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72. "ROSH HASHANÁ" É o nome hebraico do Ano Novo. Representa um dos dois dias santos mais sagrados da fé judaica e dá início aos "Dez Dias de Penitência" quando "a humanidade se submete a julgamento perante o trono celestial". Durante esse período, afirma a tradição, Deus perscruta os corações dos homens e examina os motivos de seus atos. É também o período em que os judeus se julgam a si mesmos, comparando seu procedimento durante o ano findo com as resoluções tomadas e as esperanças que haviam acalentado. Na moderna Israel celebra-se o Rosh-Hashaná somente um único dia; os ortodoxos continuam a observar dois dias igualmente santificados, conforme o costume mantido desde o primeiro século. A exemplo de quase todos os demais dias santos do Judaísmo, as observâncias do Rosh-Hashaná incluem certa mistura de solenidade e festividade. O Novo Ano é uma época para reunião da clã, quando tanto os jovens como os anciãos voltam ao lar. O esplendor de seu ritual cria laços emocionais com o Judaísmo até nas crianças pequenas demais para compreender e apreciar plenamente a ética da fé; nos anos seguintes a mente reforça esses laços do espírito e do coração. O símbolo mais relevante das práticas do Rosh-Hashaná é o shofar, ou chifre de carneiro, que se faz soar durante o culto do Ano Novo e em cada um dos dez dias de penitência. Em tempos idos, o shofar era instrumento de comunicação. Nas colinas da Judéia era possível alcançar todo o país em poucos momentos por meio de apelos de shofar, correndo do cume de um monte para outro. Nos ofícios do Rosh-Hashaná, o shofar é o chamado para a adoração. Conclama os fiéis a se arrependerem de suas faltas do ano decorrido; a voltarem a Deus com o espírito contrito e humilde e a distinguirem entre o trivial e o importante na vida, de modo que os doze meses seguintes possam ser mais ricos de serviços a Deus e aos homens. =============== 73. Breve História dos Judeus no Brasil A história dos judeus no Brasil constitui um caso único; pois de nenhum outro país se pode dizer que nele os judeus tenham vivido ao longo de toda a sua existência, contribuindo substancialmente para o seu desenvolvimento econômico e social. De fato, desde o descobrimento do país - evento este do qual participaram, tendo inclusive ajudado nos seus preparativos - até a época presente, os judeus, quase sem intermitência, aberta ou disfarçadamente, estiveram integrados nos processos de formação da nacionalidade. Isso não obstante, vale dizer, embora os judeus tenham representado continuamente uma parcela da sociedade, a sua história não acompanha simplesmente a do Brasil. Longe de um esperado paralelismo, o que se verifica é a existência de inúmeros desvios e meandros, os quais não raro atingem o grau de contraste. À guisa de exemplo, mencione-se o período da ocupação holandesa, que, traduzindo um fracasso para o país, constituiu, entretanto, o ponto mais alto do desenvolvimento da coletividade judaica local, dando-se o inverso com a fase subseqúente, quando, após a expulsão dos invasores, sobreveio a decomposição, o êxodo e a dispersão dos judeus do Brasil. Semelhantemente, as intensas perseguições religiosas da primeira metade do século XVIII, de parcos efeitos diretos sobre a população geral do país, tiveram influência específica marcante sobre a vida dos judeus brasileiros. Finalmente, sob outro aspecto, a implantação do regime e disposições liberais no país, no início do século XIX, culminando com a proclamação da Independência, e que resultou tão favorável ao progresso geral do país, determinou porém a assimilação quase total dos judeus, efeito este que é de se considerar negativo do ponto de vista da preservação da comunidade judaica brasileira. Por tais motivos, o estudo da história dos judeus no Brasil não pode ater-se às fases e aos marcos gerais da evolução política e social do país, senão orientar-se, ao revés, segundo os fatos e acontecimentos históricos que hajam repercutido especificamente nas condições de vida individual e sobretudo coletiva dos judeus. De acordo com tal critério, impõe-se destacar as seguintes oito fases na história dos judeus no Brasil, de 1500 a 1900: 1 1500-1570 - FASE PACÍFICA DE CRESCENTE IMIGRAÇÃO e de ampla integração dos judeus na vida econômica do país, compreendendo os três sub-períodos: a) - Primeiras explorações (1501-1515);b) - Primeira colonização (1515-1530);c) - Colonização sistemática (1530-1570) 2 1570-1630 - FASE TUMULTUÁRIA, caracterizada pelo surgimento de DISCRIMINAÇÕES ANTI-JUDAICAS. 3 1630-1654 - Período de EXUBERANTE DESENVOLVIMENTO, sob o domínio holandês - verdadeiro APOGEU DA ORGANIZAÇÃO COLETIVA dos judeus do Brasil. 4 1654-1700 - Período pós-holandês, FASE CRÍTICA na vida dos judeus brasileiros, compreendendo ÊXODO em massa, desagregação da comunidade, DISPERSÃO e final acomodação local. 5 1700-1770 - Período das GRANDES PERSEGUIÇÕES promovidas pela Inquisição portuguesa. 6 1770-1824 - Período de LIBERALIZAÇÃO progressiva, queda da imigração judaica e GRADUAL ASSIMILAÇÃO dos judeus. 