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Dedico este trabalho a todos os que me ajudam nesta
caminhada, aos que acreditam que pode haver mudança para o homossexual,
e aos que estão buscando conhecimento para ajudar vidas que desejam deixar
esta prática sexual tão destrutiva.
SAULO ADELINO NAVARRO
HOMOSSEXUALIDADE: CONSCIENTIZANDO
A IGREJA DE CRISTO
CURITIBA _ JANEIRO - 2005
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................4
2 O QUE É HOMOSSEXUALIDADE...............................................................................7
3 O QUE MUDOU NO DECORRER DOS TEMPOS.....................................................13
4 UMA VIDA DETERMINADA ANTES DO NASCIMENTO..........................................14
4.1 DESVIO DE COMPORTAMENTO..................................................................15
4.2 POSSESSÃO DEMONÍACA............................................................................17
4.3 ESTILO DE VIDA ALTERNATIVO...................................................................18
5 GRANDES MITOS ACERCA DA HOMOSSEXUALIDADE.......................................20
5.1 O MITO DO INDIVÍDUO HOMOSSEXUAL.....................................................21
5.2 O MITO DA CAUSA GENÉTICA.....................................................................21
5.3 O MITO DA NATUREZA PERMANENTE........................................................22
5.4 O MITO DA COMPREENSÃO E DO NOVO CONHECIMENTO.....................23
5.5 O MITO DA NATUREZA BENIGNA DA HOMOSSEXUALIDADE...................23
5.6 HERMAFRODITA E HOMOSSEXUALIDADE.................................................25
6 A CRISE DA VERDADE.............................................................................................26
7 A POSIÇÃO CRISTÃ COM RELAÇÃO À HOMOSSEXUALIDADE..........................27
7.1 DA OMISSÃO A COMPAIXÃO........................................................................42
7.2 A IGREJA EVANGÉLICA E A MUDANÇA DOS HOMOSSEXUAIS...............46
7.3 EVANGÉLICO QUESTIONA PSICÓLOGO CRISTÃO....................................47
8 DIREITOS DADOS PELO CRIADOR.........................................................................56
9 EXEGESE BÍBLICA SOBRE A QUESTÃO HOMOSSEXUAL..................................60
9.1 A BÍBLIA DIZ QUE HÁ ESPERANÇA PARA O HOMOSSEXUAL..................68
9.2 TEOLOGIA HOMOSSEXUAL.........................................................................69
9.3 O REVISIONISMO DAS ESCRITURAS..........................................................74
10 A HOMOSSEXUALIDADE E O CRISTÃO................................................................77
10.1 O HOMOSSEXUAL COMO CRISTÃO............................................................81
11 SINTO SER DIFERENTE...........................................................................................84
11.1 CAUSAS PSICOLÓGICAS DA HOMOSSEXUALIDADE...............................85
12 TODOS NÓS ENFRENTAMOS OS MESMOS CONFLITOS....................................87
13 OS QUATRO ASPECTOS DA HOMOSSEXUALIDADE..........................................88
13.1 FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE HOMOSSEXUAL.................................90
14 AJUDANDO PESSOAS A DEIXAR O ESTILO DE VIDA HOMOSSEXUAL.............94
15 SEXUALIDADE - BÊNÇÃO EM CRISE...................................................................116
16 COMO LIDAR COM A SEXUALIDADE NA INFÂNCIA...........................................118
17 COMO LIDAR COM ATRAÇÕES PELO MESMO SEXO........................................128
17.1 DESEJOS, PROBLEMAS EMOCIONAIS E RELACIONAMENTOS.............131
18 ORIENTAÇÃO PARA PASTORES E LEIGOS........................................................138
18.1 EVANGELIZAÇÃO DE HOMOSSEXUAIS....................................................144
18.2 COMPARTILHANDO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE...............................145
18.3 POSTURA E ATITUDES DO CONSELHEIRO..............................................147
19 QUANDO ALGUÉM QUE VOCÊ AMA SE DECLARA HOMOSSEXUAL...............149
19.1 DEUS PODE USAR VOCÊ...........................................................................159
20 CUIDADO COM AS CIRCUNSTÂNCIAS.................................................................161
21 EM BUSCA DA PESSOA CERTA............................................................................162
22 A MALDIÇÃO DOS RELACIONAMENTOS DEPENDENTES.................................166
22.1 SUPERANDO A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL...........................................168
23 HOMOSSEXUAIS PODEM MUDAR........................................................................171
24 APELAÇÃO CIENTÍFICA.........................................................................................181
24.1 PESQUISAS CIENTÍFICAS...........................................................................182
25 PORQUE DESOBRIGAR APENAS OS HOMOSSEXUAIS.....................................196
25.1 A INTOLERÂNCIA DOS TOLERANTES.......................................................196
26 CAUSAS, DESENVOLVIMENTO E CONSEQÜÊNCIAS.........................................198
27 O PREÇO DA IGUALDADE SEXUAL......................................................................202
28 REALIDADES PASSADAS E PRESENTES............................................................205
29 O PROJETO SUPLICY.............................................................................................209
30 COMO OS ATIVISTAS HOMOSSEXUAIS ESTÃO AGINDO..................................214
30.1 O MOVIMENTO HOMOSSEXUAL................................................................217
31 VIRANDO AS COSTAS PARA O PASSADO..........................................................241
32 AMOR RESTAURADO.............................................................................................246
33 O HOMEM NO ESPELHO........................................................................................273
34 TESTEMUNHO DE VIDA: SAULO ADELINO NAVARRO......................................280
35 MENSAGENS ÚTEIS................................................................................................295
36 QUAL É O NOSSO ALVO........................................................................................297
37 CONCLUSÃO...........................................................................................................300
38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................301
1 INTRODUÇÃO
Originariamente, o termo homossexualidade apareceu pela primeira vez em um
panfleto alemão de autoria anônima, publicado em 1869, o qual se opunha a
uma lei prussiana de anti-sodomia. No mesmo ano, o termo homossexualidade
foi utilizado por um médico húngaro que defendia sua legalização. Este termo
detinha uma conotação científica que permitia se falar do fenômeno de maneira
objetiva e sem um julgamento negativo. Para apontar os homossexuais dentro
da legalidade, sem juízos de valor, criou-se não apenas o termo homossexualidade,
mas também definiu-se a heterossexualidade. Na última década do século XIX,
o termo homossexualidade apareceu pela primeira vez na língua inglesa, num
trabalho do tradutor Charles Gilbert Chaddock e, desde então, tem sido amplamente
utilizado na literatura contemporânea versando sobre o tema.
Criaram-se, em seguida, outros termos para se discutir a homossexualidade.
Em primeiro lugar a homossexualidade foi definida como preferência sexual
a fim de rebater a psiquiatria tradicional que a considerava como uma perversão,
ou, genericamente falando, um desvio. Quando os militantes homossexuais
tentaram provar a natureza genética de seu comportamento, passaram a falar
em orientação sexual. Também se utilizou outro termo como modo de vida
alternativo.
Hoje, o termo orientação sexual determina vários significados
diferentes e, segundo os estudiosos que detém uma visão secular sobre o termo,
existem três orientações sexuais, todas as três normais, naturais e fixas
em adultos (isto é, imutáveis): - heterossexual o indivíduo que se
sente sexualmente atraído por pessoas do sexo oposto; - homossexual
o indivíduo que se sente sexualmente atraído por pessoas do mesmo sexo; -
bissexual o indivíduo que se sente atraído tanto por pessoas de ambos
os sexos, não necessariamente no mesmo grau de intensidade.
A homossexualidade é definida como a preferência sexual por indivíduos do
mesmo sexo. Atualmente a ciência e a sociedade têm reconhecido, que a homossexualidade
não é mais vista como opção, mas como uma orientação sexual normal e definida
na infância e, conforme estudos mais hipotéticos, até mesmo genética.
Muitas pessoas têm a idéia pré-concebida de que a humanidade toda é heterossexual
e que uma minoria de indivíduos encontra-se "viciada" num comportamento homossexual.
Assim, acreditam que a homossexualidade é, simplesmente, um comportamento
anticonvencional que muitas pessoas escolhem externar. Outros indivíduos acreditam
que a homossexualidade é uma das três orientações sexuais normais, ou seja,
o indivíduo simplesmente é, não opta.
A sexualidade humana é um fenômeno complexo. Entre a atração forte e exclusiva
de um homem por uma mulher, de um homem por outro homem, ou de uma mulher
por outra mulher, existe uma infinidade de sensações sexuais e emocionais:
o desejo, a excitação ou mesmo a frieza em qualquer relacionamento humano
depende dos indivíduos inseridos em determinada situação, e não em quaisquer
das especificações arbitrárias que poderiam ser impostas através de sociedade,
tais como os rótulos que tentam definir se o indivíduo é heterossexual ou
homossexual.
Alguns homens desejam fazer sexo com outros homens e este desejo é algo permanente
em suas vidas. Alguns são meramente curiosos a respeito de corpos masculinos,
e podem experimentar, em algum momento de suas vidas, um contato mais íntimo.
Outros se sentem, igualmente, atraídos por homens e mulheres. Para alguns,
o prazer encontra-se simplesmente em admirar os corpos de outros homens sem
desejar o contato sexual. Há aqueles que preferem a companhia de outros homens
para o lazer, e muitos trabalham num ambiente completamente masculino. Mulheres
também sentem e vivem todas estas situações com outras mulheres. Estas permutações
infinitas e a confusão que resultam delas nem sempre são absorvidas pela sociedade
em que vivemos, a qual necessita ordem para funcionar. E esta ordem, para
os extremistas, significa deixar de lado o incerto e procurar distinguir apenas
o preto e o branco. Significa "rotular", etiquetar as coisas. E desta forma
surgem as minorias, os excluídos, aqueles que não merecem nada mais do que
um olhar de reprovação ou mesmo desprezo. Precisamos olhar para estas pessoas
com o olhar de Jesus, que veio buscar e salvar o que se havia perdido.
Até o início dos anos 70, a grande maioria dos psiquiatras estava ainda convencida
de que a homossexualidade era uma doença mental. Alguns acreditavam que ela
poderia ter causas físicas, como é o caso de inúmeras doenças mentais. Mas
a maioria acreditava que sua origem estava, geralmente, num desvio da orientação
sexual provocada por uma perturbação do desenvolvimento psico-sexual. Os psicanalistas,
mais precisamente, sempre admitiam que a homossexualidade estava ligada a
uma carência no processo de identificação durante a infância. Em outras palavras,
o adulto homossexual teria sido uma criança que não conseguiu encontrar sua
autonomia e definir sua identidade sexual em relação aos pais.
Os homossexuais acusavam a Psiquiatria de ser um instrumento da opressão da
qual eram vítimas, declarando serem os psiquiatras seus inimigos mais perigosos
na sociedade contemporânea, proclamando idéias preconceituosas e repressivas,
uma acusação que teve grande repercussão.
Em 1973, grande pressão é feita pelos homossexuais sobre a Associação Americana
de Psiquiatria para que ela suprimisse a homossexualidade do rol de doenças
mentais, propondo chamá-la, a partir de então, de uma forma natural
de desenvolvimento sexual. A entidade, diante de tanta repercussão negativa,
acabou reconhecendo o erro de catalogar a homossexualidade como doença e removeu-a
de seu Manual de Diagnóstico e Estatística de Desordens Psiquiátricas. Nota-se
aqui, que não houve nenhuma prova científica para tomarem tal atitude, a remoção
da homossexualidade deste manual foi por pura pressão vinda dos próprios homossexuais.
A Associação Americana de Psicologia, por sua vez, terminou por declarar que
a homossexualidade não era uma patologia em 1975.
Finalmente, em 1° de janeiro de 1993, a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.)
retirou a homossexualidade de sua lista de doenças mentais, uma grande vitória
contra as idéias pré-concebidas, mas não propriamente contra o preconceito,
que existe em função da crença que os homossexuais detêm uma opção de escolha
e que só é homossexual quem quer. A decisão se baseou, principalmente, no
fato de que não foi provada qualquer diferença existente entre a saúde mental
de um indivíduo heterossexual e a saúde mental de um homossexual. Várias tentativas
foram feitas neste século no sentido de "explicar" a homossexualidade, e até
mesmo "curá-la".
2 O QUE É HOMOSSEXUALIDADE
Dentro da teoria psicanalítica, a homossexualidade é vista como um desvio do
padrão de sexualidade, sendo as causas enumeradas para o aparecimento de tal
desvio e provenientes de fatores diversos.
Freud comenta: Os homossexuais, que em nossos dias se tem defendido energicamente
das restrições impostas por lei às suas atividades sexuais, gostam de ser apresentados,
por intermédio de seus teóricos defensores, como pertencentes a uma espécie
diferente, como um estágio sexual intermediário ou como um terceiro sexo.
Por maior que seja a nossa vontade, por motivos humanitários, de acatar suas
declarações, devemos analisar suas teorias com reservas, pois foram feitas sem
levar em conta a gênese psíquica da homossexualidade.
E ainda: A pesquisa psicanalítica contribui para a compreensão da homossexualidade.
Estas descobertas põem fim a qualquer pretensão que possam ter os homossexuais
de serem considerados como um terceiro sexo e também a qualquer controvérsia
sobre homossexualidade inata ou adquirida. Deve-se notar infelizmente que, aqueles
que se tornaram porta-vozes dos homossexuais no campo da ciência, foram incapazes
de aprender qualquer coisa das deduções estabelecidas pela psicanálise.
Sob a perspectiva psicanalítica o termo empregado para o fenômeno da homossexualidade
é inversão. Sendo assim, invertido seria a pessoa que tem sentimentos sexuais
contrários. Didaticamente os invertidos podem ser indivíduos em três grupos:
1) Absolutos são as pessoas que tem como objeto sexual elementos exclusivamente
do próprio sexo, chegando a possuir, em alguns casos, até aversão por contatos
com elementos do sexo oposto; 2) Anfigênicos: são elementos cujos objetos sexuais
tanto podem ser do próprio sexo como do sexo oposto. Na linguagem popular este
indivíduo é conhecido como bissexual, todavia ressaltamos que tal termo tem
outra conotação dentro da teoria psicanalítica; 3) Ocasionais: são indivíduos
que optam por um objeto sexual do mesmo sexo em função de certas condições externas.
Freqüente em situações de guerra, entre marinheiros que passam muito tempo em
alto mar, escolas internas, mosteiros, seminários, etc. Todavia eliminada a
situação externa, estas pessoas retornam à orientação heterossexual em seu comportamento.
Como citamos, as causas da homossexualidade podem ser muitas, porém queremos
ressaltar algumas idéias muito comuns acerca da homossexualidade:
Homossexualidade é causada por um desgaste nervoso ou doença mental:
Este conceito é errôneo porque a doença mental provoca vários e sérios desvios
de conduta, mas não observamos isto no homossexual. Pelo contrário, na quase
totalidade dos casos os homossexuais têm um perfeito conhecimento e controle
da realidade que os cerca e também não apresentam nenhum traumatismo ou doença
neurológica em sua história pregressa que justifique qualquer suposição nesta
área. Ao contrário, na maioria dos casos, são pessoas de extrema capacidade
intelectual e sensibilidade artística, longe de denotarem as limitações inerentes
dos doentes mentais e excepcionais; portanto não podemos considerar a homossexualidade
como um desgaste nervoso ou doença mental.
Homossexualidade é herdada geneticamente: Esta idéia comum e até
muito debatida e defendida nos meios científicos, não tem um fundamento sólido,
pois sabemos que as características que são herdadas geneticamente são imutáveis.
Por exemplo: a cor dos olhos ou do cabelo. Em contrapartida temos tido relatos
com comprovação clínica de elementos homossexuais que mudaram sua conduta, passando
a ter comportamento e atividade heterossexual. Outro aspecto que se descarta
é no caso dos homossexuais ocasionais e os anfigênicos. Como explicar suas condutas
se houver um determinante? A genética não trabalha com relativos, somente com
absolutos. Também é possível demonstrar que em muitos casos (mesmo nos absolutos)
houve cedo em suas vidas impressões sexuais que deixaram efeitos secundários
permanentes na forma de uma tendência à homossexualidade. Então não se pode
explicar a natureza da inversão taxando-a de congênita simplesmente.
Homossexualidade é sem-vergonhice intencional: Existem
inúmeros casos de pessoas que lutam fervorosamente contra suas tendências sexuais,
que estariam longe de serem denominadas de sem-vergonhas, quão menos
poderia afirmar-se que suas tendências são deliberadas. Existe, isto sim, uma
sub-cultura gay, que, influenciada por mídia e posições científicas,
acomodam-se em suas situações e assumem suas tendências como naturais,
criando assim todo um discurso para justificar-se perante os demais. Homossexualidade
não é sem-vergonhice, nem tampouco é intencional na maioria dos casos.
Quando tratamos de ajudar uma pessoa a superar sua homossexualidade, encontramos
que muitas delas estão confusas sobre o que, verdadeiramente, é a homossexualidade.
Muitas vezes a pessoa se identifica erroneamente como homossexual,
criando assim um obstáculo a mais no seu esforço de aceitar sua nova identidade
em Cristo. Há outros que não desejam aceitar seu problema homossexual e evitam
confrontar a realidade. Isto acontece com pais de família ou parentes que não
desejam aceitar a homossexualidade de um ser amado.
No momento, nenhuma comunidade científica, nem grupos religiosos, nem pessoas
homossexuais, têm chegado a um acordo sobre a definição da homossexualidade.
Lawrence J. Hateter deu esta definição: Aquele que em sua vida adulta, está
motivado por uma atração definida, de preferência erótica com pessoas do mesmo
sexo, e quem usualmente, mas não necessariamente, têm relações com eles.
Nascer homossexual? A maioria das pessoas homossexuais crê que elas nasceram
homossexuais. Nesta crença, o menino sente alívio e retira-se dele a responsabilidade
de mudança. No entanto, não existe sólida evidência científica que uma pessoa
nasça homossexual. A grande maioria das pessoas homossexuais são completamente
normais geneticamente. São homens e mulheres completos neste sentido.
Cremos que a homossexualidade é uma conduta aprendida e que foi influenciada
por uma série de fatos: uma ruptura na vida familiar da criança; uma falta de
amor incondicional da parte de alguns dos pais; falta de identificação com o
genitor do mesmo sexo. Mais tarde, estes problemas podem resultar numa busca
de amor e aceitação, inveja do mesmo sexo ou do sexo oposto, uma vida controlada
por diferentes temores e sentimentos de isolamento. Parece que uma coisa está
clara: a homossexualidade é causada por múltiplas razões. Seria simplista pensar
em culpar somente uma área. Temor ao sexo oposto, incesto ou abuso sexual, mães
dominantes e pais possessivos, e opressão demoníaca, tudo isto pode fazer parte
da causa da homossexualidade, porém somente um desses fatores externos na vida
de uma pessoa, suas próprias decisões têm um papel importante em formar sua
identidade homossexual, ainda que sejam poucos os que desejam admiti-lo.
Que diz a Bíblia? A Bíblia diz claramente em cinco lugares diferentes que a
homossexualidade é pecado: Levítico 18:22, Levítico 20:13, Romanos 1:26-27,
1Coríntios 6:9-10 e 1Timóteo 1:9-10. Apesar do posicionamento das Escrituras
sobre a conduta homossexual ser muito clara, algumas pessoas se perguntam, A
Bíblia também diz que os sentimentos homossexuais são incorretos? Depois de
uma larga exposição sobre a homossexualidade, Romanos 1 termina com este versículo:
Eles sabem que a Lei de Deus diz que quem vive assim merece a morte. Mas mesmo
assim continuam a fazer essas coisas e, pior ainda, aprovam os que agem como
eles. É evidente aqui, que o aprovar o estilo de vida homossexual é pecado.
Colossenses 3:5 diz: Portanto, façam morrer os desejos deste mundo que
agem em vocês: a imoralidade, a indecência, as paixões baixas, os maus desejos
e a cobiça, pois a cobiça é um tipo de idolatria. De acordo com a Palavra
de Deus, a luxúria sexual e a fantasia homossexual e heterossexual são pecados.
Por outro lado, 1Coríntios 10:13 nos assegura que a tentação não é pecado: As
tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam;
mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que sofram tentações além das suas
forças. Ao contrário, quando vier a tentação, Deus dará forças a vocês para
suportá-la, e assim poderão sair dela. Existe uma diferença entre sentir-se
atraído pelos atos homossexuais, pelos atos sexuais, fantasias, e escolher render-se
a esta atração. Esta é a diferença entre tentação e pecado. Não podemos controlar
por completo o que nos serve de tentação, mas, sim, está em nós o poder de decidir
seguir esta tentação. Este poder de decisão se fortalece pelo Espírito Santo
que vive em nós.
Muitos crentes, quando questionados sobre as causas da homossexualidade, apontam
imediatamente para fatores espirituais, como possessão demoníaca, segundo dizem.
Isso é um claro sinal de desconhecimento bíblico-teológico sobre a questão e,
às vezes, de preconceito (a Bíblia não faz diferenciação de pecado 1Coríntios
6:9 10).
A influência maligna existe como em qualquer outro pecado, pois Jesus disse
que o diabo é mentiroso e nunca se firmou na verdade (João 8:44). A homossexualidade
é uma mentira dentro dos propósitos maravilhosos de Deus para a sexualidade
humana. Jay Adams comenta a questão da seguinte forma: (o diabo) não pode
ser acusado do pecado da homossexualidade de maneira tal que seja removida a
responsabilidade daqueles que o cometem. O comportamento homossexual é pecaminoso,
e não o produto de uma irresistível influência satânica ou possessão ou controle
demoníaco. Em nenhuma das passagens onde a homossexualidade é condenada, jamais
é especialmente vinculado à influência satânica ou demoníaca.
Quando entendem que não é possessão maligna, alguns levantam a hipótese de o
problema ser orgânico. Pesquisas tentando mostrar causas-efeitos biológicos
ou genéticos para a homossexualidade existem há quase um século. Mas, o fato
é que, ao longo dos anos, nenhuma pesquisa jamais provou que a homossexualidade
resulta de fatores biológicos. O psiquiatra John White traz uma informação esclarecedora
sobre a questão: Até agora, a ciência buscou em vão uma causa física para
a homossexualidade. Os testículos dos homens homossexuais produzem os mesmos
tipos de hormônio dos homens normais. Os ovários e as outras glândulas responsáveis
pelos hormônios da mulher homossexual produzem a mesma proporção de hormônios
sexuais da mulher normal. Evidências científicas parecem sugerir que embora
nossos hormônios sexuais sejam responsáveis (pelo menos em parte) pelo fato
de termos um comportamento sexual e experimentarmos impulsos sexuais, eles não
determinam necessariamente o tipo de comportamento sexual que adotamos nem o
sexo do parceiro que escolhemos.
Se não existem provas de que a homossexualidade seja de ordem biológica devemos
questionar, então, quais são os fatores que levam uma pessoa à homossexualidade.
Ankerberg e Weldon falam da ausência de fatores orgânicos e a realidade de que
homossexualidade é um comportamento aprendido. Eles citam as conclusões a que
chegaram o Dr. Joseph Nicolosi, Willian Masters e Virgínia Johnson - três grandes
pesquisadores americanos da área de sexualidade humana: O Dr. Joseph Nicolosi
salienta que já examinou todos os tipos de literatura científica que têm relação
com os supostos princípios biológicos da homossexualidade: Eu mesmo revisei
toda a literatura e certamente não acredito, e acho que nenhum cientista realmente
acredita, que haja predeterminação para a orientação sexual. Existem muito mais
evidências para os fatores ambientais que, desde cedo, determinariam a orientação
sexual de uma pessoa. Ninguém menos que a grande autoridade no assunto, o próprio
Alfred Kinsey, conforme citado por W.B. Pomeroy, seu pesquisador adjunto, declara:
Eu mesmo cheguei à conclusão de que a homossexualidade é, em grande escala,
uma questão de condicionamento. Talvez isso explique porque os especialistas
em sexo Masters e Johnson enfatizem: É de grande importância que todos
os profissionais da área de saúde mental tenham em mente que o homossexual masculino
ou feminino é basicamente um homem ou uma mulher por determinação genética,
com orientação homossexual por preferência aprendida.
Cientistas do comportamento humano, conselheiros e terapeutas de ex-homossexuais
têm quase a mesma opinião sobre as causas da homossexualidade: a maioria dos
homossexuais teve problemas na área familiar.
Muitos tornaram-se homossexuais pela falta de referência saudável dos pais,
falta de afetividade e toques físicos, ausência de exemplo paternal sadio, inversão
de papéis dos mesmos (mães dominadoras e superprotetoras e pais apagados ou
indiferentes), moralismo excessivo ou ausência de educação sexual, separação
dos pais e violência no lar.
O psicólogo americano Gary Collins acredita que o fator de maior influência
é, no entanto, o que envolve pais e filhos. Ele afirma: Teorias psicanalíticas
afirmam que a homossexualidade afeta os homens criados em famílias onde o pai
é uma figura passiva e ineficaz, enquanto a mãe é dominadora. A mãe ensina sutilmente
o filho a ser passivo e dedicado a ela. Ele não tem um exemplo masculino forte
a seguir e logo descobre que é menos competente que os companheiros para relacionar-se
com as meninas. O filho perde então a confiança em sua masculinidade e teme
a idéia de intimidade com mulheres. As filhas em tais famílias sentem que os
pais são pouco amigáveis ou as rejeitam e elas têm então pouca oportunidade
para relacionar-se com homens realmente masculinos, associando-se melhor com
as mulheres. Esta explicação é a causa mais comumente aceita e melhor documentada
para a homossexualidade.
Além de lares disfuncionais, algumas experiências na infância e adolescência
levaram pessoas às práticas homossexuais: experiências sexuais - satisfatórias
ou não - com pessoas do mesmo sexo (colegas, primos, parentes); medo; insegurança;
a própria escolha de praticar a homossexualidade e abuso sexual na época da
formação da identidade sexual. Segundo informações de líderes de ministérios
com ex-homossexuais nos EUA, 85% das mulheres lésbicas que buscam ajuda, sofreram
algum tipo de abuso e entre 50 e 60% de homens homossexuais sofreram abuso sexual.
É importante ressaltar que muitos envolveram-se na homossexualidade, também,
devido a rótulos que receberam: Você é gay!, Sua bicha louca!,
Mulher-macho, sapatão!, Você é bicha mesmo e não tem jeito!
etc. Ouvir tudo isso é forte e doloroso demais para crianças e adolescentes.
Com certeza esses rótulos marcam suas mentes e emoções. E, como a maioria não
tem um lar amigável (onde os pais mantém constante diálogo com os filhos e os
orientem com amor), acaba acreditando nas mentiras que lhes são ditas e assimilam
psicológica e emocionalmente os tais rótulos (Tiago 3:5-9).
3 O QUE MUDOU NO DECORRER DOS TEMPOS
A proibição bíblica contra o ato homossexual com homem não te deitarás,
como se fosse mulher: é abominação (Levítico 18.22) mantém-se intacta.
O que mudou no decorrer dos tempos é que não se aplica mais o castigo de morte
por apedrejamento. Por que a Torá proíbe categoricamente as relações homossexuais?
Primeiro por elas serem antinaturais, contrariando a própria anatomia dos sexos,
visivelmente concebida para as relações heterossexuais. Além disso, o ato homossexual
obviamente não leva à procriação, que é uma das principais funções embora
não a única da sexualidade humana. Mais ainda, a homossexualidade é uma
ameaça à instituição da família, que constitui um dos principais alicerces da
continuidade judaica.
É importante, entretanto, fazer uma nítida distinção entre o ato homossexual
e o homossexual como ser humano. Sem entrar na polêmica de o ato ser ou não
ser uma perversão, uma disfunção ou uma anomalia,
acreditamos que o indivíduo tem de ser aceito pela sociedade, independentemente
de suas tendências sexuais serem aprovadas ou condenadas. Aceitar não equivale
a justificar ou incentivar. O que se pretende é integrar o homossexual na comunidade
e não aliená-lo.
O dever dos cristãos em geral, é estender a mão àqueles que se sentem marginalizados,
manter a lei e, ao mesmo tempo, mostrar compaixão.
4 UMA VIDA DETERMINADA ANTES DO NASCIMENTO
Essencialmente, a sociedade tem duas visões da homossexualidade. A visão tradicional
diz que homossexualidade é uma aberração, que a orientação é desordenada e o
comportamento é patológico. A visão oposta é a de que a homossexualidade é uma
variante normal na condição humana, que é determinada antes do nascimento, e
o comportamento homossexual é natural para aqueles orientados dessa maneira.
A comunidade homossexual tem tido muita sorte em ganhar aceitação pelo segundo
ponto de vista. Esta visão, contudo, repousa em um número ímpar de premissas
questionáveis, as quais, se falsas, levam-nos de volta às visões tradicionais.
A homossexualidade é geneticamente, ou de outra forma, determinada, antes
do nascimento, essa é a linha básica para muitos com respeito à homossexualidade.
Quase sem exceção, esta é a crença daqueles da igreja que advogam a sua aceitação.
Eles nascem assim, não podem mudar, e então a atitude caridosa que se deve ter
é a de ajuda-los aceitar sua homossexualidade.
A comunidade homossexual está muito empenhada em fazer a sociedade aceitar essa
visão. O movimento dos direitos dos homossexuais é na verdade um movimento de
aceitação homossexual. Como um povo sempre sujeito ao escárnio,
ridículo, ódio e rejeição, eles desesperadamente querem ser aceitos como normais.
Fazer as pessoas acreditarem que uma certa proporção da humanidade é nascida
homossexual legitimaria a homossexualidade como nada mais poderia fazer. Nascer
homossexual é exatamente como nascer canhoto ou ruivo. É uma variante normal
na espécie humana. Quem não preferiria ser visto dessa forma do que ser
rotulado de pervertido? Quais são as provas quanto à homossexualidade
ser genético, ou hormonal, ou de outra forma predeterminado biologicamente?
A princípio, devemos afirmar que o grosso das provas disso deve residir com
aqueles que tomam a posição de que a homossexualidade é inata. Quanto a isto,
os que advogam a normalidade da homossexualidade falham muito. Eles
quase sempre falam em termos gerais, usando expressões como muitos acreditam,
ou pesquisas recentes revelaram. Mas quando se pergunta quem são
os muitos, ou onde estão as pesquisas, eles se esquivam.
Nada verdade, nada há que tenha sido publicado e recebido ampla aceitação nas
comunidades científicas e médicas que indique que a homossexualidade é primariamente
uma condição genética ou determinada antes do nascimento. O que dizem os especialistas,
o que se especializaram nos campos da sexualidade ou homossexualidade humana?
Essas são as visões que deveríamos buscar nesse caso específico, e não aquelas
que têm um interesse a promover ou um estilo de vida a proteger. Qualquer
que seja a possível contribuição não-aprendida de fontes constitucionais, a
identidade psicossexual da criança não é registrada, sem aprendizagem, no código
genético, no sistema hormonal ou no sistema nervoso ao nascer (John W. Money,
Doutor, Professor na Escola de Medicina John Hopkins, e Diretor do Instituto
de Pesquisa Psicohormonal).
Um psiquiatra que tem escrito e aflado bastante sobre o assunto da homossexualidade,
Dr. Charles W. Socarides, da Faculdade de Medicina de Albert Einsten de Nova
Iorque declarou: Homossexualidade, a escolha de um parceiro do mesmo sexo
para o prazer do orgasmo, não é inato. Não há ligação entre instinto sexual
e a escolha do objeto sexual. Tal escolha do objeto é aprendida, portanto trata-se
de comportamento adquirido; não há propensão inata geneticamente cunhada com
respeito à escolha de um parceiro, tanto do mesmo quanto do outro sexo.
Outro especialista que já escreveu muito é George Rekers, Doutor, Professor
de Neuropsiquiatria e Ciência Comportamental da Universidade da Carolina do
Sul, Departamento de Medicina. Sua visão: Atualmente, podemos concluir
tentativamente que a principal fonte para o desvio do comportamento sexual e
de gênero é encontrada no aprendizado social e nas variantes do desenvolvimento
psicológico, embora devamos reconhecer que ainda permanece a possibilidade teórica
de que anormalidades biológicas poderiam contribuir um fator de vulnerabilidade
potencial de alguma forma indireta.
Argumentos do tipo natureza são sempre difíceis, já que o homem
é uma criatura complexa. Se estamos discutindo alcoolismo, comportamento criminoso
ou homossexualidade, pode ser que seja impossível comprovar a causa de qualquer
forma de comportamento ou de qualquer identidade simplesmente utilizando o método
científico ou as regras da lógica. Mas o consenso geral dos especialistas
da área é de que a homossexualidade é primariamente comportamento aprendido,
e se houver qualquer elemento genético, é quase certo que não passe de uma contribuição
menos significativa.
Se a homossexualidade é, na verdade comportamento aprendido, então há a possibilidade
de que possa também ser desaprendido. De fato, há cada vez mais provas de que
um número considerável de pessoas estão experimentando verdadeiras mudanças.
4.1 DESVIO DE COMPORTAMENTO
Esta posição é a mais defendida por psicólogos cristãos. Acredita-se que a homossexualidade
é um comportamento aprendido, mas que não deixa de ser um desvio de comportamento.
Collins faz uma distinção muito interessante: diferencia entre homossexualidade
manifesta (quando se pratica atos homossexuais) e homossexualidade latente (quando
existe a atração pelas pessoas do mesmo sexo, mas não há prática, às vezes há
até uma negação destes sentimentos). No primeiro caso, seria considerado pecado,
pois em vários pontos da Bíblia o comportamento homossexual é condenado. No
entanto Collins (1980) afirma que em nenhum lugar da Bíblia é condenada a orientação
ou tendência homossexual, apesar de fomentar devaneios, pensamentos e fantasias
homossexuais poderá levar o indivíduo a cair no pecado da lascívia, da mesma
forma como acontece com heterossexuais.
Do homossexual se exige a castidade, da mesma forma que o é exigido dos heterossexuais
não-casados. Portanto, o foco da condenação deixa de atingir a pessoa como pessoa
e passa a incidir sobre seus atos ou comportamento, sobre os quais a pessoa
tem bem mais controle.
Collins (1980) faz mais uma distinção: ele identifica os homossexuais circunstanciais,
aqueles que escolhem um comportamento homossexual temporariamente porque parceiros
sexuais do sexo oposto não estariam disponíveis (por exemplo: encarcerados).
Dentro desta perspectiva, afirma-se que não há uma única e clara causa da homossexualidade.
Diante dos estudos científicos, não se pode apoiar a idéia de que a homossexualidade
tenha base genética, como se acredita popularmente. Resta pensar que tal prática
seja aprendida e há várias teorias sobre como isto se passa:
Relacionamentos pais/filhos: onde a mãe é muito dominadora e o
pai omisso ou ausente. A mãe ensina o filho a ser passivo e completamente dedicado
a ela. Não tendo uma figura masculina forte com a qual se identificar, ele começa
a perceber sua menor habilidade em lidar com as moças, perde a confiança na
sua masculinidade e adquire um pavor a relacionamentos íntimos com mulheres.
Filhas em tais famílias percebem o pai como sendo ameaçador ou rejeitador e
acabam por ter poucas oportunidades de se relacionar com homens realmente masculinos:
descobre que se relacionam melhor com mulheres. Esta, embora a melhor e mais
aceita explicação para a homossexualidade, não é totalmente abrangente. Nem
todos os casos podem ser explicados assim e há filhos em tais situações que
não se tornaram homossexuais.
Outros relacionamentos familiares: a) as mães desconfiam das mulheres
e ensinam isto aos filhos; b) as mães desconfiam dos homens e ensinam isto às
filhas; c) um filho vive somente com mulheres e aprende a agir e pensar como
elas; d) os pais que queriam uma filha, ganharam um filho e criam-no como filha,
e vice-versa; e) o filho é rejeitado pelo genitor de mesmo sexo e sente-se inadequado
no seu papel sexual; f) os pais são temerosos quanto ao sexo e passam para dele
uma visão distorcida para os filhos; g) a mãe é tão indulgente que o filho não
consegue se libertar do vínculo e se convence de que nunca alguém vai poder
se comparar a mãe (muito comum no filho). E assim por diante.
Medo: muitos temem o contato heterossexual por não terem tido
contatos freqüentes com o sexo oposto ou haverem vivido situações traumáticas
envolvendo pessoas do sexo oposto (estupro, por exemplo). Alguns autores salientam
que grupos religiosos podem estar até contribuindo para o desenvolvimento de
relacionamentos homossexuais na medida em que proíbem o contato e interação
social entre os dois sexos, principalmente entre jovens.
Escolha consciente de comportamento homossexual: muitas pessoas
hoje em dia estão experimentando relacionamentos homossexuais por curiosidade
ou como uma tentativa de mostrar que são liberadas e sem preconceitos.
Outras, cuja história de vida as tornam vulneráveis, uma experiência homossexual
eventual leva a outra até que se estabelece um padrão de comportamento permanente.
4.2 POSSESSÃO DEMONÍACA
Este enfoque diz respeito à perspectiva da homossexualidade como sendo causada
por demônios. Parte-se do pressuposto de que os demônios existam ainda hoje
e que sua existência seja capaz de explicar muitos dos problemas que as pessoas
enfrentam. Espíritos demoníacos podem invadir e viver nos corpos humanos
ao habitarem a pessoa, eles obtêm uma maior vantagem sobre ela... quando os
demônios habitam uma pessoa, ela tem ou fica com demônios,
ou fica possuída por demônios (Hammond & Hammond, 1973).
Em resumo: 1) há demônios; 2) eles podem invadir as pessoas; 3) algumas correntes
dentro do cristianismo admitem a possibilidade de também cristãos poderem tê-los
(mesmo que não possam ser possuídos por eles), enquanto que outras correntes
não admitem, visto que o corpo é o templo do Espírito Santo (1Coríntios
6:19) e não poderia haver comunhão ou habitação entre a luz e as trevas, num
mesmo corpo. Segundo algumas correntes, vemos que a homossexualidade poderia
ser causada pela presença de demônios no corpo da pessoa. O demônio da homossexualidade
causaria tal comportamento. Desta forma, a causa seria espiritual e não uma
formação emocional ou psicológica. Sua relação também teria que ser de origem
espiritual.
4.3 ESTILO DE VIDA ALTERNATIVO
Possivelmente para a surpresa de alguns cristãos, esta perspectiva não só existe
como é muito defendida, especialmente nos Estados Unidos e Europa. Baseia-se
na idéia de que não haveria condenação bíblica para uma relação homossexual
monogâmica e duradoura, dentro do contexto de amor, cuja contrapartida seria
o casamento heterossexual.
Biblicamente, a defesa desta posição depende das seguintes afirmações (posições
de Scanzoni & Mollenkott, 1980), que para nós cristãos são anti-bíblicas:
Quanto à história de Sodoma e Gomorra, cidades que foram condenadas
ao juízo de Deus pelas suas perversidades (Gênesis 19), daí vem a palavra sodomia,
os focos da condenação seriam basicamente dois: a) o desejo de praticar atos
homossexuais violentos (um tipo de curra) com os hóspedes de Ló,
por parte dos moradores da cidade; b) falta de hospitalidade para com os forasteiros.
As condenações descritas em Levítico 18:12 (um homem não
deve se deitar com outro homem como se fosse com mulher) fazem parte do
Código de Santidade dos antigos israelitas. Se fôssemos obedece-lo ao pé da
letra em toda a sua extensão, teríamos também que obedecer a outras prescrições:
a mulher não deveria se vestir com roupa de homem, nem usar cabelo curto; deveria
abster-se de relações sexuais durante a menstruação, não usar tecidos de fios
misturados, não comer carne mal passada, etc. Assim, essas prescrições de caráter
sexual precisam ser compreendidos como um dos expedientes para se manter o povo
israelita separado das outras nações (muitas religiões dos povos vizinhos incluíam
a prática homossexual nos seus ritos de fertilidade) como forma de evitar todo
tipo de idolatria e suas práticas.
Uma explicação sobre a passagem de Romanos 1 e sobre o que seria
natural ou não natural, o contexto social da época e o uso de algumas palavras
do grego original cuja compreensão, para as autoras, é muito discutido. Salientam,
no entanto, que a conversão é necessária para todos os que querem entrar no
Reino de Deus; só que essa experiência não apaga automaticamente a orientação
homossexual nem tampouco a transforma milagrosamente numa orientação heterossexual.
Todos (homossexuais e heterossexuais) têm de lidar com a velha natureza. Nestes
estudos há os homossexuais que não são pessoas perturbadas e acabam por defender
a posição de que, em vez de ser uma neurose ou algo destrutivo, a homossexualidade
pode ser considerada como uma variação sexual. Assim como há heterossexuais
que estão bem integrados à sociedade, há homossexuais (casados)
que estão e que vivem de uma forma duradoura e saudável há anos. Ainda mais,
a Igreja não deve discrimina-los. Existem, inclusive as Igrejas Comunitárias
Metropolitanas, que congregam especificamente os homossexuais, afirmando ser
preciso haver um lugar onde tais pessoas possam adorar a Deus sem serem discriminados
como costumam sê-lo nas Igrejas tradicionais. Defendem a posição de que se possa
ser cristão e homossexual, não havendo de mudar de orientação, mas deve-se evitar
a promiscuidade e sexo casual, mantendo relações duradouras, tipo casamento,
com um único parceiro.
5 GRANDES MITOS ACERCA DA HOMOSSEXUALIDADE
Afinal de contas, o que causa a homossexualidade? Fatores genéticos, escolha
pessoal, ou fatores do meio? É possível deixar a homossexualidade?
Muitas igrejas e boa parte de nossa sociedade estão encaminhando-se em um novo
curso pela forma como estão lidando com a homossexualidade. Motivadas por compaixão
e por um desejo de serem abertas e tolerantes, estão aceitando o estilo de vida
homossexual como nunca antes na história. É óbvio que devemos combater todo
tipo de perseguição ou discriminação contra pessoas que apresentam orientação
homossexual; tal atitude é correta e consistente com tudo aquilo que valorizamos
em uma sociedade democrática e mais ainda, consistente com aquilo que
cremos como Cristãos. Todos nós fomos criados à imagem de Deus; igualmente todos
nós fracassamos em atingir os padrões divinos; da mesma forma Jesus Cristo veio
para salvar todos os que aceitam Seu sacrifício por nós não importando
qual seja sua orientação sexual. Por outro lado, a aceitação do indivíduo nunca
significou que tenhamos que aceitar ou endossar tudo aquilo que tal indivíduo
pratica. Independente de estarmos tratando de nossos filhos, vizinhos ou amigos,
há ocasiões em que as pessoas que amamos fazem coisas com as quais simplesmente
não podemos concordar ou aprovar. No entanto, muitos da comunidade homossexual
exigem não apenas que os aceitemos como pessoas, mas também que aceitemos e
aprovemos a homossexualidade, exigem que declaremos que trata-se de algo aceitável
e correto, e que eventualmente reconheçamos que os relacionamentos homossexuais
sejam equivalentes ao casamento heterossexual.
Muitas pessoas desejosas de manifestar compaixão à pessoa homossexual
ou lésbica tem aceito este tipo de raciocínio. Creio que isto deve-se
ao fato de que a ponte entre o indivíduo e o seu comportamento é característica
de muitos dos mitos modernos sobre a homossexualidade. A cultura ocidental tem
adotado uma posição quanto à homossexualidade que não tem precedentes na história
da humanidade. Isto deve-se ao fato de que passamos a considerar os que
praticam a homossexualidade como pessoas diferentes, que teriam
nascido homossexuais, sem outras opções de vida, tudo isto somado ao contexto
da revolução sexual radical dos últimos 30 anos. Muitos livros têm sido escritos
tratando das teorias sobre as causas da homossexualidade, sobre a possibilidade
de mudança, etc. No entanto, a maioria das pessoas não têm interesse em aprofundar-se
nestes estudos. Porém, mesmo uma análise superficial destes assuntos revelam
que muitas de nossas opiniões sobre os mesmos baseiam-se em nada além de mitos,
e que com a remoção de tais mitos podemos passar a considerar os termos da homossexualidade,
que tem causado tanta polêmica na sociedade e na igreja, com maior objetividade.
5.1 O MITO DO INDIVÍDUO HOMOSSEXUAL
Uma pessoa homossexual ou lésbica é alguém cuja atração sexual e romântica primária
é dirigida para pessoas do seu próprio sexo. Esta é a definição básica
do que é a homossexualidade. E o conceito do indivíduo homossexual é algo bastante
recente (século 19). No entanto, é absurdo definir uma pessoa primariamente
a partir de suas atrações sexuais. Tais atrações são apenas uma pequena parte
do que somos. Esta definição do indivíduo por sua atração sexual é tão errada
quanto definir alguém pela cor de sua pele. Inclusive a comunidade homossexual
é a primeira a salientar que com exceção de tais sentimentos sexuais e emocionais,
eles são como todas as demais pessoas. Homens e mulheres envolvidos na homossexualidade
apresentam estudos que indicam que a constituição psicológica destas pessoas
não é diferente dos heterossexuais. O conceito do indivíduo sendo homossexual
tem servido às pessoas que não apenas rejeitam o comportamento homossexual,
mas que também rejeitam as pessoas que praticam tal comportamento. Ironicamente,
este conceito do indivíduo homossexual também foi adotado pelos
membros da comunidade homossexual, que por motivos políticos, assim como por
razões de poder pessoal, desejam criar solidariedade entre homens e mulheres
que sentem atrações homossexuais. Estas duas motivações são igualmente errôneas.
Em todo indivíduo normal, quer masculino, quer feminino, encontram-se
vestígios do aparelho genital do outro sexo. Estes persistem sem função, como
órgãos rudimentares, (ex: mamilos masculinos), ou modificam e exercem outras
funções (ex: clitóris). Entendemos então que a disposição bissexual está
relacionada com a inversão. Também deduzimos que casos de inversão são distúrbios
que afetam o instinto (ou padrão) sexual no curso de seu desenvolvimento.
5.2 O MITO DA CAUSA GENÉTICA
Os debates em torno das causas da homossexualidade, assim como os debates sobre
outras formas de comportamento provavelmente jamais serão resolvidos. Assuntos
relacionados com o porque faço o que faço, ou caso posso ou não fazer o que
faço de outra maneira, são temas que tem base filosófica ou religiosa, que dificilmente
podem ser explicados cientificamente. Seres humanos são complexos, não podemos
colocá-los em tubos de ensaios e realizar experiências para provar nossas teorias.
Apesar disso, devido à constante insistência por parte daqueles que desesperadamente
querem crer que há uma causa genética para a homossexualidade, muitos acreditam
que já existam provas destas causas genéticas, e que as mesmas são amplamente
aceitas pela comunidade científica. Mas isto é totalmente falso. Vejamos porque:
Todos os anos surgem novos estudos que pretendem demonstrar a existência de
causas pré-natais para a homossexualidade. Entre estes estão o estudo do hipotálamo
(Lê Vey), o estudo com gêmeos (Bailey e Pillard) e o estudo dos cromossomos
(Hamer-NIH). Cada um destes estudos, assim como os que os antecederam, foram
amplamente divulgados pela mídia. No entanto, nenhum deles podem ser reproduzidos
em pesquisas posteriores. Curiosamente, cada um destes estudos foi conduzido
por um pesquisador homossexual. É óbvio que a orientação sexual do pesquisador
não invalida o estudo, mas por quê 97% dos pesquisadores heterossexuais não
conseguiu reproduzir qualquer um destes estudos? Além disso, tem sido provado
que a maioria destes estudos contém graves erros; no caso do estudo com gêmeos,
uma versão inglesa posterior produziu resultados totalmente diferentes.
5.3 O MITO DA NATUREZA PERMANENTE
Um estudo publicado na revista Pediatrics (Pediatria, 1992) revelou
que 26% das crianças com idade de 12 anos demonstram incerteza quanto à sua
sexualidade. Esta porcentagem cai para 5% por volta dos 17 anos, com uma média
geral de incerteza envolvendo todas as faixas etárias de cerca de 10.7%. Já
que a população homossexual perfaz menos do que 3% da população geral, conclui-se
que a grande maioria destas crianças manifestará orientação heterossexual. Ou
seja, na infância nossa sexualidade é bastante fluida. Apesar do fato de que
em 1973 a Associação de Psiquiatria Americana retirou a homossexualidade de
sua listagem de desordens (DSM III), muitos terapeutas profissionais continuam
tratando de pessoas com tendências homossexuais e que desejam mudar, e tem obtido
excelentes resultados. Máster & Johnson relataram um índice de sucesso de
71.6% após verificação durante seis anos. Mayerson & Lief experimentaram
um índice de 47% de sucesso com verificação durante 4 anos. Gerard Van Den Aardverg
descobriu que entre 101 clientes, 65% deles experimentaram mudança radical
ou satisfatória. Em mais de 150 ministérios Cristãos como Regeneração
em várias partes do mundo milhares de homens e mulheres que estão insatisfeitos
com sua homossexualidade estão experimentando mudanças significativas em seu
comportamento, em sua identidade, assim como em sua atração sexual. Qualquer
consideração séria e honesta da homossexualidade necessariamente envolveria
uma investigação séria das afirmações de tais grupos. Infelizmente, tais investigações
raramente ocorrem, em especial por parte das pessoas da igreja que já estão
predispostas a aceitar a homossexualidade.
5.4 O MITO DA COMPREENSÃO E DO NOVO CONHECIMENTO
Os que defendem a aceitação da homossexualidade freqüentemente falam de forma
vaga sobre novas informações, ou sobre novos conhecimentos que deveriam fazer
com que reconsiderássemos nossas atitudes quanto à homossexualidade. Em geral
desafio tais pessoas para nos explicar quais são estes novos conhecimentos ou
informações. Com exceção do conceito da pessoa ou indivíduo homossexual,
para o qual não há absolutamente qualquer prova, nunca recebi resposta para
minha pergunta. E você, já recebeu?
5.5 O MITO DA NATUREZA BENIGNA DA HOMOSSEXUALIDADE
Discorrer extensivamente sobre as estatísticas sobre a promiscuidade, doenças,
vícios em álcool e drogas na comunidade homossexual pode parecer um ataque contra
este grupo (e com freqüência é). No entanto, a recusa em encarar tais estatísticas
representa uma perigosa negação. É fato comprovado que o estilo de vida homossexual
aumenta enormemente as chances de se contrair enfermidade séria ou morte prematura.
Um estudo recente de 5.000 obtuários de jornais homossexuais revelou que a idade
média por ocasião da morte era de 41 anos. É verdade que muito disto é decorrência
da AIDS, mas não tudo. Os homossexuais contabilizam 80% das doenças graves
sexualmente transmitidas nos Estados Unidos. Os homens homossexuais são seis
vezes mais propensos ao suicídio do que homens heterossexuais. Um estudo revelou
que entre 25 e 33% de homens e mulheres homossexuais são alcoólatras. Uma das
maiores razões pela natureza destrutiva da vida homossexual é a tendência para
a promiscuidade, e até mesmo comportamento compulsivo, entre homens homossexuais.
Poucos estudos, mesmo na era da AIDS, mostram homens homossexuais tendo menos
do que 50 parceiros sexuais em sua vida. Um estudo do Instituto Kinsey revelou
que 43% dos homens homossexuais estimam que tiveram mais do que 500 parceiros,
e 28% que tiveram além de 1.000 parceiros. Mais da metade dos participantes
desta pesquisa revelaram que não conheciam a maioria dos seus parceiros antes
de sua relação sexual. A resposta a estas estatísticas é sempre que tudo isto
é culpa da sociedade. Afirmam que caso a sociedade sancionasse e apoiasse relacionamentos
homossexuais onde os parceiros são comprometidos um com o outro, tudo isto não
aconteceria. Mas a História não confirma esta afirmação. O grande aumento na
aceitação da homossexualidade nos últimos 20 anos não indica isto, tampouco
o faz a demografia. Os locais onde a homossexualidade é mais aceita são também
os locais onde os índices de doenças transmitidas homossexualmente são maiores.
Se tudo isto que qualifiquei como mitos fosse realmente verdade que homossexuais
são realmente pessoas diferentes, nascidas para serem homossexuais, sem chances
de mudança; e caso realmente não houvesse nada de errado com a homossexualidade
então, pelo menos do ponto de vista secular poderíamos aceitar o comportamento
homossexual e afirmar os relacionamentos homossexuais. Porém, se realmente nenhum
destes mitos é fato que pode ser comprovado, então estamos caminhando numa direção
terrivelmente perigosa, condenando o indivíduo com atrações homossexuais a uma
vida limitada, cercada por afirmações que podem tratar-se de falsas crenças.
No caso dos homens, isto pode significar o confinamento em uma vida extremamente
perigosa. Além disto, ao aprovar tal estilo de vida, comunicamos uma mensagem
confusa aos nossos filhos, especialmente àquele número significativo que está
passando por aquele período de instabilidade em sua identidade sexual. Finalmente,
ao apoiar a noção do indivíduo homossexual e afirmar os relacionamentos
homossexuais, somos obrigados a redefinir os conceitos de família,
justamente em um momento histórico quando a fragilidade da família tem sido
a origem da maioria dos graves problemas sociais contemporâneos.
No entanto, o que talvez seja mais espantoso e trágico é que este
direcionamento de conceitos não está ocorrendo apenas no mundo secular, mas
também na igreja, onde muitos tem aceito totalmente estes mitos como sendo verdadeiros,
estando dispostos até mesmo a abandonar os ensinamentos históricos da igreja
e da fé com respeito à sexualidade humana. Eu cresci experimentando fortes atrações
homossexuais desde muito cedo em minha vida. Contudo, também cresci em um meio
cultural e envolvido em uma igreja Episcopal onde ensinavam que a prática de
tais tendências era errada. Por muitos anos lutei para não praticá-las
muitas vezes sem sucesso. Apesar de minhas lutas, nunca aceitei uma identidade
como homossexual, mas procurei viver da melhor forma possível como um homem
cristão. Sou eternamente grato a Deus por não ter aceito nenhum dos mitos que
descrevi neste texto. Do contrário, graças ao meu lar e a igreja onde cresci,
desde cedo senti um grande desejo de conhecer a Deus, desejo que jamais me abandonou.
Eventualmente 20 anos atrás cheguei àquela ponte onde estava
disposto a entregar todos aqueles sentimentos e desejos a Deus; a partir de
então iniciei uma jornada de mudança. Através de Regeneração, e de outros ministérios
semelhantes, milhares de homens e mulheres tem feito esta mesma jornada. Conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará (João 8:32).
5.6 HERMAFRODITA E HOMOSSEXUALIDADE
Quem chega a levantar esse tipo de argumento já provou que não entende nada
de homossexualidade, menos ainda de hermafroditismo. Hermafrodita é a pessoa
que nasce com duas genitálias, ou seja, pênis e vagina. Essa anomalia se dá
na formação do feto, mais especificamente na hora de definir o sexo do bebê.
Mas, preste muita atenção: apesar de o bebê nascer com, aparentemente, dois
órgãos sexuais, ele só manifestará uma prevalência sexual (no hermafrodita uma
genitália é falsa e outra é verdadeira). E será justamente essa prevalência,
somada aos exames médicos sobre sua constituição orgânica que definirão qual
dos dois sexos deverá ser operado e inutilizado. Na maioria das vezes só o órgão
correspondente à sua verdadeira sexualidade nasce no tamanho normal. O outro
é atrofiado. Muitas vezes, definida a sexualidade daquela pessoa, ela exercerá
apenas o seu papel sexual de homem ou de mulher - nunca os dois. Como esses
casos são raríssimos e não justificam a homossexualidade nem mesmo na vida dos
portadores dessa anomalia, é tolice querer justificar o comportamento homossexual/lésbico
de milhares de pessoas fisicamente saudáveis utilizando tal argumento.
6 A CRISE DA VERDADE
Por que é difícil deixar a homossexualidade? Vários eventos levaram-me a compartilhar
os motivos pelos quais creio que certas pessoas parecem não receber ajuda de
ministérios de apoio àqueles que enfrentam luta com a homossexualidade. O fato
de maior motivação para esse trabalho foi a leitura do livro de Jeffrey Satinover,
A homossexualidade e a Política da Verdade. Eu fortemente recomendo
este livro, pois oferece uma importante discussão e dados que o mundo secular
evita, seja de propósito ou por ignorância sobre o assunto. No capítulo 13,
o qual é entitulado: Tratamentos Cristãos, o Dr. Satinover afirma
que sempre haverá pessoas que procurarão mudança para suas vidas, porém
sem sucesso, mesmo após muitos anos de esforços. Até mesmo de forma compreensível
a nós, alguns destes indivíduos adotam uma postura ativista homossexual bastante
visível, e tornam-se hostis em relação aos ministérios que abandonaram, pois
acreditam que os mesmos os tenham enganado ou iludido.
Tenho conhecido alguns que não foram capazes de lidar com o processo de saída
da homossexualidade e voltaram a envolver-se no velho estilo de vida. No entanto,
entendo como eles se sentem, pois sei quão longo e penoso tal caminho pode ser.
Todavia, tenho dificuldade em sentir simpatia por aqueles que tornam-se ruidosamente
militantes contra ministérios de apoio aos que lutam com a homossexualidade,
após terem feito parte de tais ministérios. O fato é que a afirmação de que
a mudança desejada não aconteceu em suas vidas pode ser resultado de suas próprias
escolhas. Além disso, a afirmação de que tais ministérios não funcionam em geral
não leva em consideração os muitos homens e mulheres que prosseguiram e venceram
seus desafios, tendo-se tornado capazes de experimentar segurança em sua identidade
heterossexual. Parece-me que para justificar sua escolha, aqueles que deixaram
os ministérios de ajuda e tornaram-se militantes necessitam desacreditar os
outros que persistiram na jornada. Procurei focalizar a atenção naquilo que
creio constituir as razões básicas pelas quais os ministérios de ajuda parecem
não poder ajudar alguns homens e mulheres. Não tenho a intenção de jogar vergonha
ou condenação sobre aqueles que abandonaram os ministérios de ajuda; pelo contrário,
desejo compartilhar o que creio tratar-se de algumas condições fundamentais
para todo aquele que está passando pelo processo de mudança.
7 A POSIÇÃO CRISTÃ COM RELAÇÃO À HOMOSSEXUALIDADE
Quando considero o assunto homossexualidade, imediatamente penso na teologia
da sexualidade humana, da ética sexual cristã, de assuntos de alçada da Igreja
e nos muitos objetos correlacionados de princípios e teologia. Entretanto pensar
em homossexualidade é pensar também em gente.
Penso em Fred, que foi assediado durante a puberdade por um irmão mais velho.
Depois do fato, atirou-se por seis anos na pior e mais promíscua sub-cultura
homossexual. Não tinha atração por mulheres. Quando foi chamado por Cristo,
imediatamente abandonou o comportamento homossexual em simples obediência àquilo
que considerou o chamado de Deus. Após alguns anos de duro discipulado e crescimento
espiritual, Fred considerou-se chamado por Deus para casar-se. Sua noiva, Debbie,
conhecia toda a sua problemática anterior. Apenas ao final de seu noivado, já
próximo ao casamento, Fred começou a sentir atração sexual por Debbie. Hoje,
após quatorze anos de casamento, muita oração e aconselhamento, Fred está curado
de suas inclinações homossexuais. Já não tem atração por homens, sente-se normalmente
atraído pela esposa e sabe que sua homossexualidade tinha raiz no desesperado
desejo de amor e afirmação advindas de seu relacionamento com o pai, além de
profunda insegurança e dúvidas quanto à própria masculinidade.
Penso também em Mark, cristão, solteiro e negociante por profissão. Sempre soube
de suas inclinações homossexuais desde que se conscientizou de sua sexualidade.
Na casa do vinte, Mark esporadicamente demonstrava seus sentimentos homossexuais
em livrarias de adultos e lavatórios públicos. Hoje recorda-se dessas experiências
com um misto de vergonha, nojo e lascívia. A profundidade do compromisso dele
com Cristo e o custo do seu discipulado muito me impressionaram. Mark não tomou
qualquer atitude com relação à sua homossexualidade por mais de quinze anos.
Porém sua dor é muito grande. Ele constantemente se sente como que vivendo seus
últimos anos na igreja, uma igreja que não sabe como se relacionar com os solteiros,
uma igreja que se enoja com a simples idéia de alguém ser homossexual, uma igreja
na qual ele é questionado a todo o momento das razões pelas quais não se casa,
uma igreja na qual ele almeja companheirismo, mas na qual as chances de verdadeira
honestidade são poucas e distantes.
Qual é a posição cristã sobre a homossexualidade? Por que este assunto é tão
importante? E como devemos nos comportar em relação às nossas respostas? Quando
perguntamos por quê consideram o comportamento homossexual como errado, muitos
cristãos sinceros simplesmente dizem: Porque a Bíblia assim o diz!.
De fato, a Bíblia condena atos de homossexualidade em todas as suas menções.
Porém, muitos cristãos encontram-se despreparados para defenderem textos bíblicos
de serem alterados por um revisionismo de irrelevantes, ou mal interpretados.
Não se engane: o testemunho bíblico contrário ao comportamento homossexual pode
apenas ser neutralizado por interpretação errônea e grosseira da Bíblia, ou
se a pessoa se houver apartado da visão mais elevada da Escritura.
A sexualidade se aplica a todos, homossexuais e heterossexuais, homens e mulheres,
adultos e crianças, enfim, todos nós. Para se ter uma verdadeira visão cristã
da nossa sexualidade, temos que considerar vários fatores em boa ordem. Na criação
fomos feitos à imagem de Deus, houve a queda e a queda distorce e arruína todas
as coisas, mas não pode destruir a marca da criação. Após temos a redenção através
de Cristo. Ele trabalha naqueles que o amam, redimindo-os e redimindo o mundo.
Paulo lidava com heresias que negavam a criação, exageravam a queda e distorciam
a própria visão da redenção (1Timóteo 4:1-5). Os gnósticos em particular distorciam
a visão de sexo, e por essa razão Paulo tentava conduzir Timóteo e seu rebanho
pelo caminho da visão cristã do casamento. Os gnósticos desprezavam o casamento
porque viam o sexo como algo mau. Por que motivo Deus fez o sexo e o casamento?
O embasamento de Paulo é que Deus criou o casamento, e conseqüentemente o sexo.
Tudo o que Deus criou é bom. Porém, tudo o que Deus criou para ser bom tem de
ser limpo primeiro, porque foi lançado na lama, eis a queda. Através de Cristo
o sexo pode ser redimido, e este é o objetivo da consagração. Devemos começar
pela criação, reconhecer a queda e participar da redenção. Toda vez que nós,
humanos, sujarmos os desígnios de Deus (fala-se do pecado em geral, não somente
de homossexualidade), colheremos conseqüências negativas a longo prazo.
Relações familiares desordenadas, que deixam as pessoas confusas e incertas
quanto a um profundo nível íntimo com relação à sua identidade sexual, desempenham
papel importantíssimo, experiências homossexuais prematuras de sedução ou abuso
sexual cometidos em tenra idade causam efeitos devastadores na sexualidade do
indivíduo no futuro. Muitas lésbicas, especialmente, têm uma história na qual
foram alvo de abuso sexual cometidos em tenra idade, deixando-as profundamente
inabilitadas para confiar ou sentir-se confortáveis para desejar intimidade
com o sexo oposto. Em Cristo, nossas identidades devem ser formadas por nossa
adoção como seus filhos, e nosso caráter deve ser formado pelo cultivo das virtudes
morais que Deus deseja que tenhamos.
Os atos homossexuais são exatamente como qualquer outro pecado: violam a vontade
expressa de Deus e distorcem o seu desígnio criacional. Deveria haver mais fogo
de nossos púlpitos contra a cobiça, o orgulho, o racismo, a arrogância, a falta
de compaixão e frieza espiritual, bem como contra a prática homossexual. Devemos
apresentar o mesmo amor e compaixão de Jesus, e ao mesmo tempo proclamar destemidamente
a verdade. Talvez a chave da compaixão seja colocarmo-nos no lugar da outra
pessoa, apreciar a humanidade que temos em comum. Isto muitos de nós não podem
ou não querem fazer. A aversão a um tipo de comportamento não é a mesma coisa
que aversão à pessoa que procede de tal modo. As pessoas que estão na prática
da homossexualidade querem, assim como eu, amor, respeito, aceitação, companheirismo,
vidas significativas e perdão, que nas buscas de coisas certas têm um direcionamento
homossexual. Portanto, por razões fora de seu controle buscam o certo de maneira
errada.
Nós, a Igreja, temos a oportunidade de falar, com nossas palavras e nossas vidas,
sobre o amor de Deus para com o homossexual. Se verdadeiramente os amarmos,
agiremos em consonância com esse amor. Devemos começar erradicando nossas atitudes
para com os homossexuais. Devemos parar com as piadas maldosas e com os insultos,
pois essas coisas ferem. Devemos aprender a lidar com nossas próprias reações
emocionais e decidir a amar. Devemos transformar a igreja em um lugar no qual
a pessoa que sente desejo homossexual possa ser abraçada. Devemos fazer uma
igreja onde um homem ou uma mulher arrependidos, possam falar sobre o desejo
sexual que sentem e ainda assim receber apoio, compreensão e sinceras orações.
Você estaria disposto a orar, fazer refeições, compartilhar situações da vida
com uma mulher ou um homem que sente desejos homossexuais, abraçando e confortando-o?
Fazemos isto freqüentemente quando comemos com glutões, fazemos compras com
avarentos, cumprimentamos os orgulhosos e descansamos com os indolentes, sem
nos darmos conta do fato tal como os outros compartilham suas vidas conosco
sem dar-se conta de nossos pecados escondidos. Em suma, compartilhamos a vida,
sabedores ou não da homossexualidade alheia. Apenas precisamos continuar a fazê-lo
conscientemente e com amor.
Devemos também falar a verdade. Se amamos verdadeiramente, não devemos nos esquivar
de transmitir a visão de Deus sobre o comportamento homossexual. Não sejamos
enganados - a cada dia somos rotulados como desamorosos, por causa da nossa
visão da homossexualidade como imoral, mesmo quando mostramos compaixão. Não
obstante, esforce-se por mostrar verdadeiro amor quando falar. A compaixão cristã
não significa a aceitação do estilo de vida homossexual mais do que a infidelidade
do adúltero. Quando as pessoas de inclinação homossexual seguem nosso Senhor
pelo caminho estreito, devem orar e crer na mudança. Quem disser que não há
esperança, ou é ignorante ou mentiroso. Todos os estudos seculares sobre mudanças
têm mostrado bons percentuais de sucesso, sendo que o número de pessoas que
testemunham a mudança é enorme. Há esperança de mudança substancial para muitos
nesta situação, mesmo muitos tendo dificuldades em deixar este tipo de vida.
Não devemos crer quando o mundo diz haver resposta fácil para tudo, mesmo quando
tal coisa procede de um cristão. Há dignidade e propósito no sofrimento. O testemunho
do homossexual não é invalidado pela dor e dificuldade, o cristão sabe que sempre
existe um propósito mais profundo no sofrimento. Cada um de nós deve ser uma
testemunha de como suportarmos nossos sofrimentos. Um testemunho cristão não
é encontrado apenas na força e no triunfo, mas também em quebrantamento.
Nossos irmãos e irmãs, que deixam as praticas homossexuais, que seguem o Senhor
Jesus em discipulado doloroso, têm muito o que ensinar a todo o povo de Deus.
Todos nós temos muito o que aprender com a proclamação da verdade e sobre como
amar aqueles cujos esforços são diferentes dos nossos. Como igreja devemos orar
no sentido que nosso Pai e Criador, que nos fez seres sexuais à sua própria
imagem, nos dê graça para que compreendamos o modo meticuloso e maravilhoso
pelo qual somos feitos. Precisamos de ajuda para compreender, em nossos desejos
sexuais, o quanto somos incompletos, ou através de nosso quebrantamento, o quanto
precisamos de união em Cristo. Precisamos de uma visão para seguir a Cristo
através de um discipulado de sacrifício. Precisamos aprender a respeitar o maravilhoso
dom de nossa sexualidade e usa-lo de modo preconizado por Deus. Precisamos
pedir que Deus dê, àqueles que lutam com desejos homossexuais, uma medida especial
de graça para serem libertos de tais paixões, e graça especial para perceberem
a presença confortante do Espírito Santo de Deus ao seu lado em suas lutas e
sofrimentos. Precisamos orar pedindo mais forças para proclamar a verdade. Finalmente,
todos precisamos nos arrepender de nossas atitudes de arrogância, ódio e intolerância
para com aqueles cujas lutas são tão dolorosamente diferentes das nossas, orientado-nos
de modo a sermos o tipo de comunidade que se caracteriza por ter a graça de
bem receber o pecador e o amor de nosso Senhor Jesus Cristo.
O tema homossexualidade nunca foi tão explorado pela mídia como atualmente.
Na televisão, os programas de auditório recebem militantes homossexuais para
entrevistas e debates sobre suas conquistas e promoção de seus eventos. Novelas
e filmes também exaltam a homossexualidade. Rádios, jornais e revistas abriram-se
para a questão. O assunto está sempre na ordem do dia. Os acalorados debates
atravessam muitas perspectivas quando o assunto é a homossexualidade: psicológica,
sociológica, ética e, a mais polêmica, a religiosa. As posturas são as mais
diversas. A Igreja Evangélica, entretanto, mesmo não sendo favorável à prática
homossexual, acredita que os homossexuais devem ser acolhidos, receber compaixão
e ouvir a palavra de Deus. As Sagradas Escrituras prometem transformação para
todo e qualquer pecador que se arrependa dos seus pecados e creia em Jesus Cristo.
A Igreja Evangélica tem uma postura bem firme quanto à questão da homossexualidade.
Apesar de lançar mão de argumentos psicológicos, científicos, sociológicos e
éticos, é da Bíblia Sagrada que retira o substrato para nortear sua compreensão
teológica e suas ações práticas. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a
Bíblia faz menção aos atos homossexuais. A primeira referência à homossexualidade
está no livro de Gênesis, quando os habitantes das cidades Sodoma e Gomorra
tentaram violentar sexualmente dois anjos com aparência humana. Assim a Bíblia
menciona, em Gênesis 19, a exigência dos homens da cidade que tentavam invadir
a casa de Ló, onde os anjos se hospedaram: Onde estão os homens que, à
noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles.
Analisando a história de Sodoma e Gomorra, o escritor Joe Dallas faz a seguinte
afirmação: Houve uma tentativa de estupro homossexual, e os sodomitas
com certeza eram culpados de outros pecados além da homossexualidade. Mas, tendo
em vista o número de homens dispostos a participar do estupro, e as muitas outras
referências - tanto bíblicas como extra-bíblicas - aos pecados sexuais de Sodoma,
é provável que a homossexualidade era amplamente praticada entre os sodomitas.
Também é provável que o pecado pelo qual eles são chamados foi um dos muitos
motivos porque o juízo final caiu sobre eles.
Outra passagem do Antigo Testamento que se refere à prática homossexual, encontra-se
no capítulo 19 do livro de Juízes. Os homens da cidade de Gibeá também tentaram
violentar sexualmente um homem que se hospedou na casa de um velho agricultor.
A passagem relata o seguinte: eis que os homens daquela cidade, filhos
de Belial, cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao velho, senhor da casa,
dizendo: Traze para fora o homem que entrou em tua casa, para que abusemos dele.
O senhor da casa, saiu a ter com eles, e lhes disse: Não, irmãos meus, não façais
semelhante mal; já que o homem está em minha casa, não façais tal loucura. (...)
Porém aqueles homens não o quiseram ouvir... Para o pesquisador e escritor
Júlio Severo não há nenhuma dúvida de que essa passagem da Bíblia também se
refere à homossexualidade. Severo afirma que os judeus - por não terem eliminado
de seu meio os costumes dos povos pagãos - acabaram sendo influenciados por
eles e sofrendo graves conseqüências sociais e morais: O fato é que, os
costumes dos cananeus que habitavam no meio do povo de Benjamin acabaram minando
toda sua resistência moral. A homossexualidade, que era comumente praticada
nas religiões cananéias, foi aos poucos sendo introduzida na vida social do
povo de Deus.
Como conseqüência, as ruas de Gibeá deixaram de ser seguras. Nelas, agora,
rondavam estupradores homossexuais. Foi por isso que o velho se dispôs a acolher
os viajantes em casa. Ele quis protegê-los de um eventual abuso sexual. Segundo
Júlio Severo, os habitantes da cidade de Gibeá colocaram-se ao lado dos seus
cidadãos homossexuais e sofreram graves conseqüências. Ele considera a história
de Gibeá um alerta para os cristãos dos dias de hoje, pois segundo afirma, esses
também são suscetíveis de abrigar o pecado em suas comunidades: Para que
toda influência homossexual fosse arrancada do meio do povo de Deus, o Senhor
ordenou que os benjamitas fossem combatidos. Na guerra que se seguiu, morreram
quarenta mil soldados de Israel e vinte e cinco mil de Benjamin, sem mencionar
as vítimas civis, que foram em número maior.
A tragédia moral de Gibeá é um alerta para a comunidade cristã de todos
os tempos. Ela mostra que não só a sociedade secular, mas também os próprios
crentes são suscetíveis de perder a aversão pelas opiniões e práticas sexuais
erradas. O ex-povo de Deus de Gibeá foi destruído porque não amou a Palavra
do Senhor, nem obedeceu a ela. Há, ainda, no Antigo Testamento duas passagens
muito claras a respeito da homossexualidade. São Levítico 18:22, Levítico 20:13
que dizem o seguinte, respectivamente: Com homem não te deitarás como
se fosse mulher; é abominação e Se também um homem se deitar com
outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão
mortos; o seu sangue cairá sobre eles.
Analisando as declarações acima, os teólogos John Ankerberg e John Weldon chegaram
à seguinte conclusão: todo o contexto de Levítico 18 e Levítico 20 é principalmente
de moralidade, e não de adoração idólatra. Nesse caso, em Levítico 18:1-5 Deus
informa aos israelitas que não devem imitar as práticas malignas dos cananeus,
mas devem ser cuidadosos em obedecer às leis de Deus e seguir as Suas determinações.
Deus está expulsando os cananeus, não por sua idolatria, mas por suas práticas
sexuais abomináveis. Na realidade, o restante do capítulo descreve quase todas
as práticas malignas como pecados sexuais: relações sexuais proibidas entre
membros da família, relação sexual durante o ciclo menstrual de uma mulher,
homossexualidade e depravações. O restante do capítulo consiste em advertências
convincentes para não serem contaminados por tais práticas. Por isso, Deus ordena
no versículo 24: Com nenhuma destas coisas vos contaminareis.
No Novo Testamento a homossexualidade também é abordada de forma clara em três
momentos: Romanos 1, 1Coríntios 6:911 e 1Timóteo 1:8-11. As três referências
são feitas pelo apóstolo Paulo. As principais passagens que abordam a questão
homossexual, no entanto, encontram-se nas cartas do apóstolo endereçadas às
igrejas de Roma e da cidade de Corinto, na Grécia. Tanto em Roma como na Grécia
antiga, a homossexualidade era uma prática comum. Era, ainda, considerado imagem
ideal do erotismo e modelo de educação para os jovens. Contudo, apesar da prática
homossexual ser considerada normal em Roma, a homossexualidade era passivo de
desonrava aos romanos, que eram educados para serem ativos, serem senhores.
A posição passiva era reservada para os escravos e para as mulheres, para os
quais, aliás, era um dever. A História registra que dos quinze primeiros imperadores
de Roma, só Cláudio era exclusivamente heterossexual. Mas foi o imperador Júlio
César que ganhou a fama, só sendo tolerado pela posição que ocupava e por suas
conquistas bélicas. Dele diz-se que era homem de todas as mulheres e mulher
de todos os homens.
A palavra lésbica vem da ilha de Lesbos, na Grécia, onde vivia uma poetisa e
sacerdotisa chamada Safo. Ela iniciava mulheres na homossexualidade (daí os
adjetivos lésbica ou mulheres sáficas). As palavras sodomitas e efeminados usadas
em 1Coríntios 6:9 têm significados distintos: sodomita vem do pecado de Sodoma
e tornou-se sinônimo universal de homossexualidade ativo (quando o homossexual
faz o papel de marido na relação com outro homem); e efeminado é
quando o homossexual faz o papel de passivo (ou seja, o de mulher
na relação sexual com outro homem) e, também, quando tem trejeitos femininos
ou gosta de vestir-se com roupas de mulher (no caso de travestis).
Esse era exatamente o contexto em que o apóstolo Paulo vivia quando escreveu
a primeira referência bíblica do Novo Testamento sobre a homossexualidade, dirigindo-se
à igreja de Roma. Usando a autoridade que tinha de pregador da Palavra de Deus,
ele não fez distinção entre homossexualidade ativo ou passivo. Afirmou, sim,
que a homossexualidade contrariava os propósitos morais, sexuais, sociais e
espirituais de Deus para homens e mulheres.
Depois de afirmar que os romanos haviam trocado a verdade de Deus pela mentira,
ele declarou em Romanos 1:26 e 27: porque até as suas mulheres trocaram
o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza; semelhantemente,
os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente
em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si
mesmos a merecida punição do seu erro. John Ankerberg e John Weldon analisam
essa afirmação de Paulo ressaltando que, ao contrário da interpretação de alguns
simpatizantes da causa homossexual, esses dois versículos são revelações claras
de que o apóstolo referia-se à homossexualidade: Paulo está simplesmente
condenando a homossexualidade em si. As definições dos dicionários para as palavras
que Paulo usa - pathe aschemosune etc - claramente se referem à atividade sexual.
As descrições feitas pelo apóstolo Paulo são também dignas de nota. O livro
de Romanos fala de homossexuais queimando-se em lascívia uns pelos outros. No
inglês, a New American Standar Version diz: queimados em seus desejos; a NVI
traduz: estavam inflamados em lascívia, e a Amplified diz: estavam em chamas
(queimados, consumidos) pela lascívia.
A outra menção à homossexualidade - considerada por muitos evangélicos a mais
importante da Bíblia, por mostrar que homossexualidade é um pecado como qualquer
outro, mas principalmente, que homossexuais podem mudar - é encontrada na carta
de Paulo dirigida à igreja de Corinto. Essa cidade pertencia à Grécia antiga
onde, à semelhança de Roma, a homossexualidade era celebrada e também praticada
por filósofos e poetas. Na adolescência, os rapazes gregos deixavam a casa de
seus pais e se tornavam amantes de homens adultos. Corria que essas práticas
sexuais faziam parte de um relacionamento afetivo e educacional em que os jovens
eram ensinados a trilhar os caminhos da virilidade.
O apóstolo Paulo, porém, mesmo conhecendo muito bem a cultura da Grécia, faz
uma leitura diferente do pensamento corrente na época, em 1Coríntios 6:9 a 11:
Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis:
nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem
ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão
o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes
santificados, mas fostes justificados, em nome do Senhor Jesus Cristo
e no Espírito do nosso Deus.
Comentando essa passagem bíblica, Bob Davies e Lori Rentzel (conselheiros de
um ministério de ajuda a quem está deixando a homossexualidade nos EUA) reconhecem
o mesmo teor de proibição das práticas homossexuais de muitos teólogos. Eles,
porém, têm uma informação relevante àqueles que acham que a Bíblia só condena
os homossexuais: há evidências bíblicas explícitas de que Deus pode transformar
a vida de uma pessoa envolvida nesse comportamento. (...) Paulo conhecia antigos
homossexuais na igreja de Corinto! Portanto, a mensagem de que a homossexualidade
pode ser mudado não é nova; os homossexuais têm experimentado transformações
desde que a Bíblia foi escrita.
Disfarçar não adianta mais. O problema está diante de nós, dentro da igreja.
O que fazer: fechar os olhos ou ser um ajudador? Com certeza este é um assunto
polêmico e evitado, o que traz conseqüências trágicas. De fato existem homossexuais
dentro de nossas igrejas, sejam estes assumidos ou não. Já passou da hora de
falar abertamente sobre este assunto e cumprir uma das grandes missões da igreja:
ajudar o escondido. De maneira alguma a igreja deve ser o exército que, na batalha,
deixa os seus feridos para trás.
Quero me apresentar dizendo que não sou pastor, nem psicólogo. Sou um evangelista
e ex-homossexual. Tenho 38 anos, sou casado há 6 anos e tenho uma filha de 3
anos. Converti-me a 12 anos e trabalho na recuperação de homossexuais. Eu percebo
que a igreja precisa dar resposta à questão da homossexualidade. Ela tem esta
obrigação, pois Jesus nos comissionou para isto. Certamente, não podemos dar
todas as respostas, mas podemos nos especializar e procurar entender este assunto
a fim de dar uma resposta àquele que necessita de ajuda.
Existem homossexuais com seqüelas tão profundas que a igreja deve entender que
eles precisam de muito tempo para se recuperar e mudar. É impossível querer
converter um travesti e dizer: "Vamos tirar as mamas, o silicone, cortar o cabelo,
deixar a barba crescer...".
Certa vez um travesti me questionou sobre isto: "Eu posso cortar meu cabelo,
deixar a minha barba crescer, tornar a falar como homem... Mas e lá dentro,
como é que fica?" E eu respondi: "Jesus é capaz de mudar você de dentro para
fora. Mas isso é um processo". Só que nós, como igreja, queremos acelerar este
processo. Isso só facilita a pessoa a se mascarar ainda mais.
Na maioria das vezes, a igreja fornece respostas imediatas, como se a conversão
garantisse uma mudança instantânea. Tanto a liderança da igreja, quanto o próprio
homossexual querem uma mudança rápida. No entanto, é preciso conhecer, estudar
e analisar o problema do homossexualismo, tal como ele é. A maioria dos evangélicos
e dos pastores reconhece que não entende bem o assunto, e por isto dizem que
não podem fazer muita coisa.
Questionamos que a própria igreja tem contribuído para isto, e quero ressaltar
que a igreja somos nós. Logo, nós também contribuímos com esta situação. O ambiente
e a mentalidade de algumas igrejas facilitam o homossexualismo. Por exemplo,
algumas igrejas separam homem e mulher durante o culto...
Por vezes, percebo que a igreja tem se colocado num pedestal, acusando os homossexuais,
usando a Bíblia para condená-los, não dando saída nem chances a eles. Simplesmente
dizemos que eles mudam ou irão queimar no fogo do inferno. Não damos resposta
no sentido do "vinde a mim e eu vos aliviarei". Assim, um homossexual fica vitimado
eternamente ao fogo do inferno e acaba pensando: "Não há solução para mim".
Muitas vezes a pessoa está passando por um conflito muito grande e precisa de
tratamento. Se alguém lhe sugere procurar o pastor ou alguma liderança, ele
não aceita por medo. Ele sabe que a igreja irá lhe repudiar e excluir, será
discriminado e seus problemas se tornarão fofoca na comunidade. Todos nós sabemos
que isso de fato acontece. Creio que neste aspecto, devemos aprender com os
católicos sobre o segredo de confissão, que é sagrado. É preciso aprender a
ouvir, entender, ser solidário, sem julgar e banir.
Precisamos nos aprofundar no assunto, a fim de dar soluções para aqueles que
realmente querem mudanças. Existem muitos que querem ajuda, pois não estão satisfeitos
com sua homossexualidade e pedem socorro de uma forma silenciosa.
Eu, por exemplo, fui convencido pelo Espírito Santo. Eu vivia uma vida aparentemente
boa como homossexual, pois tinha feito uma opção de vida. Não via possibilidades
de saída, nem queria sair. Mas o Espírito Santo de Deus foi me convencendo e
me transformando. Recebi apoio e ajuda de muitas pessoas e nunca fui discriminado.
Fiquei num processo de desligamento com meu caso (o parceiro com quem vivia)
durante seis meses. E as pessoas não falaram mal de mim, mas compreenderam meu
processo. A partir daí, tomei uma decisão responsável por mim na minha vitória
e então eu também passei a acreditar. Hoje, eu louvo a Deus por ter vencido.
Se você faz parte do corpo de Cristo, faça como Jesus e socorra outros membros
enfermos. Se você é um membro enfermo, creia que há solução e procure uma pessoa
indicada para lhe ajudar. Deus nos abençoe para encararmos esta realidade e
superarmos este desafio.
O interesse principal é alertar e capacitar o crente a ajudar os homossexuais
a buscarem e que estão buscando Jesus. Temos de deixar o Espírito Santo capacitar-nos
para glorificar Jesus com a salvação de muitas vidas. No centro dessa guerra
estão os esforços do inimigo para manipular aqueles que se encontram oprimidos
pelas lutas pessoais contra a atração que sentem por indivíduos do mesmo sexo.
Usando esta vulnerabilidade, ele quer confundir e enganar os que buscam uma
solução para suas inclinações. Uma de suas principais táticas é perpetuar a
mentira de que Jesus Cristo é hostil aos que lutam com o pecado, ou que ele
não quer ou não pode redimi-los e transformá-los.
Qual é a posição cristã sobre a homossexualidade e por quê? E como devemos nos
comportar em relação às nossas respostas? Quando abordamos o tema sexualidade
opinamos sobre uma das preciosas bênçãos de que Deus colocou na vida do ser
humano. A sexualidade sempre mexeu com povos e nações independente da sua cultura,
raça ou religião. E mais, ao tratar da sexualidade tocamos a intimidade de cada
ser humano. Não somos criaturas assexuadas, graças a Deus!
A maneira de tratar ou enxergar a sexualidade está vinculada ao tempo em que
a gente está vivendo. Está relacionada com a religião que seguimos, com seus
conceitos e preconceitos. Precisamos admitir que, no decorrer da história,
líderes da igreja cristã, disseram muita asneira sobre a sexualidade. Muita
bobagem já foi convencionada como correta. Proibiu-se o que Deus jamais havia
proibido. Por exemplo: o casamento.
Quando considero o assunto homossexualidade, imediatamente penso na teologia
da sexualidade humana, da ética sexual cristã, de assuntos da alçada da igreja
e nos muitos objetos correlacionados de princípios e teologia. Entretanto, pensar
em homossexualidade é também pensar em gente. Por isto vale a regra básica:
queremos olhar, sempre de novo, para o que a Bíblia diz. E o que ela diz deve
valer. Podemos sintetizar assim sua advertência, que vale para todos os tempos,
povos, nações, religiões: a sexualidade criada por Deus para ser bênção pode
se transformar em maldição na vida das pessoas. Quantos sofreram e sofrem por
causa de uma vida sexual irresponsável! Quantos lares já foram desfeitos e quantas
lágrimas derramadas por causa de desvios e distúrbios na área sexual! Mas Deus
também quer que a intimidade dos seus filhos e filhas seja tratada e restaurada
de modo que possam usufruir da sua bênção e levar uma vida normal.
Quem ousa tratar de desvios ou distúrbios na área da sexualidade expõe-se imediatamente
ao fogo cruzado dos grupos a favor e contra. Ainda mais no atual momento, quando
a mídia investe horário nobre para dar evidência à questão da homossexualidade.
Os cristãos precisam tomar consciência de que a mídia (especialmente a TV) tem
uma forte capacidade de convencimento. Quem assiste aos mais variados programas
por algumas horas ao dia recebe uma influência moral e ética muito forte.
E boa parte dos meios de comunicação tem interesse em tratar a homossexualidade
como algo normal. Acentua-se o fato de que todos têm liberdade de escolher o
caminho para viver a sua sexualidade. É compreensível que no mundo seja assim,
pois, para ele, a Palavra de Deus não é regra.
Difícil de aceitar é, porém, quando a igreja cristã começa a acatar as do mundo
e assimila como vontade de Deus o que é imposto por grupos. A igreja cristã
e sua liderança precisam estar atentas ao fato de que o diabo, o adversário
de Deus, anda em derredor como leão que ruge pronto para devorar-nos. Por isto
sejamos sóbrios e vigilantes! Necessitamos de coragem para reafirmar ao mundo
em que vivemos as balizas que foram colocadas por Deus. Isto vale especialmente
para a área da sexualidade.
Como igreja cristã anunciamos com coragem a Palavra de Deus, quer as pessoas
gostem ou não. Necessitamos de ousadia amorosa para proclamar que certas atitudes,
ações e reações não têm a aprovação de Deus. Também em relação a prática da
homossexualidade é necessário anunciar o juízo e a misericórdia de Deus. Como
cristãos precisamos resgatar a seriedade e responsabilidade com que a Bíblia
trata do assunto. Existem muitas maneiras de ler a Bíblia. Um precioso segredo
da vida cristã é ler a Bíblia como propósito e vontade de Deus a partir da realidade
em que foi escrita. A chave para abrir a mensagem para os dias atuais
é Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou para salvar os pecadores. Guiados por
este Senhor vivo aprenderemos a agir com responsabilidade e amor. Deus aceita
o pecador, mas não o pecado. Todo e qualquer pecado praticado obscurece o reino
de Deus em qualquer área da nossa vida. Mas quem lhe expõe as suas feridas recebe
o perdão do Senhor Jesus que declarou à mulher adúltera: Eu também não
a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado (João 8:11).
Grandes esforços são feitos pelos homossexuais liberados dentro
dos vários segmentos religiosos, para alterar os ensinamentos e práticas dessas
organizações a fim de beneficiar o movimento. Temos à disposição, na Palavra
de Deus, o plano claro do Senhor para a sexualidade humana. A confusão que existe
sobre o papel sexual masculino e feminino provém da liberdade de consciência
sem a plena dependência das Escrituras. As principais denominações do protestantismo
estão desacreditadas por sua disposição em se corromper com o movimento homossexual.
A maioria das denominações tem organizações que defendem a causa homossexual
dentro da mesma.
Os líderes dentro de igrejas que aceitam a homossexualidade como normal aos
olhos de Deus estão causando uma confusão na vida de alguns cristãos que estão
em conflito com sua própria identidade sexual. Em algumas igrejas evangélicas,
os líderes e membros estão confusos e despreparados, não têm convicções bíblicas
quanto às práticas homossexuais, e os grupos ativistas homossexuais estão tirando
proveito disso. Nos Estados Unidos a Igreja Metropolitana têm muitos membros
que praticam a homossexualidade e contam com o apoio da imprensa popular e do
governo americano. A Igreja da Irmandade no Brasil têm feito casamentos de homossexuais,
onde pregam o amor acima de tudo, não chamam a união de homossexuais de casamento
e sim de bênção. Os líderes cristãos que se dispõem a desaprovar publicamente
o estilo de vida homossexual são condenados e tachados de homófobos
e fanáticos religiosos pela imprensa. Desta forma enquanto algumas igrejas,
com receio de perder membros e a aceitação popular, procuram assumir posicionamentos
que não desagradem à maioria, os homossexuais vão exigindo ainda mais direitos
especiais.
Em anos recentes a comunidade homossexual evangélica tem desafiado os ensinamentos
ortodoxos da igreja. Será que cristãos genuínos estão realmente repensando a
questão toda ou, pelo contrário, porque elementos liberais dentro de todas as
denominações estão confusos e tem aceito os argumentos ilegítimos da ciência
secular e da comunidade homossexual? Esta confusão é resultante de estarem sendo
enganadas pelas falsas argumentações ou por sua própria confusão sexual.
Quando perguntamos por quê consideram o comportamento homossexual como errado,
muitos cristãos sinceros simplesmente dizem: Porque a Bíblia assim o diz!
De fato, a Bíblia condena atos homossexuais em todas as suas menções. Porém,
muitos cristãos encontram-se despreparados para defenderem textos bíblicos de
serem alterados por um revisionismo de irrelevantes, ou mal interpretados. Veja
o que dizem os revisionistas: As passagens de Levítico 18:22; 20:13 e Deuteronômio
23:18, que condenam o comportamento homossexual masculino, são irrelevantes
porque ocorrem em meio à discussão quanto à depravação da parte de Deus do culto
à fertilidade praticado pelas comunidades pagãs em torno dos israelitas. Afirmam
os revisionistas que a prostituição homossexual nos templos pagãos era a única
espécie de homossexualidade conhecida pelos israelitas. O que se rejeita aqui
não é o relacionamento homossexual monogâmico e amoroso entre pessoas de orientação
homossexual nos dias atuais.
A história contada em Gênesis 19, sobre Sodoma e Gomorra, é tida por irrelevante
por ser uma história de tentativa de estupro de gangue, que é indicativo da
crueldade que imperava na cidade. A natureza homossexual do estupro de gangue
é um detalhe irrelevante da história.
Em Romanos 1, lemos sobre a condenação de pessoas heterossexuais, que dão as
costas ao que lhes é natural a fim de rebelarem-se contra Deus, e têm relações
homossexuais, que não lhes são naturais. Esta passagem não têm qualquer relevância
hoje em dia. Afirma-se que os homossexuais modernos não estão se rebelando contra
Deus no que não lhes é natural, porém fazem o que lhes é natural.
Em 1Coríntios 6:9 e 1Timóteo 1:10, as palavras gregas que são freqüentemente
traduzidas como referências a práticas homossexuais são consideradas imprecisas,
e provavelmente descrevem e proíbem apenas a pederastia, ou seja, a posse sexual
de um adolescente por um adulto das classes sociais de elite.
Estes pormenores criam um argumento comum contrário à condenação Bíblica da
homossexualidade. A maior parte dos estudiosos bíblicos é unânime em afirmar
que estes argumentos vão longe demais. Os críticos têm razão, no entanto, em
dispensar a visão de que a homossexualidade era o mais odioso pecado de Sodoma
e Gomorra. Contudo não podemos considerar o pecado sexual de Sodoma e Gomorra
como irrelevante, pois as próprias Escrituras descrevem a imoralidade sexual
daquelas cidades. Além do mais, Levítico, Romanos, 1Coríntios e 1Timóteo são
pertinentes. Estudos arqueológicos confirmam que o mundo antigo conhecia o desejo
homossexual e sua prática, mesmo sem a existência de qualquer conceito de orientação
psicológica. Diversos tipos de comportamento homossexual eram flagrantemente
praticados. Em vista dessa verdade, é impressionante que todas as vezes em que
os atos homossexuais são mencionados nas Escrituras, são aí condenados. Não
se engane: o testemunho bíblico contrário ao comportamento homossexual pode
apenas ser neutralizado por interpretação errônea e grosseira da Bíblia, ou
se a pessoa se houver apartado da visão mais elevada da Escritura.
O preconceito de muitos crentes, infelizmente, leva-os a uma postura de completa
ignorância a respeito da homossexualidade e de como lidar com os homossexuais
que se convertem a Cristo. Por isso, muitos homossexuais sofrem calados depois
de sua decisão por Cristo. Apesar de precisarem muito de apoio, acabam se fechando
por falta de amor cristão firme e compassivo. Esses dois traços do amor têm
que estar presentes, tanto a firmeza quanto a compaixão. Mas, graças a Deus,
várias igrejas já aprenderam a lidar com esses novos crentes e têm sido verdadeiras
agentes de cura e libertação. Pastores esclarecidos e fiéis à Palavra de Deus
têm ajudado muito essas pessoas. Alguns têm até fundado centros de recuperação
especializados na libertação de homossexuais. Outros têm se especializado em
aconselhamento e em toda parte estão surgindo iniciativas de cristãos interessados
em ajudar homossexuais a terem uma vida normal. A igreja, na pessoa de seu pastor
e de seus membros, exerce papel fundamental na transformação de homossexuais.
Não há sobre a terra outro segmento que possa oferecer mudança tão real e permanente
para os homossexuais como a Igreja. E isso porque o seu poder não
vem de si mesma, mas daquele que a instituiu. Jesus mesmo disse sobre a Igreja:
"... e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". (Mateus. 16:18). A
Igreja não pode tolerar a homossexualidade em suas fileiras, mas é seu dever
receber todo e qualquer homossexual com amor. Precisa orar e trabalhar pela
evangelização e libertação desse segmento cada vez mais evidente em nossa sociedade.
