07- FÓRUM - JUDAÍSMO - judaismo@grupos.com.br

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Indice:
.SEÇÃO 07 -(vide abaixo)
61.CURSO - O PODER DAS LETRAS HEBRAICAS
62. INQUISIÇÃO
63. APÓCRIFOS
64. VIRGEM MARIA.
65. Causa e Efeito
66. Qual é o entendimento bíblico, rabínico, sobre a Terra de Israel ?
67. O que há de tão terrível na idolatria?
68. Documentando o Holocausto
69. Pesquisa: 53% dos israelenses querem o Terceiro Templo
70. EUA denunciam plano israelense de expulsão de famílias de terroristas palestinos
71. "Os marranos portugueses"

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71. Texto encontrado no site http://www.terravista.pt/Guincho/1573/ "Os marranos portugueses" CRONOLOGIA DA OBRA DO RESGATE By Bavid Augusto Canelo A partir de 1926, o capitão judeu do exército português Artur Carlos de Barros Basto, de origem judeu-marrana, desencadeou a partir da cidade do Porto uma movimentação que procurava trazer para o judaísmo oficial os marranos que então viviam em diversas povoações de Trás-os-Montes e da Beira Interior. Barros Basto conseguiu apoios logísticos e financeiros de meios judaicos estrangeiros para levar a cabo a ideia da restauração do judaísmo português e a construção, que foi feita, da grandiosa sinagoga Kadoorie Mekor H'aim no Porto, a "catedral judaica do norte de Portugal", que pretendia simbolizar esse renascimento judaico dos marranos portugueses que ainda conservavam em segredo algumas práticas religiosas de origem judaica. No entanto, esse movimento provocou, já dentro do Estado Novo, algumas reacções adversas por parte de meios ligados a ideias nacionalistas, fascistas e anti-semitas que levaram ao seu abafamento organizativo e à perseguição movida ao seu principal impulsionador e que, inclusivamente, levariam mesmo o próprio Barros Basto a ser expulso do exército português em 1937 sob a acusação de não ter integridade moral para continuar a exercer a sua carreira militar, até então reconhecida como exemplar. Acusado de práticas de homossexualidade, com estudantes da escola israelita que dirigia, o "Apóstolo dos Marranos" caiu em desgraça. Para lá disso, as intrigas internas dentro da Comunidade Israelita do Porto, o fraco apoio que lhe foi prestado, ou que puderam prestar os judeus de Lisboa, mas principalmente, e este é o ponto chave, o condicionalismo da essência daquilo que caracteriza verdadeiramente a religião marrana e a condição marranática portuguesa, foram factores determinantes para uma "Obra do Resgate" sem sucesso digno de registo marcante tendo em consideração os propósitos iniciais que animaram entusiasticamente o capitão e moveram o interesse e a curiosidade de várias organizações judaicas estrangeiras. E não andaremos longe da verdade se dissermos que quando Paul Goodman, o homem forte do Portuguese Marranos Committee, morre em Londres, em 1949, por certo já há muito se teria apercebido de que as características singulares, e únicas no mundo, da religiosidade dos criptojudeus portugueses desse tempo tornavam o resgate numa utopia, numa romântica utopia sem possibilidade de fecundar a realidade que se pretendia com a passagem da mensagem do resgate. Não tendo qualquer sequência o movimento da restauração do judaísmo dos marranos, as tradições do criptojudaísmo continuariam a observar-se em diversas terras do Interior Norte e em particular, porque na sua forma mais sublime, em Belmonte, onde ainda hoje se mantêm. CRONOLOGIA 1773 Abolida a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos. 1774 Publicação da lei que declara isentos de infâmia os réus reconciliados pelo Santo Ofício. 1807-1810 Invasões francesas a Portugal. Os criptojudeus são acusados de colaborar com o invasor. 1813 Fundação da primeira sinagoga em Lisboa depois da expulsão dos judeus em Portugal (1496) e primeiro cemitério privativo. 1820 Revolução Liberal no Porto. 1821 Lei que restituía aos judeus o direito de cidadãos portugueses. 1821 Extinção da Inquisição (Tribunal do Santo Ofício). 1834 Instauração do Regime Liberal. 1834 Extinção das Ordens Religiosas e nacionalização das suas casas e bens. 1836 Fundação da sinagoga de Ponta Delgada, Açores. 1850 Protesto dos intelectuais portugueses contra a "Lei das Rolhas", que afectava a liberdade de expressão. 1852 O pároco de Carção, no Concelho de Vimioso, informa o bispo de Bragança de que desde 1834 os criptojudeus da sua paróquia haviam crescido em número e que já não tinham tanto medo como dantes. 1854 Inicia-se a publicação da História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal, de Alexandre Herculano. 1857 Nasce em Londres Lucien Wolf. 1860 Fundação da Alliance Israelite em França. 1865 Fundação em Lisboa, por parte de judeus de diversa origem, da Associação de caridade Somej Nophlim (Amparo dos Pobres). 1865 Nascimento de Francisco Manuel Alves (Abade de Baçal). 1871 Fundação da Anglo Jewish Association em Londres. 1875 10 de Abril. Nasce Paul Goodman em Dorpat, Lituânia 1878 O Congresso de Berlim proclama o princípio universal da igualdade dos cidadãos de todas as confissões religiosas. 1878 Fundação da primeira colónia judaica na palestina, Petah Tikvá. 1881 Massacres de judeus na Rússia. 1884 Théodore Reinach publica em Paris a Histoire des Israelites depuis l'époque de leur dispersion jusqu'à nos jours, onde faz uma breve referência à primeira aparição de criptojudeus do interior de Portugal na sinagoga de Lisboa. 1887 18 de Dezembro. Nasceu em Amarante, Distrito do Porto, Artur Carlos de Barros Basto. 1889 Nasce Adolf Hitler na pequena povoação de Braunau-sur-Inn (Áustria), situada na fronteira com a Alemanha. 1894-1906 A questão Dreyfus em França. 1896 Teodoro Herzl publica o livro O Estado Judaico. 1897 Teodoro Herzl convocou o I Congresso Sionista, em Basileia, onde o programa sionista da criação de um "lar nacional" judaico na Palestina foi aprovado. Estava criado o sionismo político. 1897 Morte de Francisco Carlos de Barros Basto, avô paterno do capitão Artur Carlos de Barros Basto. 1899 Charles Maurras funda o movimento doutrinário Action Française. Nasce o nacionalismo integral. 1899 Nasce em Londres Cecil Roth. 1902 Lança-se a pedra fundamental da primeira sinagoga a ser construída em edifício próprio em Lisboa, depois da expulsão de 1496. 1906 Barros Basto parte para Lisboa para frequentar o curso de arma de infantaria da Escola Politécnica. 1906 Progroms em várias cidades da Rússia. 1907 Sampaio Bruno publica A Questão Religiosa. 1907 Greve Académica em Coimbra. CRONOLOGIA 1908 Em Portugal realiza-se o 1.º Congresso Nacional do Livre Pensamento. 1908 Fundação do diário sindicalista A Greve e do semanário anarquista O Protesto. 1908 Fundação por Charles Maurras do jornal Action Française. 1909 Reúne-se em Setúbal o Congresso do Partido Republicano Português que encarrega o Directório de apressar o movimento revolucionário para a implantação da República. 1910 5 de Outubro, revolução republicana e implantação da República. Barros Basto hasteia a bandeira republicana no município do Porto. 1910 Expulsão dos Jesuítas e de todas as ordens religiosas. 1910 Abolição do ensino da doutrina cristã e do juramento religioso. Extinção das Faculdades de Teologia e de Direito Canónico. 1910 Lei da liberdade da imprensa. 1911 Constituição de 1911. Liberdade de culto. 1912 Barros Basto funda o Instituto Oryamita do Porto. 1912 Barros Basto publica um pequeno folheto de 32 páginas com o título de Shahar. 1912 Publicação da "Luz do Ocidente", órgão do Instituto Oryamita do Porto. Barros Basto assina alguns textos já com o nome de Ben Rosh. 1912 Publicação dos Escorços Transmontanos de Manuel António Ferreira Deusdado. 1913 Aparece em Lisboa o semanário anarquista Terra Livre. 1913 Publica-se, pela primeira vez em Portugal, uma súmula de O Capital de Karl Marx. 1913 Barros Basto publica Entre-Montanhas (Quadros Oryamitas). 1914 (Agosto) a 1918(Novembro) 1.ª Guerra Mundial. 1914 Funda-se o movimento do Integralismo Lusitano. 1916 Barros Basto é promovido ao posto de tenente do exército. 1917 Fevereiro. Barros Basto, integrado no Corpo Expedicionário Português, parte para Flandres para combater na 1.ª Guerra Mundial. 1917 Março. Revolução na Rússia. 1917 Novembro. Declaração de Balfour. A Grã- Bretanha é favorável ao estabelecimento de um lar nacional para o povo judaico na Palestina. 1917 Samuel Schwarz chega a Belmonte para orientar uma exploração mineira existente nesse Concelho. Toma contacto com os criptojudeus. 1918 Barros Basto escreve na Flandres Terras de Morte e de Fé (Quadros Oryamitas na Flandres). 1918 Agosto. Barros Basto é promovido ao posto de capitão do exército. 1919 Julho. Barros Basto regressa a Portugal. 1919 Barros Basto publica A Labarêda. 1920 Nos Estados Unidos da América havia 3 600 000 judeus. New York tinha 5 620 000 habitantes dos quais 1 643 000 eram judeus. Chicago contava com 225 000 judeus e Philadelphia com 200 000. 1920 Falecimento da mãe de Barros Basto. 1920 Barros Basto publica Linhagem de Arthur Ben-Rosh. 1920 Dezembro. Barros Basto dirige-se a Marrocos onde é admitido no seio do judaísmo oficial através da circuncisão. 1921 Casamento de Barros Basto com Lea Montero Azancot. 1921 É publicada a História dos Cristãos-Novos Portugueses de J. Lúcio de Azevedo. 1921 Adolf Hitler assume a chefia do Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores. Até 1929 este pequeno partido pouco conta na vida política alemã. 1921 Mário Saa publica o folheto Portugal Cristão-Novo ou os Judeus na República. 1922 A vida militar de Barros Basto leva-o de novo para o Porto. 1923 Junho. Um grupo de nove judeus, entre os quais se encontra Barros Basto, reunidos em primeira assembleia, decidem a Fundação da Comunidade Israelita do Porto. 1923 Na segunda Assembleia Geral da Comunidade Israelita do Porto são discutidos e aprovados os Estatutos da Comunidade. 1923 Agosto. A Comunidade Israelita do Porto é legalizada no Governo Civil do Porto. 1923 Agosto. Realizou-se a primeira sessão da direcção da Comunidade do Porto. 1923 Tradução para a língua portuguesa de Os Protocolos dos Sábios de Sião, obra anti-semita. 1924 Janeiro. Em sessão da direcção da Comunidade do Porto foi aprovada a criação de 5 secções: 1. Culto Israelita; 2. Instrução Israelita; 3. Patronato dos Trabalhadores; 4. Signo Vermelho; 5. Repouso Eterno. 1924 Agosto. Em sessão da direcção da Comunidade do Porto foi aprovado que em todos os actos de culto israelita fosse usado o rito sephardi. 1924 Outubro. Criação, dentro da comunidade do Porto, do grupo sionista Judah Halevi, com o fim de contribuir para a organização do Lar NacionalJudaico. A direcção deste agrupamento sionista fica confiada a eduardo Jernsted de Almeida, Fortunato Martins de Barros e Serafim xavier. 1925 Fevereiro. Criada a Escola Elementar Israelita Pedra Fundamental da Comunidade. 1925 Celebrou-se o primeiro casamento judaico na Comunidade do Porto. 1925 Mário Saa publica A Invasão dos Judeus. 1925 Francisco Manuel Alves publica o Volume V (Os Judeus) das Memórias Histórico-Arqueológicas do Distrito de Bragança. 1925 Samuel Schwarz publica Os Cristãos-Novos em Portugal no Século XX. Francisco Henriques Gabinete, natural de Belmonte, inspector da Fiscalização dos tabacos do Distrito de Castelo Branco, foi quem mais ajuda prestou a S. Schwarz fornecendo-lhe, quer directa quer indirectamente, os elementos para o seu trabalho. CRONOLOGIA 1925 Adolf Hitler publica Mein Kampf, que escreveu em 1924 durante os dez meses que esteve na prisão. Nesse livro o racismo aparece como o fundamento da doutrina nazi. Apoiando-se numa concepção pseudo-científica da desigualdade das raças, Hitler afirma a superioridade da raça indo-europeia (ou ariana) donde os alemães são os mais puros representantes e, por isso, é importante preservá-la das raças inferiores e em particular dos judeus. O anti-semitismo reencontra-se agora numa violenta crítica ao marxismo, elaborado pelos judeus segundo Hitler, e ao capitalismo internacional comandado pelas mãos dos banqueiros judeus. Esta teoria da superioridade da raça germânica caminha sempre ao lado de um profundo nacionalismo que necessita de espaço vital para a expansão da raça alemã. 1925 A Comunidade Israelita de Lisboa lança um apelo internacional para recolher fundos financeiros com vista à criação de uma escola em Lisboa onde os filhos dos criptojudeus pudessem ser educados nas linhas do judaísmo oficial. 1925 Morte de António Sardinha, principal orientador do Integralismo Lusitano. 1926 Revolta militar, chefiada por Gomes da Costa, que institui a Ditadura em Portugal. 