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 W._A._Simões  16/01/2005  Um trabalho sobre o sábado. Um abraço. Graça, paz e sabedoria.

Meu caro amigo. Fiz, também, um criterioso estudo sobre o sábado, o qual coloca à sua apreciação. Um cordial abraço.

 

“Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue o Evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema (amaldiçoado)”.  São Paulo, em Gálatas, 1.8.

 

Vamos aqui mostrar, de modo absolutamente consistente, que realmente fomos enganados por séculos, em muitos aspectos religiosos. O primeiro deles é:

 

O sábado, antes santo, teria morrido, mesmo, com Jesus?

 

A lei do sábado é eterna:


     “Não fareis, pois, no sábado obra alguma. Esta será uma Lei perpétua em todas as vossas gerações...”.   Levítico, 23.31.

“Digo-lhe- isto: UMA ALIANÇA ANTERIORMENTE FIRMADA POR DEUS, a lei que veio 430 anos depois, NÃO A PODEREIS SUBROGAR, DE FORMA QUE VENHA A DESFAZER A PROMESSA”   São Paulo apóstolo maior, em Gálatas, 3.17

Se o sábado santo poderia ter morrido com Jesus, por que, então, os cristãos da época dos apóstolos continuaram a guardar o sábado como dia santificado, mesmo após a morte de Cristo e depois de sua ressurreição, como nos revelam as Escrituras?

“...Fomos reconciliados com Deus mediante a MORTE de seu Filho”.  Romanos, 5.10.  Teria sido, então, muito mais lógico, que o clero tivesse ensinado a guardar o dia em que Cristo morreu.

Se o sábado, o sétimo dia santo, foi substituído pelo domingo, o primeiro dia da semana, e se essa mudança foi feita em decorrência da ressurreição de Cristo, por que, então, não há uma só evidência bíblica de modo claro e consistente? Exemplos claros e consistentes de que a Lei do Sábado jamais foi desrespeitada pelos apóstolos de Jesus são muitos, como veremos aqui. Poderia, então, o julgamento dos homens sobrepor-se às Escrituras?

O sábado ia começar. Ora, as mulheres que tinham ido da Galiléia com Jesus, indo, observaram o sepulcro onde fora colocado o corpo de Jesus. Voltando, prepararam aromas e bálsamos. NO SÁBADO OBSERVARAM O REPOUSO, SEGUNDO A LEI.  Lucas, 23. 55 e 56.
A gloriosa ressurreição de Cristo, o Filho, poderia ter invalidado a Palavra de Deus, o Pai?   Pelo menos os apóstolos e os primeiros seguidores de Jesus não embarcaram nessa absurda e inconsistente teoria. Poderia uma pessoa honesta e sem hipocrisia desmentir a Verdade abaixo?
1) “No sábado seguinte, reuniu-se quase toda a cidade PARA OUVIR A PALAVRA DE DEUS...”  “No sábado seguinte, concorreu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus, mas os judeus, vendo aquela concorrência, se encheram de inveja...”  Atos, 13. 41 a 44.
Sabendo-se, então, pela palavra de Deus, que os cristãos depois de Jesus guardavam conscientemente o sábado santo, fica sem efeito a alegação dos clérigos de que o preceito da guarda do domingo advém da tradição apostólica, que se tornou a Santa Tradição Católica. Poderia, então, o homem mudar o dia santificado se opondo ao próprio Jesus, o Verbo, quando descartou qualquer possibilidade de mudança de qualquer item da Lei dos profetas?
“Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas. Não vim para os destruir, mas sim para os fazer cumprir. Porque em verdade vos digo: Passarão os céus e a terra antes que passe da Lei um só jota sem que tudo seja cumprido”. 
Determinações do Senhor Jesus, em Mateus 5.17 e 18.

“Destruímos nós a lei com a fé? Longe disso, antes confirmamos a lei”. Romanos, 3.31.

“Rejeitais os preceitos de Deus para guardar vossas tradições”.  Jesus em Marcos, 7.7.

“Digo-lhe- isto: UMA ALIANÇA ANTERIORMENTE FIRMADA POR DEUS, a lei que veio 430 anos depois, NÃO A PODEREIS SUBROGAR, DE FORMA QUE VENHA A DESFAZER A PROMESSA. Gálatas, 3.17
Em Hebreus, capítulo 4, está definido claramente o descanso sabático para o cristianismo. Só não vê quem não quer ver.
“Nós, também, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito”. Hebreus, 4.3.
“E descansou Deus, no Sétimo dia, de todas as obras que fizera.”  Hebreus, 4.4.
“Portanto, resta um repouso para o povo de Deus, porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus descansou das suas. ESFORCEMO-NOS, POIS, POR ENTRAR NAQUELE DESCANSO, AFIM DE QUE NINGUÉM CAIA, SEGUINDO O EXEMPLO DE DESOBEDIÊNCIA”.  A Palavra de Deus que não deixa dúvidas, em Hebreus, 4.11.

Sabendo-se, cristalinamente, conforme Lucas, 23. 55 e 56 e Atos, 13. 41 a 44, que não pode haver dúvida alguma de que os apóstolos de Jesus guardavam e santificavam os sábados de Deus, então essa mudança não procede do Evangelho.  Se essa mudança não é bíblica então se trata de mais uma criação dos homens que levou a maioria a erro grave.  Conforme Deus, não pode haver verdade maior que a Sua Palavra:
 “... secou-se a erva e caiu a sua flor,  MAS A PALAVRA DO SENHOR PERMANECE ETERNAMENTE".         I Carta de Pedro, 1.25.
Tendo as Escrituras como fundamento, o que quer dizer eternamente?  Qual o teólogo ou exegeta que terá a coragem de afirmar que a Palavra de Deus só é eterna quando nos interessa?   Por isso, então, a Palavra Eterna de Deus não poderia valer quando se trata de todos os DEZ MANDAMENTOS, as Leis nos entregue pessoalmente por Ele?
Não estamos falando aqui das leis que o Evangelho tanto criticou, dos ritos e de sacrifícios animais; das quarenta chibatadas; da obrigação do pagão convertido ter de submeter-se a uma operação de fimose (dolorosa na época) para poder aceitar a Jesus Cristo e assim por diante. Não estamos falando dos exageros religiosos pelos quais não era permitido andar muitos passos no sábado, nem curar um doente, nem se acender o fogo na cozinha, mas era perfeitamente normal assassinar publicamente um pecador, principalmente uma mulher adúltera, pois foi essa tradição de procedimentos que Jesus veio, também, para reformar e que foram citados tantas vezes por São Paulo em suas epístolas.

O que publicou o Cardeal James Gibbons ― arcebispo católico de Baltimore, EUA(1877-1921) ―, na obra The Faith of Our Fathers ( A fé de nossos pais), edição 88, página 89:

"Poderás ler a Bíblia de Gênesis a Apocalipse, e não encontrarás nem uma só linha que autorize a santificação do domingo. As Escrituras mandam a observância religiosa do sábado, o dia que nós nunca santificamos".
Os sacerdotes desprezaram a minha Lei, mancharam o meu santuário; não distinguiram entre o santo e o profano e entre o que é puro e o que é impuro; AFASTARAM-SE DOS MEUS SÁBADOS e eu era profanado no meio deles.      Ezequiel, 22.26.

No Antigo Testamento as palavras sábado e sábados se repetem por 116 vezes e há mais 44 referências ao sétimo dia, mas quanto à palavra domingo ou ao primeiro dia da semana não há uma só referência.

No Novo Testamento, quanto à palavra domingo há uma só referência.   Quanto ao primeiro dia da semana, há apenas seis, mas as palavras sábado e sábados se repetem por 64 vezes.

Tendo a eternidade como futuro palco, tenho a plena consciência de que não correrei nenhum risco se guardar os preceitos de Deus tal como sua Palavra nos legou, mas correrei sério risco se preferir as teses dos homens, sejam eles quem for.  Se as Escrituras são, realmente, Palavras de Deus, absolutamente nada, nem um jota, nem um til, pode sobrepor-se a esses livros sagrados.

"E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os Seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-O, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guardar a Sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado: nisto conhecemos que estamos n'Ele. Aquele que diz que está n'Ele, também deve andar como Ele andou.".         I João, 2.3.

Nada há nas Escrituras que legitime os argumentos católicos e evangélicos de que desde o tempo dos Apóstolos a Igreja compreendeu que o domingo tinha de substituir pelo domingo os sábados santificados de Deus, senão vejamos:

ANTES DA RESSURREIÇÃO, os cristãos guardavam e santificavam os sábados dos Dez Mandamentos:

O sábado ia começar. Ora, as mulheres que tinham ido da Galiléia com Jesus, indo, observaram o sepulcro onde fora colocado o corpo de Jesus. Voltando, prepararam aromas e bálsamos. NO SÁBADO OBSERVARAM O REPOUSO, SEGUNDO A LEI.  Lucas, 23. 55 e 56.

DEPOIS DA RESSURREIÇÃO, os cristãos continuaram a guardar os sábados santificados por Deus:

“No sábado seguinte, reuniu-se quase toda a cidade PARA OUVIR A PALAVRA DE DEUS...”  “No sábado seguinte, concorreu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus, mas os judeus, vendo aquela concorrência, se encheram de inveja...”  Atos, 13. 41 a 44. 


“No dia de sábado, saímos fora da porta, junto ao rio, onde julgávamos haver um lugar de oração...” Atos dos Apóstolos, 16.13.

Estudando-se o Novo Testamento concluímos que a pala de Deus não atribui nenhum significado litúrgico ao dia da ressurreição, simplesmente porque esse acontecimento foi visto apenas como uma realidade existencial experimentada pelo poder do Cristo vitorioso até sobre sua própria morte.  De modo algum a ressurreição de Jesus pode ser vista como uma prática litúrgica, associada ao culto dominical.  Cristo, que havia ressuscitado a outros, não poderia ser vencido pela morte.

Os clérigos alegam que os cristãos da Igreja emergente, depois da ressurreição de Jesus, passaram a guardar o domingo e a desrespeitar os sábados santos, pois a ressurreição de Jesus constituiu o maior evento cristão. Puro engodo religioso, pois nem a Igreja emergente desrespeitou os sábados nem a ressurreição de Jesus constituiu o maior evento cristão. O maior evento cristão deu-se exatamente pela MORTE de Jesus Cristo. Jesus veio para viver o Grande Sacrifício do Cordeiro e como não poderia permanecer debaixo da terra, ressurgiu dos mortos. JESUS NÃO REMIU A HUMANIDADE POR SUA RESSURREIÇÃO, MAS, SIM, POR SUA MORTE NA CRUZ.  Ou será que Deus escreveu errado nas Escrituras? Vamos ver Isaías 53:

“Fomos sarados por suas pisaduras”.

Em nenhum ponto das Escrituras o Espírito Santo de Deus citou a salvação pela ressurreição, mas, sim, pelas dores de Jesus, pela sua morte na cruz. O Velho Testamento indica isso por várias inserções. O Evangelho está repleto de citações afins. O resto é puro engano religioso para tentar justificar o grande engano mundial levado a efeito por homens travestidos de sacerdotes supremos.

O próprio Jesus legitimou esses argumentos ao clamar no momento de sua morte:

“ESTÁ TUDO CONSUMADO”    

Portanto, já estava tudo consumado na sexta-feira, e não no domingo, por ocasião da ressurreição de Cristo, e o Senhor Deus manifestou isso de forma a não deixar dúvida alguma de que aquele singular acontecimento se tornou o MAIOR EVENTO DE TODOS OS SÉCULOS, pois fez a terra inteira tremer; o véu do templo de Salomão se rasgar; uma intensa tempestade tomar a Terra e mortos se levantarem de suas tumbas.

Uma das provas altamente contundente, e absolutamente inegável, de que a Igreja Primitiva guardava e santificava os sábados de Deus, se dá pela sua própria história bíblica. Se você meditar, com calma, sobre todos os acontecimentos que envolveram os problemas criados entre os judeus da tradição e os judeus convertidos, verá que qualquer fato que atentasse contra a tradição deles, a Bíblia registrava claramente seus protestos que eram constantes. Aconteceu assim com a aceitação no cristianismo dos considerados pagãos, aos quais os israelitas repudiavam; assim aconteceu com a cessação da prática da circuncisão, que se tornou motivo de altos protestos, IMAGINE ENTÃO SE OS APÓSTOLOS TIVESSEM APENAS OUSADO SUGERIR QUE A PARTIR DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO SERIA SANTIFICADO O DOMINGO E NÃO O SÁBADO DOS DEZ MANDAMENTOS DE DEUS! Seria um escândalo de tamanha proporção que certamente estaria devidamente registrado nas Escrituras.  Nem os cristãos judeus aceitariam tal agravo à Lei de Deus, e se tal coisa tivesse ocorrido,  isso tudo teria certamente de estar registrado no Evangelho, como ficou registrado até a omissão dos apóstolos que comeram sem lavar suas mãos.
Se os apóstolos São Pedro ou São Paulo tivessem apenas sugerido tal mudança insensata, absolutamente inconseqüente, teriam sido arrastados pelas ruas e apedrejados em praça pública por uma multidão enfurecida, pois por muito menos apedrejaram Estêvão e abominaram Jesus apenas por ter curado num sábado. Ou será que você acha que não?
Nada vale contra as verdades descritas, nem o dia do sonho apocalíptico de João (texto corrompido pelo clero, pois o texto original reza “Dia do Senhor” e não “Domingo”) e nem o dia de Pentecostes, tampouco o dia da Ressurreição do Messias.  As Escrituras, como um todo, apontam para o dia da morte de Jesus para a redenção da humanidade. Jesus foi morto numa sexta-feira, e como teria de ressuscitar ao terceiro dia, tudo aconteceu num domingo. Pode ter a certeza de que Deus não influiu na vontade e na decisão de Judas Iscariotes para que entregasse Jesus aos que o odiavam, exatamente numa quinta-feira, de outra forma Judas não poderia ter culpa alguma, pois teria agido sob a orientação dos céus.
“...Fomos reconciliados com Deus mediante a MORTE de seu Filho”.  Romanos, 5.10
 Desde o início da Criação, Deus nos fez com completa autonomia de procedimentos. Ninguém está obrigado a nada e assim, por vontade própria, Judas pôde escolher livremente entre o bem e o mal, quando fazer bem e quando fazer o mal. Também os anjos foram criados com essa autonomia, de outra forma não teria havido uma revolução no céu. Uns decidiram por Lúcifer e outros pelo Criador. Portanto, foi mera casualidade Jesus ter ressuscitado no primeiro dia da semana.

 “Destruímos nós a lei com a fé? Longe disso, antes confirmamos a lei”  Romanos, 3.31.

Os sacerdotes desprezaram a minha Lei, mancharam o meu santuário; não distinguiram entre o santo e o profano e entre o que é puro e o que é impuro; afastaram-se dos meus sábados e eu era profanado no meio deles.  Ezequiel 22.26.
     “Não fareis, pois, no sábado obra alguma. Esta será uma Lei perpétua em todas as vossas gerações...”.   Levítico, 23.31.

Novamente Jesus, também Deus. Ou será que você acha que Jesus não era Deus? Ou será que você acha que Jesus era um enganador?

 “Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas. Não vim para os destruir, mas sim para os fazer cumprir. Porque em verdade vos digo: Passarão os céus e a terra antes que passe da Lei um só jota sem que tudo seja cumprido”.    Mateus 5.17 e 18.
O que quer dizer: O Universo e até o Multiverso inteiro serão destruídos antes que a Lei de Deus seja anulada por Ele mesmo.
     O presente trabalho é muito sério e não há teólogo ou exegeta algum que consiga contestá-lo, se usar de honestidade e não de hipocrisia; se usar como veículo de verificação unicamente as Escrituras.  Afinal, o que pode ser mais importante para o espírito, perante a eternidade, que as Escrituras? Poderia, então, a tradição ser mais forte que a original palavra de Deus?  Depois de tantos séculos de incertezas e de tantos dogmas e cânones criados por homens nem sempre cristãos e por outros que de cristãos nada tinham, nos seis séculos da atroz Inquisição, e de tantos equívocos e desvios religiosos, qual a certeza da verdadeira mensagem de Deus senão exclusivamente pela Palavra Escrita, que conforme o Criador foi feita para valer até a consumação dos séculos?    Na Palavra Escrita podemos confiar, mas poderíamos deixá-la de lado em favor das mudanças feitas pelo homem?
Hoje, tenho a consciência de que devo e de que tenho de integrar-me a um seguimento religioso cristão, a uma comunidade cristã, mas também tenho a certeza de que viver o cristianismo, muito mais fora do templo que dentro dele, é absolutamente mais importante e altamente mais produtivo perante as coisas do céu. Foi esse o exemplo que Jesus deixou bem claro em sua Parábola do Samaritano (Lucas 10.30, e tem tudo a ver com Mateus 25.31 a 44).  Assim, entendo, perfeitamente, que se o templo é importante, muito mais importante é viver o cristianismo em si. Esse cristianismo faz desapegar-nos de tudo o que possa vir a agredir os princípios evangélicos. Viver o cristianismo, na sua essência, é espelhar-se em Jesus, nos seus primeiros discípulos e nos preceitos que nos deixaram escritos de modo muito claro e consistente e, justamente por isso, as tradições criadas por homens, quando não têm claras fundamentações bíblicas, devem ser rejeitadas.
Como viviam os fiéis discípulos de Jesus? Acaso enfurnaram-se no interior dos mosteiros conforme a tradição vigente que vem de tantos séculos? Acaso pregavam preceitos nos templos, mas em seu dia-a-dia não praticavam coerentemente esses ensinamentos, legados pelo próprio Filho de Deus? Acaso teria sido mais importante para os apóstolos a construção de imponentes templos, altíssimas catedrais, palácios de referência e prestígio ou de fato honrar fielmente os exemplos de seu Mestre, que na verdadeira pobreza misturou-se ao povo para evangelizá-lo?  
Espelhando-se nos exemplos de Jesus, os discípulos e seus sucessores dos três primeiros séculos não se preocuparam com a construção de belos templos, nem com conquistas de bens terrenos, tais como propriedades, palácios, instituições, política, prestígio e poder terreno que acabam por corromper o homem, mas, sim, misturaram-se ao povo mais humilde e carente — tanto israelitas quanto pagãos —, para evangelizá-lo nas ruas e onde pudessem encontrá-lo. 
De forma alguma os apóstolos de Jesus incidiram nos adjetivos mundanos citados que concede conforto, segurança e prestígio mundano, ao contrário, pela garra evangelizadora sofreram as mais duras perseguições políticas e religiosas. Depois de Jesus, foram eles os que melhor caminharam pela Estrada Estreita e pelo Caminho Apertado. Os apóstolos, apesar da honra de terem sido diretos amigos e companheiros do próprio Filho de Deus, na verdadeira conquista das almas foram esbofeteados, encarcerados, surrados, apedrejados, chicoteados e onze deles ofereceram sua vida por amor ao seu Mestre.  Por sua própria escolha, tiveram de passar por tudo isso para deixar o exemplo de como os seus sucessores evangelizadores deveriam viver depois deles para ter a autoridade de falar sob a orientação direta do próprio Espírito Santo de Deus. Mas, como veremos aqui, hoje, a maioria dos que se diziam e que se dizem os legítimos sucessores dos apóstolos de Jesus aprenderam pouco como eles, e numa determinada época de muitos séculos fizeram tudo exatamente ao contrário, conforme está colocado a seguir. 
O objetivo deste trabalho não é o de agredir uma crença muitas vezes secular ou procedimentos errôneos da maioria das congregações evangélicas, conforme está a seguir. O objetivo maior é voltado para que você passe a comparar os preceitos ensinados pelos homens com os preceitos bíblicos. Garanto-lhe que são várias e graves as distorções promovidas por antigos homens sem Deus, de corações corrompidos, que se infiltraram na Igreja Católica na busca pelo poder terreno e prestígio.  Esses homens do mundo, que compunham o alto clero católico, se declararam infalíveis mesmo tendo colocado seus dogmas acima das revelações do Espírito Santo de Deus.  Declararam-se infalíveis, a toda prova e por todos os tempos, mesmo aqueles papas que cometeram as maiores atrocidades aos seres humanos que já se viu sobre a face da Terra, pois o agravamento se deu pelo fato de afirmarem que o faziam como prepostos de Deus na Terra, mas que se corromperam da maneira mais torpe possível.  Esses homens — sendo a maioria advinda de famílias nobres e abastadas —, usaram o Santo Nome do Senhor para tentar legitimar seus gravíssimos crimes, por tantos séculos. Além disso, também criaram dogmas que agridem as Escrituras e que hoje, a despeito de tudo isso, incrivelmente, ainda são praticados como única verdade.  Leia e veja os detalhes.
“Não terás outros deuses diante de mim”.
 “Não farás para ti imagem de escultura nem figura alguma do que está no céu; do que está embaixo, na Terra, nem do que está nas águas, debaixo da terra. Não adorarás tais coisas e nem lhes prestará culto”.
 “Lembra-te de santificar o dia do sábado. Trabalharás durante seis dias e farás neles todas as tuas obras. O sétimo dia, portanto, é o sábado do Senhor e não farás nele obra alguma... Porque o Senhor santificou e abençoou o dia de sábado. Não farás nele trabalho algum, nem teus filhos, nem teus servos, nem teus animais...”.
Por que guardar o domingo se Deus nos mandou guardar e santificar o sábado como Ele próprio o fez? 
“...E Deus descansou no sétimo dia...” Gênesis, 2.2.
Se você guarda os domingos, segue as mesmas obrigações que Deus determinou para os sábados?
Por que se arriscar a fabricar imagens e figuras sacras se Deus abominou explicitamente tais coisas?
O clero católico e o ortodoxo alegam que as esculturas e as imagens abominadas pelas Dez Leis cabem apenas aos grandes ídolos tal como Baal e outros, mas a Palavra de Deus também abomina a fabricação de esculturas de figuras humanas:
“Pegaste nos teus adornos que era feito de ouro e de prata que eu tinha te dado e fizeste com eles FIGURAS HUMANAS e idolatraste com elas”.  Ezequiel, 16.17. 
Nem vamos nos prender à igrejas evangélicas progressistas que, para arrecadar cada vez mais, pregam que o homem que passa por tribulações não tem Deus, e que se é filho de Deus tem de honrá-lo, ofertando tudo o que puder às suas igrejas para que depois o Senhor o abençoe carregando-o com profusão de bens matérias. São igrejas formadas para arrecadar em favor de seus fundadores e, por isso, trabalham na contra-mão das Escrituras.  Jesus pregou o sacrifício e não a riqueza e o conforto. Seus apóstolos imitaram-no em tudo, revelando-se cristãos na essência.  O Senhor Deus, que certamente os amava talvez até de modo especial,  nem por isso os poupou do sofrimento por que tiveram de passar, pois as extensas tribulações, passageiras, durante a evangelização serviram como passaporte para um lugar de honra especial no Reino de Deus, eternamente, é claro. As igrejas que pregam a prosperidade material tentam desmentir o próprio Jesus Cristo:
“Fazei penitência, pois o reino dos céus está próximo”.
Advertência de Jesus, em  Mateus, 4.17.

“Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
Jesus,  em  Mateus, 16.24.

“Se queres me seguir, vai, vende tudo o que tens e distribua tudo aos pobres”.  “... dificilmente um rico ingressará no Reino dos Céus”   Marcos 10.21. 

O maior mal de uma religião pode ser a sua própria tradição.  A tradição nos envolve fortemente, nos faz acreditar em tudo o que aprendemos de outros e nos impede de questionarmos as coisas que temos praticado. Tal condição, por muitos séculos levou os católicos a ignorarem a Bíblia escrita por Deus em favor da tradição oral do homem, mesmo tendo consciência de que as Escrituras, por provir do Espírito Santo de Deus, devem ter predominância sobre tudo e sobre todos.  As tradições religiosas também podem sofrer mutações e envolver erros no decorrer dos séculos, pois os homens não são infalíveis, mas a Bíblia, conforme o Espírito Santo, foi e será sempre a mesma até a consumação dos séculos. Então, para qualquer ser é fácil entender que as Escrituras são, sob todos os aspectos, absolutamente mais importantes que as tradições dos homens.  Sob a ótica das Escrituras, quem se atrever a ir contra isso por certo estará contra o próprio Espírito Santo de Deus.
Se um homem nasce num lar muçulmano, israelita, budista..., dificilmente deixará de seguir a mesma religião de seus pais. Da mesma forma, se uma criança nasce num lar no qual Deus é ignorado, geralmente, também, ignorará Deus de fato por toda a sua vida. Se um homem inventar uma religião estranha e ensiná-la aos seus filhos ainda pequenos, esses passarão a aceitá-la como verdade e poderão ver como desencaminhadas todas as demais.
Conforme especialistas, até aos doze anos de idade a criança passa por um processo que é chamado, tecnicamente, de período da lateralização.  No tempo em que dura esse processo, numa das partes do cérebro acontece um tipo de maturação do aprendizado. Por isso, tudo que uma criança aprende nas idades de 6 a 12 anos fica registrado na sua mente, de modo permanente. Assim, como a criança nasce com o “cérebro vazio”, as primeiras informações religiosas que recebe, principalmente nessa idade, geralmente permanecem como única verdade.  Isso acontece em todas as crenças, seitas, religiões, como também no catolicismo, por isso, dificilmente um indivíduo vai questionar qualquer preceito aprendido que tenha adquirido na infância. Ele segue tais preceitos de modo natural e por isso é mais fácil ver erro nas outras religiões.  Dessa forma, creio que o maior mal de uma religião é a sua própria tradição.  A tradição nos envolve fortemente e nos impede de questionar as coisas que temos praticado, mesmo consultando as Escrituras.  Quem pode negar isso?
Muitas vezes nós cristãos, por preguiça ou por omissão, deixamos de estudar as Sagradas Escrituras e de meditar com a necessária precisão sobre os preceitos a nós dirigidos, e aceitamos tudo o que nos ensinaram sem procurar, exclusivamente nas Escrituras, fundamentos claros sobre tais ensinamentos. Isso equivale também aos seminaristas, pois também fui um deles por duas vezes.  A preguiça e a omissão da leitura consciente e meditativa das Escrituras é um grande erro e é muito nocivo ao enriquecimento espiritual e à salvação, pois a palavra de Deus foi feita, particularmente, para você também e para ser constantemente consultada. 
Quando comecei a ler, com muita garra e cuidado as Escrituras, do começo ao fim, meditando vagarosamente sobre o que lia, com surpresa, notei que tinha agido muito mais pela tradição, pelo que tinha aprendido de meus pais e nos dois seminários nos quais fui interno, pois muitos dos preceitos praticados pelo catolicismo não tinham correlações bíblicas. Com o passar dos anos, devagar, fui progredindo em questionar tudo aquilo que havia aprendido na infância e que estava fortemente enraizado na minha mente. Confesso que para chegar ao resultado final, que exponho aqui, detalhadamente, foi extremamente difícil e o caminho foi longo, levou anos, pois nunca havia sido alertado por alguém do modo claro e objetivo como aqui está sendo feito. Da tradição católica, que para os clérigos é tão importante quanto a própria Bíblia, faz dessa mesma Bíblia incompleta sem a integração dessa tradição (Concílio Vaticano II), da qual não é fácil se desvencilhar.
Mas um dia, no princípio da década de 90, ao ler cuidadosamente a Bíblia, por inteiro, como nunca o fizera antes, verifiquei que algumas coisas não se encaixavam com o que eu havia aprendido até então. Algumas das coisas que os padres e catequistas me ensinaram, desde pequeno, eram diferentes do que as Sagradas Escrituras nos revelam.  De acordo com o secular catecismo católico  pelo menos naquele que eu tenho desde criança , notei que dois dos Dez Mandamentos de Deus foram simplesmente apagados pela tradição católica para dar lugar a preceitos formados por homens.

“Bem aventurados o ventre que te trouxe e os peitos que te amamentaram...”. Mas Jesus retrucou: “Antes, bem-aventurados os que ouvem e praticam a Palavra de Deus” .  Mateus, 11.28.   Estás claro que Jesus quis dizer: “Perante Deus não vos preocupeis com minha mãe, mas, sim, em guardar e praticar os meus preceitos.
 “Rejeitais os preceitos de Deus para guardar vossas tradições”.  Acusações de Jesus em Marcos, 7.7.
Por que a Palavra de Deus está colocada de modo diferente no catecismo católico?  Veremos, em seguida, que os principais preceitos do catecismo católico estão distorcidos gravemente da forma como estão revelados nas Escrituras.  Estão distorcidos de forma grave o Primeiro e o Terceiro Mandamento.
Primeiro erro do catolicismo (mas, infelizmente, também, da maioria das congregações evangélicas).
TROCAR O SÁBADO PELO DOMINGO.
Vamos começar pelo Terceiro Mandamento da Lei de Deus, conforme a divisão católica, ou Quarto Mandamento conforme a divisão evangélica:
 “Lembra-te de santificar o dia do sábado. Trabalharás durante seis dias e farás neles todas as tuas obras. O sétimo dia, portanto, é o sábado do Senhor e não farás nele obra alguma...  Porque o Senhor santificou e abençoou o dia de sábado. Não farás nele trabalho algum, nem teus filhos, nem teus servos, nem teus animais...”
Mas os catequistas católicos e os padres ensinam de acordo com suas tradições, e não de acordo com os Escritos do Espírito Santo de Deus, ensinam o clássico chavão:
 “Guardar os domingos e festas de guarda”.
Afinal, qual o dia que deve ser santificado ao Senhor?  O primeiro dia do catecismo ou o sétimo dia das Escrituras?  Nas Escrituras não há um só preceito que indique que o domingo é o dia a ser santificado, como trataremos a seguir.
E Deus terminou, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito e descansou no sétimo dia.  ABENÇOOU O SÉTIMO DIA E O SANTIFICOU...  Gênesis 2. 2.
Como poderá alguém afirmar que tal exemplo acima teria de ser praticado somente por um futuro povo que viria, no caso os israelitas e poderia ser, depois, ignorado por outros povos, os cristãos? Tal revelação nos mostra que desde o início da Criação, Deus determinou o descanso e a santificação do sétimo dia, mas o homem corrompido até isso conseguiu mudar.
Somos, sim, herdeiros das promessas e das obrigações dirigidas por Deus aos israelitas:
“E, se sois de Cristo, sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a Promessa”.  Gálatas, 3.29.
“Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue o Evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema (amaldiçoado)”.  São Paulo, em Gálatas, 1.8.
Em primeiro lugar, alego, com a mais alta consciência, certeza, firmeza, resolução e determinação, que não existe no mundo nenhum teólogo ou exegeta que consiga indicar-me um só verso bíblico que revele que o domingo deve ser santificado como o dia santo de guarda ou que a ressurreição de Jesus invalidou o sábado santo de Deus.
 Como sabemos, quem se dispõe a ler as Escrituras, por completo, não encontrará um só claro e consistente versículo que indique que o homem tem de guardar e santificar o domingo ou dias santos, mas quanto a guardar e santificar o sábado, o sétimo dia do Senhor, há muitas revelações bem claras, bem específicas, bem contundentes, bem conclusivas e irreversíveis que nos mostram que o cristão TEM de guardar e santificar os sábados de Deus.
Para quem lê e medita sobre a Palavra de Deus, ao se deparar com o conteúdo dos Dez Mandamentos acaba por perguntar-se: Por que as Escrituras nos mandam guardar os sábados e a tradição do catecismo nos faz guardar os domingos?   Por que a tradição nos faz desobedecer, de modo tão natural, a um dos mais importantes mandamentos de Deus, escrito e nos outorgado pessoalmente por Ele?  Por Cristo a Lei de Deus foi substituída pela Lei da Graça, e isso faz invalidar um dos Dez Mandamentos da Aliança de Deus aos homens?  A seguir forneceremos argumentos claros e conclusivos para todas essas questões.
Os sacerdotes desprezaram a minha Lei, mancharam o meu santuário; não distinguiram entre o santo e o profano e entre o que é puro e o que é impuro; afastaram-se dos meus sábados e eu era profanado no meio deles.  Ezequiel 22.26.
“Destruímos nós a lei com a fé? Longe disso, antes confirmamos a lei”.Romanos, 3.31.

“Rejeitais os preceitos de Deus para guardar vossas tradições”.  Jesus em Marcos, 7.7.

 “Orai para que vossa fuga não se dê no inverno nem no sábado”. 
Jesus Cristo, em Mateus, 24.20, no qual ressalta, novamente, a grande importância do sábado (nem no inverno que é muito frio, nem nos sábados do descanso de Deus).

“O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é, também, o senhor do sábado”.  Jesus Cristo, em Marcos, 2.27 e 28, respondendo à irritação dos judeus quando apanhava espigas para matar a fome.  Mesmo sendo os sábados importantes, Jesus, o Filho de Deus, será sempre mais importante que esses dias santificados pelo Pai.

Como está revelado em Ezequiel, principalmente em Jeremias, além de outros livros bíblicos, as ameaças de terríveis castigos de Deus foram, realmente, executadas, por inúmeras vezes, contra os israelitas que não guardavam os sábados. Por isso e por outras desobediências, tal como a fabricação e culto a ídolos, os israelitas que teriam de ser um dos povos mais numerosos da Terra, hoje, no início do século 21, são poucos.  Das doze tribos de Israel só sobrou a de Judá.  Devemos nos lembrar de que os chineses, cuja maioria é pagã, e que tiveram origem aproximada a dos hebreus, hoje contam com quase um bilhão e quinhentos milhões de filhos, enquanto que o número de israelitas pelo mundo gira em torno de apenas 14 ou 15 milhões.  Por que isso aconteceu justamente com o povo escolhido e amado por Deus?  Para entender isso basta ler os livros dos grandes profetas tais como Jeremias, Isaías e outros. Nesses livros há profusões de revelações sobre a suspensão das bênçãos de Deus ao seu povo.  Deus lhes proporcionava bênçãos, mas exigia o cumprimento das Leis de Sua Aliança.
Sem a graça e a força de Deus, com freqüência, os israelitas ficavam extremamente vulneráveis a todo o tipo de inimigos e predadores e numa dessas vezes, no reinado corrompido de Manasses, ao merecer muito mais a maldição que a bênção, o povo israelita chegou próximo da extinção. Tais dores aconteceram principalmente por terem os israelitas desrespeitado os sábados santificados de Deus, pela prática de cultuarem esculturas e por outros pecados graves tal como o adultério e o desrespeito à vida.

“Vede: Proponho-vos  hoje  bênção ou maldição. Bênção, se obedecerdes aos  mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos prescrevo.  Maldição, se não obedecerdes aos mandamentos  do Senhor, vosso Deus, e vos apartardes do caminho que hoje vos mostro” (as Dez Leis)   Condições  do  Senhor Deus, em Deuteronômio,   11.26.