Pastores e Igrejas que criam obstáculos à libertação dessas pessoas darão contas
a Deus na mesma proporção que pastores e Igrejas que aceitam liberalmente a
prática da homossexualidade. Nenhum homossexual ao converter-se pode ficar fora
do convívio da igreja, mas deve submeter-se à orientação pastoral para seu próprio
bem-estar espiritual, emocional e social. É muito comum o homossexual que se
converte enfrentar crises em dados momentos. A igreja deve estar preparada para
lidar com os altos e baixos durante o processo de libertação. Nunca deve exigir
nem insinuar a necessidade de qualquer namoro/casamento heterossexual. A própria
pessoa deverá decidir quando e com quem namorar e casar. Casamento não cura
homossexualidade. Deve ser conseqüência da cura e tem que ser decidido por livre
e espontânea vontade. O ex-homossexual pode, inclusive, optar por ficar solteiro
sem que isso represente dúvida em sua nova vida. O ex-homossexual não deve se
fazer de coitadinho (autocomiseração) esperando a atenção dos outros. Deve,
pelo contrário, ser autêntico e lutar por sua própria libertação, enquanto também
faz novas e saudáveis amizades dentro da igreja. Se não houver busca não haverá
mudança.
Joe Dallas, em seu livro A operação do erro, publicado pela Editora
Cultura Cristã, leva-nos a uma interessante reflexão sobre o papel da Igreja
para com os que desejam deixar a homossexualidade: "Entretanto, quando eles
são trazidos para fora da ilusão, quem está esperando por eles? A Igreja está
sendo como o pai do filho pródigo, correndo para encontrá-lo no meio do caminho
e celebrar o seu retorno? Ou será que o Corpo de Cristo está sendo melhor representado
pelo irmão mais velho, justo em si mesmo, distante e frio, que não quer se envolver?
Ao abordar o problema da homossexualidade, talvez essas sejam as perguntas mais
importantes a serem feitas." Infelizmente, porque uma grande parte da Igreja
não está cumprindo seu papel neste sentido, precisamos ouvir coisas como as
que Troy Perry, líder da maior igreja homossexual cristã do mundo, disse e que
Joe Dallas registra: "Se a Igreja tivesse realmente feito seu trabalho missionário,
não creio que a MCC (Metropolitan Community Church) jamais tivesse vindo a existir."11
Graças a Deus, a Igreja começa a despertar! A Igreja Presbiteriana Independente
de Londrina, por meio do Ministério Paz com Deus, começou a agir de maneira
planejada para conscientizar pastores e membros da igreja, e ajudar os que se
encontram em dificuldades com sentimentos ou práticas homossexuais. Ela promoveu
o I Encontro Paz com Deus, realizado de 4 a 7 de março, em Londrina, Paraná.
O evento contou com 130 pessoas (participantes e obreiros) e incluiu muitos
pastores. Dentre as muitas bênçãos recebidas e testemunhadas pelos participantes,
destacam-se as confissões que muitos pastores, outrora intolerantes no que diz
respeito aos homossexuais, fizeram aos líderes de ministérios que atuam entre
eles. Depois de uma das mensagens do preletor oficial Bob Reagan, ligado à Exodus
e ao Regeneration Ministry, nos EUA, os pastores e líderes evangélicos foram
convidados ao altar para uma oração de arrependimento e confissão de pecados
como os de omissão ou rejeição de homossexuais durante seus ministérios. Quase
todos foram à frente. Mas os pastores não foram os únicos a pedir perdão. Os
participantes que haviam vivido a homossexualidade ou ainda estavam envolvidos
neste comportamento também pediram perdão por terem guardado mágoas contra pastores
ou igrejas. Muitas lágrimas foram derramadas por ambos. O pastor presbiteriano
Saulo de Melo, 32 anos de ministério, atuando hoje em Maringá-PR, fez uma das
confissões mais comoventes: "Estou perplexo com tudo o que estou aprendendo
sobre homossexualidade neste congresso. Todos os meus valores foram remexidos.
Quando eu descobria que alguém era homossexual, eu o mandava embora, excluía.
Este congresso ajudou-me a olhar os homossexuais como nunca os havia olhado
antes com o olhar de Jesus."
Algo semelhante aconteceu a Eleny Vassão de Paula Aitken, 45 anos, autora do
livro O desafio continua: A Missão da Igreja frente à Aids. Ela é chefe da capelania
evangélica do Hospital das Clínicas de São Paulo e do Instituto de Infectologia
Emílio Ribas. Eleny revela que enfrentou relutância ao evangelizar um travesti
pela primeira vez. Mas, o Espírito Santo mostrou-lhe que a única diferença entre
ela e o travesti era Jesus. No outro dia, Eleny contou ao travesti a experiência
por que passou. Não demorou muito, lágrimas encheram os seus olhos, e ele orou
entregando sua vida a Jesus. Essa experiência mudou a vida de Eleny, que passou
a amar e compreender os homossexuais sob uma nova perspectiva. Quem conversa
com Eleny Vassão sempre ouve histórias comoventes de homossexuais que têm sido
alcançados por Cristo. Por isso, ela pode falar com autoridade: "A Igreja deve
ser o lugar de perdão e acolhida para seus soldados feridos, e não um tribunal
para julgar os que caíram. Precisamos de mais misericórdia e graça para tratar
as pessoas como o Senhor nos trata. Ele nos constrange pelo amor, mesmo sem
perder de vista a sua justiça".
7.1 DA OMISSÃO À COMPAIXÃO
Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus. Não vos enganeis:
nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem
ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão
o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes
santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no
Espírito do nosso Deus. (Apóstolo Paulo em 1Coríntios 6:9 a 11)
Programas de entrevistas, novelas, filmes, jornais e revistas mostram a homossexualidade
masculina e feminina como normal. Alguns desses veículos da mídia chegam ao
cúmulo de afirmar que as pessoas que não vêem a homossexualidade como opção
sexual natural são preconceituosas e homofóbicas (os que têm aversão aos homossexuais).
Por outro lado cresce o número de homossexuais que se convertem a Cristo e buscam
ajuda nas igrejas. Nesse momento algumas questões são pertinentes: Como receber
os homossexuais que se convertem? Como abordar os casos de homossexualidade
na igreja? Namoro e casamento curam o homossexual? Existem provas bíblicas e
científicas que refutam a homossexualidade?
Elben Lenz Cesar, 68 anos, diretor da revista Ultimato, conta que há cerca de
20 anos não gostava nem mesmo de pronunciar a palavra homossexualidade, tamanha
era a aversão que sentia. Um dia o Senhor me falou que ao invés de sentir
aversão pelos homossexuais eu deveria sentir compaixão por eles, pois foi exatamente
isso que Jesus sentiu pelos meus pecados. Depois dessa experiência, ele
se tornou um dos maiores incentivadores dos grupos que trabalham com aconselhamento
e evangelização de homossexuais.
O que Elben sentia é exatamente o que acontece hoje com muitos líderes evangélicos:
por nunca terem vivido a homossexualidade ou por não ter um caso na família,
sentem-se incapazes de aconselhar os que sofrem e, por isso, se omitem. Em casos
extremos, a discriminação e rejeição de alguns líderes fecham a porta a qualquer
possibilidade de diálogo com homossexuais que buscam ajuda. O caso do adolescente
evangélico Geraldo, 17 anos, ilustra muito bem esse fato. Eu estava tentando
sozinho me livrar da atração que sentia por outros homens. Quando não suportei
mais, pedi ajuda ao meu pastor e foi terrível, conta Geraldo. Não
esperava isso de você! Sem mãe, sem pai, preto, feio e pobre, e ainda quer ser
homossexual?, bradou o pastor. A providência seguinte foi excluir Geraldo
da igreja.
O caso do jovem Geraldo aponta para um erro gravíssimo condenado veementemente
na Bíblia: a omissão. Deus pedirá contas aos pastores que não querem sarar suas
ovelhas. O profeta Jeremias registra um desses momentos da ira do Senhor: Ai
dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! (Jeremias
23:1) Para corroborar o caso de Geraldo, a maior reclamação dos grupos que trabalham
com homossexuais no Brasil e em outros países é exatamente a indiferença dos
pastores e igrejas.
Sempre foi um grande tabu falar sobre homossexualidade nas igrejas evangélicas.
Algumas delas, contudo, enfrentam a questão atualmente com muita originalidade
convidando crentes libertos da homossexualidade para testemunhar e instruir
seus fiéis nessa questão. Apesar da omissão já mencionada de alguns, a igreja
evangélica brasileira começa a perceber que precisa mudar quando o assunto é
homossexualidade. Ela descobriu que corre o risco de repetir o erro de muitas
igrejas americanas e européias que, ao invés de buscarem respostas concretas
na Bíblia para os dramas dos homossexuais, fecharam seus olhos e hoje têm em
suas fileiras homossexuais assumidos que consideram o estilo de vida homossexual
normal - e até bíblico!
Um dos sinais que a igreja evangélica brasileira deve considerar perigoso é
a ordenação de dois pastores homossexuais em São Paulo, celebrada em junho de
1998 por Neemias Marien. Ele foi um dos primeiros pastores do Brasil a abraçar
a teologia homossexual. Essa teologia é espúria e nociva, pois diz que Deus
apóia a homossexualidade e que vários personagens bíblicos tinham relacionamentos
homossexuais, como Davi e Jônatas e Rute e Noemi. Quando questionado pela mídia
sobre a originalidade do amor afetivo e sexual entre iguais, o pastor
Neemias disse que pecado é não amar. Não satisfeito com o cheiro
de enxofre de suas declarações apóstatas e desafiando a Bíblia que afirma que
os que praticam a homossexualidade não herdarão o reino de Deus (1Coríntios
6:9-11), declarou, ainda - e pasmem! -, que há a possibilidade de sermos recebidos
no céu por um homossexual.
Outro sinal perigoso que a igreja deve observar e ao qual deve reagir firmemente
é a proposta de união civil entre homossexuais da deputada Marta Suplicy. Apesar
de evitar as palavras matrimônio e casamento seu projeto
reivindica que todas as provisões aplicáveis aos casais casados também
devem ser direito das parcerias homossexuais permanentes. O consultor
legislativo do Senado Federal e escritor Rubem Martins Amorese, ao refutar os
argumentos da deputada, traz um argumento muito convincente: Marta Suplicy
busca a normalização do anormal. Quer, mesmo, tirar o fenômeno da opção homossexual
do campo da preferência para colocá-lo no campo do inelutável.
De opção, vira fato. De escolha, vira realidade de vida. De desvio, vira espécie.
De pecado, vira genético. E continua, apontando para as nefastas conseqüências:
Com isso vai-se a esperança daqueles que sofrem com seu estado, pois percebem
que lhes é inútil lutar contra a natureza. E ao invés de buscarem ajuda, tentam
impor sua condição.
Diante dessas prerrogativas, a cultura homossexual tem levantado
sua bandeira sem nenhum escrúpulo. Foi criado em São Paulo o selo literário
edições GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), cuja proposta é lançar livros
de informações e entretenimento com temas homossexuais - inclusive para adolescentes!
Nada menos chocante aconteceu no Rio de Janeiro, no último dia 18 de setembro
de 1998: a lésbica Sarandah Vilas-Boas, de 48 anos, que na época já vivia seu
terceiro casamento com outra mulher, foi homenageada na Câmara dos
Vereadores e recebeu o título de Lésbica do Século no Brasil. A iniciativa partiu
da vereadora Jurema Batista e o motivo da homenagem é, no mínimo, inusitado:
sua luta em prol das relações homossexuais no país.
A despeito do crescimento da comunidade homossexual e de suas insólitas reivindicações,
Deus tem levantado grupos e pessoas para refutar a teologia homossexual na mídia
e evangelizar os homossexuais com amor e firmeza bíblica. Com somente três pessoas,
distribuímos milhares de folhetos com o testemunho de um jovem ex-homossexual
e a tradicional passagem bíblica em que Paulo fala da transformação de homossexuais
em cristãos cheios do Espírito Santo (1Coríntios 6:9-11). O Evangelho regenera
e transforma o homem.
Como resultado do evangelismo em eventos homossexuais temos colhido frutos e
destacamos dois deles que têm tocado nosso coração e servido de estímulo para
seguirmos avante: o caso do ativista (ex-evangélico) de um dos grupos homossexuais
mais conhecidos do Brasil e o caso de uma drag-queen (homem que
se veste de mulher de forma extravagante em suas roupas e maquiagem). O ativista
recebeu nosso folheto no Dia do Orgulho Gay do ano passado e, desde então, se
corresponde conosco para dizer que homossexualidade é normal diante de Deus
e da sociedade. Durante um ano demos respostas que ele aparentemente odiava
- pois continham misericórdia sem perder a firmeza bíblica. Depois de sofrer
várias frustrações, ele reconheceu que homossexualidade é pecado, não traz felicidade
plena e que precisa da ajuda de cristãos sinceros para libertar-se e viver uma
nova vida em Cristo. Um dos fatores que contribuíram para esse quebrantamento
é o preconceito que sofre nas reuniões do grupo homossexual todas as vezes que
diz que crê na Bíblia e que Jesus vai voltar.
O outro caso é o de outra drag-queen que recebeu nosso folheto e,
após alguns dias meditando, nos ligou e declarou com todas as letras que ...
estava na passeata do Dia do Orgulho Gay, mas não sentia tanto orgulho assim
de ser homossexual. Após ouvir sobre a salvação em Cristo ele fez outra
afirmação extraordinária: Deus deve ter uma vida melhor para mim.
Naquele instante, mesmo falando de um telefone público, ele decidiu-se por Cristo
e orou conosco. Poucos dias depois estava em um culto evangélico chorando sob
o impacto da graça de Deus.
Jesus disse que aqueles que fizessem tropeçar uma criança deveriam ser jogados
no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. Isso é muito forte, mas
pode indicar também o que ele quer que façamos: livrar as crianças desses tropeços
e desvios aos quais a pornografia conduz. Elas têm sido o principal alvo - mesmo
à luz do dia - na TV, nas bancas de jornal, na Internet (onde já existe uma
página homossexual para crianças, criada por pedófilos) etc.
A maior demanda no Brasil é de homens e mulheres que tenham coragem de pagar
o preço estipulado por Deus para a transformação da sociedade. Não devemos achar
que vamos fazer grandes milagres por nós mesmos. Devemos crer que Ele é poderoso
para nos usar e realizar feitos extraordinários em nossa geração. Cremos que
o Senhor dos exércitos nos convocou para essa batalha e não podemos nos omitir,
pois Ele nos pedirá contas, assim como fazia com os profetas que se acovardavam
e não denunciavam corajosamente os erros da nação de Israel. Cremos, ainda,
que a igreja do Senhor Jesus Cristo no Brasil foi chamada para, com intrepidez,
ousadia e amor, sarar esta terra. Que tal você se juntar a nós nessa batalha?
7.2 A IGREJA EVANGÉLICA E A MUDANÇA DOS HOMOSSEXUAIS
Por serem firmes em sua postura bíblica e por ajudarem os que se convertem ao
evangelho de Jesus Cristo e lutam para deixar a homossexualidade, muitos crentes
são taxados de homofóbicos (os que têm repugnância a homossexuais) pela militância
homossexual. Uma fobia, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria
(APA), é definida como um temor ou medo irracional de um objeto ou atividade,
levando a pessoa a evitar significativamente o objeto temido.
Segundo a compreensão de Joe Dallas, se todos fossem homofóbicos como garante
a militância, ao ver um homossexual, deveríamos ficar agitados, com a respiração
mais rápida, quase não suportando a presença de um homossexual, mesmo que por
pouco tempo. A verdade é que quase ninguém reage assim. Portanto, é improvável
que a pessoa acusada de homofobia seja realmente homofóbica. Para que fosse,
de acordo com a APA, a pessoa deveria ter medo da homossexualidade ou de homossexuais,
fazendo tudo para evitar a ambos.
O que a maioria tem (e que os ativistas homossexuais não aceitam) não é homofobia
nem preconceito. É convicção. No entendimento de Dallas, convicção é a certeza
obtida de fatos e razões que não deixam lugar para dúvidas ou objeções. Para
ele, é plenamente possível ter uma posição firme em relação a homossexualidade
sem, contudo, ter preconceito ou fobia.
É muito importante esclarecer que devemos ser absolutamente avessos a toda demonstração
de violência contra qualquer pessoa, inclusive os homossexuais. Precisamos ser
equilibrados, firmes contra as práticas homossexuais, mas acolhendo e conduzindo
os homossexuais a Cristo. Aqueles, porém, que são mais recalcitantes devem ser
objeto da compaixão e do amor cristão. Segundo uma recente pesquisa americana,
a maioria dos homossexuais - homens e mulheres - deseja abandonar este comportamento,
mas não sabe como. Por isso, precisam ser acolhidos, respeitados como indivíduos
e conduzidos ao conhecimento de Cristo.
Apesar da questão homossexual ainda ser rodeada de preconceitos, a Igreja Evangélica
está conscientizando-se do papel concreto que deve exercer. Muitas igrejas,
têm apoiado os ministérios de evangelismo e ajuda aos que estão deixando a homossexualidade,
mas ainda falta muito a percorrer.
É importante lembrar, ainda, uma desafiadora reflexão de Joe Dallas - ele foi
um dos líderes da maior denominação homossexual americana (a Metropolitan Community
Church) -, sobre a atitude da Igreja para com aqueles que desejam deixar a homossexualidade:
Entretanto, quando eles são trazidos para fora da ilusão, quem está esperando
por eles? A igreja está sendo como o pai do filho pródigo, correndo para encontrá-lo
no meio do caminho e celebrar o seu retorno? Ou será que o corpo de Cristo está
sendo melhor representado pelo irmão mais velho, justo em si mesmo, distante
e frio, que não quer se envolver? Ao abordar o problema da homossexualidade,
talvez essas sejam as perguntas mais importantes a serem feitas.
Certamente, não poderíamos terminar esse capítulo sem registrar, também, a experiência
de pelo menos uma pessoa ajudada por conselheiros cristãos a deixar o comportamento
homossexual. E. M., 34 anos, ao converter-se a Cristo e ser ajudado pelo Movimento
pela Sexualidade Sadia, a conhecer mais a Deus e deixar o comportamento homossexual,
passou a ser alvo da perseguição de seu antigo parceiro, com quem comprou um
apartamento e viveu por 10 anos. É ele mesmo quem conta as lutas e a maravilhosa
vitória que teve: Depois de muita oração e jejum, meu ex-parceiro também
entregou sua vida a Jesus Cristo e me deu de presente de casamento a parte dele
no apartamento. Ele havia me colocado na justiça para ficar com tudo. Agora
estou muito feliz com minha esposa e minha filha. Deus mudou completamente minha
vida. Não quero jamais voltar para aquela velha vida. Hoje sou nova criatura
e quero viver somente para Jesus e para minha família".
7.3 EVANGÉLICO QUESTIONA PSICÓLOGO CRISTÃO
1ª Pergunta:
Estou perguntando sobre esse assunto que é um tabu entre os evangélicos,
mas acho que deve ser discutido agora mais do que nunca. Está provado pela ciência
que uma pessoa não escolhe sua sexualidade. Da mesma forma que um heterossexual
não escolhe ser o que é. Porque então fazemos tanta discriminação contra homossexuais,
e queremos exigir que eles pratiquem o celibato toda a vida? A única escolha
normal para um homossexual é o aceitar o que é para ter paz de espírito com
sigo próprio sem incomodar-se com os julgamentos alheios. É claro que muitos
fingem toda a vida para agradar familiares e serem aceitos. Mas isso não é vida.
Os espias internacionais podem fingir e convencer todo o mundo, mas a realidade
é sempre outra. Os programas de cura não dão resultado, pois o assunto não é
doença, mas simplesmente uma diferença a qual não queremos entender como igreja.
Por isso existem agora igrejas para ajudar aos que querem ter uma compreensão
mais verídica do assunto. Uma resposta seria bem-vinda. E. V.
2º Pergunta:
Esclarecendo minha pergunta: Porque como Igreja que deve ser a cabeça e não
a cauda em assuntos de importância ao ser humano, as igrejas se baseiam nos
fatos antigos quanto a esse assunto? Fatos aprendidos de mitos sem base real,
enquanto jovens (pelo menos 10% da população) estão sofrendo pela falta de compreensão
geral. Resultando muitas vezes em suicídio ou casamentos com mulheres e homens
que inocentemente se entregam com tais pessoas sem saber da realidade deles/delas.
Em geral casamentos que estão destinados á falha, terminando em divórcio. Nós
como igreja devemos cuidar dos nossos filhos e fazer tudo para entender as diferenças
existentes em nosso mundo. Só Deus sabe o porque dessas diferenças. Se há um
erro com qualquer ser humano Deus então seria o responsável em sua criação.
E Deus não comete erros. Portanto o dizer que homossexuais escolhem sua tendência
é um escape completamente irresponsável de nossas igrejas. Minha pergunta é:
O que fazem os evangélicos para o beneficio de homossexuais e Lésbicas cristãos?
Em cada família existe a possibilidade de haverem pessoas homossexuais. Isso
é um fato da vida. E. V.
Resposta:
"Uma resposta seria bem-vinda". Como você verá levei muito a sério suas colocações,
o que me levou a em alguns momentos dar uma resposta dura, por amor a sinceridade
e honestidade com você. Creia, amo os homossexuais, como seres humanos que são,
mas não apóio nem concordo com a homossexualidade. Sei que é um problema delicado
e que não se resolve num passe de mágica, mas creio com fervor que é possível
ser tratada com sucesso. Como profissional, psicólogo que sou, coloco minha
experiência profissional como testemunho. Percebi que o irmão tem poucas informações
a respeito do ministério em favor dos homossexuais e também parece desconhecer
o assunto em sua amplitude. Veja, o irmão diz: "assunto que é um tabu entre
os evangélicos", a verdade é que é um tabu na sociedade em geral, não é exclusividade
da igreja ou de nossos membros, basta ver os movimentos de "libertação homossexual"
para tentar superar um preconceito social geral. Como nossa igreja está no mundo,
não seria de se estranhar que este assunto também seja tabu na igreja, não por
ser igreja, mas por ser parte da sociedade. Isto não quer dizer que apóio ou
que incentive o preconceito, não. Mas também devemos entender que somos parte
da cultura na qual estamos inseridos e ao entendê-la, devemos superá-la por
causa da fé e do amor que aprendemos com Cristo. O Sr. diz: "Está provado pela
ciência que uma pessoa não escolhe sua sexualidade". Veja que esta é uma questão
pelo menos polêmica nos meios científicos. Primeiro teríamos que discutir o
quão provisória é a verdade científica, pois o caráter processual da ciência
faz com que uma coisa que seja verdade hoje, novas descobertas podem invalidar
e propor outros paradigmas para explicar o mesmo fenômeno amanhã. Veja a teoria
de Thomas S. Kuhn sobre A Estrutura das Revoluções Científicas. Em particular
sobre a homossexualidade, só existe uma única pesquisa, que, por sinal, nunca
conseguiu ser replicada (base "sine qua non", para criar-se uma verdade científica).
Veja o que diz o Dr. Homero Pinto Vallada Filho, vice-diretor do laboratório
de Neurociências e livre-docente em psiquiatria pela Faculdade de Medicina da
USP. Outro ponto a ser considerado é o cuidado com a interpretação dos resultados
científicos.
Algumas vezes são apenas resultados preliminares, que aguardam confirmações,
ou resultados de estudos metodologicamente incorretos, que podem ser utilizados
por políticos ou outros grupos com propósitos específicos. Por exemplo, o único
estudo até agora sobre a conexão genética com a homossexualidade foi realizado
em 1993, pelo biólogo Dean Hamer, do Instituto Nacional de Saúde dos Estados
Unidos, que identificou um marcador genético no cromossomo X em 75% de irmãos
homossexuais. [Dean Hamer et al., "A Linkage Between DNA Markers on the X Chromosome
and Male Sexual Orientation," Science 261 (1993): 321-27]. O significado
funcional desse marcador é desconhecido, e as pesquisas seguintes não conseguiram
reproduzir os resultados originais. Muito provavelmente o estudo de Hamer e
seus colaboradores é um resultado falso-positivo. Logo após a publicação desse
estudo, porém, gerou-se uma grande polêmica, em que as pessoas discutiam se
acreditavam ou não na existência do gene para a homossexualidade, sem, no entanto
analisarem os fatos (os resultados e a metodologia da pesquisa)". [ver artigo
"Genética e Psiquiatria - Uma Visão Panorâmica" - Revista Médicos - Publicação
bimestral do Hospital das Clínicas e da Faculdade de medicina da USP - Ano II,
n.º 6, JAN/FEV 1999 págs., 28-31], (Destaques acrescentados). Apenas baseados
neste único estudo os grupos ativistas homossexuais começaram a enganar o público
leigo afirmando que existe a tal prova científica para a homossexualidade.
Em 15 de julho de 1993, na véspera da publicação do artigo de Hamer pela revista
Science, os grupos de ativistas gays utilizaram a rádio National Public
Radio (NPR) para, em cadeia nacional nos USA, afirmar que havia sido descoberto
o gene da homossexualidade, e com isso estabelecer que a homossexualidade é
inata, genética e portanto imutável uma variante normal e comum na natureza
humana como a cor dos olhos ou o tipo de cabelo. Veja, afirmar que a ciência
prova que a pessoa não escolhe sua sexualidade ao nascer, é pelo menos prematuro,
para não dizer de má fé. Já a afirmação: "Da mesma forma que um heterossexual
não escolhe ser o que é", também não é um fato, pois existem os marcadores genéticos
XX e XY, ou seja, enquanto existe "prova científica", dados mensuráveis e replicáveis,
para a heterossexualidade, não existe, pelo menos por enquanto, "prova científica"
para a homossexualidade. E enquanto não houver esta "prova" não se pode também
afirmar "Se há um erro com qualquer ser humano Deus então seria o responsável
em sua criação. E Deus não comete erros. Portanto o dizer que homossexuais escolhem
sua tendência é um escape complemente irresponsável de nossa igreja".
Creio que diante, apenas da ciência, sem tocar no aspecto religioso, é irresponsabilidade
sua fazer a afirmação acima. Se a isto acrescentarmos o fato de que Deus criou
Macho e Fêmea, apenas dois gêneros, anatomicamente adaptados a uma relação heterossexual,
qualquer desvio disto não importa quão científico seja é abominação aos olhos
de Deus. Ainda, você não leva em conta a ação do pecado e de Satanás em deturpar
a perfeita criação de Deus, ou seja, Deus não cria a aberração, ela é deturpação
resultante do pecado. Sua ciência é fraca, sem base, e sua Teologia mostra-se
pobre. A Bíblia diz "Meu povo perece por falta de conhecimento", recomendo-lhe
rever tanto suas bases científicas quanto sua teologia, ou melhor, a bibliologia.
Quando o irmão diz: "A única escolha normal para um homossexual é o aceitar
o que é para ter paz de espírito com sigo próprio sem incomodar-se com os julgamentos
alheios". É verdade, a única escolha normal para um homossexual é buscar a homossexualidade,
mas Deus espera que saiamos do normal e busquemos os padrões lá do alto. Veja,
meu irmão, isto não se dá apenas com o pecado da homossexualidade, mas com todos
os pecados, já Arão dizia que o povo é "inclinado para o mal" (Êxodus 32:22),
o homem natural não tem prazer nas coisas de Deus, por isso é que o plano de
Deus em nossas vidas é o novo nascimento, onde as coisas velhas ("naturais")
já passaram. Tito 3:3-7, diz: "Porque também éramos noutro tempo... mas... segundo
a sua misericórdia nos salvou".
Esta é a mais bela das mensagens de salvação, o verdadeiro evangelho, e a promessa
é que quando isso acontecer "temos paz com Deus" (Romanos. 5:1), esta é a paz
que todo ser humano precisa, mesmo o homossexual. "Porque então fazemos tanta
discriminação contra homossexuais..." Minha experiência ministerial é diferente
desta sua afirmação. Na maior parte das vezes tenho visto os homossexuais serem
bem acolhidos na igreja, geralmente são pessoas que tem facilidade de conquistar
simpatia e muito participativos em conjuntos, corais, música, departamento jovem
etc. Penso até que se têm sido demasiadamente descuidado a ponto de quando alguns
caem ou voltam ao seu pecado causam grande estrago na comunidade da igreja.
Mas enfim, os homossexuais, no geral têm espaço nas igrejas locais até que "caem"
na tentação de sua tendência natural, quando então é tratado como qualquer membro
que cede à tentação em outro pecado qualquer, segue-se Mateus 18 (1º- tu e ele
só, 2º-leva mais um, 3º- dizei-o a igreja, e se também não ouvir a igreja, 4º-
considera-o gentio e publicano) com muito amor, e os que "ouvem seus irmãos"
continuam no convívio saudável da igreja onde, por sinal, há o que mais precisam
para libertar-se da homossexualidade, a saber, o amor desinteressado.
Não conheço nenhum homossexual que deixou esta prática sem que tivesse encontrado
um corpo de crentes verdadeiramente cristãos onde pôde apoiar-se para "dar a
volta por cima". A Igreja como Comunidade Terapêutica é um conceito que salva
na prática e queremos exigir que eles pratiquem o celibato toda a vida". Quem
disse que a Igreja quer isso? O que a igreja quer é que possa sentir o verdadeiro
prazer e a beleza da sexualidade como Deus a criou, e siga a ordem de Provérbios
"Goza a vida com a mulher de tua mocidade". O sexo dentro do casamento heterossexual
é a única opção bíblica para a prática do ato sexual, já o celibato, é uma opção
pessoal, onde não há pecado, como o apóstolo Paulo, que excluiu a relação sexual
de sua vida; cada um opta, ou sexo heterossexual no casamento ou celibato.
"Mas isso não é vida".
Concordo plenamente, foi por isso que Jesus veio ao mundo para dar-nos vida
e vida em abundância. Dentro de Seu plano, não dentro da vontade deturpada do
homem, o que não seria vida. "Os espias internacionais podem fingir e
convencer todo o mundo, mas a realidade é sempre outra". Meu irmão, será que
estou vendo nesta frase sua alguma persecutoriedade exagerada? Alguma "paranóia"?
Quem são os tais "espias"? Será que não dá para particularizar? porque generalizar?
Sei que existem alguns "caça-homossexuais" soltos por aí, mas estão tão fora
do plano de amor de Deus quanto aqueles dos quais procuram livrar-se. Não são
cristãos e nem devem ser confundidos como tais, necessitam de um corpo de crentes
que os amem também, fazendo-os ver que o amor de Jesus é capaz de abrandar-lhes
o coração, passando a estar na mesma comunidade dos outrora homossexuais, procurando
dizer a outros como foram transformados pelo poder de Deus. Os programas
de cura não dão resultado, pois o assunto não é doença mas simplesmente uma
diferença a qual não queremos entender como igreja. O assunto é doença
sim, um transtorno delicado e difícil de tratar, que tem a ver com a matriz
de identidade do indivíduo. Bem, é verdade que o CID-10 (Código Internacional
de Doenças, 10ª edição), minimizou a descrição da homossexualidade, e para ser
"politicamente corretos" a chamam de "transtornos de identidade sexual", mas
se você observar a descrição que é dada a esta doença fica claríssimo tratar-se
das mais variadas formas de homossexualidade (desde transvestismo de duplo papel,
transexualismo, etc.) e ainda se dá um número para esta patologia , F64. Portanto,
é doença mesmo, com número na CID-10 e tudo que tem direito.
Há também outras doenças classificadas neste manual que tem a ver com o comportamento
homossexual, são os "Transtornos de preferência sexual" classificados com o
número de F65. Agora, onde claramente se refere a palavra homossexual é classificado
como F66.x1, ou seja, "Transtornos psicológicos e de comportamento associados
ao desenvolvimento e orientação sexuais". É verdade e para ser honesto, se explica
que "a orientação sexual por si só não é para ser considerada um transtorno".
Se você acompanhar os "lobbies" da comunidade homossexual nos USA para excluírem
da classificação internacional de doenças estas categorias você vai ver que
houve um mascarar da linguagem, mas não dá para se esconder um fato com política
e pressão de grupo. Na comunidade científica tenta-se ser "politicamente correto"
mas quando a coisa aperta, lá estão os códigos onde encaixar a homossexualidade.
Os doutores Jonathan D. Raskin e Adam M. Lewandowski, numa publicação da Associação
Americana de Psicologia deste ano [2000], denunciaram a exclusão da homossexualidade
do Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM-IV), como um caso de política
na produção científica. Apresentam os dados de que foi necessário uma votação
para tal retirada e não resultado de pesquisa, onde 5.854 votaram pela
elinimação, 3.180 pela permanência, e 367 se abstiveram, e finaliza argumentando
que isto é um produto da política mais do que de ciência. (Neimeyer,
Robert A. & Raskin, Jonathan D. (2000) Constructions of disorder: meaning-making
frameworks for psychotherapy. Washington DC, American Psychological Association).
Mesmo assim, o DSM-IV (Manual Estatístico de Transtornos Mentais, 4ª edição)
classifica em 302.6 e 302.85 o "Transtorno da Identidade de Gênero", com a descrição
da homossexualidade. Isto sem entrar nas Parafilias (302.xx). Portanto mais
uma vez você afirma sem conhecer, hoje ainda a ciência médica considera a homossexualidade
como doença onde há uma confusão na identidade de gênero, e assim, Pode ser
tratada e curada graças a Deus. Contudo, creia que esta nomenclatura não vai
durar para sempre, pois conforme diz a Bíblia o mundo vai de mal a pior e logo,
logo, o lobby gay conseguirá o que vem tentando há mais de 30 anos, a saber,
tratar a homossexualidade como opção ou diferença, assim como o homem e a mulher
são diferentes, eles criaram mais um gênero, o homossexual. Meu irmão,
isso é abominável, só Deus pode criar "ex-nihilo"! A homossexualidade é uma
doença passível de tratamento como tantas outras disfunções no comportamento;
o fato de ser uma doença não justifica tratar o ser humano que a porta com preconceito,
devemos tratá-lo com amor, resgatá-lo e ministrar-lhes a cura.
Sobre o lobby homossexual nos USA, veja, voltando à base genética da homossexualidade,
havia uma intenção do pesquisador. Seu estudo foi amplamente divulgado pelos
meios de comunicação como sendo "a prova final de que a homossexualidade é hereditária
e que nada se pode fazer para mudar a orientação sexual". Todavia, quando
a tal pesquisa foi submetida à aferição científica, ficou constatado que o campo
da pesquisa era extremamente limitado (houve generalização a partir de uma amostra
muito pequena) e que os resultados obtidos tinham sido forjados para se adequarem
à proposição do cientista. Posteriormente, o autor da pesquisa, declarou que
a pesquisa era financiada por grupos de ativistas homossexuais e que ele próprio,
sendo homossexual, "poderia ter cometido enganos que levaram a pesquisa a tais
resultados". (In: Dallas, Joe. A operação do erro. SP, Ed. Cultura Cristã, 1998).
"Por isso existe agora aqui uma igreja de homossexuais para ajudar aos que querem
ter uma compreensão mais verídica do assunto".
Bem, depois de tudo que lhe expus, se esta entidade que, tanto quanto eu saiba,
não é oficial de igreja nenhuma, pensa que uma compreensão mais verídica é o
que você disse aqui, então prefiro rejeitá-la por pobreza científica e desconhecimento
da fé cristã. Não conheço esta igreja e se ela tem a intenção de manter
os homossexuais na prática da homossexualidade, já não posso aceitar sua sinceridade
cristã. Mas, se como outras sociedades evangélicas (a mais séria que conheço
é a Exodus Internacional, da qual faço parte ativa aqui no Brasil) ela trabalha
para com amor, para preparar as igrejas e a comunidade cristã para ser o solo
fértil de amor e aceitação para a transformação de homossexuais sinceros
que lutam para encontrarem a paz em Jesus através da heterossexualidade, bem,
aí, e somente aí, posso crer que estão trabalhando para o reino de Deus.
"Porque como Igreja que deve ser a cabeça e não a cauda em assuntos de importância
ao ser humano, a igreja se baseia nos fatos antigos quanto a esse assunto? Fatos
aprendidos de mitos sem base real, enquanto jovens (pelo menos 10% da população)
estão sofrendo pela falta de compreensão geral". Bem, ficou demonstrado que
o proceder da igreja por enquanto está de acordo com a última palavra da ciência.
A CID-10 e o DSM-IV são as últimas edições, correntemente em uso em todo o mundo,
o livro que mostra o erro do cientista é de 1998, a revista de medicina que
citei acima é de FEV/99, o livro com a denúncia de que a homossexualidade foi
excluída do código de doenças por política e não como fruto de pesquisa científica
é deste ano corrente (2000). Portanto tudo muito atual. Agora, creio que vai
chegar um tempo em que, aí sim, a igreja precisará se firmar nas "veredas antigas"
pois o padrão do mundo será cada vez mais frouxo (II Tim. 3:1-5). Mas, repito,
por enquanto, como igreja estamos atualizadíssimos.
Creio que sua argumentação carece de base real hoje, e quando as coisas chegarem
aonde parece que o irmão quer, pergunto, com quem o Sr. irá ficar? Com Deus
e a Bíblia ou com a ciência? "Resultando muitas vezes em suicídio ou casamentos
com mulheres e homens que inocentemente se irredam com tais pessoas sem saber
da realidade deles/delas. Em geral casamentos que estão destinados a falhar,
terminando em divórcio". Até porque trabalho com psicoterapia, cuja base é a
transformação de comportamentos disfuncionais em comportamentos saudáveis, sou
levado a crer que o pior casamento e os mais difíceis problemas podem ser resolvidos,
se apenas houver disposição para isto. Agora, creio que este é um trabalho para
profissionais, e o melhor é prevenir, orientar, educar, para não se chegar ao
ponto de necessitar de psicoterapia, mas se chegar a este ponto, ela está ai
para ajudar, como a medicina para as questões do corpo. "Nós como igreja
devemos cuidar dos nossos filhos e fazer tudo para entender as diferenças existentes
em nosso mundo". Como disse acima, creio que existem diferenças oriundas da
criação de Deus e outras oriundas da vontade deturpada de homens. E precisamos
mostrar a nossos filhos estas diferenças tendo como princípio básico a Palavra
de Deus. "Vede que ninguém vos engane".
"Só Deus sabe o porque dessas diferenças. Se há um erro com qualquer ser humano
Deus então seria o responsável em sua criação. E Deus não comete erros". É verdade
que no céu conheceremos os porquês de muita coisa, mas para isso precisaremos
estar lá. É bom relembrar que não podemos responsabilizar Deus pelo pecado.
Culpar a Deus pelo pecado é uma tentativa diabólica desde o céu, com a ação
de Lúcifer sobre os anjos tentando dizer que Deus não era bom. "Portanto o dizer
que homossexuais escolhem sua tendência é um escape completamente irresponsável
de nossa igreja". Já comentei esta frase mais acima e constarei que a irresponsabilidade
foi sua nesta afirmação. "Minha pergunta é: O que fazem os evangélicos para
o beneficio de homossexuais e Lésbicas cristãos? Em cada família existe a possibilidade
de haverem pessoas homossexuais. Isso e um fato da vida". Bem, como disse a
grande maioria dos irmãos tendem a aceitar bem pessoas sinceras que estão tentando
encontrar apoio e mudar o comportamento homossexual. Leva tempo, a comunidade
deve saber aceitar a pessoas, como filhos de Deus que buscam a salvação.
Não temos entidades organizadas na nossa igreja especificamente para este trabalho,
temos uma ou outra iniciativa pioneira. São oferecidos palestras e orientações
preventivas e os pastores em geral oferecem aconselhamento e acompanham muitos
destes casos por anos. Eu próprio estive ministrando um curso de aconselhamento
para todos os pastores da União Nordeste (+/- 120), cerca da 3 anos atrás, onde
uma das aulas foi sobre como tratar com o homossexual e ministrar-lhe com amor.
Assim, de alguma forma, os pastores têm recebido treinamento sobre o assunto.
No meio evangélico, existe a Exodus Internacional filiada aqui no Brasil ao
CPPC (Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos, do qual faço parte), que oferece
congressos, acampamentos e seminários sobre o tema da homossexualidade para
todas as pessoas interessadas, homo ou heterossexuais. Pessoalmente tenho
contribuído com esta organização e já vi várias conversões e transformações
neste ambiente. O objetivo é treinar as igrejas para saber como receber, tratar
e ajudar na mudança da homossexualidade para a heterossexualidade. Acredito
em todo esforço cristão e amoroso para propiciar um espaço terapêutico onde
os homossexuais possam sentir o amor salvador e transformador de Jesus.
Aí está meu irmão minha opinião sincera sobre este tema que é bastante importante
para a igreja de hoje e o será cada vez mais quanto mais nos aproximarmos do
fim. Receba meu abraço fraterno e aqui continuo a seu dispor.
8 DIREITOS DADOS PELO CRIADOR
Nas premissas bíblicas não há elementos capazes de autorizar o domínio do homem
sobre outros homens, à exceção do domínio próprio, que é o domínio do homem
sobre si mesmo. Ao se conceituar adequadamente pecado, percebe-se que pecado
é sempre uma alteração da ordem estabelecida por Deus, não necessariamente ordem
(mandamento), mas ordem (equilíbrio), embora o mandamento seja o principal agente
mantenedor do equilíbrio.
Pode-se observar que todos os indivíduos das espécies animais criados por Deus
situam-se no binômio macho e fêmea, e a mesma atração que atua entre o homem
e a mulher os atrai entre si. No rompimento desse equilíbrio está o gérmen em
potencial da extinção de uma espécie. Mais do que um dom, a sexualidade
é um direito, e os direitos do homem são flagrantemente reconhecidos por Deus:
a César o que é de César (Mateus 22:21). Todavia, os direitos inventados
pelo homem são de sua responsabilidade.
Quando homens e mulheres deixam-se alterar em sua identidade sexual, não importa
quando, como ou por que, só existe um caminho para reassumi-la. Alterações da
natureza transformam-se em amarras de tamanha resistência que não podem mais
ser rompidas pelas pessoas, nem pela medicina, senão por um poder maior: Se,
pois, o Filho [de Deus] vos libertar, verdadeiramente sereis livres (João
8:36). A humanidade encontra-se em processo irreversível de solidão. Quanto
mais promíscua é uma pessoa, maior a solidão que ela acumula, porque a solidão
é diretamente proporcional à sua incapacidade de amar.
A famosa expressão amor livre, tão em voga modernamente, de amor
só tem o rótulo. Na ótica do Criador só existem dois seres capazes de se formar
uma só carne. O problema, portanto, não é ser ou não homossexual, mas estar
ou não estar homossexualizado. No plano criador de Deus, ninguém é homossexual.
Paulo aos Romanos (1:18-32), no início do primeiro século: "Porque do céu se
manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm
a verdade em injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta,
porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação
do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente
se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto,
tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças;
antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível
em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e
de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração,
à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de
Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que
é bendito eternamente. Amém! Pelo que Deus os abandonou às paixões infames.
Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram
em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza
e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles
não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento
perverso, para fazerem coisas que não convêm; estando cheios de toda iniqüidade,
prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda,
engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus,
injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai
e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis,
sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de
morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem
aos que as fazem.
Por onde se introduz a comida para dentro do corpo: é pelo nariz ou pela boca?
Por onde se introduzem as imagens para dentro do corpo: é pela boca ou é pelos
olhos? Por onde se introduz o perfume para dentro do corpo: é pelo ouvido ou
pelo nariz? Por onde se introduz o esperma para que se realize o ato de amor
e se perpetue a espécie humana: é pela boca (sexo oral)? É pelo ânus (sexo anal)?
É pela vagina (sexo natural)?
São perguntas muito simples, com uma só resposta. Mas a respeito desta última,
tem se feito um enorme e desnecessário cavalo de batalha, comprometendo a reputação
de psicólogos, sociólogos, antropólogos, médicos e de alguns poucos religiosos.
A homossexualidade não é um caso isolado. Muito menos uma questão recente. Antes
da legislação mosaica sobre o assunto "com varão não te deitarás, como
se fosse mulher: abominação é" (Levítico 18:22) - já se verificara uma estrondosa
explosão coletiva de contatos sexuais anormais em Sodoma e Gomorra (Gênesis
19). Apesar de ser um problema moral basicamente simples, ele se tornou de fato
muito complexo nos dias atuais. A complicação deriva do afastamento do conceito
bíblico sobre o assunto e da tentativa de explicar e justificar o fenômeno de
acordo com a fraqueza humana.
Apesar de tudo, a palavra do apóstolo Paulo ainda é atual e até cientifica.
A homossexualidade é o abandono do modo natural por outro contrário à natureza.
Não é à toa que o médico Carlos Alberto Morais de Sá, professor titular da UniRio,
lembra que "Biologicamente a mulher foi preparada para receber o esperma. O
homem não". E, porque há homens recebendo o esperma o mundo inteiro está sob
a ameaça de uma epidemia de AIDS "e isso numa época em que se imaginava
não haver mais epidemia ou pelo menos poder se controlá-las" (A Peste e a Culpa
em Veja 14/08/85, pág 68).
Mas o problema não é só este: há ainda contatos sexuais contrários à natureza
numa relação heterossexual e até dentro do casamento. O sexo anal, explica o
médico britânico John Seale, "implica rompimento dos vasos microscópicos por
onde se imiscui o vírus". Os médicos concordam que "o relacionamento heterossexual
tradicional é potencialmente menos perigoso porque a mucosa vaginal é mais resistente
à fricção e possui uma camada de células naturalmente protegida contra agressão
de vírus".
O problema da homossexualidade deixou de ser assunto só de religião. Os médicos
como que pedem desculpas por entrar nesta área, alegando sempre, como o americano
Walter Dowdle, que "não se trata de moralismo, pois a questão é biológica".
É por isso que o Sr. Eugênio de Araújo Sales, explica a epidemia da AIDS
como o revide da natureza violentada, "Dado o voluntário esquecimento da verdade
ou insubordinação às orientações da fé e mesmo da sã razão".
A situação é tal que o médico paulista Ricardo Veronesi afirmou: "o direito
do homossexual, em termos de saúde pública, vai até o ponto de não interferir
no direito da comunidade". E em termos de religião?
Os relatos de Gênesis (1:27; 2:18,21-24) e (Mateus 19:4-6) ensinam que Deus
criou a humanidade de uma maneira específica (macho e fêmea) com propósitos
específicos relativos a isso (casamento, unidade sexual e procriação subentendidos).
O lugar mais adequado para começar uma avaliação bíblica sobre a homossexualidade
não é com textos que o rejeitam, mas com textos que sustentam e apóiam essas
passagens condenatórias. Essa abordagem de pano de fundo é algo que quase todos
os escritores pró-homossexuais falham em suprir.
A consideração do relato da criação é vital por muitas razões. Para começar,
é um relato da criação. Homens e mulheres não são o produto cego de uma evolução
ao acaso em que, literalmente, nada é normativo e os indivíduos são livres para
escolher sua própria moralidade ou sexualidade. Os homens devem prestar contas
ao Deus que os criou; eles não são o produto de uma natureza impessoal que não
se importa com o estilo de vida deles. Abaixo estão cinco razões pelas quais
o relato da criação é decisivo para qualquer discussão bíblica sobre a homossexualidade.
Se a homossexualidade fosse de alguma maneira legítima, as Escrituras não assumiriam
uma inclinação heterossexual, mas incluiriam a opção homossexual. Se Deus tivesse
a intenção de que o homem fosse bissexual, ou homossexual, ou se Ele tivesse
criado o homem andrógino, o fato de criá-lo dessa maneira seria evidente em
outros relatos das Escrituras relacionados à natureza do homem. Mas, o único
padrão mantido e defendido é o heterossexual". Do primeiro capítulo de Gênesis
até o livro de Apocalipse, o significado duplo de expressão sexual-genital
a saber, procriação e união é claramente manifesto. Javé é descrito como
o noivo fiel, e Israel, como a noiva fiel, indicando que o amor heterossexual
pode ser a base para se expressar o mistério de Deus em amar a raça humana...
Além disso, o autor de Efésios reitera a mesma verdade revelada sobre a sexualidade
humana, no contexto da sublime comparação em que o marido é comparado a Cristo
e a mulher à Igreja. Quando o autor deseja descrever o amor que Cristo tem pela
Sua Igreja, ele se volta para o amor heterossexual do marido e da mulher. (Efésios
5:25,28). Em outras palavras, as Escrituras estão impregnadas com premissas
concernentes à adequação da heterossexualidade; por comparação, a homossexualidade
está ausente exceto quando se trata de condenação.
9 EXEGESE BÍBLICA SOBRE A QUESTÃO HOMOSSEXUAL
O Grupo Gay da Bahia, fundado e dirigido por Luiz Mott, sempre envia em sua
defesa da homossexualidade um texto com o seguinte título: O que todo
crente deve saber sobre a homossexualidade. Como o texto contém vários
erros de exegese bíblica, a redação achou por bem fazer as necessárias correções,
a bem do próprio grupo e do público em geral. Nesta matéria não pode haver nem
dúvida nem imprecisão. O texto diz que não há na Bíblia nenhuma só vez
a palavra homossexual nem homossexualidade e que estes vocábulos surgiram
na Alemanha em 1869. Ora, isto não tem a menor importância. O importante é que
a Bíblia se pronuncia sobre o assunto com absoluta clareza. As palavras usadas
no original grego, por exemplo, em 1Coríntios 6:9 Não vos enganeis:
nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem
ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão
o reino de Deus são até mais fortes e mais técnicas. A palavra
geralmente traduzida para efeminado é malakos, que define o elemento
passivo numa relação homossexual. Já sodomita é arsenokoítes, que
define o homem que tem relação com outro homem. Então, o sentido é um só.
O texto que diz: a prática do amor entre pessoas do mesmo sexo é mais
antiga que a própria Bíblia e que há documentos egípcios datados
de 500 anos antes de Abraão, que revelam a prática do homo-erotismo não só entre
homens, mas entre os deuses Seth e Horus. Isto não é novidade para
o leitor da Bíblia. Ele sabe muito bem que as nações de Canaã praticavam a homossexualidade
e por esta razão contaminaram a terra, da qual foram vomitados por Deus (Levítico
18:24-27; 1Reis 14:24). Israel deveria ser diferente: Com homem não te
deitarás como se fosse mulher: é abominação (Levítico 18:22). Mais tarde,
porém, na época de Roboão, por toda parte havia homossexuais e o povo
de Judá ficou tão corrompido, como as nações que adoravam deuses falsos, aquelas
nações que o Senhor expulsou para dar lugar ao seu povo (1Reis 14:24).
As casas de prostituição de homens só foram fechadas cerca de 50 anos depois,
no reinado de Josafá, bisneto de Roboão (1Reis 22:47).
O texto que diz: condenou apenas a homossexualidade masculina, pois não
há nenhuma referência no Velho Testamento à mulheres que dormissem com outras
mulheres. E pergunta: Teria Deus se esquecido, como aconteceu com
a Rainha Vitória, de incluir na condenação as mulheres? Deus não faz distinção
entre homens e mulheres. As normas que Ele dita são endereçadas ao gênero humano,
ao homem e à mulher. O Não adulterarás (Êxodo 20:7), por exemplo,
se destina não só à mulher, mas também ao homem. O que se condena em Levítico
18:22 é o intercurso sexual entre pessoas do mesmo sexo. Se o Grupo Gay da Bahia
quer um pronunciamento do tipo Com outra mulher não te deitarás, como
se fosse homem, vai encontrar algo parecido em Romanos 1:26 Suas
mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza.
O texto que diz: as abominações do Levítico devem ser entendidas e reinterpretadas
historicamente. A prova disso é que na relação das uniões abomináveis
de Levítico 18:19-30, encontra-se também a proibição da relação sexual com mulher
menstruada, que não tem hodiernamente o mesmo peso das outras abominações.
Embora em Levítico a proibição da relação sexual com mulher em dias de menstruação
esteja lado a lado com a proibição da homossexualidade, não é possível interpretar
apenas historicamente a prática homossexual. Primeiro, porque em toda a Escritura
ensina-se que o sexo deve expressar-se dentro da proteção do vínculo matrimonial
(heterossexual). Segundo, porque, fora do Levítico, não há nenhuma outra referência
às relações com mulher menstruada, enquanto que a Bíblia volta a insistir na
condenação da homossexualidade em vários outros textos, em várias outras ocasiões.
A prática homossexual está sempre relacionada com o juízo de Deus (Gênesis 19:1-29;
Levítico 18:24; Romanos 1:18-22; 1Coríntios 6:9-10 e 1Timóteo 1:10). Não se
nega, no entanto, a inconveniência de uma relação quando a esposa está menstruada,
por razões de higiene e saúde, especialmente para um povo em trânsito, como
era o caso de Israel.
O texto que diz que a prática homossexual foi proibida porque é uma relação
não reprodutiva, pela mesma razão proibia-se a masturbação, o bestialismo e
o coitus interruptus (o pecado de Onã). Se Deus prometeu a Abraão que sua descendência
seria mais numerosa que as estrelas do céu, toda relação sexual que não
fosse procriativa estava assim impedindo o crescimento do povo eleito.
Não é verdade. O homem e a mulher têm o direito de manter relações sexuais dentro
do matrimônio não só para procriar. Basta examinar o texto de 1Coríntios 7:5
Não vos priveis um ao outro, salvo, talvez, por mútuo consentimento,
por algum tempo, para vos dedicardes à oração e novamente vos ajuntardes, para
que Satanás não vos tente por causa da incontinência. Havia outras relações
sexuais proibidas que eram procriativas: os casamentos consangüíneos (Levítico
18:6-17), a bigamia (Levítico 18:18) e o adultério (Levítico 18:20). Porque
suas esposas foram estéreis, durante um longo período de tempo, Abraão, Isaque
e Jacó, os pais da nação judaica, e outros personagens da Bíblia mantiveram
relações sexuais não reprodutivas normalmente.
O texto que diz: se a homossexualidade é uma prática tão condenável, como
explicar a relação homossexual existente entre o rei Davi e Jônatas e como entender
a sugestão do Eclesiastes: É melhor viverem dois homens juntos do que
separados; se os dois dormirem juntos na mesma cama se aquecerão melhor.
O Grupo Homossexual da Bahia não está sendo honesto no uso das Sagradas Escrituras.
Nunca houve relação homossexual entre Davi e seu cunhado Jônatas. É grave deturpação
ver indícios de homossexualidade na parte do poema Hino do Arco, composto por
Davi logo após a morte de Saul e Jônatas, que diz: Angustiado estou por
ti, meu irmão Jônatas; tu eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu
amor, ultrapassando o amor das mulheres (2Samuel 1:26). Ambos eram casados
e estavam sob circunstâncias muito difíceis criadas pelo rei Saul, pai de Jônatas
e sogro de Davi. Jônatas se portou admiravelmente com referência a Davi, aquele
que ele entendeu ser o ungido de Deus para ocupar o trono do pai, não obstante
a sua posição de herdeiro. O filho de Saul protegeu a vida de Davi em várias
ocasiões contra o próprio pai. Daí a admiração de Davi por Jônatas. O caráter
de Davi era obviamente heterossexual. Os erros que ele cometeu foram nesta direção:
além de ter se casado com mais de uma mulher (Mical, Ainoã, Abigail, Maaca,
Hagite, Abidal, Eglá e Bateseba), ainda cometeu adultério com a mulher de Urias
(1Samuel 18:20, 2Samuel 3:2-5 e 11:1-27).
Um dos nove livros da década de 70 que promove a teologia favorável ao homossexualismo
é Jonathan loved David (Jônatas amou a Davi), escrito pelo pastor episcopal
Tom Horner. O livro pretende dizer que entre Jônatas (filho de Saul) e Davi
(genro de Saul) havia uma relação homossexual. É verdade que Jônatas amou a
Davi. Está lá nas Escrituras Sagradas: A alma de Jônatas se ligou com
a de Davi; e Jônatas o amou, como a própria alma (1Samuel 18:1).
Não era só Jônatas que amava Davi. Saul também o amou muito (1Samuel
16:21). Mical, a irmã de Jônatas, amava a Davi (1Samuel 18:20).Também
não era só a família de Saul que amava a Davi. A mesma Escritura afirma que
todo o Israel e Judá amavam a Davi (1Samuel18:16). O jovem era
benquisto de todo o povo, e até dos próprios servos de Saul (1Samuel 18:5).
Por que Davi era o amado de todo o mundo? Por causa de sua simpatia, da sua
simplicidade, da sua coragem, do seu caráter, da sua boa aparência
(1Samuel 16:12 e 18, 17:42) e por dedilhar tão bem a sua harpa ( 1Samuel 16:18).
Davi gerava confiança nos outros, a tal ponto que ajuntaram-se a ele todos
os homens que se achavam em aperto e todo homem endividado, e todos os amargurados
de espírito (1Samuel 22:2). Inicialmente eram 400 pessoas. Esse número
elevou-se pouco depois para 600 homens (1Sm 23:13, 27:2, 30:9).
Há uma coisa que aproxima Jônatas e Davi. Os dois amigos tinham uma fé simples
no poder e na atuação de Deus. Eles eram iguais quanto a isso. Jônatas explicou
ao seu escudeiro que para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com
muitos ou com poucos (1Samuel 14:6). Por essa razão, ele teve coragem
para invadir, só com o escudeiro, uma guarnição dos filisteus e obter vitória.
Igualmente Deus explicou a Saul que, se o Senhor o tinha livrado das garras
do leão e das garras do urso, livrá-lo-ia também do gigante filisteu. Por essa
razão, ele teve coragem para enfrentar Golias com apenas cinco pedrinhas lisas
retiradas do ribeiro (1Samuel 17:34-40).
A dificuldade de Davi nunca foi homossexual. Sua poligamia (Mical, Abigail,
Ainoã, Maaca, Hagita, Abital, Eglá, Bate Seba e outras) e seu adultério com
a mulher de Urias mostram que a dificuldade do famoso salmista era heterossexual
(1Samuel 18:27, 25:42-43, 2Samuel 3:2-5,11:1-27). A este respeito, escreve o
rabino Henry I. Sobel, da Congregação Israelita Paulista: O íntimo relacionamento
entre Jônatas e Davi é visto na Bíblia como um modelo de amizade. Em nenhum
lugar das Escrituras se encontra referência a uma ligação homossexual entre
eles. O versículo normalmente citado para justificar o homossexualismo é aquele
em que Davi chora a morte de Jônatas, dizendo: Teu amor me era mais precioso
que o amor das mulheres (2Samuel 1:26). É importante observar, entretanto,
que a palavra hebraica ahavá não significa apenas amor no sentido conjugal/sexual,
mas também no sentido paternal (Isaque gostava de Esaú, em Gênesis
25:28), no sentido de amizade ( Saul afeiçoou-se a Davi, em 1Samuel
16:21), no sentido de amor a Deus (Amarás o Senhor, teu Deus, em
Deuteronômio 6:5) e no sentido de amor ao próximo (Amarás o próximo como
a ti mesmo, em Levítico 19:18). Em todos estes exemplos, o verbo usado
na Torá (a Bíblia hebraica) é ahavá. É por razão lingüística e não por
falso pudor que a maioria das traduções bíblicas cita 1Samuel 1:26 Tua
amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres.
O texto que diz: foi apenas a partir do 1º século depois de Cristo que
se começou a interpretar a destruição de Sodoma e Gomorra como conseqüência
da fornicação. O próprio Cristo nunca se referiu a estas cidades como
antro de imoralidade; pelo contrário, disse que no final dos tempos Sodoma e
Gomorra seriam tratadas com mais benevolência do que Jerusalém, por ter recusado
a mensagem de amor que o Mestre pregava... E a homossexualidade, o que
é senão o amor entre pessoas que nasceram com esta preferência existencial?
Antes de mais nada é preciso constatar sem sombra de dúvida que as cidades da
planície próxima ao Mar Morto, das quais Sodoma e Gomorra são as mais importantes,
foram mesmo destruídas por Deus, na sua ira e no seu furor (Deuteronômio
29:23). As seguintes passagens o comprovam: (Gênesis 19:24-25; Isaías 13:19;
Jeremias 50:40; Ezequiel 16:49-50; Malaquias 4:11; 2Pedro 26 e Judas 7). Outro
detalhe a observar é a severidade do castigo: a subversão de Sodoma e Gomorra
alterou por completo a região toda, antes bem regada, como o Jardim do
Senhor (o Éden), como a terra do Egito (os aluviões do rio Nilo), como quem
vai para Zoar (Gênesis 13:10). Pedro declara que as cidades foram reduzidas
a cinzas e ordenadas à ruína completa (2Pedro 2:6). Agora resta
saber qual foi o pecado principal de Sodoma e Gomorra. A primeira referência
ao comportamento moral das cidades situa-se na ocasião em que Ló se separou
de Abraão e se dirigiu para as Campinas: registra-se então que os homens
de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor (Gênesis 13:13).
Pouco depois, o próprio Deus explica a Abraão que o clamor de Sodoma e
Gomorra tem-se multiplicado e o seu pecado se tem agravado muito (Gênesis 18:20).
Os dois enviados de Deus vão pessoalmente a Sodoma para ver o que está realmente
acontecendo na cidade (Gênesis 18:21 e 19:1). Eles não só vêm, mas experimentam
na própria pele a devassidão de Sodoma: os homens, assim os moços como
os velhos, sim, todo o povo de todos os lados (Gênesis 19:4), pedem a Ló que
lhes entregue os seus hóspedes: Traze-os fora a nós para que abusemos
deles (Gênesis 19:5). Ló tenta engambela-los e lhes oferece as duas filhas virgens
que nenhuma atração exercem sobre a turma tresloucada. O que eles querem mesmo
são os estranhos visitantes que entraram em Sodoma à noitinha e que Ló constrangeu
a se hospedar em sua casa.
A resistência de Ló provoca uma série ameaça: A ti faremos pior do que
a eles (Gênesis 19:9). Não é só ameaça: a multidão se arremete contra
Ló e se chega para arrombar a porta de sua casa. O estupro masculino só não
se realiza porque há um livramento sobrenatural. Então qual era o pecado principal
de Sodoma? Judas afirma que Deus destruiu Sodoma, Gomorra e as cidades
vizinhas por se terem prostituído, procurando unir-se a seres de uma natureza
diferente (Judas 7). É tão certo que o principal pecado de Sodoma era
a completa perversão sexual que se criou o vocábulo sodomia, sinônimo de homossexualidade
e, às vezes, até de bestialismo. Naturalmente um pecado nunca sobrevive sozinho
um abismo sempre chama outro abismo (Salmo 42:7). Sodoma sem dúvida era
um caos moral, inclusive na área da justiça social, como salienta o profeta
Ezequiel. Jesus chama atenção para a preocupação exclusiva e excessiva com os
valores terrenos e seculares de Sodoma O mesmo aconteceu nos dias
de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas
no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos
(Lucas 17:28-29).
O texto diz que Paulo não quis se referir explicitamente aos homossexuais nas
conhecidas passagens de Romanos 1:26-27; 1Coríntios 6:9 e Timóteo 1:10. O apóstolo
condenava apenas a depravação e a decadência moral do Império Romano e
não o amor inocente tal qual Davi pratica com Jônatas. Esta é mais uma
tentativa de continuar na homossexualidade sem perder o direito de herdar o
reino de Deus. A tese não resiste em qualquer análise, não tem suporte. Quando,
em Romanos 1:26-27, Paulo fala de homens que deixam a relação natural com a
mulher e ardem em desejo uns para com os outros, praticando torpeza homens com
homens, de que está falando? Quando fala de mulheres que mudam as relações naturais
por relações contra a natureza, de que está falando? Sem dúvida o apóstolo está
falando de depravação e decadência moral, porém em especificamente em homossexualidade
masculino e feminino. Nas outras duas passagens 1Coríntios 6:9 e Timóteo
1:10, Paulo ainda está se referindo aos que se dão às práticas homossexuais,
tanto ao malakós (efeminado) como ao arsenokoitês (homem
que tem relações com outro homem). Não vamos dar à homossexualidade o bonito
nome de amor inocente, nem jogar Davi e Jônatas em áreas de torpeza
e aberração moral.
O texto diz que Jesus nunca falou sobre homossexualidade nem o condenou, embora
tenha condenado a dureza do coração, a intolerância dos fariseus, o formalismo
daqueles que se apegam à lei e esquecem a caridade e o amor. Mais ainda,
Jesus demonstrou grande abertura para a homossociabilidade, tendo predileção
por um de seus discípulos, o adolescente João, o discípulo que Jesus amava,
que, na última ceia, estava delicadamente recostado no peito do divino Mestre.
De fato, os Evangelhos não registram nenhuma referência direta de Jesus à homossexualidade.
Muito provavelmente porque não se tornou necessário. Seu ministério se realizou
entre os judeus, que não admitiam tal prática (ver a reação de todo o povo contra
o pecado de Gibeá, nos três últimos capítulos de Juízes). Esta anomalia sexual
era mais comum entre os gentios (Romanos 1:18-32). Mas, Jesus falou de relações
sexuais ilícitas (Mateus 5:32) ou fornicação (porneia, no original grego). Além
do mais, Ele elevou a moral sexual ao mais alto nível: Qualquer que olhar
para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela (Mateus
5:28). Se Jesus considerava adultério mental o olhar impuro de uma pessoa
para outra de sexo diferente, o que Ele diria de uma relação homossexual? A
chamada grande abertura de Jesus para a homossociabilidade é pura
invencionice, acompanhada de uma boa dose de malícia. Jesus foi amigo de todos:
de homens e mulheres igualmente. Era chamado pela crítica de amigo
de publicanos e pecadores (Mateus 11:19), por se aproximar de pecadores
para traze-los de volta ao caminho da vida, entre eles a mulher samaritana (João
4:1-42), a mulher adúltera (João 8:1-11) e a mulher pecadora (Lucas 7:36-50).
Várias mulheres da Galiléia acompanhavam Jesus e os discípulos em suas viagens
e ainda o serviam com os seus bens (Lucas 8:1-3). Ele amava a Marta, e
a sua irmã (Maria) e a Lázaro (João 11:5). Ele curou e ressuscitou homens
e mulheres. E, depois de ressureto, apareceu primeiro para Maria Madalena (João
20:11-18). Jesus não praticou a homossociabilidade, nem a heterossociabilidade,
mas a polissociabilidade. Era amigo inclusive das crianças (Marcos
10:13-16).
O texto diz que a Bíblia é um livro antigo e que interpretar tudo
ao pé da letra é ignorância e farisaísmo. Além da Bíblia, há também
a Ciência, que diz claramente que a homossexualidade não é doença, nem pecado,
nem crime. Embora seja um livro antigo, a Bíblia é a Palavra de Deus e
a única regra de fé e prática, além de ser notavelmente atual. De fato, exige
uma interpretação cuidadosa e correta. É ela o principal sustentáculo da ordem
e da conduta moral, a candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o
dia clareie e a estrela da Alba nasça em nossos corações (2Pedro 1:19).
A Ciência não se mete em moral, não faz julgamentos. Não é ela que vai dizer
se isto ou aquilo é pecado ou não. A palavra pecado é um termo da Teologia e
define qualquer comportamento contrário à vontade do Criador e Senhor de tudo
e de todos. Mas, a Ciência não parece tão aliada à homossexualidade quanto o
Grupo Gay da Bahia dá a entender: o Dicionário de Psicologia diz que o comportamento
homossexual é considerado anormal, porque contraria a regra da natureza (E.
Dorin).
Essas passagens estão repletas de referências a homossexualidade e, implicitamente,
também ao movimento homossexual cristão. As passagens paralelas ao trecho de
Romanos são dignas de nota. Em 2Pedro 2, observe que o contexto envolve "falsos
mestres entre vós" (i.e. dentro da igreja) que ardilosamente introduzem "heresias
destrutivas" até mesmo negando o Mestre (Jesus) que os comprou. Note, além disso,
que muitos seguirão sua "sensualidade" (v. 2) ou "caminhos vergonhosos", e por
causa de tais mestres o caminho da verdade será "difamado" ou distorcido. Tais
pessoas são consideradas como repletas de ganância e descritas como sendo aquelas
que exploram os cristãos com "palavras falsas" ( v. 3) ou "fábulas". Até aqui,
a passagem é aplicável tanto a homossexuais quanto a "homossexuais cristãos"
que promovem os tipos de argumentos que temos considerado no livro Os
Fatos Sobre a Homossexualidade. Note também que nessa passagem é a homossexualidade
que é diretamente citada como ilustração de todos acima. Sodoma e Gomorra são
mencionadas especificamente por terem sido destruídas como "um exemplo para
aqueles que viessem a viver vidas impiedosas depois disso."
O livro de Judas continua a rejeitar a homossexualidade: "Como Sodoma e Gomorra
e as cidades circunvizinhas que, havendo-se entregue à prostituição como aqueles
seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo
punição... Ora estes da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam
a carne, como rejeitam governo e difamam autoridades superiores... Estes, porém,
quanto a tudo que não entendem, difamam... Estas são as coisas que os destroem...
São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito" (Judas
7-19). Essas palavras dispensam qualquer explicação e requerem pouco comentário.
Examinamos os principais e mais explícitos versículos das Escrituras relacionados
à homossexualidade. Aquele que afirma que a questão bíblica contra a homossexualidade
é baseada em alguns textos "isolados" e "obscuros", simplesmente não entende
o peso desses trechos das Escrituras. Além dos versículos acima, há um grande
número de versículos adicionais que são aplicáveis às práticas homossexuais
apesar do termo em si não ser usado.
Um dos nove livros da década de 70 que promove a teologia favorável ao homossexualismo
é Jonathan loved David (Jônatas amou a Davi), escrito pelo pastor episcopal
Tom Horner. O livro pretende dizer que entre Jônatas (filho de Saul) e Davi
(genro de Saul) havia uma relação homossexual.
É verdade que Jônatas amou a Davi. Está lá nas Escrituras Sagradas: A
alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou, como a própria alma
(1Samuel 18:1). Não era só Jônatas que amava Davi. Saul também o amou
muito (1Samuel 16:21). Mical, a irmã de Jônatas, amava a Davi
(1Samuel 18:20).Também não era só a família de Saul que amava a Davi. A mesma
Escritura afirma que todo o Israel e Judá amavam a Davi (1Samuel
18:16). O jovem era benquisto de todo o povo, e até dos próprios servos
de Saul (1Samuel 18:5). Por que Davi era o amado de todo o mundo? Por
causa de sua simpatia, da sua simplicidade, da sua coragem, do seu caráter,
da sua boa aparência (1Samuel 16:12 e 18, 17:42) e por dedilhar
tão bem a sua harpa (1Samuel 16:18). Davi gerava confiança nos outros, a tal
ponto que ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto
e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito (1Samuel 22:2).
Inicialmente eram 400 pessoas. Esse número elevou-se pouco depois para 600 homens
(1Samuel 23:13, 27:2, 30:9).
Há uma coisa que aproxima Jônatas e Davi. Os dois amigos tinham uma fé simples
no poder e na atuação de Deus. Eles eram iguais quanto a isso. Jônatas explicou
ao seu escudeiro que para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com
muitos ou com poucos (1Samuel 14:6). Por essa razão, ele teve coragem
para invadir, só com o escudeiro, uma guarnição dos filisteus e obter vitória.
Igualmente Deus explicou a Saul que, se o Senhor o tinha livrado das garras
do leão e das garras do urso, livrá-lo-ia também do gigante filisteu. Por essa
razão, ele teve coragem para enfrentar Golias com apenas cinco pedrinhas lisas
retiradas do ribeiro (1Samuel 17:34-40).
A dificuldade de Davi nunca foi homossexual. Sua poligamia (Mical, Abigail,
Ainoã, Maaca, Hagita, Abital,Eglá, Bate Seba e outras) e seu adultério com a
mulher de Urias mostram que a dificuldade do famoso salmista era heterossexual
(1Samuel 18:27, 25:42-43, 2Samuel 3:2-5,11:1-27). A este respeito, escreve o
rabino Henry I. Sobel, da Congregação Israelita Paulista: O íntimo
relacionamento entre Jônatas e Davi é visto na Bíblia como um modelo de amizade.
Em nenhum lugar das Escrituras se encontra referência a uma ligação homossexual
entre eles. O versículo normalmente citado para justificar o homossexualismo
é aquele em que Davi chora a morte de Jônatas, dizendo: Teu amor me era
mais precioso que o amor das mulheres (2Samuel 1:26). É importante observar,
entretanto, que a palavra hebraica ahavá não significa apenas amor no sentido
conjugal/sexual, mas também no sentido paternal (Isaque gostava de Esaú,
em Gênesis 25:28), no sentido de amizade ( Saul afeiçoou-se a Davi,
em 1Samuel 16:21), no sentido de amor a Deus (Amarás o Senhor, teu Deus,
em Deuteronômio 6:5) e no sentido de amor ao próximo (Amarás o próximo
como a ti mesmo, em Levítico 19:18). Em todos estes exemplos, o verbo
usado na Torá (a Bíblia hebraica) é ahavá. É por razão lingüística e
não por falso pudor que a maioria das traduções bíblicas cita 1Samuel
1:26 Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres.
9.1 A BÍBLIA DIZ QUE HÁ ESPERANÇA PARA O HOMOSSEXUAL
A Bíblia diz que há esperança e liberdade para o homossexual! 1Coríntios 6:9,10,
nos diz que os imorais, os idólatras, as prostitutas e aqueles que praticam
homossexualidade não podem herdar o reino de Deus. Leia agora o versículo 11
deste capítulo. Seja qual for o pecado, Deus está disposto a perdoar-nos e a
transformar-nos para que possamos agrada-lo. (Moisés, o rei Davi e o apóstolo
Paulo), e prostitutas (Raabe e Maria Madalena). Por que Deus iria usar estas
pessoas? Para provar que nenhum pecado era grande demais para Deus perdoar.
Estas pessoas confiaram no amor de Deus por elas e permitiram que Ele transformasse
suas vidas. É verdade que pensar nas transformações pode causar medo. Porém,
deve-se lembrar que Deus ama você e o conhece profundamente. Ele entende os
seus temores. Ele sabe de todas as coisas que tem ferido você e entende sua
necessidade de amor. Deus nunca pediria que você fizesse uma coisa que fosse
impossível, e para Deus tudo é possível. Isto inclui a libertação da homossexualidade.
Você resistirá a Deus e seu grande amor por você, perdendo assim a vida? Será
que um simples momento de prazer passageiro vale o preço que você pagará nesta
vida e também na eternidade? Nenhuma coisa tem mais valor do que o amor de Deus.
Confie nele e descubra o amor que Ele tem por você (Isaías 1:18-20).
Apesar do mito popular que diz que os homossexuais não podem mudar,
temos visto prova bíblica de que eles podem mudar. As desculpas, uma vez
homossexual sempre homossexual, eu não posso mudar porque nasci
assim, não constituem a verdade segundo as Escrituras. Muitos antigos
homossexuais até já se casaram e tiveram famílias, não como prova ou troféu
de sua libertação da homossexualidade e, sim como evidência de sua nova vida
em Cristo. É claro que não é fácil para esses indivíduos deixarem a única vida
que antes conheciam. Cada um deles enfrentou lutas, rejeição e tentação, mas
nunca desistiram de crer na habilidade de Deus de transformar as suas vidas.
Estavam decididas a continuarem na sua relação com Deus, sabendo que Ele os
ajudaria a enfrentarem um novo futuro (1Coríntios 5:17).
Nosso propósito em escrever este texto não foi condenar os praticantes da homossexualidade.
Nós amamos vocês. Por causa deste amor, nós nos atrevemos a compartilhar o que
sabemos ser a verdade para que experimentemos o tremendo amor de Deus
por vocês! A Bíblia diz que quando sabemos a verdade esta nos liberta. Jesus
é a verdade e Ele deseja ardentemente que você participe da sua vida.
9.2 TEOLOGIA HOMOSSEXUAL
"Não se enganem, não herdarão o reino de Deus os imorais, os que adoram ídolos,
os adúlteros, os homossexuais, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os difamadores,
os marginais. Alguns de vocês eram assim. Mas foram lavados do pecado, separados
para pertencerem a Deus e aceitos por ele por meio do Senhor Jesus Cristo e
pelo Espírito do nosso Deus" (Apóstolo Paulo em 1Coríntios 6:9 a 11)
Quem vê as recentes conquistas do movimento homossexual (palavra inglesa que
significa alegre, como adjetivo, e homossexual, como substantivo) na mídia e
na sociedade nem imagina que até a década de 1950 não havia nenhum movimento
organizado por homossexuais em prol de seus "direitos". Em apenas 50 anos, os
homossexuais saíram do aparente anonimato para o status de defensores dos direitos
humanos. O fenômeno, ao contrário de muitos outros movimentos sociais, não foi
espontâneo. O plano foi cuidadosamente engendrado e paulatinamente executado,
visando à homossexualização da sociedade, objetivo bem expresso na frase "o
mundo é homossexual", cunhada pelos próprios militantes. E para neutralizar
a oposição da Igreja, intelectuais e teólogos envolvidos na militância lançaram
as bases do que hoje se chama "Teologia Cristã Homossexual".
Para validar seu comportamento, os militantes homossexuais recorrem a todo tipo
de argumentação. À primeira vista, as pessoas menos informadas podem achar que
as declarações dos ícones do movimento homossexual fazem sentido e se baseiam
em fatos incontestáveis. Puro engano. Na verdade, esses argumentos não resistem
a uma análise mais acurada e desprovida das motivações que estão por trás da
maioria das afirmações dos mentores do movimento homossexual, incluindo sua
teologia.
Luiz Mott, doutor em Antropologia e presidente do "Grupo Homossexual da Bahia",
considerado o maior mentor intelectual do movimento homossexual no Brasil, utiliza
argumentos teológica, histórica e cientificamente inconsistentes. Esses argumentos
são, na verdade, importados dos Estados Unidos e da Europa, onde nasceu e se
desenvolveu a chamada "Teologia Homossexual". Portanto, vamos nos ater a seus
argumentos, tendo em vista que, analisando a Teologia de Mott, estaremos focando
os principais postulados da "Teologia Homossexual" mundial. Por exemplo, em
artigo publicado na revista SuiGeneris (periódico homossexual), Mott lança o
seguinte desafio: "Jesus era homossexual?" Absurda em si mesma, a pergunta norteia
toda a tendenciosidade do artigo. E como todas as seitas costumam fazer, Mott
ataca diretamente a pessoa, o caráter e a missão de Jesus, esvaziando os conteúdos
da fé cristã para tentar demonstrar que Jesus era homossexual.
Mott começa seu ataque levantando dúvidas quanto à existência histórica de Jesus
de Nazaré. Causa estranheza que um doutor em Antropologia, supostamente familiarizado
com a História, alegue a inexistência da maior personalidade de todos os tempos.
Até mesmo os inimigos de Jesus deram testemunho dele. Isso para não falar que
a própria História foi dividida entre antes e depois de Cristo. Se a existência
de Jesus foi uma fraude, César, Nero, Napoleão e Hitler são meras projeções
da mente humana, pois a mesma História registra a existência e os atos de cada
um. Entre os testemunhos históricos extra-bíblicos acerca de Jesus estão os
de Flávio Josefo (historiador judeu 37-95 d.C.), do Talmude (coleção de doutrinas
e comentários rabínicos acerca da Lei, elaborada a partir do primeiro século
da Era Cristã), os Anais de Cornélio Tácito (historiador romano, morto em 120
d.C.), Caio Suetônio Tranqüilo (escritor e senador romano que viveu entre 69-141
d.C.), Plínio, o Moço (governador romano entre 62-113 d.C.), Adriano (imperador
de Roma entre 117-138 d.C.), Luciano de Samosata (poeta grego do começo do segundo
século), Júlio Africano (cronologista, comentando os escritos de um historiador
samaritano chamado Talo, datados do ano 52 d.C.), Mar Bar-Serápio (prisioneiro
sírio escrevendo uma carta a seu filho por volta do ano 73 d.C.).
Corroborando os registros anteriores, Joseph Klausner, ex-professor de Literatura
Judaica em Jerusalém, afirma em seu livro Jesus of Nazareth: "Se apenas possuíssemos
estes testemunhos, saberíamos efetivamente que na Judéia viveu um judeu chamado
Jesus, a quem chamaram o Messias, o qual fez milagres e ensinou o povo; que
foi morto, por ordem de Pôncio Pilatos, por denúncia dos judeus..." Portanto,
Luiz Mott precipita-se quando afirma que "a fé é sempre um passo no escuro".
Os cristãos, além do resplendor da infalível e inerrante Palavra de Deus, possuem
as luzes da História. É como disse Jesus: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue
não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida" (João 8:12).
Além das contradições no campo da História, Mott não perde a oportunidade de
pecar contra a verdade bíblica no campo da Teologia. Em seu panfleto "O que
todo cristão deve saber sobre homossexualidade", o "Grupo Homossexual da Bahia",
instituição presidida por Luiz Mott, apresenta dez motivos por que a Bíblia
supostamente não reprova a homossexualidade. Seu primeiro equívoco foi dizer
que "a palavra homossexual só foi inventada em 1869... Portanto, como a Bíblia
foi escrita entre dois e quatro mil anos atrás, não poderiam os escritores sagrados
ter usado uma palavra inventada só no século passado". Isso demonstra total
falta de compreensão sobre o que significam terminologia e conceito. A palavra
homossexual, ou homossexualismo, é termo recente, mas o conceito é antigo. É
o próprio Mott quem diz que "a prática do amor entre pessoas do mesmo sexo,
porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia". Portanto, a Bíblia fala sobre
a prática homossexual mesmo sem utilizar a terminologia moderna, uma vez que
a homossexualidade sempre foi contemporâneo dos escritores bíblicos.
Mott vai além da guerra de palavras e ataca o Levítico afirmando que "do imenso
número de leis do Pentateuco apenas duas vezes há referência à homossexualidade
(...) que inúmeras outras abominações do Levítico como comer carne de
porco ou o tabu em relação ao esperma ou ao sangue menstrual (...) foram completamente
abandonadas". O que o antropólogo ignora é que se há duas referências à homossexualidade
no Pentateuco (Levítico 18:22; 20:13), e ambas são proibitivas e punitivas,
já se vê que Deus reprova a prática da homossexualidade sem necessidade de qualquer
outro argumento. Além deste erro grosseiro, confundir preceito moral com cerimonial
ou seja, rituais é um equívoco imperdoável mesmo para um iniciante
em hermenêutica. Cerimônias foram removidas mediante o sacrifício de Cristo
na cruz (Colossenses 2:14-17) Moralidade, não.
Copiando na íntegra o desgastado argumento da homossexualidade entre Davi e
Jônatas, Mott pergunta retoricamente: "Se a homossexualidade fosse prática tão
condenável, como justificar a indiscutível relação homossexual existente entre
o rei Davi e Jônatas?" Indiscutível sobre que bases? Na verdade, quando Davi
disse que o amor que sentia por Jônatas ultrapassava o de mulheres, ficou claro
que este amor não tinha qualquer conotação erótica. Vale destacar o comentário
exegético do rabino Henry I. Sobel à revista Ultimato, de setembro/outubro de
1998: "... a palavra hebraica ahavá não significa apenas amor no sentido conjugal/sexual.
O verbo usado na Torá (a Bíblia hebraica) é ahavá. É por razão lingüística
e não por falso pudor que a maioria das traduções bíblicas cita 1Samuel
1:26 assim: Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres".
Os "intelectuais" da militância homossexual teimam em ignorar os fatos. Além
do problema com a História e a Teologia, revelam total desconhecimento da geografia
da Terra Santa. Argumentando sobre o texto de Eclesiastes 4:11 ("Também, se
dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?"), tentam
demonstrar que num clima quente como o da Judéia dormir juntos só pode ter conotação
erótica. Ignoram, porém, que em Israel também neva. Exemplo disso é o rigoroso
inverno que em janeiro deste ano atingiu a Terra Santa, espalhando neve por
toda parte. Além de acusarem Davi de homossexualidade, os militantes sugerem
que Salomão mulherengo como era! teria escrito a favor da homossexualidade,
o que não encontra respaldo hermenêutico no contexto do versículo que, na verdade,
fala de cooperação mútua.
Falando sobre Sodoma e Gomorra, a militância homossexual afirma que quando os
homens daquelas cidades pediram a Ló para conhecer os visitantes (os dois anjos
com aparência humana) eles não pretendiam manter relações sexuais com eles:
"...maliciosamente se interpretou o verbo conhecer como sinônimo
de ato sexual." É verdade, porém, que o verbo que aparece neste
contexto é o hebraico yada, que tem vários significados e, segundo, especialistas,
aparece mais de 900 vezes no Antigo Testamento, por exemplo: Saber Gênesis
15:8; dar-se conta Gênesis 3:9; reconhecer Gênesis 12:11; conhecer
pessoas Gênesis 29:5; ser esperto em algo 1Reis 9:27; ter relações
sexuais Gênesis 4:1; 19:5; 19:8; Juízes 19:22. Na história de Sodoma
e Gomorra, esse verbo tem conotação sexual (Gênesis 19:5 a ameaça dos
homens o demonstra claramente), pois a resposta de Ló oferecendo suas duas filhas
virgens só tem conotação sexual.
Mas eles não queriam as mulheres. Seu desejo era homossexual. Uma das melhores
traduções da Bíblia foi feita pelo judeu André Chouraqui e chama-se A Bíblia
No Princípio. A tradução literal em sua Bíblia é: "Faze-os sair até nós,
vamos penetrá-los (Gênesis 19:5). E: "Tenho duas filhas que homem algum
jamais penetrou (Gênesis 19:8). Isso está em completa harmonia com o ensino
do Novo Testamento em Judas 7, que confirma que a intenção dos homens de Sodoma
era realmente de violação homossexual, assim como o demonstram 2Pedro 2:7-10
e 1Timóteo 1:8-10 que lista diversas violações da lei colocando os sodomitas
lado a lado com os parricidas, matricidas e roubadores de homens.
"Não há evidência histórica ou arqueológica confirmando a real existência de
Sodoma e Gomorra", dizem os militantes. Por que, então, eles perdem tanto tempo
com toda a argumentação discutida até aqui? Entretanto, erram por não levar
em consideração os últimos achados arqueológicos. Bryan Wood, diretor da Associates
for Biblical Research (Associados para a Pesquisa Bíblica), afirma: "Quando
empregamos as informações disponíveis das escavações e o emparelhamento geográfico
destas cidades, podemos identificar Bab edh-Dhra como Sodoma, Numeria como Gomorra,
es-Safi como Zoar, Feifa como Admá e Khanazir como Zeboim. Ele acredita que
a evidência é imperiosa e por isso conclui: Estas cidades da Era do Bronze
Antigo, descobertas no país da Jordânia logo ao sudeste do Mar Morto, formam
uma linha norte-sul ao longo da bacia sul do Mar Morto. Elas todas datam do
tempo de Abraão e parece que são verdadeiramente as cinco cidades da planície
mencionadas no Antigo Testamento".
Tentando neutralizar os escritos paulinos contra o comportamento homossexual,
os militantes argumentam que as palavras efeminados e sodomitas empregadas em
1Coríntios 6:9-11 foram mal traduzidas. Entretanto, as palavras gregas malakoi
e arsenokoitai têm significados específicos. Malakoi significa "macio ao tato".
Arsenokoitai é composta de duas outras palavras arsen (macho) e koitai (cama).
Em outras palavras, esse termo se refere aos homens que vão para a cama com
outros homens. Mas homossexualidade não é o único pecado sexual condenado na
passagem em questão. Pornoi (fornicadores) e moichoi (adúlteros) mostram que
não é só a homossexualidade que exclui pessoas do reino de Deus. Em contrapartida,
o texto deixa claro que ninguém precisa permanecer excluído do reino, pois na
igreja que estava em Corinto (cidade extremamente libertina onde a homossexualidade
e a pedofilia eram considerados normais) havia alguns que deixaram a homossexualidade,
bem como os outros pecados.
"Jesus Cristo nunca falou nenhuma palavra contra os homossexuais!", bradam os
militantes. Mais uma tentativa frustrada para perverter a simplicidade do Evangelho.
O fato de Jesus nunca ter mencionado especificamente a homossexualidade não
significa sua aprovação. Ele também não se pronunciou claramente sobre muitos
outros problemas sociais, tais como: seqüestros, abuso sexual, prostituição
infantil, tráfico de drogas. Entretanto, a Palavra apresenta direta e indiretamente
os princípios inegociáveis de Deus para a moralidade e dignidade humanas. Na
verdade, ao se referir ao plano de Deus para a sexualidade, Jesus reafirmou
o ensino vetero-testamentário sobre o casamento heterossexual e monogâmico (Mateus
19:4-6). A única alternativa ao casamento nestes termos é o celibato voluntário,
concessão que Ele abriu ao ensinar que é melhor ser eunuco pelo Reino de Deus
do que se divorciar e casar-se de novo (Mateus 19:9-12). Quanto à alegação de
que Jesus era homossexual porque "conviveu predominantemente com os apóstolos
(todos homens), que ele era muito sensível falando de lírios do campo, que era
amigo de muitas mulheres, que tinha muita sensibilidade com as crianças ou,
ainda, que nutria uma predileção por João", só revela a falta de bom senso que
patologiza as relações mais simples e puras entre um homem e seus semelhantes.
Certamente, uma compreensão correta da natureza divino-humana de Jesus jamais
permitiria sequer uma suposição destas. O Deus Eterno que se fez homem jamais
nutriria por suas criaturas qualquer tipo de amor que não fosse puramente ágape
(amor de Deus pelos homens). E foi exatamente isso que Jesus demonstrou por
todos. Mas Luís Mott prefere extrair sua cristologia deturpada de conceitos
mitológicos sobre deuses como Zeus e Oxalá, "andróginos e praticantes do homoerotismo"
(atração física entre seres do mesmo sexo) como seus idealizadores. Por isso,
ele não consegue perceber nos relacionamentos de Jesus nada maior do que a interação
entre iguais. Ele perde a oportunidade de ver a beleza do relacionamento Criador-criatura,
Salvador-pecador, Senhor-servo, Mestre-discípulo e, especialmente, Pai-filho.
É intrigante o fato de que o "Grupo Homossexual da Bahia", presidido por Luiz
Mott, autor da maioria dos argumentos refutados acima, seja o idealizador da
chamada "Ação Cristã Homossexual". Esse grupo que passa horas de pesquisa para
tentar provar que Jesus é um mito, e que se fosse um personagem histórico seria
homossexual, e que questiona os relatos bíblicos rejeitando sua interpretação
literal pretende convencer-nos de que é ação, instituição ou movimento cristão.
Como é possível tal contradição? É óbvio que o objetivo não é o de aproximar
os homossexuais do Evangelho do Reino de Deus. É, antes, uma estratégia para
impedir que eles cheguem ao pleno conhecimento da verdade. São como os intérpretes
da lei a quem Jesus denunciou, dizendo: "Ai de vós, intérpretes da lei! Porque
tomastes a chave da ciência; contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes
os que estavam entrando" (Lucas 11:52).
9.3 O REVISIONISMO DAS ESCRITURAS
Não podemos apoiar o posicionamento revisionista das Escrituras, pois pretende
interpretar a homossexualidade apenas como outro estilo de vida disponível aos
cristãos. As pessoas que foram inspiradas por Deus para escrever a Bíblia não
teriam se referido à homossexualidade com tal aversão se não fosse uma prática
errada aos olhos de Deus.
Quando o maligno alcança sucesso e faz um homossexual acreditar que a verdade
e a graça de Jesus não são importantes, ele leva este indivíduo a sentir-se
livre e confiante em sua identidade homossexual. E ao experimentar sua primeira
relação homossexual, faminto por intimidade com o mesmo sexo, ele é batizado
no estilo de vida homossexual, ativando assim o plano de mudança elaborado pelo
inimigo. Inicia-se um processo no qual a verdade se torna mentira e vice-versa.
O que antes era um problema, um conflito ou um pecado para o homossexual, torna-se
o lado mais importante de sua existência. São inúmeras informações científicas
a favor da homossexualidade, apresentando-o como uma variação genética normal.
Nesse sentido, concedendo insensibilidade moral, livrando o homossexual de se
culpar pelas escolhas que determinam sua conduta e estilo de vida. Além disso,
o distanciam do reconhecimento dos traumas e sofrimentos passados que deram
origem à sua inclinação homossexual. Então como nós cristãos podemos alcançá-los
e ajudá-los?
Nesta hora difícil, há duas coisas que devemos fazer. São duas coisas que não
andam comumente juntas. Temos de nos abrir para o Espírito Santo, em algum momento
da vida o homossexual vai procurar um meio de se ver livre da depressão, do
vazio ou da opressão que o perturba, assim como aconteceu comigo. Assim que
receber assistência espiritual adequada para os problemas que o trouxeram à
igreja, ele provavelmente se abrirá para Jesus. Com a ajuda do Espírito Santo
e seus dons, é possível levá-lo a experimentar o amor de Cristo. Assim ele vai
à igreja em busca de solução para um problema específico e acaba ganhando uma
chance de sentir a misericórdia do Senhor. Essa oportunidade pode ser bem positiva
e na maioria dos casos o homossexual só sente o desejo de abandonar seu estilo
de vida depois de ter uma experiência real com Jesus. Contudo não podemos cair
no erro de aceitar o homossexual e, junto à homossexualidade, nem no erro de
rejeitar o indivíduo que está nesta prática.
Devemos apresentar o mesmo amor e compaixão de Jesus Cristo, e ao mesmo tempo
proclamar destemidamente a verdade que o próprio Jesus proclamou e personificou.
Devemos colocarmo-nos no lugar da outra pessoa, apreciar a humanidade que temos
em comum. Isso muitos de nós não podem ou não querem fazer. É natural que heterossexuais
sintam um certo grau de aversão aos atos homossexuais. Os heterossexuais devem
considerar bem-aventurados pelo fato de existirem alguns atos pecaminosos aos
quais não somos naturalmente arrastados. Entretanto, aversão a um tipo de comportamento
não é a mesma coisa que aversão à pessoa que procede daquele modo. Se não consegue
simpatizar com um homossexual por medo ou por aversão a eles, você está decepcionando
o Senhor. Você é culpado de orgulho, timidez ou arrogância. E se você estiver
sendo pedra de tropeço para alguém, cuidado! Você poderá estar amarrando uma
pedra de moenda em torno de seu pescoço. Nós da igreja temos a oportunidade
de falar, com nossas palavras e nossas vidas, sobre o amor de Deus para com
o homossexual. Se verdadeiramente os amarmos, agiremos em consonância com esse
amor. Devemos começar erradicando nossas atitudes para com os homossexuais.
Devemos parar com as piadas maldosas e com os insultos, pois essas coisas ferem.
Devemos aprender a lidar com nossas próprias reações emocionais e decidir amar.
Devemos transformar a Igreja em um lugar no qual a pessoa que sente desejo homossexual
possa ser abraçada. Devemos fazer uma Igreja onde um homem ou uma mulher arrependidos
possam falar sobre o desejo sexual que sentem e ainda assim receber apoio, compreensão
e sinceras orações.
Você estaria disposto a orar, fazer refeições, compartilhar situações da vida
com uma mulher ou um homem que sente desejos homossexuais? Fazemos isto
freqüentemente, quando comemos com glutões, fazemos compras com avarentos, cumprimentamos
os orgulhosos e descansamos com os indolentes, sem nos darmos conta do fato.