1926 É estabelecida a censura prévia à imprensa. 1926 Publicação do decreto ditatorial, com força de lei, que dissolve o Congresso da República. 1926 Extinção da Carbonária em Portugal. 1926 Janeiro. Lucien Wolf, enviado pela Anglo Jewish Association, pela Alliance Israelite Universelle e pela Spanish & Portuguesa Jews Congregation de Londres, vem a Portugal certificar-se da existência do criptojudaísmo. Visita Lisboa, Guarda, Belmonte, Caria, Covilhã, Coimbra e Porto. 1926 Março. Publicação em Londres do Report on the Marranos or Crypto-Jews of Portugal de Lucien Wolf, onde indica a maneira de fazer ingressar "essas ovelhas desgarradas de Israel" no judaísmo oficial. Destaca, também, a figura do presidente da Comunidade do Porto, o Capitão Barros Basto. 1926 Criada a Biblioteca da Comunidade. Mais tarde esta biblioteca passará a chamar-se Biblioteca Rabi Dr. David Sola Pool que ficará sob a direcção do Instituto Teológico Israelita. 1926 Julho. É constituído em Londres o Portuguese Marranos Committee para ajudar os marranos portugueses no seu regresso ao judaísmo oficial. O relatório de Lucien Wolf é aprovado pelo Comité. 1926 Início da Obra do Resgate dos criptojudeus. 1926 Setembro. Paul Goodman, secretário honorário do Portuguese Marranos Commitee, escreve a Barros Basto informando-o das personalidades que constituem esse Comité e ainda informa que a Spanish & Portuguese Sinagoga estabelecida em Londres em 1664 por criptojudeus emigrados de Portugal enviara à Comunidade do Porto dois Sepharim. 1926 Estabelecem-se relações entre a Comunidade do Porto e os criptojudeus de Bragança. José Furtado Montanha vai ter papel muito importante na criação da Comunidade de Bragança. 1926 Miguel António Vaz, de 42 anos, negociante, antigo vereador da Câmara Municipal do Porto, natural de Bragança, entra na Comunidade Judaica do Porto depois de ter sido circuncidado. Será um dos membros que mais tarde, ao que parece, contribuirá para a queda de Barros Basto. 1927 Fevereiro. Paul Goodman escreve a Barros Basto comunicando-lhe que o Portuguese Marranos Committee votou uma quantia, não excedendo quatrocentas libras anuais para ajudar a Obra do Resgate e também um único subsídio de cinquenta libras para alfaias. Deseja o Portuguese Marranos Committee que a quantia votada sirva para a manutenção dum Rabbi no Porto, o qual deverá ser diplomado com o Hatarath Horaa. 1927 Fevereiro. Cecil Roth oferece um rolo de pergaminho contento o livro de Esther para uso da Sinagoga do Porto. 1927 Março. A Comunidade Israelita Portuguesa de Amsterdam oferece à Comunidade do Porto 25 livros de orações em hebraico segundo o rito português. 1927 Março. A direcção da Comunidade do Porto decidiu a criação dum periódico israelita (Ha-Lapid). 1927 Abril. Publicação do primeiro número do jornal Ha-Lapid (o Facho) que se destina a facilitar o conhecimento do judaísmo oficial aos criptojudeus portugueses. 1927 Procuram-se estabelecer ligações com os criptojudeus dos concelhos de Miranda, Freixo de Espada a Cinta, Moncorvo, Vila Flor e Vimioso. 1927 José Augusto Rodrigues, de 63 anos, criptojudeu de Vilarinho, vem ao Porto conferenciar com Barros Basto sobre a forma de levar a efeito o regresso ao judaísmo na sua terra. Aproveita a sua estadia no Porto para ser circuncidado. 1927 Julho.Inauguração da Sinagoga da Comunidade na Rua do Poço das Patas, nº 37, Porto. A sinagoga foi denominada Mekor H'aim (Fonte da Vida). Assistiu ao acto, servindo de Hazan, Moses Bensabat Amzalak, presidente da comunidade de Lisboa. 1927 Estabelecem-se relações com os criptojudeus de Vilarinho dos Galegos, Concelho de Mogadouro, Distrito de Bragança, Rebordelo e Macedo de Cavaleiros. 1927 Desloca-se ao Porto José Furtado Montanha, director do Banco de Portugal em Bragança, para falar com Barros Basto sobre a maneira de se executar naquela cidade a Obra do Resgate. 1927 Outubro. Acompanhado pelo Dr. Ernesto Augusto Rodrigues, Barros Basto desloca-se, pela primeira vez, a Bragança levando a mensagem do resgate. Num só dia o capitão conseguiu cinco circuncisões, entre elas a de José Furtado Montanha. Nesta viagem ficou fundada a Comunidade Israelita de Bragança. Depois seguiram para Macedo de Cavaleiros, Mogadouro, Vilarinho e Moncorvo. 1927 Novembro. O Portuguese Marranos Committee envia a várias entidades judaicas mundiais um relatório, em língua inglesa, sobre a sua actividade e onde faz um apelo para que a Obra do Resgate seja ajudada. Este relatório é assinado por Paul Goodman, secretário honorário desse Comité. 1927 Lisboa. Com Moses Bensabat Amzalak, presidente da comunidade israelita de Lisboa, conferenciaram sobre a obra do resgate o Rabi-mor do Brasil, reverendo I. Raffalovitch e o Dr. Ethinghansen, membro do Portuguese Marranos Committee. 1928 Janeiro. Um grupo de jovens da Associação de Juventude Israelita "Hehaber"visita os criptojudeus de Belmonte. Samuel Schwarz, que se encontrava em Belmonte, acompanhou os jovens nessa visita. 1928 Alemanha. O jornal Judiches Wochenblatt de Berlim dá a notícia da inauguração da sinagoga Mekor Haim no Porto e da fundação da comunidade israelita de Bragança. Refere também o facto de terem sido feitos ofícios litúrgicos israelitas na aldeia de Vilarinho. 1928 Egipto. O jornal L'Aurore, do Cairo, publica um artigo onde fala da vinda a Portugal de Lucien Wolf, da fundação da sinagoga do Porto e da Obra do Resgate. 1928 Itália. O presidente da comunidade israelita de Pisa, Giussepp Pardo Roques, publica um artigo no jornal Israel onde fala da Obra do resgate, incitando os judeus de Itália a ajudarem essa missão lembrando-lhes que muitos deles são descendentes dos emigrados de Portugal e Espanha durante o período inquisitorial. 1928 França. O jornal parisiense L'Univers Israelite, na sua edição de 17 de Fevereiro, dá novas notícias dos marranos de Portugal, da Obra do Resgate e apela aos israelitas de França descendentes dos portugueses para um esforço de ajuda aos seus "irmãos achados". 1928 A Comunidade do Porto declara sócios beneméritos, pelos relevantes serviços a ela prestados, os senhores Lucien Wolf, Paul Goodman e Nahum Slouch. 1928 Publicação de A Covilhã no Trabalho de Elias da Costa. Este livro causou na Covilhã alguma animosidade contra o seu autor pela áspera crítica com que ele aprecia os vários aspectos da vida da cidade e dos seus habitantes. 1928 A Presidência da República é assumida pelo General António Óscar de Fragoso Carmona. 1928 António de Oliveira Salazar, já prestigiado professor de Economia da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, assume a pasta das Finanças, no Ministério de José Vicente de Freitas, com a condição de supervisar os orçamentos de todos os ministérios. 1928 A comunidade portuense compra o terreno na Rua Guerra Junqueiro para aí ser edificada a sinagoga, com fundos fornecidos pela Spanish & Portuguese Congregation de Londres. 1928 Viagem de Barros Basto a Chaves, Rebordelo, Vinhais (onde poucos elementos encontrou) e Bragança, onde inaugura a Sinagoga Shaaré Pideon (Portas do Resgate). 1928 Em Bragança uma comissão de senhoras católicas solicita ao Governador Civil que encerre a Comunidade Israelita daquela cidade dizendo que se tratava de uma associação de maçónicos. O pedido não foi atendido. 1928 Barros Basto publica H'ad Gadiah, um estudo sobre as influências hebraicas no folclore português. 1928 Em Bragança, José Furtado Montanha, dirige à Câmara Municipal dessa cidade um pedido, assinado por vários criptojudeus, para que fosse dado à Rua dos Quartéis o nome de Rua Orobio de Castro, distinto escritor e médico judaico, natural de Bragança, e que tendo emigrado de Portugal, fugindo à Inquisição, foi médico do rei de França, professor da universidade de Toulouse e acabou os seus dias em Amsterdam, onde está enterrado no cemitério da comunidade portuguesa. A Câmara Municipal de Bragança aprovou e satisfez o pedido. A placa indicativa da Rua Orobio de Castro foi inaugurada em 21 de Junho de 1928. 1928 De Miranda do Douro chegam notícias de que já se fala na praça pública sobre assuntos judaicos graças ao jornal Ha-Lapid. As notícias referem ainda que nessa terra há criptojudeus que, por preconceitos sociais, ocultam a sua ascendência apesar de ser bem conhecida de todos. 1928 Samuel Schwarz assiste ao Kipur dos criptojudeus de Belmonte e distribui exemplares do livro "Kether Malkhuth" (Edição da Comunidade do Porto). 1929 Barros Basto publica Os Judeus no Velho Porto. 1929 Publicação do relatório anual do Portuguese Marranos Committee sobre o balanço da Obra do Resgate. 1929 Fevereiro. Barros Basto desloca-se a Vila Nova de Foz Coa, levando a mensagem do resgate. Deixou lá um criptojudeu encarregado de fomentar o regresso dos criptojudeus ao judaísmo. Deslocou-se ainda a Meda, Cedovim, Trancoso e Guarda. 1929 Maio. Barros Basto desloca-se a Castelo Branco, à Covilhã e a Belmonte para transmitir a mensagem da Obra do Resgate. Francisco Henriques Gabinete, acompanha o capitão nesta viagem de propaganda em terras da Beira-Baixa, apresentando-lhe várias famílias criptojudias. Nesta ocasião, Barros Basto funda a Comunidade da Covilhã. Em Belmonte Barros Basto permanece dois dias, reúne muitos criptojudeus em casa de José Henriques Pereira de Sousa e decide-se que os criptojudeus de Belmonte e de Caria ficariam adstritos à Comunidade da Covilhã. 1929 David de Sola Pool, Rabbi da Comunidade do Rito Português de New York e presidente da Union of Sephardic Congregations, visita a Comunidade do Porto onde entrega donativos. 1929 Setembro. Vindo de Lisboa, Barros Basto desloca-se novamente à Covilhã, agora acompanhado por duas senhoras francesas, Mme Oulman e Mme Gradis. Inaugura a pequena sinagoga a que deu o nome de Skaaré Kabalah (Portas da Tradição). 1929 Legalização da comunidade judaica da Covilhã. Na sinagoga da Covilhã, Samuel Schwarz faz uma palestra elogiando o trabalho do capitão e aproveita a ocasião para expor, a uma assistência de mais de quarenta pessoas, os inconvenientes dos casamentos mistos, fazendo a apologia da fraternidade judaica. 1929 Inscrevem-se na comunidade da Covilhã, declarando desejarem professar abertamente o judaísmo, 36 criptojudeus. 1929 Sousa Chicha, negociante de calçado, desloca-se ao Fundão em missão da Obra do Resgate. Fala com vários criptojudeus, que manifestam o desejo de regressarem abertamente à fé dos seus antepassados. Entre as pessoas entusiastas estava Joaquim Henriques Abrantes. 1929 Lily Jean-Javal visita os marranos portugueses. Na companhia do capitão Barros Basto faz uma viagem a Bragança onde contactam com criptojudeus. 1929 Criação do Instituto Teológico Israelita Pedra Angular (Yeshibah Rosh-Pinah). Começa por funcionar com cinco alunos internos, sendo três transmontanos e dois beirões. Funciona então na Rua 5 de Outubro n.º 99, no Porto. 1929 Barros Basto publica "Os Judeus no Velho Porto". O Jornal de Notícias noticia e aprecia de sobremaneira este trabalho. 1929 O Ha-Lapid homenageia o engenheiro Samuel Schwarz. 1929 Cecil Roth, célebre professor da Universidade de Oxford, visita a Comunidade portuense e conferencia com Barros Basto. 1929 Descoberta dos manuscritos de Perpétua da Costa (Séc. XVIII). 1929 30 de Junho, Rua Guerra Junqueiro, Porto. Colocação da primeira pedra da Sinagoga. Está também presente o professor Moses Bensabat Amzalak, presidente da Comunidade de Lisboa, que coloca na pedra fundamental o tubo de ferro contendo o pergaminho com o texto da fundação da sinagoga do Porto e que também oficiou uma oração memorial pelas vítimas da Inquisição. 1929 Morte de Francisco Henriques Gabinete. Na altura era Presidente da Comunidade Israelita da Covilhã. 1929 Samuel Schwarz envia à Agência Telegráfica Judaica um texto, para difusão mundial, sobre a Obra do Resgate. Diz que, sob a direcção de Barros Basto, "a redenção judaica dos marranos está em marcha e nada a deterá!" 1929 Novembro. O Instituto Teológico Israelita admite 5 jovens criptojudeus, 3 de Vilarinho dos Galegos e 2 de Belmonte. Ficam em regime de internato, com alimentação e ensino gratuitos. 1929 David de Sola Pool, faz conferências sobre a Obra do Resgate em New York e em Philadelphia. 1929 Os ecos da Obra do Resgate chegam a S. Francisco, Califórnia, à Alemanha, à Itália, à Lituânia e à Jugoslávia. Neste último país, um jornal de Zagreb chamado "Morgenblatt", publica um extenso artigo de 4 colunas e meia sobre Barros Basto e a Obra do Resgate acompanhado dum fac-símile do Ha-Lapid e fotografias de criptojudeus de Belmonte. 