu tentava fazer essa outra pessoa se abrir, mas nada do que ele fazia era suficiente para mim. Quando nos tornamos sexualmente envolvidos, não posso dizer que isso me dava alguma coisa e apenas criava maior lascívia. Eu nunca podia ter abraços e cumprimentos suficientes. Eu queria mais, quanto mais, melhor. Eu nunca podia aceitar o que já estava lá. Eu me tornei zangado e amargo com relação ao meu ex-amante, mas escondia profundamente meus sentimentos. Por fora, eu era  sorrisos. Próximo do fim de nosso relacionamento, meu desapontamento e ressentimento começaram a afetar minha saúde emocional. Eu comecei a encarar o fato de que iria ficar vazio para o resto de minha vida. Não importava com quem eu estivesse, eles iriam consumir minha vida, e eu faria a mesma coisa com eles.
O domínio da morte: Este tipo de relacionamento é comumente chamado de “domínio da morte”. O que ele faz é destruir as personalidades dos envolvidos porque cada um coloca imposições ao outro. Se cada lado falha em manter as condições, o relacionamento corre risco. Relacionamentos dependentes “encaixotam” as pessoas. Não há liberdade para crescer ou ser único, diferente. A identidade pessoa se torna crescentemente tumultuada. Estes são relacionamentos de amor-ódio nos quais participantes são mutuamente oprimidos. Cada um fixa padrões no outro, que nunca são devidamente cumpridos, ou que custam caro quando o são. Cada um se vê melhor do que o outro.
Escravidão do eu: Quanto mais eu avançava na minha relação de dependência, mais eu me tornava escravo das minhas próprias necessidades. Eu estava me perdendo através dos meus esforços para preservar minha própria vida. Eu nunca poderia escapar do fato de minha insegurança começava com meus pecados e separação de Deus. A primeira coisa que eu, pessoa, faço quando separado de Deus é buscar um substituto, o que eu encontrava nos relacionamentos homossexuais. É uma futilidade preencher meu vazio interior com qualquer outra coisa que não seja Deus. Desde que eu me voltei ao Senhor, aprendi a ter minhas necessidades de segurança preenchidas em Deus tenho ganho vitória sobre meu comportamento de dependência.
Passos para uma solução: Ao deixar meu ex-amante para voltar-me para o Senhor, aprendi alguns passos para resolver relações de dependência. O primeiro passo é determinar se seu amor-próprio e auto-aceitação são baseados nas atitudes do outro em relação a você. Se isso for verdade, você sentirá que tanto a culpa quanto a condenação contribuem no seu fracasso em atender às expectativas do outro. Pode também haver frustração e sentimentos de raiva e amargura dirigidos à outra pessoa porque a necessidade de segurança não foi atendida.
O próximo passo é examinar nossa relação com os outros. Às vezes falhamos em ser honestos sobre o que estamos sentindo, carecendo de firmeza e cedendo à passividade. Temos que entender que essa passividade é, às vezes, uma capa para esconder sentimentos negativos, e podem ser consideradas como uma forma de mentira, decepção e manipulação. Se podemos encarar o fato de que nossas necessidades de segurança mais profundas não serão atendidas por meio de nenhum meio humano, então arrependimento e compromisso com Cristo trarão para os problemas de segurança. Ele é o único que pode nos salvar de nossa solidão e sentimento de alienação.
Se temos Cristo em quem confiar, descobrimos que deixar a outra pessoa, enquanto doloroso, será ungido pela força e a graça de Deus. Nossa capacidade de ser honesto e, franco, decidido com a outra pessoa não estará na dependência da reação delas, mas no amor e aceitação de Deus. Relacionamentos errados chegarão a um impasse e aqueles estremecidos experimentarão a reconciliação. Nossos relacionamentos com os outros tornam-se  criativos ao invés de destrutivos quando aceitamos o amor e perdão que recebemos de Deus. “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro (1João 4:19)”. O elemento destrutivo num relacionamento dependente é fazer outra pessoa responsável pela maneira que sentimos sobre nós mesmos. Só Jesus de bom grado aceitou a pena por nossos pecados, aliviando nossa insegurança. Somente Ele é o caminho para a profunda e absoluta segurança no Pai.
“E meu Deus suprirá todas as necessidades de acordo com Sua riqueza e glória em Cristo Jesus (Filipenses 4:19)”.         
 

22.1 SUPERANDO A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
Muitos deixam a homossexualidade, porém deparam-se com a dependência emocional. O que fazer? Saiba do que se trata, e como enfrentá-la. Dependência emocional é um estado no qual uma pessoa sente-se totalmente dependente de outra pessoa, para que possa sentir-se segura ou possa “funcionar” adequadamente. “Quando acredito que a presença e atenção constante de outra pessoa são necessárias para meu bem estar e minha segurança pessoal” (Lori Rentzel).
A dependência emocional ocorre quando eu freqüentemente sinto ciúmes, sou possessivo e tenho desejos de exclusividade com a pessoa em questão, quando considero outras pessoas como ameaças a meu relacionamento com a pessoa em questão, quando prefiro passar tempo a sós somente com a pessoa, sentindo-me bastante frustrado quando isto não acontece, quando fico irracionalmente irritado ou depressivo quando a pessoa em questão  afasta-se um pouco de mim, mesmo que seja por pouco tempo, quando perco interesse por outras amizades e relacionamentos, quando desenvolvo fantasias românticas ou sexuais, quando fico preocupado com a aparência, personalidade, problemas ou interesses da pessoa, quando não consigo fazer planos a curto prazo ou longo prazo que esta pessoa não está incluída, quando não consigo ver os defeitos dela de forma realista, quando demonstro afeição física inapropriada em uma amizade, quando comporto-me com ela de forma que seja constrangedora a outras pessoas presentes, quando sempre falo sobre outra pessoa, e até mesmo sinto a liberdade de falar por ela. (Obs: não há nada de intrinsicamente errado com amizades profundas e intensas entre duas pessoas do mesmo sexo. Ver exemplos de Davi/Jônatas, Jesus/João).
Uma amizade sadia existe entre duas pessoas quando este relacionamento expressa: liberdade e generosidade, são capazes de compartilhar suas amizades, apesar de ocasionais sentimentos passageiros de ciúmes, relacionamento desenvolvido a longo prazo, baseado em experiências comuns, crescimento mútuo e confiança, que não existe apenas a busca de satisfação de suas próprias necessidades, pelo contrário, cada parte demonstra desejar promover o crescimento da outra, e ajudá-la a atingir seus objetivos, mesmo que isto implique na perda ou distanciamento daquela amizade, interesses externos, e não apenas relacionados à amizade entre as partes, ou seja, existem interesses e assuntos externos mútuos, e não somente atividades relacionadas à amizade, não estar constantemente preocupadas ou “ocupadas” uma com a outra, estar fundamentada nos pontos fortes de cada um, e não apenas nos pontos fracos, intimidade, porém que permite a ambas as partes ficarem à vontade quando participando de atividades com outras pessoas ao mesmo tempo.
A dependência emocional é mantida pela manipulação: envolvimento financeiro, comunicação “romântica” e presentes constantes, roupas semelhantes, carência excessiva, uso de culpa e condenação, uso de ameaças, boicote dos relacionamentos da outra pessoa com terceiros, provocação de insegurança na outra pessoa, abuso do tempo da pessoa em questão.
A dependência emocional tem suas raízes, em rejeição real ou “imaginária”, por parte de pessoas significativas em minha vida, necessidade não satisfeita de amor e aprovação por pessoas do mesmo sexo, rejeição de minha própria identidade sexual, baixa auto-estima, fracasso ou recusa em aceitar maturidade nos relacionamentos, falta de confiança nas pessoas e necessidade de ter o controle nas mãos, solidão e insegurança, raiva e amargura para com o sexo oposto, rebelião.
Dependência emocional – como abandoná-la? Comece fazendo um compromisso em ser honesto: com você mesmo, com Deus, com pessoas de sua confiança, renuncie à idolatria inerente à dependência emocional, estabeleça limites relacionais e pessoais, cultive outros relacionamentos e procure suprir necessidades de outras pessoas, prepare-se para enfrentar a tristeza da “perda” e até mesmo depressão, comece a lidar com as raízes do problema, tenha paciência, você será liberto da dependência emocional.
A vida após a dependência emocional exige relacionamento mais profundo com Deus, amor saudável por mim mesmo, liberdade para amar ao próximo e liberdade para ministrar ao próximo.                   
 
 
23 HOMOSSEXUAIS PODEM MUDAR
“Ex-homossexual” é um termo que sempre traz uma resposta. Para a maioria da comunidade homossexual não passa de uma grande mentira. Eles negam que seja possível tornar-se um heterossexual. É sua crença que “ex-homossexual” é um termo fraudulento. Muitos vêm com o ponto de vista de que nasce com uma orientação homossexual e que não se pode mudar. Eles freqüentemente equiparam a orientação homossexual como ser mudo ou ter determinada cor de pele.
Outros que não são tão hostis crêem que os ex-homossexuais estão simplesmente absorvidos numa fantasia. Eles pensam que um dia “aquele que se achava ex-homossexual” voltará a realidade e se dará conta de que ainda é um homossexual, como toda vida foi. Cada vez que um ex-homossexual cai de volta no pecado homossexual, o crítico cético só tem isto como prova de sua posição que o ex-homossexual estava vivendo num estado de euforia, e que simplesmente passou por uma lavagem cerebral e que finalmente voltou a si.
Entendendo o termo: qual é o significado deste termo que muitas pessoas estão usando para anunciar que suas vidas têm mudado? Para começar a entender o significado de “ex-homossexual” podemos correlacioná-lo com o processo de santificação de Cristo em 2Coríntios 1:10. “Ele no salvou e nos salvará desses terríveis perigos de morte. E nós temos posto nele a nossa esperança, na certeza de que ele continuará a nos livrar”. O ex-homossexual sabe que algo definitivo ocorreu na sua vida. A mudança chegou. Talvez a mudança mais importante seja o fato de que ele concorda com Deus que a homossexualidade é um padrão pecaminoso de comportamento moral. As atitudes também começam a modificar-se de tal forma, que o que uma vez se chamava de “amor”, agora se percebe como luxúria. O ex-homossexual pode estar de acordo com Paulo, aonde o ex-homossexual está livre do pecado pela expiação e pelo sangue de Jesus Cristo na Cruz. Deus agora vê esta pessoa através do sacrifício de Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, a mudança também é um processo de crescimento que se efetua dia após dia, até minuto após minuto.
O que dizer a respeito da tentação? Tornar-se ex-homossexual não garante que nunca mais haverá tropeços. Diariamente, cada cristão precisa ser liberto dos pensamentos tentadores e da disponibilidade sexual. Ele sabe que Jesus pode livrá-lo destas coisas, porque Cristo já deu início ao processo de mudança na sua vida. Quando uma pessoa já viu a mão de Deus operando na sua vida, é fácil confiar em Deus e depender dEle na hora dos problemas.
O futuro: “Eu ainda serei liberto”. O ex-homossexual vê que suas reações homossexuais vão diminuindo e tem a esperança concisa de que ele será completamente livre algum dia no futuro. No entanto, em nenhum lugar da Bíblia se promete que a pessoa chegará a um lugar onde jamais voltará a ser tentado. De fato, as Escrituras prometem o oposto: o cristão tem que encarar uma vida de provas e tentações. Devemos nos regozijar nas provas, porque edificam a maturidade cristã. O ex-homossexual que entra em tentação também se regozija, porque tem visto que Deus pode livrá-lo e sabe que cada vez Deus provê uma forma de resistir à tentação: isto fortalece sua fé.
Nossa meta: Não tentamos fazer dos homossexuais, heterossexuais. Melhor, nós tentamos mudar a identidade da pessoa, a mentira que a pessoa crê a respeito de si própria. Não é bíblico usar nosso passado pecaminoso como se fosse a identidade dada por Deus. Encorajamos àquele que se percebia como homossexual a que pare de catalogar-se como tal. No entanto, não lhe pedimos que seja desonesto quanto a sua luta com a homossexualidade. Ele é um cristão que tem um problema homossexual, em vez de ser um homossexual que crê em Jesus Cristo. É nossa esperança que a pessoa que está lutando com a homossexualidade, chegue a um lugar de estar inteiro em Cristo. De uma posição forte, aí poderá decidir se quer casar-se ou permanecer solteiro. Esperamos que cada pessoa guarde sua mente aberta sobre o casamento até que tenha chegado a este lugar de maturidade no qual ela poderá prosperar numa situação matrimonial de forma apropriada, se Deus assim o guiar.
Na verdade, o que vemos? Uma parte importante do processo de mudança é o “princípio de crer”. Jesus disse em Marcos 11:24, “Por isso eu digo: quando orarem e pedirem alguma coisa, creiam que já receberam, e assim tudo será dado a vocês”. Encorajamos às pessoas que alegremente têm convidado a Cristo, nos seus corações, para que tenham um espírito positivo a respeito de Cristo e esperem que mudanças ocorram.  Salientamos que Cristo opera diariamente, aliás, minuto após minuto. Uma sensibilidade deve ser desenvolvida para que se possa ver o que Ele está fazendo. Ele não nos tem abandonado, mas diariamente nos limpa. Se for desejo do seu coração casar-se e ter uma família, Cristo seguramente poderá  tornar isto possível. Temos visto isto ocorrer vez após vez. É a incredulidade que atrapalha, desanima e nos deixa sem esperança. A incredulidade pára de forma muito eficiente este processo de mudança, e detém o Espírito Santo quando Ele tenta alcançar-nos para trazer importantes mensagens que podem mudar nossas vidas, veja (2Coríntios 5:17).
“Ex-homossexual”: Por que será que este termo é tão ameaçador para as comunidades homossexuais? Implica no fato de que uma pessoa permanece homossexual por opção. Assim que a pessoa homossexual não precisa continuar neste estilo de vida. É mais fácil crer que não há saída, do que contemplar os rigores do processo de mudança. Que ninguém se engane pensando que deixar o estilo de homossexual seja fácil. É extremamente difícil.  É somente quando nos rendemos totalmente e dizemos, “Senhor, não posso fazer isto só” é que permitimos a Deus a oportunidade de entrar e começar a refazer nossas vidas. O processo é lento e a pessoa homossexual encontra muita guerra espiritual. O inimigo não permite que ninguém se desgarre facilmente de seu controle. De certo, a pessoa ex-homossexual passa pelo fogo.
Como é que nós, que somos ex-homossexuais, suportamos tal catalogação? Primeiro, nunca encontrei alguém realmente entusiasmado com este rótulo. É uma cicatriz nas costas e feridas nas mãos. É uma identidade insuficiente e uma troca muito pobre pela velha identidade de ser homossexual; também, não é válido usar nosso velho pecado para formar nossa identidade. Somos cristãos que fomos homossexuais. Pode ser que sejamos cristãos, ainda que lutemos com a homossexualidade, mas antes de tudo, somos cristãos. Somos propriedade de Jesus Cristo, já não nos pertencemos. Então, para que o rótulo de ex-homossexual? Que propósito cumpre? É nosso testemunho do poder de transformar vidas, que possui Jesus Cristo. É o raio de esperança que a comunidade homossexual pode vislumbrar: que a homossexualidade não é uma condição terminal. Significa: “Há uma saída”.
A mudança é verdadeira: As mudanças que Cristo faz na vida são fatos, não são fraudes nem fantasias. As mudanças continuam desde o momento em que aceitamos Cristo como Senhor da nossa vida até o dia em que O veremos cara a cara. Nunca podemos esperar perfeição nesta vida, mas podemos ter toda razão de esperar por mudanças contínuas que nos levem para mais perto dEle, que nos conforme mais à imagem de Cristo. A idéia de que a pessoa ex-homossexual está clamando ter chegado à perfeição, é uma má compreensão do termo. O que significa “ex-homossexual”? É uma declaração de fato: Eu já não sou o mesmo. Deus me tem mudado, Ele está me mudando e certamente continuará a fazê-lo.
As igrejas têm dificuldade em ministrar aos homossexuais. A dificuldade brota do fato de que a maioria dos cristãos com problemas homossexuais não têm coragem de anunciá-los as suas congregações locais para poder receber ajuda. Não há dúvida de que a homossexualidade é um problema muito urgente que os cristãos evangélicos estão enfrentando. Nos últimos anos, a preocupação virou condenação, medo e ódio.
Frank Worthen, um homem de negócios de São Francisco, lutou quase que a vida toda contra sua homossexualidade flagrante, até que se entregou a Cristo. Agora, mantém um ministério para os homossexuais e fala extensivamente sobre o assunto. Ele diz que encontrou uma única igreja que sabia ministrar aos membros com problemas homossexuais. “Recebemos muitos que se refugiam das igrejas aqui”, diz ele. Na verdade, segundo Worthen, seu ministério recebe mais críticas dos cristãos do que de ativistas homossexuais.
A maior parte do arrependimento que precisa ser feito neste assunto de homossexualidade deve ser dos heterossexuais, inclusive cristãos. O pecado maior da parte da igreja é o da negligência, medo, ódio – a vontade de ignorar completamente estas pessoas”. O fato é que há muitas pessoas experimentando libertação da homossexualidade. As provas são grandes demais para que se possa negá-las. Quando estas pessoas são bem sucedidas, o são apesar de toda a condenação: porque alguém as aceitou primeiro, com pecado e tudo. Um jovem que praticava a homossexualidade falou que ficou feliz quando experimentou pela primeira vez conseguir falar abertamente sobre sua vida homossexual sem medo de rejeição, ele conta que, quando chegou à conclusão de que precisava mudar sua vida, passou a ler sua Bíblia constantemente, tentando entender quem seria  responsável pela mudança: ele ou Deus. (Ele já havia tentado e fracassado – como acontece com muitos – tentando convencer-se de que a Bíblia não condena a homossexualidade). 
Aceitação e amor são duas palavras que aparecem repetidamente em entrevistas com homossexuais e aqueles que lidam com eles. A chave do sucesso, escreveu Pattison, é que estas vidas eram bem vindas como homossexuais. Não eram obrigados a mudar primeiro. Eram encorajados a submeterem suas vidas a Cristo - o que faziam. Depois juntavam-se a pequenos grupos de igreja, onde aprendiam, entre outras coisas o que a Bíblia ensinava.
Todas as pessoas comentaram o fato de que cedo perceberam como eram imaturas psicologicamente e como seus relacionamentos interpessoais eram pobres... Todas comentaram sua surpresa em sentir aceitação, avaliação sem condenação e amor não-erótico de homens e mulheres...  Como resultado, começaram a identificar-se com outros homens cristãos maduros e experimentaram, praticaram relacionamentos não-eróticos com aquelas mulheres cristãs...
Durante este período de amadurecimento psicológico, não lhes foi imposto que parassem de ser homossexuais (quanto a sua orientação). O comportamento homossexual fora definido como imoral e esperava-se que eles não o praticassem. No entanto, sua condição psicológica de homossexualidade era interpretada como um sinal de imaturidade cristã. Esperava-se que eles aprendessem a ser heterossexuais à medida que adquirissem maturidade cristã. E foi o que aconteceu. As pessoas não relataram mudanças imediatas nos seus sonhos, fantasias, impulsos ou orientação homossexuais. Em lugar disto, comentaram um amadurecimento gradual em direção a uma identidade masculina segura e satisfatória, com alto grau de auto-estima...Começaram a experimentar relacionamentos interpessoais com mulheres, que eram satisfatórios e não-ameaçadoras. Como resultado, um aumento constante nos seus sentimentos heterossexuais. Os que se casaram comentaram que seus sonhos, fantasias e impulsos não desapareceram instantaneamente “(diminuíram com o tempo)”.
Numa entrevista, Pattison deu um aviso, caso alguém fique muito otimista quanto à possibilidade de mudança, dizendo: “Estou muito preocupado, pois temos muitos conselheiros cristãos que vão por aí dizendo: Bem, você só precisa orar a respeito disto e será capaz de suprimir seus desejos. Comporte-se de uma forma normal e você será normal. Isto não dá resultado. É o caso de o feitiço virar-se contra o feiticeiro, e isto me preocupa bastante”. Pattison acredita que homossexuais a quem se disse que precisavam convencer-se de que haviam mudado e que possivelmente tenham até se casado para provar esta mudança podem cair do cavalo.
Donald Tweedie, um psicólogo clínico de um subúrbio de Los Angeles é mais otimista que Pattison quanto à mudança, apesar de não acreditar que uma “cura” implique necessariamente numa vida livre de tentação homossexual. Ele explica que muitos de seus pacientes levam vidas conjugais bem-sucedidas. Ele percebe que na homossexualidade existe grande semelhança com o alcoolismo: uma prática que vicia. Muitos outros que tentaram determinar o início ou as raízes da homossexualidade não têm esta percepção, mas concordam que seja algo aprendido consciente ou subconscientemente. (Aqueles que argumentaram ser algo com que a pessoa nasce são definitivamente uma minoria entre os entendidos).
Tweedie previne quanto a possíveis problemas após curas milagrosas reivindicadas em nome de Cristo: “Quando uma pessoa vem a Cristo, tem um novo afeto e muitas de suas tentações parecem ter desaparecido. Normalmente, há uma fase em que perdemos nosso entusiasmo... e neste ponto é que muitas das velhas tentações parecem retornar. Se alguém já testemunhou que foi milagrosamente curado, é-lhe difícil contar às pessoas que está tendo aqueles sentimentos antigos novamente e é, portanto, tentado a negá-los...Encontra-se então de volta àquele comportamento (homossexual) e chega à conclusão de que seu cristianismo não deu certo.
Bárbara Johnson tem um trabalho em Los Angeles para pais de homossexuais. Chama-se “Espátula”, simbolizando o instrumento necessário para “despregar os pais do teto” quando descobrem o problema de seus filhos. Ela tem descoberto, através de uma série de circunstâncias brutais na sua própria vida e seu aconselhamento com outros, que nem sempre há uma resposta imediata. Ela critica cristãos que chama do tipo “dá o nome e reivindica a cura”, que, crêem que para haver uma cura, basta ter fé suficiente. No Natal deste ano (1980), ela distribuiu pequenas pedrinhas aos pais que participavam de sua reunião, dizendo com isto: “Aquele que estiver sem pecado, que jogue a primeira pedra.” Isto é para lembrar aos pais de que precisam aceitar a homossexualidade de seus filhos como pecado, apesar de um pecado não-comum, e trabalhar a partir disto; a maioria das pessoas que tentam superar a homossexualidade fracassam, visto que a promiscuidade está tão perto e a tão fácil alcance. Mesmo assim, ela está profundamente convencida de que é possível vencer isto e se oferece como exemplo. Ela pôs fim ao seu estilo de vida homossexual em 1973, quando se converteu a Cristo, mas o difícil caminho para vencê-lo, quase levou-a ao suicídio, tão severos foram seus obstáculos. Tenho visto toda sorte de gente sair de um estilo de vida homossexual para desenvolver uma resposta heterossexual. Não quero dizer que isto seja fácil. Requer um compromisso sério com o Senhor Jesus. Tem que realmente perder sua vida para salvá-la. Muitas pessoas não se dão conta disto.
Por outro lado, duvidar da credibilidade quanto à mudança homossexual vem a ser a tendência de homossexuais transformados que saem correndo para estruturarem ministérios próprios.  Muitos fracassam. Este ministério é muito humilhante. Há pessoas que tropeçam sexualmente (o que dá muita munição poderosa para os ativistas homossexuais). Portanto, não devem entrar neste ministério a não ser que Deus as tenha chamado. Há os que criam confiança em si e não em Cristo. Ficam orgulhosos e pensam que superaram tudo. Alguns desses ministérios têm como base os egos das pessoas, que vão adiante de Deus; pessoas que não foram chamadas a ministrarem, mas que querem fazê-lo. Além disso, muitos desses ministérios são ignorados pelas igrejas em termos de oração e sustento financeiro. Isso contribui para seu alto índice de mortalidade. O ministério cristão para homossexuais requer nervos e perseverança. Os homossexuais que tem alcançado êxito ao deixar as práticas homossexuais através de Cristo, podem ajudar a salvar a vida de seus filhos. A mudança de um modo de vida homossexual é mais provável se os cristãos heterossexuais não os assustarem. Isto deve ser algo de grande satisfação para a maioria dos evangélicos, que está assustada com a propaganda dos ativistas homossexuais. Os que lidam com homossexuais num contexto cristão conhecem de primeira mão pessoas cujas vidas foram transformadas pelo poder do Espírito Santo, mesmo quando isto se deu através de longo processo psicoterapêutico. No entanto, a maioria destas pessoas não está querendo falar do assunto. E a última coisa que querem que seus amigos e filhos saibam: que eram homossexuais. Talvez seja a hora de algumas dessas pessoas aparecerem e contarem suas experiências: qual a esperança que há nelas e qual a graça que as transformou.
O tratamento de áreas de domínio de nossas vidas exige o reconhecimento de que não posso superá-las por mim mesmo. Em geral os israelitas respondiam a Deus com um sonoro “Sim, faremos isto!”, no entanto, geralmente ele voltavam às suas velhas práticas pecaminosas. Muitas pessoas procuram nossos ministérios ao perceberem que não poderão encontrar vitória em sua luta isoladamente. No entanto, chegar a tal percepção nem sempre significa que chegaram ao fim de sua auto-suficiência. Em geral tentamos inicialmente mudar a partir de nossos próprios recursos; no entanto, somente o Senhor pode produzir mudança verdadeira, a qual exige nossa entrega e obediência a Ele. A integridade sexual não pode ser obtida sem o poder de Jesus. Muitos tentam mudar através de atitudes legalistas, modificando os padrões carnais externos. No final da carta aos Colossenses Paulo pergunta por que é que nos colocamos novamente sob a lei de “não fazer isto ou aquilo” tendo já morrido com Cristo! O fato é que a modificação de comportamento pela lei não apresenta qualquer valor no sentido de controlar as indulgências da sensualidade (Colossenses 2:23 “as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne”).
Alguns precisam do estabelecimento inicial de alguns limites com relação a comportamentos que viciam; porém, a decisão de mudar meu comportamento é apenas o início de tal processo, e não o alvo principal, ou o final da jornada! Por outro lado, mudança duradoura tem a ver com a disposição do coração e da mente, e não apenas com a modificação do comportamento. Tal mudança (isto é, o não envolvimento em comportamentos que viciam) é apenas uma pré-condição para uma verdadeira mudança. Caso eu utilize comportamento como indicador de vitória, estarei perdendo o verdadeiro foco da questão (Colossenses 3:1-2 “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra”) e estarei caminhando em direção ao fracasso. Caso faça isto, tal mudança estará dependendo de meu desempenho, o qual é dirigido pela carne, e não pelo coração. Nosso processo de mudança geralmente fica mais difícil quando nossos comportamentos pecaminosos começam a ser abandonados. Isto porque à medida em que deixamos de tentar escapar ou fugir de nossas dores emocionais através de nossos vícios, passaremos a vivenciar nosso conflito com intensidade ainda maior. Portanto, neste estágio de nossa luta, somos confrontados com duas opções: retornamos as nossos velhos mecanismos de fuga ou inventamos novos mecanismos, ou encaramos nosso conflito plenamente. Caso escolhamos a última opção, que sem dúvida é a mais difícil, começamos a experimentar a realidade do processo e mudança permanente. Alguns podem achar que os ministérios de ajuda não funcionam para eles por fundamentarem sua mudança somente na modificação de seu comportamento ou desempenho. Assim que conflitos mais profundos vêm à tona, exigindo perseverança de sua parte neste momento do processo, tais pessoas não entendem que é necessário que se entreguem ao Senhorio de Jesus Cristo, e que dependam apenas de Sua força e compreensão. Do contrário, tais pessoas passaram a confiar em sua auto-suficiência e portanto não conseguem prosseguir na longa jornada que faz parte da mudança.
Eu creio que empregamos mal a palavra “cura”. Ser curado de um pequeno corte no dedo é bem diferente de ser curado de um acidente de automóvel. Podemos experimentar cura emocional semelhante à cura de um pequeno corte no dedo, ou seja, um processo relativamente rápido. No entanto, também podemos experimentar a cura emocional como um processo de recuperação semelhante ao que ocorre após um grave trauma físico, como um acidente automobilístico ou algo parecido. Eu procuro limitar o uso da palavra “cura”, pois muitos comparam o processo de mudança como uma recuperação de um pequeno corte no dedo, e não de um trauma severo. Geralmente pequenos cortes sequer deixam cicatrizes, ao contrário dos grandes traumas ligados à homossexualidade.
Muitos indivíduos desejam que seu processo de mudança esteja de acordo com suas expectativas quanto a tempo e definição. Estas pessoas transformaram tal “cura” em seu alvo, e não o fato de estarem submissos a Jesus Cristo. Em geral estas pessoas medem seu grau de mudança pelos tipos de tentações que ainda enfrentam e/ou a presença ou não de atração pelo sexo oposto. De certa forma se esquecem de que enfrentar tentação é algo que todos enfrentamos até o final de nossas vidas! Eu somente comecei a sentir atração  em relação a mulheres após muitos anos; somente depois que Deus tratou de várias outras questões relacionadas a esta em minha vida. Caso eu tivesse escolhido utilizar atração por mulheres e a falta de tentações como medidas de mudança, eu teria deixado o ministério muitos anos atrás. Confiei em Deus no sentido de tratar meu processo de mudança como Ele sabe que deve ser tratado. Meu enfoque está em meu relacionamento com Ele, e não nas circunstâncias temporais do presente. Minha motivação provém do desejo de amor, e não do desejo de provar! Deus tem produzido mudança em minha vida de acordo com o Seu tempo, e não no meu. Esta mudança tem ocorrido com resultado de perseverança e confiança.
Passemos a uma compreensão prognóstica, dentro de cada uma dessas perspectivas (Homossexualidade como possessão demoníaca, como desvio de comportamento e como estilo de vida alternativo), de forma que se possa trabalhar o conceito de tratamento e cura ou resolução. 
Diante do discernimento de que a causa do problema seja espiritual, procede-se a uma solução espiritual. Os demônios possuem personalidades distintas. São espíritos que não possuem corpo e buscam-no para habitar, possuindo personalidade própria, que se manifesta nos sintomas (homossexualidade, por exemplo) que o indivíduo apresenta. Procuram estar perto das pessoas como uma forma de melhor tentar habitá-las. Os demônios são seres racionais. Sabiam (nos relatos bíblicos) quem eram, o que queriam e o que não queriam; comunicavam-se de forma lógica, podendo inclusive manter diálogos com outras pessoas. Os demônios possuem “relação de objeto”; possuem uma relação com a realidade e uma identidade própria – talvez se pudesse até falar numa “estrutura de ego”. No caso de ser a homossexualidade realmente um caso de possessão demoníaca, a cura é instantânea. Com a expulsão de demônios, a pessoa sara imediatamente. Diante da oração, muitas vezes acompanhada de jejum, o demônio é expulso e a pessoa está livre.
No caso de se tratar de um desvio de comportamento, o prognóstico muda consideravelmente e toma variadas formas. A mudança de orientação homossexual para heterossexual é notoriamente difícil.  Essa mudança é considerada possível, mesmo trabalhosa: visto que o comportamento homossexual é “aprendido”, em termos simplistas é uma questão de se “aprender” a ser heterossexual. Aqui a própria literatura científica se divide. Uma parte afirma isto ser impossível; outros afirmam que essa mudança é possível, se o surgimento da orientação homossexual se deu mais tardiamente no desenvolvimento do indivíduo a partir da puberdade. Mas a maioria dos autores que partilham a idéia da possibilidade de mudança, salientam ser preciso que a pessoa esteja muito motivada para tal e disposta a enfrentar um duro e penoso trabalho psicoterapêutico. Dentre esses autores (Collins, 1980), todos são unânimes em afirmar que a graça de Deus e o poder do Espírito  Santo são fundamentais neste processo.
Quanto à terceira perspectiva, não se trata de prognóstico e, muito menos, de cura. Esta última posição sustenta que já que é impossível mudar (acaso pode o etíope mudar sua pele ou o leopardo as suas manchas?), porque não ser homossexual e cristão? Defendem a posição de que um homossexual que pratica uma relação de fidelidade com seu parceiro não está em pecado e, portanto, não se trata de mudar. (Visto que entre cristãos que querem mudar, em geral querem-no motivados por uma conscientização de que a vida homossexual sofre a condenação bíblica – apesar de esta não ser a única motivação). Neste caso, as pessoas homossexuais que procurassem ajuda psicoterapêutica não deveriam ser encaradas como pessoas possuidoras de um desvio   de comportamento e sim, deveriam  procurar ajustar-se ou viver melhor com seus parceiros.
 

24 APELAÇÃO CIENTÍFICA
Todavia, a obstinação dos militantes não se confina apenas a deturpar a História e a lei de Deus, mas também a ciência – do ponto de vista experimental. É por isso que o Dr. Vern L. Bullough, defensor do movimento homossexual e da pedofilia, afirma: "A política e a ciência andam de mãos dadas. No final é o ativismo homossexual que determina o que os pesquisadores dizem sobre os homossexuais". Porém, ainda que conseguissem provar algum dia que a homossexualidade é causada por algum fator na natureza, isso não quer dizer que somos obrigados a aceitá-lo. Sinclair Rogers, que foi homossexual por muitos anos até entregar sua vida a Jesus Cristo, diz: "Certamente, as pessoas não escolhem desenvolver sentimentos homossexuais. Mas isso não significa que quando alguém nasce, já está pré-programado para ser homossexual para sempre. Não somos robôs biológicos. E não podemos ignorar as influências ambientais e nossa reação a essas influências (...) A natureza produz muitas condições por influência biológica, tais como depressão, desordens obsessivas, diabetes... Mas não consideramos esses problemas ‘normais’ só porque ocorrem ‘naturalmente’ (...) A Biologia pode influenciar, mas não justifica automaticamente a possível conseqüência de todo comportamento. E também não elimina nossa responsabilidade pessoal, vontade, consciência ou nossa capacidade de escolher controlarmos ou ser controlados por nossas fraquezas."
Pesquisas tentando mostrar causas-efeitos biológicos ou genéticos para a homossexualidade existem há quase um século. Mas o fato é que, ao longo dos anos, nenhuma pesquisa jamais provou uma base orgânica para a homossexualidade. O ativista homossexual Dennis Altman faz uma observação acerca de um estudo do Instituto Kinsey: "Eles estão impressionados com os consideráveis esforços de biólogos, endocrinologistas, e fisiologistas em provar esse fundamento; estou mais impressionado com a incapacidade de tantos anos de pesquisa resultarem em nada além de meras ‘sugestões’".
Os ativistas homossexuais declaram que a homossexualidade é natural. Os grupos homossexuais e todas as pesquisas modernas que defendem a conduta homossexual se baseiam direta ou indiretamente no Relatório Kinsey de 1948, o qual afirma que 10% da população são exclusivamente homossexuais. No entanto, dois excelentes livros escritos pela Dra. Judith Reisman revelam não só a metodologia fraudulenta de Kinsey, mas também o envolvimento dele com estupradores de crianças. Wardell Pomeroy, co-autor do Relatório Kinsey, conta a reação de Kinsey à preocupação (que Kinsey chamava de histeria) da sociedade com o grave problema de adultos que têm relações sexuais com crianças da família: "Kinsey zombava da idéia... [Kinsey] afirmou, com relação ao abuso sexual de crianças, que a criança sofre mais danos com a histeria dos adultos [do que com o próprio estupro]". Os grupos de ativistas homossexuais no mundo inteiro estão trabalhando para abaixar ou abolir as leis de idade de consentimento sexual a fim de "liberar" as crianças das restrições sociais. Isso, na verdade, passa a inocentar o criminoso. Infelizmente essa conspiração resultou, em 1992 na Holanda, na legalização do relacionamento hetero (entre sexos diferentes) e homossexual de adultos com crianças a partir dos 12 anos. Nos EUA, a maior responsável por esta luta é a Associação Norte-Americana de Amor entre Homens e Meninos (NAMBLA).
 