7 1824-1855 - Fase de ASSIMILAÇÃO PROFUNDA, subseqüente à cessação completa da imigração judaica homogênea e à igualização total entre judeus e cristãos perante a lei. 8 1855-1900 - Período PRÉ-IMIGRATÓRIO MODERNO, caracterizado pelas primeiras levas de imigrantes judeus, oriundos, sucessivamente, da África do Norte, da Europa Ocidental, do Oriente Próximo e mesmo da Europa Oriental, precursores das correntes caudalosas que, nas primeiras décadas do século XX, vieram gerar e moldar a atual coletividade israelita do país. =============== (por Rav Menachem Leibtag - Tradução livre: Daniel Segal Amoasei) Todos sabemos que a Terra de Israel é especial, mas da Palestra proferida no Centro da Cultura Judaica - Casa de Cultura de Israel Por uma conjunção de circunstâncias em nosso trabalho voluntário na Casa de Cultura de Israel acabei assumindo o desafio de falar-lhes hoje. Sou o idealizador desta série de três palestras sobre o Shabat, por sua enorme importância. Estudei bastante e quero em público agradecer a orientação que recebi de meu Rabino Adrián Gottfried em indicação de bibliografia e empréstimo de livros. Em nossas atividades no Centro da Cultura Judaica ouvimos de intelectuais críticos de arte, que em muitos campos da cultura contemporânea existe um reconhecimento quase que surpreendente do valor atual de muitas tradições antigas, anteriormente consideradas antiquadas e ultrapassadas. Um exemplo marcante seria a aplicação presente das idéias sabáticas, de importância central no pensamento judaico e que se introduziram em parcela considerável do pensamento geral: cristão, muçulmano e até o não religioso. Para grande parte dos contemporâneos a idéia de um dia de descanso semanal parece algo natural e indiscutível e, no entanto, houve épocas históricas nas quais este conceito era inexistente. Este é o tema do conjunto das três palestras que programamos. A primeira procura expor toda a tradição do sétimo dia de descanso e do ciclo sabático dos sete e dos cinqüenta anos desde a Antigüidade Bíblica até o presente na visão judaica, e a seguir sua influência nas outras religiões, bem como no modo de vida atual. O enfoque procura basear-se no aspecto histórico, porém o religioso transparece por ser "o veículo" introdutório aos conceitos. A bibliografia consultada não conta exclusivamente com autores judeus e confirma a penetração geral das idéias sabáticas. Hermann Cohen, eminente filósofo judeu alemão escreveu no início do século 20: "Tivesse o Judaísmo apenas trazido ao mundo o Shabat ele já teria se mostrado um promotor da felicidade e da paz para a humanidade. O Shabat constitui o primeiro passo ao longo do caminho que leva à abolição da escravidão." Segundo prefácio de Marvin S. Wiener em Samuel H. Dresner (Idem, p. 65): "(...) sabedores que o Shabat constitui fonte de força interior incomparável para os judeus, no decorrer da História: os Romanos, a Inquisição, os Nazistas e os Soviéticos entre outros trataram de proibir a sua observância e ainda assim no passado bem como na atualidade sempre houve judeus que persistiram em sua guarda por nela reconhecer a essência das suas convicções." Lembremo-nos do heroismo dos Marranos e sua observancia oculta,por inúmeras gerações, de costumes judáicos. Paul Johnson, que também deve ser citado, escreveu: "Não existe na Antigüidade nada remotamente comparável ao Decálogo (os 10 Mandamentos) como um sumário abrangente da conduta correta do ser humano para com o seu semelhante e para com D'us, oferecido, aceito e gravado nos corações dos seres humanos. O Shabat que dele consta era uma grande e antiga instituição que diferenciava os Hebreus dos outros povos da antiguidade. A idéia parece ter origem na astronomia dos babilônios e evolui nos livros de Êxodo e Deuteronômio afirmando-se de forma variada como sendo inicialmente o descanso de D'us após a criação do mundo ou de modo mais amplo e cativante: o término espiritual da obra física, por Ele, construída nos seis dias iniciais; o culminar da libertação da escravidão egípcia; a necessidade humanitária de dar uma folga aos trabalhadores, sobretudo os escravos e até aos animais de carga. O dia de descanso é uma das grandes contribuições judaicas ao conforto e alegria da HUMANIDADE, mas além de ser um dia de descanso é adicionalmente um dia sagrado, dedicado à espiritualidade daí sua importância em toda a concepção de vida tradicional judaica." (Abraham Milgram, p.337 em diante). Em recente palestra realizada no SESC-Paulista, em virtude do lançamento do livro "Judaísmo para o Século XXI: o rabino e o sociólogo" de autoria de Nilton Bonder e Bernardo Sorj, ouvimos do Rabino Bonder que o Judaísmo se caracteriza por uma valorização dos conceitos de justiça social e de espiritualidade, ambos se reforçando mutuamente. A semana de sete dias é tão aceita universalmente e o Shabat tão implantado como a instituição do dia semanal de descanso, que poucos se ocupam de sua origem histórica. Admite-se a semana de sete dias sendo o sétimo o dia de descanso, parte do esquema da criação, perene como as leis da Natureza, que sempre existiu e continuará a existir eternamente. Poucos se dão conta que a semana de sete dias é uma instituição genuinamente hebraica e o Shabat, dia do descanso universal, constitui uma das mais importantes contribuições judaicas à civilização contemporânea. Entre os povos da antiguidade a semana era costumeiramente uma subdivisão do mês lunar, cujo ciclo consiste de aproximadamente 29 dias e meio e, portanto, qualquer subdivisão resultaria em semanas de duração desigual. Alguns povos dividiram o mês lunar em quatro partes resultando em três semanas de sete dias mais outra de oito ou nove dias a cada mês. Outros povos dividiram o mês lunar em três, cinco ou seis partes formando semanas respectivamente de dez, seis ou cinco dias e uma das semanas era encurtada a fim de ajustá-las ao ciclo lunar. Uma forma freqüente de semana era a de dez dias baseada na divisão