A maioria de hoje, envolvida, naturalmente, por uma tradição secular, não aceita, em hipótese nenhuma, a inegável orientação bíblica que nos ordena a guardar o sábado.
De acordo com o secular catecismo católico, notamos que dois dos Dez Mandamentos de Deus foram apagados dos ensinamentos básicos, pois não constam desse livreto da catequese católica:
1)  “Não farás imagens de escultura nem figura alguma do que há no céu, na terra...”.  foi substituído por:  “Amar a Deus sobre todas as coisas”.
2)  “Guardarás os meus sábados e os santificarás e nele não farás obra alguma”  foi substituído pelos homens do clero por:   “Guardar os domingos e festas de guarda”.
O preceito da guarda do sábado — Mandamento de Deus solenemente gravados a fogo em lápide de pedra entregues a Moisés — tem de ser respeitado a todo custo. Vamos, pois, conferir, em sua Bíblia, as palavras do Senhor, na forma dos Dez Mandamentos (ou nove, não importa a divisão dos homens, mas sim o conteúdo) que têm de permanecer imutáveis até a consumação dos séculos. Leia com calma e medite demoradamente sobre cada oração:
“Não terás outros deuses diante de mim”.
 “Não farás para ti imagem de escultura nem figura alguma do que está no céu; do que está embaixo, na Terra, nem do que está nas águas, debaixo da terra. Não adorarás tais coisas e nem lhes prestará culto (o que indica que toda adoração e glória devem ser dirigidas somente a Deus!)”.
 “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão”.
 “Lembra-te de santificar o dia do sábado. Trabalharás durante seis dias e farás neles todas as tuas obras. O sétimo dia, portanto, é o sábado do Senhor e não farás nele obra alguma... Porque o Senhor santificou e abençoou o dia de sábado. Não farás nele trabalho algum, nem teus filhos, nem teus servos, nem teus animais...”.
 “Honrarás teu pai e tua mãe”.
 “Não matarás”.
 “Não cometerás adultério”.
“Não furtarás”.
 “Não dirás falso testemunho”.
 “Não cobiçaras a casa de teu próximo nem desejarás a sua mulher, nem coisa alguma que lhe pertença”.  As Escrituras Sagradas, Êxodo, 20.
O clero católico (também o ortodoxo e algumas congregações evangélicas), conforme sua própria interpretação bíblica, resolveu praticar preceitos advindos da famosa tradição, a qual alega que vem desde a época dos apóstolos de Jesus, cuja afirmação é um grande equívoco, como veremos a seguir, de modo absolutamente consistente. Mas esses preceitos advindos pela tradição agridem, de forma grave, dois dos Dez Mandamentos da Lei de Deus. Pelo primeiro deles, atropelou-o fabricando imagens e figuras; pelo outro, da mesma forma, aconteceu com as leis da Arca da Aliança ao ensinar o povo a desrespeitar os sábados santos de Deus. Baseados em sua própria interpretação bíblica, temerariamente, trocaram o sétimo dia da semana pelo primeiro dia, que teria de ser um dia comum de trabalho.
Os homens que fundaram a maioria das congregações evangélicas, que foram criadas exatamente para fugir das práticas católicas que não tinham legítimas correlações bíblicas, preferiram continuar com a santificação do primeiro dia da semana. Tal como os americanos que criaram a Igreja Assembléia de Deus, provavelmente preferiram aderir à tradição católica, mesmo incorrendo em erro gravíssimo, provavelmente, porque, de outro modo, não conseguiriam adeptos para suas novas congregações em decorrência da dominação universal imposta pelo catolicismo que fez com que o sábado fosse dia normal de trabalho. Da mesma forma, é fácil entender que as congregações progressistas, aquelas formadas por homens em busca do fácil dinheiro da fé  para proveito próprio ― que é muito fácil identificar a todas, basta assistir aos programas de TV afins ― teriam, mesmo, de manter a guarda do domingo, pois estão pouco preocupados com a essência dos preceitos bíblicos.
Muitos alegam que as leis de Deus entregues a Moisés “são coisas de judeus” e de nada valem quanto ao dia do sábado, pois o que passou a valer após Jesus foi a Lei da Graça.   Alegam, ouvindo dos defensores da guarda do domingo, que Jesus reformou a Lei antiga. Mas eis o que nos afirmou o próprio Jesus quanto à Lei dos profetas — a Lei que nunca vai ser antiga — que muitos alegam ser “coisas de judeus”:
 “Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas. Não vim para os destruir, mas sim para os fazer cumprir. Porque em verdade vos digo: Passarão os céus e a terra antes que passe da Lei um só jota sem que tudo seja cumprido”.  Revelações do Senhor Jesus, em Mateus 5.17 e 18.
Quem estuda conscientemente o Evangelho sabe que Jesus foi repetitivo. Todos os preceitos importantes foram citados mais de uma vez e, por isso, entende-se perfeitamente, que se um só dos Dez Mandamentos tivesse sido suprimido das Escrituras Jesus teria citado isso mais de uma vez e de modo bastante claro, como deixou absolutamente claro o preceito acima de que a Palavra de Deus não envelhece nunca e jamais pode ser alterada.
“ ...secou-se a erva e caiu a sua flor, mas a palavra do Senhor permanece eternamente”.         I Carta de Pedro, 1.25.  Quem poderia julgar que a Palavra de Deus eterna deixou de ser eterna quanto ao preceito sabático?
Deus é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis. Se dizem que palavra de rei não volta atrás, imagine, então a Palavra de Deus. Por isso, os Dez Mandamentos da Lei de Deus terão de ser cumpridos integralmente até a consumação dos séculos, não importa a argumentação dos homens, sejam eles quem for. Jesus afirmou isso em Mateus, 5.17. Quanto a essa colocação quanto à importância que Jesus dava à Lei, Ele completa:
“O que não crê no Filho de Deus, faz de Deus mentiroso”.   I João 2.4.
Os da maioria que defendem a extinção da obrigatoriedade da santificação do sábado recorrem a II Coríntios, 3, afirmando que os Dez Mandamentos foram extintos, e que em outro versículo o apóstolo Paulo afirma que as leis foram pregadas na cruz com Cristo.   Ora, por que Cristo pregaria na cruz as Dez Leis do Pai, pelas quais reafirmou, com todas as letras, que veio defender e viver e que foram feitas para sempre? Extintos por quem? Só Jesus, também na condição de Deus, poderia mudar as Leis da Arca da Aliança, mas Ele próprio legitimou-as até a consumação dos séculos.  É notável que quem mudou isso foram os homens, séculos após Jesus, não importa quando.
“Com toda a evidência, vós sois uma carta do Cristo confiada a nosso ministério, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, nos vossos corações.  Tal certeza nós temos, graças ao Cristo, diante de Deus.  Não é por causa de uma capacidade pessoal que poderíamos atribuir a nós mesmos, que é de Deus que vem a nossa capacidade. Foi ele que nos tornou capazes de ser ministros de uma aliança nova, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica”.     II Coríntios, 3.
Acaso o apóstolo Paulo (que também guardava e santificava os sábados, conforme Atos, 13. 41 a 44, também 16.13) ao falar sobre as tábuas de pedra, estaria se referindo aos Dez Mandamentos como “coisas nocivas?” Há neles algum preceito que “mata”?  Pela antiga Lei dos judeus se podia matar, de fato.  Afinal, então, poderia Jesus ter se equivocado, de forma tão grave, ao ressaltar que veio para cumprir e fazer cumprir todos os Mandamentos da Lei?
 O que mais Jesus combatia, também Paulo e seus amigos, era exatamente a vivência de uma religião exterior que obrigava à vivência rígida de determinados preceitos — que vivia mais de ritos que do coração —, nos quais se incluía até a execução sumária de um acusado de agressão a essas leis. Essa era a lei escrita na pedra com tinta, mas não no coração, e foi exatamente isso que Jesus veio reformar. Jesus veio implantar a religião do coração, da humildade, da mansidão, do perdão e do amor irrestrito ao semelhante e que só assim se consegue demonstrar verdadeiro amor ao Senhor.
Eis o que o apóstolo Paulo falou mais claramente a respeito dos mandamentos da Deus:

“Destruímos nós a lei com a fé? Longe disso, antes confirmamos a lei”. Romanos, 3.31.

“Assim, pois A LEI É SANTA E O MANDAMENTO É JUSTO E BOM”.   Paulo, reafirmando a validade os Mandamentos da Lei, em Romanos 7.12.
Em Gênesis, 2, e em Êxodo, 20, se o Pai nos revela que Ele santificou o dia de sábado, por que, então, o Filho anularia essa santificação?  Sendo a palavra de Deus imutável e eterna, se tal mudança fosse possível, por que, então, não nos colocou a par de uma alteração tão radical, deixando isso claro no Evangelho como deixou perfeitamente claros todos os outros preceitos que incomodavam os judeus da tradição? Quanto a isso, só há lógica na cabeça dos insensatos.  Qualquer homem, com um mínimo de sabedoria que se propõe a meditar, entende que Paulo nunca desmereceu as Dez Leis, ao contrário, viveu-as intensamente e com ardor singular (Atos, 13.41 a 44 e 16.13).  O homem sábio sabe discernir entre as Dez Leis da Arca da Aliança e as leis provisórias que Paulo tanto combatia e que integravam a tradição da época.
O próprio Jesus ressaltou a imensa importância da santificação do sábado ao revelar:
 “Porque o Filho do homem é Senhor ATÉ DO PRÓPRIO SÁBADO”.  Mateus, 12.8.  “Eu sou muito mais importante até do que o próprio sábado santo de Deus (pois fui Eu, também como Deus, que instituí esse dia sagrado)”. 
Mas os que perscrutam as Escrituras na busca de versículos que possam desmerecer os sábados de Deus, convenientemente interpretam isso como se Jesus afirmasse que o sábado era coisa do passado. Ora, tais conclusões só acontecem na cabeça dos tolos e dos desonestos, pois Jesus Cristo não poderia contrariar a si mesmo e ao Pai. Afinal, Ele próprio, seus pais e seus discípulos guardavam os sábados e afirmou, solenemente, que não veio para modificar nenhuma das determinações de Deus, mas, sim, para fazê-las cumprir por inteiro. Mediante essas revelações, e sabendo-se que seus discípulos continuaram no mesmo caminho, torna-se inconcebível qualquer interpretação contrária.
Tenho notado que os que defendem a extinção de dois dos Dez Mandamentos buscam e rebuscam de todos os modos as Escrituras e exibem textos de dogmas, de homens santificados pelo próprio homem e de ilustres homens da História como se isso pudesse anular claros preceitos bíblicos afins, fugindo e esquivando-se das evidências bíblicas que lhes são contra, mas não conseguem convencer o homem sábio, aquele que, mesmo humilde, não se ilude com vãs interpretações e sabe extrair exclusivamente da palavra de Deus as diretrizes de sua relação com ele.
      Há a necessidade de mais argumentos da tremenda importância do Mandamento do sábado santo?  Não há nenhum argumento na Terra que possa desmentir as palavras diretas de Jesus Cristo. Afinal, não é Cristo também Deus?  Afinal, não é exatamente a característica da dupla personalidade de Cristo que deu margem ao clero para nomear a mãe dele como sendo a “santíssima mãe de Deus?”  Então, sendo Cristo Deus, é Jesus o mesmo Deus que nos entregou as tábuas sagradas contendo os Dez Mandamentos e do mesmo Deus que gravou, em Mateus, 5.17 e 18, onde está cristalinamente determinado que todas as leis terão de ser cumpridas até a consumação dos séculos.  Tal revelação está de modo absolutamente clara, compreensível e contundente, em Isaías 66, 22 a 24, cujo texto a seguir será descrito.

A exagerada exaltação a Maria nomeando-a como a  “mãe de Deus” surgiu no século 5º, portanto nada tem a ver com a Igreja primitiva.

O clero católico da antiguidade cometeu os mesmos erros dos fariseus aos quais Jesus tanto combateu, e com bastante rigor. Os fariseus haviam colocado suas tradições acima das leis de Deus. Na verdade, as haviam deturpado. Da mesma forma, os papas reis e os reis papas das épocas negras da Igreja decretaram que a Bíblia, sob sua guarda, por si só, não tinha valor completo sem os preceitos da famosa “Santa Tradição Católica”.  Essa determinação foi confirmada pelo Concílio Vaticano II, depois pelo Papa João Paulo II, e é exatamente assim que consta de minha velha Bíblia Católica.
Para tentar defender e perpetuar a tal “Santa Tradição”, os clérigos católicos da Idade Média não vacilaram em usar de extrema violência e impiedade ao grau de horror.  Ao exagerar os atributos da corrupção das almas, tentaram conservar a total predominância de sua religiosidade exterior e a sua dominação política, criando um extenso clima de terror que se espalhou pela Terra.  Por conta do “Santo Nome de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo” perseguiram desonraram, torturaram, enforcaram, queimaram vivos milhares de pessoas e ainda provocaram a desagregação e a destruição de um número incalculável de lares por muitos séculos, pois em comunhão com o poder terreno confiscaram os bens das famílias dos “hereges” considerados desonrados.  Na defesa da sua “Santa Tradição”, a Inquisição Católica deixou um imenso rastro de corrupção, de arrogância, de farisaísmo, de sangue e de dor que nunca poderá ser esquecido ou apagado da História.  Lembremo-nos de que Jesus ensinou e praticou o perdão incondicional até aos inimigos e reafirmou isso na cruz e, por isso, é absolutamente certo e altamente compreensível que sem dúvida alguma teria de ser imitado, principalmente pelos clérigos católicos.
(Bibliografias a respeito das barbaridades papais se encontram ao final deste trabalho)

Os cristãos dos primeiros séculos se espelharam vivamente nos ensinamentos e nos exemplos do Cristo de Nazaré.  Ele ensinou e viveu, como também viveram seus discípulos:

 Não ameis somente aos que vos são caros, mas também aos que vos perseguem, aos que vos odeiam...
 Amai ao próximo como a ti mesmo...
 Perdoai, setenta vezes sete...
 Quando tirarem a vossa túnica, entregueis também a vossa capa...
 Quando vos obrigarem a andar boa distância, andeis o dobro...
 Quando vos esbofetearem na face esquerda, ofereçais, também, a direita...
 Perdoai e tolerai-vos uns aos outros.
 Bem-aventurados os mansos, os misericordiosos, os pacíficos...
 A estrada que conduz ao céu é estreita e cheia de obstáculos...
 Se tiverdes riquezas vendei-as e distribuí tudo a quem mais necessita...

Na verdade, naquela época de impiedade, o clero católico antigo instituiu o catecismo como se fosse um pequeno resumo da Bíblia, mas muitos dos preceitos colocados ali ferem os bíblicos de forma inconcebível. Como não poderiam esconder do mundo a proibição bíblica de se fabricar e de se cultuar imagens e a imensa importância da fiel guarda do sétimo dia sagrado, o sábado santo, simplesmente mudaram, no catecismo, o sentido desses dois Mandamentos da Lei. Para isso, propagaram o catecismo de modo que os católicos antigos não se preocupassem em consultar a Bíblia. Agravaram seus erros ao afirmarem que o texto bíblico mudado radicalmente no catecismo tem o mesmo sentido bíblico.  Ainda praticante do catolicismo conheci vários católicos que nunca se preocuparam com o Livro Sagrado, pois só liam trechos escolhidos pelos clérigos inseridos nos jornaizinhos distribuídos antes das missas dominicais.  Declaro, solenemente, que em meus 40 anos de catolicismo jamais vi inseridos nesses jornaizinhos os trechos a partir de Deuteronômio 5 ou de Êxodo 20, onde estão revelados, no modo original, os Dez Mandamentos de Deus.
Não só por uma vez, nas décadas passadas, ouvi padres e bispos dizerem que a interpretação da Bíblia é algo muito complexo e, por isso, o leigo poderia interpretar da forma errada os preceitos ali existentes e assim, o catecismo seria a opção bastante adequada. Ouvi isso ainda nos meados do ano 2002, pela TV Rede Vida, num programa aos sábados cedo e às sextas-feiras à noite, na pessoa de um clérigo teólogo bastante culto e respeitável. Ele quis deixar entendido que a interpretação bíblica não pode ser dada a qualquer um e que só os teólogos e os exegetas como ele têm autoridade para isso. Contudo, com muita alegria, é notável que a Palavra de Deus nos revela bem diferente do que tentam nos impor os teólogos e exegetas católicos e também os não católicos:
 “Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e prudentes e as revelaste aos pequeninos”.    Mateus,  11.25.  Só um tolo poderia julgar que Deus escreveu Sua Palavra de modo que só os estudados pudessem entendê-la.

Quanto à Bíblia, a herança maior do Senhor aos homens, constitui a única verdade real. O resto é invenção humana.  Se é certo que Deus criou o homem, é absolutamente compreensível que tenha deixado escrito regras de comportamento entre o homem e ele, e nas relações entre os próprios homens. Sendo assim, o Senhor nos revela que seus profetas registravam por escrito todas as suas palavras.   Assim ele disse a Moisés, um dos 40 profetas que escreveram a Bíblia:

“Escreve isto no livro para memória”     Êxodo, 17.14.

O Senhor disse, também, a Jeremias:

 “Escreve num livro todas as palavras que te tenho dito”   Jeremias, 30.2.

“Quando vier, porém, o Espírito Santo, ele vos guiará no caminho da verdade”.  Revelações de Jesus, em João,  16.13.

“Mas o Paráclito a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito”   
Revelações de Jesus, em João,  14.26.

Os clérigos católicos desmentem que a Igreja tenha tentado esconder a Bíblia do povo, mas apenas um dos exemplos nos mostra que o Papa Júlio III, século 16, preocupado com  a  dissidência católica e com o conseqüente aumento do protestantismo  apesar da atroz Inquisição criada para barrar isso , convocou três bispos escolhidos a dedo e lhes confiou a particular missão de estudarem o problema e apresentarem soluções viáveis.   Depois de algum tempo, os bispos levaram a Julio III um documento intitulado "Direções concernentes aos métodos adequados a fortificar a Igreja de Roma”.

 Essas conclusões dos bispos estão ainda arquivados na Biblioteca Imperial de Paris, Fólio B, número 1088, vol. 2, págs 641 a 650.  A parte final dessas conclusões reza o seguinte:

Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a Vossa Santidade, deixamos para o fim o mais necessário), nisto Vossa Santidade deve pôr toda a atenção e cuidado de permitir o menos que se que possível a leitura do Evangelho, especialmente na língua vulgar, em todos os países sob vossa jurisdição. O pouco dele que se costuma ler na Missa, deve ser o suficiente; mais do que isso não deve ser permitido a ninguém.

Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco, os interesses de Vossa Santidade prosperarão, mas quando eles desejarem mais, tais interesses declinarão. Em suma, aquele livro (a Bíblia), mais do que qualquer outro, tem levantado contra nós esses torvelinhos e tempestades, dos quais meramente escapamos de ser totalmente destruídos. De fato, se alguém o examinar cuidadosamente, logo descobrirá o desacordo, e verá que a nossa doutrina é muitas vezes diferente da doutrina dele, e em outras é até contrária a ele; o que se o povo souber, não deixará de clamar contra nós, e seremos objetos de escárnio e ódio geral. Portanto, é necessário tirar esse livro das vistas do povo, mas com grande cuidado, para não provocar tumultos.
 Assinam Bolonie, 20 Octobis 1553 - Vicentius De Durtantibus, Egidus Falceta, Gerardus Busdragus.

E mais:

No século 13, pelo Concílio de Tolouse, o mesmo que instituiu a atroz Inquisição, ficou decidido:

"Proibimos os leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento (...) Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no vernáculo popular. As casas, os mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros subterrâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os abrigar será severamente punido”.(Concílio de Tolouse, França. Assinado pelo Papa Gregório IX,1229, Canons 14:2).

E ainda há sacerdotes e bispos que tentam nos enganar grotescamente ao afirmar que o clero sempre induziu o povo à leitura da Bíblia....

O próprio Concílio de Trento — assinado pelo luxuriante Papa Pio X, também da Inquisição — que acrescentou livros apócrifos à Bíblia, consta uma decisão difícil de se engolir, e que faz parte da tradição católica:


 “O sacerdote é o homem de Deus, o  ministro de Deus...

Aquele que despreza o sacerdote despreza Deus; aquele que o ouve, ouve a Deus.
 
O sacerdote perdoa pecados como Deus, e aquilo que ele chama de seu corpo no altar é adorado como Deus por ele mesmo e pela congregação...

 Está claro que a função do sacerdote é tal que não se pode conceber nenhuma função maior. Portanto, o sacerdote não é simplesmente chamado de anjo, mas também de Deus, mantendo como fazer o poder e autoridade do Deus imortal em nós”.
Por essas e por muitas mais, é fácil duvidar dos produtos dos concílios e de todos os outros escritos católicos, tais como os famosos Folhetos Católicos e até as atuais encíclicas Fé e Razão do atual papa, que ressaltam que a Bíblia tem de ser associada à tradição católica, pois de outro modo não tem valor completo.
 
Sabendo-se que numa determinada época, o sétimo dia santificado de Deus foi substituído pelo domingo, o primeiro dia da semana, fundamentando-nos nas revelações do próprio Jesus, o Verbo de Deus, pergunto: Por que esconderam os sábados santos do povo?  Isso se deu pelo intenso ódio e desprezo que sempre tiveram pelos judeus que ainda guardam conscientemente os sábados santos? Ora, Jesus, a Verdade Absoluta, o Verbo de Deus estaria mentindo ou nos enganou quando revelou que não veio para realizar nenhuma mudança nas determinações do Senhor, por menor que fosse, mas, sim, veio para fazê-las cumprir completamente? Porventura o sábado só foi feito para os israelitas? Se fosse assim, o cristianismo teria sido implantado por Jesus apenas aos de sua raça: os israelitas.  Da mesma forma, todos os outros Mandamentos da Lei, da Arca da Aliança, não teriam sido criados pelo Senhor para nós cristãos. Ou guardamos todos os Dez Mandamentos ou não adianta guardarmos nenhum, senão vejamos o que nos revela a Palavra do Espírito Santo, evidenciando, mais uma vez, a alta importância da observação criteriosa dos preceitos contidos nos Dez Mandamentos da Lei:
 “Portanto, qualquer um que tiver observado toda a Lei, mas faltar num só ponto dela, torna-se culpado de todas as outras leis. De fato aquele que disse: “Não cometerás adultério, também disse: Não matarás”.   Se tu, porém, não cometeres adultério, mas matares, és transgressor de toda a Lei”.  Epístola de Tiago, 2.10.
Além do sentido em si, esse versículo, por si só, já desacredita aqueles que tentam explicar que os apóstolos de Jesus não davam importância às Dez Leis, pois aí são ressaltadas com muita clareza de entendimento.
O Novo Testamento está completamente fundamentado no Velho Testamento. Quanto a isso, o Apocalipse, no capítulo 12, nos descreve uma mulher em dores de parto preste a dar à luz a um varão, e um dragão de prontidão na expectativa de destruir o que haveria de nascer. Ora, ao contrário do que ensinam repetitivamente os jornaizinos das missas, a mulher não tem relação alguma com a figura de Maria.  Maria nunca foi citada no Apocalipse, mesmo estando já morta quando esse Livro foi escrito.  Pela vontade de Deus, Satanás não pôde interferir no plano de Deus quanto ao nascimento do Messias.
A mulher descrita no Apocalipse significa a Igreja de Deus que continuaria com o evento Jesus Cristo e sua Nova Mensagem que propiciaria a salvação pela Verdade mesmo que tanta enganação religiosa que viria a acontecer.  Através do Velho Testamento havia profetizado e fazia acontecer: estava para vir à luz o Messias, e o dragão, o demônio, tentaria destruir esse majestoso plano de Deus para a salvação do homem.  Na verdade, o Evangelho é a continuação do Velho Testamento.  Jesus foi o ápice e o complemento de tudo o que Deus tinha planejado para o homem, pois Cristo, através do Grande Sacrifício do Cordeiro, com méritos além do desejado, concluiu de modo extremamente satisfatório o plano de Deus para a salvação da humanidade. Conforme o próprio Messias, quem entender isso e perseverar será salvo. Quem ignorar, preferindo as coisas do mundo... Só Deus sabe.
Quanto à mulher em dores de parto é fácil entender que não foi fácil o nascimento de Jesus. Pra começar, conforme Mateus, 1.19, José quis abandonar Maria, sua esposa, pois ela engravidou antes que a conhecesse maritalmente, conforme a tradição judaica. Para que não a abandonasse houve a necessidade de um aviso divino ao marido José sobre a grandeza do acontecimento que envolvia sua jovem mulher. Depois disso Jesus nasceu fora do lar. Enjeitada nas hospedarias, Maria teve Jesus no pior lugar para nascer uma criança: a estrebaria. Depois foi perseguido mortalmente pelo poder humano e teve de ser levado ao Egito por seus pais José e Maria, deixando atrás um rastro de sangue de inocentes que morreriam pelo Nome de Jesus, mesmo sem que essas crianças mártires tivessem a consciência de tamanha grandeza e até de felicidade, pode-se julgar, sabendo-se que a vida terrena (conforme Mateus, 9.24) é um lapso fugaz ante a eternidade.   Depois disso, Jesus foi tentado por Satã, perseguido mortalmente pelos homens e morto entre dois malfeitores.
E ao morrer, achava-se entre malfeitores,
Se bem que não houvesse cometido falta alguma (...).
E a vontade do Senhor, será por ele realizada...    Isaías, 53
Além da dolorosa crucifixão que só era destinada aos piores criminosos, colocaram na cruz uma inscrição zombadora, nomeando-o rei dos judeus, para humilharem-no, para rebaixarem-no a ponto de compará-lo aos proscritos, aos loucos, e para que não fizesse seguidores de suas idéias. Quando tiraram-no da cruz, não tinha túmulo para ser sepultado e tiveram de sepultá-lo num emprestado.
Depois disso tudo, também os seguidores de Jesus sofreram duramente na carne a perseguição do dragão do Apocalipse do capítulo 12, pois principalmente até o século 4º, a impiedade humana tentou arrasar o cristianismo e apagar os louvores dos cristãos através dos martírios, como também, na Idade Média tentaram intimidar a evasão do catolicismo pelo martírio daqueles que só queriam se orientar exclusivamente pelos preceitos bíblicos.   Essas foram as dores impostas pelo demônio citadas no Apocalipse 12, mas a despeito de tudo, conforme o Plano de Deus, o cristianismo cresceu, cresce e se fortifica.
O Novo Testamento tem de valer para sempre.  É a continuação e até a execução da Mensagem Final de Deus aos homens, pois traduziu em realidade as grandes profecias de Deus aos seus antigos profetas. Então, exceto as leis provisórias de Moisés (tal como o irmão mais velho ter de se casar com a viúva de seu irmão falecido ou da proibição de se acender o fogo na cozinha aos sábados; o apedrejamento de pecadores e muitas outras particularidades a mais) as leis dos Dez Mandamentos têm de permanecer imutáveis até a consumação dos séculos, pois tais leis nos foram dadas pessoalmente pelo Criador.
Conforme a tradição israelita:
“Se não vos circundardes segundo o rito de Moisés não podereis ser salvos”. Atos, 15.2.
Conforme o cristianismo:
“Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não impor mais encargos além dos indispensáveis”.  Atos, 15.28.

“...Atam cargas pesadas e impossíveis de levar, e as põe sobre os ombros dos homens, mas nem com um dedo as querem mover”. Jesus, irado com o farisaísmo, em Mateus, 23.6.