24.1 PESQUISAS CIENTÍFICAS
Dentro de cada uma de nossas células trazemos o DNA, o código de instruções para a fabricação de um ser humano. Cada molécula de DNA é composta de 46 cromossomos, metade herdada de nossos pais, metade de nossas mães. O que determina se um embrião vai nascer homem ou mulher são os cromossomos sexuais. Mulheres trazem no seu código genético dois cromossomos "X", enquanto que homens têm um "X" e um "Y".
Mas nem sempre é simples assim. Veja o caso da americana Jan Johnson. Ela tem 42 anos, saúde perfeita, adora jogar vôlei. Jan tem rosto de mulher e corpo de mulher, inclusive os órgãos sexuais. Mas geneticamente ela é homem. Tem um cromossomo "X" e um "Y". Ela admite que sofre muito com o estigma de sua condição genética. Ninguém é perfeito, diz Jan, mas não é fácil falar de algo tão íntimo na televisão.
Quando era pequena, Jan não fazia idéia de que era geneticamente homem. Ela conta que jamais se sentiu diferente na infância. Era uma menina normal, que gostava de brincar de bonecas com as amigas. Mas, quando chegou à faculdade, Jan notou que havia algo diferente. Aos 19 anos, ainda não tinha menstruado. Jan conta que era doloroso se sentir diferente das outras meninas. Ao procurar o serviço médico da universidade, descobriu-se: Jan tinha cromossomos "X", "Y". Deveria ter nascido homem. Mas o que aconteceu? A resposta está no cromossomo masculino, o "Y". À primeira vista, a principal diferença entre o cromossomo masculino "Y" e o feminino, o "X", é que o "Y" é muito menor. Ele contém apenas 60 genes. O "X", feminino, carrega três mil genes.
O geneticista Peter Goodfellow conhece a fundo o cromossomo "Y". Foi ele quem descobriu que um único gene é responsável pela formação da genitália masculina. Ou seja: para se fazer um ser humano, são necessários cerca de 30 mil genes. Mas para se fazer um homem, basta um único gene, chamado SRY. O gene SRY é como uma chave, que liga e desliga. Até seis semanas de gestação, o embrião não tem sexo definido. Depois de seis semanas, se o gene SRY for ativado, começa a produção dos órgãos sexuais masculinos.
O que aconteceu no caso de Jan Johnson é que o gene SRY dela jamais foi ligado. Com isso, ela não desenvolveu os testículos, órgãos responsáveis pela produção da testosterona, o hormônio que dá ao corpo as características masculinas essenciais. Ao descobrir que era geneticamente homem, Jan ficou sabendo ainda que era estéril. Jamais poderia ter filhos, porque não tinha útero, nem ovários. Ela ficou tão traumatizada que, na época, preferiu não contar a verdade para o namorado e futuro marido, Peter. Ela conta que apenas explicou que jamais poderia ter filhos, mas não entrou em detalhes. A única pessoa com quem compartilhou o segredo foi a professora de anatomia Kris Blodget. A professora lembra que tentou consolar Jan, lembrando o quanto ela era feminina e que isso era o que realmente importava.
Mas Jan diz que foi devastador saber que era homem, principalmente porque ela e o marido jamais conseguiram chegar a um acordo quanto a adotar uma criança. Hoje, 25 anos depois, as duas amigas estão se revendo pela primeira vez. A emoção do reencontro mostra o quanto foi importante para Jan contar com o apoio da professora.
Segundo o geneticista John Burn, da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, a compreensão de casos como o de Jan Johnson é algo recente e tem um impacto profundo para a ciência e para a humanidade. O principal motivo: como você viu, Jan deveria ter nascido homem, mas não desenvolveu órgãos sexuais masculinos por um defeito no gene SRY. Como ela tem genitália feminina, isso é prova de que, até seis semanas de gestação, todo ser humano é fêmea.
É como se o sexo feminino fosse o gênero padrão da humanidade. Portanto, simbolicamente, é o contrário do que diz a Bíblia: não foi Eva que nasceu da costela de Adão, e sim, o oposto. O homem é uma forma adaptada da mulher.
Os homossexuais “nascem assim” ? Isso realmente importa? Ativistas homossexuais freqüentemente afirmam que nasceram homossexuais e que sua orientação sexual é semelhante a algo como cor dos olhos ou ser canhoto. Troy Perry, homossexual assumido, fundador da Igreja Comunitária Metropolitana Homossexual, declara a respeito de sua própria homossexualidade: “eu simplesmente nasci assim”. Em outras palavras, muitos homossexuais afirmam que suas preferências sexuais são inevitáveis e imutáveis devido aos fatores biológicos e, portanto, o estilo de vida homossexual seria algo que a sociedade deveria aceitar como normal. Nos dias atuais, quase dois terços dos homossexuais aparentemente não acreditam ter “nascido assim”. Se a maioria dos homossexuais não acredita que “nasceu assim”, por que a maioria dos heterossexuais deve acreditar nessa afirmação?
De qualquer maneira, se um homossexual realmente nasceu homossexual, o argumento apresentado é que a sociedade não pode esperar que ele pare com o seu comportamento ou se converta à heterossexualidade. Não é justo esperar que uma pessoa mude o que ela é biologicamente. Isso quer dizer que a homossexualidade é um comportamento normal e até moral para o homossexual.
Pense na força do argumento. Se uma pessoa é homossexual por uma condição biológica inata, então só poderá corrigir sua homossexualidade se puder encontrar alguma maneira de alterar sua natureza biológica. Mas até hoje não há evidência alguma de que tal alteração física tão profunda seja possível. Como resultado, o homossexual fica sem qualquer esperança de mudança.
As implicações desse ponto de vista são que todos os aspectos da sociedade, incluindo a educação, a religião, e a lei devem mudar, já que o homossexual não pode mudar. O determinismo biológico afeta não somente nossa atitude geral para com a homossexualidade, mas também nossa abordagem de aconselhamento e tratamento – eles são inúteis, já que a mudança é impossível.
A partir desse ponto, o argumento logicamente ruma para a legalização dos atos homossexuais. Eles não somente devem ser aceitos como sendo socialmente legais para homossexuais, mas na verdade,  devem ser promovidos como “opções de estilo de vida normal” pelas escolas, já que uma certa porcentagem de crianças sempre “terá nascido assim”.
Alguns têm argumentado que a própria igreja deve ser legalmente coagida, se necessário, a abandonar sua discriminação “imoral” contra o comportamento homossexual e adotar uma posição em harmonia com o “fato” científico.
Mas será mesmo verdade que os homens e mulheres homossexuais são biologicamente predestinados a uma certa sexualidade? Seriam confiáveis os estudos científicos que alegam haver apoio biológico para a homossexualidade?
Pesquisas tentando mostrar causas-efeitos biológicos ou genéticos para a homossexualidade existem há quase um século. Mas, o fato é que, ao longo dos anos, nenhuma pesquisa jamais provou uma base orgânica para a homossexualidade. Alguns pesquisadores científicos acreditam piamente que a homossexualidade é congênita. Muitas vezes encontramos seus relatórios festivamente incluídos na literatura homossexual. Mas, às vezes, até os homossexuais têm razão de se surpreender com essa conclusão. Por exemplo, em seu livro “A Homossexualização da América”, o ativista homossexual Dennis Altman faz uma observação acerca de um estudo do Instituto Kinsey: “Eles estão impressionados com os consideráveis esforços de biólogos, endocrinologistas, e fisiologistas em provar esse fundamento; estou mais impressionado com a incapacidade de tantos anos de pesquisa resultarem em nada além de meras sugestões”.
Precisamos também admitir nosso ceticismo quanto a algumas ou a maioria das pesquisas atuais. Perguntamo-nos quantos pesquisadores são influenciados pela idéia muito difundida, mas falsa, de que os homossexuais não conseguem mudar seu comportamento e, portanto, podem estar inadvertidamente procurando uma base biológica para “explicar” suas suposições. Em outras palavras, será que a ciência moderna está sendo usada numa busca objetiva pela verdade, ou será que, de fato, para ser adequada ao que é “politicamente correto?”
Pelas publicações que temos lido, parece que a maioria dos artigos populares escritos a respeito de estudos recentes concluem que os pesquisadores acharam fortes evidências científicas de que homossexualidade seria, pelo menos até certo ponto, de natureza biológica. Mas isso simplesmente não é verdade. Considere os estudos mais recentes:
O Dr. LeVay estudou um certo grupo de neurônios na estrutura do hipotálamo no cérebro (chamado INAH3, ou núcleo intersticiais do hipotálamo anterior). Ele examinou 41 cadáveres, 19 dos quais eram de (homens) homossexuais declarados, 16 eram supostamente de homens heterossexuais e 6 eram de mulheres heterossexuais.
O Dr. LeVay descobriu que alguns neurônios na região do hipotálamo no cérebro de alguns homens heterossexuais eram maiores que aqueles encontrados nos homens homossexuais. Ele teorizou que, se os homens homossexuais têm neurônios menores, então possivelmente esses neurônios menores sejam responsáveis pela homossexualidade dessas pessoas. Da mesma maneira, se os homens heterossexuais têm neurônios maiores, então possivelmente esses neurônios maiores sejam responsáveis por serem heterossexuais.
LeVay supôs que se a diferença de tamanho dos neurônios pudesse ser provada verdadeira em 100%  das vezes, isso seria evidência de que a homossexualidade tem base biológica.
Entretanto, pelo menos sete razões científicas foram apresentadas por críticos que rejeitam sua teoria, razões que a maioria das pessoas jamais ouviu:
Primeiro, o próprio gráfico do Dr. LeVay publicado na revista Science (Ciência) revelou que havia falhas na hipótese. O gráfico contradiz sua própria teoria. O Dr. Ankerberg teve o privilégio de entrevistar o DR. LeVay no Iinstituto Salk, em La Jolla, Califórnia (EUA), e por isso temos seus comentários a esse respeito gravados em fita. Ankerberg disse: Veja, você tem três dos núcleos dos homens homossexuais que são realmente maiores do que os dos homens heterossexuais. Se sua teoria fosse válida, isso não deveria ocorrer. Segundo, você tem três dos homens heterossexuais que têm os núcleos menores do que os homens homossexuais. Ankerberg perguntou: “Isso é verdade?” E ele respondeu: “Sim é verdade”. Então o Dr. Ankerberg perguntou: “Como é possível, porém, que a Associated Press tenha noticiado que você tinha ‘sempre encontrado os núcleos maiores nos homens heterossexuais e menores nos homens homossexuais’?”. O Dr. LeVay admitiu que isso era falso. A imprensa popular havia distorcido suas descobertas.
Segundo, nenhum cientista jamais provou que essa região específica do hipotálamo, que está em discussão, determina preferência sexual. Considere os comentários do Dr. Joseph Nicolasi, que é especialista no tratamento de homens homossexuais. Seu livro “Terapia Restauradora da Homossexualidade Masculina” lhe conferiu renome mundial como autoridade na questão de atração pelo mesmo sexo.
O Dr. Nicolasi enfatiza: “Estamos falando a respeito de uma área genérica do cérebro relacionada com as emoções, incluindo a sexualidade; mas nesse núcleo específico não temos, a esta altura, entendimento claro da função para qual ele serve”. Portanto, parece que o fato dos neurônios serem grandes ou pequenos não indica grande coisa, e ninguém sabe na verdade, se eles têm alguma relação com preferência sexual. O Dr. Charles Socarides, professor de psiquiatria na Escola de Medicina Albert Einstein em Nova Iorque, também observou que “a questão de uma porção diminuta do cérebro – quase submicroscópica – como... decisiva quanto à preferência sexual é ilógica... certamente... um setor do cérebro, não pode determinar a preferência sexual. Sabemos disso como fato.
Terceiro, mesmo que pudesse ser demonstrado que a área do hipotálamo anterior do cérebro fosse relacionada ao comportamento sexual, ainda assim isso não responderia à questão de causa e efeito. Em outras palavras: e se o próprio comportamento homossexual provoca alterações orgânicas momentâneas no corpo, que só posteriormente são consideradas como sendo causas contribuidoras para a homossexualidade? Estudos científicos indicam que o comportamento em si pode causar a oscilação no tamanho dos neurônios, ao invés dos neurônios causarem um comportamento específico homossexual ou heterossexual.
O dr. Kenneth Klivington, assistente do diretor do Iinstituto Salk, onde o Dr. LeVay fez o seu estudo, salientou que, “um conjunto de evidências mostra que as redes neurais do cérebro se auto-reconfiguram como resultado de certas experiências. Assim sendo, o relacionamento entre causa e efeito – o que afeta o que – não está claro. A diferença na estrutura do cérebro homossexual, portanto – supondo que estudos adicionais confirmem a “descoberta” de LeVay – pode ser resultado de um comportamento e/ou de condições ambientais.
Quarto, a orientação das pessoas que o Dr. LeVay estudou não pode ser confirmada. Quando o Dr. Ankerberg e o Dr. LeVay discutiram o fato de que três homens heterossexuais tinham núcleos menores que os dos homens homossexuais, LeVay disse: “Bem, talvez alguns daqueles indivíduos fossem bissexuais”. Ankerberg retrucou: “Mas se é ‘talvez’, então você, na verdade, não sabe”, e de fato o Dr. LeVay confessou que realmente não sabia. Alguns poderiam até ter sido homossexuais “enrustidos”, que se faziam passar por heterossexuais. Já que todos os indivíduos pesquisados estavam mortos, não há como sabermos.
O quinto problema com o estudo do Dr. LeVay envolve a possibilidade da tendenciosidade do pesquisador. O Dr. LeVay é homossexual declarado e já confessou isso publicamente. Há registros, também, de que ele declarou ter-se proposto a provar haver uma causa genética para a homossexualidade, depois que seu amante homossexual morreu de AIDS. Ele foi até citado num número da revista Newsweek como tendo declarado que, se não encontrasse a causa genética que buscava para a homossexualidade, abandonaria completamente a ciência. A revista Newsweek também citou-o dizendo que está procurando “...promover a idéia de que a homossexualidade é uma questão de destino, e não de escolha” porque “é importante instruir a sociedade” seguindo a idéia da influência biológica. De fato, LeVay abriu sua própria escola para homossexuais e lésbicas em Los Angeles para ajudar a propagar essa mensagem. Com toda a honestidade, não seria possível que um cientista com esse tipo de “agenda” pessoal esteja sujeito a ser tendencioso em sua pesquisa?
Sexto, a interpretação dos dados e da metodologia usadas por LeVay também são questionáveis. Outros cientistas salientaram que até as medidas usadas por ele são suspeitas. A suposta influência dos núcleos deveria ser avaliada só pelo tamanho – ou, ao invés disso, pelo volume, pela contagem real de células, pela densidade, ou por outros critérios (ou todos os três)? Além do mais, o que fazem os cientistas com esses critérios e o que eles significam? A verdade é que ninguém sabe.
Por último, os estudos de LeVay enfrentam o problema de quase todas as pesquisas que tentam provar determinismo biológico: impossibilidade de repetição da experiência. Esse parece ser o “tendão de Aquiles” de todos esses esforços, pois parece que, quase invariavelmente, outros cientistas descobrem que não conseguem reproduzir as descobertas do estudo inicial, o que quer dizer que ele não provou nada. Não importa o quanto anunciem os resultados como sendo “evidência científica”; a “evidência” ou é enganosa, ou, se for reproduzida, estará sujeita a outras interpretações que rebatem a teoria biológica.
Em relação ao trabalho do Dr. LeVay, não há reprodução de suas descobertas em qualquer outro estudo científico. Na verdade, há pelo menos um trabalho feito pelo Dr. Schwab na Holanda que claramente as contradiz.
O segundo estudo científico que a mídia usou para propagar a idéia de que a homossexualidade é determinada geneticamente, foi a conclusão de que haveria maior predominância de homossexualidade entre irmãos gêmeos do que entre irmãos adotivos.  Tal estudo foi feito pelo psiquiatra homossexual Richard Pillard e pelo psicólogo e ativista dos direitos homossexuais Michel Bailey. Para realizar o seu estudo, esses pesquisadores recrutaram pessoas através de publicações homossexuais que alcançaram exclusivamente a população homossexual. Dessa forma, o estudo deles não representou uma seleção ao acaso, que não fosse tendenciosa.
Não obstante, eles concluíram que dos irmãos que responderam, 52% dos gêmeos univitelinos, 22% dos gêmeos bivitelinos, 11% dos irmãos adotivos, e 9% dos irmãos não-gêmeos, eram homossexuais. Bailey e Pillard teorizaram que a razão da porcentagem tão alta de homossexualidade de gêmeos univitelinos era a sua estrutura genética idêntica.
Mas também aqui encontramos dificuldades. Metade dos gêmeos univitelinos não eram homossexuais; eles eram claramente heterossexuais. Como pode ser isso, se eles compartilhavam dos mesmos genes que, supostamente, predeterminam a homossexualidade? No livro “Perpetuando Mitos Homossexuais”, Richard Cohen comenta: “se a orientação homossexual é genética, então 100% de todos os gêmeos univitelinos deveriam ser homossexuais, mas somente a metade era. Portanto, é fácil concluir que o que causa a homossexualidade são fatores ambientais e não genes”.
Até o Dr. Simon LeVay admitiu que nem o estudo de Bailey e Pillard sobre gêmeos, nem a sua própria pesquisa sobre o cérebro, provaram que a homossexualidade é determinada geneticamente. “No momento ainda se trata de um grande mistério. Nem mesmo meu trabalho, nem qualquer outro feito até agora consegue, de maneira determinante e completa, esclarecer a situação do que faz com que uma pessoa seja homossexual ou não... Aliás, o estudo sobre os gêmeos, por exemplo, sugere que a homossexualidade não é totalmente congênita porque até mesmo gêmeos univitelinos nem sempre têm a mesma orientação sexual”.
Mais uma vez, precisamos considerar a possibilidade da tendenciosidade do pesquisador. Como o Dr. LeVay, o Dr. Pillard é declaradamente homossexual. Ele admite que se o propósito é promover a noção de que a homossexualidade é inata e, portanto, um comportamento sexual natural.
A conclusão editorial do prestigiado British Medical Journal (Jornal Médico Britânico) de 7 de agosto de 1993 resume adequadamente o problema de todos os estudos como o de Bailey e Pillard: “São abundantes os estudos sobre gêmeos homossexuais masculinos... A  maioria desses resultados são impossíveis de se interpretar por causa da amostragem insuficiente ou das questões não resolvidas sobre classificação fenotípica, da seleção dos casos, e do diagnóstico de zigose gemelar... Estudos definitivos sobre gêmeos e adotivos homossexuais masculinos ainda estão por ser feitos”.
O Dr. Dean Hamer e seus pesquisadores afirmam ter descoberto que “a orientação sexual masculina é influenciada geneticamente”. Inicialmente eles descobriram taxas mais elevadas de homossexualidade do lado materno do que do lado paterno na família de 76 homossexuais. Isso sugeriu transmissão potencial de homossexualidade através do cromossomo X. Assim a equipe examinou 22 regiões ou “loci” cobrindo o cromossomo X de 40 pares de irmãos homossexuais que voluntariamente se ofereceram para o estudo, através de anúncios feitos em publicações homossexuais.
Os pesquisadores descobriram que 33 dos 40 pares de irmãos compartilhavam de marcadores genéticos idênticos em cinco locais (“loci”) da região q28 do cromossomo X. Isso os levou à conclusão de que um gene ou genes nessa região influenciam a expressão de homossexualidade em pelo menos 64% dos irmãos que foram testados. Mas as conclusões são tão suspeitas quanto as das pesquisas anteriores. Foi necessário, por exemplo, arredondar as cifras para se chegar ao resultado desejado.  Além disso, autoridades do mundo científico não estão convencidas de que alguma conexão tenha sido estabelecida. Rute Hubbard, por exemplo, que é professora emérita de Biologia na Havard University e co-autora de “Explodindo o Mito dos Genes”, comentou: “Esse estudo, como descobertas similares anteriores é falho. Ele é baseado em suposições simplistas e dificultado pela quase impossibilidade de se estabelecer elos entre genes e comportamento. Do número bem reduzido de irmãos pesquisados, quase um quarto não apresentava as características adequadas. Da mesma forma, os pesquisadores não fizeram  ‘óbvio” controle experimental para verificar a presença de tais marcadores entre irmãos heterossexuais dos homossexuais a quem estudaram”.
Para completar, um editorial do renomado British Mmedical Journal comenta o seguinte a respeito da pesquisa Hamer: “Os resultados da conexão são ambíguos... Em sua análise original, Hamer coloca o gene da homossexualidade oito centimorgrans distante do marcador mais telomérico. A distância física curta entre esse marcador e o telômero, entretanto, faz com que esse resultado seja duvidoso”. O editorial concluiu: “A alegação da relação da homossexualidade masculina com o cromossomo Xq28 tem amplas implicações sociais e políticas. Até o momento, a questão científica é complexa, e a interpretação dos resultados é dificultada por incertezas metodológicas. Estudos adicionais serão decisivos para confirmar ou refutar essa descoberta”.
Finalmente, o Dr. Paul Cameron e colegas, depois de um exame cuidadoso desse estudo e consultas com vários peritos, também rejeitaram as conclusões de Hamer. Eles salientaram: “Uma correlação de marcas genéticas específicas não implica em que um gene ou genes tenham causado homossexualidade em irmãos. Os resultados poderiam estar apontando para outro traço compartilhado por esses indivíduos pesquisados e desproporcionalmente comum em homossexuais, tais como promiscuidade, exibicionismo, ou outras características de personalidade conhecidas por estarem associadas à homossexualidade masculina”.
Tendenciosidade na pesquisa é um fator funcional evidente em muitos desses estudos. Por exemplo: “Hamer desconsiderou informações que contrariavam sua hipótese – apesar de ter informado que as irmãs desses irmãos tinham uma incidência mais alta de lesbianismo, o que cabe no modelo tradicional psiquiátrico de ‘famílias perturbadas gerando mais homossexuais’, Hamer ignorou essa descoberta para dar continuidade à sua interpretação genética.
Considere também o seguinte: Ainda mais importante, a idéia amplamente difundida de que a homossexualidade é, em grande escala, uma questão de incesto e aliciamento é totalmente ignorada...Além do mais o determinismo biológico não pode ser responsabilizado pela troca de orientação. Os dois maiores estudos de populações nesse campo, feitas pelo Instituto Kinsey e pelo Insituto de Pesquisa da Família, mostraram de maneira independente que a maioria dos homossexuais entregaram-se á heterossexualidade e uma minoria significativa de heterossexuais, ao homossexualismo.
À luz da sugestão de que pelo menos um dos indivíduos-chave envolvidos com a pesquisa de Hamer também era homossexual, fica a pergunta: qual a porcentagem de pesquisadores tão interessados em achar uma base biológica para a homossexualidade que também é homossexual? Se muitos são, não é razoável pensar que o estilo de vida pessoal e suas crenças possam ter influenciado seus métodos de pesquisa e suas conclusões?
Além disso, quantos pesquisadores nesse campo podem estar deliberadamente escondendo sua preferência sexual para emprestar uma suposta objetividade científica às suas conclusões pessoais? Charles Silverstein, Ph.D., é autor do livro “Gays, Lésbicas e Seus Terapeutas” e é pesquisador na área de sexo há 25 anos. Ele afirma que as tentativas de cura para um homossexual são inúteis, porque a homossexualidade é “predeterminada biologicamente”. Ele afirmou o seguinte: “Faz um quarto de século que sou psicólogo e pesquisador na área de sexo. Nos últimos dez anos aprendemos algumas coisas – e há uma declaração com que todo pesquisador de sexo que conheço no mundo vai concordar: orientação sexual é determinada biologicamente”.
Dada tal afirmação, só podemos nos perguntar quantos pesquisadores na área de sexo o Dr. Silverstein já conheceu. Tudo que foi falado acima foi uma autoridade em sexualidade humana, declarada imparcial, relatando “fatos” de como todos os pesquisadores na área de sexo concordam que a homossexualidade é causada por fatores biológicos. Infelizmente, de alguma maneira, o Dr. Silverstein nunca foi apresentado com suas credenciais completas de terapêuta e pesquisador homossexual. Provavelmente, ele nunca teria sido apresentado de tal forma se alguém no auditório não tivesse feito a pergunta e assim forçado uma confissão.
Numa tentativa de expor as bases do desenvolvimento da personalidade homossexual, encontramos a teoria da bissexualidade. Sabemos que os gens determinam as nossas características físicas, incluindo a nossa sexualidade. Os gens que determinam a dominância sexual denominam-se X e Y.
Dois gens X (XX) determinam o sexo feminino e um outro Y determinam o sexo masculino (XY).  Não existe outra possibilidade. Herdamos um gen de nossa mãe (X) e um de nosso pai (Y) ou (X), que ao se unirem determinarão nosso sexo (XX=feminino), (XY=masculino).
Não existe um gen Z determinante da homossexualidade. Todavia podem ocorrer defeitos genéticos na formação do ser e determinar pessoas com síndromes. Os defeitos genéticos ocorrem quando os gens não se separam e causam deformações no indivíduo. Isto nada tem a ver com homossexualidade. O nome desta doença genética é hermafroditismo. Trata-se de uma doença rara, mas que pode ocorrer. São duas as formas de manifestação:
 Síndrome de Turner: (XXY) onde não ocorre a separação de um gen X, quer do pai ou da mãe. A pessoa é estéril e apresenta características masculinas e femininas em seu corpo. Todavia esta pessoa não é homossexual. Pode desenvolver uma sexualidade feminina – com limitações físicas – normal dentro de certos padrões.
 Mosaico Puro: (XXXY) onde não ocorre a separação dos gens nem da mãe nem do pai e a pessoa desenvolve fisicamente os dois sexos, de forma atrofiada e estéril, porém uma sexualidade masculina ou feminina de acordo com os padrões educacionais e outros fatores. Também não se trata de um homossexual.
É bom observar que parte destas distorções a nível físico podem e devem ser corrigidas nos primeiros dias de vida, a fim de que haja um desenvolvimento hormonal posterior mais equilibrado. À parte de doenças genéticas, sabemos que no desenvolvimento da sexualidade normal, os gens X e Y determinam a predominância dos caracteres físicos, porém cada ser humano é portador de vestígios do outro sexo, adquiridos antes destes gens efetivarem suas ações. Por exemplo, sabemos que quanto aos hormônios masculino e feminino, temos sempre uma predominância (80% a 90%), mas nunca uma absolutização (100%), sendo que o percentual restante (10% a 20%) são hormônios do sexo oposto ao biológico da pessoa e vão determinar os caracteres sexuais secundários (quantidade de pêlos no corpo, timbre de voz, etc...). Isto não influi na determinação da sexualidade principal – homem ou mulher – mas nas características secundárias. 
Por mais de 30 anos, cientistas cuidadosos têm se recusado a afirmar que a homossexualidade tem origem biológica, por uma simples razão: falta de evidências comprobatórias.
O Dr. Joseph Nicolasi salienta que já examinou todos os tipos de literatura científica que têm relação com os supostos princípios biológicos da homossexualidade: “Eu mesmo revisei toda a literatura, incluindo o estudo de Le Vay, e certamente não acredito, e acho que nenhum cientista realmente acredita, que haja predeterminação para a orientação sexual de uma pessoa”.
Ninguém menos que a grande autoridade no assunto, o próprio Alfred Kinsey, conforme citado por W.B. Pomeroy, seu pesquisador adjunto, declara: “Eu mesmo cheguei à conclusão de que a homossexualidade é, em grande escala, uma questão de condicionamento”. Talvez isso explique porque os especialistas em sexo Masters e Johnson enfatizem: “É de grande importância que todos os profissionais da área de saúde mental tenham em mente que o homossexual masculino ou feminino é basicamente um homem ou uma mulher por determinação genética, com orientação homossexual por preferência aprendida”. Masters e Johnson também observam o seguinte: A teoria genética da homossexualidade é descartada nos dias de hoje... nenhum cientista sério sugere que uma simples relação causa/efeito faça sentido.
O Dr. Hohn Money, principal pesquisador de sexo da Universidade Johns Hopkins relatou: “Nenhuma diferença de cromossomos foi encontrada entre sujeitos homossexuais e controles heterossexuais” e “com base no conhecimento que temos até aqui, não existe fundamento no qual possa se justificar a hipótese de que homossexuais ou bissexuais de qualquer grau ou tipo tenham cromossomos diferentes dos heterossexuais”. Até John DeCecco, editor de uma  revista sobre homossexualidade, diz: “A idéia de que as pessoas nascem direcionadas a um certo comportamento sexual é tolice”.
Bailey e Pillard fizeram uma pesquisa sobre gêmeas lésbicas, porém dois pesquisadores atualmente credenciados do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova Iorque concluíram: “Atualmente não há evidências para fundamentar uma teoria biológica de orientação sexual”. De fato, publicações científicas importantes têm salientado com firmeza “a falta de evidências que apóiem” uma base biológica da homossexualidade – o que não é surpresa, já “a homossexualidade geneticamente determinada teria se extinguido há muito tempo por causa da reprodução reduzida”.
A quarta edição do Dicionário Psiquiátrico observa que a maneira pela qual uma criança é criada é muito mais importante na determinação da sexualidade do que a genética: “Muitos pseudo-hermafroditas e indivíduos com agênese gonodal foram criados como mulheres, sendo que seu sexo determinado pelos cromossomos é masculino (e vice-versa); ainda assim, em todos os casos o papel do sexo e a orientação foram coerentes com o sexo designado e com a criação”.
O professor William P. Wilson, líder da Divisão de Biologia Psiquiátrica no Centro Médico da Universidade Duke, argumenta: “Não se pode demonstrar que o comportamento homossexual seja produzido diretamente pela transmissão do comportamento determinado pela genética ou pela ocorrência de um número excessivo ou insuficiente de cromossomos sexuais”. 
O Dr. Clifford Allen conclui: “Nenhuma investigação em qualquer esfera indica uma base orgânica para a homossexualidade, seja física, química, celular, microscópica ou macroscópica”.
Se a homossexualidade não tem base biológica, então só pode ser uma preferência adquirida. Wainwright Churchil observa em seu livro - Comportamento Homossexual entre Machos: “Não existem instintos sexuais no homem... A sexualidade humana é inteiramente dependente de um aprendizado e condicionamento. O padrão de comportamento sexual do indivíduo é adquirido no contexto de suas experiências singulares, e não é de maneira alguma, inato ou herdado”.
    Bell, Winberg e Hammersmith argumentam de maneira convincente que “a experiência de um despertamento homossexual na infância e na adolescência e o envolvimento em atividades homossexuais genitais são fortes indicadores de futura homossexualidade adulta”. Essa conclusão é enfatizada pelo Instituto de Pesquisa da Família de Washington, que dirigiu uma pesquisa nacional feita, ao acaso, com 4.340 adultos. Nessa pesquisa, 96% das mulheres heterossexuais indicaram que sua primeira experiência sexual foi heterossexual. Mas 85% dos homossexuais e 29% das lésbicas relataram que sua primeira experiência foi bissexual ou homossexual”.
Por tudo isso é que o Dr. Van Den Aardweg, autor do livro – Homossexualidade e Esperança”, comentando que o ponto de vista biológico “tem se tornado cada vez menos justificável”, conclui: “Na minha opinião, qualquer pessoa que tenta se aproximar da literatura de pesquisa fisiológica e psicológica com a mente aberta, terá de admitir que a melhor interpretação de homossexualidade dever ser a idéia de uma variante neurótica, isto é, um distúrbio psicológico ou emocional. Mas, indo além, uma suposta base biológica para a homossexualidade nem é a questão central: Será que devemos pensar que só pelo fato de algo ser de origem genética, é normal ou “natural”? O que diremos, então, a respeito de deformidades genéticas ou defeitos de nascimento? Mesmo que possa ser provado que influências genéticas ou biológicas predispõem as pessoas à homossexualidade, isso nunca provará o que já sabemos – que variações genéticas podem, e afetam comportamentos futuros, às vezes de maneiras indesejáveis...
Deixe que a pesquisa conclua o que puder sobre as causas; origens genéticas não justificam um comportamento pecaminoso.
Homens e mulheres homossexuais não nascem homossexuais, e a mudança é possível. Estudos provam que homossexuais freqüentemente trocam sua própria sexualidade. Em seu relatório de 1970, o Instituto Kinsey comentou que 84% dos homossexuais trocaram ou mudaram sua orientação sexual pelo menos uma vez. Além disso, 32% dos homossexuais relataram uma terceira troca, e 13% pelo menos cinco mudanças. Em 1981, Weinberg e Hammersmith também relataram números parecidos.
Se for possível mostrar que homossexuais praticantes “vitalícios” de fato mudam sua orientação sexual, isso será um golpe devastador nas afirmações do movimento homossexual. Aqui está o que pesquisas atuais revelam sobre homossexuais que mudam para heterossexuais: Schwarz e Masters, no relatório de Hohnson Institute de 1984 revelam um grau de sucesso de 79,9% de homossexuais mudando sua orientação sexual para a heterossexualidade. Seu índice de seis anos de acompanhamento foram impressionantes.
O Dr. Van den Aarweg (1986) relatou um grau de sucesso de 65%. O Dr. Nicolosi, quando entrevistado em 1992, disse o seguinte ao Dr. Ankerberg: “Trabalhei com aproximadamente 175 homens até hoje e, em relação a afirmações de cura, posso dizer que quando os homens permanecem comigo, em questão de meses começam a experimentar mudanças em suas vidas”.
Até o ativista liberal Phil Donahue, que acreditava na teoria biológica, agora diz aos homossexuais: “Se você quiser mudar, você pode mudar”.  Portanto, não se pode negar que homossexuais que querem mudar, geralmente mudam sua orientação sexual. A mudança pode ser mais difícil para alguns, devido fatores de motivação, vontade e circunstâncias. Mas na terapia em si, com motivação e ajuda adequadas, parece que, teoricamente, a mudança é possível para todos: “Abandonar hábitos homossexuais, assim como deixar de beber, pode ser feito, e é feito por dezenas de milhares a cada ano”.
Ao descrever dois livros que publicou (As Homossexualidades: Fantasias, Realidade e as Artes - 1990; Homossexualidade e o Processo Terapêutico - 1991), o Dr. Socarides observa: “Esses dois livros contêm a obra de mais de 30 psicanalistas – professores, psicanalistas célebres e pessoal da área médica de todo o país – e todos afirmam o fato de que a homossexualidade é uma condição psico-patológica que pode ser alterada se alguém souber como alterá-la. Se um grande número de terapêutas e pesquisadores tem visto, ao longo dos anos, homossexuais mudando para a heterossexualidade, e se isso tem sido comprovado pessoalmente pelos próprios homossexuais e seus cônjuges, em que base pode alguém afirmar que homossexuais jamais podem mudar? E mais, quais são as implicações se, como uma sociedade, promovêssemos oficialmente o conceito de que não há como mudar?
 
 
25 PORQUE DESOBRIGAR APENAS OS HOMOSSEXUAIS
Alguns de nós temos tendências homossexuais. Somos atraídos por e para pessoas do mesmo sexo e muito pouco ou nada por e para pessoas do sexo oposto. Alguns de nós não nos satisfazemos com o sexo exclusivamente dentro do matrimônio. Temos uma necessidade enorme de aventuras extraconjugais. Alguns de nós temos pavio acentuadamente curto. Não controlamos a zanga, a ira, a violência, o revide, a vingança. Alguns de nós não estamos satisfeitos com o pouco ou com o muito que possuímos. Cobiçamos e apanhamos para nós o que é dos outros. Alguns de nós não suportamos admitir alguém mais bem dotado, mais cheio de bens, mais feliz e realizado do que nós. Então invejamos, prejudicamos, caluniamos, odiamos e matamos o desafeto.
Não é justo, pois, desobrigar apenas os homossexuais, deixando-os à vontade, reconhecendo e apoiando suas preferências sexuais. Ao desobrigar os homossexuais, o senso de justiça manda-nos desobrigar também os outros. Fique o adúltero à vontade para adulterar com quem quiser e quantas vezes quiser. Fique o violento à vontade para se irar contra quem o machucou ou perturbou. Fique o desonesto à vontade para não pagar o que deve e para não devolver o que roubou. Fique o invejoso à vontade, para escarnecer e matar aquele que desejar. Todos hão de convir que se desobrigarmos a todos de suas tendências pecaminosas, surgirá o pânico e a vida será impossível.
É melhor acabar com essa pena dos homossexuais. Eles não são coitadinhos que precisam de abono. O de que eles precisam é uma palavra firme, compreensão, simpatia e amor da nossa parte. Da parte de Deus, eles precisam de sua maravilhosa graça.
 
25.1 A INTOLERÂNCIA DOS TOLERANTES
Será a psicologia uma ciência? A pergunta poderia parecer tosca, não fosse uma recente resolução baixada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Ficamos todos sabendo pelo Diário Oficial da União, que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. Não adianta discordar porque, como manda a praxe, ficaram revogadas todas as disposições em contrário.
Pela mesma instrução, os psicólogos estão terminantemente proibidos de colaborar “com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”, ou de achar publicamente que os homossexuais são portadores de qualquer desordem psíquica”. Assim, quem é psicólogo que trate de pensar igual ao Conselho Federal, a menos que queira acertar as contas com seus pares-representantes. De igual modo, quem achava que o tema da homossexualidade fosse uma questão aberta e até pretendia estudá-lo, fique certo de que não há mais o que debater. Uma penada o encerrou.  Como é da natureza da ciência estar sempre aberta ao debate, especialmente quando o objeto é o ser humano, soa doloroso e anacrônico que a psicologia, enquanto ciência, tenha sido assassinada - logo ela, que tem escolas, correntes e tendências tão fascinantemente múltiplas.
O que se quer discutir aqui, pois, não é a natureza - desviante ou não - da homossexualidade, mas a intolerância estampada em nome da tolerância. Por isso, o lamento seria o mesmo se a ordem fosse contrária. Decidisse o CFP que os homossexuais são portadores de desordem psíquica estaria desligando a mesma intolerância. Não tem um homossexual direito de se achar psiquicamente desordenado e bater a porta de um consultório em busca de cura?
A resposta, por decreto (como se ciência fosse feita por decreto), é um duplo “Não”. Os homossexuais que eventualmente queiram mudar não precisam se preocupar: o Conselho não legisla sobre eles, pelo que não poderão ser alcançados. Aos psicólogos que eventualmente queiram ajudá-los, só resta a indigna clandestinidade. Com licença para paráfrase, seu cuidado não pode ousar dizer o nome.
Nada haveria a opor seu órgão de classe apenas e contundentemente condenasse, como o faz, aquelas ações coercitivas que visam “orientar homossexuais para tratamento não solicitados”. Ninguém deve ser coagido, nem mesmo pela melhor causa, porque é a liberdade que faz uma pessoa tornar-se humana. A grandeza de Galileu Galilei foi precisamente a de resistir às bulas papais de que a terra não se movia. É àquela época que a resolução de agora nos faz retroceder. Não será, porém, um desvio desse que fará a ciência da psicologia resvalar do seu caminho.
 
26 CAUSAS, DESENVOLVIMENTO E CONSEQÜÊNCIAS
São diversas as causas da homossexualidade, porém sempre ligadas à vida emocional e espiritual. Há pessoas que foram iniciadas na homossexualidade quando eram crianças - na maioria das vezes por um adulto da família ou vizinhança. Outras pessoas foram vítimas de abuso sexual. Outros, ainda, cresceram em famílias desequilibradas, onde os papéis do pai ou da mãe estavam trocados ou indefinidos. Muitos homossexuais trazem em seu histórico uma mãe dominadora e/ou um pai apagado.
Quando a homossexualidade não é fruto de aliciamento ou violência sexual, sua causa mais comum é o desequilíbrio da família. Não poderíamos deixar de citar as causas espirituais da homossexualidade. São inúmeros os casos de homens e mulheres que nunca sentiram qualquer atração por pessoas do seu próprio sexo, mas que depois de certos rituais religiosos começaram a manifestar tendências homossexuais e passaram a praticar a homossexualidade. Estes relatos vêm especialmente de pessoas envolvidas com umbanda, candomblé, espiritismo e religiões afins. Cada pessoa desenvolve a homossexualidade de uma forma. Umas começam a utilizar roupas e acessórios do sexo oposto, ou seja, meninos que gostam de vestir roupas da mãe ou irmãs, passar batom, brincar só com bonecas etc. Meninas que só vivem brincando com meninos, têm todo jeito de menino e gostam de usar as coisas do pai.   Todavia, não podemos ser ingênuos ao ponto de pensar que todo mundo que se torna homossexual começa assim. Pelo contrário, há meninos muito masculinos e meninas muito femininas que podem vir a assumir a homossexualidade mais tarde. E outros que, mesmo tendo as atitudes que acabamos de descrever, não se tornarão homossexuais. Mesmo assim, os pais têm que estar atentos, mas sem pânico.
Existem pessoas que sentem tremenda atração homossexual, mas não admitem. Por isso tornam-se os inimigos nº1 dos homossexuais quando estão em público. Fazem piadas depreciativas, xingam, batem etc. Mas no fundo gostariam de praticar a homossexualidade, apesar de não perceberem isso conscientemente. Outros lutam em silêncio, mas uma vez exaustos, assumem publicamente a homossexualidade. O mesmo acontece com os que não se declaram homossexuais, mas levam uma vida ativa em boates, saunas, bares, "points" em geral. A maioria das pessoas heterossexuais pensa que todo homossexual tem o estereótipo popularmente conhecido como "bichinha" e toda lésbica é "sapatão" (machona). Isso é outro mito. É verdade que esse estereótipo existe, mas não se aplica a todos. Muitos homossexuais poderiam ser considerados "machões" à primeira vista e muitas lésbicas verdadeiras "musas". As aparências enganam, e muito! Outro mito popular é que o passivo é mais homossexual que o ativo, ou seja, quem faz papel de "mulher" na relação sexual é mais homossexual que o que faz papel de "homem". É importante lembrar que homossexual significa "pessoa que sente atração por outra do mesmo sexo", independente do papel que ela desempenha na cama. Além disso, a maioria dos homossexuais apesar de ter sua preferência, não é exclusivamente ativo ou passivo em todos os seus relacionamentos. A maioria, senão todos, já desempenha ou ainda vai desempenhar ambos os papéis. Isto é válido também para as lésbicas, não esqueçam. Há casos absurdos de vício homossexual. Só para exemplificar, gostaríamos de citar o seguinte: Um caso comovente foi o que nos contou o pastor Antônio Carlos. Ele nos disse que certa vez estava evangelizando um rapaz que tentou convidá-lo para "sair" quando ele fazia caminhada numa praia do Rio. Foi quando ouviu do rapaz a seguinte confissão: "Sabe, apesar de ter tentado te conquistar, eu estou desesperado, porque quero sair da homossexualidade e não consigo. Quando transei com um homem pela última vez, quase vomitei. Mas não consigo evitar a compulsão".
Graças a Deus e à compaixão que o pastor Antonio Carlos sente em seu coração pelos homossexuais, o jovem foi evangelizado e entregou sua vida a Jesus Cristo, encontrando-o alguns dias depois e contando o que Deus estava realizando em sua vida. Há muitos outros casos que demonstram a angústia daqueles que desenvolveram hábitos homossexuais ao longo de suas vidas. As primeiras conseqüências do comportamento homossexual são o agravamento dos sentimentos de culpa, solidão e depressão. Apesar do prazer momentâneo de relação sexual, o homossexual não consegue evitar as angústias causadas por seu comportamento.  Por causa disso, muitos homossexuais se entregam a inúmeras aventuras, trocando de parceiros constantemente e correndo o risco de contrair doenças venéreas e AIDS. Além disso, correm risco de vida por saírem, na maioria das vezes, com pessoas que não conhecem. As estatísticas brasileiras são claras: "A cada três dias morre um homossexual violentamente". Mas, as conseqüências podem ser tão variadas quanto os tipos de pessoas que praticam a homossexualidade. Por isso, há muitos que se entregam às drogas e ao álcool. Aliás, álcool, drogas e homossexualidade são como o famigerado Triângulo das Bermudas: muitos que entram em seu território, nunca mais retornam. Além das conseqüências de ordem pessoal existem outras. A família sofre um golpe terrível ao descobrir que um dos seus membros é homossexual. A sociedade sofre porque a homossexualidade propicia práticas nada saudáveis como a pornografia, as drogas, o alcoolismo, a promiscuidade, a confusão mental (principalmente para as crianças), a prostituição etc. Quem paga a conta é sempre o contribuinte que acaba tendo seu imposto aplicado nas internações hospitalares, programa de recuperação química, encarceramento e outras iniciativas do governo que visam restaurar o que o submundo homossexual destruiu.
A própria AIDS que não é (diga-se de passagem) doença de homossexuais, apareceu primeiramente entre eles e depois espalhou-se por toda a sociedade por causa das trocas indiscriminadas de parceiros. A coisa acontece mais ou menos assim: Um homossexual que tem AIDS transa com outro homossexual enrustido ou bissexual. Esse contrai a doença e depois transa com a esposa ou namorada. Um dia ele conhece outro homem e se relaciona com ele. Sem saber, transmite-lhe o vírus. Esse homem acaba transando com outras pessoas, e o ciclo continua. Não poderia haver, do ponto-de-vista social, uma conseqüência mais desastrosa do que essa para a promiscuidade em que se encontra a nossa sociedade. Enquanto a mídia dá o seu colorido a essas práticas, muitas famílias entram no luto por causa da perda de seus queridos.
Alguns tipos de estilo homossexual são: os assumidos, os enrustidos e os iludidos. Os assumidos são os que decidiram reconhecer sua própria homossexualidade e tornaram-na pública. Não tem constrangimento em agir como homossexuais abertamente. Os enrustidos são os que, mesmo reconhecendo-se homossexuais, não agem como tais quando em público. Praticam a homossexualidade, mas disfarçam sua condição. Os iludidos são aqueles que praticam a homossexualidade, mas "juraram" para si mesmos que não são e jamais serão homossexuais. Isso acontece principalmente com os homossexuais ativos (que fazem papel de homens na relação) e lésbicas passivas ( que desempenham papel de mulher). Apesar de se esforçarem para não assumir sua homossexualidade, essas pessoas são homossexuais com todas as letras. Simplesmente não aceitam seu próprio comportamento, mas também não o deixam. Relacionamos, abaixo, alguns passos que qualquer um precisará levar em consideração para alcançar apoio para deixar estas práticas: reconheça que você tem sido realmente homossexual, mesmo não desejando mais isso; reconheça que você não nasceu homossexual, mas adquiriu esse comportamento por influências externas e carências internas e que, por isso, pode mudar; reconheça que ao praticar a homossexualidade, bem como outros maus comportamentos, você pecou contra Deus e precisa de Seu perdão. Arrependa-se e busque sinceramente a face de Deus; nunca duvide do amor e da graça de Deus, os quais foram plenamente colocados ao seu alcance pelo sacrifício de Jesus Cristo na Cruz do Calvário; entregue-se totalmente a Cristo e rompa com todo tipo de compromissos com o estilo de vida homossexual - inclusive amizades que podem te enfraquecer -, objetos, espíritos, ídolos etc.; participe de uma igreja evangélica que prega a palavra de Deus em sua totalidade, onde Jesus Cristo seja adorado exclusivamente. A convivência com cristãos comprometidos com Deus e nos quais você possa confiar é fundamental; procure um pastor que entenda do assunto para marcar um horário para aconselhamentos. Esses encontros poderão ministrar cura emocional e renovação espiritual. Um psicólogo cristão pode ser de grande valia, mas escolha seu psicólogo tão criteriosamente quanto escolhe o seu pastor. Cada um desses passos jamais poderá substituir sua comunhão diária com Deus. Isso significa que sua vitória tem que passar pela oração e leitura bíblica diárias. Sem esse contato diário com Deus, você não se alimentará espiritualmente e obviamente enfraquecerá. Tudo isso pode parecer simples demais, mas da mesma forma que é relativamente simples o desenvolvimento da homossexualidade, a libertação também o é, mesmo que cause alguma tensão inicialmente. 