em três partes do mês lunar: A semana de dez dias, ajustada ao ciclo lunar era utilizada na Antiguidade por egípcios, gregos, chineses, japoneses e algumas tribos indígenas americanas. Hoje em dia a semana de dez dias, bem como outras formas de contagem, foram substituídas de um modo geral pela semana semítica de sete dias, com exceção de algumas poucas regiões, tais como, o Vietnã onde ainda encontramos subdivisões do mês lunar em três partes. A origem da semana de sete dias cujo final é um dia de descanso é obscura. Na Bíblia, o Shabat, na forma de sétimo dia já parece ser uma instituição anterior e bem estabelecida. No primeiro decálogo (Ex. 20.8) é dito: "(...) lembra-te do dia de Shabat a fim de santificá-lo." o que sugere a adição do valor de santidade a um conceito anteriormente estabelecido. As versões bíblicas que tratam da origem do Shabat e atribuem sua origem à criação do mundo (Gen. 2.2-3; Ex. 20.11) ou ao Êxodo do Egito (Deut. 5.15; Ezek. 20.12; Nehem. 9.14) parecem confirmar sua origem, anterior aos tempos bíblicos. Sugere-se que o autor bíblico já tem conhecimento da semana de sete dias terminando no Shabat e fornece duas razões para a sua observância: uma razão religiosa (seguir o exemplo de D'us que no sétimo dia se dedica à espiritualidade após a criação física do universo) e outra social (recordar-se da libertação do Egito, a casa dos escravos, e portanto propiciar o repouso do labor físico a nós, nossos escravos e ao estrangeiro que convive conosco e até aos animais). Quero lembrar também, a introdução de um livro de rezas contemporâneo que diz que o Shabat é o dia em que por não se trabalhar não há chefes e obrigações (ou clientes, credores, devedores e fornecedores) e portanto é propiciado amplo sentimento de liberdade às pessoas. Voltaremos a este aspecto no decorrer desta palestra, bem como nas próximas. Os estudos da Bíblia associados à decifração de cuneiformes babilônicos (lembrar que os babilônios foram exímios astrônomos) levaram a novos esclarecimentos que indicam o termo "shabattum" associado ao "dia da pacificação dos deuses" e em conexão com a lua cheia. Infere-se que o vocábulo hebraico "Shabat" tem origem babilônica, reforçada ainda por indícios bíblicos de haver uma correlação com a lua cheia. Há uma passagem (Lev. 23.11-15) que fala da contagem do período de 49 dias entre as festas judaicas de Pessach e de Shavuót (Páscoa e Pentecostes): "(...) E contareis a partir do dia posterior ao Shabat do dia de terdes trazido a oferta: sete semanas serão." Este dia é o segundo dia da festa de Pessach (Páscoa) e cai invariavelmente na lua cheia. Portanto, "Shabat " neste contexto refere-se à lua cheia e não ao dia de descanso o que parece indicar um uso anterior da palavra Shabat. Em escritos posteriores, da época da repetição e reanálise rabínica (Midrash Tehilim, apr. século VII), cita-se uma amarração que unifica três conceitos: o dia do Shabat; o Ano Sabático e o Ano do Jubileu: "O Sagrado, bendito seja Ele, criou os dias e reservou para Si o Shabat; Ele criou os meses e Se reservou os festejos; criou os anos e escolheu para Si o Ano Sabático; criou os Anos Sabáticos e escolheu para Si o Ano Jubileu...". (Paul Johnson). De acordo com a Enciclopédia Judaica, o Ano Sabático (em hebraico shemita) é citado em três locais do Pentateuco (Tora): Ex.23:10-11; Levítico 25:1-7;18-22; Deut. 15:1-11; o Jubileu (em hebraico yovel), em dois: Lev. 25: 8-17; 23-55; 27:16-25 e Num. 36:4 . Quanto ao Ano Sabático parece haver nessas três citações três aspectos distintos e muito atuais no seu conceito: 1) Deixar ociosa a terra e intocados os olivais e vinhedos a favor dos pobres e animais selvagens. O intuito de sensibilidade social parece evidente pois os ciclos eram em rodízio de modo que todos os anos sempre haveria alguma terra ociosa em meio às em produção para atender aos necessitados. Indica que a associação dos sentimentos de consciência social e de respeito ecológico, tão atual já estavam bem arraigados na Antiguidade. 2) "Shabat do Eterno" como sendo uma promessa divina de aumento da colheita no sexto ano para cobrir o sétimo. Imagino que para aqueles com conhecimentos de agronomia o descanso da cultura tenha um significado bastante atual, fazer descansar a terra. 3) Estatuir aos hebreus de observar cada sétimo ano como sendo o ano da "libertação" e do perdão de dívidas contraídas. Havia também mecanismos compensatórios para evitar a negação total de empréstimos no sexto ano a fim de evitar um hiato de descontinuidade nas atividades produtivas. A idéia de não sufocar o devedor é de evidente atualidade. Este ciclo do perdão das dívidas não coincide necessariamente com os mesmos anos base do ciclo agrícola. Os escravos judeus também eram libertados após sete anos da sua compra (Ex 21:2-6 e Deut 15:12-18) a menos que expressamente não o desejassem; e neste caso, sua situação de escravo passava a ser duradoura. Esta postura reconhece que o "status" poderia ser passageiro para aquele que tivesse suficiente vontade e energia para superar uma crise momentânea e reconhece que outros simplesmente não conseguiriam, entretanto, a ninguém negava-se a