1929 Em resultado do apelo de Paul Goodman, infatigável secretário do Portuguese Marranos Committee, a Central Conference of Americans Rabbi concede um donativo de 500 dólares para a Comunidade de Bragança, com o desejo de que esta Comunidade seja um centro judaico das povoações circunvizinhas onde habitam criptojudeus. 1929 Em Outubro estoura uma forte crise económica nos Estados Unidos da América que vai ter repercussões mundiais. Atingindo brutalmente a Alemanha, que na altura dispunha de um equilíbrio económico e político frágil,, a crise económica vai favorecer a ascensão do Partido Nacional Socialista de Hitler que, apoiado pelos descontentes e pelos desgraçados tocados pela crise (mais de 6 milhões de desempregados), torna-se a partir das eleições de Setembro de 1930 uma força política de primeiro plano. Nessas eleições o partido de Hitler obtém 6,5 milhões de votos e 107 lugares contra apenas 800 mil votos e 14 lugares que obtera nas eleições de 1928. 1930 Enviado por Barros Basto, o Dr. Leo de Almeida vai para Trás-os-Montes onde procura organizar comunidades israelitas em Vila Real, Chaves e Macedo de Cavaleiros. 1930 Publicitação mundial dum relatório do Portuguese Marranos Committee, onde se refere o trabalho desenvolvido pela Comunidade Israelita do Porto, dirigida pelo capitão Barros Basto. Faz-se mais um apelo para um maior esforço no sentido de se ajudar a Comunidade do Porto e a construção da sinagoga. 1930 Agosto. Morre em Londres Lucien Wolf, com 73 anos de idade. Chamaram-lhe o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Nação Judaica. Em Geneve, na Sociedade das Nações, era uma das personalidades mais respeitadas. Fez parte da redacção do "Public Graphic", chefiando mais tarde o "Jewish World". Foi também correspondente em Londres de "Le Journal", de Paris, dirigiu durante muitos anos a secção colonial do "Times", e publicou artigos na Enciclopédia Britânica e na Ciclopédia de Arquitectura. Wolf foi ainda um dos mais notáveis diplomatas do povo judeu, tendo representado a comunidade anglo-israelita na Conferência de Versailles de 1919. A ele se deve o maior esforço para a obtenção dos tratados sobre as minorias com a Polónia, Roménia, Checoslováquia e a Grécia. Foi o primeiro presidente da Jewish Historical Society. Foi ainda o fundador do Comité Consultivo Junto do Alto Comissário da Sociedade das Nações Pró-Refugiados. Entre outras, escreveu as seguintes obras: O Governo Rus! so e os Massacres (1906), História Diplomática da questão judaica (1919), A Vida dos Primeiros Marqueses de Rifon (1921), Os Judeus nas Ilhas Canárias (1926). 1930 O Ha-Lapid homenageia David de Sola Pool, de New York. 1930 Expulsão de Abel Pereira Pedrosa da Comunidade do Porto que, fazendo-se passar por marrano, pretendeu, sub-repticiamente, entrar no judaísmo para fins de interesse material. 1930 Visita a Comunidade, por indicação do Comité Holandês Pro-Marranos, Baruch Ben-Jacob, professor de Teologia Israelita de Salónica que, acompanhado por Barros Basto, visitou a comunidade e a cidade de Bragança. 1930 Setembro. O Instituto Teológico Israelita muda-se para a Rua Guerra Junqueiro n.º 340 (Porto), para o edifício da Sinagoga em construção. 1930 David Sola Pool, da Spanish and Portuguese Congregation shearith Israel de Nova Yorque, visita também a Comunidade do Porto. 1930 Em Amsterdam, Holanda, é organizada uma Junta pró-marranos, intitulada "Het Nederlandsche Marranen-Comité". O fim deste Comité é conseguir enviar para o Porto um Rabbi, o qual será o Rabbi-Mor de Portugal, a quem será confiada a suprema direcção espiritual das comunidades portuguesas. 1930 Novembro. Barros Basto e o seu estudante de Belmonte, António (Yomtob) Rodrigues, deslocam-se, em viagem de mensageiros do resgate, a Bragança, Miranda do Douro, Vimioso, Mirandela, Valpaços, Chaves e Rebordelo. 1930 Falecimento em Caria (Belmonte) de Moisés de Sousa Gato, negociante. Quando se sentia morrer quis rodear-se dos seus irmãos de fé. O padre católico da freguesia veio visitá-lo no último momento e então o moribundo exclamou: "se vindes por amigo podeis ficar, mas se vindes na qualidade de padre católico retirai-vos". No cemitério, José Pereira de Sousa, de Belmonte, recitou a Hascabah, em honra do extinto. A notícia está no Ha-Lapid, n.º 39, 1931. 1931 Barros Basto, acompanhado pelo estudante do Instituto Rafael Henriques, levam a mensagem do resgate a Escalhão, Figueira de Castelo Rodrigo, Vilar de Torpim, Almeida e Pinhel. Deixam promotores da Obra do Resgate. 1931 A assembleia geral da Comunidade concede autonomia ao Instituto Teológico Israelita. 1931 Primeira visita de Paul Goodman à Comunidade Judaica do Porto. 1931 Janeiro. O Rabi de Salónica, Baruch Ben-Jacob, visita Lisboa, Porto, Bragança, Belmonte, Caria, Penamacor, Fundão e Covilhã. Era descendente de judeus portugueses que nos séculos das perseguições tiveram de abandonar Portugal. Falava Ladino, uma mistura de espanhol e português antigo, que se manteve vivo em Salónica. E foi em Ladino que nas sinagogas dessas cidades pronunciou sermões e incentivou os judeus ao cumprimento dos deveres religiosos. Em Bragança visitou também o Museu Regional, onde o seu director e conservador, o Abade de Baçal, o recebeu com "galharda gentileza", como era, aliás, seu hábito. 1931 Com 19 anos de idade, Joaquim de Brito Abrantes, do Fundão, ingressa como estudante no Instituto Teológico Israelita. Também é admitido Adriano Augusto Lopes, de Lagoaça. 1931 Por ocasião do segundo aniversário do lançamento da primeira pedra do edifício da sinagoga, Joaquim Moisés de Brito Abrantes proferiu um discurso de homenagem ao capitão Barros Basto. 1931 Organizam-se núcleos judaicos em Vila Real e em Macedo de Cavaleiros. 1931 Lily Jean-Javal publica em França o livro Sous le Charme du Portugal e profere em Rouen uma conferência sobre os marranos e o seu apóstolo (Barros Basto) em Portugal. 1931 Setembro. Vem a Portugal o Sr. Van Son, holandês. Em Lisboa fala com Samuel Schwarz e com o Sr. Diesendruck, chantre da Sinagoga Shaaré Tikvah de Lisboa. Depois vai ao Porto conferenciar com Barros Basto a quem apresenta estas "peregrinas"(nas palavras do capitão) ideias: Acabar com o Instituto Teológico Israelita no Porto e fazer com que o Portuguese Marranos Committee de Londres deixasse de subsidiar a escola do Porto e passasse a ajuda financeira para Lisboa, onde seria criada uma escola para crianças marranas. Barros Basto rejeitou tais ideias e o Sr. Van Son foi a Londres falar com o Portuguese Marranos Committee para ver se conseguia o seu objectivo. Este Comité não aprovou a proposta e enviou uma carta ao capitão informando-o de que continuava a acreditar no seu trabalho em prol do resgate dos marranos. 1931 Outubro. Paul Goodman publica no Jewish Chronicle o resultado do seu inquérito no Porto, Bragança e outros centros marranos, especialmente em conexão com a obra realizada graças à ajuda do Portuguese Marranos Committee. 1931 Outubro. Os criptojudeus de Pinhel resolvem fundar a Comunidade Israelita de Pinhel. O primeiro presidente é Serafim Cardoso de Almeida. Decidiram também estabelecer uma sinagoga chamada Skaaré Orah (Portas da Luz). Um mês mais tarde, em Novembro, Serafim Cardoso de Almeida e o seu tesoureiro, António dos Santos Silva, vão ao Porto para serem circuncidados, entrando na Aliança de Abraham com os nomes de Salomão e Elias, respectivamente. 1932 José Leite de Vasconcelos visita a sinagoga de Bragança e deixou escrita a seguinte nota: "Visitei a sinagoga ou esnoga e fiquei com boa impressão da excelente ordem com que se executou o serviço religioso; e é notável sobre o aspecto histórico. Admiro-me de como se pôde manter por tantos séculos, quase sempre agitados, este grupo étnico firme e sem indício de secar". 1932 São admitidos como estudantes no Instituto Teológico Israelita Rosh Pinah António Duarte Rebordão, do Fundão, e Armando Augusto Horta, de Lagoaça. O Instituto tem nessa altura 14 alunos e 4 professores. Os professores são: Rev. Jacob Shebabo (Língua Sagrada e Liturgia), Silva Couto (Francês), Mesquita Paul (Português) e Barros Basto (Apologética, Homilética e História Sagrada). 1932 Cecil Roth publica A History of the Marranos. 1932 Maio. É Instituída a Ordem da Mensagem Israelita do Resgate (O.M.I.R.). Perante o Hekhal da Sinagoga prestaram juramento os estudantes Joaquim Moisés de Brito Abrantes, Samuel Rodrigues e Daniel Teles, após o que foram por Barros Basto investidos na função de Mensageiros do Resgate. 1932 Barros Basto afasta Miguel António Vaz de cargos directivos na comunidade. 1932 Maio. Barros Basto e Samuel Rodrigues deslocam-se à Covilhã para reorganizarem a Comunidade desta cidade. Depois seguem para Pinhel onde inauguram a Sinagoga. 1932 António de Oliveira Salazar assume a presidência do governo. 1932 Hitler apresenta-se às eleições para a presidência do Reich. Obtém 13 milhões de votos contra um pouco mais de 19 milhões do velho Marechal Hindenburg, vencedor das eleições. Pelas leis do estado alemão, o presidente da república, eleito para sete anos directamente pelo povo, dispõe de grandes poderes: escolhe o chanceler (chefe do governo), pode dissolver o Reichstag (assembleia legislativa, eleita para quatro anos por sufrágio universal), e tomar em suas mãos todos os poderes em caso de crise 1933 Comemoração do décimo aniversário da fundação da Comunidade do Porto. A oração de graças foi celebrada por Moisés de Brito Abrantes. 1933 Alemanha, 30 de Janeiro. O Presidente da República, Hindenburg, chama Hitler para a Chancelaria. A 1 de Fevereiro disssolve-se o Reichstag. A campanha eleitoral que se segue desenrola-se sob um clima de grande terror. Poucos dias antes do escrutínio, um incêndio no Palácio do Reichstag serve de pretexto para declarar os comunistas fora da lei. Obtendo do novo Reichstag plenos poderes para quatro anos, Hitler em poucos meses (Março-Julho de 1933) impõe a sua ditadura: dissolução dos outros partidos, criação de uma polícia secreta do Estado (Gestapo), supressão dos sindicatos e início das perseguições dos judeus. Os seus opositores, mesmo os do interior do seu partido, são executados ("a noite das facas longas"). Hindenburg morre a 2 de Agosto de 1934. Hitler passa a acumular as funções de Chanceler com as de presidente do Reich. A sua ditadura torna-se total e particularmente dura. 1933 O Professor Adolfo Benarus visita a comunidade do Porto. 1933 A família Kadoorie contribui com as libras necessárias para que se completem as obras da Sinagoga Mekor Haim. 1933 Com a subida de Hitler ao poder na Alemanha o jornal Ha-Lapid vai dar maior relevância aos problemas do anti-semitismo e menos ao movimento da Obra do Resgate. 1934 O Ha-Lapid faz uma referência elogiosa a uma condecoração dada pela Polónia ao Bispo do Porto, Castro Meireles. Nesse acto participam judeus de origem polaca pertencentes à comunidade do Porto. 1934 Morre em Bolonha, com 89 anos de idade, o Barão Edmund de Rothchild. 1934 A polícia do Porto recebe uma queixa contra o capitão Barros Basto em que é acusado de práticas de "actos imorais". 1935 Os quatro estudantes do Instituto (Joaquim Moisés de Brito Abrantes, António Duarte Rebordão, Adriano Augusto Lopes e Armando Augusto Horta), que teriam denunciado os "actos imorais" de Barros Basto abandonam a Comunidade, no que teriam sido auxiliados por Miguel António Vaz, antigo vice-presidente, tesoureiro (Direcção) e presidente da assembleia geral (1930 e 1931) da comunidade. 1935 Paul Goodman vem ao Porto para se inteirar do que se passa com o capitão. 1935 Aproveitando a sua estadia no Porto, Paul Goodman profere uma conferência sobre Sionismo a que o Jornal de Notícias do Porto dá relevo. 1935 Paul Godman desloca-se a Trás-os- Montes em viagem de estudo. 1935 Barros Basto deixa por algum tempo a presidência da Comunidade. É o próprio Paul Godman que, a 21 de Fevereiro, preside à Assembleia Geral da Comunidade que elege novos corpos gerentes. O presidente eleito é Daniel Furriel. 1935 Na Assembleia Geral de 21 de Fevereiro, Paul Goodman propõe que a Assembleia reconheça que a propriedade do terreno e do edifício da sinagoga pertença à Spanish & Portuguese Congregation de Londres visto ter sido adquiridos com dinheiro enviado por aquela entidade. Esta proposta foi aprovada por unanimidade. 1935 Os discípulos de Barros Basto do Instituto Teológico Israelita homenageiam-no. Samuel Rodrigues não deixou também de falar nos obstáculos e nos inúmeros dissabores que o sonho de Barros Basto lhe tem a ele próprio acarretado. 1935 Maio. Barros Basto volta à presidência da Comunidade. 