27 O PREÇO DA IGUALDADE SEXUAL
Muitas pessoas poderiam se perguntar que tipo de educação as feministas querem aprovar e promover para as crianças nas escolas. A resposta está num artigo americano. Kristine M. Baber e Colleen I. Murray escreveram o artigo A Postmodern Feminist Approach to Teaching Human Sexuality (Uma Abordagem Feminista Pós-moderna ao Ensino da Sexualidade Humana), publicado na revista Family Relations. Já de início, as autoras declaram seus objetivos para essa abordagem: expandir o pensamento dos estudantes sobre a questão da “diversidade” e ajudá-los a maximizar a própria saúde sexual.
Começando com um ataque à realidade espiritual da fé, as autoras declaram: “A maioria dos estudantes chega à escola com suposições sem provas de que há dois sexos, masculino e feminino. Eles vêm à sala de aula acreditando que, em alguns aspectos, os homens são superiores. Para que eles possam interpretar os conceitos de sexo e gênero, devemos introduzir o conceito de transexualidade incentivando-os a ler literatura sobre o assunto… ou trazer transexuais para a sala de aula, para darem palestras. Assim, os estudantes entenderão que as idéias de papéis sexuais tradicionais para homens e mulheres são só uma invenção da sociedade”.
A meta das autoras é levar os estudantes a ver que se o que eles acreditam ser verdade e sexualidade é invenção da sociedade, então cabe a cada um interpretar seu próprio conceito de sexualidade: “A perspectiva pós-moderna abre as portas para muitas possibilidades… assim, os estudantes passam a repensar seus próprios valores e podem, até certo ponto, criar sua própria sexualidade”. As autoras acham que estão dando aos estudantes apenas liberdade e neutralidade para que eles possam livremente escolher ou criar qualquer valor moral que quiserem, mas a realidade é bem diferente. Embora possa parecer que tudo o que elas querem é apenas dar uma melhor educação sexual, fica claro que elas desejam mesmo é converter os estudantes à ideologia feminista.
A maioria dos pais espera que as escolas públicas se encarreguem de moldar os valores de seus filhos. O Ministério da Educação (MEC) do Brasil, que pensa exatamente dessa forma, diz: “Mudar mentalidades… A escola tem um papel crucial a desempenhar nesse processo”. Mas as tristes conseqüências desse erro estão aparecendo, pois as escolas públicas estão exigindo o direito de educar sistematicamente as crianças em valores que podem ser diretamente contrários aos valores dos pais.  As aulas de educação sexual, por exemplo, são planejadas especialmente para fazer lavagem cerebral nas crianças e condicioná-las a aceitar o homossexualismo e a relação sexual antes do casamento, destruindo assim os conceitos bíblicos de um certo absoluto e de um errado absoluto. Na opinião de diversas autoridades brasileiras da área da educação, os jovens das escolas devem ser expostos à educação sexual, à camisinha e a outros métodos de planejamento familiar a fim de que aprendam a gozar o prazer sexual sem se preocupar com gravidez, casamento e moralidade. O MEC diz:
“A escola deve informar e discutir os diferentes tabus, preconceitos, crenças e atitudes existentes na sociedade…” tais como “aborto, virgindade, homossexualidade, pornografia”, etc.
Nessas questões, o MEC alerta, “o professor deve ter discernimento para não transmitir seus valores, crenças e opiniões como sendo princípios ou verdades absolutas”, presumivelmente mesmo que sejam princípios e verdades da Bíblia.
A fim de mudar a mentalidade das crianças com relação ao papel masculino e feminino e ensiná-las que as mulheres podem trabalhar em todas as ocupações dos homens e vice-versa, os professores das escolas públicas são instruídos a transmitir os valores, crenças e opiniões do MEC. O currículo do MEC os instrui a “trabalhar as relações de gênero em qualquer situação do convívio escolar”. Por exemplo, quando os alunos acham que algumas brincadeiras, atividades e condutas são só para meninos e outras só para meninas, “o professor… pode intervir para combater as discriminações e questionar os estereótipos associados ao gênero”.
O termo gênero, que o MEC usa no lugar da palavra sexo, expressa a idéia de que qualquer variedade sexual é aceitável e normal, inclusive a homossexualidade. Os educadores que crêem nessa teoria empregam o conceito gênero para ensinar que os papéis masculinos e femininos tradicionais são pura invenção da sociedade. 
O uso desse conceito permite abandonar a explicação da natureza como a responsável pela grande diferença existente entre os comportamentos e lugares ocupados por homens e mulheres na sociedade. Assim é que, para combater a chamada “discriminação de gênero”, inverte-se a imagem do homem e da mulher. Em nome da igualdade sexual, princípios socialistas e feministas são sutilmente ensinados em muitas salas de aula do Brasil. As lições mostram para as crianças mães casadas trabalhando fora e maridos em casa cuidando dos deveres domésticos. Mostram também como normal um menino se envolver em atividades de menina. Tudo isso porque o governo estabeleceu “o compromisso do Brasil não aceitar livros [didáticos] que contenham posturas tradicionais em relação ao papel do homem e da mulher”. O governo brasileiro está assim atendendo diretamente as recomendações das feministas na ONU.
No entanto, essas mudanças na área da educação também estão ocorrendo por pressão dos grupos feministas que atuam no Congresso Nacional em Brasília. Em sua edição de janeiro de 2000, o jornal do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA) de Brasília elogia o plano do governo para todas as escolas do Brasil: Plano Nacional de Educação Ganha Perspectiva de Gênero. O Plano Nacional de Educação, aprovado na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados… ganha três emendas que chamam a atenção para a necessidade de se trabalhar as relações de gênero na educação brasileira.
As parlamentares integrantes do CFEMEA destacam-se não só pelo forte apoio aos projetos de lei a favor da prática do aborto e da educação sexual nas escolas, mas também de projetos que combatem a “discriminação sexual” e defendem a união dos chamados “casais” homossexuais.
Aparentemente, esses mesmos interesses sempre foram a grande paixão de uma conhecida ativista feminista do Partido dos Trabalhadores (PT). Quando era deputada federal, Marta Suplicy se envolveu com o CFEMEA. E não podia ser diferente, pois a afinidade ideológica é muito grande. Ela não tenta esconder de ninguém seu apoio às causas feministas e homossexuais. Parece que seu prazer é colocar em prática sua fé política em esforços para legalizar o aborto e o comportamento homossexual, sem mencionar seu prazer em apoiar as passeatas gays… Entretanto, será que poderia parecer estranha uma ligação entre o feminismo e o homossexualismo? A organização não-governamental Family Research Council de Washington, DC, publicou um importante documento intitulado Homossexual Activists Work to Lower the Age of Sexual Consent (Os Ativistas Homossexuais Estão Trabalhando para Abaixar a Idade Legal de Consentimento Sexual). Esse documento revela:  Kate Millett, uma feminista radical e teórica marxista, descreveu essa filosofia numa entrevista publicada no livro homossexual Amando Meninos. Millett afirma: “Um dos direitos mais importantes das crianças é expressar-se sexualmente, principalmente umas com as outras, mas também com adultos. Então, a liberdade sexual das crianças é uma parte importante de toda revolução sexual”. Millett diz que a revolução sexual começa trazendo a emancipação das mulheres e termina trazendo a emancipação homossexuais.
 
28 REALIDADES PASSADAS E PRESENTES
As mulheres do passado que lutaram por direitos básicos tinham a esperança de que chegaria uma época melhor para as pessoas. Mas não é bem isso o que estamos vendo em nosso tempo. O que os EUA de hoje têm em sua sociedade e estão tentando passar para o mundo, através dos meios de comunicação e entretenimento, é uma cultura cada vez mais brutal onde as mulheres estão virando homens — e dos piores tipos. Assim argumenta o escritor Benjamin DeMott em seu livro Killer Woman Blues. Ele lamenta que o ideal das primeiras feministas de “justiça, abertura sexual e pleno desenvolvimento humano para ambos os sexos” não existe mais. O que existe agora é o feminismo das mulheres duronas vivendo a fantasia da mulher com comportamento de homem. As feministas modernas estão adotando os padrões masculinos de auto-expressão — inclusive agressividade. Elas sentem prazer em ser brutais e cínicas. Inevitavelmente, a cultura feminista encoraja as mulheres a saborear atitudes mais combativas e a repudiar a noção feminina tradicional que valoriza a mulher como fonte de compaixão, generosidade e atenciosidade. O novo ideal é as mulheres serem irreverentes e agressivas.
Na atual sociedade americana, onde os homens são homens e as mulheres são masculinizadas, quem é que ficará para mostrar a tradicional sensibilidade feminina de atenção e cuidado para com os outros? A resposta das feministas é feminilizar os homens, trabalhando as relações de gênero e envolvendo os homens na área do lar e do cuidado de crianças. Trabalhar as relações de gênero nada menos é do que eliminar as diferenças tradicionais entre homens e mulheres. O feminismo luta para que seja censurada e eliminada das escolas e dos meios de comunicação toda imagem do homem como pai trabalhando para sustentar a família e da mulher como mãe ocupada com seu lar e filhos. A jornalista Dale O’Leary revela: as feministas exigem que os “estereótipos” e as “imagens tradicionais” sejam removidos dos materiais educacionais e dos meios de comunicação. A fim de alcançar a meta de que os homens e as mulheres tenham igualmente os mesmos desejos e interesses, as feministas exigem que os livros escolares, os desenhos, as comédias, os anúncios comerciais e as peças teatrais mostrem os homens e as mulheres trabalhando em número igual como soldados, cientistas, bombeiros e motoristas de caminhão, até mesmo quando isso não tem nada a ver com a realidade. As atividades em que só há a participação de homens deverão ser classificadas como más, opressivas e discriminatórias. As mulheres nunca deverão ser mostradas como mães e donas de casa de tempo integral, a não ser como vitimas de violência doméstica, mulheres com distúrbios mentais e comportamento anti-social ou esposas casadas com maridos fanáticos religiosos.
As feministas radicais lutam por plena igualdade com os homens em todas as áreas. Contudo, será que o que elas querem é realmente possível ou necessário?
A função dos papéis sexuais tradicionais era valorizar e proteger o casamento e a vida de família. Em seus ataques contra esses papéis, as feministas estão demolindo as barreiras que cercam os bastiões masculinos na sociedade. As mulheres agora encontram amplas oportunidades de emprego, até mesmo no exército e na polícia. É nesse contexto que o cientista social Martin Van Creveld pergunta: “Há alguma área em que os homens estão em evidente vantagem e em que as mulheres jamais conseguirão desempenhar mais do que um papel mínimo?”  Numa análise extensa, publicada na revista Social Research (Pesquisa Social), Van Creveld ousa declarar que “tal área realmente existe… e seu nome é violência.” Em sua avaliação do sentido social da violência, Van Creveld chega ao ponto de sugerir que “uma de suas funções é separar claramente os homens das mulheres.” Van Creveld reconhece “a contínua feminilização da polícia e das forças armadas” nas nações industrializadas, mas deduz que esse fenômeno é uma “ilusão”. Ele comenta: “Quanto mais mulheres entrarem em algum setor da polícia, a probabilidade é que esse setor se distanciará mais dos casos de violência. Quando mais mulheres entrarem em algum setor das forças armadas, menos probabilidade esse setor terá de se envolver em operações militares sérias”. Van Creveld não precisa fazer uma pesquisa profunda para descobrir os motivos por que, até mesmo na polícia e no exército, não se encontram mulheres nos locais onde a violência ocorre. Ele diz: “Não há nada como a violência para penalizar a fraqueza. A violência faz isso de modo bem rápido, e faz da forma mais desagradável que se possa imaginar. Faz isso com conseqüências que, na maioria das vezes, não se pode remediar”.
O fato de que as mulheres estão começando a trabalhar como policiais e soldados não apagou “a realidade de que o corpo feminino é muito menos adequado para se envolver em situações de violência ou se defender contra ela”. Aliás, o exército possui provas convincentes da relativa fraqueza das mulheres. O Exército dos EUA, por exemplo, informa que em média as recrutas femininas “são 12 cm mais baixas, 14 kg mais leves, têm 16 kg a menos de músculos e quase 3 kg a mais de gordura do que em média têm os recrutas do sexo masculino. Comparando com a média dos recrutas masculinos, as recrutas têm só 55 por cento de força na parte superior do corpo e 72 por cento de força na parte inferior do corpo.” Entre os cadetes, 78 por cento dos homens, mas só 6 por cento das mulheres, conseguiam correr 3 km em menos de 14 minutos.
As feministas sempre tiveram a esperança de que um treinamento militar intensivo daria às mulheres uma força física de maior igualdade com os homens. Mas a realidade da biologia feminina tem despedaçado essa esperança. De fato, já que “os homens possuem a capacidade superior de ganhar musculatura física, o treinamento intensivo, em vez de diminuir as diferenças entre os sexos, tende a aumentá-las ainda mais”. Assim, após dois meses de tal treinamento, os cadetes do sexo masculino em West Point demonstram 270 por cento mais força quando estão sob pressão e realizam 473 por cento mais trabalho do que as cadetes do sexo feminino.
É claro, o que o exército está vendo já foi amplamente documentado em outras pesquisas. Um biólogo citado por Van Creveld calcula que “se fossemos selecionar os 100 indivíduos mais fortes de um grupo aleatório composto por 100 homens e 100 mulheres, então 93 seriam homens e só sete mulheres.” Contra o argumento de que a tecnologia moderna tornou irrelevante a força superior dos homens, Van Creveld mostra que no Exército Canadense, “de cada 100 mulheres que entraram no treinamento de soldado de infantaria, só uma conseguiu ser qualificada,” e que no Exército dos EUA, os oficiais descobriram que a maioria das mulheres “não conseguia nem mesmo lançar uma granada de mão na distância mínima — 35 metros — necessária para garantir que elas próprias não fossem atingidas pelos estilhaços.” Outro motivo por que as mulheres são mantidas afastadas de atos reais de violência no trabalho da polícia e no exército é que a relativa fragilidade dos corpos delas as deixa mais vulneráveis a ferimentos causados pela violência. Relatórios de West Point indicam que suas cadetes do sexo feminino “sofreram dez vezes mais fraturas de stress do que os homens,” e um estudo do Exército dos EUA feito em 1988 constatou que as mulheres tinham “o dobro de probabilidade de sofrer ferimentos nas pernas e quase cinco vezes a probabilidade de sofrer fraturas, em comparação com os homens.” Em situações em que as mulheres foram colocadas em exercícios envolvendo “saltos de helicópteros, descida de muros com a ajuda de cordas e outras atividades,” Van Creveld relata, “não há dúvida de que quem mais se beneficiou foram os hospitais ortopédicos.”
É de estranhar o fato de que no Exército dos EUA, que tem sofrido uma surpreendente feminilização, “varias pesquisas mostram que a última coisa que as mulheres alistadas querem ver é ações violentas”? É de surpreender que apesar do forte aumento no número de policiais do sexo feminino, “toda vez que é necessário enfrentar criminosos armados ou invadir um avião seqüestrado, os que aceitam o desafio são quase que exclusivamente homens”?  Desafiando essa e outras realidades, as feministas radicais continuam tentando criar a mulher “durona”, enquanto querem que os homens sejam treinados para serem sensíveis. Sua meta é a inversão de papéis.
Quando se atinge essa meta, o mundo natural vira de cabeça para baixo: as mulheres deixam de ser sensíveis para serem agressivas, porém os homens podem demonstrar uma mudança diferente. Mulheres masculinizadas podem ser duronas sem necessariamente serem lésbicas, mas homens feminilizados podem tornar-se muito mais que sensíveis. Podem virar homossexuais agressivos. E o movimento gay dá amplas e convincentes provas de agressividade. Embora o comportamento homossexual esteja ganhando adeptos entre homens e mulheres, é só no meio dos homens que seu crescimento tem sido explosivo. Mas as feministas não se importam com isso, contanto que a masculinidade normal desapareça. Para elas, pelo menos homens homossexualizados não representam “ameaça”, já que eles não têm a capacidade de se casar com mulheres e mantê-las na “vergonhosa, opressiva e desprezível condição de esposa submissa e dona de casa”. Seria de estranhar então o motivo por que elas dão tanto apoio aos ativistas gays? De acordo com a feminista Kate Millett, a liberação homossexual sempre vem logo depois da chegada da liberação feminista. Essa realidade que ela entendeu a Palavra de Deus já revelava há muito tempo: “Por causa das coisas que essas pessoas fazem, Deus as entregou a paixões vergonhosas. Pois até as mulheres trocam as relações naturais pelas que são contra a natureza. E também os homens deixam as relações naturais com as mulheres e se queimam de paixão uns pelos outros. Homens têm relações vergonhosas uns com os outros e por isso recebem em si mesmos o castigo que merecem por causa dos seus erros (Romanos 1:26-27)”.
Não se sabe se algum dia Kate Millett leu essa passagem de Romanos. Seja como for, ela não deixa de estar com razão. Na sociedade atual, enquanto elas estão tentando ser como eles, um número cada vez maior deles está virando “elas”.
 
 
29 O PROJETO SUPLICY
O Congresso Nacional Decreta: Art 1º É assegurado a duas pessoas do mesmo sexo o reconhecimento de sua parceria civil registrada, visando à proteção dos direitos à propriedade, à sucessão e aos demais regulados nesta lei.  Art 2º A parceria civil registrada constitui-se mediante registro em livro próprio, nos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais na forma que segue. (...)
Assim se inicia o Projeto de Lei nº 1.151, de 1995, de autoria da deputada Marta Suplicy. Ao ser lido em plenário, em 26/10/95, estava ele destinado a levantar grande polêmica. As primeiras críticas caíram sobre a idéia de casamento de homossexuais e lésbicas. Por todos os modos e meios, sua autora tentava explicar que não se tratava de casamento. Eis o texto usado, o da justificativa do projeto:
Esse projeto procura disciplinar a união civil entre pessoas do mesmo sexo e não se propõe dar às parcerias homossexuais um status igual ao casamento. O casamento tem um status único. Esse projeto fala de “parceria” e “união civil”. Os termos “matrimônio” e “casamento” são reservados para o casamento heterossexual, com suas implicações ideológicas e religiosas.
Talvez Marta Suplicy não tenha percebido que suas próprias palavras criaram a confusão, pois o parágrafo seguinte ao da citação acima diz: Está entendido, portanto, que todas as provisões aplicáveis aos casais casados também devem ser direitos das parcerias homossexuais permanentes.
A autora evita o uso das palavras “matrimônio” e “casamento”, numa tentativa de minimizar o impacto da medida, mas não abre mão de mais nada. O objetivo do projeto de lei, portanto, é estender aos parceiros do mesmo sexo todos os direitos civis reconhecidos aos casais heterossexuais, tais como: compra de imóveis, mediante renda conjunta; sucessão e herança; seguro-saúde; benefícios previdenciários; declaração conjunta de imposto de renda; direito à nacionalidade, no caso de estrangeiros que tenham parceiros cidadã ou cidadão, entre outros. A justificação da deputada menciona ainda outros benefícios importantes: estabilidade social, institucional, legal e sobretudo emocional; respeito, por parte da sociedade e do estado; diminuição da perseguição das famílias e da violência contra gays e lésbicas, por parte da sociedade.
A grande dificuldade que tal projeto apresenta à moral cristã é que ele coloca num mesmo balaio frutas diferentes. Por um lado, justifica a medida como uma ação concreta contra a violência, a discriminação, a intolerância. Todos sabem como gays apanham neste país. O projeto se reveste, portanto de um manto de misericórdia, com o qual tendemos a concordar.
Neste sentido, aliás, o cristão não pode perder de vista que o homossexual é gente por quem Cristo morreu. Nesse sentido, sua condição é tão desesperadamente necessitada de redenção quanto a de qualquer heterossexual. Onde, pois, a arrogância? Está de todo descartada. Onde a discriminação e a recriminação? Não devem ter lugar em nossos corações. Devem tais pessoas, ao contrário, ser objeto de tão ou maior amor, por parte da igreja e dos cristãos. Não apenas um amor que os deixa em paz, mas um amor que busca, que atrai, que evangeliza, que ajuda, que releva, que sustenta, que quer o bem, que tem paciência, que instila confiança, que perdoa a recaída e tenta outra vez. Seremos diferentes, em alguma coisa, quanto a essa necessidade de misericórdia? Teremos nós outros alguma esperança, se não encontrarmos na igreja tal tratamento?
Não nos iludamos, no entanto: ainda que algumas de nossas igrejas estejam preparadas para “alcançar” homossexuais, de uma forma geral não os queremos em nossos cultos, em nossas festas solenes com seus trejeitos esquisitos. Podemos até declarar amá-los, mas à distância. É contra isso, em parte, que se insurge a deputada. A meu ver, coberta de razão.
Esse projeto coloca no mesmo balaio, no entanto, toda uma proposta legitimadora e normalizadora do que chama de “orientação sexual”. Pretende estender a essas pessoas direitos civis e reconhecimento social próprios de uma sociedade democrática e pluralista: ...reconhece como legítimos os direitos de cidadania, dignidade e respeito aos direitos humanos de milhares de pessoas que, por sua orientação sexual, não podem ter seus direitos negados.
Aqui surgem duas frutas a separar no balaio. A questão de direitos civis e de cidadania e a questão da normalização da anormalidade. Coloco a questão com uma pergunta: o que se obterá como resultado dessa lei, eventualmente promulgada? Se formos aos textos da justificação do projeto de lei em análise, veremos que o direitos civis não parecem ser a preocupação principal. Veja como começa esse texto:
O presente Projeto de Lei visa o reconhecimento das relações entre pessoas do mesmo sexo, relacionamentos estes que cada vez mais vêm se impondo em nossa sociedade. A ninguém é dado ignorar que a heterossexualidade não é a única forma de expressão da sexualidade da pessoa. Logo de início perceberemos que a argumentação vai pelo caminho do inelutável. Ou seja, que devemos reconhecer que a heterossexualidade não é a única forma de expressão sexual. Portanto, as outras formas devem também ser reconhecidas. Não se menciona (por enquanto), orientações pedófilas, necrófilas, incestuosas, bestiais e outras “realidades” tão antigas quanto o homossexualismo. Elas virão, se houver precedentes. Na seqüência, o texto se torna ainda mais incisivo e revelador. Sob o pressuposto de que os fatos geram direitos, a deputada desenvolve todo um parágrafo, sob o título “Realidade e Direitos”, que cito integralmente:
Esse projeto pretende fazer valer o direito à orientação sexual, hetero, bi ou homossexual, enquanto expressão dos direitos inerentes à pessoa humana. Se os indivíduos têm direito à busca da felicidade, por uma norma imposta pelo direito natural de todas as civilizações, não há porque continuar negando ou querendo desconhecer que muitas pessoas só são felizes se ligadas a outras do mesmo sexo. Longe de escândalos ou anomalias, é forçoso reconhecer que estas pessoas só buscam o respeito às uniões enquanto parceiros, respeito e consideração que lhes são devidos pela sociedade e pelo Estado. Bem, aí está, a meu ver, o cerne da questão. Os direitos civis são importantes. E não o mote do projeto. Mas Suplicy busca muito mais. Busca a normalização do anormal. Quer, mesmo, tirar o fenômeno da opção gay do campo da “preferência” para colocá-lo no campo do “inelutável”. De opção, vira fato. De escolha, vira fato. De escolha, vira realidade da vida. De desvio, vira espécie. De pecado, vira genético. Com isso, vai-se a esperança daqueles que sofrem com seu estado, pois percebem que lhes é inútil lutar contra a natureza. E ao invés de buscarem ajuda, tentam impor sua condição.
Se a Igreja se cala, confusa entre reagir de forma cidadã e exercer misericórdia, comete a meu ver, três pecados de uma só vez: primeiro, deixa de proclamar profeticamente a esses pecadores (por que a exceção?) que há salvação e vida abundante em Cristo; segundo, deixa-se intimidar por um grupo de homossexuais arrogantes (são poucos, mas ousados e barulhentos) que querem, por todos os modos, acabar com aquele mesmo pluralismo que lhes garantiu o direitos de sair do anonimato; e terceiro, deixa de se manifestar, num processo democrático, sobre o que a maioria deseja para seu país (numa democracia a maioria vence, ainda que errada). Ou apenas os homossexuais terão o direito de pressionar parlamentares na direção do que julgam ser bom para a sociedade?
Se ninguém advertiu até agora ao prezado leitor, advirto-lhe eu: ministérios podem fazer muito mal à saúde. Pelo menos à saúde mental. Se não acredita, examine comigo o anúncio do Ministério da Saúde em que um jovem homossexual, abandonado pelo parceiro, é reconfortado pela amorosa família que lhe augura o breve advento de um namorado melhor, no tom exatamente de quem pintasse ante os olhos esperançosos da virgenzinha casadoura a imagem de sonho de seu príncipe encantado.  Essa breve lição de moral politicamente correta condensa, em poucos segundos, toda uma constelação de mensagens implícitas, cuja descompactação nos levará às mais surpreendentes descobertas.
Desde logo, os valores afetivos e princípios morais da unidade familiar monogâmica e estável, criada e consolidada a duras penas ao longo de milênios de educação judaico-cristã, aparecem ali como símbolos legitimadores de um tipo de relação que renega, de maneira frontal e ostensiva, esses mesmos valores e princípios. Por mais que se pretenda tergiversá-las, as condenações da Bíblia ao homem que usa outro homem como mulher são incontornáveis, e é precisamente em louvor desse uso que o anúncio apela ao prestígio de um modelo de família que é, também incontornavelmente, criação histórica e expressão social do ensinamento bíblico.
Trata-se, portanto, de um exemplar característico daquilo que Pavlov denominava estimulação paradoxal: a mente é aí convidada a ir ao mesmo tempo em duas direções que se negam e se anulam reciprocamente. A diferença entre a estimulação paradoxal e a exposição franca de um paradoxo é que, na primeira, a contradição não vem apresentada como tal, mas disfarçada de pura identidade lógica, óbvia, tranqüila e improblemática, sendo a percepção da incongruência relegada para a penumbra do inconsciente. Mesmo que os telespectadores sintam algum desconforto consciente ante o anúncio, pouquíssimos serão capazes de desfazer o angu psicológico e libertar-se do seu efeito por meio da verbalização explícita do paradoxo nele embutido. Muitos cairão no engodo de discutir o seu explícito conteúdo pró-homossexual, sem se dar conta de que nele há algo de muito mais grave que isso. O resultado da estimulação paradoxal repetida, segundo Pavlov, é a ruptura das cadeias associativas em que se baseia o raciocínio. Essa ruptura leva a um desconforto psíquico do qual, após certo número de repetições, o cérebro aprenderá a buscar alívio mediante o mergulho num estado de paralisia do juízo crítico, de estupor da consciência. Acossada e inerme, incapaz de reação eficiente, a vítima tentará ajustar-se ao novo estado de coisas pelo recurso desesperado à inversão mecânica de suas reações habituais. Cães passarão a morder o dono e a lamber as mãos de estranhos. Seres humanos passarão a amar o que odiavam e a odiar o que amavam.
Essa mudança pode parecer temporária, mas na verdade não é assim. Experiências baseadas na teoria da "dissonância cognitiva", do psiquiatra Leon Festinger, demonstraram que qualquer pessoa, induzida a adotar, mesmo temporariamente, uma conduta hostil a seus valores e princípios habituais, acabará em geral mudando retroativamente de valores e princípios, não mediante uma reflexão crítica séria, é claro, mas por uma grosseira acomodação irracional destinada a aliviar o sofrimento da incongruência mal conscientizada.
O modus operandi do anúncio é, portanto, o de uma característica manipulação de reações subconscientes: inocular na psique do espectador um desconforto neurotizante que o forçará a mudar de valores e princípios sem ter tido sequer o tempo de refletir sobre o assunto. O dano psíquico decorrente da brincadeira pouco importa aos planejadores da mutação. A dissonância cognitiva não reconhecida nem tratada como tal, mas contornada por adaptação inconsciente e racionalizações, acabará por minar toda a unidade da psique, rebaixando o nível de consciência do indivíduo, sujeitando-o a novos conflitos neuróticos e tornando-o vulnerável a quaisquer manipulações subseqüentes, principalmente vindas do mesmo agente estimulador.
O anúncio está, portanto, destinado a produzir entre os telespectadores as mais espetaculares mudanças de conduta, de sentimentos, de discurso? mas nada disso através de discussão democrática, de persuasão racional, e sim por meio da manipulação perversa que os transformará em fantoches nas mãos dos engenheiros comportamentais do Ministério da Saúde. A esta altura, o efeito em alguns milhões de brasileiros já se tornou praticamente irreversível.
Que semelhante violência seja feita em defesa da homossexualidade ou de qualquer outra coisa, pouco importa. Não é esse o ponto. A conduta homossexual poderia sem dificuldade ser amparada juridicamente com base no respeito à privacidade das opções individuais, um direito elementar. Mas legitimá-la por meio de sua identificação artificiosa com as relações familiares tradicionais não é defender nem respeitar direito nenhum: é destruir de um só golpe toda a ordem racional em que se assenta a noção mesma de direito, é paralisar todas as inteligências pelo uso maciço da estimulação paradoxal e pela institucionalização da dissonância cognitiva. É reduzir as massas à mais dócil imbecilidade e instaurar a ditadura da engenharia comportamental. Falar em "cidadania", nessas condições, é uma pilhéria macabra: a escravidão psicológica é absolutamente incompatível com o livre exercício do julgamento racional, sem o qual não existe cidadania, nem liberdade, nem democracia.
 

30 COMO OS ATIVISTAS HOMOSSEXUAIS ESTÃO AGINDO
Os grupos de homossexuais, chamados de ativistas, estão cada vez mais fortes. Estes grupos têm alcançado a cada ano, maior espaço na mídia, onde levam suas mensagens de toda forma de amor é válido e o que conta é ser feliz. Com todo este espaço, estes grupos já conseguem influenciar pessoas, principalmente adolescentes e jovens a se descobrirem homossexuais. Por incrível que pareça estes grupos já possuem uma cartilha direcionada aos que desejam contar para os pais que são homossexuais. Enquanto os ativistas homossexuais, que também precisam conhecer o amor de Jesus, estão pregando liberdade para prática homossexual, o que temos feito como igreja de Cristo para alcançar estas vidas? Segue abaixo texto utilizado pelos ativistas para ajudar os filhos a dizerem aos pais sobre sua homossexualidade.
Como contar da sua homossexualidade aos seus pais: Este texto não tem como objetivo fazer que as pessoas saiam contando aos seus pais que são homossexuais. A maioria dos jovens que contam aos seus pais sobre a sua homossexualidade sofre muito com a não aceitação imediata desta nova informação.  É bastante complicado querer que nossos pais aceitem algo de imediato, enquanto muito de nós, por longo tempo, tentaram não acreditar que eram diferentes. Segue então a primeira dica: saiba se aceitar, seja você mesmo, converse com amigos, você não precisa provar nada a ninguém. As dicas a seguir seguem o pressuposto de que você quer que seus pais apóiem as suas atitudes que não fazem parte de uma “opção” sexual e sim de uma orientação sexual motivada por um desejo, sobre o qual não temos controle, mas que nos faz sentirmos que gostamos mais de pessoas do mesmo sexo do que pessoas do sexo oposto.
Cada família é única, porém muitas são as fases, após saberem da sexualidade de seus filhos, que os pais respondem de formas parecidas. É muito importante você saber o que te espera e antecipar-se a desmistificar o que seus pais vão ter como preconceitos. Por exemplo, antes de contar aos seus pais, você deve saber o que eles pensam dos homossexuais. Muitos acham que são promíscuos, que homossexuais são pervertidos, que ser homossexual é sinônimo de pedofilia. Tente amenizar o preconceito de seus pais ao máximo, para reduzir os danos e o tempo que eles ficaram “trancados” para discussão quando você contar à eles.
Tenha certeza do que sente. Não conte se você não está pronto para responder esta pergunta, que com certeza será uma das primeiras. Se você atravessa um período de depressão, culpa, é um sintoma de que também não é a hora certa. Tens apoio? Saiba que seus pais podem reagir de forma inconseqüente e até te expulsarem de casa, você tem para onde ir? Os pais geralmente usam isto como arma para manter os filhos dependentes com a falsa ilusão de que eles irão mudar de orientação sexual, pois dependem dos pais. Você sabe o que seus pais pensam dos homossexuais? Tem casos na família?  Como está o clima da sua família? Se for mais um problema para eles, com certeza eles irão ignorar este mais recente. Você tem paciência? Pois o processo de assimilação pode demorar muito e às vezes pode levar anos. Porque você quer contar? Pois os ama e precisa deles? Se for, é um ponto a favor. Jamais conte durante discussões ou por se sentir excluído das atenções deles. Compre um livro para pais, existem também diversos textos na internet entre outros. Sua relação com seus pais é saudável, se vocês compartilham sentimentos, momentos em família e sempre jogam aberto, tem uma grande chance de seus pais lidarem bem com a sua homossexualidade. Se os teus pais vêem os assuntos sociais com visão moralista, mesmo que eles não as sigam, você pode prever dificuldades em entenderem a sua sexualidade.
Inversão de papeis. Quando contar a seus pais da sua sexualidade, eles é que terão de aprender contigo o que se passa com você. Ou seja, você vai na frente e eles irão te acompanhar nas descobertas, sendo que você está anos a frente neste processo de assimilação. Não vai ser fácil.  Não acredite que tudo será depressa. Muitos pais sentem a perda de todos os seus sonhos e projeções. O importante é você mostrar que eles não perderam o filho que eles sempre sonharam e sim que o sonho deles foi um pouco modificado e que você nem eles têm  culpa de você ser diferente, que o seu sonho é ser aceito com os seus sentimentos. Com compreensão, amor e um jogo de ceder dos dois lados, irá tornar uma relação recuperada e muitas vezes melhoria. O mais importante é que eles entendam o valor da sua honestidade e você entenda o valor da honestidade deles.
Se os seus pais não faziam a mínima idéia, eles com certeza irão sofrer um choque. É um momento de grande desgaste emocional, com choro, e às vezes dias neste estado. Basta ter paciência e respeitar este estado de seus pais, que é um estado que nosso organismo produz para se proteger de grande tensão e infelicidade. Se os seus pais já desconfiavam, será um pouco mais fácil, a não ser se você mentiu para eles quando eles quiseram saber anteriormente. A mentira não é legal, se você não sabe se sente à vontade para falar no assunto, diga isso, não conte de experiências suas. Embora muitos pais perguntem, eles não conseguem de primeira entender como os homossexuais se amam.
A negação ajuda as pessoas se protegerem de mudanças, de uma mensagem ameaçadora ou dolorosa. Demonstra que a informação começa a ser assimilada. As reações de negação podem ser: “Não coloquei filho no mundo para ser viado”, “É só uma fase, vai passar”, entre outras frases, onde os pais demonstram ignorância da realidade, indiferença ou rejeição. Não dar ouvidos, mesmo quando parecem provocações pois, nesta fase os pais tentam acreditar que os filhos estão contra eles, mais uma forma de negação.
Nesta fase os pais insistem que fizeram algo de errado. O que é muito perigoso, pois entre eles passam a se acusarem. “Onde foi que eu errei”, a mãe geralmente leva a culpa por ter “educado” os filhos e o pai se sente culpado por ter estado muitas vezes ausente. Quando os pais são separados, eles se sentem mais culpados, aquele que ficou com a guarda do filho muitas vezes acha que foi sua falha. Nesta fase os pais são verdadeiros egoístas, pois esquecem o que você sente e passam a se preocupar em achar culpados. Raramente eles se convencem de que erram, até porque não é verdade, quando eles passarem a  te culpar você irá perceber que eles estão saindo desta fase.
Agora, depois de fases improdutivas, porém necessárias, os pais passam a prestar realmente atenção em você. As coisas parecem ter mais nexo e as conversas passam a ser mais elucidativas. Alguns pais tem facilidade de se expressarem, outros não. Nesta fase eles tentarão fazer você entender que não é certo e você poderá demonstrar que optou em seguir o seu coração. Sentimentos como raiva, mágoa, desespero se expressam nesta fase, você precisa de muita paciência e quem sabe uma ajuda de fora, como um psicólogo.
À medida que o trauma emocional passa, abre espaço para a razão. Os pais refletem e tomam decisões. É como se eles quisessem resolver o assunto, que muito já foi discutido. Irmãos de homossexuais sempre pressionam os pais nestas ocasiões, eles podem ser grandes aliados, assim como parentes próximos ou amigos dos seus pais. A principal preocupação dos pais é com o preconceito da sociedade, o que os amigos irão falar, lembre-se que eles querem o seu bem sempre, mas muitas vezes não querem “sair do armário” como pais de homossexuais. É muito importante que eles compreendam que você precisa estudar, crescer na vida, isso faz parte dos sonhos deles, se comprometa em não ser totalmente diferente. Os pais podem vir a apoiar de diversas formas, seguindo o que eles acham ser suficiente. Alguns pais ignoram os fatos e decidem que não mais discutirão o assunto, isso não é necessariamente negativo, eles chegaram nos limites e não estão prontos para ultrapassá-los. Mostre a eles que você os ama, que você se cuida, que você entende eles. Convide-os a conhecer seus amigos.
Guerrilha constante: Alguns pais não tolerantes transformam o assunto em um tema de constantes agressões e cobranças. O que será muito desgastante para o homossexual, que já lida com isso fora de casa, a todo o momento. Alguns pais têm retrocessos e volta e meia dão um passo para trás. O importante é quando você não vê progresso, procure outro caminho, como a independência financeira, não jogue com agressões como sair da escola, falar que vai se matar ou chantagens emocionais. Mostre sempre que você joga com a honestidade e que espera que eles entendam que você jamais fez isso para contrariá-los.
Nem todos os pais conseguem chegar até aqui. Em uma aceitação total. Alguns amam seus filhos, sem aceitar a vida do filho. Outros, porém, chegam a festejar a diferença de seu filho. O pai perfeito para um homossexual seria aquele que se junta a seu filho para tornar a sociedade mais receptiva à diversidade humana, que entende o que o filho passa todos os dias e que espera que ele lute contra as injustiças e homofobia da sociedade, e que sempre poderá contar com eles. Nesta fase os pais sentem culpa de pertencer a uma sociedade culpada, uma sociedade homofóbica e machista. 
A igreja de Cristo precisa se voltar para abraçar estas vidas com amor incondicional. Jesus deixou claro em suas palavras para que levássemos o seu Evangelho para toda criatura, e toda criatura diz respeito também aos praticantes da homossexualidade. O que temos feito como corpo de Cristo para ajudar vidas que desejam deixar as práticas homossexuais?
 