Tal como os outros partilham suas vidas conosco sem dar-nos conta de nossos
pecados escondidos. Em suma, compartilhamos a vida, sabedores ou não da homossexualidade
alheia. Apenas precisamos continuar a fazê-lo conscientemente e com amor.
Devemos também falar a verdade, se amamos verdadeiramente, não devemos nos esquivar
de transmitir a visão de Deus sobre o comportamento homossexual. Amados, precisamos
avançar em nome daquele que nos salvou e reivindicarmos para ele essas ovelhas
perdidas. O Criador quer suas criaturas. Ele não quer que ninguém seja destruído
pelos males desta geração. Que as igrejas se disponham a receber o homossexual
com braços abertos e cheios de graça. Só assim eles terão a oportunidade de
conhecer o bom Pastor e ser livres das forças carnais e demoníacas da identidade.
Não existe uma saída fácil para o homossexual: a estrada da vitória é bastante
estreita, e passa pela cruz. Mas aqueles que se decidirem a palmilhar este caminho
podem estar certos da presença de um Companheiro, o Espírito Santo de Deus,
que lhes dará forças para a jornada, e que finalmente os levará à libertação
total. Nosso Senhor ainda está proclamando liberdade aos cativos e ainda liberta
os que se acham oprimidos.
10 A HOMOSSEXUALIDADE E O CRISTÃO
Como homossexual, creio que meus desejos sexuais são naturais e normais para
mim. Por que é que isso vai contra a vontade de Deus? A homossexualidade é contra
a vontade de Deus porque nunca formou parte do seu propósito ou plano para o
comportamento sexual humano. Sabendo da necessidade de Adão de companhia física
e emocional, Deus não criou para ele outro homem senão uma mulher (Gênesis 2:18-25;
1Coríntios 11:9). Foi este o plano original de Deus, um plano que é óbvio na
natureza física com a função complementaria dos órgãos sexuais dos dois sexos
e nos temperamentos complementares deles. Antes da queda do homem, só existia
o relacionamento entre homem e mulher. Com toda a vida nesta terra, esta relação
foi distorcida e mudada pela queda do homem. Isso resultou em casos de poligamia
(mais de uma esposa, Gênesis 4:19), adultério (Gênesis 12:17 e 26:10), incesto
(Gênesis 19:23), prostituição (Gênesis 38:15) e estupro (Gênesis 34:2). Relações
homossexuais também resultaram da queda. Uma pessoa pode pensar que sua orientação
sexual é natural para si, mas lembre-se de que os sentimentos podem nos desviar
do caminho certo (Jeremias 17:9). O que nós sentimos ser certo não é necessariamente
certo somente por causa dos nossos sentimentos. O importante é viver segundo
os princípios da Palavra de Deus e não segundo os nossos desejos e sentimentos.
Já ouvi que em nenhuma parte da Bíblia é realmente condenada a homossexualidade.
Até tenho ouvido que a palavra homossexual nem aparece nas Escrituras. Isso
é verdade? A verdade é esta: Primeiro, você precisa resolver se vai aceitar
a Bíblia como a Palavra de Deus e como a nossa autoridade absoluta na fé e na
conduta. Também você precisa crer que as Escrituras são relevantes e aplicáveis
na vida de hoje (2Pedro 1:21). Creio que a Bíblia é a palavra inspirada por
Deus, que não contém nenhum erro e que esta palavra se aplica às nossas vidas
hoje (Isaías 40:8; Salmo 119:160; 2Timóteo 3:16). A resposta a esta pergunta
é que a Bíblia condena no Velho e também no Novo Testamento toda conduta homossexual
(Levítico 18:22; Levítico 20:13; Romanos 1:24-32; 1Coríntios 6:9-10). Desde
que a palavra homossexual é relativamente nova, ela não aparece
na linguagem original da Bíblia. Deus, portanto, não precisava de um título
moderno para descrever esta conduta. Além disso, a palavra homossexual
é um termo geral que se refere a uma variedade de atividades realizadas por
um sexo só. Deus, porém, é muito mais específico na sua Palavra. Há várias palavras
em hebraico (as línguas originais das Escrituras) que descrevem muito bem os
tipos de comportamento sexual que Deus não aprova. O comportamento sexual pecaminoso
inclui: relações sexuais fora do casamento, relações sexuais sem o propósito
do casamento, adultério, relações sexuais entre membros da mesma família, relações
sexuais com animais, prostituição masculina e feminina e todo ato sexual passivo
e agressivo com o mesmo sexo. (Nota: Todas as referências à homossexualidade
nas Escrituras se referem à relação sexual entre homens, exceto Romanos 1:26,27,
que é o único lugar onde vemos que Deus condena também a homossexualidade entre
as mulheres).
Já que vivemos sob a graça e não sob a lei, por que é que temos que nos preocupar
com critérios não-válidos do Velho Testamento, leis levíticas que tratam de
cerimônias, comidas e sexo? Muitas pessoas crêem que podemos ignorar a lei da
santidade do Velho Testamento que Deus deu a Moisés quando viajava com os israelitas
no deserto. Dentro daquela lei, achamos o critério de Deus para atos sexuais,
incluindo a condenação por Ele da homossexualidade. O argumento que segue vai
assim: Se vivemos sob a graça e não sob a lei, então podemos nos esquecer
da condenação de Deus aos homossexuais achada em Levítico 18:22 e Levítico 20:13.
Alguns dizem que estas leis já não se aplicam mais a nós, ou que Deus só deu
estas leis para estimular o crescimento da população dos israelitas, assegurando
assim a sua sobrevivência. Na realidade, Deus proibiu o adultério e o incesto.
Muitas vezes, Deus mandou os israelitas guerrearem com outros povos, matando
todos aqueles que desobedecessem a sua lei moral. Tudo isto ajudou a reduzir
a população. É evidente, portanto, que Deus não se preocupava com a qualidade:
foi, e ainda é, a qualidade! Além disto. O código de santidade de Deus para
os israelitas tinha duas categorias: as leis cerimoniais ou simbólicas e as
leis morais. As leis cerimoniais tratavam de adoração religiosa,
leis dietéticas, roupa e vários aspectos culturais que representavam um povo
separado para Deus. Estas leis cerimoniais também simbolizavam a futura vinda
de Cristo, o Messias e eram, por conseqüência, temporárias (Atos 10:15). As
leis morais, porém, constituíam os critérios de Deus para a humanidade e não
se limitavam à cultura judaica; eram universais. Estas leis morais, portanto,
eram permanentes (Salmo 119:150). Aplicam-se a todas as culturas, inclusive
a nossa sociedade moderna. É óbvio que os mandamentos ligados à sexualidade
e à homossexualidade fazem parte das leis morais de Deus. Jesus cumpriu a lei
cerimonial ou simbólica (Efésios 2:15), e Ele não veio para acabar com a lei
moral (Mateus 5:17-19). Jesus falou dos mandamentos morais do Velho Testamento
(Mateus 5:19).
Jesus disse alguma coisa a respeito da homossexualidade? Diretamente não. Há,
porém, muitas coisas ditas por Jesus que não foram gravadas na Bíblia (João
21:25). Ele poderia ter mencionado, mas é provável que não tivesse ocasião para
fazê-lo, pois os judeus da sua época eram muito contra esta prática. Há muitos
assuntos que Jesus não mencionou, como incesto, estupro e bestialidade. O ato
de Jesus não ter mencionado estas práticas não quer dizer que sejam boas. Jesus
sempre apoiava a lei do Velho Testamento (Mateus 5:17-19) e esta condenava a
homossexualidade. As referências de Jesus à sexualidade, tinham a ver com atos
heterossexuais. A única alternativa ao casamento mencionada por Jesus foi o
celibato que implica em nenhum tipo de relação sexual (Mateus 19:12).
Também podemos dizer que não houve nada de homossexualidade praticada entre
os discípulos. Com certeza se tivesse tido tal caso, os inimigos de Jesus teriam
exposto logo, porque a homossexualidade era crime que podia ser castigado com
a morte.
Apesar das dificuldades, estou satisfeito com o estilo de vida homossexual.
Não tenho desejo de me tornar heterossexual. Não acho justo Deus requerer que
eu abandone a vida que tenho e que tente viver como heterossexual. O que é que
devo fazer? Deus não está pedindo que você se torne heterossexual. Pois o seu
alvo não é ser heterossexual e sim ser reconciliado com Deus. Deus não está
pedindo que você deixe a vida homossexual só para entrar numa vida de heterossexualidade.
As pessoas heterossexuais não gozam da bênção de Deus só por não serem homossexuais.
Lembre-se disto: Deus não odeia os homossexuais. Este não é o pior e único pecado.
Deus tem, sim, um ódio do pecado. Ele odeia os pecados heterossexuais tais como
o adultério, incesto, tanto como Ele odeia a homossexualidade. O homicídio,
o roubo, a mentira, falar mal dos outros, também são pecados. Deus odeia o pecado
porque sabe que este resulta na corrupção, na destruição e no castigo eterno.
Deus odeia todo pecado, inclusive o da homossexualidade, porque Ele vê o que
faz àquele que Ele criou e que Ele ama. Deus é amor. Porém, seu amor nunca justifica
nosso comportamento pecaminoso. Ele deseja nos perdoar e transformar para que
possamos agradá-lo. O que nós precisamos é da disposição para sermos transformados.
Quando Deus requer a transformação, Ele também a facilita (Marcos 10:27; Filipenses
4:14). A única relação sexual abençoada por Deus é entre homem e mulher
que se comprometeram a viverem a vida toda juntos, (Hebreus 13:4). Todas as
outras relações sexuais são pecado, quer a homossexualidade, quer a heterossexualidade.
Nenhum argumento nem filosofia dos homens mudará Deus e aquilo que Ele já tem
dito a respeito do pecado, inclusive a homossexualidade (Malaquias 3:6).
Deus nunca vai mudar a sua lei para satisfazer desejos humanos. As suas
maneiras podem nos parecer injustas, mas Deus é Deus. Não cabe a nós discutirmos
seus critérios. Devemos simplesmente obedece-los. Embora você esteja gostando
por enquanto desta vida homossexual (A Bíblia diz que o pecado dá prazer passageiro
Hebreus 11:25) a única coisa que lhe dará satisfação e esperança eterna
vai ser uma relação vital com Deus. Deus nos criou com uma necessidade dele
que nenhuma outra coisa pode nos satisfazer. Quando não temos este relacionamento
certo com Deus, procuramos em toda parte e experimentamos todas as coisas na
tentativa de satisfazer esta necessidade que temos. Porém, filosofias, estilos
de vida, dinheiro, coisas materiais, sexo até religião, não pode substituir
a Deus.
Se Deus é um Deus de amor, como Ele pode condenar as pessoas? É verdade que
Deus é amor (1João 4:8). Porém, o tipo de amor que Deus tem não é igual ao amor
humano. Deus também é verdade (João 14:6,7). O amor de Deus não elimina a sua
verdade. De fato, a justiça de Deus é baseada na verdade (Romanos 2:2). Jesus
veio à terra para nos mostrar o amor de Deus e Ele provou seu grande
amor pela humanidade morrendo por nós (João 3:16,17). Jesus amou tanto as pessoas
que tinha que ser honesto com elas. Ele estava até disposto a enfrentar e ofender
as pessoas com a verdade para que elas se arrependessem do pecado e fossem salvas.
Jesus repreendeu Pedro por causa de uma atitude errada (Marcos 8:33). Em Mateus,
capítulo 23, Jesus criticou os hipócritas religiosos e também ameaçou de castigo
um pecador se este não se arrependesse (João 5:14). Jesus não condenou as pessoas.
Porém, Ele condenou suas ações e atitudes erradas (Mateus 23:27,28; Marcos 7:20-23).
Jesus advertiu que se eles não se arrependessem e não se voltassem a Deus, iriam
sofrer o tormento eterno no inferno depois da morte (Lucas 13:4-5; Atos 17:30,31).
Muitas pessoas acabam indo para o inferno por causa da queda do homem no Jardim
do Éden (Gênesis 3). Toda a criação de Deus, inclusive a criação humana, ficou
contaminada com o pecado. A pessoa pode ser homicida, prostituta, homossexual,
ou a avó mais doce do mundo todos têm sido afetados pela maldição do
pecado. O pecado nos separa de Deus aqui na terra e resultará na nossa eterna
separação de Deus após a morte (Isaías 59:1,2). A boa notícia, porém, é esta:
Agora é possível sermos reconciliados com Deus e desejáveis a Ele por meio de
perdão de nossos pecados através de Jesus, que tem providenciado uma maneira
para nós voltarmos a Deus! Através da fé em Jesus, nossos pecados não nos separarão
de Deus (Efésios 2:8; Lucas 7:50; Gálatas 3:26). Desde que Jesus teve de sacrificar
a sua vida para providenciar este caminho a Deus para nós, Deus julgará severamente
todos os que rejeitarem Jesus (todos os que o desobedecerem) e a seus ensinamentos.
Aqueles que rejeitam direta ou indiretamente a Jesus não são purificados da
contaminação do pecado, e Deus não deixou que o pecado e a corrupção exista
no céu. A Bíblia diz que nenhum de nós é bastante bom ou justo para entrar no
céu sem ser purificado por meio da fé em Jesus (Romanos 3). Embora o julgamento
de Deus seja justo e terrível, não é necessário que ninguém vá para o inferno.
É por isso que Jesus forneceu para nós uma maneira de escapar! Todos aqueles
que vêm a Jesus para receber seu perdão e sua purificação não serão rejeitados
(João 6:37).
10.1 O HOMOSSEXUAL COMO CRISTÃO
Primeiro, precisamos decidir o que é, realmente, um cristão. Em breves palavras,
um cristão é alguém que vive em obediência aos ensinamentos de Jesus Cristo
apesar do sacrifício envolvido nesta vida, reconhecendo que os ensinamentos
de Jesus são verdade (João 14:6 e 18:37). Esta obediência é o que Deus requer
daqueles que vão para o céu. É uma prova do nosso amor por Deus e pelos nossos
irmãos (João 14:25; 14:23-41; Hebreus 5:9; 1Pedro 1:22). Esta obediência só
é possível depois de uma experiência sobrenatural que Jesus chama de novo nascimento
(João 3:3). Nascer de novo pelo Espírito de Deus é resultado da fé em Jesus:
fé no testemunho de Jesus a respeito de quem ele é, porém, algo muito além da
simples crença (Tiago 2:19). A fé salvadora realmente confia em Deus e crê no
que Jesus tem dito a tal ponto, que a pessoa faz um compromisso vital para seguir
o caminho de Cristo. Para poder fazer este compromisso, é preciso abandonar
tudo aquilo que Deus diz ser pecado. A Bíblia diz que se a pessoa nascer de
novo, viverá para agradar a Deus, obedecendo a sua palavra (João 8:31).
A Bíblia também diz que a pessoa nascida de novo não viverá no pecado continuamente
(1João 3:9,10). A pessoa nascida de novo não continuará a ser escrava do pecado
e das suas paixões (Romanos 6). Ela abandonará os maus caminhos (Romanos 6;
Hebreus 10:26,27). Mesmo que uma pessoa ainda tenha que lutar contra o pecado
depois de nascer de novo, (Romanos 7; 1Coríntios 10:13; Tiago 1:2), ela não
permanecerá num estilo de vida contrária à Palavra de Deus (João 14:23,24).
A palavra de Deus é muito clara no ponto da homossexualidade ser pecado. A Bíblia
também é muito clara em dizer que todos aqueles que continuarem a praticar e
a viver no pecado sexual não entrarão no céu, mas serão julgados e punidos eternamente
(1Coríntios 6:9,10; Gálatas 5:19-21; Apocalipse 21:7,8). Uma pessoa pode dizer
que é cristã, mas a Bíblia diz que nossas ações revelam a verdade mais do que
nossas palavras (Gálatas 5:19-25; Mateus 15:7,8; Tito 1:16). Baseado naquilo
que diz a palavra (não a minha opinião pessoal), não é possível você ser cristão
e continuar a praticar a homossexualidade. É uma contradição total à Palavra
de Deus. Lembre-se sempre disso: quando Deus requer a transformação, Ele nos
dá o poder de nos tornarmos os seus filhos (João 1:14).
Mesmo declarando-se cristãos, mesmo reunindo-se numa congregação cristã, mesmo
louvando a Deus com hinos e outras expressões cristãs de culto, mesmo alimentando
a esperança cristã de salvação e ressurreição, mesmo ordenando seus próprios
pastores homens e mulheres homossexuais são no mínimo cristãos deficitários.
Essa é a expressão mais cuidadosa, mais gentil, mais polida que se pode usar.
A expressão menos polida embora verdadeira seria cristãos aparentes
ou nominais.
Os heterossexuais que não oferecem resistência às suas fantasias sexuais e se
entregam ao adultério e à prostituição, e ainda se afirmam cristãos, estão negando
sua fé e dando boas e suficientes provas de que não são cristãos, senão de boca,
pois pelos frutos se conhece a árvore (Mateus 7:16). O mesmo se pode dizer dos
homossexuais que se entregam aos seus desejos por dificuldade, fraqueza ou convicção.
Homossexuais e lésbicas cristãos são cristãos deficitários porque Jesus deixou
bem claro que o pecador que pretende seguí-lo precisa primeiro negar-se a si
mesmo e dia a dia tomar a sua cruz (Lucas 9:23). Homossexuais e lésbicas cristãos
são cristãos deficitários porque não se arrependeram de seus pecados e querem
ser cidadãos do reino de Deus, levando consigo sua carga pecaminosa. Todos os
profetas, todos os apóstolos, João Batista e o próprio Jesus anunciaram o arrependimento
como o portão de entrada para o perdão de pecados. O arrependimento tem de ser
verdadeiro, tem de produzir frutos visíveis e diferentes dos anteriores. O batismo
não substitui o arrependimento. As emoções e o palavrório cristão sem o arrependimento
não valem nada (Mateus 3:7-10).
Homossexuais e lésbicas cristãos são cristãos deficitários porque não
experimentaram mudança alguma. Não nasceram de novo (João 3:3) nem são novas
criaturas (1Coríntios 5:10). Não há nada de novo na vida deles. As coisas antigas
não passaram, não se fizeram novas. Não houve conversão. Homossexuais e lésbicas
cristãos são cristãos deficitários porque desistiram da luta, foram aconselhados
por psicólogos, conselheiros e ministros religiosos não comprometidos com a
verdade a assumirem suas tendências, suas preferências e seus prazeres. Para
se tornarem desculpáveis, puseram-se a torcer as Escrituras a seu prazer e necessidade,
de modo que elas viessem a concordar com eles e não eles com elas (2Pedro 3:14-18).
Homossexuais e lésbicas cristãos continuarão sendo cristãos deficitários ainda
que o Congresso aprove o projeto de autoria da Deputada Marta Suplicy a favor
da união civil entre pessoas do mesmo sexo e ainda que haja absoluta fidelidade
entre um homossexual e seu companheiro ou entre uma lésbica e sua companheira.
Simplesmente porque Deus os fez homem e mulher e porque só entre um e outro
há uma relação legal aos olhos do Criador e soberano Senhor. Homossexuais e
lésbicas só deixarão de ser cristãos deficitários quando se comportarem como
alguns efeminados e sodomitas da cidade grega de Corinto, conhecida como a capital
do gozo e da permissividade (500 mil habitantes no primeiro século). Estes,
ao ouvir a pregação do evangelho, abandonaram sua conduta anterior e se tornaram
ex-efeminados e ex-sodomitas.
11 SINTO SER DIFERENTE
Como podemos avaliar da melhor maneira possível a percepção dos homossexuais
de sempre terem se sentido diferentes? Permanece o fato de que muitos
homossexuais afirmam que sempre tiveram sentimentos homossexuais e que, portanto,
nunca escolheram ser homossexuais. Quando se fala com um homossexual, ouve-se
essa percepção repetida tão freqüentemente que é fácil acreditar que a homossexualidade
dever ser algo inato.
Entretanto, essa auto-percepção dos homossexuais diz pouco ou nada a respeito
da origem verdadeira da homossexualidade, porque a percepção em si pode ser
uma interpretação inexata ou uma turva lembrança de outra coisa completamente
diferente. A pergunta verdadeira é: Quão importantes são tais sentimentos?
O que significaram tais sentimentos quando ocorreram pela primeira vez, e, eles
significam o mesmo agora? A interpretação de tais sensações reflete, de maneira
precisa, a predeterminação biológica, ou foi colorida ou interpretada pela própria
experiência homossexual? Além disso, tais sentimentos parecem ser prontamente
explicados por outros fatores.
Roger Montgomery, por exemplo, um ex-prostituto homossexual, foi várias vezes
estuprado, quando criança, pelo vizinho homossexual. Muito confuso e assustado
com as ameaças desse homem para que não falasse nada a ninguém, só restava a
Roger se submeter. Mas, aos poucos aconteceu uma transformação. O que foi inicialmente
uma experiência muito dolorosa e horrível, começou a ser visto como algo que
trazia prazer. Essa foi a única experiência de sexo que Roger teve e o que ele
aparentemente, por falta de uma palavra melhor, gravou na mente.
Isso explica porque Roger nunca teve a percepção de desejos heterossexuais.
Através de tais experiências, sua orientação se tornou fixa e ele
tinha pouca necessidade ou desejo de relações heterossexuais. Isso levanta uma
questão bastante séria. Quantos homossexuais podem se lembrar de só terem desejos
homossexuais porque essa foi a única sexualidade à qual foram submetidos?
Em outras palavras, a incapacidade dos homossexuais de se lembrarem da opção
pela homossexualidade pode ser apenas meia-verdade. A sexualidade humana parece
ser um estudo neutro no qual tanto a homossexualidade quanto a heterossexualidade
podem ser gravados pela experiência ou pela prática constante. Roger, por exemplo,
foi uma vítima que nunca teve, por inteiro, a oportunidade de escolha. Mas mesmo
assim, isso não garantiu que se tornasse homossexual, como ele mesmo confessou:
Foi um erro muito grande ter permanecido em silêncio, pois se tivesse
podido compartilhar minha situação com a pessoa certa, estou convencido que
teria levado uma vida heterossexual normal e saudável.
A incapacidade de lembrar a escolha não significa que não houve tal escolha.
Os homossexuais continuam diariamente a fazer escolhas para permanecerem homossexuais.
Quaisquer que sejam as influências existentes na vida de uma pessoa evidentes
ou sutis que encorajam direcionamentos de estilo de vida, a questão chave
é como uma pessoa reage para com elas: Nós reagimos a essas influências com
atos responsáveis próprios, sutis ou óbvios, adicionando nossas próprias escolhas
à infinidade de influências que moldam nossa personalidade. Podemos deixar de
enxergar o impacto de nossas escolhas, porque decisões que moldam nossas vidas
muitas vezes não são grandes e destacadas, mas pequenas e cumulativas, e resultam
em sermos bondosos ou cruéis, invejosos ou gratos, idólatras ou piedosos.
Pode ser que nunca venhamos a saber com certeza absoluta uma causa única ou
exata da homossexualidade, mas a irresponsabilidade dos pais, molestamento,
e falta de religião na educação dos filhos, parecem ser fatores-chaves.
As complexidades da personalidade humana e a influência do meio ambiente no
desenvolvimento humano fazem com que declarações sobre a condição homossexual
sejam virtualmente impossíveis. Fatores como pais, condição sócio-econômica,
ambiente no lar, educação religiosa, raça, nacionalidade e temperamento tornam
a coleta de dados algo muito difícil. A natureza subjetiva do assunto também
faz com que a interpretação dos dados seja uma tarefa muito delicada.
A idéia de que homossexuais nasceram desse jeito e nunca poderão
mudar é um mito. É um mito útil para muitos homossexuais e ativistas liberais,
mas um mito de conseqüências nefastas para nós. Ninguém pode negar que as alegações
de determinismo biológico e de 10% de incidência de homossexualidade têm muito
a ver com a política, porque temos nos acostumado a justificar um
movimento completo de direitos civis. Infelizmente, os mitos têm sido energizados
pela agenda social, que não tem sido das melhores nos EUA.
11.1 CAUSAS PSICOLÓGICAS DA HOMOSSEXUALIDADE
Uma vez que as causas não são genéticas, passam a figurar no campo da Psicologia.
O Dr. Gerard van den Aardweg, psicólogo holandês, estabelece as seguintes causas
do desejo homossexual nas pessoas: experiência homossexual na infância, anormalidade
familiar, experiência sexual fora do normal incluindo sexo grupal ou com animais,
e as influências culturais. Corroborando as afirmações do Dr. Gerard van den
Aardweg que homossexualidade não é genética, a psicanalista e escritora Sheiva
Sherman declarou, em 27 de março de 1998, no programa de TV Madalena Manchete
Verdade que "uma coisa tem de ficar claro: homossexualidade não é genético.
Está provado". É bom frisar que as causas da homossexualidade não são genéticas,
porque a maior vitória do movimento homossexual na década passada foi mudar
a direção do debate. Em vez de se discutir sobre a conduta, fala-se sobre identidade.
Qualquer um que se oponha a homossexualidade passou a ser visto como agressor
dos direitos civis dos cidadãos homossexuais. Isso é o que constatam o teólogo
John Ankerberg e o sociólogo John Weldon, autores do livro Os fatos sobre a
homossexualidade (Editora Chamada da Meia-Noite): "Nossa cultura está se tornando
tão tolerante que muitos dão ouvidos a qualquer grupo de autodenominadas vítimas.
Denunciar a tolerância demasiadamente aética de nossa sociedade para com as
minorias, não significa promover ou praticar a violência contra elas. É muito
importante esclarecer que somos absolutamente avessos a toda demonstração de
violência contra qualquer pessoa, inclusive os homossexuais. Deve provocar a
indignação de qualquer cidadão o que aconteceu recentemente ao adestrador de
cachorros Edson Neris da Silva, homossexual, de 35 anos, que foi cercado por
um grupo de "Carecas" e assassinado a socos e pontapés na praça da República,
na região ABC paulista. Essa é, sem dúvida, uma atitude doentia, homofóbica
(aversão a homossexuais), sem qualquer justificativa. Precisamos ser equilibrados,
repudiando o discurso e a prática homossexual, mas acolhendo e conduzindo os
homossexuais a Cristo. Mesmo aqueles que são mais complicados devem ser objeto
da compaixão e amor cristãos.
Uma coisa que precisa ficar muito clara é que toda a argumentação aqui apresentada
visa a combater os falsos ensinos que a militância homossexual vem divulgando.
Todavia, a maioria dos homossexuais não faz a mínima idéia de grande parte dos
argumentos dos grupos homossexuais nem quer se envolver em sua luta; deseja
apenas viver em paz. A maioria dos homossexuais, homens ou mulheres, deseja,
na verdade, abandonar esse comportamento, mas não sabem como. Por isso, precisam
ser acolhidos, respeitados como pessoas e conduzidos ao conhecimento de Cristo.
12 TODOS NÓS ENFRENTAMOS OS MESMOS CONFLITOS
Minha luta não é diferente da luta de outras pessoas. Todos nós lutamos com
algum tipo de pecado, e as raízes das nossas lutas são as mesmas. A manifestação
exterior de nossa pecaminosidade pode ser diferente, porém interiormente todos
carecemos igualmente da graça de Deus. Caso persista em enfocar apenas meu comportamento,
é justamente ali onde permanecerei na superfície, o que não resulta em
mudança permanente. Temos que identificar as áreas mais profundas que nos estão
destruindo e nos mantendo prisioneiros. Sim, ministérios de ajuda podem não
ajudar muito certas pessoas. Há aqueles que deixarão o processo, recusando-se
a encarar as raízes profundas de seus conflitos, ou que estarão dispostos a
comprometer a verdade. Estamos vivendo em um momento quando as pessoas estão
em busca de gratificação e mudança instantâneas. No entanto, há um preço para
se experimentar mudança, e este preço envolve seguir a Jesus, e morrer para
tudo aquilo que não procede dEle.
A morte não é uma experiência agradável! No entanto, embora meus sentimentos
fiquem abalados em certas circunstâncias, sei que Deus continua constantemente
presente em minha vida. Escolho não viver por meus sentimentos, mas sim depender
de Sua misericórdia e graça. Eu escolho enfrentar minhas lutas aos pés da Sua
cruz, em submissão e obediência. É aqui que ocorre a mudança verdadeira e duradoura.
Concluo este pensamento com duas perguntas: Você já decidiu seguir a Jesus,
não importa qual seja o preço? Você já fechou a porta para a opção da homossexualidade?
Creio que estas duas áreas cruciais que devem ser encaradas, as quais são fundamentais
para o processo de saída da homossexualidade.
13 OS QUATRO ASPECTOS DA HOMOSSEXUALIDADE
O problema da homossexualidade é muito mais que simplesmente um ato sexual.
As pessoas presas por este pecado normalmente entraram no ambiente homossexual,
em algum grau. Para compreender melhor as circunstâncias da pessoa que busca
ajuda, dividimos a homossexualidade em quatro aspectos diferentes: conduta,
resposta psíquica, identidade e ambiente homossexual.
Conduta: Muitas vezes, assumimos que todas as pessoas homossexuais
têm encontros homossexuais, mas não é sempre o caso. Assumimos, incorretamente
também, que todo aquele que pratica atos homossexuais é homossexual. Mas a verdade
é a seguinte: Os atos homossexuais não são um indício verdadeiro que uma pessoa
seja ou não homossexual. Existe um número imenso de homens heterossexuais que
têm encontros homossexuais por várias razões (estar na prisão ou em outro lugar
onde não é possível o sexo heterossexual). Tampouco, cremos que um menino que
tenha tido encontros homossexuais numa tenra idade, seja um homossexual, a não
ser que estes encontros preencham uma necessidade que não é satisfeita de outra
forma, como a necessidade de amor, aceitação, segurança e sentido para a vida.
Neste caso, estes encontros representam uma troca pelas necessidades
não-sexuais que se obtém através deles. É possível que estes encontros sejam
sinônimo de satisfação destas necessidades. Isto pode levar a uma orientação
homossexual. No entanto as estatísticas nos informam que a maioria dos meninos
que experimentaram atos homossexuais os deixaram, e amadureceram em direção
a uma vida heterossexual normal. Por outro lado, muitas pessoas homossexuais
nunca tiveram encontros homossexuais. Devido ao medo ou uma forte convicção
religiosa, estas pessoas não entram numa vida homossexual, mas levam uma grande
luta com a homossexualidade.
Resposta psíquica: Uma breve definição deste termo é: excitação
sexual (estímulo) causada por percepção visual ou especulação de fantasia.
A resposta psíquica é o que as pessoas também chamam de orientação homossexual.
Apesar que muitas pessoas dizem que tem experimentado uma atração visual ou
sexual pelo mesmo sexo desde que se conhece por gente, existe um
padrão progressivo na vida de uma pessoa que conduz a uma resposta psíquica
homossexual. A criança pode começar com a necessidade de se comparar com outros
para ver se satisfaz os valores impostos pela sociedade. Quando percebe que
não se compara favoravelmente com os demais sente admiração pelas qualidades
e características físicas que sente não possuir. A admiração, que é uma coisa
normal, se converte em inveja. A inveja, por sua vez, leva ao desejo de possuir
os outros, e finalmente, ao desejo de consumir os outros. Quando esta resposta
psíquica começa a tomar conta da vida da pessoa, inicia-se o uso da imaginação.
Imaginam-se situações sexuais. Quando o primeiro encontro ocorre, pode ser o
resultado de vários anos de planejamento e fantasia. No entanto, a conduta homossexual
pode ser anterior à resposta psíquica, resultado de uma resposta condicionada
devido a encontros prazeirosos e satisfatórios com o mesmo sexo.
Identidade: Algumas pessoas entram na homossexualidade por questão
de identidade. Estas pessoas podem nunca ter experimentado atração
sexual pelo mesmo sexo, ou jamais ter tido um encontro homossexual. No entanto,
desde tenra idade, se sentiram diferente dos outros. Se sentem anormais,
como se não ocupassem um lugar no mundo heterossexual. Seu raciocínio é o seguinte:
Se não sou heterossexual, então devo ser homossexual, e aceitam
nas suas vidas a identidade de homossexual. Claro que isto é uma má interpretação.
Uma vida reprimida pela timidez, medo do sexo oposto, falta de habilidade nos
esportes ou na vida social, não identifica o rótulo de homossexual. No entanto,
as pessoas crescem dentro de identidades. Uma vez que se aceita uma identidade,
desenvolvem-se as características que esta identidade possui. Por esta razão
é tão importante o que cremos a respeito de nós mesmos.
Ambiente: Uma pessoa homossexual pode insistir que não tem responsabilidade
por sua identidade, sua resposta psíquica, e nem mesmo pelo seu primeiro encontro
homossexual, já que este pode ter sido à força. No entanto, toda pessoa homossexual
deve carregar a responsabilidade de ter escolhido entrar no meio homossexual.
As pessoas entram neste estilo de vida em diferentes graus. Alguns vivem
no mundo heterossexual a maior parte do tempo, e somente buscam o ambiente homossexual
atrás de encontros sexuais esporádicos e impessoais. Outros, por outro lado,
entram completamente na subcultura homossexual, onde trabalham, vivem e socializam
num ambiente totalmente homossexual. Dentro destes extremos existem todos os
graus de aprofundamento, mas para muitas pessoas, o ambiente homossexual foi
o primeiro lugar aonde sentiram alguma forma de aceitação mesmo a um nível superficial.
Apesar da aceitação disponível no meio homossexual, pouco a pouco se torna uma
vida dolorosa e sem recompensa, especialmente para os homossexuais mais idosos
que já não são mais desejados sexualmente.
Como você pode ver, nestes quatro aspectos, a homossexualidade é um problema
complexo com muitas definições e variações. Se alguém lhe disser, Eu sou
homossexual, na verdade lhe disse muito pouco sobre a sua pessoa. É necessário
olhar sua vida mais profundamente para determinar até que ponto a homossexualidade
se converteu em parte de sua identidade. Isto também pode ilustrar por que a
homossexualidade pode ser difícil de superar.
É verdade que a saída da homossexualidade não é fácil, mas há milhares de pessoas
que abandonaram a homossexualidade, e se fizeram novas criaturas em Cristo.
Muitos se casaram e têm suas famílias, enquanto que outros se mantêm no celibato,
e vivem vidas gostosas, dedicadas ao serviço do Senhor. Deus nos dá os desejos
do nosso coração. Satanás não se alegra quando alguma pessoa vê através do engano
da homossexualidade e descobre a porta de saída. Há muitas batalhas a serem
travadas, mas maior é aquele que está em nós do que aquele que está no
mundo, Não tenhas medo nem te desencorajes, por que a batalha não é tua,
mas, sim, do Senhor (2Crônicas 20:15).
13.1 FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE HOMOSSEXUAL
Podemos inferir, mas não provar plenamente, que existe um certo grau de influência
psíquica (hermafroditismo psíquico) de um sexo sobre a disposição mental do
sexo predominante. Algumas observações clínicas nos mostram que certos comportamentos
caracteristicamente masculinos são apresentados por mulheres normais e vice-versa.
(Homens que tem afinidade por serviços domésticos ou maternos; mulheres com
características e afinidade por atividades masculinas certos esportes
mais violentos e profissões competitivas).
Segundo a teoria do hermafroditismo psíquico, um homem invertido age como uma
mulher no que diz respeito à submissão aos encantos procedentes dos atributos
masculinos, tanto físicos como mentais.
Todavia estes traços procurados no elemento do mesmo sexo são exatamente os
traços hermafroditas, ou seja, os traços do sexo oposto (biológico) ao da pessoa
em questão. Por exemplo: o homossexual masculino tem a tendência de apaixonar-se
ou ser atraído, não por pessoas que tenham os traços denotadamente masculinos
fortemente masculinos, mas por pessoas que tenham em seus traços físicos
ou em seu caráter, algum rasgo de feminilidade. Às vezes, estes traços de feminilidade
(no caso) são quase impercebíveis, mas como os homossexuais têm uma sensibilidade
mais acentuada, captam os mesmos com maior facilidade.
Concluímos então que o objeto sexual dos invertidos não é alguém do mesmo sexo,
mas sim alguém que combine os caracteres dos dois sexos. Existe uma conciliação
entre um impulso que aspira por uma mulher e um que aspira por um homem, ao
mesmo tempo em que permanece a condição primordial que o corpo do objeto (órgão
genital) seja masculino. Assim sendo, o objeto sexual dos invertidos é
uma espécie de reflexo da própria natureza bissexual do indivíduo.
Com base na estruturação de sua personalidade constatamos que: Como todo o ser
humano, o invertido também passa, nos primeiros anos de sua vida, por uma fase
de fixação, uma espécie de paixão por uma mulher (geralmente sua mãe ou quem
exerce tal papel) e depois, visto a impossibilidade de possuir tal objeto de
amor para si, desencadeiam um movimento de saída. Para os heterossexuais o movimento
de saída é o seguinte: Vou identificar-me com meu pai e ser como ele para
poder conquistar uma mulher que seja como minha mãe, pois afinal ele (o pai)
foi capaz de realizar tal conquista, assim agirei como meu pai, exercendo um
papel masculino. No caso dos homossexuais, não raro existe uma figura
paterna fraca ou ausente em termos psicológicos e uma relação conflitiva entre
o casal (pais) como agravante da situação. O menino então não dispõe de uma
figura masculina para a identificação de seu papel e a única figura forte e
presente é a mãe, com a qual acaba se identificando e assumindo então papéis
femininos. Todavia, a pessoa a quem esta mãe dedica seu amor não é o pai e sim
o próprio filho, exercendo este amor de forma exagerada e possessiva. Quando
adulto então este filho vai procurar alguém que se pareça com ele mesmo e a
quem ele possa dedicar seu amor, tal qual o modelo aprendido de sua mãe. Dizemos
que este amor tem uma base narcísica, pois trata-se do reflexo do amor da mãe
por ele mesmo. Em outras palavras, ele procura se amar nos outros da
mesma forma como era amado por sua mãe. Constatamos que a ausência de uma figura
paterna (ou qualquer substituto para tal) favorece o surgimento de uma estrutura
homossexual. Descobrimos muitas vezes que os invertidos não são imunes aos encantos
das mulheres, mas continuamente transpuseram a excitação provocada pelas mulheres
para um objeto masculino, repetindo de certa forma o mecanismo que causou sua
própria inversão.
Podemos inferir ainda que a energia psíquica, que é dinâmica, em constante movimento
e que determina os pares psíquicos (ativo-passivo, maníaco-depressivo, obsessivo-compulsivo,
sado-masoquista), também pode fixar-se ou estagnar-se em qualquer momento da
vida no que diz respeito à oscilação entre o masculino e o feminino. Há momentos
da vida em que predomina desempenho de um papel (masculino x feminino) e que
evidenciam-se nas preferências de parceria (ex.: crianças que brincam com pares
somente do mesmo sexo; nubentes que se isolam da companhia de iguais para desfrutar
a heterossexualidade; etc...). Estas fixações determinam também dois pares:
homossexuais e maníacos sexuais: extremidades do mesmo problema. Curioso observar
nesta perspectiva que, numa sociedade de cultura machista como a brasileira
e a latino-americana em geral, o rapaz tem que provar sua masculinidade através
de uma iniciação sexual, geralmente levado pelo pai ou amigos, numa relação
com uma prostituta profissional. Acontece que as prostitutas (que também sofrem
de desvios em sua sexualidade) sempre tomam um papel ativo na relação sexual
(especialmente em casos de iniciação sexual), colocando o jovem macho
em sua prova de masculinidade, exatamente na posição passiva, característica
feminina da relação, evidenciando toda a face homossexual do momento.
Quando a homossexualidade feminina, não é menos comum que nos homens,
embora muito menos manifesto; não só tem sido ignorado pela lei, mas também
negligenciado pela pesquisa psicanalítica.
Resumindo podemos dizer que a homossexualidade é muito mais uma questão de um
distúrbio da afetividade (pais ausentes e conflitantes) que da sexualidade como
tal. Evidenciamos uma fórmula que é segura para a formação de uma personalidade
desequilibrada, entre as quais podemos citar a personalidade homossexual, a
saber: pai ausente + mãe possessiva = filho com problemas.
A busca de sanar esta distorção da afetividade, deveria ser concluída, para
os invertidos, no momento em que eles encontrassem padrões autênticos e desejáveis
de serem seguidos no relacionamento heterossexual. Aqui impera o termo objetivado
por Deus para o relacionamento cristão. Interdependência, afeto, compromisso,
segurança, liberdade são todos princípios deixados por Deus para o relacionamento
humano e que visam suprir todas nossas debilidades.
A igreja funcionando como comunidade de acolhimento (aceitando o pecador
não o pecado), sem expectativas de transformações mágicas, onde impere um ambiente
de amor e liberdade, com maturidade, pode tornar-se em elemento altamente terapêutico
na restauração de vidas - não somente de mudança de orientação sexual,
mas na reintegração de pessoa como um todo.
Homossexuais são criaturas também atingidas pelo sacrifício na cruz. Graça
e a misericórdia (amor pela miséria) de Deus estão sobre eles. Jesus tinha uma
especial compaixão pelos marginalizados e nós somos chamados a sermos imitadores
de Cristo. Existem comunidades e grupos para eclesiásticos (ao lado da igreja)
que tem desenvolvido trabalhos em prol da restauração de vidas homossexuais,
mas esta tarefa não deveria, nem deve, ser algo à parte, mas, sim, uma ação
contínua da Igreja na expressão do amor de Deus para com o necessitado. Que
Deus nos capacite a fazê-lo.
14 AJUDANDO PESSOAS A DEIXAR O ESTILO DE VIDA HOMOSSEXUAL
Deixar o estilo de vida homossexual pode ser relativamente fácil ou difícil,
dependendo de diversos fatores. O passo mais importante é este aceitar
que o estilo de vida homossexual é moralmente errado e resolver mudar. Como
comentamos no livro "Os Fatos Sobre a Homossexualidade", a mudança é claramente
possível para homossexuais que queiram mudar, e Deus concederá graça e poder
àqueles que se voltarem para Ele com fé, desejosos de agradá-lo com seu comportamento
sexual. Nesse caso, a chave é uma oração de arrependimento diante de Deus, resolvendo
deixar o estilo de vida homossexual, o incentivo e o aconselhamento daqueles
que já fizeram isso. O Movimento pela Sexualidade Sadia é uma importante organização
dedicada a ajudar homens e mulheres homossexuais durante a transição para um
estilo de vida celibatário e a transição para a heterossexualidade. Aqueles
que praticavam a homossexualidade e entregaram sua vida a Jesus, devem entender
que a entrega a Cristo é um assunto sério e envolve fazer dEle o Senhor de cada
área de sua vida. Vocês devem saber também que inclinações para o mesmo sexo
podem, mas provavelmente não vão cessar automaticamente.
O pecado da homossexualidade é igual a qualquer outro pecado sexual e requer
tempo e paciência para ser vencido. Outro passo importante é um rompimento explícito
e permanente de todos os laços com a comunidade homossexual, incluindo, se necessário,
todas as amizades anteriores. Nenhuma brecha de tentação deve ser permitida.
Toda rejeição ao pecado equivale à auto-negação e, é claro, é algo doloroso,
mas o simples fato da dificuldade não nos isenta da responsabilidade diante
de Deus de amá-lo como Ele nos amou. Milhares de homens e mulheres homossexuais
testemunharam que existe vitória vitória completa e aqueles que
acabaram de começar seu novo estilo de vida devem ser encorajados por esse fato.
Para muitos que estão lutando com esta questão, a opção em relação à homossexualidade
ainda não foi resolvida. Há uma porta que ainda está aberta, em que o comportamento
homossexual ainda é visto como algo que não é totalmente errado, ou ainda existe
a ilusão de que há um príncipe ou princesa encantada esperando por mim em algum
lugar. O coração destas pessoas ainda não tomou a decisão de que seguirá a Jesus,
não importa o que venha a acontecer. Largo é o caminho que leva à destruição;
enquanto eu considerar o comportamento homossexual como uma opção viável, não
terei verdadeiramente abraçado o processo de mudança. É importante ressaltar
que experimentaremos incertezas e dúvidas durante o processo de saída da homossexualidade.
Á medida em que nossos conflitos ficarem mais intensos, maior será a pressão
para que busquemos conforto nos velhos hábitos e mecanismos de escape, como
forma de enfrentar a dor do conflito. Inclusive não é incomum que aqueles que
estão lutando enfrentem períodos de comportamento pecaminoso a medida em que
se aprofundam no tratamento de suas feridas emocionais.
Apesar do fato de que alguns escolhem atividades homossexuais como forma de
fuga da dor emocional, a esperança de mudança ainda está presente. Sei que posso
caminhar em Sua misericórdia e graça, mesmo caso eu tenha um envolvimento sexual.
Na minha própria experiência, percebi que tinha que entregar a Deus meu direito
de ser puro. Isto pode parecer estranho, mas enquanto eu procurasse atingir
pureza (ou seja, ficar contando os dias e horas desde meu último envolvimento),
eu não estava descansando na verdade de que Ele somente é a minha pureza. Eu
sei que sou capaz de retornar a velhos hábitos nesta caminhada. Por outro lado,
também sei que minha pureza pessoal é resultado da minha identificação com Cristo,
e não do meu desempenho! No entanto, tenho que crer e tomar a decisão de que
é verdade que a prática da homossexualidade é algo que Deus não aceita sob nenhuma
circunstância. Trata-se de pecado. Qualquer forma de envolvimento sexual não
é mais uma opção para mim. Como adulto, sou responsável por minhas escolhas;
e a autoridade da Palavra de Deus estabelece que comportamento homossexual não
é aceitável a Ele.
Deixar o estilo de vida homossexual pode ser relativamente fácil ou difícil,
dependendo de diversos fatores. O passo mais importante é este aceitar
que o estilo de vida homossexual é moralmente errado e resolver mudar. Como
comentamos no livro "Os Fatos Sobre a Homossexualidade", a mudança é claramente
possível para homossexuais que queiram mudar, e Deus concederá graça e poder
àqueles que se voltarem para Ele com fé, desejosos de agradá-lo com seu comportamento
sexual. Nesse caso, a chave é uma oração de arrependimento diante de Deus, resolvendo
deixar o estilo de vida homossexual, o incentivo e o aconselhamento daqueles
que já fizeram isso. Aqueles que praticavam a homossexualidade e entregaram
sua vida a Jesus, devem entender que a entrega a Cristo é um assunto sério e
envolve fazer dEle o Senhor de cada área de sua vida. Vocês devem saber também
que inclinações para o mesmo sexo podem, mas provavelmente não vão cessar automaticamente.
O pecado da homossexualidade é igual a qualquer outro pecado sexual e requer
tempo e paciência para ser vencido. Outro passo importante é um rompimento explícito
e permanente de todos os laços com a comunidade homossexual, incluindo, se necessário,
todas as amizades anteriores. Nenhuma brecha de tentação deve ser permitida.
Toda rejeição ao pecado equivale à auto-negação e, é claro, é algo doloroso,
mas o simples fato da dificuldade não nos isenta da responsabilidade diante
de Deus de amá-lo como Ele nos amou. Milhares de homens e mulheres homossexuais
testemunharam que existe vitória vitória completa e aqueles que
acabaram de começar seu novo estilo de vida devem ser encorajados por esse fato.
Muitos descobrem que os valores cristãos se chocam com valores do mundo gay.
Eles anseiam por viver livres da vida dominada pelo pecado, porém, têm desistido
da esperança de que a mudança é possível. Toda vez que ligam a TV ou lêem um
jornal, ouvem as novas descobertas que reivindicam que a pessoa já nasce com
a homossexualidade e esta é impossível de ser mudada. Mesmo as que fazem esforço
para viver uma vida pura, são incentivadas a comemorar o fato de serem gays
e a terem uma vida sexual ativa através do sexo seguro.
Os sacrifícios requeridos para uma pessoa sair de tal viciado e pecaminoso estilo
de vida parece impossível de se enfrentar. Falando de maneira generalizada,
a igreja não tem estado presente para a pessoa gay que procura uma
saída. A maioria de membros são extremamente relutantes em discutir a questão
da homossexualidade e deseja que ela simplesmente deixe de existir. Os ex-homossexuais
não têm desafiado a igreja ao ponto de levá-la a ver que a homossexualidade
é uma questão como o alcoolismo e o vício com drogas. Sem ouvir uma mensagem
de amor, de incentivo, encorajamento e apoio por parte da igreja e/ou um testemunho
de libertação de alguém que já passou pela homossexualidade e que tem sido mudado,
a pessoa que está tentando mudança com suas próprias forças, normalmente, desistirá,
pensando que isso é algo impossível, exatamente como eles falam.
Jesus Cristo tem poder para transformar vidas. Á igreja devemos trazer a mensagem
de que não é útil à pessoa homossexual ser endossada no seu pecado assim também
como ser rejeitada. No lugar disso, a igreja deve prover um novo estilo de vida,
que substituirá o velho estilo. Há um caminho melhor, como as Escrituras dizem,
o caminho é estreito e poucos o tem encontrado, porém ele conduz à Vida Eterna
(Mateus 7:13,14). Deus, nosso pai amoroso, procura somente o melhor para nós.
Ele não está interessado em nos ver sofrer como pagamento pelos nossos pecados,
mas sim, deseja trazer nosso caminho reto, derramando bênçãos e bênçãos sobre
aqueles que o procuram. Sim, há uma batalha. Nosso inimigo definitivamente não
desiste facilmente do controle, mas se posiciona prontamente para nos enganar
em cada curva. A mudança (que queremos) requer que nós aprendamos maneiras novas
de pensar e de agir, que tenhamos novas respostas para as velhas tentações.
As pessoas que trabalham com vidas que desejam deixar as práticas homossexuais
experimentam épocas de profunda dor e sofrimento com relação a quedas. Porém,
nós conhecemos também a amorosa mão de Deus, ministrando graça e encorajamento.
A homossexualidade é uma busca enganosa de amor e afirmação. Deve-se procurar
prover relacionamentos que são, ao mesmo tempo, amáveis e coerentes com a visão
de Deus. Porém, todos os relacionamentos humanos falham às vezes: por causa
disso nós procuramos, também, intensificar o relacionamento da pessoa que está
lutando, com Aquele que nunca falhará com ela, Jesus.
Como parte da igreja, corpo de Cristo, nós encontramos um relacionamento pessoal
e profundo com Cristo e ainda com nossos irmãos e irmãs a até podemos chamá-lo
de relacionamento íntimo, porém, santo. Nós agora conhecemos aquela paz e alegria
que somente Deus pode estabelecer em nossas vidas. A decepção se foi: a realidade
veio. Nós estamos sendo transformados no povo que Deus planejou que fôssemos.
Então temos três pontos importantes: a necessidade vital de um relacionamento
íntimo com Deus, o conhecimento sobre a questão homossexual e a parte que nos
cabe na nossa cura (como nós cooperamos com Deus). Não pode haver nenhum engano
sobre a ordem de prioridade desses três fatores, contudo, nós não temos nenhuma
garantia que a coisa funciona assim. Uma grande parte do mundo secular e parte
do mundo cristão acreditam que o conhecimento da questão traz a cura. A idéia
deles é de que uma vez que o passado foi revelado e se teve conhecimento sobre
as causas ou a raiz do problema, este então seria resolvido. Quão agradável
seria se este fosse o caso. Infelizmente isso não é nada mais ou nada menos
do que uma ilusão. Esse equívoco indubitavelmente vem da interpretação parcial
da escritura: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (João 8:31).
Jesus não disse aqui que o conhecimento traz libertação de cadeias. Ele estava
falando sobre ele mesmo. Se as pessoas acreditassem nEle e se firmassem nos
Seus ensinamentos, então elas encontrariam liberdade. A primeira forma
de prioridade incorreta é colocar o conhecimento em primeiro lugar, deixando
Deus e os nossos esforços por último.
Um segundo mal entendido é que nossos esforços trarão a liberdade que estamos
procurando. Não importa quão diligente nós possamos ser, nunca poderemos curar
a nós mesmos. Todos os livros de auto ajuda existentes no mundo falharão em
cumprir o que eles prometem. Cura é um trabalho do Espírito Santo de Deus, não
do homem. A mudança que muitos estão procurando e a mudança de que muitos já
desfrutam não é nada menos do que um milagre de Deus. Nós nunca poderemos alcançar
nossa restauração, nossa cura através de nossos esforços. Alguns erroneamente
estão colocando seus esforços em primeiro lugar, deixando Deus e o conhecimento
por último.
Se não colocarmos Deus como prioridade nunca experimentaremos a vitória. É Deus
quem traz as mudanças que nós desejamos tão desesperadamente. Quando Deus é
prioridade, então tudo o mais ocupa o seu lugar certo. Mas buscai primeiramente
o reino de Deus e a sua justiça e todas as outras coisas vos serão acrescentadas
(Mateus 6:33). O conhecimento é importante? Sim, o Senhor espera que procuremos
entendimento em todas as áreas de nossa vida. A maioria do livro de Provérbios
nos fala sobre procurar a sabedoria, o gozo e a paz que vem através de um viver
sábio. O esforço é importante? Sim, o Senhor espera que sigamos seus comandos.
Espera que fujamos da tentação, que ponhamos a armadura de Deus e que tomemos
uma posição. Paulo nos dá uma lista longa do que devemos e do que não devemos
fazer. Nós devemos cooperar com Deus em nosso processo de restauração. Muitas
passagens nas escrituras nos dizem que os rebeldes não receberão nada de Deus.
Se nós amarmos o Senhor nosso Deus com todo nosso coração, Ele porá nossas vidas
em ordem. Será seu Espírito que guiará e dirigirá nossas vidas. Ele nos conduzirá
a toda a verdade. Ele nos dará a compreensão e o conhecimento que nós necessitarmos,
diretamente, e também através do homem. Ele nos motivará em corretas ações as
quais nos protegem e nos ajudam a nos tornarmos mais e mais à imagem de Cristo.
O poder não está no conhecimento ou nos nossos esforços, o poder está
todo no nosso relacionamento com Deus. Nenhum método nunca nos salvará ou nos
conduzirá à transformação que procuramos. Este somente pode vir de Deus e do
resultado de nosso relacionamento com Ele. A prioridade que traz a vitória está
primeiramente em Deus, depois vem o conhecimento e os nossos esforços. Todas
as coisas são possíveis para o que crê (Marcos 9:23).
Muitas pessoas dentro de nossas igrejas ainda pregam a cura instantânea da homossexualidade.
O resultado dessa expectativa errada quando imposta ao recuperando, tem sido
mais feridas, frustração, confusão e sofrimento desnecessário para aqueles que
abraçaram o caminho da mudança. Através de reuniões de grupo, as pessoas que
são homossexuais têm a liberdade de compartilhar sobre suas jornadas e dificuldades,
assim também com suas vitórias. O mundo nos programou para esperar resultados
instantâneos, dessa forma, menos que as notícias que ouçamos não sejam sensacionais,
elas não merecem nossa atenção. Não somente o mundo na sua dimensão, mas também
o mundo cristão esperam resultados imediatos. Os cristãos anseiam pelo dia em
que, num abrir e piscar de olhos, todos nós seremos levantados no ar e seremos
transformados em n ovas criaturas. Eles estão presos ao desejo de ver coisas
miraculosas. Eles promovem adesivos que dizem: Esperem por um milagre.
Eles querem ouvir as curas instantâneas. Enquanto tudo isso é possível e nós
não descreditamos os milagres, normalmente, o milagre da transformação demora
mais do que o que se é esperado na vida de quem deseja deixar as práticas homossexuais.
Eu ouvi dizer que você transforma homossexuais em heterossexuais.
Uma pessoa disse: Eu tenho apenas três minutos, por favor, me diga o que
eu devo fazer para me mudar para heterossexual. Um grupo cristão
que trabalha na restauração de vidas que desejam deixar as práticas homossexuais
disse: o lado negro de se esperar uma cura instantânea é que algumas igrejas
desejam nos usar para promover as causas deles. Nós nos tornamos exemplos e
papéis modelos para provar que os homossexuais podem mudar. O problema
em tudo isso é que nenhuma oportunidade ou abertura é feita para o processo
de mudança acontecer. Essa mensagem então se torna uma condenação severa
a todas as pessoas gays, exigindo cura instantânea. Pelo fato de termos dito
que os homossexuais permanecem nos estilo de vida homossexual por
escolha própria, a mensagem é dada: Gays são gays porque escolheram, então,
mudem agora! Essa não é uma mensagem que redime ou que resgata. Ajuda prática
e apoio deve ser oferecido para aqueles que estão considerando a possibilidade
de deixar o estilo de vida homossexual. Tiago falou de simples palavras vazias
e sem ações (Tiago 2:16).
A comunidade homossexual está igualmente confusa com relação a essa questão.
Ela vê os que ajudam pessoas a deixar esta prática sexual tão destrutiva como
uma ameaça e regularmente escrevem artigos sobre isto, descrevendo-os como desprogramadores.
Como certos segmentos da igreja cristã, ela também não dá abertura para nenhuma
mudança, mas continuam a ver essa questão em dimensões em preto e branco. Ou
nós mudamos pessoas da homossexualidade para a heterossexualidade ou nada. Se
nosso pessoal volta para a vida homossexual uma vez ou outra, isso é usado para
provar que a mudança é impossível e que nós representamos mentiras. Parece que
nenhum dos lados está disposto a reconhecer qualquer fato condicional.
Em nenhum momento, ministérios que apóiam pessoas que desejam deixar a homossexualidade,
deve estridentemente proclamar ter encontrado uma nova cura para a homossexualidade.
Não se proclama um método ou sistema, mas uma Pessoa: Jesus. As escrituras nos
dizem que o mundo não pode aceitar as coisas de Deus, está preso no seu próprio
imaginismo vão e tola argumentação, o mundo está cego para a verdade. Apesar
de sermos admoestados para sermos o povo separado do mundo (para estar no mundo,
mas não ser do mundo), este permanece grandemente como parte do pensamento cristão.
Os homossexuais mudam? Absolutamente! Mas raramente eles mudam da noite para
o dia.
Se Deus leva um longo tempo para curar uma pessoa, nós não aceitamos ou reconhecemos
isso como um milagre genuíno. Mais uma vez, é ZAP ou nada. Muitos
não aceitarão nada menos que isso, vindo de Deus. Ou Ele é um Deus milagroso,
ou Ele não é Deus de forma nenhuma.Infelizmente, este tipo de pensamento tem
seriamente impedido os homossexuais de receberem ajuda. Grandes denominações
e grupos religiosos continuam até os dias de hoje na sua crença na mudança do
estilo ZAP. Eles não vêem nenhuma necessidade para grupos de aconselhamento
ou qualquer tipo de ministério especial para homossexuais. Se as fontes de ajuda
que eles têm fossem oferecidas para auxiliar no processo de mudança, milhares
estariam encontrando liberdade nesse momento. Eles negam a ajuda que é desesperadamente
necessária por causa da cegueira deles nessa área.
Participar de uma das reuniões de grupo pode trazer muito desencanto para alguém
que vem esperando resultados imediatos. Talvez eles sairão da reunião, pensando
que não é nada mais do que um estudo Bíblico comum. Porém, a abertura e honestidade
dos grupos podem ser o início da cura de Deus. Somente depois de muitos meses
é que nós podemos olhar para trás e ver que a vitória está, de fato, ocorrendo
em nossa vida. Sim, a transformação pode ser melhor medida ao olharmos para
trás. Onde estava você há um ano atrás? Quais eram seus pensamentos, suas atitudes?
Quais as escolhas erradas que você fazia lá que hoje você já venceu? A transformação
é um processo constante e contínuo. A Bíblia diz em 2Coríntios 3:18: Nós
estamos sendo constantemente transfigurados em nossa própria imagem em cada
esplendor progressivo de um degrau de glória em outro, pois isso vem do Senhor
que é o Espírito. Sim, a transformação pode acontecer para o homossexual.
Existem milhares de nós que uma vez foi homossexual e que pode testificar esse
fato! Porém, a mudança pode não ser óbvia para o mundo. O mundo (e infelizmente,
grande parte da comunidade cristã) esperam que o ex-homossexual prove alguma
forma que ele não é mais gay. Seu testemunho não é suficiente, sinais visíveis
são exigidos. Que coisas podem ser estas? Certamente, todos os que aconselharam
pessoas problemáticas sabem que entrando ou saindo de um casamento somente não
é um sinal de transformação. Porém, o casamento pode, com certeza, ser um novo
e emocionante crescimento na vida de um homossexual transformado.
O mundo e mesmo parte da igreja acha que é imperativo que o ex-homossexual esteja
em um relacionamento com uma pessoa do sexo oposto, um relacionamento que claramente
tenha sinais excessivos de romance. A opção de deixar uma vida de solteiro dedicada
ao Senhor é vista como suspeita. A lascívia, uma vez que em direção do sexo
oposto é vista como um sinal sadio como vinda da parte de Deus. Somente o tempo
demonstrará o trabalho do Senhor. Muitos ex-homossexuais têm simplesmente continuado
indo à igreja ocupando cada um seu lugar certo e esperado que as mudanças aconteçam.
No tempo oportuno, o Espírito que está então habitando no interior do ex-homossexual
falará ao Espírito que habita nos outros cristãos testificando que a mudança
é genuína.
Homossexual por opção é uma afirmação severa e condenadora que tem
sido feitas. Na sua busca de encontrar a parte que está faltando, ou seja, o
seu complemento, a pessoa que está na homossexualidade pode ter feito a troca:
sexo por amor, atenção e afirmação. Sim, essa pode ter sido a escolha, porém,
todos nós fazemos más escolhas de vez em quando. Se nós mudamos homossexuais
para heterossexuais? Não, nós não fazemos isso, mas nós realmente apresentamos
o caminho em direção Àquele que pode transformar, Jesus. Porém, nem mesmo Jesus
trabalha contra a vontade de alguém. O processo de mudança ocorre somente quando
a pessoa homossexual se rende completamente ao Senhorio de Cristo em sua vida.
Morrer para si mesmo é, algumas vezes, um processo longo, dolorido e com sofrimento,
porém a recompensa é grande. Mas a todos quanto o receberam e o deram
boas vindas. Ele deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus (João 1:12).
A idéia de que existe uma escolha de se permanecer ou não como homossexual,
é, ao mesmo tempo, assustadora e ameaçadora. A pessoa que vive como homossexual
tem um investimento real na sua identidade. Uma grande quantidade de homossexuais
tem sido perturbada com sentimentos homossexuais durante muitos anos antes de
aceitarem o rótulo de homossexual em sua vida. Quando chegam a aceitar essa
identidade, eles põem em descanso essa luta tão difícil e se sentem aliviados
de que esse tempo traumático em suas vidas tenha passado. A idéia de retornar
a essa questão de incerteza é muito ameaçadora e abala sua autoconfiança e sua
nova identidade. A maioria dos homossexuais não consegue lembrar do tempo
em que não tinham sentimentos homossexuais. Eles, na verdade, acreditam ter
nascido desta forma. O que pesquisas têm provado é que os caminhos que tomamos
em nossa vida são estabelecidos numa idade muito nova. Tem sido dito que a criança
com seis meses de idade sabe se o seu nascimento foi desejado ou não. Durante
o período de 18 a 36 meses, a identidade do gênero (masculino ou feminino) é
formado e se torna difícil mudar a partir daquele momento. Então, não
é surpreendente que a mensagem da Comunidade Gay de que uma pessoa nasce
gay é aceita como verdade sem ser questionada.
Quer dizer então que estamos dizendo que uma pessoa se torna homossexual na
prematura idade de três anos? Não. Porém as raízes da causa da homossexualidade
e muitas outras personalidades desajustadas são implantadas nessa idade.
Nós acreditamos (Ministério Amor em Ação), que a causa mais profunda da homossexualidade
está na ruptura dos laços e vínculos familiares, produzindo com isso a perda
do senso de se pertencer e de se sentir parte de algo, e, ainda, na falta de
afirmação. A segurança de uma criança depende de uma chave tripolar de vínculos:
da mãe para com a criança, do pai para com a criança e do compromisso entre
o pai e a mãe que, infelizmente, é omitido e negligenciado na maioria das vezes.
Qualquer quebra neste triângulo produzirá insegurança na criança. É importante
mencionar aqui que, se essa quebra não for real, mas apenas percebida ou interpretada
pela criança, o resultado é o mesmo. A criança é afetada pela forma como ela
reage às perturbações que ocorrem na unidade da família. Deus ordenou o pai
para assumir a responsabilidade pela unidade da família: o homem é o cabeça
de sua esposa, assim como Cristo é o cabeça da igreja... assim também que as
esposas sejam em tudo submissas a seus maridos (Efésios 5:23,24). No momento
em que o pai renuncia ao seu papel é que distorções ocupam seus lugares. É muito
fácil ver quanto o pai é de vital importância no desenvolvimento do garoto dentro
da família. O filho precisa ser capaz de respeitar, honrar e desejar ser como
o seu pai, para que a transferência de identidade possa acontecer.
A criança do sexo masculino possui certas necessidades que somente seu pai pode
preencher e a mesma verdade se aplica para a criança do sexo feminino com sua
mãe. A necessidade do garoto pode ser resumida em três palavras: força, poder
e proteção. O papel masculino é iniciar, o papel feminino é responder. Esses
devem ser os traços predominantes, ainda que haja uma travessia natural no processo.
As vezes se torna comum para o sexo masculino responder e para o feminino iniciar.
É vital para o menino desenvolver uma personalidade ativa no lugar de passiva.
Ele precisa se tornar um corredor de risco. Sob a cobertura de seu
pai ele se sente livre para explorar seu mundo e aprender através de um processo
e de erros. A força, o poder e a proteção de seu pai faz isso se tornar possível.
Ele se alegra com o relacionamento com seu pai, sabendo que este deseja que
ele possua estes traços por ele mesmo, no lugar de sempre depender dele (seu
pai) para tê-los. Esses bons sentimentos para com seu pai se transformam
em amor, afirmação e no senso de se pertencer a alguém. Ele é então seguro na
identidade de seu pai, e passa a aceitar aquela identidade para ele próprio.
O que leva os homossexuais a sair pelas ruas procurando parceiros sexuais? Apesar
da maioria ter uma pequena consciência disto, a busca deles não é primeiramente
sexo, mas sim intimidade. Eles procuram em outra pessoa do sexo masculino os
elementos do amor paterno que foram negados a eles quando criança. A maioria
das buscas do homossexual reflete a procura para encontrar o pai, na tentativa
de encontrar força, poder e proteção que vem da figura masculina. Na verdade,
uma das indicações de que um ex-homossexual possa estar pronto para o casamento
é quando se percebe que o desejo de ser protegido tem sido substituído pelo
desejo de proteger.
A criança feminina também precisa de uma pessoa da qual ela transferirá sua
identidade, porém de uma maneira bem diferente. O desejo de ser protegida é
normal e bom. Ela deverá desenvolver um tipo de confiança na figura masculina
através do seu pai, o qual ela sempre teve como seu protetor especial.
Ela precisa vir a ver o papel feminino como uma coisa que ela deseja, ou seja,
o papel da mãe como algo compensador, e, conseqüentemente encontrar dignidade
em servir. Ela desenvolve um senso completamente diferente do desenvolvido pelo
sexo masculino. Ela não deve ver o papel feminino como algo degradante e humilhante.
Ela deve chegar ao ponto de chegar a ser grata a Deus por ter sido feita mulher
(Provérbios 31:30).
O pais tem um significado muito grande para a filha da mesma forma que para
o filho. Em afirmá-la, amá-la incondicionalmente, aprovar, e em apreciar a feminilidade
dela, ele a prepara para um desenvolvimento heterossexual saudável. Na medida
em que ele expressa seu amor por ela, e ela testemunha um forte vínculo de amor
entre seu pai e sua mãe, ela então percebe que há algo cheio de bondade num
relacionamento heterossexual. Logo, o pai precisa prover estabilidade e segurança
para ambos, o garoto e a garota. Por conseqüência disto as raízes mais profundas
da homossexualidade não são sexuais. O desejo por interação sexual vem depois
de um longo período após ter passado pelo simples desejo de amor, segurança,
afirmação e mesmo depois de ouvir alguém simplesmente dizer: não há nada
errado com você. Nem todos, mas a maioria dos homossexuais (homens
em particular), têm um período de retraimento quando ainda cedo na sua infância.
Se a criança tiver tido um pai ausente, seja de forma física ou emocional, uma
certa vulnerabilidade é sentida pela criança. Ele, o garoto, se sente exposto
e sem proteção no mundo. Essa tendência para retraimento ou fuga produz três
efeitos: medo, isolamento e inveja.
Acredito que a maioria de nós que aconselhamos pessoas com problemas, sejam
homo ou heterossexuais, tem descoberto que por detrás das fobias, comportamentos
imprevistos e anormais, está um profundo medo de ser abandonado, causado desde
um tempo bem cedo na infância. Apesar de que isso possa não ser a causa
principal de toda desordem, é certamente uma das maiores causas de personalidades
perturbadas. Uma vez que os pais são equiparados com proteção, um pai ofensivo
tem por isso traído o propósito intencionado por Deus de proteger e guardar
sua família. Se ele é alguém que causa medo no filho, este não contará com ele
para defendê-lo dos ataques do mundo. O pai que é indiferente para com o filho
tem também renunciado seu papel, e em algumas formas prejudica mais no desenvolvimento
da criança do que o pai ofensivo. Enquanto a criança vê seu pai parado negligentemente
ou mesmo inutilmente enquanto ela enfrenta sua batalha, tem provas concretas
de que seu pai não a ama. Esse pai emocionalmente ausente abandonou sua criança
da mesma forma ou até mais do que um pai totalmente ausente. Quando um pai está
completamente fora da vida de uma criança, existe a possibilidade e a chance
de que a criança acreditará no melhor a respeito dele, porque isso é uma coisa
que a criança naturalmente quer. Ela poderá criar a fantasia de que se seu pai
estivesse presente ela seria amada e cuidada. O pai indiferente e que está presente
não faz esse tipo de sonho se tornar possível. Por causa disso, ressentimentos
profundos são formados os quais representam papéis significativos mais tarde
na vida da criança. O pai é freqüentemente chamado de janela do mundo
e à medida que a criança cresce, se tornando mais velha, ela precisa de conhecimentos,
habilidades, de modelo ideal e proteção, elementos estes que podem vir somente
do pai. Sem isso, a criança pode se tornar irada com o mundo e começar a se
afundar no seu próprio mundo de fantasia, muito amedrontada para funcionar normalmente
no mundo cotidiano.
A falta do modelo que viria da pessoa do mesmo sexo cria problemas na criança
no que se refere a relacionamento com seus colegas. Se a criança, nesse caso
o menino, tem somente a influência da mãe, reagirá no seu mundo e com seus colegas
da mesma forma que sua mãe reagiria. Seus colegas rapidamente perceberão seu
jeito efeminado e ridicularizarão, excluindo-o do círculo deles. Dessa forma
esse isolamento é forçado sobre ele. A garota que tem desenvolvido uma forte
identificação com seu pai, também verá a si mesma separada ou diferente de suas
colegas e dos interesses que elas têm. Freqüentemente ela ficará ressentida
ao ver a forma diferente com que suas colegas se aproximam e têm acesso fácil
à vida feminina e excluirá a si mesma da interação com elas.
Um dos maiores e básicos problemas da homossexualidade é a ausência de afirmação
e do senso de se pertencer a alguém. A rejeição dos colegas pode ter o maior
papel em reforçar as diferenças da criança e a idéia de que ela não é aceita.
Às crianças que são diferentes regularmente é negada a oportunidade
de pertencer a um grupo, ficando assim do lado de fora do círculo de seus colegas,
observando ansiosamente a intimidade que lhe foi negada, não compartilhando
dos segredos e nem do companheirismo do grupo. Talvez seja mais importante o
fato de que a criança propositadamente escolhe o isolamento, uma vez que a interação
social traz dor e rejeição.
É simplesmente natural que a criança que tem sentido a dor da rejeição venha
a invejar os colegas que são aceitos. Um processo então se começa aqui e se
continuado até a conclusão dele, é o que os homossexuais chamam de sua orientação
sexual. Começando com a simples comparação da criança com os outros, ela faz
a decisão e admite que ela não é igual aos demais colegas. Concretiza então
a idéia de que ela não pode alcançar o padrão ou o modelo de um dos colegas
do grupo. Uma retirada ou fuga por causa da competição começa onde a criança
deixa de iniciar ações com seus colegas começando então a ficar para trás. Finalmente
ela desiste completamente, admitindo sua inadequação para com o grupo. Isso
traz à tona então, a admiração por aqueles que de alguma forma parecem ser melhores.
Eles podem ser mais bonitos, ter um corpo mais bem formado, ser mais inteligentes
ou ainda uma grande porção de outras coisas. Predominantemente, existe admiração
por parte daqueles que têm medo de iniciar, para com aqueles que têm força e
coragem para manter seu valor próprio quando atacados por pessoas ou situações
na vida cotidiana. Em algum lugar durante esse percurso, essa admiração se degenera
até se transformar em inveja e num desejo de possuir aquelas qualidades. Normalmente
existe uma pessoa especial que é esse objeto de inveja e admiração. Décadas
mais tarde, o homossexual pode ainda estar na busca para substituir esse seu
primeiro amor. Eles fortemente desejam que essas pessoas sejam seus
melhores amigos, fantasiando estarem sozinhos com estas pessoas
e serem capazes de relacionarem intimamente com elas.
Na puberdade, enquanto o desejo sexual começa e emergir, esse desejo simplesmente
se ajusta sobre o que tem sido o centro de atenção da criança, o qual era seu
objeto de admiração e inveja. Desse modo a inveja se torna erotisada. Para muitas
pessoas, esse processo não se concretiza até o final, mas para o homossexual,
esse desejo sexual por uma pessoa do mesmo sexo parece completamente natural
porque ele ou ela começou a sentí-lo de uma forma que não era sexual.
Descobrimos que o molde da homossexualidade se desenvolve durante um longo período
que se estende desde a infância até a adolescência. Por se iniciar muito cedo,
pode parecer que é algo intrínseco ou que se nasce com ele. Em algum lugar na
puberdade, a pessoa se torna consciente de que esse interesse por pessoas do
mesmo sexo não é normal e que os colegas dela estão se movendo em uma direção
de interesses heterossexuais. Pânico regularmente ocorre quando a descoberta
é feita de que isso não é simplesmente uma fase que terá fim, e que poderá ser
uma condição de vida. Essa revelação é, algumas vezes, seguida pelo que pode
ser simplesmente descrito como um processo de desgosto e amargura. Existe um
período de dúvida e recusa em aceitar o fato. Seguido disso pode haver um tempo
de quase total isolamento, choro e severa depressão. É nesse ponto que muitas
pessoas que nunca tinham sido religiosas se inclinam em direção
à religião à procura de uma mudança imediata para suas vidas. Nos meus 16 anos
de idade, eu me lembro que, deitado no chão, chorando, pedi a Deus para me mudar
ou então tirar a minha vida. Deus foi fiel, mas o tempo dEle foi muito diferente
do meu. Foi aproximadamente três décadas mais tarde que Deus fez exatamente
isso: Ele me mudou. Não foi a mudança do ZAP imediato
que eu queria, mas o processo de mudança começou lá nos meus 16 anos. Uma vez
que a maioria não recebe uma cura dramática, eles começam a ter raiva e rancor.
O interesse próprio da pessoa passa a se tornar seu objetivo principal e ela
então decide que terá o melhor possível pela sua situação infeliz.
Aqueles que são cristãos são confrontados com uma decisão muito difícil. Eles
devem consumar seus desejos com a prática do ato sexual? Esse conflito dura
muitos anos. Os que escolhem se engajar no comportamento homossexual são normalmente
cheios de sentimentos de culpa e remorso por suas ações, sabendo que as Escrituras
claramente se opõem a esse comportamento. Alguns tentam justificar o que estão
fazendo e alteram a interpretação das Escrituras e de como ela trata com a homossexualidade
para favorecer seus desejos homossexuais. Mas eles não podem nunca abalar a
persistente convicção de pecado no fundo de seus corações. Segue abaixo algumas
questões que podem auxiliar na restauração de vidas que buscam sair da homossexualidade:
1. Você conhece alguém que deixou de viver no estilo de vida homossexual? Descreva
a mudança deles de acordo com o que você notou.
2. Você está enfrentando dificuldades com seus amigos homossexuais por causa
do seu desejo de mudar? Descreva.
3. Você já fez alguma tentativa de deixar o estilo de vida homossexual? O que
aconteceu? Descreva.
4. O termo ex-homossexual é confuso para você? Fale sobre o assunto.
5. Qual é a coisa que parece ser mais difícil de ser mudada em sua vida? Que
passos devem ser dados para mudar essa área que tem sido de derrota para você?
6. Você alguma vez teve a experiência de livrar-se de alguma experiência homossexual?
Qual foi o resultado?
7. Você é capaz de identificar suas necessidades emocionais que são legítimas?
8. Você acredita que você nasceu homossexual? Descreva seus pensamentos nessa
questão.
9. Você escolheu ser homossexual? Por quais escolhas você é responsável?
10. Discuta a questão da escolha. Você escolheu ser homossexual? Por quais escolhas
você é responsável?
11. Descreva as dificuldades que você tem enfrentado com a identidade homossexual.
12. Você foi uma criança desejada? Descreva seus primeiros anos.
13. Descreva seu senso de segurança quando criança.
14. Descreva o seu relacionamento com seu pai ou sua mãe, de acordo com o seu
sexo. Exemplo: Se seu sexo é masculino, descreva seu relacionamento com seu
pai, se feminino, descreva seu relacionamento com sua mãe.
15. Você descreveria seu comportamento ainda bem cedo na sua infância como ativo
ou passivo?
16. Você pode estabelecer relação com a substituição da figura do pai ou da
mãe?
17. Você sentiu proteção ao redor de você quando criança? A sua proteção veio
de sua mãe ou de seu pai?
18. Você pode perceber o que há de bom num relacionamento heterossexual?
19. Descreva a sua busca por intimidade. Você estava buscando sexo ou afirmação?
20. Descreva as suas tendências para o retraimento.
21. Você experimentou medo de ser abandonado?
22. Como é o seu relacionamento com o seu pai hoje? Você experimentou perdão
pelas deficiências dele?
23. Você foi ridicularizado ou zombado na sua infância?
24. Descreva seu relacionamento com os colegas.
25. Descreva sobre a inveja na sua infância e seus efeitos hoje.
26. Descreva o momento em que você percebeu que tinha um problema.
27. Você guarda mágoa em sua vida pelo fato de Deus não ter tirado você da homossexualidade?
28. Como é que o conflito tem afetado sua vida? Descreva sua luta.
O que Deus falou? Onde é que nós temos ouvido essas palavras? Elas têm
um som familiar? Se olharmos em Gênesis 3:1 nós encontraremos satanás questionando
as diretrizes dadas por Deus. Satanás trabalha através da decepção, em introduzir
dentro da igreja heresias que se opõem ao plano de Deus para o homem. Ele tenta
lançar dúvidas sobre aquilo que Deus tem deixado perfeitamente claro. Essa pergunta:
Foi assim que Deus falou? tem separado o homem de seu Deus. Não
somente rompendo seu relacionamento pessoal com Deus, mas também com seu próximo,
trazendo morte e derrota. A homossexualidade juntamente com todo pecado nasceu
naquele dia fatídico em que o homem aceitou e acreditou nas mentiras do inimigo.
Apesar de que isso possa parecer novo para você, certamente isso afetará
sua vida profundamente em tempos que estão para vir. Os inimigos da verdade
estão ganhando espaço dentro da igreja. Satanás sabe que seu tempo é curto e
ele está intensificando seus ataques. Ser precavido é estar preparado. Esteja
alerta e mantenha o inimigo fora da igreja. Abaixo segue algumas questões para
que a igreja possa repensar o que tem entendido sobre a questão homossexual:
1. Você tem sido tentado a pensar que a homossexualidade é normal e aprovado
por Deus?
2. Você tem sido exposto à Teologia Homossexual?
3. Você tem lido e investigado as Escrituras com referências a homossexualidade,
por você mesmo ou você tem confiado no que os outros têm dito?
4. O Espírito Santo tem falado ao seu espírito que a homossexualidade é errada?
Você deseja que não fosse?
5. Você tem amigos em sua igreja que estão vivendo ativamente como homossexuais?
Você os tem confrontado?
6. Quais literaturas sobre homossexualidade você leu e de que forma ela afetou
sua vida?
7. Sua igreja tomou alguma atitude com relação a teologia homossexual? Descreva
a atitude de sua igreja.
8. Na sua mente, que tipo de ação a igreja deveria tomar?
Não é fácil para o homossexual aceitar que Deus falou contra a homossexualidade
e concordar em embarcar na longa e difícil jornada para mudança. Como nós temos
visto, a igreja em sua maioria, não tem ajudado muito em guiar o ex-homossexual
em direção a um novo e diferente estilo de vida. A igreja e, particularmente,
os seminários estão avançando com a idéia de que as Escrituras que reprovam
a homossexualidade foram escritas para uma cultura passada e não oferecem nada
de valor para o mundo de hoje. Um grande número de pessoas que enfrentam dificuldades
na área homossexual estão sendo aconselhadas por seus pastores a ajustarem sua
vida à este estilo de vida, embora elas sejam exortadas a viver do modo
mais respeitável possível como um homossexual. Alguns pastores embebidos
com a psicologia, estão agora concordando com o ponto de vista da Associação
Psiquiátrica Americana aplicando o rótulo de desvio de conduta ao
indivíduo que não é completamente satisfeito com sua vida homossexual e está
procurando uma forma de sair dela.
A decisão que uma pessoa toma para deixar as práticas homossexuais, com certeza
a fará passar por muitos desafios, períodos atrás de períodos. Sua decisão permanecerá
nos tempos de provação somente se ela tiver sido tomada por você e não pelos
outros. Se sua decisão tiver sido baseada em satisfazer outras pessoas, ela
não será forte o suficiente para resistir às adversidades e os tempos difíceis
que estão à frente. Por mais que queiramos agradar nossa mãe, pastor, amigos,
e até mesmo a sociedade, essa motivação apenas será insuficiente e falhará durante
os tempos de aprovação e, mais cedo ou mais tarde, nós vamos nos encontrar dizendo:
Eu fi-lo somente para agradar meus pais (ou outros).
Muitos homossexuais ativos (praticantes) que professam o cristianismo se acomodaram
na igreja silenciosa, a igreja que se recusa a reconhecer que o problema da
homossexualidade existe. Nesse caso, eles vivem uma vida dupla: regularmente
eles ocupam lugar de liderança na igreja, porém continuando a se envolver em
todos os tipos de comportamento existente dentro da homossexualidade quando
não estão na presença de outros cristãos. Se a igreja percebe o problema e decide
exortar e confrontar aqueles que estão vivendo ativamente como homossexuais,
eles silenciosamente saem daquela igreja e procuram outra, onde eles possam
continuar no pecado sem interferência. A natureza humana faz o que é possível
para procurar uma maneira, um caminho que não ofereça nenhum tipo de dor. Com
tanta pressão para permanecer vivendo como um homossexual ou se ajustar a esse
estilo de vida, e ainda com a possibilidade de se esconder em uma igreja silenciosa,
é verdadeiramente um milagre quando um indivíduo está disposto a se submeter
ao plano de Deus para redenção e regeneração.
Para as pessoas jovens que estão entrando na homossexualidade, talvez
possa parecer mais como uma solução para seus problemas (2Coríntios 10:45).
Aqueles que foram rotulados durante todo o seu tempo de escola com insultos
e zombarias vêem a vida homossexual como um lugar de afirmação e aceitação.
Com grande alegria eles encontram colegas, pessoas de sua mesma idade, que querem
ambos, amizade e intimidade com eles. Muitos dizem: Se isso é um problema,
por favor, me dêem mais problemas. Para eles parece que a aceitação encontrada
na vida homossexual é o pote de ouro no final do arco íris, o preenchimento
das fantasias que eles carregaram consigo durante toda sua vida. Porém, cada
encontro, reforça o apego a homossexualidade. Novas facetas da vida homossexual
são reveladas e o que no início teria sido visto como algo degradante, agora
é voluntariamente aceito à medida que promete um preenchimento que não tinha
sido alcançado até então. Enquanto encontros homossexuais possam ter trazido
satisfação por um momento, a pessoa homossexual é deixada vazia, procurando
ainda por um ingrediente ilusório que poderia fazer a intimidade durar mais.
Ela permanece, então, à espera de que na próxima esquina está a pessoa certa,
pela qual tem procurado, porém isso nunca acontece, e continua numa busca que
não tem fim. Raros são aqueles que podem ser alcançados enquanto estão ativamente
procurando fazer de cada fantasia uma realidade. Eles estão seguindo um sonho
impossível. Pastores, pais, amigos e, algumas vezes, até esposas tentam trazer
o indivíduo de volta à realidade, porém eles estão controlados por seus sonhos.
O eu está entronizado. Se isso lhe faz sentir bem, faça-o,
Se eu acho que está certo, deve ser certo. Da mesma forma que está
ilustrado em Juízes 21:25 Naqueles dias não havia nenhum rei em Israel,
cada homem fazia o que era correto aos seus olhos. Enquanto a pessoa não
chegar ao fundo do poço (Romanos 1) e admitir que o problema existe, ela não
poderá ser ajudada. Voltar atrás (ambivalência) é a barreira de impedimento
para mudança. Enquanto estiver aberta a opção de retornar a homossexualidade
se as coisas não funcionarem, não poderá ocorrer mudança na vida
da pessoa. Ligações devem ser cortadas. A decisão decisiva deve ser feita. O
Espírito Santo traz convicção de pecado, e se a pessoa recebe profundamente
esta convicção em seu coração, ela terá a motivação permanente para cancelar
a opção.
Outra vez, a decisão é sua. Você está disposto a enfrentar a questão à frente
e dar uma olhada realista na sua vida? Que futuro o espera como um homossexual?
Você quer uma vida cheia de culpa e separada de Deus? Uma coisa que nós talvez
estejamos inconscientes no tempo em que estivermos tomando nossa decisão, é
de que Deus é por nós e Ele virá em nosso auxílio, ajudando-nos durante as situações
difíceis que vamos passar. Ele está próximo, de acordo com o que você permite
que ele esteja. Ele é sempre fiel às suas promessas para aqueles que O
invocam. É necessário coragem para deixar para trás as coisas que
sempre se apresentaram como a resposta para os lugares vazios em nossas vidas.
Porém, o Espírito Santo pode transformar homens covardes em homens de coragem.
Ele usou um pequeno número de homens para virar o mundo de cabeça para baixo,
e Ele pode fazê-lo novamente. Quando Deus nos pede alguma coisa e nós respondemos
com um coração cheio de obediência, Ele sempre provê forças para que façamos
o que Ele nos pediu. Mais questões para serem usadas por conselheiros e pessoas
que desejam deixar a homossexualidade.
1. Descreva o tempo em que você fez sua decisão de sair da homossexualidade.
Você vacilou nessa decisão?
2. Quais conselhos você recebeu de pastores e conselheiros?
3. Até onde sua decisão tem sido baseada nos desejos dos outros?
4. Descreva a vida dupla que você levou.
5. Descreva como o inimigo enganou você.
6. Quais escolhas difíceis você fez?
7. O que o conduziu a romper com a vida homossexual?
8. Até onde você tem rendido sua vontade ao Senhor?
9. Você desistiu da idéia de que pode simplesmente encontrar a pessoa ideal
na próxima esquina?
10. Você tem chegado ou já passou pela situação onde você percebe que as coisas
só tem piorado, ou seja, de que sua vida está indo cada vez mais para baixo?
(Se eu procurar uma pessoa de padrão mais baixo, não tão alto como eu
tenho exigido, eu poderei encontrar o que eu estou procurando).
11. Desde que você tomou sua decisão, você tem encontrado o Senhor próximo
daqueles que invocam o Seu nome?
Uma vez que o Espírito Santo traz a convicção de pecado, o arrependimento
deve vir a seguir. Antes da gloriosa ressurreição de Cristo, Jesus teve que
andar no solitário caminho da Via Dolorosa, o caminho de sofrimento.
A morte de um sonho é de fato uma coisa triste. Não é fácil para o ex-homossexual
colocar de lado a fantasia de que um dia a pessoa ideal aparecerá trazendo o
preenchimento que ela tem procurado todo o tempo. Porém, enquanto esse sonho
viver, a mudança permanece bloqueada. Qual é o significado real de arrependimento?
Arrependimento significa uma mudança de mente e de direção, ou em outras palavras,
uma dor que traz início a uma ação. Não é suficiente lamentar sobre a dor da
perda de um estilo de vida que era confortável, nem é suficiente ter bons pensamentos
sobre Jesus enquanto ainda se caminha em trevas. Toda pessoa deveria lamentar
profundamente por entristecer o Espírito Santo e tomar a decisão de não deixar
isso continuar a acontecer. Há também uma outra forma de dor ou sofrimento que
você terá na sua nova forma de viver. Nosso relacionamento com Jesus altera
nosso relacionamento com o mundo. O mundo tenta reivindicar nossas vidas e não
negligencia nenhuma oportunidade enquanto estamos desenvolvendo nosso estilo
de vida (Tiago 4:4).
Ao contrário do que muitos ex-homossexuais possam acreditar, Deus não
nos isenta de fazer as coisas comuns esperadas de todos os cristãos. Nosso problema
não é único ou tão excepcional como nós pensamos. Muitos ex-homossexuais se
concentram apenas no seu problema de identidade e se afastam de envolvimentos
tradicionais do Corpo de Cristo concernentes a todo e qualquer cristão. A vida
homossexual normalmente promove relacionamentos impessoais, levando muitos ex-homossexuais
a optar por uma vida cristã isolada.
A homossexualidade não deve ser definida, exceto secundariamente, como
uma dificuldade em se relacionar com o sexo oposto. Essencialmente, ela (homossexualidade)
é marcada pela dificuldade em se relacionar com pessoas do mesmo sexo.
Ao isentar-se de se envolver em relacionamentos com colegas quando ainda crianças,
o homossexual também isentou-se de desenvolver habilidades sociais adequadas
ao seu sexo. Enquanto alguns homens homossexuais são agressivos e bem
sucedidos nos esportes, nós temos observado que a maioria são retraídos, amedrontados
e, de alguma forma, isolados dessa área. Por causa da homossexualidade se apresentar
como um problema enorme que consome grande parte da vida, nós esperamos que
Deus trate dessa área em primeiro lugar. Muitos têm orado a Deus diariamente
sobre sua questão homossexual, contudo sentem que essas orações não têm sido
respondidas. Todavia, a homossexualidade é apenas um sintoma, o resultado de
escolhas e atitudes erradas que tivemos. É muito bem provável que Deus pretenda
cortar o problema pela raiz, deixando o que floresceu, secar com o tempo. Por
causa disso, nos deparamos com Deus trabalhando em áreas em nossas vidas nas
quais Ele não foi convidado a atuar. As pessoas que dizem: Deus não operou
na minha vida, devem estar inconscientes de que Deus tem estado trabalhando,
vasculhando no mais profundo do coração e assentando as bases para a transformação.
Muitos cristãos que lutam contra a questão homossexual dizem para mim: A
sua teoria de que a igreja é a resposta para o processo de transformação deve
estar correta, mas você não conhece a minha igreja. O bar gay da esquina tem
amor e aceitação dez vezes maior do que a minha igreja. Normalmente, o
compartilhar na igreja é mantido a nível superficial. Se a pessoa tenta compartilhar
um problema pessoal sério, outros se afastam, sentindo que esta ultrapassou
os limites dela. Então, como devemos lidar com a igreja sem amor?
Gasta-se tempo para ganhar a confiança dos outros. Existem motivos ( talvez
válidos, mas existentes) para os membros da igreja parecerem ser reservados,
insociáveis e pouco comunicativos. Primeiramente, as pessoas se sentem confortáveis
com questões que elas não entendem. Muitos membros de igreja são completamente
desinformados sobre a questão homossexual. E, depois, também, todos nós temos
precaução com estranhos. Normalmente temos medo de sermos enganados, de nos
envolvermos em situações onde outros tirarão vantagem de nós e de nos deixarmos
vulneráveis ao que, para nós, é desconhecido. Uma pessoa pode ter um problema
com masturbação, sentindo-se profundamente depressiva e culpada. Ela vem então
à igreja para sentir alívio do seu fardo. Se ela compartilhar seu problema sobre
masturbação com todo mundo que ela encontra pela primeira vez, encontrará pessoas
que se sentirão ofendidas pela honestidade dela. Porém, se ela esperar algumas
semanas, depois que a confiança tenha sido estabelecida, ela poderá descobrir
que os membros a ouvirão compreensivamente, oferecendo conselhos que a ajudarão.
Satanás utiliza de instrumentos para atacar pessoas que desejam andar
com Jesus, tais como o tédio, onde as pessoas envolvidas na vida homossexual
têm usado o sexo nestes momentos de tédio como resposta. Solidão, nós nos tornamos
solitários quando não temos relacionamentos íntimos e sadios com outros. Há
bastante diferença entre solidão e estar sozinho. É tão difícil encontrar justificativas
para a solidão se você não estiver trancado no seu quarto. Depressão, desespero,
falta de esperança, parece ter sido divulgado um mal-entendido muito comum com
relação às causas da depressão. O fato de termos nossa vontade contrariada pode
nos levar à depressão. A maioria das pessoas que estavam acostumadas a ter as
coisas da forma delas caem em depressão quando é requerido que elas obedeçam
à liderança dos outros, ou à orientação do Espírito Santo. O desespero pode
ser simplesmente impaciência para com Deus, e indisposição de aceitar mudanças
no tempo proposto por Ele. Ninguém pode dar a Deus um horário ou um esquema
de atividade para Ele cumprir. A incredulidade é empurrada por Satanás, onde
muitas vezes pensamos que Deus não está nem aí conosco. Os cristãos estão apanhados
em uma fantasia. Pense em todas as oportunidades sexuais que você está perdendo.
Satanás fala estas coisas para todas as pessoas, tenham estes problemas homossexuais
ou não. Poucos encontros sexuais na vida homossexual poderiam ser considerados
ótimos. Quase sempre, existe o desejo de que a experiência poderia ter sido
melhor. Normalmente, nós nos sentimos usados, enganados ou trapaceados, e ainda
rebaixados depois do ato sexual. Nas lembranças que Satanás traz ele apaga todas
as conotações negativas. Nós lembramos apenas as positivas e começamos a desejar
a repetição de alguma coisa que na verdade foi insatisfatória, sem recompensa
e humilhante. Saibamos que Deus não nos deu um espírito de covardia e sim de
poder, de amor e de equilíbrio (2Timóteo 1:7).
Para muitos que estão lutando com esta questão, a opção em relação à homossexualidade
ainda não foi resolvida. Há uma porta que ainda está aberta, em que o comportamento
homossexual ainda é visto como algo que não é totalmente errado, ou ainda existe
a ilusão de que há um príncipe ou princesa encantada esperando por mim em algum
lugar. O coração destas pessoas ainda não tomou a decisão de que seguirá a Jesus,
não importa o que venha a acontecer. Largo é o caminho que leva à destruição;
enquanto eu considerar o comportamento homossexual como uma opção viável, não
terei verdadeiramente abraçado o processo de mudança. É importante ressaltar
que experimentaremos incertezas e dúvidas durante o processo de saída da homossexualidade.
Á medida em que nossos conflitos ficarem mais intensos, maior será a pressão
para que busquemos conforto nos velhos hábitos e mecanismos de escape, como
forma de enfrentar a dor do conflito. Inclusive não é incomum que aqueles que
estão lutando enfrentem períodos de comportamento pecaminoso a medida em que
se aprofundam no tratamento de suas feridas emocionais.