1935 Foi escolhido o seguinte nome litúrgico para a Comunidade do Porto: Kahal Kadosh Mekor H'aim (Sagrada Congregação Fonte Vital). 1935 Barros Basto profere uma conferência sobre Defesa Nacional em Penafiel durante a semana militar. O comandante militar da cidade de Penafiel, coronel Barbeitos Pinto, apresentou o conferente de forma muito elogiosa, quer como intelectual, quer como militar. 1935 Barros Basto publicita a realização, na cidade do Porto, da 1.ª Conferência Luso-Judaica, a ser realizada na Primavera de 1936 por ocasião da inauguração da sinagoga Mekor H'aim. Essa conferência constaria de 4 secções, a saber: 1. História dos Marranos e o seu folclore, 2. A prática do culto israelita entre os marranos; 3. O ensino religioso israelita a marranos (crianças e adultos) e a judeus transviados; 4. A assistência a marranos. Nacionais e estrangeiros, israelitas ou não podiam participar nessa conferência. (Nota: a sinagoga não se inaugurou em 1936 e a conferência realizou-se em 1938, aquando da inauguração). 1935 Barros Basto vai a Bragança investigar as necessidades da comunidade local. Mas, para lá "das velhinhas que não queriam morrer sem ouvir o senhor do Porto falar da nossa Lei" (Ha-Lapid, n.º 74, 1936), a notícia nada mais adianta. 1935 Setembro. Hitler promulga as chamadas "Leis de Nuremberga", para protecção do sangue e da honra alemãs. Essas leis retiram aos judeus o direito da cidadania alemã. Até fins de 1937, cerca de cento e quinze mil judeus abandonam o país. 1936 Na Europa existem 9 730 000 judeus. Na Polónia são mais de 3 100 000 os judeus. Em todo o mundo haveria cerca de 16 290 000. O país com mais judeus é os Estados Unidos da América, com 4 500 000. 1936 O poder militar ordena a suspensão da actividade militar de Barros Basto. 1937 A Comunidade do Porto homenageia o capitão por ocasião do seu 50.º aniversário. O jornal "O Primeiro de Janeiro" noticia o acontecimento. 1937 Samuel Rodrigues, preceptor da Comunidade do Porto, desloca-se para Trás-os-Montes tentando ainda expandir a Mensagem do Resgate. Permanece um mês e meio em Argozelo (Bragança). 1937 Junho. Em sessão solene, a Comunidade Judeu-Marrano de Lisboa homenageia o Presidente do Conselho Dr. Oliveira Salazar. 1937 Junho. Barros Basto é expulso do exército português. 1937 Julho. Na sinagoga Shaaré Tikvah, a Comunidade Israelita de Lisboa realiza ofícios religiosos de acção de graças pelo malogro do atentado sobre o Presidente do Conselho de Ministros, Oliveira Salazar. 1937 Dezembro. A Assembleia Geral da Comunidade do Porto lança o primeiro Herem (excomunhão). 1938 16 de Janeiro. Inauguração da Sinagoga Kadoorie Mekor H'aim no Porto. À cerimónia assistem representantes de todas as crenças: havia católicos, anglicanos, evangélicos, baptistas, marranos, israeliras professos, etc.. Uma lápide mandada afixar numa parede da sinagoga, pelo Portuguese Marranos Committee, recordará para sempre a gratidão pela benemerência da família Kadoorie: "This Synagogue has been erected to the glory of god and to mark the love respect rand veneration of lawrence and horace kaddorie for their Father sir elly kadoorie, k. B. E., Com leg. Hon. Rand their Mother the late laura kadoorie. This tablet records the gratitude of the portuguese marranos committee of london for the benefaction of the kadoorie family". 1938 Por ocasião da inauguração da sinagoga, o Portuguese Marranos Committee faz o balanço das actividades da Comunidade do Porto, publicando em Londres Marranos in Portugal, survey by the Portuguese Marranos Committee, 1926 to 1938. 1938 Março. O jornal A Voz inicia a publicação de uma série de artigos contra Barros Basto. 1938 Samuel Schwarz demarca-se publicamente de Barros Basto. 1938 Sir Elly Kadoorie aceita a presidência do Portuguese Marranos Committee, lugar que desempenhava o Barão Sir Francis A. Montefiore que entretanto falecera. 1938 Junho. O Portuguese Marranos Committee publica em Londres Marranos in Portugal, survey by the Portuguese Marranos Committee, 1926 to 1938. 1938 Cecil Roth, tendo conhecimento das medidas antijudaicas do governo italiano, pediu a demissão da Academia Colombaria de Florença e da Sociedade Real de História de Veneza, das quais era membro. 1938 Alemanha, noite de 9 para 10 de Novembro. Destruição aterradora de sinagogas, cemitérios, propriedades, casas, lojas e armazéns dos judeus. Diz o Ha-Lapid: Vermelhos incêndios no céu do Reich. As sinagogas ardem. Mulheres, velhos, crianças são atiradas para a rua na noite. O sangue corre. Que crimes cometeram aqueles sobre que se exerce uma tal violência? Não, o seu crime, a sua falta é serem judeus. Os rolos da Lei, aqueles livros Sagrados, são lançados nos braseiros. Os santuários pacíficos e veneráveis casas consagradas à oração e à exaltação religiosa, afundam-se nas chamas. A turba de nazis troça diante da blasfêmia. Amanhã haverá ainda profanações. Outras confissões, filhas da mesma fé, serão feridas e injuriadas. É porque elas, também, professam o respeito do homem, criação de deus, o amor do próximo? Exaltação doida da violência e da iniquidade. Morte do amor fraternal" (Ha-Lapid, n.º 95, 1939). 1938 Dezembro. Apelo de Lord Baldwin, eminente homem de estado inglês, em favor das vítimas das perseguições anti-semitas, apelo que foi radiodifundido e transmitido por todos os postos de Inglaterra e Estados Unidos. 1939 Berlim. Os nazis apoderam-se da magnífica biblioteca pertencente à comunidade judaica de Berlim, que continha 80 000 volumes, entre os quais havia várias edições antigas e raras, assim como numerosos incunábulos e manuscritos antigos. A biblioteca foi entregue ao instituto de estudos rácicos alemães. 1939 Setembro. As tropas de Hitler invadem a Polónia. Começa a 2.ª Guerra Mundial. Diz o Ha-Lapid: "Vermelhos incêndios no céu da Polónia. O canhão causa a desordem. Bombas mortuárias caem incendiando casas, hospitais, asilos de órfãos, destruindo impiedosamente milhares de vidas humanas. Varsóvia, a cidade heróica arde como um facho. Nenhuma lei internacional, nenhum sentimento de humanidade protege o povo polaco, cujo único crime é existir, querer sobreviver, livre e independente, é defender-se contra os inimigos que querem, pelo terror, curvá-lo sob um jugo cruel. A força brutal é desencadeada, com despreso de toda a justiça. Morte do direito. Barbárie" (Ha-Lapid, n.º 95, 1939). 1939 Samuel Rodrigues visita Covilhã, Fundão e Belmonte. 1939 Novembro. Celebra-se uma cerimónia religiosa na Sinagoga do Porto em sufrágio das vítimas dos massacres de judeus na Alemanha. 1940 Janeiro. Haim Weizman, grande propulsor da criação do Lar Judaico na Palestina está em Lisboa, em trânsito para os Estados Unidos da América. Barros Basto dirige-lhe um telegrama de homenagem. 1940 Agosto. A Comunidade do Porto cria duas escolas: a Escola de Educação e Trabalho Doméstico Mulher Virtuosa e a Escola Profissional Israelita Caminho da Vida. 1940 A partir de. A Comunidade Judaica do Porto agoniza e deixa de ter acções dignas de registo. Continua, no entanto, a publicar o Ha-Lapid, onde a Obra do Resgate é cada vez menos referida. O jornal passa a publicar, cada vez mais, artigos de estudos de investigação histórica, textos relacionados com a liturgia judaica, outros sobre o problema nazi e outros, ainda, sobre Sionismo e a criação do Lar judaico na Palestina. 1941 Março, na Alemanha. Decide-se a exterminação biológica dos judeus, que deveria ser levada a cabo pelas tropas das SS. Esta decisão foi guardada no maior segredo. 1941 A maior parte dos refugiados judeus da 2.ª Guerra Mundial que moravam no Porto, mudam a sua residência para as Caldas da Rainha, onde estabeleceram uma Casa de Orações. 1941 Junho. Hitler ordena o ataque à União Soviética. No Leste começa uma impiedosa campanha de extermínio contra a população judaica. 1941 No dia 1 de Setembro, é dada ordem para os judeus ostentarem o distintivo judaico (um disco amarelo com a estrela de David e a palavra "judeu") na Alemanha, Boémia e Morávia, e no Verão de 1942 na França e no resto dos países ocidentais. 1941 Outubro. Primeiras deportações da Alemanha. Pouco depois, ordena-se o mesmo na França e no resto dos países. 1942 Janeiro. Em conferência secreta realizada em Berlim-Wannsee, o chefe das SS dá a conhecer a "Solução Final". A tese para a destruição maciça dos judeus da Europa era: morte imediata de todos os incapacitados para o trabalho, e, para todos os aptos, trabalhos forçados sob condições mínimas de vida até à morte por esgotamento. Para a liquidação imediata ordenou-se a utilização do gás nos campos de extermínio e os fuzilamentos em massa. Os campos de extermínio encontravam-se em Auschwitz, Belzec, Treblinka, Mauthausen, Majdanek, Sobibor, Izbica, Dachau.... 1942 O Portuguese Marranos Committee de Londres continua a entregar o subsídio anual à Comunidade do Porto. 1942 Março. Hitler ordena que a cifra mensal de deportados se elevasse para cem mil. De toda a parte, longos comboios dirigem-se para o Leste, com vagões selados e carregados com homens, mulheres, velhos e crianças, em viagens com o destino da morte marcado. 1942 Outubro. Os serviços secretos americanos confirmam as informações que se começavam a ter da Alemanha em Genebra, sobre os factos horrorosos das execuções maciças. 1943 Criação em Budapeste da organização secreta judaica de auxílio mútuo (Waada). Primeiros relatórios sobre Treblinka, Auschwitz, etc.) 1944 Barros Basto publica Don Yahia Ben-Yahia, o 1.º Rabi-mor de Portugal. 1944 Morre em Shanghai Sir Elly Kadoorie. Na sinagoga do Porto lembra-se a sua memória e foram rezadas solenemente as "Kaboth" sendo oficiante o moreh marrano Samuel Rodrigues. 1944 Morte do Dr. Alfred Klee na Holanda, num campo de concentração alemão. O Dr. Klee, membro do Portuguese Marranos Committee, tinha estado expressamente no dia 16 de Janeiro de 1938 no Porto para assistir à inauguração da sinagoga. Na sinagoga do Porto foram rezadas solenemente as "Kaboth" sendo oficiante o moreh marrano Samuel Rodrigues. 1944 Março. As SS ocupam a Hungria. 1944 Abril. Partida do primeiro comboio de deportados de Kistarcsa para Auschwitz, com os judeus presos nos primeiros dias da ocupação da Hungria. 1944 Junho. Os Aliados desembarcam na Normandia. Mais tarde, quando os Aliados viram os campos de concentração, a opinião pública mundial deu-se conta da verdade do mais espantoso crime da História da Humanidade. 1945 A 30 de Abril Hitler suicida-se na cidade de Berlim já ocupada pelas tropas russas. A 8 de Maio a Alemanha capitula incondicionalmente. As armas calaram-se mas tinha acontecido algo que a História jamais poderá apagar da sua memória. O Nazismo tinha feito mais de cinco milhões de vítimas judias inocentes. 1948 A Comunidade do Porto homenageia Paul Goodman. 1948 A 14 de Maio é proclamado o Estado Judaico de Israel, numa sessão solene do Conselho Nacional em Tel Aviv. 1945 O jornal Ha-Lapid dedica o seu nº 128 ao fim do nazismo: "Na Germânia já não se houve o Heil Hitler e ainda soa o Shemah Israel". 1946 Barros Basto publica Don Abraham Zacuto-Rabi-Astrónomo-Historiógrafo. 1946 Ainda a pretexto da Obra do Resgate, Barros Basto vai a Chaves, Vila Real, Bragança e Macedo de Cavaleiros. 1946 Amílcar Paulo, estudante do Instituto Teológico Israelita do Porto, visita aldeias nos concelhos de Mogadouro e de Freixo de Espada-a-Cinta, donde era natural. 1947 Morte de Francisco Manuel Alves (Abade de Baçal). 1949 13 de Agosto. Paul Goodman morre em Londres, com 74 anos de idade. Secretário do Portuguese Marranos Committee, foi quem, durante mais de 20 anos, dirigiu os trabalhos da Obra do Resgate e aquele que sempre mais esteve ao lado do capitão Barros Basto, ajudando-o incansavelmente. Sem os esforços de Paul Goodman, a Sinagoga do Porto jamais teria sido edificada. 1949 Barros Basto deixa a presidência da Comunidade do Porto. O novo presidente é Nathan Beigel. 1953 Morte de Samuel Schwarz. 1958 Publicação do último número do Ha-Lapid. 1961 Morte de Artur Carlos de Barros Basto, com 74 anos de idade. O seu nome ficará para sempre ligado à criação da sinagoga Kadoorie Mekor H'aim do Porto. Aquando da inauguração da sinagoga, em Janeiro de 1938, o Portuguese Marranos Committee, mandou afixar numa parede da sinagoga a seguinte lápide memorial: " This Tablet is erected by the Portuguese Marranos Committee of London in honour of Captain Artur Carlos de Barros Basto as a tribute to the historic services rendered by him as the Leader of the Jewish Work of Redemption in Portugal rand in the establishment of this Synagogue with which his name will be associated for all time".