30.1 O MOVIMENTO HOMOSSEXUAL
Casamentos homossexuais. Manifestações a favor de direitos homossexuais. Campanhas pela aceitação social e legal da homossexualidade. De onde vêm essas reivindicações? Que forças estão por trás delas? Aonde essas tendências levarão a sociedade?
Precisamos tentar entender os sinais dos tempos, olhando para o que ocorre no mundo. Devemos interpretar os acontecimentos à luz da Palavra de Deus. Muito do que está ocorrendo provém da globalização. A existência de grupos homossexuais radicais é um fato recente e até há pouco tempo restrito a uns poucos cantinhos escuros dos países industrializados. Mas, com o advento da globalização cultural, as reivindicações de direitos dos homossexuais são agora um fenômeno presente e crescente em quase todas as nações.
Dizemos fenômeno porque, embora o comportamento homossexual seja conhecido desde os tempos mais antigos é a primeira vez na História que líderes homossexuais estão trabalhando para unir toda a população homossexual.  Além de trabalhar para manter homens e mulheres presos à homossexualidade, o movimento também está empenhado em proteger os homossexuais e as lésbicas contra o evangelismo cristão. Os ativistas se enfurecem quando alguém se converte e abandona a homossexualidade.
Os que se mostram contrários às suas práticas passam a ser acusados de discriminadores. Porque tais pessoas se tornaram vítimas de tanta intolerância por parte dos militantes homossexuais? Porque se opuseram às tentativas dos militantes homossexuais de alterar legalmente a definição de casamento, para que deixe de ser apenas a união de um homem e uma mulher, forçando todos os cidadãos a fingir que é tudo a mesma coisa.
A verdade porém, é que o movimento homossexual está apenas começando seu grande projeto de homossexualização geral. Precisamos, então, conhecer seu sentido e impacto na sociedade e nas igrejas. Enquanto os líderes cristãos dormem em seu posto de vigia, o inimigo sente-se livre para agir. Por isso, as sociedades sueca, norueguesa e dinamarquesa, cuja maioria absoluta da população é evangélica, têm a legislação mais favorável à homossexualidade no mundo. Eles tornaram-se como Ló e acomodaram-se às novas condutas. “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta conhecimento... (Oséias 4:6)”.  Se não alcançarmos os homossexuais comuns com o amor de Jesus agora, mais cedo ou mais tarde, os militantes irão recrutá-los. Nós somos sal e luz e devemos influenciar a sociedade e ajudar a preservar seus valores éticos e morais conforme em Mateus 5:13-16. Caso contrário, a liderança homossexual introduzirá seus próprios padrões em todas as esferas sociais. Nesse sentido, esta é uma indispensável obra de referência para líderes cristãos, legisladores, políticos, juízes, professores, advogados, educadores e para todos os que se preocupam com o bem-estar social. Embora não seja fácil tratar claramente de certas práticas imorais do movimento, a orientação que Deus dá em Efésios 5:11-13 é bem específica: “...tragam tudo isso para a luz. Pois é vergonhoso até falar sobre o que eles fazem em segredo. E, quando tudo é trazido para diante da luz, então se descobre a sua verdadeira natureza.”
Não é prudente agir precipitadamente, sem ter o devido conhecimento (Provérbios 19:2). Com esse conhecimento, teremos condições de agir, permitindo que o Espírito Santo nos encha e dirija. Poderemos deixar que o Senhor Jesus Cristo brilhe desimpedidamente através de todas as oportunidades de testemunho cristão que tivermos.
Procuremos abrir espaço em nossa igreja para pessoas e ministérios com visão direcionada a responder aos diversos desafios do movimento homossexual. Não deixemos, pois, a letargia de Ló, enfraquecer nosso testemunho cristão em momento tão presente.
“Após quatro anos de namoro, Adauto Belarmino Alves, 29, e Cláudio Nascimento Silva, 23, formalizaram hoje sua relação de casal sob bênçãos de um ex-seminarista. Nem mesmo a AIDS se transformou numa barreira para a festa de “casamento” dos dois, que se dizem apaixonados. Alves tem o vírus da AIDS e afirma que só pensa na vida. “Eu não vou pensar em morrer. Ainda tenho muitas coisas para fazer”, afirma. Sob juras de intenso amor, os dois prometem continuar a ter uma vida sexual ativa e segura... os dois são militantes de grupos que lutam pelos direitos dos homossexuais...A cerimônia será baseada num casamento de homossexuais que Alves assistiu há um ano na Suécia, celebrado por uma Igreja de lá”.
 Antes de ser eleita deputada federal em 1994, Marta Suplicy sugeriu algumas medidas, tais como: boicote a produtos e programas que desrespeitem o homossexual, assim como reclamação aos órgãos da imprensa e ações jurídicas, quando devidas; e educação sexual, para que as crianças e os adolescentes aprendam acerca da homossexualidade. A Suécia e a Noruega, países escandinavos com forte tradição evangélica, também adotaram uma legislação pró-homossexual.
Os grupos homossexuais, aliás, estão sabendo tirar proveito dessa liberação. Seus líderes estão adotando estratégicas para levar os cidadãos comuns, autoridades, instituições e igrejas a colaborarem, inconscientemente, com a revolução social que o movimento homossexual pretende realizar.
Enquanto a maioria das pessoas demonstra indiferença e prefere não se envolver, o movimento homossexual avança sob refinada máscara social. Quem se opuser a ele ou condená-lo do ponto de vista moral, estará arriscando-se a ser tachado de “homofóbico” – indivíduo portador de “doença” descrita como nojo ou medo da homossexualidade.
Na Inglaterra, a Associação de Planejamento Familiar recomendou o livro “Transa Legal”, de Jane Cousins, para auxiliar nas aulas de educação sexual nas escolas. Sobre a homossexualidade, esse livro ensina que: “..O modo como gozamos o sexo deve ser um assunto de preferência individual. Não há motivo para crer que, caso fôssemos parar numa ilha deserta apenas com uma pessoa do mesmo sexo, não acharíamos fácil e natural manter uma relacionamento sexual com ela. Muitas pessoas, se deixadas a seus próprios instintos, descobririam que são bissexuais e poderiam gozar relacionamentos com mulheres e homens. Sexualmente, os homossexuais têm os mesmos tipos de relacionamentos que os heterossexuais. Eles podem ter relações sexuais por prazer, por curiosidade, por amizade ou por amor. Eles dão e recebem prazer e satisfação beijando, deitando-se, tocando  e estimulando os órgãos sexuais um do outro com as mãos e com a boca, exatamente como as pessoas que não são homossexuais. Alguns, mas não todos, homossexuais masculinos, têm relação anal (que significa colocar o pênis dentro do ânus) tal qual fazem alguns casais heterossexuais. Para os homossexuais, a relação sexual é tão natural como é para as outras pessoas. Cabe a eles decidir o que fazem e como dão e recebem prazer... A homossexualidade não é uma doença – é uma simples questão de instinto sexual dirigido ao mesmo sexo”.
Ainda na Inglaterra, em 1985, o boletim do Grupo de Professores Homossexuais manifestava claramente a intenção do movimento homossexual com relação aos livros escolares: “No currículo escolar, queremos desenvolver recursos e idéias para melhorar a discussão e o ensino sobre relacionamentos pessoais e homossexualidade. Onde for apropriado, incluiremos referências à homossexualidade”.
No mesmo ano, o distrito de Newham, a leste de Londres, instruiu a União Nacional de Professores a realizar campanhas a nível local e nacional a favor da “...promoção de atitudes construtivas e positivas para com a homossexualidade no currículo escolar e o desenvolvimento de material educativo para combater sexismo.”
No Brasil, o Centro Internacional de Fecundidade do Adolescente ajuda a publicar o periódico “Transa legal”, destinado a professores e estudantes. A preocupação com os papéis sexuais é a característica mais significativa desse tipo de educação. Trata-se de uma educação que rompe com as funções naturais do homem e da mulher em favor da liberação individual. Os alunos são instruídos a questionar os fatos normais da sexualidade masculina e feminina. Obviamente esse debate tem como finalidade incliná-los a aceitar as novas e diferentes formas de conduta sexual dentro da sociedade, tais como feminismo e a homossexualidade, sem discriminação.
Outro importante livro usado por professores brasileiros é “Educação Sexual nas Escolas”, publicado pelas Edições Paulinas, o qual declara: “Muitos homossexuais relatam que se definiram sexualmente a viver experiências heterossexuais pressionados pela família, igreja e sociedade em geral. A intensidade de sentimentos, emoções e atrações que as pessoas sentem, umas pelas outras, podem ser fatores determinantes da parceria sexual de uma pessoa, desde que ela sinta livre de preconceitos, medo e culpa”.
Em 1985, Len Munsil, redator do jornal da Universidade Estadual do Arizona, escreveu  uma coluna chamada “O Evangelho Homossexual”. Nela, ele dava orientações aos estudantes que tentavam encontrar a própria identidade sexual. Aconselhava-os a fugir de um estilo de vida que os levaria à destruição, tanto do corpo quanto da alma. Além das ameaças, palavrões e tentativas fracassadas de perseguição, colocaram o nome dele e número de telefone nos banheiros usados pelos homossexuais da cidade de Tempe.
Aproveitando esta pressão estrangeira, a deputada federal Marta Suplicy (PT-SP) se dispôs a dar a sua contribuição para essa causa. Como presidente de honra da conferência, foi saudada pelos homossexuais (inclui aqui as lésbicas) aos gritos de “poderosa” e “maravilhosa”.
A infiltração homossexual tem sido sentida não só na política, educação e outros meios sociais, mas também nas igrejas evangélicas. Em algumas, os líderes e membros estão confusos e despreparados, não têm convicções bíblicas quanto às práticas homossexuais. E os grupos ativistas homossexuais estão tirando proveito disso. As igrejas homossexuais têm mais de quinhentos mil membros. A Igreja da Comunidade Metropolitana é uma dessas e está se expandindo nos Estados Unidos. Enviei um observador a um congresso avivalista deles, em Dallas, Texas. Cada delegado, ao se registrar, recebia um pacote. Esse continha, entre outras coisas, duas revistas masculinas de homens nus e uma lista de todos os bares para homossexuais  de Dallas. Eles podiam deixar o culto, ir para o bar escolhido e  juntar-se ao amante pelo resto da noite. E esses delegados se denominavam “pastores”. Como eles cantavam! Eles louvavam o Senhor com entusiasmo. Mas o evangelista deles alterou a mensagem do evangelho de forma formidável. Disse ele: “É verdade que Paulo condenou os homens que mudaram o uso natural e se inflamaram uns com os outros. Entretanto isso não se aplica a nós. Não mudamos nada. Nascemos desse jeito. Por isso, assumam abertamente o que são. Encham-se do Espírito Santo e gozem sua homossexualidade”.
Os líderes cristãos que se dispõem a desaprovar publicamente o estilo de vida homossexual são condenados e tachados de “anti-homossexuais”, “homófobos” e fanáticos religiosos pela imprensa.  Assim, enquanto algumas igrejas, com receio de perder membros e a aceitação popular, procuram assumir posicionamentos que não desagradem à maioria, os homossexuais vão exigindo mais e mais direitos especiais. Temos à disposição, na Palavra de Deus, o plano claro do Senhor para a sexualidade humana. A  confusão que existe sobre o papel sexual masculino e feminino provém da liberdade de consciência sem a plena dependência das Escrituras. Alguns acham que as passagens bíblicas sobre a função sexual do homem e da mulher deveriam ser interpretadas levando-se em consideração as modernas descobertas psicológicas e médicas.
Qual deve ser a nossa posição com relação aos que querem revisar o ensino sexual da Bíblia com base na ciência e na psicologia moderna? Comentando sobre a atitude correta do cristão diante da homossexualidade, o Dr. James Dobson escreveu na edição de março de 1991, da revista Focus on the Family: “...não posso apoiar o posicionamento revisionista das Escrituras, pois pretende interpretar a homossexualidade apenas como outro estilo de vida disponível aos cristãos. As pessoas que foram inspiradas por Deus para escrever a Bíblia não teriam referido à homossexualidade com tal aversão se não fosse uma  prática errada aos olhos de Deus. Toda vez que essa perversão é mencionada no Novo Testamento, está enumerada juntamente com os mais horrendos pecados e comportamentos. Veja o que o apóstolo Paulo, por exemplo, escreveu em 1Coríntios 6:9,10 e em Romanos 1:26,27”. Quando os ativistas gritam contra os cristãos que são a favor da Palavra de Deus nua e crua sobre a homossexualidade ser errada aos olhos de Deus, deve-se fazer como o Sr. Greer que ao ser atacado por militantes homossexuais disse: “Quando me atacam, eles atacam a Deus, não a mim. Não estou com raiva. Ter raiva deles seria como ficar com raiva de um cego que pisou no meu pé. Embora os homossexuais estejam envolvidos num estilo de vida destrutivo, eu creio que eles são seres humanos criados à imagem de Deus. Não tenho medo deles e como prova que me preocupo dom eles, desejo convidá-los a almoçar comigo. O ato mais compassivo que posso praticar é dizer a verdade a eles, diz o pastor”.
O governo e o movimento homossexual estão oferecendo a solução de sempre: educação sexual nas escolas, TV, etc. Essa educação, na qual o governo tem investido verbas monumentais, não só exalta a camisinha, mas também procura convencer a todos de que o preservativo é a melhor proteção contra a AIDS e outras doenças sexuais. Ninguém pode negar que a camisinha protege. Protege, por exemplo, as pessoas da vergonha e do incômodo social de serem obrigadas a cessar seus relacionamentos homossexuais ou heterossexuais; neste último caso, fora da fidelidade conjugal.
As campanhas educativas do governo e das organizações não governamentais não condenam as práticas sexuais erradas dos heterossexuais nem as dos homossexuais, que são a principal causa da presente crise (1984). Condenam apenas a ausência da camisinha em seus atos. As propagandas de incentivo ao uso do preservativo são, por enquanto, o recurso empregado pelos pervertidos para proteger a liberdade e continuidade de suas relações sexuais-naturais.
As campanhas educativas de combate à AIDS, então, estão protegendo as condutas sexuais imorais e prejudiciais à saúde contra a desaprovação social. Estão também dando às pessoas uma falsa sensação de segurança. Muitos pensam que não precisam se preocupar em parar suas relações sexuais não-naturais, desde que usem a camisinha. Centenas de milhares de jovens homossexuais e heterossexuais hoje não estariam mortos, dizimados pela AIDS, se tivessem sido devidamente prevenidos de que o sexo sem compromisso poderia trazer-lhes um fim tão doloroso. E mais centenas de milhares não estariam agora contaminados pelo vírus mortal se as propagandas de “sexo seguro” não os tivessem incentivado a ter relações sexuais fora do casamento heterossexual. Qualquer outro tipo de relacionamento sexual é, sem dúvida, o maior aliado da AIDS e das doenças venéreas.
A história que narramos a seguir ocorreu em Israel, cerca de 1.300 anos antes de Cristo. Certo levita e sua mulher tiveram de passar pelo território de Benjamin, em sua viagem para a região montanhosa de Efraim. Como já estava tarde e a viagem seria longa, eles resolveram parar em Gibeá para passar a noite. Contudo um velho morador do lugar, sentindo penas deles, insistiu para que se hospedassem em sua casa, pois o levita planejava dormir na praça da cidade. “Certamente”, pensou o velho, “esse sujeito não sabe as coisas que ocorrem por essas ruas...”
Mas o que poderia acontecer de estranho numa cidade pequena como Gibeá? Não eram seus moradores da tribo de Benjamin, povo escolhido por Deus? No passado, os homens daquela tribo eram soldados corajosos que marcharam sob a direção do Senhor. Entre eles, assim como em todo Israel, nenhum tipo de pecado social era tolerado, nada que pudesse ameaçar a família. As crianças podiam brincar livremente na rua e as pessoas estavam sempre louvando o Senhor. No entanto agora eles viviam em outro ambiente. A atmosfera dominante tornara-se diferente porque eles não eliminaram completamente a influência dos pagãos de sua região. O fato é que os costumes dos cananeus que habitavam no meio do povo de Benjamin acabaram minando toda sua resistência moral. A homossexualidade, que era comumente praticada nas religiões cananéias, foi aos poucos se introduzindo na vida social do povo de Deus.
Como conseqüência, as ruas de Gibeá deixaram de ser seguras. Nelas agora rondavam estupradores homossexuais. Foi por isso que o velho se dispôs a acolher os viajantes em casa. Ele quis protegê-los de um eventual abuso sexual. Entretanto, já abrigados em casa, eles foram surpreendidos com batidas insistentes na porta e homens do lado de fora gritando ao velho: “- Traga para fora o homem que está na sua casa! Nós queremos ter relações com ele (Juízes 19:22)”. Gibeá, antes cidade de moradores dedicados a Deus, encontrava-se agora dominada pela influência homossexual. Esse mal chegara a tal ponto que um servo do Altíssimo sofria ameaça de violência sexual na própria terra do Senhor! A tentativa de estupro contra o levita e o crime sexual que se seguiu fizeram com que todas as outras tribos de Israel se reunissem para exigir que aqueles homossexuais fossem punidos.
Contudo os habitantes de Gibeá se colocaram ao lado de seus cidadãos homossexuais. Aliás, toda a tribo de Benjamin não quis dar atenção aos outros israelitas, pois a homossexualidade estava tão integrada em seu meio que, para eles, não havia razão para erradicá-la só por causa de um crime cometido por uma minoria.  Mas o objetivo de Deus não era simplesmente castigar os excessos daqueles homens. Ele queria cortar o mal pela raiz. Para que toda influência homossexual fosse arrancada do meio do povo de Deus, o Senhor ordenou que os benjamitas fossem combatidos. Na guerra que se seguiu, morreram quarenta mil soldados de Israel e vinte e cinco mil de Benjamin, sem mencionar as vítimas civis, que foram em número muito maior. Esse foi o preço que eles tiveram de pagar para deter a ameaça homossexual, e Gibeá, com seus costumes homossexuais, foi totalmente incendiada. Quanto à tribo de Benjamin, que se posicionara a favor dos direitos dos homossexuais, quase foi extinta.
A tragédia moral de Gibeá é um alerta para a comunidade cristã de todos os tempos. Ela mostra que não só a sociedade secular, mas também os próprios crentes são suscetíveis de perder a aversão pelas opiniões e práticas sexuais erradas. O ex-povo de Deus de Gibeá foi destruído porque não amou a Palavra do Senhor, nem obedeceu a ela.  Muitos hoje não querem dar atenção a esse alerta. Exemplo disso é o relatório de 1993, da Igreja Evangélica Luterana dos Estados Unidos, no qual se afirma: “As pesquisas sociológicas e psicológicas modernas têm estabelecido a distinção entre a orientação homossexual e a atividade homossexual. Ninguém jamais soube disso antes. Os escritores dos livros da Bíblia certamente não sabiam disso. A orientação sexual não é algo que uma pessoa escolhe. Provavelmente, todas as pessoas nascem com uma orientação sexual particular, assim como algumas nascem com olhos azuis, outras com olhos castanhos...”. O relatório então conclui que há casos em que a homossexualidade não pode ser condenada. Em resposta, Larry Christenson, famoso teólogo luterano, escreveu: “Todo ser humano nasce com uma inclinação para o pecado. A orientação sexual não é uma distinção moderna que requeira uma reavaliação radical da atitude da igreja para com a homossexualidade. Essa é uma idéia que só prospera na mente de pessoas que querem colocar a teoria sociológica no lugar da teologia da Bíblia.”
Como a tribo de Benjamin, algumas denominações evangélicas, acompanhando as tendências sociais, estão se tornando tolerantes para com a homossexualidade. Obviamente essa complacência é também um dos desejos do movimento homossexual. O vício dos sodomitas é uma barbaridade sem paralelo... A sodomia deseja o que é totalmente contrário à natureza. De onde vem essa perversão? Sem dúvida vem do diabo. Entretanto, muito antes da era cristã, o próprio judaísmo já se opunha a essa prática, sendo a única religião do mundo antigo a manter esse posicionamento. Na Grécia e em Roma, entre os fenícios e os cananeus, a preferência sexual de um homem por outro, ou a relação de um homem com um menino, não era considerada anormal.  O judaísmo foi a primeira religião a afirmar que as relações sexuais deveriam se confinar ao relacionamento conjugal. A Tora, a Lei de Moisés, condena os atos homossexuais classificando-os como “abominação”, termo reservado aos crimes mais graves. A Tora advertia aos judeus de que a terra prometia que estavam para herdar “os sodomitas” caso seguissem  os costumes dos cananeus, um dos quais era a sodomia. Então, para proteger seu povo de influências moral, espiritual e socialmente destrutivas, Deus prescreveu a pena mais rigorosa para as práticas homossexuais: “Se um homem tiver relações com outro homem, os dois deverão ser mortos por causa desse ato nojento; eles serão responsáveis pela sua própria morte (Levítico 20:13)”.
Portanto vemos que os homens que praticam a homossexualidade são condenados à morte, embora as mulheres sejam poupadas. Mas muitos têm tentado evitar o significado óbvio dessa passagem. Eles argumentam, por exemplo, que tal lei foi criada só para Israel, e não se aplica a mais ninguém. Contudo a Bíblia indica claramente o castigo de Deus contra outras nações que violaram essa lei. Aliás, o Senhor disse aos judeus que ele estava aniquilando os cananeus por causa de sua perversão sexual: “Não imitem os costumes dos povos que eu vou expulsar dali; conforme vocês forem tomando posse da terra. Eu fiquei aborrecido com eles por causa das coisas imorais que faziam (Levítico 20:23)”.
Logo que os judeus se estabeleceram na terra, Deus colocou suas leis como testemunho para os países vizinhos de Israel. Entendemos facilmente que o Senhor queria que suas leis anti-sodomia influenciassem e mudassem os costumes pró-sodomia daqueles países.  No entanto por que será que as leis bíblicas anti-sodomia só condenam os homens à morte? Já que a homossexualidade feminina é tão antigo quanto a masculina, seria lógico supor que Deus deveria também prescrever a pena capital para as lésbicas? Mas, estranhamente, ele poupa as mulheres. Será mero preconceito divino contra os homens? Se não, qual é o elemento que isenta as mulheres e condena os homens?
Para o Dr. Charles Provan, médico e escritor americano, em ambos os casos a homossexualidade é considerada pecado pelos cristãos. Mas a razão por que na Bíblia elas não são condenadas à morte e eles, sim, é que no caso dos homens o sêmen é deliberadamente desperdiçado numa relação que, pela natureza, anula a fertilidade. Caracteriza uma violação clara do propósito de Deus para a sexualidade humana. Todos os teólogos mais importantes do passado afirmaram categoricamente, com base em Gênesis 38:9,10, que toda relação sexual em que a fertilidade é deliberadamente desperdiçada ou rejeitada em favor do prazer (como a masturbação, a relação anal e oral, o coito interrompido, etc.) perverte o ato sexual originalmente planejado por Deus. Lutero também mantinha essa opinião. Para ele, o pecado dos homossexuais é comparado ao de Onã. E João Calvino, um dos maiores teólogos que a cristandade já conheceu, não só condenou a homossexualidade, mas também declarou que “o desperdício do sêmen... é algo monstruoso”. Tanto Lutero quanto Calvino acreditavam ser o sêmen a semente da vida e, conforme seu posicionamento, o pecado de Onã e os atos sexuais dos homossexuais masculinos têm um elemento em comum: o desperdício intencional dessa semente.
Entretanto, independentemente da teologia protestante tradicional, até mesmo Sigmund Freud, psiquiatra e fundador da psicanálise, soube reconhecer o que é perversão sexual. Embora rejeitasse a tradição judaico-cristã, ele recomendou publicamente um critério útil pelo qual podemos avaliar as atividades sexuais. As seguintes citações são de uma série de palestras dadas por ele em Viena, Áustria, em 1917: “Nosso dever é oferecer uma teoria satisfatória que esclareça a existência de todas as perversões descritas e explicar sua relação com a chamada sexualidade normal. Tais desvios do objeto sexual, tais relacionamentos anormais ao propósito sexual, têm se manifestado desde o começo da humanidade em todas as épocas das quais temos conhecimento, e em todas as raças, das mais primitivas às mais altamente civilizadas. Às vezes têm tido êxito em alcançar a tolerância e a aceitação geral. Além disso, uma característica comum a todas as perversões é que nelas se coloca de lado a reprodução. Este é realmente o critério pelo qual julgamos se uma atividade sexual é pervertida – quando ela não tem vista a reprodução e vai atrás da obtenção de prazer independente. Você entenderá, pois, que o ponto decisivo no desenvolvimento da vida sexual está em subordiná-la ao propósito da reprodução... tudo o que se recusa a se adaptar a essa finalidade e só é útil para a busca de prazer é chamado pelo vergonhoso título de ‘perversão’ e como tal é desprezado.”
É claro que Freud não limita a definição de perversão sexual à homossexualidade apenas, mas suas observações indicam o principal motivo por que a homossexualidade está entre os comportamentos sexuais inaceitáveis. Deus não aceita esta conduta porque, embora esteja plenamente aberta ao prazer sexual, acha-se totalmente fechada à transmissão natural da vida. Portanto não devemos estranhar que Lutero tenha considerado os atos sexuais intencionalmente estéreis de Onã comparáveis à sodomia. Aliás, ele achava o comportamento sexual de Onã pior do que o incesto e o adultério. Mas não se deve fazer uma idéia errada da opinião de Lutero. Ele queria dizer, embora o incesto e o adultério sejam pecados terríveis, pelo menos neles o ato sexual é praticado de maneira natural, deixando a natureza seguir o seu curso. Contudo não é só Bíblia, a tradição judaica e a cristã que condenam a sodomia. As próprias pessoas que já estiveram envolvidas na homossexualidade agora reconhecem que esse estilo de vida não é natural. Não existe nenhuma evidência conclusiva que prove que a pessoa nasça com a homossexualidade.
Não existe a tal “inclinação” para o envolvimento homossexual, diz o Dr. George A Rekers, professor de neuropsiquiatria da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Sul. Pelo contrário, há situações adversas na vida de uma criança que podem levá-la a tentações homossexuais. Tais fatores podem surgir dentro da família. Muitos homens homossexuais, por exemplo, nunca sentiram calor humano e aceitação por parte de seus pais. Alguns viveram com mães dominadoras e hostis. Outros fatores importantes são rejeição por parte dos amigos, violência sexual cometida por homossexuais, relações sexuais com indivíduos do mesmo sexo e ausência de uma educação sexual saudável. No caso da lésbica, a falta de união com a mãe muitas vezes leva a um sentimento de isolamento de pessoas do sexo feminino. Nunca me senti como uma menina. Essa falta de identidade sexual também pode ser porque seu pai não lhe deu segurança e incentivo em sua identidade feminina. É muito comum um trauma sexual ser a causa da formação da lésbica. Pelo menos oitenta e cinco por cento das lésbicas com quem converso foram vítimas de abuso sexual. Essas questões, ainda que tenham raízes profundas, não são difíceis demais para Deus resolver. Ele é o Deus da esperança (Romanos 15:13).
A sociedade de um modo geral, não parece inquietar-se com o movimento homossexual, nem com a existência de uma campanha deliberada para mudar a atitude das pessoas com relação ao modo de vida homossexual. A realidade, porém, está aí. Graças aos esforços de uma minoria, países como a Suécia, a Noruega e a Dinamarca, com população predominantemente evangélica, têm as mais avançadas leis de proteção à homossexualidade do mundo. Por que toda essa tolerância em nações com forte tradição evangélica? Porque, em parte, estes são os dias mais difíceis dos últimos tempos, nos quais as pessoas amam mais os prazeres do que a Deus. E também, porque a cultura de Sodoma e Gomorra está se tornando a da sociedade moderna, na qual o conforto material é a principal preocupação. Um dos fatores mais importantes na presente mudança de valores da sociedade é que  o ato sexual está sendo totalmente separado da reprodução.
O fato é que o movimento homossexual e o feminista estão tentando minimizar as diferenças entre os homens e as mulheres no trabalho, lazer e moda. A finalidade é demolir os padrões sexuais tradicionais e criar um ambiente favorável à homossexualização da sociedade. A tendência de misturar os papéis masculinos e femininos está em moda na sociedade atual. As mulheres jogam futebol e usam calças. Os homens assistem a novelas e usam brincos. Vê-se pouca identidade sexual no comprimento dos seus cabelos, em suas maneiras, interesses ou ocupações, e a tendência é se igualar ainda mais. Tal falta de distinção entre os homens e as mulheres causa muita confusão na mente das crianças com relação à sua própria identidade de papel sexual. Elas ficam sem um modelo claro para imitar e acabam tendo de andar sozinhas como que cegas, à procura da conduta e atitudes apropriadas para elas.
É quase certo que esse obscurecimento dos papéis sexuais está contribuindo para a explosão da homossexualidade e da confusão sexual que enfrentamos hoje. A História mostra que as atitudes unissex sempre aparecem antes da deterioração de destruição das sociedades que se deixam levar por essa tendência. O Dr. Charles Winick, profesor de Antropología na Universidade Municipal de Nova Iorque, estudou duas mil culturas diversas e encontrou cinqüenta e cinco que se caracterizavam pela ambigüidade sexual. Nenhuma delas sobreviveu. A eliminação das diferenças entre o sexo masculino e o feminino é extremamente prejudicial à saúde psicológica das crianças. A sociedade como um todo sente-se impotente diante das mudanças comportamentais que o feminismo e a homossexualidade tentam impor. Nesse clima, muitos cristãos, assim como Ló, simplesmente se acomodam, achando que pouco ou nada podem fazer.  Ló não era homossexual. O simples fato de viver numa sociedade onde a homossexualidade era aceita não o tornou um deles. Ele nem mesmo gostava do que faziam. “Todos os dias esse homem bom, que vivia entre eles, sofria no seu bom coração (2 Pedro 2:8)”. Mas a sua passividade e inércia lhe custaram caro. Primeiro perdeu valores morais e espirituais, depois ficou sem a esposa e, por último, sobreveio-lhe a ruína moral e espiritual de seu lar e filhas. O ambiente social de Sodoma e Gomorra foi bastante prejudicial à família de Ló. Isso mostra como a mera aceitação da homossexualidade nas leis, religião e educação tem um efeito negativo sobre a saúde espiritual das famílias. O que Ló descobriu tarde demais é que a homossexualização da sociedade sempre acaba, de uma forma ou de outra, prejudicando a todos, mesmo a quem nada tem a ver com isso. A  realidade é que toda perversão sexual, hetero ou homo, traz graves conseqüências sociais.
Quando a promiscuidade sexual ganha lugar na vida de uma pessoa, é grande a probabilidade de virem experiências violentas em seguida. Conforme o sociólogo Paul Marx declara: “Até mesmo o pagão Sigmund Freud observou que o abuso do sexo sempre leva à violência. Vendo os abortos, os estupros, a violência sexual contra as crianças, os suicídios e a pornografia, quem é que pode discordar disso?
Toda tentativa de conceder aceitação social e proteção legal à sodomia é como causar rachaduras numa grande represa que, caso se desmorone, acabará deixando toda a sociedade submersa na violência e no caos. A Crise da AIDS nos anos 80 bem pode ser um dos sinais disso. As autoridades médicas e governamentais nada fizeram para deter a promiscuidade homossexual durante a década de 80. No início, a maioria esmagadora dos casos estava restrita aos homossexuais masculinos. Agora a AIDS ameaça toda a sociedade, inclusive quem nada tem a ver com a homossexualidade. Lamentavelmente, a condescendência para com a conduta homossexual acabou favorecendo também a aceitação da promiscuidade heterossexual como sendo normal. Isso certamente contribuirá ainda mais para o aumento dessa e de outras doenças venéreas que evidenciam o desreipeito à natureza humana. Os movimentos homossexuais existentes tem como finalidade em fazer com que as pessoas tenham liberdade, amparada por lei, de adotar estilos de vida contrários à natureza.
Entretanto não precisamos deixar que a moderna sociedade brasileira sofra o mesmo cataclismo que sofreu Sodoma e Gomorra, pois Deus deseja impedir o avanço da homossexualidade. Para isso, ele quer colocar em ação o seu plano, usando todo cristão brasileiro para a batalha espiritual. Onde essa guerra ocorre? No coração das pessoas. É exatamente aí que Satanás atua, cega o entendimento e faz com que queiram manter relacionamentos sexuais contrários ao propósito de Deus (2Coríntios 4:4 “nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz da glória do evangelho de Cristo”). Nossa principal arma é o evangelismo, pois podemos derrotar o movimento homossexual ao ganhar os homossexuais para Jesus. Assim, eles serão sal e luz no mundo, pregando o evangelho e ajudando a mudar as leis de tolerância a esse mal. Acima de tudo, a fim de podermos combater eficazmente essa perversão e ajudar na libertação daqueles que se acham acorrentados a ela, precisamos aprender a depender do Espírito Santo de Deus e usar seus dons. A vida cristã sem a plenitude do Espírito Santo de Deus deixa um testemunho religioso desinteressante aos olhos de muitos homossexuais que estão sedentos por uma experiência real com o mesmo Jesus dos evangelhos, um Cristo vivo que cura e liberta. E, pior ainda, torna muitos cristãos inoperantes no meio de uma sociedade moralmente decadente.
Temos, pois, de escolher o tipo de testemunho que daremos nesses últimos dias. Podemos ficar apenas aborrecidos com o que ocorre ao nosso redor, como Ló, que acabou sofrendo grandes perdas pessoais por não querer intervir espiritualmente em sua comunidade imoral. Ou então assumimos a nossa responsabilidade de proclamar e demonstrar o evangelho do reino de Deus a todos os homossexuais. Só assim estaremos colaborando para destruir as cadeias que prendem esses indivíduos à homossexualidade e impedir a formação de “Gibeás” no meio da Igreja Evangélica brasileira. Como cristãos não podemos permanecer indiferentes à expansão da homossexualidade. Como movimento, ele ameaça o próprio alicerce da sociedade. Não há dúvida de que ele não tolera a família tradicional. O movimento homossexual vê a família tradicional como inimiga de seus interesses. É que em lares saudáveis, o pai  exerce papel de liderança, sendo para os filhos um modelo cristão de masculinidade. Comprovadamente muitos homens e mulheres se engajam em movimentos feministas e homossexuais como conseqüência de algum trauma sofrido na infância ou adolescência. Pode ter sido a separação dos pais ou outro drama vivenciado. No entanto essas pessoas desejariam, de um modo ou de outro, ser livres para ter uma vida normal. Como exemplo cito um rapaz que teve uma  infância sem oportunidades de desenvolver um relacionamento saudável com o pai, que costumava embriagar-se e ser violento. Aos oito anos, ele e dois amigos da mesma idade começaram a se relacionar sexualmente entre si. “Eu era jovem demais para compreender o que estava acontecendo, mas as coisas que fazíamos me levaram à conduta homossexual”. Só a transformação espiritual pode remover do indivíduo a causa da homossexualidade. Portanto proclamamos e demonstramos que Jesus é a esperança de quem perdeu a identidade moral e sexual. Só ele pode perdoar, curar e renovar qualquer homem ou mulher que queira se livrar dessa perversão.
Deve-se alertar e capacitar os crentes a ajudar os homossexuais que estão buscando Jesus. Teremos de deixar o Espírito Santo capacitar-nos para glorificar Jesus com a salvação de muitas vidas. No centro dessa guerra estão os esforços do inimigo para manipular aqueles que se encontram oprimidos pelas lutas pessoais contra a atração que sentem por indivíduos do mesmo sexo. Usando essa vulnerabilidade, ele quer confundir e enganar os que buscam uma solução para suas inclinações. Uma de suas principais táticas é perpetuar a mentira de que Jesus Cristo é hostil aos que lutam com o pecado, ou que ele não quer ou não pode redimi-los e transformá-los.
Quando o maligno alcança sucesso e faz o homossexual acreditar que a verdade e a graça de Jesus não são importantes, ele leva esse indivíduo a sentir-se livre e confiante em sua identidade homossexual. E ao experimentar sua primeira relação homossexual, faminto por intimidade com o mesmo sexo, ele é “batizado” no estilo de vida homossexual, ativando assim o plano de mudança elaborado pelo inimigo. Inicia-se um processo no qual a verdade se torna mentira e vice-versa. O que antes era um problema, um conflito ou um pecado para o homossexual, torna-se o lado mais importante de sua existência.
O movimento homossexual promove suas mentiras através dos meios de comunicação. São inúmeras informações “científicas” a favor da homossexualidade, apresentado-a como uma variação genética normal. Nesse sentido, concedem ao homossexual insensibilidade moral, livrando-o de se culpar pelas escolhas que determinam sua conduta e estilo de vida. Além disso, o distanciam do reconhecimento dos traumas e sofrimentos passados que deram origem à sua inclinação homossexual. O movimento ainda não conseguiu recrutar no Brasil um grande número de homossexuais para o seu radicalismo político e social. É que o homossexual brasileiro, pelo menos por enquanto, parece ter muito pouco interesse em envolver-se no movimento. Esse desinteresse pode ser visto como um fator positivo para o evangelismo cristão, mas é difícil discernir um meio de aproveitar tal oportunidade. A maioria dos homossexuais não está disposta a aceitar o que a Bíblia fala sobre seu estilo de vida. Um jovem ex-homossexual, por exemplo, comentou que, mesmo sabendo que estava errado, ele não queria a verdade sobre a questão. Aliás, ele jamais aceitava que se falasse negativamente de suas práticas. Para os homossexuais que estão sob influência direta do movimento, os evangélicos são hostis aos homossexuais.
Igrejas para homossexuais tem incentivado uma falsa compaixão que, em nome do amor, dá sua aprovação “cristã” a todos os tipos de maldade moral, inclusive a sodomia. Muitas igrejas pró-homossexuais são presididas por pastores descontrolados em seus apetites sexuais. Eles abusam de sua autoridade usando suas ovelhas para satisfazer a própria sensualidade (Ezequiel 34:2-10). Há igrejas hoje onde prevalece a imoralidade sexual, sobre as quais o julgamento de Deus será grave. Contudo muitas igrejas erram tomando a direção oposta. Elas reagem ao movimento fechando suas portas para os homossexuais e se trancando em seu exclusivismo religioso, a fim de proteger sua moralidade. Esquecem-se de que foi a misericórdia de Deus que os salvou de seus  próprios pecados. Essas igrejas não conseguem estender misericórdia aos necessitados e deixam-se dominar por um espírito hostil para com os que são diferentes.  Pelo seu apego às tradições religiosas, erguem uma muralha entre elas e os pecadores.
Os cristãos conservadores não deveriam deixar de proclamar, com sabedoria, a verdade de Deus sobre a homossexualidade. Precisam ter em mente que o ensino bíblico é o mais adequado para desestimular a entrada de alguém na homossexualidade. É triste constatar que, na maioria dos casos, quem já está dentro da homossexualidade não busca Jesus para deixar seu estilo de vida. Muitos não sentem nem reconhecem que precisam libertar-se das suas inclinações sexuais erradas, e muitas vezes se enfurecem com a verdade bíblica. Por isso, a maioria das igrejas cristãs acha difícil alcançar diretamente os homossexuais com uma abordagem evangelística específica a essa questão.
Então como é que nós, cristãos, podemos alcançá-los e ajudá-los? Primeiramente, abrindo-nos para os ministérios do Espírito Santo. Em algum momento de sua vida, o homossexual vai procurar um meio de se ver livre da homossexualidade e de outra opressão que o perturbe. Nesse estado de vulnerabilidade, ele estará aberto à possibilidade de recorrer a uma igreja cristã, desde que não seja bombardeado com argumentos contra a homossexualidade.
Ao receber assistência espiritual adequada para os problemas que o trouxeram à igreja, ele provavelmente se abrirá mais a Jesus. Com a ajuda do Espírito Santo de Deus e seus dons é possível leva-lo a experimentar o amor de Cristo. Assim ele vai à igreja em busca de solução para um problema específico e acaba ganhando uma chance de sentir a misericórdia do Senhor. Essa oportunidade pode ser bem positiva e na maioria dos casos o homossexual só sente o desejo de abandonar seu estilo de vida depois de ter uma experiência com Jesus.
O movimento homossexual está lutando para alcançar os homossexuais em geral, para transformá-los em militantes e protegê-los contra o evangelismo cristão. Enquanto a grande maioria dos homossexuais brasileiros ainda não foi apanhada na rede dos grupos ativistas radicais, precisamos aproveitar todas as oportunidades de alcançá-los. É preciso que o façamos mesmo que seja indiretamente, através dos serviços de aconselhamento que nossas igrejas oferecem aos angustiados e oprimidos.
Contudo não devemos cair no erro de aceitar o homossexual e, junto, a homossexualidade e nem no erro de rejeitar a homossexualidade e por conseguinte o homossexual. Em nosso esforço para ajudá-los devemos evitar os dois extremos, mediante uma abordagem equilibrada e criativa dirigida pelo Espírito Santo.
O engano do inimigo muitas vezes impede o homossexual de aceitar a verdade sobre seu estilo de vida. Precisamos orar com o coração aberto e sensível a Deus e permitir que o Espírito Santo de Deus nos guie e nos ensine estratégias inteligentes. Assim poderemos, com amor e prudência, levar à presença de Jesus a pessoa que vem até nossa igreja atormentada por pensamentos suicidas ou por outro tipo de opressão, mas que também se acha presa à ilusão homossexual. Vamos ajudá-la a resolver os problemas que a trouxeram a nós e permitir que o próprio Senhor toque em sua área sexual.
Só Jesus pode levar o pecador homossexual a um estado em que ele reconheça que precisa se libertar da homossexualidade. E só Cristo pode nos dar a compaixão divina de amar o pecador homossexual, ainda que sintamos natural repulsa por suas práticas sexuais. Este não é de modo algum um desafio simples, mas precisamos compreender a verdade de que Deus nos salvou para alcançar outros. Por meio da libertação e salvação que nós mesmos recebemos através da cruz, podemos agora deixar que o Senhor nos levante como guerreiros que transmitem cura e libertação.
A compaixão nos impele a aceitar o  desafio de trazer cura. Essa tarefa se torna ainda mais urgente quando sabemos dos esforços do inimigo para distorcer e finalmente destruir as criaturas de Deus, através das pretensões da identidade homossexual e do movimento homossexual. Conhecemos as mentiras do adversário quando vemos homens e mulheres assumindo uma identidade sexual que violenta o que o Criador tem de melhor para seus filhos e filhas. Devemos avançar em nome daquele que nos salvou e reivindicaremos para ele essas ovelhas perdidas. O Criador quer suas criaturas. Ele não quer que ninguém seja destruído pelos males desta geração.
Que as igrejas se disponham a receber os homossexuais com braços abertos e cheios de graça. Só assim eles terão a oportunidade de conhecer o bom Pastor e ser livres das forças demoníacas da identidade homossexual e do movimento homossexual. Entretanto precisamos compreender que embora nosso chamado principal seja levar o evangelho a todos os homens e mulheres que estão presos ao pecado da homossexualidade, é impossível garantir que todos aceitarão o evangelho e a libertação que Jesus Cristo oferece gratuitamente. Sem dúvida alguma, só o evangelho pode libertar totalmente o homem de toda inclinação à perversão e à injustiça. Mas nem todos querem aceitar o amor, o perdão e a vida de Jesus Cristo. Deus deu o evangelho para salvar, mas as leis ele deu para trazer ordem social. Para que as tendências pecaminosas, egoístas e destrutivas do ser humano não causem o caos na sociedade, as pessoas precisam ser governadas, ter uma legislação. A lei não foi dada para salvar, mas porque precisamos ser protegidos uns dos outros. Contudo o movimento homossexual está lutando para que as leis sejam mudadas e favoreçam a sodomia, de modo que toda a sociedade seja legalmente obrigada a aceitar e respeitar essa e outras práticas.
“Para o Deus Eterno controlar a mente de um rei é tão fácil como dirigir a correnteza de um rio (Provérbios 21:1)”. Algo dentro de nós tem de se levantar para fazer oposição à feia garra do sadismo, do feminismo, do humanismo secular, das práticas econômicas ímpias e da  pornografia. Precisamos parar de nos ver apenas como um grupo de pessoas sentadas num ponto de ônibus aguardando a hora de ir para o céu. Somos a esperança do mundo. Somos o sal da terra. Somos a luz do mundo. Não podemos forçar as pessoas a aceitarem o evangelho e assim serem libertas do pecado do assassinato, do estupro, do roubo e da perversão. Entretanto podemos e devemos nos esforçar para que a justiça seja estabelecida mediante leis que controlam e restringem toda tendência a esses pecados. As leis dentro da sociedade, pois, existem para proteger seus cidadãos contra as ações e comportamentos prejudiciais a si mesmos e a outros. Elas podem não transformar as pessoas, como faz o evangelho, mas pelo menos ajudam a impedir os maus de destruir a ordem social. Entretanto, para mudar essas leis tradicionalmente aceitas pela civilização ocidental, o movimento homossexual está contando com a disposição e a colaboração de autoridades que não possuem princípios morais. Essas nada têm de Deus, pois fazem leis que apóiam condutas erradas ou manipulam as leis conforme lhes convêm.
Nós cristãos, temos de fazer nossa parte para impedir que o movimento homossexual influencie e corrompa a legislação, a educação e a sociedade em geral. Assim, estaremos ajudando também a proteger a integridade moral e física de homens, mulheres e crianças. É necessária essa proteção contra leis e estímulos sociais e educacionais que encorajam a sodomia. Decisões judiciais corretas devem ser plenamente apoiadas por todos os cristãos, pois quando os maus têm liberdade para legalizar práticas erradas, até quem é correto pode também acabar fazendo o que é errado. No entanto, se o crente começar a achar que Deus só se preocupa com seus assuntos espirituais (graça, perdão, dons espirituais, etc.), provavelmente abandonará as questões sociais (aborto, eutanásia, feminismo, homossexualidade, etc.), e se isolará da sociedade secular.
Edmund Burke, grande estadista inglês (1729-1797), declarou algo que é útil também aos cristãos de hoje, que não sentem necessidade de trabalhar pelo estabelecimento e preservação da justiça social: “A única coisa necessária para que o mal triunfe é os bons não fazerem nada”. Qual a conseqüência da liberdade quando as pessoas não têm bom senso e integridade? Os maiores males possíveis, tais como falta de juízo, pecados sexuais e loucura, sem limites. As pessoas têm direito legal à liberdade civil na proporção exata de sua disposição em colocar limitações nos próprios desejos sensuais. A sociedade não tem condições de existir sem que haja algum tipo de autoridade que controle a vontade e os apetites sensuais das pessoas. Quanto menos responsabilidade as pessoas têm em sua vida particular, mais controle deve existir na sociedade. Está ordenado na eterna constituição das coisas que as pessoas que não controlam seus desejos e apetites sensuais não sejam livres. Suas paixões fazem suas algemas.
Portanto precisamos compreender que a razão e as leis são bons instrumentos para se manter em ordem e sob controle os relacionamentos dentro da sociedade secular.  É claro que uma lei não pode obrigar um homem a ser heterossexual. Mas, dentro de limites razoáveis, ela pode impedi-lo de ser física e psicologicamente destruído pela homossexualidade. Com certeza, pode impedir a aceitação de sua destruição e a de outros na sociedade, principalmente as crianças inocentes.
A educação sobre o uso da camisinha para estudantes adolescentes não visa à erradicação das epidemias sexuais. Determina, sim, a normalização da nova ética: que a relação sexual não precisa mais ser conjugal para ser socialmente aceita.  Esse fato é tudo o que precisamos saber sobre as campanhas de uso do preservativo voltadas ao público adolescente. Nos Estados Unidos, devido à politização da AIDS, meninos e meninas de onze anos têm sido expostos, na escola, a aulas em que a professora explica sem rodeios como ter relação anal e oral “segura”. As organizações homossexuais distribuem camisinhas nas salas de aula. Tal iniciativa dos ativistas está melhorando a imagem da homossexualidade e ganhando aplausos da sociedade, por causa da suposta preocupação que o movimento está demonstrando para com a saúde sexual dos jovens.
No entanto podemos imitar os americanos no que é bom. Graças à ação social de pais e advogados preocupados com o bem-estar dos jovens, em 1993 o Supremo Tribunal de Nova Iorque declarou que as escolas públicas nova-iorquinas estão: “...proibidas de dar camisinhas para estudantes menores de idade sem o consentimento prévio de seus pais ou guardiões. O programa de distribuição de preservativos equivale a desculpar a promiscuidade e permissividade sexual. A exposição a camisinhas e sua fácil disponibilidade podem incentivar os adolescentes a ter relações sexuais mais cedo e com mais freqüência, enfraquecendo assim seus valores morais religiosos. O tribunal concorda que dar camisinhas aos estudantes a pedido deles não tem relação alguma com educação. Os pais não são obrigados pelo governo a mandar seus filhos para um ambiente onde eles terão permissão, ou até mesmo incentivo, para obter anticoncepcionais, se os pais desaprovam isso de acordo com sua convicção pessoal. Nenhuma autoridade judicial ou legislativa orienta ou permite que os professores e outros educadores dêem camisinhas aos estudantes menores de idade sem o conhecimento e o consentimento dos pais. E também acreditamos que eles não têm nenhuma autoridade inerente para fazer isso. Os pais gozam uma liberdade legal reconhecida de criar e educar seus filhos de acordo com sua própria maneira de pensar. A Constituição dá a eles o direito de controlar a conduta sexual de seus filhos o melhor que puderem. Não se pode apontar a ameaça da AIDS como motivo para forçar os pais a renunciar seu direito de educar os próprios filhos – especificamente, seu direito de influenciar e guiar a atividade sexual de seus filhos sem interferência estatal”.   
Já no século XVI, Martinho Lutero se preocupava que tudo estaria arruinado se a Bíblia deixasse de ser o alicerce principal da educação: “Temo que as escolas acabem mostrando no final que são grandes portas do inferno, a não ser que elas se dediquem diligentemente ao trabalho de explicar as Escrituras Sagradas, gravando-as no coração dos jovens. Não aconselho ninguém a colocar seu filho num lugar em que a Bíblia não reine de modo supremo. Toda instituição, na qual as pessoas não se ocupam mais e mais com a Palavra de Deus, está condenada a se corromper”.
Séculos mais tarde, o comunismo, o fascismo e o nazismo estabeleceram, de forma compulsória, a educação primária sem a Bíblia. Arrancaram o direito prioritário dos pais na formação moral e ética de seus filhos. Nasceu, assim, o moderno sistema educacional, no qual as igrejas cristãs não têm mais papel predominante, no qual o controle e as decisões importantes pertencem ao governo. Foi assim o fim da histórica ligação igreja/escola e o começo do casamento governo/escola, uma união que, comprovadamente, tem sido um desastre para a saúde física, moral e espiritual de milhões de crianças da nossa geração.  Todo espaço que as igrejas desocupam na educação é inevitavelmente ocupado pelos movimentos radicais, o que de fato já está ocorrendo.
Os cristãos que ocupam cargos públicos deveriam também ser incentivados a trabalhar para que o Estado seja liberto da pressão de grupos radicais que se aproveitam dele para controlar as escolas, separando a educação da ética cristã e interferindo na sexualidade das crianças. Dee Jepsen, que foi assistente especial do presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagean, dá o seguinte testemunho: “...mas não é para isso que estou na política neste exato momento. Só ficaria satisfeita se fizesse o que, em minha opinião, o Senhor quer que eu faça. Seja qual for o preço a pagar, tenho de saber que estou fazendo o que Deus me manda fazer”.  Entretanto não precisamos esperar tornar-nos importantes na política para confrontar o mal. Só os valores bíblicos podem preencher o vazio moral e ético que a sociedade e o Estado estão sentindo na educação pública. O governo jamais teve condições de preencher esse vazio. Sua suposta “neutralidade moral” é a causa de seu fracasso educacional. Se, por exemplo, uma criança apresenta um problema de desorientação sexual, a única coisa que o Estado pode fazer por ela na escola é encaminhá-la ao psicólogo. Esse, em vez de ajudá-la a compreender o que é certo e errado na sexualidade, fará com que se sinta bem com qualquer inclinação sexual que ela tiver. Mas pelo menos as crianças criadas em ambiente fortemente evangélico desenvolverão recursos espirituais para evitar essas armadilhas da vida. Sem a Bíblia a educação é inútil. Os inimigos desta ética estão bem cientes da importância da família cristã. É por isso que o lobby homossexual está tão empenhado em introduzir seus planos nas salas de aula, sob a máscara de educação de saúde ou orientação sexual.
Fala-se muito hoje em feridas emocionais. São traumas causados às pessoas que, de uma forma ou de outra, foram prejudicadas por alguém. Pode ter sido pelos pais, parentes, amigos, conhecidos ou mesmo estranhos. Parece que a maioria dos casos de problemas emocionais é os de crianças que foram física ou psicologicamente molestadas por pais alcoólatras. São histórias que envolvem relacionamentos tumultuados com pais insensíveis. São casos nos quais homens e mulheres levam na alma marcas dolorosas de todos os tipos de palavras e atos cruéis cometidos contra eles na infância.
Na verdade, se os cristãos não souberem ajudar as pessoas que se encontram nessas condições, eles poderão oferecer muito pouco aos homossexuais. É que esses têm de carregar, além da carga dos traumas dos pecados que decidiram cometer, também a dos traumas acima mencionados. Eles vivem emocionalmente presos aos pecados que cometem e aos pecados cometidos contra eles. Isso torna-os presas fáceis do movimento homossexual, cuja meta é alcançar e recrutar  todos os homossexuais e usá-los para empreender a homossexualização da sociedade. É claro que seria melhor ensinar as pessoas a evitar a homossexualidade do que remediar suas conseqüências. Mas nem todos têm acesso à uma igreja ou escola cristã que lhes forme o caráter.  É preciso considerar a situação dos que já caíram na armadilha da homossexualidade e querem sair dela. Torna-se necessário ajudar a corrigir essa situação. No entanto é impossível corrigir emoções e atitudes anormais causadas por traumas passados, sem mudar o modo como lidamos com as recordações dessas experiências negativas.
Como, então as igrejas podem ajudar os homossexuais? Primeiro, abrindo-se para o ministério de cura interior. John Wimber, ex-professor do Seminário Fuller nos Estados Unidos, define cura interior “como um processo no qual o Espírito Santo traz perdão de pecados e renovação emocional a pessoas que têm feridas na mente, na vontade e nas emoções”. A cura interior não tem como objetivo eliminar de nós lembranças dolorosas. Sua finalidade é deixar que Deus as reestruture de tal maneira que elas deixem de ser fatores significativos no modo como sentimos, pensamos e agimos. As mágoas perdem o papel central em nossa existência e Jesus nos concede uma nova maneira de ver a nós mesmos (ver o que somos nele). Ele nos concede uma identidade transformada pelo perdão de Deus e livre dos traumas passados, por mais terríveis e injustos que estes tenham sido.
O homem ou a mulher que sofre de recordações tristes precisa experimentar o poder do Espírito Santo e o dom da fé para se libertar do passado e viver plenamente o presente. O elemento mais importante no processo de cura interior é a oração eficaz. Ela libera a ação sobrenatural do Espírito Santo para tocar as feridas e mágoas mais profundas. Abre o coração dessa pessoa para dar e receber perdão, isto é, para perdoar aos outros o que lhe fizeram e perdoar a si tudo o que fez. Além disso, os homossexuais que pedem ajuda precisam passar por uma terapia de conversão. Isso só é possível quando recebem acompanhamento pastoral apropriado e assistência espiritual. Eles precisam abrir o coração e a mente para a atuação do Espírito Santo e para acreditar que as promessas de Deus para eles são verdadeiras. Devem ser levados a ver que a transformação que Jesus oferece é real. As feridas do passado afetam a capacidade de as pessoas crerem em passagens bíblicas como 2Coríntios 5:17 ”Quando alguém está unido com Cristo, é uma nova pessoa; acabou-se o que é velho, e o que é novo já veio”.  Portanto as mágoas devem deixar de ser o centro da existência dos homossexuais. Para isso as igrejas têm de ministrar a verdade de Deus sobre o modo como eles se vêem em Cristo e como eles crêem no que Jesus diz a seu respeito. Elas precisam ajudá-los a aceitarem plenamente o que o Senhor afirma sobre eles, a fim de obterem libertação total. Durante a ministração da cura interior, o Espírito Santo de Deus poderá revelar a causa específica do comportamento homossexual.
Alguns são escravizados a certos pecados porque os têm praticado por muito tempo. Não conseguem se controlar e fazem compulsivamente algo que eles próprios odeiam. Geralmente não entendem por que agem assim e ficam frustrados e deprimidos com sua falta de domínio próprio. Essa autoridade que Cristo nos deu não é para determinar, mas para declarar. Isso é o que eu faço, declaro a verdade de Deus quando oro por alguém que está escravizado ao desejo de cometer fornicação e adultério. A cura interior é a solução certa para o homossexual que está em busca de socorro, e é nosso privilégio e responsabilidade oferecê-la a ele. O amor de Jesus nos liberta para identificar e renunciar percepções distorcidas de nós mesmos e de outras pessoas. A mão de Jesus toca todo aquele que, inseguro de sua masculinidade ou feminilidade, sem pensar, entrega o próprio corpo a outras pessoas numa tentativa inútil de obter a segurança sexual que não tem. Jesus se coloca à disposição de todo aquele cujas feridas interiores e necessidades insatisfeitas o impele a pecar, envolvendo-se sexualmente com outros de modo errado ou se entregando ao desprezo de si mesmo.
O trauma sexual implica atos sexuais cometidos contra menores. Pode ser a exposição de revistas e filmes sexualmente explícitos que, de modo especial, desorientam as crianças. Também os pecados de omissão por parte de pais negligentes que deixam seus filhos, ainda totalmente indefesos, sob os cuidados de pessoas que não merecem confiança. Estão incluídos também os atos de manipulação emocional da mãe e demonstrações abusivas de poder do pai que distorcem e amarguram o coração das crianças. Os que experimentam tais traumas entram na vida adulta cambaleando, inseguros quanto à sua identidade sexual e sem saber amar de modo correto as pessoas do sexo oposto.
Há crianças que chegam à vida adulta  emocionalmente definhadas. Possuem pouca segurança emocional. Contudo, impelidas por anseios profundos, usam o próprio corpo para obter amor. Essa forma de amor não está relacionada ao desejo de sexo, mas ao desejo emocional e espiritual de amar e ser amado. É aí então que o sexo se disfarça de amor. Enganados e apanhados na armadilha do poder viciador do sexo (pornografia, masturbação, intermináveis fantasias sexuais, atos homossexuais ou heterossexuais), esses jovens são impelidos de praticar o sexo de forma saudável. A plena saúde sexual envolve a liberdade de dar e receber amor do sexo oposto, de maneira mutuamente satisfatória, num relacionamento selado pelo compromisso conjugal. Mas o simples fato de você conhecer essa verdade não vai restaurar seu coração traumatizado. A esperança de cura só pode se iniciar quando a alma violentada se abrir para deixar Jesus entrar e comunicar-lhe o verdadeiro amor. A prostituta chorou aos pés de Jesus por todos os seus pecados, e ele a perdoou e a enviou em paz. Mas além de nos arrependermos de nossos próprios pecados, temos também de apresentar ao Senhor todas as feridas deixadas pelas pessoas que pecaram contra nós. Como afirmei antes, atos de violência ocorridos na infância muitas vezes nos tornam mais vulneráveis aos pecados sexuais na vida adulta. Nosso coração guarda as lembranças dos traumas sofridos: abuso, privação, pecados dos pais passados a nós, etc. Nós nos identificamos com tudo o que ele sofreu e ele nos dá a graça de que precisamos para perdoar àqueles que nos desiludiram. Ele limpa o nosso coração de toda revolta contra nossos traumas.
Dentro ainda do movimento homossexual vale mencionar aqui o porque os grupos pró-aborto apóiam a homossexualidade. Os chamados movimentos de mulheres, em grande parte, defendem a legalização do aborto e sua liberalização, isto é, a ampliação dos motivos para o aborto legal, tal qual faz o Centro Feminista de Estudos e Assessoria, de Brasília, em suas atividades de lobby entre os senadores e deputados federais. Fazem isto afirmando representar as mulheres do Brasil. Em sua perspectiva de gênero, o movimento feminista internacional sustenta posições liberais com relação à família, à sexualidade e à reprodução: 1) Família: a família, a maternidade e o casamento são a causa da opressão das mulheres; todo trabalho doméstico e cuidado de crianças têm de ser repartido meio a meio entre os homens e as mulheres. 2) Sexualidade: as mulheres de qualquer idade têm o direito absoluto à autodeterminação sexual, inclusive o direito de se engajar em relações sexuais fora do casamento, com homens e mulheres, e de se mudar a sua identidade sexual. 3) Reprodução: as mulheres têm o direito ao aborto a fim de controlar suas vidas e serem iguais aos homens.
Há nessas reivindicações expressões eufemísticas de direito a homossexualidade e ao aborto. Embora, por motivos óbvios, os homossexuais não precisem fazer aborto, eles costumam apoiá-lo, como sinal de gratidão e retribuição às feministas, que tanto incentivo dão ao casamento de indivíduos do mesmo sexo. Já que a homossexualidade despreza a paternidade e a maternidade natural, o direito de ter filhos significa, no caso das lésbicas, inseminação artificial, e o de criá-los envolve, presumivelmente, a adoção de crianças.
Ainda que o estilo de vida feminista elimine ou reduza ao máximo o papel da maternidade na vida da mulher, a homossexualidade é a única conduta que oferece, sempre, prazer sexual com plena independência da maternidade e da paternidade natural. É exatamente sua antifertilidade, mediante o aborto deliberado e a relação anal e oral, que classifica, de acordo com Sigmund Freud, o comportamento sexual das feministas e dos homossexuais como diferentes da sexualidade normal. Uma das características comuns a todas as perversões é que nelas se coloca de lado a reprodução. Este é realmente o critério pelo qual julgamos se uma atividade sexual é pervertida – quando ela não tem em vista a reprodução e vai atrás da obtenção de prazer independente. Você entenderá, pois, que o ponto decisivo no desenvolvimento da vida sexual está em subordiná-la ao propósito da reprodução Tudo o que se recusa a se adaptar a essa finalidade e só é útil para a busca de prazer é chamado pelo vergonhoso título de “perversão” e como tal é desprezado.
 