Apesar do fato de que alguns escolhem atividades homossexuais como forma de
fuga da dor emocional, a esperança de mudança ainda está presente. Sei que posso
caminhar em Sua misericórdia e graça, mesmo caso eu tenha um envolvimento sexual.
Na minha própria experiência, percebi que tinha que entregar a Deus meu direito
de ser puro. Isto pode parecer estranho, mas enquanto eu procurasse atingir
pureza (ou seja, ficar contando os dias e horas desde meu último envolvimento),
eu não estava descansando na verdade de que Ele somente é a minha pureza. Eu
sei que sou capaz de retornar a velhos hábitos nesta caminhada. Por outro lado,
também sei que minha pureza pessoal é resultado da minha identificação com Cristo,
e não do meu desempenho! No entanto, tenho que crer e tomar a decisão de que
é verdade que a prática da homossexualidade é algo que Deus não aceita sob nenhuma
circunstância. Trata-se de pecado. Qualquer forma de envolvimento sexual não
é mais uma opção para mim. Como adulto, sou responsável por minhas escolhas;
e a autoridade da Palavra de Deus estabelece que comportamento homossexual não
é aceitável a Ele.
A mudança só será possível depois que o indivíduo reconhecer e confessar que
sua atitude e conduta precisam ser transformadas. É uma questão de decisão.
Homossexualidade não é imutável. Alguns psicólogos afirmam que as pessoas não
são homossexuais, mas estão homossexuais. Homossexualidade é um comportamento
aprendido e, portanto, pode ser desaprendido. O homossexual deve confessar seus
pecados e temores a Deus e pedir-lhe que o purifique no Sangue de Jesus (1Coríntios
6:9 a 11).
Aquele que deseja a mudança deve pedir a Deus que lhe dê profunda consciência
de pecado através do Espírito Santo (João 16:8) e um grande desejo de mudança
de mente (Romanos 12:1, 2). O envolvimento com uma igreja local é extremamente
importante para o crescimento espiritual, para a restauração emocional, para
a socialização com pessoas que sempre foram heterossexuais. Isso é o que nos
ensina Hebreus 10:25: Não deixemos de congregar-nos, como é costume de
alguns; antes, façamos admoestações. A unidade cristã é decisiva para
o homem e a mulher que estão saindo da homossexualidade;
Saber que há tentações e que o pecado, o mundo, a carne e o diabo devem ser
vencidos. As carências e vulnerabilidades do ser humano levam a equívocos sexuais.
Buscar entender 2Coríntios 5:7. Observe o que declarou um ex-homossexual americano:
Você é heterossexual em Cristo. Não importa a profundidade de seus sentimentos
homossexuais, pois profundamente jaz dentro de você sua identidade heterossexual,
enterrada debaixo de milhares de temores.
Esperar sempre em Deus a força e o poder para a mudança (Filipenses 1:6 a 9).
Obedecer os conselhos recebidos do conselheiro, se tem convicção que essa pessoa
foi posta por Deus em sua vida. É preciso aprender a disciplinar os pensamentos
(Romanos 12:1, 2) e hábitos (pessoais e públicos) para vencer as tentações.
Contar com a ajuda de um ministério cristão de apoio a homossexuais também é
muito importante; Falar com Deus sobre os problemas, tentações, tristezas, decepções
etc., sempre com absoluta sinceridade, sabendo que Ele é onisciente e é, também,
o amigo mais compreensivo;
Deve confessar a Deus e ao conselheiro se cair durante o processo pois, do contrário,
pode haver desânimo profundo, hipocrisia e acusação do diabo. A confissão e
o abandono do pecado também trazem uma profunda consciência do perdão de Deus
(ler Provérbios 28:13 e Tiago 5:16);
Uma vida de leitura bíblica, oração, jejum e louvor é a melhor arma para se
vencer a homossexualidade, pois como disse Frank Worthen, fundador do ministério
Amor em Ação (EUA) Os indivíduos que têm maior chance de abandonar o homossexualismo
são aqueles que se entusiasmam com Deus, que antecipam o que Ele vai fazer em
suas vidas. Eles vêem Deus trabalhando até mesmo em pequenos detalhes da vida
deles, e seus corações estão cheios de louvor.
Evitar amizades que possam influenciar na volta às práticas homossexuais assim
como filmes, programas, revistas e lugares onde há pornografia, objetos do passado
e tudo que exerça influência homossexual etc.
E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas
passaram; eis que se fizeram novas (2Coríntios 5:7).
15 SEXUALIDADE - BÊNÇÃO EM CRISE
A completa permissividade que vemos hoje é, certamente, conseqüência da Revolução
Sexual iniciada da década de 1960. Os apelos sexuais da mídia geral levam muitas
pessoas (principalmente adolescentes e jovens) a praticarem o sexo sem compromisso.
Mas levam-nas também, inconscientemente, a sentirem nojo, aversão e culpa por
essas práticas - e essa é uma estratégia diabólica para ofuscar a beleza do
sexo, uma das coisas mais santas e prazerosas que Deus criou.
Os jovens evangélicos têm sobre si duplo peso: viver num contexto pós-moderno
onde não há absolutos morais e os chavões mais populares (Ah, o que é
que tem? e Isso não tem nada a ver!) nasceram dos pensamentos
acadêmicos relativizados e onde pais e líderes evangélicos não assumem a responsabilidade
de desmistificar, des-satanizar e des-sujar a bênção do sexo.
Um dever bíblico e cívico que os pais e líderes têm é o de ensinar princípios
morais aos adolescentes e jovens. Exigências podem ser feitas quando os direitos
não são respeitados. Acredito que os jovens deveriam exigir dos pais e líderes
maior atenção na área da sexualidade. Os pais, por outro lado, deveriam reconhecer
humildemente seu erro de omissão e mudar de atitude. Ouvi uma frase, recentemente,
que está reverberando em minha mente: Não devemos ter vergonha de falar
daquilo que Deus não envergonhou de criar (Clemente de Alexandria).
Os jovens estão escalando sozinhos montanhas íngremes e geladas sem conseguir
conciliar os valores éticos bíblicos, a verdadeira ciência e o lixo da mídia.
É essa mídia que ensina a excluir e rotular de quadrados todos aqueles que lutam
para guardar os valores que conduzem à boa, agradável e perfeita vontade
de Deus.
Nos atendimentos do Movimento pela Sexualidade Sadia (MOSES) temos recebido
muitos jovens (rapazes e moças) sinceros que envolveram-se na homossexualidade
a partir de sugestões externas (como apelidos na infância e na adolescência,
por exemplo) ou abuso sexual, quando eles não tinham com quem desabafar e tirar
suas dúvidas, pois falar sobre sexo é senvergonhice. Alguns desses
jovens derramam lágrimas de vergonha e culpa pela humilhação que sofreram porque
não sabiam como se defender. Contudo, uma coisa é interessante nas respostas:
a certeza que a maioria tem de que sexo antes do casamento e homossexualidade
não são os ideais de Deus para a humanidade - por isso as conseqüências estão
aí com as mães solteiras sofrendo as juras de amor não cumpridas, as doenças
sexualmente transmissíveis e o total desconhecimento de verdades que nos preservam
física, espiritual e socialmente . As campanhas que só ensinam a usar preservativo
para o sexo seguro são superficiais e incentivam a prática do sexo
sem amor e compromisso. Nesse contexto, muitas autoridades da área de saúde
já reavaliaram sua posição sobre essas campanhas e, hoje, afirmam que o mais
importante no que se refere às DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis)
principalmente a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) - é uma mudança
de comportamento. À nossa sociedade promíscua e perversa não interessa divulgar
essa verdade.
Outro ponto que desperta nossa atenção é o enfoque espiritualizado
que a maioria dá para a homossexualidade, como se só ele fosse alvo das influências
de satanás. Ora, a Bíblia diz em Romanos 11:32 que Deus a todos encerrou
na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos e em 1Coríntios
6:9 a 11 que adúlteros, mentirosos, idólatras, avarentos e bêbados são tão pecadores
e alvos do diabo quanto os homossexuais. Acredito que os evangélicos deveriam
ler mais livros cristãos sobre o assunto para ter uma visão de mais compaixão
e menos preconceito com aqueles que sofrem com tendências homossexuais. O apóstolo
Paulo nos mostra no último texto citado que, na igreja de Corinto, havia vários
ex-homossexuais libertos pelo Sangue de Jesus e santificados pelo Espírito de
Deus. Outra coisa que observar é o ranço machista que também contaminou a igreja.
Percebe-se claramente nas entrelinhas que a responsabilidade maior sobre a virgindade
é da mulher. Ora, quando a Bíblia exige pureza, exige de homens também. Graças
a Deus, porém, que se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas
antigas já passaram (2Coríntios 5:17). O passado não pode mais escravizar
nossa consciência e em Cristo todos temos possibilidade e motivação para mudar
constantemente.
16 COMO LIDAR COM A SEXUALIDADE NA INFÂNCIA
A idéia de que sexo é sempre algo sujo e pecaminoso tem levado muitas pessoas
a desenvolverem sérios problemas de personalidade, gerando comportamentos distorcidos,
que a sociedade tende a rejeitar. A maioria dos problemas tem origem na infância,
fato que atribui aos pais um papel fundamental na correta orientação dos filhos
no campo da sexologia. Quando a sexualidade não é bem entendida, podem ser gerados
vários problemas que têm afligido e angustiado, não somente as famílias, mas
também o próprio indivíduo que luta com inúmeras dificuldades psíquicas e funcionais
afetivas. Iremos abordar o assunto por etapas, o que será mais fácil para o
leitor acompanhar e compreender esse tema, bem como sobre os distúrbios sexuais
que afligem a milhares de pessoas. Após, iremos tratar de um assunto complexo:
a homossexualidade dentro da visão psicanalítica, com o objetivo de oferecer
às famílias (pais), e ao próprio indivíduo envolvido, algumas respostas a inúmeras
perguntas e dúvidas sobre a problemática homossexual, além de oferecer também
uma indicação terapêutica para o caso.
O ser humano, tanto no nível mental como no corporal, se desenvolve em etapas.
Especificamente, em nível psicológico, o homem evolui nas seguintes fases:
Oral 0 1 ano de idade
Anal 1 3 anos de idade
Fálica 3 5 anos de idade
Latente 5 10 anos de idade
Adolescência pré-adolescência: 10 12 anos de idade
adolescência propriamente dita: 12 18 anos de idade
pós-adolescência: 18 23 anos de idade
Maturidade 25 50 anos de idade
Senilidade 50 em diante
Cada fase tem uma correspondência muito íntima com a formação da árvore neurológica
(estrutura cerebral) e sua funcionalidade (psicodinâmica) comportamental. Vamos
trabalhar inicialmente com os estudos das cinco primeiras nas quais ocorre,
de maneira fundamental, uma troca muito intensa de sentimentos e percepções
entre o indivíduo e o ambiente.
Na criança de alguns meses de idade, que ainda esteja sendo amamentada ao seio
da mãe, ou mesmo na mamadeira, sua boca, esôfago e estômago são órgãos sensoriais
para os estímulos agradáveis e desagradáveis (sentimentos bons ou maus); os
quais põem a criança em relação com o meio interno dela e o meio ambiente, o
que já é determinante para a formação de sua psique.
Na criança de um a três anos, época em que ela já começa a ter maior relacionamento
com o seu meio (pessoas), e a sofrer influências das primeiras regras sociais,
(quando a mãe solicita que ela peça para evacuar, e não o faça na fralda), ela
te o ânus e a ampola retal como órgãos sensoriais para os mesmos sentimentos
de prazer ou desprazer, ou seja podendo ela evacuar por prazer ou desprazer,
ou seja, podendo ela evacuar por prazer de ganho afetivo ou reter as fezes pelo
mesmo motivo. Ou do modo inverso, reter as fezes ou evacuar, como sentimento
de desprazer para com o meio.
Alcançada a idade de três a cinco anos, a criança está vivenciando a fase fálica.
Nesse momento, a zona dos órgãos genitais é que passa a ser acionada para a
relação de meio interno da criança e meio externo (ambiente). Na realidade,
é um período muito significativo para ela, já que tendo uma evolução neurológica
e psicológica mais desenvolvida, pode, com toques na zona genital, descobrir
o prazer sexual anorgásmico (sem orgasmo), pois ainda não possui o circuito
hormonal funcionante; apenas fazem suas primeiras descobertas corporais com
prazer. Portanto, a sexualidade bem definida é que dará ao indivíduo a capacitação
plena para as suas realizações na vida. É a espinha dorsal do comportamento
humano.
Está bem claro que durante toda a nossa vida, desde o nascimento até a morte,
todo pensamento, sentimento ou ação comportam em si uma pulsão libidinal (força).
Não há vida sem uma identidade sexual sadia. A sexualidade sadia estrutura-se
com base na atividade fisiológica bem como no conteúdo afetivo em relação ao
objeto amoroso.
Afirma o Dr. F. Dolto que todas as atividades do indivíduo são animadas
por energia libidinal. Isso é comprovado em cada etapa do desenvolvimento, desde
a oral passiva (época da amamentação do bebê) a busca do prazer através
da sucção até a oral ativa (época em que o bebê já possui alguns dentinhos)
na qual o morder tem papel fundamental.
Na fase genital prévia, segundo Aberastury e Klein, na segunda metade do primeiro
ano de vida (seis meses), aparece a necessidade do terceiro (pai), e se estrutura
o complexo de Édipo primário. É quando ocorre o descobrimento e a manipulação
dos órgãos genitais. As fantasias de um indivíduo em nível genital adquirem
predomínio sobre o que significa a sexualidade no indivíduo. Essas fantasias
de vínculo genital (ligações entre o bebê, mãe e pai), se dão com as características
do penetrante para o masculino e do penetrado para o feminino. As fantasias
de penetrar e ser penetrado são o modelo do vínculo que vai ser mantido durante
a vida posterior do sujeito como expressão do masculino e do feminino, para
o qual as figuras da mãe e do pai são essenciais.
Bem, com a criança na fase anal (dois a três anos) a capacidade de empurrar
e reter suas evacuações proporciona ao indivíduo, além do prazer,
a possibilidade de dar prazer também ao adulto amado, e implica na noção de
poder controlar seus excrementos. Pelo fato de ser muito atuante, a tensão libidinal
da criança nem sempre encontra como deslocar-se para os substitutos que lhes
são oferecidos. Além do mais, a atitude dos pais em relação aos hábitos de higiene,
vai influenciar o desenvolvimento sadio, bem como a adaptação à vida social.
Agora a criança já se encontra na fase três, a fálica. Com o desinteresse pelas
matérias fecais, ela transfere sua atenção e interesse para os genitais, o que
passa a ter muito significado para ela. É preciso ressaltar que o que aqui ocorre
é uma descarga genital geral, pois os genitais em fase remotas já funcionavam
como zonas erógenas, só que de força primária.
O menino passa a identificar-se com o seu pênis, de forma narcisista (amor profundo
a si). Além disso, há a descoberta da diferença entre os sexos. E assim ele
experimenta, pela primeira vez, o que se chama de angústia de castração,
ou seja, medo de que alguma coisa possa acontecer a esse pênis valorizado. É
muito comum observarmos mães que se preocupam ao ver a criança tocando o pênis,
e fazem ameaças de, por exemplo, cortá-lo e dar para o gato, ou aplicar castigo,
criando a angústia terrível de castração.
A intensidade dessa angústia depende do valor atribuído ao pênis durante o período
fálico, que vai influir na questão com que se defronta o menino, em relação
à sexualidade: ou renuncia a ela, ou põe em risco seu pênis. Como nessa fase
estão presentes os fatores narcisistas (amor profundo a si próprio), a posse
do pênis passa a ser objetivo principal. É interessante lembrar que nessa
fase da criança, o complexo de Édipo se desenvolve intensamente (é o amor da
criança pela mãe, e a repulsa pelo pai). É um período curioso, em que se nota
grande interesse do menino pela mãe, oferecendo a ela todo o seu carinho, tornando-se
mais exigente para com ela, cobrando sua atenção e afeto, beijando-a constantemente.
Quer dormir com ela, fica manhoso, e tenta afastar o pai das relações afetivas,
para com a mãe. Trata-se de uma disputa verdadeira de dois sexos iguais (masculinos)
em relação a um sexo diferente (feminino) mãe.
O objeto de amor afetivo sendo a mãe, e o menino faz tudo para conquistar sua
atenção, seu interesse. E quanto mais se desenvolve com esse objetivo
declarado de agradar a mãe (feminino) e de se identificar com o pai (masculino),
mais os fantasmas edípicos se evidenciam. Notamos isso pelos sonhos ameaçadores
na criança, os pavores noturnos que a atacam, ficando ela apavorada e recorrendo
ao quarto dos pais, não conseguindo ficar sozinha em sua cama, tentando insistentemente
acomodar-se no meio dos pais. Lembramos aos pais que suas atitudes de compreensão
para com a criança nesse período, são de fundamental importância para uma elaboração
(realização) satisfatória do Complexo de Édipo.
A menina também está experimentando a fase fálica (três a cinco anos). Ela vê
o pênis como um objeto muito valorizado e que ela não possui. Sente-se com isso,
desfavorecida, imaginando ter sido castrada por seus jogos sexuais manipulação
que a criança faz dos órgãos genitais. Ela inveja o pênis, desejando-o para
si, ao mesmo tempo em que deprecia seu próprio genital. É isso que faz com que
ela se ligue mais intensamente ao pai (Complexo de Édipo), relacionando-se com
ele da mesma forma que o menino e a mãe, afastando o máximo possível a mãe da
relação.
Esse contato desenvolve entre ela e o pai o seu primeiro encontro amoroso heterossexual
(deseja o pai). Ela precisa introjetar (colocar dentro de si) a figura paterna
com sua virilidade masculina para poder aprender a desenvolver um relacionamento
de trocas com o sexo oposto.
Freud salienta um aspecto muito importante, que diferencia a vivência da moça
e a do rapaz, nesse período. A menina deve passar por três alterações essenciais
para a formação de sua identidade sexual:
Desligar-se de sua mãe, objeto de amor homossexual.
Transferir seus impulsos amorosos (libidinais) para o pai (eleição
heterossexual).
A excitabilidade centralizada no clitóris (resquício do pênis
embriológico), deve ser dirigida para a vagina, transformando assim seus fins
sexuais ativos em passivos, na identificação com a figura materna.
Dentro do conceito psicanalítico da identidade sexual, o que leva a menina a
separar-se da mãe como objeto amoroso homossexual inclui entre outros, o fato
principal de reprovar-lhe a falta do pênis, como uma herança da mãe, de um genital
insuficiente, que nunca lhe servirá para conquistá-la. Sendo assim, a menina
volta-se para o pai, já que pode ser amada por ele, e aí recupera sua mãe, através
da identificação com ela.
Vale lembrar que, em ambos os sexos, o Complexo de Édipo é o ponto culminante
da sexualidade infantil, no qual os desejos são geralmente expressos na masturbação
com sentimentos de culpa. Para que o indivíduo alcance um desenvolvimento satisfatório,
é necessário ele supere estes desejos.
A facilidade com que o adolescente (12 a 23 anos), conseguirá atingir um sentido
claro de identidade, dependerá de vários fatores, dentre os quais constam os
tipos de identificações com sua maturidade sexual, suas aptidões e capacidades
derivadas de sua destreza e experiências, bem como das oportunidades apresentadas
pelos papéis sociais em mudança. Creio que o ponto mais crítico seja a
espécie de relacionamento que o menino e a menina tenham tido e continuem a
ter com seus pais. São os processos de identificações iniciais, que facilitam
ou dificultam a aquisição de uma identidade sexual normal. Muitas
vezes, esse processo de identificação facilita a experiência do tipo homossexual,
sem negar que o espírito de grupo, o contato intenso, a comunidade de aspirações
e as fantasias sexuais inconscientes determinam aproximações homossexuais cada
vez mais intensas.
Pais neuróticos criam filhos neuróticos e, no Complexo de Édipo destes, os pais
vão reviver os seus próprios complexos, provavelmente não elaborados. Além disso,
a ausência de um dos pais ou, por outro lado, a imagem empobrecida
e fraca ou ainda demasiado forte de um deles, são de fundamental importância
para a elaboração do Complexo de Édipo. Nesse processo de identificação, a falta
de uma figura paterna com características e papéis bem definidos propicia ao
rapaz ou à moça se fixarem na figura da mãe, passando a ser o ponto chave para
o desenvolvimento da homossexualidade.
Discutiremos, já dentro da fase da adolescência, alguns pontos chaves desencadeantes
das dificuldades da personalidade do indivíduo. O desenvolvimento de um sentido
de identidade própria, de uma definição de si mesmo como pessoa, é fator vital
na tarefa de tornar-se adulto. É bastante comum encontrar, na prática da psicoterapia,
adolescentes com dificuldades de enfrentar as demandas da etapa em que se encontram:
independência, integração de uma maturidade sexual recém-descoberta, estabelecimento
de relações significativas e eficientes com companheiros de ambos os sexos,
e decidir a orientação de sua vida bem como os objetivos profissionais.
A adolescência é um período muito doloroso para o jovem ou a jovenzinha. Eles
sofrem alterações nos aspectos físicos (mudanças corporais como crescimento,
aparecimento das mamas, pêlos pubianos, distribuição de gorduras modeladoras
das formas nas meninas, mudança de voz tom, aparecimento da barba, alargamento
dos ombros nos meninos) e emocionais, provocados pelas mudanças psíquicas, em
conseqüência do desenvolvimento psicológico. O adolescente apresenta três tipos
diferentes de idade: uma cronológica (aniversário), outra mental (pelo
desenvolvimento da psiquê), outra comportamental (conduta), tudo isto num momento
só.
Além do mais é preciso chamar a atenção para quatro lutos psicológicos, cuja
realização é fundamental nessa fase:
Luto pelo corpo infantil tipo de morte psicológica do corpo
de infância, e nascimento para um corpo adulto.
Luto pela identidade infantil perder a identidade infantil
significa sofrimento, porque a nova identidade adulta exigirá responsabilidade
em suas atitudes.
Luto pelos pais infantis perda da proteção que os pais
ofereciam à criança indefesa, dependente de total proteção.
Luto pela bissexualidade morte psicológica de um corpo
igual (feminino/masculino) para assumir um corpo com identidade e sexualidade
definidas.
Tudo isto ocorre como um processo existencial e precisa ser encarado tanto pelos
filhos como pelos próprios pais para que possa ocorrer um desenvolvimento pleno
da identidade sexual sadia. Quando a fase genital prévia (incluída em todas
as fases pré-genitais, e que se repete no período fálico) não é elaborada satisfatoriamente
porque foi distorcida ou impedida pela conduta dos pais ou substitutos, o indivíduo
certamente terá dificuldades na definição de sua identidade sexual, visto que
essa evolução depende da elaboração das fases anteriores e da fase genital prévia.
Para Freud, o processo típico da homossexualidade consiste em que, alguns anos
após a puberdade, o adolescente fixa seus sentimentos sexuais afetivos em sua
mãe, identificando-se com ela; busca objetos eróticos em que seja possível volver
para si mesmo, e quererá ser amado tanto quanto a mãe é amada.
O ponto crítico deste processo é a fixação que o indivíduo estabelece em sua
mãe, impossibilitando assim a transição para outro objeto feminino. E quando
a figura paterna é ausente ou com características não definidas, certamente
o desenvolvimento sexual desse indivíduo será distorcido, apresentando neuroses
ou perversões. Observamos então, que a identificação com o primeiro objeto-mãe
é tão forte que não permite a orientação para outro sexo, ficando assim inclinado
à eleição narcisista do objeto. O indivíduo passa então a valorizar muito o
órgão viril e é incapaz de aceitar que no objeto erótico não exista pênis.
Busca relações com homens porque o terror repulsa as mulheres por não terem
pênis e pelo medo de tornar-se igual a elas.
Uma boa parte dos homossexuais, contudo, não consegue livrar-se com facilidade
dos seus desejos biológicos normais em relação às mulheres, que continuam a
atraí-lo. Mas não suporta a idéia de criaturas (mulheres) sem pênis. Esse desejo
os obriga a escolherem rapazes com o máximo de feições femininas, e até com
certas características da mãe ou da irmã. Isso mostra que o objeto inicial da
excitação é a mulher, mas reprimem esse interesse deslocando-o para os homens.
Pode-se observar que a maioria dos homossexuais apresenta um amor edipiano pela
mãe e uma fixação materna bastante acentuada. Vemos também que a mulher, objeto
de identificação do rapaz, pode não ter sido a mãe e sim a irmã ou outra mulher
do ambiente infantil.
O medo da castração é fundamental no desenvolvimento da homossexualidade, mas
também está presente nas neuroses e em outros tipos de comportamento sexual
desviante.
Fenichel observa que, depois de ocorrer a identificação decisiva do homossexual
masculino com a figura materna, o desenvolvimento posterior pode dirigir-se
em várias direções: o indivíduo com características narcisistas vai procurar
um substituto dos seus desejos edipianos e passa a comportar-se da maneira como
desejara que a mãe se comportasse com ele. Se ocorrer uma fixação anal, que
determine o desenvolvimento posterior, o objeto de amor é o pai. O homossexual
submete-se ao pai, de forma passivo-receptiva tal qual a mãe. Com essa regressão
anal, há um aumento das reações femininas e o Complexo de Édipo se resolve com
a aceitação da atitude edipiana negativa. Observação: o homossexual desse tipo
mantém, inconscientemente, o desejo de ser masculino. A feminilidade tem o objetivo
de, no contato com homens, aprender os segredos da masculinidade. Quer dizer,
ele submete-se ao pai para identificar-se com ele, de uma forma primária (oral).
Esse amor é ambivalente, já que o objetivo final é tomar o lugar do pai.
Existe o indivíduo que é heterossexual, embora feminino. Por temer à castração
por homens, relaciona-se com as mulheres. Passa por mulher, com a idéia de que
procedendo assim protegerá seu pênis de uma mutilação.
Para Arthur Janov, o ato homossexual representa simbolicamente a necessidade
de amor por meio do sexo. Para ele, toda a pessoa realmente sexual é heterossexual,
e a homossexualidade pode ser resultado de qualquer número de permutas na interação
da família. Acreditando, portanto como Janov, que a homossexualidade seja uma
maneira de representar necessidades. Por exemplo: um menino homossexual pode
ter tido um pai fraco, tirano, ou amante; o que importa é a necessidade que
ele sente de um pai amoroso. Os casos apresentados a seguir ilustram alguns
aspectos do problema:
Caso clínico número 1: T. A, 22 anos, é filho de pais separados
há mais de 12 anos. O pai era alcoólatra, figura agressiva e hostil para com
a família. Após a separação, não houve mais contato dele com os filhos e a mulher.
O filho o visita esporadicamente, embora tente negar a necessidade que sente
do pai, de sua atenção, de sua presença. A mãe por sua vez, é uma pessoa fraca,
uma coitada, segundo o paciente. Aos seis anos de idade, Tiago foi
seduzido por um rapaz de 26 anos, que manteve com ele uma relação sexual. Refere
que não sabia bem o que estava acontecendo, porém, sentia-se bem porque através
dessa pessoa recebeu carinho e a atenção que nunca sentiu por parte dos pais.
Após esta experiência, manteve outros contatos homossexuais, inclusive com autoridades,
na época em que serviu o exército. Todos atuaram como substitutos da figura
paterna ausente.
Caso clínico número 2: I.D. é um rapaz de 19 anos, o sexto entre
dez irmãos. Veio para o Sul junto com três irmãos e uma irmã (com quem se identifica,
porque ela sempre consegue o que quer), de uma zona rural do Centro Oeste. A
mãe era uma pessoa nervosa e manifestava isso xingando e falando alto. Quando
pequeno, Isidoro apanhava toda a vez que desarrumava alguma coisa ou deixava
de fazer o que lhe era pedido. O pai, segundo o paciente, era uma pessoa calma,
porém fracassada. A mãe controlava todos os negócios da família porque o pai
não sabia aplicar o que ganhava. Isidoro relata que sempre teve mais dificuldades
de relacionar-se com o pai. Ele buscou tratamento psicológico devido a fantasias
e impulsos homossexuais que o assustavam, os quais queria eliminar. Durante
a psicoterapia, relatou que a mãe, na gravidez dele, esperava uma menina, chegando
a fazer todo o enxoval para ela e, no entanto, nasceu um menino.
Ele lembra que inúmeras vezes sua mãe experimentava nele vestidos das irmãs.
Por sua vez, ele gostava muito de brincar com uma menina, cujos pais não aceitavam
muito esse contato, pelo fato de ele ser menino. Assim, ele passou a ser mais
dócil, e quietinho, para poder brincar com ela. Em certa
sessão ele contou: Era como se eu deixasse de fazer as coisas de que gostava,
para fazer outras e ser querido. Percebo que até hoje copio tudo dos outros
e deixo de ser eu mesmo, com receio de não ser aceito.
Muitos homens e mulheres que não conseguem sentir-se, adotam as
imagens ou roupagens daquilo que querem ser. Essa necessidade de projetar uma
imagem pode ser uma indicação de sentimentos íntimos bem diferentes. Vamos encontrar,
muitas vezes, aberrações, daqueles homens considerados machões,
e que sepultaram sentimentos homossexuais.
Um homossexual fixado é aquele que, depois de adulto, deseja exclusiva ou principalmente
ter relações com membros do próprio sexo e tem pouco desejo ou nenhum desejo
pelos elementos do sexo oposto. Segundo Dr. Albert Ellis, um homossexual fixado
é um pervertido porque, devido a um medo irracional, ele não deseja as atividades
heterossexuais. Se ele fosse realmente bissexual e sentisse desejos espontâneos
por pessoas de ambos os sexos, ele não seria necessariamente pervertido,
sexual ou neurótico, e sim perturbado emocionalmente,
pelo fato de ceder aos impulsos bissexuais. Para o Dr. Osmair C. Lacerda, a
homossexualidade não é um padrão de comportamento nato ou congênito, e sim um
comportamento ou aprendizagem de origem psicossocial.
Em primeiro lugar, pode-se mencionar os ensinamentos sexuais, geralmente na
infância ou adolescência, que geram termos de senso de culpa em relação a certos
atos de amor sexual. Tendo a pessoa impulsos sexuais biológicos, isso faz com
que ela busque algum modo de escape, em forma de atos substitutos. Um homem
pode aprender que o coito heterossexual é perigoso e pecaminoso e acaba fixando-se
na masturbação e/ou na homossexualidade.
Outro fato será relacionado com sentimentos de medo, vergonha ou incapacidade,
que tornam o indivíduo sexualmente pervertido. Geralmente ele se auto-condena
por ter adquirido tendências anormais. Esses sentimentos ajudam-no a tornar-se
obsessiva e compulsivamente fixados.
Albert Ellis acredita, a partir de sua experiência clínica, que o Complexo de
Édipo e o Complexo de Castração possam influir no comportamento desviante do
homossexual, mas cita outras razões fundamentais que, para ele,
determinam o fato de um indivíduo fixar-se na homossexualidade:
1: O indivíduo ser deliberadamente criado pelos pais para assumir
o papel de outro sexo.
2: A incapacidade, por causas diversas, de ser bem-sucedido no
seu próprio papel sexual.
3: A identificação com um progenitor marcante do sexo oposto ao
seu, particularmente quando o de seu mesmo sexo não é marcante.
4: Sentimento de hostilidade ou medo em relação a membros do outro
sexo.
5: Diversas dificuldades que pode encontrar no meio social para
obter relações heterossexuais satisfatórias.
6: A facilidade de encontrar o amor e aceitação entre membros
do seu próprio sexo.
7: Ter tido experiências homossexuais com satisfação muito cedo
na vida, e sua tendência à neurose, ou por medo, fixando-se nesses níveis imaturos
de comportamento.
8: Problemas e distúrbios psicológicos gerais ou específicos de
que a homossexualidade seria um mero sintoma.
A homossexualidade é, portanto, um problema basicamente psicossocial. A desorganização
psicológica de um indivíduo de ambos os sexos, resulta em desvios comportamentais,
desajustando a pessoa em dois planos básicos de vida. Primeiro, para consigo
mesmo, trazendo a esses indivíduos sofrimento mental muito grande, pelo sentimento
de rejeição fortemente sentido; segundo, um desajuste social, criando um forte
preconceito na sociedade que tentará bani-lo de seu meio, sem muito entender
essa psicopatologia tão temida, mas que tem suas origens na família precisamente
o relacionamento dos membros no lar.
Como ajuda para esse problema, existe o tratamento psicológico para orientar
tanto o indivíduo quanto à família (terapia individual ou familiar) que pode
prestar valiosas colaborações para a solução do problema.
17 COMO LIDAR COM ATRAÇÕES PELO MESMO SEXO
Uma das batalhas mais difíceis que um ex-homossexual, homens e mulheres, enfrentam
é lutar contra atrações que eles ainda têm por membros do mesmo sexo. Com freqüência,
o inimigo se aproveita dessa situação e traz culpa e condenação, com sentimentos
de desespero e fracasso. Essas atrações podem ser divididas em dois tipos. O
primeiro trata daquelas que sentimos por pessoas que não conhecemos, aqueles
encontros casuais enquanto caminhamos na rua, ao fazer compras, ou mesmo na
igreja. O segundo tipo de atração é dirigido a pessoas que conhecemos, alguém
com quem trabalhamos ou temos alguma comunicação de forma regular.
Liberdade duradoura: Eu conversava com um aconselhado uma tarde, que dizia:
Dificilmente posso viver com a culpa que sinto. Mesmo hoje, eu fracassei
repetidamente. Eu me relacionei com tudo que apareceu no meu caminho. Sinto-me
como um prostituto. Como a maioria das pessoas, ele tinha uma dose de
vitória apenas ao falar, mas na hora de agir, ele tinha realmente um problema
sério. Pouco resolve simplesmente dizer: Chega! Deve haver um momento
de vitória antes de se retomar os velhos padrões. Só quando chegamos a nos entender
e a ver o que está por trás das atrações, é que podemos achar uma medida de
liberdade duradoura.
Enquanto algumas atrações são definidamente sexuais, muitas não são. Devemos
investigar nossos sentimentos e descobrir a variedade de necessidades que faz
com que sintamos atração pelos outros. Este problema precisa ser retirado do
campo da homossexualidade, porque é um problema que todo cristão enfrenta. O
homem ou a mulher normal está atento à maneira que as pessoas se
vestem, como elas se conduzem e seu grau de sofisticação. Suas atrações são
uma mistura de interesses tanto sexuais como não-sexuais.
Ao entrevistar homens heterossexuais, tenho aprendido que na maioria das vezes
eles escolhem seus amigos para, de certa forma, se completarem. Um rapaz se
prende a um outro amigo de boa aparência para que ele compartilhe a atenção
recebida das garotas pelo outro. Um outro fará amizades com alguém que goste
de esportes para partilhar da glória de vencer e de ser uma figura importante.
O que há por trás das atrações? Dois elementos geralmente, se destacam: o primeiro
é a questão de pele, corpos são atraídos por outros corpos e o segundo,
alguma forma de inadequação. Com respeito ao primeiro, talvez os homens tenham
um problema maior, pois como sabemos respondem mais ao visual. Contudo, sensualidade
é comum a todos, hetero ou homossexuais. As Escrituras claramente desmistificam
a tentação que enfrentamos com a sensualidade, então não ache isso estranho
(1Pedro 4:12). Todas as pessoas têm que lidar com a questão da sensualidade.
Um pouco de prevenção vale muito para evitar as artimanhas de Satanás. Liberalmente
Deus nos dá a sabedoria para evitarmos de cair nas emboscadas do inimigo. Devemos
aprender a ficar livres de lugares e situações com as quais não podemos lidar.
O sábio não cede armas ao inimigo para que sejam usadas contra si.
Inadequações: É a segunda razão que precisamos enfocar. Inadequações que provavelmente
remontam ao começo da infância. Nossos sentimentos de inadequação fizeram-nos
admirar aqueles que eram adequados, que pareciam melhores que nós de certa forma.
Tudo começou simplesmente por admirarmos àqueles com quem desejávamos ser parecidos.
Algumas de nossas inadequações não eram no campo físico: o temeroso admirado
o corajoso; o lento, o rápido; o solitário, os de panelinha da moda.
Mas o lado físico sempre parece desempenhar um papel primordial. O franzino
admira o musculoso. Os que não são atléticos tentam moldar seus corpos. Fazendo
isso, eles se tornam cada vez mais conscientes daqueles que lhes são superiores
nesta área. Até mesmo figuras de músculos fortes numa revista começarão a atrair
sua atenção. E enquanto a inveja de outros e uma obsessão com essa área de desenvolve,
é possível que este enfoque fique sexualizado durante os anos da puberdade.
Esta é a maneira pela qual se pode começar uma obsessão com uma parte específica
do corpo.
Inveja: Muitas de nossas atrações são simplesmente baseadas na inveja e devem
ser trazidas diante do Senhor e confessadas. Deus nos fez da maneira que somos
e não devemos dizer a Deus que Ele cometeu um engano em nos criar. Certamente,
se negligenciarmos o corpo que Deus nos deu, somos obrigados a restaurá-lo,
como por exemplo, perdendo peso excessivo, ou solucionando um abuso de substância.
Desta forma, resolvendo a situação de nossas atrações, estaremos fazendo muito
para trazer vitória nessa área.
Outras atrações: O que dizer a respeito de nossas atrações aos que estão próximos
de nós, especialmente os cristãos com os quais nos relacionamos? Como devemos
reagir? Ficar firme ou fugir? Somos claramente informados de que devemos fugir
de prazeres juvenis (2Timóteo 2:22), e isso se aplica ao caso! Muitos sentem
uma carga a mais de culpa quando a pessoa por quem estão atraídos é um cristão.
Eles sentem que de alguma forma, eles desonraram um dos santos de Deus. Eles
se sentem sujos e imaginam que Deus os despreza por sua voracidade. De novo,
separemos o que é sexual do que não o é. Satanás adora perturbar ex-homossexuais
com a mensagem: você só deixou a homossexualidade; você não mudou. Deus
não está trabalhando na sua vida. Às vezes, não temos um elemento sexual
na nossa atração, mas devido a uma sugestão satânica, um interesse sexual se
desenvolve. Sempre vá ao Senhor para a verdade. Deus, o que é realmente santo?
É sexual? Será apenas inveja ou um desejo de possuir o que o outro tem? Não
nos condenemos sem um julgamento. Deus pode na verdade dar-nos uma absolvição.
Tentações sexuais: E se eu sentir um desejo sexual, uma forte necessidade por
uma interação sexual? Outra vez, confesse e receba o perdão que Deus livremente
lhe concede. É também muito útil confessar a outra pessoa e se tornar responsável
àquela pessoa, prestar contas. Todos precisamos de parceiros de
oração, de apoio. A tendência pode ser fugir da necessidade de ter que repentinamente
cortar todos os contatos com a pessoa por quem estamos atraídos. Se a pessoa
por quem estamos atraídos é um cristão, não acredito que possamos simplesmente
tirar essa pessoa de nossa vida. Acho que devemos a ele e ao corpo de Deus a
resolução desse relacionamento. Se não houve sedução da parte da outra pesoa
e toda a tentação sexual está na sua mente, então não é correto sair e rejeitar
a outra pessoa por nenhuma razão aparente. Também não ajuda dizer à pessoa o
que você sente, pois ele estaria sem saber como ajudá-lo a esse respeito. Acho
que só devemos fugir se houver um interesse sexual da parte da outra pessoa.
Evitando a fuga: Usei o termo resolver e você pode perguntar o que
este termo quer dizer. É uma expressão que sempre ouvimos, às vezes, referindo-se
a uma situação de pesar, onde houve uma perda: a perda de uma pessoa, um trabalho,
ou alguma forma de segurança. Não devemos fugir de tais situações, mas sim,
enfrentá-las de uma maneira realista. Se não enfrentarmos nossas atrações, teremos
que lidar com elas repetidas vezes. Uma coisa a nosso favor é que nossas atrações
raramente são duradouras, mas enfraquecem e são substituídas por novas atrações.
Enquanto não precisamos auxiliar cada amizade sob o microscópio, devemos fazer
um pouco de reflexão. Consumir atrações pode ser uma forma de idolatria, adorando
a criatura mais que nosso Criador. Se nós temos certeza disso, se alguém for
mais importante para nós do que Deus, então devemos confessar nossa idolatria
e pedir a Deus para resolver essa situação. Parece que a maioria das pessoas,
homossexuais ou não, estão numa constante busca de aprovação. Todos temos profundas
inseguranças e precisamos da força de outros em nossas vidas. Nossa aprovação,
contudo, deve primeiro vir de Deus ou nunca estaremos satisfeitos e sempre estaremos
numa busca interminável.
Rompendo uma paixão: Se você estiver preso agora a uma louca e consumidora paixão
e não sabe o que fazer, como medida paliativa, se possível, diminua o número
de vezes que você vê a pessoa. Usar o telefone ao invés de visitar a pessoa
ajuda a quebrar a atração física. Mesmo que você não queira, você deve encorajar
outros relacionamentos, tanto para você quanto para seu amigo. Na procura de
novas amizades, devemos abandonar os relacionamentos do velho estilo de vida.
Acharemos que os que não são fisicamente atraentes podem se tornar atraentes
a nós de outras formas. Podemos ter um belo relacionamento com outros cujos
anos não aparecem exteriormente. Devemos ter cuidado com o isolamento. Abrir
nossas vidas aos outros traz-nos saudáveis recompensas; diminuindo amizades
leva-nos a relacionamentos distorcidos.
Nossas necessidades: Todo mundo precisa de afeto e aceitação. Deus criou a Igreja,
o Corpo de Cristo, para afirmar-nos, para suprir nossas necessidades. Quando
as necessidades mais profundas são preenchidas, quando nos sentimos seguros
e temos um sentido de pertencer, nós não queremos o que outros têm, e as atrações
perdem seu poder.
Então não bata sua cabeça toda vez que se sentir atraído por outra pessoa. Comece
a preencher os vazios e deficiências em sua vida de uma maneira saudável e completa.
Repreenda o inimigo e não caia nas suas mentiras. Separe a verdade das mentiras
e confesse o que é verdadeiro ao Senhor. Então caminhe no perdão que Ele deseja
que você tenha.
17.1 DESEJOS, PROBLEMAS EMOCIONAIS E RELACIONAMENTOS
Hoje em dia, a homossexualidade é um foco de grande atenção. O movimento para
fazer valer seus direitos está ganhando força: jornais e revistas freqüentemente
nos chamam a atenção para esta questão e cristãos debatem a moralidade dos relacionamentos
homossexuais. As conseqüências do crescente interesse no assunto são de longo
alcance. Pessoas que antes podiam lidar com os desejos desta natureza percebem
que não mais conseguem fazê-lo de forma responsável. Outras que talvez nunca
tenham considerado a homossexualidade como uma opção de vida pessoal sentem-se,
agora, atraídas a isto.
O cristão não pode ignorar a homossexualidade e nem conformar-se com outra coisa
que não seja a verdade de Deus sobre o assunto. Cada um de nós deveria saber
compreender o problema, quer o estejamos enfrentando ou não. Deixo três aspectos
da homossexualidade e dar algumas sugestões que possam ajudar os cristãos a
se inteirar da verdade nesta área.
Desejos, problemas emocionais, relacionamentos: Apesar da homossexualidade ser
discutida com freqüência, não está claramente definida. Pode referir-se a desejos
sexuais por alguém do mesmo sexo; a um problema de personalidade, no relacionar-se
consigo mesmo ou com a vida como um homem ou uma mulher; ou a um relacionamento
sexual ativo com um membro do mesmo sexo.
As distinções são importantes. Por exemplo, um relacionamento homossexual ativo,
isto é, aquele no qual dois membros do mesmo sexo participam de atos sexuais
um com o outro, é pecaminoso, enquanto que o fato de experimentar o desejo de
participar de tal relacionamento não o é, em si, automaticamente. É errado encorajar
tais desejos ou participar de relacionamentos ativos para satisfazê-los, mas
os desejos homossexuais, em si, não constituem pecado.
Da mesma maneira, vários problemas emocionais ou de personalidade, às vezes
associados à homossexualidade, não constituem, em si mesmo, um erro. O medo
e o sentimento de culpa que uma pessoa pode experimentar quando está em luta
com o problema, seja ele real ou imaginário, é um exemplo da dificuldade emocional
no assunto. A feminilidade nos homens, isto é, o desenvolvimento impróprio de
características femininas e masculinização, seu correspondente nas mulheres,
são exemplos de problemas de personalidade.
Os problemas citados não aparecem, necessariamente, juntos. Por exemplo, um
homem efeminado pode não ter desejos homossexuais ou não estar envolvido em
relacionamentos homossexuais ativos. Entretanto, há uma idéia, fortemente arraigada
em nossa sociedade, de que estas coisas estão invariavelmente ligadas.
Desejos homossexuais: Desejos homossexuais não são mais pecaminosos que qualquer
outra tentação ou desejo. Na verdade, em maior ou menor grau, muitas pessoas
experimentam desejos homossexuais de tempos em tempos: normalmente, quando mais
jovens, e menos freqüentemente na medida em que envelhecem. Esses desejos ocasionais
não deveriam incitar no indivíduo temor quanto a sua identidade sexual. É de
grande ajuda para cada um manter os desejos em perspectiva, reconhecendo que
aparecem de vez em quando e podem ser firmemente administrados. Se causarem
ansiedade, podem ser discutidos com um cristão mais maduro, que tenha tanto
uma visão apropriada sobre a homossexualidade quanto uma perspectiva pastoral
consoante.
Há pessoas para as quais os desejos homossexuais são persistentes e predominantes.
Enquanto que, às vezes, o Senhor liberta alguns indivíduos desses desejos instantaneamente,
a maioria tem de tomar a iniciativa de dar passos no sentido de controlá-los.
O foco não deveria estar na libertação instantânea do problema, mas numa libertação
progressiva. As pessoas devem introduzir ordem em suas vidas e relacionamentos,
especialmente em suas amizades; precisam resistir a pensamentos que evoquem
desejos homossexuais; devem buscar libertação através da oração e aconselhamento
com uma pessoa qualificada para ajudá-las a superarem o problema através de
uma perspectiva cristã.
O Senhor tem modificado muitas pessoas que lutam com desejos homossexuais, e
continuará ajudando àqueles que submeterem esta dificuldade a Ele. Às vezes,
a mudança pode ser gradativa, dependendo do tratamento de outros problemas da
vida da pessoa. O Senhor quer que creiamos que a mudança pode acontecer, mas
temos que reconhecer que isto, às vezes, envolve muita oração e aconselhamento
que pode ser um processo a longo prazo, e, também, doloroso.
É claro que não adianta muito a um indivíduo esperar uma mudança se, na verdade,
não desejar isto. Muitas vezes é difícil lidar com a homossexualidade porque,
no fundo, a pessoa realmente não quer mudar, mas está aberta à mudança, está
na posição de receber ajuda. O componente emocional: Inclinações homossexuais
podem andar de mãos dadas com problemas emocionais, tais como insegurança, ciúme,
lascívia, confusão e falta de auto-confiança. Mesmo que o indivíduo não peque
por participar ativamente em relacionamentos homossexuais, ainda assim ele pode
estar envolvido por dificuldades emocionais que o impeçam de levar uma vida
normal e equilibrada. Além disso, espíritos malignos costumam tirar proveito
das dificuldades emocionais, levando o homem a uma confusão maior e afastando-o
da solução do Senhor para o problema.
De onde procedem os problemas emocionais? O estigma social vinculado à homossexualidade
é uma das principais fontes. Inclusive, muitos cristãos que deveriam reconhecer
sua responsabilidade de amar a seu próximo, independente de seus pecados ou
dificuldades, tendem a ser negativos e grosseiros para com aqueles que descobrem
ou suspeitam ter dificuldades homossexuais. Em conseqüência, aqueles que lutam
com este tipo de problema, freqüentemente experimentam sentimento de culpa,
assim como de condenação e rejeição. Por um lado, são vítimas de fortes desejos
sexuais, e, por outro, deparam-se com grande pressão interna e externa para
ignorar, esconder ou repudiar estes desejos. Esta luta interior contínua pode
deixá-los emocionalmente esgotados.
O reconhecimento de problemas homossexuais pode levar a um temor paralisante.
A pessoa com dificuldades homossexuais pode imaginar que jamais lhe será possível
viver uma vida normal ou relacionar-se com membros do mesmo sexo sem experimentar
desejo sexual. Consciente de seus problemas, e não sabendo como lidar com eles,
ela pode tornar-se cada vez mais suscetível a temores quanto à sua identidade
pessoal e sua capacidade de atuar na sociedade. Estes temores podem constituir
uma tremenda carga emocional.
A possibilidade de um casamento produz, não raro, considerável ansiedade. A
sociedade não apenas apresenta o casamento como fonte básica de satisfação e
de um estreito relacionamento pessoal, mas também o baseia em atração erótica
pelo membro do sexo oposto. O indivíduo que não experimenta desejos eróticos
heterossexuais sente-se isolado, eliminado daquilo que se apresenta como a principal
condição para um preenchimento interior. Se ele não se apaixona
com facilidade por um membro do sexo oposto, sente-se condenado a uma vida fora
dos padrões sociais normais, a uma vida completamente vazia.
Por último, conhecendo a lei de Deus mas não desejando submeter-se a ela, homens
e mulheres às vezes ignoram o mandamento do Senhor contra a homossexualidade,
negando-se a buscá-lo para obter a resposta às suas dificuldades. Esta rebeldia
pode ser a raiz dos seus problemas emocionais. Desesperar-se com sua situação
leva-os ao ponto de envolver-se ou participar de relacionamentos homossexuais,
num esforço para reduzir a ansiedade e a luta travada em seu interior.
As escrituras referem-se a relacionamentos homossexuais como pecado: (Levítico
18:22; Levítico 20:13; 1Coríntios 6:9-11; Romanos 1:21,24,27). As pessoas conheciam
a Deus mas recusavam-se a glorificá-lo. O resultado foi desordem na raça humana,
caracterizada por pecados, tais como relacionamentos homossexuais. Ultimamente,
muitos tentaram reinterpretar as Escrituras para sustentar a tese de que a homossexualidade
é aceitável. Alegam que os escritores da Bíblia não tinham dados psicológicos
que lhes permitissem tratar a questão adequadamente; que foi escrita num contexto
cultural completamente diferente dos nossos dias. Portanto, dizem eles, as Escrituras
devem ser reinterpretadas para satisfazer às necessidades de uma sociedade tecnológica
moderna, levando em conta os avanços na área da psicologia. Mas, nesta cultura
moderna, tais interpretações enfraquecem a autoridade das Escrituras, dando
ao mundo a última palavra em questão de autoridade, e passando a Bíblia para
segundo plano.
Lutando contra a homossexualidade: Ao tratar da homossexualidade a verdade é
crucial. Para alguns, a visão da verdade pode incluir o reconhecimento de que
possuem um problema homossexual e que é uma dificuldade com a qual devem aprender
a lidar, um fardo que deverão submeter continuamente ao Senhor. Mas, enquanto
a dificuldade representa um fardo, não deve mutilar a pessoa; evitando que leve
uma vida normal e que tenha relacionamentos pessoais.
No entanto, problemas homossexuais podem mutilar uma pessoa, caso ela se rotule
ou seja rotulada de homossexual. No início da adolescência, muitas
pessoas em conflito com sua identidade sexual perguntam-se: Será que sou
homossexual?. Experimentam grande sentimento de culpa e temor em relação
a este problema, até que um dia decidem-se: Bem, é isso aí: eu sou homossexual.
Rotulando-se desta maneira, dão um passo psicológico importante para o estabelecimento
de sua identidade homossexual. A questão dos desejos sexuais não deveria ter
um papel tão proeminente na determinação da identidade de uma pessoa. Alguém
pode sentir desejos homossexuais e não se identificar com um homossexual
se não tiver intenção de viver uma vida homossexual. Há mais coisas envolvidas
no fato de ser um homossexual do que apenas desejos.
Qualquer cristão resolvido a superar a homossexualidade deve estar preparado
para confrontar-se com Satanás, que está bastante ativo nesta área. Primeiro,
ele promove a idéia de que a lascívia é irresistível, e que, portanto devemos
ceder a ela, e depois procura inutilizar-nos através da condenação. Se ele consegue
fazer com que uma pessoa se sinta condenada pelo fato de possuir dificuldades
sexuais, sabe que já está no caminho certo para fazer com que ela não viva uma
vida cristã eficaz.
Desejos homossexuais e tentações somente são pecados quando correspondidos,
encorajando os desejos ou participando de relacionamentos homossexuais ativos.
Homens e mulheres vítimas de desejos homossexuais, às vezes falham em reconhecer
esta diferença, e, convencidos de que o desejo equivale ao pecado, sucumbem
a um terrível e exagerado sentimento de culpa, sentimento este que inibe sua
capacidade de combater eficazmente seus problemas. Pessoas podem sofrer de desejos
homossexuais, manejá-los corretamente e permanecer completamente livres de erro.
Satanás também ataca pelo lado contrário, tentando enganar as pessoas, levando-as
a crer que o pecado não é pecado. Através de racionalizações, pressões sociais
e outros meios, tentará convencer as pessoas de que aquilo que é errado é admissível.
E quanto ao casamento? Até mesmo as pessoas cujos desejos sexuais são predominantemente
homossexuais podem casar-se e ter um casamento bem sucedido sem que seus desejos
tenham sido modificados por completo antes de se casarem. Os desejos devem,
é claro, estar sob controle, e o indivíduo deve estar submetendo-os ao Senhor,
permitindo-lhe trazer ordem à sua vida. Em outras palavras, a pessoa deve estar
a mais de meio caminho andado no sentido da resolução do problema antes de se
casar. Mas nem todas as dificuldades devem, obrigatoriamente, estar sanadas
por completo antes que possa entra num bom casamento.
Há um bom número de razões para isto. Muitas vezes os desejos homossexuais têm
sua origem num problema emocional. Uma vez que este problema esteja resolvido,
o indivíduo pode casar-se confiante que terá a capacidade de lidar, com relativa
facilidade, com as dificuldades remanescentes dos desejos sexuais. Além do mais,
contrariamente à opinião pública, atração erótica não é o básico e essencial
para um bom casamento. Este baseia-se num compromisso de amor no qual os participantes
dão suas vidas para cuidar e servir ao outro. O relacionamento sexual é uma
parte importante do casamento, e o indivíduo com desejos homossexuais deve estar
confiante em poder experimentar a sexualidade como parte prazeirosa e enriquecedora
do casamento. Mas não deve presumir que a atração heterossexual extasiante é
a base para um bom casamento.
Nenhum homem, nenhuma mulher que tenha desejos homossexuais deve casar-se sem
antes tratar do problema sob a orientação de uma pessoa qualificada. Também,
se alguém participou ativamente de relacionamentos homossexuais, deverá viver
livre de tal atividade durante tempo suficiente para sentir-se livre em sua
capacidade de resistir à tentação. Em muitos casos, deverá comunicar ao seu
futuro cônjuge o fato de que sofre de dificuldades homossexuais, concordando
em que, caso o problema surja no futuro, seja discutido e resolvido com a colaboração
de ambas as partes, o mais breve possível. Se necessário for, o casal continuará
a buscar orientação e apoio de uma pessoa qualificada.
Liberdade para relacionar-se com outros: Se uma pessoa é vítima de um problema
como a homossexualidade, ou se pensa que tem, deve conversar com um cristão
mais maduro sobre o assunto. Se tentar resolvê-lo sozinha, estará tornado-se
altamente vulnerável. Na verdade, se alguém não conversou com outro sobre sua
dificuldade, é quase certo que não a está tratando como o Senhor quer.
A cultura homossexual (bares, danças, literaturas, atividades e assim por diante)
deve estar fora dos limites dos cristãos que alguma vez participaram dela. Às
vezes, aqueles que foram libertos da homossexualidade resolvem voltar a este
meio para ganhar outros para o Senhor. Mas Ele tem outros meios de alcançar
estas pessoas. Aqueles que uma vez participaram desse modo de vida, normalmente
percebem que a cultura é por demais irresistível, e que, nela, velhos desejos
são facilmente despertados. É extremamente insensato, para qualquer cristão
que tenha sofrido de problemas homossexuais, voltar a um ambiente homossexual
por qualquer motivo que seja, incluindo evangelismo.
Homens e mulheres que lidam com tais dificuldades não deveriam temer relacionamentos
com membros do mesmo sexo. Muitas vezes, cristãos que possuem dificuldades homossexuais
têm medo de cumprimentar outros do mesmo sexo com um abraço. Temem que esta
atitude desperte, automaticamente algum desejo sexual, e cause mais problemas.
Este temor não permite que eles formem relacionamentos sólidos e saudáveis com
seus irmãos em Cristo. No Senhor, homens podem relacionar-se confiadamente com
homens, e mulheres podem relacionar-se confiadamente com mulheres, mesmo que
experimentem atração sexual por alguém do mesmo sexo, de igual maneira
como aqueles que experimentam atração sexual pelo sexo oposto. É claro que o
Senhor quer que este relacionamento seja desenvolvido com sabedoria, mas em
geral, os cristãos deveriam ser capazes de relacionar-se com outras pessoas
de maneira confiante.
Aqueles que não sofrem de problemas de homossexualidade precisam corrigir qualquer
atitude errônea em relação àqueles que sofrem desses problemas. Grande número
de pessoas são hostis para com aqueles que têm dificuldades homossexuais, rejeitando-os,
fazendo piadas sobre eles, e condenando-os. Não conseguem colocar
em prática o mandamento de Jesus, que diz: Sede misericordiosos como também
é misericordioso vosso Pai. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis
e não sereis condenados (Lucas 6:36,37). O Senhor quer que os cristãos
se aproximem dos indivíduos que possuem dificuldades homossexuais da mesma maneira
com que Ele o faz: com amor, e confiante de que o problema pode ser sanado.
18 ORIENTAÇÃO PARA PASTORES E LEIGOS
No momento em que vivemos, quando várias indagações com relação aos homossexuais
nos confrontam a cada passo nos jornais, na televisão, em debates públicos
e até na igreja é necessário que os cristãos aprendam a olhar para essas
pessoas como Jesus as olharia. A mulher apanhada no ato de adultério
achou-se diante de uma multidão irada, moralista, disposta a apedrejá-la até
a morte pelo seu pecado. Mas Jesus envergonhou a todos com aquelas palavras
inesquecíveis: Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro
que lhe atire pedra. Mas nossa tendência é dar menos atenção às palavras
finais do Mestre, dirigidas à mulher: Vai, e não peques mais. Esse
acontecimento exemplifica bem a atitude de Cristo para com todos os pecadores:
brandura para com o pecador cativo, repreensão para os pecadores que se julgam
justos e estão sempre prontos a julgar e condenar os outros, e a ordem de se
arrepender-se que indica o caminho para libertar-se da imoralidade. Jesus realmente
veio ao mundo para livrar a todos nós que somos cativos do pecado. Há esperança
de solução para o problema homossexual. Não é uma vitória fácil, mas ela é possível,
oferecida pela única Pessoa que pode salvar-nos, Jesus.
Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo
morrido por nós ainda pecadores (Romanos 5:8). Quando sentimos claramente
que todos pecaram, e carecem da glória de Deus, nos colocamos lado
a lado, uns com os outros, homossexuais e heterossexuais, e reconhecemos, humildemente,
que sem a graça salvadora de Deus em Jesus Cristo, estamos todos perdidos.
A condenação é feita ao pecado, enquanto ao pecador são oferecidos perdão e
reconciliação. Enquanto não reconhecermos nossa condição de treva espiritual,
não poderemos reconhecer o valor da luz. Em vez de se arrependerem de seus pecados,
muitos estão querendo que sua conduta seja tirada da categoria do pecado. E
para apoiar esta petição, apresentam a teoria genética, segundo a qual, o indivíduo
já nasce com características homossexuais, e, portanto, não têm liberdade para
escolha de sua preferência sexual, assim como não o teve na escolha dos olhos.
Contudo, não existem bases para esta tese, nem na Bíblia, nem na ciência. A
teoria genética apresentada pelos homossexuais também não encontra respaldo
na ciência, assim como não o encontra na Bíblia.
Muitos psiquiatras crêem, como nós cremos, que a conduta homossexual acha-se
condicionada a certos fatores ambientais aliados à vontade do indivíduo. E como
a Bíblia ensina que toda a criação se encontra em um estado decaído, entendemos
perfeitamente que uma pessoa possa se ver envolvida num ambiente que contribui
para causar desordem ou confusão em sua vida, sem que isso tenha sido escolha
sua. Apesar de tudo, Deus ainda considera o cristão responsável por suas ações
e pelas decisões que toma, ainda que tenha sido formado num ambiente inadequado
ou pernicioso.
Embora a Igreja deva olhar com grande compaixão os praticantes da homossexualidade,
cuja criação os predispôs para esse comportamento errado, cremos que ela deva
apresentar-lhes, com toda a clareza, o apelo ao arrependimento. É somente reconhecendo
seu pecado, arrependendo-se dele e recebendo perdão e cura do Salvador, que
qualquer indivíduo pode encontrar um verdadeiro relacionamento com Cristo, bem
como seu lugar de direito no Corpo de Cristo. Jesus Cristo, o Senhor do céu
e da terra, veio ao mundo para demonstrar o amor de Deus pelo pecador. Mas também
expressou o juízo de Deus sobre o pecado e ordenou a Seus seguidores que tivessem
uma vida santa. E esse juízo é um fato positivo, pois serve para fazer distinção
entre o que pode prejudicar-nos e o que pode redimir-nos. Depois de curar certo
paralítico, Jesus lhe disse o seguinte: Olha que já estás curado, não
peques mais para que não te suceda coisa pior (João 5:14).
Em nossa opinião, existe uma clara diferença entre o pecador que insiste em
permanecer no pecado, e o que vem a Jesus pedindo perdão e cura, mas que depois
se vê constantemente tentado, e cede à tentação. Sabemos que o poder de Cristo
é ilimitado para libertar a pessoa do pecado, mas reconhecemos também que certos
pecados são mais difíceis de serem superados. Neste aspecto, o comportamento
homossexual acha-se no mesmo plano do vício de drogas, alcoolismo ou fumo, e
de condutas compulsivas como o jogo e a glutonaria. Paulo teria tido muita
compreensão e compaixão por pessoas que estivessem tentando libertar-se desses
pecados, mas que fossem tentadas e fracassassem. Portanto, insistimos em que
se ofereça comunhão cristã, cuidados e aconselhamentos constantes ao homossexual
que começa a experimentar a cura de seu problema. Contudo, achamos que uma pessoa
que deseja perseverar numa prática proibida pelas Escrituras, seja ela a homossexualidade
ou outra qualquer, não deve ser ordenada para o ministério cristão. Cremos ser
contrário à vontade de Deus ordenarem-se indivíduos que se encontram, aberta
ou secretamente vivendo em pecado. Antes, cremos que o Senhor conclama a igreja
a criar e incentivar ministérios de libertação que possam auxiliar tais pessoas
a desenvolverem todo o seu potencial em Cristo.
Os cristãos devem reencontrar os dons do Espírito Santo para libertação e cura,
devemos saber como usá-los tanto no ministério pessoal como no trabalho com
grupos, a fim de libertar as pessoas da homossexualidade e de outros pecados.
O praticante da homossexualidade pode ser curado. Logo que experimenta uma vida
alegre, livre dos desejos homossexuais, ele sente vontade de abraçá-la plenamente.
Sempre que a igreja leva essas promessas a sério e começa a apropriar-se delas
no poder do Espírito Santo, vidas começam a ser transformadas.
Segue abaixo um resumo da história de Ed: ele sai do trabalho e vai para a boate
para homossexuais onde seus amigos sempre se encontram. Nesta boate alguém o
chama, era a sua mais recente conquista, um rapaz que já estava esperando por
ele. Sentou-se para desfrutar daquela longa noitada de dança, drinques e flertes.
E era esta a rotina quase que diária. De repente Ed sentiu-se estranho, o ambiente
a sua volta estava estranho. A densa névoa da fumaça dos cigarros ardia
em meus olhos e pulmões, e o riso agudo, a música barulhenta feriam meus ouvidos.
Era o mesmo lugar a que estava acostumado, mas parecia como se tivessem removido
escamas de meus olhos, e agora, pela primeira vez, eu o visse como realmente
era. Meus Deus! Pensei comigo. Estou num mercado de carnes! Aqui eu nunca vou
encontrar amor! Clamei interiormente, fechando os olhos à dura realidade que
acabava de descobrir. Foi então que, bem lá no fundo do meu coração, ouvi uma
voz que parecia dizer-me: Filho, agora você chegou ao máximo, e viu que é só
um vazio. Por que não volta para Mim?. Foi neste momento que Ed encontrou
o verdadeiro amor e o nome dEle é Jesus.
Palavras de Marty, que praticava a homossexualidade: Reconheci que precisava
urgentemente de amizades sadias e do apoio de outros cristãos, comecei a procurar
uma igreja à qual pudesse unir-me. Pela graça de Deus, encontrei uma onde fui
bem acolhido, sentindo-me logo ligado aos irmãos dali. Procurei manter-me sempre
próximo dos amigos que ali arranjei e esforcei-me para ignorar as propostas
que meus antigos amigos me faziam. Entretanto, mesmo na igreja, percebi que
não achava-me totalmente imune às tentações. Não demorou muito e minhas antigas
atitudes começaram a manifestar-se novamente. Não queria retribuir o olhar daquele
homem, pensei. Espero que ele não pense que estava querendo que me acompanhasse.
Durante seis meses, estive empenhado numa batalha solitária contra o meu passado.
Quando já estava perto de sucumbir, Deus mandou-me socorro na pessoa de um crente
cheio do Espírito Santo, um pouco mais velho do que eu. Ele me ajudou muito,
mas eu não estava respondendo a altura e fui até ele para dizer que não suportava
mais e iria voltar para o mundo, mas eu estava prestes a ter uma grande surpresa:
Que estupidez! Foi a sua resposta, totalmente sem pena. Você vai dar as costas
ao Senhor e fugir para sua sórdida vidinha homossexual de novo? É isso que está
me dizendo? Fui tomado de surpresa pela reação de raiva dele, não consegui fitá-lo
diretamente. Tentei mais uma vez falar com ele: Você não está entendendo, tentei
explicar. Não sabe como tenho sido tentado. Se soubesse o tipo de pensamentos
que tenho... E ele veio: Bobagem! Berrou ele. Isto não passa de desculpas. Por
que considera o seu caso diferente dos outros? Será que é pecador demais para
Jesus, e Ele não dá conta de Você? Pois deixe que lhe diga uma coisa, companheiro:
Eu, toda noite, ia para a cama com uma menina diferente, antes de Jesus me chamar
e purificar a minha vida. Acha que seu pecado era pior do que o meu? Pois Deus
não acha, para Ele pecado é sempre pecado. Então comecei a pensar: pecado é
sempre pecado, quer dizer que Deus não mede nosso pecado com um pecadômetro?
E que qualquer pecado é repulsivo para Deus e que nenhum deles está fora da
sua redenção? Foi só então que comecei a entender a diferença entre tentação
e pecado. Eu possuía o Espírito Santo que Deus me dera não para impedir que
fosse tentado, mas para que me capacitasse a resistir às tentações. Pouco depois,
comecei a ver claramente que precisava de um tipo de vida que pudesse amadurecer
espiritualmente sem auxílio do meu amigo. Ele também sentia o mesmo. Pouco a
pouco as tentações foram ficando menos freqüentes. Descobri que havia três pecados
que atuavam como agentes catalisadores em minha luta contra os antigos desejos
a rebelião, o orgulho e a auto-piedade.
A História de Roberta, praticava a homossexualidade: Embora já fizesse
quase dez anos que eu não pensava seriamente no Deus que minha mãe amava, compreendi
que a Pessoa que se achava ali naquele momento tão difícil para mim, constrangendo-me
era Jesus, Seu Filho. Ele estava ali, no meio de minha vida despedaçada, oferecendo-me
Seu amor e perdão. Subjugada por aquele amor e pela consciência de meus pecados,
caí de joelhos diante da cadeira e clamei em voz alta: Ó Deus, perdoa-me! Ó
Deus, perdoa-me! E naquela noite em vez de encontrar a morte, reencontrei a
vida. Falando um pouco de minha vida: Mamãe sempre fora muito doente devido
à artrite e a problemas cardíacos e por isso eu sempre me via muito solta, grande
parte do tempo. Meu pai, antes de morrer, tinha sido um homem muito bruto e
severo comigo, e maltratava bastante minha mãe. Esse seu modo de agir
fora uma das razões de eu começar a desprezar os homens com exceção de
meu irmão mais velho, a quem eu adorava e procurava em tudo. Minha desconfiança
para com os homens, que se iniciara com a brutalidade de meu pai, intensificou-se
mais tarde na adolescência quando um namorado tentou violentar-me. Mas, apesar
de tudo, ainda desejava o afeto e calor humanos. Eu sabia perfeitamente que
minha vida homossexual não era aceitável diante de Deus, mas justificava minha
conduta com minhas necessidades e desejos. Na verdade eu estava dizendo
a Ele: Farei qualquer coisa que o Senhor me pedir e irei onde quiser, mas deixe
que o faça à minha maneira e com a pessoa que eu escolher. E só Deus sabia quantas
outras lésbicas poderiam já estar libertas de seu cativeiro, se eu tivesse obedecido
ao seu chamado ao apelo que Deus me fazia a que consagrasse toda a minha
vida a Ele, para uma obra especial que Ele tinha para mim. Faz dois anos, que
integrei-me a uma missão de âmbito mundial que trabalha entre os homossexuais.
Se os cristãos de todo o mundo se unirem a nós em oração, para que as fortalezas
de Satanás nesse aspecto da vida humana sejam derrotadas, muitos outros praticantes
da homossexualidade encontrarão o caminho da libertação, como eu encontrei,
e aceitarão o Senhorio de Cristo em sua vida.
Segue uma frase onde deixa claro o que pode acontecer quando existe falha na
comunicação dos pais com os filhos: Por causa da nossa forte reação inicial,
a porta da comunicação com nosso filho (que se declarou homossexual para os
pais) se fechara hermeticamente, assim como estava cerrada a porta de seu quarto,
pois na noite seguinte nosso filho ajuntou as coisas e desapareceu de nossa
casa. Recorremos ao Senhor para que nos mandasse alguém que pudesse falar-nos
alguma coisa uma pessoa que já tivesse passado por aquilo e entendesse
nosso sofrimento. Pude aceitar que meu filho que foi embora, seja lá o que for
que ele fizer de sua vida, precisa de meu amor, e não de minha condenação. É
difícil descrever em palavras o alívio que senti quando entreguei meu filho
completamente aos cuidados do Senhor. Essa entrega libertou-me de um fardo imenso
que estava carregando o fardo da plena responsabilidade pela vida dele.
E pela primeira vez em muitos meses, dormi um sono tranqüilo. Ainda não mudou
sua inclinação sexual, e nós não mudamos nossa opinião de que essa conduta é
pecado, aos olhos de Deus. Estamos como pais, aprendendo a amar o pecador, e
ao mesmo tempo rejeitar o pecado, embora isto seja bastante difícil. E à medida
que continuamos a orar, louvar a Deus e a render-nos a Ele, sentimos que o Senhor
está operando na vida de nosso filho bem como na nossa. Ele está sanando as
falhas de relacionamento entre nós e acreditamos que está restaurando a imagem
de nosso filho também. Deus me deu fé para crer que, algum dia, nosso filho
ficará curado disso, pela Sua graça e poder sobrenatural. Quando Jesus morreu
na cruz, pagou pela culpa de todos os pecadores e também dos homossexuais. Se
Deus pode curar um cego ou um surdo, um mudo, pode também curar um homossexual.
Essa idéia de que uma vez homossexual sempre homossexual é um mito. Existe solução
e o nome dela é Jesus.
A seguir a história de Alex e sua necessidade de aceitação: Por que papai
nunca está satisfeito com o que faço? Acho que ele nem gosta de mim. Eu precisava
da certeza de que meu pai me amava. Meu avô morreu. Acho que nunca perdoei direito
a Deus, por ter levado o único homem no mundo que me dava atenção, e que parecia
gostar de mim, aceitando-me plenamente. Depois que vovô morreu, tive que voltar
para os professores e amigos, em busca da aprovação que nunca consegui receber
de meu pai. Brincava com meus coleguinhas como todas as crianças, e eu estava
levemente consciente de que achava a anatomia masculina mais interessante que
a feminina. Contudo, antes mesmo de entrar na puberdade, já participava de brincadeiras
sexualmente excitantes com meus amigos garotos. Achei esta prática tão gratificante
e interessante, que aceitei a explicação de um amigo de que éramos homossexuais.
Nunca tivera nenhum outro relacionamento heterossexual para comparar, e tampouco
recebera instrução sexual. Se aquilo era ser homossexual, então estava tudo
bem para mim. Durante minha vida descobri que Deus era universalmente associado
à figura do pai. Essa descoberta, aliada ao meu desejo inconsciente de ter um
pai a quem eu pudesse amar, começou a mudar minha vida. E pela primeira vez
em minha vida, senti que Jesus poderia ser uma realidade viva e presente, e
que eu também, algum dia, poderia conhecê-lo melhor e tê-lo como amigo. Como
a homossexualidade começou a ser mais aceita pela sociedade, passei a ter uma
atitude mais aberta sobre minha inclinação nesse sentido. A verdade, porém,
era que essa vida já estava perdendo um pouco de seu fascínio para mim. Contudo,
eu não conhecia outra maneira de viver. Mas com o passar do tempo conheci a
verdade que liberta do pecado. Quando olho para trás, vejo que Deus sempre teve
sua mão em minha vida. Louvo muito a Ele pelas pessoas sinceras que colocou
em meu caminho e pela vida e amor de minha bela esposa com quem me casei. Finalmente,
conheço verdadeiramente o sentimento de aceitação e sei que meu Pai me ama e
me aceita exatamente como sou.
Segue agora uma breve palavra de John: Será que sou cristão? Eu estava
na homossexualidade e sabia muito bem que o verdadeiro arrependimento implica
em deixar o pecado. Um amigo se converteu ao evangelho de Jesus e quando ele
falava de Jesus, ele irradiava uma certeza e uma alegria tão grandes, que percebi
que lhe acontecera alguma coisa muito importante. Tive uma experiência poderosa
com o Senhor, explicou em resposta à minha pergunta. Faz um ano conheci Jesus
como aquele que batiza com o Espírito Santo, e de lá para cá recebi os dons
do Espírito. Então uma simples oração minha, e estando cheio do poder do Espírito
Santo, senti que agora poderia vencer a luta contra a homossexualidade. Abandonei
resolutamente as práticas que vinha seguindo, e aqueles desejos e tentações
foram morrendo dentro de mim, e procurei deixar Deus fazer a sua boa obra por
meu intermédio. Entretanto, sei que, ainda hoje, se não estiver sempre lembrando-me
de que sou uma pessoa que precisa depender constantemente do poder de Jesus
para a solução de qualquer problema, poderia facilmente cair de novo na escravidão
da homossexualidade. E como sei muito bem o que essa escravidão causa ao homem
principalmente ao seu relacionamento com Deus preocupo-me bastante
quando ouço alguém dizendo que a homossexualidade não tem nada de errado, e
que é simplesmente uma questão de preferência sexual. Para mim ele não foi certo,
nem para as pessoas com quem me envolvi. É um pecado destrutivo, que mutila
nossa vida e quase acabou comigo.
18.1 EVANGELIZAÇÃO DE HOMOSSEXUAIS
Um imperativo deixado por Jesus quando ascendeu aos céus foi que devemos pregar
o evangelho a toda criatura. Isso inclui os homossexuais e quaisquer outros
grupos considerados minorias ou marginais: E disse-lhes (Jesus): Ide por
todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado
será salvo. (Marcos 16:15). Se a igreja se cala, (...) deixa de
proclamar profeticamente a esses pecadores que há salvação e vida abundante
em Cristo.
Jesus também disse que devemos ser sal da terra e luz do mundo. Vós
sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o
sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens
(Mateus 5:13). Uma característica do sal é que ele penetra no alimento dando-lhe
sabor. Assim devemos ser. Mais do que simplesmente jogar o sal, devemos desejar
que ele penetre os alimentos (as pessoas) à nossa volta e que estas tenham novo
sabor na vida. A missionária Eleny Vassão, chefe do setor de capelania evangélica
do Hospital das Clínicas e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, SP, fez
uma declaração muito importante em seu livro O Desafio Continua: A Missão da
Igreja Frente à AIDS: Evangelizar nosso povo é viver o amor de Deus, cumprindo
nossa missão como embaixadores do céu na terra e ganhando a cada dia novos cidadãos
para o Reino de Deus. Ela transcreveu, ainda, em seu livro, declarações
relevantes de Bill Bright (extraídas do livro Testemunhando Sem Medo) sobre
evangelismo:
Quando o cristão deixa de partilhar sua fé, perde uma das maiores bênçãos
que nosso Senhor oferece: a profunda alegria de ajudar um ser humano a encontrar
uma vida nova e abundante, a vida eterna em Jesus Cristo.
No mundo só há dois tipos de pessoas: aquelas que são missionárias e estão
em campo; outras que são campos missionários, à espera de evangelização.
São chaves para a evangelização: obediência à ordem do Senhor, oração,
jejum, ação e amor pelas pessoas, indo até elas.
Evangelizar homossexuais não é tarefa fácil. Poucas igrejas envolvem-se com
esse tipo de trabalho não tendo, por isso, experiências para compartilhar. Com
isso, quando pensamos em evangelismo com minorias, temos que lembrar, obrigatoriamente,
de grupos isolados que tomam essa iniciativa. A premissa básica para quem quer
evangelizar os homossexuais é crer que Deus pode transformá-los (1Coríntios
6:11 deve ser bem entendido e crido) e tomarmos alguns cuidados importantes
como:
a) Orar e jejuar especificamente e esperar orientação de Deus para saber
que estratégias usar;
b) Importante: Se receber atenção voluntariamente, não inicie a conversa
apontando o pecado homossexual da pessoa (em 1Coríntios 6:9 e 10 todos os pecados
estão no mesmo nível). Isso pode criar, imediatamente, uma barreira. Procurar
falar sobre o amor de Deus pelo homem e do plano de salvação geral, pois quem
está ali é um ser humano comum e que, como qualquer outro, tem uma alma que
precisa ser resgatada pelo Sangue de Jesus Cristo (plano de salvação em Jesus
Cristo: Romanos 10:13, Mateus 4:19, João 14:6, João 1:12, Atos 16:31, Mateus
6:33, Marcos 8:34, João 15:16);
c) Observar a característica de cada grupo (locais e horários em que atuam,
tipo de comunicação, se são abertos ao diálogo ou não, os cuidados práticos
a serem observados, a verdade e os mitos sobre os riscos que o grupo de evangelismo
corre etc);
d) Comprar ou confeccionar literatura específica para o tipo de trabalho
a ser desenvolvido (os folhetos não precisam necessariamente falar de homossexualidade).
e) Ter uma relação de Ministérios de Ajuda e lugares para onde possa
encaminhar aqueles que desejam deixar a homossexualidade mas não têm para onde
ir (casas de recuperação, no caso de travestis que se prostituem, por exemplo);
f) Selecionar pessoas maduras espiritual e emocionalmente para o trabalho
(se possível, evitar pessoas que estejam no início da caminhada no evangelho);
g) Contar com o apoio da liderança e ter um grupo de intercessores.
18.2 COMPARTILHANDO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
Aqui seguem algumas dicas para ministrar a alguém, que você conhece, que pode
estar lidando com a questão da homossexualidade:
Veja uma pessoa, não um homossexual. Não estamos fazendo uma campanha
limpeza; somos embaixadores do amor. Como você abordaria qualquer pessoa
que você sentisse precisar de Cristo? Não existe nada de especial na homossexualidade
como pecado aos olhos de Deus. Não permita que obscureça sua visão. Homossexuais
estão procurando amor da mesma forma que todos os outros. Jesus é a resposta
para tal necessidade.
Lembre-se que o evangelho significa boas-novas. Tenha o cuidado
de apresentar o Salvador, não um código de ética. Jesus é uma pessoa real, não
uma filosofia de vida. Não fique tão preocupado a respeito de um pecado em particular.
Deus quer redimir a pessoa inteira, não apenas a sua sexualidade.
Saiba o que você está oferecendo. Você está oferecendo Jesus Cristo como Senhor
e Salvador. Você não está oferecendo heterossexualidade. Existe uma diferença
entre ser homossexual e ser heterossexual. Quando alguém faz um compromisso
com Cristo ele precisa concordar com Deus, que o comportamento homossexual é
um pecado. Você está oferecendo a ele, inicialmente, o poder para exercitar
o celibato. Seus sentimentos homossexuais não irão transformar-se da noite para
o dia. Isto virá com o tempo, o cuidado e preocupação dos outros, e a qualidade
de sua entrega constante a Cristo.
Ame ativamente esta pessoa. As palavras podem ser muito vazias. Demonstre seu
amor: ouça, telefone, confrontando quando necessário, sentando juntos na igreja.
Amar é um verbo.
Não tenha medo de ouvir alguns detalhes escabrosos. Algumas pessoas
não sabem se expressar de outra forma a não ser na linguagem de rua. Ouça com
amor e responda enquanto você busca o conselho de Jesus. Você precisa amá-las
como estão.
Não tenha medo de dizer eu te amo. Não tenha medo de abraçar, segurar
as mãos em oração, tocar. Todos precisamos daquela afirmação física de amor
um pelo outro. Tocar não é sexual, é amoroso. Os homossexuais precisam aprender
qual o lugar do afeto fora do contexto de envolvimento sexual. Não vão lhe estuprar.
Se suas intenções não forem bem compreendidas, se explique, mas não se afaste.
Compartilhe a sua vida. Muitos que vêm de um ambiente homossexual ficam surpresos
ao descobrir que gente normal também luta com tentações sexuais,
solidão, rejeição, mágoas, etc. Isto lhes ajuda a colocar suas vidas numa perspectiva
mais saudável.
Apresente o evangelho inteiro. Jesus quer libertá-los das mentiras, ressentimentos,
orgulho, rebeldia, e outras coisas. O comportamento e fantasia homossexual é
apenas uma parte disso tudo.
Distancie-os do seu pecado. Aponte em outra direção. Permita que vejam Jesus,
a resposta para todos os seus pecados. Não faça da homossexualidade o alvo do
seu relacionamento. Evite piadas e histórias de homossexuais. Isto só faz com
que afundem cada vez mais. Pela mesma razão não os chame de ex-homossexuais.
São pessoas inteiras em Cristo. São cristãos.
18.3 POSTURA E ATITUDES DO CONSELHEIRO
a) Determinar os alvos do aconselhamento (quantas semanas ou meses, quantas
vezes por semana, o tempo de cada encontro etc);
b) Instilar uma esperança real. O perdão de Deus é uma realidade, mas há
que se lutar contra os antigos hábitos e as tentações (1Coríntios 10:13 - 1Pedro
1:14 e 15 Filipenses 4:6 a 9 Romanos 12:1 e 2);
c) Transmitir conhecimento da questão (ler muito sobre o assunto
Provérbios 4:7);
d) Ser leal e saber guardar confidências. Só nos casos em que outros estão
correndo riscos de integridade física, moral e espiritual é que alguns segredos
podem ser compartilhados e isso não deve ser feito sem que o aconselhando saiba;
e) Proteger o aconselhando de constrangimentos. Há crentes que usam a desculpa
do é só para eu orar mais especificamente para contar o que ouviram
para outras pessoas, sem pensar nas conseqüências para o indivíduo que está
precisando de ajuda;
f) Sempre falar a verdade, mas não somente falar a verdade: saber falar
a verdade no momento certo e da maneira certa, mesmo quando houver dor (Provérbios
27:5 e
g) Na década de 1990 foram vendidas 25 milhões de caixas de Prozac. Alguns
psicanalistas afirmam que isso é uma forma nociva de se evitar o enfrentamento
da angústia e da dor que, via de regra, cura o indivíduo. Infelizmente, muitas
pessoas não gostam de falar a verdade e outras tantas não gostam de ouvi-la;
h) Procurar estar presente sempre que necessário evitando, entretanto,
envolvimento afetivo/sexual (isso pode acontecer tanto com o aconselhando como
com o conselheiro) ou manipulação emocional por parte do aconselhando. Alguns
pastores e conselheiros, independentemente do sexo, já caíram por não vigiarem
nessa área e se acharem imbatíveis;
i) Saber dar espaço para o aconselhando expressar o que sente e quem ele
é, pois só assim o conselheiro conhecerá a pessoa na intimidade e o trabalho
será mais produtivo;
j) Saber ouvir para discernir as necessidades do aconselhando (Tiago 1:19);
k) Procurar escutar as coisas que escapam à razão, ou seja, aquilo que
a pessoa não fala, o que está nas entrelinhas. Lembrar-se que observar as expressões
corporal e facial também é muito importante no aconselhamento;
l) Evitar tomar decisões pelo aconselhando, pois, se alguma coisa sair
errado, você poderá ser acusado depois;
m) Quando se fizer necessário, encaminhar o aconselhando a um profissional
(de preferência cristão, que creia na Bíblia como revelação de Deus e autoridade
final em todas as coisas);
n) Informar-se sobre as relações familiares da pessoa e, se for necessário,
envolver a família no aconselhamento (o aconselhando pode ser o depositário
das patologias da família);
o) Sempre incentivar o crescimento espiritual e emocional do aconselhando,
através da meditação bíblica e oração diárias. Muitos dos que não se firmam
e têm constantes recaídas não têm vida devocional disciplinada e os que, geralmente,
estão de pé e vivem uma vida de transformação diária são os que têm comunhão
diária com Deus e sua palavra;
p) Enfatizar a necessidade de perdão para si e para as pessoas implicadas
no problema desde a infância (Mateus 5:24);
q) Informar-se sobre possíveis pactos religiosos e orar especificamente;
r) O conselheiro deve orar e jejuar regularmente pelas pessoas a quem aconselha
(Ezequiel 22:30 e Mateus 17:21). O conselheiro também precisa de um conselheiro
de confiança com quem possa compartilhar o peso espiritual e emocional. Isso
o ajudará a se retroalimentar espiritualmente (Provérbios 17:17, 18:24, 27:12
e 27:17). ...mas as palavras das pessoas corretas salvam os que estão
em perigo. (Provérbios 12:6); ...mas as palavras do sábio podem
curar. (Provérbios 13:18);
19 QUANDO ALGUÉM QUE VOCÊ AMA SE DECLARA HOMOSSEXUAL
Primeiro caso: Susana e Carina eram boas amigas há anos. Não era segredo que
por causa da sua relação íntima, Carina e seu esposo estavam tendo problemas
no seu casamento. Um dia quando as duas estavam almoçando juntas, Carina admitiu
que tinha algo que precisava confessar, algo importante. Susana sentiu a apreensão
na voz de sua amiga: Um divórcio, pensava ela, está se divorciando! Carina suspirou
fundo e começou: É tão difícil ter que dizer isso a você, mas tenho que dizer.
Não posso continuar a fingir. Só não quero que isso venha a influenciar a nossa
amizade você é como irmã para mim. Susana estendeu sua mão para Carina
O que é, Carina é o seu casamento? Seja o que for, você pode me
dizer. As lágrimas brotaram nos olhos de Carina Susana, não é o casamento
isso seria a coisa mais fácil. Sou homossexual.
Segundo caso: Quando passou pelo quarto do seu filho, ela reparou num papelzinho
branco pregado na porta. Um recado de Marcos. Ela sabia que havia algo errado.
Levou o papel para a cozinha, sentou-se e começou a ler. Queridos pais, já que
vocês sabem que sou homossexual, resolvi que seria melhor eu sair de casa. Sei
como vocês se sentem e não quero piorar a coisa. Por enquanto ficarei com uns
amigos. Com certeza tenho que desistir de pensar em ir à universidade agora.
Por favor, tratem de não se preocupar comigo. Vou vencer de alguma forma. Lamento
muito ter desapontado vocês. Fiquei triste com aquela briga da outra noite.
Não queria que vocês descobrissem assim. Porém, acho melhor que vocês saibam.
Mais do que nada, sinto muito que vocês não entendam o meu caso. Eu me comunicarei
com vocês. Com amor, Marcos. Ela deixou de lado o papel será que isso
realmente está acontecendo? Pensou ela parece tão estranho. Somente há
alguns dias atrás tudo parecia normal. Então tive de ser eu a descobrir suas
revistas pornográficas e aquelas cartas! Fui eu que tive que enfrentá-lo e forçá-lo
a me dizer a verdade. Por que eu disse ao seu pai? E agora? Ela pensou para
si mesma será que poderemos ter uma vida normal?
Quase ninguém está preparado para descobrir que alguém de sua intimidade é homossexual.
A confissão da homossexualidade pode vir de um filho, de uma filha, esposo,
esposa, ou amigo íntimo, mas a reação é quase sempre a mesma: - O que eu digo
a ele agora? Como é que eu posso ajudar? Será que tenho parte da culpa desta
situação?
O impacto de descobrir que alguém na sua vida íntima é homossexual pode ser
quase tão grande quanto o da morte. De repente suas esperanças e seus desejos
para o futuro daquela pessoa são capazes de nunca serem realizados. Muitas vezes
surgem emoções típicas de uma pessoa em luto. Primeiro vem o choque e a tendência
de negar, seguido por um jato de vergonha, fúria e lágrimas. Podem resultar
a depressão e sintomas físicos de pressão arterial. Quase sempre há tremendos
sentimentos de culpa homossexuais. Onde eu errei? Isso é especialmente comum
com pais e cônjuges de homossexuais. Ressentimento e fúria podem resultar na
amargura. Como você podia fazer uma coisa dessas comigo? Se a pessoa continua
com falta de perdão, a intensa dor da tristeza, passará quanto a sua intensidade,
especialmente se você der a sua angústia a Deus confiando nele para ajudar.
O propósito deste texto é ajudar os amigos e às famílias de homossexuais a lidarem
com suas próprias reações à homossexualidade e a responderem aos homossexuais
de uma forma positiva e cristã.
Primeiro, existe esperança para você, além de considerar a necessidade daquele
que você ama que é homossexual. Deus deseja ajudar você a lidar com a situação.
Deus não quer ver você vencido por frustração e desespero. Temos as promessas
de Deus. Aplique estas a sua situação. Deus nos diz que se nós nos humilharmos
e nos esforçarmos em obediência, seja como for a situação que tivermos que enfrentar,
Ele nos dará o poder de fazer o que é certo. Ele promete nos dar sabedoria se
pedirmos. Ele promete conformar e fortalecer-nos no momento de nossa necessidade.
Ele promete que sua graça é suficiente para ajudar-nos a enfrentar qualquer
circunstância. A sua graça também nos dá a fé necessária para entregarmos aquele
que nós amamos às mãos tão capazes e poderosas de Deus. Deus pode nos dar a
paciência para esperar nele até que Ele opere na vida daquela pessoa. Ele pode
nos dar a capacidade de perdoar e de demonstrar o amor àqueles que têm nos causado
dor e vergonha. Deus pode nos ajudar a ver as circunstâncias da perspectiva
dele. Então veremos que tudo é possível com Deus. Todas as coisas,
inclui a libertação da homossexualidade! Veremos que existe esperança!
Agora vamos ao segundo ponto: Há uma maneira de sair da homossexualidade, para
aquele que quer sair. Mesmo que a homossexualidade seja condenada através das
Escrituras, como é condenado todo o pecado, existe também um exemplo nas Escrituras
de homossexual libertado desta condição (1Coríntios 6:9-11). Lembre-se quando
Deus requer que mudemos o nosso estilo de vida para podermos obedece-lo, Ele
também dá o poder para possibilitar esta transformação. Isto é verdade tanto
quanto para o homossexual quanto para a prostituta, o viciado em drogas e todos
aqueles que necessitam de Jesus!
Embora seu amigo ou parente esteja envolvido na homossexualidade agora, isso
não quer dizer que ele sempre vá continuar assim. Muitos homens e mulheres pelo
mundo inteiro têm sido e estão sendo libertados deste problema. Deus não tem
favoritos. Aquele que você tanto ama também pode ser liberto mas o processo
talvez leve mais de um dia. O Espírito de Deus tem que ser aquele que opera
na vida da pessoa. Sua única esperança, portanto, é no poder de um Deus ilimitado.
Coisas que você pode fazer: Pode ser difícil controlar as suas reações emocionais.
Isso é especialmente difícil quando houver um confronto. Ainda que as reações
emocionais façam parte de nossa humanidade, devemos nos esforçar para que elas
não fiquem descontroladas. Na sua fúria, não peque. Limite a sua primeira reação
para diminuir as dificuldades no seu relacionamento com a pessoa homossexual.
Se já houve um confronto desagradável, pode lutar por uma reconciliação.
Perdoe, alivie a sua fúria, vergonha e mágoa com o perdão. Isso impede o crescimento
das raízes da amargura e abrace o caminho para a cura de suas próprias emoções
bem como a reconciliação na sua relação com a pessoa homossexual. Além de perdoar
aqueles que lhe têm causado mágoa, peça para Deus perdoar você por qualquer
coisa no seu passado que pudesse ter contribuído para esta situação. Uma vez
perdoado por Deus, não permaneça mais tempo na prisão dos sentimentos de culpa
e de condenação. Marque no seu calendário a data em que recebeu o perdão de
Deus. Quando os sentimentos de culpa ou de condenação começarem a surgir dentro
de você, olhe aquela data no seu calendário. Lembre a si mesmo e também a Satanás
que naquele dia você sabe que Deus o perdoou pelos erros passados.
Busque a perspectiva de Deus. Ajuste a sua atitude com a Palavra de Deus. Não
é o fim do mundo ter entre seus amigos ou familiares uma pessoa homossexual.
A homossexualidade é pecado, mas não é o pior pecado. Não é incurável. Pois
Deus também não odeia os homossexuais. Na realidade Ele os ama e quer redimi-los.
Ele vê sua necessidade de amor, aceitação e identidade, e deseja ardentemente
suprir estas necessidades. Jesus não condenou a prostituta, o traidor, a adúltera,
o ladrão e nem o homicida. Pelo contrário, ofereceu a eles outra oportunidade
de vida. Jesus mostrou a eles uma maneira de serem aceitáveis a Deus. Ele oferece
esta mesma nova vida hoje ao homossexual. Como antes foi mencionado, todas as
coisas são possíveis com Deus, inclusive a libertação da homossexualidade. Há
exemplos na Bíblia, de homossexuais que foram transformados pelo poder de Deus.
Reparta esta esperança com seu amigo ou famílias de homossexual.
Mantenha abertas as linhas de comunicação. Seja sensato naquilo que você comunica
ao homossexual. Nossas palavras podem construir ou destruir. Não faça de cada
visita ou conversa um sermão sobre o pecado. Evite as discussões seja
bom ouvinte. Os homossexuais precisam saber que eles pelo menos podem falar
com você, especialmente quando está sofrendo. Ore por muita sabedoria na sua
comunicação dos critérios de Deus. Estimule o homossexual a ver Jesus de maneira
positiva, como uma pessoa que o ama, que se preocupa com as necessidades e quer
ajudá-lo.