70. EUA denunciam plano israelense de expulsão de famílias de terroristas palestinos
AP 14:35 19/07AFP WASHINGTON - Os Estados Unidos denunciaram esta sexta-feira a decisão israelense de expulsar da Cisjordânia para a Faixa de Gaza as famílias de ativistas palestinos vinculados a ataques antiisraelenses. "Achamos que esse tipo de ação não resolve os problemas de segurança de Israel", disse à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher."Levaremos esta preocupação ao Governo israelense", adiantou. JERUSALÉM, 19 jul (AFP) - O conselheiro jurídico do governo israelense, que desempenha o papel de promotor geral, Elyakim Rubinstein, pronunciou-se contra a expulsão das famílias de palestinos autores de atentados suicidas, assinalou esta sexta-feira a rádio militar. Rubinstein considerou que a expulsão da Cisjordânia para a Faixa de Gaza só pode ser aplicada a membros das famílias dos camicases ou de quem organizou atentados se houver "provas tangíveis de seu envolvimento direto nessas atividades terroristas".Durante uma reunião com o promotor-geral do exército e com responsáveis dos serviços de segurança, o assessor jurídico considerou que não seria realizado o desterro coletivo de uma família palestina que foi detida, acrescentou a rádio.Ao contrário, Rubinstein mostrou-se de acordo coma destruição de casas de famílias de camicases ou de palestinos acusados de ter organizado atentados antiisraelenses, segundo a mesma fonte. JERUSALÉM - Não sei se vou chegar a alguma conclusão do que vou escrever. Mas tem coisas de arrepiar. A FEMA (Federal Emergency Agency), tem a incumbência de pre! parar os Estados Unidos para enfrentar grandes desastres como ocorreram recentemente nos casos dos incêndios em vários estados. Soldados israelenses dormem nos arredores de Belém Agora, prepara o país a toque de caixa para a hipótese, que passou a ser viável, de um ataque com armas de destruição maciça. Nunca se pensou nisto nos tempos da "Guerra Fria", entre americanos e soviéticos. A notícia saiu em NewMax, um site da internet que informa e serve para pesquisar. A preparação considera as hipóteses de armas nucleares, biológicas e químicas lançadas simultaneamente em várias cidades do país. A FEMA, insiste o Newmax, já informou todo o tipo de consultores e serviços de que devem estar preparados para a possibilidade de ser necessário evacuar cidades inteiras. Essas entidades precisam pensar na logística da questão. Imagina-se a preparação de componentes para improvisar cidades para acolherem os refugiados. O NewMax afirma que tudo deve estar preparado até o próximo mês de janeiro. Seria u! ma preparação para contra-ataques de táticas diversas para o caso de novos passos americanos na guerra contra o terrorismo. O Iraque, por exemplo, não hesitaria em usar tudo. E existem, sabe-se, grupos e indivíduos terroristas levando uma vida burguesa e respeitável enquanto esperam a palavra de ordem para agir. No passado eram chamados de Quinta Colunas e "sleepers", adormecidos, prontos com tudo para acordarem com uma explosão. O FEMA já abriu concorrência entre firmas; para fornecerem o necessário. A concorrência para tendas e trailers já foi feita. O caso é serio demais para ser simples irresponsável e sensacionalismo. Saddam Hussein tem feito desafios diários ao mundo. Ele diz que pode enfrentar qualquer um sem medo como fez ontem, na comemoração de mais uma data de sua tomada do poder. Os americanos sabem que Saddam ainda não tem meios de lançar bombas nucleares nos Estados Unidos. Mas pode espalhar armas biológicas e químicas em silêncio. Logo em seguida começar! ia a morrer gente. E seria o pânico. O governo americano quer se livrar de Saddam antes dele tomar qualquer iniciativa. E está conversando com aliados e governos árabes sobre a hipótese de tomarem eles a iniciativa. Saddam é considerado um grande perigo. O Centro de Estudos Internacionais Estratégicos, de Washington, tem um cenário em que Saddam se movimenta contra Israel que recorre a armas nucleares em sua defesa. Os israelenses não esquecem os mísseis que aceitaram de Saddam na Guerra do Golfo a pedido americano. Agora estão livres para se defenderem. E não se esquecem do massacre de curdos com armas radioativas, realizado por Saddam em 1981. Saddam se revela muito seguro quando fala. O que preocupa os americanos, no caso, são as tropas que terão de usar contra ele. Saddam deverá empregar armas biológicas contra os soldados americanos. Será um novo modelo de massacre. Os americanos colocam as armas biológicas e químicas no mesmo pé das nucleares. E se ignora! qual o poderio daquelas disponíveis no Iraque. Começam a se confirmar as conclusões a que cheguei há meses de que os americanos, se atacarem o Iraque, vão tentar reorganizar o Oriente Médio, cujos países, com exceção da Pérsia, nunca conquistada, foram improvisados pelos impérios da Primeira e Segunda Guerra, segundo seus interesses e com indiferença àqueles dos povos regionais. Misturaram alhos com bugalhos como aconteceu na Iugoslávia. Muitos deles podem implodir em pequenos outros. Os únicos aliados confiáveis dos americanos na região são os israelenses. Os únicos que não hesitarão em irem em seu auxílio. Nas atuais condições da região em que aumentam os indícios de que os americanos se preparam para tentarem pegar Saddam, eles não imporão aos israelenses nenhum esquema de paz que não seja aceitável, se pensa. Mas o propósito da minha nota é o de prevenir que os grupos terroristas, caso os americanos se movimentem contra o Iraque, vão provocar grand! es confusões por todos os cantos do mundo sem exceção. Não é problema cientifico tecnológico maior envenenar água de beber ou alimentos na colheita. Logo as primeiras mortes, os povos entrarão em pânico, que é a intenção dos terroristas. Esses são apenas alguns aspetos do belo mundo da ciência e tecnologia avançada que iriam acabar com a fome, como se dizia. As coisas só pioraram apesar dos meios de fazer da Terra o paraíso desejado. Criança toca Muro das Lamentações enquanto pessoas (fora da foto) preparam-se para oração coletiva Vamos todos orar pela paz em Jerusalém. Shalom Yerushalaym!!!!!!!! Ferreira
69. Pesquisa: 53% dos israelenses querem o Terceiro Templo
Jerusalem Post - Cerca de metade dos judeus israelenses gostaria de ver a construção do Terceiro Templo, de acordo com uma pesquisa realizada pelo movimento reformista, Centro de Ação Religiosa de Israel. A pesquisa foi especialmente preparada para Tisha Be'av, que cai no dia de hoje no caléndario comum. O jejum, que marca a destruição dos primeiro e segundo templos, termina hoje às 20h16 (hora de Israel). De acordo com a pesquisa, conduzida pelo Instituto Dahaf, um total de 53% das 775 pessoas que responderam a pesquisa, disseram que gostariam de ver o Terceiro Templo ser edificado no Monte do Templo. Ao mesmo tempo, 55% dos interrogados disseram que a lei em voga sobre a presença de judeus no Monte do Templo, por questões de segurança, deve ser mantida. E em relação ao dia de jejum em si, 64% disseram não observar Tisha Be'Av de modo algum, enquanto 29% diz jejuar. Entretanto, 72% são a favor do fechamento de locais de diversão e restaurantes no dia de luto e orações. Ferreira
68. Documentando o Holocausto
Muitos filmes já foram realizados tendo como tema o Holocausto. É um tema difícil, pesado, mas que sem sombra de dúvidas merece ser sempre relembrado. Para citarmos alguns exemplos mais recentes temos A Lista de Schindler, A Vida é Bela, O Trem da Vida, Viagens e documentários como No Braço de Estranhos: Histórias do Kindertransport e aqueles realizados pela Fundação Shoah de Steven Spielberg, já abordados em outras oportunidades. Entretanto três dos considerados melhores documentários já realizados em todos os tempos, têm em comum serem franceses e abordarem o doloroso tema. Shoah: Memória e Esquecimento Documentário épico de cerca de 10 horas de duração, faz uma crônica com reminescências e lembranças sobre o Holocausto por dezenas de sobreviventes Shoah: Memória e Esquecimento (1985) dirigido e produzido por Claude Lanzman é um marcante documentário de 503 minutos, exibidos geralmente em duas partes de cerca de 4:30 horas cada. Nele Lanzman faz uma crônica pessoal sobre as memórias daqueles que viveram durante o Holocausto, ambos vítimas e opressores. Em seu persistente trabalho de entrevistas o diretor aproxima e martela os detalhes no sentido de intensificar nossa responsabilidade e nós começamos a ver exatamente o quão impensável se torna a realidade. Shoah é a palavra hebraica para o holocausto que significa caos e aniquilação. Neste filme eloquente e único apesar de ser um documentário, não vemos imagens dos anos 40. Também não há trechos de noticiários da época nem entrevistas com sobreviventes dos campos da morte e nem cobertura de julgamentos de crimes de guerra. Toda a película foi filmada pelo próprio Lanzman durante seis anos, no início dos anos 80, que foi procurar pelas testemunhas oculares da "Solução Final" de Hitler. Ele foi surpreendentemente bem sucedido encontrando pessoas que estiveram lá, que viram e escutaram o que ocorreu. Algumas bem poucas delas eram judeus sobreviventes dos campos. O resto eram na maioria idosos alemães e poloneses, alguns que trabalharam nos campos e outros que se encontravam em posição de observar o quê estava acontecendo. São pessoas que tinham conhecimento dos centros de extermínio nazistas sejam como trabalhadores escravos! , de ferrovias, técnicos, burocratas ou simplesmente espectadores. O filme tem momentos magníficos e dolorosos e é considerado uma obra-prima. Alguns podem sentir que carece de uma complexidade moral num grande trabalho, e também podem achá-lo um tanto longo e difuso e meio exaustivo nas suas quase dez horas de duração -------------------------------------------------------------------------------- Le Chagrin et le Pitie Incrível e ambicioso documentário sobre a performance da França na 2ª Guerra A Tristeza e a Piedade ( Le Chagrin et la Pitie, 1970) Magnífico documentário épico sobre a Ocupação Alemã na França. Dirigido por Marcel Ophüls, este estudo psicológico da história nos faz perguntar o que nós, nossos amigos e familiares faríamos se um país, como a França, fosse invadido. O diretor mistura filmes de arquivos com entrevistas de oficiais alemães, colaboradores e lutadores da Resistência de Clement-Ferrant. Eles comentam a natureza, detalhes e razões para o colaboracionismo, o anti-semitismo e a xenofobia. Em um de seus mais absurdos momentos, um ex-oficial francês conta a estória de como um grupo de francesas da classe alta coletaram um fundo para plantar roseiras ao longo das linhas do front para que os soldados não tivessem que olhar o concreto e a sujeira enquanto lutassem! O filme de 260 minutos é dividido em duas partes: "O Colapso", onde temos uma entrevista com Pierre Mendès-France, aprisionado pela ação anti-Vichy e depois Primeiro Ministro francês. No centro da parte dois "A Escolha" há uma entrevista com Rene de Chambrun, um dos 7.000 jovens franceses que lutou na frente ocidental vestido com uniforme alemão -------------------------------------------------------------------------------- Nuit et Brouillard Narrado por Michel Bouquet intercala cenas de campos da morte nazistas e a mesma locação 10 anos depois (em 1955) para descrever os horrores e as atrocidades dos campos na 2ª Guerra Mundial. Noite e Neblina (Nuit et Brouillard, 1955) O reconhecido diretor François Truffaut disse uma vez que "Noite e Neblina", de Alan Renais, em seus 32 minutos de duração, era o melhor filme jamais feito. O filme é grande em todo o sentido da palavra. Este documentário ao tratar dos campos "Nacht und Nebel", da 2ª Guerra levanta a questão: Quem é o responsável? E como pode a espécie humana permitir que estes campos dos horrores um dia existisse? E eles existiram, embora os alemães os negassem. E a perseguição a certos grupos de pessoas é uma experiência que continua a existir? Estes são alguns temas de discussão que o filme força a audiência a reconhecer. Mostrando uma das mais vívidas descrições dos horrores de um campo de concentração nazista, o filme reúne cenas do ano em que foi filmado, no pós-guerra, em Auschwitz, combinando filmagens coloridas com noticiários em preto e branco e trechos de filmes além de uma música assombrosa, para contar esta história que não foi só sobre o Holocausto, mas também do horror e da brutal desumanidade a que o homem pode chegar. Um trabalho inesquecível