31 VIRANDO AS COSTAS PARA O PASSADO
Mais e mais homens e mulheres homossexuais estão se libertando deste estado mediante o novo nascimento em Jesus Cristo. Através desta experiência estão encontrando seu perdão e sua purificação do passado. Está quebrado o poder do pecado. Está cancelado o juízo de Deus contra o pecado. Aquele que antes era homossexual agora é uma pessoa nova com uma nova identidade: um amigo de Deus e membro de sua família eterna. E todos vivem felizes para sempre...Não é assim?
A resposta para essa pergunta é não! Quando alguém se arrepende do pecado e faz um compromisso sério com Deus, ele inicia uma vida nova com base nova e forte. Para que serve este fundamento? Serve como base ou fundamento para uma boa construção. Isso de vir a Cristo é somente o passo inicial. Pois a salvação é de fato, um processo contínuo de transformação, um processo de sermos transformados da nossa velha natureza de pecado para a natureza de Deus. Esta experiência de nascer de novo é apenas o ponto inicial desta viagem que nos leva para cada vez mais longe do passado.
Muitos crentes passam tempo demais com a atitude errada de que todos os problemas da pessoa acabam uma vez que ela vem a Cristo. Alguns cristãos têm a idéia de que Deus simplesmente estende a sua vara mágica sobre a vida cheia de pecado, e zas! – tudo se torna novo instantaneamente. Os que têm apenas uma semana de vida cristã sabem melhor do que isto. Embora nós nos tornemos uma nova criatura em Cristo, como nos diz 2Coríntios 5:17, vimos a Ele assim como somos com todos nossos problemas e dificuldades. Estes nem sempre somem com a experiência inicial da salvação. Muitas vezes leva tempo para Deus operar nas nossas vidas e tirar as imperfeições. A maior parte daqueles que antes eram homossexuais, descobre (coisa que lhes faz maravilhar) que um resíduo da “vida velha” continua com eles. Velhos desejos, tentações e hábitos permanecem aí dentro, e basta um estímulo para acordá-los.
Para muitos convertidos que saem da homossexualidade, esta realidade é muito perturbadora. Muitos se sentem ameaçados, temerosos e duvidam ser salvos e transformados. Duvidam que possam ter a vitória. Temem ter uma vida de luta contínua para reprimir o passado – ou, ainda pior, temem ser vencidos de novo pelas tentações.
Vemos, porém, pelo testemunho da palavra de Deus bem como o daqueles que já acharam a liberdade, que há, realmente, uma vitória! Porque esta é uma luta comum, este texto foi preparado baseado nas perguntas mais freqüentes feitas por antigos homossexuais. Meu desejo é que você seja encorajado, vendo que Deus é capaz de continuar e completar a boa obra que Ele já começou dentro de você!
Mesmo que eu já tenha nascido de novo, entregando minha vida a Cristo, continuo a lutar com desejos e tentações homossexuais. Eu ainda sou homossexual? Esta pergunta é feita por muitos, e reflete certo medo e certa dúvida. Não. O fato de você ser antes homossexual e de ainda sentir certos desejos não significa que você ainda seja homossexual. Você tem que deixar que Deus purifique e renove continuamente sua mente e suas emoções, porém você não é homossexual. De fato, você é bastante normal. Se você antes praticava a homossexualidade ou qualquer outro tipo de imoralidade, estará provavelmente mais sujeito à tentação imoral. Lembre-se que a tentação em si não é pecado. Também não é evidência de fraqueza. É natural que Satanás faça você se lembrar do seu passado, o passado que Deus tem perdoado e esquecido. Satanás não pode forçá-lo a pecar. Ele pode, porém, atormentá-lo com medo e dúvida, e na certa, atormentará. Ele quer que você creia que realmente não é livre. Quer convencê-lo de que não pode vencer – que mais hora, menos hora, você cederá à tentação. Satanás quer separá-lo de Deus com o pecado e derrotá-lo com o desespero. Tudo isso não tem que acontecer a você. A Palavra de Deus nos diz que a tentação é comum para todos nós, e você não deve ficar assustado nem desanimado quando tentado. Até Jesus foi tentado em tudo, assim como você, mas Ele nunca cedeu à tentação. Quando pensamentos pecaminosos vêm, você tem o privilégio de matá-los. Em Cristo você tem o poder maravilhoso de dizer que não a cada impulso do pecado. É claro que sua carne pode levantar-se e você pode querer entregar-se aos prazeres temporários do pecado. Você, porém, não tem que seguir seus impulsos. Você pode ignorá-los e com o tempo estes maus desejos perderão a sua força. A tentação ao pecado geralmente vem quando sua resistência espiritual e emocional é baixa, quando você está, por exemplo, cansado, solitário, frustrado ou deprimido. Guarde-se, então, do mal. É por isso que a oração diária e a leitura bíblica e a comunhão com outros irmãos são tão vitais a sua saúde espiritual. Mesmo que você nem sempre possa evitar que venham as tentações, você pode impedi-las de produzirem fruto na sua vida. A luta começa na mente, e é ali onde será ganha ou perdida. Esta batalha pode ser ganha. A Bíblia diz que em Cristo somos mais que vencedores. Obviamente, a idéia de vencer implica em luta. Deus, portanto, é por nós – Ele quer que vençamos ainda mais do que nós o queremos. Não deixe, portanto, que Satanás o atormente com medo e dúvida. É comum esta batalha em que você se encontra e há vitória todos os dias em Jesus.
Embora eu tenha nascido de novo, ainda sinto-me atraído pelo mesmo sexo. Será que estes desejos mudarão? Depende do que significa “atração pelo mesmo sexo”. Se você está lutando com luxúria e um desejo de ter relações sexuais, estas tentações ao pecado podem e devem morrer. Tais desejos refletem sua necessidade constante de ser lavado e curado. Porém, todos nós somos atraídos a uma pessoa por uma variedade de razões tais como aparência e qualidades de personalidade. Este tipo de atração ao mesmo sexo, não é homossexual nem impura (embora qualquer relação tenha a possibilidade de tornar-se impura). É por esta razão que as Escrituras nos advertem a ter cuidado com nossas almas. Aquilo que estamos realmente aflando aqui é motivação. Todos nós desejamos amor e aceitação. Porém, os homossexuais tentam satisfazer estas necessidades de maneiras erradas. Quando eles nascem de novo e finalmente recebem amor e aceitação por membros do mesmo sexo, isso pode ao mesmo tempo ser uma bênção e causar ansiedade. Agora uma necessidade está sendo satisfeita de uma maneira legítima, mas mesmo assim o que antes era homossexual teme que sua resposta seja impura.  Não deixe que este receio comum impeça você de desenvolver relações puras com o mesmo sexo. Se tiver dúvidas e receios a respeito de seus motivos numa dada relação com alguém, fale com Deus. Ele já sabe de tudo. No seu amor, Ele vai expor e ajudar a crucificar quaisquer desejos pecaminosos, e lhe ajudará a reaprender o amor e a afeição à parte do sexo. Esta é uma coisa que Deus tem que ensinar nestes dias a quase todos. Se você se achar numa situação que está encaminhada para o mal, saia dela. Afaste-se um pouco para poder se controlar. Pois você tem que prestar contas a Deus pelo bom ou mau uso do seu corpo, e também por causar a outra pessoa tropeço. Lembre-se de que amor e afeição entre membros do mesmo sexo não é homossexualidade em si. É um reflexo do amor e da aceitação de Deus. Ao desenvolver uma relação cada vez mais íntima com Deus, Ele vai sarar seus receios e suas inseguranças para que você possa ter relações sadias e puras com o mesmo sexo e com o sexo oposto.
Depois de me tornar cristão, venci meu comportamento homossexual. Isso quer dizer que devo me considerar um homossexual não praticante? Não! Quando você se entrega a Cristo, você realmente se torna nova pessoa mediante a experiência sobrenatural do novo nascimento. Você nem tem que se referir a si mesmo como ex-homossexual. Uso este termo apenas como ponto de referência. Embora você lute contra velhos desejos, e todos nós lutamos assim de uma maneira ou de outra, você é uma nova criatura e está se transformando naquilo que Deus quer que seja. Deu tem começado uma boa obra em você. Ele promete completá-la à medida que você se entrega a Ele. O mundo é capaz de não entender a realidade da liberdade do pecado. O que na verdade importa, porém, é a  opinião de Deus a seu respeito. Embora você tenha sido rejeitado, desprezado, considerado estranho e um fracasso, Deus diz que você pertence a Ele. Sua palavra está cheia de coisas maravilhosas a seu respeito! Deus diz, por exemplo, que você é: a menina dos seus olhos, seu escolhido e amado, rei e sacerdote para Ele, seu filho perdoado e libertado do pecado, forte no Senhor, santo e sem culpa e aceito em Cristo Jesus. Você também está morto para o pecado e livre da condenação, completo em Cristo. Está sendo transformado à imagem dele. Você tem a vida eterna e tem vencido o mundo e pode fazer todas as coisas através de Cristo...e muito, muito mais!
Como novo cristão que saiu da homossexualidade, eu deveria cortar toda relação com meus amigos homossexuais? A Bíblia diz que uma vez nascidos de novo, fomos transladados na vida da escuridão para o reino da luz, e não somos mais vinculados à vida velha. A Bíblia também diz que a comunhão com os perdidos nos servirá de tropeço, e até arruinará a obra que Deus está fazendo em nós.  Não é fácil despedir-nos daqueles relacionamentos que formaram parte de nossa vida passada, mas muitas vezes precisamos afastar-nos deles para a nossa proteção. Deus talvez lhe dê a oportunidade de repartir sua experiência cristã com seus antigos amigos homossexuais. Lembre-se, porém, que você pode salvá-los, só Deus pode fazer isso. Ao separar-se da sua vida antiga, você não precisa ser descortês nem orgulhoso. Também não precisa pedir desculpas por causa de sua nova vida em Cristo. Não se assuste se seus amigos anteriores não entenderem o que lhe aconteceu. Eles podem até criticá-lo e zombar de você. Terá que entender que eles ainda estão no pecado e são cegos à verdade. Quando Deus requer que você se afaste, ter  algo melhor para o seu futuro – algo puro e justo. Confie nele!
Mesmo que eu tenha vencido a homossexualidade através de Cristo e algum dia espero casar-me, será que meu passado vai impedir que eu tenha uma vida heterossexual normal? Não tem que ser assim, e não deve sê-lo. Muitos homossexuais antigos estão gozando das bênçãos do casamento heterossexual e de criar famílias. Contudo, sabemos que o casamento não serve de remédio para tudo. Não é necessariamente o remédio para a homossexualidade. Portanto, se Deus quiser que você se case, Ele o capacitará para ser o amigo, o amante e o pai que Ele quer que seja. Geralmente o maior receio daqueles que antes eram homossexuais quando se casam não é o relacionamento sexual. O que temem é fracassar no seu cumprimento das responsabilidades sociais e morais de compromisso para a vida inteira. A falta de interesse no sexo oposto (quanto às relações sexuais) é apenas um sintoma superficial de medos e inseguranças. Quero dizer que a cura de sua identidade sexual, orientação e auto-estima não significa necessariamente que você de repente comece a desejar o sexo oposto. Portanto, não se sinta inferior simplesmente porque você não tem desejo de ter relações sexuais com o sexo oposto. Se você crer que Deus quer que se case, procure aconselhamento - pois todos podem aproveitar-se disso antes de comprometer-se com a mudança vital envolvida no casamento.  Deus sabe dos seus temores, suas dúvidas e seus sentimentos de inadequação. Ele pode sarar e restaurar a sua auto-estima e dar-lhe a confiança necessária para enfrentar cada situação. Você pode fazer todas as coisas mediante Cristo – permanecer solteiro, ou casar-se, ou consertar um casamento já arruinado.
Conheça e ame a Deus cada vez mais através da oração diária e da leitura da Bíblia. Deus quer uma relação íntima com você. Quanto mais você chega a conhecê-lo e amá-lo, quanto menos desejo você vai ter de enganá-lo voltando-se para o pecado. O pecado será cada vez menos desejável e suas conseqüências mais evidentes. Não se focalize no passado, e sim em Jesus. É verdade que você saiu da homossexualidade – e daí? Isso não é a sua vida agora. Então, deixe de olhar para o passado. É uma história morta. Permita que Deus o ajude a deixá-la enterrada. Seja firme no seu propósito de continuar andando com Deus. Não se preocupe se nem todos querem que você seja seu melhor amigo. Caminhe com Deus. Não importa se você tem um pouco de dificuldade em andar – não deixe isso desviar você do seu alvo. Levante-se e continue com Deus. Procure grupos de confraternização. Você é capaz de precisar do apoio de grupos de ex-homossexuais. Mesmo que tais grupos possam servir de ponte de transferência entre o passado e o presente, não são um fim em si mesmos. Não limite suas relações somente a um grupo de apoio deste tipo. Se você pertence ou não a tal grupo, precisa desenvolver relações sadias com outros cristãos que não eram homossexuais. Ao fazer isto, você descobrirá que seus problemas realmente não são muito diferentes dos problemas dos outros. Se continuar fiel ao Senhor sem ceder à paranóia ou à tendência de ter pena de si mesmo, você também encontrará amor, aceitação, comunhão e o senso de realmente pertencer a um grupo onde seu passado já não é assunto de importância.
 