Jesus resumiu as Dez Leis em apenas duas: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo.  Se amarmos, de fato, a Deus, conforme Jesus, temos de respeitar criteriosamente as suas leis (conforme Tiago, 2.10), e isso inclui a guarda rigorosa do sábado santo como também a proibição de se fabricar qualquer imagem ou figura para veneração, adoração, culto ou mesmo para simples lembrança. 
A Lei de Deus, em Êxodo, 20.8, está revelado suficientemente claro que Deus santificou e abençoou o dia de sábado, por que, então, Jesus se rebelaria contra determinações tão contundentes gravadas nas Pedras da Lei com fogo celeste e de modo tão ostentoso? Como entender que Jesus homem poderia ter se colocado contra as únicas leis do Senhor que foram promulgadas direta e pessoalmente ao homem, escritas em lápides de pedras com o calor de Sua Vontade?  Sabendo-se que o Senhor Deus veio à Terra, ao Monte Sinai, especialmente para nos outorgar as Dez Leis, e que antes desse monumental evento Moisés teve de jejuar por quarenta dias, por que, então, os homens da antiga corte terrena e seus concílios anularam tal grandiosidade ao mudarem o sentido absoluto de duas delas? Afinal, o que tem de valer mais: a tradição que pode se corromper como o passar dos séculos ou a Lei de Deus infalível e imutável escrita com fogo sobre pedras e repassadas às Escrituras dos papiros?
Tendo o Senhor acabado de falar a Moisés sobre o monte Sinai, entregou-lhe as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedras, escritas com o dedo de Deus.    Revelações do Senhor, em Êxodo, 31.18.
Além do Mandamento instituindo o sétimo dia como o dia de adoração e do Mandamento proibindo a fabricação e culto à imagens, figuras e estátuas, no catecismo foi também mudado o sentido do Mandamento: “Não adulterarás” para: “Não pecar contra a castidade”. Parece igual? Só parece, pois não é a mesma coisa.  O Senhor Deus foi bem explícito proibindo taxativamente qualquer ligação sexual que caracterize adultério, mas o catecismo escondeu o teor real e grave desse mandamento.  Como está colocado no catecismo, dá a impressão de que um simples ato de masturbação caracterize pecado tão grave como a prática da ligação amorosa com a mulher do próximo ou vice-versa.
Até podemos aceitar que os papas reis e os reis papas das épocas de crassa corrupção — tal como exemplo maior, o do Bórgia, o Papa Alexandre VI —, pouco estavam preocupados com preceitos divinos ou com os exemplos de humildade e do perdão de Jesus, mas o que não entendemos e não podemos aceitar de modo algum é que os clérigos de hoje ainda praticam e repassam preceitos advindos daquelas épocas negras, como se aqueles antigos servos do demônio pudessem ser, também, infalíveis.
Lembremo-nos de que Jesus também freqüentava as sinagogas aos sábados. Os estudiosos da Bíblia concordam que Jesus, por ter nascido israelita judeu, também guardava os sábados.  Uma das provas disso é que não foi acusado de desrespeito aos sábados no processo que os homens do templo moveram contra ele. Isso é altamente compreensível, pois não poderia pregar uma coisa e praticar outra, pois é fácil concluir que Cristo foi o homem mais coerente que já existiu. Para os que têm Maria e seu marido José como intercessores, devem lembrar-se de que o casal também guardava fielmente os sábados, pois todos os cristãos da época o faziam com consciência. Ver Atos, 13. 41 a 44 e Mateus, 23. 55 e 56.
Apesar de que os judeus julgavam que Jesus agredia a Lei ao realizar prodígios também aos sábados, Jesus nunca desrespeitou o sétimo dia, mas apenas procurou quebrar o farisaísmo desnecessário a respeito, tal qual não poder andar, nem curar, todavia permitir matar. Por curiosidade, depois de executado, foi exatamente num sábado o único dia inteiro no qual o Mestre descansou verdadeiramente, antes de sua ressurreição. Quando há dúvidas, o melhor é seguir as revelações de Deus que seguir a maioria, não importam os transtornos que tais coisas possam nos causar.
Por toda a Bíblia está claro que o Senhor Deus se irritava, em alto grau, quando aquele seu povo, daquela época, transgredia seus mandamentos desrespeitando os sábados santos e isso lhes trazia dolorosos castigos, e isso pode estar se repetindo atualmente, pois sabemos que basta ver as estatísticas, e meditar, conscientemente, para concluir facilmente que o mundo está “apodrecendo” devagar. Os ricos estão ficando cada vez mais ricos e isso faz com que os pobres fiquem cada vez mais pobres; a fome está se alastrando cada vez com mais força; os políticos em geral cada vez mais corruptos; a impiedade e a violência se espalham cada vez com mais ímpeto; os homens que comandam estão cada vez mais insensíveis; a natureza protesta cada vez com mais ímpeto; a violência se espalha cada vez com mais gravidade, pois agora até pais matam seus filhos, até os de tenra idade; filhos matam seus pais e as drogas já tomaram como reféns do demônio centenas de milhões e prometem conquistar muitas centenas de milhões a mais.
  ...violaram inteiramente os meus sábados. Resolvi, pois, derramar o meu furor sobre eles... Justiça de Deus, em Ezequiel 20.13.
Tais ameaças e os terríveis castigos de Deus foram realmente executados, por inúmeras vezes, contra os israelitas que não guardavam os sábados.  Milhares e milhares pereceram pelas mãos dos inimigos por terem desrespeitado os sábados santificados e outros mandamentos da Aliança.
 “Porque como os céus e a nova terra que eu vou criar subsistirão para sempre diante de mim, assim SUBSISTIRÁ A VOSSA POSTERIDADE e o vosso nome, e de mês em mês,  E DE SÁBADO EM SÁBADO, toda a carne virá se prostrar diante de mim e me adorarás, diz o Senhor”.  Isaías 66, 22 a 24.
A respeito disso, um padre respondeu-me que, se eu consigo ver um Deus enfurecido, ele só consegue ver um Deus misericordioso. Sim, eu também conheço um Deus misericordioso, mas só foi e será misericordioso aos que, mediante as opções de escolha entre o bem e o mal, características da Criação, mesmo nos tropeços se esforcem por viver o bem, a despeito da facilidade maior de se viver o mal. Vi um Deus enfurecido nos episódios Dilúvio, de Sodoma e Gomorra e O vejo também extremamente enfurecido com os ímpios na volta de Jesus, conforme o Apocalipse. Como descrito, vi claramente um Deus enfurecido com aqueles que teimavam em desrespeitar seu dia sagrado, tal com está em Ezequiel, 20.13 e Isaías 66.22.  Será que hoje tudo mudou? O Deus imutável hoje estaria praticando o “disse, mas não disse e estaria deixando tudo para lá?” Poderia o Criador ter dois pesos e duas medidas? Vamos pensar bastante sobre isso?
“Quem crê no Filho tem a vida eterna, todavia, aquele que se mantiver rebelde contra o Filho agravará sobre si a IRA DE DEUS”.  O Evangelho de João, 3.36.
Conforme essas inserções nas Escrituras que não concedem dúvidas ou outras interpretações, o Senhor nos revelou que o sábado foi feito para sempre.   Valerá até a consumação dos séculos, apesar do aparente silêncio de Deus, pois depois do Grande Sacrifício do Cordeiro e de sua suficiente Mensagem, não pode mais interferir na Terra até  o temível e terrível (para os ímpios) momento da execução do Apocalipse. 
A grandeza do sábado santo não pode ser agredida pelo homem, nem mesmo se apoiando no dia em que Cristo ressuscitou. Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana porque foi traído numa quinta-feira. Como Ele mesmo predisse que ressuscitaria no terceiro dia, isso teve de acontecer num domingo. Entendemos que Deus, de acordo com seus próprios desígnios, jamais interferiria na autonomia de procedimentos do homem fazendo com que Judas Iscariotes fosse trair a Jesus exatamente numa quinta-feira à noite.  Se nem mesmo interferiu nos procedimentos dos anjos que apoiaram Satanás, enquanto no céu — pois eles também foram criados com autonomia de procedimentos —, não haveria como interferir na vontade de Judas Iscariotes.  Se Deus tivesse interferido no livre arbítrio de Judas, a esse não poderia ser imputado pecado algum pelo fato de ter traído a seu amigo e companheiro Jesus. Por isso tudo, Judas traiu a Jesus numa quinta feira por sua exclusiva vontade e por sua completa autonomia de procedimentos.
Vejamos os indícios bíblicos pelos quais o clero católico se baseou para retirar da Lei o dia de sábado como o dia santificado do Senhor. Cada um deles comentaremos separadamente:
1) Jesus ressuscitou numa madrugada de domingo.
2) Jesus e seus apóstolos colheram espigas de milho num dia de sábado para matar a fome.  Lucas, 6.1.  Esse e outros atos causaram escândalo entre os fariseus do templo, ao quais Jesus respondeu: “Porque o Filho do homem  é, também, senhor do sábado”.
3) Jesus realiza prodígios de cura em dias de sábado. Isso também escandalizou os fariseus ao que Jesus lhes retrucou:  “Por que não fazer o bem também aos sábados?”  Mateus, 12.10.
4) Em Atos dos Apóstolos, 20.7: “No primeiro dia da semana, estando todos reunidos para partir o pão...”.
5) Apocalipse, capítulo 1.10, nos mostra que tal revelação se deu num domingo: “Num dia de domingo fui arrebatado em sonhos...”.
Vejamos agora outros indícios, muito mais consistentes, de que Jesus e seus discípulos guardavam fielmente os sábados santos do Senhor, e que Jesus só mostrava que o extremo rigor dos sábados, nos quais até a cura era proibida:
2) "... judeus e gregos... entrando na sinagoga no dia de sábado... rogavam que
3) “No sábado seguinte, reuniu-se quase toda a cidade PARA OUVIR A PALAVRA DE DEUS...”  “No sábado seguinte, concorreu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus, mas os judeus, vendo aquela concorrência, se encheram de inveja...”  Atos, 13. 41 a 44. 
Esse último versículo descrito nos revela que os cultos de ADORAÇÃO ACONTECIAM AOS SÁBADOS e não eram realizados nas sinagogas dos judeus tradicionais, pois eram compostos por cristãos convertidos.  O próprio Evangelho nos dá exemplos dos procedimentos farisaicos da época e com isso percebemos, claramente, que se Paulo tivesse apenas sugerido, no interior dos templos judeus, a invalidade dos sábados santificados teria sido incontinenti apedrejado até o esfacelamento mortal. Por muito menos o apedrejaram com tanta violência que acabaram por julgá-lo morto (Atos, 14.10).
É notável que os discípulos de Jesus faziam de templos de Deus todos os lugares, inclusive o ar livre:
No sábado seguinte, saímos fora da porta, junto ao rio, onde julgávamos haver um lugar de oração...  Atos dos Apóstolos, 16.13.
Para aqueles que rejeitam que os cristãos, guiados pelos apóstolos, guardavam os sábados e que alegam que o sábado “morreu com Jesus”, tal coisa é desmentida nos versículos abaixo:
O SÁBADO IA COMEÇAR. Ora, as mulheres que tinham ido da Galiléia com Jesus, indo, observaram o sepulcro onde fora colocado o corpo de Jesus. Voltando, prepararam aromas e bálsamos. NO SÁBADO OBSERVARAM O REPOUSO, SEGUNDO A LEI.  Lucas, 23. 55 e 56.
Ora, se mesmo depois da morte e da ressurreição de Jesus os cristãos continuavam firmes na guarda do sábado, fica absolutamente descartada e desmentida a teoria católica de que a tradição da santificação do domingo vem dos exemplos praticados pelos apóstolos e, por conseqüência, vem a revelar que foi o homem natural, na época da dominação católica, tanto religiosa quanto política, quem induziu o povo a infringir a Lei da santificação do sábado, pois é altamente provável que nos três primeiros séculos tal agravo à Lei de Deus não pode ter acontecido.
 “Ora Paulo, segundo o seu costume, foi ter com eles e, por três sábados, discutiu com eles as Escrituras.  Atos, 17.2
4)   “E ele discutia todos os sábados na sinagoga, e persuadia a judeus e gregos...”  •  Atos, 18.4.   (18.5  e em outras passagens).
Os que tentam encontrar brechas nas Escrituras que possam colocar os apóstolos de Jesus desrespeitando os sábados, por esse versículo em Atos, 17.1, interpretam que Paulo comparecia nas sinagogas dos israelitas exatamente aos sábados porque era nesse dia que os encontrava.   Apesar de que não há como qualquer exegeta ou teólogo honestos negarem Atos, 13.41, que revela claramente que os cristãos praticavam os cultos de adoração aos sábados, Paulo deve ter freqüentado os templos dos israelitas aos sábados. Mas é absolutamente certo que Paulo jamais teria citado no interior desses templos qualquer alusão à falência dos sábados de Deus, senão teria sido arrastado para fora do templo e apedrejado até a morte.  Os exegetas ou teólogos sabem disso, mas se omitem em atestar. O povo israelita, tanto os convertidos ao cristianismo ou não, jamais aceitariam renegar os sábados de Deus.
“... Resta, portanto, o sabatismo para o povo de Deus”. Hebreus, 4, 1 a 12.
Ora, se Paulo, o iluminado, pregava o sábado como dia santificado do Senhor e está provado no Evangelho que os cristãos guardavam e santificavam os sábados mesmo após a morte e a ressurreição de Jesus, donde veio a tradição oral da guarda do domingo pelos apóstolos de Jesus a qual tanto defendem os padres, bispos e cardeais?  Como disse, Paulo jamais poderia pregar a “seita do Nazareno” nos templos comandados pelos judeus da Torá, pois, como disse, teria sido linchado tal como o foi Estêvão. Por muito menos, em uma vez, repetindo, foi apedrejado quase até a morte, e só não morreu porque seus algozes o julgaram morto. Além disso, foi surrado em praça pública, por várias vezes, com quarenta dolorosas chibatadas menos uma.  Imaginem, então, no interior de uma sinagoga judia, Paulo tentando convencer os judeus que o dia de guarda santificado passaria a ser substituído pelo primeiro dia da semana...!
Quanto à mutilação das Dez Leis pelo clero católico, presumindo-se que teria partido de Cristo tal temeridade, e que a partir dele só valeria a Lei da graça, nada disso pode ter efeito algum perante os testemunhos legítimos nas Escrituras, tanto de Jesus quanto de seus apóstolos:
 “Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas. Não vim para os destruir, mas sim para os fazer cumprir. Porque em verdade vos digo: Passarão os céus e a terra antes que passe da Lei um só jota...”  Mateus 5.17 e 18.
 “O que não crê no Filho de Deus, faz de Deus mentiroso”.   Advertência de Deus em I João 4.2.
Em quem devemos acreditar: em Cristo, o Rei do Universo, que jamais poderia ter nos enganado, ou nos homens sempre sujeitos a erros?
 “Se observardes os meus preceitos COMO EU OBSERVEI OS PRECEITOS DE MEU PAI.....  João, 15.10.
Aqui entendemos que se Jesus alegou, firmemente, que guardou os preceitos do Pai, jamais poderia desobedecer a um só dos mandamentos da Lei de Deus.
Em Mateus, 12.6, Jesus legitima o sábado como o dia mais importante, ao exclamar:
“Porque o Filho do homem é senhor até do próprio sábado”.
É perfeitamente compreensível aqui que Jesus ressaltou o dia do sábado como sendo altamente importante.
 “Orai para que vossa fuga não se dê no inverno nem no sábado”. Jesus Cristo, em Mateus, 24.20, ressaltando, novamente, a real importância do sábado.
 “Por que não fazer o bem também aos sábados?”  Jesus, em Mateus, 12.10, ressaltando, mais uma vez, a importância do sábado santo: “também aos sábados”.
“Assim, pois a Lei é santa e o Mandamento é santo, justo e bom”.   Paulo, reafirmando a validade os Mandamentos da Lei, em Romanos 7.12.
"Qualquer um que comete pecado, transgride a Lei, porque o pecado é a transgressão da Lei"   I João 3.4. Novamente, a reafirmação evangélica da Lei.
Porque os simples ouvidores da Lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a Lei hão de ser justificados. (Romanos 2:13)  Novamente a reafirmação evangélica das leis das Tábuas da Arca.
O Apocalipse nos revela que o sonho apocalíptico de João aconteceu no Dia do Senhor, biblicamente um sábado santo. Mas, de modo ladino, para tentar reforçar os fracos argumentos concernentes à guarda do domingo, o clero católico traduziu, por sua conta e risco, esse dia como sendo um domingo, desse modo fugindo da tradução original. Ainda no Apocalipse, o próprio profeta João atesta a Verdade Eterna dos Dez Mandamentos, revelando que Deus lhe fez ver Moisés e a Arca da Aliança aparecendo em triunfo:
 “Então se abriu no céu o templo de Deus e apareceu a Arca de seu Testamento. Sobrevieram relâmpagos, vozes, um terremoto e uma grande chuva de pedras”. Apocalipse 11.19.   Ora, o que haverá na Arca da Aliança de Deus senão as DEZ LEIS?
Qualquer cristão que se detém a meditar chegará à conclusão de que se a Arca da Aliança — a que foi feita exatamente para a solene guarda das Dez Leis — deverá surgir com esplendor no céu, no fim dos tempos, é perfeitamente compreensível que dentro dela estarão incólumes as Dez Leis de Deus aos homens, pelas quais Jesus  fundamentou o cristianismo e por elas seremos cobrados e julgados.  Assim, também, o Apocalipse vem a legitimar o sábado como o dia santificado por Deus. É fácil concluir que a Arca da Aliança não poderá aparecer em triunfo no final dos tempos se faltar nela dois dos mandamentos que foram gravados pessoalmente pelo dedo de Deus.  Não há como alguém contestar isso se usar de honestidade.
É perfeitamente compreensível, aqui, apesar de todas as forças demoníacas contrárias, que temos de guardar TODOS os mandamentos de Deus e não apenas uma parte deles. Isso inclui jamais se fabricar e cultuar imagens, bem como a guarda fiel dos sábados santificados por Deus. 
Ainda no Apocalipse, Moisés é citado como o servo maior de Deus do Antigo Testamento e isso também legitima todos os oráculos de Deus a ele, principalmente, é claro, as Dez Leis. Sabemos que  Moisés tem muito a ver com as Dez Leis.
Conforme a tradição católica, a guarda do domingo como o dia santificado por Deus e outros preceitos praticados pelo catolicismo nos chegaram da época dos apóstolos pelo sistema boca a boca. Um crasso erro. Um lamentável e pernicioso e até demoníaco erro, pois levou a maioria a desconsiderar a Palavra de Deus. Nada há nas Escrituras que ateste tais afirmações dos clérigos. Se homens podem errar, sabemos que as Escrituras jamais. Então, na dúvida, entre o “disse não disse” dos homens e a Palavra Escrita: A BÍBLIA, SOMENTE A BÍBLIA.  O homem sábio conclui que não pode ser diferente. Como disse Jesus, poderá acabar o mundo e até o Universo inteiro antes que a palavra de Deus possa ser mudada em uma só letra.  É por isso que amo muito a frase: A bíblia, somente a Bíblia. POIS É A ÚNICA INFORMAÇÃO SEGURA QUE O SENHOR NOS DEIXOU.
Em I Reis, capítulo 13, verso 11 e seguintes, expõem a Palavra de Deus como sendo absolutamente mais importante que as palavras do homem, mesmo que esses sejam importantes e seus argumentos nos pareçam consistentes e esclarecedores: por esses versos citados, Deus enviou seu profeta para alertar o povo de Betel para o grande perigo de se prestar culto a ídolos. Deus havia determinado a esse seu profeta que não comesse nem bebesse absolutamente nada enquanto permanecesse naquela cidade.  Mas, depois disso, um outro profeta, até bem intencionado, alcançou-o quando se retirava e lhe disse (aqui de modo resumido):
“Sou um profeta como tu.  Um anjo falou-me da parte do Senhor para que viesse a ti e o fizesse voltar para cear e beber conosco”.  Confiando no homem ao achar que tudo era verdade, o profeta aceitou voltar, mas depois do erro o Senhor Deus o fez ouvir:
“Tu voltaste, comeste e bebeste no lugar em que te proibi, portanto morrerás estraçalhado  pela boca de um leão”.  E assim aconteceu.
Refletindo, tal como ocorreu com nossos primeiros pais, Adão e Eva, aquele profeta ignorou as determinações do Senhor para seguir sugestões outras lhes dirigidas, mesmo que parecessem corretas e legítimas. No caso de Adão e Eva, ambos foram enganados por Satanás, e no caso do profeta em Betel, esse se esqueceu das determinações do Senhor, que nunca mudam, para seguir recomendações dos homens, mesmo que parecessem verdades bem intencionadas, por isso foi castigado.
A Palavra de Deus não volta atrás. Por isso, temos de abominar e fugir das tradições religiosas quando se contrapõem à Palavra de Deus ou mesmo que se desviem levemente, ou que pareçam vir das melhores fontes. Temos de abominar os ensinamentos que não tem fundamentações bíblicas, de modo absolutamente claro, por mais que as tradições nos pareçam corretas, por mais que julguemos serem verdades, por partirem de pastores que poderiam ser profetas de Deus, e por mais que nos envolvam naturalmente. 
Os católicos e os evangélicos que também guardam o domingo alegam que se Jesus Cristo, o Filho de Deus, ressuscitou numa madrugada de domingo, e se João teve o sonho da Revelação do Apocalipse num dia de domingo, como também se julgam que os apóstolos de Jesus guardavam o domingo, então, para eles, o domingo tem de ser o dia santificado de Deus e não o santo sábado dos Dez Mandamentos.  Alegam que Jesus veio trazer a religião da graça e que essa graça teria de ter preponderância sobre as Dez Leis, principalmente sobre a Lei do Sábado.  Mas não foi isso que nos legou Jesus e seus apóstolos:
 “Se observardes os meus preceitos COMO EU OBSERVEI OS PRECEITOS DE MEU PAI...“   Palavras de Jesus, em João 15.10.
Quais, são, então, os preceitos de Deus aos homens aos quais Cristo se referiu? Nenhum teólogo honesto pode negar que são, principalmente, os preceitos dos Dez Mandamentos.
Aqui entendemos que Jesus alegou, firmemente, que guardava os preceitos de seu Pai. Os preceitos de Deus que deviam ser praticados para que a Bênção não viesse em lugar da Maldição eram exatamente os mandamentos das Dez Leis.
“Jesus... entrou numa sinagoga, num dia de sábado, segundo o costume...” Lucas, 4.16.
 “No sábado seguinte, reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus...”  “No sábado seguinte, concorreu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus, mas os judeus, vendo aquela concorrência, se encheram de inveja...”  Atos, 13. 41 a 44.
 “... Resta, portanto, o sabatismo para o povo de Deus”. Hebreus, 4,  de 1 a 12.
Pela imensa importância que o caso requer, nunca é demais repetir o verso que atribula os que defendem a falência dos sábados de Deus:  “Acabará o Universo inteiro antes que se possa mudar uma só letra das leis de meu Pai”.     Jesus Cristo.
“Toda a Escritura é Palavra viva de Deus, e foi inspirada pelo Espírito Santo”.  II Timóteo, 3.16.    A tradição católica dos 20 concílios aqui não tem vez.
Tudo o que Deus fez é bom. O homem sábio, conforme as Escrituras, entende que Deus nunca se enganaria, na sua onisciência, criando as leis do Antigo Testamento para depois anulá-las. Como então aceitar, de tais homens, que se declararam infalíveis, uma tradição que contém ensinamentos que fazem agredir dois dos Dez Mandamentos?
No momento da morte de Jesus, o véu do templo se partiu. Já ouvi considerações a respeito desse fato tentando justificar a troca do sábado pelo domingo.  Explicam que naquele momento, a Lei Antiga estava extinta e passaria a vigorar a Lei da Graça.  Qual a Lei antiga? Acaso ficam “antigas” as Leis de Deus? Qual Lei da Graça? A Lei da graça de Jesus? Ora, o próprio Jesus declarou, taxativamente, que não veio para mudar uma só letra do conteúdo dos Dez Mandamentos, e ressaltou a imensa importância disso ao se referir que o Universo poderá ser destruído, mas nenhuma parte da Lei poderá ser modificada ou desobedecida em seu sentido real.
A destruição do véu do templo pode, muito bem, ter significado que naquele momento se concretizava, de modo absoluto, todas as condições para que os judeus e toda a raça humana abandonassem a religião exterior, a das tradições, principalmente a praticada pelos judeus, na qual existiam excessos de leis provisórias, sacrifícios de animais e até a sumária execução de pecadores, e que daquele momento em diante passassem a praticar a religião do amor, do perdão, da graça. Foi exatamente os efeitos daquela religião exterior a causa real da execução de Jesus na Cruz.  A partir do Grande Sacrifício do Cordeiro passaria a valer a religião da graça e do verdadeiro amor, o mesmo amor ensinado por Jesus e vivido por ele até o seu último instante. No bojo desse amor, é claro, estão o perdão incondicional, a tolerância, a passividade, a humildade e a caridade, coisas difíceis de serem praticadas pelos fariseus daquela época e até mesmo para os de nossa época, até pouco tempo.
Jesus foi sacrificado em decorrência da religião exterior praticada pelos fariseus do templo, e na execução de Cristo tiveram como parceiro o poder terreno. Da mesma forma, os novos fariseus da Idade média, que praticavam, novamente, uma religião exterior, comandaram a execução de milhares que só queriam seguir o Mestre, da forma como Ele ensinou.  Novamente, tal qual na época de Jesus, os fariseus da Idade Média tiveram como parceiro o poder terreno naquelas execuções.
Para desobedecer ao Mandamento do sábado, o clero fundamentou-se em indícios de que talvez os apóstolos guardassem o domingo e um deles é:
 “No primeiro dia da semana, estando todos reunidos para repartir o pão...”. Atos 20.7.
Atos dos Apóstolos, 2.42 (abaixo), nos mostra que partir o pão entre os cristãos significava repartir a comida entre eles, mas se tal versículo, em Atos, 20.7 pode conter indícios da guarda domingo pelos discípulos de Jesus, perde toda a consistência e não tem força alguma frente às conclusivas revelações de Jesus em Mateus, 5.17 e 18 e outras já citadas. A despeito disso, partir o pão, ali, não revela, em sentido absoluto, o ato de estarem a praticar a divisão do pão como na última ceia de Jesus.  Quanto a essa divisão do pão, sabe-se que depois que Jesus elevou-se ao céu deixou a mensagem: “Voltarei a vós antes que passe esta geração”.  Isso foi o motivo maior que levou os cristãos emergentes a praticarem a caridade de doação em alto grau como nunca havia havido e como jamais se repetirá até a consumação dos séculos. Imaginando um fim do mundo bem próximo, freqüentemente, conforme a Bíblia, tomados pelo temor, os cristãos vendiam suas propriedades, reuniam-se com os apóstolos e repartiam com quem tinha menos tudo o que tinham a mais.  Conforme Atos dos Apóstolos está claramente revelado que eram freqüentes as reuniões nas quais partiam o pão e dividiam tudo o que tinham, inclusive a alimentação:
Perseveraram na doutrina dos apóstolos, nas reuniões comuns, na fração do pão e nas orações. Toda gente estava com temor. Atos dos Apóstolos, 2. 42.
EXEMPLO MAIOR DAS ESCRITURAS DE QUE PARTIR O PÃO NÃO SIGNIFICAVA UM TIPO DE MISSA PRIMITIVA:
 “TODOS OS DIAS, freqüentavam em perfeita harmonia e, PARTINDO O PÃO PELAS CASAS, TOMAVAM A COMIDA COM ALEGRIA,  e sendo bem vistos pelo povo.  Atos dos Apóstolos, 2.42
Exemplos mais contundentes e esclarecedores da divisão de tudo o que os primeiros cristãos tinham estão em Atos, 5. 
Na verdade, Paulo pregava TODOS OS DIAS e, por isso, as reuniões não tinham de ser necessariamente realizadas aos sábados ou aos domingos.   Mas as inserções em Atos dos Apóstolos 13.14 e 41, sim, nos revelam claramente que os cristãos praticavam o culto de ADORAÇÃO aos sábados, e não apenas reuniões de divisões de bens ou de partilhas de pão. Todo o exposto, aliado, principalmente, ao preceito em Mateus, 5.17, invalida qualquer argumento contrário. Quem tentar argumentar tal Verdade invocando qualquer tradição não estará praticando a honestidade.
Com respeito a essa mensagem de Cristo, “Não vim para mudar uma só letra das leis de Deus”, já vi clérigos se esforçando na tentativa de distorcer até essas contundentes e explicativas palavras do Messias. Na verdade, quando tentam adaptar preceitos da tradição católica que não encontram claros fundamentos bíblicos, tal como as mudanças graves que promoveram no catecismo quanto aos mandamentos de Deus, buscam, rebuscam, invocam seus próprios autores e doutores da Igreja, dão-se por satisfeitos com tais explicações, mas não conseguem convencer o homem sábio.
Tenho em conta que qualquer um que parar para meditar sobre o grave erro da troca do sábado pelo domingo, chegará à mesma conclusão que consta deste trabalho, pois Deus nos deu inteligência e meios suficientes para que cheguemos à Verdade por nós mesmos e sem a interferência de ninguém, sejam eles teólogos ou exegetas, pois esses, em seus estudos, se valem muito das tradições religiosas. Sendo assim, ao ler o Evangelho, concluímos que os judeus se irritaram visivelmente quando tentavam agredir suas convicções e tradições religiosas. Quanto a isso, irritaram-se muito, tanto com Jesus como depois, também, com seus apóstolos. 
Dessa forma, está perfeitamente registrado no Evangelho que os judeus do templo não se conformaram ao notar que os apóstolos de Jesus batizavam e distribuíam graças, também, aos pagãos. Irritaram-se, também, quando os apóstolos não se preocupavam em praticar a circuncisão judia (um tipo de operação de fimose) também aos pagãos, os novos convertidos. Até Paulo, uma vez, rendeu-se às exigências deles, quanto a isso, para evitar confrontos. Os judeus protestaram, ainda, por outras coisas de menor importância tal como não lavar as mãos antes das refeições e as curas aos sábados. Sendo assim, essas reclamações dos judeus da época legitimaram a verdade pela qual os apóstolos de Jesus guardavam rigorosa e respeitosamente o sábado, pois se algum deles houvesse apenas sugerido aos novos cristãos a troca do Mandamento do sábado pela guarda do primeiro dia da semana após o sábado, imagine o barulho e a revolução que teriam feito os judeus, tanto cristãos quanto os não cristãos.  Repetindo, pela grande importância desse detalhe: conforme o fanatismo da tradição mosaica da época, entende-se, perfeitamente, que todos aqueles que ousassem pregar que o sábado dos Dez Mandamentos passaria a ser prescrito da Lei, esses teriam sido vistos como demônios em pele humana e teriam sido incontinenti linchados pelos judeus enfurecidos.    Por muito menos apedrejaram o inocente Estevão até a morte (Atos, 6).
Somente esse detalhe revela claramente, ao homem que medita, que o sábado sempre foi o dia santificado nos primeiros séculos após Jesus.
Nos Atos dos Apóstolos temos vários exemplos de protestos israelitas quanto ao procedimento dos apóstolos durante a evangelização de judeus e pagãos. Os principais são: Atos, 19.29 – 23.28 – 22.22 – 23.12 – 24.10  e 25.8.
Qualquer um dos homens sábios espiritualmente entende que se as Escrituras nos deixam bem a par das reações contrárias dos judeus ao testemunharem que os apóstolos de Jesus comiam sem lavar as mãos, imaginem, então, o escândalo que fariam se esses apenas tentassem sugerir a troca do dia santificado de Deus pelo domingo.  É lógico, se tal escândalo, de tão grande proporção acontecesse, tal fato teria de estar registrado minuciosa e repetidamente no Evangelho, de forma clara e perfeitamente compreensível, como estão registradas as outras ocorrências afins e até as de menor importância. Para quem sabe meditar e julgar com honestidade, esse é um dos fortes argumentos que nos revelam que os apóstolos de Jesus guardavam conscientemente os sábados. Mas os exegetas e teólogos católicos fogem desse consistente exemplo, pois tais revelações, se reconhecidas por eles como verdades, invalidaria completamente a tal santa tradição católica que dizem vir da época dos apóstolos de Jesus e o catolicismo desabaria como picolé fora da geladeira.
Eram tão profundos os fundamentos que faziam guardar o sétimo dia quando se formava a Igreja de Jesus, que os escritores do Evangelho, e Paulo em suas cartas, nem se preocuparam em deixar gravados preceitos que animassem os novos cristãos a guardarem o sábado com fidelidade. Não havia necessidade alguma disso.  Da mesma forma, não foram necessários se colocarem preceitos sobre guardar ou não o primeiro dia da semana, o domingo, pois tal referência a isso, na época, seria um tremendo absurdo, um altíssimo e inaceitável escândalo e isso dificultaria, em muito, a evangelização dos israelitas. Portanto, isso também invalida a falsa concepção que atribui aos apóstolos a tese de que eles guardavam o domingo, donde veio a tal tradição católica, como já ouvi de tantos sacerdotes e de bispos.  Por tudo isso, é fácil concluir-se que a nociva troca do sábado, como o dia a ser santificado, para o domingo, é coisa dos homens, e não de Deus.  Na verdade isso foi obra de homens corrompidos em seus corpos e em seus espíritos, como veremos a seguir.
Muitos dos que guardam o domingo afirmam que a Aliança que Deus fez com os homens no Monte Sinai, ao entregar as tábuas da Lei a Israel, foi realizada apenas e tão somente com esse povo, portanto, nós cristãos, “nada temos a ver com essa Aliança e que após Jesus, a Nova Aliança, a antiga, ficou obsoleta”.  Fundamentados nessa paupérrima e desonesta conclusão afirmam que os sábados “são apenas coisas de judeus”.   Quanto a essa tese, trata-se de um grotesco, inconseqüente e enorme absurdo.  Se herdamos tudo, até as conseqüências do pecado de nossos pais, Adão e Eva, como poderíamos excluir os outros legados?  Dessa forma, continuamos tendo de ganhar nosso sustento pelo suor e as mulheres continuam tendo filhos à dor. O próprio Criador legitima que o sábado foi feito para sempre e não só para os judeus (Isaías 66, 22 a 24).  Conforme Mateus 5.17, Jesus, a Nova Aliança, não invalidou uma só letra das Dez Leis da Antiga Aliança reafirmando os antigos profetas de Deus.
“E, se sois de Cristo, sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a Promessa”.  Gálatas, 3.29.
“Digo-lhe- isto: UMA ALIANÇA ANTERIORMENTE FIRMADA POR DEUS, a lei que veio 430 anos depois, NÃO A PODEREIS SUBROGAR, DE FORMA QUE VENHA A DESFAZER A PROMESSA”   São Paulo apóstolo maior, em Gálatas, 3.17
Por tudo isso, se herdamos TODAS as conseqüências dos pecados de nossos pais, Adão e Eva, por que não herdaríamos, também, TODOS os preceitos de Deus aos israelitas?  Acaso os Salmos não foram feitos para todos nós ou apenas para os israelitas? Mas todas as congregações evangélicas, a religião ortodoxa e o catolicismo se valem constantemente, tanto dos Salmos, quanto de Isaías, Daniel, Jeremias, Malaquias, etc. O próprio Jesus citou muitas vezes os preceitos dos antigos profetas e legitimou-os, como também legitimou as Dez Leis. Por que, então, tentar retirar a credibilidade dos mais importantes preceitos que o Senhor Deus outorgou aos homens por todos os tempos  e de maneira tão cerimoniosa e grandiosa? Jesus teve de jejuar por 40 dias antes de enfrentar todas as dificuldades pelas quais haveria de passar na sua vida pública. Da mesma forma, antes, Moisés teve de jejuar por 40 dias para enfrentar a grande tarefa que o esperava.  A importância desse evento divino foi tão descomunal e tão importante para a humanidade que o Criador nos entregou essas leis PESSOALMENTE, escrita ao fogo; a fogo do amor, mas também a fogo da ira, se necessário.  Que se cuidem os que tentarem ignorar isso!
Deus só é fiel aos que lhe são fiéis e, no seu aparente silêncio, após o evento Jesus, não pode mais se pronunciar a ninguém na Terra, pois, conforme o próprio Filho na cruz, está tudo consumado, mas, atendo-se ao aparente silêncio de Deus, quem pensa que não está se importando pelo fato de ver sua Palavra tão desleixada e destratada poderá amargar terrível maldição.
Na porta da eternidade, por certo Deus não vai se aborrecer por termos guardado suas pessoais determinações, mas corremos seriíssimo risco de incorrer em sua eterna ira se dermos mais atenção aos ensinamentos dos homens, principalmente quanto à guarda do sábado e na confecção de imagens e estátuas.
O Messias não veio à Terra para mudar os Dez Mandamentos de seu Pai. Jesus veio para nos ensinar o caminho do céu e não há lógica alguma em tentar colocá-lo contra as Leis de Deus, pois Ele, coerentemente, as guardou e defendeu.
O clero católico alega que dois dos mandamentos da Lei não têm de ser cumpridos porque são “coisas de judeus”, mas devemos nos lembrar que são exatamente das “coisas de judeus” que o clero tirou exemplos de procedimentos que formaram seus ritos, rituais como também a construção de suntuosos templos, pois isso não herdaram do Evangelho. Jesus e seus apóstolos não realizaram ritual algum com belos altares recobertos de linho; incenso, velas; o solidéu dos cardeais e bispos, as ricas vestimentas sacerdotais que foram melhoradas com a Mitra papal carregada de onerosos brilhantes e em tudo um belo visual como era praticado nos templos israelitas.  Está claro que estão usando dois pesos e duas medidas, para não dizer alta hipocrisia.
Sempre digo que se mutilarmos qualquer um dos Dez Mandamentos da Lei de Deus teríamos de extirpar, completamente, todo o Antigo Testamento de nossa vida. Deus disse a Moisés: “Dou-vos Bênção ou Maldição...”, as bênçãos continuam com o novo povo, assim como também as maldições.  Ou será que alguém acha que não?
 “Porque como os céus e a nova terra que eu vou criar subsistirão para sempre diante de mim, assim SUBSISTIRÁ A VOSSA POSTERIDADE e o vosso nome, e de mês em mês,  E DE SÁBADO EM SÁBADO, toda a carne virá se prostrar diante de mim e me adorarás, diz o Senhor”. Isaías 66, 22 a 24.
Nós cristãos, ao aceitarmos o Jesus da Nova Aliança, somos reais sucessores do povo da Antiga Aliança. Se as Escrituras nos revelam que Jesus veio implantar a Nova Aliança, isso já legitima a verdade pela qual somos herdeiros dos israelitas, os da Antiga Aliança.    
“Digo-lhe- isto: UMA ALIANÇA ANTERIOMENTE FIRMADA POR DEUS, a lei que veio 430 anos depois, NÃO A PODEREIS SUBROGAR, DE FORMA QUE VENHA A DESFAZER A PROMESSA”   Gálatas, 3.17
Em Colossenses, 2.16, está revelado:
 “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou de um sábado...”.
Os que defendem a guarda do domingo consideram essa a mais importante passagem bíblica que vem de encontro à sua tese da extirpação do sábado dos Dez Mandamentos.  Mas está claro que Paulo não estava se colocando contra as dez Leis ou contra seu Mestre. Paulo se expressava no sentido de instruir para o perigo do fundamentalismo antigo, da rigidez excessiva da guarda do sábado, praticados pelos fariseus da tradição mosaica aos quais Jesus tanto criticou (Mateus, 23.27) e que exatamente por isso mesmo veio propor uma NOVA ALIANÇA ao seu povo antigo, os israelitas e a todos os demais que viessem ou que venham a aceitar tal oferta divinal. 
A partir de Jesus, que veio implantar a religião da graça, do amor, as tradições mosaicas das quais alguns preceitos beiravam o fanatismo, e as tais sombras antigas às quais Paulo se referiu não deveriam ser mais praticadas. O próprio Jesus foi acusado de curar num dia de sábado. Jesus e seus discípulos foram acusados de pecarem apenas porque colheram espigas num sábado para se alimentarem.  Sabemos que a cura milagrosa é propiciada pela intervenção divina e isso não pode ser interpretada como coisa nociva às Dez Leis. Jesus nos mostrou que o sábado deve ser guardado, mas sem o fanatismo religioso judeu da época. Nem o fogo do fogão se podia acender aos sábados, nem muitos passos se podiam dar nem qualquer esforço físico se podia praticar, além do absurdo de não se poder curar um doente.  Cristo estava com a absoluta Verdade, pois na época em que veio era mais pecado cozinhar num sábado do que participar, como assassino, num linchamento público de uma pecadora ou pecador. Mas, infelizmente, mais de mil anos depois, conforme o clero católico,era  pecado mortal, com direito a ir direto ao inferno, faltar a uma missa de domingo ou de “dias santos de guarda”, mas não considerava pecado matar um judeu ou ajudar a queimar até a morte quem não concordasse em viver a tradição católica ou ousasse apontar os crassos erros clericais. Exemplo maior disso temos o do frade Savonarola (e seus dois auxiliares). Savonarola foi queimado e enforcado pelo Papa Alexandre VI apenas porque ousaram acusar os crimes desse papa servo do demônio.
As Escrituras estão repletas de preceitos que induzem à adoração aos sábados e não há uma única que revele adoração aos domingos.
Alguns, com menos sabedoria, afirmam, ainda, que não há a necessidade de se guardar, especificamente, um dia da semana ao Senhor, pois “todos os dias são dele”.  Desses pobres temos de fugir, pois mesmo que não se apercebam disso se revelam servos de Satã, tentando confundir os cristãos verdadeiros.
Outros, para tentar fugir dos claros fundamentos bíblicos que ordenam que o sábado seja santificado, e das dificuldades que tais coisas nos causam, alegam que Deus mandou guardar e santificar um dia da semana, e que “cabe ao homem escolher esse dia”. Desses também devemos fugir, pois também se mostram agentes vivos e ativos de Satã.
Um dos Mandamentos nos revela que o dia a ser santificado e guardado deve ser exclusivamente o Sábado. Conforme o próprio Cristo, a palavra de Deus é imutável sob todos os aspectos e não há exceção para preceito algum, principalmente tratando-se de um dos mais importantes, pois foi gravado nas Tábuas da Lei pelo próprio Criador, solenemente colocado na Arca da Aliança e ratificado suficientemente pelo Messias na Terra.  O resto são coisas criadas pelos pobres homens da Terra, que ensinam preceitos sem fundamentações bíblicas.
Os sacerdotes desprezaram a minha Lei, mancharam o meu santuário; não distinguiram entre o santo e o profano e entre o que é puro e o que é impuro; AFASTARAM-SE DOS MEUS SÁBADOS e eu era profanado no meio deles.      Ezequiel, 22.26.
Em II Coríntios, 4.1, esta bem claro que os homens não podem adulterar a Palavra de Deus. As leis provisórias de Moisés, que julgava serem necessárias na época dele, tal como apedrejar uma adúltera e outras de menor efeito como bodes expiatórios ou sacrifícios de animais sobre os altares dos templos, Jesus revogou esses exageros pela Lei do amor, mas as Dez Leis das tábuas da Arca da Aliança, conforme o próprio Cristo, têm de permanecer irrevogáveis, irretratáveis, imutáveis e irrefutáveis até o dia do Juízo Final, pois tratam das relações entre os homens e entre eles e Deus. Por isso, não temos de entender ou tentar contestar o mandamento da santificação do sábado, pois se Deus nos ordenou santificá-lo, temos de obedecer com contrição e respeito, como fez Jesus.
Para os que acham as que as Dez Leis de Deus passaram a ser obsoletas depois de Jesus, nem que sejam algumas, como exemplo prático descrevo:
Entendo que se eu seguisse, fielmente, as demais leis, mas desobedecesse a santificação do sétimo dia, portanto, o desrespeitasse, ao ser julgado por Jesus Cristo, no Juízo Final, por certo, ele me diria, de acordo com I Reis, capítulo 13, verso 11 e seguintes, já citados:
 “Mas como foste desrespeitar os sábados que meu Pai instituiu como o sétimo dia, o seu dia santificado?  Ora, trocaste a Palavra de meu Pai pela orientação dos homens?  Eu mesmo não te afirmei, nas Escrituras, que não fui enviado à Terra para mudar a Lei, mas sim para fazê-la cumprir?  Não guardei, portanto, eu mesmo, os sábados de meu Pai? Não santificaram os sábados, também, meus primeiros apóstolos? Não te foi revelado que não adiantaria cumprires nove dos mandamentos se faltasses ao cumprimento de um só deles?”  (Ver Tiago, 2.10)
Na porta da eternidade, por certo, Deus não vai se aborrecer por termos guardado suas pessoais determinações, mas corremos sério risco de nos aborrecermos muito ao darmos mais atenção aos ensinamentos dos homens. ISSO SE APLICA PRINCIPALMENTE QUANTO À SANTIFICAÇÃO DO SÁBADO E Á FABRICAÇÃO DE IMAGENS E ESCULTURAS. Por isso é muito aconselhável não correr riscos.
Ilustrando, tal como disse à Eva Satanás:
 “Mulher, deixas de ser boba. Vais acreditar em tudo o que Deus te disse? Eu te digo: Coma do fruto dessa árvore porque ele é muito bom e gostoso. Além disso, tu terás uma surpresa agradabilíssima depois de saboreá-lo!  Vamos! Não seja boba. Que mal poderá haver em saborear um inocente e saudável fruto? Vamos! Não perca tempo! Coma”
Depois disso, tendo o demônio vencido, o desastre foi imenso e até hoje amargamos os efeitos. Da mesma forma o Ardiloso tem nos repetido:
 “Não sejam bobos. Deus lhes disse para guardarem o sábado, mas quem tem de guardar o sábado são os judeus. Isso são coisas antigas, obsoletas. Judeu é judeu e cristão é cristão. Deus fez leis diferentes para eles. O cristão tem de guardar o domingo. Afinal, o seu Cristo não ressuscitou num domingo? Não sejam bobos!  O quê?  Deus lhes disse para não se fabricarem estátuas ou figuras? Ora, não se apoquentem. Ele se referia apenas a deuses tal como Baal ou a outras grandes esculturas de pedra e de bronze que não conseguem tirar o pó de si mesmas. Não há mal algum em fazer inocentes imagens e figuras dos santos filhos de Deus ou da ¨santíssima mãe d’Ele" e de seu Filho, o Cristo. Deus vai até vai gostar de ver honrados os seus filhos. Por isso, não há nenhum mal em ajoelhar-se frente a essas imagens, beijá-las, carregá-las sobre andores pelas ruas com velas acesas e com cânticos de veneração. Deixem de ser bobos. Não precisam acreditar em tudo o que Deus escreveu há milhares de anos. Não levem tudo tão a sério, pois coisas mudam, com os tempos e Deus, sempre bom, compreende tudo isso”.
“... não voz conduzindo ao artifício nem adulterando a Palavra de Deus”. I Coríntios, 4.2.
“Digo-lhe- isto: UMA ALIANÇA ANTERIOMENTE FIRMADA POR DEUS, a lei que veio 430 anos depois, NÃO A PODEREIS SUBROGAR, DE FORMA QUE VENHA A DESFAZER A PROMESSA”   Gálatas, 3.17

Segundo erro do catolicismo.
PROIBIR O CASAMENTO DOS CLÉRIGOS.
Pelo regime autoritário papal — uma disfarçada tirania secular imposta aos seus subalternos —, os padres não podem se casar, mas até aquele que consideram o como sendo o primeiro papa, Simão Pedro, era casado, como eram casados os bispos e diáconos da época ao tempo da evangelização apostólica.   O primeiro dos erros afins é exatamente o de se isolarem jovens, desde muito jovens, em um seminário, quase sem contato exterior enquanto estudam, e de se colocar neles a importância do celibato.  Sei o que afirmo, pois fui interno, por anos, em dois seminários. Os internos, em sua maioria, como é natural, no contato com a comunidade, depois de adultos, no silêncio de uma sacristia ou de seus aposentos, pelo natural chamamento do corpo ao sexo, não conseguem guardar o celibato.  Outros acabam por causar escândalos e uma parte desses se torna afeminada. Isso sempre existiu dentro da Igreja, mas se antes conseguiam com que os escândalos fossem abafados, hoje são denunciados e divulgados e até altas indenizações são pagas pelo Vaticano àqueles que tiveram de passar pelas mãos sujas de padres, bispos e até cardeais desviados.
Tomei conhecimento pela mídia de que o Vaticano está tendo de pagar, anualmente, centenas de milhões de dólares a vítimas de assédio sexual praticados por seus sacerdotes. Ao fim do século 20, só uma dessas indenizações milionárias pagas pelo Vaticano às famílias de cinco americanos, ex-coroinhas, vítimas sexuais de um padre, somou mais de cem milhões de dólares. Um desses ex-coroinhas, desgostoso, havia se suicidado e o tal padre está preso até hoje pelo regime de prisão perpétua.  Sem querer ser mordaz, quanta fome tais milhões não poderia exterminar!
      Na verdade, conforme a História e historiadores, o casamento dos clérigos foi proibido na Idade Média porque, após a morte deles, seus filhos passavam a reivindicar heranças da Igreja ligadas aos pais.  Conforme a alta corrupção clerical daquela época negra da Igreja em todos os escalões, após a proibição do casamento os clérigos não deixaram de ter filhos em suas relações amorosas, mas como esses passavam a ser considerados bastardos, não tinham direito civil algum depois da morte dos clérigos, seus pais.   O Papa Pio II, século 15, chegou a declarar que Roma era “uma cidade cheia de bastardos” (filhos de papas e cardeais). O historiador católico e ex-jesuíta Peter da Rosa escreveu:

“Os papas tinham como amantes garotas menores de idade, eram culpados de incesto e perversões sexuais de toda sorte, tinham inumeráveis filhos e alguns desses papas foram assassinados por maridos traídos”.