67. O que há de tão terrível na idolatria? Texto extraido do site da http://www.chabad.org.br/biblioteca/index.html Por que o judaísmo é tão intolerante quanto à idolatria? Não estou falando de templos imensos com sacrifícios humanos. Mas sim, falo do idólatra civilizado, na privacidade de seu próprio lar. Com um emprego, família, hipoteca, que faz doações para o Fundo Mundial contra a Fome e o Greenpeace - e ao invés de um D'us, ele simplesmente tem dois ou três, ou mesmo várias dúzias, todos alinhados no painel do carro. Por que o judaísmo faz disso um pecado capital, exigindo a erradicação total da idolatria em cada canto do mundo? Desde que não prejudique ninguém, o que há de tão terrível? Resposta: Há muitas maneiras de se responder a isso, mas tomemos uma perspectiva histórica. Os historiadores concordam que nosso atual padrão ético origina-se na ética judaica. Sim, os gregos nos legaram as ciências naturais, a filosofia e a arte; os romanos nos deram estrutura governamental e engenharia; dos persas, temos a poesia e a astronomia; dos chineses, o papel, a impressão, a pólvora, acupuntura e mais filosofia, e assim por diante. Porém o fato histórico é que todas estas culturas (e todas as outras não citadas) apoiaram e até glorificaram atitudes e comportamentos que hoje em dia abominamos universalmente. Nos dias de hoje, se você se livrar dos filhos não desejados, praticar a pederastia, colocar seres humanos para se matarem uns aos outros por esporte, ignorar os direitos daqueles inferiores a você na pirâmide social e recusar-se a reconhecer qualquer responsabilidade social para com os pobres e os desabilitados, e mal consegue esperar para correr para a guerra contra o país vizinho, você é um bárbaro. Você teria sido um perfeito cidadão de Atenas ou Roma, mas hoje, nenhum clube o aceitaria. De onde vêm estes valores? Existe somente uma fonte que os historiadores podem apontar: a Torá. E o mesmo ocorre com a educação universal e o ideal da paz no mundo. Ora, isso dá a qualquer erudito um problema de monta para resolver. A História é geralmente vista como algo similar à uma floresta virgem e diversificada, onde uma coisa cresce a partir de outra. As sementes caem e brotam. As árvores ramificam e florescem, depois caem e nutrem cogumelos a partir de sua raiz apodrecida. Toda a vegetação e criaturas da floresta dividem o mesmo ar, água e solo, e nenhuma criatura pode subsistir isolada. Assim também, uma civilização se ergue do barro, ramifica-se, e cai para tornar-se o solo nutriente para a próxima. As idéias se transformam, numa perpétua metamorfose ao passarem pelos filtros das variadas culturas. Tudo o que é, já foi - e terminará por passar. Tudo exceto os judeus. Totalmente fora de contexto, com uma ética que fez cada nação chamá-lo de louco e absurdo, totalmente radical, sempre fora do compasso. Definitivamente, não é parte desta floresta. E no fim, sua ética leva a melhor. Faz-se necessária alguma explicação. Antes de mais nada, de onde eles tiraram estas idéias estranhas? E dizer-me que o Todo Poderoso os tirou da escravidão e ditou tudo para eles, não funciona. É verdade, mas não basta. Porque os seres humanos somente podem ouvir aquilo que já sabem. Precisava haver alguma coisa lá que chegou antes. A resposta clássica é que certa vez, houve um homem chamado Avraham (Abraão), vindo de Ur, na Caldéia - a base original da civilização. Ele surgiu com este padrão através de seu próprio gênio independente. É claro que ser engenhoso, bravo e dissidente não bastava. Sua missão exigia também a tenacidade e a convicção para despertar uma geração que daria continuidade a esta idéia, nadando rio acima em situação de inferioridade perante a sociedade dominante. E então, por muitas eras, esta ética provou ser a espinha dorsal mais eficaz de uma sociedade sustentável. Agora, diga-me, algum erudito racional realmente acredita neste cenário? Na verdade, a versão apoiada pelo Talmud e descrita em detalhes pelo Rambam (Maimônides) é muito mais crível: A ética que Avraham apresentou ao mundo já existia desde o início. A humanidade sabia que cada pessoa era feita à Divina imagem, que a vida tinha um propósito. Que o mundo era a obra de uma entidade celestial que desejava que dele cuidássemos, e que nos julgava segundo nossos méritos. Mesmo no tempo de Avraham, indivíduos isolados resistiam e pregavam isso a seus discípulos, como uma tradição desde Adam (Adão), Metushelach (Matusalém) e Nôach (Noé). Mas estamos falando de seres humanos. Exatamente por causa da centelha Divina dentro de si, o humano é também a criatura selvagem e louca que busca a abordagem de vida mais bizarra, capaz e pronto a fazer qualquer coisa. Assim, a sociedade humana em geral abandonou o padrão original de Adam por "aquilo que a faz sentir-se bem." A lei tornou-se nada mais que uma forma de o rei governar seu povo. A ética passou a ser nada mais que o costume que fosse mais confortável para a maioria das pessoas. A única medida do valor de uma vida humana era o grau de poder que a pessoa tinha. E o mundo natural era visto como um local sem valor, não valendo a pena investir em nada além daquilo que produzisse alimentos e poder sobre os outros. Avraham não precisou começar com a humanidade a partir do zero. Ele tinha apenas que resgatar aquela ética original. Mas ele também redescobriu - e ele o fez por si mesmo - a base que tornou aquela ética sustentável: o Monoteísmo. Mais especificamente: a providência monoteísta. Para simplificar: todo adulto e criança deve saber que há um Único Criador de todas as coisas, que Se importa com aquilo que você está fazendo com Seu mundo. Por que o monoteísmo e a providência são tão essenciais? Voltemos à história novamente, segundo as fontes judaicas tradicionais: Os predecessores de Avraham também sabiam do D'us Único, Criador do céu e da terra. Porém eles entendiam D'us como sendo sublime e transcendente demais para estar ocupado com este mundo profano e suas criaturas. Eles começaram a fazer pouco de Sua providência, afirmando que poderes secundários, de Seu mandato, tinham sido concedidos como uma parte do domínio. Chegaram ao ponto de construir templos, onde concentravam suas mentes na dinâmica destas forças, atingindo alturas espirituais e poder místico. Por fim, a sabedoria deu lugar ao charlatanismo, conforme os sacerdotes diziam às massas que uma determinada estrela, deus ou deusa tinha falado com eles, ordenando-lhes que servissem a ele ou ela de uma certa maneira. Os governantes acharam que uma boa mistura de conhecimento secreto e uma mitologia conveniente poderia ser um instrumento de poder sobre o populacho; que controlando o fluxo de conhecimento, seriam capazes de manter o povo em respeito e obediência. Foi aí que Avraham divergiu. Ele enxergou através da ordem estabelecida com sua hierarquia de conhecimento e poder, e ponderou que esta era a origem de todo o mal. Viu até o fundo disso: enquanto D'us estivesse "lá em cima" e tudo o mais fosse visto como num plano descendente, mais e mais distante de Seu domínio, este mal continuaria. Dentro deste paradigma, a vida humana perde seu valor essencial. Você, como indivíduo, não conta mais. Tudo que importa é quão alto você está na escala. Não somente os direitos humanos, como também o avanço da tecnologia é atrasado - pela necessidade da classe dominante de manter as massas trabalhando. Todo o progresso é dar ainda mais poder ao poderoso. A saúde pública, a previdência e a educação são um despropósito. Portanto, Avraham desafiou aquela hierarquia. Ele ensinou cada pessoa a invocar o nome do Único D'us dos céus e da terra, que julga igualmente os atos de todos os homens, desde o rei mais importante até o servo mais humilde. Ao colocar o D'us original de volta no mundo, Avraham recriou a "pessoa" - um ser humano que tem valor apenas por estar aqui. Dentro do antigo padrão, a ética não tem uma base para se firmar. Se você não gosta daquilo que um deus exige de você, vai procurar outro deus que seja mais a seu gosto. Ou você molda estes deuses, enganando-os ou subornando-os, como eles mesmos estão acostumados a fazer um com o outro. Afinal, nenhum deles é supremo, nenhum é todo poderoso. Portanto, tudo é justificável. Então, Avraham destruiu os ídolos. Como existe somente um D'us, que supervisiona todas as coisas, a moralidade deixou de ser relativa. Todas as éticas são determinadas não pelo fluxo da conveniência social, mas por Seu padrão intransigente. Sem a base de Avraham para a ética, a sociedade não tem estabilidade. Qualquer instituição poderia ser abalada até os alicerces, modificando as circunstâncias e os caprichos da vontade humana. Na Grécia Antiga, a instituição do casamento chegou à beira do colapso, devido às preferências pelo mesmo sexo, enquanto que em Roma, a unidade da família foi gradualmente desmantelada pela promiscuidade. As instituições que deveriam ter nutrido a espiritualidade humana em muitas sociedades tornou-se corrupta em orgias sangrentas e na veneração aos sentidos. Em muitos exemplos, tais como oriente, com nenhum senso de responsabilidade social, permitiu-se que a pobreza crescesse em proporções incontroláveis, com imensa concentração de poder. Em nossa época, com a origem das espécies atribuída aos místicos deuses do acaso e da lei natural, foram cometidos os mais horrendos crimes contra a humanidade, e a própria biosfera está ameaçada. Somente quando os edifícios da sociedade se erguerem sobre o alicerce sólido Daquele que Criou Tudo em Primeira Mão, uma sociedade sustentável poderá desenvolver-se. A bem da verdade, a mensagem de Avraham também começou a perigar com o tempo. Não foi senão até que a providência monoteísta transcendesse o reino das idéias e se tornasse a real experiência de vida de um povo, que foi realmente capaz de prevalecer. E é exatamente isso que aconteceu no Monte Sinai, quando os descendentes de Avraham ficaram face a face com as ordens de agir diretamente vindas do Alto. O conceito da "mitsvá" entrou no mundo - algo que você faz porque D'us assim o deseja. E esta base tem se provado para sempre resistente. Quanto ao restante das nações, como escreve o Rambam, elas também receberam ordens no Monte Sinai - de cumprirem as sete mitsvot de Adão e Nôach, que incluem a proibição contra o politeísmo. Hoje, estamos testemunhando os mais dramáticos resultados da estratégia de Avraham em ação: nosso progresso nos últimos 500 anos, até chegar à atual habilitação do consumidor com a tecnologia e a informação, somente tornou-se possível através do despertar desta ética. Em um mundo politeísta, isso jamais teria ocorrido. Foi somente depois que o povo da Europa começou de fato a ler a bíblia e a debater o que ela tinha para lhes dizer, que os conceitos de direitos humanos, responsabilidade social, o valor da vida e por fim o ideal da paz mundial tiveram seu lugar no progresso da civilização. E somente um mundo assim poderia ter desenvolvido a educação e a saúde públicas, a pensão de aposentadoria, os telefones, máquinas de fax, computadores, a Internet, o design ambiental e o desarmamento nuclear. Estamos muito envolvidos para reconhecermos isso; o cobertor das trevas que resiste lutando até seu último alento preocupa nossas mentes. Porém se pudéssemos viajar de volta no tempo e descrever ao judeu das eras passadas o mundo que temos hoje em dia - um mundo que valoriza a vida, a paz mundial, os direitos individuais, a liberdade de expressão, o estudo, o saber e a compaixão por aqueles que possuem menos - aquele judeu sem dúvida responderia de olhos arregalados: "Quer dizer, são os dias de Mashiach?" Um tempo que começou quando um jovem na Suméria pegou um martelo e esmagou os ídolos na casa de seu pai. Leitura complementar: A versão judaica da história está espalhada por todo o Talmud, mas um completo esboço está na abertura de Maimônides, Leis da Idolatria. Esta é uma leitura essencial, como também a palestra do Lubavitcher Rebe que ilumina aquele esboço, apresentada em Licutei Sichot, vol. 20, pág. 13-24.