32 AMOR RESTAURADO
“De todas as paixões, talvez nenhuma exerça pressão tão grande sobre a alma e a psique humanas quanto à sexualidade. Mas nenhuma compulsão é tão poderosa que não possa ser rompida pela fé curadora. O moderno pressuposto de que a sexualidade, em especial a homossexualidade, é imutável, é uma mentira destrutiva”.
A sinceridade de Mário Bergner para com Deus, consigo próprio e com os outros, por si só, já bastaria para conduzi-lo à cura. No momento em que toma consciência do pecado em sua vida, ele o confessa e lhe dá as costas, com todas as suas forças.
Aquela noite, deitado na cama, mais uma vez acariciei a cruz que pendia do meu peito. Seu nome formou-se em meus lábios: - Jesus... Ó Jesus – orei -, o que foi que eu fiz? Eu te busquei aos quatorze anos e de novo aos dezoito, mas em nenhuma daquelas ocasiões recebi a cura de que precisava para ser liberto da homossexualidade. Por quê, Senhor? Por que algumas pessoas conseguem ir até o Senhor e participarem da vida da igreja, enquanto outras, como eu, apesar de minha evidente necessidade, não encontram qualquer auxílio? Não ouvi resposta alguma (...) Então o Espírito Santo de Deus disse: Quero curá-lo por inteiro, não apenas o seu corpo. Escolha. Como minha única preocupação no momento era ser curado fisicamente, não compreendi muito bem o que significava me “curar por inteiro”. Até que me encontrei na presença de Deus.
Quando escolhi a vida durante aquela visão no hospital, Deus curou-me da enfermidade física. No entanto, eu ainda ignorava que enveredaria por uma estrada que acabaria por me conduzir à renunciar também a homossexualidade. Não dispunha de nenhum indício de que o fato de dizer sim a Jesus transformaria radicalmente todos os aspectos da minha vida. Só sabia que desejava tudo que Ele tinha para mim. Minha oração é de que todos os que lêem este livro digam “Sim, Jesus” e recebam belos presentes.
A primeira vez que me entreguei a Cristo, aos quatorze anos, fiquei radiante de alegria ante a idéia de uma vida eterna e me enchi de esperanças quanto ao futuro. Embora não soubesse dar um nome aos confusos sentimentos relacionados ao sexo que brotavam em meu interior, já reconhecia que devia ter uma coisa muito errada dentro de mim. Infelizmente, a igreja que freqüentava não estava preparada para ministrar a cura de que tanto necessitava. Eles pouco entendiam o poder de Cristo para redimir a sexualidade de uma pessoa e curar-lhe as profundas feridas emocionais.
Apesar de tudo, Deus se fazia presente naquela comunidade de crentes na Palavra. Durante cerca de um ano que freqüentei a igreja, muitas mudanças positivas ocorreram em minha vida. Adotando ensinamentos morais cristãos e a visão bíblica do mundo, comecei a descobrir um estilo de vida pleno de significado. Graças a uma poderosa série de estudos feitos pelo pastor presidente sobre “O Sermão do Monte”, tornei-me uma pessoa mais solícita e amável, a despeito da dura realidade da vida no meu lar.
Em algum momento daquele ano, deparei-me pela primeira vez com a palavra “homossexual” em uma revista. Agora tinha um nome para os sentimentos que redemoinhavam dentro de mim. Embora continuasse submisso à pregação daquele excelente pastor, de repente ficou claro para mim que a homossexualidade era incompatível com o Cristianismo. Como o “homossexual” dentro de mim parecia crescer a passos muito mais velozes que o “cristão”, decidi parar de ir à igreja. Ainda assim, continuei acreditando em Jesus e vivendo de acordo com os padrões cristãos que me haviam sido ensinados.
Durante três anos mais, travei uma luta silenciosa por causa dos sentimentos homossexuais e do Cristianismo. No fundo, temia que, se a homossexualidade em mim fosse mais forte que a fé cristã, então, sem dúvida alguma, o Cristianismo era uma religião de expectativas irreais, de promessas vazias e de falsa esperança. Nesse período, começou o declínio do meu zelo por viver de acordo com os padrões cristãos.
Aos dezoito anos, ouvi o extraordinário testemunho de um ex-sacerdote satanista que se convertera ao Cristianismo e minha fé se reacendeu. Pensei: “Se Jesus libertou esse homem, com certeza pode fazer o mesmo comigo”. Entretanto, optei por não voltar à igreja, receoso de não encontrar nenhum tipo de ajuda ali. Orei por mais de seis meses em segredo, pedindo a Deus que me dirigisse a um lugar onde encontrasse a cura para a homossexualidade. Cheguei a ligar para a Associação Psicológica Americana, em busca do nome de um terapeuta. Sem condições financeiras para pagar a terapia e impossibilitado de pedir dinheiro à minha família, nunca marquei a consulta. Minha fé, renovada, logo se extinguiu. Nessa época descobri que a maioria das tentativas isoladas de se abraçar o Cristianismo fracassaram quando o novo crente não encontra uma igreja que o acolha e na qual ele se desenvolva. Sem dispor de outra opção, comecei a aceitar os sentimentos homossexuais como parte de mim mesmo.
Aos vinte e um anos mudei-me para Nova York, aprovado no teste de ator de um curso de teatro da cidade. Ali assumi de vez minha homossexualidade e passei a me reconhecer, aberta e livremente, como um homossexual. Pela primeira vez na vida, dizia a verdade acerca da minha orientação sexual. Experimentei um sentimento de liberdade que nunca conhecera antes. A verdade, mesmo quando relacionada a nossa condição de caídos, pode tornar mais leve o fardo de ter de conservar as máscaras no devido lugar. Não demorou muito para que me identificasse por completo com minha homossexualidade. Era homossexual e começava a me orgulhar disto.
Por volta de outubro de 1982, a dura realidade da vida homossexual, aos poucos se tornava patente para mim. A sensação inicial de alívio, por assumir minha condição e o fascínio por aquele estilo de vida haviam se desgastado. Começava a enxergar algumas das facetas obscuras daquela vida: a eterna preocupação com a juventude, tão presente na comunidade homossexual, as doenças sexualmente transmissíveis e contra as quais estava sempre me tratando, os rompimentos devastadores com os namorados e começo da crise da AIDS. Como nuvens negras, a realidade pairava sobre as falsas promessas de felicidade e liberdade feitas aos jovens instigados a abraçar a homossexualidade.
Nesse período, lembranças do meu passado cristão enchiam-me de dor. Eu parecia um rio pelo qual fluíssem duas correntes opostas – uma que eu permitia ao mundo conhecer, minha identidade homossexual e a outra, muito bem escondida dentro de mim, a cristã. À medida que aumentava essa dor, sentia-me cada vez mais desesperado e deprimido. No entanto, exteriormente, continuava me conformando à imagem politicamente correta do homossexual “experiente”. A idéia de que era falsa a esperança um dia experimentada, de que tudo não passara de sensações tribais baratas, crescia dentro de mim. Um único fator impedia que a corrente cristã deixasse de fluir em meu interior: continuava acreditando que Jesus Cristo era Deus. Por esse motivo, ainda me incomodava o sentimento de culpa, já que não vivia de acordo com os padrões cristãos. Além do mais, falava periodicamente com Jesus, embora não me desse ao trabalho de esperar para ouvir o que Ele tinha a dizer.
Aprendi que Deus não se impõe a nós, nem nos mantém reféns de Sua vontade. Ele segura cada crente na palma da mão com firmeza e, embora nunca nos solte, temos o livre arbítrio de pular. “Você vai me ajudar a libertar essas pessoas!” Sabia que era a voz de Deus. O medo se apossou do meu coração. Por que Deus falaria comigo? Ele nunca o fizera; por que haveria de começar logo agora? Eu deixara o Cristianismo para trás havia muito tempo. Porém não contava com o inabalável e irresistível amor de Deus. Ele me ofereceu uma opção, minha resistência desmoronou. Segurei-lhe a mão e comecei a sair das trevas para Sua incrível luz e liberdade.  Como eu me mostrara aberto para o poder de Deus de curar fisicamente, ela (Leanne Payne) concluiu que chegara o momento de informar-me do Seu poder para curar minha sexualidade, onde ela chama a homossexualidade de neurose e problema. Repleta de amor (da irmã), aquela carta preparou meu coração para ler o livro de Leanne Payne. Nela, minha irmã explicava que Deus estava presente em cada instante de minha vida, inclusive no passado, como se acontecesse naquele exato momento, pois o tempo não O restringe; é também uma criação Sua. Esse o motivo que lhe permite curar todas as nossas aflições, não importa quando tenham acontecido. Ou seja, aquelas feridas e pecados do passado, que continuam nos moldando na vida adulta, não são amarras para as quais inexista esperança.
Eu permanecia, enredado na mentira, bastante popular e corrente, de que a homossexualidade é um estilo de vida alternativo, não uma neurose que necessita de cura. Todas as pessoas carregam dentro de si feridas provocadas por relacionamentos desajustados – com Deus, com os outros, consigo mesmas. Não há cura a não ser na cruz de Jesus. O perdão flui de suas chagas. Eu tinha diversos relacionamentos desajustados, porém um em particular incomodava mais: o relacionamento com meu pai. Sentia uma dor enorme por causa disso. A solidão tomou conta de mim. Comecei a me sentir deprimido. E também a perceber que Deus me pedia para escolher entre Ele e a homossexualidade. Pela primeira vez, passou-me pela cabeça a idéia de que a homossexualidade podia ser revertida através da fé em Jesus Cristo. Concentrei meus ouvidos em suas palavras com grande alegria, o Salmo 139, enfatizando os versículos 13-16: “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis; e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda”.
Queridos, Deus, o Pai, os conhece antes que vocês nascessem. Ele se delicia em estar com Seu povo. Ele se deliciou quando se fez presente em suas vidas, Deus encarnado por meio de seu Filho Jesus. Deus está presente em cada lembrança dolorosa que envolve vocês. Ele está presente para curar cada ferida de suas vidas.
Ainda não estava convencido de que a cura da homossexualidade era possível, mas chegou a um ponto no relacionamento com Deus que não podia mais negá-lo. Nunca mais viveria sem Ele. Se Deus quisesse transformar minha homossexualidade, dispunha-me a permiti-lo. Com esse objetivo, concordei em fazer tudo o que Ele pedisse. E fui sincero para com Deus. Uma grande posição de mim gostava de ser homossexual. Agradavam-me as amizades proporcionadas por aquele estilo de vida e a satisfação dos desejos sexuais em encontros amorosos. A homossexualidade não me enojava; pelo contrário, me dava muito prazer na maioria das vezes, coisa que também anotei no diário de oração.
O período em que morei em Milwaukee fez incidir muita luz sobre os cantos obscuros do meu passado – lugares em que se escondiam diversas recordações dolorosas, as quais, outrora me esforçava demais para negar. Então começaram os questionamentos: se essas lembranças tinham influenciado de alguma maneira a formação da minha sexualidade, até que ponto se podia dizer que a homossexualidade é natural?
De volta a Ohio para o primeiro semestre escolar, fiquei deprimido. Enfrentava não só uma solidão horrível, como também toda a dor interior recém-emersa e que permanecia sem solução. Tudo apontava para uma única direção – a cruz de Cristo. Tornava-se evidente para mim que a homossexualidade não passava de uma reação pecaminosa  minha aos pecados cometidos contra mim, bem como às feridas que esses pecados provocaram em minha alma. A homossexualidade, portanto, era uma defesa erigida por minha alma para lidar com a dor. Pela primeira vez entendi que necessitava de arrependimento. Como o filho pródigo caiu em si no meio dos porcos (Lucas 15:17), eu também “caí em mim”, quando confrontado com os pecados do passado, meus e também de outros, que haviam me moldado.
Jesus me atraía, com toda graça, a entrar no Reino de Deus. O arrependimento aos pés da cruz de Jesus representa a base da cura para todos que desejam livrar-se de aflições que lhes controlam a vida. É o remédio de que a alma necessita para a libertação inicial do sofrimento, pois só então a verdadeira cura pode se seguir. A cruz de Jesus e o arrependimento que ela exige capacitaram-me a desatar por completo as amarras que me prendiam a um passado cheio de pecados. Minha identidade deixou de ser a de um homossexual. Eu estava livre para começar uma nova vida, uma caminhada pela gloriosa estrada da identificação com Cristo. O processo de cura que Jesus iniciara em mim poderia agora, seguir avante, até sua conclusão.
Meu pavor da rejeição fazia com que mantivesse as pessoas sempre a uma distância segura. Apesar de ser divertido em contextos sociais, na verdade não permitia que me conhecessem realmente. Se alguém se aproximava demais, um muro de invulnerabilidade se erguia para me proteger. Em inúmeras ocasiões, conhecidos disseram que me achavam reservado e distante. Eu sabia que “para isso se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo (1João 3:8)”. Aos pés da cruz, em oração, percebi que Deus precisava se tornar homem e morrer no madeiro para vencer o mal presente na humanidade e no mundo, carregando sobre si todo o pecado. Por quatro dias afligi-me imensamente pelo fato de haver pecado contra meu próprio corpo e contra Deus, com minha antiga atividade homossexual.  “Ali vos lembrareis dos vossos caminhos e de todos os vossos feitos com que vos contaminastes e tereis nojo de vós mesmos, por todas as vossas iniqüidades que tendes cometido. Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu proceder para convosco por amor do meu nome, não segundo os vossos maus caminhos, nem segundo os vossos feitos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus (Ezequiel 20:43,44)”.
No período em que Jesus me curava da homossexualidade, conquanto ainda sob os efeitos do batismo no Espírito Santo, recebido na igrejinha de Ohio, eu já espiritualizava problemas dos quais Deus não tinha nenhuma intenção de me livrar, a menos que fosse pela redenção do sofrimento (a exposição de minha dor e aflição perante Ele).
Diferentemente de muitas crianças, nunca quis imitar meu pai, porque nunca vi nele as qualidades que eu admirava. Ele, não só deixou de me dar o apoio necessário como homem, como também, através do abuso emocional, denegriu minha masculinidade, quando ela começava a se manifestar. Portanto, eu a reprimi pelo simples fato de me distanciar de tudo que meu pai era literalmente para mim. Na verdade, lembro até de um voto silencioso de jamais ser como ele. Esse voto e meu distanciamento de papai acabaram se estendendo a tudo que ele representava para mim, incluindo todos os outros homens. No fundo do meu coração, ou ser interior, ocorreu um rompimento entre minha personalidade e os demais símbolos de masculinidade. Não tinha dúvidas quanto a meu sexo biológico, porém nunca me senti masculino. Com cerca de cinco anos, notei um profundo desconforto dentro de mim em relação a meu sexo. O medo que tinha de meu pai crescia, bem como o senso de profunda rejeição da parte dele. Quando adolescente, examinando as fotografias no álbum anual da escola, eu sempre desprezava as características femininas que reconhecia em mim mesmo. Tendo em vista toda a repressão a que submetera minha masculinidade, meu lado feminino não dispunha de um complemento adequado ao meu sexo biológico, minha condição de homem. Conseqüentemente, o que havia de feminino em mim, emergia sob forma de falsa feminilidade, ou seja, um estado efeminado. Para mim “Perfeito e pai combinavam tão bem quanto peixe e bicicleta”. O contato da criança com formas desajustadas de amor masculino e feminino faz com que ela os registre como símbolos confusos, em sua identidade de gênero ainda em desenvolvimento, e também em sua compreensão do aspecto complementar dos gêneros.
Quando o amor está em desordem, nossos relacionamentos também estão. Assim sendo, as imagens primordiais nos faltam, ou elas se encontram seriamente desordenadas (como na neurose homossexual). Esta é a tragédia dos lares desajustados, onde sofremos não só a perda dos pais ou de outros membros da família, como também daquilo que essas pessoas simbolizam.
A masculinidade e a feminilidade nos são transmitidas quando crianças por aquelas pessoas em nossas vidas que simbolizam o significado de masculinidade e feminilidade para nós (inicialmente, pai e mãe). A fim de adquirirmos uma identidade pessoal saudável, precisamos estabelecer relacionamentos afetuosos e saudáveis com membros de ambos os sexos. Seria possível dizer que nossos primeiros contatos com entes queridos de ambos os sexos ficam registrados em nossos corações como uma história de amor, com idéias específicas acerca de masculinidade e do que significa ser homem, e de feminilidade e o que significa ser mulher. Dessa história de amor fazem parte enredos que moldam nosso senso de identidade. Os relacionamentos que mantemos com os personagens desses enredos afetam a direção pela qual envereda nossa sexualidade. Se durante todo o período de desenvolvimento, nossos relacionamentos com membros de ambos os sexos forem saudáveis, será escrita uma história de amor heterossexual sobre os nossos corações. Nossa sexualidade então, acompanha essa história de amor e vivemos enredos agradáveis de amor entre os sexos, conforme foi escrito em nossos corações.
Para o desenvolvimento de uma identidade sexual saudável, a história de amor do coração deve conter dois enredos paralelos. Um deles consiste no relacionamento afetuoso com o genitor do mesmo sexo. Nele se encontram as lembranças boas de uma relação de cumplicidade até, de tão estreita, a ponto de fazer com que, em determinado momento, paremos e percebamos que “essa pessoa é como eu”. O outro enredo trata do relacionamento afetuoso como genitor do sexo oposto. Nele estão as lembranças boas de uma relação mais simples, em que logo se percebe que “essa pessoa é diferente de mim”, que as diferenças entre “mim e essa pessoa são complementares e nos aproximam”. Em teoria, mãe e pai nos servem de modelos dessa complementaridade dos sexos.  Para que nos identifiquemos com o genitor do mesmo sexo e percebamos a diferença complementar do genitor do sexo oposto, nosso coração deve abrigar imagens positivas de ambos os sexos, em relação um com o outro. O fato de deixarmos de ter relacionamentos saudáveis com membros de ambos os sexos produzirá personagens negativos dentro do enredo, tanto da identificação, quanto da complementação, no contexto da história de amor do coração. Nossa sexualidade passará a seguir enredos e a conseqüência será alguma forma de ambivalência (existência de atitudes ou emoções contraditórias, como por exemplo: amor e ódio) ou confusão de gênero (qualidades masculinas ou femininas existentes em Deus  e na humanidade) sexual. Gênero, as qualidades da masculinidade e da feminilidade, abrange os dois sexos, mas não se limita àquilo que tem um sexo. Gênero é uma realidade, e uma realidade mais fundamental que o sexo. Masculinidade e feminilidade são qualidades existentes na essência suprema de Deus.
Masculino implica ser homem, em vez de mulher. É uma condição diretamente relacionada ao gênero biológico da pessoa. Masculinidade é uma qualidade, uma postura, um modo de abordar a vida, complementado pela feminilidade. Tanto homens, como mulheres podem expressar qualidades femininas e masculinas. Mas para que se possa considerá-los homens e mulheres plenos, essas qualidades devem encontrar harmonia e ritmo apropriados ao seu sexo biológico.
Visando uma melhor compreensão do desenvolvimento de uma história de amor heterossexual saudável, observe as três palavras gregas para amor: ágape, filéo e Eros.
Ágape: O termo expressa, no âmbito do humano, algo como “amor natural” ou “amor familiar”. É aquele que une as pessoas em algum tipo de grupo natural – o amor presente na família, por exemplo. Os pais amam os filhos, os filhos amam os pais, os filhos amam-se uns aos outros. Sem o amor ágape, só resta a possibilidade de uma existência miserável e de privações, algo que mal se pode chamar de vida. Este tipo de amor é muito importante. A imagem que deve ser nosso ponto de partida é a da mãe amamentando seu bebê, da cadela ou gata deitada em uma cesta e rodeada pelos filhotinhos – formando um amontoado meio indistinto, aconchegados uns aos outros; os ronrons, as lambidas, os dada-gugus, o leite, o calor, o cheiro da vida recém-inaugurada. O amor ágape possui expressões masculina e feminina e nossos contatos com essas diferentes formas variam durante a infância. Quando crianças, a princípio provamos o sabor do ágape em sua manifestação feminina por intermédio da mãe – um toque, um seio repleto de comida. Na simbiose entre mãe e filho, o bebê nem sequer suspeita que é um ser desligado da mãe. Tudo que ele conhece são sentimentos de segurança e amor, resultantes do fato de ter feito parte do corpo dela.
Um cordão invisível persiste, muito tempo depois de o umbilical ter sido cortado. Existe uma profunda relação de intimidade entre mãe e filho – um tipo de conhecimento que precede o advento da razão e, de certa forma, o transcende. O bebê conhece um senso de ser e de individualidade no amor da mãe. Nele, a história de amor do bebê recebe suas primeiras influências do feminino e da feminilidade, bem como do ser. É de extrema importância que a criança não seja separada da mãe até que tenha desenvolvido a capacidade de compreender-lhe a ausência. Do contrário, ela absorve a ausência da mãe como uma rejeição. Nesse caso, o amor feminino vincula a rejeição a um enredo da história de amor do coração. Psicólogos que estudam o relacionamento entre filhos e pais, geralmente concordam que o desenvolvimento da capacidade de compreender a ausência da mãe não começa antes do nono mês de vida, e só atinge seu pleno potencial quando a criança chega aos cerca de dois anos e meio. Longos períodos de separação da mãe, antes dessa idade, causam não apenas sentimentos de rejeição, como também toda uma gama de efeitos negativos – raiva, ansiedade e até desejo sexual exagerado – na vida adulta.
Com o intuito de encontrar um senso seguro de individualidade longe da mãe, a criança necessita do apoio afetuoso do pai. Diz o Dr. Daniel Trobisch: “A mãe representa um ciclo, e o pai, aquele a quem cabe nos resgatar desse ciclo”. O contato inicial de criança com a forma masculina de ágape, acontece basicamente quando o pai ama a mãe; através dela, está também amando o filho. Em seu amor para com a esposa, o pai começa a escrever, na história de amor do próprio filho, o enredo da proteção e sustento masculinos. Quando as crianças aprendem a engatinhar, elas o fazem em direção ao pai, afastando-se da mãe. Graças a seu apoio afetuoso, o pai desempenha o importante papel de ajudar o filho a desvincular sua identidade pessoal da identidade materna.
Quanto à relação desse fato com o desenvolvimento durante a adolescência, Leanne Payne escreve o seguinte: “Se nos aceitamos ou não, como pessoas, vai depender do apoio que recebemos expresso pela voz masculina. Como mulher, não posso dar apoio a meu filho ou filha, em sua identidade de gênero. É a voz do homem que eles estão atentos, porque, filhos do meu ventre, passam pelo processo de desvincular de mim as próprias identidades. Os laços com o pai, antes desse período crucial na adolescência, são importantes, claro. Acontece que agora, não existe nada mais importante. Ao se “interpor” entre os filhos homens e a mãe, onde necessário, o pai lhes permite que isolem suas identidades sexual e pessoal da dela. O mesmo se aplica à filha, embora constitua um acontecimento menos significativo, no tocante a sua identidade sexual. Afinal, ela não é diferente da mãe”.
No caso do filho, o amor do pai lhe permitirá identificar-se positivamente com as características masculinas e de homem que vê nesse pai. O que é essencial para o desenvolvimento de uma “identidade de função do gênero” saudável – o papel que se desempenha na vida como homem ou mulher. Tanto para os filhos, quanto para as filhas, o pai é uma representação de tudo que se pode associar a masculino e ao homem no mundo, da mesma maneira que, também para filhos e filhas, a mãe é uma representação de tudo que se pode associar a feminino e à mulher no mundo. É importante que os identifiquem positivamente com os papéis desempenhados especificamente por seu gênero, percebidos no genitor do mesmo sexo que eles ou elas. Isso para que adquiram uma identidade positiva da função do gênero. Por outro lado, a mesma importância tem o fato de que a criança deve vivenciar positivamente as diferenças entre os gêneros com o genitor do sexo oposto ao dela. Só assim, aprende a estabelecer uma interação complementar com representantes do sexo oposto. Ter segurança no que diz respeito à identidade de gênero é identificar-se corretamente com o próprio sexo e relacionar-se de um modo saudável com o sexo oposto, de forma a complementá-lo.
Uma manhã, minha irmã Karen telefonou-me para contar a última que Alexander, meu sobrinho, aprontara. Meu cunhado saíra para o trabalho bem cedo e Karen se pusera logo a lavar a louça do café. Seus dois filhos, Katie, de cinco anos e Alexander, de dois, foram brincar em outro cômodo da casa. Algum tempo depois, Karen estranhou o silêncio, coisa que, segundo ela, geralmente era indício de que estavam “fazendo arte”.
Quanto enxugava as mãos para ir à procura dos filhos, eis que Alexander entra aos tropeços na cozinha, calçando os chinelos do pai e com seus óculos pendurados no nariz, carregando também a Bíblia que ele usava para estudar. Karen mais que depressa, correu para o banheiro, imaginando que a filha estivesse participando do mesmo jogo. Semanas antes, Katie cobrira o rosto de maquiagem e, tesoura  em punho, picotara boa parte do cabelo. Karen é cabeleireira. Dessa vez, porém, encontrou-a brincando feliz da vida, às voltas com seu mundo imaginário, o cabelo são e salvo e no devido lugar.
Essas brincadeiras inocentes revelam uma saudável identificação de símbolos com o genitor do mesmo sexo. O resultado final de uma identificação de gênero saudável como essa é uma identidade de função do gênero igualmente saudável. Tal identificação com o próprio gênero serve de base para o estabelecimento de uma identidade interior de gênero sadia, ou seja, aquela segurança experimentada pelo menino no fundo do seu coração, de que ele não só é homem, como também masculino, ou pela menina, de que é tanto mulher, quanto feminina.
À medida que essa identidade interior de gênero cresce, as crianças despertam para as diferenças entre si mesmas e o sexo oposto. Esse despertar, além de servir de apoio para a noção de que gêneros se complementam, apóia também, de um modo muito mais profundo, a crescente identificação da criança com o próprio sexo.
A imitação dos papéis desempenhados pelo gênero, mesmo de brincadeira, ajuda a criança a identificar-se, em segurança, com o gênero a que pertence. Na década de 20, Jean Piaget, psicólogo suíço, empreendeu amplos estudos sobre a importância das brincadeiras infantis. Ele via a brincadeira com os símbolos como um aspecto muito importante da vida emocional da criança, bem como, de seu desenvolvimento cognitivo. A brincadeira serve a um grande número de propósitos. Quando se observam crianças brincando, aprende-se muito acerca daquilo que elas estão tentando compreender.
O amor do pai e da mãe é a primeira influência sobre os enredos da identificação e da complementação de gênero, na história de amor dos nossos corações. O amor que a mãe dedica aos filhos é único e diferente do amor do pai. É importante levar em consideração essas diferenças para não dar maior valor a um, que a outro. As expressões de afeto que recebemos da mãe e do pai não são intercambiáveis, mas, igualmente importantes. A segurança no amor dos pais permite que uma saudável história de amor heterossexual se desenrole e que seja vivida mais tarde. Quando manifestações sadias do ágape masculino e feminino ficam impressas em nossos corações, temos liberdade para deixar que outras formas de amor sejam escritas em nossas histórias.
Filéo: Ao iniciarmos o contato com o mundo exterior à mãe, engatinhando na direção do pai, acabamos por descobrir o mundo dos amigos. Uma segunda palavra para amor é filéo, designando o amor da amizade. Designa o amor do homem pelos companheiros, da mulher pela amiga. Também ele nos aponta para algo de grande valor na vida. É possível viver sem amigos, mas seria uma existência pobre. Hoje em dia, parece que não fazemos mais tantas amizades como antigamente, época em que Aristóteles podia classificá-la como uma das virtudes.
A amizade também conta com expressões feminina e masculina. No início de seu desenvolvimento, as crianças parecem não notar se os amiguinhos são do sexo masculino ou feminino. À medida que o enredo da identificação de gênero com o mesmo sexo se desdobra, na história de amor do coração, passa a ser perfeitamente natural que um menino, tendo se descoberto um “homenzinho”, queira brincar apenas com outros meninos. O mesmo vale para as meninas. Quando a criança se sente segura em sua identificação com o genitor do mesmo sexo, em casa, surge a necessidade de estabelecer relações com membros do mesmo sexo. Ou seja, ela precisa se “misturar ao bando”, pois a participação em um grupo ajuda a aumentar sua identificação de gênero. A atitude de exclamar “meninas, argh!”, no caso dos meninos, e “meninos, argh!”, das meninas, é absolutamente normal neste período. A rejeição infantil ao sexo oposto, por não pertencer a “nossa turma”, faz parte da identificação sadia com o mesmo sexo. Deixa de ser sadio, contudo, permanecer sempre nesse estágio infantil.
As brincadeiras com o sexo oposto exercem em papel crítico no desenvolvimento de um enredo saudável, relacionado ao caráter complementar do gênero, na história de amor do coração. Por toda a infância, e particularmente na puberdade, a amizade com o sexo oposto deveria ser encorajada pelos pais, professores e outras figuras detentoras de significativa autoridade. Do contrário, a capacidade da criança de se relacionar com o sexo oposto pode subdesenvolver-se, ser reprimida por completo, ou, já na vida adulta, ser tragicamente reduzida a uma expressão do eros carregada de sensualidade.
Eros: A puberdade revela o eros, geralmente imaturo a princípio, com freqüência carregado de sensualidade e dotado de um dramático colorido romântico. Costuma surgir em nossos corações sob a forma de uma história de amor dramática. Se formos sadios na puberdade, o enredo do caráter complementar do gênero, na história de amor do coração, exigirá todas as atenções. O jovem apaixonado passa a se considerar o personagem principal da trama secundária do amor erótico. Os sentimentos que nutre para com o objeto de seu amor, o anseio de possuí-la, os pensamentos acerca da amada, tornado-se os temas mais importantes dessa trama. Ao mesmo tempo, falta igual atenção aos sentimentos, necessidades e pensamentos da amada. A motivação do rapaz é tipicamente narcisista.
“Eros é aquilo que a maioria das pessoas hoje em dia tem em mente quando pensa em amor. Basicamente, Eros é o amor romântico, o amor sexual. É também o nome do deus grego que empunha o arco e as flechas. A palavra costuma ser empregada em referência a afeições outras que o amor romântico, porém é este seu significado natural, que o particulariza. Deveríamos notar, já de início, que eros  é mais que experiência sexual. Pode-se fazer sexo sem amor...Porém o ato sexual consiste na expressão apropriada para o eros. Ele não é o eros em si mesmo, porque a afeição é um elemento básico nesse tipo de amor”.
Eros é o amor entre os sexos em todas as suas diferentes expressões. Abrange a relação complementar entre homem e mulher, o gesto inocente de dar as mãos de adolescentes apaixonados, o prazer simples que tem um homem ao admirar uma mulher e o conhecer e ser conhecido íntimo, verdadeiro, do relacionamento conjugal. O Eros saudável inclui sempre o respeito mútuo.
Eros é ainda o termo mais apropriado, não só ao amor entre os sexos manifesto romanticamente, como também aos relacionamentos amorosos, sempre entre os sexos, no círculo familiar. É natural que o amor do filho pela mãe compreenda aspectos do eros, pelo simples fato de existir uma diferença de sexo entre eles. O mesmo se aplica, claro, ao amor da filha pelo pai.
O Eros expresso no amor romântico necessita desesperadamente de definição, nos dias de hoje. Nossa sociedade, como um todo, parece um adolescente que não conseguiu sair da puberdade. O enredo do caráter complementar do gênero em nossos corações lembra mais uma história de amor trágica, ou um dramalhão. Damos a impressão de estarmos atados a uma visão narcisista do eros, altamente romantizada, ou então, ignoramos como nos relacionar com o ato sexual que abranja o amor. Como Romeus incompetentes em busca de nossas Julietas. C. S. Lewis faz profundas revelações: “O eros faz o homem querer a verdade, mas querer uma mulher em especial. De modo misterioso, porém, absolutamente inquestionável, o amante deseja a amada em si, não o prazer que ela lhe possa proporcionar.”
Essa descrição de amor, voltada para o outro, estabelece um contraste gritante com o desejo sensual narcisista, que só visa a gratificação própria e que hoje se faz passar por eros. Como homem, mantendo o devido contato com a diferença entre a afeição que sinto por um irmão e por uma irmã em Cristo. O amor de irmão-para-irmão mais genuíno é o filéo, desde que capacitado pelo ágape (aqui no sentido do amor incondicional por Deus). Parte do amor que sinto por ele tem sua raiz no fato de sermos ambos do sexo masculino. Em francês, a palavra que significa conhecer devido a uma similaridade inata é connaitre. Naitre quer dizer nascimento e con, o mesmo. Este conhecimento induzido por uma relação de igualdade só tem lugar quando a história de identificação com o próprio sexo, presente no coração, é saudável.
O amor mais autêntico que posso experimentar por uma irmã em Cristo é também o filéo revestido do ágape divino, porém neste caso o eros participa, pois sou do sexo masculino e ela, do feminino. Considerando que não compartilhamos da mesma natureza (humana sim, mas não sexual), passo a conhecê-la à medida que convivo com ela, estendo-lhe a mão e a trago mais para perto de mim. Em francês, esse tipo de conhecimento é denominado savoir, de onde se originou a palavra inglesa savor, (provar cheiro ou sabor, em português).  Esse conhecer em razão de diferenças só acontece quando o coração dispõe de um saudável enredo do caráter complementar do gênero.
Amor Confuso: “Amamos de um modo confuso, nós, os caídos; a estrada da vida existe para estabelecer ordem no amor”. Nossos primeiros encontros com as formas masculina e feminina desses três tipos de amor (Ágape, Filéo e Eros), incorporados a nossos relacionamentos mais significativos (mãe, pai e outros), moldam a maneira como vivenciaremos mais tarde, no decorrer da vida, o amor pelo mesmo sexo e pelo sexo oposto. Esses contatos afetam ainda o modo como vemos a nós mesmos, enquanto homens e mulheres. Necessidades de afeto não satisfeitas na infância não desaparecem simplesmente porque crescemos. Costumam se manifestar disfarçadas de necessidade neurótica exigindo atenção. Se nos faltar um dos três diferentes tipos de amor, é provável que tentemos satisfazer essa exigência com o amor de um dos outros dois tipos. A necessidade de afeto não satisfeita, e que se transformou em neurótica, pode aparecer nos enredos, tanto de identificação de gênero, quanto do caráter complementar do gênero.
Quando um homem deixa de receber a forma masculina de ágape na infância, o déficit é notado em seu enredo de identificação de gênero. Talvez então, ele tente compensá-lo estabelecendo um vínculo no qual se apegar, e do qual se torne dependente, com um outro homem, ou por intermédio de uma expressão do eros, resultando na neurose homossexual. Se ao homem faltar filéo, ele pode criar expectativas nada razoáveis e depositá-las sobre os amigos homens. A mulher que não encontrou um senso seguro de ser no amor materno pode transferir essa necessidade para os relacionamentos com outras mulheres, esperando delas algo que simplesmente não podem ou não deveriam lhe dar. É possível compreender certas expressões da homossexualidade, tanto no homem quanto na mulher, como necessidades de afeto relacionadas ao mesmo sexo não satisfeitas, e que foram erotizadas. A pessoa está procurando o amor no lugar errado, literalmente. A necessidade não satisfeita de amor do mesmo sexo assume traços distorcidos e desproporcionados. Determinadas expressões da homossexualidade, seja no homem, seja na mulher, resultam em fuga impulsionada pelo medo do sexo oposto, e a um apego, uma dependência do mesmo sexo. A introdução do eros nesse enredo serve como uma forma neurótica de aproximação e identificação com o mesmo sexo. Ao evitar membros do sexo oposto, o homossexual não precisa mais lidar com seu senso de inadequação sexual em relação a eles.
Quando conseguimos olhar para o passado, com total sinceridade, e o virmos do modo ele realmente aconteceu, então poderemos começar a nos libertar de nossas reações aos relacionamentos desajustados que afetam nossas relações no presente. Só então conseguiremos amar e sermos amados verdadeiramente, por ambos os sexos, e assim, convertemo-nos nas pessoas que Deus deseja que sejamos.
O encontro com um homem pleno. O que é um homem pleno? Tentando visualizar um homem pleno, meu coração apresentou-me imagens de meu pai esbravejando feito um louco, em um de seus acessos de raiva; dos colegas de escola mais cruéis, atormentando-me por ser efeminado; de homens unidos em um abraço homossexual. Eram essas as únicas imagens de homens que abrigava em meu coração. Você se lembra de algum homem pleno na infância? Não, ninguém me vinha à mente. Comecei a descobrir o que  era ser amado por um homem pleno. Era a primeira vez na minha vida que um homem pleno se dispunha a me ajudar, o Pastor Brown. Aliás, meu ser inteiro estava sendo moldado, assumindo a forma do homem por cuja redenção Jesus morreu. Doía, mas eu estava me tornando real. Meu verdadeiro eu começava a vir à tona conforme aquilo que havia de real. Senti pela primeira vez, que a cura da homossexualidade era possível. Até aquele momento, não me permitia esperar de verdade pela cura completa, com medo do desapontamento. Só levara em consideração essa história de cura por sentir que Deus me conduzia nessa direção, não porque tivesse grande fé de que daria certo. Além disso, gostava do prazer que experimentava nos contatos homossexuais e não tinha certeza de estar pronto para abrir mão deles, definitivamente. Contudo, sabia que a cura, que agora achava viável, jamais se daria sem algum esforço da minha parte. Por esse motivo determinei-me, diante de Deus, por não mais envolver-me com nenhuma atividade homossexual. A motivação para a maior parte de minhas orações era o desejo de ser liberto de todos os sentimentos e lembranças negativas que abrigava no peito, relacionados a meu pai, não necessariamente de ser curado da homossexualidade.
Segue a história de Matthew, um rapaz que, como eu, precisava se libertar da confusão dos símbolos em suas fantasias homossexuais: Leanne Payne inicia a conversa com Mattehw perguntando-lhe: O que você faz em suas fantasias? Quero abraçá-lo, beijá-lo na boca, quero estar junto dele. E, em sonhos, é isso que faço. Ouvindo isto perguntei: Você conhece alguma coisa, qualquer coisa, sobre os hábitos dos canibais? Sabe por que eles comem gente? Não, não faço a menor idéia – ele respondeu, perplexo. Essas questões costumam ser fundamentais para trazer à tona, em mentes e corações como os de Matthew, o que realmente acontece nas compulsões homossexuais. Em seguida, contei-lhe o que um missionário certa vez me disse: Os canibais só comem quem admiram, e o fazem para adquiri-lhes as características. Estava muito claro qual o problema com Matthew; ele olhava para o outro rapaz e se apaixonava por uma porção perdida de si mesmo, uma porção que ele não conseguia reconhecer nem aceitar.
Ruth Tiffany Barnhouse define a homossexualidade como a tentativa neurótica de obter identificação de gênero com o próprio sexo. Ela escreve: “...pode-se recorrer à adaptação homossexual como forma de se identificar com a força “masculina” do parceiro. Como bem colocou um paciente meu, o problema não estava tanto no fato de eu querer amar Peter; eu queria ser o Peter”.
Meu desejo homossexual não era um impulso biológico, mas sim a projeção do amor desordenado e da identificação de gênero incompleta sobre um membro do meu mesmo sexo, que simbolizava minha masculinidade. Foi assim que comecei a abandonar a mentira de que a homossexualidade é uma expressão legítima da sexualidade humana. A fim de me desfazer dos símbolos confusos da masculinidade presentes em meu interior, procurei responder a essas perguntas simples a respeito dos homens que habitavam minhas fantasias sexuais, ou por quem me sentia sexualmente atraído: o que ele tem que estou tentando tomar? Que porção da minha masculinidade ele simboliza e com a qual não estou estabelecendo contato? Com isso, ficou muito claro para mim que todos os homens do meu passado, pelos quais me “apaixonara”, nada mais eram que receptáculos das minhas projeções. Só estivera tentando completar minha identificação de gênero através de uma união erotizada com eles. Na verdade, nunca os vira como as pessoas reais, de carne e ossos, que eram de fato. Antes, me relacionara com eles (ainda que inconscientemente) a partir da perspectiva de minha própria necessidade e confusão.
Meu quarto precisava receber novos símbolos – ou seja, um novo símbolo em meu coração. Admitindo minha fraqueza diante de Deus, pedia-lhe que derramasse sua força sobre mim. Nunca neguei que a necessidade continuava ali; apenas comecei a exercer uma certa autoridade sobre meu próprio corpo. Meus sentimentos e pensamentos subjetivos, egoístas, deixariam de ser medida para a verdade. Esse lugar agora cabia a Jesus. Era um estranho paradoxo, comprometer-me pessoalmente com dois conjuntos de crenças contraditórios – um originário do meu coração enfermo, e o outro, da minha fé em Deus. Em pouco tempo, meu quarto adquirira novo símbolo. Tornou-se lugar de comunhão com Deus e de descanso.
Aos dois anos e meio, passei de um mês de hospitalizado, devido a uma grave infecção nas vias respiratórias. Durante aquele mês, não permitiram que minha mãe ficasse comigo. Isolado dela por um período tão longo, desenvolvi um sério problema de ansiedade por causa de separação. Quando criança, carregava essa ansiedade e as atitudes de defesa que a acompanham, como vergonha, raiva e rejeição, bem no fundo do meu ser. Embora a separação da mãe seja inevitável para que a criança, ao amadurecer, se transforme em um indivíduo saudável, o momento exato dessa separação deveria coincidir com um estágio muito particular do seu desenvolvimento. Comentando a capacidade da criança de vivenciar positivamente a separação, a Dra. Sally Provence escreve: A capacidade de uma criança de trabalhar bem o estresse da separação depende significativamente de sua habilidade em evocar imagens mentais daqueles a quem ela atribui seu senso de segurança e bem-estar.
No que diz respeito às mulheres com neurose de lesbianismo, o pavor de perderem o contato com a mãe costuma estar na raiz de seus problemas sexuais. O desapego das lésbicas a sua fonte de ser não só provoca intensa ansiedade, como também, a alienação de seus relacionamentos básicos e, portanto, dos meios para obter uma saudável identidade de gênero. Desde o princípio da infância, como resultado dessa ansiedade, pode acontecer de carregarem tensão nos órgãos genitais. A necessidade de que sentem do amor ágape feminino pode estar tão confusa que todos os relacionamentos com mulheres acabam sendo erotizados.
Para o homem em transição da homo para a heterossexualidade, a vontade de se masturbar às vezes é conseqüência do emergir de sua heterossexualidade até então reprimida. Pode representar a tradução do despertar sexual (atrasado) para a existência da mulher, coisa que em geral ocorre na puberdade. Esse despertar não só precisa ser bem-recebido, como também transportado rapidamente para a maturidade. E o indivíduo precisa aprender que pelo simples fato de experimentar uma necessidade sexual legítima, nem por isso poderá satisfazê-la imediatamente.
Conquanto minha vontade continuasse frágil ainda precisasse de cura, eu a exercitara em sintonia com a vontade de Deus. A presença de Deus que comigo habitava capacitou-me para fazer aquilo que antes eu julgava impossível. Com Jesus, enfrentei o medo da solidão, a ansiedade, a tentação sexual e o abandono, tudo que nunca fora capaz de encarar. Passava pelo ponto crítico da minha cura, o instante em que morria voluntariamente para o velho “eu” e me identificava com Cristo em seu sofrimento. Atingi uma nova e poderosa compreensão do significado de Cristo vivendo em mim. Ela tem mudado minha vida. E nunca mais precisei enfrentar um fim de semana de agonia. 
De repente, o significado de Cristo estar em mim invadiu-me o ser como ondas de água viva. Naquele momento compreendi que se o Espírito de Deus habitava naquele pedacinho de pele, então, Sua presença também permeava cada célula e fibra do meu corpo, quer eu quisesse, quer não. As palavras de 1Coríntios 6:19-20 entraram em minhas veias como sangue restaurador: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.
Ao mesmo tempo que essa verdade tomava conta de minha mente, olhei para meu dedo mindinho e concluí que se todo o Espírito de Deus habitando em mim fosse suficiente apenas para preencher a ponta daquele dedo, eu já teria poder divino suficientemente para ser curado. Daquele momento em diante, a porção mais profunda do meu coração tomou consciência de que eu seria completamente curado da homossexualidade. E foi o que acabou acontecendo. A mais plena alegria emergiu de dentro de mim. Eu devia estar brilhando em maravilhosa reverência. Daquele dia em diante, relacionei-me com meu corpo de um modo inteiramente diverso. Pois não se tratava de um mero corpo, mas sim do templo do Espírito Santo.
A primeira vez que me entreguei para Jesus, na adolescência, ninguém me ensinou sobre a união com Cristo através do Espírito Santo habitando no crente. Só dez anos depois, tendo freqüentado a classe de educação cristã para adultos e que mais tarde ainda, recebido o poderoso enchimento do Espírito Santo na igrejinha de Ohio, deparei-me com a realidade de “um outro que vive em mim”. Essa realidade representa uma verdade fundamental para a cura das pessoas. Em cada cristão existe um lugar interior saudável, onde ele mantém sua união com Cristo. A respeito  daquele que o ama, Jesus disse: “E meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada (João 14:23).” Essa união entre o crente e Deus é a realidade que nos capacita a sermos transformados de dentro para fora. Essa união com Cristo traz poder também à sua vida de oração. Essa realidade de “um outro vivendo em mim”, foi a chave para minha cura da homossexualidade, e é a chave para a cura de todas as pessoas. Pois não importava quão terrível fosse a lembrança que viesse à mente, não me importava quão vil fosse o pecado revelado de dentro do meu coração, não importava quão insignificantes ou ridículos fossem os pensamentos que me assaltassem, não importava a intensidade da dor que me abalava a alma, eu agora sabia que Jesus estava vivendo dentro de mim. Por haver “um outro vivendo em mim”, eu tinha coragem para enfrentar as feras na arena do meu coração. O lugar saudável onde Jesus morava, dentro de mim, era meu verdadeiro centro.
O processo de identificação com Cristo permite ao crente descobrir sua verdadeira identidade. O produto final dessa identificação é uma identidade – aquilo que a Nova Bíblia Inglesa, no trecho de Mateus 16:24-25, quando Jesus diz: “aquele que perder a sua vida por minha causa, acha-la há”.
Amadurecendo à medida que obedecemos a Deus, desviando os olhos do próprio eu e voltando-se para o exterior, para o céu, recebemos de Deus aquela palavra objetiva, à qual devemos obedecer, se quisermos amadurecer. O verdadeiro “Eu” vem à tona quando fixamos os olhos em Deus, o verdadeiro “Tu”. Desse modo, nosso eu é refletido sobre nós. A natureza de Deus em mim redime minha natureza interior. Sou justo porque Sua natureza justa habita em mim, na figura do Espírito Santo, não apenas porque conheço uma verdade teológica acerca de Sua justiça em mim. A obra de Deus em mim deu-me coragem para suportar os primeiros meses em que estava sendo curado da neurose homossexual. Por isso, ao mesmo tempo que desejos homossexuais devastavam-me o corpo, eu podia clamar por Jesus nos momentos em que não o sentia próximo a mim. Com o tempo, os desejos homossexuais que um dia eu buscava satisfazer com tanta avidez, foram transformados em tentações para fazer algo que eu não queria mais. Havia um Outro vivendo em mim. Sua justiça, Cristo em mim, submetia-me a uma transformação de dentro para fora. Todos nós precisamos exercer esforço moral a fim de obedecer a Deus. Contudo, nossos esforços humanos são ampliados grandemente pelo poder de Deus quando participamos de Sua natureza, tomamos nossa cruz e seguimos o Senhor todos os dias.
Os psicólogos cognitivos são rápidos em salientar que padrões de pensamentos baseados em erros ditam grande parte dos comportamentos e sentimentos que regulam nossas vidas. Eles sabem que a introdução de novos pensamentos positivos em uma mente abarrotada de atitudes doentias é a chave para a cura. A oração profética bíblica ou a oração passiva, que na verdade vai muito além do pensamento positivo, é a chave para a renovação da mente: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12:2)”. Conheci um novo senso de responsabilidade pela minha cura, o qual mudou minha vida. Continuava necessitado de muito mais curas sobre as feridas passadas. Eu as tinha em quantidade suficiente para gemer e choramingar pelos próximos vinte anos. No entanto, uma nova dimensão de vida se abriu a minha frente – o futuro desvencilhado do passado. Agora eu olhava para diante, para uma vida normal, livre das referências diárias ao passado doloroso. Por esse motivo, decidi não mais mencionar esse passado a não ser no contexto da oração, de um ensinamento ou ministrando para outras pessoas.
Como é fazer sexo com você mesmo? O amor entre homossexuais costuma ser caracterizado pelo receber. O homossexual não ama alguém do próprio sexo para se doar. Pelo contrário, ele o ama com o intuito de tomar para si mesmo. Tampouco ama o parceiro do mesmo sexo como a si mesmo. Ama-o em vez de a si mesmo.  Se encontramos dificuldade em nos relacionarmos com pessoas do mesmo sexo, por causa de modelos inadequados, temos dificuldade também para nos relacionarmos com pessoas do sexo oposto.
Parte de minha cura da homossexualidade só começou depois que renunciei à esperança idólatra de um dia encontrar o amante perfeito, que estivesse em harmonia com a imagem idealizada e erotizada do meu sexo, existente dentro do meu coração. Sabia tratar-se de um pecado ultrajante, para o qual precisava morrer. Mas ainda queria manter um certo controle sobre a vida. Porém, eu vivia a tentação satânica de aproveitar a cura que Jesus me dera e sair a procura do amante perfeito com quem passar tranqüilidade o resto da vida. Essa esperança pecaminosa foi um dos maiores impedimentos para que eu recebesse mais cura da parte de Deus. Homens que deixaram de completar sua identificação de gênero na infância procuram estabelecê-la em um outro homem. O sentimento opressivo de se estar “apaixonado” por alguém do mesmo sexo é na verdade uma busca pela identificação de gênero que foi erotizada. Para ser curado, o homossexual deve enfrentar seu vazio interior e reconhecer que tentou preenchê-lo com uma imagem idealizada e erotizada do próprio sexo – que esse vazio fez com que depositasse sua identidade em um outro do mesmo sexo. O que equivale a estabelecer seu sexo como ídolo, no coração. Precisamos de um ambiente de graça na Igreja, onde existam pessoas que ministrem. Com muita paciência e amor genuíno, a cura da identificação de gênero incompleta.
Podemos desprezar categorias inteiras de pessoas pelo simples fato de que alguns de seus representantes nos rejeitaram na infância. Quando criança, minhas aptidões para as artes conduziram-me a essa área. Alguns colegas de escola, todos do sexo masculino, interpretavam meus interesses como “coisa de menina” e me ridicularizavam. Meninos eram “machos”, os atletas da turma. Na idade adulta, muito tempo depois de iniciado meu processo de cura, o Senhor me levou a perdoar um colega particularmente cruel, e depois, a me arrepender pelas atitudes negativas para com todos os homens que gostavam de esportes. Deus não me rejeitou por causa desse sentimento, nem permitiu que fosse condescendente com Ele. Mais importante ainda, eu sabia muito bem que não devia projetar a raiva sobre Deus, nem culpá-lo pelas circunstâncias atuais. Afinal de contas, Ele me dera Jesus, o remédio para a dor.
Às vezes os espíritos demoníacos se servem dessa confusão de símbolos para oprimir ou habitar a pessoa. Não é incomum ocorrer manifestação de demônios nesse momento de oração. Há também ocasiões em que eles não se mostram, apenas se escondem. Nesse caso, entra em ação o dom de discernir espíritos (1 Coríntios 12:10) e os demônios podem ser expulsos sem maiores problemas. É fácil expulsá-los pedindo à pessoa que renuncie a eles, ungindo-a com água consagrada em seguida.
Ao mesmo tempo que minha cura progredia, com a ajuda do Senhor, eu trabalhava minha ambivalência do mesmo sexo. Em pouco tempo, meus desejos homossexuais, que antes me agradavam, foram transformados em tentações pecaminosas que desejava cada vez menos. Embora esses desejos fossem se acabando no decorrer do tempo, continuei enfrentando as tentações – sexuais e não. Agora parecia-me fácil discernir se as tentações sexuais provinham “do mundo, da carne ou do diabo”. Qualquer que fosse a fonte, o exercício da presença de Cristo habitando em meu coração pela fé era sempre o ponto de partida de minha defesa. Se a tentação provinha do mundo, tinha de resistir-lhe, ou fugir dela. Um amigo estrangeiro, visitando meu país, comentou: os homens nos anúncios de rua dos Estados Unidos estão sempre em posição sedutora, como acontece com as mulheres, nas propagandas do meu país. Essa afirmação abriu-me os olhos para perceber como somos bombardeados com imagens sedutoras de homens e mulheres – principalmente na televisão e no cinema. Por isso, visando meu bem-estar mental, decidi que não assistiria mais a programas televisivos, nem filmes que contivessem cenas de sensualidade explícita. Se as tentações sexuais tinham origem em minha carne, elas costumavam surgir no contexto de um relacionamento com o mesmo sexo. Nesse caso, eu colocava em oração certas perguntas fundamentais a Deus, acerca do homem em questão. O que ele tinha que eu desejava para mim? Invejava-o de alguma maneira? Sentia-me inferior a ele? O remédio para o problema quase sempre estava na necessidade de mais cura para minha identidade de gênero. Essas tentações podiam ser vencidas pela oração pedindo mais cura pessoal, ou recebendo esse tipo de oração da parte de cristãos confiáveis.
A tentação sexual demoníaca costumava acometer sob a forma de pensamentos que invadiam minha consciência, em um movimento de fora para dentro. Certa noite, logo após uma grande série de reuniões de cura, passei quase a noite toda acordado, assistindo a um desfile muito veloz de lembranças e encontros homossexuais atravessar-me a mente. Sabendo não ser aquele o desejo do meu coração, rejeitei-as todas com a mesma velocidade com que vinham se apoderando do meu intelecto. Ainda assim continuaram fluindo, como se não fossem mais ter fim. Até que, pegando a água consagrada, ordenei àquele demônio que parasse de me incomodar. De repente, no meu espírito, ouvi-o acusar-me: “Pois você adorou cada um desses encontros.” Naquele instante, a única coisa que me ocorreu foi  a primeira parte de Mateus 5:25, “entra em acordo sem demora com o teu adversário”. Pode apostar que sim – retruquei então. – Mas na época eu era um ímpio, neurótico. Hoje estou me convertendo em um homem santo, saudável. Hoje tenho o Espírito Santo que habita em mim por intermédio da fé em Jesus Cristo. Por isso, em nome de Jesus, deixe-me em paz e volte para o abismo de onde você saiu.
Exercer a autoridade espiritual de cristão, em quem habita o Espírito de Deus, sempre provou ser a melhor defesa. Se uma opressão particularmente intensa me sobreviesse e durasse mais um dia, o jejum e a oração por libertação da parte de Deus eram remédios seguros. Satanás enviou homens até mim em diversas ocasiões, na tentativa de desacreditar meu ministério de redenção para o homossexual. Um deles, jovem e seminarista, marcou hora para me ver. Vou lhe dar o nome de Bill. Em nosso primeiro encontro, perguntei: Bill, por que você quis vir até aqui? Meu orientador espiritual sugeriu que eu conversasse com você sobre cura da homossexualidade – ele respondeu, bastante franco. – Mas não acho que seja necessário, pois não considero a homossexualidade incompatível com a Bíblia ou com o cristianismo. Este ministério é para pessoas que querem ajuda – alertei-o – Mas se quiser freqüentar as reuniões do nosso grupo, nas quintas-feiras à noite, será bem–vindo. Esse primeiro encontro foi um tanto curto. Achei que ele realmente me procurara para satisfazer uma exigência de seu orientador. Sendo assim, não fiz uma oração de cura por ele, já que teria sido uma violação da sua vontade. Bill participou de várias de nossas reuniões semanais, até que desapareceu por completo.
As conseqüências espirituais negativas do fato de ter-lhe permitido freqüentar nossas reuniões não se manifestaram senão anos mais tarde. Bill havia sido ordenado ministro. Um outro ministro de sua denominação contou-me que ele agora procurava desacreditar meu ministério. O modo como ele relatava nosso encontro era algo assim: “Anos atrás procurei o ministério de Mario Bergner, mas não obtive cura de espécie alguma”. Ocultava o fato de que não quisera receber a cura para sua homossexualidade que eu nem chegara  a ministrar sobre ele.
Em outra ocasião, um homem marcou hora para me ver, alegando necessitar de ajuda. Na verdade, queria me seduzir. Vou dar-lhe o nome de Steve. Assim que entrou em meu escritório, o Espírito Santo o convenceu de seu pecado. Ele se arrependeu e juntou-se a meu programa. Quando seu processo de cura já estava bastante avançado, Steve confessou que viera até mim com o intuito de tentar desacreditar meu ministério. A diferença entre esses dois homens determinou o curso da vida de cada um deles. Um mostrou-se humilde; o outro, cheio de orgulho. Steve estava aberto para ser convencido pelo Espírito Santo e arrependeu-se do seu pecado. Bill se trancou dentro de um paradigma mental teológico e orgulhoso, fechando a alma para o poder restaurador de Deus.
A seguir teremos a história de Kristin: na adolescência, ela tentou anestesiar a profunda dor interior com as drogas. Uma grave misoginia – aversão às mulheres – fez com que rejeitasse a própria feminilidade.  Quando sua sexualidade emergiu pela primeira vez, entregou-se a uma vida de fantasia que encerrava imagens de atos destrutivos contra seu corpo. No final da adolescência, deixou-se persuadir de que era um homem prisioneiro de um corpo de mulher, condição essa a que se convencionou dar o nome de transexualismo. Saiu de casa logo que pôde, mudou-se para uma cidade maior e passou a freqüentar a noite. Nos bares para homossexuais conheceu vários transexuais e travestis – seu tipo de gente. Se você não se acha bom o suficiente para ser cristão, pense no apóstolo Paulo. Ele era um assassino e Jesus o perdoou. O amor de Deus e a verdade da cruz penetraram na alma  de Kristin. Ela disse “sim” a Cristo e como ela mesma definiu: - apropriei-me da verdadeira esperança que só se pode encontrar em Jesus. A conversão produziu a cura dos alicerces de que todo mundo precisa, a regeneração inicial por intermédio do novo nascimento e da restauração de um relacionamento com Deus. O Senhor rapidamente começou a curar a profunda confusão existente no coração de Kristin. Freqüentando uma igreja, conheceu um homem que lhe serviu de exemplo da identidade masculina que ainda desejava ter. Enquanto aguardava que o Senhor completasse a cura tão desejada, agarrou-se às palavras de Jesus: “Se guardares os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e no seu amor permaneço. Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo em vós, e o vosso gozo seja completo (João 15:10-11)”.
Embora Kristin não falasse muito, sem dúvida era um vaso pronto para receber todo tipo de cura que Jesus tivesse para lhe dar. Desde a última vez que a vira, muita coisa lhe acontecera. No grupo anterior, ela começara a aceitar sua feminilidade e seu corpo. Agora, pela primeira vez na vida, experimentava sentimentos de amor, em vez de ódio, pelas mulheres. Contudo, percebia que seu coração continuava confuso, pois descobriu que estava “se apaixonando” por uma determinada mulher. Simplesmente a abraçamos bem apertado, enquanto o Senhor fazia a incrível obra de curar e suprir a deficiência provocada pelo amor não correspondido de uma mãe doentia. Jesus mostrou para Kristin que ela é realmente uma mulher feita de um modo belíssimo, a Sua imagem, e encantadora, sob Seu ponto de vista. Agora ela via uma mulher bonita, forte, de cabelos longos e encaracolados. Estava livre afinal – graças ao Senhor. Foi estabelecida ordem no amor de Kristin, graças a sua dolorosa honestidade consigo mesma e com Deus. Seu compromisso não era com a cura, mas sim com Jesus, o processo de cura a que se submeteu, e apesar de toda a dor, em momento algum ela trocou o Evangelho da realização de seu pleno potencial pelo Evangelho de Cristo. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação. É Ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar aos que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo (2 Coríntios 1:3-5).
Quando o homem não consegue se relacionar com a mulher, enquanto pessoa dotada de inúmeros talentos, volta-se para o próprio sexo, em uma atitude pervertida, em áreas que considera inadequadas para as mulheres. Donald Bloesch, relata de que maneira a visão da mulher como ser humano inferior, na cultura greco-romana dos dias de Paulo, resultou em homens maduros buscando companhia intelectual não nas esposas, mas nos rapazes.
Entre os gregos, homens e mulheres não comiam juntos, nem sequer compartilhavam as mesmas dependências para dormir. Os homens passavam a maior parte do tempo fora de casa, onde ficavam confinadas as mulheres. Desencorajavam-se as conversas intelectualizadas entre marido e mulher, de forma que muitos maridos buscavam a companhia de rapazes novos e brilhantes com esse propósito. Alguns desses “rapazes novos e brilhantes”, muitas vezes, tornavam-se parceiros efeminados em relacionamentos pederásticos, tão comuns na sociedade grega antiga.  Historicamente, a depreciação das mulheres equivale à aceitação da pederastia, da homossexualidade e da prostituição na sociedade. A própria palavra misoginia vem do grego. Quando nos deparamos com homossexualidade, pederastia, misoginia, vemos uma sociedade que começou a se desintegrar. O Dr. Richard Lovelace, comentando sobre Romanos 2 diz: “A homossexualidade de qualquer indivíduo em particular não representa uma punição direta a sua idolatria, mas sim o produto da estrutura social deteriorada de uma sociedade de idólatras”.
Ao advertir os coríntios: “Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus (1Coríntios 6:9-10)”, Paulo inclui os relacionamentos pervertidos entre rapazes e homens maduros, resultante da incapacidade dos habitantes de Corinto em se relacionar com as esposas como pessoas dotadas de entendimento. Todavia, as palavras de Paulo também devem ser interpretadas como uma denúncia declarada contra a homossexualidade em geral, não exclusivamente da pederastia.
Falando sobre liberdade da misoginia: A misoginia geralmente é uma raiz de pecado agarrada à base dos diversos problemas sexuais experimentados pelas pessoas. Está relacionada, não só à homossexualidade no homem, como também ao lesbianismo e perversões da heterossexualidade. Causa problemas intermináveis nos relacionamentos entre homens e mulheres. A ambivalência do sexo oposto, manifestando-se a partir da misoginia. Obstrui o avanço do Reino de Deus quando tentamos executar a missão que Cristo nos deu. A confissão desse pecado costuma ser fundamental no sentido de fazer com que os homens se libertem da misoginia. Foi assim comigo. Para aquele que luta com sua homossexualidade, reconhecer o pecado e dele se arrepender pode ser o primeiro passo para conquistar uma identidade heterossexual saudável. No caso do homem com ambivalência do sexo oposto mas sem neurose homossexual, a confissão pode proporcionar a vitória que lhe permitirá estabelecer relacionamentos confiantes e sagrados  com mulheres.
No caso do homem que está superando a homossexualidade, como aconteceu comigo, deixar de trabalhar plenamente sua ambivalência para com a mulher significa deixar de atingir plenamente sua verdadeira identidade heterossexual. Considerando que o egresso de um passado homossexual cresceu com déficits de amor do mesmo sexo, não é incomum que ele se concentre em suas necessidades de amor do mesmo sexo, o que se poderia chamar de homocentrismo. A homossexualidade poder ser entendida como o fracasso em se ver corretamente o sexo oposto devido a uma preocupação doentia com o mesmo sexo. Para que possa enfrentar as diferenças existentes no sexo oposto, as pessoas precisam se sentir seguras com o próprio sexo. Parte da homossexualidade no homem está relacionada à incapacidade de dissociar completamente sua identidade de gênero da mãe. Em se tratando de um travesti ou de um transexual, o problema maior está no fato de ele não conseguir separar as identidades de gênero e sexual da mãe. Em tais casos, talvez a mãe tenha se mostrado sempre carente emocionalmente, ou excessivamente controladora, ou tenha até abusado sexualmente do filho, provocando uma ligação doentia com ele. Até que essa ligação seja admitida e rompida, os filhos – sejam eles homossexuais, transexuais ou travestis – não atingirão o amadurecimento emocional necessário para compreender que têm identidade de gênero diferente da mãe.
Leanne Payne fala da importância de o homem que tem neurose sexual se libertar da ligação doentia com a mãe. Os homens precisam deixar as mães para trás. Deixar a mãe para trás é a chave para enfrentar o mundo das demais pessoas, o que, por sua vez, é a chave para amar a mulher da maneira correta. A função da mãe não se resume a dar abrigo, proteção e transmitir confiança. Pelo fato do nascimento ela nos traz ao mundo; seria possível dizer até que nosso primeiro contato com ela diz respeito ao momento em que fomos expulsos de dentro dela. Após o nascimento o cordão umbilical é cortado, e se o amor da mãe pelo filho for saudável, segue-se um processo de cortes graduais e indolores, não apenas física como também mentalmente. A mãe mostra ao filho que ele é receptor exclusivo do seu amor. Ensina-lhe a compartilhar a sua afeição. Faz com que desvie o olhar de cima de si mesma. Ele precisa encarar a realidade. Só a mãe neurótica mantém o filho em um estado de dependência e fixação; a mãe que tem discernimento sabe não apenas como amarrar, mas também como cortar o laço. Na verdade, o homem só é capaz de amar realmente se o vínculo psicológico de fixação materna estiver secionado. Só então conseguimos enfrentar o mundo e o outro.
O homem conhece a mulher experimentado-a, mantendo um contato muito próximo com ela. Em cada homem reside a necessidade, magnífica porque dada por Deus, não apenas de encontrar a mulher, como também de ter com ela uma profunda comunhão. A raiz dessa verdade reside no fato de que, antes de serem separados, Adão e Eva formavam um só corpo.  Adão sentiu a necessidade de tornar-se uma só carne com Eva porque já fora uma só carne com ela. Tenham ou não plena consciência, faz parte da estrutura de todos os homens essa mesma necessidade de estar em comunhão com a mulher, de se reunir a ela, de tornar-se um com ela. A primeira vez que li sobre essa atração magnética entre os sexos foi no clássico livro de Karl Stern, onde o Dr. Stern escreve: “A mais famosa apresentação dessa idéia encontra-se no Gênesis, quando Deus criou o homem a Sua imagem, ‘homem e mulher’ – antes da dissociação de Eva do corpo de Adão.”
Na época, eu ainda estava sendo curado de minha neurose homossexual. Ao ler a descrição de Stern da separação de Adão e Eva, tive a sensação de que fogos de artifício explodiam dentro de mim. De repente compreendi que só podia conhecer a plenitude do fato de ser feito à imagem de Deus reunindo-me à mulher. Acreditasse ou não nisso, de acordo com os desígnios de Deus, uma parte de mim, como homem que sou, precisava estar com uma mulher. Era apenas uma questão de tempo antes que essa necessidade brotasse do estado reprimido a que a relegara dentro de mim. Na realidade, essa descoberta foi o estopim que desencadeou um interesse sexual por mulheres que jamais conhecera até então. Pela primeira vez na vida, acreditava possível encontrar alegria e prazer para mim, na união sexual com uma mulher.
Exercitando-me sempre na presença do Senhor, porções maiores do meu verdadeiro eu masculino vinham à tona a cada dia. Deixando de ser homocêntrico (centrado em meu próprio sexo), tornei-me mais extrovertido, mais interessado no que acontecia a minha volta, que nada tinham a ver comigo. Por isso, comecei a notar coisas que não via antes. As diferenças entre o andar da mulher e do homem, ou entre o modo como se sentam, saltou aos meus olhos. Não que procurasse perceber tais coisas. Pelo contrário foram elas que me pegaram de surpresa e recusaram-se a me deixar em paz enquanto não lhes desse a devida atenção. Certa tarde, veio até meu escritório uma aluna que me pedira aula particular sobre um texto de Shakespeare. Depois que ela entrou e sentou-se em uma carteira, metodicamente certifiquei-me de que alinhasse bem a coluna, de forma a obter o máximo conforto e apoio para a respiração. Em seguida, acomodei-me na cadeira a sua frente e fiquei ouvindo aquela linda moça de cabelos dourados recitar o texto. De repente, uma porção particularmente bela de seu corpo atraiu-me os olhos a ponto de, por algum motivo desconhecido para mim, deixar-me atônito. Fascinado e imobilizado, não ouvi nem sequer uma palavra do que ela dizia. Quando me sentara a sua frente, a luz que entrava pela janela incidira sobre seu rosto, emprestando-lhe um lindo colorido. Eu nunca vira faces tão suaves, aveludadas, nem um tom rosado mais bonito. Era tão diferente do efeito que provocaria um raio de luz que caísse sobre o rosto de um homem. A beleza daquela pequena porção de seu rosto tocara-me profundamente. Uma grande variedade de sentimentos inexplicáveis percorrera-me o corpo como um rio de delícias e alegria. Quanto mais olhava para ela, mais os sentia. Queria que não tivessem acabado. Sem saber o significado de tantos sentimentos, comecei a orar, depois que ela saiu, e perguntei ao Senhor: O que foi isso?
Em contato com minha masculinidade pela primeira vez, não mais preocupado com meu sexo, tive olhos para enxergar o caráter diverso do sexo oposto. Assim minha alma se encheu de alegria ao deparar-me com a mulher pela primeira vez. Por estranho que pareça, nunca antes eu vivenciara esse elo tão banal com uma mulher.
O apetite sexual saudável é suave e discreto, não clamoroso e estridente. Egresso de um cenário homossexual, no entanto, eu esperava que meu desejo sexual pela mulher tivesse a mesma intensidade. Excessiva em sua luxúria, de minha antiga atração neurótica pelos homens. Dede então, tenho conversado com vários homens que superaram a homossexualidade. Em seu processo de cura, eles também têm descoberto essa diferença entre a homossexualidade e a heterossexualidade saudável. Os homens cujo impulso sexual no sentido da mulher é excessivo e caracterizado por um desejo demasiado intenso estão, na verdade, manifestando a necessidade de cura em sua sexualidade. Esse tipo de impulso, portanto, de maneira nenhuma representa um sinal de virilidade.  O despertar sexual que tive em meu escritório, diante de uma aluna, equivale ao que a maioria dos homens experimenta na adolescência. Embora natural e verdadeiro, esse despertar precisava amadurecer.