oportunidade de libertar-se. São evidentes os intuitos de evitar tensões que pudessem acumular-se numa sociedade agrícola de dimensões tribais. O Jubileu, proclamado com o toque do Shofar (chifre de carneiro) no Dia do Perdão tem como significado o respeito pela terra, que não deve ser permanentemente de propriedade dos homens, e sim de D'us e do conjunto dos hebreus considerados como sendo seus escravos. Sua aplicação na prática foi restrita aos tempos do Primeiro Estado, não tendo sido aplicável nem no Exílio e também não mais no Segundo Estado. (Jubileu/Yovel, ver Lev. 25:8-17; 23-55; 27: 16-25; Num. 36:4.) A etimologia do nome vem de procissão; produção; chifre do cabrito e daí a amarração à PROCLAMAÇÃO. Suas origens são antigas; ligadas ao descanso cíclico das terras ancestrais e à manutenção da integridade dos clãs. Há, claramente, todo um sentido libertário, de origem nos tempos de baixa densidade populacional, de solidariedade tribal num passado que nos parece idílico. Trata-se de costume tradicional e antigo no Oriente Médio: a não alienação de terras e o perdão de dívidas. Há indícios destes conceitos nas tábuas de Hamurabi. Ele não se aplica literalmente ao Estado de Israel de hoje, se bem que o estado seja grande proprietário de terras. Sob um ponto de vista contemporâneo cito o artigo de Bernardo Kliksberg, economista e estudioso da preocupação do judaísmo com a justiça social: "O judaísmo criou uma institucionalidade completa para prevenir as polarizações sociais. A Torá estabelece que a cada 7 anos a terra deve descansar para que os pobres possam ter acesso aos seus frutos. A cada 50 anos a terra deve retornar aos seus proprietários originais. Procura-se assim impedir sua monopolização. É o jubileu. Assim mesmo a cada sete anos as dívidas devem ser perdoadas. O grande movimento mundial vigente pelo perdão total ou parcial da dívida dos países mais pobres do mundo, encabeçado pelo Papa João Paulo II, apoiou-se nesta mensagem e intitula-se "Movimento do Jubileu".(Revista Morashá n* 34, setembro de 2001) Voltando ao conceito do dia de descanso semanal, os estudiosos nos alertam que se trata da única festividade judaica cuja existência, e freqüência por sua importância central é explicitada no Decálogo, ao contrário das outras festas religiosas judaicas. Após estas considerações sobre a origem histórica quero referir-me à influência do Shabat no modo de vida judaico e que servirão à comparação da influência do dia de descanso no mundo não judaico. O Shabat é uma lição eficiente da dignidade do trabalho e da vida espiritual. Sem dúvida, trouxe enorme progresso à civilização e enriqueceu o bem-estar da alma humana. Através dele estabeleceu-se solidamente o princípio segundo o qual os seres humanos têm o direito a uma vida livre da opressão imposta pelo labor ininterrupto e de refletir sobre o conceito bíblico do ser humano criado segundo a imagem divina, ou seja, em condições de fazer crescer a sua dimensão espiritual. Foi sem dúvida fator importante em permitir conviver e sobreviver a inúmeros ciclos de sofrimento. Cita-se um sábio talmúdico, Shamai, o Velho, que dizia viver os dias da semana em função do Shabat. Para o judeu o Shabat deve servir de "antegozo da completa ventura que aguarda os homens justos no mundo (messiânico) do porvir". Podemos perceber neste pensamento, a relação existente entre conceitos de justiça social, de espiritualidade e a esperança de um futuro melhor. No Shabat os judeus praticantes sentem-se como que transformados em pessoas diferentes. Vem daí a crença de que no Shabat as pessoas recebem uma "neshamá yeterá", ou seja, uma alma adicional. Esta é uma imagem que aparece em diversos textos de autores judeus. Um deles cita a criança que tem dois pares de pais: os maltrapilhos, sujos, famintos e deprimidos dos dias úteis e os do Shabat que ostentam roupas festivas e irradiam paz e alegria. Heinrich Heine (escritor judeu alemão do século XIX) usa uma fábula árabe: um príncipe transformado em monstro recupera periodicamente a sua beleza antiga para a seguir retornar à fealdade anterior. Esse príncipe é o povo judeu que se regenera no Shabat. (Abraham Milgram "O Shabat na Vida Judaica"). Daí o extremo carinho que os judeus têm pelo Shabat saudado na liturgia de "Rainha" ou "Noiva" e recebido simbolicamente nas sinagogas num determinado momento quando todos os fiéis se viram para a porta da entrada para recebê-lo. Este costume é de origem mística, da Cabala e recorda o que fazem até hoje alguns judeus da tradicional cidade israelense de Tzfat, centro cabalístico,nos montes da Galiléia que costumam sair até os portões das muralhas fortificadas da cidade ao cair do sol na sexta-feira. Há poucos dias, em São Paulo, a palestra do Prof. H. Hames da Universidade do Neguev em Israel abordou os aspectos religiosos das peregrinações. Afirmava que a chegada do Shabat poderia ser associada ao clímax correspondente à chegada de uma romaria ao seu destino, após os seis dias úteis da semana. Há uma ligação intensa do povo judeu pelo Shabat, que está vinculada à essência das suas convicções. No Talmud se lê que: "O Shabat nunca desaparecerá de Israel", mas outros autores , entre eles, Achad Há Am, filósofo do renascimento judaico ligado ao pensamento sionista, afirmam: "(...) mais do que Israel tem conservado o Shabat é este que conservou a Israel". Há inúmeras citações, todas elas indicando