Se o clero tem de se espelhar nos exemplos dos santos homens de Deus da Igreja de Jesus dos primeiros séculos, devemos nos lembrar de que o casamento era uma opção inteiramente livre, tanto para bispos quanto para diáconos. 
Em geral, pelo mundo, sabe-se que a falta de uma mulher na vida de um clérigo pode torná-lo um afeminado, um pedófilo ou outro causador de escândalos. Eu mesmo testemunho que, aos 16 anos, como sacristão da Igreja Matriz de Maringá (hoje catedral) fugi da convivência com os padres.  Fugi porque sofri o assédio afeminado e constante de um deles, um gordo e bonachão padre. Além disso, como vingança por eu o ter repudiado desde o início, praticou o falso testemunho ao insinuar que eu havia me apossado de algum dinheiro das esmolas do templo.  Por isso, fui expulso de lá sem direito até de me defender. A despeito de tudo isso, não deixei de ser católico até aos 50 anos.  O casamento de padres evitaria tais situações constrangedoras e altamente pecaminosas;  mais pecaminosas ainda do que o próprio pecado, pois são cometidos por quem deve ter as mãos limpas e puras, haja vista que consagram e repartem o pão que representa o próprio Jesus Cristo. Ver I Timóteo, 3.2. e 12. 
O celibato sacerdotal começou no século 11, por isso nada tem a ver com a Igreja primitiva.
Terceiro erro do catolicismo.
O TRATO DA IGREJA A CASAIS EM UNIÃO IRREGULAR, PERANTE A BÍBLIA.
“Todo aquele que repudia sua mulher e toma outra comete adultério, e aquele que se casa com a que foi repudiada por seu marido também comete adultério (Enfim, os quatro envolvidos cometem adultério)”. Palavras de Jesus, em Lucas 16.18 e em Mateus, 19.9 e em Marcos 10.11.
Os membros de uma nova união, com a marca de casais divorciados ou não, podem freqüentar a igreja católica, mas não podem participar de determinados sacramentos. Ora, o que é isso? Não pode haver cristão pela metade. Ou são católicos ou não são nada. Ou participam de todos os preceitos católicos ou torna-se inútil o ato de freqüentar a igreja.  Se a Igreja os discrimina pela metade, entende-se que seja Deus os discriminando pela metade e sabemos que Ele não age assim.  Deus não perdoa e nem castiga pela metade. Não será possível ganhar o céu ou o inferno pela metade. Não é possível ser cristão pela metade, como também não é possível ser um pecador apenas pela metade.
No caso do catolicismo — e até de muitas congregações evangélicas — seria o mesmo que dizer aos casais em união irregular: “Ora, vocês não podem ter parte nos céus, mas, mesmo assim, fiquem por aí”.   Ao contrário, para não incidirem em forte omissão evangelizadora, conforme a Bíblia, teriam de dizer a eles: “Podem permanecer em nosso meio, pois a Igreja é inteiramente livre e aberta a todos, mas tenham em conta de que, conforme palavras diretas e conclusivas de Jesus, vocês estarão vivendo em pecado grave enquanto praticarem a união de corpos nessa sua união irregular”. 
Conforme o Apocalipse, 3.15, Deus abomina o cristão morno, pois esse além de tentar enganar-se a si próprio é espiritualmente instável e escorrega muito facilmente da estrada estreita de Jesus para a larga, aprazível, festiva e chamativa estrada de Satanás. Em Mateus, 5.32, principalmente em Mateus, 19.9 ou em Marcos 10.11 em diante, Cristo, também Deus, deixou absolutamente fundamentado e suficientemente claro o regulamento cristão com respeito ao casamento. Por esse versículo, nenhuma mulher e nenhum homem podem realizar nova união ou praticar relações sexuais com outra pessoa, enquanto o seu par do primeiro casamento viver.  Isso está revelado de modo absolutamente claro, compreensível e contundente, e isso valerá, como a própria Bíblia, até a consumação dos séculos, salvo casos de engano. Casos de engano, citados por Jesus, que são bem poucos, são discutíveis e passíveis de outras interpretações, mas a do preceito da fidelidade ao primeiro cônjuge, mesmo que esteja separado, não dá margem alguma a dupla interpretação. 
Portanto, se os casais em união irregular quiserem continuar a praticar o verdadeiro cristianismo, o que salva, se tiverem filhos podem conviver juntos, mas infelizmente tem de separar os corpos. É difícil? Servir a Deus conforme Sua Palavra é bem difícil!  Bem disse Jesus: “Toma a tua cruz e me siga”.
Portanto, conforme a Bíblia, todo aquele que convive maritalmente numa nova união, enquanto ainda vive seu cônjuge original, vive em pecado. O pecado grave do adultério. A Palavra de Deus é imutável e não aceita, em hipótese alguma, se adaptar aos modernismos da atualidade e aos argumentos do homem, por mais lógicos que sejam.  Todos, sim, têm de se adaptar aos preceitos divinos e não o contrário. Aí está o grande perigo da era da tecnologia. Afinal, quem detém a Verdade: Deus Eterno ou o homem evoluído? Sobretudo, o que vale mais: ter prazer efêmero nesta vida  pingo d’água no oceano  ou ser completamente feliz nos paraísos da eternidade?
A ignorância ou o desleixo com os preceitos bíblicos quanto ao casamento, acima citados, faz com que esse mesmo casamento não seja visto com a importância e o cuidado que requer, pois conforme o homem, se não der certo a primeira união, parte para a segunda, para a terceira...
“Não separe, pois, o homem, o que Deus uniu”.     Sentença de Jesus!
 
Quarto erro do catolicismo.

A INSTITUIÇÃO DO LIMBO E DO PURGATÓRIO.
Nas catequeses, e depois nos seminários, me ensinavam que as crianças que não conseguissem ser batizadas teriam de ir para um local denominado limbo, e os que cometessem pecados não mortais teriam obrigatoriamente de passar antes por um lugar indefinido denominado Purgatório. Eu acreditei nisso até adulto, quando resolvi estudar e meditar, de verdade, sobre o Evangelho e nada vi lá que mesmo fracamente legitimasse isso do mesmo modo que as Escrituras registraram o céu e o inferno.  São muitas e lógicas as citações sobre o céu e o inferno, muitas delas explicadas a contento pelo próprio Jesus Cristo, mas quanto ao tal Purgatório...
Repetindo, poucos conseguem se libertar da força poderosa da maioria, da tradição, do que ensinaram os padres na infância ou do que aprenderam de seus pais, quando pequenos. A tradição é tomada pela maioria e, inconscientemente, somos levados por essa corrente forte, de modo aparentemente normal e, por isso, é perfeitamente normal que passemos a crer e a agir como essa maioria na qual fomos incorporados.  A tradição, aliada à maioria que nos envolve, nos comanda e torna-se uma força quase insuperável. Falando-se de religião, poucos conseguem parar para questionar o que aprenderam na infância, exatamente por serem comandados pela força natural e quase irresistível que nos induz a seguir a maioria, e que por isso, nas relações com o Senhor Deus, conforme sua tradição julgam estar tudo certo. Por isso é altamente aconselhável consultar permanentemente as Escrituras e nem sempre acreditar no homem.
Como agora acredito que o Purgatório e o limbo não existem, pois não têm fundamentação alguma no Evangellho, por isso, passei a concluir, também, que é absolutamente inútil a ação de se orar pelos mortos ou de se celebrar missas por eles. Ora, conforme a Bíblia, conforme Jesus, faremos por merecer o céu ou amargar o inferno apenas ENQUANTO NOSSO ESPÍRITO PERMANECER EM NOSSO CORPO, porque depois disso, tudo estará consumado. Portanto, conclui-se, facilmente, que se eu viver o cristianismo de acordo como os ensinamentos do Evangelho, pela graça e bondade de Deus, no dia do Grande Julgamento certamente estarei salvo. Se já estarei salvo, nenhuma oração de parentes, atos de extrema unção, de missas do sétimo ou do trigésimo dia conseguirão melhorar meu maravilhoso estado divino. Ao contrário, se eu conhecer a Verdade e depois, conscientemente, por amor às coisas do mundo, renegar a essa Verdade de Deus também a mim revelada, na qual há graves e repetidas advertências quanto ao monstruoso perigo do inferno, e a despeito disso tudo teimar em viver no pecado, poderei morrer merecendo esse inferno definitivo. Assim, também, ninguém da Terra poderá mudar meu terrível fim, seja com missas ou com orações. Portanto, nos dois casos, as orações são absolutamente inócuas, inúteis e inoperantes.
Haverá o dia em que teremos de comparecer ao tribunal de Cristo. Ali, cada um receberá o que mereceu, conforme o bem ou o mal que tiver feito, enquanto estava  no  corpo.     Justiça do Senhor Deus,  em  II  Coríntios,  5.10.
É perfeitamente compreensível que as tradições são sempre formadas por homens e ela pode corromper-se através dos séculos, por isso, as revelações bíblicas, as divinas, devem sobrepor-se, a qualquer tempo e de qualquer modo, à tradição dos homens. As revelações bíblicas permanecem absolutamente imutáveis e sempre disponíveis, assim, quando há dúvidas, exatamente em decorrência da tradição, há a necessidade de se consultar a Palavra cristalina de Deus.
 Sabendo-se que Jesus tantas vezes se referiu ao inferno e ao céu, perguntei, uma vez a um bispo, onde estão, no Evangelho, preceitos que legitimem conclusivamente a teoria do Purgatório. Respondeu-me que esse preceito está inserido na “santa tradição católica”, por conta da infalibilidade papal.     

Por conta dessa infalibilidade papal, o Papa Gregório VII, século 11, mandou publicar as Máximas de Hidelbrando (seu nome de batismo era Hidelbrando).  Eis apenas algumas dessas “máximas”:

  “Nenhuma pessoa pode viver debaixo do mesmo teto com outra excomungada pelo papa.
 
É o papa a única pessoa cujos pés devem ser beijados por príncipes e soberanos.
 
A decisão do papa não pode ser contestada por ninguém e que somente ele pode revisar.
 
A Igreja Romana nunca errou nem jamais errará, como as Escrituras testificam”.  (Obadias, vers. 3 e 4 e o Livro Lições da História do historiador Abraão de Almeida.

Vejamos agora como agiu Pedro, o primeiro papa, conforme a concepção clerical:

E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.  Atos dos Apóstolos, 10.25.
Hoje, um dos meus lemas é o de nem sempre acreditar em tudo o que dizem, tanto sacerdotes quanto pastores evangélicos, até mesmo os bons oradores integrados às congregações tradicionais.  Num dia do ano 2001, pela Rede Vida de TV, ouvi um bispo católico afirmar que o Purgatório é necessário mesmo para as pessoas realmente arrependidas. Comparou isso a um prego cravado na parede. Ele disse que ao retirarmos o prego, que representa o pecado, ainda ficará um buraco na parede e o resquício desse pecado “só poderá ser corrigido com a passagem pelo Purgatório”. Julguei como sendo uma temeridade e despreparo espiritual tal declaração provinda daquele chefe católico. Conforme a Bíblia, o perdão de Deus aos arrependidos convictos não pode ser compreendido como sendo ministrado pela metade. Para deixar um exemplo claro disso, num momento, Jesus perdoou completamente ao pecador também crucificado ao seu lado de tal forma que o habilitou a alcançar um lugar no Paraíso.   Só de Deus vem a Verdade:
 “Mas se o ímpio fizer penitência de todos os pecados que cometeu, se passar a guardar todos os meus preceitos e proceder com eqüidade e justiça, certamente viverá e não me lembrarei mais de nenhuma das iniqüidades que praticou”. Senhor Deus, em Ezequiel, 18.21,  nos mostrando que as penitências têm que acontecer aqui na Terra e não num lugar fantasioso, criado pelos homens do catecismo.

 “Eis que ficaste são. Já não peques mais para não te acontecer coisa pior”.
Advertência  de Jesus, em  João, 5.14. Se Jesus afirmou que o pecador acabara de ficar são, não haveria como Deus aplicar-lhe, depois, um castigo como complemento ao perdão.
Para quem não sabe, para que o clero pudesse arrecadar mais dinheiro para a construção do esplendoroso e ostentoso Vaticano, o Papa Leão X, o luxuriante — o mesmo que perseguiu o frade católico Martinho Lutero —, mandou que se vendesse um tipo de bilhete que dava direito a um lugar no céu. Tais bilhetes eram chamados: indulgências. Hoje entendemos que isso constituiu alto escândalo e um inconcebível desrespeito ao Nome Santo do Senhor, pois  tentou inviabilizar a salvação pelo caminho estreito e pela porta apertada; tentou invalidar a Justiça Final de Deus trocando dinheiro pela promessa de se safar dela sem passar pelo tal Purgatório católico. Leão X foi um dos que se aproveitaram do tal Purgatório para arrecadar.   Dizia ele:
" Ao som de cada moeda que cai neste cofre uma alma desprega do Purgatório e voa para o paraíso!"    (Tayne, Hist. da Literatura Ing. Coroado pela Academia Francesa, Vol. II, página 35, de O Papa e o Concílio).
 
       Esses eram os homens infalíveis na Terra, conforme se autodenominavam.  A Igreja Católica demorou 1870 anos para considerar o papa infalível.  E antes, não foram os outros infalíveis?

      Antes dos meados do século 15 nenhum católico passava pelo Purgatório, pois só foi criado nesse século pelo Papa Sixto IV, conforme o Concílio de Florença.  Temos de lembrar que o Papa Sixto IV foi o responsável direto pela terrível e horrorosa Inquisição espanhola.

A doutrina do purgatório começou a ser praticada ao final do século 6º. Portanto nada tem a ver com a Igreja primitiva.

Afinal, pergunto: Se existisse o Purgatório, quem gerenciaria os graus e os tempos de sofrimento? Os anjos de Deus ou os demônios?

Quinto erro do catolicismo.
COMÉRCIO NO TEMPLO.
O dízimo bíblico, conforme o Antigo Testamento, significa dez por cento dos rendimentos mensais e pessoais de um temente a Deus que devem ser oferecidos para a sustentação casa de Deus, para a construção de novos templos e para propiciar a caridade. A Palavra de Deus nos dá o caminho para a sustentação da casa de Deus, principalmente em Malaquias, 3, mas não se esforçam muito em colocar em prática esse preceito.  Por isso, o clero acaba por incorrer em erro bíblico tendo de cobrar por sacramentos ministrados e por comercializar, também, dentro do templo, imagens, velas, livros, CD’s, terços e outros adereços; de promover as quermesses às portas do templo; de promover bingos e de outros modos irregulares de se obter proventos, e isso consiste grave erro, conforme João, 2.15.
Mesmo presenciando, foi difícil aceitar o que via.  No início da década de 90, os católicos de meu humilde bairro, Jardim Boa vista, em São Paulo, participavam de sorteios tipo bingo no mesmo recinto onde se celebravam as missas. Dentro do templo havia um bar improvisado no qual eram vendidos lanches, refrigerantes e até cervejas. Esse evento periódico era promovido visando concluir o acabamento da igreja. Isso aconteceu há mais de dez anos, e nesse tempo, três templos evangélicos de ordens tradicionais foram iniciados e terminados, enquanto que aquele templo católico, até hoje, final de 2003, ainda falta completar o acabamento. 
Com respeito aos bingos e às quermesses, a única vez em que Jesus usou de violência física foi exatamente por causa de comércio ligado ao templo. Não importa que esse comércio seja praticado no interior, no vestíbulo ou nas dependências externas do templo. Na verdade, por essa Lei divina, não se poderiam vender livros, bíblias, velas, imagens, terços, camisetas ou outros adereços religiosos e nem mesmo se receber por sacramentos dentro do templo. Não importa o que se vende, mesmo que sejam livros ou discos de música sacra, pois se tratam, também, de mercadorias. Algumas congregações evangélicas também prevaricam da mesma forma que os católicos. Já vi se venderem e se receberem dinheiro por direitos a fotos de batizados no interior de um grande templo evangélico tradicional no bairro do Belém. Já vi, também, o pátio de um templo católico, na zona Oeste de São Paulo, alugado para a exploração de estacionamento de veículos. Isso tudo é comércio. Foi o comércio no templo que levou Jesus a uma reação surpreendente. Foi a primeira e a única vez em que Jesus praticou a violência. Surrou os que comercializavam nos átrios do templo.
 “Não façais da casa de meu Pai uma casa de negócios”  Gritou, irado, Jesus, conforme João, 2.18.
Se a paróquia necessita de dinheiro, tem de conscientizar os católicos da necessidade do pagamento integral do dízimo.  Não o dízimo falso, o dízimo tipo esmola que estamos cansados de ver no meio católico, mas sim o valor de 10% do salário líquido de cada um.
Quem contribui religiosamente com o dízimo real, pela graça de Deus, nunca perderá nada, ao contrário, por certo não ficará rico, mas nada  faltará a ele nem aos seus. Isso é uma explícita promessa de Deus e os que a cumprem são testemunhas vivas dessa verdade. Em Malaquias 3, e até no Evangelho de Paulo (abaixo) está muito bem claro isso. É por isso que os movimentos evangélicos crescem a olhos vistos, pois enquanto os católicos contribuem com esmolas, os evangélicos praticam o preceito do dízimo. Tenho inúmeros amigos evangélicos em várias congregações, mas não conheço um só real dizimista que passa necessidade.  É fácil entender que quem, como Caim, oferece esmolas a Deus receberá, também, de acordo com o que ofereceu.
Fui jovem e já sou velho, mas jamais vi um justo mendigar o pão. Salmos. 36.25 (versão grega).
Se você ama o Senhor, praticando a palavra trazida por Jesus Cristo e quer ser próspero, pelo menos quanto ao suficiente, deve sacrificar-se pagando integralmente o dízimo ao templo de sua ordem.   O sacrifício é uma prova de fé.  O fiel pagamento do dízimo constitui honra, fidelidade e agradecimento a Deus, o Grande Provedor.  O dízimo não é um preceito que consta apenas no Antigo Testamento, pois está gravado de forma cristalina, também, no Evangelho, apesar de não se referir a dez por cento, mas sim a ofertas (não à irrisórias esmolas).
Não é o donativo em si que procuro e, sim, os lucros que vão aumentando a vosso crédito. Um sacrifício (um donativo), Deus aceita com agrado. Em recompensa, ele haverá de prover todas as vossas necessidades, segundo sua glória, em Jesus Cristo. Revelações do Espírito de Deus, não a respeito de pequenas esmolas, mas de ofertas consistentes, em Filipenses,  4.17.
O dízimo não é imposição religiosa, mas, sim, é um donativo necessário para propiciar, de várias formas, a propagação do real sentimento cristão, para o sustento dos pastores, para a construção e para a manutenção dos templos e até para proporcionar a caridade. 
Se você se negar a pagar o dízimo porque não confia no pastor de seu templo, então é hora de mudar, mas não deixe de recolhê-lo.  Lembre-se: nunca deixe de recolher o dízimo ao templo de sua ordem, pois agindo assim, a sua parte, o seu sacrifício e, por conseqüência, os seus merecimentos estarão consumados.  Se sabemos que existem falsos pastores, também é certo que é bem difícil fiscalizá-los quanto aos rumos que possam dar às ofertas.  Você estará levando à casa de Deus o seu sacrifício que estará sendo depositado nas mãos do representante do templo e, perante Deus, a sua parte foi concluída, a contento, e isso basta.  Mas afaste-se de igrejas cujos pastores exigem mais que o dízimo ou de ordens estranhas que tentam usar o nome de Jesus para tentar legitimar suas invenções religiosas e que fazem o membro assinar promissórias quando não conseguem pagar o dízimo do mês.  Isso não é cristianismo.
“Desde os dias de vossos pais, vós vos afastastes dos meus mandamentos, e não os guardastes. Voltai a mim e eu me voltarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos.   Vós, porém, dizeis:  Mas voltar como? Pode um homem enganar ao seu Deus?   Por que procurais enganar-me?  E ainda perguntais Em que vos temos enganado? No pagamento dos dízimos e das ofertas. Fostes atingidos pela maldição, e vós, nação inteira, procurais enganar-me.  Pagai integralmente os dízimos aos tesouros do templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei como experiência, diz o Senhor dos exércitos, e vereis se não vos abro os reservatórios do céu, se não vos derramo minhas  bênçãos a vós, além do necessário!”     Expressas promessas do Senhor Deus, em   Malaquias,  3, revelando a importância dos dízimos.
O dízimo, a oferta a Deus, é a décima parte da renda pessoal de qualquer atividade remunerada, recebida a partir do dia em que você aceitou Jesus verdadeiramente em seu coração, que deve ser recolhido a tempo e ao templo de sua congregação evangélica, da sua igreja católica ou ortodoxa. Se já aceitou Jesus em seu coração e guarda, conscientemente, a palavra e sacrifica-se pagando corretamente ao templo de Deus a décima parte de seus rendimentos pessoais brutos, com toda a certeza a prosperidade suficiente o acompanhará, pois sendo um preceito bíblico, é a verdade de Deus. 
Quanto à prosperidade material além da necessária, tenho em conta sempre agradecer a Deus por não ter-me feito nascer em berço de ouro. Se tivesse nascido numa família abastada, as chances de conhecer e praticar a Verdade seriam muito remotas e, por conseqüência, extremamente remotas seriam as chances da minha salvação. Amém!
 

               
Sexto erro do catolicismo.
O BATISMO DE BEBÊS.
Por que existe a tradição católica de se batizarem crianças de tenra idade se Jesus deixou um claro exemplo ao fazer-se batizar adulto?  Se a tradição foi formada na época dos apóstolos de Jesus, como os clérigos alegam, estão todos equivocados, pois nas quatro edições do Evangelho, e nos livros subseqüentes, não há uma só indicação clara, consistente e elucidativa  de que os apóstolos tenham batizado uma só criança de tenra idade, mas do batismo de adultos há inúmeros exemplos. Há uma citação em Atos dos Apóstolos, 16.33, que o convertido e todos os de sua casa foram batizados, e por isso o clero católico presume que se todos da casa foram batizados, por certo havia crianças nessa família, mas são apenas presunções e não caso comprovado, tal como é a presunção da certeza clerical de que Maria não teve outros filhos.
O maior dos exemplos foi o do batismo do próprio Jesus Cristo. Jesus foi apresentado ao templo ainda bebê, mas o batismo das águas deu-se quando adulto. Se o batismo de bebês fosse um procedimento válido, podem estar certos de que no Evangelho teria sido registrado, especificamente, pelo menos um caso claro disso.
O batismo de bebês faz parte da tradição católica.  Em II Tessalonicenses, 2.14, há referência à tradição apostólica: "Então, irmãos, sede firmes e conservai as tradições que lhes foram ensinadas, seja por palavras, seja por epístolas", mas esses apóstolos não batizavam bebês, não cultuavam imagens e estátuas, não veneravam nem glorificavam Maria e guardavam e santificavam o sétimo dia do Senhor.  Devemos nos lembrar que na época dos apóstolos a evangelização oral era muito importante, pois, é lógico, ainda não havia a disponibilidade de Bíblias que só veio a acontecer no século 16.  Mas é perfeitamente compreensível que depois da introdução da Bíblia aos cristãos, depois de tantos desmandos clericais as dúvidas têm de ser dirimidas pela Palavra Escrita de Deus.
Pelo mundo antigo e atual um número incalculável de pessoas morreu sem receber o batismo. Um só exemplo disso são os cinco milhões de índios que havia na Terra de Santa Cruz, mas nem por isso podemos julgar que foram para o inferno, pois jamais haviam ouvido falar de Jesus ou das Escrituras.  Da mesma forma podemos ver Mahatma Ghandi. Esse constituiu um dos exemplos maiores de amor ao próximo caracterizado na Parábola do Bom Samaritano: Viveu preocupado com seus semelhantes, com a mansidão e com o não revide à violência e até morreu por isso, no entanto, não foi batizado, mas nem por isso podemos julgar que não dorme o sono do justo por não ter sido batizado.  Da mesma forma podemos ver as crianças que morrem sem receber o batismo.
A prática de se batizar bebês é mais um caso em que a tradição católica se sobrepõe às Escrituras.  Mas nenhuma criança alcançará o céu de Deus apenas pelo fato de ter ou não recebido o batismo antes de morrer.  Na sua Justiça perfeita Deus deve ter outras formas de compensar o fato de uma criança morrer sem receber o batismo, pois o batismo representa o perdão dos pecados e cada um tem de ter inteligência, vontade e meios para decidir, por si próprio, se deseja, ou não, se tornar um cristão. Fora disso, tudo o mais são coisas dos homens.
 “Porque dessas crianças será o reino dos céus”.Jesus, em Mateus, 19.14.
Jesus não citou aí o batismo delas para que se integrassem o Reino de Deus.
Conforme Jesus Cristo, sendo o céu de Deus uma Graça de tão descomunal importância, só pode ser alcançada por estrito merecimento pessoal, de acordo com a autonomia de procedimentos como fomos dotados na Criação.  Sendo assim, é inútil o ato precoce de se batizarem bebês, pois esses ainda não possuem o juízo de escolha como também presume-se que nada fizeram para merecer a grandiosidade do céu.  Batizar um bebê é como se o obrigasse a seguir o cristianismo, mas tal escolha tem de ser uma opção pessoal.  Afinal, foi Jesus quem disse: “Só se salvará quem crer e for batizado”.   Ora, se há a necessidade das duas condições para a salvação, uma criança não poderá se salvar, pois estará a lhe faltar a principal e primeira condição: a de crer. Deus nos criou para que escolhamos os nossos próprios caminhos, portanto, ninguém está obrigado a nada, nem mesmo a respeitar a Deus.  Se impusermos o batismo a uma criança, de certa forma, estaríamos obrigando-a a um ato que quando adulta poderia renegá-lo.  Por isso, é inútil o ato de se batizar crianças, com padrinhos ou sem padrinhos. Como disse, nos seus mistérios insondáveis, mas sempre benfazejos, o Senhor deve ter formas de compensar isso. Por isso tudo, vale mais instruir a criança para o cristianismo, não só com palavras, mas muito mais com exemplos cristãos que simplesmente batizá-la ainda bebê, e depois descuidar de sua educação cristã (com padrinhos ou sem padrinhos).
Sétimo erro do catolicismo.
PRATICAR E PROMOVER MISSAS E ORAÇÕES PELOS MORTOS.
“Não façais lamentações pelos mortos”  Ezequiel, 24.17.
Nos meus anos de catolicismo, cansei de assistir a missas pelos mortos e pelas treze almas  até hoje não sei donde tiraram essas tais treze almas, pois das Escrituras não saíram. O homem sábio tem a plena convicção de que o Purgatório foi uma infeliz criação do homem. Quanto a isso, há muitos anos, eu assistia a um programa matinal na Rede Vida, no qual um padre da Paróquia de São Judas Tadeu afirmava que os católicos que tivessem de passar pelo fogo do Purgatório “ficariam ali apenas alguns poucos segundinhos”.
As Escrituras não nos revelam qualquer utilidade da oração pelos mortos, e até abominam isso, mas são inúmeras as revelações que nos ensinam a orar pelos vivos. 
Seja esse homem entregue a Satanás para a mortificação do seu corpo, a fim de que sua alma seja salva no dia do Senhor.   Sentença do Senhor Deus, em  I Coríntios,   5.5.
O versículo acima fala do corpo de um homem pecador colocado à sanha da maligna ação dos demônios, ainda em vida, para que pelo sofrimento se encontre ou se reencontre com Deus, para que sua alma seja salva no dia do julgamento final. Portanto, nada vem a indicar que a alma do homem seja levada a um lugar de sofrimento provisório para que se purifique sob a ação de Belial. Esse é um dos motivos pelo qual sempre afirmo que até o sofrimento terreno é uma bênção de Deus. Quando o homem está afastado de Deus, por apego às coisas mundanas que lhe dão prazer, a única forma de chamar a sua atenção para Ele é permitir que os diabos o atribulem. Quase sempre, é no sofrimento ou mesmo no desespero que o pecador se volta ao Criador.
Na Bíblia, nenhum preceito se acha sobre a utilidade da oração pelos mortos, mas são inúmeras as revelações que nos convocam a ORAR PELOS VIVOS enquanto ainda é tempo. Não adianta orar por uma pessoa falecida, mesmo que seja um parente próximo ou mesmo um familiar, pois esse já obteve seu merecimento eterno enquanto seu corpo, embalagem descartável, era ocupado por seu espírito imortal. A nossa obrigação cristã, em virtude do preceito da caridade, consiste em orar por ele, e com contrição, enquanto seu espírito habitar seu corpo, porque depois de nada adiantará orar por seu espírito. Nada poderá reverter a situação dele na eternidade, mas pelos dogmas da Igreja (que geralmente agridem as Escrituras) foram criadas as orações e as missas pelos mortos, pelas treze almas e outras fantasias religiosas tais como o Limbo, o Purgatório e a compra e a venda dos diretos de um lugar no céu através das antigas indulgências.
Essas inutilidades todas foram criadas exatamente nas épocas da alta corrupção clerical, em todos os graus hierárquicos.  A partir daí o catolicismo, começou a perder suas características essencialmente cristãs, de tal forma que numa época da Idade Média chegaram até a proibir a leitura da Bíblia — conforme já citamos —, mas, mesmo assim, alguns iluminados se rebelaram e fundaram novas ordens, cujos preceitos estavam fundamentados exclusivamente na Bíblia. 
“Irmãos, orai por nós”.  II Tessalonicenses, 3.1.
 “Orai antes por vós mesmos e por vossos filhos”.  Jesus em Mateus, 27.28.
 “Orai uns pelos outros”. Thiago, 5.16.
As escrituras abominam as orações pelos mortos:
 “Não façais lamentações pelos mortos”  Ezequiel, 24.17.
Não se ligue o homem ao espiritismo ou à evocação dos mortos. Advertência do Senhor, em Deuteronômio, 18.10. Não há como alguém negar, se usar de honestidade, que invocar almas, espíritos, santos e santas é o mesmo que invocar mortos. Todos sabem que Jesus Cristo está fora desse contexto, porque, além de sua divindade, como homem ressuscitou ao terceiro dia.

A oração pelos mortos nada tem a ver com a Igreja primitiva, pois começou a ser praticada no século 4º.  Da mesma forma se passa com a veneração dos santos mortos, pois os homens só começaram a ser santificados pelo próprio homem ao final do século 10.



Oitavo erro do catolicismo.
A EXISTÊNCIA DO VATICANO. 
Por que até hoje, os papas  que teriam de ser os primeiros a viver a humildade de Jesus, pois se declaram seus legítimos representantes , não seguiram o exemplo do Mestre Jesus?  Ao contrário, continuam distanciando-se enormemente do exemplo de um Jesus que demonstrava a cada momento o seu desprezo pela glória humana, pela ostentação, pela riqueza terrena, pelo prestígio, pelas tradições humanas e até com a glória após a morte pela construção de túmulos luxuosos e custosos, para demonstrar glória terrena até depois da morte.  Se os membros do alto clero atual abominam os procedimentos altamente maléficos de seus antepassados das épocas da impiedade, é muito estranho que não se importem em continuar a viver no mesmo ambiente luxuoso e ostentoso em que antes aqueles outros construíram e viverem.
Perguntemos a nós mesmos: O Jesus Cristo que se fez nascer na mais alta pobreza, até num ambiente mal-cheiroso, o mesmo Jesus que disse que nem lugar tinha para recostar sua cabeça aceitaria hoje comandar sua religião num suntuoso palácio, cercado de onerosos batalhões de homens escolhidos na elite mundial e de toda uma cara parafernália de obras de arte e outros onerosos objetos que somam centenas de milhões de dólares?  Acaso seus discípulos da humildade também aceitariam tal coisa?  Pelas enciclopédias mundiais sabe-se que só os aposentos particulares de Alexandre VI, papa da época do descobrimento do Brasil, tinha 14 grandes cômodos todos luxuosos e decorados com obras de arte.  Muitos desses papas, que se auto declararam imunes a erros, megalomaníacos, construíram, ainda em vida e cada um para si, nos subsolos do Vaticano, esplendorosos túmulos fabricados pelos mais renomados artistas, tais como o famoso Gian Lorenzo Bernini apenas para lhes servirem de sepulcro.
Enquanto o Mestre não se preocupou em preparar um lugar depois da morte — sabendo que viria breve — esses “herdeiros da Verdade de Jesus” construíram alguns túmulos tão luxuosos que fariam inveja até a alguns dos faraós egípcios. Um desses exemplos foi o do Papa Alexandre VI, o Bórgia, e outro foi o do túmulo mandado construir pelo Papa Sisto V, todo em bronze entalhado para lhe servir de “descanso glorioso” até depois da morte.
Lembremo-nos, ainda, que o Vaticano foi construído sob a mentira. Os papas enganaram o povo ao vender-lhes um lugar no céu por conta de doações extras para a continuação da construção do Vaticano.  Arrecadaram grandes somas com a venda das tais indulgências.  As famílias dos desonrados, torturados e queimados pelos séculos da Inquisição, tinham todos os seus bens confiscados pelo Estado em parceria com a Igreja e essa também é uma das causas que a instituição Igreja se tornou a mais rica do mundo na época.  Por isso conseguiram construir o conglomerado Vaticano, com quase 500 mil M2 em local muito valorizado.
Completamente diferente de Jesus, pela tradição, vivem em palácios para impor respeito?  Ora, o papa imporia mais respeito se dispensasse o seu numeroso e oneroso batalhão de honra do Vaticano; se dispensasse a sua secular corte que constitui a multidão de cardeais vestidos da cor escarlate e de outros clérigos; se distribuísse entre os pobres as imensidões de terras e os imóveis espalhados pelo mundo; se leiloasse o Estado do Vaticano em favor dos miseráveis; se não habitasse o tal palácio, mas, sim, talvez, alguns andares em um prédio de escritórios e se andasse em meio ao povo sem esconder-se atrás de vidros a prova de bala e de seguranças armados, sem medo, tal como o fazia Jesus. Cristo sabia que queriam efetivamente matá-lo, mas nem por isso deixou de circular, diariamente, entre as multidões e é dessa forma deveria ser imitado por aqueles que se julgam seus exclusivos sucessores, mesmo a custo de suas vidas.  Assim agiram, também, Pedro, Paulo e os outros discípulos de Jesus. Portanto, a religião do Vaticano não é a religião da humildade que queria Jesus.
Um dia, um bispo católico respondeu-me que o papa tem de habitar o palácio do Vaticano para impor respeito, pois se habitasse uma choupana não teria autoridade para chefiar a Igreja.   Decepcionado com a falta de sabedoria daquele bispo, respondi-lhe que Pedro e os outros apóstolos, tal como Paulo, tiveram toda a autoridade possível dos céus, mesmo sem um esplendoroso centro de referência, pois comandaram a Igreja do modo mais humilde possível e foi exatamente dessa forma que fizeram que o cristianismo se expandisse do modo mais eficiente possível, mesmo naquela época pastoril de comunicação lenta.  Tal era a autoridade espiritual deles que até mortos ressuscitaram e curavam à simples passagem de sua sombra.  Respondi-lhe, também, que o papa não precisaria, necessariamente, habitar uma choupana, mas habitar o tal palácio, palco de tantos crimes e, num passado não muito distante, como guerras de sangue, torturas, assassinatos, bandalheiras, traições mortais, orgias e de tantos outros agravantes à Lei de Deus está muito distante da essência do cristianismo.  Não é necessário indicar a fonte histórica de tantas bandalheiras e desmandos, pois as boas bibliotecas estão carregadas de registros afins.
Afina, então, quais as diretrizes que Jesus instituiu aos seus sucessores? Eis as revelações de Jesus para aqueles que se propõem a ser seus pastores evangelizadores, o que invalida como coisas de Deus o Vaticano e todas os bens móveis e imóveis que possui a Igreja Católica como instituição:
“Curai os enfermos... Daí de graça o que de graça recebestes. Não queirais trazer em vossas cinturas nome ouro, nem prata, nem dinheiro, nem alforje, nem duas túnicas...”.  Mateus, 10 8.
Jesus Cristo, também seus apóstolos, não acumularam bens e viviam da caridade, portanto, também esses exemplos teriam de ser seguidos pelo alto clero. Afinal, não alegam ser os legítimos sucessores de Jesus? Ao contrário dos papas reis e dos reis papas, Jesus vivia de favores:
Joana, uma rica mulher, casada com Cuza, procurador de Herodes, usava seu dinheiro assistindo a Jesus e seus apóstolos na propagação da boa nova.  A palavra, em Lucas,  8.3.  
Um sacerdote tentou abafar meus argumentos citando que a Igreja é a mesma de São Francisco de Assis. A vida do jovem Giovani Francesco Bernardoni, conhecido como São Francisco de Assis, no século 12, foi um dos raríssimos exemplos de homens nobres que se desfizeram de seus bens em prol dos miseráveis. Era rico e, aos 24 anos, na plena flor da idade, em nome de Deus renegou toda a sua riqueza em prol dos mais necessitados. Só ficou com a roupa do corpo. Mas isso fez exatamente como protesto religioso contra tanta bandalheira religiosa que o clero católica praticava na época e que defende ainda hoje ao praticar os mesmos dogmas criados naquela época de podridão religiosa.  Por isso tudo, não basta citar São Francisco de Assis como um exemplo de verdadeiro cristão, é preciso imitá-lo, e imitá-lo significa, em primeiro lugar, desfazer-se de toda a riqueza material, inclusive a do Vaticano como um todo.