33 O HOMEM NO ESPELHO
Uma verdadeira história de libertação de pecado sexual. A história de Sy Rogers é um testemunho impressionante de como um homem foi libertado de sua vida “como mulher”. Embora ele se dedicasse ainda mais à vida transexual do que muitos outros homossexuais, a experiência dele mostra que o poder de Deus é maior do que qualquer problema que possamos ter. Ao ler este artigo, dê glória a Deus, o autor e consumador da fé de Sy Rogers!
Imagine – eu casado! Um dia de alegria e de festa, de repartir amor entre amigos e família. Ao meu lado estava minha nova esposa, a mulher que eu amava. Unidos por Deus para sempre. Nossas esperanças e nossos sonhos centralizados em Cristo. Nosso casamento continha um significado muito mais profundo, porém, do que uma ocasião de grande alegria, porque era um testemunho do poder de Deus que transforma a vida.
Houve uma época na minha vida em que jamais teria acreditado no impossível, o de chegar a conhecer o amor e de ter um dia a satisfação de chegar a me casar. Apenas três anos antes do meu casamento, estava perdido numa busca inútil de minha identidade, desejando desesperadamente o amor e a aceitação. Pois eu era transexual. Embora eu fosse homem, pensava que era mulher “presa” num corpo errado. Desejava ardentemente transformar o meu sexo físico, para que meu corpo se conformasse com aquilo que eu pensava que era, mental e emocionalmente.
Meus primeiros encontros homossexuais começaram quando tinha mais ou menos oito anos. Diferente de muitas crianças que experimentam coisas sexuais, eu tinha um desejo muito forte de ser íntimo com outro homem. Queria que os homens também me desejassem. Observava nos filmes que assistia que a mulher era sempre objeto do amor e das atenções do herói. Doía-me o coração enquanto pensava: - Como eu gostaria de ser desejado assim. Anos depois eu tentaria viver essa fantasia da minha infância, de me virar mulher, com a esperança de finalmente ser realmente amado de verdade.
O problema não foi a falta de amor por parte dos meus pais. Porém, as circunstâncias da vida proibiram que eu tivesse uma infância normal. Nasci em 1956, filho único de pais da classe média, cujas relações estavam se desintegrando. Minha mãe nem sempre podia cuidar de mim, porque era alcoólica. Mesmo assim, não tenho nenhuma recordação má de minha infância até a idade de cinco anos, quando minha mãe morreu num acidente de carro. Passei um ano vivendo com parentes enquanto meu pai tratava de fazer uma nova vida. Durante este tempo com meus tios desenvolvi uma relação bastante íntima com sua filha que tinha mais ou menos a minha idade. Gostava de identificar-me com sua vidinha de menina. Mais tarde fui viver com meu pai e minha avó numa cidade quieta do meio-oeste. Quando tinha onze anos, meu pai casou-se novamente.
Tinha uma relação estável com meus pais até chegar a ser adolescente, quando meus desejos irregulares começaram a se mostrar abertamente. Vendo aumentar os meus problemas, meus pais esforçaram-se muito para desenvolver em mim uma identidade masculina. Porém, o dano já tinha sido feito. Meus modos femininos e as tentativas de usar maquiagem eram sintomas exteriores da minha profunda confusão de identidade. Embora eu não conhecesse a Deus, cria na sua existência. Orava a ele – e até mandando que ele me transformasse em mulher.
Apesar disso, eu era ativo na igreja, na escola e nos Escoteiros. Eu jogava futebol, fazia  atletismo, era membro de um time de natação, tinha até umas motocicletas. Tudo isto não ajudou a me fazer “masculino”. Apesar dos meus esforços de me conformar, era atormentado por muitos colegas de escola. Minha vida em casa e na escola era triste. Felizmente, ganhei dentro de três anos créditos suficientes para me formar no segundo grau.
Um alívio, desta vida quase intolerável, chegou quando fui ao Brasil como aluno estrangeiro. Durante os meses de verão lá descobri, talvez pela primeira vez, que eu era aceito, até mesmo popular, assim como era. Parecia que a cultura brasileira aceitava com mais facilidade a homossexualidade do que a cultura americana. Visto que meus pais brasileiros eram atores de teatro, eles trabalhavam com muitos homossexuais. A atitude que eu via era de aceitação deste estilo de vida. Naquele país, tão longe da minha vida infeliz em casa, finalmente sentia-me com a liberdade de aceitar e até de gostar dos meus desejos interiores. Pouco depois da minha volta aos Estados Unidos, com a insistência dos meus pais, entrei na marinha. Mesmo que tivesse medo de sofrer tormentos semelhantes àqueles dos meus pais no segundo grau da escola, mas saí bem no período de recrutamento e fui promovido com honra ao próximo nível. Em vez de ser rejeitado pela minha natureza feminina, tornei-me bastante popular e ainda mais confiante no meu papel mental de mulher. Depois do período de recrutamento veio o treinamento especial antes de ir a minha estação permanente, que era um navio estacionado em Pearl Harbor.
Ali eu persegui mesmo a escuridão, mergulhando-me completamente na vida homossexual em Honolulu. Quando me envolvi nas drogas, na prostituição, nos acontecimentos de rua, cheguei a odiar aquele estilo de vida, uma vida tão superficial e vazia. Sentia-me como um vampiro que caçava noite após noite aquele “homem certo” que podia satisfazer os meus desejos. Vivia sem esperança.
Depois de passar uns seis meses viajando no Oriente, voltei de novo a Honolulu onde descobri que dois de meus melhores amigos estavam freqüentando a Igreja Metropolitana Comunitária. Concordei em ir com eles. A Igreja foi fundada em 1968 por um pentecostal desviado e abrigava abertamente os homossexuais, distorcendo as Escrituras e dando a elas interpretações erradas. Esta igreja, ao invés de mostrar um Deus que condena a homossexualidade, mostra um que a abençoa. Como muitos homossexuais cujos corações não são endurecidos, eu estava buscando um conforto espiritual que aliviasse a convicção que tinha dentro de minha consciência.
Com esta igreja eu tinha achado uma religião que aprovava minha preferência sexual. Estava tão enganado quanto meus amigos, mas sabia que alguma coisa não estava certa, considerando o fato de poder assistir com toda liberdade àquelas reuniões sociais na igreja vestido como mulher. Meus amigos chegaram a ser o primeiro casal homossexual em Hawaii a serem oficialmente casados, e eu era uma das testemunhas. Como Deus podia abençoar tal abominação?
Na primavera de 1977, completei meu serviço na Marinha e voltei ao centro-oeste dos Estados Unidos. Jamais esquecerei a maneira com que meus pais me olharam quando saí do avião, um jovem arrasado com apenas 21 anos. Olhei a tristeza e vergonha deles ao me verem. Eu devia ter parecido um caso patético, já que meu corpo havia sofrido tanto abuso.
Alguns meses depois de ter chegado em casa, recebi uma carta de meus amigos homossexuais – estes “casados” lá no Hawaii. Disseram-me que não eram mais homossexuais. Agora eles eram cristãos. Segundo eles, os ensinamentos daquela igreja que tínhamos freqüentado eram mentiras. Ainda amavam-se, mas não de uma forma homossexual. Já não viviam mais juntos. “Que traidores”.
Desenvolveu-se plenamente o pesadelo da minha vida quando comecei a freqüentar uma universidade conservadora perto da minha cidade natal. Mesmo que tivesse sido aceito e até popular durante meus anos em Honolulu, agora eu era odiado a tal ponto que era necessário para minha proteção uma segurança extra-oficial da universidade. Uma petição foi circulada solicitando a minha retirada do dormitório, e não me foi permitido ter companheiro de quarto. A rejeição foi mais do que eu podia agüentar. No meu estado de depressão perdi semanas de aulas e passava dias sem comer. Consegui sobreviver por dois semestres.
Depois de uma crise na minha vida, finalmente disse a meus pais o que eles, durante muito tempo, temiam ouvir. Eu era infeliz na minha vida de homem e desejava uma cirurgia para mudar meu sexo. Comecei psicoterapia em busca da “operação”. Uma série de exames incluindo um de cromossomos provou que minha confusão de identidade de gênero não era resultado de algum estranho erro genético. Porém, depois de pesquisar com cuidado a transexualidade, consegui dar ao meu psiquiatra as “respostas certas”. Diagnosticaram-me oficialmente como transexual que podia solicitar uma cirurgia de transformação de sexo. Eu precisava de mais terapia e ia depois sofrer esta cirurgia no Hospital John Hopkins em Baltimore, um hospital famoso por tais cirurgias. Meus pais não sabiam mais como lidar com minha situação e resignaram-se a me perder. A transformação do meu sexo era o último grande esforço para conseguir a felicidade, e estava pronto para sacrificar tudo para alcançar o meu alvo. Com as malas arrumadas e um vidro de hormônios femininos na mão, estava pronto.
Uma frase que tinha ouvido ecoava na mente: Usamos pó e tinta para fazermos de nós o que não somos. Fitava-me no espelho através de olhos vagos e baços por causa de drogas, via a pessoa que tinha me tornado. Eu não era simplesmente mentiroso senão também a imagem corporal de uma mentira. Eu já entendia da arte de ilusão passada de geração a geração desde Babilônia até Hollywood. Durante um ano e meio vivi como mulher, com uma boa posição num escritório de uma firma de contratores perto de Washington. Alcançava a desejada aceitação no meu papel de mulher. Era considerado atrativo e era muito popular nas festas.
Apesar do meu “sucesso”, sentia um certo terror e uma insatisfação crescente. Através de uma série de eventos, ficou impossível continuar minhas sessões de psicoterapia. Quanto mais eu esperava a cirurgia para transformar meu sexo, mais evidente se tornava o fato de que ela não ia resolver todos os problemas de minha vida, como eu tinha pensado antes. Era muito difícil manter meu papel de mulher 24 horas por dia. Vivia com um temor constante de que meu verdadeiro gênero fosse descoberto. Um aumento no consumo de drogas aliviava minha situação um pouco, tirando-me da realidade. Porém, eu não podia me livrar da pergunta que sempre vinha à minha mente: Será que tudo isso vale a pena?
O Espírito de Deus estava operando, chamando-me. Enquanto minha saúde piorava, sentia dores no peito e dificuldades de respiração, comecei a meditar em coisas agradáveis para me ajudar a relaxar. Certa noite, uma canção de minha infância, “Jesus te ama”, enchia minha mente. Outras canções cristãs da minha infância limpa começaram a encher a minha mente. Eu só podia chorar. Estava começando a pensar no preço que eu ia pagar para acabar com a única vida que tinha conhecido. Pedi a Deus: - Por favor, mostra-me se tu queres que eu sofra esta transformação de sexo. – No fundo do meu ser eu sabia qual seria sua resposta.
Acordado pelo boletim noticiário da madrugada no meu rádio, sentei-me na cama – quase sem poder acreditar no que estava ouvindo. O Hospital John Hopkins acabara de anunciar ao mundo que não ia mais fazer esta cirurgia de transformação de sexo. Estava cancelando a lista corrente dos pacientes que esperavam a cirurgia, dizendo que esta transformação não era a resposta para a maior parte dos homossexuais. Três dias depois da minha oração a Deus, eu já tinha a resposta.
Durante uma mudança que eu fiz naquele outono, descobri uma velha Bílbia que comecei a ler de vez em quando. Em pouco tempo, comecei a repartir as Escrituras com qualquer pessoa que quisesse ouvir, e meus amigos começaram a se preocupar com o aumento do meu interesse na religião. Mesmo que eu vivesse como mulher, o Espírito Santo começou a operar na minha vida e eu sentia-me incomodado com a convicção que Ele trazia. Sabendo que eu estava me aproximando de uma nova decisão a respeito da minha vida, joguei fora meus hormônios femininos e desisti de comprar roupas femininas. Com a liquidação da época de Natal, comecei a guardar todos os meus vestidos e com o dinheiro extra que recebi de minha companhia para o Natal, comprei algumas peças de roupa de homem.
Foi durante as férias de Natal que cheguei a um ponto decisivo. Meu coração pulsava de uma maneira cada vez mais irregular e intensificaram-se as dores no peito. Finalmente numa certa noite, caí no chão agarrando meu peito. Não podia respirar direito e começava a desmaiar. Aterrado, clamei a Deus para que Ele me salvasse. – Por favor, Senhor, não me leves assim. Deixa-me primeiro chegar a conhecer-te, Senhor, eu roguei. A forte dor começou a diminuir. Eu já via minha grande necessidade de reconciliação com Deus. Mas como? Voltei à Bíblia, sabendo que lá encontraria a resposta (Isaías 1:18-20).
Ao ler esta Escritura, quebrantei-me. Amargura e vergonha saíram de mim enquanto chorava ao pé de minha cama. Confessei meu fracasso e minha culpa perante Deus clamando a ele: - Deus, eu não posso mudar o que sou, mas estou disposto a ser transformado. Sei que o Senhor tem o poder. Faça de mim o homem que o Senhor quer que eu seja. – Dar prazer a Deus, ser amado e não rejeitado por Ele: era só isso que eu queria. Quando entreguei minha vida na mão dele, confiando nele, o “velho eu” morreu, e o “novo eu” nasceu. Minha vida na meia-luz da indecisão já terminara.
Minha regeneração espiritual logo tornou-se evidente. De repente tinha sido libertado da imoralidade e das drogas. As feridas que sangravam no meu esôfago (resultado do abuso das drogas) sararam em um dia! Ao descobrir o amor intenso e íntimo de Deus por mim, fui liberto daquela motivação consumidora que antes me prendia como escravo da perversão. Houve também tempos difíceis depois da minha conversão. Num esforço para entrar em comunhão com outros crentes, freqüentei várias igrejas e descobri que certas pessoas tinham muita dificuldade em relacionar-se comigo. Embora eu agora me vestisse com roupa de homem e usasse cabelo curto, as marcas de minha vida velha – gestos femininos, voz alta e os resultados dos hormônios femininos - fizeram com que muitas pessoas pensassem que eu fosse mulher. No início fiquei quase abalado com a humilhação, mas estava decidido a viver para Deus.
Passei, de várias formas, por tempos de muita tentação. Descobri, porém que Satanás só podia me tentar, mas não podia me forçar. Pela graça de Deus não cedi às tentações. Ao me fortalecer e passar mais tempo na Palavra, Deus quebrou meus relacionamentos passados. Já era tempo de ir para frente. No primeiro verão depois da minha conversão, comecei a trabalhar com um ministério cristão e me tornei membro de uma igreja onde fui bem aceito por outros crentes. Nove meses depois de minha conversão experimentei o poder vital do Espírito Santo. Durante esta experiência, que durou três horas, Deus revelou a uma de minhas companheiras de oração que ela seria minha esposa.
Ela esperava em Deus pelo cumprimento desta promessa sem me dizer nenhuma palavra. Aproximadamente um ano depois, fiquei ciente da direção de Deus para nossas vidas. No início, não gostava da idéia do casamento. Surgiram temores profundos e terríveis sentimentos de inépcia. Porém, com o desenvolvimento de uma linda amizade entre Karen e eu durante os dois anos antes do nosso casamento, Deus sarou todas essas áreas da minha vida.
Deus tem nos abençoado com o dom precioso de comunicação honesta e aberta com Jesus e mutuamente. Temos descoberto muitas características boas e também áreas de fraqueza nas nossas vidas e nos vemos sem nenhuma máscara. Hoje minha esposa e eu trabalhamos juntos em tempo integral no serviço cristão. Nosso casamento não é prova de minha libertação da perversão sexual. Ele é, porém, uma das evidências mais belas de minha nova vida em Cristo.
Minha relação com meus pais também foi restaurada por Deus. Escrevi a eles logo que fui salvo, mas descobri logo que meu novo zelo cristão não podia apagar todos os anos de dor que eles tinham experimentado. Vi meus pais pela primeira vez em cinco anos, no dia do meu casamento. Podia me alegrar na reconciliação que Deus tinha efetuado na nossa relação. Agora tenho de novo meus pais, e eles têm seu filho.
Sendo bom crítico de mim mesmo, às vezes tenho dificuldade em ver as transformações que Deus tem realizado na minha vida. Entendo agora que  provavelmente nunca viverei segundo todos os critérios não-realistas do mundo para ser “homem”. Sei também, que agora não vivo segundo os valores corruptos deste mundo que está morrendo. Eu sigo Jesus! Ele é meu exemplo de masculinidade e meu alvo é ser semelhante a ele como homem.
Uma noite quando estava me preparando para ir para cama, Deus falou ao meu coração dizendo: - Olhe no espelho e diga-me  o que você vê. Olhei um pouco e disse: - Vejo uma nova criação. Ele disse: - É verdade, mas olhe de novo. Olhei de novo e disse: - Vejo um filho do Rei...um servo de Jesus...uma coisa maravilhosa que vem das cinzas de minha vida velha. – Sabia porém, que não eram estas as respostas que ele estava querendo. O que era que o Senhor estava querendo me mostrar? Olhei de novo no espelho. – O que você vê meu filho? Finalmente eu entendi. – Eu vejo que o homem – o homem no espelho – sou eu. 
 