66. Extraido da http://www.chabad.org.br Qual é o entendimento bíblico, rabínico, sobre a Terra de Israel? RESPOSTA: A Terra de Israel foi prometida a nosso Patriarca Avraham e seu filho, Yitschac, nascido de sua primeira mulher, Sara. A Torá nos conta que "Yitschac será chamado a tua descendência" (Bereshit 21:12). Logo em seguida, D'us disse a Avraham para escutar a esposa: expulsar Yishmael da casa, juntamente com sua mãe egípcia, Hagar (ibid. 21:14 adiante), o que Avraham cumpriu. Isso para que Yitschac, e não Yishmael, herdasse a Terra Santa. A Torá nos diz que Yishmael estabeleceu-se no Deserto de Paran, e que sua mulher era egípcia (ibid. 21:21; o Deserto de Paran fica no Egito, veja Bereshit 25:18 a respeito da localização e do fato de que Yishmael foi viver entre seus irmãos no Egito). A Torá também nos diz que D'us repetiu Sua promessa a respeito da terra a Yaacov (filho de Yitschac) e seus descendentes (Bereshit 28:13), e a Moshê (bisneto de Yitschac) (Shemot 3:8). A alegação judaica sobre a Terra Santa é muito mais antiga que aquela de seus primos árabes. Tem sido nosso país por 3.000 anos, e até que os primeiros invasores árabes chegassem nos anos 700, nenhum descendente de Yishmael jamais reclamou qualquer parte da terra para si. O Islã foi estabelecido somente há 1.300 anos, mais de 1.700 anos depois de os judeus terem feito Jerusalém sua capital! A Terra de Israel é mencionada 2521 vezes na Torá por seu nome, "Israel"; outros nomes, como Sion, são mencionados outros milhares de vezes a mais. A cidade de Jerusalém é mencionada 821 vezes na Torá por seu nome Jerusalém, e recebe milhares de outras referências sob outros nomes. A Terra de Israel e a cidade de Jerusalém não são mencionadas uma única vez no Corão, o livro considerado sagrado pelos descendentes de Yishmael; nem como "Palestina", nem como "Israel" ou qualquer outro nome! A Torá nos descreve os limites da Terra Santa. Como foi prometido a Avraham, é descrita como "a partir do rio do Egito até o grande Rio, o Eufrates" (Bereshit 15:18). Para detalhes sobre as verdadeiras fronteiras estabelecidas a Moshê, veja Bamidbar 34:2-15). Os limites da Terra Santa estendem-se além das fronteiras atuais do Estado de Israel. Dois dos filhos de Yaacov, Dan e Naftali, estão sepultados na cidade libanesa de Sidon, e os remanescentes da mais antiga sinagoga judaica, com 2.500 anos, foram descobertos nas Colinas de Golan. A antiga cidade de Jericó, que Yehoshua conquistou (veja Yehoshua 6:20), abriga a famosa sinagoga Shalom Al Israel, datando do primeiro século. Algumas partes do reino da Jordânia foram colonizadas por duas e meia das Doze Tribos, e Gaza (que possui sua própria sinagoga antiga) é toda parte de nossa Terra Santa de Israel. Nosso povo realmente viveu e prosperou nestes locais por centenas e milhares de anos. Nosso direito à terra não expira porque fomos forçados a deixá-la. Entretanto, algumas partes do moderno Estado de Israel não são sagradas, pois não são parte da terra de nossos ancestrais, tais como o Deserto de Neguev e a cidade de Eilat. Temos a obrigação de nos proteger do perigo, e cortar a terra em pedaços e entregá-la a pessoas que estão tentando nos destruir (usando as armas que lhes fornecemos e as cidades que lhes demos), são claramente contrários à Lei Judaica. Não temos permissão de entregar a terra, para que o terrorismo possa ser cultivado. Na Lei Judaica, um judeu não tem permissão de entregar parte alguma da Terra Santa a ninguém. Fazer concessões sobre a terra somente traz mais perigo a nosso povo, como temos visto ocorrer atualmente.
65. Causa e Efeito No verão de 1929, o sexto Lubavitcher Rebe, Rabi Yossef Yitschac Schneersohn (1880-1950), visitou a Terra de Israel. O Rebe deixou a Terra Santa na quinta-feira, 22 de agosto, dois dias antes das Rebeliões Árabes de 1929, nas quais muitos judeus foram massacrados em Hebron e Jerusalém. Dentre os mortos e feridos estavam vários discípulos e parentes do Rebe. Numa carta ao então Rabino Chefe de Israel, Rabi Avraham Yitschac Kook, Rabi Yossef Yitschac escreve: "Quando recebi as notícias dos pogroms perpetrados na Terra Santa no domingo [25 de agosto], no barco de Alexandria a Trieste, caí doente com um problema nos rins, de pura dor e desgosto. Graças a D’us ,o mais precioso dos homens, o sábio e temente a D’us Dr. Wallach, estava conosco no barco e fez muito para aliviar minha enfermidade…Naquele estado, fui forçado a continuar minha jornada aqui; por diversos dias após minha chegada ainda estava incapaz de me recuperar do efeito que teve sobre mim a conflagração com a qual D’us feriu a casa de Yaacov, em geral, e especificamente ao ler a lista dos mortos e feridos, os santos mártires, que suas almas sejam laçadas no laço da vida…" Em outras ocasião, Rabi Yossef Yitschac relatou que ao final da viagem, Dr. Wallach aproximou-se dele e implorou seu perdão. "Rebe!" — disse ele — "como posso expiar o fato de ser a causa de sua doença?" "O senhor, a causa de minha doença?" perguntou o Rebe atônito. "Sim" — disse o médico — "não tenho dúvidas de que se eu não estivesse no barco consigo, o senhor não teria adoecido. O senhor, Rebe, é um homem de quem depende toda a nação judaica; certamente, D’us não teria permitido que uma doença grave se abatesse sobre o senhor, a menos que o instrumento de sua cura estivesse junto no navio." Esperamos que na longa jornada em que embarcamos, no "barco da vida", encontremos o "médico" que trará a verdadeira cura a todos. Que possamos nos unir e nos preparar para a chegada dele: Dr. Mashiach! Que chegue hoje!
64. VIRGEM MARIA. Antes do Cristo [cordeiro], todo povo judaico faziam sem exceção, constantemente, sacrifícios de animais para remissão de seus pecados, pois a constituição do reino de Deus [bíblia] diz que o preço do pecado é a morte (Rm 6:23), mas como Deus é misericordioso, era permitido que um animal sem macula e sem defeito morresse no lugar da pessoa, assim ela estaria justificada (Lv 1:1 a 17). Veja bem, a bíblia diz que todos pecaram e carecem da gloria de Deus (Rm 3:23), inclusive Maria, tanto é que ela precisava oferecer sacrifícios pelos seus pecados (Lv 15:19 a 33; Lc 2:22 a 24; Lv 12:1 a 8), então, ela não é “imaculada”. Todas mulheres eram virgens, caso ao contrario elas eram apedrejadas até a morte (Dt 22:23,24). Então, ser virgem não era privilegio de Maria, mas uma obrigação segundo a lei. No ato sexual, o casal se tornavam imundos (Lv 15:18). No caso de gravidez a criança herdaria a natureza pecaminosa de Adão, tanto é que, eram purificadas com sacrifícios de um animal e ave (Lv 12:6 a 8; Lc 2:22,23). Jesus [o cordeiro] não podia ser gerado através de um ato sexual, caso ao contrario, herdaria a natureza pecaminosa, e não seria mais o cordeiro sem macula e sem defeito para fazer expiação dos pecados da humanidade (Jo 1:29). Pois quem encarnou naquele corpo, dentro do ventre de Maria, era a própria Palavra de Deus (Jo 1:14) que é Deus (Jo 1:1), então, aquele corpo nada mais era que, apenas um tabernáculo [templo (Jo 2:19 a 22)], não feito por mãos humanas, que Deus usou para habitar no nosso meio. Veja bem, Deus se rebaixou até nós por amor.(Fp 2:6,7). Maria casou-se com José e teve uma vida conjugal normal, rompeu sua virgindade e teve outros filhos (Mt 13:55,56; Lc 2:7; Jo 2:12; Jo 7:3 a 5; At 1:14). Mas Jesus não assume que Maria é sua mãe (Mt 12:46 a 50; Mc 3:31 a 35; Lc 8:19 a 21), tanto é que não existem passagens na bíblia que Jesus dirige-se a Maria como mãe, muito pelo contrario, sempre dirigiu-se a ela como “Mulher” (Jo 2:3,4; Jo 19:26). Como pode a criatura ser a mãe do seu próprio criador??? Houve uma mulher que exaltou e rendeu glorias a Maria, e foi imediatamente repreendida por Yeshua!!!. (Lc 11:27,28). Devemos adorar, glorificar exaltar, reverenciar o CRIADOR e não a criatura humana ou celestial tais como: os anjos, o próprio satanás, Moisés, os apóstolos, os profetas, Maria, os astros, a ciência, etc, para que Deus não nos entregue a imundícia e paixões infames (Rm 1:18 a 32).