a importância da sua observância, entre elas, "Alicerce do Judaísmo" (Chaim Nachmann Bialik) e "O eixo do Universo Judaico" (Israel Zangwill). A Lei sabática não se satisfaz com a mera e rígida instalação de um dia de descanso semanal, cuja essência se resume em proibição do trabalho e nada além dela, pois neste caso o dia de descanso seria um dia monótono e sem colorido. As leis insistem nos aspectos positivos da alegria e da realização de objetivos espirituais e intelectuais. Ao obedecer a estas indicações os judeus convertem o Shabat num dia de repouso prazeroso e de regeneração psíquica e sem imposições penosas, segundo a tradição histórica, em oposição ao lazer, que muitas vezes presenciamos, quando alguém afirma no primeiro dia útil após um feriado: "agora estou tão cansado que preciso descansar" ou ainda, quando lemos as estatísticas das ocorrências policiais após um período de feriados. Para o Shabat sugere-se preparar pratos seletos de comida, vinho e sobremesa em conformidade com os recursos de cada um. A origem mediterrânea do judaismo destaca a importância da reunião cordial à mesa. Seu aspecto atual é o conceito que surgiu na Itália da "slow food" em oposição ao "fast food" . Para aqueles que possuem poucos recursos sugere-se que economizem durante a semana para que sobrem os meios para uma homenagem condigna ao dia santificado; a pobreza não deve ser impedimento para ela. Recomenda-se estudar, tradicionalmente o pentateuco, ou algum outro assunto contemporâneo, principalmente para aqueles que não disponham do tempo para tanto nos dias úteis. Como ocorre com todos os costumes judaicos, há inúmeras variantes regionais e temporais. No início do renascimento sionista, o educador Chaim Nachman Bialik introduz um costume baseado na tradição e sem cunho religioso: o "Oneg Shabat " (Alegria do Shabat) e que consiste num sarau seguido de comes e bebes, geralmente nas tardes do sábado. Este costume se mantém até o presente, principalmente nos movimentos juvenis judaicos com diversas variantes, podendo também ocorrer nas noites das sextas- feiras. O diferencial de um repouso com conteúdo espiritual, cultural e religioso em oposição a um simples descanso físico é o que deve distinguir o modo de vida do judeu. Neste ponto cabe lembrar que as outras religiões e culturas acabaram por aderir ao pioneirismo judaico ao adotarem o dia de descanso semanal, porém o fizeram em dias diferentes do sábado judaico. Assim, os cristãos adotaram o domingo (a partir do ano 321 da Era Cristã por decreto do Imperador Constantino) e os muçulmanos a sexta-feira. Alguns autores judeus alertam para o fato simbólico de que na língua Hebraica os seis dias úteis da semana são simplesmente designados por seu numeral (a exemplo do que ocorre no Português por influencia das línguas semitas) e apenas o Shabat recebe uma denominação que o honra e o distingue. Este deslocamento do dia de descanso nos tempos anteriores àquilo que se chamava a "semana inglesa" quando havia apenas um dia semanal de descanso criou muitas tensões aos judeus vivendo como minorias ocorrendo até sugestões no sentido de transferir o Shabat para o domingo. O aumento atual da disponibilidade de tempo para o lazer e suas conseqüências será o assunto da terceira palestra do nosso ciclo. Há autores não judeus, por exemplo o ministro cristão presbiteriano e terapeuta Wayne Muller (Restoring the Sacred Rhythm of Rest) que defendem o dia de descanso dedicado à espiritualidade e ao amor, não excluído o carnal, numa visão bem contemporânea, inspirada no judaísmo . Este mesmo autor declara que o Dalai Lama (p.37), preocupado em conservar o estilo de vida espiritual tibetano na presente situação política do Tibet há pouco tempo procurou aconselhar-se num encontro de rabinos e outros estudiosos judeus sobre observâncias judaicas, tais como o Shabat, Pessach, Chanuká e outras, baseadas na vida do lar e que tão eficientemente conservaram nos judeus a sua identidade através de séculos de dispersão. Parecia crucial para o Dalai Lama entender o funcionamento de um santuário que não fosse preso a um local geográfico, porém dedicado a um tempo sagrado e à disposição de todos em qualquer lugar, a exemplo do Shabat para cultivar e conservar a espiritualidade do povo Tibetano no exílio, inacessíveis ao seus templos. Para muitos autores, este é o"know-how" de afirmação da sua identidade que os judeus criaram em sua dispersão. O autor A .J. Heschel se ocupa do aspecto temporal em oposição ao espacial no judaísmo, através das práticas ligadas ao Shabat: "A civilização técnica é a conquista do espaço pelo homem. É um trunfo freqüentemente alcançado pelo sacrifício de um ingrediente essencial, isto é: o tempo. Na civilização técnica nós gastamos tempo para ganhar espaço. No entanto ter mais não significa ser mais. O poder que alcançamos no mundo do espaço termina abruptamente na fronteira do tempo. (...) O judaísmo é uma religião do tempo visando à santificação do tempo. (...) Os dias de Shabat são as nossas grandes catedrais; nosso Santo dos Santos, é um relicário que nem os romanos e nem os alemães foram capazes de queimar, um relicário que sequer a apostasia pôde facilmente obliterar: o Dia de Expiação. (...) Citando Gen. 2-3, O Decálogo: E D'us abençoou o sétimo dia e fê-lo santo. A veneração ao Shabat é o amor a um dia do espírito, na forma de tempo. (...) "A civilização técnica é o produto do trabalho, do exercício do poder pelo homem tendo em vista o ganho, a produção de bens. A despeito de nossos triunfos, caímos vítimas do trabalho das nossas mãos; é como se as forças que conquistamos nos tenham conquistado." Gostaria de lembrar aqui o temor que nos causam alguns progressos tecnológicos como a clonagem, os alimentos transgênicos, as armas químicas e as bacteriológicas. Ainda citando o autor: "No Shabat vivemos por assim dizer independentes da civilização técnica: nos abstemos primordialmente de qualquer atividade que visa refazer ou remodelar as coisas do espaço. O régio privilégio do homem em conquistar a natureza fica suspenso no sétimo dia".