34 TESTEMUNHO DE VIDA: SAULO ADELINO NAVARRO
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dEle; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar (Hebreus 4:12,13)”. 
 “Quem sabe, o único referencial de pai que você tem, é de um pai ausente, de um pai, muitas vezes, tão áspero, tão rígido, tão duro com você. Quem sabe, um pai que até mesmo te tocou como não devia, te bateu como não devia. Um pai, que não tinha nada para poder te dar, além de amarguras, rancores, que ele mesmo recebeu. Quem sabe, você como eu, teve o privilégio de ter um bom pai, graças a Deus por isso. Mas, nem mesmo o melhor dos pais, nem mesmo o melhor dos homens, por mais que se esforçasse poderia, suprir a carência e o vazio do meu coração, do seu coração, do nosso coração. Como é bom conhecermos o Deus pai, adore-o, adore o pai que você tem, que nunca te deixa só, que nunca te abandona, que nunca te desampara, que nunca vai embora. Adore o Deus pai, que nunca te agride, mas toca, e sara as feridas da alma. Adore o Deus pai, que está sempre presente, que supre as suas necessidades, um pai que compreende, um pai que te entende, que não te acusa, mas que diz: meu filho, te amo, te”. amo, te amo. Quantos podem dizer: o meu pai, o meu pai é assim, o meu pai é bom, o meu pai é fiel, o meu pai é forte, o meu pai me ama, supre as minhas necessidades. O meu pai me diz quem realmente sou, eu sou, seu filho amado, não tenho falta de nada, porque o meu pai, cuida de mim, Ele sabe tudo que eu preciso, e tudo que você precisa. Quantas vezes o filho cresce, e esquece, mas nós não queremos nos esquecer. Eu amo, meu pai (Ana Paula Valadão)”.      
Todo ser humano precisa de Deus, até mesmo aquele que se diz ateu, que muitas vezes tenta provar através da ciência como o homem surgiu, proclamando para o mundo que Deus não tem nada a ver com isto. Em um certo momento da vida, estes que se dizem incrédulos olham para o céu e procuram por Ele. Como é maravilhoso e agradável saber que existe um Deus que fez todas as coisas, que deixou a sua Palavra para podermos hoje viver pela fé.  “Porque nEle foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele (Colossenses 1:16)”.
Eu tinha dificuldade em aceitar que Jesus veio em carne a este mundo, que foi crucificado por nossos erros, morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia. Acreditava que isto fazia parte da história, acreditava em algumas partes da Bíblia, no que era conveniente, mas não em tudo, vivendo por minhas próprias vontades, desejos e decisões. Porém, em um certo momento na minha vida, que será falado aqui, a Palavra de Deus foi semeada em meu coração e o que não acreditava passei a acreditar, e não foi por força ou insistência humana, não foi por “placa” de nenhuma igreja.  Quem me convenceu do erro, do engano, da ignorância em que me encontrava foi o Espírito Santo de Deus. “Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo (João 16:7,8)”.
 Jesus bateu à minha porta através da Palavra de Deus, fez-me um convite para recebê-lo como único Senhor e Salvador, o caminho certo que leva a Deus, onde através do livre arbítrio, pude escolher entre continuar no engano em que vivia ou acertar minha vida através das verdades que se encontram na sua Palavra que está na Bíblia, que liberta, que modela nosso caráter e nos coloca em um caminho reto. “Eis que estou a porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei e ele comigo”. (Apocalipse 3:20), “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (João 8:32)”.
Claro que aceitei Jesus em minha vida, onde passei a ter todas as promessas que Ele tem para mim. Este ato de aceitar Jesus como único caminho que leva a Deus, como meu Senhor e Salvador, não tirou de minha vida as dificuldades. Através da sua Palavra e do Espírito Santo, tenho armas para lutar contra os problemas e aflições que surgem pela frente. Irei compartilhar com você, como eu vivia, mas também irei compartilhar do mais importante, da vitória que tenho alcançado a cada dia, do homem que verdadeiramente sou, da certeza de onde vim e para onde irei. 
Nasci em Contagem, no Estado de Minas Gerais. Vocês não sabiam que eu existia. Deus já sabia, me conhecia, eu não conheço todos vocês, mas Ele conhece a cada um e sabe exatamente o que está em seu coração neste momento. Ele conhece as dores físicas e emocionais que já passou ou tem passado, o desprezo que já recebeu, as dificuldades do seu dia, as alegrias, desejos e vontades, enfim, não há nada encoberto diante Dele, nada. Até mesmo aquele segredo que só você sabe, que está escondido em seu coração, encoberto diante das pessoas.  Tenho que lhe dizer: não há nada encoberto diante de Deus, porque Ele nos conhece desde o ventre de nossa mãe. “Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci”.  (Jeremias 1:5)
Minha infância foi tímida, introvertida e insegura. Imagine o que as situações da vida podem fazer em uma criança com estas características. Procure visualizar o que pode acontecer para esta criança tão vulnerável as mentiras do mundo. Lembrando que o ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir. Pais, este ladrão está matando, roubando e destruindo, por causa da nossa falta de conhecimento da Palavra de Deus. É de grande importância lembrar que Deus nos promete vida abundante através de Jesus. “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância (João 10:10)”.
O contato do pai e da mãe no período da infância é de extrema importância para a formação e orientação da criança. Muitos colegas e amigos que tive, vinham de um lar onde os pais estavam separados, onde se perdeu o referencial de família, o referencial de pai e mãe. Amigos que foram criados somente pela mãe ou pelo pai, outras vezes pelos avós ou por algum parente. Que referencial de família eles podiam ter? Que tipo de carência estava se criando dentro de cada um? Tudo isto porque este ladrão que a Bíblia nos fala está atacando e roubando nossas famílias porque não estamos buscando todo o conhecimento oferecido através da palavra de Deus.
Durante minha infância sentia falta do meu pai. Não que ele estivesse longe ou morto, ele estava vivo e perto. Tento lembrar-me de um abraço, de um beijo, de ter sido carregado no colo por ele, de sentir sua presença paterna, onde pudesse ter um referencial de comportamento masculino para me espelhar, e não lembro. Lembro-me de uma novela que tinha uma música tema chamada “Pai”, e na abertura diária desta novela aparecia um quebra-cabeça sendo montado e no final da montagem surgia a figura de um menino caminhando em um parque de mãos dadas com seu pai. Detalhe importante: a figura do pai não foi preenchida, estava em branco, era assim que eu me sentia. 
Por ser tímido e introvertido, não conseguindo me comunicar com as outras crianças, escutei muitas palavras de maldição. Quantas palavras que entristeceram meu coração, quantas atitudes erradas para comigo. Por não gostar de jogar bola, corrida de fórmula 1, escutei muitos comentários maldosos, que por mais que ignorasse, ficaram guardados comigo. Muitas vezes, ao fazer algo errado, ou ter um comportamento tímido, fui chamado de “chorão, débil mental, veado, bicha, mulherzinha“.  Fui até mesmo vestido de menina, por uma pessoa próxima da minha família. Não entendo o porquê deste ato, mas lembro-me exatamente da situação em que ela me fez passar, onde as pessoas que viram esta cena, riam e faziam seus comentários. Quando descobri do que realmente estavam comentando a meu respeito, algo se quebrou dentro de mim. Há poder em nossas palavras, se não sair benção de sua boca, cale-se, porque uma palavra  maldita pode mudar o rumo de uma vida.  “vede quão grande bosque um  pequeno fogo incendeia. A  língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, contamina todo o corpo, inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno,  com ela bendizemos à Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens feitos  a imagem de Deus (Tiago 3:5-9).”
Busquemos na Palavra de Deus armas para lutar contra as astutas ciladas do inimigo. Ela é bênção para nossa vida, nos faz andar por caminhos certos. Morei em Belo Horizonte até os 14 anos de idade. Devido ao desemprego de meu pai viemos para Curitiba. Aqui voltei a rotina de estudos e a refazer o círculo de colegas, que para um tímido é muito difícil. Tive minha 1º namorada, e com este namoro surgiram questionamentos. Como não tive um pai próximo para me espelhar em seu comportamento masculino, por falta de informação sexual, por falta de estrutura na comunicação familiar, eu não levava estes relacionamentos amorosos adiante. A base do mundo é a família, fundamentada na palavra de Deus. A distância que o homem vem tendo de Deus está abrindo brechas para o desequilíbrio da família, trazendo dificuldades nos relacionamentos, separação  e falta de comunicação entre pais e filhos, levando a um desvio de comportamento.
Olhemos à nossa volta: drogas, adultério, separação, infidelidade, violência, medo, confusão. Onde os filhos estão sendo criados, em que estrutura familiar, em que meio? Não podemos deixar que procurem o amor que podem receber em casa, na rua. O mundo tem oferecido um brilho falso, enganoso, onde na sutileza o diabo tem feito misérias na vida das crianças, jovens e adultos. Pais, como está a comunicação entre vocês? Seu filho está tendo liberdade de conversar com a família? Ele está preparado para enfrentar as situações da vida? Aquele filho que está viciado em drogas, dependente químico, que já roubou quase tudo dentro de casa para comprar mais drogas, você já se perguntou o que pode ter se quebrado dentro dele? É preciso abraçar este filho, dizer que o ama, se preocupar com o amor que ele precisa receber, conversar com ele, saibam que se isto não for feito dentro de casa, será feito na rua da maneira mais difícil e perversa. Precisamos ensinar as crianças o caminho que devem andar. Prepará-las para enfrentar o que o mundo está oferecendo. Muitas vezes nos preocupamos com o futuro deles, com o estudo, se está na escola de inglês, balé, faculdade, seguro de vida e nos esquecemos do essencial. “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, te todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder. E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal em tua mão, e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas  (Deuteronômio 6:5-9)”.
Será que temos feito como nos diz a Palavra de Deus? Será que nossas crianças e jovens tem conhecimento da verdade e que podem se revestidos com toda armadura de Deus? Eles sabem que na Bíblia, Deus nos ensina a usar toda sua armadura, para resistir no dia mal? As igrejas precisam se preocupar com o tipo de educação cristã que está sendo oferecido ao povo de Deus. Educação esta que deve também preparar os pais e logo, a família toda. 
Eu não sabia lidar com as intimidades que surgiam no namoro, e uma namorada vendo que eu não queria acariciá-la de modo mais íntimo disse ao meu ouvido: “às vezes acho que você não é homem”. O que já havia sido quebrado na infância veio a se quebrar ainda mais. Decidi ficar sozinho a enfrentar a vergonha de não saber namorar e me expressar. Em casa não havia diálogo. Aos 20 anos de idade, conheci um amigo que mais tarde se declarou homossexual e, devido ao seu comportamento de risco, era portador do vírus HIV. Conheci então através de seus convites as práticas homossexuais. Aquelas palavras de maldição que escutei na infância e na adolescência causaram um efeito neste momento da minha vida, onde meus caminhos ficaram tortos através de minhas atitudes. Escolhi um caminho que parecia fácil, que mais tarde quase me levou à morte espiritual, sendo que a física faltava pouco também.  “Há caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim    são os caminhos da  morte (Provérbios 16:25)”. 
Passei 12 anos na prática da homossexualidade, sem contar os anos decorridos da infância até a adolescência, onde pensava que era diferente, que algo estava errado comigo. Pensei que havia descoberto a verdade, onde tudo que havia escutado de maldição se resolvia naquele mundo que descobri. Conheci pessoas de bom coração, mas para Deus não basta ser bom. Passei a ter amigos e amigas homossexuais, conviver com efeminados, travestis, Drag Queen´s, muita festa, muita risada, muita maquiagem. Quando a cortina se fechava, o vazio e a insatisfação daquela vida, por mais agitada que fosse, aparecia por trás dos bastidores. A palavra família se resumiu em duas pessoas apenas “eu e ele”, “ele e eu”, bem longe do que podemos chamar de família. Comecei a freqüentar bares, boates e ter relacionamentos homossexuais, demonstrava para as pessoas que era um comportamento normal e aceitável, pois assim eu viveria melhor, que era a resposta para tudo que sentia até então. Passei a atender as minhas necessidades físicas e emocionais desta forma, mesmo assim, esta descoberta não supriu as necessidades do meu coração, da minha alma. “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!  (Isaías 5:20)”.
Atualmente vivemos em uma sociedade que prega a “liberdade de expressão, de escolha”, onde escutamos muito a frase: “cuidado com o que diz que posso te processar”. A mídia em todas as suas formas anuncia naturalmente o que na Bíblia sabemos que é errado aos olhos de Deus. Como exemplo posso citar o pecado de adultério, que está sendo encarado como necessidade fisiológica. A pessoa que adulterou, tem a chance de ganhar na justiça suas causas, alegando que o ato de adultério que cometeu foi por necessidade fisiológica, pois seu/sua companheiro(a) não estava cumprindo as “atividades” sexuais como deveria. A mídia tem demonstrado em suas novelas e filmes, situações que na verdade estão degradando cada vez mais a família, mas não anuncia os estragos que tem causado na vida de milhares de pessoas, que estão sendo influenciadas por tanta informação incorreta e que por não aceitar ou desconhecer a verdadeira Palavra de Deus são levadas a viver no erro de forma tão fácil.  Devemos deixar de ouvir a voz do mundo, e passar a ouvir a voz de Deus. Agora, tudo o que fiz enquanto na ignorância, Deus não levou em conta. Eu não tinha a sua Palavra guardada no meu coração como a tenho hoje.  “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam (Atos 17:30)”.
Saí da casa de meus pais para viver com um rapaz, um “amigo“, morar com ele. Ali fiquei por quase cinco anos. “Portanto deixará o homem a seu pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher e ambos serão uma só carne (Gênesis 2:24)”.
Não foi o que fiz. Deixei meus pais para viver com outro homem como se fosse com mulher. Simplesmente ignorei mais uma promessa de Deus para minha vida, porque dei crédito a uma mentira. Achando que havia nascido assim, que não tinha culpa, que morreria assim. Este era mais um dos infinitos relacionamentos homossexuais que viria a ter. Mas pela misericórdia de Deus para comigo, conheci sua verdade e fui colocado sobre uma rocha firme e segura. Jesus é fiel.
Posso atualmente compreender todo caminho que percorri até aqui e acertá-lo através da sua Palavra. As dificuldades não cessaram, mas tenho as verdades da Bíblia para poder lutar um bom combate e ter uma melhor qualidade de vida. Vivendo não como o mundo ensina, mas como ensina a Palavra de Deus. Sei que a infidelidade, o adultério, o pecado tem invadido os lares cristãos, e sei também que a vida na homossexualidade não estava acrescentando nada em meu ser. “Tirou-me de um lago horrível de um charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos (Salmo 40:2)”. 
Quantas vezes! Quantas vezes fechei as portas para Jesus. Eu sabia que minha vida homossexual não era aceitável diante de Deus, tanto que não lia os textos bíblicos que falavam do pecado em que vivia e raramente quando os lia, era somente para criticá-los, dizendo que a Bíblia precisava de uma revisão, mas eu não, que foi escrita por homens. Desta forma tentava justificar minha prática homossexual com as necessidades e desejos que sentia. Agindo assim eu na verdade estava dizendo para Deus que eu dirigia minha vida.  
Mas Jesus insistiu educadamente, continuou batendo, eu estava perdido, cego, andando por meus próprios caminhos e decisões, dono da minha vida. Tinha dentro da minha carteira um documento chamado identidade, mas no coração não havia identidade nenhuma.  Lá no fundo da minha alma, escondido de todos, eu pensava, ah! Se eu pudesse deixar esta prática que limita minha vida. Nestes 12 anos que passei na homossexualidade, foram poucos os momentos em que me senti seguro. Pelo contrário, vivia na insegurança e na busca de amor, que jamais encontraria nos rapazes com quem estive, eles não poderiam preencher o vazio do meu coração, homem nenhum poderia.
Saibam que alguém que está na prática da homossexualidade terá um momento na sua vida onde questionará se o que vive está correto, terá um momento de insatisfação e neste momento aquela palavra evangelística que você lançou surtirá efeito, esta pessoa se lembrará que existe um caminho verdadeiro, se lembrará de Jesus. “Assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei (Isaías 55:11)“.
  Falo isto porque todos os rapazes com quem estive alimentam no seu íntimo, bem lá no “esconderijo” do coração, de um dia terem uma vida diferente, fora das práticas homossexuais, podem dizer que são felizes, mas desejam secretamente ter uma oportunidade para mudar. Podem bater o pé e negar com suas atitudes e palavras, mas no coração desejam mudar. A pessoa que está na prática da homossexualidade (seja efeminado, travesti, Drag Queen, transformista, michê...)  pode alterar este caminho amando Jesus e tomando uma posição definida do tipo: “Não quero viver praticando a homossexualidade, então não quero mais”, quando tomei esta decisão, depois de um tempo, percebi que eu não continuei homossexual. Sabe porque? Porque a minha essência sempre foi heterossexual, e esta essência resurgiu naturalmente.
Devemos ter todo cuidado para não prometer uma mudança instantânea, pois deixar anos de prática homossexual exige cura das feridas da alma, é um processo gradativo. Se prometermos mudança instantânea e isto não ocorrer, esta vida poderá ir embora por não ver seus desejos e vontades transformados de um instante para outro e pior, pode desacreditar do maravilhoso evangelho de Cristo. Mesmo no erro fui muito amado pelas pessoas que me evangelizaram.  Aprendi que Jesus realmente veio ao mundo para buscar e salvar a todos que estão cativos do pecado.  Precisava me manter no caminho e ter armas para não ceder a tentação. Precisava buscar Deus de todo o meu coração, de toda minha alma e entendimento pois não há transformação se não houver busca.  “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lucas 19:10)”.
Saí da casa daquele rapaz, com quem vivi por quase cinco anos, não suportei tanta incerteza, tanta mentira e infidelidade. Nesta casa em que morava com ele, sempre havia mudança, ora havia uma parede, ora havia uma janela nesta parede, uma porta, derrubava-se outra parede. Volta e meia a casa recebia uma mudança em pouco espaço de tempo. Posso compreender hoje que estas mudanças refletiam a insatisfação não com a casa em que vivíamos, mas uma insatisfação interior de nós mesmos. Havia uma necessidade de “trocar” objetos, móveis, e também pessoas. Ou aceitava viver com ele e a sujeira que estava entrando mais uma vez no relacionamento ou saía. Mas, como sair se estava preso aquela vida, enfim foram 12 anos na prática da homossexualidade. Sabia que precisava mudar mas não sabia como. Pude então perceber que realmente havia uma inversão na minha forma de amar. Eu precisava não só mudar radicalmente, mas manter-me nesta mudança, e isto encontrei nas verdades que estão na Bíblia com a ajuda do Espírito Santo de Deus e da comunhão com meus irmãos em Cristo. Mudança radical.  
Voltei para casa de minha mãe, meu pai já havia morrido. Entrei em depressão, passei um ano em depressão. Emagreci muito. Lutando contra solidão e angústia. Neste momento Deus moveu pessoas para serem usadas em minha restauração de vida, povo seu, e se estou aqui falando do evangelho, é porque alguém falou para mim. A semente foi lançada e caiu em boa terra. Parecia que removeram dos meus olhos escamas, que não permitiam que eu enxergasse, mas agora, pela primeira vez, eu vi e percebi quem realmente eu era. Encontrei o verdadeiro amor, e o nome dele é Jesus. Recebi um convite de um colega de trabalho, que via o meu desespero, para ir até sua casa participar de uma reunião, nem perguntei do que se tratava, se era disso ou daquilo, simplesmente precisava de ajuda. Busquei no início livrar-me da depressão e angústia, mas Deus já estava movendo tudo para me receber e restaurar todas as áreas da minha vida. Lá, conheci pessoas de uma igreja evangélica, que me receberam com muito amor, um amor sem preconceitos, isto preciso dizer com todas as letras, não enfrentei nenhum tipo de preconceito da parte deles. Eu sim, fui cheio de barreiras, armado, e com preconceito. Passei a ter amigos cristãos e reconheci que precisava de amizades sadias. Nesta igreja tive apoio de todos, o Pastor me recebeu com amor e carinho, vale também falar aqui da importância que o grupo de jovens teve neste momento. Foi necessário criar uma nova rotina e compromissos para minha vida, mais importantes do que os compromissos anteriores. Notei que a pessoa que mais teria que lutar pela minha mudança de comportamento seria eu mesmo. Procurei manter-me sempre próximo dos amigos que ali arranjei e esforcei-me ao máximo para ignorar as propostas que meus antigos amigos faziam. Precisava entender tudo que tinha vivido até então, o que levou-me a praticar a homossexualidade e através do evangelho de Cristo acertar meus caminhos, pois ele endireita os caminhos tortos. Eu ainda questionava Deus. “Deus, se eu deixar a homossexualidade vou sofrer muito, como lidar com meus sentimentos e emoções, meus desejos e vontades?“.  E na sua Palavra encontrava as respostas para tudo.  “Não temas pois sou contigo, não te assombres porque sou o teu Deus, eu te esforço, eu te ajudo e te sustento com a destra da minha justiça (Isaías 41:10)”.
Muitos “amigos” do meio antigo me ligavam, não para me ajudar, mas para piorar o estado em que me encontrava. Lembro-me de uma ligação que recebi logo que decidi me afastar daquele meio. A pessoa dizia: Como está você Saulo, neste carnaval com quantas pessoas você ficou? Respondi: nenhuma. E ela dizia: não posso acreditar, pois eu fiquei com seis pessoas nestes dias de carnaval!. Quanto vazio, hoje se puder falar com esta criatura novamente eu diria:  venha conhecer a verdade, a verdade que trás paz e descanso para sua alma, saia deste abismo e venha para a luz que é viver com Jesus. Somente em Jesus poderá encontrar descanso e conforto para sua alma.
Uma vez aceitei um desses convites, o risco de regredir foi altíssimo, fui em um lugar que já havia freqüentado, e pela primeira vez pude perceber como eu havia vivido. Aquele bar parecia um açougue, onde bastava olhar para o lado e tinha um pedaço de carne para se relacionar comigo. Pude perceber como aquelas pessoas buscavam se identificar com alguém. Aqui eu poderia ter conhecido mais um amor, e ter voltado a praticar a homossexualidade, mas estaria deixando para trás todas as promessas que Jesus tem para mim. Estaria deixando para trás os rios de águas cristalinas que experimentei na presença de Jesus. “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora  dado. Deste modo, sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada, ao espojadouro de lama (2Pedro 2:20-22)”.
Continuei a caminhada e abracei Jesus com toda minha força. Nenhum pecado está fora da redenção de Deus, nenhum. Passei a compreender a diferença entre tentação e pecado. Eu possuía o Espírito Santo que Deus me dera não para me impedir de ser tentado, mas para que me capacitasse a resistir e não ser vencido pelas tentações. Precisava de amadurecimento espiritual.  Era preciso dedicação constante de minha parte.
Pais, se você tem um filho que está na prática da homossexualidade ou em outra situação de erro, entreguem-no ao Senhor. Louve a Deus, ore, jejue e também o que é muito importante, vocês devem amá-lo muito. Aprendam a rejeitar o pecado e amar o pecador de forma inteligente, com sabedoria. Jesus quando esteve neste mundo fez maravilhas aos olhos de muitos, onde mudava o cativeiro do cego, mudo, coxo, prostituta, mentiroso, idólatra...  Ele é o mesmo de ontem, de hoje e o será sempre, então Ele também pode endireitar os caminhos de quem está na prática da homossexualidade.  
Durante muito tempo continuei recebendo ligações maldosas, relutei para não aceitar os convites para sair em bares e boates para homossexuais. Mas neste momento Deus providenciou uma mudança na minha vida. Ele olhou para mim, não gostou do que viu, e começou a trabalhar a minha volta. Clamei: “Senhor Deus, em nome do seu Filho Jesus, eu levanto um clamor a ti, quando olho para trás não gosto do que vejo, não quero mais viver na homossexualidade, mas quando olho para o dia de hoje, não suportando mais esta angústia, esta tristeza, eu não vejo saída. Ouça o meu clamor, mostra o caminho para minha libertação. Eu desejo viver contigo, me ajude”.  E Ele ouviu meu clamor. Seja também livre em Jesus. Meus caminhos estavam sendo endireitados. Afastei-me de tudo e de todos do meio antigo, precisava buscar alimento para sobreviver e depois de estar firmado na rocha levar este alimento para os que ficaram. O que antes era escuridão em minha vida passou a ser luz. “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo escolhido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz (1 Pedro 2:9)”.
Hoje posso enxergar e estar aqui falando do que Deus tem feito em minha vida, para honrar e glorificar este Deus que sirvo, onde pude receber e aceitar a verdade que está em sua Palavra que liberta e dá vida. Descobri que estava alimentado por uma mentira, que acreditara em uma mentira. Quando pude perceber o que realmente eu tinha vivido, confessei que era pecador, aceitando Jesus como meu único Senhor e Salvador, precisava desaprender o comportamento errado que havia aprendido e a Palavra de Deus começou a fazer sentido. “para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra. E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai   (Filipenses 2:10-11)”.
Entendi que conheceria a verdade, e se iria conhecer a verdade o que eu vivia era mentira, era falso, ilusão, armadilha do inimigo. Esta verdade me libertou do cativeiro ao qual me encontrava. Hoje sou livre e sirvo a um Deus que muda o caminho errado e incerto de uma prostituta, de um dependente químico, adúltero, mentiroso, homossexual, travesti, ladrão, idólatra e de quem Ele quiser, e Ele quer que todos se salvem. Aquele que perder a sua vida por amor a Jesus encontrá-la-á. Lembremo-nos que Ele é o nosso Senhor, devemos nos curvar diante dEle. Ele nos dá o livre arbítrio para escolher entre a vida e a morte.
Hoje falo da verdade que descobri através da palavra de Deus, verdade que me libertou e me tornou livre de toda confusão que envolvia minha vida. Para você que se acha livre, que faz o que quer, cuidado, você está mais preso do que possa imaginar. A minha liberdade enquanto na homossexualidade acabou se tornando minha prisão. Há esperança para quem está nesta prática e deseja sair, não é uma vitória fácil, mas é possível. O pecado é condenado, enquanto ao pecador são oferecidos perdão e reconciliação. Nossas igrejas devem estar preparadas para ajudar pessoas que queiram deixar esta prática. Digo pessoas preparadas porque estão querendo expulsar demônios de homossexuais sendo que nem todos estão possessos, cada caso é um caso a ser analisado e tratado, muitas vezes tratando as feridas da alma. 
A luz da Palavra de Deus trouxe a verdade, caindo toda mentira. O vazio que havia em meu coração foi preenchido pelo amor de Deus. Hoje falo da verdade que encontrei na palavra de Deus. Conforme ia aprendendo a viver com Jesus, as mentiras iam sendo descobertas.  Posicionei-me com todas as armas oferecidas na sua Palavra para resistir as imposições do mundo. Já rezei para santos. Pois via por aí tantos fazendo isto que achava certo. “Não  farás para ti imagem de escultura, não te curvarás a elas nem as servirás (Êxodo 20:4,5)”. 
Lembro-me de uma viagem que fiz para Minas Gerais, cidade de Carmópolis de Minas, lá havia uma procissão seguindo pelas ruas, fiquei olhando aquela situação, velas acessas, Jesus crucificado em uma cruz com rosto triste de derrotado, muita reza, muita repetição, uma santa sendo carregada e alisada por todos (Isaías 45:20).  O Jesus que sirvo não está preso em uma cruz com rosto triste de derrotado, o Jesus que sirvo não está morto, Ele ressuscitou ao terceiro dia, Ele reina, para que tenhamos vida. Não preciso usar de repetições e rezas para falar com Ele, não preciso de imagens de escultura para falar com Deus. O único caminho que me leva a Deus é Jesus e não há outro.
Eu e o rapaz que vivia comigo, tínhamos uma Bíblia aberta na cabeceira da cama de casal, aberta em algum Salmo que não falava do pecado em que vivíamos, claro. Só líamos o que nos era conveniente, é mais fácil. É mais fácil dizer que a Bíblia precisa ser revista do que mudar. Assim como é mais fácil seguir uma igreja que aceita o erro, onde não precisa haver mudança. Quando entrei na homossexualidade, aceitando esta mentira em minha vida, comecei também a freqüentar um centro espírita. Quanto engano, quanta cegueira, eu não enxergava o erro, pior, não queria enxergar. “nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus (2Coríntios 4:4)”.
 Hoje Posso falar das verdades que estão na Palavra do Deus que sirvo. Sei que ao morrer, não irei reencarnar em outro corpo. Morrer, reencarnar, morrer, reencarnar e assim por diante. “E, como ao homem   está ordenado   morrer uma só vez, vindo depois   disso, o   juízo (Hebreus 9:27)”. 
Quando meu pai morreu, passei um período sem dormir à noite, pois tinha medo de fechar os olhos para dormir e acordar com ele ao meu lado. Agora a Palavra de Deus trouxe luz, e este medo não existe mais. “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja, já pereceram e já não tem parte alguma neste século (Eclesiástes 9:5,6)”.
Se alguém que você conhece tem falado com o espírito de algum morto, fale para ele que está falando é com demônio. No segundo relacionamento homossexual que tive, passei a freqüentar um centro espírita. Ele era participante ativo deste centro, e alguém falou para ele que o espírito de uma mulher andava junto dele, até encontrar um corpo para reencarnar, por isso que era homossexual. E na época, como estava na ignorância, achei o máximo, hoje acho o máximo da falta de conhecimento Bíblico, falta de conhecimento da Palavra de Deus. E se encontrasse com este rapaz falaria para ele com toda autoridade que Deus me dá, não é o espírito de uma mulher que te acompanha, é demônio, e este demônio sai com jejum e oração em nome de Jesus. Eu lia o evangelho segundo os espíritos, segundo o demônio. Sei que não existe outro evangelho, a não ser o que fala de um Deus único, onipotente, onisciente, onipresente e que enviou seu Filho Jesus para ser crucificado pelos meus erros e que ressuscitou ao 3º dia. “mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho, além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (Gálatas 1:8)”. 
Hoje sei o que irá acontecer quando eu morrer. Já ouviram a frase: “Fui numa sortista, cartomante, benzedeira, fiz regressão e me disseram que já fui Pedro Álvares Cabral, que já fui seu pai em outra reencarnação, que já fui Cleópatra. Quem já não ouviu tamanha ignorância. Eu acreditava nestas besteiras, ignorante eu era. O nosso corpo voltará para o pó da terra, e o espírito, como foi dado por Deus voltará para Ele, não ficará vagando por ai até reencarnar em outro corpo. “e o  pó volte a terra, como o era, e o  espírito volte a Deus que o deu (Eclesiástes 12:7)”.
Não existe em nenhum lugar na Bíblia algo que se refira a reencarnação e sim ressurreição. Há uma grande diferença entre estas palavras. Continuei estudando a Palavra, tudo que falava do erro em que vivia passei a ler. Vale lembrar que pecado é errar o alvo. Aceitei que era pecador, que Jesus é o único caminho que leva a Deus, fui batizado e passei a seguí-lo.  Não só de ouvir falar, mas de viver a cada dia o amor que Deus tem para mim. Jesus é o caminho e a verdade e a vida. “Disse-lhe Jesus : Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao  pai senão por mim (João 14:6)”.
Por um tempo lembrava-me das festas, do falso brilho, muita risada, gente bonita em suas roupas de marca, barriga cheia de comida e um espírito vazio, mas ao raiar do dia... ao raiar do dia, o falso brilho começava  a se apagar e aí sim, vinha o vazio daquela vida. Não, não aceito mais isto em minha vida, hoje a luz que brilha em meu coração vem de Jesus. Descobri que Deus me amava, mas não ao erro que cometia. Ao mesmo tempo em que Ele me dizia para abandonar a homossexualidade Ele também dizia para que não temesse mal algum.  Deus não condenaria esta prática sem antes oferecer uma saída.  A saída está na sua Palavra que é viva e eficaz e no amor de Jesus. Através do Espírito Santo fui convencido do erro em que vivia. Somente o Espírito Santo pode nos convencer do erro, da justiça e do juízo. Compreendi e aceitei como verdade textos na Bíblia que até então eu não aceitava como verdade. Sabia que os textos estavam ali, mas achava que era somente para aquela época. Então fui convencido pelo Espírito Santo de Deus. Basta olhar para o meu corpo masculino e perceber tudo o que nele há.
Algum tempo atrás um travesti famoso deu uma entrevista em um programa de televisão, onde o entrevistador perguntou: “Você já colocou seios, já delimitou seu corpo com formas femininas, deixou o cabelo crescer, mudou seu rosto, seus lábios, pergunto: porque não faz uma cirurgia para tirar seu pênis e colocar uma vagina?”. Resposta: “Porque não quero fazer o que muitos travestis tem feito, passam horas com psicanalistas, horas de mutilação através de uma cirurgia, depois vão para casa se recuperar, e batem a cabeça na parede, porque sabem que foram feitos homens e pensam como  homens”. Deus os fez homem, e nada que a ciência faça vai fazer o que Deus fez, nada.
As leis que hoje existem em países liberais, que asseguram o relacionamento homossexual, cirurgias para troca de órgão genital, seguro de vida, podem aliviar o preconceito a sua volta, facilitar o seu dia-a-dia, mas não podem assegurar e te proteger do vazio que fica dentro de você. Existe perfeição em Deus, nós homens temos que olhar para Ele e deixar sua verdade, sua perfeição inundar nosso ser. Quando aceitei a verdade do versículo abaixo, pude então compreender que a vida homossexual que eu levava estava fora do plano perfeito de Deus para mim.  “E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher, e trouxe-a para Adão (Gênesis 2:22)”. Não está falando que Deus formou outro homem e trouxe para Adão. Para ilustrar a confusão que fica na mente de uma criatura que está sendo enganada conto este fato: durante os estudos de 2º grau tive um colega de sala que recebia muitas palavras de maldição vinda dos outros alunos, ele apresentava um jeito efeminado. Quando comecei a freqüentar as boates, vi uma mulher que me chamou a atenção, estava vestida de modo muito sensual, fui até ela para conhecê-la, ao me aproximar reconheci seu rosto. Qual minha surpresa ao ver que não era ela e sim ele, aquele rapaz do 2º grau que era efeminado.  Havia colocado silicone no seu corpo para ganhar formas femininas.
 Esta porção da sociedade que disse para este rapaz se aceitar assim, é a mesma sociedade que o jogou em um caldeirão de água fervendo. Há poder na Palavra de Deus, poder que pode transformar vidas, desde que aceitem a verdade. Buscando cura para as feridas da alma e transformação no seu caráter, desabituando-se desta vida de confusão vivendo da maneira correta como prega Jesus. Você já se perguntou: Como deixar de ser drogado? Parando de se drogar! Como deixar de ser prostituta? Parando de se prostituir! Como deixar de ser mentiroso? Parando de mentir. Uma prostituta quando deixa de se prostituir não continua prostituta. Quando deixei as práticas homossexuais não continuei homossexual, deixei tratar do meu caráter, mente, emoções, corpo e alma, e amei Jesus de todo o coração, de toda minha alma e de todo o entendimento.
Você pode se perguntar: mas e os desejos que sentia, as vontades que sentia, que nasci assim e não tinha jeito? Com o passar do tempo, já fora da homossexualidade, a minha essência heterossexual, que nunca perdi, começou a vir á tona, naturalmente.  Reencontrei uma moça que há tempos não via, e neste reencontro a surpresa, ela havia se convertido ao Senhor Jesus também. Houve um interesse de ambas as partes em se conhecer melhor, fizemos uma viagem. Ficamos hospedados na casa de familiares e irmãos em Cristo, dentro da direção de Deus houve a confirmação do meu propósito. Você pode se perguntar, mas como, o que aconteceu, que exemplo de relacionamento cristão é esse? Deus é perfeito em tudo o que faz. Estávamos conversando, já era tarde da noite, e adormecemos. Senti um leve toque em meu pé, era a mão dela que repousou ali, no meu pé. Através deste toque sutil, senti em meu corpo, a confirmação de Deus em minha vida mais uma vez. Uma lágrima de felicidade escorreu pelo meu rosto e glorifiquei a Deus. Então percebi que bastava permanecer no caminho de Jesus que tudo mais Ele o fará. Os planos e os sonhos de Deus para nós jamais se frustrarão.
O mundo nos oferece uma liberdade falsa, em Jesus temos liberdade completa e verdadeira das correntes do erro. A grande dificuldade que vejo de um pecador vir para Jesus aceitando toda verdade que consta na sua palavra é o fato deste pecador não conseguir se desprender dos prazeres do mundo. O pecador olha tudo que está a sua volta, já com uma mente cauterizada pelas mentiras que lhe foram colocadas, e não crê que Jesus é real e verdadeiro. No início da minha caminhada com Jesus, eu duvidava que poderia deixar as práticas homossexuais. Minha mente estava impregnada, acostumada, habituada com a condição homossexual em que me encontrava. Ao permitir o trabalhar do Espírito Santo de Deus em minha vida, pude ver mudanças em minha forma de pensar, onde comecei a entender meu real papel masculino.  “Não vos conformeis com este mundo mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Romanos 12:2)”. É preciso haver renovação do que está na mente, é necessário deixar a verdade de Jesus limpar esta mente cauterizada pela mentira, assim haverá transformação de vida.         
 A luta continua, no mundo terei aflições, mas também tenho a verdade de Deus no meu coração para prosseguir a caminhada. Antes eu era espírita, ascendia vela, místico, praticante da homossexualidade, vivendo em bares e boates, coração em carne moída. Hoje, lavado e remido pelo sangue derramado na cruz, sangue que me deixou branco como a neve, como a branca lã e acreditando nas promessas de Deus para minha vida.  “E ainda que vossos pecados sejam como a escarlata, se tornarão brancos como a neve, ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Se quiserdes e ouvirdes comereis o bem desta terra (Isaías 1:18,19)”.
Eu quero o bem desta terra e você? Muitos me chamam de louco, por ir contra o padrão deste mundo. Mas Deus escolhe as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias. Escolhe os pequenos para confundir os grandes. Faz aquele que se deleita em sua própria sabedoria parecer ignorante.
“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes (1Coríntios 1:18-27)”.
Para você que deseja mudança de vida, que está cansado de tudo que tem feito, saiba que há esperança para você, enquanto houver vida, haverá esperança. Faça isto agora, declare com suas palavras que Jesus é o único Senhor e Salvador de sua vida, procure um povo de Deus para receber você, um povo que pregue Jesus como único Senhor e Salvador. Busque mudança com toda sua força, passe a viver conforme a Palavra de Deus porque, assim como Jesus me chamou pelo meu nome, Ele também  te chama pelo seu nome.
 
35 MENSAGENS ÚTEIS
Cada dia em nossas vidas, enfrentamos escolhas. Sempre os “prazeres do momento” parecem tão mais reais do que as promessas de Deus de dar-nos força contra a tentação. Você não seria o primeiro cristão a ver uma ocasião de pecar e logo querer ceder “só por um pouquinho”. A Epístola de Tiago e o livro dos Romanos dizem muito sobre a realidade de nossa natureza carnal que se rebela contra nós.
Acumuladas culpas, frustrações, amarguras e auto-desprezo juntamente com uma experiência de fracasso podem ser elementos que Satanás usa para levÁ-los de volta a uma vida de pecado. Se pensamentos de retorno te afligirem, peça a Deus sabedoria para ver o que é que realmente o está perturbando. “Sonda-me, o Deus, e conheça meu coração. Saiba meus pensamentos. Veja se há algum mal em mim e conduza-me para o caminho eterno (Salmo 139)”.
Tantas vezes quando me encontro “por baixo” é porque tento seguir meu próprio caminho. Eu fico tão ocupado que não encontro tempo para orar ou ler a Bíblia. Ouço pensamentos como “não posso ler a Palavra agora, tenho que atualizar a correspondência”, passando pela minha cabeça. Só me basta um ou dois dias de negligência para que eu experimente um notável enfraquecimento do meu espírito. É bom lembrar que “a vida que eu vivo agora, é pela fé do Filho de Deus”.
É tão fácil achar que uma vez que Deus deu Sua atenção a uma área de carência de nossa vida, aquela área já está controlada definitivamente; isso é só o começo. Deus deseja promover paciência em nós através do “testemunho de nossa fé”, através de “provações e tentações”. Nós aprendemos as respostas mais profundamente assim que crescemos em Jesus. Deus às vezes provê uma resposta imediata para que os homens possam ver Seu poder. mais freqüentemente Ele nos molda à Sua imagem diariamente para que os homens possam ver Seu caráter.
O único remédio certo para o pecado está no sacrifício de Jesus Cristo. Os homens podem ter idéias diferentes sobre as raízes do pecado, confissão e arrependimento, a necessidade de cura interior, entrega e doutrina. Cada uma dessas coisas são maneiras válidas de lidar com o pecado, mas todas as vezes que alguma delas se transforma em fórmula, sua eficiência decresce drasticamente.
A raiz mais comum do pecado sexual é a rejeição. A resposta mais comum à rejeição é desenvolver mecanismos de defesa que nos impeçam de nos machucarmos. Eles também nos impedem de ser ajudados. Aprenda a se ver como uma parte vital do Corpo de Cristo. Deixe o restante do Corpo conhecê-lo um pouco.
Para muitos de nós, estivemos tão por baixo que quase nada significa melhora. Temos uma tendência de medir as coisas por comparação. Por exemplo, se eu era um suicida, e agora estou deprimido 98% do tempo, então já fiz algum progresso. Mas permanece o fato de que eu ainda tenho um longo caminho a percorrer. Há um número de áreas em nossas vidas nas quais podemos ser tentados a dizer, “Cheguei” ou “É isto. Este é o lugar de Deus para mim”. É bom nos lembrarmos de que Ele pode fazer coisas de forma abundantemente acima de tudo o que podemos pedir ou pensar antes de fixarmo-nos confortavelmente em um patamar que confundimos com um topo de montanha.
Lembre-se de que Deus vê todo pecado – de farisaísmo à imoralidade sexual, da mentira à sensualidade – pelos mesmos olhos. As conseqüências eternas são as mesmas. Mas Ele vê todos aqueles que foram purificados no sangue de Seu Filho – a despeito de seu passado e pecados – pelos mesmos olhos também. Para Ele, estes são todos queridos filhos e filhas, filhos preciosos, cobertos com mantos da retidão.
Sua nova identidade é cristã, o que significa “seguidor de Cristo”. Não se engane em enfocar uma área de seu passado e pensar que aquele é quem você é. Cada cristão, passado, presente ou futuro tem a mesma base. Somos todos ex-pecadores, ex-filhos das trevas. Precisamos esquecer das coisas passadas e nos apoiar em direção ao alvo do alto chamamento em Jesus Cristo.
Não perca Jesus de vista. Isso parece tão simples, não? Quantas vezes você já ouviu isto? Quantas vezes você precisou ouvir isto? Você ainda não notou que quando os problemas começam, é geralmente quando você fica perturbado, esgotado e seu interesse está nos seus sentimentos ao invés de estar nEle? Ou você entra em pânico sobre alguma situação e se esquece de se voltar a Ele? Ou você se sente condenado e sente vergonha da falar com Ele? Às vezes, as pessoas lhe decepcionam, uma após outras, repetidas vezes. Por que você não pode atingi-las, você se atinge. Às vezes, o lado de conservação parece tão confortável que você prefere mergulhar nele por um momento. E, às vezes, você se sente tão  preso em ”ser um cristão” ou em “viver pelo Livro” que você está apenas sendo levado. Você não está na verdade vivendo pela sua força.
Quaisquer que sejam as circunstâncias, Jesus sempre espera com os braços abertos quando retorno de minha viagem de dentro de mim e das pressões da rotina do dia-a-dia. Descobri que “o firme, poderoso amor do Senhor nunca cessa, Sua misericórdia nunca se esgota. Ela se renova a cada manhã. Grande é a sua fidelidade”.
 
36 QUAL É O NOSSO ALVO
Qual é o nosso alvo? Mudar, ou andar com Deus? Tenho acompanhado a avalanche de informações e noticiário na mídia a respeito das declarações do Dr. Roberto Spitzer, que, tendo realizado novo estudo, chegou à conclusão que indivíduos altamente motivados podem “mudar sua orientação sexual de homo para heterossexual”. Também tenho lido comentários acerca de pessoas que ficam desanimadas diante destas declarações, pois percebem que não tem a motivação necessária para esta mudança. Tenho pensado nisto tudo, e cheguei à conclusão que para nós, que somos cristãos, e enfrentamos esta luta com a homossexualidade, estas declarações do Dr. Spitzer não são tão importantes assim, pois creio que o nosso verdadeiro alvo não deve ser meramente a mudança de orientação sexual, ou seja, “mudar de homo para heterossexual”, como é tão comumente proclamado por tantas pessoas, especialmente pelas igrejas que freqüentamos.
 Qual deve ser o nosso verdadeiro alvo? Em João 15, Jesus narra uma parábola muito interessante. Nesta parábola nós somos comparados aos ramos da videira, que, permanecendo na videira, produzem os frutos. Ou seja, os frutos são conseqüência do permanecer na videira. Semelhantemente, nossa ocupação não deve ser a obsessão com os frutos, ou seja, mudar isso ou aquilo em nossas vidas, mas sim nos envolvermos intimamente com Deus, nosso Pai, por meio de Jesus Cristo. Este envolvimento íntimo, (ou permanência), por sua vez, é que produzirá os frutos (ou resultados e mudanças), cada qual no seu devido tempo.
Além disso, vejo alguns problemas quando focalizamos nossa atenção exclusivamente na “mudança da homo para a heterossexualidade”. Em primeiro lugar, nenhum de nós é ou foi homossexual, todos nós fomos, somos e sempre seremos heterossexuais, pois Deus nos criou assim, e Ele não comete erros. Por outro lado, podemos dizer que estamos envolvidos na homossexualidade, ou que temos problema ou luta com atração homossexual. Os textos originais da Bíblia não contém a palavra homossexual, mas apenas palavras que qualificam pessoas que praticam atos de homossexualidade. Podemos também dizer que nossa identidade sexual heterossexual, por vários motivos, não desenvolveu-se plenamente, ainda, e estamos temporariamente “enroscados” ou estacionados na homossexualidade. Creio que é muito mais realista considerar que posso permitir que Deus me leve a um crescimento e amadurecimento de minha heterossexualidade, a qual já existe em mim. Isto coloca as coisas em uma perspectiva mais realista. Em segundo lugar, se meu enfoque está na “mudança”, quando é que saberei quando realmente “já mudei?”. Apenas quando estiver casado, com filhos? Ou quando tiver desejos sexuais apenas pelo sexo oposto? Será que isto é garantia de mudança? E se alguém, que já não pratica mais a homossexualidade, eventualmente experimentar tentações homossexuais, como é que fica? Significaria que não foi liberto da homossexualidade? É claro que não!!! Jesus mesmo nos disse que seríamos tentados, que a tentação e as lutas fariam parte da nossa jornada nesta terra. Além disso, quantos de nós até mesmo já experimentamos atração pelo sexo oposto, porém sabemos que ainda há áreas mais importantes que  atração sexual, que precisam de amadurecimento em nossas vidas!! Desta forma, o enfoque voltado apenas para “mudança” pode gerar muito desânimo, pois o processo, visto desta maneira, é muito lento, a longuíssimo prazo – realmente leva muito tempo, talvez toda a nossa vida. Pode até mesmo ser que alguns de nós nunca cheguemos a experimentar o casamento. Mas seria isto um “atestado” de que não tenha havido em minha vida nenhuma mudança? Ou invalidaria todo o resto da obra de Deus em nós?
Isto me leva a um outro questionamento: para que fomos originalmente criados? Para algum tipo de desempenho, ou para experimentarmos comunhão íntima com Deus? Para algum tipo de desempenho, ou para experimentarmos comunhão com Deus? Eu creio que a razão principal pela qual Deus criou a cada um de nós foi para termos comunhão íntima com Ele. Por isso Ele enviou Jesus para morrer em nosso lugar na cruz, para que pudéssemos ser comprados de volta para Ele mesmo. Deus deseja intimidade conosco. E creio que esta intimidade é o que nosso coração realmente deseja. Posso explicar esta intimidade já, agora! Não preciso esperar um só minuto, não é necessário que eu mude isso ou aquilo em minha vida, para que possa entrar em intimidade com Deus, basta simplesmente adentrar o Santo dos Santos, por causa do sangue do cordeiro de Deus, que foi derramado por mim na cruz.
O que Deus mais deseja de nós não é a mudança, em primeiro lugar, mas sim que adentremos Sua presença e permaneçamos neste lugar. Marta escolheu ocupar-se com as tarefas relacionadas a ter Jesus em sua vida, Maria preferiu ocupar-se do próprio Jesus... Maria provavelmente sabia que havia muitos afazeres domésticos por fazer, especialmente tendo em casa um hóspede tão importante... ou seja, ela poderia ter colocado sua atenção nas coisas que precisavam ser feitas, nas “mudanças”, mas ela também percebeu que estar aos pés de Jesus era muito mais importante. Porque ficamos tão obcecados pela mudança? Será que ela é tão importante assim? E se a mudança em sua vida levar muito tempo, digamos, dez anos... Isto significa que dez anos seriam necessariamente anos de infelicidade e falta de propósito? Por outro lado, digamos que você coloque a mudança de lado (os afazeres), e resolva, como Maria, envolver-se intimamente com Deus, sabendo que Ele já ama e aceita você como você é, e que Ele, mesmo mais que você, deseja ardentemente ter comunhão com você... e você entra nesta comunhão, e aos poucos vai entregando-se totalmente a Ele, e o vai conhecendo mais e mais, aprendendo a ouvir sua voz...aos poucos você vai começando a sentir o que Ele sente, vai começar a ver as circunstâncias como Ele as vê... e vai começar a querer o que Ele mesmo quer... Quando você se dá conta, as mudanças (os frutos) já estão começando a surgir em sua vida, e você sequer havia percebido.
Isto faz sentido para você? E não é isto que seu coração realmente deseja, ser envolvido nos braços do Pai, e ouvi-lo dizendo o quanto Ele o ama, o quanto Ele se orgulha de você, independente do que já mudou ou não em sua vida? Este tem sido o desejo do meu coração, e é o que Ele me tem dito, sempre que deixo de lado a preocupação com todas as expectativas ao meu redor, e me coloco a Seus pés, e descanso nele.  Não sou contra a mudança. Ela é boa e necessária, e creio que faz parte do plano de Deus para nossas vidas. Porém sou contrário à forma como a mudança é tratada, como algo que mede o quanto já progredimos, especialmente quando esta é ditada pelo mundo, e não pela Palavra de Deus. De certa forma, há um paradoxo nisto tudo. É justamente quando deixo a “mudança” de lado, e me ocupo de minha intimidade com Deus, e passo a cultivá-la. Como minha maior prioridade, é que a mudança começa a ocorrer! E esta é uma mudança diferente, pois não é resultado de meus esforços para mudar, pois não estou ocupado disto, pelo contrário, é fruto da permanência nele, da intimidade com Ele, uma intimidade na qual não há preocupação com mudança. E este é o fruto que vem acompanhado de paz, alegria e descanso, e que gera louvor e glória ao nosso Senhor Jesus Cristo. Que Deus abençoe sua vida, e dê a você a capacidade para ocupar-se inteiramente, como sua maior prioridade, e que as mudanças sejam apenas a conseqüência desta experiência!
 
 
37 CONCLUSÃO
 

A ciência, até o momento, não prova nada a respeito da homossexualidade ser inata. Por mais que um dia a ciência prove ser a homossexualidade inata, esta não deixará de ser pecado. A Igreja de Cristo terá uma forte batalha nesta área, e precisa se preparar urgentemente para lutar pelas vidas que desejam sair da prática homossexual. Será com muita sabedoria que as Igrejas irão falar sobre este assunto tão polêmico, é necessário a preparação de membros, líderes, pastores, evangelistas, psicólogos, para receber estas vidas que virão cheias de feridas, buscar socorro na Igreja.  Há esperança para quem deseja sair da homossexualidade.  
Deixo um alerta para a Igreja de Cristo: Enquanto a Igreja se cala, por falta de interesse, falta de sabedoria, de amor, por medo, muitas vidas estão cada vez mais aceitando que não há saída para o homossexual. Devemos nos envergonhar, por não falar de sexualidade dentro de nossas igrejas. Enquanto isto, estas vidas estão caminhando para um abismo. A Igreja precisa ficar na posição e continuar levando o evangelho de Cristo para toda criatura, afinal de contas, Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido.
1Coríntios 13:1-3 “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”.  
 
38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 

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