Demonstre amor e aceitação. Às vezes, precisa haver firmeza no nosso amor. O
crente não pode se desviar dos critérios de Deus e concordar com o pecado. É
imperativo, porém que o homossexual entenda que a desaprovação do comportamento
pecaminoso dele não constitui uma rejeição dele mesmo. Para permanecermos firmes
na Palavra de Deus, às vezes temos que ser muito claros quanto a nossa posição.
Em algumas situações isso pode ser não somente necessário, mas também doloroso.
Portanto, ainda podemos demonstrar o amor de muitas maneiras práticas. Esteja
disposto a falar e também ouvir. Não tenha medo de tocar na pessoa e nem de
abraçar. Não exclua a pessoa de sua vida e atividade. O homossexual é capaz
de se ressentir da sua posição quanto a este pecado e, talvez, de se isolar
ou de se afastar de você. Você, porém, não tem que virar as costas para ele,
pois você pode constituir um vínculo importante entre esta pessoa e Deus, agora
ou no futuro. Continue firme, portanto, no seu testemunho. Permaneça firme na
Palavra de Deus, mas ame também a pessoa homossexual.
Confie esta pessoa às mãos de Deus. Um dos mais difíceis passos é este de confiar
aquele que você ama às mãos de Deus. Largue a pessoa, pois você não pode salvá-la.
Você não pode impedi-la de seguir esta vida de pecado. Você não controla a vida
dela é Deus que controla! Confie em Deus para chamar a pessoa através
de seu Espírito. Confie nele para proteger a vida da pessoa. O desejo de Deus
é livrá-lo do pecado e da decepção. Lembre-se de que Ele ama esta pessoa muito
mais do que você.
Ore, jejue e espere. Você pode e deve orar! Você pode jejuar. A oração junto
com o jejum é uma poderosa arma espiritual. A situação vai requerer muita oração
e jejum. Será que não vale a pena, porém, um sacrifício tão grande por causa
de um amigo ou de um parente amado? Jesus sabia que a oração e o jejum traziam
resultados e Ele praticava estas coisas. Seus discípulos também praticavam.
Vemos através da Bíblia que homens e mulheres, quando enfrentavam circunstâncias
difíceis, oravam e jejuavam. Deus muitas vezes respondia de formas milagrosas
(Isaías 58 sobre o propósito do jejum).
Ainda que Deus sempre ouça as nossas orações, Ele quase nunca responde quando
e como nós queremos. Queremos ver nosso amado livre agora! A hora de Deus, porém,
é perfeita. Seus meios são perfeitos. Dentre todas as coisas que você faz, espere
em Deus até que Ele opere na vida daquele que você ama. Use este período de
espera como oportunidade para fortalecer a fé e confiança em Deus. Ele ouve
você. Ele vai ajudar você!
Se você está achando muito difícil lidar com uma pessoa por causa da sua homossexualidade,
precisa examinar a sua própria atitude e endireitá-la. Ter dificuldade em saber
lidar com a homossexualidade é uma coisa; reagir com hostilidade, violência
é outra. Esta última reação é pecado. Chama-se homofobia um medo ou uma
hostilidade irracional para com os homossexuais. Homofobia é uma reação defensiva
que muitas vezes disfarça insegurança ou temor a respeito da própria identidade
sexual da pessoa que a tem. Homofobia só serve de impedimento ao seu testemunho.
Deus pode livrá-lo desta atitude pecaminosa e de quaisquer outros temores e
inseguranças. Se você suspeitar que alguém entre seus amigos ou parentes esteja
envolvido na homossexualidade (ou qualquer outro tipo de imoralidade), faça
o máximo esforço para não ficar zangado e para não entrar em estado de pânico.
Ao contrário, enfrente a pessoa (em amor firme e honestamente) com aquilo que
você suspeita. Não acuse! Esteja preparado para ouvir mentiras para encobrir
a atitude de quebrantamento. Lembre-se também de que a pessoa pode realmente
ser inocente. Quando você se encontra numa situação deste tipo, procure aconselhamento
cristão para si mesmo e, se possível, para aquele que você ama. Acima de tudo,
espere em Cristo, sabendo a verdade do seguinte versículo (Romanos 8:28).
Sobre comportamento homossexual: Levítico 18:22; Levítico 20:13; Romanos 1:20-32;
1Coríntios 6:9-11; 1Timóteo 1:9-10. Sobre imoralidade sexual: 1Coríntios 6:13-20;
Romanos 6:12,13; Gálatas 5:19-21; Colossenses 3,4-6; Tessalonicenses 4:3-8.
Sobre esperança: Romanos 7:13-24; Romanos 8:1-3; 1Coríntios 6:9-11; 2Coríntios
5:17; Efésios 2:1-10; Hebreus 12:5-17; 2Pedro 1:3-11; 1João 1:9; 2Timóteo 4:18;
Judas 17-25.
O que você pode fazer quando alguém que você conhece e ama diz a você que está
envolvido na homossexualidade? Alguém que você ama abre o jogo e declara que
é homossexual. E agora?
Algo para o qual a grande maioria das pessoas está despreparada é a descoberta
de que alguém de seu convívio é homossexual. Caso a confissão venha de um filho
ou filha, marido, esposa ou amigo íntimo, a reação freqüentemente é a mesma:
O que eu digo agora? Como posso ajudar? e às vezes Será
que tenho culpa disto?.
Este texto foi escrito como resposta às centenas de cartas, telefonemas e encontros
com pessoas que estão nesta situação. Foi preparado com o intuito de ajudar
pessoas não envolvidas com a homossexualidade a saber lidar com suas reações
para com os que estão envolvidos, e também lidar com suas próprias reações à
homossexualidade. Também visa servir de encorajamento a cristãos interessados
em ministrar a homossexuais.
Talvez a forma mais traumática que alguém venha a enfrentar a questão da homossexualidade
é descobrí-la na vida de alguém de seu convívio e afeto. No entanto isto é algo
que ocorre com certa freqüência hoje em dia: o filho de idade universitária
que revela aos pais estar envolvido com outro rapaz; o empresário casado pai
de filhos que confessa à sua esposa estar secretamente envolvido na homossexualidade
há vários anos. Cada situação deste tipo é única, porém há sempre algo em comum:
a pessoa ou pessoas que ouvem esta confissão tem que enfrentar algumas escolhas
de como irão reagir àquela pessoa que fez a confissão. Preparamos algumas sugestões
sobre como reagir nestas situações, levando também em consideração a sensação
de confusão e surpresa que acompanham estas revelações, que em geral transforma-se
em fardos insuportáveis nestas ocasiões.
Primeiro, mantenha-se o mais calmo possível. A descoberta da homossexualidade
de alguém íntimo em geral libera uma reação emocional de pânico que faz com
que a pessoa pense que isto é o fim do mundo. Não é. Quando isto ocorre, o melhor
é pensar na seguinte questão: O que esta pessoa precisa receber de mim
neste momento? O momento em que a pessoa abre seu coração não é a hora
adequada para você focalizar atenção em seus próprios medos e inseguranças.
Você terá muito tempo para pensar nisto mais tarde.
Segundo, expresse aceitação. Não rejeite a pessoa que está fazendo a confissão.
Este é o momento de sua vida em que ela mais necessita do teu amor e aceitação.
Talvez você esteja sentindo-se totalmente arrasado como se aquela pessoa
amada e conhecida subitamente se transformasse em um monstro desconhecido. Fique
calmo, não foi o que aconteceu. Naquele momento, reafirme o teu amor por aquela
pessoa, procurando demonstrar toda a aceitação e graça que você conseguir expressar
(é necessário oração neste momento). Naquele momento a última coisa que aquela
pessoa precisa é rejeição ou um sermão raivoso.
Terceiro, ame incondicionalmente. Você deve estar pensando, Mas a homossexualidade
não é pecado? Eu não preciso dizer o quão errado esta prática é? Sim,
mas isto vem mais tarde. No momento você deve dirigir todas as suas energias
no sentido de amar tal pessoa incondicionalmente. Isto, na maioria das vezes,
não ocorrerá naturalmente, portanto você deverá buscar ajuda de Deus e receber
da Sua força neste sentido.
Quarto, confronte em amor. A maioria das pessoas tendem a colocar este passo
em primeiro lugar, substituindo a palavra raiva por amor.
É por isto que enfatizamos tanto a necessidade de primeiramente afirmar nosso
amor e aceitação pela pessoa que revela sua homossexualidade. Mas a verdade
é que a homossexualidade é contrária à Palavra de Deus. É pecado, e resulta
nos efeitos destrutivos do pecado sobre a vida da pessoa e daqueles ao seu redor.
Após ter comunicado claramente seu amor e aceitação pela pessoa, de forma que
saiba que você não irá retirar o seu apoio, você está pronto para compartilhar
sua opinião a respeito. Isto é especialmente verdadeiro caso a pessoa em questão
seja cristã. Isto deve ser feito de forma amorosa e gentil, sem ficar dando
na cabeça dela com a Palavra de Deus.
Quinto, comunique esperança de mudança. Juntamente com a confrontação em amor,
você precisa apresentar uma alternativa ao estilo de vida homossexual, que é
o amor de Jesus Cristo e Seu poder para redimir e recriar o indivíduo. Neste
momento é bom ter algo concreto para oferecer àquela pessoa: fitas que possam
ouvir,o telefone de uma pessoa cristã que já tenha passado pela homossexualidade,
ou uma brochura ou folheto de algum ministério para pessoas com problemas nesta
área.
Sexto, faça parte de uma cobertura de apoio. A revelação inicial e suas reações
são apenas o começo do processo. Aquela pessoa vai necessitar de amor e apoio
constantes e consistentes. O mundo homossexual é repleto de mudanças, instabilidades,
promessas e relacionamentos rompidos. Você pode prontificar-se a ouvir, a oferecer
um local de conforto, segurança e integridade que o mundo de pecado não pode
oferecer. Algumas coisas práticas que você pode fazer: diga àquela pessoa, verbalmente,
que você a ama, e demonstre o fato escrevendo cartas, ligando ocasionalmente,
convidando-a para jantar.
Seu primeiro encontro com o tema da homossexualidade pode resultar em algumas
reações confusas e estressantes em sua vida. Não se sinta culpado por ter os
seus próprios problemas. A maioria das pessoas realmente têm dificuldades em
lidar com a confissão de homossexualidade por parte de alguém que amam. No entanto,
há alguns princípios que podem ajudá-lo a lidar com suas reações nestas situações.
Em primeiro lugar, não encare o problema de forma pessoal. Esta é uma reação
muito comum. Às vezes uma pessoa homossexual pode vir a confessar seu passado
com intenção de feri-lo ou culpá-lo por sua condição atual. Mas nem sempre este
é o motivo da confissão em geral tal pessoa se abre com você com o intuito
de aproximar-se. Seja qual for a motivação, procure considerar a homossexualidade
daquela pessoa como se fosse uma outra revelação. Não a considere como algo
com a intenção de feri-lo, ofendê-lo, incriminá-lo ou envergonhá-lo de qualquer
forma que seja. Esta reação de tomar o problema pessoalmente é especialmente
comum a pais e cônjuges de pessoas que confessam sua homossexualidade. Tais
pessoas são particularmente vulneráveis, pois algumas de suas ações podem de
alguma forma ter tido alguma influência nesta situação. No entanto, a homossexualidade
é uma condição com causas tão profundas e extensas que dificilmente um só indivíduo
pode ser responsabilizado por fazer com que alguém se torne homossexual. É importante
que isto fique bem claro em sua mente. Você não é culpado pela homossexualidade
daquela pessoa que você ama.
Um resultado quase inevitável a partir da revelação da homossexualidade de alguém
do seu convívio é o fato de que tal revelação pode fazer com que você passe
a questionar a sua própria identidade sexual. A maioria das pessoas tem uma
série de temores a respeito de sua sexualidade, e estes medos provavelmente
virão à tona nesta ocasião. Muitos irão perguntar a si mesmo, Será que
eu tenho tendências homossexuais? Um problema comum que encontramos no
aconselhamento é o medo irracional da homossexualidade, conhecido como homofobia.
Para muitos, o medo de uma determinada coisa é maior que a coisa propriamente
dita, e alguns chegam a envolver-se em práticas homossexuais a fim de livrarem-se
do medo de serem homossexuais. Características comum de uma pessoa homofóbica:
são predominantemente heterossexuais em seus pensamentos, sonhos e desejos,
porém podem ter tido algumas atrações homossexuais ou experiências negativas
com o sexo oposto. Talvez tenham tido alguns encontros com parceiros do mesmo
sexo, os quais podem ter produzido memórias e fantasias persistentes. Apesar
disso, a condição homossexual refere-se a uma preferência sexual permanente
por pessoas do mesmo sexo. Outro aspecto da reação homofóbica, tão comum quanto
o questionamento da própria sexualidade, é a reação de repulsa, nojo e medo.
É a partir deste tipo de reação que surgem os termos pejorativos como bicha,
veado, pervertido, boiola e sapatão.
Alguns, ao descobrir a homossexualidade de alguém de sua intimidade, ficam até
mesmo fisicamente doentes. Tais sintomas emocionais e físicos bastante violentos
são reações comuns à homossexualidade. No entanto, uma mensagem que muitos cristãos
apresentam relutância em aceitar é que não é aceitável permitir que as atitudes
por trás destes sentimentos continuem sendo parte de suas vidas, influenciando
a maneira como tratam aqueles envolvidos na homossexualidade.
É impressionante como alguns cristãos que acreditam totalmente no tratamento
de alcoólatras, prostitutas e até mesmo assassinos com o amor de Cristo podem
ver dois homossexuais passando pela rua e exclamarem, Veja só aquelas
bichas! E o que é ainda mais impressionante é que tais cristãos sentem-se
completamente justificados em ter tal atitude! No entanto, este tipo de atitude
para com o homossexual não é agradável a Deus. Nosso Senhor julga e condena
os atos e o estilo de vida homossexual, porém Cristo jamais tratou qualquer
pessoa pega em pecado sexual de forma tão degradante. Considere como Jesus tratou
a mulher samaritana junto ao poço, e a mulher apanhada em adultério (João capítulo
4 e 8). Enquanto que os fariseus homens religiosos daquela época
tratavam tais pessoas com desprezo, Jesus as perdoou. Apesar de Jesus ter confrontado
tais pessoas quanto a seus pecados, e de forma alguma ter sido conivente com
os mesmos, Ele estava mais interessado em suprir as verdadeiras necessidades
de seus corações e libertá-las para que pudessem viver de forma produtiva e
satisfatória. Esta é a atitude que devemos assumir ao ministrar àqueles
com lutas homossexuais. Caso você não tenha esta atitude, e esteja carregado
de sentimentos de medo de repulsa, seja honesto consigo mesmo e com Deus! Leve
estes sentimentos ao Senhor em oração, pedindo a Ele que mude o seu coração.
Ele o fará, embora possa levar algum tempo. Tenha paciência consigo mesmo e
persista em oração, e você verá mudanças.
Alguns porém não todos experimentam a revelação da homossexualidade
de alguém de sua intimidade como algo traumático e devastador. As razões pelas
quais algumas pessoas são tão fortemente atingidas enquanto outras não o são,
não são totalmente claras. Para alguns esta é uma experiência que pode causar
um impacto tão grande (ou maior) do que o impacto causado pela morte de um ente
querido. De fato, algumas pessoas nesta situação passam por todas as etapas
típicas do luto; a sensação de perda pode assumir tais proporções. E é exatamente
isto que dá início ao processo de luto: a percepção de que
algo ou alguém de grande valor foi irremediavelmente perdido de alguma forma,
talvez para sempre. Para ajudá-lo a lidar com estas emoções, aqui está uma rápida
descrição de cada etapa do processo de luto.
Primeiro, o choque, negação e incredulidade. Quando desesperadamente desejamos
que algo não seja verdade, podemos subconscientemente nos recusar a aceitar
tal fato. Algumas pessoas podem vir a minimizar a confissão de homossexualidade
de um ente querido: Não é um problema tão grave assim. Com o tempo isto
desaparece. Vamos esquecer este assunto e nunca mais falar a respeito. Deve
ser somente uma fase. Ou até mesmo, Ele realmente não é homossexual.
Segundo, a descarga emocional. Assim que a realidade da questão fica evidente,
no entanto, a pessoa pode experimentar crises de choro e fortes sensações emocionais.
A melhor maneira de enfrentar esta crise é permitir-se sentir tais emoções,
e também expressá-las, evitando, no entanto, descarregá-las sobre a pessoa que
fez a revelação. Você pode dizer a tal pessoa como você está se sentindo, porém
sem gritar com elas, ou acusá-las, durante uma reação de choro e frustração.
Terceiro, a depressão e isolamento. Estes sintomas são praticamente auto-explicativos,
e são geralmente acompanhados por uma dose de auto-piedade pela perda,
o que pode levar a sentimentos e comportamento de isolamento de outras pessoas.
Quarto, sintomas físicos e nervosismo. Estes sintomas podem deixar a pessoa
bastante perplexa, variam de fortes dores de cabeça a dores no peito, náusea
e dificuldade de respiração. Uma mulher queixou-se por sentir que seus dentes
estavam coçando, uma outra passou um ano com a sensação de ter engolido
uma pedra. Mas você não vai morrer estes sentimentos são assim mesmo!
Quinto, pânico. Quando você não consegue pensar em mais nada além daquela perda
e experimenta muita dificuldade para concentrar-se, você está no estágio do
pânico. Ao ficar sabendo da homossexualidade de seu filho, uma mãe
ficava ouvindo a palavra homossexual em sua cabeça como
se fosse um disco riscado.
Sexto, sensação de culpa. Basicamente, é neste estágio que você começa a repensar
nos contatos anteriores com aquela pessoa e pensa, Onde é que eu errei?
De que forma falhei com ela? Isto não leva a nada, a não ser que você
acrescente, O que posso fazer agora?
Sétimo, raiva e ressentimento. Como é que ele se atreve a fazer isto comigo?
Esta tristeza nos atinge depois que a tristeza inicial diminui. Em realidade
é sinal de que estamos começando a superar os primeiros estágios do processo.
Em geral, quando alguém que está enfermo começa e melhorar após uma longa enfermidade,
esta pessoa começa a reclamar logo que começa a sentir-se melhor. Isto significa
que ela já está em processo de recuperação. Isto pode ser um bom sinal, desde
que tal pessoa não fique remoendo o problema e torne-se amargurada. Coloque
o problema para fora e continue com sua vida!
Oitavo, resistência para voltar ao normal. Esta é a ponte onde você percebe
que a vida continua e eu devo continuar também. No entanto, muitos
hesitam em deixar o problema para trás e continuar com suas vidas. A tristeza
da perda funcionava como um cobertor, uma forma de segurança. Não
é fácil abandoná-la.
Nono, surge a esperança. Um certo dia você se dá conta de que está sentindo-se
melhor. Em geral isto acontece após vários dias durante os quais você não tenha
sentido a presença daquela dor constante. Também pode ser que talvez você tenha
estado tão ocupado com outras coisas que não tenha tido tempo para dar vazão
à dor de sua perda. Mas este é o sinal vital: o seu foco agora é externo e não
interno. O problema ainda existe, porém aquela dor pessoal já foi.
Décimo, luta para afirmar a realidade. Nesta etapa a sua vida já voltou
ao normal na maior parte das áreas. De vez em quando, no entanto, você
é tomado por memórias e sentimentos a respeito do problema. No caso da homossexualidade,
a pessoa em questão provavelmente ainda está por perto, dentro do seu convívio,
e ocasionalmente pode haver crises com as quais você terá que aprender a lidar.
Mas já não é mais como era no início. As coisas nesta fase atingiram um nível
mais racional. Nesta altura dos acontecimentos você já superou (graças a Deus!)
boa parte do problema.
Para compreender o que é o liberar uma pessoa amada, temos que primeiramente
entender como Deus é e qual é a essência de Sua relação conosco. Da mesma forma
como Ele age conosco, devemos agir (na medida do possível) com aqueles queridos
a nós. A libertação de um ente querido não significa que o abandonamos
ou que passamos a negligenciar nossas responsabilidades em relação àquela pessoa.
Porém, significa que teremos que abrir mão de nossa expectativa quanto àquela
pessoa. Você não pode exigir que tal pessoa realize os seus sonhos para com
ela. Significa ainda que você abre mão de receber qualquer pagamento
por parte daquela pessoa por qualquer coisa que você tenha feito para ela. Também
significa perder o direito de uma tranqüilidade ininterrupta. E às vezes significa
abrir mão de nossos direitos de respeitabilidade. Talvez você tenha
que enfrentar comentários indesejáveis por parte de outras pessoas. Mas o mais
importante e o mais difícil, é que liberar um ente querido significa
que tal ente querido enfrente dor, tragédia e até mesmo a morte, e permitir
que tal pessoa aceite as conseqüências de suas próprias ações.
19.1 DEUS PODE USAR VOCÊ
As experiências pelas quais você está passando não serão desperdiçadas. Deus
dá grande valor naquela resistência que é aprendida através do sofrimento. No
Velho Testamento, Moisés e José estão entre aqueles que experimentaram grande
sofrimento, e as epístolas do Novo Testamento deixam pouca dúvida sobre as dificuldades
e sofrimentos experimentados pelo apóstolo Paulo. A primeira carta do apóstolo
Paulo descreve o valor do sofrimento: ...embora (...) sejais contristados
por várias provações, para que o valor da vossa fé, uma vez confirmado, muito
mais precioso do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor,
glória e honra na revelação de Jesus Cristo. Ninguém está melhor preparado
para ministrar em uma determinada área do que aquele que passou por aquela luta.
Caso você continue aberto para Deus e esteja disposto a ser usado por Ele, você
provavelmente encontrará muitas oportunidades para confortar com o mesmo
conforto que você recebeu de Deus.
Em realidade, o gozo proveniente ao ministrar àqueles que estão passando pelas
mesmas aflições pode ser o maior instrumento de Deus para trazer cura à sua
própria vida!
20 CUIDADO COM AS CIRCUNSTÂNCIAS
Nem sempre as circunstâncias são saudáveis. Você não
pode agir sempre de acordo com as circunstâncias. Às vezes, elas ajudam, simplificam
e facilitam sua ação. Outras vezes, elas atrapalham, dificultam e confundem
tudo. Veja o exemplo de Saul, quando, forçado pelas circunstâncias,
fez o que não deveria fazer (1Samuel 13:12). Exatamente aí começou a sua decadência,
que terminou em derrota total e suicídio.
Cuidado, muito cuidado com as circunstâncias. Há circunstâncias que favorecem
o erro, o pecado, a tragédia. Que tornam o erro fácil demais. Que quase obrigam
o roubo, a calúnia, o adultério, o crime. Há circunstâncias que atrapalham o
raciocínio e servem de desculpas que não diminuem a culpa de ninguém.
Há homossexuais que são homossexuais por causa de circunstâncias, que vêm, às
vezes, da infância. Algum acontecimento histórico facilita e pretende impor
uma opção sexual contrária à natureza. Também é possível que esse transtorno
aconteça por causa de algum mal congênito ou por causa de alguma sedução. São
circunstâncias que precisam ser entendidas como circunstâncias e não como causas
determinantes, às quais não se pode oferecer resistência.
Aprenda a fazer separação entre as circunstâncias saudáveis e as circunstâncias
demolidoras do caráter e da paz de espírito. Cuidado, muito cuidado, com as
circunstâncias que destroem!
21 EM BUSCA DA PESSOA CERTA
O que um homem procura em outro homem? Tenho feito esta pergunta a muitos homossexuais
masculinos em muitas situações, e as respostas tem sido surpreendentemente semelhantes.
O que você buscava quando você começou uma relação homossexual?
Suas respostas? Força, geralmente emocional, segurança, aceitação, compreensão,
sensibilidade, conforto, amizade, companheirismo, identidade, sentido de complementação.
Outra coisa surpreendente em suas respostas era a ausência de uma palavra específica
sexo. Parece que a maioria dos homens estavam tentando encontrar
necessidades de relacionamento, e sexo era incorporado apenas como uma forma
de atender a outras necessidades.
Uma questão de necessidades: Você pode notar pela lista acima que homossexuais
começam relacionamentos com outros homens para tentar atender a certas necessidades
básicas. Elas podem ser englobadas em duas necessidades humanas essenciais -
a necessidade por um sentido de identidade (valor, significado, competência,
amor próprio) e a necessidade de amor (segurança, afeto, amizade, companheirismo).
É interessante também, que enquanto todos os homens têm ambas as necessidades,
alguns homens trabalham com mais afinco para satisfazer a necessidade por um
sentido de amor incondicional e segurança, enquanto que outros lutam desesperadamente
para estabelecer um sentido de identificação e amor-próprio.
Tudo desemboca na necessidade. Estas não são necessidades homossexuais em si,
mas necessidades humanas. Todos os humanos têm essas necessidades e todas as
pessoas trabalham para terem essas necessidades satisfeitas, de uma forma ou
de outra. Deus criou essas necessidades, então não há nada de errado em tê-las,
ou em tentar satisfazê-las. A questão é: O que realmente satisfará essas
necessidades básicas?.
A grande diferença: Embora tenha havido grande disseminação de informação no
assunto da homossexualidade, ainda é surpreendente quão poucas pessoas reconhecem
a diferença entre orientação homossexual e comportamento homossexual. Até mesmo
alguns homossexuais colocam os dois juntos, pensando que não há diferença entre
o que são e o que fazem. Essa falta de compreensão é refletida no pensamento
comum que homossexuais têm sobre Deus. O pensamento é algo como: Deus odeia
a homossexualidade. Eu sou um homossexual, portanto, Deus me odeia.
A maioria dos homens entenderiam que isso é patentemente falso, mas essa resposta
é geralmente mais emocional do que intelectual. Infelizmente, alguns cristãos
têm dado aos homossexuais essa idéia através de sua rejeição aos homossexuais.
Felizmente, o amor de Deus não é determinado pelas ações das pessoas. Deus ama
os homossexuais, a despeito do que alguns cristãos pensam ou fazem.
Há uma diferença, contudo, entre orientação e comportamento. Uma pessoa não
pode controlar sua orientação (e desejos que resultam disso), já que ela não
escolheu ter a orientação. Mas o homem pode escolher se ele irá se engajar em
atividades homossexuais ou não, já que aquela atividade está sob o direto controle
de sua vontade.
Deus nos ama. A maioria das pessoas não discutem isso. Mas quando as pessoas
ouvem sobre como Deus nos ordenou a viver, alguns têm dúvidas sobre a bondade
de Deus. Porque Deus nos proibiu de termos certas atividades? Será que Ele,
arbitrariamente, declarou algumas ações como sendo boas e outras maléficas?
Porque Deus proíbe participação no comportamento homossexual?
Se você perguntar a um psicólogo ou psiquiatra se roubar, mentir, matar e praticar
adultério são atividades benéficas para um ser humano, quase todos dir-lhe-ão
que a pessoa se corrompe quando faz estas coisas. Simplesmente não é saudável
para uma pessoa fazer o que lhe agrada (o que quer que seja).
Por que Deus nos ama, Ele nos diz quais comportamentos nos beneficiam e quais
nos prejudicam. Deus não é arbitrário em seus mandamentos. Ele apenas nos proíbe
de fazer o que nos prejudica. Se você examinar cuidadosamente os mandamentos
de Deus, você verá que Deus só tem nos instruído a fazer aquelas coisas que
são para nosso bem, e proíbe aquelas que nos destroem.
Assim, se Deus proíbe alguma forma de atividade sexual é porque Ele nos ama
e sabe que aquele comportamento nos prejudicará. Nós podemos não entender por
que é prejudicial para nós, mas o infinito, regente amado Deus sabe o que Ele
está fazendo, e se Ele diz que uma atividade é prejudicial, nós temos que aceitar
Sua palavra sobre a situação. Deus não é um desmancha-prazer. Ele apenas nos
comanda a não fazer o que nos destruirá. É por isso que Deus diz Não.
Alguns homossexuais acham que Deus está implicando com eles e sendo injusto
quando proíbe atividades homossexuais. Mas Deus não está sendo imparcial no
seu tratamento aos homossexuais. O que Deus proíbe nos campos da fantasia, prazer
ou fornicação, Ele proíbe para todas as pessoas, hetero ou homossexualmente
orientadas.
Se um homem de tendência heterossexual comete fornicação com uma mulher, ele
não pode usar sua tendência ou desejos como desculpa para seu comportamento.
Ele não pode dizer: Bem, você sabe, eu tinha que ir para a cama com ela,
porque sou um heterossexual. O mesmo aplicar-se-à ao homem de tendência
homossexual. Então, o que Deus proíbe para um, Ele proíbe para todos. Ele não
está discriminando. Ele não está marcando os homossexuais.
Se Deus me ama, mas proíbe envolvimento em conduta homossexual, então
devo satisfazer minhas necessidades? Devo não satisfazer minha necessidade de
amor pelo resto de minha vida para que eu possa conhecer a Deus? Isso não me
parece um bom negócio.
A resposta à essa questão tem duas partes principais: 1) A necessidade de amor,
identidade, amor-próprio, segurança, etc., são necessidades humanas básicas,
não apenas necessidades homossexuais. Todas as pessoas têm essas necessidades,
e desde que Deus nos criou com essas necessidades, Ele também forneceu um meio
de satisfazê-las num relacionamento com Ele. Nós não fomos feitos para
termos nossas necessidades básicas satisfeitas num relacionamento com um ser
humano, quer seja homem ou mulher. Deus quer satisfazer estas necessidades,
e Ele bem pode fazer isto. A razão pela qual a maioria das pessoas vivem com
suas necessidades insatisfeitas é porque elas não conhecem a Deus, e não estão
deixando-O satisfazer essas necessidades. Deus é capaz de satisfazer nossas
necessidades. 2) Muitos homossexuais dizem que eles nunca poderiam ser felizes
num relacionamento heterossexual. Essa afirmação presupõe que ou não existe
Deus, ou que Deus não é capaz de preencher as necessidades de Suas criaturas.
Muitos homens cristãos com tendências homossexuais testemunham que é possível
ter um casamento heterossexual completo com a ajuda de Deus. Isso certamente
não significa que a vida deles esteja livre de problemas, mas que estão pelo
menos tendo suas necessidades básicas satisfeitas dentro da abrangência dos
mandamentos de Deus.
Alguns cristãos com tendências homossexuais optam por permanecerem solteiros,
mas isso é um assunto de escolha individual. De qualquer forma, a questão é
que Deus pode satisfazer às necessidades de uma pessoa, e não é necessário engajar-se
em atividades que Deus proibiu para tentar satisfazer essas necessidades.
O primeiro passo para satisfazer suas necessidades básicas é estabelecer uma
relação com Deus. Todos nós rebelamos contra Deus e merecemos ser separados
Dele. Mas Deus, em Seu grande amor por nós, tornou-se um homem em Jesus Cristo,
morreu por nós para o sacrifício de nossos pecados, levantou dos mortos, e nos
forneceu uma maneira de restaurar o relacionamento com Ele que nós somos designados
a ter. Você pode ter essa graça do relacionamento com Deus (o que a Bíblia chama
de vida eterna), se você satisfazer essas condições: 1) Reconheça
que você se rebelou contra Deus. Todos pecaram e destituídos estão da
glória de Deus (Romanos 3:23). 2)Deixe seu estilo de vida egoísta. Arrependa-se
para o perdão de seus pecados (Atos 2:38). 3) Determine-se a viver da
maneira que Deus lhe ordena viver amando a Deus, e ao próximo como a
ti mesmo. Ame o Senhor seu Deus, e ame seu próximo como a ti mesmo (Marcos
12:30,31). 4) Peça perdão de Deus por seus pecados. Se confessarmos
nosso pecados, Ele é fiel e justo para perdoar-nos pelos nossos pecados (1João
1:9). 5) Deixe de governar sua própria vida e deixe Jesus ser seu mestre.
Se você confessar com sua boca que Jesus é o Senhor, e acreditar em seu
coração que Deus o fez ressuscitar dos mortos, você será salvo (Romanos 10:9,10).
O que você tem procurado? Depois de entregar sua vida a Deus, e tornar-se Seu
filho, Ele pode atender suas necessidades básicas: Ele será sua rocha e força
em tempo de problema (Salmo 18:1-3), Ele o ama incondicionalmente, nunca lhe
desamparará e sempre lhe ajudará (João 3:16; Hebreus 13:5; Mateus 6:25-34),
Você será completamente aceito por Deus (Romanos 15:7), Deus é o Deus
de todo conforto para seus filhos (2Coríntios 1:3), Jesus chama Seus filhos
de seus amigos (João 15:13-15), Você será completo (Coríntios 2:10). Jesus é
sua pessoa certa e através dEle você pode encontrar o que você tem
buscado em sua vida. Jesus é a pessoa certa.
22 A MALDIÇÃO DOS RELACIONAMENTOS DEPENDENTES
Desde a queda do homem, nossa segurança interna tem sido corrompida pelo pecado
e separação de Deus. A resultante culpa e alienação continua a oprimir-nos hoje
em nossa incapacidade de desenvolver relacionamentos apropriados. Um motivo
fundamental para desenvolver relacionamentos com os outros, homens e mulheres,
homossexuais e heterossexuais, pode ser um desejo de manter uma segurança interna,
base esta que faz com que os relacionamentos sejam abalados. Este desejo de
segurança se sustenta na nossa necessidade de aprovação e aceitação, além da
necessidade de ser um indivíduo livre. Entramos em relações de dependência com
a esperança de que elas supram a necessidade de auto-estima e auto-aceitação.
Não estou sugerindo que nos tornemos solitários e independentes. Em Cristo nós
somos um e somos interdependentes. O problema do qual trato aqui é o de projetar
em outra pessoa nossa necessidade de segurança. Motivos egoístas são a base.
Na essência, quando fazemos outra pessoa responsável por nossa segurança, estamos
dizendo: Quero sua vida para que eu possa viver. Isso cria obstáculos
nas relações já que o resultado só poder ser a possessividade, que cancela a
liberdade que é a base para o verdadeiro amor divino. Colocamos nossas expectativas
na outra pessoa do relacionamento, e descobrimos depois que a outra pessoa está
fazendo a mesma coisa. É como duas pessoas que estão se afogando e tentam usar
uma a outra para subir à superfície. É um círculo viciado marcado por um conflito
constante. Os elementos destrutivos nesses relacionamentos são a amargura, raiva,
e ódio que surgem quando a profunda necessidade de segurança não é encontrada.
A situação é resolvida quando soltamos a relação de dependência quando achamos
algo realmente seguro: o real Salvador, Jesus Cristo.
Dependência de relacionamentos homossexuais: Dependência é exatamente o fator
que faz com que os relacionamentos homossexuais acabem. Algumas pessoas argumentarão
que alguns relacionamentos homossexuais realmente funcionam, mas eu digo que
amantes homossexuais, permanecem juntos não como resultado de realização, mas
ao contrário, de um mútuo temor de ficar só. Esta é uma característica de todas
as relações de dependência, não somente a de homossexuais. Uma outra característica
é que nós decidimos para o outro, comprometemos nossos valores pessoais e forçamos
a outra pessoa a fazer o mesmo, tudo para a manutenção da segurança pessoal.
No meu relacionamento com meu ex-amante, eu comprometi meus valores normais
e minha expressão pessoal para manter minha segurança. Eu era vazio e passivo
na forma em que eu me relacionava com ele, falhando em expressar meus verdadeiros
sentimentos. Eu não era real. Toda vez que eu me esforçava para ser real, o
relacionamento começava a se abalar. Eu me sentia culpado e temeroso, por baixo
e dominado. Eu me sentia só, quando eu não estava seguro comigo mesmo. Deprimido
e ansioso, eu sabia que eu tinha de seguir em frente, mas eu tinha medo de deixar
minha fachada de segurança.
Dentro desse relacionamento pseudo-seguro, eu me sentia frustrado. Eu tentava
fazer essa outra pessoa se abrir, mas nada do que ele fazia era suficiente para
mim. Quando nos tornamos sexualmente envolvidos, não posso dizer que isso me
dava alguma coisa e apenas criava maior lascívia. Eu nunca podia ter abraços
e cumprimentos suficientes. Eu queria mais, quanto mais, melhor. Eu nunca podia
aceitar o que já estava lá. Eu me tornei zangado e amargo com relação ao meu
ex-amante, mas escondia profundamente meus sentimentos. Por fora, eu era
sorrisos. Próximo do fim de nosso relacionamento, meu desapontamento e ressentimento
começaram a afetar minha saúde emocional. Eu comecei a encarar o fato de que
iria ficar vazio para o resto de minha vida. Não importava com quem eu estivesse,
eles iriam consumir minha vida, e eu faria a mesma coisa com eles.
O domínio da morte: Este tipo de relacionamento é comumente chamado de domínio
da morte. O que ele faz é destruir as personalidades dos envolvidos porque
cada um coloca imposições ao outro. Se cada lado falha em manter as condições,
o relacionamento corre risco. Relacionamentos dependentes encaixotam
as pessoas. Não há liberdade para crescer ou ser único, diferente. A identidade
pessoa se torna crescentemente tumultuada. Estes são relacionamentos de amor-ódio
nos quais participantes são mutuamente oprimidos. Cada um fixa padrões no outro,
que nunca são devidamente cumpridos, ou que custam caro quando o são. Cada um
se vê melhor do que o outro.
Escravidão do eu: Quanto mais eu avançava na minha relação de dependência, mais
eu me tornava escravo das minhas próprias necessidades. Eu estava me perdendo
através dos meus esforços para preservar minha própria vida. Eu nunca poderia
escapar do fato de minha insegurança começava com meus pecados e separação de
Deus. A primeira coisa que eu, pessoa, faço quando separado de Deus é buscar
um substituto, o que eu encontrava nos relacionamentos homossexuais. É uma futilidade
preencher meu vazio interior com qualquer outra coisa que não seja Deus. Desde
que eu me voltei ao Senhor, aprendi a ter minhas necessidades de segurança preenchidas
em Deus tenho ganho vitória sobre meu comportamento de dependência.
Passos para uma solução: Ao deixar meu ex-amante para voltar-me para o Senhor,
aprendi alguns passos para resolver relações de dependência. O primeiro passo
é determinar se seu amor-próprio e auto-aceitação são baseados nas atitudes
do outro em relação a você. Se isso for verdade, você sentirá que tanto a culpa
quanto a condenação contribuem no seu fracasso em atender às expectativas do
outro. Pode também haver frustração e sentimentos de raiva e amargura dirigidos
à outra pessoa porque a necessidade de segurança não foi atendida.
O próximo passo é examinar nossa relação com os outros. Às vezes falhamos em
ser honestos sobre o que estamos sentindo, carecendo de firmeza e cedendo à
passividade. Temos que entender que essa passividade é, às vezes, uma capa para
esconder sentimentos negativos, e podem ser consideradas como uma forma de mentira,
decepção e manipulação. Se podemos encarar o fato de que nossas necessidades
de segurança mais profundas não serão atendidas por meio de nenhum meio humano,
então arrependimento e compromisso com Cristo trarão para os problemas de segurança.
Ele é o único que pode nos salvar de nossa solidão e sentimento de alienação.
Se temos Cristo em quem confiar, descobrimos que deixar a outra pessoa, enquanto
doloroso, será ungido pela força e a graça de Deus. Nossa capacidade de ser
honesto e, franco, decidido com a outra pessoa não estará na dependência da
reação delas, mas no amor e aceitação de Deus. Relacionamentos errados chegarão
a um impasse e aqueles estremecidos experimentarão a reconciliação. Nossos relacionamentos
com os outros tornam-se criativos ao invés de destrutivos quando aceitamos
o amor e perdão que recebemos de Deus. Nós amamos porque Ele nos amou
primeiro (1João 4:19). O elemento destrutivo num relacionamento dependente
é fazer outra pessoa responsável pela maneira que sentimos sobre nós mesmos.
Só Jesus de bom grado aceitou a pena por nossos pecados, aliviando nossa insegurança.
Somente Ele é o caminho para a profunda e absoluta segurança no Pai.
E meu Deus suprirá todas as necessidades de acordo com Sua riqueza e glória
em Cristo Jesus (Filipenses 4:19).
22.1 SUPERANDO A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
Muitos deixam a homossexualidade, porém deparam-se com a dependência emocional.
O que fazer? Saiba do que se trata, e como enfrentá-la. Dependência emocional
é um estado no qual uma pessoa sente-se totalmente dependente de outra pessoa,
para que possa sentir-se segura ou possa funcionar adequadamente.
Quando acredito que a presença e atenção constante de outra pessoa são
necessárias para meu bem estar e minha segurança pessoal (Lori Rentzel).
A dependência emocional ocorre quando eu freqüentemente sinto ciúmes, sou possessivo
e tenho desejos de exclusividade com a pessoa em questão, quando considero outras
pessoas como ameaças a meu relacionamento com a pessoa em questão, quando prefiro
passar tempo a sós somente com a pessoa, sentindo-me bastante frustrado quando
isto não acontece, quando fico irracionalmente irritado ou depressivo quando
a pessoa em questão afasta-se um pouco de mim, mesmo que seja por pouco
tempo, quando perco interesse por outras amizades e relacionamentos, quando
desenvolvo fantasias românticas ou sexuais, quando fico preocupado com a aparência,
personalidade, problemas ou interesses da pessoa, quando não consigo fazer planos
a curto prazo ou longo prazo que esta pessoa não está incluída, quando não consigo
ver os defeitos dela de forma realista, quando demonstro afeição física inapropriada
em uma amizade, quando comporto-me com ela de forma que seja constrangedora
a outras pessoas presentes, quando sempre falo sobre outra pessoa, e até mesmo
sinto a liberdade de falar por ela. (Obs: não há nada de intrinsicamente errado
com amizades profundas e intensas entre duas pessoas do mesmo sexo. Ver exemplos
de Davi/Jônatas, Jesus/João).
Uma amizade sadia existe entre duas pessoas quando este relacionamento expressa:
liberdade e generosidade, são capazes de compartilhar suas amizades, apesar
de ocasionais sentimentos passageiros de ciúmes, relacionamento desenvolvido
a longo prazo, baseado em experiências comuns, crescimento mútuo e confiança,
que não existe apenas a busca de satisfação de suas próprias necessidades, pelo
contrário, cada parte demonstra desejar promover o crescimento da outra, e ajudá-la
a atingir seus objetivos, mesmo que isto implique na perda ou distanciamento
daquela amizade, interesses externos, e não apenas relacionados à amizade entre
as partes, ou seja, existem interesses e assuntos externos mútuos, e não somente
atividades relacionadas à amizade, não estar constantemente preocupadas ou ocupadas
uma com a outra, estar fundamentada nos pontos fortes de cada um, e não apenas
nos pontos fracos, intimidade, porém que permite a ambas as partes ficarem à
vontade quando participando de atividades com outras pessoas ao mesmo tempo.
A dependência emocional é mantida pela manipulação: envolvimento financeiro,
comunicação romântica e presentes constantes, roupas semelhantes,
carência excessiva, uso de culpa e condenação, uso de ameaças, boicote dos relacionamentos
da outra pessoa com terceiros, provocação de insegurança na outra pessoa, abuso
do tempo da pessoa em questão.
A dependência emocional tem suas raízes, em rejeição real ou imaginária,
por parte de pessoas significativas em minha vida, necessidade não satisfeita
de amor e aprovação por pessoas do mesmo sexo, rejeição de minha própria identidade
sexual, baixa auto-estima, fracasso ou recusa em aceitar maturidade nos relacionamentos,
falta de confiança nas pessoas e necessidade de ter o controle nas mãos, solidão
e insegurança, raiva e amargura para com o sexo oposto, rebelião.
Dependência emocional como abandoná-la? Comece fazendo um compromisso
em ser honesto: com você mesmo, com Deus, com pessoas de sua confiança, renuncie
à idolatria inerente à dependência emocional, estabeleça limites relacionais
e pessoais, cultive outros relacionamentos e procure suprir necessidades de
outras pessoas, prepare-se para enfrentar a tristeza da perda e
até mesmo depressão, comece a lidar com as raízes do problema, tenha paciência,
você será liberto da dependência emocional.
A vida após a dependência emocional exige relacionamento mais profundo com Deus,
amor saudável por mim mesmo, liberdade para amar ao próximo e liberdade para
ministrar ao próximo.
23 HOMOSSEXUAIS PODEM MUDAR
Ex-homossexual é um termo que sempre traz uma resposta. Para a maioria
da comunidade homossexual não passa de uma grande mentira. Eles negam que seja
possível tornar-se um heterossexual. É sua crença que ex-homossexual
é um termo fraudulento. Muitos vêm com o ponto de vista de que nasce com uma
orientação homossexual e que não se pode mudar. Eles freqüentemente equiparam
a orientação homossexual como ser mudo ou ter determinada cor de pele.
Outros que não são tão hostis crêem que os ex-homossexuais estão simplesmente
absorvidos numa fantasia. Eles pensam que um dia aquele que se achava
ex-homossexual voltará a realidade e se dará conta de que ainda é um homossexual,
como toda vida foi. Cada vez que um ex-homossexual cai de volta no pecado homossexual,
o crítico cético só tem isto como prova de sua posição que o ex-homossexual
estava vivendo num estado de euforia, e que simplesmente passou por uma lavagem
cerebral e que finalmente voltou a si.
Entendendo o termo: qual é o significado deste termo que muitas pessoas estão
usando para anunciar que suas vidas têm mudado? Para começar a entender o significado
de ex-homossexual podemos correlacioná-lo com o processo de santificação
de Cristo em 2Coríntios 1:10. Ele no salvou e nos salvará desses terríveis
perigos de morte. E nós temos posto nele a nossa esperança, na certeza de que
ele continuará a nos livrar. O ex-homossexual sabe que algo definitivo
ocorreu na sua vida. A mudança chegou. Talvez a mudança mais importante seja
o fato de que ele concorda com Deus que a homossexualidade é um padrão pecaminoso
de comportamento moral. As atitudes também começam a modificar-se de tal forma,
que o que uma vez se chamava de amor, agora se percebe como luxúria.
O ex-homossexual pode estar de acordo com Paulo, aonde o ex-homossexual está
livre do pecado pela expiação e pelo sangue de Jesus Cristo na Cruz. Deus agora
vê esta pessoa através do sacrifício de Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, a mudança
também é um processo de crescimento que se efetua dia após dia, até minuto após
minuto.
O que dizer a respeito da tentação? Tornar-se ex-homossexual não garante que
nunca mais haverá tropeços. Diariamente, cada cristão precisa ser liberto dos
pensamentos tentadores e da disponibilidade sexual. Ele sabe que Jesus pode
livrá-lo destas coisas, porque Cristo já deu início ao processo de mudança na
sua vida. Quando uma pessoa já viu a mão de Deus operando na sua vida, é fácil
confiar em Deus e depender dEle na hora dos problemas.
O futuro: Eu ainda serei liberto. O ex-homossexual vê que suas reações
homossexuais vão diminuindo e tem a esperança concisa de que ele será completamente
livre algum dia no futuro. No entanto, em nenhum lugar da Bíblia se promete
que a pessoa chegará a um lugar onde jamais voltará a ser tentado. De fato,
as Escrituras prometem o oposto: o cristão tem que encarar uma vida de provas
e tentações. Devemos nos regozijar nas provas, porque edificam a maturidade
cristã. O ex-homossexual que entra em tentação também se regozija, porque tem
visto que Deus pode livrá-lo e sabe que cada vez Deus provê uma forma de resistir
à tentação: isto fortalece sua fé.
Nossa meta: Não tentamos fazer dos homossexuais, heterossexuais. Melhor, nós
tentamos mudar a identidade da pessoa, a mentira que a pessoa crê a respeito
de si própria. Não é bíblico usar nosso passado pecaminoso como se fosse a identidade
dada por Deus. Encorajamos àquele que se percebia como homossexual a que pare
de catalogar-se como tal. No entanto, não lhe pedimos que seja desonesto quanto
a sua luta com a homossexualidade. Ele é um cristão que tem um problema homossexual,
em vez de ser um homossexual que crê em Jesus Cristo. É nossa esperança que
a pessoa que está lutando com a homossexualidade, chegue a um lugar de estar
inteiro em Cristo. De uma posição forte, aí poderá decidir se quer casar-se
ou permanecer solteiro. Esperamos que cada pessoa guarde sua mente aberta sobre
o casamento até que tenha chegado a este lugar de maturidade no qual ela poderá
prosperar numa situação matrimonial de forma apropriada, se Deus assim o guiar.
Na verdade, o que vemos? Uma parte importante do processo de mudança é o princípio
de crer. Jesus disse em Marcos 11:24, Por isso eu digo: quando orarem
e pedirem alguma coisa, creiam que já receberam, e assim tudo será dado a vocês.
Encorajamos às pessoas que alegremente têm convidado a Cristo, nos seus corações,
para que tenham um espírito positivo a respeito de Cristo e esperem que mudanças
ocorram. Salientamos que Cristo opera diariamente, aliás, minuto após
minuto. Uma sensibilidade deve ser desenvolvida para que se possa ver o que
Ele está fazendo. Ele não nos tem abandonado, mas diariamente nos limpa. Se
for desejo do seu coração casar-se e ter uma família, Cristo seguramente poderá
tornar isto possível. Temos visto isto ocorrer vez após vez. É a incredulidade
que atrapalha, desanima e nos deixa sem esperança. A incredulidade pára de forma
muito eficiente este processo de mudança, e detém o Espírito Santo quando Ele
tenta alcançar-nos para trazer importantes mensagens que podem mudar nossas
vidas, veja (2Coríntios 5:17).
Ex-homossexual: Por que será que este termo é tão ameaçador para
as comunidades homossexuais? Implica no fato de que uma pessoa permanece homossexual
por opção. Assim que a pessoa homossexual não precisa continuar neste estilo
de vida. É mais fácil crer que não há saída, do que contemplar os rigores do
processo de mudança. Que ninguém se engane pensando que deixar o estilo de homossexual
seja fácil. É extremamente difícil. É somente quando nos rendemos totalmente
e dizemos, Senhor, não posso fazer isto só é que permitimos a Deus
a oportunidade de entrar e começar a refazer nossas vidas. O processo é lento
e a pessoa homossexual encontra muita guerra espiritual. O inimigo não permite
que ninguém se desgarre facilmente de seu controle. De certo, a pessoa ex-homossexual
passa pelo fogo.
Como é que nós, que somos ex-homossexuais, suportamos tal catalogação? Primeiro,
nunca encontrei alguém realmente entusiasmado com este rótulo. É uma cicatriz
nas costas e feridas nas mãos. É uma identidade insuficiente e uma troca muito
pobre pela velha identidade de ser homossexual; também, não é válido usar nosso
velho pecado para formar nossa identidade. Somos cristãos que fomos homossexuais.
Pode ser que sejamos cristãos, ainda que lutemos com a homossexualidade, mas
antes de tudo, somos cristãos. Somos propriedade de Jesus Cristo, já não nos
pertencemos. Então, para que o rótulo de ex-homossexual? Que propósito cumpre?
É nosso testemunho do poder de transformar vidas, que possui Jesus Cristo. É
o raio de esperança que a comunidade homossexual pode vislumbrar: que a homossexualidade
não é uma condição terminal. Significa: Há uma saída.
A mudança é verdadeira: As mudanças que Cristo faz na vida são fatos, não são
fraudes nem fantasias. As mudanças continuam desde o momento em que aceitamos
Cristo como Senhor da nossa vida até o dia em que O veremos cara a cara. Nunca
podemos esperar perfeição nesta vida, mas podemos ter toda razão de esperar
por mudanças contínuas que nos levem para mais perto dEle, que nos conforme
mais à imagem de Cristo. A idéia de que a pessoa ex-homossexual está clamando
ter chegado à perfeição, é uma má compreensão do termo. O que significa ex-homossexual?
É uma declaração de fato: Eu já não sou o mesmo. Deus me tem mudado, Ele está
me mudando e certamente continuará a fazê-lo.
As igrejas têm dificuldade em ministrar aos homossexuais. A dificuldade brota
do fato de que a maioria dos cristãos com problemas homossexuais não têm coragem
de anunciá-los as suas congregações locais para poder receber ajuda. Não há
dúvida de que a homossexualidade é um problema muito urgente que os cristãos
evangélicos estão enfrentando. Nos últimos anos, a preocupação virou condenação,
medo e ódio.
Frank Worthen, um homem de negócios de São Francisco, lutou quase que a vida
toda contra sua homossexualidade flagrante, até que se entregou a Cristo. Agora,
mantém um ministério para os homossexuais e fala extensivamente sobre o assunto.
Ele diz que encontrou uma única igreja que sabia ministrar aos membros com problemas
homossexuais. Recebemos muitos que se refugiam das igrejas aqui,
diz ele. Na verdade, segundo Worthen, seu ministério recebe mais críticas dos
cristãos do que de ativistas homossexuais.
A maior parte do arrependimento que precisa ser feito neste assunto de homossexualidade
deve ser dos heterossexuais, inclusive cristãos. O pecado maior da parte da
igreja é o da negligência, medo, ódio a vontade de ignorar completamente
estas pessoas. O fato é que há muitas pessoas experimentando libertação
da homossexualidade. As provas são grandes demais para que se possa negá-las.
Quando estas pessoas são bem sucedidas, o são apesar de toda a condenação: porque
alguém as aceitou primeiro, com pecado e tudo. Um jovem que praticava a homossexualidade
falou que ficou feliz quando experimentou pela primeira vez conseguir falar
abertamente sobre sua vida homossexual sem medo de rejeição, ele conta que,
quando chegou à conclusão de que precisava mudar sua vida, passou a ler sua
Bíblia constantemente, tentando entender quem seria responsável pela mudança:
ele ou Deus. (Ele já havia tentado e fracassado como acontece com muitos
tentando convencer-se de que a Bíblia não condena a homossexualidade).
Aceitação e amor são duas palavras que aparecem repetidamente em entrevistas
com homossexuais e aqueles que lidam com eles. A chave do sucesso, escreveu
Pattison, é que estas vidas eram bem vindas como homossexuais. Não eram obrigados
a mudar primeiro. Eram encorajados a submeterem suas vidas a Cristo - o que
faziam. Depois juntavam-se a pequenos grupos de igreja, onde aprendiam, entre
outras coisas o que a Bíblia ensinava.
Todas as pessoas comentaram o fato de que cedo perceberam como eram imaturas
psicologicamente e como seus relacionamentos interpessoais eram pobres... Todas
comentaram sua surpresa em sentir aceitação, avaliação sem condenação e amor
não-erótico de homens e mulheres... Como resultado, começaram a identificar-se
com outros homens cristãos maduros e experimentaram, praticaram relacionamentos
não-eróticos com aquelas mulheres cristãs...
Durante este período de amadurecimento psicológico, não lhes foi imposto que
parassem de ser homossexuais (quanto a sua orientação). O comportamento homossexual
fora definido como imoral e esperava-se que eles não o praticassem. No entanto,
sua condição psicológica de homossexualidade era interpretada como um sinal
de imaturidade cristã. Esperava-se que eles aprendessem a ser heterossexuais
à medida que adquirissem maturidade cristã. E foi o que aconteceu. As pessoas
não relataram mudanças imediatas nos seus sonhos, fantasias, impulsos ou orientação
homossexuais. Em lugar disto, comentaram um amadurecimento gradual em direção
a uma identidade masculina segura e satisfatória, com alto grau de auto-estima...Começaram
a experimentar relacionamentos interpessoais com mulheres, que eram satisfatórios
e não-ameaçadoras. Como resultado, um aumento constante nos seus sentimentos
heterossexuais. Os que se casaram comentaram que seus sonhos, fantasias e impulsos
não desapareceram instantaneamente (diminuíram com o tempo).
Numa entrevista, Pattison deu um aviso, caso alguém fique muito otimista quanto
à possibilidade de mudança, dizendo: Estou muito preocupado, pois temos
muitos conselheiros cristãos que vão por aí dizendo: Bem, você só precisa orar
a respeito disto e será capaz de suprimir seus desejos. Comporte-se de uma forma
normal e você será normal. Isto não dá resultado. É o caso de o feitiço virar-se
contra o feiticeiro, e isto me preocupa bastante. Pattison acredita que
homossexuais a quem se disse que precisavam convencer-se de que haviam mudado
e que possivelmente tenham até se casado para provar esta mudança podem cair
do cavalo.
Donald Tweedie, um psicólogo clínico de um subúrbio de Los Angeles é mais otimista
que Pattison quanto à mudança, apesar de não acreditar que uma cura
implique necessariamente numa vida livre de tentação homossexual. Ele explica
que muitos de seus pacientes levam vidas conjugais bem-sucedidas. Ele percebe
que na homossexualidade existe grande semelhança com o alcoolismo: uma prática
que vicia. Muitos outros que tentaram determinar o início ou as raízes da homossexualidade
não têm esta percepção, mas concordam que seja algo aprendido consciente ou
subconscientemente. (Aqueles que argumentaram ser algo com que a pessoa nasce
são definitivamente uma minoria entre os entendidos).
Tweedie previne quanto a possíveis problemas após curas milagrosas reivindicadas
em nome de Cristo: Quando uma pessoa vem a Cristo, tem um novo afeto e
muitas de suas tentações parecem ter desaparecido. Normalmente, há uma fase
em que perdemos nosso entusiasmo... e neste ponto é que muitas das velhas tentações
parecem retornar. Se alguém já testemunhou que foi milagrosamente curado, é-lhe
difícil contar às pessoas que está tendo aqueles sentimentos antigos novamente
e é, portanto, tentado a negá-los...Encontra-se então de volta àquele comportamento
(homossexual) e chega à conclusão de que seu cristianismo não deu certo.
Bárbara Johnson tem um trabalho em Los Angeles para pais de homossexuais. Chama-se
Espátula, simbolizando o instrumento necessário para despregar
os pais do teto quando descobrem o problema de seus filhos. Ela tem descoberto,
através de uma série de circunstâncias brutais na sua própria vida e seu aconselhamento
com outros, que nem sempre há uma resposta imediata. Ela critica cristãos que
chama do tipo dá o nome e reivindica a cura, que, crêem que para
haver uma cura, basta ter fé suficiente. No Natal deste ano (1980), ela distribuiu
pequenas pedrinhas aos pais que participavam de sua reunião, dizendo com isto:
Aquele que estiver sem pecado, que jogue a primeira pedra. Isto
é para lembrar aos pais de que precisam aceitar a homossexualidade de seus filhos
como pecado, apesar de um pecado não-comum, e trabalhar a partir disto; a maioria
das pessoas que tentam superar a homossexualidade fracassam, visto que a promiscuidade
está tão perto e a tão fácil alcance. Mesmo assim, ela está profundamente convencida
de que é possível vencer isto e se oferece como exemplo. Ela pôs fim ao seu
estilo de vida homossexual em 1973, quando se converteu a Cristo, mas o difícil
caminho para vencê-lo, quase levou-a ao suicídio, tão severos foram seus obstáculos.
Tenho visto toda sorte de gente sair de um estilo de vida homossexual para desenvolver
uma resposta heterossexual. Não quero dizer que isto seja fácil. Requer um compromisso
sério com o Senhor Jesus. Tem que realmente perder sua vida para salvá-la. Muitas
pessoas não se dão conta disto.
Por outro lado, duvidar da credibilidade quanto à mudança homossexual vem a
ser a tendência de homossexuais transformados que saem correndo para estruturarem
ministérios próprios. Muitos fracassam. Este ministério é muito humilhante.
Há pessoas que tropeçam sexualmente (o que dá muita munição poderosa para os
ativistas homossexuais). Portanto, não devem entrar neste ministério a não ser
que Deus as tenha chamado. Há os que criam confiança em si e não em Cristo.
Ficam orgulhosos e pensam que superaram tudo. Alguns desses ministérios têm
como base os egos das pessoas, que vão adiante de Deus; pessoas que não foram
chamadas a ministrarem, mas que querem fazê-lo. Além disso, muitos desses ministérios
são ignorados pelas igrejas em termos de oração e sustento financeiro. Isso
contribui para seu alto índice de mortalidade. O ministério cristão para homossexuais
requer nervos e perseverança. Os homossexuais que tem alcançado êxito ao deixar
as práticas homossexuais através de Cristo, podem ajudar a salvar a vida de
seus filhos. A mudança de um modo de vida homossexual é mais provável se os
cristãos heterossexuais não os assustarem. Isto deve ser algo de grande satisfação
para a maioria dos evangélicos, que está assustada com a propaganda dos ativistas
homossexuais. Os que lidam com homossexuais num contexto cristão conhecem de
primeira mão pessoas cujas vidas foram transformadas pelo poder do Espírito
Santo, mesmo quando isto se deu através de longo processo psicoterapêutico.
No entanto, a maioria destas pessoas não está querendo falar do assunto. E a
última coisa que querem que seus amigos e filhos saibam: que eram homossexuais.
Talvez seja a hora de algumas dessas pessoas aparecerem e contarem suas experiências:
qual a esperança que há nelas e qual a graça que as transformou.
O tratamento de áreas de domínio de nossas vidas exige o reconhecimento de que
não posso superá-las por mim mesmo. Em geral os israelitas respondiam a Deus
com um sonoro Sim, faremos isto!, no entanto, geralmente ele voltavam
às suas velhas práticas pecaminosas. Muitas pessoas procuram nossos ministérios
ao perceberem que não poderão encontrar vitória em sua luta isoladamente. No
entanto, chegar a tal percepção nem sempre significa que chegaram ao fim de
sua auto-suficiência. Em geral tentamos inicialmente mudar a partir de nossos
próprios recursos; no entanto, somente o Senhor pode produzir mudança verdadeira,
a qual exige nossa entrega e obediência a Ele. A integridade sexual não pode
ser obtida sem o poder de Jesus. Muitos tentam mudar através de atitudes legalistas,
modificando os padrões carnais externos. No final da carta aos Colossenses Paulo
pergunta por que é que nos colocamos novamente sob a lei de não fazer
isto ou aquilo tendo já morrido com Cristo! O fato é que a modificação
de comportamento pela lei não apresenta qualquer valor no sentido de controlar
as indulgências da sensualidade (Colossenses 2:23 as quais têm, na verdade,
alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina
do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne).
Alguns precisam do estabelecimento inicial de alguns limites com relação a comportamentos
que viciam; porém, a decisão de mudar meu comportamento é apenas o início de
tal processo, e não o alvo principal, ou o final da jornada! Por outro lado,
mudança duradoura tem a ver com a disposição do coração e da mente, e não apenas
com a modificação do comportamento. Tal mudança (isto é, o não envolvimento
em comportamentos que viciam) é apenas uma pré-condição para uma verdadeira
mudança. Caso eu utilize comportamento como indicador de vitória, estarei perdendo
o verdadeiro foco da questão (Colossenses 3:1-2 Portanto, se já ressuscitastes
com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra
de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra)
e estarei caminhando em direção ao fracasso. Caso faça isto, tal mudança estará
dependendo de meu desempenho, o qual é dirigido pela carne, e não pelo coração.
Nosso processo de mudança geralmente fica mais difícil quando nossos comportamentos
pecaminosos começam a ser abandonados. Isto porque à medida em que deixamos
de tentar escapar ou fugir de nossas dores emocionais através de nossos vícios,
passaremos a vivenciar nosso conflito com intensidade ainda maior. Portanto,
neste estágio de nossa luta, somos confrontados com duas opções: retornamos
as nossos velhos mecanismos de fuga ou inventamos novos mecanismos, ou encaramos
nosso conflito plenamente. Caso escolhamos a última opção, que sem dúvida é
a mais difícil, começamos a experimentar a realidade do processo e mudança permanente.
Alguns podem achar que os ministérios de ajuda não funcionam para eles por fundamentarem
sua mudança somente na modificação de seu comportamento ou desempenho. Assim
que conflitos mais profundos vêm à tona, exigindo perseverança de sua parte
neste momento do processo, tais pessoas não entendem que é necessário que se
entreguem ao Senhorio de Jesus Cristo, e que dependam apenas de Sua força e
compreensão. Do contrário, tais pessoas passaram a confiar em sua auto-suficiência
e portanto não conseguem prosseguir na longa jornada que faz parte da mudança.
Eu creio que empregamos mal a palavra cura. Ser curado de um pequeno
corte no dedo é bem diferente de ser curado de um acidente de automóvel. Podemos
experimentar cura emocional semelhante à cura de um pequeno corte no dedo, ou
seja, um processo relativamente rápido. No entanto, também podemos experimentar
a cura emocional como um processo de recuperação semelhante ao que ocorre após
um grave trauma físico, como um acidente automobilístico ou algo parecido. Eu
procuro limitar o uso da palavra cura, pois muitos comparam o processo
de mudança como uma recuperação de um pequeno corte no dedo, e não de um trauma
severo. Geralmente pequenos cortes sequer deixam cicatrizes, ao contrário dos
grandes traumas ligados à homossexualidade.
Muitos indivíduos desejam que seu processo de mudança esteja de acordo com suas
expectativas quanto a tempo e definição. Estas pessoas transformaram tal cura
em seu alvo, e não o fato de estarem submissos a Jesus Cristo. Em geral estas
pessoas medem seu grau de mudança pelos tipos de tentações que ainda enfrentam
e/ou a presença ou não de atração pelo sexo oposto. De certa forma se esquecem
de que enfrentar tentação é algo que todos enfrentamos até o final de nossas
vidas! Eu somente comecei a sentir atração em relação a mulheres após
muitos anos; somente depois que Deus tratou de várias outras questões relacionadas
a esta em minha vida. Caso eu tivesse escolhido utilizar atração por mulheres
e a falta de tentações como medidas de mudança, eu teria deixado o ministério
muitos anos atrás. Confiei em Deus no sentido de tratar meu processo de mudança
como Ele sabe que deve ser tratado. Meu enfoque está em meu relacionamento com
Ele, e não nas circunstâncias temporais do presente. Minha motivação provém
do desejo de amor, e não do desejo de provar! Deus tem produzido mudança em
minha vida de acordo com o Seu tempo, e não no meu. Esta mudança tem ocorrido
com resultado de perseverança e confiança.
Passemos a uma compreensão prognóstica, dentro de cada uma dessas perspectivas
(Homossexualidade como possessão demoníaca, como desvio de comportamento e como
estilo de vida alternativo), de forma que se possa trabalhar o conceito de tratamento
e cura ou resolução.
Diante do discernimento de que a causa do problema seja espiritual, procede-se
a uma solução espiritual. Os demônios possuem personalidades distintas. São
espíritos que não possuem corpo e buscam-no para habitar, possuindo personalidade
própria, que se manifesta nos sintomas (homossexualidade, por exemplo) que o
indivíduo apresenta. Procuram estar perto das pessoas como uma forma de melhor
tentar habitá-las. Os demônios são seres racionais. Sabiam (nos relatos bíblicos)
quem eram, o que queriam e o que não queriam; comunicavam-se de forma lógica,
podendo inclusive manter diálogos com outras pessoas. Os demônios possuem relação
de objeto; possuem uma relação com a realidade e uma identidade própria
talvez se pudesse até falar numa estrutura de ego. No caso
de ser a homossexualidade realmente um caso de possessão demoníaca, a cura é
instantânea. Com a expulsão de demônios, a pessoa sara imediatamente. Diante
da oração, muitas vezes acompanhada de jejum, o demônio é expulso e a pessoa
está livre.
No caso de se tratar de um desvio de comportamento, o prognóstico muda consideravelmente
e toma variadas formas. A mudança de orientação homossexual para heterossexual
é notoriamente difícil. Essa mudança é considerada possível, mesmo trabalhosa:
visto que o comportamento homossexual é aprendido, em termos simplistas
é uma questão de se aprender a ser heterossexual. Aqui a própria
literatura científica se divide. Uma parte afirma isto ser impossível; outros
afirmam que essa mudança é possível, se o surgimento da orientação homossexual
se deu mais tardiamente no desenvolvimento do indivíduo a partir da puberdade.
Mas a maioria dos autores que partilham a idéia da possibilidade de mudança,
salientam ser preciso que a pessoa esteja muito motivada para tal e disposta
a enfrentar um duro e penoso trabalho psicoterapêutico. Dentre esses autores
(Collins, 1980), todos são unânimes em afirmar que a graça de Deus e o poder
do Espírito Santo são fundamentais neste processo.
Quanto à terceira perspectiva, não se trata de prognóstico e, muito menos, de
cura. Esta última posição sustenta que já que é impossível mudar (acaso pode
o etíope mudar sua pele ou o leopardo as suas manchas?), porque não ser homossexual
e cristão? Defendem a posição de que um homossexual que pratica uma relação
de fidelidade com seu parceiro não está em pecado e, portanto, não se trata
de mudar. (Visto que entre cristãos que querem mudar, em geral querem-no motivados
por uma conscientização de que a vida homossexual sofre a condenação bíblica
apesar de esta não ser a única motivação). Neste caso, as pessoas homossexuais
que procurassem ajuda psicoterapêutica não deveriam ser encaradas como pessoas
possuidoras de um desvio de comportamento e sim, deveriam
procurar ajustar-se ou viver melhor com seus parceiros.
24 APELAÇÃO CIENTÍFICA
Todavia, a obstinação dos militantes não se confina apenas a deturpar a História
e a lei de Deus, mas também a ciência do ponto de vista experimental.
É por isso que o Dr. Vern L. Bullough, defensor do movimento homossexual e da
pedofilia, afirma: "A política e a ciência andam de mãos dadas. No final é o
ativismo homossexual que determina o que os pesquisadores dizem sobre os homossexuais".
Porém, ainda que conseguissem provar algum dia que a homossexualidade é causada
por algum fator na natureza, isso não quer dizer que somos obrigados a aceitá-lo.
Sinclair Rogers, que foi homossexual por muitos anos até entregar sua vida a
Jesus Cristo, diz: "Certamente, as pessoas não escolhem desenvolver sentimentos
homossexuais. Mas isso não significa que quando alguém nasce, já está pré-programado
para ser homossexual para sempre. Não somos robôs biológicos. E não podemos
ignorar as influências ambientais e nossa reação a essas influências (...) A
natureza produz muitas condições por influência biológica, tais como depressão,
desordens obsessivas, diabetes... Mas não consideramos esses problemas normais
só porque ocorrem naturalmente (...) A Biologia pode influenciar,
mas não justifica automaticamente a possível conseqüência de todo comportamento.
E também não elimina nossa responsabilidade pessoal, vontade, consciência ou
nossa capacidade de escolher controlarmos ou ser controlados por nossas fraquezas."
Pesquisas tentando mostrar causas-efeitos biológicos ou genéticos para a homossexualidade
existem há quase um século. Mas o fato é que, ao longo dos anos, nenhuma pesquisa
jamais provou uma base orgânica para a homossexualidade. O ativista homossexual
Dennis Altman faz uma observação acerca de um estudo do Instituto Kinsey: "Eles
estão impressionados com os consideráveis esforços de biólogos, endocrinologistas,
e fisiologistas em provar esse fundamento; estou mais impressionado com a incapacidade
de tantos anos de pesquisa resultarem em nada além de meras sugestões".
Os ativistas homossexuais declaram que a homossexualidade é natural. Os grupos
homossexuais e todas as pesquisas modernas que defendem a conduta homossexual
se baseiam direta ou indiretamente no Relatório Kinsey de 1948, o qual afirma
que 10% da população são exclusivamente homossexuais. No entanto, dois excelentes
livros escritos pela Dra. Judith Reisman revelam não só a metodologia fraudulenta
de Kinsey, mas também o envolvimento dele com estupradores de crianças. Wardell
Pomeroy, co-autor do Relatório Kinsey, conta a reação de Kinsey à preocupação
(que Kinsey chamava de histeria) da sociedade com o grave problema de adultos
que têm relações sexuais com crianças da família: "Kinsey zombava da idéia...
[Kinsey] afirmou, com relação ao abuso sexual de crianças, que a criança sofre
mais danos com a histeria dos adultos [do que com o próprio estupro]". Os grupos
de ativistas homossexuais no mundo inteiro estão trabalhando para abaixar ou
abolir as leis de idade de consentimento sexual a fim de "liberar" as crianças
das restrições sociais. Isso, na verdade, passa a inocentar o criminoso. Infelizmente
essa conspiração resultou, em 1992 na Holanda, na legalização do relacionamento
hetero (entre sexos diferentes) e homossexual de adultos com crianças a partir
dos 12 anos. Nos EUA, a maior responsável por esta luta é a Associação Norte-Americana
de Amor entre Homens e Meninos (NAMBLA).
24.1 PESQUISAS CIENTÍFICAS
Dentro de cada uma de nossas células trazemos o DNA, o código de instruções
para a fabricação de um ser humano. Cada molécula de DNA é composta de 46 cromossomos,
metade herdada de nossos pais, metade de nossas mães. O que determina se um
embrião vai nascer homem ou mulher são os cromossomos sexuais. Mulheres trazem
no seu código genético dois cromossomos "X", enquanto que homens têm um "X"
e um "Y".
Mas nem sempre é simples assim. Veja o caso da americana Jan Johnson. Ela tem
42 anos, saúde perfeita, adora jogar vôlei. Jan tem rosto de mulher e corpo
de mulher, inclusive os órgãos sexuais. Mas geneticamente ela é homem. Tem um
cromossomo "X" e um "Y". Ela admite que sofre muito com o estigma de sua condição
genética. Ninguém é perfeito, diz Jan, mas não é fácil falar de algo tão íntimo
na televisão.
Quando era pequena, Jan não fazia idéia de que era geneticamente homem. Ela
conta que jamais se sentiu diferente na infância. Era uma menina normal, que
gostava de brincar de bonecas com as amigas. Mas, quando chegou à faculdade,
Jan notou que havia algo diferente. Aos 19 anos, ainda não tinha menstruado.
Jan conta que era doloroso se sentir diferente das outras meninas. Ao procurar
o serviço médico da universidade, descobriu-se: Jan tinha cromossomos "X", "Y".
Deveria ter nascido homem. Mas o que aconteceu? A resposta está no cromossomo
masculino, o "Y". À primeira vista, a principal diferença entre o cromossomo
masculino "Y" e o feminino, o "X", é que o "Y" é muito menor. Ele contém apenas
60 genes. O "X", feminino, carrega três mil genes.
O geneticista Peter Goodfellow conhece a fundo o cromossomo "Y". Foi ele quem
descobriu que um único gene é responsável pela formação da genitália masculina.
Ou seja: para se fazer um ser humano, são necessários cerca de 30 mil genes.
Mas para se fazer um homem, basta um único gene, chamado SRY. O gene SRY é como
uma chave, que liga e desliga. Até seis semanas de gestação, o embrião não tem
sexo definido. Depois de seis semanas, se o gene SRY for ativado, começa a produção
dos órgãos sexuais masculinos.
O que aconteceu no caso de Jan Johnson é que o gene SRY dela jamais foi ligado.
Com isso, ela não desenvolveu os testículos, órgãos responsáveis pela produção
da testosterona, o hormônio que dá ao corpo as características masculinas essenciais.
Ao descobrir que era geneticamente homem, Jan ficou sabendo ainda que era estéril.
Jamais poderia ter filhos, porque não tinha útero, nem ovários. Ela ficou tão
traumatizada que, na época, preferiu não contar a verdade para o namorado e
futuro marido, Peter. Ela conta que apenas explicou que jamais poderia ter filhos,
mas não entrou em detalhes. A única pessoa com quem compartilhou o segredo foi
a professora de anatomia Kris Blodget. A professora lembra que tentou consolar
Jan, lembrando o quanto ela era feminina e que isso era o que realmente importava.
Mas Jan diz que foi devastador saber que era homem, principalmente porque ela
e o marido jamais conseguiram chegar a um acordo quanto a adotar uma criança.
Hoje, 25 anos depois, as duas amigas estão se revendo pela primeira vez. A emoção
do reencontro mostra o quanto foi importante para Jan contar com o apoio da
professora.
Segundo o geneticista John Burn, da Universidade de Newcastle, na Inglaterra,
a compreensão de casos como o de Jan Johnson é algo recente e tem um impacto
profundo para a ciência e para a humanidade. O principal motivo: como você viu,
Jan deveria ter nascido homem, mas não desenvolveu órgãos sexuais masculinos
por um defeito no gene SRY. Como ela tem genitália feminina, isso é prova de
que, até seis semanas de gestação, todo ser humano é fêmea.
É como se o sexo feminino fosse o gênero padrão da humanidade. Portanto, simbolicamente,
é o contrário do que diz a Bíblia: não foi Eva que nasceu da costela de Adão,
e sim, o oposto. O homem é uma forma adaptada da mulher.
Os homossexuais nascem assim ? Isso realmente importa? Ativistas
homossexuais freqüentemente afirmam que nasceram homossexuais e que sua orientação
sexual é semelhante a algo como cor dos olhos ou ser canhoto. Troy Perry, homossexual
assumido, fundador da Igreja Comunitária Metropolitana Homossexual, declara
a respeito de sua própria homossexualidade: eu simplesmente nasci assim.
Em outras palavras, muitos homossexuais afirmam que suas preferências sexuais
são inevitáveis e imutáveis devido aos fatores biológicos e, portanto, o estilo
de vida homossexual seria algo que a sociedade deveria aceitar como normal.
Nos dias atuais, quase dois terços dos homossexuais aparentemente não acreditam
ter nascido assim. Se a maioria dos homossexuais não acredita que
nasceu assim, por que a maioria dos heterossexuais deve acreditar
nessa afirmação?
De qualquer maneira, se um homossexual realmente nasceu homossexual, o argumento
apresentado é que a sociedade não pode esperar que ele pare com o seu comportamento
ou se converta à heterossexualidade. Não é justo esperar que uma pessoa mude
o que ela é biologicamente. Isso quer dizer que a homossexualidade é um comportamento
normal e até moral para o homossexual.
Pense na força do argumento. Se uma pessoa é homossexual por uma condição biológica
inata, então só poderá corrigir sua homossexualidade se puder encontrar alguma
maneira de alterar sua natureza biológica. Mas até hoje não há evidência alguma
de que tal alteração física tão profunda seja possível. Como resultado, o homossexual
fica sem qualquer esperança de mudança.
As implicações desse ponto de vista são que todos os aspectos da sociedade,
incluindo a educação, a religião, e a lei devem mudar, já que o homossexual
não pode mudar. O determinismo biológico afeta não somente nossa atitude geral
para com a homossexualidade, mas também nossa abordagem de aconselhamento e
tratamento eles são inúteis, já que a mudança é impossível.
A partir desse ponto, o argumento logicamente ruma para a legalização dos atos
homossexuais. Eles não somente devem ser aceitos como sendo socialmente legais
para homossexuais, mas na verdade, devem ser promovidos como opções
de estilo de vida normal pelas escolas, já que uma certa porcentagem de
crianças sempre terá nascido assim.
Alguns têm argumentado que a própria igreja deve ser legalmente coagida, se
necessário, a abandonar sua discriminação imoral contra o comportamento
homossexual e adotar uma posição em harmonia com o fato científico.
Mas será mesmo verdade que os homens e mulheres homossexuais são biologicamente
predestinados a uma certa sexualidade? Seriam confiáveis os estudos científicos
que alegam haver apoio biológico para a homossexualidade?
Pesquisas tentando mostrar causas-efeitos biológicos ou genéticos para a homossexualidade
existem há quase um século. Mas, o fato é que, ao longo dos anos, nenhuma pesquisa
jamais provou uma base orgânica para a homossexualidade. Alguns pesquisadores
científicos acreditam piamente que a homossexualidade é congênita. Muitas vezes
encontramos seus relatórios festivamente incluídos na literatura homossexual.
Mas, às vezes, até os homossexuais têm razão de se surpreender com essa conclusão.
Por exemplo, em seu livro A Homossexualização da América, o ativista
homossexual Dennis Altman faz uma observação acerca de um estudo do Instituto
Kinsey: Eles estão impressionados com os consideráveis esforços de biólogos,
endocrinologistas, e fisiologistas em provar esse fundamento; estou mais impressionado
com a incapacidade de tantos anos de pesquisa resultarem em nada além de meras
sugestões.
Precisamos também admitir nosso ceticismo quanto a algumas ou a maioria das
pesquisas atuais. Perguntamo-nos quantos pesquisadores são influenciados pela
idéia muito difundida, mas falsa, de que os homossexuais não conseguem mudar
seu comportamento e, portanto, podem estar inadvertidamente procurando uma base
biológica para explicar suas suposições. Em outras palavras, será
que a ciência moderna está sendo usada numa busca objetiva pela verdade, ou
será que, de fato, para ser adequada ao que é politicamente correto?
Pelas publicações que temos lido, parece que a maioria dos artigos populares
escritos a respeito de estudos recentes concluem que os pesquisadores acharam
fortes evidências científicas de que homossexualidade seria, pelo menos até
certo ponto, de natureza biológica. Mas isso simplesmente não é verdade. Considere
os estudos mais recentes:
O Dr. LeVay estudou um certo grupo de neurônios na estrutura do hipotálamo no
cérebro (chamado INAH3, ou núcleo intersticiais do hipotálamo anterior). Ele
examinou 41 cadáveres, 19 dos quais eram de (homens) homossexuais declarados,
16 eram supostamente de homens heterossexuais e 6 eram de mulheres heterossexuais.
O Dr. LeVay descobriu que alguns neurônios na região do hipotálamo no cérebro
de alguns homens heterossexuais eram maiores que aqueles encontrados nos homens
homossexuais. Ele teorizou que, se os homens homossexuais têm neurônios menores,
então possivelmente esses neurônios menores sejam responsáveis pela homossexualidade
dessas pessoas. Da mesma maneira, se os homens heterossexuais têm neurônios
maiores, então possivelmente esses neurônios maiores sejam responsáveis por
serem heterossexuais.
LeVay supôs que se a diferença de tamanho dos neurônios pudesse ser provada
verdadeira em 100% das vezes, isso seria evidência de que a homossexualidade
tem base biológica.
Entretanto, pelo menos sete razões científicas foram apresentadas por críticos
que rejeitam sua teoria, razões que a maioria das pessoas jamais ouviu:
Primeiro, o próprio gráfico do Dr. LeVay publicado na revista Science (Ciência)
revelou que havia falhas na hipótese. O gráfico contradiz sua própria teoria.
O Dr. Ankerberg teve o privilégio de entrevistar o DR. LeVay no Iinstituto Salk,
em La Jolla, Califórnia (EUA), e por isso temos seus comentários a esse respeito
gravados em fita. Ankerberg disse: Veja, você tem três dos núcleos dos homens
homossexuais que são realmente maiores do que os dos homens heterossexuais.
Se sua teoria fosse válida, isso não deveria ocorrer. Segundo, você tem três
dos homens heterossexuais que têm os núcleos menores do que os homens homossexuais.
Ankerberg perguntou: Isso é verdade? E ele respondeu: Sim
é verdade. Então o Dr. Ankerberg perguntou: Como é possível, porém,
que a Associated Press tenha noticiado que você tinha sempre encontrado
os núcleos maiores nos homens heterossexuais e menores nos homens homossexuais?.
O Dr. LeVay admitiu que isso era falso. A imprensa popular havia distorcido
suas descobertas.
Segundo, nenhum cientista jamais provou que essa região específica do hipotálamo,
que está em discussão, determina preferência sexual. Considere os comentários
do Dr. Joseph Nicolasi, que é especialista no tratamento de homens homossexuais.
Seu livro Terapia Restauradora da Homossexualidade Masculina lhe
conferiu renome mundial como autoridade na questão de atração pelo mesmo sexo.
O Dr. Nicolasi enfatiza: Estamos falando a respeito de uma área genérica
do cérebro relacionada com as emoções, incluindo a sexualidade; mas nesse núcleo
específico não temos, a esta altura, entendimento claro da função para qual
ele serve. Portanto, parece que o fato dos neurônios serem grandes ou
pequenos não indica grande coisa, e ninguém sabe na verdade, se eles têm alguma
relação com preferência sexual. O Dr. Charles Socarides, professor de psiquiatria
na Escola de Medicina Albert Einstein em Nova Iorque, também observou que a
questão de uma porção diminuta do cérebro quase submicroscópica
como... decisiva quanto à preferência sexual é ilógica... certamente... um setor
do cérebro, não pode determinar a preferência sexual. Sabemos disso como fato.
Terceiro, mesmo que pudesse ser demonstrado que a área do hipotálamo anterior
do cérebro fosse relacionada ao comportamento sexual, ainda assim isso não responderia
à questão de causa e efeito. Em outras palavras: e se o próprio comportamento
homossexual provoca alterações orgânicas momentâneas no corpo, que só posteriormente
são consideradas como sendo causas contribuidoras para a homossexualidade? Estudos
científicos indicam que o comportamento em si pode causar a oscilação no tamanho
dos neurônios, ao invés dos neurônios causarem um comportamento específico homossexual
ou heterossexual.
O dr. Kenneth Klivington, assistente do diretor do Iinstituto Salk, onde o Dr.
LeVay fez o seu estudo, salientou que, um conjunto de evidências mostra
que as redes neurais do cérebro se auto-reconfiguram como resultado de certas
experiências. Assim sendo, o relacionamento entre causa e efeito o que
afeta o que não está claro. A diferença na estrutura do cérebro homossexual,
portanto supondo que estudos adicionais confirmem a descoberta
de LeVay pode ser resultado de um comportamento e/ou de condições ambientais.
Quarto, a orientação das pessoas que o Dr. LeVay estudou não pode ser confirmada.
Quando o Dr. Ankerberg e o Dr. LeVay discutiram o fato de que três homens heterossexuais
tinham núcleos menores que os dos homens homossexuais, LeVay disse: Bem,
talvez alguns daqueles indivíduos fossem bissexuais. Ankerberg retrucou:
Mas se é talvez, então você, na verdade, não sabe, e
de fato o Dr. LeVay confessou que realmente não sabia. Alguns poderiam até ter
sido homossexuais enrustidos, que se faziam passar por heterossexuais.
Já que todos os indivíduos pesquisados estavam mortos, não há como sabermos.
O quinto problema com o estudo do Dr. LeVay envolve a possibilidade da tendenciosidade
do pesquisador. O Dr. LeVay é homossexual declarado e já confessou isso publicamente.
Há registros, também, de que ele declarou ter-se proposto a provar haver uma
causa genética para a homossexualidade, depois que seu amante homossexual morreu
de AIDS. Ele foi até citado num número da revista Newsweek como tendo declarado
que, se não encontrasse a causa genética que buscava para a homossexualidade,
abandonaria completamente a ciência. A revista Newsweek também citou-o dizendo
que está procurando ...promover a idéia de que a homossexualidade é uma
questão de destino, e não de escolha porque é importante instruir
a sociedade seguindo a idéia da influência biológica. De fato, LeVay abriu
sua própria escola para homossexuais e lésbicas em Los Angeles para ajudar a
propagar essa mensagem. Com toda a honestidade, não seria possível que um cientista
com esse tipo de agenda pessoal esteja sujeito a ser tendencioso
em sua pesquisa?
Sexto, a interpretação dos dados e da metodologia usadas por LeVay também são
questionáveis. Outros cientistas salientaram que até as medidas usadas por ele
são suspeitas. A suposta influência dos núcleos deveria ser avaliada só pelo
tamanho ou, ao invés disso, pelo volume, pela contagem real de células,
pela densidade, ou por outros critérios (ou todos os três)? Além do mais, o
que fazem os cientistas com esses critérios e o que eles significam? A verdade
é que ninguém sabe.
Por último, os estudos de LeVay enfrentam o problema de quase todas as pesquisas
que tentam provar determinismo biológico: impossibilidade de repetição da experiência.
Esse parece ser o tendão de Aquiles de todos esses esforços, pois
parece que, quase invariavelmente, outros cientistas descobrem que não conseguem
reproduzir as descobertas do estudo inicial, o que quer dizer que ele não provou
nada. Não importa o quanto anunciem os resultados como sendo evidência
científica; a evidência ou é enganosa, ou, se for reproduzida,
estará sujeita a outras interpretações que rebatem a teoria biológica.
Em relação ao trabalho do Dr. LeVay, não há reprodução de suas descobertas em
qualquer outro estudo científico. Na verdade, há pelo menos um trabalho feito
pelo Dr. Schwab na Holanda que claramente as contradiz.
O segundo estudo científico que a mídia usou para propagar a idéia de que a
homossexualidade é determinada geneticamente, foi a conclusão de que haveria
maior predominância de homossexualidade entre irmãos gêmeos do que entre irmãos
adotivos. Tal estudo foi feito pelo psiquiatra homossexual Richard Pillard
e pelo psicólogo e ativista dos direitos homossexuais Michel Bailey. Para realizar
o seu estudo, esses pesquisadores recrutaram pessoas através de publicações
homossexuais que alcançaram exclusivamente a população homossexual. Dessa forma,
o estudo deles não representou uma seleção ao acaso, que não fosse tendenciosa.
Não obstante, eles concluíram que dos irmãos que responderam, 52% dos gêmeos
univitelinos, 22% dos gêmeos bivitelinos, 11% dos irmãos adotivos, e 9% dos
irmãos não-gêmeos, eram homossexuais. Bailey e Pillard teorizaram que a razão
da porcentagem tão alta de homossexualidade de gêmeos univitelinos era a sua
estrutura genética idêntica.
Mas também aqui encontramos dificuldades. Metade dos gêmeos univitelinos não
eram homossexuais; eles eram claramente heterossexuais. Como pode ser isso,
se eles compartilhavam dos mesmos genes que, supostamente, predeterminam a homossexualidade?
No livro Perpetuando Mitos Homossexuais, Richard Cohen comenta:
se a orientação homossexual é genética, então 100% de todos os gêmeos
univitelinos deveriam ser homossexuais, mas somente a metade era. Portanto,
é fácil concluir que o que causa a homossexualidade são fatores ambientais e
não genes.
Até o Dr. Simon LeVay admitiu que nem o estudo de Bailey e Pillard sobre gêmeos,
nem a sua própria pesquisa sobre o cérebro, provaram que a homossexualidade
é determinada geneticamente. No momento ainda se trata de um grande mistério.
Nem mesmo meu trabalho, nem qualquer outro feito até agora consegue, de maneira
determinante e completa, esclarecer a situação do que faz com que uma pessoa
seja homossexual ou não... Aliás, o estudo sobre os gêmeos, por exemplo, sugere
que a homossexualidade não é totalmente congênita porque até mesmo gêmeos univitelinos
nem sempre têm a mesma orientação sexual.
Mais uma vez, precisamos considerar a possibilidade da tendenciosidade do pesquisador.
Como o Dr. LeVay, o Dr. Pillard é declaradamente homossexual. Ele admite que
se o propósito é promover a noção de que a homossexualidade é inata e, portanto,
um comportamento sexual natural.
A conclusão editorial do prestigiado British Medical Journal (Jornal Médico
Britânico) de 7 de agosto de 1993 resume adequadamente o problema de todos os
estudos como o de Bailey e Pillard: São abundantes os estudos sobre gêmeos
homossexuais masculinos... A maioria desses resultados são impossíveis
de se interpretar por causa da amostragem insuficiente ou das questões não resolvidas
sobre classificação fenotípica, da seleção dos casos, e do diagnóstico de zigose
gemelar... Estudos definitivos sobre gêmeos e adotivos homossexuais masculinos
ainda estão por ser feitos.
O Dr. Dean Hamer e seus pesquisadores afirmam ter descoberto que a orientação
sexual masculina é influenciada geneticamente. Inicialmente eles descobriram
taxas mais elevadas de homossexualidade do lado materno do que do lado paterno
na família de 76 homossexuais. Isso sugeriu transmissão potencial de homossexualidade
através do cromossomo X. Assim a equipe examinou 22 regiões ou loci
cobrindo o cromossomo X de 40 pares de irmãos homossexuais que voluntariamente
se ofereceram para o estudo, através de anúncios feitos em publicações homossexuais.
Os pesquisadores descobriram que 33 dos 40 pares de irmãos compartilhavam de
marcadores genéticos idênticos em cinco locais (loci) da região
q28 do cromossomo X. Isso os levou à conclusão de que um gene ou genes nessa
região influenciam a expressão de homossexualidade em pelo menos 64% dos irmãos
que foram testados. Mas as conclusões são tão suspeitas quanto as das pesquisas
anteriores. Foi necessário, por exemplo, arredondar as cifras para se chegar
ao resultado desejado. Além disso, autoridades do mundo científico não
estão convencidas de que alguma conexão tenha sido estabelecida. Rute Hubbard,
por exemplo, que é professora emérita de Biologia na Havard University e co-autora
de Explodindo o Mito dos Genes, comentou: Esse estudo, como
descobertas similares anteriores é falho. Ele é baseado em suposições simplistas
e dificultado pela quase impossibilidade de se estabelecer elos entre genes
e comportamento. Do número bem reduzido de irmãos pesquisados, quase um quarto
não apresentava as características adequadas. Da mesma forma, os pesquisadores
não fizeram óbvio controle experimental para verificar a presença
de tais marcadores entre irmãos heterossexuais dos homossexuais a quem estudaram.
Para completar, um editorial do renomado British Mmedical Journal comenta o
seguinte a respeito da pesquisa Hamer: Os resultados da conexão são ambíguos...
Em sua análise original, Hamer coloca o gene da homossexualidade oito centimorgrans
distante do marcador mais telomérico. A distância física curta entre esse marcador
e o telômero, entretanto, faz com que esse resultado seja duvidoso. O
editorial concluiu: A alegação da relação da homossexualidade masculina
com o cromossomo Xq28 tem amplas implicações sociais e políticas. Até o momento,
a questão científica é complexa, e a interpretação dos resultados é dificultada
por incertezas metodológicas. Estudos adicionais serão decisivos para confirmar
ou refutar essa descoberta.
Finalmente, o Dr. Paul Cameron e colegas, depois de um exame cuidadoso desse
estudo e consultas com vários peritos, também rejeitaram as conclusões de Hamer.
Eles salientaram: Uma correlação de marcas genéticas específicas não implica
em que um gene ou genes tenham causado homossexualidade em irmãos. Os resultados
poderiam estar apontando para outro traço compartilhado por esses indivíduos
pesquisados e desproporcionalmente comum em homossexuais, tais como promiscuidade,
exibicionismo, ou outras características de personalidade conhecidas por estarem
associadas à homossexualidade masculina.
Tendenciosidade na pesquisa é um fator funcional evidente em muitos desses estudos.
Por exemplo: Hamer desconsiderou informações que contrariavam sua hipótese
apesar de ter informado que as irmãs desses irmãos tinham uma incidência
mais alta de lesbianismo, o que cabe no modelo tradicional psiquiátrico de famílias
perturbadas gerando mais homossexuais, Hamer ignorou essa descoberta para
dar continuidade à sua interpretação genética.
Considere também o seguinte: Ainda mais importante, a idéia amplamente difundida
de que a homossexualidade é, em grande escala, uma questão de incesto e aliciamento
é totalmente ignorada...Além do mais o determinismo biológico não pode ser responsabilizado
pela troca de orientação. Os dois maiores estudos de populações nesse campo,
feitas pelo Instituto Kinsey e pelo Insituto de Pesquisa da Família, mostraram
de maneira independente que a maioria dos homossexuais entregaram-se á heterossexualidade
e uma minoria significativa de heterossexuais, ao homossexualismo.
À luz da sugestão de que pelo menos um dos indivíduos-chave envolvidos com a
pesquisa de Hamer também era homossexual, fica a pergunta: qual a porcentagem
de pesquisadores tão interessados em achar uma base biológica para a homossexualidade
que também é homossexual? Se muitos são, não é razoável pensar que o estilo
de vida pessoal e suas crenças possam ter influenciado seus métodos de pesquisa
e suas conclusões?
Além disso, quantos pesquisadores nesse campo podem estar deliberadamente escondendo
sua preferência sexual para emprestar uma suposta objetividade científica às
suas conclusões pessoais? Charles Silverstein, Ph.D., é autor do livro Gays,
Lésbicas e Seus Terapeutas e é pesquisador na área de sexo há 25 anos.