(A.J.Heschel - O Shabat) O Prof. Shalom Rosemberg, especialista em Pensamento Judaico Contemporâneo da Universidade Hebraica de Jerusalém, em palestra proferida também em São Paulo: lembra que o mundo da competição e da competividade extremas não é outra coisa senão uma idealização da lei da selva e esta está em oposição aos valores éticos judaicos. Citando Alan Greenspan: "Mercado é a lei da selva e da natureza; e civilização é a luta contra a natureza. " (O Estado de São Paulo, 28/10/2001) Imagino ter-lhes exposto uma pequena parcela da riqueza das idéias sabáticas originadas nos tempos bíblicos e em contínua evolução harmônica até a sua aplicabilidade nos dias atuais. Se tudo o que foi exposto for interpretado como tendo um ranço de saudosismo reacionário minha intenção terá sido frustrada. Quero voltar ao que foi dito no início: existe leitura e aplicação atualizada para as idéias clássicas da Antigüidade, (pois o qualificativo "clássico" justamente significa algo antigo que permite releitura com significado no presente) e que para fazê-lo é necessário conhecê-las a fundo: estudá-las com seriedade. E mais: que não se está negando o valor das conquistas e do conhecimento da atualidade. Apenas, que estas não são a totalidade da vida do ser humano, e elas são tão inebriantes que poderão desequilibrar-nos. Devemos portanto cultivar o seu contrapeso: a valorização do nosso ser interior. Michael L. Pinkuss outubro/2001 Bibliografia consultada: Borger, Hans: Uma História do Povo Judeu, Editora e Livraria Sefer Ltda., São Paulo, copyright 1999. Compilação Pinkuss, Fritz: O Shabat - Antologia de Obras sobre o Dia Santificado do Sábado, Fundação Fritz Pinkuss Congregação Israelita Paulista, São Paulo, 1961. Dresner, Samuel H.: The Sabbath, Burning Bush Press, N.York, copyright 1970, edição 1987. Enciclopédia Judaica, Keter, Jerusalém, 1971, vol. 14 Shabat; vol. 14 Jubilee e Shemitah. Heschel, A. Joshua: O Schabat - Seu Significado para o Homem Moderno, Editora Perspectiva, São Paulo, Ed.em Português, 2000. Johnson, Paul: História dos Judeus, 4* edição Imago Editora, Rio de Janeiro. Millgram, Abraham E.: Sabbath, The day of Delight, Jewish Publication Society of America, Philadelphia, 1944. Muller, Wayne: Sabbath, Restoring the Sacred Rhythm of Rest, Bantam Books, N.York, copyright 1999. Segal, Samuel M: The Sabbath Book, Thomas Yoseloff, N.York, 1942. 3-As Seis Pontas da Estrela. O autor era o Diretor Geral da
Manchete no Rio de Janeiro (sinto muito Na Benção do Senhor, Shalom Ben Uri (Zwerling) e Rosa Yishay Ben Yohanan wrote: Um bom livro. Yishay 83. Muitos o julgaram como sendo D'us. Outros o pintaram como divino.
Mas ele foi simplesmente um homem. Como cada um de nós... Nova imagem
de Jesus choca os paulistanos Retrato de homem moreno, de cabelos
curtos, com nariz grande e lábios carnudos, criado recentemente por
computador, não agradou os fiéis ouvidos pela reportagem BBC/Red Vision
A imagem de Jesus loiro e de olhos azuis (acima), perpetuada há séculos,
é colocada em xeque com a nova figura criada em computador por cientistas
britânicos, de um homem moreno, de cabelos curtos, nariz grande e lábios
carnudos, não aprovada pela aposentada Helena Degani, que diz que o
Filho de Deus "foi a pessoa mais bonita do mundo" De tempos em tempos
as feições de Jesus Cristo ganham novos contornos. Na Antiguidade, o
Filho de Deus era representado como um pastor de ovelhas. Na Idade Média,
suas barbas cresceram e recebeu a cruz para carregar e, na Idade Moderna,
foi pregado na cruz pelos renascentistas. Depois, apareceu a imagem
do Jesus loiro e com olhos azuis. E agora, surge um Cristo cibernético,
criado em um programa de computador, com características baseadas em
estudos históricos e científicos. A figura futurista criada recentemente
foi exibida domingo por uma emissora de TV inglesa. Ontem, os paulistanos
já puderem ver pela tela o corpo sagrado em várias dimensões. Nem todos
aprovaram. Pelo visto, o Jesus deve continuar ainda por um bom tempo
a imagem e semelhança dos nórdicos europeus. "Mais parece o Judas!"
exclamou indiganada Neide Bernine, de 65 anos, ao se deparar pela primeira
vez com o retrato criado pelos estudiosos da BBC. "Não tiro meu Jesus
loirinho da parede para pregar esse homem feio de forma alguma." Fé
O homem moreno, de cabelos curtos, com o nariz grande e lábios carnudos
não agradou também às amigas Gilva Moreira Machado, de 33 anos, e Tereza
Silva Pereira da Costa, de 42 anos. "Eu não acredito nesse Jesus", disse
Tereza, minutos antes de assistir à missa na Igreja Santa Cecília. "Dizem
que o Cristo foi a pessoa mais bonita do mundo e esse homem perde para
qualquer modelo", completou a aposentada Helena Degani, de 76 anos.