Nono erro do catolicismo.
A REZA DO TERÇO.
Ninguém pode negar que as rezas do terço são extremamente repetitivas e isso Jesus abominou explicitamente em Mateus, 6.7.
 “Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras como fazem os pagãos que julgam ser ouvidos à custa de repetições...”  Mateus, 6.7.
Os padres tentam explicar que o preceito acima nada tem a ver com o terço, mas se conseguem convencer os católicos da tradição, não conseguem convencer aqueles que meditam e que só se orientam pela Bíblia.  Não há como isolar o terço, o rosário, desse preceito porque está perfeitamente claro que é formado por rezas extremamente repetitivas, portanto, sua prática agride as revelações de Jesus no Evangelho. 
Só um hipócrita fariseu enganador pode ter o desplante e a crassa desonestidade de negar que as 165 orações do rosário e as 55 do terço, fora as citações dos mistérios, não consistem orações repetitivas.   
Quanto à introdução das rezas do terço na prática católica, sempre se pegando a aparições, o clero alega que Maria teria aparecido a Domingos de Gusmão lhe pedindo que rezasse o terço. Ora, quem estudou as raízes da Igreja sabe que esse frade foi um dos chefes dos torturadores nos horrores da Inquisição e, portanto, é possível concluir que, bem por isso, jamais poderia ter sido elevado ao grau de santo. Foram os frades dominicanos os mais perversos torturadores e perseguidores dos denominados bruxos, bruxas, homossexuais, judeus, protestantes e outros dissidentes do catolicismo, na Idade Média.  Domingos de Gusmão, criador da Ordem dos Dominicanos fundou, em 1219, uma confraria religiosa denominada "milícia de Jesus Cristo". Os frades da milícia de São Domingos foram os primeiros a aplicarem técnicas de crueldade e violência, que foram copiadas até o século 18 e praticadas pelos algozes da Inquisição.  A inquisição medieval, organizada pelo “Tribunal do Santo Ofício”  exterminou comunidades inteiras e queimou milhares de indivíduos, em nome de Deus.
Então, pergunto: Se fosse possível a comunicação entre vivos e mortos, e se Maria, a bem-aventurada, pudesse ser, mesmo, uma nova mensageira entre Deus e seu povo, escolheria de fato, o fundador da ordem dominicana, justamente o chefe dos torturadores da Inquisição para que ele repassasse aos seus semelhantes uma mensagem de paz e amor? Vamos pensar um pouco? Vamos pensar bastante?

Décimo erro do catolicismo.
A FABRICAÇÃO E CULTO ÀS IMAGENS E AOS SANTOS.
Consiste uma missão impossível o desmentido clerical de que a fabricação e culto às imagens católicas estão fora do contexto das proibições afins contidas no Primeiro Mandamento da Lei de Deus.  Afinal, se Deus tivesse de proibir a simples fabricação das imagens e figuras dos santos do céu ou dos santos da Terra, como teria de se dirigir ao povo de hoje?  Naqueles tempos, Deus não poderia se referir às imagens de gesso pintadas nem às estatuetas de bronze ou de barro com a da Aparecida do Norte, por isso, entendemos que teria de ser da mesma forma como está gravado:
 “Não farás escultura, nem figura alguma, do que está em cima, nos céus, embaixo, na terra, nas águas ou embaixo da terra e não prestarás culto diante delas...”    Advertência  do Senhor, em Êxodo, 20.4. Mais detalhes abaixo.
Além da demonstrada abominação divina quanto à fabricação de esculturas humanas como está gravado em Ezequiel, 16.17, a simples fabricação das imagens e das figuras sacras já afronta o Primeiro Mandamento da Lei de Deus. O culto a elas agrava essa condição.  O mais interessante é que mesmo que possam pairar dúvidas sobre a proibição de Deus de se fabricarem imagens de Jesus, do crucifixo ou de Maria, eu pergunto: Pra que imagens, já que elas NÃO SÃO NECESSÁRIAS no nosso relacionamento com Deus?  O crucifixo nos lembra o sacrifício de Jesus?  Ora, os evangélicos estão sempre a lembrar desse sacrifício sem nunca ter usado uma escultura ou figura para tal.
Não se ligue o homem ao espiritismo ou à evocação dos mortos.   Advertência do Senhor, em Deuteronômio, 18.10.
Repetindo: Ninguém pode negar que invocar almas, santos e santas é o mesmo que invocar pessoas mortas. Invocar a Jesus não é invocar mortos, pois, além de sua condição divina, Ele ressuscitou.  O clero afirma que a famosa “Santa Tradição Católica” — que eu mesmo vivi por mais de quarenta anos — vem da época dos primeiros cristãos, mas não há uma citação bíblica em que os discípulos de Jesus invocaram pessoas mortas. A Bíblia revela que os homens que acatam e vivem os preceitos de Jesus são santos, com direito a vestimentas brancas e imaculadas, conforme o Apocalipse, mas não há uma só referência a eles como possíveis intercessores com direito a estátuas, velas, andores e veneração.
A modificação no Mandamento das Leis de Deus que proíbe a fabricação de esculturas, imagens ou figuras, foi feita pelo alto clero aos tempos do Renascimento.  Tempos dos gênios do pincel e do cinzel. Já sem Deus nos corações, por conta da atroz Inquisição, amantes das artes, das esculturas, os homens do alto clero não poderiam mandar reproduzir, por artistas famosos, tais como Michelangelo e Rafael, estátuas, figuras e imagens representando Deus, Maria, os santos e anjos do céu para embelezar mais ainda a Capela Sistina e o Vaticano como um todo, pois dessa forma estariam em conflito com as Escrituras.  Preferindo as coisas do mundo e levando milhões a erro preferiram suprimir esse mandamento e substituí-lo por convenientes palavras tais como “Amar a Deus sobre todas as coisas”, que acabou por esconder o verdadeiro sentido que o Criador quis dar a esse mandamento. Caindo assim em gravíssimo erro ao desvirtuar a Palavra de Deus, os promotores disso fizeram com que o Vaticano como um todo ficasse carregado de belas obras de arte na visão dos homens do mundo, mas carregado de idolatria e de desrespeito a Deus, na visão do homem sábio, pois até uma figura de um ancião representando o próprio Deus foi pintado por Michelangelo e continua na Capela Sistina até hoje.
Como muitos já o fizeram, e outros continuam praticando, eu também já orei com contrição, na igreja, no seminário e em minha casa, ajoelhado diante de uma estatueta ídolo de barro de Aparecida e de São Judas Tadeu, fitando a imagem, beijando a matéria de argila queimada e passando a mão carinhosamente sobre ela, além de acender-lhes velas. Integrei algumas romarias a Aparecida e ajoelhei-me perante ela. Na Igreja de São Judas cheguei acender velas do tamanho de minha altura, compradas nas dependências do templo. Ora, não estava eu venerando e prestando culto a uma escultura sobre a Terra?  Quem negar isso ou tentar se “explicar” não pode ter autoridade alguma para ensinar a Palavra de Deus. 
Qualquer pessoa, mesmo com pouco estudo, ao ler essa advertência de Deus aos homens, gravadas em Gênesis, 20, e em Deuteronômio, 5, entenderá que a fabricação e uso de qualquer escultura ou figura, seja para culto, reverência ou para simples lembrança se tornará grave desrespeito à lei de Deus. Não há como interpretar tais versículos de outra maneira que não seja a de que Deus abomina qualquer tipo de imagens ou figuras de motivos religiosos. Repetindo: de outra forma, então, como Deus nos alertaria, pela Bíblia, a respeito das imagens atuais? Apesar das pálidas desculpas dos meus amigos padres, nos versículos descritos se incluem as imagens, terços, crucifixos e as pinturas católicas, além dos santinhos, buttons e das outras medalhas e adereços.  Se antes as esculturas eram feitas com cinzéis, em pedaços de rochas nobres, de modo artesanal, hoje são feitas em linhas de produção com materiais mais leves, tal como gesso fundido em moldes. Não há como negar que as imagens de hoje são as esculturas modernas de motivos divinos para veneração.  São as Dianas de Éfeso, às quais Paulo tanto combateu (Atos dos Apóstolos, 19.24). As imagens católicas de hoje são vendidas e dão lucro da mesma forma que as de Diana de Éfeso.
Confesso que logo depois de meditar, com atenção, sobre Êxodo, 20  e sobre as Cartas de Paulo que abominam, gravemente, os exemplos de idolatria , e depois de pedir, em longas orações e jejuns, para que Deus me concedesse sabedoria para tal, acabei por eliminar todas as imagens e figuras que tinha em casa, tanto as de santos como até a de um crucifixo. Eliminei também o terço, pois esse também traz um crucifixo (Não fareis figura alguma do que está nos céus...).
Devo testemunhar que minha fé no Senhor não diminuiu pelo fato de ter eliminado tudo o que poderia lembrar ou assemelhar-se à idolatria, ao contrário, aumentou, pois declaro, perante Deus, que Ele passou a ouvir muito mais minhas orações.  Continuo pobre, graças a Deus, e pretendo continuar assim, mas meus dedos das minhas mãos não conseguem somar as graças recebidas e a plena paz de espírito depois que abandonei o culto às imagens e os pedidos de intercessão sob as imagens de Maria ou de santos.
Sabemos que idolatria não consiste somente na fabricação de imagens representando santos e santas e se prestando culto a elas. Fora as imagens e estátuas, a idolatria abrange, também, o ato de se colocar qualquer coisa que se aprecie mais que o amor de Deus. Por exemplo: se você chora e desmaia quando vê um ídolo cantor, um ator ou outra personalidade famosa à sua frente; se ama mais ou se deseja mais o dinheiro, o conforto e o poder que as coisas de Deus; se você se importar mais com seu corpo e com as coisas que o cercam que com as coisas de Deus, enfim, se prefere viver as coisas do mundo que viver os preceitos de Deus ou até mesmo prefere amar mais a sua família que ao Senhor, você estará praticando a idolatria.
Para alguns é bem difícil sobrepor o amor de Deus ao amor de seus familiares, mas, conforme o próprio Cristo, essa é uma das condições básicas para a salvação do cristão, mas a fabricação e culto às imagens que se alastra cada vez mais é o exemplo mais visível da idolatria abominada pelo Primeiro Mandamento da Lei. Ora, pra que imagens? Pra que honrar santos e santas criados pelo homem? Pra provocar fé? Que fraca fé é essa que necessita de símbolos religiosos para se crer? Afinal não foi Jesus quem disse para crermos sem ver? Por que agredir os preceitos da Lei de Deus se não há necessidade alguma disso?
“Pegaste nos teus adornos que era feito de ouro e de prata que eu tinha te dado e fizeste com eles FIGURAS HUMANAS e idolatraste com elas”.  Ezequiel, 16.17. 
Até no Alcorão dos muçulmanos está inserida a proibição da fabricação e uso de esculturas  que é o mesmo que imagens  e figuras.  Até os nossos irmãos judeus, que antes utilizavam as imagens, ao serem libertados da Babilônia por Ciro fizeram um pacto entre eles próprios que nunca mais produziriam imagens para reverência.  Isso fazem até hoje.
Os clérigos alegam que o fato de o Senhor Deus ter ordenado a Moisés que colocasse sobre a Arca dois querubins de ouro, concede a permissão para fazermos o mesmo. Não deviam invocar tais exemplos semitas, pois tal como a guarda do dia do sábado, com ritos e paramentos, tudo isso também deveria ser visto como “coisas de judeus”. Não devemos incidir em hipocrisia ao usar o Velho Testamento só quando nos interessa.  Contudo, quanto aos bois e querubins de ouro citados, em primeiro lugar não se tratavam de estátuas de homens e de mulheres predestinados a culto como vemos hoje.  Segundo: cada ato de Jesus na Terra teve como intenção divina deixar bem claro ao homem como teria de agir para salvar-se na eternidade, mas Deus, é claro, nunca agiu de forma a deixar ao homem exemplos realizados por Seus atos de como o homem deve agir, mas sim, apenas ordenou ao homem o que fazer, se quiser a eternidade feliz, e nessa ordem está incluída a proibição de se fabricar qualquer tipo de escultura antiga ou moderna. Se Deus ordenou ao homem fundir dois querubins, isso não nos dá o direito de fabricarmos, por nossa conta e vontade, quaisquer outras estátuas ou figuras abominadas por Ele mesmo, mesmo porque, Sua palavra exige:
“Não farás para ti imagem de escultura nem figura alguma...”.
 “Pegaste nos teus adornos que era feito de ouro e de prata que eu tinha te dado e fizeste com eles FIGURAS HUMANAS e idolatraste com elas”.  Ezequiel, 16.17.
Os clérigos que defendem a fabricação de imagens e estátuas de santos e santas, baseados nos exemplos citados nos quais o Senhor mandou colocar bois e leões na entrada do templo de Salomão e querubins sobre a Arca da Aliança, é como se estivessem contestando-O e, ao mesmo tempo, ofendendo-O:
“Senhor, Vós nos proibistes de fabricar imagens e estátuas, mas, paradoxalmente, Vos desdissestes ao ordenar a construção dos bois e dos querubins..., então, Vossa proibição anterior fica sem efeito, portanto, nós também, a partir de agora, temos o direito de fabricar outros tipos de estátuas e de imagens para culto”.
O culto de veneração a imagens começou ao final do século 8º, portanto, nada tem a ver com a Igreja primitiva.
Quanto aos bois e aos leões colocados na entrada do templo de Salomão, e quanto aos querubins de ouro da Arca da Aliança, está claro que os israelitas não os veneravam e nem lhes prestavam culto; não carregavam cópias deles sobre andores em triunfo pelas ruas; não lhes acendiam velas, nem os beijavam e tampouco oravam a essas esculturas pedindo sua intercessão, pois sabiam que só a Deus tinham de prestar culto.

Também não há como invocar o passado de Abraão ou de Moisés para tentar legitimar a fabricação de qualquer imagem ou de figura, pois está absolutamente claro que Deus abominou o culto a qualquer tipo de imagem, mesmo que fosse daquela que dizem indicar a prefiguração do Messias:

(Ezequias)  Destruiu os lugares altos, quebrou as estátuas e  fez em pedaços a SERPENTE DE METAL que Moisés tinha fabricado, porque até então os israelitas tinham lhe queimado incenso... II Reis, 18.4.

Só os católicos, os ortodoxos e os pagãos continuam com essa prática proibida e inócua. Deus nunca muda suas determinações proferidas aos seus profetas. Afinal, a Palavra de Deus é imutável ou não?  No início, Eva errou e desobedeceu a Lei que na época teria sido a de um só versículo e bem fácil de ser respeitada, por isso, os filhos de Eva teriam de nascer pela dor. Até hoje está valendo essa Lei de Deus, pois por seus próprios desígnios Ele não pode desdizer-se. Essa perpetuação acontece com qualquer preceito bíblico.  Há preceitos que podem proporcionar duas ou várias interpretações, mas outros não, e esse preceito da proibição de imagens, e a da santificação do sábado, por estarem colocados de modo cristalino, contundente, conclusivo e esclarecedor não concede outras interpretações.
Ao visitar diversos templos evangélicos, testemunhei, invocando Deus por testemunha, milagres fenomenais tal como a cura completa da surdez total de uma criança e do pleno restabelecimento de uma aidética terminal.
Nem é preciso dizer que os cristãos dali, que oraram juntos, alguns que de tão emocionados chegaram às lágrimas, não invocaram Maria nem santo humano algum, tão somente se dirigiram ao Espírito Santo de Deus por intermédio do nome Santo do Senhor Jesus.  Nada mais fizeram do que se orientar, exclusivamente, pela Bíblia.
 “Em verdade, em verdade eu vos digo:  Aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e as fará maiores ainda do que estas.   Porque vou para junto do Pai.  E  tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei para que o Pai seja glorificado no Filho.  Qualquer coisa que me pedirdes em meu nome, vo-lo farei. Se me amais, guardais os meus mandamentos”.   Promessas de Jesus, em João, 14.12.
Hoje, em 2003, mesmo com tantas reformas radicais e importantes que teriam de ser implantadas no catolicismo, o papa atual se preocupa em mostrar solenemente ao mundo os novos temas para as contas do rosário. Pediu perdão ao mundo pelos males causados pela Inquisição, mas insiste em conservar preceitos criados naquelas épocas, como insiste em conservar as extensas riquezas da Igreja e o fabuloso Vaticano com porteira fechada e seu batalhão da guarda de honra.
Quanto ao rosário e o terço, não há como separá-los de Maria. Sabe-se que a Bíblia cita, por algumas vezes, a palavra mulher.  Invocando o Apocalipse, 12, o clero interpreta, convenientemente, a mulher ali citada como sendo a figura de Maria.  Mas a mulher bíblica, tal como em Gênesis e no Apocalipse, representa a Igreja de Deus na forma do Velho Testamento e da Cidade de Jerusalém na qual através do sacrifício do Messias se consolidaria a Igreja de Jesus.
Vem, eu te mostrarei a noiva, a esposa do Cordeiro... mostrou-me a cidade santa Jerusalém (a Igreja)  Apocalipse, 21.10.
Ainda no Apocalipse, capítulo 17, a mulher também é representada como um estado do mal: o tempo de corrupção igual ao babilônico. A mulher vestida da cor escarlate! E isso bem pode ser atribuído ao tempo da extensa corrupção e desmandos dos falsos pastores da Idade Média:
“A mulher estava vestida de púrpura, de escarlate, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas e tinha na mão uma taça cheia de abominação  e de imundície...”. 
Quanto à cor escarlate usada pelos cardeais, dizem que essa cor representa o sangue dos mártires católicos, mas, então, pergunto: E quanto ao sangue dos milhares de mártires que o próprio catolicismo trucidou?
Quanto ao mito Maria, o clero conseguiu fazer da mulher do carpinteiro José uma eterna virgem absolutamente pura desde o seu nascimento até a morte. Se bem que Maria foi uma bem-aventurada por ter sido escolhida entre as demais jovens israelitas para gerar o Messias, não poderiam ter feito dela a figura mais importante nos céus depois de Jesus.  Diferente disso foi nos revelado por Jesus, como veremos em seguida.
Por ter sido casada é bem possível que Maria tenha tido outros filhos além de Jesus. A Bíblia nos revela que a mãe de Jesus foi procurá-lo numa reunião, acompanhada dos irmãos de Jesus. O clero, obcecado pela imagem de Maria, jovem e bela, um mito sustentáculo do catolicismo, tenta dissociá-la de um leito nupcial partilhado com José, mesmo que esse ato entre pares casados seja abençoado por Deus.
Quanta religiosidade inútil! Quanto misticismo! Quanta omissão! Jesus veio para sacrificar-se em prol da humanidade e não para exigir sacrifícios inúteis aos seus familiares. Maria era jovem e devia ser meiga e bonita, assim como devia ser o jovem José.  Entende-se, perfeitamente, que se amavam bastante e residiam sob o mesmo teto. Por certo, amaram-se intensamente, ele como varão e ela como virago. Perante a Bíblia, não há como alguém, que não se oriente por misticismos, negar isso.
Em Mateus e em Lucas está bem claro que José e Maria coabitavam maritalmente, mas o clero foge disso como de todas as maneiras possíveis e ainda tenta “explicar” seu modo a clareza desse exemplo que nos mostra que se mantiveram separados maritalmente até o nascimento de Jesus:
 “José não a conheceu até que deu à luz um filho, e pôs-lhe o nome de Jesus”.    Mateus, 1.24.
“Filho, eu e teu pai te procurávamos cheios de aflição”.  Lucas, 2.42  Maria, revelando que ela José e Jesus constituíam uma família.
José era marido de Maria e Maria era a mulher de José, e quanto ao casamento, o Evangelho nos revela, em Efésios, 5.31:

“...Deixará o homem a seus pais e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne”. Também Maria e José se tornaram uma só carne, e bem podem ter gerado filhos.

No Concílio de Latrão, ano 469, os clérigos votantes determinaram que Maria não gerou outros filhos de jeito nenhum, agredindo a Bíblia que não nos revela isso com a necessária clareza.  Mas não só por uma vez a Bíblia de Deus nos revela que Maria estava acompanhada pelos irmãos de Jesus (Atos 1.14 e Mateus 12.47). Ora, é difícil imaginar que Maria só andasse em companhia de sobrinhos ou primos.

“Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele”. Marcos, 6.3.

Meus pobres clérigos, não seria altamente estranho aos que se referiam a Jesus dizerem: “Não é este carpinteiro filho de Maria e primo de Tiago? Não estão aqui conosco seus parentes?”

Paulo, em Gálatas, 1.18, escreve:  “... dos outros apóstolos não vi nenhum senão Tiago, o irmão de Jesus”  Ora, quando então encontraremos um só irmão na versão católica. Só existiam primos naquela época?  Quando as Escrituras nomeiam André como irmão de Simão Pedro, seriam, então, primos?
Sabendo-se que Jesus nunca quis ser um humano especial, pois se foi descendente de homens justos, como Davi, Salomão e outros, até esses erraram; como também descendeu de uma corja de criminosos, prostitutas, enganadores, mentirosos, impiedosos, sanguinários e até de incestuosos; sabendo-se que veio em extrema humildade e quis nascer de uma família comum e pobre, fora do lar, em hora e ainda em local impróprio; sabendo-se que foi enjeitado ainda no ventre de sua mãe, pois não lhe arrumaram um lugar nas estalagens de Belém; conhecendo-se que Jesus nunca se aliou aos abastados, aos políticos e ao poder; sabendo-se, também, que se acercou de homens rústicos de Cafarnaum, banais repetidores de palavrões que pescavam nus, nada mais compreensível que Jesus faria questão de nascer numa família comum, num lar comum e com outros irmãos.   Depois de tanta humildade por que, então, Jesus se preocuparia em nascer filho único, ou que sua mãe e seu pai adotivo vivessem sob o mesmo teto, mas separados de corpos? Que lar estranho e anormal seria esse no qual o marido e a mulher que se amavam, ambos jovens e saudáveis, teriam de dormir sob o mesmo teto, mas sem tocar-se?  Que estranha família o Criador teria escolhido para acolher o humilde Jesus? Vamos pensar um pouco? Vamos pensar bastante sobre isso?
Um bispo católico me escreveu dizendo que José não era um jovem, mas sim um ancião que se casou com Maria.  Respondi-lhe, então, que estava se sobrepondo às Escrituras e que o clero católico engana o povo ao colocar no presépio a imagem de um José jovem ao lado de sua esposa Maria.
Conforme a mídia tem propagado, aproveitando a devoção Mariana do papa João Paulo II, há alguns anos está havendo uma reivindicação entre os católicos, encabeçado por cinco centenas de bispos e cardeais, principalmente de Roma, querendo que ele oficialize o nome de Maria ao grau de quase uma quarta pessoa na Trindade de Deus.   Pesquisei os escritos dos quatro evangelistas, os Atos, as cartas de Paulo e outras, e em nenhuma delas notei qualquer inserção que, mesmo fracamente, legitimasse a exaltação à Maria como necessária intercessora e nem mesmo quanto a uma possível utilidade dela como evangelizadora, pois o papel dela foi outro e o cumpriu fielmente.  Os clérigos confundiram o pedido de Maria para que Jesus providenciasse mais vinho para numa festa de casamento — que por certo deixou os convivas mais “alegres” ainda — a uma perpétua intercessora perante o céu.   Foi atendida, mas levou uma reprimenda por isso.
 
 O Senhor decretou não conceder favor algum sem a mediação de Maria. Por isso nas mãos delas está nossa salvação.  Escritos de Santo Afonso de Ligório.

Quando Jesus, já na cruz, pediu a João que guardasse Maria  que ali sofria muito por Ele como qualquer mãe , se nesse momento Ele estivesse estabelecendo a Maria como um tipo de mãe da Igreja, teria antes se dirigido a Pedro, que de qualquer maneira teria de estar ali presente. Afinal, Pedro foi estabelecido como chefe dos primeiros cristãos e não João evangelista.  De uma outra forma, mais plausível e simplíssima, Jesus poderia ter exclamado a todos os presentes e não só a João, a frase: “Eis aí a vossa mãe. Mãe, eis aí os vossos filhos”. Mas Jesus disse apenas:
“Mulher, eis aí o teu filho. Filho, eis aí a tua mãe”. E, dessa hora em diante o discípulo a levou para sua casa.  João, 19.26.  Afinal, por que a Igreja de Jesus necessitaria de uma mãe? Que coisa mais sem jeito! 
Por essa última colocação bíblica, presumindo-se que José já tivesse falecido, fica absolutamente claro que Jesus queria apenas que João, o único apostolo ali presente, o único que não seria martirizado, cuidasse de sua mãe, e isso ele deve ter feito a contento. 
Outro João, João Batista, o adventista de Jesus, tinha seis meses a mais que a idade dele e era seu primo em primeiro grau.  Sabemos que a missão de João Batista foi a de avisar ao povo israelita do grande evento pelo qual o Messias estava na iminência de revelar-se.  Sua incumbência consistiu na alta honra de preparar o povo para o monumental evento que era esperado havia mais de sete séculos, segundo Isaías. Ciente do imenso poder do Messias, João Batista poderia ter-se dirigido ao seu divino primo para que não fosse decapitado na masmorra, onde se encontrava. Jesus poderia ter salvado João, se ele lhe houvesse pedido isso!   Mas, João, na sua superior sabedoria, tomado por alto grau de avivamento espiritual adquiridos numa vida de penitência dedicada exclusivamente aos interesses divinos, almejava muito mais do que a vida de seu corpo, por isso, o Senhor Deus o constituiu como o ser nascido de homem e de mulher mais importante que se encontra nos céus. Mesmo consternado – é possível imaginar --Jesus não impediu a execução de seu amado primo exatamente para propiciar a inefável vitória dele. E é exatamente por isso, conforme explícita e incontestável afirmação da palavra de Deus nas Escrituras, inegavelmente João é a figura cristã muito mais importante do que a própria  mãe de Jesus.   
Em Lucas, 7.27,  Jesus chamou a João Batista de anjo de Deus!  Também afirmou que João Batista era o Elias que devia voltar (como curiosidade, os adeptos da transmigração do espírito se valem dessa afirmação). 
 “Na verdade vos digo: entre os nascidos das mulheres não veio ao mundo outro maior que João Batista; mas (ainda assim) o menor no reino dos céus é maior do que ele”. Revelações de Jesus, em Mateus, 11.11, pelas quais se revela que João Batista, perante o céu, sempre foi mais importante que a própria mãe de Jesus.
Por que, então, esse culto exagerado a Maria? Por que Jesus procurou deixar bem claro que João Batista foi colocado por Deus num patamar espiritual mais importante que Maria?
Porque João Batista e os outros apóstolos de Jesus produziram muito mais que Maria.  Se Maria foi escolhida por Deus entre as outras jovens para gerar o Messias, depois disso pouco contribuiu em termos de evangelização de pagãos e de judeus. Qualquer homem desligado da tradição católica que lê as Escrituras concluirá, de modo justo e leal, que NÃO FOI ESSA A MISSÃO DE MARIA. Como não poderia deixar de ser, depois de cumprir sua missão como veículo necessário para a vinda de Jesus, Maria se tornou apenas uma esposa, uma dona-de-casa, sem bem que especial. Ao contrário, João Batista e os outros discípulos de Jesus foram humilhados, sofreram as agruras das perseguições, peregrinaram por terras de homens ferozes e brutos; foram humilhados, chicoteados, pisoteados, encarcerados, apedrejados, e até supliciados em nome de seu Mestre  para que a causa da propagação do real sentimento cristão se alastrasse entre os povos.  Proporcionalmente, foi a época de maior conversão de todos os tempos e assim será até a consumação dos séculos e, por isso, entende-se, facilmente, que se tornaram muito mais importantes que Maria.
Esse exagero insensato em torno de Maria foi criado, como sempre, nas épocas em que os chefes do catolicismo comandavam abrigados sob o teto dos reis, conforme veremos. Foi nessas épocas, também,  que aconteceu a maior omissão clerical evangelizadora  , que homens que viviam a ostentação dos palácios criaram a tese absurda de que aquela serva de Deus tivesse nascido sem a marca nossa do pecado original.   Como é fácil concluir, por tudo o que pregou e pelo modo absolutamente coerente pelo qual viveu os preceitos que veio implementar, percebe-se que Jesus nasceu de uma mulher comum, escolhida no momento entre o povo, numa família comum, portanto, nunca se preocuparia em nascer de uma mulher especialíssima, previamente preparada, e que assim viesse ao mundo sem a herança de Adão e Eva.  Nada há na Bíblia que diga respeito a isso e sabemos que a extrema humildade de Jesus não permitiria atribuições especiais àquela que o gerou, nem antes, nem depois do seu nascimento.  Se não há fundamentações bíblicas, quem crer em Maria como é apresentada pelos clérigos estará praticando puro misticismo.
Apesar do misticismo católico, é inegável que José e Maria — residindo no mesmo teto, nem o clero tem a coragem de negar isso —, praticaram a normal e necessária união de corpos.  Se eram casados e se amavam nem é preciso imaginar diferente. Podem estar certos de que se Maria tivesse sido predestinada por Deus a ser um “reforço espiritual” no futuro, tal atribuição teria de estar citada na Bíblia, mas os apóstolos praticamente a ignoraram como não poderia ser diferente. Da mesma forma, se Deus quisesse que Jesus nascesse de uma sempre virgem, perfeitamente imaculada, entende-se que teria nascido de uma piedosa jovem solteira que jamais amaria homem algum, mas isso conflitaria com um Messias que veio ao mundo sem regalias especiais, como assim veio.   De outra forma, uma Maria diferente, colocada numa redoma de vidro por toda a sua vida e referências à utilidade como intercessora estariam registradas nas Escrituras. Por isso, todo o resto é misticismo!
Quem estudou as raízes da Igreja sabe que foi no Concílio de Nicéia, ano 787, quando os papas já reinavam há séculos em confortáveis palácios, na época em que começava a rarear os santos, que começou a ser criado o mito Maria.  Sob a assinatura do Papa Adriano I, foi implantado a hiperdulia, o culto oficial à Maria. Foi aí que a idolatria católica começou a ser incrementada e progressivamente avançou para o que vemos hoje.
Em 1854, mais ou menos meio século após o término do período da Inquisição Católica, o Papa Pio IX, por decreto, promulgou um dogma que fazia da mãe de Jesus, mas também da dona de casa e da mulher do carpinteiro José, a "Imaculada Conceição".  Ora, como todo homem de família abastada que tomava posse do papado e fazia o papel de “legítimo representante de Deus na Terra”, também Pio IX — em processo de santificação por João Paulo II — não foi nenhum santo. Aliás, esse papa revelou-se um rei e governante cruel, seqüestrador, arrogante, irritadiço; humilhava as pessoas que o cercavam e era um conhecido anti-semita. Foi esse mesmo papa que acabou por instituir a malfadada infalibilidade papal. Pela lei da supremacia papal sobre todos os seres — instituída por eles próprios — tudo o que um papa fizesse na Terra teria de ser um ato abençoado por Deus, mesmo que ordenasse destruir famílias, torturar barbaramente e queimar vivos aqueles que só queriam se orientar pela Bíblia. Conforme os clérigos, mesmo que um papa cometesse as piores insanidades, atrocidades e barbaridades possíveis a um servo de Satã, ao levantar a mão para abençoar o povo, ou se decretasse um cânone, “era Deus que agia por ele (AVE!)”.  Se vendesse um lugar no céu, era Deus agindo por ele.

Em  dezembro de 1866, numa das suas encíclicas, essa denominada  "Quanta cura", o Papa Pio IX emitiu uma lista de abominações sob dez diferentes títulos.  Sob o título 4º ele determinou: "Socialismo, comunismo, sociedades clandestinas, sociedades bíblicas... pestes estas que devem ser destruídas através de todos os meios possíveis".
 
Contra Pio IX há a acusação provada e bem conhecida de que, a mando dele, em 1858, a policia de Bolonha seqüestrou uma criança de família judia, de apenas seis anos, de nome Edgardo Mortara. Pio IX separou-o completamente de seus pais ao confiná-lo na Casa do Catecismo, no Vaticano, até que ele e seus pares conseguiram fazer dele um padre católico.
 
Pio IX foi um perseguidor dos judeus; chamava-os de cachorros. Cecil Roth, o historiador britânico, comparou as condições dos judeus sob o reinado papal com as dos judeus na Alemanha nazista da década de 1930.

Apesar de tudo, o Papa João Paulo II, na sua ânsia de fazer santos cada vez mais, fez de Pio IX mais um santo católico, uma figura cândida, com direito a uma auréola na cabeça e um lírio ou uma Bíblia nas mãos. Especulando sobre os motivos da decisão de beatificar Pio IX na mesma cerimônia do Papa João XXIII, até o semanário católico britânico The Tablet registrou, em recente editorial:

"Só pode ser vista como decisão política, que visa dar um contrapeso conservador e reacionário à beatificação de João XXIII... É impossível deixar de concluir que a beatificação de Pio IX é obra de um pequeno grupo de ultraconservadores".         Philip Pullella, Reuters, jornalista.