Ele afirma que as tentativas de cura para um homossexual são inúteis, porque
a homossexualidade é predeterminada biologicamente. Ele afirmou
o seguinte: Faz um quarto de século que sou psicólogo e pesquisador na
área de sexo. Nos últimos dez anos aprendemos algumas coisas e há uma
declaração com que todo pesquisador de sexo que conheço no mundo vai concordar:
orientação sexual é determinada biologicamente.
Dada tal afirmação, só podemos nos perguntar quantos pesquisadores na área de
sexo o Dr. Silverstein já conheceu. Tudo que foi falado acima foi uma autoridade
em sexualidade humana, declarada imparcial, relatando fatos de como
todos os pesquisadores na área de sexo concordam que a homossexualidade é causada
por fatores biológicos. Infelizmente, de alguma maneira, o Dr. Silverstein nunca
foi apresentado com suas credenciais completas de terapêuta e pesquisador homossexual.
Provavelmente, ele nunca teria sido apresentado de tal forma se alguém no auditório
não tivesse feito a pergunta e assim forçado uma confissão.
Numa tentativa de expor as bases do desenvolvimento da personalidade homossexual,
encontramos a teoria da bissexualidade. Sabemos que os gens determinam as nossas
características físicas, incluindo a nossa sexualidade. Os gens que determinam
a dominância sexual denominam-se X e Y.
Dois gens X (XX) determinam o sexo feminino e um outro Y determinam o sexo masculino
(XY). Não existe outra possibilidade. Herdamos um gen de nossa mãe (X)
e um de nosso pai (Y) ou (X), que ao se unirem determinarão nosso sexo (XX=feminino),
(XY=masculino).
Não existe um gen Z determinante da homossexualidade. Todavia podem ocorrer
defeitos genéticos na formação do ser e determinar pessoas com síndromes. Os
defeitos genéticos ocorrem quando os gens não se separam e causam deformações
no indivíduo. Isto nada tem a ver com homossexualidade. O nome desta doença
genética é hermafroditismo. Trata-se de uma doença rara, mas que pode ocorrer.
São duas as formas de manifestação:
Síndrome de Turner: (XXY) onde não ocorre a separação de um gen
X, quer do pai ou da mãe. A pessoa é estéril e apresenta características masculinas
e femininas em seu corpo. Todavia esta pessoa não é homossexual. Pode desenvolver
uma sexualidade feminina com limitações físicas normal dentro
de certos padrões.
Mosaico Puro: (XXXY) onde não ocorre a separação dos gens nem
da mãe nem do pai e a pessoa desenvolve fisicamente os dois sexos, de forma
atrofiada e estéril, porém uma sexualidade masculina ou feminina de acordo com
os padrões educacionais e outros fatores. Também não se trata de um homossexual.
É bom observar que parte destas distorções a nível físico podem e devem ser
corrigidas nos primeiros dias de vida, a fim de que haja um desenvolvimento
hormonal posterior mais equilibrado. À parte de doenças genéticas, sabemos que
no desenvolvimento da sexualidade normal, os gens X e Y determinam a predominância
dos caracteres físicos, porém cada ser humano é portador de vestígios do outro
sexo, adquiridos antes destes gens efetivarem suas ações. Por exemplo, sabemos
que quanto aos hormônios masculino e feminino, temos sempre uma predominância
(80% a 90%), mas nunca uma absolutização (100%), sendo que o percentual restante
(10% a 20%) são hormônios do sexo oposto ao biológico da pessoa e vão determinar
os caracteres sexuais secundários (quantidade de pêlos no corpo, timbre de voz,
etc...). Isto não influi na determinação da sexualidade principal homem
ou mulher mas nas características secundárias.
Por mais de 30 anos, cientistas cuidadosos têm se recusado a afirmar que a homossexualidade
tem origem biológica, por uma simples razão: falta de evidências comprobatórias.
O Dr. Joseph Nicolasi salienta que já examinou todos os tipos de literatura
científica que têm relação com os supostos princípios biológicos da homossexualidade:
Eu mesmo revisei toda a literatura, incluindo o estudo de Le Vay, e certamente
não acredito, e acho que nenhum cientista realmente acredita, que haja predeterminação
para a orientação sexual de uma pessoa.
Ninguém menos que a grande autoridade no assunto, o próprio Alfred Kinsey, conforme
citado por W.B. Pomeroy, seu pesquisador adjunto, declara: Eu mesmo cheguei
à conclusão de que a homossexualidade é, em grande escala, uma questão de condicionamento.
Talvez isso explique porque os especialistas em sexo Masters e Johnson enfatizem:
É de grande importância que todos os profissionais da área de saúde mental
tenham em mente que o homossexual masculino ou feminino é basicamente um homem
ou uma mulher por determinação genética, com orientação homossexual por preferência
aprendida. Masters e Johnson também observam o seguinte: A teoria genética
da homossexualidade é descartada nos dias de hoje... nenhum cientista sério
sugere que uma simples relação causa/efeito faça sentido.
O Dr. Hohn Money, principal pesquisador de sexo da Universidade Johns Hopkins
relatou: Nenhuma diferença de cromossomos foi encontrada entre sujeitos
homossexuais e controles heterossexuais e com base no conhecimento
que temos até aqui, não existe fundamento no qual possa se justificar a hipótese
de que homossexuais ou bissexuais de qualquer grau ou tipo tenham cromossomos
diferentes dos heterossexuais. Até John DeCecco, editor de uma revista
sobre homossexualidade, diz: A idéia de que as pessoas nascem direcionadas
a um certo comportamento sexual é tolice.
Bailey e Pillard fizeram uma pesquisa sobre gêmeas lésbicas, porém dois pesquisadores
atualmente credenciados do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova Iorque concluíram:
Atualmente não há evidências para fundamentar uma teoria biológica de
orientação sexual. De fato, publicações científicas importantes têm salientado
com firmeza a falta de evidências que apóiem uma base biológica
da homossexualidade o que não é surpresa, já a homossexualidade
geneticamente determinada teria se extinguido há muito tempo por causa da reprodução
reduzida.
A quarta edição do Dicionário Psiquiátrico observa que a maneira pela qual uma
criança é criada é muito mais importante na determinação da sexualidade do que
a genética: Muitos pseudo-hermafroditas e indivíduos com agênese gonodal
foram criados como mulheres, sendo que seu sexo determinado pelos cromossomos
é masculino (e vice-versa); ainda assim, em todos os casos o papel do sexo e
a orientação foram coerentes com o sexo designado e com a criação.
O professor William P. Wilson, líder da Divisão de Biologia Psiquiátrica no
Centro Médico da Universidade Duke, argumenta: Não se pode demonstrar
que o comportamento homossexual seja produzido diretamente pela transmissão
do comportamento determinado pela genética ou pela ocorrência de um número excessivo
ou insuficiente de cromossomos sexuais.
O Dr. Clifford Allen conclui: Nenhuma investigação em qualquer esfera
indica uma base orgânica para a homossexualidade, seja física, química, celular,
microscópica ou macroscópica.
Se a homossexualidade não tem base biológica, então só pode ser uma preferência
adquirida. Wainwright Churchil observa em seu livro - Comportamento Homossexual
entre Machos: Não existem instintos sexuais no homem... A sexualidade
humana é inteiramente dependente de um aprendizado e condicionamento. O padrão
de comportamento sexual do indivíduo é adquirido no contexto de suas experiências
singulares, e não é de maneira alguma, inato ou herdado.
Bell, Winberg e Hammersmith argumentam de maneira convincente
que a experiência de um despertamento homossexual na infância e na adolescência
e o envolvimento em atividades homossexuais genitais são fortes indicadores
de futura homossexualidade adulta. Essa conclusão é enfatizada pelo Instituto
de Pesquisa da Família de Washington, que dirigiu uma pesquisa nacional feita,
ao acaso, com 4.340 adultos. Nessa pesquisa, 96% das mulheres heterossexuais
indicaram que sua primeira experiência sexual foi heterossexual. Mas 85% dos
homossexuais e 29% das lésbicas relataram que sua primeira experiência foi bissexual
ou homossexual.
Por tudo isso é que o Dr. Van Den Aardweg, autor do livro Homossexualidade
e Esperança, comentando que o ponto de vista biológico tem se tornado
cada vez menos justificável, conclui: Na minha opinião, qualquer
pessoa que tenta se aproximar da literatura de pesquisa fisiológica e psicológica
com a mente aberta, terá de admitir que a melhor interpretação de homossexualidade
dever ser a idéia de uma variante neurótica, isto é, um distúrbio psicológico
ou emocional. Mas, indo além, uma suposta base biológica para a homossexualidade
nem é a questão central: Será que devemos pensar que só pelo fato de algo ser
de origem genética, é normal ou natural? O que diremos, então, a
respeito de deformidades genéticas ou defeitos de nascimento? Mesmo que possa
ser provado que influências genéticas ou biológicas predispõem as pessoas à
homossexualidade, isso nunca provará o que já sabemos que variações genéticas
podem, e afetam comportamentos futuros, às vezes de maneiras indesejáveis...
Deixe que a pesquisa conclua o que puder sobre as causas; origens genéticas
não justificam um comportamento pecaminoso.
Homens e mulheres homossexuais não nascem homossexuais, e a mudança é possível.
Estudos provam que homossexuais freqüentemente trocam sua própria sexualidade.
Em seu relatório de 1970, o Instituto Kinsey comentou que 84% dos homossexuais
trocaram ou mudaram sua orientação sexual pelo menos uma vez. Além disso, 32%
dos homossexuais relataram uma terceira troca, e 13% pelo menos cinco mudanças.
Em 1981, Weinberg e Hammersmith também relataram números parecidos.
Se for possível mostrar que homossexuais praticantes vitalícios
de fato mudam sua orientação sexual, isso será um golpe devastador nas afirmações
do movimento homossexual. Aqui está o que pesquisas atuais revelam sobre homossexuais
que mudam para heterossexuais: Schwarz e Masters, no relatório de Hohnson Institute
de 1984 revelam um grau de sucesso de 79,9% de homossexuais mudando sua orientação
sexual para a heterossexualidade. Seu índice de seis anos de acompanhamento
foram impressionantes.
O Dr. Van den Aarweg (1986) relatou um grau de sucesso de 65%. O Dr. Nicolosi,
quando entrevistado em 1992, disse o seguinte ao Dr. Ankerberg: Trabalhei
com aproximadamente 175 homens até hoje e, em relação a afirmações de cura,
posso dizer que quando os homens permanecem comigo, em questão de meses começam
a experimentar mudanças em suas vidas.
Até o ativista liberal Phil Donahue, que acreditava na teoria biológica, agora
diz aos homossexuais: Se você quiser mudar, você pode mudar.
Portanto, não se pode negar que homossexuais que querem mudar, geralmente mudam
sua orientação sexual. A mudança pode ser mais difícil para alguns, devido fatores
de motivação, vontade e circunstâncias. Mas na terapia em si, com motivação
e ajuda adequadas, parece que, teoricamente, a mudança é possível para todos:
Abandonar hábitos homossexuais, assim como deixar de beber, pode ser feito,
e é feito por dezenas de milhares a cada ano.
Ao descrever dois livros que publicou (As Homossexualidades: Fantasias, Realidade
e as Artes - 1990; Homossexualidade e o Processo Terapêutico - 1991), o Dr.
Socarides observa: Esses dois livros contêm a obra de mais de 30 psicanalistas
professores, psicanalistas célebres e pessoal da área médica de todo
o país e todos afirmam o fato de que a homossexualidade é uma condição
psico-patológica que pode ser alterada se alguém souber como alterá-la. Se um
grande número de terapêutas e pesquisadores tem visto, ao longo dos anos, homossexuais
mudando para a heterossexualidade, e se isso tem sido comprovado pessoalmente
pelos próprios homossexuais e seus cônjuges, em que base pode alguém afirmar
que homossexuais jamais podem mudar? E mais, quais são as implicações se, como
uma sociedade, promovêssemos oficialmente o conceito de que não há como mudar?
25 PORQUE DESOBRIGAR APENAS OS HOMOSSEXUAIS
Alguns de nós temos tendências homossexuais. Somos atraídos por e para pessoas
do mesmo sexo e muito pouco ou nada por e para pessoas do sexo oposto. Alguns
de nós não nos satisfazemos com o sexo exclusivamente dentro do matrimônio.
Temos uma necessidade enorme de aventuras extraconjugais. Alguns de nós temos
pavio acentuadamente curto. Não controlamos a zanga, a ira, a violência, o revide,
a vingança. Alguns de nós não estamos satisfeitos com o pouco ou com o muito
que possuímos. Cobiçamos e apanhamos para nós o que é dos outros. Alguns de
nós não suportamos admitir alguém mais bem dotado, mais cheio de bens, mais
feliz e realizado do que nós. Então invejamos, prejudicamos, caluniamos, odiamos
e matamos o desafeto.
Não é justo, pois, desobrigar apenas os homossexuais, deixando-os à vontade,
reconhecendo e apoiando suas preferências sexuais. Ao desobrigar os homossexuais,
o senso de justiça manda-nos desobrigar também os outros. Fique o adúltero à
vontade para adulterar com quem quiser e quantas vezes quiser. Fique o violento
à vontade para se irar contra quem o machucou ou perturbou. Fique o desonesto
à vontade para não pagar o que deve e para não devolver o que roubou. Fique
o invejoso à vontade, para escarnecer e matar aquele que desejar. Todos hão
de convir que se desobrigarmos a todos de suas tendências pecaminosas, surgirá
o pânico e a vida será impossível.
É melhor acabar com essa pena dos homossexuais. Eles não são coitadinhos que
precisam de abono. O de que eles precisam é uma palavra firme, compreensão,
simpatia e amor da nossa parte. Da parte de Deus, eles precisam de sua maravilhosa
graça.
25.1 A INTOLERÂNCIA DOS TOLERANTES
Será a psicologia uma ciência? A pergunta poderia parecer tosca, não fosse uma
recente resolução baixada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Ficamos
todos sabendo pelo Diário Oficial da União, que a homossexualidade não
constitui doença, nem distúrbio e nem perversão. Não adianta discordar
porque, como manda a praxe, ficaram revogadas todas as disposições em contrário.
Pela mesma instrução, os psicólogos estão terminantemente proibidos de colaborar
com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades,
ou de achar publicamente que os homossexuais são portadores de qualquer desordem
psíquica. Assim, quem é psicólogo que trate de pensar igual ao Conselho
Federal, a menos que queira acertar as contas com seus pares-representantes.
De igual modo, quem achava que o tema da homossexualidade fosse uma questão
aberta e até pretendia estudá-lo, fique certo de que não há mais o que debater.
Uma penada o encerrou. Como é da natureza da ciência estar sempre aberta
ao debate, especialmente quando o objeto é o ser humano, soa doloroso e anacrônico
que a psicologia, enquanto ciência, tenha sido assassinada - logo ela, que tem
escolas, correntes e tendências tão fascinantemente múltiplas.
O que se quer discutir aqui, pois, não é a natureza - desviante ou não - da
homossexualidade, mas a intolerância estampada em nome da tolerância. Por isso,
o lamento seria o mesmo se a ordem fosse contrária. Decidisse o CFP que os homossexuais
são portadores de desordem psíquica estaria desligando a mesma intolerância.
Não tem um homossexual direito de se achar psiquicamente desordenado e bater
a porta de um consultório em busca de cura?
A resposta, por decreto (como se ciência fosse feita por decreto), é um duplo
Não. Os homossexuais que eventualmente queiram mudar não precisam
se preocupar: o Conselho não legisla sobre eles, pelo que não poderão ser alcançados.
Aos psicólogos que eventualmente queiram ajudá-los, só resta a indigna clandestinidade.
Com licença para paráfrase, seu cuidado não pode ousar dizer o nome.
Nada haveria a opor seu órgão de classe apenas e contundentemente condenasse,
como o faz, aquelas ações coercitivas que visam orientar homossexuais
para tratamento não solicitados. Ninguém deve ser coagido, nem mesmo pela
melhor causa, porque é a liberdade que faz uma pessoa tornar-se humana. A grandeza
de Galileu Galilei foi precisamente a de resistir às bulas papais de que a terra
não se movia. É àquela época que a resolução de agora nos faz retroceder. Não
será, porém, um desvio desse que fará a ciência da psicologia resvalar do seu
caminho.
26 CAUSAS, DESENVOLVIMENTO E CONSEQÜÊNCIAS
São diversas as causas da homossexualidade, porém sempre ligadas à vida emocional
e espiritual. Há pessoas que foram iniciadas na homossexualidade quando eram
crianças - na maioria das vezes por um adulto da família ou vizinhança. Outras
pessoas foram vítimas de abuso sexual. Outros, ainda, cresceram em famílias
desequilibradas, onde os papéis do pai ou da mãe estavam trocados ou indefinidos.
Muitos homossexuais trazem em seu histórico uma mãe dominadora e/ou um pai apagado.
Quando a homossexualidade não é fruto de aliciamento ou violência sexual, sua
causa mais comum é o desequilíbrio da família. Não poderíamos deixar de citar
as causas espirituais da homossexualidade. São inúmeros os casos de homens e
mulheres que nunca sentiram qualquer atração por pessoas do seu próprio sexo,
mas que depois de certos rituais religiosos começaram a manifestar tendências
homossexuais e passaram a praticar a homossexualidade. Estes relatos vêm especialmente
de pessoas envolvidas com umbanda, candomblé, espiritismo e religiões afins.
Cada pessoa desenvolve a homossexualidade de uma forma. Umas começam a utilizar
roupas e acessórios do sexo oposto, ou seja, meninos que gostam de vestir roupas
da mãe ou irmãs, passar batom, brincar só com bonecas etc. Meninas que só vivem
brincando com meninos, têm todo jeito de menino e gostam de usar as coisas do
pai. Todavia, não podemos ser ingênuos ao ponto de pensar que todo
mundo que se torna homossexual começa assim. Pelo contrário, há meninos muito
masculinos e meninas muito femininas que podem vir a assumir a homossexualidade
mais tarde. E outros que, mesmo tendo as atitudes que acabamos de descrever,
não se tornarão homossexuais. Mesmo assim, os pais têm que estar atentos, mas
sem pânico.
Existem pessoas que sentem tremenda atração homossexual, mas não admitem. Por
isso tornam-se os inimigos nº1 dos homossexuais quando estão em público. Fazem
piadas depreciativas, xingam, batem etc. Mas no fundo gostariam de praticar
a homossexualidade, apesar de não perceberem isso conscientemente. Outros lutam
em silêncio, mas uma vez exaustos, assumem publicamente a homossexualidade.
O mesmo acontece com os que não se declaram homossexuais, mas levam uma vida
ativa em boates, saunas, bares, "points" em geral. A maioria das pessoas heterossexuais
pensa que todo homossexual tem o estereótipo popularmente conhecido como "bichinha"
e toda lésbica é "sapatão" (machona). Isso é outro mito. É verdade que esse
estereótipo existe, mas não se aplica a todos. Muitos homossexuais poderiam
ser considerados "machões" à primeira vista e muitas lésbicas verdadeiras "musas".
As aparências enganam, e muito! Outro mito popular é que o passivo é mais homossexual
que o ativo, ou seja, quem faz papel de "mulher" na relação sexual é mais homossexual
que o que faz papel de "homem". É importante lembrar que homossexual significa
"pessoa que sente atração por outra do mesmo sexo", independente do papel que
ela desempenha na cama. Além disso, a maioria dos homossexuais apesar de ter
sua preferência, não é exclusivamente ativo ou passivo em todos os seus relacionamentos.
A maioria, senão todos, já desempenha ou ainda vai desempenhar ambos os papéis.
Isto é válido também para as lésbicas, não esqueçam. Há casos absurdos de vício
homossexual. Só para exemplificar, gostaríamos de citar o seguinte: Um caso
comovente foi o que nos contou o pastor Antônio Carlos. Ele nos disse que certa
vez estava evangelizando um rapaz que tentou convidá-lo para "sair" quando ele
fazia caminhada numa praia do Rio. Foi quando ouviu do rapaz a seguinte confissão:
"Sabe, apesar de ter tentado te conquistar, eu estou desesperado, porque quero
sair da homossexualidade e não consigo. Quando transei com um homem pela última
vez, quase vomitei. Mas não consigo evitar a compulsão".
Graças a Deus e à compaixão que o pastor Antonio Carlos sente em seu coração
pelos homossexuais, o jovem foi evangelizado e entregou sua vida a Jesus Cristo,
encontrando-o alguns dias depois e contando o que Deus estava realizando em
sua vida. Há muitos outros casos que demonstram a angústia daqueles que desenvolveram
hábitos homossexuais ao longo de suas vidas. As primeiras conseqüências do comportamento
homossexual são o agravamento dos sentimentos de culpa, solidão e depressão.
Apesar do prazer momentâneo de relação sexual, o homossexual não consegue evitar
as angústias causadas por seu comportamento. Por causa disso, muitos homossexuais
se entregam a inúmeras aventuras, trocando de parceiros constantemente e correndo
o risco de contrair doenças venéreas e AIDS. Além disso, correm risco de vida
por saírem, na maioria das vezes, com pessoas que não conhecem. As estatísticas
brasileiras são claras: "A cada três dias morre um homossexual violentamente".
Mas, as conseqüências podem ser tão variadas quanto os tipos de pessoas que
praticam a homossexualidade. Por isso, há muitos que se entregam às drogas e
ao álcool. Aliás, álcool, drogas e homossexualidade são como o famigerado Triângulo
das Bermudas: muitos que entram em seu território, nunca mais retornam. Além
das conseqüências de ordem pessoal existem outras. A família sofre um golpe
terrível ao descobrir que um dos seus membros é homossexual. A sociedade sofre
porque a homossexualidade propicia práticas nada saudáveis como a pornografia,
as drogas, o alcoolismo, a promiscuidade, a confusão mental (principalmente
para as crianças), a prostituição etc. Quem paga a conta é sempre o contribuinte
que acaba tendo seu imposto aplicado nas internações hospitalares, programa
de recuperação química, encarceramento e outras iniciativas do governo que visam
restaurar o que o submundo homossexual destruiu.
A própria AIDS que não é (diga-se de passagem) doença de homossexuais, apareceu
primeiramente entre eles e depois espalhou-se por toda a sociedade por causa
das trocas indiscriminadas de parceiros. A coisa acontece mais ou menos assim:
Um homossexual que tem AIDS transa com outro homossexual enrustido ou bissexual.
Esse contrai a doença e depois transa com a esposa ou namorada. Um dia ele conhece
outro homem e se relaciona com ele. Sem saber, transmite-lhe o vírus. Esse homem
acaba transando com outras pessoas, e o ciclo continua. Não poderia haver, do
ponto-de-vista social, uma conseqüência mais desastrosa do que essa para a promiscuidade
em que se encontra a nossa sociedade. Enquanto a mídia dá o seu colorido a essas
práticas, muitas famílias entram no luto por causa da perda de seus queridos.
Alguns tipos de estilo homossexual são: os assumidos, os enrustidos e os iludidos.
Os assumidos são os que decidiram reconhecer sua própria homossexualidade e
tornaram-na pública. Não tem constrangimento em agir como homossexuais abertamente.
Os enrustidos são os que, mesmo reconhecendo-se homossexuais, não agem como
tais quando em público. Praticam a homossexualidade, mas disfarçam sua condição.
Os iludidos são aqueles que praticam a homossexualidade, mas "juraram" para
si mesmos que não são e jamais serão homossexuais. Isso acontece principalmente
com os homossexuais ativos (que fazem papel de homens na relação) e lésbicas
passivas ( que desempenham papel de mulher). Apesar de se esforçarem para não
assumir sua homossexualidade, essas pessoas são homossexuais com todas as letras.
Simplesmente não aceitam seu próprio comportamento, mas também não o deixam.
Relacionamos, abaixo, alguns passos que qualquer um precisará levar em consideração
para alcançar apoio para deixar estas práticas: reconheça que você tem sido
realmente homossexual, mesmo não desejando mais isso; reconheça que você não
nasceu homossexual, mas adquiriu esse comportamento por influências externas
e carências internas e que, por isso, pode mudar; reconheça que ao praticar
a homossexualidade, bem como outros maus comportamentos, você pecou contra Deus
e precisa de Seu perdão. Arrependa-se e busque sinceramente a face de Deus;
nunca duvide do amor e da graça de Deus, os quais foram plenamente colocados
ao seu alcance pelo sacrifício de Jesus Cristo na Cruz do Calvário; entregue-se
totalmente a Cristo e rompa com todo tipo de compromissos com o estilo de vida
homossexual - inclusive amizades que podem te enfraquecer -, objetos, espíritos,
ídolos etc.; participe de uma igreja evangélica que prega a palavra de Deus
em sua totalidade, onde Jesus Cristo seja adorado exclusivamente. A convivência
com cristãos comprometidos com Deus e nos quais você possa confiar é fundamental;
procure um pastor que entenda do assunto para marcar um horário para aconselhamentos.
Esses encontros poderão ministrar cura emocional e renovação espiritual. Um
psicólogo cristão pode ser de grande valia, mas escolha seu psicólogo tão criteriosamente
quanto escolhe o seu pastor. Cada um desses passos jamais poderá substituir
sua comunhão diária com Deus. Isso significa que sua vitória tem que passar
pela oração e leitura bíblica diárias. Sem esse contato diário com Deus, você
não se alimentará espiritualmente e obviamente enfraquecerá. Tudo isso pode
parecer simples demais, mas da mesma forma que é relativamente simples o desenvolvimento
da homossexualidade, a libertação também o é, mesmo que cause alguma tensão
inicialmente.
27 O PREÇO DA IGUALDADE SEXUAL
Muitas pessoas poderiam se perguntar que tipo de educação as feministas querem
aprovar e promover para as crianças nas escolas. A resposta está num artigo
americano. Kristine M. Baber e Colleen I. Murray escreveram o artigo A Postmodern
Feminist Approach to Teaching Human Sexuality (Uma Abordagem Feminista Pós-moderna
ao Ensino da Sexualidade Humana), publicado na revista Family Relations. Já
de início, as autoras declaram seus objetivos para essa abordagem: expandir
o pensamento dos estudantes sobre a questão da diversidade e ajudá-los
a maximizar a própria saúde sexual.
Começando com um ataque à realidade espiritual da fé, as autoras declaram: A
maioria dos estudantes chega à escola com suposições sem provas de que há dois
sexos, masculino e feminino. Eles vêm à sala de aula acreditando que, em alguns
aspectos, os homens são superiores. Para que eles possam interpretar os conceitos
de sexo e gênero, devemos introduzir o conceito de transexualidade incentivando-os
a ler literatura sobre o assunto
ou trazer transexuais para a sala de
aula, para darem palestras. Assim, os estudantes entenderão que as idéias de
papéis sexuais tradicionais para homens e mulheres são só uma invenção da sociedade.
A meta das autoras é levar os estudantes a ver que se o que eles acreditam ser
verdade e sexualidade é invenção da sociedade, então cabe a cada um interpretar
seu próprio conceito de sexualidade: A perspectiva pós-moderna abre as
portas para muitas possibilidades
assim, os estudantes passam a repensar
seus próprios valores e podem, até certo ponto, criar sua própria sexualidade.
As autoras acham que estão dando aos estudantes apenas liberdade e neutralidade
para que eles possam livremente escolher ou criar qualquer valor moral que quiserem,
mas a realidade é bem diferente. Embora possa parecer que tudo o que elas querem
é apenas dar uma melhor educação sexual, fica claro que elas desejam mesmo é
converter os estudantes à ideologia feminista.
A maioria dos pais espera que as escolas públicas se encarreguem de moldar os
valores de seus filhos. O Ministério da Educação (MEC) do Brasil, que pensa
exatamente dessa forma, diz: Mudar mentalidades
A escola tem um
papel crucial a desempenhar nesse processo. Mas as tristes conseqüências
desse erro estão aparecendo, pois as escolas públicas estão exigindo o direito
de educar sistematicamente as crianças em valores que podem ser diretamente
contrários aos valores dos pais. As aulas de educação sexual, por exemplo,
são planejadas especialmente para fazer lavagem cerebral nas crianças e condicioná-las
a aceitar o homossexualismo e a relação sexual antes do casamento, destruindo
assim os conceitos bíblicos de um certo absoluto e de um errado absoluto. Na
opinião de diversas autoridades brasileiras da área da educação, os jovens das
escolas devem ser expostos à educação sexual, à camisinha e a outros métodos
de planejamento familiar a fim de que aprendam a gozar o prazer sexual sem se
preocupar com gravidez, casamento e moralidade. O MEC diz:
A escola deve informar e discutir os diferentes tabus, preconceitos, crenças
e atitudes existentes na sociedade
tais como aborto, virgindade,
homossexualidade, pornografia, etc.
Nessas questões, o MEC alerta, o professor deve ter discernimento para
não transmitir seus valores, crenças e opiniões como sendo princípios ou verdades
absolutas, presumivelmente mesmo que sejam princípios e verdades da Bíblia.
A fim de mudar a mentalidade das crianças com relação ao papel masculino e feminino
e ensiná-las que as mulheres podem trabalhar em todas as ocupações dos homens
e vice-versa, os professores das escolas públicas são instruídos a transmitir
os valores, crenças e opiniões do MEC. O currículo do MEC os instrui a trabalhar
as relações de gênero em qualquer situação do convívio escolar. Por exemplo,
quando os alunos acham que algumas brincadeiras, atividades e condutas são só
para meninos e outras só para meninas, o professor
pode intervir
para combater as discriminações e questionar os estereótipos associados ao gênero.
O termo gênero, que o MEC usa no lugar da palavra sexo, expressa a idéia de
que qualquer variedade sexual é aceitável e normal, inclusive a homossexualidade.
Os educadores que crêem nessa teoria empregam o conceito gênero para ensinar
que os papéis masculinos e femininos tradicionais são pura invenção da sociedade.
O uso desse conceito permite abandonar a explicação da natureza como a responsável
pela grande diferença existente entre os comportamentos e lugares ocupados por
homens e mulheres na sociedade. Assim é que, para combater a chamada discriminação
de gênero, inverte-se a imagem do homem e da mulher. Em nome da igualdade
sexual, princípios socialistas e feministas são sutilmente ensinados em muitas
salas de aula do Brasil. As lições mostram para as crianças mães casadas trabalhando
fora e maridos em casa cuidando dos deveres domésticos. Mostram também como
normal um menino se envolver em atividades de menina. Tudo isso porque o governo
estabeleceu o compromisso do Brasil não aceitar livros [didáticos] que
contenham posturas tradicionais em relação ao papel do homem e da mulher.
O governo brasileiro está assim atendendo diretamente as recomendações das feministas
na ONU.
No entanto, essas mudanças na área da educação também estão ocorrendo por pressão
dos grupos feministas que atuam no Congresso Nacional em Brasília. Em sua edição
de janeiro de 2000, o jornal do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA)
de Brasília elogia o plano do governo para todas as escolas do Brasil: Plano
Nacional de Educação Ganha Perspectiva de Gênero. O Plano Nacional de Educação,
aprovado na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados
ganha três emendas
que chamam a atenção para a necessidade de se trabalhar as relações de gênero
na educação brasileira.
As parlamentares integrantes do CFEMEA destacam-se não só pelo forte apoio aos
projetos de lei a favor da prática do aborto e da educação sexual nas escolas,
mas também de projetos que combatem a discriminação sexual e defendem
a união dos chamados casais homossexuais.
Aparentemente, esses mesmos interesses sempre foram a grande paixão de uma conhecida
ativista feminista do Partido dos Trabalhadores (PT). Quando era deputada federal,
Marta Suplicy se envolveu com o CFEMEA. E não podia ser diferente, pois a afinidade
ideológica é muito grande. Ela não tenta esconder de ninguém seu apoio às causas
feministas e homossexuais. Parece que seu prazer é colocar em prática sua fé
política em esforços para legalizar o aborto e o comportamento homossexual,
sem mencionar seu prazer em apoiar as passeatas gays
Entretanto, será
que poderia parecer estranha uma ligação entre o feminismo e o homossexualismo?
A organização não-governamental Family Research Council de Washington, DC, publicou
um importante documento intitulado Homossexual Activists Work to Lower the Age
of Sexual Consent (Os Ativistas Homossexuais Estão Trabalhando para Abaixar
a Idade Legal de Consentimento Sexual). Esse documento revela: Kate Millett,
uma feminista radical e teórica marxista, descreveu essa filosofia numa entrevista
publicada no livro homossexual Amando Meninos. Millett afirma: Um dos
direitos mais importantes das crianças é expressar-se sexualmente, principalmente
umas com as outras, mas também com adultos. Então, a liberdade sexual das crianças
é uma parte importante de toda revolução sexual. Millett diz que a revolução
sexual começa trazendo a emancipação das mulheres e termina trazendo a emancipação
homossexuais.
28 REALIDADES PASSADAS E PRESENTES
As mulheres do passado que lutaram por direitos básicos tinham a esperança de
que chegaria uma época melhor para as pessoas. Mas não é bem isso o que estamos
vendo em nosso tempo. O que os EUA de hoje têm em sua sociedade e estão tentando
passar para o mundo, através dos meios de comunicação e entretenimento, é uma
cultura cada vez mais brutal onde as mulheres estão virando homens e
dos piores tipos. Assim argumenta o escritor Benjamin DeMott em seu livro Killer
Woman Blues. Ele lamenta que o ideal das primeiras feministas de justiça,
abertura sexual e pleno desenvolvimento humano para ambos os sexos não
existe mais. O que existe agora é o feminismo das mulheres duronas vivendo a
fantasia da mulher com comportamento de homem. As feministas modernas estão
adotando os padrões masculinos de auto-expressão inclusive agressividade.
Elas sentem prazer em ser brutais e cínicas. Inevitavelmente, a cultura feminista
encoraja as mulheres a saborear atitudes mais combativas e a repudiar a noção
feminina tradicional que valoriza a mulher como fonte de compaixão, generosidade
e atenciosidade. O novo ideal é as mulheres serem irreverentes e agressivas.
Na atual sociedade americana, onde os homens são homens e as mulheres são masculinizadas,
quem é que ficará para mostrar a tradicional sensibilidade feminina de atenção
e cuidado para com os outros? A resposta das feministas é feminilizar os homens,
trabalhando as relações de gênero e envolvendo os homens na área do lar e do
cuidado de crianças. Trabalhar as relações de gênero nada menos é do que eliminar
as diferenças tradicionais entre homens e mulheres. O feminismo luta para que
seja censurada e eliminada das escolas e dos meios de comunicação toda imagem
do homem como pai trabalhando para sustentar a família e da mulher como mãe
ocupada com seu lar e filhos. A jornalista Dale OLeary revela: as feministas
exigem que os estereótipos e as imagens tradicionais
sejam removidos dos materiais educacionais e dos meios de comunicação. A fim
de alcançar a meta de que os homens e as mulheres tenham igualmente os mesmos
desejos e interesses, as feministas exigem que os livros escolares, os desenhos,
as comédias, os anúncios comerciais e as peças teatrais mostrem os homens e
as mulheres trabalhando em número igual como soldados, cientistas, bombeiros
e motoristas de caminhão, até mesmo quando isso não tem nada a ver com a realidade.
As atividades em que só há a participação de homens deverão ser classificadas
como más, opressivas e discriminatórias. As mulheres nunca deverão ser mostradas
como mães e donas de casa de tempo integral, a não ser como vitimas de violência
doméstica, mulheres com distúrbios mentais e comportamento anti-social ou esposas
casadas com maridos fanáticos religiosos.
As feministas radicais lutam por plena igualdade com os homens em todas as áreas.
Contudo, será que o que elas querem é realmente possível ou necessário?
A função dos papéis sexuais tradicionais era valorizar e proteger o casamento
e a vida de família. Em seus ataques contra esses papéis, as feministas estão
demolindo as barreiras que cercam os bastiões masculinos na sociedade. As mulheres
agora encontram amplas oportunidades de emprego, até mesmo no exército e na
polícia. É nesse contexto que o cientista social Martin Van Creveld pergunta:
Há alguma área em que os homens estão em evidente vantagem e em que as
mulheres jamais conseguirão desempenhar mais do que um papel mínimo?
Numa análise extensa, publicada na revista Social Research (Pesquisa Social),
Van Creveld ousa declarar que tal área realmente existe
e seu nome
é violência. Em sua avaliação do sentido social da violência, Van Creveld
chega ao ponto de sugerir que uma de suas funções é separar claramente
os homens das mulheres. Van Creveld reconhece a contínua feminilização
da polícia e das forças armadas nas nações industrializadas, mas deduz
que esse fenômeno é uma ilusão. Ele comenta: Quanto mais mulheres
entrarem em algum setor da polícia, a probabilidade é que esse setor se distanciará
mais dos casos de violência. Quando mais mulheres entrarem em algum setor das
forças armadas, menos probabilidade esse setor terá de se envolver em operações
militares sérias. Van Creveld não precisa fazer uma pesquisa profunda
para descobrir os motivos por que, até mesmo na polícia e no exército, não se
encontram mulheres nos locais onde a violência ocorre. Ele diz: Não há
nada como a violência para penalizar a fraqueza. A violência faz isso de modo
bem rápido, e faz da forma mais desagradável que se possa imaginar. Faz isso
com conseqüências que, na maioria das vezes, não se pode remediar.
O fato de que as mulheres estão começando a trabalhar como policiais e soldados
não apagou a realidade de que o corpo feminino é muito menos adequado
para se envolver em situações de violência ou se defender contra ela.
Aliás, o exército possui provas convincentes da relativa fraqueza das mulheres.
O Exército dos EUA, por exemplo, informa que em média as recrutas femininas
são 12 cm mais baixas, 14 kg mais leves, têm 16 kg a menos de músculos
e quase 3 kg a mais de gordura do que em média têm os recrutas do sexo masculino.
Comparando com a média dos recrutas masculinos, as recrutas têm só 55 por cento
de força na parte superior do corpo e 72 por cento de força na parte inferior
do corpo. Entre os cadetes, 78 por cento dos homens, mas só 6 por cento
das mulheres, conseguiam correr 3 km em menos de 14 minutos.
As feministas sempre tiveram a esperança de que um treinamento militar intensivo
daria às mulheres uma força física de maior igualdade com os homens. Mas a realidade
da biologia feminina tem despedaçado essa esperança. De fato, já que os
homens possuem a capacidade superior de ganhar musculatura física, o treinamento
intensivo, em vez de diminuir as diferenças entre os sexos, tende a aumentá-las
ainda mais. Assim, após dois meses de tal treinamento, os cadetes do sexo
masculino em West Point demonstram 270 por cento mais força quando estão sob
pressão e realizam 473 por cento mais trabalho do que as cadetes do sexo feminino.
É claro, o que o exército está vendo já foi amplamente documentado em outras
pesquisas. Um biólogo citado por Van Creveld calcula que se fossemos selecionar
os 100 indivíduos mais fortes de um grupo aleatório composto por 100 homens
e 100 mulheres, então 93 seriam homens e só sete mulheres. Contra o argumento
de que a tecnologia moderna tornou irrelevante a força superior dos homens,
Van Creveld mostra que no Exército Canadense, de cada 100 mulheres que
entraram no treinamento de soldado de infantaria, só uma conseguiu ser qualificada,
e que no Exército dos EUA, os oficiais descobriram que a maioria das mulheres
não conseguia nem mesmo lançar uma granada de mão na distância mínima
35 metros necessária para garantir que elas próprias não fossem
atingidas pelos estilhaços. Outro motivo por que as mulheres são mantidas
afastadas de atos reais de violência no trabalho da polícia e no exército é
que a relativa fragilidade dos corpos delas as deixa mais vulneráveis a ferimentos
causados pela violência. Relatórios de West Point indicam que suas cadetes do
sexo feminino sofreram dez vezes mais fraturas de stress do que os homens,
e um estudo do Exército dos EUA feito em 1988 constatou que as mulheres tinham
o dobro de probabilidade de sofrer ferimentos nas pernas e quase cinco
vezes a probabilidade de sofrer fraturas, em comparação com os homens.
Em situações em que as mulheres foram colocadas em exercícios envolvendo saltos
de helicópteros, descida de muros com a ajuda de cordas e outras atividades,
Van Creveld relata, não há dúvida de que quem mais se beneficiou foram
os hospitais ortopédicos.
É de estranhar o fato de que no Exército dos EUA, que tem sofrido uma surpreendente
feminilização, varias pesquisas mostram que a última coisa que as mulheres
alistadas querem ver é ações violentas? É de surpreender que apesar do
forte aumento no número de policiais do sexo feminino, toda vez que é
necessário enfrentar criminosos armados ou invadir um avião seqüestrado, os
que aceitam o desafio são quase que exclusivamente homens? Desafiando
essa e outras realidades, as feministas radicais continuam tentando criar a
mulher durona, enquanto querem que os homens sejam treinados para
serem sensíveis. Sua meta é a inversão de papéis.
Quando se atinge essa meta, o mundo natural vira de cabeça para baixo: as mulheres
deixam de ser sensíveis para serem agressivas, porém os homens podem demonstrar
uma mudança diferente. Mulheres masculinizadas podem ser duronas sem necessariamente
serem lésbicas, mas homens feminilizados podem tornar-se muito mais que sensíveis.
Podem virar homossexuais agressivos. E o movimento gay dá amplas e convincentes
provas de agressividade. Embora o comportamento homossexual esteja ganhando
adeptos entre homens e mulheres, é só no meio dos homens que seu crescimento
tem sido explosivo. Mas as feministas não se importam com isso, contanto que
a masculinidade normal desapareça. Para elas, pelo menos homens homossexualizados
não representam ameaça, já que eles não têm a capacidade de se casar
com mulheres e mantê-las na vergonhosa, opressiva e desprezível condição
de esposa submissa e dona de casa. Seria de estranhar então o motivo por
que elas dão tanto apoio aos ativistas gays? De acordo com a feminista Kate
Millett, a liberação homossexual sempre vem logo depois da chegada da liberação
feminista. Essa realidade que ela entendeu a Palavra de Deus já revelava há
muito tempo: Por causa das coisas que essas pessoas fazem, Deus as entregou
a paixões vergonhosas. Pois até as mulheres trocam as relações naturais pelas
que são contra a natureza. E também os homens deixam as relações naturais com
as mulheres e se queimam de paixão uns pelos outros. Homens têm relações vergonhosas
uns com os outros e por isso recebem em si mesmos o castigo que merecem por
causa dos seus erros (Romanos 1:26-27).
Não se sabe se algum dia Kate Millett leu essa passagem de Romanos. Seja como
for, ela não deixa de estar com razão. Na sociedade atual, enquanto elas estão
tentando ser como eles, um número cada vez maior deles está virando elas.
29 O PROJETO SUPLICY
O Congresso Nacional Decreta: Art 1º É assegurado a duas pessoas do mesmo sexo
o reconhecimento de sua parceria civil registrada, visando à proteção dos direitos
à propriedade, à sucessão e aos demais regulados nesta lei. Art 2º A parceria
civil registrada constitui-se mediante registro em livro próprio, nos Cartórios
de Registro Civil de Pessoas Naturais na forma que segue. (...)
Assim se inicia o Projeto de Lei nº 1.151, de 1995, de autoria da deputada Marta
Suplicy. Ao ser lido em plenário, em 26/10/95, estava ele destinado a levantar
grande polêmica. As primeiras críticas caíram sobre a idéia de casamento de
homossexuais e lésbicas. Por todos os modos e meios, sua autora tentava explicar
que não se tratava de casamento. Eis o texto usado, o da justificativa do projeto:
Esse projeto procura disciplinar a união civil entre pessoas do mesmo sexo e
não se propõe dar às parcerias homossexuais um status igual ao casamento. O
casamento tem um status único. Esse projeto fala de parceria e união
civil. Os termos matrimônio e casamento são reservados
para o casamento heterossexual, com suas implicações ideológicas e religiosas.
Talvez Marta Suplicy não tenha percebido que suas próprias palavras criaram
a confusão, pois o parágrafo seguinte ao da citação acima diz: Está entendido,
portanto, que todas as provisões aplicáveis aos casais casados também devem
ser direitos das parcerias homossexuais permanentes.
A autora evita o uso das palavras matrimônio e casamento,
numa tentativa de minimizar o impacto da medida, mas não abre mão de mais nada.
O objetivo do projeto de lei, portanto, é estender aos parceiros do mesmo sexo
todos os direitos civis reconhecidos aos casais heterossexuais, tais como: compra
de imóveis, mediante renda conjunta; sucessão e herança; seguro-saúde; benefícios
previdenciários; declaração conjunta de imposto de renda; direito à nacionalidade,
no caso de estrangeiros que tenham parceiros cidadã ou cidadão, entre outros.
A justificação da deputada menciona ainda outros benefícios importantes: estabilidade
social, institucional, legal e sobretudo emocional; respeito, por parte da sociedade
e do estado; diminuição da perseguição das famílias e da violência contra gays
e lésbicas, por parte da sociedade.
A grande dificuldade que tal projeto apresenta à moral cristã é que ele coloca
num mesmo balaio frutas diferentes. Por um lado, justifica a medida como uma
ação concreta contra a violência, a discriminação, a intolerância. Todos sabem
como gays apanham neste país. O projeto se reveste, portanto de um manto de
misericórdia, com o qual tendemos a concordar.
Neste sentido, aliás, o cristão não pode perder de vista que o homossexual é
gente por quem Cristo morreu. Nesse sentido, sua condição é tão desesperadamente
necessitada de redenção quanto a de qualquer heterossexual. Onde, pois, a arrogância?
Está de todo descartada. Onde a discriminação e a recriminação? Não devem ter
lugar em nossos corações. Devem tais pessoas, ao contrário, ser objeto de tão
ou maior amor, por parte da igreja e dos cristãos. Não apenas um amor que os
deixa em paz, mas um amor que busca, que atrai, que evangeliza, que ajuda, que
releva, que sustenta, que quer o bem, que tem paciência, que instila confiança,
que perdoa a recaída e tenta outra vez. Seremos diferentes, em alguma coisa,
quanto a essa necessidade de misericórdia? Teremos nós outros alguma esperança,
se não encontrarmos na igreja tal tratamento?
Não nos iludamos, no entanto: ainda que algumas de nossas igrejas estejam preparadas
para alcançar homossexuais, de uma forma geral não os queremos em
nossos cultos, em nossas festas solenes com seus trejeitos esquisitos. Podemos
até declarar amá-los, mas à distância. É contra isso, em parte, que se insurge
a deputada. A meu ver, coberta de razão.
Esse projeto coloca no mesmo balaio, no entanto, toda uma proposta legitimadora
e normalizadora do que chama de orientação sexual. Pretende estender
a essas pessoas direitos civis e reconhecimento social próprios de uma sociedade
democrática e pluralista: ...reconhece como legítimos os direitos de cidadania,
dignidade e respeito aos direitos humanos de milhares de pessoas que, por sua
orientação sexual, não podem ter seus direitos negados.
Aqui surgem duas frutas a separar no balaio. A questão de direitos civis e de
cidadania e a questão da normalização da anormalidade. Coloco a questão com
uma pergunta: o que se obterá como resultado dessa lei, eventualmente promulgada?
Se formos aos textos da justificação do projeto de lei em análise, veremos que
o direitos civis não parecem ser a preocupação principal. Veja como começa esse
texto:
O presente Projeto de Lei visa o reconhecimento das relações entre pessoas do
mesmo sexo, relacionamentos estes que cada vez mais vêm se impondo em nossa
sociedade. A ninguém é dado ignorar que a heterossexualidade não é a única forma
de expressão da sexualidade da pessoa. Logo de início perceberemos que a argumentação
vai pelo caminho do inelutável. Ou seja, que devemos reconhecer que a heterossexualidade
não é a única forma de expressão sexual. Portanto, as outras formas devem também
ser reconhecidas. Não se menciona (por enquanto), orientações pedófilas, necrófilas,
incestuosas, bestiais e outras realidades tão antigas quanto o homossexualismo.
Elas virão, se houver precedentes. Na seqüência, o texto se torna ainda mais
incisivo e revelador. Sob o pressuposto de que os fatos geram direitos, a deputada
desenvolve todo um parágrafo, sob o título Realidade e Direitos,
que cito integralmente:
Esse projeto pretende fazer valer o direito à orientação sexual, hetero, bi
ou homossexual, enquanto expressão dos direitos inerentes à pessoa humana. Se
os indivíduos têm direito à busca da felicidade, por uma norma imposta pelo
direito natural de todas as civilizações, não há porque continuar negando ou
querendo desconhecer que muitas pessoas só são felizes se ligadas a outras do
mesmo sexo. Longe de escândalos ou anomalias, é forçoso reconhecer que estas
pessoas só buscam o respeito às uniões enquanto parceiros, respeito e consideração
que lhes são devidos pela sociedade e pelo Estado. Bem, aí está, a meu ver,
o cerne da questão. Os direitos civis são importantes. E não o mote do projeto.
Mas Suplicy busca muito mais. Busca a normalização do anormal. Quer, mesmo,
tirar o fenômeno da opção gay do campo da preferência para colocá-lo
no campo do inelutável. De opção, vira fato. De escolha, vira fato.
De escolha, vira realidade da vida. De desvio, vira espécie. De pecado, vira
genético. Com isso, vai-se a esperança daqueles que sofrem com seu estado, pois
percebem que lhes é inútil lutar contra a natureza. E ao invés de buscarem ajuda,
tentam impor sua condição.
Se a Igreja se cala, confusa entre reagir de forma cidadã e exercer misericórdia,
comete a meu ver, três pecados de uma só vez: primeiro, deixa de proclamar profeticamente
a esses pecadores (por que a exceção?) que há salvação e vida abundante em Cristo;
segundo, deixa-se intimidar por um grupo de homossexuais arrogantes (são poucos,
mas ousados e barulhentos) que querem, por todos os modos, acabar com aquele
mesmo pluralismo que lhes garantiu o direitos de sair do anonimato; e terceiro,
deixa de se manifestar, num processo democrático, sobre o que a maioria deseja
para seu país (numa democracia a maioria vence, ainda que errada). Ou apenas
os homossexuais terão o direito de pressionar parlamentares na direção do que
julgam ser bom para a sociedade?
Se ninguém advertiu até agora ao prezado leitor, advirto-lhe eu: ministérios
podem fazer muito mal à saúde. Pelo menos à saúde mental. Se não acredita, examine
comigo o anúncio do Ministério da Saúde em que um jovem homossexual, abandonado
pelo parceiro, é reconfortado pela amorosa família que lhe augura o breve advento
de um namorado melhor, no tom exatamente de quem pintasse ante os olhos esperançosos
da virgenzinha casadoura a imagem de sonho de seu príncipe encantado.
Essa breve lição de moral politicamente correta condensa, em poucos segundos,
toda uma constelação de mensagens implícitas, cuja descompactação nos levará
às mais surpreendentes descobertas.
Desde logo, os valores afetivos e princípios morais da unidade familiar monogâmica
e estável, criada e consolidada a duras penas ao longo de milênios de educação
judaico-cristã, aparecem ali como símbolos legitimadores de um tipo de relação
que renega, de maneira frontal e ostensiva, esses mesmos valores e princípios.
Por mais que se pretenda tergiversá-las, as condenações da Bíblia ao homem que
usa outro homem como mulher são incontornáveis, e é precisamente em louvor desse
uso que o anúncio apela ao prestígio de um modelo de família que é, também incontornavelmente,
criação histórica e expressão social do ensinamento bíblico.
Trata-se, portanto, de um exemplar característico daquilo que Pavlov denominava
estimulação paradoxal: a mente é aí convidada a ir ao mesmo tempo em duas direções
que se negam e se anulam reciprocamente. A diferença entre a estimulação paradoxal
e a exposição franca de um paradoxo é que, na primeira, a contradição não vem
apresentada como tal, mas disfarçada de pura identidade lógica, óbvia, tranqüila
e improblemática, sendo a percepção da incongruência relegada para a penumbra
do inconsciente. Mesmo que os telespectadores sintam algum desconforto consciente
ante o anúncio, pouquíssimos serão capazes de desfazer o angu psicológico e
libertar-se do seu efeito por meio da verbalização explícita do paradoxo nele
embutido. Muitos cairão no engodo de discutir o seu explícito conteúdo pró-homossexual,
sem se dar conta de que nele há algo de muito mais grave que isso. O resultado
da estimulação paradoxal repetida, segundo Pavlov, é a ruptura das cadeias associativas
em que se baseia o raciocínio. Essa ruptura leva a um desconforto psíquico do
qual, após certo número de repetições, o cérebro aprenderá a buscar alívio mediante
o mergulho num estado de paralisia do juízo crítico, de estupor da consciência.
Acossada e inerme, incapaz de reação eficiente, a vítima tentará ajustar-se
ao novo estado de coisas pelo recurso desesperado à inversão mecânica de suas
reações habituais. Cães passarão a morder o dono e a lamber as mãos de estranhos.
Seres humanos passarão a amar o que odiavam e a odiar o que amavam.
Essa mudança pode parecer temporária, mas na verdade não é assim. Experiências
baseadas na teoria da "dissonância cognitiva", do psiquiatra Leon Festinger,
demonstraram que qualquer pessoa, induzida a adotar, mesmo temporariamente,
uma conduta hostil a seus valores e princípios habituais, acabará em geral mudando
retroativamente de valores e princípios, não mediante uma reflexão crítica séria,
é claro, mas por uma grosseira acomodação irracional destinada a aliviar o sofrimento
da incongruência mal conscientizada.
O modus operandi do anúncio é, portanto, o de uma característica manipulação
de reações subconscientes: inocular na psique do espectador um desconforto neurotizante
que o forçará a mudar de valores e princípios sem ter tido sequer o tempo de
refletir sobre o assunto. O dano psíquico decorrente da brincadeira pouco importa
aos planejadores da mutação. A dissonância cognitiva não reconhecida nem tratada
como tal, mas contornada por adaptação inconsciente e racionalizações, acabará
por minar toda a unidade da psique, rebaixando o nível de consciência do indivíduo,
sujeitando-o a novos conflitos neuróticos e tornando-o vulnerável a quaisquer
manipulações subseqüentes, principalmente vindas do mesmo agente estimulador.
O anúncio está, portanto, destinado a produzir entre os telespectadores as mais
espetaculares mudanças de conduta, de sentimentos, de discurso? mas nada disso
através de discussão democrática, de persuasão racional, e sim por meio da manipulação
perversa que os transformará em fantoches nas mãos dos engenheiros comportamentais
do Ministério da Saúde. A esta altura, o efeito em alguns milhões de brasileiros
já se tornou praticamente irreversível.
Que semelhante violência seja feita em defesa da homossexualidade ou de qualquer
outra coisa, pouco importa. Não é esse o ponto. A conduta homossexual poderia
sem dificuldade ser amparada juridicamente com base no respeito à privacidade
das opções individuais, um direito elementar. Mas legitimá-la por meio de sua
identificação artificiosa com as relações familiares tradicionais não é defender
nem respeitar direito nenhum: é destruir de um só golpe toda a ordem racional
em que se assenta a noção mesma de direito, é paralisar todas as inteligências
pelo uso maciço da estimulação paradoxal e pela institucionalização da dissonância
cognitiva. É reduzir as massas à mais dócil imbecilidade e instaurar a ditadura
da engenharia comportamental. Falar em "cidadania", nessas condições, é uma
pilhéria macabra: a escravidão psicológica é absolutamente incompatível com
o livre exercício do julgamento racional, sem o qual não existe cidadania, nem
liberdade, nem democracia.
30 COMO OS ATIVISTAS HOMOSSEXUAIS ESTÃO AGINDO
Os grupos de homossexuais, chamados de ativistas, estão cada vez mais fortes.
Estes grupos têm alcançado a cada ano, maior espaço na mídia, onde levam suas
mensagens de toda forma de amor é válido e o que conta é ser feliz. Com todo
este espaço, estes grupos já conseguem influenciar pessoas, principalmente adolescentes
e jovens a se descobrirem homossexuais. Por incrível que pareça estes grupos
já possuem uma cartilha direcionada aos que desejam contar para os pais que
são homossexuais. Enquanto os ativistas homossexuais, que também precisam conhecer
o amor de Jesus, estão pregando liberdade para prática homossexual, o que temos
feito como igreja de Cristo para alcançar estas vidas? Segue abaixo texto utilizado
pelos ativistas para ajudar os filhos a dizerem aos pais sobre sua homossexualidade.
Como contar da sua homossexualidade aos seus pais: Este texto não tem como objetivo
fazer que as pessoas saiam contando aos seus pais que são homossexuais. A maioria
dos jovens que contam aos seus pais sobre a sua homossexualidade sofre muito
com a não aceitação imediata desta nova informação. É bastante complicado
querer que nossos pais aceitem algo de imediato, enquanto muito de nós, por
longo tempo, tentaram não acreditar que eram diferentes. Segue então a primeira
dica: saiba se aceitar, seja você mesmo, converse com amigos, você não precisa
provar nada a ninguém. As dicas a seguir seguem o pressuposto de que você quer
que seus pais apóiem as suas atitudes que não fazem parte de uma opção
sexual e sim de uma orientação sexual motivada por um desejo, sobre o qual não
temos controle, mas que nos faz sentirmos que gostamos mais de pessoas do mesmo
sexo do que pessoas do sexo oposto.
Cada família é única, porém muitas são as fases, após saberem da sexualidade
de seus filhos, que os pais respondem de formas parecidas. É muito importante
você saber o que te espera e antecipar-se a desmistificar o que seus pais vão
ter como preconceitos. Por exemplo, antes de contar aos seus pais, você deve
saber o que eles pensam dos homossexuais. Muitos acham que são promíscuos, que
homossexuais são pervertidos, que ser homossexual é sinônimo de pedofilia. Tente
amenizar o preconceito de seus pais ao máximo, para reduzir os danos e o tempo
que eles ficaram trancados para discussão quando você contar à eles.
Tenha certeza do que sente. Não conte se você não está pronto para responder
esta pergunta, que com certeza será uma das primeiras. Se você atravessa um
período de depressão, culpa, é um sintoma de que também não é a hora certa.
Tens apoio? Saiba que seus pais podem reagir de forma inconseqüente e até te
expulsarem de casa, você tem para onde ir? Os pais geralmente usam isto como
arma para manter os filhos dependentes com a falsa ilusão de que eles irão mudar
de orientação sexual, pois dependem dos pais. Você sabe o que seus pais pensam
dos homossexuais? Tem casos na família? Como está o clima da sua família?
Se for mais um problema para eles, com certeza eles irão ignorar este mais recente.
Você tem paciência? Pois o processo de assimilação pode demorar muito e às vezes
pode levar anos. Porque você quer contar? Pois os ama e precisa deles? Se for,
é um ponto a favor. Jamais conte durante discussões ou por se sentir excluído
das atenções deles. Compre um livro para pais, existem também diversos textos
na internet entre outros. Sua relação com seus pais é saudável, se vocês compartilham
sentimentos, momentos em família e sempre jogam aberto, tem uma grande chance
de seus pais lidarem bem com a sua homossexualidade. Se os teus pais vêem os
assuntos sociais com visão moralista, mesmo que eles não as sigam, você pode
prever dificuldades em entenderem a sua sexualidade.
Inversão de papeis. Quando contar a seus pais da sua sexualidade, eles é que
terão de aprender contigo o que se passa com você. Ou seja, você vai na frente
e eles irão te acompanhar nas descobertas, sendo que você está anos a frente
neste processo de assimilação. Não vai ser fácil. Não acredite que tudo
será depressa. Muitos pais sentem a perda de todos os seus sonhos e projeções.
O importante é você mostrar que eles não perderam o filho que eles sempre sonharam
e sim que o sonho deles foi um pouco modificado e que você nem eles têm
culpa de você ser diferente, que o seu sonho é ser aceito com os seus sentimentos.
Com compreensão, amor e um jogo de ceder dos dois lados, irá tornar uma relação
recuperada e muitas vezes melhoria. O mais importante é que eles entendam o
valor da sua honestidade e você entenda o valor da honestidade deles.
Se os seus pais não faziam a mínima idéia, eles com certeza irão sofrer um choque.
É um momento de grande desgaste emocional, com choro, e às vezes dias neste
estado. Basta ter paciência e respeitar este estado de seus pais, que é um estado
que nosso organismo produz para se proteger de grande tensão e infelicidade.
Se os seus pais já desconfiavam, será um pouco mais fácil, a não ser se você
mentiu para eles quando eles quiseram saber anteriormente. A mentira não é legal,
se você não sabe se sente à vontade para falar no assunto, diga isso, não conte
de experiências suas. Embora muitos pais perguntem, eles não conseguem de primeira
entender como os homossexuais se amam.
A negação ajuda as pessoas se protegerem de mudanças, de uma mensagem ameaçadora
ou dolorosa. Demonstra que a informação começa a ser assimilada. As reações
de negação podem ser: Não coloquei filho no mundo para ser viado,
É só uma fase, vai passar, entre outras frases, onde os pais demonstram
ignorância da realidade, indiferença ou rejeição. Não dar ouvidos, mesmo quando
parecem provocações pois, nesta fase os pais tentam acreditar que os filhos
estão contra eles, mais uma forma de negação.
Nesta fase os pais insistem que fizeram algo de errado. O que é muito perigoso,
pois entre eles passam a se acusarem. Onde foi que eu errei, a mãe
geralmente leva a culpa por ter educado os filhos e o pai se sente
culpado por ter estado muitas vezes ausente. Quando os pais são separados, eles
se sentem mais culpados, aquele que ficou com a guarda do filho muitas vezes
acha que foi sua falha. Nesta fase os pais são verdadeiros egoístas, pois esquecem
o que você sente e passam a se preocupar em achar culpados. Raramente eles se
convencem de que erram, até porque não é verdade, quando eles passarem a
te culpar você irá perceber que eles estão saindo desta fase.
Agora, depois de fases improdutivas, porém necessárias, os pais passam a prestar
realmente atenção em você. As coisas parecem ter mais nexo e as conversas passam
a ser mais elucidativas. Alguns pais tem facilidade de se expressarem, outros
não. Nesta fase eles tentarão fazer você entender que não é certo e você poderá
demonstrar que optou em seguir o seu coração. Sentimentos como raiva, mágoa,
desespero se expressam nesta fase, você precisa de muita paciência e quem sabe
uma ajuda de fora, como um psicólogo.
À medida que o trauma emocional passa, abre espaço para a razão. Os pais refletem
e tomam decisões. É como se eles quisessem resolver o assunto, que muito já
foi discutido. Irmãos de homossexuais sempre pressionam os pais nestas ocasiões,
eles podem ser grandes aliados, assim como parentes próximos ou amigos dos seus
pais. A principal preocupação dos pais é com o preconceito da sociedade, o que
os amigos irão falar, lembre-se que eles querem o seu bem sempre, mas muitas
vezes não querem sair do armário como pais de homossexuais. É muito
importante que eles compreendam que você precisa estudar, crescer na vida, isso
faz parte dos sonhos deles, se comprometa em não ser totalmente diferente. Os
pais podem vir a apoiar de diversas formas, seguindo o que eles acham ser suficiente.
Alguns pais ignoram os fatos e decidem que não mais discutirão o assunto, isso
não é necessariamente negativo, eles chegaram nos limites e não estão prontos
para ultrapassá-los. Mostre a eles que você os ama, que você se cuida, que você
entende eles. Convide-os a conhecer seus amigos.
Guerrilha constante: Alguns pais não tolerantes transformam o assunto em um
tema de constantes agressões e cobranças. O que será muito desgastante para
o homossexual, que já lida com isso fora de casa, a todo o momento. Alguns pais
têm retrocessos e volta e meia dão um passo para trás. O importante é quando
você não vê progresso, procure outro caminho, como a independência financeira,
não jogue com agressões como sair da escola, falar que vai se matar ou chantagens
emocionais. Mostre sempre que você joga com a honestidade e que espera que eles
entendam que você jamais fez isso para contrariá-los.
Nem todos os pais conseguem chegar até aqui. Em uma aceitação total. Alguns
amam seus filhos, sem aceitar a vida do filho. Outros, porém, chegam a festejar
a diferença de seu filho. O pai perfeito para um homossexual seria aquele que
se junta a seu filho para tornar a sociedade mais receptiva à diversidade humana,
que entende o que o filho passa todos os dias e que espera que ele lute contra
as injustiças e homofobia da sociedade, e que sempre poderá contar com eles.
Nesta fase os pais sentem culpa de pertencer a uma sociedade culpada, uma sociedade
homofóbica e machista.
A igreja de Cristo precisa se voltar para abraçar estas vidas com amor incondicional.
Jesus deixou claro em suas palavras para que levássemos o seu Evangelho para
toda criatura, e toda criatura diz respeito também aos praticantes da homossexualidade.
O que temos feito como corpo de Cristo para ajudar vidas que desejam deixar
as práticas homossexuais?
30.1 O MOVIMENTO HOMOSSEXUAL
Casamentos homossexuais. Manifestações a favor de direitos homossexuais. Campanhas
pela aceitação social e legal da homossexualidade. De onde vêm essas reivindicações?
Que forças estão por trás delas? Aonde essas tendências levarão a sociedade?
Precisamos tentar entender os sinais dos tempos, olhando para o que ocorre no
mundo. Devemos interpretar os acontecimentos à luz da Palavra de Deus. Muito
do que está ocorrendo provém da globalização. A existência de grupos homossexuais
radicais é um fato recente e até há pouco tempo restrito a uns poucos cantinhos
escuros dos países industrializados. Mas, com o advento da globalização cultural,
as reivindicações de direitos dos homossexuais são agora um fenômeno presente
e crescente em quase todas as nações.
Dizemos fenômeno porque, embora o comportamento homossexual seja conhecido desde
os tempos mais antigos é a primeira vez na História que líderes homossexuais
estão trabalhando para unir toda a população homossexual. Além de trabalhar
para manter homens e mulheres presos à homossexualidade, o movimento também
está empenhado em proteger os homossexuais e as lésbicas contra o evangelismo
cristão. Os ativistas se enfurecem quando alguém se converte e abandona a homossexualidade.
Os que se mostram contrários às suas práticas passam a ser acusados de discriminadores.
Porque tais pessoas se tornaram vítimas de tanta intolerância por parte dos
militantes homossexuais? Porque se opuseram às tentativas dos militantes homossexuais
de alterar legalmente a definição de casamento, para que deixe de ser apenas
a união de um homem e uma mulher, forçando todos os cidadãos a fingir que é
tudo a mesma coisa.
A verdade porém, é que o movimento homossexual está apenas começando seu grande
projeto de homossexualização geral. Precisamos, então, conhecer seu sentido
e impacto na sociedade e nas igrejas. Enquanto os líderes cristãos dormem em
seu posto de vigia, o inimigo sente-se livre para agir. Por isso, as sociedades
sueca, norueguesa e dinamarquesa, cuja maioria absoluta da população é evangélica,
têm a legislação mais favorável à homossexualidade no mundo. Eles tornaram-se
como Ló e acomodaram-se às novas condutas. O meu povo está sendo destruído,
porque lhe falta conhecimento... (Oséias 4:6). Se não alcançarmos
os homossexuais comuns com o amor de Jesus agora, mais cedo ou mais tarde, os
militantes irão recrutá-los. Nós somos sal e luz e devemos influenciar a sociedade
e ajudar a preservar seus valores éticos e morais conforme em Mateus 5:13-16.
Caso contrário, a liderança homossexual introduzirá seus próprios padrões em
todas as esferas sociais. Nesse sentido, esta é uma indispensável obra de referência
para líderes cristãos, legisladores, políticos, juízes, professores, advogados,
educadores e para todos os que se preocupam com o bem-estar social. Embora não
seja fácil tratar claramente de certas práticas imorais do movimento, a orientação
que Deus dá em Efésios 5:11-13 é bem específica: ...tragam tudo isso para
a luz. Pois é vergonhoso até falar sobre o que eles fazem em segredo. E, quando
tudo é trazido para diante da luz, então se descobre a sua verdadeira natureza.
Não é prudente agir precipitadamente, sem ter o devido conhecimento (Provérbios
19:2). Com esse conhecimento, teremos condições de agir, permitindo que o Espírito
Santo nos encha e dirija. Poderemos deixar que o Senhor Jesus Cristo brilhe
desimpedidamente através de todas as oportunidades de testemunho cristão que
tivermos.
Procuremos abrir espaço em nossa igreja para pessoas e ministérios com visão
direcionada a responder aos diversos desafios do movimento homossexual. Não
deixemos, pois, a letargia de Ló, enfraquecer nosso testemunho cristão em momento
tão presente.
Após quatro anos de namoro, Adauto Belarmino Alves, 29, e Cláudio Nascimento
Silva, 23, formalizaram hoje sua relação de casal sob bênçãos de um ex-seminarista.
Nem mesmo a AIDS se transformou numa barreira para a festa de casamento
dos dois, que se dizem apaixonados. Alves tem o vírus da AIDS e afirma que só
pensa na vida. Eu não vou pensar em morrer. Ainda tenho muitas coisas
para fazer, afirma. Sob juras de intenso amor, os dois prometem continuar
a ter uma vida sexual ativa e segura... os dois são militantes de grupos que
lutam pelos direitos dos homossexuais...A cerimônia será baseada num casamento
de homossexuais que Alves assistiu há um ano na Suécia, celebrado por uma Igreja
de lá.
Antes de ser eleita deputada federal em 1994, Marta Suplicy sugeriu algumas
medidas, tais como: boicote a produtos e programas que desrespeitem o homossexual,
assim como reclamação aos órgãos da imprensa e ações jurídicas, quando devidas;
e educação sexual, para que as crianças e os adolescentes aprendam acerca da
homossexualidade. A Suécia e a Noruega, países escandinavos com forte tradição
evangélica, também adotaram uma legislação pró-homossexual.
Os grupos homossexuais, aliás, estão sabendo tirar proveito dessa liberação.
Seus líderes estão adotando estratégicas para levar os cidadãos comuns, autoridades,
instituições e igrejas a colaborarem, inconscientemente, com a revolução social
que o movimento homossexual pretende realizar.
Enquanto a maioria das pessoas demonstra indiferença e prefere não se envolver,
o movimento homossexual avança sob refinada máscara social. Quem se opuser a
ele ou condená-lo do ponto de vista moral, estará arriscando-se a ser tachado
de homofóbico indivíduo portador de doença descrita
como nojo ou medo da homossexualidade.
Na Inglaterra, a Associação de Planejamento Familiar recomendou o livro Transa
Legal, de Jane Cousins, para auxiliar nas aulas de educação sexual nas
escolas. Sobre a homossexualidade, esse livro ensina que: ..O modo como
gozamos o sexo deve ser um assunto de preferência individual. Não há motivo
para crer que, caso fôssemos parar numa ilha deserta apenas com uma pessoa do
mesmo sexo, não acharíamos fácil e natural manter uma relacionamento sexual
com ela. Muitas pessoas, se deixadas a seus próprios instintos, descobririam
que são bissexuais e poderiam gozar relacionamentos com mulheres e homens. Sexualmente,
os homossexuais têm os mesmos tipos de relacionamentos que os heterossexuais.
Eles podem ter relações sexuais por prazer, por curiosidade, por amizade ou
por amor. Eles dão e recebem prazer e satisfação beijando, deitando-se, tocando
e estimulando os órgãos sexuais um do outro com as mãos e com a boca, exatamente
como as pessoas que não são homossexuais. Alguns, mas não todos, homossexuais
masculinos, têm relação anal (que significa colocar o pênis dentro do ânus)
tal qual fazem alguns casais heterossexuais. Para os homossexuais, a relação
sexual é tão natural como é para as outras pessoas. Cabe a eles decidir o que
fazem e como dão e recebem prazer... A homossexualidade não é uma doença
é uma simples questão de instinto sexual dirigido ao mesmo sexo.
Ainda na Inglaterra, em 1985, o boletim do Grupo de Professores Homossexuais
manifestava claramente a intenção do movimento homossexual com relação aos livros
escolares: No currículo escolar, queremos desenvolver recursos e idéias
para melhorar a discussão e o ensino sobre relacionamentos pessoais e homossexualidade.
Onde for apropriado, incluiremos referências à homossexualidade.
No mesmo ano, o distrito de Newham, a leste de Londres, instruiu a União Nacional
de Professores a realizar campanhas a nível local e nacional a favor da ...promoção
de atitudes construtivas e positivas para com a homossexualidade no currículo
escolar e o desenvolvimento de material educativo para combater sexismo.
No Brasil, o Centro Internacional de Fecundidade do Adolescente ajuda a publicar
o periódico Transa legal, destinado a professores e estudantes.
A preocupação com os papéis sexuais é a característica mais significativa desse
tipo de educação. Trata-se de uma educação que rompe com as funções naturais
do homem e da mulher em favor da liberação individual. Os alunos são instruídos
a questionar os fatos normais da sexualidade masculina e feminina. Obviamente
esse debate tem como finalidade incliná-los a aceitar as novas e diferentes
formas de conduta sexual dentro da sociedade, tais como feminismo e a homossexualidade,
sem discriminação.
Outro importante livro usado por professores brasileiros é Educação Sexual
nas Escolas, publicado pelas Edições Paulinas, o qual declara: Muitos
homossexuais relatam que se definiram sexualmente a viver experiências heterossexuais
pressionados pela família, igreja e sociedade em geral. A intensidade de sentimentos,
emoções e atrações que as pessoas sentem, umas pelas outras, podem ser fatores
determinantes da parceria sexual de uma pessoa, desde que ela sinta livre de
preconceitos, medo e culpa.
Em 1985, Len Munsil, redator do jornal da Universidade Estadual do Arizona,
escreveu uma coluna chamada O Evangelho Homossexual. Nela,
ele dava orientações aos estudantes que tentavam encontrar a própria identidade
sexual. Aconselhava-os a fugir de um estilo de vida que os levaria à destruição,
tanto do corpo quanto da alma. Além das ameaças, palavrões e tentativas fracassadas
de perseguição, colocaram o nome dele e número de telefone nos banheiros usados
pelos homossexuais da cidade de Tempe.
Aproveitando esta pressão estrangeira, a deputada federal Marta Suplicy (PT-SP)
se dispôs a dar a sua contribuição para essa causa. Como presidente de honra
da conferência, foi saudada pelos homossexuais (inclui aqui as lésbicas) aos
gritos de poderosa e maravilhosa.
A infiltração homossexual tem sido sentida não só na política, educação e outros
meios sociais, mas também nas igrejas evangélicas. Em algumas, os líderes e
membros estão confusos e despreparados, não têm convicções bíblicas quanto às
práticas homossexuais. E os grupos ativistas homossexuais estão tirando proveito
disso. As igrejas homossexuais têm mais de quinhentos mil membros. A Igreja
da Comunidade Metropolitana é uma dessas e está se expandindo nos Estados Unidos.
Enviei um observador a um congresso avivalista deles, em Dallas, Texas. Cada
delegado, ao se registrar, recebia um pacote. Esse continha, entre outras coisas,
duas revistas masculinas de homens nus e uma lista de todos os bares para homossexuais
de Dallas. Eles podiam deixar o culto, ir para o bar escolhido e juntar-se
ao amante pelo resto da noite. E esses delegados se denominavam pastores.
Como eles cantavam! Eles louvavam o Senhor com entusiasmo. Mas o evangelista
deles alterou a mensagem do evangelho de forma formidável. Disse ele: É
verdade que Paulo condenou os homens que mudaram o uso natural e se inflamaram
uns com os outros. Entretanto isso não se aplica a nós. Não mudamos nada. Nascemos
desse jeito. Por isso, assumam abertamente o que são. Encham-se do Espírito
Santo e gozem sua homossexualidade.
Os líderes cristãos que se dispõem a desaprovar publicamente o estilo de vida
homossexual são condenados e tachados de anti-homossexuais, homófobos
e fanáticos religiosos pela imprensa. Assim, enquanto algumas igrejas,
com receio de perder membros e a aceitação popular, procuram assumir posicionamentos
que não desagradem à maioria, os homossexuais vão exigindo mais e mais direitos
especiais. Temos à disposição, na Palavra de Deus, o plano claro do Senhor para
a sexualidade humana. A confusão que existe sobre o papel sexual masculino
e feminino provém da liberdade de consciência sem a plena dependência das Escrituras.
Alguns acham que as passagens bíblicas sobre a função sexual do homem e da mulher
deveriam ser interpretadas levando-se em consideração as modernas descobertas
psicológicas e médicas.
Qual deve ser a nossa posição com relação aos que querem revisar o ensino sexual
da Bíblia com base na ciência e na psicologia moderna? Comentando sobre a atitude
correta do cristão diante da homossexualidade, o Dr. James Dobson escreveu na
edição de março de 1991, da revista Focus on the Family: ...não posso
apoiar o posicionamento revisionista das Escrituras, pois pretende interpretar
a homossexualidade apenas como outro estilo de vida disponível aos cristãos.
As pessoas que foram inspiradas por Deus para escrever a Bíblia não teriam referido
à homossexualidade com tal aversão se não fosse uma prática errada aos
olhos de Deus. Toda vez que essa perversão é mencionada no Novo Testamento,
está enumerada juntamente com os mais horrendos pecados e comportamentos. Veja
o que o apóstolo Paulo, por exemplo, escreveu em 1Coríntios 6:9,10 e em Romanos
1:26,27. Quando os ativistas gritam contra os cristãos que são a favor
da Palavra de Deus nua e crua sobre a homossexualidade ser errada aos olhos
de Deus, deve-se fazer como o Sr. Greer que ao ser atacado por militantes homossexuais
disse: Quando me atacam, eles atacam a Deus, não a mim. Não estou com
raiva. Ter raiva deles seria como ficar com raiva de um cego que pisou no meu
pé. Embora os homossexuais estejam envolvidos num estilo de vida destrutivo,
eu creio que eles são seres humanos criados à imagem de Deus. Não tenho medo
deles e como prova que me preocupo dom eles, desejo convidá-los a almoçar comigo.
O ato mais compassivo que posso praticar é dizer a verdade a eles, diz o pastor.
O governo e o movimento homossexual estão oferecendo a solução de sempre: educação
sexual nas escolas, TV, etc. Essa educação, na qual o governo tem investido
verbas monumentais, não só exalta a camisinha, mas também procura convencer
a todos de que o preservativo é a melhor proteção contra a AIDS e outras doenças
sexuais. Ninguém pode negar que a camisinha protege. Protege, por exemplo, as
pessoas da vergonha e do incômodo social de serem obrigadas a cessar seus relacionamentos
homossexuais ou heterossexuais; neste último caso, fora da fidelidade conjugal.
As campanhas educativas do governo e das organizações não governamentais não
condenam as práticas sexuais erradas dos heterossexuais nem as dos homossexuais,
que são a principal causa da presente crise (1984). Condenam apenas a ausência
da camisinha em seus atos. As propagandas de incentivo ao uso do preservativo
são, por enquanto, o recurso empregado pelos pervertidos para proteger a liberdade
e continuidade de suas relações sexuais-naturais.
As campanhas educativas de combate à AIDS, então, estão protegendo as condutas
sexuais imorais e prejudiciais à saúde contra a desaprovação social. Estão também
dando às pessoas uma falsa sensação de segurança. Muitos pensam que não precisam
se preocupar em parar suas relações sexuais não-naturais, desde que usem a camisinha.
Centenas de milhares de jovens homossexuais e heterossexuais hoje não estariam
mortos, dizimados pela AIDS, se tivessem sido devidamente prevenidos de que
o sexo sem compromisso poderia trazer-lhes um fim tão doloroso. E mais centenas
de milhares não estariam agora contaminados pelo vírus mortal se as propagandas
de sexo seguro não os tivessem incentivado a ter relações sexuais
fora do casamento heterossexual. Qualquer outro tipo de relacionamento sexual
é, sem dúvida, o maior aliado da AIDS e das doenças venéreas.
A história que narramos a seguir ocorreu em Israel, cerca de 1.300 anos antes
de Cristo. Certo levita e sua mulher tiveram de passar pelo território de Benjamin,
em sua viagem para a região montanhosa de Efraim. Como já estava tarde e a viagem
seria longa, eles resolveram parar em Gibeá para passar a noite. Contudo um
velho morador do lugar, sentindo penas deles, insistiu para que se hospedassem
em sua casa, pois o levita planejava dormir na praça da cidade. Certamente,
pensou o velho, esse sujeito não sabe as coisas que ocorrem por essas
ruas...
Mas o que poderia acontecer de estranho numa cidade pequena como Gibeá? Não
eram seus moradores da tribo de Benjamin, povo escolhido por Deus? No passado,
os homens daquela tribo eram soldados corajosos que marcharam sob a direção
do Senhor. Entre eles, assim como em todo Israel, nenhum tipo de pecado social
era tolerado, nada que pudesse ameaçar a família. As crianças podiam brincar
livremente na rua e as pessoas estavam sempre louvando o Senhor. No entanto
agora eles viviam em outro ambiente. A atmosfera dominante tornara-se diferente
porque eles não eliminaram completamente a influência dos pagãos de sua região.
O fato é que os costumes dos cananeus que habitavam no meio do povo de Benjamin
acabaram minando toda sua resistência moral. A homossexualidade, que era comumente
praticada nas religiões cananéias, foi aos poucos se introduzindo na vida social
do povo de Deus.
Como conseqüência, as ruas de Gibeá deixaram de ser seguras. Nelas agora rondavam
estupradores homossexuais. Foi por isso que o velho se dispôs a acolher os viajantes
em casa. Ele quis protegê-los de um eventual abuso sexual. Entretanto, já abrigados
em casa, eles foram surpreendidos com batidas insistentes na porta e homens
do lado de fora gritando ao velho: - Traga para fora o homem que está
na sua casa! Nós queremos ter relações com ele (Juízes 19:22). Gibeá,
antes cidade de moradores dedicados a Deus, encontrava-se agora dominada pela
influência homossexual. Esse mal chegara a tal ponto que um servo do Altíssimo
sofria ameaça de violência sexual na própria terra do Senhor! A tentativa de
estupro contra o levita e o crime sexual que se seguiu fizeram com que todas
as outras tribos de Israel se reunissem para exigir que aqueles homossexuais
fossem punidos.
Contudo os habitantes de Gibeá se colocaram ao lado de seus cidadãos homossexuais.
Aliás, toda a tribo de Benjamin não quis dar atenção aos outros israelitas,
pois a homossexualidade estava tão integrada em seu meio que, para eles, não
havia razão para erradicá-la só por causa de um crime cometido por uma minoria.
Mas o objetivo de Deus não era simplesmente castigar os excessos daqueles homens.
Ele queria cortar o mal pela raiz. Para que toda influência homossexual fosse
arrancada do meio do povo de Deus, o Senhor ordenou que os benjamitas fossem
combatidos. Na guerra que se seguiu, morreram quarenta mil soldados de Israel
e vinte e cinco mil de Benjamin, sem mencionar as vítimas civis, que foram em
número muito maior. Esse foi o preço que eles tiveram de pagar para deter a
ameaça homossexual, e Gibeá, com seus costumes homossexuais, foi totalmente
incendiada. Quanto à tribo de Benjamin, que se posicionara a favor dos direitos
dos homossexuais, quase foi extinta.
A tragédia moral de Gibeá é um alerta para a comunidade cristã de todos os tempos.
Ela mostra que não só a sociedade secular, mas também os próprios crentes são
suscetíveis de perder a aversão pelas opiniões e práticas sexuais erradas. O
ex-povo de Deus de Gibeá foi destruído porque não amou a Palavra do Senhor,
nem obedeceu a ela. Muitos hoje não querem dar atenção a esse alerta.
Exemplo disso é o relatório de 1993, da Igreja Evangélica Luterana dos Estados
Unidos, no qual se afirma: As pesquisas sociológicas e psicológicas modernas
têm estabelecido a distinção entre a orientação homossexual e a atividade homossexual.
Ninguém jamais soube disso antes. Os escritores dos livros da Bíblia certamente
não sabiam disso. A orientação sexual não é algo que uma pessoa escolhe. Provavelmente,
todas as pessoas nascem com uma orientação sexual particular, assim como algumas
nascem com olhos azuis, outras com olhos castanhos.... O relatório então
conclui que há casos em que a homossexualidade não pode ser condenada. Em resposta,
Larry Christenson, famoso teólogo luterano, escreveu: Todo ser humano
nasce com uma inclinação para o pecado. A orientação sexual não é uma distinção
moderna que requeira uma reavaliação radical da atitude da igreja para com a
homossexualidade. Essa é uma idéia que só prospera na mente de pessoas que querem
colocar a teoria sociológica no lugar da teologia da Bíblia.
Como a tribo de Benjamin, algumas denominações evangélicas, acompanhando as
tendências sociais, estão se tornando tolerantes para com a homossexualidade.
Obviamente essa complacência é também um dos desejos do movimento homossexual.
O vício dos sodomitas é uma barbaridade sem paralelo... A sodomia deseja o que
é totalmente contrário à natureza. De onde vem essa perversão? Sem dúvida vem
do diabo. Entretanto, muito antes da era cristã, o próprio judaísmo já se opunha
a essa prática, sendo a única religião do mundo antigo a manter esse posicionamento.
Na Grécia e em Roma, entre os fenícios e os cananeus, a preferência sexual de
um homem por outro, ou a relação de um homem com um menino, não era considerada
anormal. O judaísmo foi a primeira religião a afirmar que as relações
sexuais deveriam se confinar ao relacionamento conjugal. A Tora, a Lei de Moisés,
condena os atos homossexuais classificando-os como abominação, termo
reservado aos crimes mais graves. A Tora advertia aos judeus de que a terra
prometia que estavam para herdar os sodomitas caso seguissem
os costumes dos cananeus, um dos quais era a sodomia. Então, para proteger seu
povo de influências moral, espiritual e socialmente destrutivas, Deus prescreveu
a pena mais rigorosa para as práticas homossexuais: Se um homem tiver
relações com outro homem, os dois deverão ser mortos por causa desse ato nojento;
eles serão responsáveis pela sua própria morte (Levítico 20:13).
Portanto vemos que os homens que praticam a homossexualidade são condenados
à morte, embora as mulheres sejam poupadas. Mas muitos têm tentado evitar o
significado óbvio dessa passagem. Eles argumentam, por exemplo, que tal lei
foi criada só para Israel, e não se aplica a mais ninguém. Contudo a Bíblia
indica claramente o castigo de Deus contra outras nações que violaram essa lei.
Aliás, o Senhor disse aos judeus que ele estava aniquilando os cananeus por
causa de sua perversão sexual: Não imitem os costumes dos povos que eu
vou expulsar dali; conforme vocês forem tomando posse da terra. Eu fiquei aborrecido
com eles por causa das coisas imorais que faziam (Levítico 20:23).
Logo que os judeus se estabeleceram na terra, Deus colocou suas leis como testemunho
para os países vizinhos de Israel. Entendemos facilmente que o Senhor queria
que suas leis anti-sodomia influenciassem e mudassem os costumes pró-sodomia
daqueles países. No entanto por que será que as leis bíblicas anti-sodomia
só condenam os homens à morte? Já que a homossexualidade feminina é tão antigo
quanto a masculina, seria lógico supor que Deus deveria também prescrever a
pena capital para as lésbicas? Mas, estranhamente, ele poupa as mulheres. Será
mero preconceito divino contra os homens? Se não, qual é o elemento que isenta
as mulheres e condena os homens?
Para o Dr. Charles Provan, médico e escritor americano, em ambos os casos a
homossexualidade é considerada pecado pelos cristãos. Mas a razão por que na
Bíblia elas não são condenadas à morte e eles, sim, é que no caso dos homens
o sêmen é deliberadamente desperdiçado numa relação que, pela natureza, anula
a fertilidade. Caracteriza uma violação clara do propósito de Deus para a sexualidade
humana. Todos os teólogos mais importantes do passado afirmaram categoricamente,
com base em Gênesis 38:9,10, que toda relação sexual em que a fertilidade é
deliberadamente desperdiçada ou rejeitada em favor do prazer (como a masturbação,
a relação anal e oral, o coito interrompido, etc.) perverte o ato sexual originalmente
planejado por Deus. Lutero também mantinha essa opinião. Para ele, o pecado
dos homossexuais é comparado ao de Onã. E João Calvino, um dos maiores teólogos
que a cristandade já conheceu, não só condenou a homossexualidade, mas também
declarou que o desperdício do sêmen... é algo monstruoso. Tanto
Lutero quanto Calvino acreditavam ser o sêmen a semente da vida e, conforme
seu posicionamento, o pecado de Onã e os atos sexuais dos homossexuais masculinos
têm um elemento em comum: o desperdício intencional dessa semente.
Entretanto, independentemente da teologia protestante tradicional, até mesmo
Sigmund Freud, psiquiatra e fundador da psicanálise, soube reconhecer o que
é perversão sexual. Embora rejeitasse a tradição judaico-cristã, ele recomendou
publicamente um critério útil pelo qual podemos avaliar as atividades sexuais.
As seguintes citações são de uma série de palestras dadas por ele em Viena,
Áustria, em 1917: Nosso dever é oferecer uma teoria satisfatória que esclareça
a existência de todas as perversões descritas e explicar sua relação com a chamada
sexualidade normal. Tais desvios do objeto sexual, tais relacionamentos anormais
ao propósito sexual, têm se manifestado desde o começo da humanidade em todas
as épocas das quais temos conhecimento, e em todas as raças, das mais primitivas
às mais altamente civilizadas. Às vezes têm tido êxito em alcançar a tolerância
e a aceitação geral. Além disso, uma característica comum a todas as perversões
é que nelas se coloca de lado a reprodução. Este é realmente o critério pelo
qual julgamos se uma atividade sexual é pervertida quando ela não tem
vista a reprodução e vai atrás da obtenção de prazer independente. Você entenderá,
pois, que o ponto decisivo no desenvolvimento da vida sexual está em subordiná-la
ao propósito da reprodução... tudo o que se recusa a se adaptar a essa finalidade
e só é útil para a busca de prazer é chamado pelo vergonhoso título de perversão
e como tal é desprezado.
É claro que Freud não limita a definição de perversão sexual à homossexualidade
apenas, mas suas observações indicam o principal motivo por que a homossexualidade
está entre os comportamentos sexuais inaceitáveis. Deus não aceita esta conduta
porque, embora esteja plenamente aberta ao prazer sexual, acha-se totalmente
fechada à transmissão natural da vida. Portanto não devemos estranhar que Lutero
tenha considerado os atos sexuais intencionalmente estéreis de Onã comparáveis
à sodomia. Aliás, ele achava o comportamento sexual de Onã pior do que o incesto
e o adultério. Mas não se deve fazer uma idéia errada da opinião de Lutero.
Ele queria dizer, embora o incesto e o adultério sejam pecados terríveis, pelo
menos neles o ato sexual é praticado de maneira natural, deixando a natureza
seguir o seu curso. Contudo não é só Bíblia, a tradição judaica e a cristã que
condenam a sodomia. As próprias pessoas que já estiveram envolvidas na homossexualidade
agora reconhecem que esse estilo de vida não é natural. Não existe nenhuma evidência
conclusiva que prove que a pessoa nasça com a homossexualidade.
Não existe a tal inclinação para o envolvimento homossexual, diz
o Dr. George A Rekers, professor de neuropsiquiatria da Escola de Medicina da
Universidade da Carolina do Sul. Pelo contrário, há situações adversas na vida
de uma criança que podem levá-la a tentações homossexuais. Tais fatores podem
surgir dentro da família. Muitos homens homossexuais, por exemplo, nunca sentiram
calor humano e aceitação por parte de seus pais. Alguns viveram com mães dominadoras
e hostis. Outros fatores importantes são rejeição por parte dos amigos, violência
sexual cometida por homossexuais, relações sexuais com indivíduos do mesmo sexo
e ausência de uma educação sexual saudável. No caso da lésbica, a falta de união
com a mãe muitas vezes leva a um sentimento de isolamento de pessoas do sexo
feminino. Nunca me senti como uma menina. Essa falta de identidade sexual também
pode ser porque seu pai não lhe deu segurança e incentivo em sua identidade
feminina. É muito comum um trauma sexual ser a causa da formação da lésbica.
Pelo menos oitenta e cinco por cento das lésbicas com quem converso foram vítimas
de abuso sexual. Essas questões, ainda que tenham raízes profundas, não são
difíceis demais para Deus resolver. Ele é o Deus da esperança (Romanos 15:13).
A sociedade de um modo geral, não parece inquietar-se com o movimento homossexual,
nem com a existência de uma campanha deliberada para mudar a atitude das pessoas
com relação ao modo de vida homossexual. A realidade, porém, está aí. Graças
aos esforços de uma minoria, países como a Suécia, a Noruega e a Dinamarca,
com população predominantemente evangélica, têm as mais avançadas leis de proteção
à homossexualidade do mundo. Por que toda essa tolerância em nações com forte
tradição evangélica? Porque, em parte, estes são os dias mais difíceis dos últimos
tempos, nos quais as pessoas amam mais os prazeres do que a Deus. E também,
porque a cultura de Sodoma e Gomorra está se tornando a da sociedade moderna,
na qual o conforto material é a principal preocupação. Um dos fatores mais importantes
na presente mudança de valores da sociedade é que o ato sexual está sendo
totalmente separado da reprodução.
O fato é que o movimento homossexual e o feminista estão tentando minimizar
as diferenças entre os homens e as mulheres no trabalho, lazer e moda. A finalidade
é demolir os padrões sexuais tradicionais e criar um ambiente favorável à homossexualização
da sociedade. A tendência de misturar os papéis masculinos e femininos está
em moda na sociedade atual. As mulheres jogam futebol e usam calças. Os homens
assistem a novelas e usam brincos. Vê-se pouca identidade sexual no comprimento
dos seus cabelos, em suas maneiras, interesses ou ocupações, e a tendência é
se igualar ainda mais. Tal falta de distinção entre os homens e as mulheres
causa muita confusão na mente das crianças com relação à sua própria identidade
de papel sexual. Elas ficam sem um modelo claro para imitar e acabam tendo de
andar sozinhas como que cegas, à procura da conduta e atitudes apropriadas para
elas.
É quase certo que esse obscurecimento dos papéis sexuais está contribuindo para
a explosão da homossexualidade e da confusão sexual que enfrentamos hoje. A
História mostra que as atitudes unissex sempre aparecem antes da deterioração
de destruição das sociedades que se deixam levar por essa tendência. O Dr. Charles
Winick, profesor de Antropología na Universidade Municipal de Nova Iorque, estudou
duas mil culturas diversas e encontrou cinqüenta e cinco que se caracterizavam
pela ambigüidade sexual. Nenhuma delas sobreviveu. A eliminação das diferenças
entre o sexo masculino e o feminino é extremamente prejudicial à saúde psicológica
das crianças. A sociedade como um todo sente-se impotente diante das mudanças
comportamentais que o feminismo e a homossexualidade tentam impor. Nesse clima,
muitos cristãos, assim como Ló, simplesmente se acomodam, achando que pouco
ou nada podem fazer. Ló não era homossexual. O simples fato de viver numa
sociedade onde a homossexualidade era aceita não o tornou um deles. Ele nem
mesmo gostava do que faziam. Todos os dias esse homem bom, que vivia entre
eles, sofria no seu bom coração (2 Pedro 2:8). Mas a sua passividade e
inércia lhe custaram caro. Primeiro perdeu valores morais e espirituais, depois
ficou sem a esposa e, por último, sobreveio-lhe a ruína moral e espiritual de
seu lar e filhas. O ambiente social de Sodoma e Gomorra foi bastante prejudicial
à família de Ló. Isso mostra como a mera aceitação da homossexualidade nas leis,
religião e educação tem um efeito negativo sobre a saúde espiritual das famílias.