O técnico em informática Carlos Alexandre Nascimento, de 21 anos, ficou
menos espantado. "Pode até ser que esse retrato seja mais próximo da
realidade. Mas ele é um pouco estranho." Na livraria Ave Maria, localizada
ao lado do Colégio Claretiano, a edição de ontem do JT, em que estava
estampada a imagem cibernética de Jesus, circulou de mão em mão. A cliente
e digitadora Ana Maria Alexandre Martins, de 29 anos, comentou que poderia
aceitar o novo retrato, mas que o antigo "nunca sairia de sua cabeça".
"Nos retiros espirituais, vejo muita gente caindo em lágrimas ao ver
a imagem que mais conhecemos de Jesus". O gerente da loja Delvo Faita
olhou a foto de forma mais comercial. "Se o retrato começar a ser aceito,
poderemos passar a fabricar santinhos com essas características." Para
Paulino Brancato Jr., um estudioso brasileiro que estuda o sudário há
mais de 30 anos, a imagem o cristo nascido das telas do compurador está
longe da realidade. "É mais provável que Jesus, como um beduíno que
vivia no deserto, tenha sido moreno de olhos pretos. Mas não podemos
afirmar nada. Na minha opinião, as conclusões científicas mais confiáveis
só podem ser tiradas com base no manto que cobriu Cristo morto", disse.
"Se pensarmos que Jesus era um rabi (mestre religioso) também podemos
presumir que tinha barbas e cabelos compridos. Os rabinos judeus mantêm
essa tradição até hoje." Yishay Mais importante que afirmar "Quem é" o Mashiach, precisamos pensar, em "O que é Mashiach?" O que ele significa, o que essa era mudará no mundo. Longe da influência, (muitas vezes perniciosa) do cristianismo, e tendo os pés alicerçados na Torah, o Mashiach mudará o mundo pelo que ele representa em sí mesmo. A profecia se cumprirá. Estamos todos prontos ? Yishay Por milênios, judeus tem avidamente antecipado a chegada do Mashiach.
Hoje nós precisamos dele mais que nunca. Estamos vivendo em tempos muito turbulentos, para dizer no mínimo. Enquanto há apenas dois anos atrás o mundo e o povo de Israel estavam otimistas sobre uma solução pacífica quanto ao conflito no Oriente Médio, hoje aquele otimismo foi substituído pelo medo e pela depressão. Medo do desenfreado e insensível terrorismo, e depressão do que parece ser uma situação não vencida pelo Estado de Israel. Agora, mais que nunca antes nos últimos 50 anos, o povo judeu, e até mesmo o mundo em geral, precisam de um salvador. Nós precisamos de alguém que, de alguma fora -- talvez até de forma mística -- traga algo mais que apenas um tênue cessar-fogo entre dois povos em guerra. Nós precisamos de alguém que possa, de uma vez por todas, trazer o fim a todos os conflitos humanos, especialmente no Oriente Médio. E, se ele puder fazer isso -- uma grande arrumação -- então ele poderia também ser capaz de destruir qualquer outro mal que exista no mundo. Conforme ele arquiteta esta paz mundial tão sonhada, deixe ele fazer também com que os comportamentos não éticos e imorais tornem-se coisas do passado. Em outras palavras, este salvador, se ele é um verdadeiro salvador, deveria liderar uma utópica sociedade onde a vida honesta é o tema principal e o segundo (se não o primeiro) a natureza. E, como deveríamos chamar este herói moderno de proporções Bíblicas? No judaísmo, ele sempre foi chamado de "Mashiach" - "o Ungido" -- porque, como um rei judeu ele é ungido para tomar um cargo, assim falando. (O conceito de Mashiach foi adaptado dentro de outras sociedades religiosas, e é conhecido como Messias) Exílio e Redenção A centralização do Mashiach e a crença na sua eventual chegada é parte integrante da crença judaica, como Maimônides enfatizou em seu clássico "Os Treze Princípios da Fé": "Eu creio com fé perfeita na chegada do Mashiach, e mesmo que ele possa demorar, todavia, eu o aguardarei por todos os dias, pois ele vira. (12o princípio) -- e na promessa dos profetas: O mais pequeno virá a ser mil, e o mínimo uma nação forte; eu, o Senhor, apressarei isso a seu tempo." (Isaías 60:22) De acordo com a tradição, o profeta Isaías estava se referindo a futura chegada do salvador do povo judeu -- Mashiach Ben David -- Messias, descendente do Rei Davi, da tribo de Yehudah (Judá). Existem muitas referências à sua chegada na Bíblia Judaica e comentários subseqüentes, e este é um dos mais discutidos conceitos na literatura da Torah. Para apreciar a importância da vinda do Mashiach, é necessário primeiro entender que o povo judeu está no exílio, e temos estado por milhares de anos. É verdade mesmo nos dias presentes com o Estado de Israel; "exílio" da perspectiva da Torah pode ocorrer mesmo quando existem judeus vivendo em Israel, que foi o caso do Exílio Grego (319-139 AC) o qual terminou com os milagres do Chanukah. Em outras palavras, "exílio", do ponto de vista da Torah, é definido como "qualquer coisa fora de uma completa e perfeita sociedade baseada na Torah e vivendo na Terra de Israel sobre a liderança do Mashiach". Haverá um tempo onde todas as nações aceitarão a existência de Deus e a