Em 1950 aconteceu o pior: o Papa Pio XII proclama a "Assunção de Maria”. Não contente com tanta idolatria à Maria, esse papa inventou uma fórmula mágica que fazia por elevar o velho corpo físico da mulher do carpinteiro José até ao céu. Por decreto papal,  Maria, já idosa, depois de morrer, “teve até o seu velho corpo mortal recebido por Deus, no céu”.  Um absurdo sem tamanho!
“A carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus”. I Coríntios, 15.40.
Lorraine Boettner, citando partes da tradição católica com referência à Maria, descreve, numa fábula, demonstrando puro misticismo:
“No terceiro dia depois da morte de Maria, quando os apóstolos se reuniram ao redor de sua sepultura, eles a encontraram vazia. O sagrado corpo fora levado para o paraíso celestial. O próprio Jesus veio para levá-la até lá e toda a corte dos céus veio para receber com hinos de triunfo a mãe do divino Senhor. Que coro de exultação! Ouçam como eles cantam: Levantai-vos as vossas portas, ó príncipes, ó portas eternas para que a Rainha da Glória possa entrar”.
Pio XII, que tem muito a ver com o incremento ao mito Maria, não foi nenhum santo. Ao ser empossado como papa, seu primeiro ato foi o de exigir sumariamente a expulsão de todos os jovens e crianças estudantes de descendência judia dos colégios ligados ao Estado do Vaticano. A História registra isso de modo bem claro. Lembramos que Jesus jamais agiria desse modo.  Pio XII foi outro da multidão de papas que odiavam os nossos irmãos judeus. Omitiu-se, como nunca poderia, durante a II Guerra, com respeito ao Holocausto nazista. Recebeu, no interior do palácio do Vaticano, com pompa e com honras, Hitler e toda a sua sanguinária comitiva. Ignorou completamente os apelos desesperados e angustiantes de cidadãos italianos israelitas para que intercedesse, perante Hitler, pela vida de seus parentes que viviam na Alemanha ou na Polônia.
A História da Segunda Guerra registrou que durante a ocupação da Itália, ativistas nacionalistas radicais colocaram uma bomba em um túnel e com isso mataram trinta soldados alemães. Irado, como sempre, é notório que Hitler mandou que fossem executados dez italianos do povo para cada soldado morto. Do mesmo modo que o papa católico da época se omitiu vergonhosamente por não tentar impedir que o trono Inglês executasse a jovem guerreira Joana D´arc aos modos da Inquisição católica, o Papa Pio XII também não fez absolutamente nada para impedir ou protelar a execução dos trezentos italianos escolhidos, na maioria cidadãos chefes de família. Por temor a represálias, nem ao menos se dignou a interceder junto a Hitler uma só vez pela vida deles. Os trezentos inocentes foram executados friamente. Fora essas grandes e graves omissões aconteceram outras de menor importância, mas que não poderiam ter ocorrido com um “representante de Deus na Terra e com um real seguidor dos preceitos de Jesus”. Ao contrário de Pio XI, seu antecessor, Pio XII, foi um grande racista e, tal como Simão Pedro antes da revelação, tornou-se um grande covarde. É a esse homem, que tanto falhou nas atribuições como “sumo pontífice”, que o Papa João Paulo II tentou  elevar ao grau de mais um santo católico, curiosamente, justamente em decorrência desse mesmo tempo de seu papado.  Não fossem os altos protestos, esse papa nada santo seria mais um santo católico na volúpia de santificações do Papa João Paulo II.
O Papa Pio V, no século 16, a época que registrou o ápice da corrupção clerical católica, também canonizado santo intercessor, teve muito a ver com o culto a Maria, com o rosário.  Pio V, se pode ter feito boas coisas tal como acabar com a compra de votos para eleger papas ou cardeais, não poderia ter sido elevado ao grau de homem santo homem de Deus, pois atuou como juiz supremo de um Tribunal da Inquisição.  Mandou até construir uma grande sede para abrigar mais um desses tribunais e no subsolo dessa construção foi cavado mais uma das terríveis masmorras da Inquisição, local das torturas dos cinco graus. Pio V, Pio IX e Pio XII se tornaram exemplos do tipo de homens, investidos da “infalibilidade”, que criaram o mito Maria, o rosário, o terço, o Purgatório, limbo, etc.
O “Santo” Papa Pio V promoveu guerras de sangue no episódio Anabatistas e Lepanto na qual morrerem centenas de pessoas.  Nessa  guerra, após a vitória dos cristãos contra os muçulmanos, em 7 de outubro de 1571, publicamente atribuiu a vitória à Nossa Senhora. 
Da mesma forma, São Luis Maria Grignon de Monfort, no seu “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, escreveu:
 
“O quarto favor que a santíssima virgem presta a seus fiéis servos é defendê-los e protegê-los de seus inimigos... Esta mãe e princesa poderosa enviaria antes batalhões de milhares de anjos em socorro de um só de seus servos...”.
 
Depois do Jesus do perdão e do amor até aos inimigos, como poderia Deus enviar um reforço dos céus para matar os inimigos da cristandade?  Se nem agiu contra as mortandades dos primeiros cristãos promovidas pelos imperadores romanos, como poderia agora interferir na Terra com a força, e ainda através do espírito de uma mulher?  Não está, então, corrompida a tal tradição católica?
“Simão Pedro, embainha a tua espada. Se eu quisesse poderia rogar ao Pai e Ele enviaria doze legiões de anjos...” Jesus, em Mateus, 26.52.
Pio V (1566 a 1572) publicou uma nova edição do catecismo oficial da igreja, no qual o amor ao próximo e a misericórdia deveriam ter destaque na vida do católico (sic!), mas por outro lado, como chefe do “Santo Ofício da Inquisição”, esquecendo a tal “misericórdia”  enviou muitos para as fogueiras da tortura mortal.

     O Papa Pio V, o novo santo de João Paulo II, vangloria-se publicamente diversas vezes de ter, durante a sua carreira de inquisidor, colocado fogo com suas próprias mãos de mais de 100 fogueiras de hereges criados pelo seu  Tribunal do “Santo” Ofício e condenados à morte. Dessa forma, fez o papel de juiz e carrasco. Quem, afinal, é santo?

Portanto, vamos crer nesses homens, antigos reis do mundo e seus adendos sem fundamentação bíblica que permanecem até hoje ou no Deus da Verdade e do Jesus da humildade que deixou tudo muito bem escrito, de modo muito claro e compreensível? Benditos sejam os Escritos bíblicos que orientam aqueles que não se deixam levar pelos fariseus! Conforme o último versículo da Bíblia, ai daqueles que tentarem acrescentar mais preceitos bíblicos aos já existentes ou adulterá-los e com isso induzir outros a erro!  Conforme o conteúdo bíblico por inteiro, tal ameaça não pode servir apenas para o Livro do Apocalipse.
É por isso que a cada dia que passa amo mais a minha Bíblia.  Com o passar dos séculos as coisas foram distorcidas, mas a minha Bíblia continua sempre a mesma.  Mas eu a consulto ignorando o rodapé das traduções dos homens.  Mas, garanto-lhes que amo muito ao meu Senhor e ao meu próximo, e tento viver a cada instante os preceitos do Evangelho, conscientemente. Tenho em conta que a Palavra de Deus, inserida em Mateus 25.31 a 44, é um verdadeiro e prático resumo da Bíblia como caminho para o céu e, na medida do possível, tenho procurado praticar os preceitos ali registrados.  Como disse, tal como Jesus, não censuro a pecadores comuns, mas apenas os fariseus que deturparam as coisas de Deus de modo tão brutal, pois esses enganaram as multidões e por seus exemplos de maldade e corrupção, por séculos trouxeram a descrença no cristianismo impedindo a evangelização dos pagãos. 
Conforme os livros de vários autores sobre a maldita Inquisição é fácil concluir-se que nessa época era mais pecado matar ou torturar um judeu ou um albigense que faltar a uma missa de domingo, pois conforme a tal tradição católica, é considerado “pecado mortal faltar a uma missa nos dias santos ou no domingo”.
Os sacerdotes desprezaram a minha Lei, mancharam o meu santuário; não distinguiram entre o santo e o profano e entre o que é puro e o que é impuro; afastaram-se dos meus sábados e eu era profanado no meio deles.  Ezequiel 22.26 
Ao estudar a Bíblia, concluí que Cristo, além se ser o dileto Filho de Deus, se tornou o último dos profetas que falaram por Ele, pois seus apóstolos apenas repetiram, depois de Pentecostes, com muita fidelidade, o que aprenderam de seu amado Mestre. Para deixar bem claro como o homem deve se portar para alcançar o céu, mediante a Graça de Deus, além de nos revelar o que fazer, o próprio Cristo viveu, a cada momento, os preceitos que veio nos legar. Portanto, Jesus se tornou, também, o homem mais coerente que existiu sobre a face da Terra. Para legitimar, ainda mais, os seus preceitos, ofereceu em holocausto o seu próprio corpo verdadeiramente humano. O ex-Frei Leonardo Boff foi muito feliz ao escrever que somente Deus disfarçado de homem conseguiria ser tão humano e tão perfeito. 
Cumpridas suas peregrinações, Cristo Jesus entregou-se à sanha do ódio humano para nos mostrar a imensa importância do perdão, do amor irrestrito, da tolerância e da descomunal predominância que deve ter o espírito sobre a matéria.  Desse modo, a Grande Mensagem culminou com o Grande sacrifício do Cordeiro, que se constituiu no exemplo final, definitivo e até terrível para quem, depois de tomar conhecimento da Verdade, desprezar a grandeza imensa de tal Sacrifício. Portanto, entendo, que depois dessa Mensagem Completa, até o Juízo Final, mediante o aparente silêncio de Deus, nenhum outro fato divino poderá haver que venha a ratificar ou retificar a Mensagem de Jesus por meio de fenômenos físicos ou de misticismos. Para isso basta seu divino Legado. Afinal, a Boa Nova seguida do Grande Sacrifício do Cordeiro não se consolidou como uma graça suficiente aos que viverem coerentemente o cristianismo, não só no interior do templo, mas principalmente fora dele? Afinal, teria sido incompleta a Mensagem do Messias de Deus que necessitaria ser fortalecida com presumidas aparições?
Depois do Grande Sacrifício do Cordeiro, como Deus enviaria o espírito da mulher do carpinteiro, a mãe à qual Jesus chamava apenas de “mulher”, numa aparição a dois ou três de cada vez, com um recado para que rezássemos orações através de contas, prática essa advinda de usos pagãos? Por que Deus faria surgir em meio à lama do Rio Paraíba uma estatueta, já que Ele abominou explicitamente tais coisas?  O terço, ou antes, o rosário, foi inspirado nas 108 contas das rezas budistas.  Acaso as rezas do terço não agridem o preceito bíblico pelo qual Jesus abominou as rezas repetitivas?  Quanto e esse preceito, em Mateus, 6.7, evidentemente, os padres se esforçam por explicar que nada tem a ver com o terço, mas não conseguem convencer os mais preparados. Para isso trazem à tona as glorificações do profeta Daniel, mas nenhuma glorificação de Daniel é repetida por inteiro, diferente das místicas “avemarias”.
“Tu é bendito, senhor de nossos pais...
Tu é bendito no templo santo de tua glória...
Tu és bendito no firmamento dos céus...
 Tu és bendito sobre o trono de teu reino...”  Daniel, 3.52...
Em algumas edições da Bíblia católica foram suprimidas, conveniente e desonestamente, a palavra “repetições” e substituída pela frase “força da palavra”.  Não há como isolar o terço, o rosário, desse preceito, portanto, sua prática agride as revelações de Jesus:
 “Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras como fazem os pagãos que julgam ser ouvidos à custa de repetições...”.  Mateus, 6.7.
De outra forma, como Jesus poderia ter nos alertado para o ato nocivo de orar com vãs repetições?
Para bem entender a inutilidade e a inconveniência da oração repetitiva, vamos ilustrar, de modo até infantil, mas eficiente:  Sendo a oração louvor e prece, imagine-se na presença de um rei ou do presidente da empresa na qual você trabalha. Foi procurá-lo porque quer, digamos, um aumento de salário. Se, na presença dele, você se relegar a ler o texto de seu pedido, criado por outros, e se limitar a repetir essa leitura, por várias vezes, por certo a sua audiência não será produtiva. Seu presidente vai achar você um chato e inconveniente. Ao contrário, se você conversar com ele, do jeito que sabe, se expor o problema com lógica, com suas próprias palavras, mesmo de modo acaipirado, no mínimo, vai ouvi-lo até que você tenha completado a sua mensagem.  Vamos agora trocar o presidente pelo Altíssimo Deus. Duvido que Ele vá, também, ficar ouvindo um rosário de repetições feitas de modo até automático que acaba tirando toda a concentração.  Da mesma forma, se você dirigir-se ao Senhor, de modo franco, e dizer de suas preocupações, necessidades e fraquezas, pode estar certo de que, no mínimo, vai ficar atento a tudo o que você tem a dizer, como também poderá resolver todos os seus problemas, dependendo, para isso, de sua fé.  A Bíblia nos revela que temos de insistir com Deus até alcançar a graça desejada. Insistir com Deus é insistir na prece, de várias maneiras, com o decorrer do tempo, e isso não pode se relegar a um rosário de orações extremamente repetitivas e pior, dirigidas a uma personalidade humana.
Acaso a reza do terço não é uma repetição constante e até cansativa das mesmas palavras? As aparições de Fátima e de Lourdes produziram e continuam produzindo milagres? Nada mais normal, porque é a fé que produz milagres. Na Bolívia, as imagens de Che Guevara e o culto a ele têm produzido inúmeros milagres no meio católico. Para comprovar isso basta que se leia as revistas e os jornais bolivianos. Ora, sabe-se que Guevara era ateu convicto e só acreditava e vivia pela força das armas. Por que, então, tais prodígios? Trata-se da força da fé. 
“... não voz conduzindo ao artifício nem adulterando a Palavra de Deus”.  I Coríntios, 4.2.
Foi nas épocas da Inquisição, tempos de impiedade e de podridão acentuadas, que foi mais incentivada — até pela precaução de exibir-se católico — a idolatria pela fabricação de estátuas e imagens proibidas pelo Primeiro Mandamento de Deus.  Com o progressivo avanço da idolatria, no século 8º, o clero criou um mito de grandes proporções que viria a consolidar, muito mais ainda, as práticas pagãs de se reverenciar esculturas. Esse mito é Maria. Não a Maria, a bem-aventurada mãe de Jesus, a humilde, fiel e amada esposa do carpinteiro José, mas um mito de tão grande proporção, representado por uma imagem de uma jovem bela, de corpo bonito, de rosto sereno, que por ser muito propagada pelo clero como necessária intercessora espiritual junto ao céu acabou por conquistar os povos da Terra.  Lembremo-nos de que naquela época não havia outras opções religiosas cristãs como temos hoje.
Sabe-se que hoje, um dos mais importantes veículos de fé do catolicismo é a figura de Maria. Poucos veneraram a figura de Maria mais que eu. Eu fui católico por mais de 40 anos. Tinha vocação para ser padre e, por isso, na década de 50, fui interno em dois deles: em Araraquara e em Aparecida do Norte. Depois, fui organista em minha paróquia, na Matriz de Maringá, hoje catedral. PR. Fui um fiel propagador de Maria e da reza do terço. Na década de 60, pertenci a uma ordem denominada Legião de Maria, e por ela propagava Maria como fiel e necessária intercessora. Amava tanto a figura de Maria que nos seminários, enquanto meus colegas se divertiam com a bola, praticando natação ou jogando xadrez, eu permanecia sozinho na capela, ajoelhado defronte a uma grande e bela imagem de Maria, rezando sem parar. Mais tarde, nos ônibus, nos bondes e nos trens, eu sempre dedilhava um terço dentro dos bolsos. 
A idolatria ao Mito Maria ficou tão latente que passaram a prestar culto e até erigiram um grandioso templo para uma estatueta de barro que alguém jogou no fundo do Rio Paraíba. A basílica de Aparecida é templo quase tão grande quanto o majestoso templo pagão de Diana, em Éfeso. Diferente dos apóstolos de Jesus que praticamente ignoraram a figura de Maria, o clero católico vestiu aquela estatueta de barro com manto de fios de ouro; fez com que a carreguem em triunfo em andores pelas ruas do Brasil; os bispos a levantam em triunfo durante as missas em sua basílica dizendo “Eis a santíssima mãe de Deus”; fizeram dela a Padroeira do Brasil — para eles, é claro —,  e ainda têm a desfaçatez de negar que isso se caracterize idolatria. 
A pequena estatueta de Aparecida já foi destruída por um radical, com um bastão, mas os padres contrataram uma artista plástica de São Paulo, essa colou os pedaços, colocaram-na num altar com vidros à prova de balas, e a idolatria continuou.
Deus NÃO disse: “Não fareis estátuas e figuras, mas podeis fazer as do Santo dos santos e de seus santos”.
Deus DISSE em seu Primeiro Mandamento, em êxodo, 20:  “Não fareis estátuas ou figura alguma de espécie alguma do que está nos céus e na Terra e nem lhes prestarás culto”.
Só os homens de mente muito pequena ou muito teimosos não conseguem perceber que apenas a simples fabricação de uma imagem sacra já constitui falta grave ao Primeiro dos Mandamentos de Deus.
Por isso tudo, conforme a profecia em Apocalipse, 12.17, Satanás, por intermédio de seus servos que atuavam na “Santa Sé” das épocas malditas, conseguiram que o importante Mandamento de Deus quanto à guarda do sábado fosse desrespeitado com a maior naturalidade e que a idolatria se propagasse até o estado atual.
Já testemunhei sacerdotes dizerem que a Igreja não reconhece oficialmente as presumíveis aparições de Maria, mas se isso fosse verdade não teriam incentivado os cultos à Maria de Fátima, Maria de Lourdes...; não teriam construído templos nos locais em que Maria teria aparecido, não teriam nomeado tantos templos e paróquias  pelo mundo com o nome de seres humanos santificados por eles próprios e assim por diante.
Maria, a serva de Deus, a dona de casa e mulher do carpinteiro José, se foi uma digna e dedicada mãe de Jesus, nada representou em termos de evangelização real, e se não realizou isso em vida tampouco poderia fazê-lo depois de morta.  O homem espiritualmente sábio tem a plena consciência de que o Senhor Deus jamais usaria uma mulher para um novo alerta espiritual aos homens. Isso diminuiria, em muito, os méritos do Grande Sacrifício do Cordeiro.  Além disso, não há como os mortos se comunicarem com os vivos. Lembremos que o demônio está ativo, ainda detém grande poder e é altamente astucioso.
Os apóstolos nos deixaram como exemplos de vida os mesmos exemplos vividos por Jesus, pois quase todos foram supliciados, mas está claro que nenhum deles nos legou exemplos de idolatria nem da importância mística que o clero atribui à mãe de Jesus. Paulo foi um dos que mais combateu a idolatria às imagens. Quanto a isso, já imaginaram os doze apóstolos de Jesus se consultando com Maria, ou mesmo Paulo ou João, já idoso, orando perante uma estatueta da mãe de Jesus, certamente já morta, e pedindo sua intercessão?  Por isso existe o equívoco pelo qual a Igreja seja nomeada como Apostólica Romana.  Os apóstolos só se espelhavam nos exemplos de Jesus e, por isso, nada tiveram a ver como o mito Maria, com outras imagens e figuras que refletem idolatria, com instituição de poder, com prestígio mundano, com ódio, com a venda de indulgências, com guerras aos inimigos, com vingança mortal ou com o desrespeito ao sábado santo.
O clero afirma que não presta culto à figura de Maria, mas essa afirmação é falsa o suficiente para revelar cinismo, desonestidade e muita hipocrisia. Quanto a isso vejamos as declarações de seus próprios santos católicos. Escreveu Santo Afonso de Ligório em seu livro “Glórias a Maria”, com a devida autorização da Igreja:
 “Só por intercessão de  Maria que os pecadores recebem o perdão.
Querendo Deus,  remiu o gênero humano depositou o preço da redenção nas mãos de Maria para que o reparta à sua vontade.
Deus, antes de no mundo existir Maria, se queixava de não haver quem o impedisse de punir os pecadores; mas agora é Maria quem o aplaca.
Ide Maria! O Senhor decretou não conceder favor algum sem a mediação de Maria. Por isso nas mãos delas está nossa salvação.
Sois onipotente, ó Maria, visto que seu Filho quer vos honrar, fazendo sem demora tudo quanto vós quereis”.
Vamos analisar os erros mais graves dessa notável idolatria  a Maria:
Santo Afonso atribui a Maria um sentido de onipotência. Onipotente quer dizer Todo-Poderoso; que a tudo pode. Sendo assim, ele tenta elevar um mortal ao grau do supremo poder do Criador.
Também atribui a Maria o poder de perdoar nossos pecados,  “caso Deus se negue a isso”. Trata-se, pois, de um tremendo absurdo espiritual de teor inaceitável sob todos os aspectos.
Santo Afonso alega que Deus decretou não distribuir nenhuma bênção sem a intermediação de Maria. De onde poderia ter tirado tais absurdos?  Certamente das Escrituras e da lógica não foi.
Frei Galvão, também demonstrando seu misticismo, escreveu outro absurdo, fora de propósito, pois as Escrituras nos revelam que José só não conheceu maritalmente a Maria até o nascimento de Jesus.
 “Oh, Imaculada Maria! Permanecestes virgem mesmo após o parto!”. Frei Galvão.
“José não a conheceu até que deu à luz um filho...”.   As Escrituras, em Mateus, 1.24.
A Bíblia, em Lucas, 2.42,  nos revela que Maria e José se conservaram sob o mesmo teto no mínimo por doze anos, portanto, é fácil concluir que o ardente José como está em Mateus, 1.19, não teria vivido com Maria por tanto tempo sem as relações normais do santo casamento e essa união bem pode ter gerado mais filhos. O resto é puro misticismo.
O clero, afirma, ainda, que ao gerar Jesus, Maria não sentiu as dores do parto. Outro absurdo sem propósito, pois se tal coisa pudesse ter acontecido, por certo estaria registrado no Evangelho. O clero tenta compensar esse e outros misticismos sobre Maria por não estarem devidamente registrados pelos evangelistas, no fraquíssimo argumento de que o próprio Evangelho cita que se todos as ações de Jesus fossem relatadas devidamente, preencheriam muitos livros. Mas é fácil entender que o Evangelista se referia aos feitos de Jesus e não a referências atribuídas à sua mãe física.
       Ao ler as Escrituras, entendemos facilmente que Maria foi uma jovem escolhida por Deus entre as demais mulheres israelitas por sua pureza, retidão de caráter, pela sua humildade de coração.   Maria não foi um ser preparado por Deus ainda no ventre de sua mãe, para que nascesse sem o pecado original para gerar Jesus, porque assim Deus estaria se contradizendo ao dar um destino à Maria até antes de seu nascimento, pois todos nós, -- até os anjos -- fomos criados com livre arbítrio.  Foi exatamente por essa livre autonomia de procedimentos que Maria aceitou a grande missão: “Faça-se de mim conforme a Vossa vontade”.  O resto é pura invenção para tentar legitimar, pelo Evangelho, o descomunal misticismo atribuído a Maria.
Contam que Maria, mais propriamente Maria Auxiliadora, teria aparecido ao santo católico d. Bosco, pedindo-lhe que construísse uma basílica em sua honra. Em sua honra?  Realmente isso foi feito. Ora, como a humilde serva de Deus -- como ela própria afirmou em Lucas --, poderia pedir um templo para propagar e glorificar o seu nome através de mais uma estatueta predestinada a honras? Se fosse possível o espírito dessa serva de Deus  surgir nesse mundo, com certeza nos pediria apenas para ler, seguir e propagar o Evangelho, apenas isso. Se pudesse pedir pela construção de templos, por certo pediria mais um templo em glória a Jesus e não a ela.  Afinal, foi ela mesma que disse: “Fazei o que ele voz disser”. Será que teria sido, mesmo, Maria que apareceu a mais um santo católico?  Os clérigos católicos criticam os espíritas por acreditarem que os vivos podem se comunicar com os espíritos de pessoas mortas, mas fazem igual. Crêem que o espírito da mulher Maria pode comunicar-se com os vivos como um tipo de reforço ao Evangelho como têm propagado insistentemente.
Não se ligue o homem ao espiritismo ou à evocação dos mortos. Advertência do Senhor, em Deuteronômio, 18.10.
Décimo primeiro erro do catolicismo.
A CLAUSURA DOS CONVENTOS.
Escreveu Paulo Coelho:  “Jesus não veio para construir conventos. Ele veio para insuflar a uma alma nova e forte, que faz de cada coração um templo; de cada alma um altar, e de cada ser humano um seu discípulo”.  
Mas é isso mesmo: o clero afirma que a clausura “é uma maneira particular de estar com o Senhor, de partilhar o aniquilamento de Cristo, através de sua pobreza radical que se exprime na renúncia, não só às coisas, mas também ao espaço, aos contatos, a tantos bens da criação, unindo-se ao fecundo silêncio do Verbo na cruz”.
Bonito e bem construído verso, mas a clausura se contrapõe completamente aos exemplos de Jesus.  Jesus e seus discípulos jamais praticaram a clausura, nem mesmo a incentivaram, pois o evangelizador tem de produzir frutos em meio á comunidade e não pode esconder-se num retiro permanente, praticamente sem utilidade ao mundo lá fora.  Jesus também não renunciou aos espaços, aos contatos e não fez questão alguma do silêncio das alcovas, pois vivia em meio a multidões. Pergunto já sabendo a resposta: o que teriam realizado os apóstolos de Jesus se tivessem se relegado apenas a orar pela propagação do cristianismo, enfurnados em conventos? Vamos pensar um pouco?  Vamos pensar bastante?
Afinal, o que faz a maioria dos enclausurados além de rezar, ler, estudar, meditar e celebrar os ritos das missas?
Por acaso todos eles trabalham de algum modo que possam ser úteis à comunidade? É notável que uma parte deles e delas trabalham, portanto, refiro-me à maioria que não age dessa forma.  E são milhares por este mundo afora.
Perante Deus, qual é o objetivo principal de um religioso que se enclausura sob muros altos, escondidos da sociedade que teriam de evangelizar?
Como deve ser e viver um religioso cristão? Ao meu ver tem de ser um homem ou uma mulher que guardam no coração a convicção de seguir a Jesus Cristo para que, por amor a Ele, alcancem a salvação eterna e a de um ou de mais semelhantes seus, tanto pelos exemplos de vida que deverá dar, como também pelos ensinamentos que se propõe a ministrar.
Então, se um ser aqui na Terra se propõe a se tornar um religioso convicto, de coração e de alma, tem de orientar sua vida exclusivamente pelos exemplos de Jesus Cristo.  Os apóstolos e outros discípulos se espelharam em Jesus com méritos além do necessário, pois até suas vidas ofereceram por amor ao seu Mestre e pela causa cristã. Dos doze apóstolos, onze deles foram martirizados em decorrência da propagação do santo nome de Jesus.
Quais foram, então, os exemplos de Jesus?
A) Jesus viveu a humildade, a pobreza, a simplicidade, a mansidão, a tolerância. Foi o retrato do perdão e do desligamento das coisas materiais sem deixar de misturar-se ao povo a que veio, mesmo sendo perseguido de morte.
Todos concordam que Jesus foi o homem que mais viveu a humildade, a simplicidade e o desligamento dos objetivos mundanos da maioria, Se entrou em casas de alguns homens ricos não foi para almoçar, para jantar ou para ser prestigiado, mas, sim, para tentar levar a evangelização também a eles. Jesus não se envolveu com os homens de alto poder; não interferiu em política e nem no curso político da Judéia e nem mesmo na decisão de Herodes em decapitar João Batista, seu primo.  Viveu a humildade até em sua árvore genealógica, pois não descendeu só de homens e de mulheres justos, pois entre esses havia todo o tipo de pecadores.
B)  Jesus e seus discípulos propagaram e viveram o Evangelho em meio às multidões.
Todos os atos de Jesus e de seus apóstolos nos foram legados como exemplo, principalmente para os evangelizadores. Portanto, os procedimentos dos enclausurados se opõem aos exemplos citados abaixo:
“Os apóstolos percorriam todas as aldeias realizando curas e propagando o Evangelho por toda parte”. Lucas 9.5.
Determinação de Jesus aos seus setenta e dois discípulos:
 “Ide, eis que vos envio para o meio de lobos”.  Lucas, 10.3.  Era como se dissesse: “Ide, misturai-vos com o povo para evangelizá-lo e não vos enfurneis no silêncio e na comodidade dos mosteiros ou dos templos”.
A fé em si não salva ninguém, conforme Tiago, 2.14 a 17. Ali está revelado que a fé só tem valor quando faz o crente mexer-se em favor do semelhante. Por isso a clausura é um grande erro religioso.
Para realizar a evangelização, Jesus e seus discípulos tiveram de misturar-se com as multidões. Diferente dos papas reis e dos reis papas da Idade Média e até dos papas, bispos e cardeais de hoje, Cristo não regeu em palácios, mas, para dar exemplo aos seus sucessores na evangelização, misturou-se ao povo mais pobre; entrou em prostíbulos; bebeu vinho com a ralé nas estalagens (Lucas, 7.34); tocou os leprosos; misturou-se com a miséria humana, com a pobreza e com todo tipo de pecadores e de doentes. Por mais que tivesse sido ameaçado de morte não se desviou das multidões e foi esbarrado por todos os lados por aqueles que buscavam uma solução para seus problemas ou mesmo por curiosos.   Por ter se misturado ao povo ao qual veio evangelizar, quando chamado, jamais se furtou de ir até aos lares. Por todo tempo procurou evangelizar e, por isso, não tinha casa fixa e nunca se escondeu das sujeiras do mundo. Ao contrário, vivendo a verdadeira caridade não se desviou dos ambientes mal falados e até de prostíbulos, pois eram nesses locais sujos em que encontrava os mais pobres e imundos de espírito para os converter. Isso tudo anula completamente a utilidade da clausura católica. Ou será que tais religiosos, reais sucessores dos apóstolos de Jesus, conforme eles, não têm nenhuma obrigação de espelhar-se em seus antecessores?
Se os enclausurados julgam se espelhar em Jesus Cristo, em primeiro lugar não poderiam se esconder dos perigos e das sujeiras do mundo, que são muitas e extensas. Entendo que teriam de ir a campo evangelizar. Não é possível evangelizar apenas orando pela conversão mundial, curtindo um agradável silêncio, a segurança e o conforto de um recinto especial, com hora marcada para tudo, até para a menor das refeições.  Jesus também orava, mas em tempo maior agia em meio ao povo e até morreu por fazer isso.
Entendo que deve ser muito difícil para um enclausurado viver sem uma mulher, muito necessária na vida de um homem, e passar a vida sob um regulamento rígido, mas para que serve isso perante Deus? Deus jamais proibiu os pastores de se casarem. É exatamente a falta de uma esposa que leva o religioso a se deturpar sexualmente, muitas vezes de modo inconcebível.   Não só por uma vez os escritores registraram os testemunhos que acusaram escândalos sexuais de religiosos em mosteiros envolvendo até crianças sob seus cuidados. 
Na Parábola dos Talentos (Mateus, 25.14), Jesus deixa um claro exemplo de vida que serve perfeitamente aqui. Os enclausurados não estarão, então, enterrando os talentos que Deus poderia ter lhes concedido? Como podem negar que erram aqueles que se omitem na evangelização e se escondem de tal tarefa numa clausura? 
Digamos que existiram dois religiosos que seguiram caminhos diferentes.  O primeiro se tornou um ermitão nas montanhas. Desligou-se inteiramente das coisas do mundo e passou a orar e a glorificar a Deus por quase todo o tempo do dia. Esse ermitão enfrentou a solidão, o desconforto e a falta do amor de uma esposa, tão necessária na vida de um homem, principalmente do homem jovem. É certo que ele viveu um sacrifício em nome de Deus. O segundo preferiu viver entre o povo mais pobre e passou a pregar e a viver a Palavra de Deus. Não se desvencilhou das sujeiras do mundo e viveu as dificuldades, tribulações e inconveniências do dia-a-dia do mundo moderno, pois com Deus no coração estava acima delas. Esse, mesmo tropeçando de vez em quando, espalhou sementes da salvação por todo lado em que ia. Não importa se se casou ou não, pois, conforme os fundamentos do Evangelho produziu obras de evangelização, as quais aquele ermitão se omitiu por todo o tempo.
Perante os céus e sob os exemplos de Jesus, a qual dos dois Deus premiará? Aquele que produziu frutos, mesmo que possa ter constituído família, ou aquele que preferiu a própria salvação, ignorando a salvação de seus semelhantes ao anular os seus talentos? Por esse exemplo mais que esclarecedor, quem pode negar o fato de que estarão se omitindo na evangelização os enclausurados da mesma forma como o fez aquele ermitão?  A Parábola dos Talentos, Mateus, 25.14, tem tudo a ver com os argumentos contra a clausura.
“Todo aquele que fizer um pecador retroceder de seu erro, salvará sua alma da morte, e fará desaparecer uma multidão de pecados”.  Tiago,    5.20.
“Conheço as tuas obras. Eu pus diante de ti uma porta aberta que ninguém pode fechar porque, apesar de tua fraqueza, guardaste a minha palavra e não renegaste o meu nome”.   Apocalipse,  3.8.
Portanto, tendo como fundamentos cristãos os exemplos de Jesus, pra que serve, afinal, a clausura?  Em comparação com os exemplos de Jesus, qual a finalidade maior do enclausurado?
Décimo segundo e o maior dos erros do catolicismo.
O ALTO CLERO, AFIRMA, CONTUNDENTEMENTE, QUE OS PRECEITOS BÍBLICOS, OU SEJA, AS REVELAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO DE DEUS, POR SI SÓ, NÃO TÊM VALOR ESPIRITUAL SEM QUE OS ACOMPANHE, PARALELAMENTE, OS PRECEITOS DA TRADIÇÃO CATÓLICA, E QUE SOMENTE O CLERO É O ÚNICO DISTRIBUIDOR DAS GRAÇAS DE DEUS (Conclusões do Concílio Vaticano II, em 1965, reafirmadas pelo Papa João Paulo II em suas encíclicas Fé e Razão).
Os cristãos ortodoxos consideram sua tradição tão importante quanto a Bíblia, mas rejeitam várias das disposições católicas e dentre essas, rejeitam a teoria católica quanto ao Purgatório e o Limbo; rejeitam uma Maria sem pecado original e seu rosário; rejeitam a incrível teoria que Deus teria feito o cadáver de Maria ser elevado até o céu; rejeitam a teoria da infalibilidade papal; rejeitam o julgamento particular para cada um, pois aceitam apenas o Juízo Final; rejeitam o batismo por aspersão; rejeitam vigorosamente o celibato por obrigação, pois seus pastores podem se casar;  rejeitam os dias santos de guarda;  rejeitam qualquer modificação nos Dez Mandamentos originais além de outros itens de menor importância.
Interpretando: conforme o clero católico, tanto as centenas de mártires da Bíblia que foram torturados e que morreram de modo horroroso nas mãos do clero da Inquisição,  como os evangélicos, os ortodoxos e todos os demais seguidores de Cristo estão excluídos do Reino de Deus se não adotarem o catolicismo com suas as tradições que também contêm o visual das imagens e o culto a elas. Mas Jesus Cristo revelou bem diferente: devemos respeitar e são bem-vindos todos os seguimentos religiosos que se orientam exclusivamente pelo Evangelho:
“João, tomando a palavra, disse: Mestre, nós vimos uma pessoa que expulsava demônios em teu nome e lho proibimos.  Jesus lhe respondeu:  Não lho proibais, porque quem é a nosso favor não é contra nós”.  Lucas, 9.49.

Da mesma forma, na Carta aos Filipenses 1.18,  Paulo, apóstolo de Deus, lamenta que nem todos os que pregavam a palavra de Cristo estavam exatamente de acordo com o que ele próprio pregava, todavia,  acrescenta:

(...) Mas não faz mal!  Contanto que de todas as maneiras, por pretexto ou por verdade, Cristo seja anunciado.  Nisto não só me alegro, mas sempre me alegrarei.  
Portanto, as conclusões votadas no Concílio Vaticano II, que julgaram o catolicismo como a única religião autorizada por Deus que leva à salvação, não têm fundamentação bíblica e até a agride.  Entre a Palavra de Deus escrita por quarenta profetas e a de homens vis e autoritários que se autodenominaram infalíveis e que deturparam as Escrituras por tantos séculos passados, em qual seguimento deveremos crer?
Vamos entender porque a Bíblia, como um todo, foi deixada de lado para dar lugar a preceitos inventados pelos homens, nos quais se inserem a mudança do sábado santo para o domingo; a fabricação e a veneração de imagens sacras; o culto aos santos homens e às santas mulheres; a instituição do Limbo, do Purgatório; as orações pelos mortos e as indulgências que “garantiam” um lugar no céu por dinheiro...
Os nomes dos papas e seus atos citados aqui têm a exclusiva finalidade de mostrar quem eram os homens que acabaram levando os católicos a praticarem graves erros religiosos.
Nós que estudamos cuidadosamente a história dos primeiros cristãos, e depois da Igreja Católica Apostólica Romana, entendemos muito bem porque a Lei de Deus foi tão desrespeitada em diversos pontos e porque essas distorções passaram a tornar-se tradição.