O que Ló descobriu tarde demais é que a homossexualização da sociedade sempre
acaba, de uma forma ou de outra, prejudicando a todos, mesmo a quem nada tem
a ver com isso. A realidade é que toda perversão sexual, hetero ou homo,
traz graves conseqüências sociais.
Quando a promiscuidade sexual ganha lugar na vida de uma pessoa, é grande a
probabilidade de virem experiências violentas em seguida. Conforme o sociólogo
Paul Marx declara: Até mesmo o pagão Sigmund Freud observou que o abuso
do sexo sempre leva à violência. Vendo os abortos, os estupros, a violência
sexual contra as crianças, os suicídios e a pornografia, quem é que pode discordar
disso?
Toda tentativa de conceder aceitação social e proteção legal à sodomia é como
causar rachaduras numa grande represa que, caso se desmorone, acabará deixando
toda a sociedade submersa na violência e no caos. A Crise da AIDS nos anos 80
bem pode ser um dos sinais disso. As autoridades médicas e governamentais nada
fizeram para deter a promiscuidade homossexual durante a década de 80. No início,
a maioria esmagadora dos casos estava restrita aos homossexuais masculinos.
Agora a AIDS ameaça toda a sociedade, inclusive quem nada tem a ver com a homossexualidade.
Lamentavelmente, a condescendência para com a conduta homossexual acabou favorecendo
também a aceitação da promiscuidade heterossexual como sendo normal. Isso certamente
contribuirá ainda mais para o aumento dessa e de outras doenças venéreas que
evidenciam o desreipeito à natureza humana. Os movimentos homossexuais existentes
tem como finalidade em fazer com que as pessoas tenham liberdade, amparada por
lei, de adotar estilos de vida contrários à natureza.
Entretanto não precisamos deixar que a moderna sociedade brasileira sofra o
mesmo cataclismo que sofreu Sodoma e Gomorra, pois Deus deseja impedir o avanço
da homossexualidade. Para isso, ele quer colocar em ação o seu plano, usando
todo cristão brasileiro para a batalha espiritual. Onde essa guerra ocorre?
No coração das pessoas. É exatamente aí que Satanás atua, cega o entendimento
e faz com que queiram manter relacionamentos sexuais contrários ao propósito
de Deus (2Coríntios 4:4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento
dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz da glória do evangelho de
Cristo). Nossa principal arma é o evangelismo, pois podemos derrotar o
movimento homossexual ao ganhar os homossexuais para Jesus. Assim, eles serão
sal e luz no mundo, pregando o evangelho e ajudando a mudar as leis de tolerância
a esse mal. Acima de tudo, a fim de podermos combater eficazmente essa perversão
e ajudar na libertação daqueles que se acham acorrentados a ela, precisamos
aprender a depender do Espírito Santo de Deus e usar seus dons. A vida cristã
sem a plenitude do Espírito Santo de Deus deixa um testemunho religioso desinteressante
aos olhos de muitos homossexuais que estão sedentos por uma experiência real
com o mesmo Jesus dos evangelhos, um Cristo vivo que cura e liberta. E, pior
ainda, torna muitos cristãos inoperantes no meio de uma sociedade moralmente
decadente.
Temos, pois, de escolher o tipo de testemunho que daremos nesses últimos dias.
Podemos ficar apenas aborrecidos com o que ocorre ao nosso redor, como Ló, que
acabou sofrendo grandes perdas pessoais por não querer intervir espiritualmente
em sua comunidade imoral. Ou então assumimos a nossa responsabilidade de proclamar
e demonstrar o evangelho do reino de Deus a todos os homossexuais. Só assim
estaremos colaborando para destruir as cadeias que prendem esses indivíduos
à homossexualidade e impedir a formação de Gibeás no meio da Igreja
Evangélica brasileira. Como cristãos não podemos permanecer indiferentes à expansão
da homossexualidade. Como movimento, ele ameaça o próprio alicerce da sociedade.
Não há dúvida de que ele não tolera a família tradicional. O movimento homossexual
vê a família tradicional como inimiga de seus interesses. É que em lares saudáveis,
o pai exerce papel de liderança, sendo para os filhos um modelo cristão
de masculinidade. Comprovadamente muitos homens e mulheres se engajam em movimentos
feministas e homossexuais como conseqüência de algum trauma sofrido na infância
ou adolescência. Pode ter sido a separação dos pais ou outro drama vivenciado.
No entanto essas pessoas desejariam, de um modo ou de outro, ser livres para
ter uma vida normal. Como exemplo cito um rapaz que teve uma infância
sem oportunidades de desenvolver um relacionamento saudável com o pai, que costumava
embriagar-se e ser violento. Aos oito anos, ele e dois amigos da mesma idade
começaram a se relacionar sexualmente entre si. Eu era jovem demais para
compreender o que estava acontecendo, mas as coisas que fazíamos me levaram
à conduta homossexual. Só a transformação espiritual pode remover do indivíduo
a causa da homossexualidade. Portanto proclamamos e demonstramos que Jesus é
a esperança de quem perdeu a identidade moral e sexual. Só ele pode perdoar,
curar e renovar qualquer homem ou mulher que queira se livrar dessa perversão.
Deve-se alertar e capacitar os crentes a ajudar os homossexuais que estão buscando
Jesus. Teremos de deixar o Espírito Santo capacitar-nos para glorificar Jesus
com a salvação de muitas vidas. No centro dessa guerra estão os esforços do
inimigo para manipular aqueles que se encontram oprimidos pelas lutas pessoais
contra a atração que sentem por indivíduos do mesmo sexo. Usando essa vulnerabilidade,
ele quer confundir e enganar os que buscam uma solução para suas inclinações.
Uma de suas principais táticas é perpetuar a mentira de que Jesus Cristo é hostil
aos que lutam com o pecado, ou que ele não quer ou não pode redimi-los e transformá-los.
Quando o maligno alcança sucesso e faz o homossexual acreditar que a verdade
e a graça de Jesus não são importantes, ele leva esse indivíduo a sentir-se
livre e confiante em sua identidade homossexual. E ao experimentar sua primeira
relação homossexual, faminto por intimidade com o mesmo sexo, ele é batizado
no estilo de vida homossexual, ativando assim o plano de mudança elaborado pelo
inimigo. Inicia-se um processo no qual a verdade se torna mentira e vice-versa.
O que antes era um problema, um conflito ou um pecado para o homossexual, torna-se
o lado mais importante de sua existência.
O movimento homossexual promove suas mentiras através dos meios de comunicação.
São inúmeras informações científicas a favor da homossexualidade,
apresentado-a como uma variação genética normal. Nesse sentido, concedem ao
homossexual insensibilidade moral, livrando-o de se culpar pelas escolhas que
determinam sua conduta e estilo de vida. Além disso, o distanciam do reconhecimento
dos traumas e sofrimentos passados que deram origem à sua inclinação homossexual.
O movimento ainda não conseguiu recrutar no Brasil um grande número de homossexuais
para o seu radicalismo político e social. É que o homossexual brasileiro, pelo
menos por enquanto, parece ter muito pouco interesse em envolver-se no movimento.
Esse desinteresse pode ser visto como um fator positivo para o evangelismo cristão,
mas é difícil discernir um meio de aproveitar tal oportunidade. A maioria dos
homossexuais não está disposta a aceitar o que a Bíblia fala sobre seu estilo
de vida. Um jovem ex-homossexual, por exemplo, comentou que, mesmo sabendo que
estava errado, ele não queria a verdade sobre a questão. Aliás, ele jamais aceitava
que se falasse negativamente de suas práticas. Para os homossexuais que estão
sob influência direta do movimento, os evangélicos são hostis aos homossexuais.
Igrejas para homossexuais tem incentivado uma falsa compaixão que, em nome do
amor, dá sua aprovação cristã a todos os tipos de maldade moral,
inclusive a sodomia. Muitas igrejas pró-homossexuais são presididas por pastores
descontrolados em seus apetites sexuais. Eles abusam de sua autoridade usando
suas ovelhas para satisfazer a própria sensualidade (Ezequiel 34:2-10). Há igrejas
hoje onde prevalece a imoralidade sexual, sobre as quais o julgamento de Deus
será grave. Contudo muitas igrejas erram tomando a direção oposta. Elas reagem
ao movimento fechando suas portas para os homossexuais e se trancando em seu
exclusivismo religioso, a fim de proteger sua moralidade. Esquecem-se de que
foi a misericórdia de Deus que os salvou de seus próprios pecados. Essas
igrejas não conseguem estender misericórdia aos necessitados e deixam-se dominar
por um espírito hostil para com os que são diferentes. Pelo seu apego
às tradições religiosas, erguem uma muralha entre elas e os pecadores.
Os cristãos conservadores não deveriam deixar de proclamar, com sabedoria, a
verdade de Deus sobre a homossexualidade. Precisam ter em mente que o ensino
bíblico é o mais adequado para desestimular a entrada de alguém na homossexualidade.
É triste constatar que, na maioria dos casos, quem já está dentro da homossexualidade
não busca Jesus para deixar seu estilo de vida. Muitos não sentem nem reconhecem
que precisam libertar-se das suas inclinações sexuais erradas, e muitas vezes
se enfurecem com a verdade bíblica. Por isso, a maioria das igrejas cristãs
acha difícil alcançar diretamente os homossexuais com uma abordagem evangelística
específica a essa questão.
Então como é que nós, cristãos, podemos alcançá-los e ajudá-los? Primeiramente,
abrindo-nos para os ministérios do Espírito Santo. Em algum momento de sua vida,
o homossexual vai procurar um meio de se ver livre da homossexualidade e de
outra opressão que o perturbe. Nesse estado de vulnerabilidade, ele estará aberto
à possibilidade de recorrer a uma igreja cristã, desde que não seja bombardeado
com argumentos contra a homossexualidade.
Ao receber assistência espiritual adequada para os problemas que o trouxeram
à igreja, ele provavelmente se abrirá mais a Jesus. Com a ajuda do Espírito
Santo de Deus e seus dons é possível leva-lo a experimentar o amor de Cristo.
Assim ele vai à igreja em busca de solução para um problema específico e acaba
ganhando uma chance de sentir a misericórdia do Senhor. Essa oportunidade pode
ser bem positiva e na maioria dos casos o homossexual só sente o desejo de abandonar
seu estilo de vida depois de ter uma experiência com Jesus.
O movimento homossexual está lutando para alcançar os homossexuais em geral,
para transformá-los em militantes e protegê-los contra o evangelismo cristão.
Enquanto a grande maioria dos homossexuais brasileiros ainda não foi apanhada
na rede dos grupos ativistas radicais, precisamos aproveitar todas as oportunidades
de alcançá-los. É preciso que o façamos mesmo que seja indiretamente, através
dos serviços de aconselhamento que nossas igrejas oferecem aos angustiados e
oprimidos.
Contudo não devemos cair no erro de aceitar o homossexual e, junto, a homossexualidade
e nem no erro de rejeitar a homossexualidade e por conseguinte o homossexual.
Em nosso esforço para ajudá-los devemos evitar os dois extremos, mediante uma
abordagem equilibrada e criativa dirigida pelo Espírito Santo.
O engano do inimigo muitas vezes impede o homossexual de aceitar a verdade sobre
seu estilo de vida. Precisamos orar com o coração aberto e sensível a Deus e
permitir que o Espírito Santo de Deus nos guie e nos ensine estratégias inteligentes.
Assim poderemos, com amor e prudência, levar à presença de Jesus a pessoa que
vem até nossa igreja atormentada por pensamentos suicidas ou por outro tipo
de opressão, mas que também se acha presa à ilusão homossexual. Vamos ajudá-la
a resolver os problemas que a trouxeram a nós e permitir que o próprio Senhor
toque em sua área sexual.
Só Jesus pode levar o pecador homossexual a um estado em que ele reconheça que
precisa se libertar da homossexualidade. E só Cristo pode nos dar a compaixão
divina de amar o pecador homossexual, ainda que sintamos natural repulsa por
suas práticas sexuais. Este não é de modo algum um desafio simples, mas precisamos
compreender a verdade de que Deus nos salvou para alcançar outros. Por meio
da libertação e salvação que nós mesmos recebemos através da cruz, podemos agora
deixar que o Senhor nos levante como guerreiros que transmitem cura e libertação.
A compaixão nos impele a aceitar o desafio de trazer cura. Essa tarefa
se torna ainda mais urgente quando sabemos dos esforços do inimigo para distorcer
e finalmente destruir as criaturas de Deus, através das pretensões da identidade
homossexual e do movimento homossexual. Conhecemos as mentiras do adversário
quando vemos homens e mulheres assumindo uma identidade sexual que violenta
o que o Criador tem de melhor para seus filhos e filhas. Devemos avançar em
nome daquele que nos salvou e reivindicaremos para ele essas ovelhas perdidas.
O Criador quer suas criaturas. Ele não quer que ninguém seja destruído pelos
males desta geração.
Que as igrejas se disponham a receber os homossexuais com braços abertos e cheios
de graça. Só assim eles terão a oportunidade de conhecer o bom Pastor e ser
livres das forças demoníacas da identidade homossexual e do movimento homossexual.
Entretanto precisamos compreender que embora nosso chamado principal seja levar
o evangelho a todos os homens e mulheres que estão presos ao pecado da homossexualidade,
é impossível garantir que todos aceitarão o evangelho e a libertação que Jesus
Cristo oferece gratuitamente. Sem dúvida alguma, só o evangelho pode libertar
totalmente o homem de toda inclinação à perversão e à injustiça. Mas nem todos
querem aceitar o amor, o perdão e a vida de Jesus Cristo. Deus deu o evangelho
para salvar, mas as leis ele deu para trazer ordem social. Para que as tendências
pecaminosas, egoístas e destrutivas do ser humano não causem o caos na sociedade,
as pessoas precisam ser governadas, ter uma legislação. A lei não foi dada para
salvar, mas porque precisamos ser protegidos uns dos outros. Contudo o movimento
homossexual está lutando para que as leis sejam mudadas e favoreçam a sodomia,
de modo que toda a sociedade seja legalmente obrigada a aceitar e respeitar
essa e outras práticas.
Para o Deus Eterno controlar a mente de um rei é tão fácil como dirigir
a correnteza de um rio (Provérbios 21:1). Algo dentro de nós tem de se
levantar para fazer oposição à feia garra do sadismo, do feminismo, do humanismo
secular, das práticas econômicas ímpias e da pornografia. Precisamos parar
de nos ver apenas como um grupo de pessoas sentadas num ponto de ônibus aguardando
a hora de ir para o céu. Somos a esperança do mundo. Somos o sal da terra. Somos
a luz do mundo. Não podemos forçar as pessoas a aceitarem o evangelho e assim
serem libertas do pecado do assassinato, do estupro, do roubo e da perversão.
Entretanto podemos e devemos nos esforçar para que a justiça seja estabelecida
mediante leis que controlam e restringem toda tendência a esses pecados. As
leis dentro da sociedade, pois, existem para proteger seus cidadãos contra as
ações e comportamentos prejudiciais a si mesmos e a outros. Elas podem não transformar
as pessoas, como faz o evangelho, mas pelo menos ajudam a impedir os maus de
destruir a ordem social. Entretanto, para mudar essas leis tradicionalmente
aceitas pela civilização ocidental, o movimento homossexual está contando com
a disposição e a colaboração de autoridades que não possuem princípios morais.
Essas nada têm de Deus, pois fazem leis que apóiam condutas erradas ou manipulam
as leis conforme lhes convêm.
Nós cristãos, temos de fazer nossa parte para impedir que o movimento homossexual
influencie e corrompa a legislação, a educação e a sociedade em geral. Assim,
estaremos ajudando também a proteger a integridade moral e física de homens,
mulheres e crianças. É necessária essa proteção contra leis e estímulos sociais
e educacionais que encorajam a sodomia. Decisões judiciais corretas devem ser
plenamente apoiadas por todos os cristãos, pois quando os maus têm liberdade
para legalizar práticas erradas, até quem é correto pode também acabar fazendo
o que é errado. No entanto, se o crente começar a achar que Deus só se preocupa
com seus assuntos espirituais (graça, perdão, dons espirituais, etc.), provavelmente
abandonará as questões sociais (aborto, eutanásia, feminismo, homossexualidade,
etc.), e se isolará da sociedade secular.
Edmund Burke, grande estadista inglês (1729-1797), declarou algo que é útil
também aos cristãos de hoje, que não sentem necessidade de trabalhar pelo estabelecimento
e preservação da justiça social: A única coisa necessária para que o mal
triunfe é os bons não fazerem nada. Qual a conseqüência da liberdade quando
as pessoas não têm bom senso e integridade? Os maiores males possíveis, tais
como falta de juízo, pecados sexuais e loucura, sem limites. As pessoas têm
direito legal à liberdade civil na proporção exata de sua disposição em colocar
limitações nos próprios desejos sensuais. A sociedade não tem condições de existir
sem que haja algum tipo de autoridade que controle a vontade e os apetites sensuais
das pessoas. Quanto menos responsabilidade as pessoas têm em sua vida particular,
mais controle deve existir na sociedade. Está ordenado na eterna constituição
das coisas que as pessoas que não controlam seus desejos e apetites sensuais
não sejam livres. Suas paixões fazem suas algemas.
Portanto precisamos compreender que a razão e as leis são bons instrumentos
para se manter em ordem e sob controle os relacionamentos dentro da sociedade
secular. É claro que uma lei não pode obrigar um homem a ser heterossexual.
Mas, dentro de limites razoáveis, ela pode impedi-lo de ser física e psicologicamente
destruído pela homossexualidade. Com certeza, pode impedir a aceitação de sua
destruição e a de outros na sociedade, principalmente as crianças inocentes.
A educação sobre o uso da camisinha para estudantes adolescentes não visa à
erradicação das epidemias sexuais. Determina, sim, a normalização da nova ética:
que a relação sexual não precisa mais ser conjugal para ser socialmente aceita.
Esse fato é tudo o que precisamos saber sobre as campanhas de uso do preservativo
voltadas ao público adolescente. Nos Estados Unidos, devido à politização da
AIDS, meninos e meninas de onze anos têm sido expostos, na escola, a aulas em
que a professora explica sem rodeios como ter relação anal e oral segura.
As organizações homossexuais distribuem camisinhas nas salas de aula. Tal iniciativa
dos ativistas está melhorando a imagem da homossexualidade e ganhando aplausos
da sociedade, por causa da suposta preocupação que o movimento está demonstrando
para com a saúde sexual dos jovens.
No entanto podemos imitar os americanos no que é bom. Graças à ação social de
pais e advogados preocupados com o bem-estar dos jovens, em 1993 o Supremo Tribunal
de Nova Iorque declarou que as escolas públicas nova-iorquinas estão: ...proibidas
de dar camisinhas para estudantes menores de idade sem o consentimento prévio
de seus pais ou guardiões. O programa de distribuição de preservativos equivale
a desculpar a promiscuidade e permissividade sexual. A exposição a camisinhas
e sua fácil disponibilidade podem incentivar os adolescentes a ter relações
sexuais mais cedo e com mais freqüência, enfraquecendo assim seus valores morais
religiosos. O tribunal concorda que dar camisinhas aos estudantes a pedido deles
não tem relação alguma com educação. Os pais não são obrigados pelo governo
a mandar seus filhos para um ambiente onde eles terão permissão, ou até mesmo
incentivo, para obter anticoncepcionais, se os pais desaprovam isso de acordo
com sua convicção pessoal. Nenhuma autoridade judicial ou legislativa orienta
ou permite que os professores e outros educadores dêem camisinhas aos estudantes
menores de idade sem o conhecimento e o consentimento dos pais. E também acreditamos
que eles não têm nenhuma autoridade inerente para fazer isso. Os pais gozam
uma liberdade legal reconhecida de criar e educar seus filhos de acordo com
sua própria maneira de pensar. A Constituição dá a eles o direito de controlar
a conduta sexual de seus filhos o melhor que puderem. Não se pode apontar a
ameaça da AIDS como motivo para forçar os pais a renunciar seu direito de educar
os próprios filhos especificamente, seu direito de influenciar e guiar
a atividade sexual de seus filhos sem interferência estatal.
Já no século XVI, Martinho Lutero se preocupava que tudo estaria arruinado se
a Bíblia deixasse de ser o alicerce principal da educação: Temo que as
escolas acabem mostrando no final que são grandes portas do inferno, a não ser
que elas se dediquem diligentemente ao trabalho de explicar as Escrituras Sagradas,
gravando-as no coração dos jovens. Não aconselho ninguém a colocar seu filho
num lugar em que a Bíblia não reine de modo supremo. Toda instituição, na qual
as pessoas não se ocupam mais e mais com a Palavra de Deus, está condenada a
se corromper.
Séculos mais tarde, o comunismo, o fascismo e o nazismo estabeleceram, de forma
compulsória, a educação primária sem a Bíblia. Arrancaram o direito prioritário
dos pais na formação moral e ética de seus filhos. Nasceu, assim, o moderno
sistema educacional, no qual as igrejas cristãs não têm mais papel predominante,
no qual o controle e as decisões importantes pertencem ao governo. Foi assim
o fim da histórica ligação igreja/escola e o começo do casamento governo/escola,
uma união que, comprovadamente, tem sido um desastre para a saúde física, moral
e espiritual de milhões de crianças da nossa geração. Todo espaço que
as igrejas desocupam na educação é inevitavelmente ocupado pelos movimentos
radicais, o que de fato já está ocorrendo.
Os cristãos que ocupam cargos públicos deveriam também ser incentivados a trabalhar
para que o Estado seja liberto da pressão de grupos radicais que se aproveitam
dele para controlar as escolas, separando a educação da ética cristã e interferindo
na sexualidade das crianças. Dee Jepsen, que foi assistente especial do presidente
dos Estados Unidos, Ronald Reagean, dá o seguinte testemunho: ...mas não
é para isso que estou na política neste exato momento. Só ficaria satisfeita
se fizesse o que, em minha opinião, o Senhor quer que eu faça. Seja qual for
o preço a pagar, tenho de saber que estou fazendo o que Deus me manda fazer.
Entretanto não precisamos esperar tornar-nos importantes na política para confrontar
o mal. Só os valores bíblicos podem preencher o vazio moral e ético que a sociedade
e o Estado estão sentindo na educação pública. O governo jamais teve condições
de preencher esse vazio. Sua suposta neutralidade moral é a causa
de seu fracasso educacional. Se, por exemplo, uma criança apresenta um problema
de desorientação sexual, a única coisa que o Estado pode fazer por ela na escola
é encaminhá-la ao psicólogo. Esse, em vez de ajudá-la a compreender o que é
certo e errado na sexualidade, fará com que se sinta bem com qualquer inclinação
sexual que ela tiver. Mas pelo menos as crianças criadas em ambiente fortemente
evangélico desenvolverão recursos espirituais para evitar essas armadilhas da
vida. Sem a Bíblia a educação é inútil. Os inimigos desta ética estão bem cientes
da importância da família cristã. É por isso que o lobby homossexual está tão
empenhado em introduzir seus planos nas salas de aula, sob a máscara de educação
de saúde ou orientação sexual.
Fala-se muito hoje em feridas emocionais. São traumas causados às pessoas que,
de uma forma ou de outra, foram prejudicadas por alguém. Pode ter sido pelos
pais, parentes, amigos, conhecidos ou mesmo estranhos. Parece que a maioria
dos casos de problemas emocionais é os de crianças que foram física ou psicologicamente
molestadas por pais alcoólatras. São histórias que envolvem relacionamentos
tumultuados com pais insensíveis. São casos nos quais homens e mulheres levam
na alma marcas dolorosas de todos os tipos de palavras e atos cruéis cometidos
contra eles na infância.
Na verdade, se os cristãos não souberem ajudar as pessoas que se encontram nessas
condições, eles poderão oferecer muito pouco aos homossexuais. É que esses têm
de carregar, além da carga dos traumas dos pecados que decidiram cometer, também
a dos traumas acima mencionados. Eles vivem emocionalmente presos aos pecados
que cometem e aos pecados cometidos contra eles. Isso torna-os presas fáceis
do movimento homossexual, cuja meta é alcançar e recrutar todos os homossexuais
e usá-los para empreender a homossexualização da sociedade. É claro que seria
melhor ensinar as pessoas a evitar a homossexualidade do que remediar suas conseqüências.
Mas nem todos têm acesso à uma igreja ou escola cristã que lhes forme o caráter.
É preciso considerar a situação dos que já caíram na armadilha da homossexualidade
e querem sair dela. Torna-se necessário ajudar a corrigir essa situação. No
entanto é impossível corrigir emoções e atitudes anormais causadas por traumas
passados, sem mudar o modo como lidamos com as recordações dessas experiências
negativas.
Como, então as igrejas podem ajudar os homossexuais? Primeiro, abrindo-se para
o ministério de cura interior. John Wimber, ex-professor do Seminário Fuller
nos Estados Unidos, define cura interior como um processo no qual o Espírito
Santo traz perdão de pecados e renovação emocional a pessoas que têm feridas
na mente, na vontade e nas emoções. A cura interior não tem como objetivo
eliminar de nós lembranças dolorosas. Sua finalidade é deixar que Deus as reestruture
de tal maneira que elas deixem de ser fatores significativos no modo como sentimos,
pensamos e agimos. As mágoas perdem o papel central em nossa existência e Jesus
nos concede uma nova maneira de ver a nós mesmos (ver o que somos nele). Ele
nos concede uma identidade transformada pelo perdão de Deus e livre dos traumas
passados, por mais terríveis e injustos que estes tenham sido.
O homem ou a mulher que sofre de recordações tristes precisa experimentar o
poder do Espírito Santo e o dom da fé para se libertar do passado e viver plenamente
o presente. O elemento mais importante no processo de cura interior é a oração
eficaz. Ela libera a ação sobrenatural do Espírito Santo para tocar as feridas
e mágoas mais profundas. Abre o coração dessa pessoa para dar e receber perdão,
isto é, para perdoar aos outros o que lhe fizeram e perdoar a si tudo o que
fez. Além disso, os homossexuais que pedem ajuda precisam passar por uma terapia
de conversão. Isso só é possível quando recebem acompanhamento pastoral apropriado
e assistência espiritual. Eles precisam abrir o coração e a mente para a atuação
do Espírito Santo e para acreditar que as promessas de Deus para eles são verdadeiras.
Devem ser levados a ver que a transformação que Jesus oferece é real. As feridas
do passado afetam a capacidade de as pessoas crerem em passagens bíblicas como
2Coríntios 5:17 Quando alguém está unido com Cristo, é uma nova pessoa;
acabou-se o que é velho, e o que é novo já veio. Portanto as mágoas
devem deixar de ser o centro da existência dos homossexuais. Para isso as igrejas
têm de ministrar a verdade de Deus sobre o modo como eles se vêem em Cristo
e como eles crêem no que Jesus diz a seu respeito. Elas precisam ajudá-los a
aceitarem plenamente o que o Senhor afirma sobre eles, a fim de obterem libertação
total. Durante a ministração da cura interior, o Espírito Santo de Deus poderá
revelar a causa específica do comportamento homossexual.
Alguns são escravizados a certos pecados porque os têm praticado por muito tempo.
Não conseguem se controlar e fazem compulsivamente algo que eles próprios odeiam.
Geralmente não entendem por que agem assim e ficam frustrados e deprimidos com
sua falta de domínio próprio. Essa autoridade que Cristo nos deu não é para
determinar, mas para declarar. Isso é o que eu faço, declaro a verdade de Deus
quando oro por alguém que está escravizado ao desejo de cometer fornicação e
adultério. A cura interior é a solução certa para o homossexual que está em
busca de socorro, e é nosso privilégio e responsabilidade oferecê-la a ele.
O amor de Jesus nos liberta para identificar e renunciar percepções distorcidas
de nós mesmos e de outras pessoas. A mão de Jesus toca todo aquele que, inseguro
de sua masculinidade ou feminilidade, sem pensar, entrega o próprio corpo a
outras pessoas numa tentativa inútil de obter a segurança sexual que não tem.
Jesus se coloca à disposição de todo aquele cujas feridas interiores e necessidades
insatisfeitas o impele a pecar, envolvendo-se sexualmente com outros de modo
errado ou se entregando ao desprezo de si mesmo.
O trauma sexual implica atos sexuais cometidos contra menores. Pode ser a exposição
de revistas e filmes sexualmente explícitos que, de modo especial, desorientam
as crianças. Também os pecados de omissão por parte de pais negligentes que
deixam seus filhos, ainda totalmente indefesos, sob os cuidados de pessoas que
não merecem confiança. Estão incluídos também os atos de manipulação emocional
da mãe e demonstrações abusivas de poder do pai que distorcem e amarguram o
coração das crianças. Os que experimentam tais traumas entram na vida adulta
cambaleando, inseguros quanto à sua identidade sexual e sem saber amar de modo
correto as pessoas do sexo oposto.
Há crianças que chegam à vida adulta emocionalmente definhadas. Possuem
pouca segurança emocional. Contudo, impelidas por anseios profundos, usam o
próprio corpo para obter amor. Essa forma de amor não está relacionada ao desejo
de sexo, mas ao desejo emocional e espiritual de amar e ser amado. É aí então
que o sexo se disfarça de amor. Enganados e apanhados na armadilha do poder
viciador do sexo (pornografia, masturbação, intermináveis fantasias sexuais,
atos homossexuais ou heterossexuais), esses jovens são impelidos de praticar
o sexo de forma saudável. A plena saúde sexual envolve a liberdade de dar e
receber amor do sexo oposto, de maneira mutuamente satisfatória, num relacionamento
selado pelo compromisso conjugal. Mas o simples fato de você conhecer essa verdade
não vai restaurar seu coração traumatizado. A esperança de cura só pode se iniciar
quando a alma violentada se abrir para deixar Jesus entrar e comunicar-lhe o
verdadeiro amor. A prostituta chorou aos pés de Jesus por todos os seus pecados,
e ele a perdoou e a enviou em paz. Mas além de nos arrependermos de nossos próprios
pecados, temos também de apresentar ao Senhor todas as feridas deixadas pelas
pessoas que pecaram contra nós. Como afirmei antes, atos de violência ocorridos
na infância muitas vezes nos tornam mais vulneráveis aos pecados sexuais na
vida adulta. Nosso coração guarda as lembranças dos traumas sofridos: abuso,
privação, pecados dos pais passados a nós, etc. Nós nos identificamos com tudo
o que ele sofreu e ele nos dá a graça de que precisamos para perdoar àqueles
que nos desiludiram. Ele limpa o nosso coração de toda revolta contra nossos
traumas.
Dentro ainda do movimento homossexual vale mencionar aqui o porque os grupos
pró-aborto apóiam a homossexualidade. Os chamados movimentos de mulheres, em
grande parte, defendem a legalização do aborto e sua liberalização, isto é,
a ampliação dos motivos para o aborto legal, tal qual faz o Centro Feminista
de Estudos e Assessoria, de Brasília, em suas atividades de lobby entre os senadores
e deputados federais. Fazem isto afirmando representar as mulheres do Brasil.
Em sua perspectiva de gênero, o movimento feminista internacional sustenta posições
liberais com relação à família, à sexualidade e à reprodução: 1) Família: a
família, a maternidade e o casamento são a causa da opressão das mulheres; todo
trabalho doméstico e cuidado de crianças têm de ser repartido meio a meio entre
os homens e as mulheres. 2) Sexualidade: as mulheres de qualquer idade têm o
direito absoluto à autodeterminação sexual, inclusive o direito de se engajar
em relações sexuais fora do casamento, com homens e mulheres, e de se mudar
a sua identidade sexual. 3) Reprodução: as mulheres têm o direito ao aborto
a fim de controlar suas vidas e serem iguais aos homens.
Há nessas reivindicações expressões eufemísticas de direito a homossexualidade
e ao aborto. Embora, por motivos óbvios, os homossexuais não precisem fazer
aborto, eles costumam apoiá-lo, como sinal de gratidão e retribuição às feministas,
que tanto incentivo dão ao casamento de indivíduos do mesmo sexo. Já que a homossexualidade
despreza a paternidade e a maternidade natural, o direito de ter filhos significa,
no caso das lésbicas, inseminação artificial, e o de criá-los envolve, presumivelmente,
a adoção de crianças.
Ainda que o estilo de vida feminista elimine ou reduza ao máximo o papel da
maternidade na vida da mulher, a homossexualidade é a única conduta que oferece,
sempre, prazer sexual com plena independência da maternidade e da paternidade
natural. É exatamente sua antifertilidade, mediante o aborto deliberado e a
relação anal e oral, que classifica, de acordo com Sigmund Freud, o comportamento
sexual das feministas e dos homossexuais como diferentes da sexualidade normal.
Uma das características comuns a todas as perversões é que nelas se coloca de
lado a reprodução. Este é realmente o critério pelo qual julgamos se uma atividade
sexual é pervertida quando ela não tem em vista a reprodução e vai atrás
da obtenção de prazer independente. Você entenderá, pois, que o ponto decisivo
no desenvolvimento da vida sexual está em subordiná-la ao propósito da reprodução
Tudo o que se recusa a se adaptar a essa finalidade e só é útil para a busca
de prazer é chamado pelo vergonhoso título de perversão e como tal
é desprezado.
31 VIRANDO AS COSTAS PARA O PASSADO
Mais e mais homens e mulheres homossexuais estão se libertando deste estado
mediante o novo nascimento em Jesus Cristo. Através desta experiência estão
encontrando seu perdão e sua purificação do passado. Está quebrado o poder do
pecado. Está cancelado o juízo de Deus contra o pecado. Aquele que antes era
homossexual agora é uma pessoa nova com uma nova identidade: um amigo de Deus
e membro de sua família eterna. E todos vivem felizes para sempre...Não é assim?
A resposta para essa pergunta é não! Quando alguém se arrepende do pecado e
faz um compromisso sério com Deus, ele inicia uma vida nova com base nova e
forte. Para que serve este fundamento? Serve como base ou fundamento para uma
boa construção. Isso de vir a Cristo é somente o passo inicial. Pois a salvação
é de fato, um processo contínuo de transformação, um processo de sermos transformados
da nossa velha natureza de pecado para a natureza de Deus. Esta experiência
de nascer de novo é apenas o ponto inicial desta viagem que nos leva para cada
vez mais longe do passado.
Muitos crentes passam tempo demais com a atitude errada de que todos os problemas
da pessoa acabam uma vez que ela vem a Cristo. Alguns cristãos têm a idéia de
que Deus simplesmente estende a sua vara mágica sobre a vida cheia de pecado,
e zas! tudo se torna novo instantaneamente. Os que têm apenas uma semana
de vida cristã sabem melhor do que isto. Embora nós nos tornemos uma nova criatura
em Cristo, como nos diz 2Coríntios 5:17, vimos a Ele assim como somos com todos
nossos problemas e dificuldades. Estes nem sempre somem com a experiência inicial
da salvação. Muitas vezes leva tempo para Deus operar nas nossas vidas e tirar
as imperfeições. A maior parte daqueles que antes eram homossexuais, descobre
(coisa que lhes faz maravilhar) que um resíduo da vida velha continua
com eles. Velhos desejos, tentações e hábitos permanecem aí dentro, e basta
um estímulo para acordá-los.
Para muitos convertidos que saem da homossexualidade, esta realidade é muito
perturbadora. Muitos se sentem ameaçados, temerosos e duvidam ser salvos e transformados.
Duvidam que possam ter a vitória. Temem ter uma vida de luta contínua para reprimir
o passado ou, ainda pior, temem ser vencidos de novo pelas tentações.
Vemos, porém, pelo testemunho da palavra de Deus bem como o daqueles que já
acharam a liberdade, que há, realmente, uma vitória! Porque esta é uma luta
comum, este texto foi preparado baseado nas perguntas mais freqüentes feitas
por antigos homossexuais. Meu desejo é que você seja encorajado, vendo que Deus
é capaz de continuar e completar a boa obra que Ele já começou dentro de você!
Mesmo que eu já tenha nascido de novo, entregando minha vida a Cristo, continuo
a lutar com desejos e tentações homossexuais. Eu ainda sou homossexual? Esta
pergunta é feita por muitos, e reflete certo medo e certa dúvida. Não. O fato
de você ser antes homossexual e de ainda sentir certos desejos não significa
que você ainda seja homossexual. Você tem que deixar que Deus purifique e renove
continuamente sua mente e suas emoções, porém você não é homossexual. De fato,
você é bastante normal. Se você antes praticava a homossexualidade ou qualquer
outro tipo de imoralidade, estará provavelmente mais sujeito à tentação imoral.
Lembre-se que a tentação em si não é pecado. Também não é evidência de fraqueza.
É natural que Satanás faça você se lembrar do seu passado, o passado que Deus
tem perdoado e esquecido. Satanás não pode forçá-lo a pecar. Ele pode, porém,
atormentá-lo com medo e dúvida, e na certa, atormentará. Ele quer que você creia
que realmente não é livre. Quer convencê-lo de que não pode vencer que
mais hora, menos hora, você cederá à tentação. Satanás quer separá-lo de Deus
com o pecado e derrotá-lo com o desespero. Tudo isso não tem que acontecer a
você. A Palavra de Deus nos diz que a tentação é comum para todos nós, e você
não deve ficar assustado nem desanimado quando tentado. Até Jesus foi tentado
em tudo, assim como você, mas Ele nunca cedeu à tentação. Quando pensamentos
pecaminosos vêm, você tem o privilégio de matá-los. Em Cristo você tem o poder
maravilhoso de dizer que não a cada impulso do pecado. É claro que sua carne
pode levantar-se e você pode querer entregar-se aos prazeres temporários do
pecado. Você, porém, não tem que seguir seus impulsos. Você pode ignorá-los
e com o tempo estes maus desejos perderão a sua força. A tentação ao pecado
geralmente vem quando sua resistência espiritual e emocional é baixa, quando
você está, por exemplo, cansado, solitário, frustrado ou deprimido. Guarde-se,
então, do mal. É por isso que a oração diária e a leitura bíblica e a comunhão
com outros irmãos são tão vitais a sua saúde espiritual. Mesmo que você nem
sempre possa evitar que venham as tentações, você pode impedi-las de produzirem
fruto na sua vida. A luta começa na mente, e é ali onde será ganha ou perdida.
Esta batalha pode ser ganha. A Bíblia diz que em Cristo somos mais que vencedores.
Obviamente, a idéia de vencer implica em luta. Deus, portanto, é por nós
Ele quer que vençamos ainda mais do que nós o queremos. Não deixe, portanto,
que Satanás o atormente com medo e dúvida. É comum esta batalha em que você
se encontra e há vitória todos os dias em Jesus.
Embora eu tenha nascido de novo, ainda sinto-me atraído pelo mesmo sexo. Será
que estes desejos mudarão? Depende do que significa atração pelo mesmo
sexo. Se você está lutando com luxúria e um desejo de ter relações sexuais,
estas tentações ao pecado podem e devem morrer. Tais desejos refletem sua necessidade
constante de ser lavado e curado. Porém, todos nós somos atraídos a uma pessoa
por uma variedade de razões tais como aparência e qualidades de personalidade.
Este tipo de atração ao mesmo sexo, não é homossexual nem impura (embora qualquer
relação tenha a possibilidade de tornar-se impura). É por esta razão que as
Escrituras nos advertem a ter cuidado com nossas almas. Aquilo que estamos realmente
aflando aqui é motivação. Todos nós desejamos amor e aceitação. Porém, os homossexuais
tentam satisfazer estas necessidades de maneiras erradas. Quando eles nascem
de novo e finalmente recebem amor e aceitação por membros do mesmo sexo, isso
pode ao mesmo tempo ser uma bênção e causar ansiedade. Agora uma necessidade
está sendo satisfeita de uma maneira legítima, mas mesmo assim o que antes era
homossexual teme que sua resposta seja impura. Não deixe que este receio
comum impeça você de desenvolver relações puras com o mesmo sexo. Se tiver dúvidas
e receios a respeito de seus motivos numa dada relação com alguém, fale com
Deus. Ele já sabe de tudo. No seu amor, Ele vai expor e ajudar a crucificar
quaisquer desejos pecaminosos, e lhe ajudará a reaprender o amor e a afeição
à parte do sexo. Esta é uma coisa que Deus tem que ensinar nestes dias a quase
todos. Se você se achar numa situação que está encaminhada para o mal, saia
dela. Afaste-se um pouco para poder se controlar. Pois você tem que prestar
contas a Deus pelo bom ou mau uso do seu corpo, e também por causar a outra
pessoa tropeço. Lembre-se de que amor e afeição entre membros do mesmo sexo
não é homossexualidade em si. É um reflexo do amor e da aceitação de Deus. Ao
desenvolver uma relação cada vez mais íntima com Deus, Ele vai sarar seus receios
e suas inseguranças para que você possa ter relações sadias e puras com o mesmo
sexo e com o sexo oposto.
Depois de me tornar cristão, venci meu comportamento homossexual. Isso quer
dizer que devo me considerar um homossexual não praticante? Não! Quando você
se entrega a Cristo, você realmente se torna nova pessoa mediante a experiência
sobrenatural do novo nascimento. Você nem tem que se referir a si mesmo como
ex-homossexual. Uso este termo apenas como ponto de referência. Embora você
lute contra velhos desejos, e todos nós lutamos assim de uma maneira ou de outra,
você é uma nova criatura e está se transformando naquilo que Deus quer que seja.
Deu tem começado uma boa obra em você. Ele promete completá-la à medida que
você se entrega a Ele. O mundo é capaz de não entender a realidade da liberdade
do pecado. O que na verdade importa, porém, é a opinião de Deus a seu
respeito. Embora você tenha sido rejeitado, desprezado, considerado estranho
e um fracasso, Deus diz que você pertence a Ele. Sua palavra está cheia de coisas
maravilhosas a seu respeito! Deus diz, por exemplo, que você é: a menina dos
seus olhos, seu escolhido e amado, rei e sacerdote para Ele, seu filho perdoado
e libertado do pecado, forte no Senhor, santo e sem culpa e aceito em Cristo
Jesus. Você também está morto para o pecado e livre da condenação, completo
em Cristo. Está sendo transformado à imagem dele. Você tem a vida eterna e tem
vencido o mundo e pode fazer todas as coisas através de Cristo...e muito, muito
mais!
Como novo cristão que saiu da homossexualidade, eu deveria cortar toda relação
com meus amigos homossexuais? A Bíblia diz que uma vez nascidos de novo, fomos
transladados na vida da escuridão para o reino da luz, e não somos mais vinculados
à vida velha. A Bíblia também diz que a comunhão com os perdidos nos servirá
de tropeço, e até arruinará a obra que Deus está fazendo em nós. Não é
fácil despedir-nos daqueles relacionamentos que formaram parte de nossa vida
passada, mas muitas vezes precisamos afastar-nos deles para a nossa proteção.
Deus talvez lhe dê a oportunidade de repartir sua experiência cristã com seus
antigos amigos homossexuais. Lembre-se, porém, que você pode salvá-los, só Deus
pode fazer isso. Ao separar-se da sua vida antiga, você não precisa ser descortês
nem orgulhoso. Também não precisa pedir desculpas por causa de sua nova vida
em Cristo. Não se assuste se seus amigos anteriores não entenderem o que lhe
aconteceu. Eles podem até criticá-lo e zombar de você. Terá que entender que
eles ainda estão no pecado e são cegos à verdade. Quando Deus requer que você
se afaste, ter algo melhor para o seu futuro algo puro e justo.
Confie nele!
Mesmo que eu tenha vencido a homossexualidade através de Cristo e algum dia
espero casar-me, será que meu passado vai impedir que eu tenha uma vida heterossexual
normal? Não tem que ser assim, e não deve sê-lo. Muitos homossexuais antigos
estão gozando das bênçãos do casamento heterossexual e de criar famílias. Contudo,
sabemos que o casamento não serve de remédio para tudo. Não é necessariamente
o remédio para a homossexualidade. Portanto, se Deus quiser que você se case,
Ele o capacitará para ser o amigo, o amante e o pai que Ele quer que seja. Geralmente
o maior receio daqueles que antes eram homossexuais quando se casam não é o
relacionamento sexual. O que temem é fracassar no seu cumprimento das responsabilidades
sociais e morais de compromisso para a vida inteira. A falta de interesse no
sexo oposto (quanto às relações sexuais) é apenas um sintoma superficial de
medos e inseguranças. Quero dizer que a cura de sua identidade sexual, orientação
e auto-estima não significa necessariamente que você de repente comece a desejar
o sexo oposto. Portanto, não se sinta inferior simplesmente porque você não
tem desejo de ter relações sexuais com o sexo oposto. Se você crer que Deus
quer que se case, procure aconselhamento - pois todos podem aproveitar-se disso
antes de comprometer-se com a mudança vital envolvida no casamento. Deus
sabe dos seus temores, suas dúvidas e seus sentimentos de inadequação. Ele pode
sarar e restaurar a sua auto-estima e dar-lhe a confiança necessária para enfrentar
cada situação. Você pode fazer todas as coisas mediante Cristo permanecer
solteiro, ou casar-se, ou consertar um casamento já arruinado.
Conheça e ame a Deus cada vez mais através da oração diária e da leitura da
Bíblia. Deus quer uma relação íntima com você. Quanto mais você chega a conhecê-lo
e amá-lo, quanto menos desejo você vai ter de enganá-lo voltando-se para o pecado.
O pecado será cada vez menos desejável e suas conseqüências mais evidentes.
Não se focalize no passado, e sim em Jesus. É verdade que você saiu da homossexualidade
e daí? Isso não é a sua vida agora. Então, deixe de olhar para o passado.
É uma história morta. Permita que Deus o ajude a deixá-la enterrada. Seja firme
no seu propósito de continuar andando com Deus. Não se preocupe se nem todos
querem que você seja seu melhor amigo. Caminhe com Deus. Não importa se você
tem um pouco de dificuldade em andar não deixe isso desviar você do seu
alvo. Levante-se e continue com Deus. Procure grupos de confraternização. Você
é capaz de precisar do apoio de grupos de ex-homossexuais. Mesmo que tais grupos
possam servir de ponte de transferência entre o passado e o presente, não são
um fim em si mesmos. Não limite suas relações somente a um grupo de apoio deste
tipo. Se você pertence ou não a tal grupo, precisa desenvolver relações sadias
com outros cristãos que não eram homossexuais. Ao fazer isto, você descobrirá
que seus problemas realmente não são muito diferentes dos problemas dos outros.
Se continuar fiel ao Senhor sem ceder à paranóia ou à tendência de ter pena
de si mesmo, você também encontrará amor, aceitação, comunhão e o senso de realmente
pertencer a um grupo onde seu passado já não é assunto de importância.
32 AMOR RESTAURADO
De todas as paixões, talvez nenhuma exerça pressão tão grande sobre a
alma e a psique humanas quanto à sexualidade. Mas nenhuma compulsão é tão poderosa
que não possa ser rompida pela fé curadora. O moderno pressuposto de que a sexualidade,
em especial a homossexualidade, é imutável, é uma mentira destrutiva.
A sinceridade de Mário Bergner para com Deus, consigo próprio e com os outros,
por si só, já bastaria para conduzi-lo à cura. No momento em que toma consciência
do pecado em sua vida, ele o confessa e lhe dá as costas, com todas as suas
forças.
Aquela noite, deitado na cama, mais uma vez acariciei a cruz que pendia do meu
peito. Seu nome formou-se em meus lábios: - Jesus... Ó Jesus orei -,
o que foi que eu fiz? Eu te busquei aos quatorze anos e de novo aos dezoito,
mas em nenhuma daquelas ocasiões recebi a cura de que precisava para ser liberto
da homossexualidade. Por quê, Senhor? Por que algumas pessoas conseguem ir até
o Senhor e participarem da vida da igreja, enquanto outras, como eu, apesar
de minha evidente necessidade, não encontram qualquer auxílio? Não ouvi resposta
alguma (...) Então o Espírito Santo de Deus disse: Quero curá-lo por inteiro,
não apenas o seu corpo. Escolha. Como minha única preocupação no momento era
ser curado fisicamente, não compreendi muito bem o que significava me curar
por inteiro. Até que me encontrei na presença de Deus.
Quando escolhi a vida durante aquela visão no hospital, Deus curou-me da enfermidade
física. No entanto, eu ainda ignorava que enveredaria por uma estrada que acabaria
por me conduzir à renunciar também a homossexualidade. Não dispunha de nenhum
indício de que o fato de dizer sim a Jesus transformaria radicalmente todos
os aspectos da minha vida. Só sabia que desejava tudo que Ele tinha para mim.
Minha oração é de que todos os que lêem este livro digam Sim, Jesus
e recebam belos presentes.
A primeira vez que me entreguei a Cristo, aos quatorze anos, fiquei radiante
de alegria ante a idéia de uma vida eterna e me enchi de esperanças quanto ao
futuro. Embora não soubesse dar um nome aos confusos sentimentos relacionados
ao sexo que brotavam em meu interior, já reconhecia que devia ter uma coisa
muito errada dentro de mim. Infelizmente, a igreja que freqüentava não estava
preparada para ministrar a cura de que tanto necessitava. Eles pouco entendiam
o poder de Cristo para redimir a sexualidade de uma pessoa e curar-lhe as profundas
feridas emocionais.
Apesar de tudo, Deus se fazia presente naquela comunidade de crentes na Palavra.
Durante cerca de um ano que freqüentei a igreja, muitas mudanças positivas ocorreram
em minha vida. Adotando ensinamentos morais cristãos e a visão bíblica do mundo,
comecei a descobrir um estilo de vida pleno de significado. Graças a uma poderosa
série de estudos feitos pelo pastor presidente sobre O Sermão do Monte,
tornei-me uma pessoa mais solícita e amável, a despeito da dura realidade da
vida no meu lar.
Em algum momento daquele ano, deparei-me pela primeira vez com a palavra homossexual
em uma revista. Agora tinha um nome para os sentimentos que redemoinhavam dentro
de mim. Embora continuasse submisso à pregação daquele excelente pastor, de
repente ficou claro para mim que a homossexualidade era incompatível com o Cristianismo.
Como o homossexual dentro de mim parecia crescer a passos muito
mais velozes que o cristão, decidi parar de ir à igreja. Ainda assim,
continuei acreditando em Jesus e vivendo de acordo com os padrões cristãos que
me haviam sido ensinados.
Durante três anos mais, travei uma luta silenciosa por causa dos sentimentos
homossexuais e do Cristianismo. No fundo, temia que, se a homossexualidade em
mim fosse mais forte que a fé cristã, então, sem dúvida alguma, o Cristianismo
era uma religião de expectativas irreais, de promessas vazias e de falsa esperança.
Nesse período, começou o declínio do meu zelo por viver de acordo com os padrões
cristãos.
Aos dezoito anos, ouvi o extraordinário testemunho de um ex-sacerdote satanista
que se convertera ao Cristianismo e minha fé se reacendeu. Pensei: Se
Jesus libertou esse homem, com certeza pode fazer o mesmo comigo. Entretanto,
optei por não voltar à igreja, receoso de não encontrar nenhum tipo de ajuda
ali. Orei por mais de seis meses em segredo, pedindo a Deus que me dirigisse
a um lugar onde encontrasse a cura para a homossexualidade. Cheguei a ligar
para a Associação Psicológica Americana, em busca do nome de um terapeuta. Sem
condições financeiras para pagar a terapia e impossibilitado de pedir dinheiro
à minha família, nunca marquei a consulta. Minha fé, renovada, logo se extinguiu.
Nessa época descobri que a maioria das tentativas isoladas de se abraçar o Cristianismo
fracassaram quando o novo crente não encontra uma igreja que o acolha e na qual
ele se desenvolva. Sem dispor de outra opção, comecei a aceitar os sentimentos
homossexuais como parte de mim mesmo.
Aos vinte e um anos mudei-me para Nova York, aprovado no teste de ator de um
curso de teatro da cidade. Ali assumi de vez minha homossexualidade e passei
a me reconhecer, aberta e livremente, como um homossexual. Pela primeira vez
na vida, dizia a verdade acerca da minha orientação sexual. Experimentei um
sentimento de liberdade que nunca conhecera antes. A verdade, mesmo quando relacionada
a nossa condição de caídos, pode tornar mais leve o fardo de ter de conservar
as máscaras no devido lugar. Não demorou muito para que me identificasse por
completo com minha homossexualidade. Era homossexual e começava a me orgulhar
disto.
Por volta de outubro de 1982, a dura realidade da vida homossexual, aos poucos
se tornava patente para mim. A sensação inicial de alívio, por assumir minha
condição e o fascínio por aquele estilo de vida haviam se desgastado. Começava
a enxergar algumas das facetas obscuras daquela vida: a eterna preocupação com
a juventude, tão presente na comunidade homossexual, as doenças sexualmente
transmissíveis e contra as quais estava sempre me tratando, os rompimentos devastadores
com os namorados e começo da crise da AIDS. Como nuvens negras, a realidade
pairava sobre as falsas promessas de felicidade e liberdade feitas aos jovens
instigados a abraçar a homossexualidade.
Nesse período, lembranças do meu passado cristão enchiam-me de dor. Eu parecia
um rio pelo qual fluíssem duas correntes opostas uma que eu permitia
ao mundo conhecer, minha identidade homossexual e a outra, muito bem escondida
dentro de mim, a cristã. À medida que aumentava essa dor, sentia-me cada vez
mais desesperado e deprimido. No entanto, exteriormente, continuava me conformando
à imagem politicamente correta do homossexual experiente. A idéia
de que era falsa a esperança um dia experimentada, de que tudo não passara de
sensações tribais baratas, crescia dentro de mim. Um único fator impedia que
a corrente cristã deixasse de fluir em meu interior: continuava acreditando
que Jesus Cristo era Deus. Por esse motivo, ainda me incomodava o sentimento
de culpa, já que não vivia de acordo com os padrões cristãos. Além do mais,
falava periodicamente com Jesus, embora não me desse ao trabalho de esperar
para ouvir o que Ele tinha a dizer.
Aprendi que Deus não se impõe a nós, nem nos mantém reféns de Sua vontade. Ele
segura cada crente na palma da mão com firmeza e, embora nunca nos solte, temos
o livre arbítrio de pular. Você vai me ajudar a libertar essas pessoas!
Sabia que era a voz de Deus. O medo se apossou do meu coração. Por que Deus
falaria comigo? Ele nunca o fizera; por que haveria de começar logo agora? Eu
deixara o Cristianismo para trás havia muito tempo. Porém não contava com o
inabalável e irresistível amor de Deus. Ele me ofereceu uma opção, minha resistência
desmoronou. Segurei-lhe a mão e comecei a sair das trevas para Sua incrível
luz e liberdade. Como eu me mostrara aberto para o poder de Deus de curar
fisicamente, ela (Leanne Payne) concluiu que chegara o momento de informar-me
do Seu poder para curar minha sexualidade, onde ela chama a homossexualidade
de neurose e problema. Repleta de amor (da irmã), aquela carta preparou meu
coração para ler o livro de Leanne Payne. Nela, minha irmã explicava que Deus
estava presente em cada instante de minha vida, inclusive no passado, como se
acontecesse naquele exato momento, pois o tempo não O restringe; é também uma
criação Sua. Esse o motivo que lhe permite curar todas as nossas aflições, não
importa quando tenham acontecido. Ou seja, aquelas feridas e pecados do passado,
que continuam nos moldando na vida adulta, não são amarras para as quais inexista
esperança.
Eu permanecia, enredado na mentira, bastante popular e corrente, de que a homossexualidade
é um estilo de vida alternativo, não uma neurose que necessita de cura. Todas
as pessoas carregam dentro de si feridas provocadas por relacionamentos desajustados
com Deus, com os outros, consigo mesmas. Não há cura a não ser na cruz
de Jesus. O perdão flui de suas chagas. Eu tinha diversos relacionamentos desajustados,
porém um em particular incomodava mais: o relacionamento com meu pai. Sentia
uma dor enorme por causa disso. A solidão tomou conta de mim. Comecei a me sentir
deprimido. E também a perceber que Deus me pedia para escolher entre Ele e a
homossexualidade. Pela primeira vez, passou-me pela cabeça a idéia de que a
homossexualidade podia ser revertida através da fé em Jesus Cristo. Concentrei
meus ouvidos em suas palavras com grande alegria, o Salmo 139, enfatizando os
versículos 13-16: Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio
de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso
me formaste; as tuas obras são admiráveis; e a minha alma o sabe muito bem;
os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido
como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe,
no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado,
quando nem um deles havia ainda.
Queridos, Deus, o Pai, os conhece antes que vocês nascessem. Ele se delicia
em estar com Seu povo. Ele se deliciou quando se fez presente em suas vidas,
Deus encarnado por meio de seu Filho Jesus. Deus está presente em cada lembrança
dolorosa que envolve vocês. Ele está presente para curar cada ferida de suas
vidas.
Ainda não estava convencido de que a cura da homossexualidade era possível,
mas chegou a um ponto no relacionamento com Deus que não podia mais negá-lo.
Nunca mais viveria sem Ele. Se Deus quisesse transformar minha homossexualidade,
dispunha-me a permiti-lo. Com esse objetivo, concordei em fazer tudo o que Ele
pedisse. E fui sincero para com Deus. Uma grande posição de mim gostava de ser
homossexual. Agradavam-me as amizades proporcionadas por aquele estilo de vida
e a satisfação dos desejos sexuais em encontros amorosos. A homossexualidade
não me enojava; pelo contrário, me dava muito prazer na maioria das vezes, coisa
que também anotei no diário de oração.
O período em que morei em Milwaukee fez incidir muita luz sobre os cantos obscuros
do meu passado lugares em que se escondiam diversas recordações dolorosas,
as quais, outrora me esforçava demais para negar. Então começaram os questionamentos:
se essas lembranças tinham influenciado de alguma maneira a formação da minha
sexualidade, até que ponto se podia dizer que a homossexualidade é natural?
De volta a Ohio para o primeiro semestre escolar, fiquei deprimido. Enfrentava
não só uma solidão horrível, como também toda a dor interior recém-emersa e
que permanecia sem solução. Tudo apontava para uma única direção a cruz
de Cristo. Tornava-se evidente para mim que a homossexualidade não passava de
uma reação pecaminosa minha aos pecados cometidos contra mim, bem como
às feridas que esses pecados provocaram em minha alma. A homossexualidade, portanto,
era uma defesa erigida por minha alma para lidar com a dor. Pela primeira vez
entendi que necessitava de arrependimento. Como o filho pródigo caiu em si no
meio dos porcos (Lucas 15:17), eu também caí em mim, quando confrontado
com os pecados do passado, meus e também de outros, que haviam me moldado.
Jesus me atraía, com toda graça, a entrar no Reino de Deus. O arrependimento
aos pés da cruz de Jesus representa a base da cura para todos que desejam livrar-se
de aflições que lhes controlam a vida. É o remédio de que a alma necessita para
a libertação inicial do sofrimento, pois só então a verdadeira cura pode se
seguir. A cruz de Jesus e o arrependimento que ela exige capacitaram-me a desatar
por completo as amarras que me prendiam a um passado cheio de pecados. Minha
identidade deixou de ser a de um homossexual. Eu estava livre para começar uma
nova vida, uma caminhada pela gloriosa estrada da identificação com Cristo.
O processo de cura que Jesus iniciara em mim poderia agora, seguir avante, até
sua conclusão.
Meu pavor da rejeição fazia com que mantivesse as pessoas sempre a uma distância
segura. Apesar de ser divertido em contextos sociais, na verdade não permitia
que me conhecessem realmente. Se alguém se aproximava demais, um muro de invulnerabilidade
se erguia para me proteger. Em inúmeras ocasiões, conhecidos disseram que me
achavam reservado e distante. Eu sabia que para isso se manifestou o Filho
de Deus, para destruir as obras do diabo (1João 3:8). Aos pés da cruz,
em oração, percebi que Deus precisava se tornar homem e morrer no madeiro para
vencer o mal presente na humanidade e no mundo, carregando sobre si todo o pecado.
Por quatro dias afligi-me imensamente pelo fato de haver pecado contra meu próprio
corpo e contra Deus, com minha antiga atividade homossexual. Ali
vos lembrareis dos vossos caminhos e de todos os vossos feitos com que vos contaminastes
e tereis nojo de vós mesmos, por todas as vossas iniqüidades que tendes cometido.
Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu proceder para convosco por amor do meu
nome, não segundo os vossos maus caminhos, nem segundo os vossos feitos, ó casa
de Israel, diz o Senhor Deus (Ezequiel 20:43,44).
No período em que Jesus me curava da homossexualidade, conquanto ainda sob os
efeitos do batismo no Espírito Santo, recebido na igrejinha de Ohio, eu já espiritualizava
problemas dos quais Deus não tinha nenhuma intenção de me livrar, a menos que
fosse pela redenção do sofrimento (a exposição de minha dor e aflição perante
Ele).
Diferentemente de muitas crianças, nunca quis imitar meu pai, porque nunca vi
nele as qualidades que eu admirava. Ele, não só deixou de me dar o apoio necessário
como homem, como também, através do abuso emocional, denegriu minha masculinidade,
quando ela começava a se manifestar. Portanto, eu a reprimi pelo simples fato
de me distanciar de tudo que meu pai era literalmente para mim. Na verdade,
lembro até de um voto silencioso de jamais ser como ele. Esse voto e meu distanciamento
de papai acabaram se estendendo a tudo que ele representava para mim, incluindo
todos os outros homens. No fundo do meu coração, ou ser interior, ocorreu um
rompimento entre minha personalidade e os demais símbolos de masculinidade.
Não tinha dúvidas quanto a meu sexo biológico, porém nunca me senti masculino.
Com cerca de cinco anos, notei um profundo desconforto dentro de mim em relação
a meu sexo. O medo que tinha de meu pai crescia, bem como o senso de profunda
rejeição da parte dele. Quando adolescente, examinando as fotografias no álbum
anual da escola, eu sempre desprezava as características femininas que reconhecia
em mim mesmo. Tendo em vista toda a repressão a que submetera minha masculinidade,
meu lado feminino não dispunha de um complemento adequado ao meu sexo biológico,
minha condição de homem. Conseqüentemente, o que havia de feminino em mim, emergia
sob forma de falsa feminilidade, ou seja, um estado efeminado. Para mim Perfeito
e pai combinavam tão bem quanto peixe e bicicleta. O contato da criança
com formas desajustadas de amor masculino e feminino faz com que ela os registre
como símbolos confusos, em sua identidade de gênero ainda em desenvolvimento,
e também em sua compreensão do aspecto complementar dos gêneros.
Quando o amor está em desordem, nossos relacionamentos também estão. Assim sendo,
as imagens primordiais nos faltam, ou elas se encontram seriamente desordenadas
(como na neurose homossexual). Esta é a tragédia dos lares desajustados, onde
sofremos não só a perda dos pais ou de outros membros da família, como também
daquilo que essas pessoas simbolizam.
A masculinidade e a feminilidade nos são transmitidas quando crianças por aquelas
pessoas em nossas vidas que simbolizam o significado de masculinidade e feminilidade
para nós (inicialmente, pai e mãe). A fim de adquirirmos uma identidade pessoal
saudável, precisamos estabelecer relacionamentos afetuosos e saudáveis com membros
de ambos os sexos. Seria possível dizer que nossos primeiros contatos com entes
queridos de ambos os sexos ficam registrados em nossos corações como uma história
de amor, com idéias específicas acerca de masculinidade e do que significa ser
homem, e de feminilidade e o que significa ser mulher. Dessa história de amor
fazem parte enredos que moldam nosso senso de identidade. Os relacionamentos
que mantemos com os personagens desses enredos afetam a direção pela qual envereda
nossa sexualidade. Se durante todo o período de desenvolvimento, nossos relacionamentos
com membros de ambos os sexos forem saudáveis, será escrita uma história de
amor heterossexual sobre os nossos corações. Nossa sexualidade então, acompanha
essa história de amor e vivemos enredos agradáveis de amor entre os sexos, conforme
foi escrito em nossos corações.
Para o desenvolvimento de uma identidade sexual saudável, a história de amor
do coração deve conter dois enredos paralelos. Um deles consiste no relacionamento
afetuoso com o genitor do mesmo sexo. Nele se encontram as lembranças boas de
uma relação de cumplicidade até, de tão estreita, a ponto de fazer com que,
em determinado momento, paremos e percebamos que essa pessoa é como eu.
O outro enredo trata do relacionamento afetuoso como genitor do sexo oposto.
Nele estão as lembranças boas de uma relação mais simples, em que logo se percebe
que essa pessoa é diferente de mim, que as diferenças entre mim
e essa pessoa são complementares e nos aproximam. Em teoria, mãe e pai
nos servem de modelos dessa complementaridade dos sexos. Para que nos
identifiquemos com o genitor do mesmo sexo e percebamos a diferença complementar
do genitor do sexo oposto, nosso coração deve abrigar imagens positivas de ambos
os sexos, em relação um com o outro. O fato de deixarmos de ter relacionamentos
saudáveis com membros de ambos os sexos produzirá personagens negativos dentro
do enredo, tanto da identificação, quanto da complementação, no contexto da
história de amor do coração. Nossa sexualidade passará a seguir enredos e a
conseqüência será alguma forma de ambivalência (existência de atitudes ou emoções
contraditórias, como por exemplo: amor e ódio) ou confusão de gênero (qualidades
masculinas ou femininas existentes em Deus e na humanidade) sexual. Gênero,
as qualidades da masculinidade e da feminilidade, abrange os dois sexos, mas
não se limita àquilo que tem um sexo. Gênero é uma realidade, e uma realidade
mais fundamental que o sexo. Masculinidade e feminilidade são qualidades existentes
na essência suprema de Deus.
Masculino implica ser homem, em vez de mulher. É uma condição diretamente relacionada
ao gênero biológico da pessoa. Masculinidade é uma qualidade, uma postura, um
modo de abordar a vida, complementado pela feminilidade. Tanto homens, como
mulheres podem expressar qualidades femininas e masculinas. Mas para que se
possa considerá-los homens e mulheres plenos, essas qualidades devem encontrar
harmonia e ritmo apropriados ao seu sexo biológico.
Visando uma melhor compreensão do desenvolvimento de uma história de amor heterossexual
saudável, observe as três palavras gregas para amor: ágape, filéo e Eros.
Ágape: O termo expressa, no âmbito do humano, algo como amor natural
ou amor familiar. É aquele que une as pessoas em algum tipo de grupo
natural o amor presente na família, por exemplo. Os pais amam os filhos,
os filhos amam os pais, os filhos amam-se uns aos outros. Sem o amor ágape,
só resta a possibilidade de uma existência miserável e de privações, algo que
mal se pode chamar de vida. Este tipo de amor é muito importante. A imagem que
deve ser nosso ponto de partida é a da mãe amamentando seu bebê, da cadela ou
gata deitada em uma cesta e rodeada pelos filhotinhos formando um amontoado
meio indistinto, aconchegados uns aos outros; os ronrons, as lambidas, os dada-gugus,
o leite, o calor, o cheiro da vida recém-inaugurada. O amor ágape possui expressões
masculina e feminina e nossos contatos com essas diferentes formas variam durante
a infância. Quando crianças, a princípio provamos o sabor do ágape em sua manifestação
feminina por intermédio da mãe um toque, um seio repleto de comida. Na
simbiose entre mãe e filho, o bebê nem sequer suspeita que é um ser desligado
da mãe. Tudo que ele conhece são sentimentos de segurança e amor, resultantes
do fato de ter feito parte do corpo dela.
Um cordão invisível persiste, muito tempo depois de o umbilical ter sido cortado.
Existe uma profunda relação de intimidade entre mãe e filho um tipo de
conhecimento que precede o advento da razão e, de certa forma, o transcende.
O bebê conhece um senso de ser e de individualidade no amor da mãe. Nele, a
história de amor do bebê recebe suas primeiras influências do feminino e da
feminilidade, bem como do ser. É de extrema importância que a criança não seja
separada da mãe até que tenha desenvolvido a capacidade de compreender-lhe a
ausência. Do contrário, ela absorve a ausência da mãe como uma rejeição. Nesse
caso, o amor feminino vincula a rejeição a um enredo da história de amor do
coração. Psicólogos que estudam o relacionamento entre filhos e pais, geralmente
concordam que o desenvolvimento da capacidade de compreender a ausência da mãe
não começa antes do nono mês de vida, e só atinge seu pleno potencial quando
a criança chega aos cerca de dois anos e meio. Longos períodos de separação
da mãe, antes dessa idade, causam não apenas sentimentos de rejeição, como também
toda uma gama de efeitos negativos raiva, ansiedade e até desejo sexual
exagerado na vida adulta.
Com o intuito de encontrar um senso seguro de individualidade longe da mãe,
a criança necessita do apoio afetuoso do pai. Diz o Dr. Daniel Trobisch: A
mãe representa um ciclo, e o pai, aquele a quem cabe nos resgatar desse ciclo.
O contato inicial de criança com a forma masculina de ágape, acontece basicamente
quando o pai ama a mãe; através dela, está também amando o filho. Em seu amor
para com a esposa, o pai começa a escrever, na história de amor do próprio filho,
o enredo da proteção e sustento masculinos. Quando as crianças aprendem a engatinhar,
elas o fazem em direção ao pai, afastando-se da mãe. Graças a seu apoio afetuoso,
o pai desempenha o importante papel de ajudar o filho a desvincular sua identidade
pessoal da identidade materna.
Quanto à relação desse fato com o desenvolvimento durante a adolescência, Leanne
Payne escreve o seguinte: Se nos aceitamos ou não, como pessoas, vai depender
do apoio que recebemos expresso pela voz masculina. Como mulher, não posso dar
apoio a meu filho ou filha, em sua identidade de gênero. É a voz do homem que
eles estão atentos, porque, filhos do meu ventre, passam pelo processo de desvincular
de mim as próprias identidades. Os laços com o pai, antes desse período crucial
na adolescência, são importantes, claro. Acontece que agora, não existe nada
mais importante. Ao se interpor entre os filhos homens e a mãe,
onde necessário, o pai lhes permite que isolem suas identidades sexual e pessoal
da dela. O mesmo se aplica à filha, embora constitua um acontecimento menos
significativo, no tocante a sua identidade sexual. Afinal, ela não é diferente
da mãe.
No caso do filho, o amor do pai lhe permitirá identificar-se positivamente com
as características masculinas e de homem que vê nesse pai. O que é essencial
para o desenvolvimento de uma identidade de função do gênero saudável
o papel que se desempenha na vida como homem ou mulher. Tanto para os
filhos, quanto para as filhas, o pai é uma representação de tudo que se pode
associar a masculino e ao homem no mundo, da mesma maneira que, também para
filhos e filhas, a mãe é uma representação de tudo que se pode associar a feminino
e à mulher no mundo. É importante que os identifiquem positivamente com os papéis
desempenhados especificamente por seu gênero, percebidos no genitor do mesmo
sexo que eles ou elas. Isso para que adquiram uma identidade positiva da função
do gênero. Por outro lado, a mesma importância tem o fato de que a criança deve
vivenciar positivamente as diferenças entre os gêneros com o genitor do sexo
oposto ao dela. Só assim, aprende a estabelecer uma interação complementar com
representantes do sexo oposto. Ter segurança no que diz respeito à identidade
de gênero é identificar-se corretamente com o próprio sexo e relacionar-se de
um modo saudável com o sexo oposto, de forma a complementá-lo.
Uma manhã, minha irmã Karen telefonou-me para contar a última que Alexander,
meu sobrinho, aprontara. Meu cunhado saíra para o trabalho bem cedo e Karen
se pusera logo a lavar a louça do café. Seus dois filhos, Katie, de cinco anos
e Alexander, de dois, foram brincar em outro cômodo da casa. Algum tempo depois,
Karen estranhou o silêncio, coisa que, segundo ela, geralmente era indício de
que estavam fazendo arte.
Quanto enxugava as mãos para ir à procura dos filhos, eis que Alexander entra
aos tropeços na cozinha, calçando os chinelos do pai e com seus óculos pendurados
no nariz, carregando também a Bíblia que ele usava para estudar. Karen mais
que depressa, correu para o banheiro, imaginando que a filha estivesse participando
do mesmo jogo. Semanas antes, Katie cobrira o rosto de maquiagem e, tesoura
em punho, picotara boa parte do cabelo. Karen é cabeleireira. Dessa vez, porém,
encontrou-a brincando feliz da vida, às voltas com seu mundo imaginário, o cabelo
são e salvo e no devido lugar.
Essas brincadeiras inocentes revelam uma saudável identificação de símbolos
com o genitor do mesmo sexo. O resultado final de uma identificação de gênero
saudável como essa é uma identidade de função do gênero igualmente saudável.
Tal identificação com o próprio gênero serve de base para o estabelecimento
de uma identidade interior de gênero sadia, ou seja, aquela segurança experimentada
pelo menino no fundo do seu coração, de que ele não só é homem, como também
masculino, ou pela menina, de que é tanto mulher, quanto feminina.
À medida que essa identidade interior de gênero cresce, as crianças despertam
para as diferenças entre si mesmas e o sexo oposto. Esse despertar, além de
servir de apoio para a noção de que gêneros se complementam, apóia também, de
um modo muito mais profundo, a crescente identificação da criança com o próprio
sexo.
A imitação dos papéis desempenhados pelo gênero, mesmo de brincadeira, ajuda
a criança a identificar-se, em segurança, com o gênero a que pertence. Na década
de 20, Jean Piaget, psicólogo suíço, empreendeu amplos estudos sobre a importância
das brincadeiras infantis. Ele via a brincadeira com os símbolos como um aspecto
muito importante da vida emocional da criança, bem como, de seu desenvolvimento
cognitivo. A brincadeira serve a um grande número de propósitos. Quando se observam
crianças brincando, aprende-se muito acerca daquilo que elas estão tentando
compreender.
O amor do pai e da mãe é a primeira influência sobre os enredos da identificação
e da complementação de gênero, na história de amor dos nossos corações. O amor
que a mãe dedica aos filhos é único e diferente do amor do pai. É importante
levar em consideração essas diferenças para não dar maior valor a um, que a
outro. As expressões de afeto que recebemos da mãe e do pai não são intercambiáveis,
mas, igualmente importantes. A segurança no amor dos pais permite que uma saudável
história de amor heterossexual se desenrole e que seja vivida mais tarde. Quando
manifestações sadias do ágape masculino e feminino ficam impressas em nossos
corações, temos liberdade para deixar que outras formas de amor sejam escritas
em nossas histórias.
Filéo: Ao iniciarmos o contato com o mundo exterior à mãe, engatinhando na direção
do pai, acabamos por descobrir o mundo dos amigos. Uma segunda palavra para
amor é filéo, designando o amor da amizade. Designa o amor do homem pelos companheiros,
da mulher pela amiga. Também ele nos aponta para algo de grande valor na vida.
É possível viver sem amigos, mas seria uma existência pobre. Hoje em dia, parece
que não fazemos mais tantas amizades como antigamente, época em que Aristóteles
podia classificá-la como uma das virtudes.
A amizade também conta com expressões feminina e masculina. No início de seu
desenvolvimento, as crianças parecem não notar se os amiguinhos são do sexo
masculino ou feminino. À medida que o enredo da identificação de gênero com
o mesmo sexo se desdobra, na história de amor do coração, passa a ser perfeitamente
natural que um menino, tendo se descoberto um homenzinho, queira
brincar apenas com outros meninos. O mesmo vale para as meninas. Quando a criança
se sente segura em sua identificação com o genitor do mesmo sexo, em casa, surge
a necessidade de estabelecer relações com membros do mesmo sexo. Ou seja, ela
precisa se misturar ao bando, pois a participação em um grupo ajuda
a aumentar sua identificação de gênero. A atitude de exclamar meninas,
argh!, no caso dos meninos, e meninos, argh!, das meninas,
é absolutamente normal neste período. A rejeição infantil ao sexo oposto, por
não pertencer a nossa turma, faz parte da identificação sadia com
o mesmo sexo. Deixa de ser sadio, contudo, permanecer sempre nesse estágio infantil.
As brincadeiras com o sexo oposto exercem em papel crítico no desenvolvimento
de um enredo saudável, relacionado ao caráter complementar do gênero, na história
de amor do coração. Por toda a infância, e particularmente na puberdade, a amizade
com o sexo oposto deveria ser encorajada pelos pais, professores e outras figuras
detentoras de significativa autoridade. Do contrário, a capacidade da criança
de se relacionar com o sexo oposto pode subdesenvolver-se, ser reprimida por
completo, ou, já na vida adulta, ser tragicamente reduzida a uma expressão do
eros carregada de sensualidade.
Eros: A puberdade revela o eros, geralmente imaturo a princípio, com freqüência
carregado de sensualidade e dotado de um dramático colorido romântico. Costuma
surgir em nossos corações sob a forma de uma história de amor dramática. Se
formos sadios na puberdade, o enredo do caráter complementar do gênero, na história
de amor do coração, exigirá todas as atenções. O jovem apaixonado passa a se
considerar o personagem principal da trama secundária do amor erótico. Os sentimentos
que nutre para com o objeto de seu amor, o anseio de possuí-la, os pensamentos
acerca da amada, tornado-se os temas mais importantes dessa trama. Ao mesmo
tempo, falta igual atenção aos sentimentos, necessidades e pensamentos da amada.
A motivação do rapaz é tipicamente narcisista.
Eros é aquilo que a maioria das pessoas hoje em dia tem em mente quando
pensa em amor. Basicamente, Eros é o amor romântico, o amor sexual. É também
o nome do deus grego que empunha o arco e as flechas. A palavra costuma ser
empregada em referência a afeições outras que o amor romântico, porém é este
seu significado natural, que o particulariza. Deveríamos notar, já de início,
que eros é mais que experiência sexual. Pode-se fazer sexo sem amor...Porém
o ato sexual consiste na expressão apropriada para o eros. Ele não é o eros
em si mesmo, porque a afeição é um elemento básico nesse tipo de amor.
Eros é o amor entre os sexos em todas as suas diferentes expressões. Abrange
a relação complementar entre homem e mulher, o gesto inocente de dar as mãos
de adolescentes apaixonados, o prazer simples que tem um homem ao admirar uma
mulher e o conhecer e ser conhecido íntimo, verdadeiro, do relacionamento conjugal.
O Eros saudável inclui sempre o respeito mútuo.
Eros é ainda o termo mais apropriado, não só ao amor entre os sexos manifesto
romanticamente, como também aos relacionamentos amorosos, sempre entre os sexos,
no círculo familiar. É natural que o amor do filho pela mãe compreenda aspectos
do eros, pelo simples fato de existir uma diferença de sexo entre eles. O mesmo
se aplica, claro, ao amor da filha pelo pai.
O Eros expresso no amor romântico necessita desesperadamente de definição, nos
dias de hoje. Nossa sociedade, como um todo, parece um adolescente que não conseguiu
sair da puberdade. O enredo do caráter complementar do gênero em nossos corações
lembra mais uma história de amor trágica, ou um dramalhão. Damos a impressão
de estarmos atados a uma visão narcisista do eros, altamente romantizada, ou
então, ignoramos como nos relacionar com o ato sexual que abranja o amor. Como
Romeus incompetentes em busca de nossas Julietas. C. S. Lewis faz profundas
revelações: O eros faz o homem querer a verdade, mas querer uma mulher
em especial. De modo misterioso, porém, absolutamente inquestionável, o amante
deseja a amada em si, não o prazer que ela lhe possa proporcionar.
Essa descrição de amor, voltada para o outro, estabelece um contraste gritante
com o desejo sensual narcisista, que só visa a gratificação própria e que hoje
se faz passar por eros. Como homem, mantendo o devido contato com a diferença
entre a afeição que sinto por um irmão e por uma irmã em Cristo. O amor de irmão-para-irmão
mais genuíno é o filéo, desde que capacitado pelo ágape (aqui no sentido do
amor incondicional por Deus). Parte do amor que sinto por ele tem sua raiz no
fato de sermos ambos do sexo masculino. Em francês, a palavra que significa
conhecer devido a uma similaridade inata é connaitre. Naitre quer dizer nascimento
e con, o mesmo. Este conhecimento induzido por uma relação de igualdade só tem
lugar quando a história de identificação com o próprio sexo, presente no coração,
é saudável.
O amor mais autêntico que posso experimentar por uma irmã em Cristo é também
o filéo revestido do ágape divino, porém neste caso o eros participa, pois sou
do sexo masculino e ela, do feminino. Considerando que não compartilhamos da
mesma natureza (humana sim, mas não sexual), passo a conhecê-la à medida que
convivo com ela, estendo-lhe a mão e a trago mais para perto de mim. Em francês,
esse tipo de conhecimento é denominado savoir, de onde se originou a palavra
inglesa savor, (provar cheiro ou sabor, em português). Esse conhecer em
razão de diferenças só acontece quando o coração dispõe de um saudável enredo
do caráter complementar do gênero.
Amor Confuso: Amamos de um modo confuso, nós, os caídos; a estrada da
vida existe para estabelecer ordem no amor. Nossos primeiros encontros
com as formas masculina e feminina desses três tipos de amor (Ágape, Filéo e
Eros), incorporados a nossos relacionamentos mais significativos (mãe, pai e
outros), moldam a maneira como vivenciaremos mais tarde, no decorrer da vida,
o amor pelo mesmo sexo e pelo sexo oposto. Esses contatos afetam ainda o modo
como vemos a nós mesmos, enquanto homens e mulheres. Necessidades de afeto não
satisfeitas na infância não desaparecem simplesmente porque crescemos. Costumam
se manifestar disfarçadas de necessidade neurótica exigindo atenção. Se nos
faltar um dos três diferentes tipos de amor, é provável que tentemos satisfazer
essa exigência com o amor de um dos outros dois tipos. A necessidade de afeto
não satisfeita, e que se transformou em neurótica, pode aparecer nos enredos,
tanto de identificação de gênero, quanto do caráter complementar do gênero.
Quando um homem deixa de receber a forma masculina de ágape na infância, o déficit
é notado em seu enredo de identificação de gênero. Talvez então, ele tente compensá-lo
estabelecendo um vínculo no qual se apegar, e do qual se torne dependente, com
um outro homem, ou por intermédio de uma expressão do eros, resultando na neurose
homossexual. Se ao homem faltar filéo, ele pode criar expectativas nada razoáveis
e depositá-las sobre os amigos homens. A mulher que não encontrou um senso seguro
de ser no amor materno pode transferir essa necessidade para os relacionamentos
com outras mulheres, esperando delas algo que simplesmente não podem ou não
deveriam lhe dar. É possível compreender certas expressões da homossexualidade,
tanto no homem quanto na mulher, como necessidades de afeto relacionadas ao
mesmo sexo não satisfeitas, e que foram erotizadas. A pessoa está procurando
o amor no lugar errado, literalmente. A necessidade não satisfeita de amor do
mesmo sexo assume traços distorcidos e desproporcionados. Determinadas expressões
da homossexualidade, seja no homem, seja na mulher, resultam em fuga impulsionada
pelo medo do sexo oposto, e a um apego, uma dependência do mesmo sexo. A introdução
do eros nesse enredo serve como uma forma neurótica de aproximação e identificação
com o mesmo sexo. Ao evitar membros do sexo oposto, o homossexual não precisa
mais lidar com seu senso de inadequação sexual em relação a eles.
Quando conseguimos olhar para o passado, com total sinceridade, e o virmos do
modo ele realmente aconteceu, então poderemos começar a nos libertar de nossas
reações aos relacionamentos desajustados que afetam nossas relações no presente.
Só então conseguiremos amar e sermos amados verdadeiramente, por ambos os sexos,
e assim, convertemo-nos nas pessoas que Deus deseja que sejamos.
O encontro com um homem pleno. O que é um homem pleno? Tentando visualizar um
homem pleno, meu coração apresentou-me imagens de meu pai esbravejando feito
um louco, em um de seus acessos de raiva; dos colegas de escola mais cruéis,
atormentando-me por ser efeminado; de homens unidos em um abraço homossexual.
Eram essas as únicas imagens de homens que abrigava em meu coração. Você se
lembra de algum homem pleno na infância? Não, ninguém me vinha à mente. Comecei
a descobrir o que era ser amado por um homem pleno. Era a primeira vez
na minha vida que um homem pleno se dispunha a me ajudar, o Pastor Brown. Aliás,
meu ser inteiro estava sendo moldado, assumindo a forma do homem por cuja redenção
Jesus morreu. Doía, mas eu estava me tornando real. Meu verdadeiro eu começava
a vir à tona conforme aquilo que havia de real. Senti pela primeira vez, que
a cura da homossexualidade era possível. Até aquele momento, não me permitia
esperar de verdade pela cura completa, com medo do desapontamento. Só levara
em consideração essa história de cura por sentir que Deus me conduzia nessa
direção, não porque tivesse grande fé de que daria certo. Além disso, gostava
do prazer que experimentava nos contatos homossexuais e não tinha certeza de
estar pronto para abrir mão deles, definitivamente. Contudo, sabia que a cura,
que agora achava viável, jamais se daria sem algum esforço da minha parte. Por
esse motivo determinei-me, diante de Deus, por não mais envolver-me com nenhuma
atividade homossexual. A motivação para a maior parte de minhas orações era
o desejo de ser liberto de todos os sentimentos e lembranças negativas que abrigava
no peito, relacionados a meu pai, não necessariamente de ser curado da homossexualidade.
Segue a história de Matthew, um rapaz que, como eu, precisava se libertar da
confusão dos símbolos em suas fantasias homossexuais: Leanne Payne inicia a
conversa com Mattehw perguntando-lhe: O que você faz em suas fantasias? Quero
abraçá-lo, beijá-lo na boca, quero estar junto dele. E, em sonhos, é isso que
faço. Ouvindo isto perguntei: Você conhece alguma coisa, qualquer coisa, sobre
os hábitos dos canibais? Sabe por que eles comem gente? Não, não faço a menor
idéia ele respondeu, perplexo. Essas questões costumam ser fundamentais
para trazer à tona, em mentes e corações como os de Matthew, o que realmente
acontece nas compulsões homossexuais. Em seguida, contei-lhe o que um missionário
certa vez me disse: Os canibais só comem quem admiram, e o fazem para adquiri-lhes
as características. Estava muito claro qual o problema com Matthew; ele olhava
para o outro rapaz e se apaixonava por uma porção perdida de si mesmo, uma porção
que ele não conseguia reconhecer nem aceitar.
Ruth Tiffany Barnhouse define a homossexualidade como a tentativa neurótica
de obter identificação de gênero com o próprio sexo. Ela escreve: ...pode-se
recorrer à adaptação homossexual como forma de se identificar com a força masculina
do parceiro. Como bem colocou um paciente meu, o problema não estava tanto no
fato de eu querer amar Peter; eu queria ser o Peter.
Meu desejo homossexual não era um impulso biológico, mas sim a projeção do amor
desordenado e da identificação de gênero incompleta sobre um membro do meu mesmo
sexo, que simbolizava minha masculinidade. Foi assim que comecei a abandonar
a mentira de que a homossexualidade é uma expressão legítima da sexualidade
humana. A fim de me desfazer dos símbolos confusos da masculinidade presentes
em meu interior, procurei responder a essas perguntas simples a respeito dos
homens que habitavam minhas fantasias sexuais, ou por quem me sentia sexualmente
atraído: o que ele tem que estou tentando tomar? Que porção da minha masculinidade
ele simboliza e com a qual não estou estabelecendo contato? Com isso, ficou
muito claro para mim que todos os homens do meu passado, pelos quais me apaixonara,
nada mais eram que receptáculos das minhas projeções. Só estivera tentando completar
minha identificação de gênero através de uma união erotizada com eles. Na verdade,
nunca os vira como as pessoas reais, de carne e ossos, que eram de fato. Antes,
me relacionara com eles (ainda que inconscientemente) a partir da perspectiva
de minha própria necessidade e confusão.
Meu quarto precisava receber novos símbolos ou seja, um novo símbolo
em meu coração. Admitindo minha fraqueza diante de Deus, pedia-lhe que derramasse
sua força sobre mim. Nunca neguei que a necessidade continuava ali; apenas comecei
a exercer uma certa autoridade sobre meu próprio corpo. Meus sentimentos e pensamentos
subjetivos, egoístas, deixariam de ser medida para a verdade. Esse lugar agora
cabia a Jesus. Era um estranho paradoxo, comprometer-me pessoalmente com dois
conjuntos de crenças contraditórios um originário do meu coração enfermo,
e o outro, da minha fé em Deus. Em pouco tempo, meu quarto adquirira novo símbolo.
Tornou-se lugar de comunhão com Deus e de descanso.
Aos dois anos e meio, passei de um mês de hospitalizado, devido a uma grave
infecção nas vias respiratórias. Durante aquele mês, não permitiram que minha
mãe ficasse comigo. Isolado dela por um período tão longo, desenvolvi um sério
problema de ansiedade por causa de separação. Quando criança, carregava essa
ansiedade e as atitudes de defesa que a acompanham, como vergonha, raiva e rejeição,
bem no fundo do meu ser. Embora a separação da mãe seja inevitável para que
a criança, ao amadurecer, se transforme em um indivíduo saudável, o momento
exato dessa separação deveria coincidir com um estágio muito particular do seu
desenvolvimento. Comentando a capacidade da criança de vivenciar positivamente
a separação, a Dra. Sally Provence escreve: A capacidade de uma criança de trabalhar
bem o estresse da separação depende significativamente de sua habilidade em
evocar imagens mentais daqueles a quem ela atribui seu senso de segurança e
bem-estar.
No que diz respeito às mulheres com neurose de lesbianismo, o pavor de perderem
o contato com a mãe costuma estar na raiz de seus problemas sexuais. O desapego
das lésbicas a sua fonte de ser não só provoca intensa ansiedade, como também,
a alienação de seus relacionamentos básicos e, portanto, dos meios para obter
uma saudável identidade de gênero. Desde o princípio da infância, como resultado
dessa ansiedade, pode acontecer de carregarem tensão nos órgãos genitais. A
necessidade de que sentem do amor ágape feminino pode estar tão confusa que
todos os relacionamentos com mulheres acabam sendo erotizados.
Para o homem em transição da homo para a heterossexualidade, a vontade de se
masturbar às vezes é conseqüência do emergir de sua heterossexualidade até então
reprimida. Pode representar a tradução do despertar sexual (atrasado) para a
existência da mulher, coisa que em geral ocorre na puberdade. Esse despertar
não só precisa ser bem-recebido, como também transportado rapidamente para a
maturidade. E o indivíduo precisa aprender que pelo simples fato de experimentar
uma necessidade sexual legítima, nem por isso poderá satisfazê-la imediatamente.
Conquanto minha vontade continuasse frágil ainda precisasse de cura, eu a exercitara
em sintonia com a vontade de Deus. A presença de Deus que comigo habitava capacitou-me
para fazer aquilo que antes eu julgava impossível. Com Jesus, enfrentei o medo
da solidão, a ansiedade, a tentação sexual e o abandono, tudo que nunca fora
capaz de encarar. Passava pelo ponto crítico da minha cura, o instante em que
morria voluntariamente para o velho eu e me identificava com Cristo
em seu sofrimento. Atingi uma nova e poderosa compreensão do significado de
Cristo vivendo em mim. Ela tem mudado minha vida. E nunca mais precisei enfrentar
um fim de semana de agonia.
De repente, o significado de Cristo estar em mim invadiu-me o ser como ondas
de água viva. Naquele momento compreendi que se o Espírito de Deus habitava
naquele pedacinho de pele, então, Sua presença também permeava cada célula e
fibra do meu corpo, quer eu quisesse, quer não. As palavras de 1Coríntios 6:19-20
entraram em minhas veias como sangue restaurador: Acaso não sabeis que
o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da
parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço.
Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.
Ao mesmo tempo que essa verdade tomava conta de minha mente, olhei para meu
dedo mindinho e concluí que se todo o Espírito de Deus habitando em mim fosse
suficiente apenas para preencher a ponta daquele dedo, eu já teria poder divino
suficientemente para ser curado. Daquele momento em diante, a porção mais profunda
do meu coração tomou consciência de que eu seria completamente curado da homossexualidade.
E foi o que acabou acontecendo. A mais plena alegria emergiu de dentro de mim.
Eu devia estar brilhando em maravilhosa reverência. Daquele dia em diante, relacionei-me
com meu corpo de um modo inteiramente diverso. Pois não se tratava de um mero
corpo, mas sim do templo do Espírito Santo.
A primeira vez que me entreguei para Jesus, na adolescência, ninguém me ensinou
sobre a união com Cristo através do Espírito Santo habitando no crente. Só dez
anos depois, tendo freqüentado a classe de educação cristã para adultos e que
mais tarde ainda, recebido o poderoso enchimento do Espírito Santo na igrejinha
de Ohio, deparei-me com a realidade de um outro que vive em mim.
Essa realidade representa uma verdade fundamental para a cura das pessoas. Em
cada cristão existe um lugar interior saudável, onde ele mantém sua união com
Cristo. A respeito daquele que o ama, Jesus disse: E meu Pai o amará,
e viremos para ele e faremos nele morada (João 14:23). Essa união entre
o crente e Deus é a realidade que nos capacita a sermos transformados de dentro
para fora. Essa união com Cristo traz poder também à sua vida de oração. Essa
realidade de um outro vivendo em mim, foi a chave para minha cura
da homossexualidade, e é a chave para a cura de todas as pessoas. Pois não importava
quão terrível fosse a lembrança que viesse à mente, não me importava quão vil
fosse o pecado revelado de dentro do meu coração, não importava quão insignificantes
ou ridículos fossem os pensamentos que me assaltassem, não importava a intensidade
da dor que me abalava a alma, eu agora sabia que Jesus estava vivendo dentro
de mim. Por haver um outro vivendo em mim, eu tinha coragem para
enfrentar as feras na arena do meu coração. O lugar saudável onde Jesus morava,
dentro de mim, era meu verdadeiro centro.
O processo de identificação com Cristo permite ao crente descobrir sua verdadeira
identidade. O produto final dessa identificação é uma identidade aquilo
que a Nova Bíblia Inglesa, no trecho de Mateus 16:24-25, quando Jesus diz: aquele
que perder a sua vida por minha causa, acha-la há.
Amadurecendo à medida que obedecemos a Deus, desviando os olhos do próprio eu
e voltando-se para o exterior, para o céu, recebemos de Deus aquela palavra
objetiva, à qual devemos obedecer, se quisermos amadurecer. O verdadeiro Eu
vem à tona quando fixamos os olhos em Deus, o verdadeiro Tu. Desse
modo, nosso eu é refletido sobre nós. A natureza de Deus em mim redime minha
natureza interior. Sou justo porque Sua natureza justa habita em mim, na figura
do Espírito Santo, não apenas porque conheço uma verdade teológica acerca de
Sua justiça em mim. A obra de Deus em mim deu-me coragem para suportar os primeiros
meses em que estava sendo curado da neurose homossexual. Por isso, ao mesmo
tempo que desejos homossexuais devastavam-me o corpo, eu podia clamar por Jesus
nos momentos em que não o sentia próximo a mim. Com o tempo, os desejos homossexuais
que um dia eu buscava satisfazer com tanta avidez, foram transformados em tentações
para fazer algo que eu não queria mais. Havia um Outro vivendo em mim. Sua justiça,
Cristo em mim, submetia-me a uma transformação de dentro para fora. Todos nós
precisamos exercer esforço moral a fim de obedecer a Deus. Contudo, nossos esforços
humanos são ampliados grandemente pelo poder de Deus quando participamos de
Sua natureza, tomamos nossa cruz e seguimos o Senhor todos os dias.