63. APÓCRIFOS - o sentido da palavra "apocrypha" refletem o problema que se manifesta nas duas concepções de sua canonicidade. No grego clássico, a palavra apocrypha significava "oculto" ou "difícil de entender". Posteriormente, tomou o sentido de "esotérico" ou algo que só os iniciados podem entender; não os de fora. Na época de Irineu e de Jerônimo (séculos III e IV), o termo apocrypha veio a ser aplicado aos livros não-canônicos do Antigo Testamento, mesmo aos que foram classificados previamente como "pseudepígrafos". Desde a era da Reforma, essa palavra tem sido usada para denotar os escritos judaicos não-canônicos originários do período intertestamentário. A questão diante de nós é a seguinte: verificar se os livros eram escondidos a fim de ser preservados, porque sua mensagem era profunda e espiritual ou porque eram espúrios e de confiabilidade duvidosa. PORQUE COM O LIVRO DE MALAQUIAS O CÂNON BÍBLICO NO VT HAVIA SE ENCERRADO. Depois de aproximadamente 435 a.C não houve mais acréscimos ao cânon do Antigo Testamento. A história do povo judeu foi registrada em outros escritos, tais como os livros dos Macabeus, mas eles não foram considerados dignos de inclusão na coleção das palavras de Deus que vinham dos anos anteriores. Quando nos voltamos para a literatura judaica fora do Antigo Testamento percebemos que a crença de que haviam cessado as palavras divinamente autorizadas da parte de Deus é atestada de modo claro em várias vertentes da literatura extrabíblica. 1. Macabeus: (cerca de 100 a.c.), o autor escreve sobre o altar: "Demoliram-no, pois, e depuseram as pedras sobre o monte da Morada conveniente, à espera de que viesse algum profeta e se pronunciasse a respeito" (l Mac 4.45-46). Aparentemente, eles não conheciam ninguém que poderia falar com a autoridade de Deus como os profetas do Antigo Testamento haviam feito. A lembrança de um profeta credenciado no meio do povo pertencia ao passado distante, pois o autor podia falar de um grande sofrimento, "qual não tinha havido desde o dia em que não mais aparecera um profeta no meio deles" (l Mac 9.27; 14.41). 2. Josefo: (nascido em c. 37/38 d.C.) explicou: "Desde Artaxerxes até os nossos dias foi escrita uma história completa, mas não foi julgada digna de crédito igual ao dos registros mais antigos, devido à falta de sucessão exata dos profetas" (Contra Apião 1:41) Essa declaração do maior historiador judeu do primeiro século cristão mostra que os escritos que agora fazem parte dos "apócrifos", mas que ele (e muitos dos seus contemporâneos) não os consideravam dignos "de crédito igual" ao das obras agora conhecida por nós como Escrituras do Antigo Testamento. Segundo o ponto de vista de Josefo, nenhuma "palavra de Deus" foi acrescentada às Escrituras após cerca de 435 a.c. 3. A literatura rabínica: reflete convicção semelhante em sua freqüente declaração de que o Espírito Santo (em sua função de inspirador de profecias) havia se afastado de Israel "Após a morte dos últimos profetas, Ageu, Zacarias e Malaquias, o Espírito Santo afastou-se de Israel, mas eles ainda se beneficiavam do bath qôl" (Talmude Babilônico, Yomah 9b repetido em Sota 48b, Sanhedrín 11 a, e Midrash Rabbah sobre o Cântico dos Cânticos, 8.9.3). 4. A comunidade de Qumran: (seita judaica que nos legou os Manuscritos do Mar Morto) também esperava um profeta cujas palavras teriam autoridade para substituir qualquer regulamento existente (veja 1QS 9.11), e outras declarações semelhantes são encontradas em outros trechos da literatura judaica antiga (veja 2Baruc 85.3 Oração de Azarias 15). Assim, escritos posteriores a cerca de 435 a.C. em geral não eram aceitos pelo povo judeu como obras dotadas de autoridade igual à do restante das Escrituras. 5. O Novo Testamento: não temos nenhum registro de alguma controvérsia entre Jesus e os judeus sobre a extensão do cânon. Ao que parece, Jesus e seus discípulos de um lado e os líderes judeus ou o povo judeu, de outro, estavam plenamente de acordo em que acréscimos ao cânon do Antigo Testamento tinham cessado após os dias De Esdras, Neemias, Ester, Ageu, Zacarias e Malaquias. Esse fato é confirmado pelas citações do Antigo Testamento feitas por Jesus e pelos autores do Novo Testamento. Segundo uma contagem,Jesus e os autores do Novo Testamento citam mais de 295 vezes, várias partes das Escrituras do Antigo Testamento como palavras autorizadas por Deus, mas nem uma vez sequer citam alguma declaração extraída dos livros apócrifos ou qualquer outro escrito como se tivessem autoridade divina. A ausência completa de referência à outra literatura como palavra autorizada por Deus e as referências muito freqüentes a centenas de passagens no Antigo Testamento como dotadas de autoridade! divina confirmam com grande força o fato de que os autores do Novo Testamento concordavam em que o cânon estabelecido do Antigo Testamento, nada mais nada menos, devia ser aceito como a verdadeira palavra de Deus. Sobre os apócrifos, veja alguns livros: Antigo Testamento Apocalipse de Adão Apocalipse de Baruc Apocalipse de Moisés Apocalipse de Sidrac As Três Estelas de Seth Ascensão de Isaías Assunção de Moisés Caverna dos Tesouros Epístola de Aristéas Livro dos Jubileus Martírio de Isaías Oráculos Sibilinos Prece de Manassés Primeiro Livro de Adão e Eva Primeiro Livro de Enoque Primeiro Livro de Esdras Quarto Livro dos Macabeus Revelação de Esdras Salmo 151 Salmos de Salomão (ou Odes de Salomão) Segundo Livro de Adão e Eva Segundo Livro de Enoque (ou Livro dos Segredos de Enoque) Segundo Livro de Esdras (ou Quarto Livro de Esdras) Segundo Tratado do Grande Seth Terceiro Livro dos Macabeus Testamento de Abraão Testamento dos Doze Patriarcas Vida de Adão e Eva Novo Testamento A Hipostase dos Arcontes (Ágrafos Extra-Evangelhos) (Ágrafos de Origens Diversas) Apocalipse da Virgem Apocalipse de João o Teólogo Apocalipse de Paulo Apocalipse de Pedro Apocalipse de Tomé Atos de André Atos de André e Mateus Atos de Barnabé Atos de Filipe Atos de João Atos de João o Teólogo Atos de Paulo Atos de Paulo e Tecla Atos de Pedro Atos de Pedro e André Atos de Pedro e Paulo Atos de Pedro e os Doze Apóstolos Atos de Tadeu Atos de Tomé Consumação de Tomé Correspondência entre Paulo e Sêneca Declaração de José de Arimatéia Descida de Cristo ao Inferno Discurso de Domingo Ditos de Jesus ao rei Abgaro Ensinamentos de Silvano Ensinamentos do Apóstolo Tadeu Ensinamentos dos Apóstolos Epístola aos Laodicenses Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos Epístola de Jesus ao rei Abgaro (2 versões) Epístola de Pedro a Filipe Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos Epístola do rei Abgaro a Jesus Epístola dos Apóstolos Eugnostos, o Bem-Aventurado Evangelho Apócrifo de João Evangelho Apócrifo de Tiago Evangelho Árabe de Infância Evangelho Armênio de Infância (fragmentos) Evangelho da Verdade Evangelho de Bartolomeu Evangelho de Felipe Evangelho de Marcião Evangelho de Maria Madalena (ou Evangelho de Maria de Betânia) Evangelho de Matias (ou Tradições de Matias) Evangelho de Nicodemos (ou Atos de Pilatos) Evangelho de Pedro Evangelho de Tomé o Dídimo Evangelho do Pseudo-Mateus Evangelho do Pseudo-Tomé Evangelho dos Ebionitas (ou Evangelho dos Doze Apóstolos) Evangelho dos Egípcios Evangelho dos Hebreus Evangelho Secreto de Marcos Exegese sobre a Alma Exposições Valentinianas (Fragmentos Evangélicos Conservados em Papiros) (Fragmentos Evangélicos de Textos Coptas) História de José o Carpinteiro Infância do Salvador Julgamento de Pôncio Pilatos Livro de João o Teólogo sobre a Assunção da Virgem Maria Martírio de André Martírio de Bartolomeu Martírio de Mateus Morte de Pôncio Pilatos Natividade de Maria O Pensamento de Norea O Testemunho da Verdade O Trovão, Mente Perfeita Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria "Pistris Sophia" (fragmentos) Prece de Ação de Graças Prece do Apóstolo Paulo Primeiro Apocalipse de Tiago Proto-Evangelho de Tiago Retrato de Jesus Retrato do Salvador Revelação de Estevão Revelação de Paulo Revelação de Pedro Sabedoria de Jesus Cristo Segundo Apocalipse de Tiago Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus Sobre a Origem do Mundo Testemunho sobre o Oitavo e o Nono Tratado sobre a Ressurreição Vingança do Salvador Visão de Paulo Na versão Vulgata (Livro Católico), os livros apócrifos ou não canônicos que são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel.
62. INQUISIÇÃO
Em 1231, no Concílio de Toulouse, sob a liderança d Gregório IX, papa de 1227 a 1241, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício, um tribunal eclesiástico que julgava os hereges e as pessoas suspeitas de se desviarem da ortodoxia católica. Em 1252, o papa Inocêncio IV (1243-1254) publicou o documento “Ad Exstirpanda”, autorizando a tortura e declarando que “os hereges devem ser esmagados como serpentes venenosas”. Referida ordem foi confirmada, renovada e reforçada pelos papas Alexandre IV (1254-1261), Clemente IV (1265-1268), Nicolau IV (1288-1292), Bonifácio VIII (1294-1303). Na reforma da cúria realizada por Pio X em 1908, O Tribunal do Santo Ofício transformou-se na Congregação do Santo Ofício e, em 1965, após a reforma de Paulo VI, subsistiu como Congregação para a Doutrina da Fé. Oficialmente, a Inquisição durou mais de cinco séculos. As perseguições e matança, todavia, se iniciaram muito antes de 1231. Adriano IV, papa de 1154 a 1159, “mandou executar [em 1155] o turbulento Arnaldo de Bréscia por enforcamento, depois mandou queimá-lo e atirar no Tibre as suas cinzas” (1). O crime do religioso italiano Bréscia foi opor-se ao poder temporal dos papas. Em 1179, o terceiro Concílio de Latrão, decretou a perseguição permanente aos ”hereges”. Pelo quarto Concílio de Latrão, em 1215, os governantes seculares receberam ordens para confiscar os bens dos “hereges” e depois os executar, sob pena de, não o fazendo, serem excomungados e sofrerem as sanções devidas. Não houve qualquer proposta ou movimento, em qualquer época, com o objetivo de apurar e julgar, mediante a constituição de um tribunal internacional, os bárbaros crimes cometidos pela sanguinária Inquisição, pelo menos para exigir indenização às famílias das incontáveis vítimas que tiveram seus bens confiscados, principal fonte de renda da Inquisição. “Na Inquisição, uma defesa vale bem pouco para um preso, pois uma mera suspeita é considerada suficiente para a condenação. E, quanto maior a riqueza, maior perigo. Grande parte das crueldades dos inquisidores deve-se a sua ambição: destroem vidas para possuir riquezas e, sob o pretexto de zelo religioso, saqueiam as pessoas a quem odeiam” (2). Com o surgimento de meios mais rápidos de comunicação, como a internet, e de tradução e divulgação de livros sobre o tema, abriram-se mais ainda as imundas masmorras dos tribunais da Inquisição. Ali, vemos homens e mulheres, novos e velhos, jovens ou anciãos sofrendo os mais cruéis suplícios já registrados na história; homens mutilados aos poucos, com intestinos à amostra; colocados em chapa ardente para serem assados, ou em água fervente para serem cozidos; queimados em fogo brando; esfolados vivos. A visão é terrível. Gemidos, gritos de dor abafados; carrascos e papistas impassíveis. Várias expressões têm sido usadas para qualificar a satânica Inquisição, como a seguir, extraídas de alguns livros: tribunal sanguinário; exemplo de crueldade; bárbaros inquisidores, sem misericórdia; tirania eclesiástica; desalmados papistas; matança com requintes de crueldade; minuciosas e inconcebíveis torturas; cruéis perseguidores; papistas cegos pelo fanatismo; crueldade sistemática, regular e progressiva; horrendo tribunal, nada o excedendo em barbarismo e ferocidade. “Satânica Inquisição”, em lugar de santa Inquisição, é um termo apropriado. É muita inocência não se imaginar que o diabo não estivesse por trás de tudo isso, pois ele mata, rouba e destrói. Assassinatos, confiscos de bens e terror foi o rastro deixado pelos tribunais de inquisição por onde passou. Caminhamos mentalmente por essas masmorras imundas onde imperam o ódio e a insensibilidade diante da dor alheia. O ambiente mais parece o de uma fábrica. Fábrica ou açougue? Fábrica de quê? Ah!, uma perfeita fábrica de matar hereges. Roldanas, macas, cadeira com pregos afiados, ferros incandescentes, pinças, pesados blocos de pedra, correntes, garfos enormes, chicotes com pontas de ferro, cordas, um funil, um machado afiadíssimo, guilhotina, tronco, máscaras de ferro, forquilhas, garrotes, serrotes, esmagadores de joelhos, de cabeça, de polegares e de seios; cavaletes, e outros utensílios de trabalho. Fixamos nossa atenção nos rostos pálidos dos torturados. Muitos imploram para morrer; muitos dizem “peçam-me qualquer coisa e eu farei”. Outros, que passaram para a galeria dos heróis da fé, enfrentam a dor com resignação. São cadáveres ambulantes. Muitos estão na terceira, quarta ou quinta sessão de tortura. Se não resistem, seus corpos são queimados e as cinzas lançadas em algum rio. Os Inquisidores conhecem o limite da dor. Quando algum desgraçado chega ao limite, é entregue aos cuidados do médico cirurgião que cuidará de suas feridas e dos ossos quebrados ou deslocados. Alegam que a tortura não foi concluída, mas suspensa. Após algumas semanas, retornam para novos interrogatórios. Os que forem levados à fogueira terão suas línguas arrancadas para outros não ouçam suas últimas “blasfêmias”, e por elas não fiquem contaminados. Fora dos porões, nas principais praças das cidades em que se instalou a diabólica Inquisição – Alemanha, França, Espanha, Inglaterra, Portugal, Brasil - encontramos a procissão macabra e pomposa dos condenados a caminho da fogueira, os chamados Autos de fé. Não temos notícia de que no Brasil tenha havido espetáculos dessa natureza. Mais adiante trataremos da Inquisição no Brasil. A solenidade e a pompa são indispensáveis. Previamente preparados, estão o patíbulo, os lugares reservados aos sacerdotes, governantes e oficiais da Inquisição. Os condenados, minguadas suas forças pela tortura, praticamente se arrastam pelas ruas. Todos permaneceram muitos dias, meses ou anos em uma pequena prisão, desumana, fétida e sem iluminação, imprópria até para animais.

61.CURSO - O PODER DAS LETRAS HEBRAICAS No passado, na época chamada de antes de Cristo (A.C.) ou Antes da Era Comum, os ensinamentos da Cabala eram comuns a todos. Uma leitura atenta dos Escritos sagrados dos antigos hebreus demonstra isso. Esses Escritos estão permeados de princípios espirituais que mais tarde foram explicados e comentados pelos sábios judeus. Esses princípios se aplicados à vida cotidiana com certeza mudará a maneira de ver e compreender a realidade. Somente na época do cativeiro Assírio "Quando as 10 tribos do norte foram levadas para a Assíria" foi que se codificou toda a sabedoria em três grandes elementos nacionais. Essa forma de codificar, esconder, ocultar a sabedoria, foi o meio encontrado para que ela não se perdesse com o tempo, assim ela passava de uma geração para outra geração, e essa tradição oral, foi chamada Cabala (hebraico: Kabbalah). Toda a sabedoria ficou escondida nos símbolos, traços, formas, movimento, valor numérico e significado do Alfabeto hebraico, o qual, desde o cativeiro começou a ser chamado de Ashurith (que significa em aramaico: Assírio). Devemos lembrar que o Ashurith, ou seja, o Alfabeto hebraico tem 22 letras principais. Isto é muito significativo. A Torah encerra em sí mesma conhecimentos e poderes que superam a imaginação humana. D'us nela expressou tudo o que necessitamos. Enquanto a Torah conta "como" todas as coisas existem... A Cabala conta "porque" todas as coisas existem... Venha e participe. CURSO - O PODER DAS LETRAS HEBRAICAS Inicio 20/07/2002 as 15:00 Custo unico: Ingresso (01 kilo de alimento não perecivel). Os participantes receberão o material apostilado. COMUNIDADE BET AGAFEN Rua Narciso Sturlini n.º 626 (Toque a campainha) Osasco / SP - Rua da prefeitura


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