Para relatar o que aconteceu com a Igreja a partir do início do século 4º, com detalhes, seriam necessários se escreverem dezenas de grossos livros.  Eu li muitos livros a respeito disso, na maioria de historiadores. Para resumir, até o princípio do século 4º, o cristianismo primitivo permaneceu puro e cada vez mais crescente, apesar das terríveis perseguições romanas que resultaram em milhares de mortes nesses três séculos citados. Para se ter uma idéia, naqueles trezentos anos depois de Cristo, desde Pedro, quase todos os líderes cristãos,  (aos quais o clero teima em chamar de papas) morreram como mártires da fé. Mas, deixando de lado as santificações políticas a marianas realizadas por João Paulo II, nos últimos 1500 anos só dois papas foram elevados ao nível de santos católicos, e mesmo assim, um deles, o Papa Pio V, além de guerreiro e mandante de atrocidades contra os mouros, constituiu uma santificação política, pois havia presidido um dos satânicos Tribunais do Santo Ofício, órgão maior da Inquisição.
Na Bíblia estão bem caracterizadas as profecias pelas quais Satanás (e seu séqüito), expulso do céu por infidelidade, impotente para corromper a Jesus,  passaria a perseguir a Igreja dele (Apocalipse 12.7 e 13.7).  Inicialmente, Satanás perseguiu mortalmente a Igreja por intermédio dos imperadores absolutistas de Roma. Foi um horror, mas, surpreendentemente, quanto mais cristãos eram mortos, mais a Igreja crescia e se fortificava.
A perseguição ao Messias e aos seus seguidores iniciou-se, bem antes, entre os próprios judeus, depois foi agravada pelos romanos. Em Roma, a perseguição cristã começou pelo hipócrita Nero, passando pelo crudelíssimo Domiciano e outros, terminando com os infernais Diocleciano e Galério no início do século 4º da era cristã. Eis uma parte do famoso edito de Caio Aurélio Valério Diocles Diocleciano contra os seguidores de Cristo:
 “Serão arrasadas todas as igrejas cristãs, queimados todos os seus escritos; os cristãos  serão condenados ao suplício, sem distinção alguma (tanto adultos como crianças; membros do cristianismo ou pastores). Ficam sem direto civil, nem poderão reclamar nada contra ninguém. Os que sobrarem passarão a ser escravos de Roma”.
Legalizada a impiedade, seguiu-se a isso um festival de terror. Uma carnificina dolorosa até para se descrever, além de estupros de toda natureza.  Agravando, ainda mais, a impiedade, inventaram-se e executaram-se todos os tipos possíveis de torturas seguidas de morte.  Tal como viria a acontecer, também, nos cinco graus de tortura praticados na Inquisição, os executores romanos, cujo chefe era o terrível carniceiro Galério, por certo tomados por demônios, agiam como se estivessem se divertindo com os semblantes retorcidos e com os gritos lancinantes dos torturados, fossem eles adultos ou crianças de qualquer idade.
Narrando apenas um fato como exemplo, o historiador Chantrel conta, em detalhes, que uma senhora mãe de vários filhos foi supliciada do modo mais terrível possível, porque se negou a rejeitar Jesus Cristo apesar de boas propostas oferecidas a ela. Por conta disso, também os seus filhos pequenos, um a um, foram colocados em aparelhos esticadores, onde os ossos de seus braços e de suas pernas deslocaram-se completamente dos ossos do tronco.  Dando seqüência àquela inconcebível impiedade contra as crianças, ainda vivas, no horror da intensa dor, abriam o abdômen delas e retiravam-lhes os rins. Nos dias em que se seguiram ao edito de Diocleciano, centenas de corpos de cristãos espalhavam-se pelas ruas.  Qualquer bem podia ser tomado de qualquer família cristã, e as cristãs mais bonitas serviam de pasto carnal para as centúrias ou para qualquer romano, pois não podiam reclamar nada, a ninguém.  Os romanos tratavam melhor aos seus cães do que aos cristãos.
Tanto Diocleciano, o Imperador de Roma, e pode-se dizer da Terra, quanto Galério, seu braço direito, seu conselheiro e breve sucessor, tiveram suas carnes apodrecidas ainda em vida. Em alto desespero eles foram corroídos pelos vermes das sepulturas e, ninguém, nem mesmo os seus servos conseguiam chegar próximo, pois exalavam um mau cheiro de características insuportáveis. Antes, no século 1º, o impiedoso Herodes Agripa, rei dos judeus havia morrido do mesmo modo (Atos 12.23). Logo após Galério, em 311, Constantino assumiu o Império Romano e em 313 mudou os rumos da história cristã.
Paradoxalmente, em decorrência da fraqueza humana quando sujeita a regalias, esse fato viria a constituir-se um mal de grandes dimensões, pois acabaria por corromper os santos. Vejamos porque. Aqui começam valer as profecias do Apocalipse:
No capítulo 12 do Apocalipse, versículo 17, nos vem a Revelação:
 “O dragão irou-se com a mulher (a Igreja de Jesus) e foi fazer guerra aos outros seus filhos que GUARDAM OS MANDAMENTOS DE DEUS e retêm o testemunho de Cristo”.
Tenho em conta que Satanás, como está profetizado também no Apocalipse 12.7, viria fazer guerra aos santos e os venceria, pois isso também está profetizado em Apocalipse, 13.7:
Foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los.
Por certo, pelo que vemos, o ardiloso tem vencido, pois nesse possível final dos tempos “está a toda” como está profetizado na Bíblia. Ora, sabemos que o Adversário é extremamente astuto e seu maior feito é agir sem que percebam que existe.  Portanto, uma das formas pelas quais nos tentou vencer e nesse caso nos venceu na maioria, tal como enganou a Eva, também tenta nos enganar no tocante à necessidade da extrema obediência e fidelidade aos Mandamentos de Deus como profetizou Jesus em Mateus, 15.9.
      Satanás tem sido nos mostrado como um tipo de monstro vermelho armado com um afiado tridente. Lamentável engano. Conforme as Escrituras ele foi criado por Deus à sua semelhança e entendemos que deve ser belíssimo, um verdadeiro anjo de luz. A palavra de Deus, em Isaías, 14.12, se refere a Satanás como o “astro brilhante, o filho da aurora”. Ardiloso e astucioso como sempre, pois conforme a Bíblia perdeu sua glória ao ser expulso do paraíso, mas não perdeu seu alto poder, usou de artimanhas várias que acabaram por dar certo.  Não conseguiu corromper a Jesus quando lhe ofertou todos os tronos da Terra.  Mas com extrema astúcia e inteligência, bem devagar, pelos séculos dos séculos, como sempre age, ofereceu esses tronos do poder aos chefes cristãos, depois de Constantino, e esses sem que se apercebessem, e em decorrência da fraqueza humana diante das regalias e mordomias, caíram na esparrela. A partir daí, com o decorrer dos séculos, homens vis passaram a ser colocados como titulares do catolicismo e desvirtuaram os mais importantes ensinamentos e os exemplos do Deus disfarçado de homem quando veio à Terra. Desviaram-se vergonhosamente da humildade, da mansidão, da simplicidade, do desligamento das coisas materiais, da tolerância, do perdão (até aos inimigos), da passividade, do respeito, da liberdade, do direito à vida... 
 “Dar-te-ei todo este poder e glória desses reinos, porque me foram dados, e dou-os a quem quero”.  Lucas, 4.6.  Aqui Satanás, nos revela que é ele quem faz e comanda os poderosos.
... E não é de admirar, visto que satanás se transforma em um anjo de luz.     II Coríntios, 11.14.
Já nos três primeiros séculos pós Jesus, Satanás agiu na pessoa dos ímpios que passaram a perseguir a Igreja de Jesus, torturando e matando os cristãos convictos. Foi um festival de horror, principalmente nas gestões dos imperadores romanos Nero,  Domiciano,  Diocleciano e de Galério. Mas quantos mais cristãos eram eliminados, mais outros surgiam, pois o cristianismo se fortificava. O astuto Satanás, então, mudou de táticas e com o passar dos séculos seus planos deram certo.
A partir do século 4º, os chefes cristãos foram levados a reger sob o teto dos palácios e aí se iniciou um plano de corrupção clerical que levou séculos para se concretizar, mas deu certo da melhor maneira possível  para Satanás, é claro.   Levado aos palácios, como não poderia deixar de ser, os chefes cristãos foram se corrompendo, pois os ambientes das cortes eram propícios para isso. Tal situação é perfeitamente compreensível, por conta da fraqueza humana.  O demônio não conseguiu seus intentos de corrupção enquanto os cristãos oravam nas catacumbas ou na clandestinidade, pois se trilhavam a estrada estreita de Jesus, o adversário não tinha a menor chance, mas depois, colocados no ambiente preferido de Satã, no luxo, no conforto exagerados e nas prerrogativas do culto ao corpo, com o passar dos séculos, progressivamente, os chefes cristãos se corromperam de modo mais terrível possível.
Os homens são fracos e, por isso, o cristão tem de estar permanentemente vigilante para não se contaminar com as transformações do mundo e com os chamados à modernidade, pelas quais é muito fácil para os despreparados escorregar da estrada estreita de Jesus para a larga e festiva do demônio. Esse é o maior perigo que corre um cristão verdadeiro: o chamado à modernidade com suas transformações que induzem naturalmente ao homem relaxar o necessário cuidado com os cristalinos e imutáveis preceitos do Evangelho. O preceito do casamento, em Marcos 10.11, é um deles. O Evangelho, na Primeira de Pedro, 5.8, diz bem disso:
“Sede sóbrios e vigilantes, porque o demônio, vosso adversário, anda ao derredor  como um leão que ruge procurando alguém para devorar”.
Devemos nos lembrar de que até uma parte dos israelitas, após a fuga do Egito, se corrompeu mesmo tendo presenciado as recentes maravilhas do Senhor tal como a abertura do mar para propiciar sua fuga. Na Idade Média, Satanás continuava vencendo, mas não podia tocar nos remanescentes cristãos. Esses eram aqueles que tinham a Marca do Cordeiro; aqueles que, mesmo correndo seriíssimo risco de vida, não se conformavam em ver a religião cristã na lama clerical.  A podridão que cercava os atos dos clérigos consistia motivo de altas chacotas na boca dos pagãos e afastava muitos daqueles que poderiam ter se convertido.
“O nome de Deus por vossa causa é blasfemado entre os gentios”.  Romanos, 2.24
“Dar-te-ei todo este poder e glória desses reinos, porque me foram dados, e dou-os a quem quero”.  Lucas, 4.6.
Jesus não aceitou isso, é claro, mas os outros, seus presumíveis herdeiros da verdade, depois...  Lembremo-nos de que Satanás foi expulso do céu por achar-se tão importante quanto Deus. Portanto, entende-se, perfeitamente, que tinha muito poder e não há uma só inserção bíblica que indique que seu poder e sua astúcia foram tirados pelo Criador, por enquanto.  Repetindo: a glória e a divindade de Satanás lhes foram tiradas, mas seu poder continua o mesmo, pois é notável que é constante a disputa entre o bem e o mal.  Satanás representa o deus do mal, uma tremenda força do mal que só é percebida pelo homem justo e como sem o mal só haveria o bem, isso anularia a autonomia de escolha tanto para o bem, quanto para o mal, com que fomos criados. Sem o mal na contramão do bem não poderia haver o teste terreno para propiciar a salvação. Se houvesse só o bem, a Terra seria um Paraíso perfeito e, sendo assim, para a felicidade completa do homem só ficaria faltando a graça da imortalidade.
Repetindo: quando o cristianismo aliou-se aos poderes terrenos, aos reis, e acabaram como tais, Satanás, o anjo de luz, por fim, encontrou um caminho propício para corromper o real sentimento cristão.   Isso ficou muito fácil quando os chefes da Igreja aninharam-se em palácios, pois antes, nas épocas de sofrimento e tribulação, Satanás não tivera a mínima chance de corromper os cristãos.  É inteiramente aceitável a tese de que foi nas épocas de corrupção que foi apagado o santo sábado do  Senhor e o Primeiro Mandamento que abomina a fabricação de imagens e figuras.  Mas, na verdade, tal data não importa muito, pois o que importa é que tais agravos não vêm da era apostólica. Eu mesmo orientei-me, por mais de 40 anos, pelo catecismo, pois nenhum padre  das dezenas que convivi como coroinha, seminarista, sacristão e organista  aconselhou-me a ler a Bíblia, principalmente os Dez Mandamentos, é claro. Nos seminários, nos quais fui interno, os padres professores faziam com que eu decorasse alguns dos textos do Evangelho, mas nunca me incentivaram a meditar sobre todos os preceitos bíblicos, do começo ao fim.
Nos séculos seguintes a Constantino, já sem Deus nos corações, quando papas só de nome se tornaram reis e reis se tornaram papas; quando tal como os reis da época construíram seus próprios palácios e mantinham seus próprios exércitos; quando passaram a promover guerras de sangue entre eles próprios e contra outros reis; quando homens vis e sem honra se infiltraram no papado da Igreja Católica Romana e cometeram os mais torpes crimes e as mais altas traições; promoveram horrorosas matanças e transformaram a Igreja num balcão de negócios, de política e de tribunais de execuções humanas, com o passar dos séculos, apesar de manter as aparências e de se esconderem por traz da religiosidade que necessitava de fortes símbolos visíveis, progressivamente, a Igreja Católica, nessas épocas, sabemos, veio a perder as suas características essencialmente cristãs. Quem pode negar tal fato?  Não há, nunca houve e jamais haverá na Terra alguém dotado de idoneidade e honestidade que pôde, pode ou que poderá negar tal fato.
Aqueles chefes da Igreja, principalmente os da Idade Média, então, bem longe de Deus, mas com muito poder terreno, com muitas terras e com muitos outros bens materiais, passaram a praticar as mais torpes bandalheiras e barbaridades possíveis e, para agravar imensamente tais crimes, diziam que o faziam em o Santo Nome de Deus. Na época, em que não havia outras opções religiosas cristãs e nem mesmo uma Bíblia para se consultar, o povo acabava por crer e acatar absolutamente tudo o que vinha dos “sumos pontífices de Deus” e isso acabava por se tornar tradição. Durante os séculos da Inquisição, o nome de Deus foi horrorosamente vilipendiado e levado muitos à descrença.  Esses acontecimentos estavam preditos pelo Apocalipse. Da mesma forma, foi altamente escarnecido o Grande Sacrifício do Cordeiro de Deus. Praticamente tudo o que Jesus ensinou e viveu como exemplo foram esquecidos e realizados ao contrário pelos homens que se diziam infalíveis sumos pontífices. Do Jesus da humildade e do perdão irrestrito e da religião do coração só restou a sua imagem esculpida, jorrando sangue das chagas.  
Nessa época negra da Igreja  na qual Jesus foi crucificado por eles por muitas vezes mais , dezenas de papas foram assassinados por outros que queriam tomar seus lugares e entre esses alguns foram envenenados por aqueles que viriam a ser seus sucessores e outros foram assassinados por maridos da corte traídos. Em algumas épocas, papas foram arrancados da Santa Sé a força das armas por outros que queriam, também, substituí-los. Foi dessa gente que foi formada a tal santa tradição católica que injuriou os Dez Mandamentos, pois os apóstolos de Jesus nada tiveram com isso.
Nessa época de corrupção e luxúria — por certo dominada por Satã, conforme as profecias do Apocalipse —, a Santa Sé estava mais para a corte de Nero e de Calígula que para a humilde barca de Pedro e assim, veio a perder completamente as características cristãs. A corrupção das almas e dos corpos dos clérigos e dos sumos pontífices nas épocas negras da Igreja foi tão extensa e pecaminosa que, muito mais servos de Satã que homens de Deus, passaram a praticar as maiores barbaridades físicas e espirituais contra aqueles que queriam apenas desligar-se de tanta bandalheira e seguir fiel e unicamente os preceitos bíblicos.  Com as mentes embotadas por tanta corrupção e pelos altíssimos agravos à Mensagem do Cordeiro de Deus, através de concílios inventaram todo o tipo de preceitos que vieram a agredir as Escrituras, principalmente no tocante aos Dez Mandamentos, conforme descrito acima.
Um bispo quis convencer-me de que não só o clero queimou pessoas, mas também Calvino, um protestante, queimava as bruxas e outros esquisitos.  Alegou ainda que os evangélicos julgam Martinho Lutero um herói libertador, mas esse era um bêbado e também havia cometido muitos erros.  Respondi-lhe que Calvino era um radical religioso, um tipo de xiita cristão, um líder de pulso forte que comandava seus seguidores também pelo regime de medo,  por isso, não pode ser considerado um real seguidor do Cristo do perdão incondicional e da humildade.  Também lhe respondi que não creio que Martinho Lutero tenha sido um tipo de herói libertador, pois antes deles existiram outros frades dissidentes, e alguns desses foram supliciados pela Inquisição tal como John Huss, queimado vivo pelo clero em 1415, e John Wycliffe, século 14, só não foi queimado vivo porque morreu de repente.
 Talvez inconformados por não terem conseguido queimar Wycliffe, pelo Concílio de Constança ele foi postumamente condenado pelo clero na forma de “Um pestilento, canalha de abominável heresia, que inventou uma nova tradução das Escrituras em sua língua materna".
A libertação do domínio corrupto, ameaçador e devastador do poder papal da Idade Média não constituiu grande novidade, mas apenas a volta dos cristãos aos reais princípios cristãos, tão satanicamente pisados e enlameados, na época.
Apesar de que Martinho Lutero ainda conservou algumas das práticas católicas, se bem que possa ter sido um apreciador de vinhos, é inegável que esse frade alemão revelou-se muito corajoso enfrentar a fúria mortal do luxuriante, arrogante e esnobe Papa Leão X, da família Médicis, insaciável amante do prazer e de festas onerosas, como também chefe atuante da Inquisição.  É fácil entender que Martinho Lutero foi o marco da dissidência de uma religião exterior que necessariamente tinha de se cercar de símbolos religiosos e ritos no esforço de exibir-se detentora do Legado de Jesus. Mas, em decorrência da imensa força da tradição católica, ainda conservou uma ou outra das práticas correntes, renegadas, depois, por seus sucessores.
Jesus pregou e viveu como ninguém a humildade, o perdão e a tolerância. Mas para quem não sabe, foram os albigenses, os cátaros que praticaram a total tolerância  pois, tal como Jesus, deixavam se matar sem revide algum.  Foram os cátaros, os puros, surgidos no século 11, no sul da  França, aos quais, pelo Concílio de Albi, o alto clero católico da época deu o nome de albigenses. Os albigenses foram exterminados, ao se praticar o genocídio contra eles, com inenarrável grau de violência e de perversidade. Apenas para ilustrar a barbaridade e mostrar um tipo pelo qual essas mortes insanas foram perpetuadas, muitas jovens e mulheres, altamente aterrorizadas e em pânico indescritível, eram agarradas pelos invasores, e outros guerreiros espetavam uma longa lança na vagina delas de tal forma que ao atravessar todo o corpo, a lâmina de aço lhes saía pela boca. Imaginem quanto sofrimento. Em meio à confusão do morticínio, até católicos foram executados por engano, pois o comandante gritou: “Matai-os a todos, pois Deus saberá quem são os seus”.  E isso realmente aconteceu. Está registrado nos livros e nas enciclopédias da História e não há como alguém contestar. Tudo foi feito para preservar a Igreja dos  “hereges” e “em nome de Deus”. 
Até papa Inocêncio III, depois de aprovar e legitimar tais ataques que por certo resultariam em alto morticínio, declarou-se arrependido ao saber, depois, de tanta maldade extra. Nos dias de hoje, esse papa seria condenado por um tribunal internacional por ter sido cúmplice e mandante de atos de genocídio agravados por altíssimos requintes de perversidade.  Tais fatos estão registrados nas enciclopédias francesas e italianas.
Os frades dominicanos atuaram na Idade Média como principais agentes da Inquisição e torturadores. Para forçar as confissões dos que eram apanhados pelos frades dominicanos, os pobres coitados sofriam torturas inacreditáveis, que de tão cruciantes e terríveis poderíamos ficar doentes até com a simples descrição.  Até um historiador da própria Igreja, o Bispo William Shaw Kerr, escreveu:

  “A abominação mais hedionda de todas era o sistema de tortura. A narração de suas operações a sangue frio faz-nos estremecer e estarrecer diante da capacidade de seres humanos em matéria de crueldade”. 

Os remanescentes de algumas das câmaras de horror permanecem na Europa e podem ser visitadas ainda hoje. Elas permanecem como um tipo de herança maldita para os zelosos seguidores dos dogmas católicos romanos, muitos deles criados naquelas épocas do mal, herança essa que permanece como força religiosa ainda hoje.  Quanto a isso, lembremo-nos de que o clero ainda atribui a infalibilidade papal a todos os papas que já existiram, não importam as barbaridades que cometeram, e assim, de certa forma, os clérigos tentam legitimar os altos erros do passado.  As câmaras de tortura guardadas até hoje nos museus da Europa são, também, lembranças vivas da espantosa exatidão daquelas épocas malditas com a visão de João em Apocalipse 17, por inteiro.

O pesquisador e escritor Canon Llorente foi o secretário da Inquisição em Madri de 1790 a 1792 e tinha acesso aos arquivos de todos os tribunais da Inquisição. Em sua obra “A História da Inquisição”, conforme aqueles documentos, Llorente calculou que somente na Espanha o número de condenados passou de três milhões, e desses, pelo menos 300 mil foram queimados vivos nas estacas do horror, e tudo realizado pelo santo nome de Jesus, sob o papado de Sixto IV.

Em um livro publicado na Espanha em 1909, Emelio Martinez escreve:

“A esses três milhões de vítimas (documentados por Llorente), deveriam ser acrescentados milhares e milhares de Judeus e Mouros deportados de suas terras natais... Em apenas um ano, 1481,  e apenas em Sevilha, o Santo ofício (da Inquisição) queimou 2.000 pessoas, e outros 16.000 foram condenados a variadas sentenças”.

Os tentáculos da Inquisição atacaram até no Brasil. Na época da Inquisição, em cumplicidade com os padres jesuítas, numerosas pessoas, entre as quais havia judeus, é claro, foram levadas, por agentes da Inquisição, para Portugal e cerca de 25 delas foram queimadas em praças públicas e “em o Santo Nome de Deus”. 
Em Portugal, mulheres judias acabavam por matar seus filhos e em seguida praticavam o suicídio para não ter de entregá-los à guarda dos padres católicos, conforme recente decreto governamental da época. Isso tudo está registrado na História, por isso, não há como ser desmentido.
Ver relatar atos de impiedades como essas, numa época que já se foi, talvez não nos cause muito impacto, mas quando imaginamos nos colocar no lugar dos que foram sacrificados das formas mais bárbaras durante a Inquisição ou como familiares deles é quando notamos que aqueles que agiam dessa forma ímpia e que se diziam “representantes de Cristo na Terra”, só poderiam ser, na verdade, servos ativíssimos de Satanás, com todas as letras que isso possa representar. 
Escreveu-me um sacerdote católico, em 2003:

“A aplicação de penas físicas, por ofensas espirituais; o emprego de torturas para arrancar a confissão de culpas; os defeitos dos métodos legais; o rigor das sentenças que caracterizavam o tribunal, não se lhes devem atribuir a um tribunal católico, mas como tribunal medieval.  Não há nada na história da Inquisição que anule os títulos da Igreja a ser a verdadeira Igreja de Cristo”.

Como poderia uma Igreja de Cristo viver o Evangelho na vastíssima podridão e impiedade clerical da época?
 
 O que é medieval? Medieval são as coisas relativas à Idade Média. Os papas reis da época eram medievais, ou não? Realmente foi um tribunal medieval, mas negar que tudo foi arquitetado e executado pelo clero católico é negar a História, as enciclopédias, os historiadores e é tentar nos fazer de tolo com tanta hipocrisia e desonestidade religiosa. Antigamente era possível se esconder a verdade do povo, tanto que o catolicismo era a única opção religiosa, falando-se de cristianismo, mas hoje, com tantos livros e com tantas informações à mão não dá mais para enganar quem não se deixa.
Outro sacerdote me escreveu que eu me esquecia de que o “Santo” Tribunal da Inquisição dava todas as oportunidades aos acusados de renegar suas heresias e só os queimava se se negassem a isso. Ora, que cristianismo era esse que ameaçava de morte quem não se enquadrasse em sua religião e queimava e desonrava aqueles que insistiam em viver a Bíblia, somente a Bíblia?
Por tudo isso, ninguém que conheça a história dos papas, dos cardeais e de seus comandados, cujo ápice aconteceu no século 16, pode negar que o clero, na maioria de seus membros, desrespeitou quase TODOS OS DEZ MANDAMENTOS, senão vejamos, conforme a própria divisão católica:
A)  Desrespeitou o Primeiro fabricando e propagando o culto às estátuas e às imagens.
B)  Desrespeitou o Segundo dirigindo a Igreja de Deus sem a mínima condição de humildade e de santidade para tal grandiosidade.  Desrespeitou, também, o Segundo Mandamento ao proibir, por um bom tempo e desestimular por muito tempo, a leitura da Bíblia aos católicos.

C)  Desrespeitou o Terceiro distorcendo o dia santo de guarda: o sétimo dia, e como isso levou multidões a erro grave, que se tornou tradição e por isso continua até hoje, para júbilo de Satanás.
D)  Desrespeitou o Quinto Mandamento da maneira mais torpe e grave possível, pois os papas e seus comandados da Idade Média deixaram um rastro de sangue, de dor, de morte, de desonra e de vergonha que nunca será apagado ou deixará de ser lembrado, porque foram executados por presumíveis herdeiros do perdão de Cristo. Tal impiedade foi agravada a graus inconcebíveis, pois não mataram e torturaram bandidos celerados, mas, sim, principalmente aqueles que só queriam simplesmente desligar-se daquele estado de corrupção religiosa e seguir fielmente os ensinamentos bíblicos na sua essência.
Para entender isso, basta comparar os procedimentos daqueles homens do mundo, os clérigos, aos do humilde e fiel Simão Pedro. Pedro ofereceu-se ao suplício por amor ao seu Mestre, mas aqueles homens do clero fizeram exatamente o contrário: torturaram e mataram milhares nas fogueiras da insanidade e outros gravíssimos pecados, impossível de se descrever a todos.
Um desses pecados, de natureza gravíssima, foi executado contra pobre jovens cantores da Capela Sistina. Aconteceu no século 16, na época de maior corrupção clerical católica. 
Referências quanto aos fatos relatados a seguir: Jornal Notícias da Semana, página 9, maio/1992; Reflexões Incômodas sobre o Celibato dos Padres, autor Emir Calluf, Editora Record, 1984, página 36.
Como a Igreja havia proibido que mulheres cantassem no coral das igrejas, ficou um “drama” na vida dos papas, cardeais e bispos que freqüentam a Capela Sistina: no coral faltavam as vozes femininas, o soprano e o contralto que tanta beleza sonora proporcionava. A solução para isso foi a mais satânica possível: por ordem e aprovação do papa, passaram a castrar a força os jovens cantores, que por causa de tenra idade tinham voz parecida com a feminina, para que conservassem a mesma voz juvenil por longo tempo, simplesmente para agradar os ouvidos dos componentes do alto clero.
     Essa prática demoníaca prosseguiu até 1878, e foi extinta por ordem do Papa Leão XIII.   Mas ainda assim continuou por algum tempo mais, tanto que Rossini, ao compor uma de suas missas cantadas, deixou registrado que para cantar aquela “Pequena Missa Solene” seriam necessários, além dos instrumentos musicais, um coral composto por cantores de três sexos, quais sejam:  homens, mulheres e castrados.

     Em decorrência de que a medicina ainda não tinha alcançado os recursos de hoje, a castração desses jovens provocou a morte de mais da metade deles, causadas por hemorragias e infecções, além de uma série de problemas graves de saúde em muitos deles, inclusive a paralisia permanente dos membros inferiores e outras graves atrofias. Entende-se, perfeitamente, que tal insanidade provocou a desgraça em muitas famílias.  Além disso tudo, usaram equivocadamente o Santo Nome do Senhor na declaração da infalibilidade papal para tentar legitimar, também, esses seus gravíssimos crimes. 
E)  Desrespeitou o Sétimo Mandamentos ao iludir o povo trocando um lugar no céu por dinheiro, através das famosas indulgências, e de ser cúmplice no confisco dos bens daqueles que eram desonrados pela Inquisição.
F)  Desrespeitou o Oitavo Mandamento ao falsear e desvirtuar a Palavra de Deus, dando, portanto, falso testemunho.
G) Desrespeitou o Nono e o Décimo Mandamento quando seus membros passaram a cobiçar papados, abadias, mosteiros e cargos importantes. Os componentes do alto clero faziam guerras de sangue e matavam-se uns aos outros para lhes tomar os lugares.   Quando não matavam, compravam votos e corrompiam de outras formas para conseguir os altos cargos eclesiásticos, principalmente o papado que concedia alto poder terreno, e em algumas épocas o maior poder terreno do mundo.  Como exemplo, o Papa Alexandre VI fez sua filha, Lucrecia de Bórgia, casar-se com dois nobres muito ricos, cada um a seu tempo, e depois mandou assassiná-los para ficar com seus castelos e grandes extensões de terra.
Como então aceitar, de tais homens, que se declararam infalíveis, uma tradição que contém ensinamentos que fazem por agredir dois dos Dez Mandamentos e nos atulharam cada vez mais com tanta idolatria a homens e mulheres falecidos?   Como atribuir infalibilidade divina, a toda prova, a homens vis, de mãos sujas de sangue, se nem mesmo Pedro, o Cefas, era infalível, pois ao errar levou uma reprimenda do apóstolo Paulo? Ver Gálatas, 2.11 em diante.  Como aceitar a tal tradição católica que encerra vários preceitos criados por homens vis daquelas épocas malditas da Igreja?

O salesiano Dom Bertetto escreveu em seu livro San Giovanni Bosco, Meditazioni - Torino, em 1955:

De fato, o Papa é Deus sobre a terra... Jesus colocou o Papa acima dos profetas... acima do Precursor... acima dos anjos... Jesus colocou o Papa no mesmo nível de Deus... 
 
Tais escritos não tiveram nenhuma contestação por parte do clero.

É certo que Jesus deixou seu servo Pedro como o chefe da Igreja emergente, pois nada funciona sem comando. Pedro amava tanto a Jesus que o imitou em tudo e até deu sua vida por ele, pois não fugiu ao suplício. Pedro (ao qual o clero teima em dar a ele o título de primeiro papa), foi um exemplo de humildade. Pelo que entendemos, tal como o Jesus que andava de sandálias e não tinha nem casa fixa, Pedro jamais construiria palácios como seus “sucessores” os sumos pontífices católicos e se nem mesmo esbofetearia qualquer pessoa é certo que jamais cometeria as barbaridades que viriam a ser praticadas por seus presumíveis herdeiros da Verdade de Deus.
     Um bispo católico, ao ler um meu trabalho a respeito do que aqui exponho, respondeu-me de modo brevíssimo e cômodo, aproveitando a própria Bíblia:  “Quem critica os erros do catolicismo e vê cisco nos olhos dos clérigos deve, antes, tirar a trave de seus próprios olhos”.  Eu poderia, também, utilizar a Bíblia para responder: “Não julgues para não serdes julgado”, ou poderia imitar Jesus em Mateus, 23.27 (abaixo), que viria melhor ao caso,  mas, conforme o que tento fazer, prefiro Tiago, 5:

“Todo aquele que fizer um pecador retroceder de seu erro, salvará sua alma da morte, e fará desaparecer uma multidão de pecados”.   Promessas do Senhor Deus,  em  Tiago,    5.20.

    Induzir um homem a fugir de uma religião que desrespeita e corrompe a Palavra de Deus consiste alta caridade. E isso só se consegue expondo as raízes da famosa “santa tradição católica” à qual se apegam os clérigos para tentar legitimar preceitos que não encontram lastro nas Escrituras.

Porque a caridade cobre uma multidão de pecados.   Comprometimento do Senhor, na Primeira Carta de Pedro,  4.8. 

A palavra fariseu, no nosso dicionário, também significa hipócrita. Foi com esse nome que Jesus criticou, com alta veemência, àqueles fariseus que usavam a religião como um meio de viver uma boa e confortável vida.   Portanto, porque tento me espelhar nos exemplos do Mestre, respondi àquele bispo citado que me considero no direito de criticar apenas e tão somente aqueles que exploram a fé em proveito pessoal, tais como os falsos pastores evangélicos que exploram a fé em proveito próprio e aos clérigos que ensinam dando mais importância às tradições e dogmas estranhos que à Palavra de Deus na essência. Jesus nunca criticou os erros pessoais de seus discípulos e de outros pecadores, mas sim, e com bastante veemência, acusou aqueles que tinham de viver retamente de modo obrigatório, pelo menos enquanto estivessem sob as vestes sacerdotais. Tais fariseus viviam a lei do “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”.  A esses Jesus detestava, e assim os acusou com rigor:
 “Ai de vós fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados:  Por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres, e de toda espécie de podridão.  Assim também vós,  por fora pareceis justos aos olhos dos  homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade”.  Jesus, em  Mateus,  23.27. 
É só continuar a ler os versículos seguintes para notar que as críticas de Jesus se sucederam.  O homem sábio entende que essas fortes críticas de Jesus não foram dirigidas somente àqueles fariseus daquela época, pois tudo o que deixou revelado se estenderia a todas as gerações e valerá até a consumação dos séculos.
Quanto a isso, os papas fariseus construíram palácios e contrataram os mais caros pintores, decoradores e escultores e atulharam os ambientes do exuberante Vaticano com todo tipo de esculturas e pinturas — até de pessoas nuas —, tanto para veneração quanto para deleite. Dentre essas, existe uma famosa pintura feita por Michelangelo a mando do papa que, temerariamente, ousa tentar retratar o próprio Deus.
O maior dos erros praticados pelos chefes cristãos antigos foi o de aceitar a corte dos reis como abrigo para o centro da Igreja. Sabe-se que nos palácios dos reis era (e ainda é) comum a bajulação, a inveja, a intriga, a rasteira, os planos diabólicos, os enfrentamentos, as vinganças, a prática de adultérios, as traições e até os assassinatos. Também era comum a busca pelo poder e a procura incessante pelos melhores lugares próximos aos reis, como também a fartura das donzelas da corte que ofereciam seus belos corpos e sua elegância em troca de favores pessoais e prestígio. Tudo isso, aliado ao esplendor, ao luxo, à luxúria e ao conforto exagerado que leva ao ócio, depois de algumas gerações, os dirigentes cristãos acabaram por se corromper. Daí em diante, sempre sob a proteção dos reis, progressivamente se corromperam de modo cada vez mais agravado cujo ápice se deu na Idade Média, com o evento maligno da Inquisição. Para maquiar um pouco, perante o povo, a religião de Jesus que lhes faltava, se serviram de símbolos religiosos, tais como ritos de belos visuais, finos vestuários, taças de ouro, turíbulos de incenso, pedras preciosas na Mitra dos sumos pontífices e afinadíssimos corais acompanhados de magistrais órgãos.  Nesses símbolos, se incluíam, também, os crucifixos, rosários, água benta, incensos, figuras de Maria e de santos.   
As esculturas herdaram dos romanos, que por sua vez as herdaram da civilização helenística.  O rosário, o terço copiaram das 108 contas de rezas budistas e assim por diante.  O culto a santos e à Maria começaram tímidos, mas num constante crescendo resultou no misticismo que vemos hoje.
Por culpa do clero católico da antiguidade que pregava o anti-semitismo ou que nada fazia para barrar tal impiedade, os povos da Terra toda passaram a perseguir mortalmente os judeus e protestantes. O século 14 foi o período de maior perseguição católica aos judeus. Foi um verdadeiro massacre a inocentes que nada tinham a ver com a crucifixão de Jesus. Se Jesus nos ensinou a perdoar a todos indistintamente, e ele mesmo fez isso, o clero da Idade Média pregou bem diferente: morte aos judeus e a todos os que se rebelassem contra a tradição católica. O mundo todo começou a imitar tais barbaridades achando que se os “representantes de Cristo” agiam assim e o faziam “em nome de Deus”, nada mais certo que imitá-los. Isso fez com que milhares de nossos irmãos judeus fossem perseguidos, mortos, empobrecidos e desonrados por todo o mundo.