Os psicólogos cognitivos são rápidos em salientar que padrões de pensamentos
baseados em erros ditam grande parte dos comportamentos e sentimentos que regulam
nossas vidas. Eles sabem que a introdução de novos pensamentos positivos em
uma mente abarrotada de atitudes doentias é a chave para a cura. A oração profética
bíblica ou a oração passiva, que na verdade vai muito além do pensamento positivo,
é a chave para a renovação da mente: E não vos conformeis com este século,
mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual
seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12:2). Conheci
um novo senso de responsabilidade pela minha cura, o qual mudou minha vida.
Continuava necessitado de muito mais curas sobre as feridas passadas. Eu as
tinha em quantidade suficiente para gemer e choramingar pelos próximos vinte
anos. No entanto, uma nova dimensão de vida se abriu a minha frente o
futuro desvencilhado do passado. Agora eu olhava para diante, para uma vida
normal, livre das referências diárias ao passado doloroso. Por esse motivo,
decidi não mais mencionar esse passado a não ser no contexto da oração, de um
ensinamento ou ministrando para outras pessoas.
Como é fazer sexo com você mesmo? O amor entre homossexuais costuma ser caracterizado
pelo receber. O homossexual não ama alguém do próprio sexo para se doar. Pelo
contrário, ele o ama com o intuito de tomar para si mesmo. Tampouco ama o parceiro
do mesmo sexo como a si mesmo. Ama-o em vez de a si mesmo. Se encontramos
dificuldade em nos relacionarmos com pessoas do mesmo sexo, por causa de modelos
inadequados, temos dificuldade também para nos relacionarmos com pessoas do
sexo oposto.
Parte de minha cura da homossexualidade só começou depois que renunciei à esperança
idólatra de um dia encontrar o amante perfeito, que estivesse em harmonia com
a imagem idealizada e erotizada do meu sexo, existente dentro do meu coração.
Sabia tratar-se de um pecado ultrajante, para o qual precisava morrer. Mas ainda
queria manter um certo controle sobre a vida. Porém, eu vivia a tentação satânica
de aproveitar a cura que Jesus me dera e sair a procura do amante perfeito com
quem passar tranqüilidade o resto da vida. Essa esperança pecaminosa foi um
dos maiores impedimentos para que eu recebesse mais cura da parte de Deus. Homens
que deixaram de completar sua identificação de gênero na infância procuram estabelecê-la
em um outro homem. O sentimento opressivo de se estar apaixonado
por alguém do mesmo sexo é na verdade uma busca pela identificação de gênero
que foi erotizada. Para ser curado, o homossexual deve enfrentar seu vazio interior
e reconhecer que tentou preenchê-lo com uma imagem idealizada e erotizada do
próprio sexo que esse vazio fez com que depositasse sua identidade em
um outro do mesmo sexo. O que equivale a estabelecer seu sexo como ídolo, no
coração. Precisamos de um ambiente de graça na Igreja, onde existam pessoas
que ministrem. Com muita paciência e amor genuíno, a cura da identificação de
gênero incompleta.
Podemos desprezar categorias inteiras de pessoas pelo simples fato de que alguns
de seus representantes nos rejeitaram na infância. Quando criança, minhas aptidões
para as artes conduziram-me a essa área. Alguns colegas de escola, todos do
sexo masculino, interpretavam meus interesses como coisa de menina
e me ridicularizavam. Meninos eram machos, os atletas da turma.
Na idade adulta, muito tempo depois de iniciado meu processo de cura, o Senhor
me levou a perdoar um colega particularmente cruel, e depois, a me arrepender
pelas atitudes negativas para com todos os homens que gostavam de esportes.
Deus não me rejeitou por causa desse sentimento, nem permitiu que fosse condescendente
com Ele. Mais importante ainda, eu sabia muito bem que não devia projetar a
raiva sobre Deus, nem culpá-lo pelas circunstâncias atuais. Afinal de contas,
Ele me dera Jesus, o remédio para a dor.
Às vezes os espíritos demoníacos se servem dessa confusão de símbolos para oprimir
ou habitar a pessoa. Não é incomum ocorrer manifestação de demônios nesse momento
de oração. Há também ocasiões em que eles não se mostram, apenas se escondem.
Nesse caso, entra em ação o dom de discernir espíritos (1 Coríntios 12:10) e
os demônios podem ser expulsos sem maiores problemas. É fácil expulsá-los pedindo
à pessoa que renuncie a eles, ungindo-a com água consagrada em seguida.
Ao mesmo tempo que minha cura progredia, com a ajuda do Senhor, eu trabalhava
minha ambivalência do mesmo sexo. Em pouco tempo, meus desejos homossexuais,
que antes me agradavam, foram transformados em tentações pecaminosas que desejava
cada vez menos. Embora esses desejos fossem se acabando no decorrer do tempo,
continuei enfrentando as tentações sexuais e não. Agora parecia-me fácil
discernir se as tentações sexuais provinham do mundo, da carne ou do diabo.
Qualquer que fosse a fonte, o exercício da presença de Cristo habitando em meu
coração pela fé era sempre o ponto de partida de minha defesa. Se a tentação
provinha do mundo, tinha de resistir-lhe, ou fugir dela. Um amigo estrangeiro,
visitando meu país, comentou: os homens nos anúncios de rua dos Estados Unidos
estão sempre em posição sedutora, como acontece com as mulheres, nas propagandas
do meu país. Essa afirmação abriu-me os olhos para perceber como somos bombardeados
com imagens sedutoras de homens e mulheres principalmente na televisão
e no cinema. Por isso, visando meu bem-estar mental, decidi que não assistiria
mais a programas televisivos, nem filmes que contivessem cenas de sensualidade
explícita. Se as tentações sexuais tinham origem em minha carne, elas costumavam
surgir no contexto de um relacionamento com o mesmo sexo. Nesse caso, eu colocava
em oração certas perguntas fundamentais a Deus, acerca do homem em questão.
O que ele tinha que eu desejava para mim? Invejava-o de alguma maneira? Sentia-me
inferior a ele? O remédio para o problema quase sempre estava na necessidade
de mais cura para minha identidade de gênero. Essas tentações podiam ser vencidas
pela oração pedindo mais cura pessoal, ou recebendo esse tipo de oração da parte
de cristãos confiáveis.
A tentação sexual demoníaca costumava acometer sob a forma de pensamentos que
invadiam minha consciência, em um movimento de fora para dentro. Certa noite,
logo após uma grande série de reuniões de cura, passei quase a noite toda acordado,
assistindo a um desfile muito veloz de lembranças e encontros homossexuais atravessar-me
a mente. Sabendo não ser aquele o desejo do meu coração, rejeitei-as todas com
a mesma velocidade com que vinham se apoderando do meu intelecto. Ainda assim
continuaram fluindo, como se não fossem mais ter fim. Até que, pegando a água
consagrada, ordenei àquele demônio que parasse de me incomodar. De repente,
no meu espírito, ouvi-o acusar-me: Pois você adorou cada um desses encontros.
Naquele instante, a única coisa que me ocorreu foi a primeira parte de
Mateus 5:25, entra em acordo sem demora com o teu adversário. Pode
apostar que sim retruquei então. Mas na época eu era um ímpio,
neurótico. Hoje estou me convertendo em um homem santo, saudável. Hoje tenho
o Espírito Santo que habita em mim por intermédio da fé em Jesus Cristo. Por
isso, em nome de Jesus, deixe-me em paz e volte para o abismo de onde você saiu.
Exercer a autoridade espiritual de cristão, em quem habita o Espírito de Deus,
sempre provou ser a melhor defesa. Se uma opressão particularmente intensa me
sobreviesse e durasse mais um dia, o jejum e a oração por libertação da parte
de Deus eram remédios seguros. Satanás enviou homens até mim em diversas ocasiões,
na tentativa de desacreditar meu ministério de redenção para o homossexual.
Um deles, jovem e seminarista, marcou hora para me ver. Vou lhe dar o nome de
Bill. Em nosso primeiro encontro, perguntei: Bill, por que você quis vir até
aqui? Meu orientador espiritual sugeriu que eu conversasse com você sobre cura
da homossexualidade ele respondeu, bastante franco. Mas não acho
que seja necessário, pois não considero a homossexualidade incompatível com
a Bíblia ou com o cristianismo. Este ministério é para pessoas que querem ajuda
alertei-o Mas se quiser freqüentar as reuniões do nosso grupo,
nas quintas-feiras à noite, será bemvindo. Esse primeiro encontro foi
um tanto curto. Achei que ele realmente me procurara para satisfazer uma exigência
de seu orientador. Sendo assim, não fiz uma oração de cura por ele, já que teria
sido uma violação da sua vontade. Bill participou de várias de nossas reuniões
semanais, até que desapareceu por completo.
As conseqüências espirituais negativas do fato de ter-lhe permitido freqüentar
nossas reuniões não se manifestaram senão anos mais tarde. Bill havia sido ordenado
ministro. Um outro ministro de sua denominação contou-me que ele agora procurava
desacreditar meu ministério. O modo como ele relatava nosso encontro era algo
assim: Anos atrás procurei o ministério de Mario Bergner, mas não obtive
cura de espécie alguma. Ocultava o fato de que não quisera receber a cura
para sua homossexualidade que eu nem chegara a ministrar sobre ele.
Em outra ocasião, um homem marcou hora para me ver, alegando necessitar de ajuda.
Na verdade, queria me seduzir. Vou dar-lhe o nome de Steve. Assim que entrou
em meu escritório, o Espírito Santo o convenceu de seu pecado. Ele se arrependeu
e juntou-se a meu programa. Quando seu processo de cura já estava bastante avançado,
Steve confessou que viera até mim com o intuito de tentar desacreditar meu ministério.
A diferença entre esses dois homens determinou o curso da vida de cada um deles.
Um mostrou-se humilde; o outro, cheio de orgulho. Steve estava aberto para ser
convencido pelo Espírito Santo e arrependeu-se do seu pecado. Bill se trancou
dentro de um paradigma mental teológico e orgulhoso, fechando a alma para o
poder restaurador de Deus.
A seguir teremos a história de Kristin: na adolescência, ela tentou anestesiar
a profunda dor interior com as drogas. Uma grave misoginia aversão às
mulheres fez com que rejeitasse a própria feminilidade. Quando
sua sexualidade emergiu pela primeira vez, entregou-se a uma vida de fantasia
que encerrava imagens de atos destrutivos contra seu corpo. No final da adolescência,
deixou-se persuadir de que era um homem prisioneiro de um corpo de mulher, condição
essa a que se convencionou dar o nome de transexualismo. Saiu de casa logo que
pôde, mudou-se para uma cidade maior e passou a freqüentar a noite. Nos bares
para homossexuais conheceu vários transexuais e travestis seu tipo de
gente. Se você não se acha bom o suficiente para ser cristão, pense no apóstolo
Paulo. Ele era um assassino e Jesus o perdoou. O amor de Deus e a verdade da
cruz penetraram na alma de Kristin. Ela disse sim a Cristo
e como ela mesma definiu: - apropriei-me da verdadeira esperança que só se pode
encontrar em Jesus. A conversão produziu a cura dos alicerces de que todo mundo
precisa, a regeneração inicial por intermédio do novo nascimento e da restauração
de um relacionamento com Deus. O Senhor rapidamente começou a curar a profunda
confusão existente no coração de Kristin. Freqüentando uma igreja, conheceu
um homem que lhe serviu de exemplo da identidade masculina que ainda desejava
ter. Enquanto aguardava que o Senhor completasse a cura tão desejada, agarrou-se
às palavras de Jesus: Se guardares os meus mandamentos, permanecereis
no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai,
e no seu amor permaneço. Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo em
vós, e o vosso gozo seja completo (João 15:10-11).
Embora Kristin não falasse muito, sem dúvida era um vaso pronto para receber
todo tipo de cura que Jesus tivesse para lhe dar. Desde a última vez que a vira,
muita coisa lhe acontecera. No grupo anterior, ela começara a aceitar sua feminilidade
e seu corpo. Agora, pela primeira vez na vida, experimentava sentimentos de
amor, em vez de ódio, pelas mulheres. Contudo, percebia que seu coração continuava
confuso, pois descobriu que estava se apaixonando por uma determinada
mulher. Simplesmente a abraçamos bem apertado, enquanto o Senhor fazia a incrível
obra de curar e suprir a deficiência provocada pelo amor não correspondido de
uma mãe doentia. Jesus mostrou para Kristin que ela é realmente uma mulher feita
de um modo belíssimo, a Sua imagem, e encantadora, sob Seu ponto de vista. Agora
ela via uma mulher bonita, forte, de cabelos longos e encaracolados. Estava
livre afinal graças ao Senhor. Foi estabelecida ordem no amor de Kristin,
graças a sua dolorosa honestidade consigo mesma e com Deus. Seu compromisso
não era com a cura, mas sim com Jesus, o processo de cura a que se submeteu,
e apesar de toda a dor, em momento algum ela trocou o Evangelho da realização
de seu pleno potencial pelo Evangelho de Cristo. Bendito seja o Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação.
É Ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar aos
que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos
consolados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam
em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por
meio de Cristo (2 Coríntios 1:3-5).
Quando o homem não consegue se relacionar com a mulher, enquanto pessoa dotada
de inúmeros talentos, volta-se para o próprio sexo, em uma atitude pervertida,
em áreas que considera inadequadas para as mulheres. Donald Bloesch, relata
de que maneira a visão da mulher como ser humano inferior, na cultura greco-romana
dos dias de Paulo, resultou em homens maduros buscando companhia intelectual
não nas esposas, mas nos rapazes.
Entre os gregos, homens e mulheres não comiam juntos, nem sequer compartilhavam
as mesmas dependências para dormir. Os homens passavam a maior parte do tempo
fora de casa, onde ficavam confinadas as mulheres. Desencorajavam-se as conversas
intelectualizadas entre marido e mulher, de forma que muitos maridos buscavam
a companhia de rapazes novos e brilhantes com esse propósito. Alguns desses
rapazes novos e brilhantes, muitas vezes, tornavam-se parceiros
efeminados em relacionamentos pederásticos, tão comuns na sociedade grega antiga.
Historicamente, a depreciação das mulheres equivale à aceitação da pederastia,
da homossexualidade e da prostituição na sociedade. A própria palavra misoginia
vem do grego. Quando nos deparamos com homossexualidade, pederastia, misoginia,
vemos uma sociedade que começou a se desintegrar. O Dr. Richard Lovelace, comentando
sobre Romanos 2 diz: A homossexualidade de qualquer indivíduo em particular
não representa uma punição direta a sua idolatria, mas sim o produto da estrutura
social deteriorada de uma sociedade de idólatras.
Ao advertir os coríntios: Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras,
nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem
bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus (1Coríntios
6:9-10), Paulo inclui os relacionamentos pervertidos entre rapazes e homens
maduros, resultante da incapacidade dos habitantes de Corinto em se relacionar
com as esposas como pessoas dotadas de entendimento. Todavia, as palavras de
Paulo também devem ser interpretadas como uma denúncia declarada contra a homossexualidade
em geral, não exclusivamente da pederastia.
Falando sobre liberdade da misoginia: A misoginia geralmente é uma raiz de pecado
agarrada à base dos diversos problemas sexuais experimentados pelas pessoas.
Está relacionada, não só à homossexualidade no homem, como também ao lesbianismo
e perversões da heterossexualidade. Causa problemas intermináveis nos relacionamentos
entre homens e mulheres. A ambivalência do sexo oposto, manifestando-se a partir
da misoginia. Obstrui o avanço do Reino de Deus quando tentamos executar a missão
que Cristo nos deu. A confissão desse pecado costuma ser fundamental no sentido
de fazer com que os homens se libertem da misoginia. Foi assim comigo. Para
aquele que luta com sua homossexualidade, reconhecer o pecado e dele se arrepender
pode ser o primeiro passo para conquistar uma identidade heterossexual saudável.
No caso do homem com ambivalência do sexo oposto mas sem neurose homossexual,
a confissão pode proporcionar a vitória que lhe permitirá estabelecer relacionamentos
confiantes e sagrados com mulheres.
No caso do homem que está superando a homossexualidade, como aconteceu comigo,
deixar de trabalhar plenamente sua ambivalência para com a mulher significa
deixar de atingir plenamente sua verdadeira identidade heterossexual. Considerando
que o egresso de um passado homossexual cresceu com déficits de amor do mesmo
sexo, não é incomum que ele se concentre em suas necessidades de amor do mesmo
sexo, o que se poderia chamar de homocentrismo. A homossexualidade poder ser
entendida como o fracasso em se ver corretamente o sexo oposto devido a uma
preocupação doentia com o mesmo sexo. Para que possa enfrentar as diferenças
existentes no sexo oposto, as pessoas precisam se sentir seguras com o próprio
sexo. Parte da homossexualidade no homem está relacionada à incapacidade de
dissociar completamente sua identidade de gênero da mãe. Em se tratando de um
travesti ou de um transexual, o problema maior está no fato de ele não conseguir
separar as identidades de gênero e sexual da mãe. Em tais casos, talvez a mãe
tenha se mostrado sempre carente emocionalmente, ou excessivamente controladora,
ou tenha até abusado sexualmente do filho, provocando uma ligação doentia com
ele. Até que essa ligação seja admitida e rompida, os filhos sejam eles
homossexuais, transexuais ou travestis não atingirão o amadurecimento
emocional necessário para compreender que têm identidade de gênero diferente
da mãe.
Leanne Payne fala da importância de o homem que tem neurose sexual se libertar
da ligação doentia com a mãe. Os homens precisam deixar as mães para trás. Deixar
a mãe para trás é a chave para enfrentar o mundo das demais pessoas, o que,
por sua vez, é a chave para amar a mulher da maneira correta. A função da mãe
não se resume a dar abrigo, proteção e transmitir confiança. Pelo fato do nascimento
ela nos traz ao mundo; seria possível dizer até que nosso primeiro contato com
ela diz respeito ao momento em que fomos expulsos de dentro dela. Após o nascimento
o cordão umbilical é cortado, e se o amor da mãe pelo filho for saudável, segue-se
um processo de cortes graduais e indolores, não apenas física como também mentalmente.
A mãe mostra ao filho que ele é receptor exclusivo do seu amor. Ensina-lhe a
compartilhar a sua afeição. Faz com que desvie o olhar de cima de si mesma.
Ele precisa encarar a realidade. Só a mãe neurótica mantém o filho em um estado
de dependência e fixação; a mãe que tem discernimento sabe não apenas como amarrar,
mas também como cortar o laço. Na verdade, o homem só é capaz de amar realmente
se o vínculo psicológico de fixação materna estiver secionado. Só então conseguimos
enfrentar o mundo e o outro.
O homem conhece a mulher experimentado-a, mantendo um contato muito próximo
com ela. Em cada homem reside a necessidade, magnífica porque dada por Deus,
não apenas de encontrar a mulher, como também de ter com ela uma profunda comunhão.
A raiz dessa verdade reside no fato de que, antes de serem separados, Adão e
Eva formavam um só corpo. Adão sentiu a necessidade de tornar-se uma só
carne com Eva porque já fora uma só carne com ela. Tenham ou não plena consciência,
faz parte da estrutura de todos os homens essa mesma necessidade de estar em
comunhão com a mulher, de se reunir a ela, de tornar-se um com ela. A primeira
vez que li sobre essa atração magnética entre os sexos foi no clássico livro
de Karl Stern, onde o Dr. Stern escreve: A mais famosa apresentação dessa
idéia encontra-se no Gênesis, quando Deus criou o homem a Sua imagem, homem
e mulher antes da dissociação de Eva do corpo de Adão.
Na época, eu ainda estava sendo curado de minha neurose homossexual. Ao ler
a descrição de Stern da separação de Adão e Eva, tive a sensação de que fogos
de artifício explodiam dentro de mim. De repente compreendi que só podia conhecer
a plenitude do fato de ser feito à imagem de Deus reunindo-me à mulher. Acreditasse
ou não nisso, de acordo com os desígnios de Deus, uma parte de mim, como homem
que sou, precisava estar com uma mulher. Era apenas uma questão de tempo antes
que essa necessidade brotasse do estado reprimido a que a relegara dentro de
mim. Na realidade, essa descoberta foi o estopim que desencadeou um interesse
sexual por mulheres que jamais conhecera até então. Pela primeira vez na vida,
acreditava possível encontrar alegria e prazer para mim, na união sexual com
uma mulher.
Exercitando-me sempre na presença do Senhor, porções maiores do meu verdadeiro
eu masculino vinham à tona a cada dia. Deixando de ser homocêntrico (centrado
em meu próprio sexo), tornei-me mais extrovertido, mais interessado no que acontecia
a minha volta, que nada tinham a ver comigo. Por isso, comecei a notar coisas
que não via antes. As diferenças entre o andar da mulher e do homem, ou entre
o modo como se sentam, saltou aos meus olhos. Não que procurasse perceber tais
coisas. Pelo contrário foram elas que me pegaram de surpresa e recusaram-se
a me deixar em paz enquanto não lhes desse a devida atenção. Certa tarde, veio
até meu escritório uma aluna que me pedira aula particular sobre um texto de
Shakespeare. Depois que ela entrou e sentou-se em uma carteira, metodicamente
certifiquei-me de que alinhasse bem a coluna, de forma a obter o máximo conforto
e apoio para a respiração. Em seguida, acomodei-me na cadeira a sua frente e
fiquei ouvindo aquela linda moça de cabelos dourados recitar o texto. De repente,
uma porção particularmente bela de seu corpo atraiu-me os olhos a ponto de,
por algum motivo desconhecido para mim, deixar-me atônito. Fascinado e imobilizado,
não ouvi nem sequer uma palavra do que ela dizia. Quando me sentara a sua frente,
a luz que entrava pela janela incidira sobre seu rosto, emprestando-lhe um lindo
colorido. Eu nunca vira faces tão suaves, aveludadas, nem um tom rosado mais
bonito. Era tão diferente do efeito que provocaria um raio de luz que caísse
sobre o rosto de um homem. A beleza daquela pequena porção de seu rosto tocara-me
profundamente. Uma grande variedade de sentimentos inexplicáveis percorrera-me
o corpo como um rio de delícias e alegria. Quanto mais olhava para ela, mais
os sentia. Queria que não tivessem acabado. Sem saber o significado de tantos
sentimentos, comecei a orar, depois que ela saiu, e perguntei ao Senhor: O que
foi isso?
Em contato com minha masculinidade pela primeira vez, não mais preocupado com
meu sexo, tive olhos para enxergar o caráter diverso do sexo oposto. Assim minha
alma se encheu de alegria ao deparar-me com a mulher pela primeira vez. Por
estranho que pareça, nunca antes eu vivenciara esse elo tão banal com uma mulher.
O apetite sexual saudável é suave e discreto, não clamoroso e estridente. Egresso
de um cenário homossexual, no entanto, eu esperava que meu desejo sexual pela
mulher tivesse a mesma intensidade. Excessiva em sua luxúria, de minha antiga
atração neurótica pelos homens. Dede então, tenho conversado com vários homens
que superaram a homossexualidade. Em seu processo de cura, eles também têm descoberto
essa diferença entre a homossexualidade e a heterossexualidade saudável. Os
homens cujo impulso sexual no sentido da mulher é excessivo e caracterizado
por um desejo demasiado intenso estão, na verdade, manifestando a necessidade
de cura em sua sexualidade. Esse tipo de impulso, portanto, de maneira nenhuma
representa um sinal de virilidade. O despertar sexual que tive em meu
escritório, diante de uma aluna, equivale ao que a maioria dos homens experimenta
na adolescência. Embora natural e verdadeiro, esse despertar precisava amadurecer.
33 O HOMEM NO ESPELHO
Uma verdadeira história de libertação de pecado sexual. A história de Sy Rogers
é um testemunho impressionante de como um homem foi libertado de sua vida como
mulher. Embora ele se dedicasse ainda mais à vida transexual do que muitos
outros homossexuais, a experiência dele mostra que o poder de Deus é maior do
que qualquer problema que possamos ter. Ao ler este artigo, dê glória a Deus,
o autor e consumador da fé de Sy Rogers!
Imagine eu casado! Um dia de alegria e de festa, de repartir amor entre
amigos e família. Ao meu lado estava minha nova esposa, a mulher que eu amava.
Unidos por Deus para sempre. Nossas esperanças e nossos sonhos centralizados
em Cristo. Nosso casamento continha um significado muito mais profundo, porém,
do que uma ocasião de grande alegria, porque era um testemunho do poder de Deus
que transforma a vida.
Houve uma época na minha vida em que jamais teria acreditado no impossível,
o de chegar a conhecer o amor e de ter um dia a satisfação de chegar a me casar.
Apenas três anos antes do meu casamento, estava perdido numa busca inútil de
minha identidade, desejando desesperadamente o amor e a aceitação. Pois eu era
transexual. Embora eu fosse homem, pensava que era mulher presa
num corpo errado. Desejava ardentemente transformar o meu sexo físico, para
que meu corpo se conformasse com aquilo que eu pensava que era, mental e emocionalmente.
Meus primeiros encontros homossexuais começaram quando tinha mais ou menos oito
anos. Diferente de muitas crianças que experimentam coisas sexuais, eu tinha
um desejo muito forte de ser íntimo com outro homem. Queria que os homens também
me desejassem. Observava nos filmes que assistia que a mulher era sempre objeto
do amor e das atenções do herói. Doía-me o coração enquanto pensava: - Como
eu gostaria de ser desejado assim. Anos depois eu tentaria viver essa fantasia
da minha infância, de me virar mulher, com a esperança de finalmente ser realmente
amado de verdade.
O problema não foi a falta de amor por parte dos meus pais. Porém, as circunstâncias
da vida proibiram que eu tivesse uma infância normal. Nasci em 1956, filho único
de pais da classe média, cujas relações estavam se desintegrando. Minha mãe
nem sempre podia cuidar de mim, porque era alcoólica. Mesmo assim, não tenho
nenhuma recordação má de minha infância até a idade de cinco anos, quando minha
mãe morreu num acidente de carro. Passei um ano vivendo com parentes enquanto
meu pai tratava de fazer uma nova vida. Durante este tempo com meus tios desenvolvi
uma relação bastante íntima com sua filha que tinha mais ou menos a minha idade.
Gostava de identificar-me com sua vidinha de menina. Mais tarde fui viver com
meu pai e minha avó numa cidade quieta do meio-oeste. Quando tinha onze anos,
meu pai casou-se novamente.
Tinha uma relação estável com meus pais até chegar a ser adolescente, quando
meus desejos irregulares começaram a se mostrar abertamente. Vendo aumentar
os meus problemas, meus pais esforçaram-se muito para desenvolver em mim uma
identidade masculina. Porém, o dano já tinha sido feito. Meus modos femininos
e as tentativas de usar maquiagem eram sintomas exteriores da minha profunda
confusão de identidade. Embora eu não conhecesse a Deus, cria na sua existência.
Orava a ele e até mandando que ele me transformasse em mulher.
Apesar disso, eu era ativo na igreja, na escola e nos Escoteiros. Eu jogava
futebol, fazia atletismo, era membro de um time de natação, tinha até
umas motocicletas. Tudo isto não ajudou a me fazer masculino. Apesar
dos meus esforços de me conformar, era atormentado por muitos colegas de escola.
Minha vida em casa e na escola era triste. Felizmente, ganhei dentro de três
anos créditos suficientes para me formar no segundo grau.
Um alívio, desta vida quase intolerável, chegou quando fui ao Brasil como aluno
estrangeiro. Durante os meses de verão lá descobri, talvez pela primeira vez,
que eu era aceito, até mesmo popular, assim como era. Parecia que a cultura
brasileira aceitava com mais facilidade a homossexualidade do que a cultura
americana. Visto que meus pais brasileiros eram atores de teatro, eles trabalhavam
com muitos homossexuais. A atitude que eu via era de aceitação deste estilo
de vida. Naquele país, tão longe da minha vida infeliz em casa, finalmente sentia-me
com a liberdade de aceitar e até de gostar dos meus desejos interiores. Pouco
depois da minha volta aos Estados Unidos, com a insistência dos meus pais, entrei
na marinha. Mesmo que tivesse medo de sofrer tormentos semelhantes àqueles dos
meus pais no segundo grau da escola, mas saí bem no período de recrutamento
e fui promovido com honra ao próximo nível. Em vez de ser rejeitado pela minha
natureza feminina, tornei-me bastante popular e ainda mais confiante no meu
papel mental de mulher. Depois do período de recrutamento veio o treinamento
especial antes de ir a minha estação permanente, que era um navio estacionado
em Pearl Harbor.
Ali eu persegui mesmo a escuridão, mergulhando-me completamente na vida homossexual
em Honolulu. Quando me envolvi nas drogas, na prostituição, nos acontecimentos
de rua, cheguei a odiar aquele estilo de vida, uma vida tão superficial e vazia.
Sentia-me como um vampiro que caçava noite após noite aquele homem certo
que podia satisfazer os meus desejos. Vivia sem esperança.
Depois de passar uns seis meses viajando no Oriente, voltei de novo a Honolulu
onde descobri que dois de meus melhores amigos estavam freqüentando a Igreja
Metropolitana Comunitária. Concordei em ir com eles. A Igreja foi fundada em
1968 por um pentecostal desviado e abrigava abertamente os homossexuais, distorcendo
as Escrituras e dando a elas interpretações erradas. Esta igreja, ao invés de
mostrar um Deus que condena a homossexualidade, mostra um que a abençoa. Como
muitos homossexuais cujos corações não são endurecidos, eu estava buscando um
conforto espiritual que aliviasse a convicção que tinha dentro de minha consciência.
Com esta igreja eu tinha achado uma religião que aprovava minha preferência
sexual. Estava tão enganado quanto meus amigos, mas sabia que alguma coisa não
estava certa, considerando o fato de poder assistir com toda liberdade àquelas
reuniões sociais na igreja vestido como mulher. Meus amigos chegaram a ser o
primeiro casal homossexual em Hawaii a serem oficialmente casados, e eu era
uma das testemunhas. Como Deus podia abençoar tal abominação?
Na primavera de 1977, completei meu serviço na Marinha e voltei ao centro-oeste
dos Estados Unidos. Jamais esquecerei a maneira com que meus pais me olharam
quando saí do avião, um jovem arrasado com apenas 21 anos. Olhei a tristeza
e vergonha deles ao me verem. Eu devia ter parecido um caso patético, já que
meu corpo havia sofrido tanto abuso.
Alguns meses depois de ter chegado em casa, recebi uma carta de meus amigos
homossexuais estes casados lá no Hawaii. Disseram-me que
não eram mais homossexuais. Agora eles eram cristãos. Segundo eles, os ensinamentos
daquela igreja que tínhamos freqüentado eram mentiras. Ainda amavam-se, mas
não de uma forma homossexual. Já não viviam mais juntos. Que traidores.
Desenvolveu-se plenamente o pesadelo da minha vida quando comecei a freqüentar
uma universidade conservadora perto da minha cidade natal. Mesmo que tivesse
sido aceito e até popular durante meus anos em Honolulu, agora eu era odiado
a tal ponto que era necessário para minha proteção uma segurança extra-oficial
da universidade. Uma petição foi circulada solicitando a minha retirada do dormitório,
e não me foi permitido ter companheiro de quarto. A rejeição foi mais do que
eu podia agüentar. No meu estado de depressão perdi semanas de aulas e passava
dias sem comer. Consegui sobreviver por dois semestres.
Depois de uma crise na minha vida, finalmente disse a meus pais o que eles,
durante muito tempo, temiam ouvir. Eu era infeliz na minha vida de homem e desejava
uma cirurgia para mudar meu sexo. Comecei psicoterapia em busca da operação.
Uma série de exames incluindo um de cromossomos provou que minha confusão de
identidade de gênero não era resultado de algum estranho erro genético. Porém,
depois de pesquisar com cuidado a transexualidade, consegui dar ao meu psiquiatra
as respostas certas. Diagnosticaram-me oficialmente como transexual
que podia solicitar uma cirurgia de transformação de sexo. Eu precisava de mais
terapia e ia depois sofrer esta cirurgia no Hospital John Hopkins em Baltimore,
um hospital famoso por tais cirurgias. Meus pais não sabiam mais como lidar
com minha situação e resignaram-se a me perder. A transformação do meu sexo
era o último grande esforço para conseguir a felicidade, e estava pronto para
sacrificar tudo para alcançar o meu alvo. Com as malas arrumadas e um vidro
de hormônios femininos na mão, estava pronto.
Uma frase que tinha ouvido ecoava na mente: Usamos pó e tinta para fazermos
de nós o que não somos. Fitava-me no espelho através de olhos vagos e baços
por causa de drogas, via a pessoa que tinha me tornado. Eu não era simplesmente
mentiroso senão também a imagem corporal de uma mentira. Eu já entendia da arte
de ilusão passada de geração a geração desde Babilônia até Hollywood. Durante
um ano e meio vivi como mulher, com uma boa posição num escritório de uma firma
de contratores perto de Washington. Alcançava a desejada aceitação no meu papel
de mulher. Era considerado atrativo e era muito popular nas festas.
Apesar do meu sucesso, sentia um certo terror e uma insatisfação
crescente. Através de uma série de eventos, ficou impossível continuar minhas
sessões de psicoterapia. Quanto mais eu esperava a cirurgia para transformar
meu sexo, mais evidente se tornava o fato de que ela não ia resolver todos os
problemas de minha vida, como eu tinha pensado antes. Era muito difícil manter
meu papel de mulher 24 horas por dia. Vivia com um temor constante de que meu
verdadeiro gênero fosse descoberto. Um aumento no consumo de drogas aliviava
minha situação um pouco, tirando-me da realidade. Porém, eu não podia me livrar
da pergunta que sempre vinha à minha mente: Será que tudo isso vale a pena?
O Espírito de Deus estava operando, chamando-me. Enquanto minha saúde piorava,
sentia dores no peito e dificuldades de respiração, comecei a meditar em coisas
agradáveis para me ajudar a relaxar. Certa noite, uma canção de minha infância,
Jesus te ama, enchia minha mente. Outras canções cristãs da minha
infância limpa começaram a encher a minha mente. Eu só podia chorar. Estava
começando a pensar no preço que eu ia pagar para acabar com a única vida que
tinha conhecido. Pedi a Deus: - Por favor, mostra-me se tu queres que eu sofra
esta transformação de sexo. No fundo do meu ser eu sabia qual seria sua
resposta.
Acordado pelo boletim noticiário da madrugada no meu rádio, sentei-me na cama
quase sem poder acreditar no que estava ouvindo. O Hospital John Hopkins
acabara de anunciar ao mundo que não ia mais fazer esta cirurgia de transformação
de sexo. Estava cancelando a lista corrente dos pacientes que esperavam a cirurgia,
dizendo que esta transformação não era a resposta para a maior parte dos homossexuais.
Três dias depois da minha oração a Deus, eu já tinha a resposta.
Durante uma mudança que eu fiz naquele outono, descobri uma velha Bílbia que
comecei a ler de vez em quando. Em pouco tempo, comecei a repartir as Escrituras
com qualquer pessoa que quisesse ouvir, e meus amigos começaram a se preocupar
com o aumento do meu interesse na religião. Mesmo que eu vivesse como mulher,
o Espírito Santo começou a operar na minha vida e eu sentia-me incomodado com
a convicção que Ele trazia. Sabendo que eu estava me aproximando de uma nova
decisão a respeito da minha vida, joguei fora meus hormônios femininos e desisti
de comprar roupas femininas. Com a liquidação da época de Natal, comecei a guardar
todos os meus vestidos e com o dinheiro extra que recebi de minha companhia
para o Natal, comprei algumas peças de roupa de homem.
Foi durante as férias de Natal que cheguei a um ponto decisivo. Meu coração
pulsava de uma maneira cada vez mais irregular e intensificaram-se as dores
no peito. Finalmente numa certa noite, caí no chão agarrando meu peito. Não
podia respirar direito e começava a desmaiar. Aterrado, clamei a Deus para que
Ele me salvasse. Por favor, Senhor, não me leves assim. Deixa-me primeiro
chegar a conhecer-te, Senhor, eu roguei. A forte dor começou a diminuir. Eu
já via minha grande necessidade de reconciliação com Deus. Mas como? Voltei
à Bíblia, sabendo que lá encontraria a resposta (Isaías 1:18-20).
Ao ler esta Escritura, quebrantei-me. Amargura e vergonha saíram de mim enquanto
chorava ao pé de minha cama. Confessei meu fracasso e minha culpa perante Deus
clamando a ele: - Deus, eu não posso mudar o que sou, mas estou disposto a ser
transformado. Sei que o Senhor tem o poder. Faça de mim o homem que o Senhor
quer que eu seja. Dar prazer a Deus, ser amado e não rejeitado por Ele:
era só isso que eu queria. Quando entreguei minha vida na mão dele, confiando
nele, o velho eu morreu, e o novo eu nasceu. Minha vida
na meia-luz da indecisão já terminara.
Minha regeneração espiritual logo tornou-se evidente. De repente tinha sido
libertado da imoralidade e das drogas. As feridas que sangravam no meu esôfago
(resultado do abuso das drogas) sararam em um dia! Ao descobrir o amor intenso
e íntimo de Deus por mim, fui liberto daquela motivação consumidora que antes
me prendia como escravo da perversão. Houve também tempos difíceis depois da
minha conversão. Num esforço para entrar em comunhão com outros crentes, freqüentei
várias igrejas e descobri que certas pessoas tinham muita dificuldade em relacionar-se
comigo. Embora eu agora me vestisse com roupa de homem e usasse cabelo curto,
as marcas de minha vida velha gestos femininos, voz alta e os resultados
dos hormônios femininos - fizeram com que muitas pessoas pensassem que eu fosse
mulher. No início fiquei quase abalado com a humilhação, mas estava decidido
a viver para Deus.
Passei, de várias formas, por tempos de muita tentação. Descobri, porém que
Satanás só podia me tentar, mas não podia me forçar. Pela graça de Deus não
cedi às tentações. Ao me fortalecer e passar mais tempo na Palavra, Deus quebrou
meus relacionamentos passados. Já era tempo de ir para frente. No primeiro verão
depois da minha conversão, comecei a trabalhar com um ministério cristão e me
tornei membro de uma igreja onde fui bem aceito por outros crentes. Nove meses
depois de minha conversão experimentei o poder vital do Espírito Santo. Durante
esta experiência, que durou três horas, Deus revelou a uma de minhas companheiras
de oração que ela seria minha esposa.
Ela esperava em Deus pelo cumprimento desta promessa sem me dizer nenhuma palavra.
Aproximadamente um ano depois, fiquei ciente da direção de Deus para nossas
vidas. No início, não gostava da idéia do casamento. Surgiram temores profundos
e terríveis sentimentos de inépcia. Porém, com o desenvolvimento de uma linda
amizade entre Karen e eu durante os dois anos antes do nosso casamento, Deus
sarou todas essas áreas da minha vida.
Deus tem nos abençoado com o dom precioso de comunicação honesta e aberta com
Jesus e mutuamente. Temos descoberto muitas características boas e também áreas
de fraqueza nas nossas vidas e nos vemos sem nenhuma máscara. Hoje minha esposa
e eu trabalhamos juntos em tempo integral no serviço cristão. Nosso casamento
não é prova de minha libertação da perversão sexual. Ele é, porém, uma das evidências
mais belas de minha nova vida em Cristo.
Minha relação com meus pais também foi restaurada por Deus. Escrevi a eles logo
que fui salvo, mas descobri logo que meu novo zelo cristão não podia apagar
todos os anos de dor que eles tinham experimentado. Vi meus pais pela primeira
vez em cinco anos, no dia do meu casamento. Podia me alegrar na reconciliação
que Deus tinha efetuado na nossa relação. Agora tenho de novo meus pais, e eles
têm seu filho.
Sendo bom crítico de mim mesmo, às vezes tenho dificuldade em ver as transformações
que Deus tem realizado na minha vida. Entendo agora que provavelmente
nunca viverei segundo todos os critérios não-realistas do mundo para ser homem.
Sei também, que agora não vivo segundo os valores corruptos deste mundo que
está morrendo. Eu sigo Jesus! Ele é meu exemplo de masculinidade e meu alvo
é ser semelhante a ele como homem.
Uma noite quando estava me preparando para ir para cama, Deus falou ao meu coração
dizendo: - Olhe no espelho e diga-me o que você vê. Olhei um pouco e disse:
- Vejo uma nova criação. Ele disse: - É verdade, mas olhe de novo. Olhei de
novo e disse: - Vejo um filho do Rei...um servo de Jesus...uma coisa maravilhosa
que vem das cinzas de minha vida velha. Sabia porém, que não eram estas
as respostas que ele estava querendo. O que era que o Senhor estava querendo
me mostrar? Olhei de novo no espelho. O que você vê meu filho? Finalmente
eu entendi. Eu vejo que o homem o homem no espelho sou
eu.
34 TESTEMUNHO DE VIDA: SAULO ADELINO NAVARRO
Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que uma
espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das
juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
E não há criatura alguma encoberta diante dEle; antes, todas as coisas estão
nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar (Hebreus 4:12,13).
Quem sabe, o único referencial de pai que você tem, é de um pai
ausente, de um pai, muitas vezes, tão áspero, tão rígido, tão duro com você.
Quem sabe, um pai que até mesmo te tocou como não devia, te bateu como não devia.
Um pai, que não tinha nada para poder te dar, além de amarguras, rancores, que
ele mesmo recebeu. Quem sabe, você como eu, teve o privilégio de ter um bom
pai, graças a Deus por isso. Mas, nem mesmo o melhor dos pais, nem mesmo o melhor
dos homens, por mais que se esforçasse poderia, suprir a carência e o vazio
do meu coração, do seu coração, do nosso coração. Como é bom conhecermos o Deus
pai, adore-o, adore o pai que você tem, que nunca te deixa só, que nunca te
abandona, que nunca te desampara, que nunca vai embora. Adore o Deus pai, que
nunca te agride, mas toca, e sara as feridas da alma. Adore o Deus pai, que
está sempre presente, que supre as suas necessidades, um pai que compreende,
um pai que te entende, que não te acusa, mas que diz: meu filho, te amo, te.
amo, te amo. Quantos podem dizer: o meu pai, o meu pai é assim, o meu pai é
bom, o meu pai é fiel, o meu pai é forte, o meu pai me ama, supre as minhas
necessidades. O meu pai me diz quem realmente sou, eu sou, seu filho amado,
não tenho falta de nada, porque o meu pai, cuida de mim, Ele sabe tudo que eu
preciso, e tudo que você precisa. Quantas vezes o filho cresce, e esquece, mas
nós não queremos nos esquecer. Eu amo, meu pai (Ana Paula Valadão).
Todo ser humano precisa de Deus, até mesmo aquele que se diz ateu, que muitas
vezes tenta provar através da ciência como o homem surgiu, proclamando para
o mundo que Deus não tem nada a ver com isto. Em um certo momento da vida, estes
que se dizem incrédulos olham para o céu e procuram por Ele. Como é maravilhoso
e agradável saber que existe um Deus que fez todas as coisas, que deixou a sua
Palavra para podermos hoje viver pela fé. Porque nEle foram criadas
todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos,
sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por Ele
e para Ele (Colossenses 1:16).
Eu tinha dificuldade em aceitar que Jesus veio em carne a este mundo, que foi
crucificado por nossos erros, morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia.
Acreditava que isto fazia parte da história, acreditava em algumas partes da
Bíblia, no que era conveniente, mas não em tudo, vivendo por minhas próprias
vontades, desejos e decisões. Porém, em um certo momento na minha vida, que
será falado aqui, a Palavra de Deus foi semeada em meu coração e o que não acreditava
passei a acreditar, e não foi por força ou insistência humana, não foi por placa
de nenhuma igreja. Quem me convenceu do erro, do engano, da ignorância
em que me encontrava foi o Espírito Santo de Deus. Todavia, digo-vos a
verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá
a vós; mas, se eu for, enviar-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo
do pecado, e da justiça, e do juízo (João 16:7,8).
Jesus bateu à minha porta através da Palavra de Deus, fez-me um convite
para recebê-lo como único Senhor e Salvador, o caminho certo que leva a Deus,
onde através do livre arbítrio, pude escolher entre continuar no engano em que
vivia ou acertar minha vida através das verdades que se encontram na sua Palavra
que está na Bíblia, que liberta, que modela nosso caráter e nos coloca em um
caminho reto. Eis que estou a porta e bato; se alguém ouvir a minha voz
e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei e ele comigo. (Apocalipse
3:20), E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (João 8:32).
Claro que aceitei Jesus em minha vida, onde passei a ter todas as promessas
que Ele tem para mim. Este ato de aceitar Jesus como único caminho que leva
a Deus, como meu Senhor e Salvador, não tirou de minha vida as dificuldades.
Através da sua Palavra e do Espírito Santo, tenho armas para lutar contra os
problemas e aflições que surgem pela frente. Irei compartilhar com você, como
eu vivia, mas também irei compartilhar do mais importante, da vitória que tenho
alcançado a cada dia, do homem que verdadeiramente sou, da certeza de onde vim
e para onde irei.
Nasci em Contagem, no Estado de Minas Gerais. Vocês não sabiam que eu existia.
Deus já sabia, me conhecia, eu não conheço todos vocês, mas Ele conhece a cada
um e sabe exatamente o que está em seu coração neste momento. Ele conhece as
dores físicas e emocionais que já passou ou tem passado, o desprezo que já recebeu,
as dificuldades do seu dia, as alegrias, desejos e vontades, enfim, não há nada
encoberto diante Dele, nada. Até mesmo aquele segredo que só você sabe, que
está escondido em seu coração, encoberto diante das pessoas. Tenho que
lhe dizer: não há nada encoberto diante de Deus, porque Ele nos conhece desde
o ventre de nossa mãe. Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci.
(Jeremias 1:5)
Minha infância foi tímida, introvertida e insegura. Imagine o que as situações
da vida podem fazer em uma criança com estas características. Procure visualizar
o que pode acontecer para esta criança tão vulnerável as mentiras do mundo.
Lembrando que o ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir. Pais, este
ladrão está matando, roubando e destruindo, por causa da nossa falta de conhecimento
da Palavra de Deus. É de grande importância lembrar que Deus nos promete vida
abundante através de Jesus. O ladrão não vem senão a roubar, a matar e
a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância (João 10:10).
O contato do pai e da mãe no período da infância é de extrema importância para
a formação e orientação da criança. Muitos colegas e amigos que tive, vinham
de um lar onde os pais estavam separados, onde se perdeu o referencial de família,
o referencial de pai e mãe. Amigos que foram criados somente pela mãe ou pelo
pai, outras vezes pelos avós ou por algum parente. Que referencial de família
eles podiam ter? Que tipo de carência estava se criando dentro de cada um? Tudo
isto porque este ladrão que a Bíblia nos fala está atacando e roubando nossas
famílias porque não estamos buscando todo o conhecimento oferecido através da
palavra de Deus.
Durante minha infância sentia falta do meu pai. Não que ele estivesse longe
ou morto, ele estava vivo e perto. Tento lembrar-me de um abraço, de um beijo,
de ter sido carregado no colo por ele, de sentir sua presença paterna, onde
pudesse ter um referencial de comportamento masculino para me espelhar, e não
lembro. Lembro-me de uma novela que tinha uma música tema chamada Pai,
e na abertura diária desta novela aparecia um quebra-cabeça sendo montado e
no final da montagem surgia a figura de um menino caminhando em um parque de
mãos dadas com seu pai. Detalhe importante: a figura do pai não foi preenchida,
estava em branco, era assim que eu me sentia.
Por ser tímido e introvertido, não conseguindo me comunicar com as outras crianças,
escutei muitas palavras de maldição. Quantas palavras que entristeceram meu
coração, quantas atitudes erradas para comigo. Por não gostar de jogar bola,
corrida de fórmula 1, escutei muitos comentários maldosos, que por mais que
ignorasse, ficaram guardados comigo. Muitas vezes, ao fazer algo errado, ou
ter um comportamento tímido, fui chamado de chorão, débil mental, veado,
bicha, mulherzinha. Fui até mesmo vestido de menina, por uma pessoa
próxima da minha família. Não entendo o porquê deste ato, mas lembro-me exatamente
da situação em que ela me fez passar, onde as pessoas que viram esta cena, riam
e faziam seus comentários. Quando descobri do que realmente estavam comentando
a meu respeito, algo se quebrou dentro de mim. Há poder em nossas palavras,
se não sair benção de sua boca, cale-se, porque uma palavra maldita pode
mudar o rumo de uma vida. vede quão grande bosque um pequeno
fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, contamina
todo o corpo, inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno,
com ela bendizemos à Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens feitos
a imagem de Deus (Tiago 3:5-9).
Busquemos na Palavra de Deus armas para lutar contra as astutas ciladas do inimigo.
Ela é bênção para nossa vida, nos faz andar por caminhos certos. Morei em Belo
Horizonte até os 14 anos de idade. Devido ao desemprego de meu pai viemos para
Curitiba. Aqui voltei a rotina de estudos e a refazer o círculo de colegas,
que para um tímido é muito difícil. Tive minha 1º namorada, e com este namoro
surgiram questionamentos. Como não tive um pai próximo para me espelhar em seu
comportamento masculino, por falta de informação sexual, por falta de estrutura
na comunicação familiar, eu não levava estes relacionamentos amorosos adiante.
A base do mundo é a família, fundamentada na palavra de Deus. A distância que
o homem vem tendo de Deus está abrindo brechas para o desequilíbrio da família,
trazendo dificuldades nos relacionamentos, separação e falta de comunicação
entre pais e filhos, levando a um desvio de comportamento.
Olhemos à nossa volta: drogas, adultério, separação, infidelidade, violência,
medo, confusão. Onde os filhos estão sendo criados, em que estrutura familiar,
em que meio? Não podemos deixar que procurem o amor que podem receber em casa,
na rua. O mundo tem oferecido um brilho falso, enganoso, onde na sutileza o
diabo tem feito misérias na vida das crianças, jovens e adultos. Pais, como
está a comunicação entre vocês? Seu filho está tendo liberdade de conversar
com a família? Ele está preparado para enfrentar as situações da vida? Aquele
filho que está viciado em drogas, dependente químico, que já roubou quase tudo
dentro de casa para comprar mais drogas, você já se perguntou o que pode ter
se quebrado dentro dele? É preciso abraçar este filho, dizer que o ama, se preocupar
com o amor que ele precisa receber, conversar com ele, saibam que se isto não
for feito dentro de casa, será feito na rua da maneira mais difícil e perversa.
Precisamos ensinar as crianças o caminho que devem andar. Prepará-las para enfrentar
o que o mundo está oferecendo. Muitas vezes nos preocupamos com o futuro deles,
com o estudo, se está na escola de inglês, balé, faculdade, seguro de vida e
nos esquecemos do essencial. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, te todo
o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder. E estas palavras
que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas
falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.
Também as atarás por sinal em tua mão, e te serão por testeiras entre os teus
olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas (Deuteronômio
6:5-9).
Será que temos feito como nos diz a Palavra de Deus? Será que nossas crianças
e jovens tem conhecimento da verdade e que podem se revestidos com toda armadura
de Deus? Eles sabem que na Bíblia, Deus nos ensina a usar toda sua armadura,
para resistir no dia mal? As igrejas precisam se preocupar com o tipo de educação
cristã que está sendo oferecido ao povo de Deus. Educação esta que deve também
preparar os pais e logo, a família toda.
Eu não sabia lidar com as intimidades que surgiam no namoro, e uma namorada
vendo que eu não queria acariciá-la de modo mais íntimo disse ao meu ouvido:
às vezes acho que você não é homem. O que já havia sido quebrado
na infância veio a se quebrar ainda mais. Decidi ficar sozinho a enfrentar a
vergonha de não saber namorar e me expressar. Em casa não havia diálogo. Aos
20 anos de idade, conheci um amigo que mais tarde se declarou homossexual e,
devido ao seu comportamento de risco, era portador do vírus HIV. Conheci então
através de seus convites as práticas homossexuais. Aquelas palavras de maldição
que escutei na infância e na adolescência causaram um efeito neste momento da
minha vida, onde meus caminhos ficaram tortos através de minhas atitudes. Escolhi
um caminho que parecia fácil, que mais tarde quase me levou à morte espiritual,
sendo que a física faltava pouco também. Há caminho que parece direito
ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte (Provérbios
16:25).
Passei 12 anos na prática da homossexualidade, sem contar os anos decorridos
da infância até a adolescência, onde pensava que era diferente, que algo estava
errado comigo. Pensei que havia descoberto a verdade, onde tudo que havia escutado
de maldição se resolvia naquele mundo que descobri. Conheci pessoas de bom coração,
mas para Deus não basta ser bom. Passei a ter amigos e amigas homossexuais,
conviver com efeminados, travestis, Drag Queen´s, muita festa, muita risada,
muita maquiagem. Quando a cortina se fechava, o vazio e a insatisfação daquela
vida, por mais agitada que fosse, aparecia por trás dos bastidores. A palavra
família se resumiu em duas pessoas apenas eu e ele, ele e
eu, bem longe do que podemos chamar de família. Comecei a freqüentar bares,
boates e ter relacionamentos homossexuais, demonstrava para as pessoas que era
um comportamento normal e aceitável, pois assim eu viveria melhor, que era a
resposta para tudo que sentia até então. Passei a atender as minhas necessidades
físicas e emocionais desta forma, mesmo assim, esta descoberta não supriu as
necessidades do meu coração, da minha alma. Ai dos que ao mal chamam bem
e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade, e fazem do
amargo doce, e do doce, amargo! (Isaías 5:20).
Atualmente vivemos em uma sociedade que prega a liberdade de expressão,
de escolha, onde escutamos muito a frase: cuidado com o que diz
que posso te processar. A mídia em todas as suas formas anuncia naturalmente
o que na Bíblia sabemos que é errado aos olhos de Deus. Como exemplo posso citar
o pecado de adultério, que está sendo encarado como necessidade fisiológica.
A pessoa que adulterou, tem a chance de ganhar na justiça suas causas, alegando
que o ato de adultério que cometeu foi por necessidade fisiológica, pois seu/sua
companheiro(a) não estava cumprindo as atividades sexuais como deveria.
A mídia tem demonstrado em suas novelas e filmes, situações que na verdade estão
degradando cada vez mais a família, mas não anuncia os estragos que tem causado
na vida de milhares de pessoas, que estão sendo influenciadas por tanta informação
incorreta e que por não aceitar ou desconhecer a verdadeira Palavra de Deus
são levadas a viver no erro de forma tão fácil. Devemos deixar de ouvir
a voz do mundo, e passar a ouvir a voz de Deus. Agora, tudo o que fiz enquanto
na ignorância, Deus não levou em conta. Eu não tinha a sua Palavra guardada
no meu coração como a tenho hoje. Mas Deus, não tendo em conta os
tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se
arrependam (Atos 17:30).
Saí da casa de meus pais para viver com um rapaz, um amigo, morar
com ele. Ali fiquei por quase cinco anos. Portanto deixará o homem a seu
pai e sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher e ambos serão uma só carne (Gênesis
2:24).
Não foi o que fiz. Deixei meus pais para viver com outro homem como se fosse
com mulher. Simplesmente ignorei mais uma promessa de Deus para minha vida,
porque dei crédito a uma mentira. Achando que havia nascido assim, que não tinha
culpa, que morreria assim. Este era mais um dos infinitos relacionamentos homossexuais
que viria a ter. Mas pela misericórdia de Deus para comigo, conheci sua verdade
e fui colocado sobre uma rocha firme e segura. Jesus é fiel.
Posso atualmente compreender todo caminho que percorri até aqui e acertá-lo
através da sua Palavra. As dificuldades não cessaram, mas tenho as verdades
da Bíblia para poder lutar um bom combate e ter uma melhor qualidade de vida.
Vivendo não como o mundo ensina, mas como ensina a Palavra de Deus. Sei que
a infidelidade, o adultério, o pecado tem invadido os lares cristãos, e sei
também que a vida na homossexualidade não estava acrescentando nada em meu ser.
Tirou-me de um lago horrível de um charco de lodo, pôs os meus pés sobre
uma rocha e firmou os meus passos (Salmo 40:2).
Quantas vezes! Quantas vezes fechei as portas para Jesus. Eu sabia que minha
vida homossexual não era aceitável diante de Deus, tanto que não lia os textos
bíblicos que falavam do pecado em que vivia e raramente quando os lia, era somente
para criticá-los, dizendo que a Bíblia precisava de uma revisão, mas eu não,
que foi escrita por homens. Desta forma tentava justificar minha prática homossexual
com as necessidades e desejos que sentia. Agindo assim eu na verdade estava
dizendo para Deus que eu dirigia minha vida.
Mas Jesus insistiu educadamente, continuou batendo, eu estava perdido, cego,
andando por meus próprios caminhos e decisões, dono da minha vida. Tinha dentro
da minha carteira um documento chamado identidade, mas no coração não havia
identidade nenhuma. Lá no fundo da minha alma, escondido de todos, eu
pensava, ah! Se eu pudesse deixar esta prática que limita minha vida. Nestes
12 anos que passei na homossexualidade, foram poucos os momentos em que me senti
seguro. Pelo contrário, vivia na insegurança e na busca de amor, que jamais
encontraria nos rapazes com quem estive, eles não poderiam preencher o vazio
do meu coração, homem nenhum poderia.
Saibam que alguém que está na prática da homossexualidade terá um momento na
sua vida onde questionará se o que vive está correto, terá um momento de insatisfação
e neste momento aquela palavra evangelística que você lançou surtirá efeito,
esta pessoa se lembrará que existe um caminho verdadeiro, se lembrará de Jesus.
Assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim
vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei (Isaías
55:11).
Falo isto porque todos os rapazes com quem estive alimentam no seu íntimo,
bem lá no esconderijo do coração, de um dia terem uma vida diferente,
fora das práticas homossexuais, podem dizer que são felizes, mas desejam secretamente
ter uma oportunidade para mudar. Podem bater o pé e negar com suas atitudes
e palavras, mas no coração desejam mudar. A pessoa que está na prática da homossexualidade
(seja efeminado, travesti, Drag Queen, transformista, michê...) pode alterar
este caminho amando Jesus e tomando uma posição definida do tipo: Não
quero viver praticando a homossexualidade, então não quero mais, quando
tomei esta decisão, depois de um tempo, percebi que eu não continuei homossexual.
Sabe porque? Porque a minha essência sempre foi heterossexual, e esta essência
resurgiu naturalmente.
Devemos ter todo cuidado para não prometer uma mudança instantânea, pois deixar
anos de prática homossexual exige cura das feridas da alma, é um processo gradativo.
Se prometermos mudança instantânea e isto não ocorrer, esta vida poderá ir embora
por não ver seus desejos e vontades transformados de um instante para outro
e pior, pode desacreditar do maravilhoso evangelho de Cristo. Mesmo no erro
fui muito amado pelas pessoas que me evangelizaram. Aprendi que Jesus
realmente veio ao mundo para buscar e salvar a todos que estão cativos do pecado.
Precisava me manter no caminho e ter armas para não ceder a tentação. Precisava
buscar Deus de todo o meu coração, de toda minha alma e entendimento pois não
há transformação se não houver busca. Porque o Filho do Homem veio
buscar e salvar o que se havia perdido (Lucas 19:10).
Saí da casa daquele rapaz, com quem vivi por quase cinco anos, não suportei
tanta incerteza, tanta mentira e infidelidade. Nesta casa em que morava com
ele, sempre havia mudança, ora havia uma parede, ora havia uma janela nesta
parede, uma porta, derrubava-se outra parede. Volta e meia a casa recebia uma
mudança em pouco espaço de tempo. Posso compreender hoje que estas mudanças
refletiam a insatisfação não com a casa em que vivíamos, mas uma insatisfação
interior de nós mesmos. Havia uma necessidade de trocar objetos,
móveis, e também pessoas. Ou aceitava viver com ele e a sujeira que estava entrando
mais uma vez no relacionamento ou saía. Mas, como sair se estava preso aquela
vida, enfim foram 12 anos na prática da homossexualidade. Sabia que precisava
mudar mas não sabia como. Pude então perceber que realmente havia uma inversão
na minha forma de amar. Eu precisava não só mudar radicalmente, mas manter-me
nesta mudança, e isto encontrei nas verdades que estão na Bíblia com a ajuda
do Espírito Santo de Deus e da comunhão com meus irmãos em Cristo. Mudança radical.
Voltei para casa de minha mãe, meu pai já havia morrido. Entrei em depressão,
passei um ano em depressão. Emagreci muito. Lutando contra solidão e angústia.
Neste momento Deus moveu pessoas para serem usadas em minha restauração de vida,
povo seu, e se estou aqui falando do evangelho, é porque alguém falou para mim.
A semente foi lançada e caiu em boa terra. Parecia que removeram dos meus olhos
escamas, que não permitiam que eu enxergasse, mas agora, pela primeira vez,
eu vi e percebi quem realmente eu era. Encontrei o verdadeiro amor, e o nome
dele é Jesus. Recebi um convite de um colega de trabalho, que via o meu desespero,
para ir até sua casa participar de uma reunião, nem perguntei do que se tratava,
se era disso ou daquilo, simplesmente precisava de ajuda. Busquei no início
livrar-me da depressão e angústia, mas Deus já estava movendo tudo para me receber
e restaurar todas as áreas da minha vida. Lá, conheci pessoas de uma igreja
evangélica, que me receberam com muito amor, um amor sem preconceitos, isto
preciso dizer com todas as letras, não enfrentei nenhum tipo de preconceito
da parte deles. Eu sim, fui cheio de barreiras, armado, e com preconceito. Passei
a ter amigos cristãos e reconheci que precisava de amizades sadias. Nesta igreja
tive apoio de todos, o Pastor me recebeu com amor e carinho, vale também falar
aqui da importância que o grupo de jovens teve neste momento. Foi necessário
criar uma nova rotina e compromissos para minha vida, mais importantes do que
os compromissos anteriores. Notei que a pessoa que mais teria que lutar pela
minha mudança de comportamento seria eu mesmo. Procurei manter-me sempre próximo
dos amigos que ali arranjei e esforcei-me ao máximo para ignorar as propostas
que meus antigos amigos faziam. Precisava entender tudo que tinha vivido até
então, o que levou-me a praticar a homossexualidade e através do evangelho de
Cristo acertar meus caminhos, pois ele endireita os caminhos tortos. Eu ainda
questionava Deus. Deus, se eu deixar a homossexualidade vou sofrer muito,
como lidar com meus sentimentos e emoções, meus desejos e vontades?.
E na sua Palavra encontrava as respostas para tudo. Não temas pois
sou contigo, não te assombres porque sou o teu Deus, eu te esforço, eu te ajudo
e te sustento com a destra da minha justiça (Isaías 41:10).
Muitos amigos do meio antigo me ligavam, não para me ajudar, mas
para piorar o estado em que me encontrava. Lembro-me de uma ligação que recebi
logo que decidi me afastar daquele meio. A pessoa dizia: Como está você Saulo,
neste carnaval com quantas pessoas você ficou? Respondi: nenhuma. E ela dizia:
não posso acreditar, pois eu fiquei com seis pessoas nestes dias de carnaval!.
Quanto vazio, hoje se puder falar com esta criatura novamente eu diria:
venha conhecer a verdade, a verdade que trás paz e descanso para sua alma, saia
deste abismo e venha para a luz que é viver com Jesus. Somente em Jesus poderá
encontrar descanso e conforto para sua alma.
Uma vez aceitei um desses convites, o risco de regredir foi altíssimo, fui em
um lugar que já havia freqüentado, e pela primeira vez pude perceber como eu
havia vivido. Aquele bar parecia um açougue, onde bastava olhar para o lado
e tinha um pedaço de carne para se relacionar comigo. Pude perceber como aquelas
pessoas buscavam se identificar com alguém. Aqui eu poderia ter conhecido mais
um amor, e ter voltado a praticar a homossexualidade, mas estaria deixando para
trás todas as promessas que Jesus tem para mim. Estaria deixando para trás os
rios de águas cristalinas que experimentei na presença de Jesus. Porquanto
se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor
e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes
o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem
o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento
que lhes fora dado. Deste modo, sobreveio-lhes o que por um verdadeiro
provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada, ao espojadouro
de lama (2Pedro 2:20-22).
Continuei a caminhada e abracei Jesus com toda minha força. Nenhum pecado está
fora da redenção de Deus, nenhum. Passei a compreender a diferença entre tentação
e pecado. Eu possuía o Espírito Santo que Deus me dera não para me impedir de
ser tentado, mas para que me capacitasse a resistir e não ser vencido pelas
tentações. Precisava de amadurecimento espiritual. Era preciso dedicação
constante de minha parte.
Pais, se você tem um filho que está na prática da homossexualidade ou em outra
situação de erro, entreguem-no ao Senhor. Louve a Deus, ore, jejue e também
o que é muito importante, vocês devem amá-lo muito. Aprendam a rejeitar o pecado
e amar o pecador de forma inteligente, com sabedoria. Jesus quando esteve neste
mundo fez maravilhas aos olhos de muitos, onde mudava o cativeiro do cego, mudo,
coxo, prostituta, mentiroso, idólatra... Ele é o mesmo de ontem, de hoje
e o será sempre, então Ele também pode endireitar os caminhos de quem está na
prática da homossexualidade.
Durante muito tempo continuei recebendo ligações maldosas, relutei para não
aceitar os convites para sair em bares e boates para homossexuais. Mas neste
momento Deus providenciou uma mudança na minha vida. Ele olhou para mim, não
gostou do que viu, e começou a trabalhar a minha volta. Clamei: Senhor
Deus, em nome do seu Filho Jesus, eu levanto um clamor a ti, quando olho para
trás não gosto do que vejo, não quero mais viver na homossexualidade, mas quando
olho para o dia de hoje, não suportando mais esta angústia, esta tristeza, eu
não vejo saída. Ouça o meu clamor, mostra o caminho para minha libertação. Eu
desejo viver contigo, me ajude. E Ele ouviu meu clamor. Seja também
livre em Jesus. Meus caminhos estavam sendo endireitados. Afastei-me de tudo
e de todos do meio antigo, precisava buscar alimento para sobreviver e depois
de estar firmado na rocha levar este alimento para os que ficaram. O que antes
era escuridão em minha vida passou a ser luz. Mas vós sois a geração eleita,
o sacerdócio real, a nação santa, o povo escolhido, para que anuncieis as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz (1 Pedro 2:9).
Hoje posso enxergar e estar aqui falando do que Deus tem feito em minha vida,
para honrar e glorificar este Deus que sirvo, onde pude receber e aceitar a
verdade que está em sua Palavra que liberta e dá vida. Descobri que estava alimentado
por uma mentira, que acreditara em uma mentira. Quando pude perceber o que realmente
eu tinha vivido, confessei que era pecador, aceitando Jesus como meu único Senhor
e Salvador, precisava desaprender o comportamento errado que havia aprendido
e a Palavra de Deus começou a fazer sentido. para que ao nome de Jesus
se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra.
E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai
(Filipenses 2:10-11).
Entendi que conheceria a verdade, e se iria conhecer a verdade o que eu vivia
era mentira, era falso, ilusão, armadilha do inimigo. Esta verdade me libertou
do cativeiro ao qual me encontrava. Hoje sou livre e sirvo a um Deus que muda
o caminho errado e incerto de uma prostituta, de um dependente químico, adúltero,
mentiroso, homossexual, travesti, ladrão, idólatra e de quem Ele quiser, e Ele
quer que todos se salvem. Aquele que perder a sua vida por amor a Jesus encontrá-la-á.
Lembremo-nos que Ele é o nosso Senhor, devemos nos curvar diante dEle. Ele nos
dá o livre arbítrio para escolher entre a vida e a morte.
Hoje falo da verdade que descobri através da palavra de Deus, verdade que me
libertou e me tornou livre de toda confusão que envolvia minha vida. Para você
que se acha livre, que faz o que quer, cuidado, você está mais preso do que
possa imaginar. A minha liberdade enquanto na homossexualidade acabou se tornando
minha prisão. Há esperança para quem está nesta prática e deseja sair, não é
uma vitória fácil, mas é possível. O pecado é condenado, enquanto ao pecador
são oferecidos perdão e reconciliação. Nossas igrejas devem estar preparadas
para ajudar pessoas que queiram deixar esta prática. Digo pessoas preparadas
porque estão querendo expulsar demônios de homossexuais sendo que nem todos
estão possessos, cada caso é um caso a ser analisado e tratado, muitas vezes
tratando as feridas da alma.
A luz da Palavra de Deus trouxe a verdade, caindo toda mentira. O vazio que
havia em meu coração foi preenchido pelo amor de Deus. Hoje falo da verdade
que encontrei na palavra de Deus. Conforme ia aprendendo a viver com Jesus,
as mentiras iam sendo descobertas. Posicionei-me com todas as armas oferecidas
na sua Palavra para resistir as imposições do mundo. Já rezei para santos. Pois
via por aí tantos fazendo isto que achava certo. Não farás para
ti imagem de escultura, não te curvarás a elas nem as servirás (Êxodo 20:4,5).
Lembro-me de uma viagem que fiz para Minas Gerais, cidade de Carmópolis de Minas,
lá havia uma procissão seguindo pelas ruas, fiquei olhando aquela situação,
velas acessas, Jesus crucificado em uma cruz com rosto triste de derrotado,
muita reza, muita repetição, uma santa sendo carregada e alisada por todos (Isaías
45:20). O Jesus que sirvo não está preso em uma cruz com rosto triste
de derrotado, o Jesus que sirvo não está morto, Ele ressuscitou ao terceiro
dia, Ele reina, para que tenhamos vida. Não preciso usar de repetições e rezas
para falar com Ele, não preciso de imagens de escultura para falar com Deus.
O único caminho que me leva a Deus é Jesus e não há outro.
Eu e o rapaz que vivia comigo, tínhamos uma Bíblia aberta na cabeceira da cama
de casal, aberta em algum Salmo que não falava do pecado em que vivíamos, claro.
Só líamos o que nos era conveniente, é mais fácil. É mais fácil dizer que a
Bíblia precisa ser revista do que mudar. Assim como é mais fácil seguir uma
igreja que aceita o erro, onde não precisa haver mudança. Quando entrei na homossexualidade,
aceitando esta mentira em minha vida, comecei também a freqüentar um centro
espírita. Quanto engano, quanta cegueira, eu não enxergava o erro, pior, não
queria enxergar. nos quais o deus deste século cegou os entendimentos
dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de
Cristo, que é a imagem de Deus (2Coríntios 4:4).
Hoje Posso falar das verdades que estão na Palavra do Deus que sirvo.
Sei que ao morrer, não irei reencarnar em outro corpo. Morrer, reencarnar, morrer,
reencarnar e assim por diante. E, como ao homem está ordenado
morrer uma só vez, vindo depois disso, o juízo (Hebreus
9:27).
Quando meu pai morreu, passei um período sem dormir à noite, pois tinha medo
de fechar os olhos para dormir e acordar com ele ao meu lado. Agora a Palavra
de Deus trouxe luz, e este medo não existe mais. Porque os vivos sabem
que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, mas a sua memória
ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja, já
pereceram e já não tem parte alguma neste século (Eclesiástes 9:5,6).
Se alguém que você conhece tem falado com o espírito de algum morto, fale para
ele que está falando é com demônio. No segundo relacionamento homossexual que
tive, passei a freqüentar um centro espírita. Ele era participante ativo deste
centro, e alguém falou para ele que o espírito de uma mulher andava junto dele,
até encontrar um corpo para reencarnar, por isso que era homossexual. E na época,
como estava na ignorância, achei o máximo, hoje acho o máximo da falta de conhecimento
Bíblico, falta de conhecimento da Palavra de Deus. E se encontrasse com este
rapaz falaria para ele com toda autoridade que Deus me dá, não é o espírito
de uma mulher que te acompanha, é demônio, e este demônio sai com jejum e oração
em nome de Jesus. Eu lia o evangelho segundo os espíritos, segundo o demônio.
Sei que não existe outro evangelho, a não ser o que fala de um Deus único, onipotente,
onisciente, onipresente e que enviou seu Filho Jesus para ser crucificado pelos
meus erros e que ressuscitou ao 3º dia. mas, ainda que nós mesmos ou um
anjo do céu vos anuncie outro evangelho, além do que já vos tenho anunciado,
seja anátema (Gálatas 1:8).
Hoje sei o que irá acontecer quando eu morrer. Já ouviram a frase: Fui
numa sortista, cartomante, benzedeira, fiz regressão e me disseram que já fui
Pedro Álvares Cabral, que já fui seu pai em outra reencarnação, que já fui Cleópatra.
Quem já não ouviu tamanha ignorância. Eu acreditava nestas besteiras, ignorante
eu era. O nosso corpo voltará para o pó da terra, e o espírito, como foi dado
por Deus voltará para Ele, não ficará vagando por ai até reencarnar em outro
corpo. e o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte
a Deus que o deu (Eclesiástes 12:7).
Não existe em nenhum lugar na Bíblia algo que se refira a reencarnação e sim
ressurreição. Há uma grande diferença entre estas palavras. Continuei estudando
a Palavra, tudo que falava do erro em que vivia passei a ler. Vale lembrar que
pecado é errar o alvo. Aceitei que era pecador, que Jesus é o único caminho
que leva a Deus, fui batizado e passei a seguí-lo. Não só de ouvir falar,
mas de viver a cada dia o amor que Deus tem para mim. Jesus é o caminho e a
verdade e a vida. Disse-lhe Jesus : Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Ninguém vem ao pai senão por mim (João 14:6).
Por um tempo lembrava-me das festas, do falso brilho, muita risada, gente bonita
em suas roupas de marca, barriga cheia de comida e um espírito vazio, mas ao
raiar do dia... ao raiar do dia, o falso brilho começava a se apagar e
aí sim, vinha o vazio daquela vida. Não, não aceito mais isto em minha vida,
hoje a luz que brilha em meu coração vem de Jesus. Descobri que Deus me amava,
mas não ao erro que cometia. Ao mesmo tempo em que Ele me dizia para abandonar
a homossexualidade Ele também dizia para que não temesse mal algum. Deus
não condenaria esta prática sem antes oferecer uma saída. A saída está
na sua Palavra que é viva e eficaz e no amor de Jesus. Através do Espírito Santo
fui convencido do erro em que vivia. Somente o Espírito Santo pode nos convencer
do erro, da justiça e do juízo. Compreendi e aceitei como verdade textos na
Bíblia que até então eu não aceitava como verdade. Sabia que os textos estavam
ali, mas achava que era somente para aquela época. Então fui convencido pelo
Espírito Santo de Deus. Basta olhar para o meu corpo masculino e perceber tudo
o que nele há.
Algum tempo atrás um travesti famoso deu uma entrevista em um programa de televisão,
onde o entrevistador perguntou: Você já colocou seios, já delimitou seu
corpo com formas femininas, deixou o cabelo crescer, mudou seu rosto, seus lábios,
pergunto: porque não faz uma cirurgia para tirar seu pênis e colocar uma vagina?.
Resposta: Porque não quero fazer o que muitos travestis tem feito, passam
horas com psicanalistas, horas de mutilação através de uma cirurgia, depois
vão para casa se recuperar, e batem a cabeça na parede, porque sabem que foram
feitos homens e pensam como homens. Deus os fez homem, e nada que
a ciência faça vai fazer o que Deus fez, nada.
As leis que hoje existem em países liberais, que asseguram o relacionamento
homossexual, cirurgias para troca de órgão genital, seguro de vida, podem aliviar
o preconceito a sua volta, facilitar o seu dia-a-dia, mas não podem assegurar
e te proteger do vazio que fica dentro de você. Existe perfeição em Deus, nós
homens temos que olhar para Ele e deixar sua verdade, sua perfeição inundar
nosso ser. Quando aceitei a verdade do versículo abaixo, pude então compreender
que a vida homossexual que eu levava estava fora do plano perfeito de Deus para
mim. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher,
e trouxe-a para Adão (Gênesis 2:22). Não está falando que Deus formou
outro homem e trouxe para Adão. Para ilustrar a confusão que fica na mente de
uma criatura que está sendo enganada conto este fato: durante os estudos de
2º grau tive um colega de sala que recebia muitas palavras de maldição vinda
dos outros alunos, ele apresentava um jeito efeminado. Quando comecei a freqüentar
as boates, vi uma mulher que me chamou a atenção, estava vestida de modo muito
sensual, fui até ela para conhecê-la, ao me aproximar reconheci seu rosto. Qual
minha surpresa ao ver que não era ela e sim ele, aquele rapaz do 2º grau que
era efeminado. Havia colocado silicone no seu corpo para ganhar formas
femininas.
Esta porção da sociedade que disse para este rapaz se aceitar assim, é
a mesma sociedade que o jogou em um caldeirão de água fervendo. Há poder na
Palavra de Deus, poder que pode transformar vidas, desde que aceitem a verdade.
Buscando cura para as feridas da alma e transformação no seu caráter, desabituando-se
desta vida de confusão vivendo da maneira correta como prega Jesus. Você já
se perguntou: Como deixar de ser drogado? Parando de se drogar! Como deixar
de ser prostituta? Parando de se prostituir! Como deixar de ser mentiroso? Parando
de mentir. Uma prostituta quando deixa de se prostituir não continua prostituta.
Quando deixei as práticas homossexuais não continuei homossexual, deixei tratar
do meu caráter, mente, emoções, corpo e alma, e amei Jesus de todo o coração,
de toda minha alma e de todo o entendimento.
Você pode se perguntar: mas e os desejos que sentia, as vontades que sentia,
que nasci assim e não tinha jeito? Com o passar do tempo, já fora da homossexualidade,
a minha essência heterossexual, que nunca perdi, começou a vir á tona, naturalmente.
Reencontrei uma moça que há tempos não via, e neste reencontro a surpresa, ela
havia se convertido ao Senhor Jesus também. Houve um interesse de ambas as partes
em se conhecer melhor, fizemos uma viagem. Ficamos hospedados na casa de familiares
e irmãos em Cristo, dentro da direção de Deus houve a confirmação do meu propósito.
Você pode se perguntar, mas como, o que aconteceu, que exemplo de relacionamento
cristão é esse? Deus é perfeito em tudo o que faz. Estávamos conversando, já
era tarde da noite, e adormecemos. Senti um leve toque em meu pé, era a mão
dela que repousou ali, no meu pé. Através deste toque sutil, senti em meu corpo,
a confirmação de Deus em minha vida mais uma vez. Uma lágrima de felicidade
escorreu pelo meu rosto e glorifiquei a Deus. Então percebi que bastava permanecer
no caminho de Jesus que tudo mais Ele o fará. Os planos e os sonhos de Deus
para nós jamais se frustrarão.
O mundo nos oferece uma liberdade falsa, em Jesus temos liberdade completa e
verdadeira das correntes do erro. A grande dificuldade que vejo de um pecador
vir para Jesus aceitando toda verdade que consta na sua palavra é o fato deste
pecador não conseguir se desprender dos prazeres do mundo. O pecador olha tudo
que está a sua volta, já com uma mente cauterizada pelas mentiras que lhe foram
colocadas, e não crê que Jesus é real e verdadeiro. No início da minha caminhada
com Jesus, eu duvidava que poderia deixar as práticas homossexuais. Minha mente
estava impregnada, acostumada, habituada com a condição homossexual em que me
encontrava. Ao permitir o trabalhar do Espírito Santo de Deus em minha vida,
pude ver mudanças em minha forma de pensar, onde comecei a entender meu real
papel masculino. Não vos conformeis com este mundo mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, perfeita
e agradável vontade de Deus (Romanos 12:2). É preciso haver renovação
do que está na mente, é necessário deixar a verdade de Jesus limpar esta mente
cauterizada pela mentira, assim haverá transformação de vida.
A luta continua, no mundo terei aflições, mas também tenho a verdade de
Deus no meu coração para prosseguir a caminhada. Antes eu era espírita, ascendia
vela, místico, praticante da homossexualidade, vivendo em bares e boates, coração
em carne moída. Hoje, lavado e remido pelo sangue derramado na cruz, sangue
que me deixou branco como a neve, como a branca lã e acreditando nas promessas
de Deus para minha vida. E ainda que vossos pecados sejam como a
escarlata, se tornarão brancos como a neve, ainda que sejam vermelhos como o
carmesim, se tornarão como a branca lã. Se quiserdes e ouvirdes comereis o bem
desta terra (Isaías 1:18,19).
Eu quero o bem desta terra e você? Muitos me chamam de louco, por ir contra
o padrão deste mundo. Mas Deus escolhe as coisas loucas deste mundo para confundir
as sábias. Escolhe os pequenos para confundir os grandes. Faz aquele que se
deleita em sua própria sabedoria parecer ignorante.
Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós que
somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria
dos sábios e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Visto como, na sabedoria
de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar
os crentes pela loucura da pregação. Porque a loucura de Deus é mais sábia do
que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Mas Deus
escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu
as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes (1Coríntios 1:18-27).
Para você que deseja mudança de vida, que está cansado de tudo que tem feito,
saiba que há esperança para você, enquanto houver vida, haverá esperança. Faça
isto agora, declare com suas palavras que Jesus é o único Senhor e Salvador
de sua vida, procure um povo de Deus para receber você, um povo que pregue Jesus
como único Senhor e Salvador. Busque mudança com toda sua força, passe a viver
conforme a Palavra de Deus porque, assim como Jesus me chamou pelo meu nome,
Ele também te chama pelo seu nome.
35 MENSAGENS ÚTEIS
Cada dia em nossas vidas, enfrentamos escolhas. Sempre os prazeres do
momento parecem tão mais reais do que as promessas de Deus de dar-nos
força contra a tentação. Você não seria o primeiro cristão a ver uma ocasião
de pecar e logo querer ceder só por um pouquinho. A Epístola de
Tiago e o livro dos Romanos dizem muito sobre a realidade de nossa natureza
carnal que se rebela contra nós.
Acumuladas culpas, frustrações, amarguras e auto-desprezo juntamente com uma
experiência de fracasso podem ser elementos que Satanás usa para levÁ-los de
volta a uma vida de pecado. Se pensamentos de retorno te afligirem, peça a Deus
sabedoria para ver o que é que realmente o está perturbando. Sonda-me,
o Deus, e conheça meu coração. Saiba meus pensamentos. Veja se há algum mal
em mim e conduza-me para o caminho eterno (Salmo 139).
Tantas vezes quando me encontro por baixo é porque tento seguir
meu próprio caminho. Eu fico tão ocupado que não encontro tempo para orar ou
ler a Bíblia. Ouço pensamentos como não posso ler a Palavra agora, tenho
que atualizar a correspondência, passando pela minha cabeça. Só me basta
um ou dois dias de negligência para que eu experimente um notável enfraquecimento
do meu espírito. É bom lembrar que a vida que eu vivo agora, é pela fé
do Filho de Deus.
É tão fácil achar que uma vez que Deus deu Sua atenção a uma área de carência
de nossa vida, aquela área já está controlada definitivamente; isso é só o começo.
Deus deseja promover paciência em nós através do testemunho de nossa fé,
através de provações e tentações. Nós aprendemos as respostas mais
profundamente assim que crescemos em Jesus. Deus às vezes provê uma resposta
imediata para que os homens possam ver Seu poder. mais freqüentemente Ele nos
molda à Sua imagem diariamente para que os homens possam ver Seu caráter.
O único remédio certo para o pecado está no sacrifício de Jesus Cristo. Os homens
podem ter idéias diferentes sobre as raízes do pecado, confissão e arrependimento,
a necessidade de cura interior, entrega e doutrina. Cada uma dessas coisas são
maneiras válidas de lidar com o pecado, mas todas as vezes que alguma delas
se transforma em fórmula, sua eficiência decresce drasticamente.
A raiz mais comum do pecado sexual é a rejeição. A resposta mais comum à rejeição
é desenvolver mecanismos de defesa que nos impeçam de nos machucarmos. Eles
também nos impedem de ser ajudados. Aprenda a se ver como uma parte vital do
Corpo de Cristo. Deixe o restante do Corpo conhecê-lo um pouco.
Para muitos de nós, estivemos tão por baixo que quase nada significa melhora.
Temos uma tendência de medir as coisas por comparação. Por exemplo, se eu era
um suicida, e agora estou deprimido 98% do tempo, então já fiz algum progresso.
Mas permanece o fato de que eu ainda tenho um longo caminho a percorrer. Há
um número de áreas em nossas vidas nas quais podemos ser tentados a dizer, Cheguei
ou É isto. Este é o lugar de Deus para mim. É bom nos lembrarmos
de que Ele pode fazer coisas de forma abundantemente acima de tudo o que podemos
pedir ou pensar antes de fixarmo-nos confortavelmente em um patamar que confundimos
com um topo de montanha.
Lembre-se de que Deus vê todo pecado de farisaísmo à imoralidade sexual,
da mentira à sensualidade pelos mesmos olhos. As conseqüências eternas
são as mesmas. Mas Ele vê todos aqueles que foram purificados no sangue de Seu
Filho a despeito de seu passado e pecados pelos mesmos olhos também.
Para Ele, estes são todos queridos filhos e filhas, filhos preciosos, cobertos
com mantos da retidão.
Sua nova identidade é cristã, o que significa seguidor de Cristo.
Não se engane em enfocar uma área de seu passado e pensar que aquele é quem
você é. Cada cristão, passado, presente ou futuro tem a mesma base. Somos todos
ex-pecadores, ex-filhos das trevas. Precisamos esquecer das coisas passadas
e nos apoiar em direção ao alvo do alto chamamento em Jesus Cristo.
Não perca Jesus de vista. Isso parece tão simples, não? Quantas vezes você já
ouviu isto? Quantas vezes você precisou ouvir isto? Você ainda não notou que
quando os problemas começam, é geralmente quando você fica perturbado, esgotado
e seu interesse está nos seus sentimentos ao invés de estar nEle? Ou você entra
em pânico sobre alguma situação e se esquece de se voltar a Ele? Ou você se
sente condenado e sente vergonha da falar com Ele? Às vezes, as pessoas lhe
decepcionam, uma após outras, repetidas vezes. Por que você não pode atingi-las,
você se atinge. Às vezes, o lado de conservação parece tão confortável que você
prefere mergulhar nele por um momento. E, às vezes, você se sente tão
preso em ser um cristão ou em viver pelo Livro que você
está apenas sendo levado. Você não está na verdade vivendo pela sua força.
Quaisquer que sejam as circunstâncias, Jesus sempre espera com os braços abertos
quando retorno de minha viagem de dentro de mim e das pressões da rotina do
dia-a-dia. Descobri que o firme, poderoso amor do Senhor nunca cessa,
Sua misericórdia nunca se esgota. Ela se renova a cada manhã. Grande é a sua
fidelidade.
36 QUAL É O NOSSO ALVO
Qual é o nosso alvo? Mudar, ou andar com Deus? Tenho acompanhado a avalanche
de informações e noticiário na mídia a respeito das declarações do Dr. Roberto
Spitzer, que, tendo realizado novo estudo, chegou à conclusão que indivíduos
altamente motivados podem mudar sua orientação sexual de homo para heterossexual.
Também tenho lido comentários acerca de pessoas que ficam desanimadas diante
destas declarações, pois percebem que não tem a motivação necessária para esta
mudança. Tenho pensado nisto tudo, e cheguei à conclusão que para nós, que somos
cristãos, e enfrentamos esta luta com a homossexualidade, estas declarações
do Dr. Spitzer não são tão importantes assim, pois creio que o nosso verdadeiro
alvo não deve ser meramente a mudança de orientação sexual, ou seja, mudar
de homo para heterossexual, como é tão comumente proclamado por tantas
pessoas, especialmente pelas igrejas que freqüentamos.
Qual deve ser o nosso verdadeiro alvo? Em João 15, Jesus narra uma parábola
muito interessante. Nesta parábola nós somos comparados aos ramos da videira,
que, permanecendo na videira, produzem os frutos. Ou seja, os frutos são conseqüência
do permanecer na videira. Semelhantemente, nossa ocupação não deve ser a obsessão
com os frutos, ou seja, mudar isso ou aquilo em nossas vidas, mas sim nos envolvermos
intimamente com Deus, nosso Pai, por meio de Jesus Cristo. Este envolvimento
íntimo, (ou permanência), por sua vez, é que produzirá os frutos (ou resultados
e mudanças), cada qual no seu devido tempo.
Além disso, vejo alguns problemas quando focalizamos nossa atenção exclusivamente
na mudança da homo para a heterossexualidade. Em primeiro lugar,
nenhum de nós é ou foi homossexual, todos nós fomos, somos e sempre seremos
heterossexuais, pois Deus nos criou assim, e Ele não comete erros. Por outro
lado, podemos dizer que estamos envolvidos na homossexualidade, ou que temos
problema ou luta com atração homossexual. Os textos originais da Bíblia não
contém a palavra homossexual, mas apenas palavras que qualificam pessoas que
praticam atos de homossexualidade. Podemos também dizer que nossa identidade
sexual heterossexual, por vários motivos, não desenvolveu-se plenamente, ainda,
e estamos temporariamente enroscados ou estacionados na homossexualidade.
Creio que é muito mais realista considerar que posso permitir que Deus me leve
a um crescimento e amadurecimento de minha heterossexualidade, a qual já existe
em mim. Isto coloca as coisas em uma perspectiva mais realista. Em segundo lugar,
se meu enfoque está na mudança, quando é que saberei quando realmente
já mudei?. Apenas quando estiver casado, com filhos? Ou quando tiver
desejos sexuais apenas pelo sexo oposto? Será que isto é garantia de mudança?
E se alguém, que já não pratica mais a homossexualidade, eventualmente experimentar
tentações homossexuais, como é que fica? Significaria que não foi liberto da
homossexualidade? É claro que não!!! Jesus mesmo nos disse que seríamos tentados,
que a tentação e as lutas fariam parte da nossa jornada nesta terra. Além disso,
quantos de nós até mesmo já experimentamos atração pelo sexo oposto, porém sabemos
que ainda há áreas mais importantes que atração sexual, que precisam de
amadurecimento em nossas vidas!! Desta forma, o enfoque voltado apenas para
mudança pode gerar muito desânimo, pois o processo, visto desta
maneira, é muito lento, a longuíssimo prazo realmente leva muito tempo,
talvez toda a nossa vida. Pode até mesmo ser que alguns de nós nunca cheguemos
a experimentar o casamento. Mas seria isto um atestado de que não
tenha havido em minha vida nenhuma mudança? Ou invalidaria todo o resto da obra
de Deus em nós?
Isto me leva a um outro questionamento: para que fomos originalmente criados?
Para algum tipo de desempenho, ou para experimentarmos comunhão íntima com Deus?
Para algum tipo de desempenho, ou para experimentarmos comunhão com Deus? Eu
creio que a razão principal pela qual Deus criou a cada um de nós foi para termos
comunhão íntima com Ele. Por isso Ele enviou Jesus para morrer em nosso lugar
na cruz, para que pudéssemos ser comprados de volta para Ele mesmo. Deus deseja
intimidade conosco. E creio que esta intimidade é o que nosso coração realmente
deseja. Posso explicar esta intimidade já, agora! Não preciso esperar um só
minuto, não é necessário que eu mude isso ou aquilo em minha vida, para que
possa entrar em intimidade com Deus, basta simplesmente adentrar o Santo dos
Santos, por causa do sangue do cordeiro de Deus, que foi derramado por mim na
cruz.
O que Deus mais deseja de nós não é a mudança, em primeiro lugar, mas sim que
adentremos Sua presença e permaneçamos neste lugar. Marta escolheu ocupar-se
com as tarefas relacionadas a ter Jesus em sua vida, Maria preferiu ocupar-se
do próprio Jesus... Maria provavelmente sabia que havia muitos afazeres domésticos
por fazer, especialmente tendo em casa um hóspede tão importante... ou seja,
ela poderia ter colocado sua atenção nas coisas que precisavam ser feitas, nas
mudanças, mas ela também percebeu que estar aos pés de Jesus era
muito mais importante. Porque ficamos tão obcecados pela mudança? Será que ela
é tão importante assim? E se a mudança em sua vida levar muito tempo, digamos,
dez anos... Isto significa que dez anos seriam necessariamente anos de infelicidade
e falta de propósito? Por outro lado, digamos que você coloque a mudança de
lado (os afazeres), e resolva, como Maria, envolver-se intimamente com Deus,
sabendo que Ele já ama e aceita você como você é, e que Ele, mesmo mais que
você, deseja ardentemente ter comunhão com você... e você entra nesta comunhão,
e aos poucos vai entregando-se totalmente a Ele, e o vai conhecendo mais e mais,
aprendendo a ouvir sua voz...aos poucos você vai começando a sentir o que Ele
sente, vai começar a ver as circunstâncias como Ele as vê... e vai começar a
querer o que Ele mesmo quer... Quando você se dá conta, as mudanças (os frutos)
já estão começando a surgir em sua vida, e você sequer havia percebido.
Isto faz sentido para você? E não é isto que seu coração realmente deseja, ser
envolvido nos braços do Pai, e ouvi-lo dizendo o quanto Ele o ama, o quanto
Ele se orgulha de você, independente do que já mudou ou não em sua vida? Este
tem sido o desejo do meu coração, e é o que Ele me tem dito, sempre que deixo
de lado a preocupação com todas as expectativas ao meu redor, e me coloco a
Seus pés, e descanso nele. Não sou contra a mudança. Ela é boa e necessária,
e creio que faz parte do plano de Deus para nossas vidas. Porém sou contrário
à forma como a mudança é tratada, como algo que mede o quanto já progredimos,
especialmente quando esta é ditada pelo mundo, e não pela Palavra de Deus. De
certa forma, há um paradoxo nisto tudo. É justamente quando deixo a mudança
de lado, e me ocupo de minha intimidade com Deus, e passo a cultivá-la. Como
minha maior prioridade, é que a mudança começa a ocorrer! E esta é uma mudança
diferente, pois não é resultado de meus esforços para mudar, pois não estou
ocupado disto, pelo contrário, é fruto da permanência nele, da intimidade com
Ele, uma intimidade na qual não há preocupação com mudança. E este é o fruto
que vem acompanhado de paz, alegria e descanso, e que gera louvor e glória ao
nosso Senhor Jesus Cristo. Que Deus abençoe sua vida, e dê a você a capacidade
para ocupar-se inteiramente, como sua maior prioridade, e que as mudanças sejam
apenas a conseqüência desta experiência!
37 CONCLUSÃO
A ciência, até o momento, não prova nada a respeito
da homossexualidade ser inata. Por mais que um dia a ciência prove ser a homossexualidade
inata, esta não deixará de ser pecado. A Igreja de Cristo terá uma forte batalha
nesta área, e precisa se preparar urgentemente para lutar pelas vidas que
desejam sair da prática homossexual. Será com muita sabedoria que as Igrejas
irão falar sobre este assunto tão polêmico, é necessário a preparação de membros,
líderes, pastores, evangelistas, psicólogos, para receber estas vidas que
virão cheias de feridas, buscar socorro na Igreja. Há esperança para
quem deseja sair da homossexualidade.
Deixo um alerta para a Igreja de Cristo: Enquanto a Igreja se cala, por falta
de interesse, falta de sabedoria, de amor, por medo, muitas vidas estão cada
vez mais aceitando que não há saída para o homossexual. Devemos nos envergonhar,
por não falar de sexualidade dentro de nossas igrejas. Enquanto isto, estas
vidas estão caminhando para um abismo. A Igreja precisa ficar na posição e
continuar levando o evangelho de Cristo para toda criatura, afinal de contas,
Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido.
1Coríntios 13:1-3 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos
e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E
ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda
a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse
os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a
minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo
para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
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