                             Em vários países, houve perseguições isoladas aos descendentes judeus, de modo mais agravado na Espanha.   Na Inglaterra, na ausência do rei Ricardo Coração de Leão que havia se integrado à Terceira Cruzada, os judeus que lá viviam foram impiedosamente mortos. Sob o reinado do irmão dele, só na cidade de York, foram massacrados, aproximadamente, 500 judeus. Todos esses massacres haviam sido profetizados por Jesus, em Mateus, 10.34.
Em conseqüência da predominância política e religiosa da Igreja Católica Romana sobre a Europa Antiga, naquela época infiltrada de homens vis, reais anticristos, verdadeiros lobos em pele de cordeiro, por causa deles os nossos irmãos judeus foram perseguidos, humilhados, estereotipados como demônios, banidos e executados.  Foram intensamente perseguidos não só porque haviam nascido judeus — pois são nossos irmãos em Deus e devem ser amados —, mas por exclusiva culpa daqueles falsos cristãos dos séculos passados que incentivaram isso. 
Os resquícios de ódio insensato avançaram, ainda, no século 20, como está claramente registrado pela História.  No século 20, na França, o caso Dreyfus, Alfred Dreyfus, tornou-se um significativo exemplo da discriminação de todas as gentes imposta aos filhos de Davi, por todo o mundo.

Pode-se, perfeitamente,  fazer do alto clero católico cúmplice dos seis milhões de judeus do holocausto nazista, pois até Hitler, que se dizia católico, se contaminou com secular anti-semitismo papal:

"Acredito hoje que estou agindo de acordo com o Criador Todo-Poderoso. Ao repelir os Judeus estou lutando pelo trabalho do Senhor”.   Adolph Hitler. Discurso, Reichstag, em 1936.

Até hoje, século 21, os judeus são discriminados e as congregações evangélicas, mesmo as tradicionais, ainda são denominadas seitas por uma boa parte do clero e da imprensa.
Foi isso mesmo que me levou a resolver que nunca mais assistiria a uma missa católica, pois há tempos já estava propenso a isso. Na última que assisti, um padre bradava durante a homilia, numa das paróquias de Osasco, Novo Osasco, SP:
  “As congregações evangélicas estão a serviço de Satanás e de seus demônios. Todos os milagres e graças que ali acontecem são obras do próprio Satanás”.
Confesso que me levantei para protestar contra tal julgamento insensato, por fim, achei por bem apenas afastar-me para nunca mais retornar.
Conforme a literatura, o culto às imagens começou com a construção de figuras feitas por pedriscos coloridos sobre pequenos tablados, representando figuras sacras, feitas pelo povo humilde (lembremo-nos de que esse povo não tinha acesso às Escrituras como temos hoje). Depois, surgiram os bordados e as pinturas sacras em panos.   A permanência das imagens nas igrejas começou com um grande pano bordado, contendo uma figura sacra colocado no portal e depois, mais tarde, no interior de um templo católico, e a partir daí, surgiram as figuras sacras também nos vitrais dos templos. Por fim, surgiram as imagens que até hoje proliferam por todo o mundo.  Repetindo: no Vaticano, sempre abarrotado de figuras e imagens, elas se confundem com estátuas herdadas da cultura helenística, algumas até de nus humanos. O Apocalipse já profetizava a corrupção clerical:
Foi-lhe permitido (à Satanás) fazer guerra aos santos e vencê-los. Apocalipse, 13.7. (ver, também, 12.7).
Bem no começo do século 7º,  Gregório, um dos papas mais influentes dos que já existiram, aprovou, oficialmente, o uso de imagens nas  igrejas, mas ordenou que elas servissem apenas como “um tipo de lembrança visual” e que a elas não se prestassem culto. Mas durante o século 8º, como não poderia deixar de acontecer, se iniciaram os cultos de veneração às imagens expostas nas igrejas, começando tudo com simples orações dedicadas a elas. Foi o começo da idolatria, pois com o passar dos séculos as imagens, estátuas e figuras sacras foram rodeadas de uma atmosfera de ignorante misticismo, superstição e culto e isso aumentou ainda mais atualmente com a eleição do Papa João Paulo II.
No século 8º, Leão III, na época papa e imperador, tentou desfazer a presente idolatria reinante, ordenando que as imagens e os quadros sacros fossem colocados em nichos bem altos, de modo que os católicos não conseguissem tocar as tais imagens ou beijá-las.   Mas vendo que não conseguiu o seu objetivo, pois a idolatria continuava, baixou um decreto proibindo terminantemente a permanência das imagens nas igrejas. Nesse decreto denominou as imagens e figuras sacras como pagãs e heréticas.   Para levar adiante, de modo permanente, seu intento de extirpar do catolicismo o culto às imagens e estátuas, presidiu um sínodo em Constantinopla, nos meados do século 8º, no qual oficializou suas intenções em obedecer ao Mandamento de Deus que abomina o culto a imagens e até a sua simples fabricação. Isso foi motivo de grandes disputas eclesiásticas e até brigas entre os que eram a favor e contra a determinação pontifícia.
Esses fatos eram constantes no catolicismo: um papa assinava uma determinação e outro a anulava e por isso e por outras coisas entende-se como completamente invalidada a propagada tese da infalibilidade papal. Se um decreta e outro anula, a qual deles, afinal, deveria ser imputada a teoria da infalibilidade?
Mas, 61 anos depois do sínodo de Constantinopla, Satanás, conforme profecias do Apocalipse, conseguiu, finalmente, seu intento de corromper os cristãos pelo misticismo idolátrico que necessita de vultos de ilustres homens e mulheres mortos para auxiliá-los na comunicação com o Criador.  Num concílio presidido em Nicéia, depois de muitas discussões, brigas e até prisões, foi anulado o resultado do concílio anterior presidido por Leão III, e foi oficializado permanente e plenamente o culto às imagens e aos quadros e figuras colocadas nas igrejas. Satanás venceu novamente.
O Evangelho já profetizava futura cultura religiosa a figuras humanas, por isso, o Espírito Santo deixou bem claro o exemplo afim em Atos dos Apóstolos.  Um cristão se ajoelha perante um apóstolo e recebe uma admoestação:

E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem como tu.  Atos dos Apóstolos, 10.25.

As altas atrocidades cometidas pelo clero católico da Idade Média foi o mais forte veículo para que se tornasse tradição a posse e o culto às imagens sacras. As famílias, durante os séculos da Inquisição, com pavor e até pânico de que os agentes da Inquisição, ou os da “Santa Irmandade” pudessem confundi-las com hereges (o que era muito comum na época), passaram a exibir ostensivamente estátuas e figuras sacras em suas casas e até fora delas, em nichos nas fachadas.   A história da vida de Nostradamus nos revela que, metodicamente, procurava ostentar freqüentemente símbolos católicos, como imagens e terços, porque tinha pavor de ser confundido com um “herege”. Até os meados do século 20, se viam e ainda se vêem, nas fachadas das casas, mormente no interior, nichos contendo a imagem de um santo, santa, principalmente de Maria. Muitos deles eram iluminados por todo o tempo com uma pequena lâmpada.
Há indícios de que o papa anterior a João Paulo II tinha um plano para extirpar da Igreja as imagens sem chocar o povo, pois nos templos novos quase não se viam estátuas de santos, mas João Paulo reverteu isso de tal forma que a idolatria a Maria cresceu de modo assustador.  Por isso, há, ainda, movimentos no Vaticano para que ele determine, oficialmente, que Maria já não é mais intercessora somente perante Jesus, mas sim e também, perante o próprio Criador.  Infelizmente, o povo já faz isso há muito tempo, tal como o exemplo de Santo Afonso de Ligório, citado nesses escritos. 
O Papa João Paulo II, de figura muito simpática, foi um dos maiores propagadores da idolatria, principalmente à Maria.  Por escrito, invoca a intercessão de Maria em todas as suas decisões religiosas. Além disso, cometeu o mesmo erro grave dos clérigos da Idade Média ao reiterar — de acordo com o Concílio vaticano II — que o catolicismo será sempre o exclusivo distribuidor das Graças de Deus. Traduzindo: o Papa João Paulo II, o mesmo que pregava o ecumenismo, deixou suficientemente entendido que somente os milagres e prodígios correntes na igreja católica são provenientes de Deus e que somente aqueles que se guiarem pela famosa tradição católica poderão se salvar. Nisso está subtendido que somente aqueles que fizerem de Maria a “santíssima mãe de Deus” e que cultuarem sua estátua, que acreditarem no pseudo Purgatório e que fizerem dos santos seus intermediários perante Deus, se salvarão.
“Eu sou o único caminho, a verdade a vida.   Ninguém irá ao Pai senão por mim”.  João,  14.6.
Temos um advogado perante o Pai: Jesus Cristo.  I João, 21.1.
“Aquele que invocar o Nome do Senhor, será salvo”. Atos, 2.21.
Ao declarar, publicamente, que somente pelo catolicismo se pode alcançar a salvação, o papa atual, qual uma maldição, continua com os mesmos erros inconcebíveis dos clérigos da Idade média, que não aceitavam, de modo algum, que alguém abandonasse a sua “santa” tradição católica para seguir a Bíblia, somente a Bíblia.
O homem sábio, espiritualmente falando, aquele que se vale exclusivamente dos preceitos bíblicos em suas meditações, e que conhece as raízes da Igreja, conclui, com certeza, que foi com o evento da introdução das imagens e estátuas no meio católico e com a introdução do domingo substituindo os sábados santos de Deus que começaram a valer as profecias do Apocalipse, nas quais está revelado que Satanás faria guerra aos cristãos e os venceria na maioria.
Os padres interpretam que, apesar de tudo, apesar da feroz Inquisição e de todos os outros erros do catolicismo, o que resultaram em críticas graves pelos séculos dos séculos, nada poderá prevalecer contra a igreja católica. É a tal bigorna que suporta muitos martelos. Mas, os sábios de Deus têm a consciência de que Jesus se referia ao cristianismo, e não à Igreja Católica Romana que acabou por se corromper gravemente. Foi exatamente da Igreja Católica Romana, da bigorna enferrujada na época, que fugiram os dissidentes que participavam como membros ativos dela quando perceberam de Igreja de Jesus nada mais havia ali. O cristianismo continua vivo e viverá até a consumação dos séculos. No meu humilde entender, e conforme Tiago, 2.10, o Espírito Santo de Deus determinou que não podem ser cristãos reais aqueles que não guardam TODOS os Mandamentos da Lei de Deus.
Na sua vida pública, Jesus acercou-se de pessoas humildes e não de nobres e de doutores da Lei. Jesus só entrou num palácio depois de algemado, no dia em que foi julgado.  Não se envolveu em política nem quando envolvia os atos e as conseqüências da dominação romana. Quando tentaram lhe falar do poderoso César, o dono provisório do mundo, apenas respondeu: “Dê a César o que é dele e a Deus o que é de Deus”. Por isso é altamente condenável quando um pastor ou padre tentam se envolver em política.
Além da aliança com os romanos, outro dos motivos que também contribuiu para o desrespeito do dia de descanso sabático foi o fato de os judeus guardarem religiosamente o sábado.   Até mesmo no século 20, o clero católico ainda conservava um secular ódio pelos judeus.
Até hoje, continua muito difícil se guardar o sábado santo, pois por causa do gigantismo religioso e político do catolicismo como instituição mundial os homens são levados naturalmente a guardar o domingo, o primeiro dia após o sábado. Benditos sejam aqueles que guardam o sábado apesar de todas as dificuldades encontradas!
Para ser fiel a Deus de acordo com TODOS os Dez Mandamentos, não é necessário que um evangélico se afaste da congregação à qual esteja integrado. Basta apenas que passe a guardar o sábado santo, verdadeiramente, pois todos os demais preceitos — salvo pequenas exceções que não chegam a infringir a Palavra — praticados pelos evangélicos são de uso comum e estão sob o contexto bíblico.
No dia santificado do Senhor, o sábado, eu e muitos outros não compramos nem o pãozinho da panificadora; não negociamos nada, não recebemos nem pagamos, tampouco cortamos o cabelo na barbearia, pois se não agíssemos assim estaríamos fazendo alguém trabalhar para nós, e isso seria um agravo à Lei do sábado. Mas é lógico que há exceções, de acordo com a consciência de cada um. Jesus curou e colheu espigas num dia de sábado para matar a fome num dia de sábado. ‘
“... Não trabalharás tu, nem teu servo, nem tua serva, nem tuas visitas, nem teus animais...”.
Ao esconder dos fiéis os Dez Mandamentos como estão gravados na Bíblia, os próprios católicos e os clérigos, sem se dar conta disso, desrespeitam o próprio domingo que guardam. Senão vejamos: como tenho testemunhado, fazem compras nas feiras, nos supermercados, nos shoppings; montam barracas para comércio nas inocentes quermesses; reformam suas casas; lavam e promovem polimentos em seus carros; levam suas famílias aos restaurantes e assim trabalham e fazem com que outros também trabalhem.
“... Não trabalharás tu, nem teu servo, nem tua serva, nem teus animais...”.
Além disso, fui testemunha de que muitos dos católicos fumam, bebem, participam ativamente do carnaval...  Por isso mesmo sempre digo que católicos reais, aqueles do coração, que acreditam piamente nos preceitos da sua tradição e vivem fielmente por eles; que não comparecem às missas apenas por obrigação religiosa, não são muitos.  É claro que também devemos incluir nessa regra todos os seguimentos cristãos, mas é notável que o catolicismo está encolhendo, conforme pesquisas do jornal “A Folha de São Paulo” de 14 de dezembro de 2003. Lembremo-nos de que esse mesmo tipo de mídia, influenciadas pela Instituição católica, antes chamava as congregações religiosas de seitas.
O final do Apocalipse se refere aos que guardam os Mandamentos de Deus e se guiam pelos exemplos de Jesus. Para esses a salvação estará garantida.     Ora, hoje em dia, quem tem a consciência de guardar os Dez Mandamentos (todos, é claro), resistindo às fortes correntes demoníacas pelas quais fomos acostumados a desrespeitar os sábados santificados por Deus?
... violaram inteiramente os meus sábados. Resolvi, pois, derramar o meu furor sobre eles... Justiça de Deus, em Ezequiel 20.13.
 “Não vim à Terra para agredir nenhum dos Mandamentos de meu Pai, mas sim para fazê-los respeitar  (Nem o ato divino de minha futura ressurreição poderá mudar essa condição)” O Messias de Deus.
Quanto à fé, que promove milagres atribuídos a Maria e aos santos, tenho em conta que se uma grande emissora, passar a anunciar, diariamente, que há uma nova imagem de um “novo santo (ou santa)” que vem produzindo maravilhosos prodígios pelas cidades onde passa, despertará o interesse de todos os católicos brasileiros.  Se depois de algum tempo anunciar que a imagem do pseudo-santo vai passar em carro aberto pelo Vale do Anhangabaú, na capital de São Paulo, por certo esse espaçoso local estará tomado por verdadeira multidão de católicos que estarão aguardando ver a imagem do “santo milagreiro” bem de perto, e se possível passar a mão sobre ele. Não tenho dúvidas de que entre os curiosos haverá pessoas de fé que serão curadas de suas moléstias e atribuirão tais graças ao “novo santo”. 
Isso é a fé. É a fé que promove Izildinha, Guevara, padre Cícero e outras personalidades que se tornam veículos que produzem graças. 
No nordeste, atribuem-se inúmeros milagres até ao padre Cícero.  Tal como um tipo de Edir Macedo da antiguidade padre Cícero enriqueceu-se enormemente com propriedades que chegavam a alguns milhões de dólares, à custa de doações. Mesmo estabelecido num rincão pobre, tinha 32 sítios, dos quais declara que comprou alguns; fazendas de gado; um quarteirão inteiro com construções diversas e dezenas de outras propriedades espalhadas pela região. Tudo isso consta em seu Terceiro Testamento registrado no único cartório da região, escrito por seu próprio pulso, datado do dia 4 de outubro de 1923, definitivo e objeto de inventário, revogando-se os dois testamentos anteriores. O padre Cícero tinha tantos bens, que nesse testamento ele cita que as propriedades que poderia ter se esquecido de citar, ficaria para os padres salesianos, que já haviam sido agraciados pela herança das maiores propriedade. Quem duvidar do exposto, basta passar-me um email (wasimoes0@ig.com.br) que lhe enviarei uma cópia do testamento por inteiro, escrito pelo próprio punho do padre Cícero
Além disso, tornou-se cúmplice de assassinato ao tramar, junto como o deputado Floro (dr. Floro), a execução sumária de um outro grupo religioso que lhes faria oposição (os livros religiosos sobre a vida do Pe. Cícero Romão Batista omitem essas partes, assim como os livros católicos omitem os horrorosos detalhes da Inquisição, mas os livros históricos não).
Apesar de tudo isso, pela fortíssima influência que a figura do “padim Ciço” continua exercendo no Nordeste, parece que agora o clero pretende reconsiderar a exclusão da imagem dele oficialmente da Igreja.
O povo começou a idolatrar o padre Cícero depois que teria surgido sangue de Jesus na boca de uma senhora durante uma missa, no momento do recebimento da hóstia. Ora, conforme o Evangelho, de modo algum o Senhor Deus se manifestaria ou jamais se manifestará dessa maneira aos que lhe são fiéis. Conforme o Evangelho, o Senhor poderia ter curado essa mulher, mediante sua fé, se ela estivesse com hemorragia, mas fazer jorrar sangue de sua boca é algo inteiramente inconcebível. Ou será que alguém incorreria no absurdo de julgar que aquele sangue era resultado do corpo físico do próprio Jesus a escorrer pela boca daquela senhora?
Repito: Depois de todos esses enganos, por que tanto misticismo e religiosidade vã se a Mensagem de Cristo, nos legada gratuitamente, nos dão todas as condições de alcançar, por intermédio dele, pela fé, todas as graças que necessitarmos?   A vivência do real cristianismo deve ser fundamentada exclusivamente nos exemplos de Jesus e, por isso, não necessita de fenômenos paranormais.
Já ouvi, pela TV, testemunhos de milagres atribuídos até a Ayrton Senna. Portanto, sem nenhuma tentativa de desrespeito, nada há de se estranhar quando Maria de Fátima ou de Lourdes e até uma estatueta encontrada no Rio Paraíba  que bem poderia ter sido moldada num terreiro de candomblé, ninguém sabe , se tornaram veículos dos milagres da fé no meio católico.
No catolicismo ainda há outros erros de menor significado.
1)  Jesus disse: “Comei deste pão. É meu corpo. Tomai deste vinho. É meu sangue”.
Mas Jesus também disse:
 “É o espírito que vivifica. DA CARNE NADA SE APROVEITA. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida”.  João 6.63.
“Se alguém me ama, e guarda a minha palavra, meu Pai  o amará e nós viremos a ele, e  nele faremos a nossa morada”.     Comprometimento  de  Jesus,  em  João, 14.23.
Mas, pessoalmente, não vejo maiores problemas na crença de que Jesus está fisicamente na hóstia consagrada ou não, e respeito ambas as interpretações. Há coisas muito mais importantes a considerar, conforme o presente escrito.
Na última ceia Jesus não tomou vinho em lugar dos seus discípulos. Todos beberam do vinho e é lógico que, para representar corretamente o ato da última ceia, seria necessário, conforme Jesus, que todos os católicos de hoje que recebem a hóstia teriam de receber, em seguida, o vinho. Portanto, o celebrante não pode tomar vinho em lugar dos fiéis da missa, pois do modo como está sendo realizado não estaria sendo feita a vontade de Cristo, pois Ele distribuiu, também, o vinho.
Até boa parte da Idade Média, os cristãos recebiam, também, o vinho, mas os homens do mundo que cultuavam um tipo de religiosidade exterior, mudaram tal procedimento. Como sempre afirmo, quando tenho dúvidas a respeito de qualquer questão religiosa, valho-me apenas da Fonte Original, principalmente nas partes nas quais estão as palavras de Jesus. Os evangélicos são mais coerentes que os clérigos, pois, pelo menos, servem pequenos pedaços de pão e pequenos cálices de extrato de uva. Entendo, ainda, que os fiéis católicos deveriam receber um pedaço de pão e não uma partícula de trigo quase transparente. A coleta do dízimo real resolveria o problema financeiro da distribuição de vinho e de pedaços de pão.
Na minha congregação, antes da distribuição do pão e do vinho, todos os participantes, tanto homens quanto mulheres, lavam os pés uns dos outros tais como Jesus ensinou antes da ultima ceia com seus apóstolos.
2)  Músicas profanas dentro do templo.
 Tenho testemunhado, principalmente durante os casamentos, que se tornou usual se cantar ou se executar músicas profanas que falam do amor carnal e até de sensualidade. Mas que absurdo? No passado proibiram as músicas sacras de Palestrina alegando que, sendo tão belas e solenes, tiravam a atenção do povo das missas que na época eram rezadas em latim. O canto gregoriano, de curto alcance melodioso, foi feito exatamente em decorrência disso, mas há tempos, durante os casamentos, vêm se cantando ou se executando músicas de amor carnal até as usadas em novelas das grandes redes de TV no interior de templo.  Acaso a Casa de Deus não é exclusivamente a casa de oração? 
3)  Pena de morte.
Já vi católicos e até um padre defenderam a morte jurídica para os bandidos. Quanto à pena de morte, como poderemos matar os condenados pela justiça dos homens, se muitos desses bandidos são criações nossas? São resultados de nossa culpa? Sim, sabendo-se que uma criança bastante maltratada na infância terá grandes probabilidades de se tornar violenta, então depois de resolvermos os graves problemas da distribuição de renda, da fome, da sede, da moradia, do racismo, das injustiças sociais; depois de oferecermos saúde, cultura e emprego a todos os que necessitam; depois que acolhermos com amor e cuidarmos de todas as crianças que dormem na rua e, se com tudo isso delinqüirem gravemente, aí, talvez, poderemos até pensar numa lei civil extrema, tal como a da pena de morte.  Alguns alegam que a proliferação da miséria nada tem a ver com o aumento da violência, mas a miséria produz, sim, bandidos que procuram buscar pela força até as coisas básicas que lhes negaram, salvo as exceções. Todos sabemos que se os jovens da miséria não encontram empregos, no ócio acabam por conviver com as más companhias, e isso os leva ao crime.
Quanto à distribuição de rendas, Jesus poderia ser considerado um socialista, mas Ele defendeu o socialismo de forma diferente: sem a necessidade de leis ou de obrigações sociais, cada rico, em sua consciência, fica livre para repartir ou não as suas riquezas excedentes. Se repartir, terá um galardão nos céus, mas se negar a isso, só Deus sabe o que lhe poderá acontecer, pois só há dois caminhos e duas opções na eternidade:   “Vai, desfaça-te de teus bens em favor dos mais necessitados e só então poderás seguir-me”.  Jesus Cristo, em Mateus, 19.21.
A história dos papas é um eficiente termômetro para se averiguar quando os santos foram corrompidos, conforme Apocalipse, 12.17:
A)  Dos séculos 1º ao 5º (500 anos), houveram 66 papas (excluindo-se os anti-papas) e todos eles foram declarados santos.
Aproveitamento: 100%
B) Dos séculos 6º ao  9º (300 anos),  houveram 67 papas, mas apenas 26 santos.
Aproveitamento:  38%
C) Dos séculos 10 ao 13 (300 anos), houveram 80 papas, mas apenas quatro santos.
Aproveitamento:  0,5%
D) Dos séculos 14 até hoje (800 anos), houveram 65 papas, mas só dois santos.
Aproveitamento:  0.2% 
       Então percebe-se que o clero se corrompeu quando começou a reger nos tronos. Satanás começou a vencer a partir dos séculos 6º e 7º, quando começaram a rarear os santos (não estão computadas aqui as canonizações políticas de João Paulo II (que tentou santificar até a mal-falado Pio XII). Ainda assim, O “santo Pio V (incluído no último grupo), foi um dos chefes dos tribunais da Inquisição, e pessoalmente acendeu algumas das fogueira humanas e, por isso, em hipótese alguma poderia ter sido elevado ao grau de um santo homem de Deus.

Mas tudo isso estava absolutamente previsto pelos profetas:
“O dragão irou-se com a mulher (a Igreja de Jesus) e foi fazer guerra aos outros seus filhos que GUARDAM OS MANDAMENTOS DE DEUS e retêm o testemunho de Cristo”.    Apocalipse, 12.17.

Foi-lhe permitido (à Satanás) fazer guerra aos santos e vencê-los. Apocalipse, 13.7.
Quem pode julgar que Satanás, que até a Jesus. O Filho de Deus, tentou corromper, ficou quietinho em seu canto por todos esses séculos?  Quem pode achar, depois de tantos desmandos clericais e de tanta corrupção ainda está por vir a realização da profecia de Apocalipse 13.7?
Ficou fácil para Satanás corromper os chefes cristãos no seu ambiente preferido: o dos palácios, pois quem gerencia esses ambientes de poderosos é Satanás. Senão vejamos. Eis o que Satanás disse a Jesus:
“Dar-te-ei todo este poder e glória desses reinos, porque me foram dados, e dou-os a quem quero”.  Lucas, 4.6.
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Por que muitos se preocupam em apontar os graves erros praticados por homens travestidos de papas, cardeais, bispos e frades católicos nas épocas da mais alta podridão na Igreja, e que por isso seus erros se refletem até hoje?  Isso é necessário para que os católicos de coração puro sejam alertados da herança maldita que aquela época trouxe. Essa herança nociva é a própria “Santa Tradição Católica”, a qual continua a ensinar e a praticar tudo aquilo que aqui foi escrito e abominado.  Portanto, se o clero se abstivesse de praticar seus famigerados dogmas que incentivaram a idolatria e ensinassem a praticar todos os Mandamentos de Deus, por certo o passado obscuro da Igreja deixaria de ser importante e o esqueceríamos. Dificilmente alguém estaria a lembrar a horrorosa Inquisição.
No dia em que surgir um grande e singular papa que se proponha a realizar uma vasta reforma na Igreja, se quiser realizá-la a contento, adaptando-a à Bíblia de Deus, terá de agir da seguinte maneira:
1) Teria de começar por leiloar todo o Estado do Vaticano, com seus quase 500 mil m2, pelo sistema “porteira fechada”, e assim, com os bilhões de dólares que arrecadaria, ajudaria, em muito, a diminuir a fome na Terra ensinando o homem a pescar. Se leiloasse todos os seus bens imóveis pelo mundo — são imensos — poderia diminuir, consideravelmente, a fome dos miseráveis sobre a Terra. Se doasse as imensidões de terras que ainda possui pelo mundo resolveria os problemas daqueles que querem plantar, mas não têm um cantinho de terra. Ora, não foi dessa mesma forma a determinação divina através do Messias de Deus?
Jesus disse ao rico:  “Se queres me seguir, vai, vende tudo o que tens e distribua tudo aos pobres. Só assim poderei te aceitar  (Marcos 10.21)”.  Acaso está fora desse preceito o clero, os evangelizadores e seus extensos bens terrenos? Acaso Jesus planejou uma Igreja que vencesse pelo prestígio terreno e pela riqueza? Qualquer homem sábio entende que perante tudo o que Deus nos deixou escrito e mediante os exemplos do Cordeiro de Deus, quem ensinar diferente desses exemplos de humildade, pobreza e passividade estará a serviço de Satanás.


  Pedro, a quem teimam de chamar de primeiro papa, afirmou:
 
“Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho te dou”  Atos dos Apóstolos, 3.6, que retrata a Igreja primitiva pobre de bens materiais.

Pergunto, então, aos letrados teólogos e exegetas: Por que justamente a Igreja que tem de dar o exemplo pode ficar fora desse contexto de pobreza?  Os doze de Jesus poderiam ter agido como agiram e agem hoje os homens da cúpula católica?  Como podem pregar a humildade de Jesus numa instituição de extenso prestígio político, carregada de bens terrenos, compostos de imóveis, obras de arte, ouro e pedras preciosas? Por que o Vaticano ainda mantém uma corte real, composta por multidão de cardeais, bispos, outros religiosos e até um batalhão de honra, escolhidos na nobreza internacional, aos quais têm de sustentar a contento? Ora, ora, acaso Jesus contrataria um dispendioso batalhão para a sua guarda?  Jesus adentraria a multidão numa redoma de vidros à prova de bala? Acaso Jesus, se vivesse na Idade Média, teria vivido com pompa, honra e força terrena, e poderia ter decretado a morte de milhares de pessoas que só queriam viver seus preceitos explicitamente de acordo com as Escrituras? Então é fácil de entender que tudo foi um grande erro, bem como as coisas religiosas que foram geradas naquelas épocas, tais como o catecismo católico e os dogmas. PRA QUE DOGMAS SE TEMOS AS ESCRITURAS?
Para praticar a humildade e a garra evangelista de Jesus, o clero da alta cúpula teria de enviar a elite religiosa das centenas de bispos e cardeais para misturar-se às plebes do mundo, e não mantê-la a título de “serviço burocrático”.  Por isso digo que também o alto clero de hoje também nada tem a ver com o meu humilde Jesus Cristo.
“Ide, eis que vos envio para o meio de lobos”.  Lucas, 10.3. 
“Onde está teu ouro, está teu coração”.  Mateus, 6.21.
Os padres dizem que a Igreja é pobre, mas sabemos que ainda é uma das instituições mais ricas do planeta. Só de indenizações pagas pelo mundo, por conta dos escândalos promovidos por sacerdotes pedófilos e homossexuais, somam centenas de milhões de dólares americanos. Somente os muito ricos podem arcar com tais gastos que não retornam em benefícios.
Acaso Jesus procurou prestígio político?  Jesus não veio como poder político, ao contrário, foi morto como um homem perigoso  “que poderia levar a classe subjugada a um indesejável levante contra os poderes constituídos”. Por isso, foi condenado mortalmente em dois processos: um movido pelo poder romano, e outro, antes, tramado nos bastidores do templo, e levado a cabo pelas autoridades judaicas em comunhão com os chefes do templo, seu próprio povo.  Devemos nos lembrar de que esses poderes tinham tudo a ver apenas com a política dos homens.

2) O papa reformador teria de anular completamente TODOS OS DOGMAS E CÂNONES da Igreja e passar a apresentar as Escrituras como ÚNICA VERDADE, e assim estaria abolida a perniciosa “Santa Tradição Católica” e os concílios formados nas épocas malditas da Igreja.
3) O papa reformador, ao anular todos os dogmas e cânones da Igreja, teria de agir como o Papa Leão III, e abolir da face da terra todas as imagens, as estátuas, tanto as de Maria, dos santos como as de Jesus; os crucifixos, os santinhos, as medalhas, os terços e os rosários. Além disso, teria de apagar das cúpulas e tetos dos templos católicos todas as pinturas e substituir os vitrais com figuras de santos por vidros coloridos ou comuns, tal como os muçulmanos fizeram quando se apossaram da magnífica Igreja de Santa Sofia.
4) O papa reformador teria de extirpar da Igreja todo tipo de comércio, seja da venda de imagens, velas, livros, adereços, cartelas de bingos; CD’s; a cobrança de direitos por casamentos; batizados,  etc, e implantar, nos católicos, a consciência bíblica da necessidade do dízimo real.  Teria de extirpar, também, as quermesses às portas do templo. Teria de abolir completamente o Mito Maria, as orações decoradas e afins e teria de retirar das paróquias os nomes de santos: Igreja de São Judas; Basílica de Aparecida e assim por diante.
5) O papa reformador teria de abolir o execratório celibato sacerdotal e permitir que os sacerdotes componham uma família. Dessa maneira, tão abençoada por Deus, terão condições de se tornarem mais santos. Os escândalos e as aberrações afeminadas — que atualmente é notável que são muitas — é absolutamente certo que diminuirão sensivelmente.
6) O papa reformador teria de abolir o ajuntamento de jovens, por anos, nos seminários. Eu atesto, como ex-seminarista, que isso acaba formando homossexuais ou outros desvios de conduta em uma parte desses jovens, por toda a vida deles. Nesse caso, como sempre, tem de ser exercido como norma os exemplos de Jesus. Jesus não confinou jovens num convento, mas chamou homens já feitos, da pobreza, ignorantes, e fez, com paciência e tolerância, com que aprendessem ao seu lado, vendo e vivendo as dificuldades do mundo.
7) O papa reformador teria de implantar novos procedimentos evangelizadores aos clérigos. Ao invés de pregarem confortavelmente instalados sob o teto do templo, quase sempre em fracas homilias que provocam sono, teriam de fazer isso também nas ruas, visitando os não cristãos e até os cristãos.  Sem querer ser mordaz, testemunho que os padres que conheço hoje, salvas as exceções, só visitam residências quando são convidados para uma feijoada ou churrascada.  Jesus também aceitava convites de ricos para almoçar ou jantar, mas em tempo muito maior vivia em meio ao povo pobre a que veio e nem se furtou de visitar leprosos.
8) O papa reformador teria de abolir rituais, paramentos, roupas especiais, o batismo de bebês, e dessa forma agir como agiram os discípulos de Jesus. Esses, que fizeram tudo como exemplo a nos deixar, não usavam paramentos, nem água benta, nem incenso, nem Mitra cravejada de diamantes; não realizavam rituais, não praticavam rezas repetitivas, não criam no tal Purgatório, não oravam pelos mortos e nem batizavam recém-nascidos.
9) Finalmente, o papa reformador e revolucionário, no bom sentido, teria de declarar ao mundo todo que fomos enganados por Satanás, quando esse usou o clero das épocas antigas para nos induzir a desrespeitar os sábados santos do Senhor e a praticar a idolatria pela qual se venera homens e mulheres já falecidos, nos quais se insere a humilde serva de Deus, a  bem-aventurada Maria, a mãe física de Jesus, a dona de casa exemplar, mas que nunca poderia ter chegado ao grau de a “santíssima imaculada e perpétua virgem”.  Não há como se manter sempre virgem imaculada depois de ter participado do leito conjugal com seu amado jovem marido ou mesmo depois de ter dado à luz um ser humano.
Por isso tudo, qualquer um poderá retrucar: 
— Ora, se um dia vier a acontecer todas essas propostas quanto ao catolicismo, não saberemos mais distinguir um católico de um evangélico!   
— Sim — eu responderia. — Os evangélicos já agem do modo descrito, apesar de que algumas congregações ainda desrespeitam equivocadamente o Mandamento dos santos sábados do Senhor, e a omissão bíblica no trato a casais com união irregular e algum comércio disfarçado nos átrios dos templos. Fora isso, pelo menos, para eles nada pode sobrepor-se às Escrituras.  Se fossem extirpados todos os erros aqui apontados, pode ter a certeza de que o Senhor abençoaria a Terra inteira e as graças seriam concedidas com muito mais freqüência.
“Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos”.    Mateus,  11.25. Trata-se de Jesus Cristo nos revelando que o homem não tem, necessariamente, de ser sábio, teólogo ou exegeta para que o Senhor Deus habite seu coração e lhe propicie a sabedoria espiritual na medida certa, para praticar e até para ensinar.
Por todas as coisas aqui expostas: Entre os preceitos ensinados por homens confusos e confundidos: Viva a BÍBLIA, somente a BÍBLIA; nada menos e nada mais que a BÍBLIA!

     “Não fareis, pois, no sábado obra alguma. Esta será uma Lei perpétua em todas as vossas gerações...”.   Levítico, 23.31.
“Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue o Evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema (amaldiçoado)”.  São Paulo, em Gálatas, 1.8.

Por obra de Satanás, fomos levados a crer na palavra dos homens (a tradição católica) que na Palavra de Deus escrita. Mas, como sempre, nem tudo está perdido, pois a cada dia cresce o número de pessoas que passam a desacreditar nessa “santa tradição” preferindo a Bíblia, somente a Bíblia, POIS É A ÚNICA INFORMAÇÃO SEGURA QUE  O SENHOR NOS DEIXOU.

Bibliografia a respeito dos desmandos papais da Igreja Católica:

MENDES, Jeovah. Os piores assassinos e hereges da história. 1997.

CAIRNS, Earle E. O cristianismo através dos séculos. ENCICLOPÉDIA BARSA. Enciclopaedia Britannica Ltda. 15 volumes, edição 1977.

Duffy, Eamon:  Santos e Pecadores.

WOODROW, Ralph. Babilônia: a religião dos mistérios.

VIDAS ILUSTRES. Coleção - Volumes VI (os cientistas) e IX (líderes religiosos) e outras publicações, tanto de livros como de jornais.

Waldecy A. Simões
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