necessidade de devoção a Ele. Até que isto seja uma realidade absoluta, o exílio será ainda um tema primário da história judaica. De uma perspectiva de fora da Torah, os eventos do Oriente Médio hoje podem ser a razão para uma grave preocupação, mas não é necessariamente um "portal" para uma significante mudança na qualidade espiritual da sociedade e da humanidade. Desta perspectiva, a única esperança é que de algum modo a situação venha a encontrar uma retificação, então aqueles que estão sendo afetados voltariam ao "normal", um termo subjetivo definido por cada indivíduo e pela sociedade. A grande pergunta sempre foi "QUANDO O MESSIAS VEM?" Do ponto de vista de fora da Torah, o conceito de "Mashiach" e a uma espiritual sociedade utópica pode ser fatigante, e mesmo temida ou evitada, desde que seus objetivos são radicalmente diferentes. Realmente, o desejo pelo Mashiach é freqüentemente apreciado apenas pelas pessoas que obtém um profundo conhecimento da Torah, de seus valores, e do plano mestre de D-us para a criação e para a humanidade. A LINHA DO TEMPO PARA A REDENÇÃO A pergunta de um milhão de dólares sempre tem sido, "Quando o Messias vem?". Para este fim, cálculos tem sido feitos por toda da história -- obviamente sem sucesso. Assim sendo, falsos messias tem aparecido em todo o mundo através da historia, algumas vezes sem efeito, outras vezes causando grande desespero, e em outras deixou religiões inteiras em vigília. O Talmud (Sanhedrin 98-a) fala de duas possíveis datas para o retorno do Messias, uma é em breve, e a outra é no último momento possível. Trazer o Mashiach para o tempo "breve" significa, na maior parte, o arrependimento nacional para os caminhos da Torah, o que após irá fazer o resto do mundo entrar em linha. De qualquer forma, os judeus deveriam evitar um retorno a Torah, então a história estaria permitida a seguir seu "curso natural" até o tempo que D-us predestinou da criação ao fim. E até o fim, desde a criação, deverá haver muito mais objetivos a serem cumpridos do que nós já vimos até agora. Como Sages diz: "Este mundo é apenas um corredor para o próximo mundo" (Pirkei Avot 4:16). SEIS DIAS - SEIS MIL ANOS A primeira coisa, a saber, é que a história irá ter apenas seis mil anos (Talmude - Sanhedrin 97a). Isto é porque os seis milênios são baseados nos seis dias da criação, visto nos seguinte verso: "Porque mil anos aos teus olhos [D-us] são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite" - Salmos 90:4 - - no qual, um após o outro, estão enraizados em seis Sefirot: ...Isto é pelo qual tanto tempo deva transcorrer do tempo da criação até o tempo do tikkun (ex, vinda do Messias). Todas as forças do Gevurot estão enraizadas nos seis Seirot - Chesed, Gevurah, Tifferet, Netzach, Hod, Yesod - os quais são os seis dias da criação... e também os seis mil anos da história no qual o mundo irá existir. E com eles [os seis Sefirot] são as fontes de tudo o que irá acontecer até o Tikkun Final... Nós vemos que tudo transcore como resultado de centelhas do tempo de Tohu, Chaos... (Drushei Olam HaTohu 2:151b) DNA espiritual influência na direção Da história para este milênio em particularIgual ao DNA físico que em muito determina a direção de nossa vida, assim também, o DNA espiritual influencia na direção da história para este milênio em particular. Nos primeiros mil anos da história da humanidade, os traços Divinos de Chesed (piedade/bondade) deram as pessoas longos anos de vida, apesar de não merecerem. No segundo milênio, veio à justiça Divina sobre a humanidade por meio do Dilúvio e da dispersão pela Torre de Babel, chamado Gevurah (Força/Julgamento). Tifferet (Beleza) fez a Torah possível no terceiro milênio, o tempo de Abraão e Moisés. E assim por diante. Agora em 2001, estamos no ano de 5762 da criação, 238 anos até o ano 6000 - o fim "Deste Mundo". Isto representa pouco menos que 4% de toda a história que temos usado. Entretanto, apesar desta informação em e por si própria não poder criar um senso de urgência, muito está para acontecer nesta pequena fatia de tempo restante, e parte do qual já pode estar afetando a direção dos eventos através do mundo, particularmente para aqueles relacionados ao povo judeu. RESSUREIÇÃO EM 28 ANOS Um dos conceitos mais importantes no pensamento judaico é houve uma transformação radical no homem como resultado da desobediência de Adão quando D-us lhe disse para não comer do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Isto resultou num distanciamento espiritual entre Deus e o Homem, e um intenso "Deus esconde a face", assim por falar (hester panim), o qual resultou na "fisicalização" da humanidade e criação. De acordo com o Zohar, antes do pecado de ter comido o fruto, o Homem era semelhante a um ser espiritual e sua pele era translúcida como a luz. Nossa pele hoje é sólida e opaca, o que limita nossa habilidade de elevar-se da natureza e agir espiritualmente como alguém feito à imagem de D-us convém. Apesar deste estado de "fisicalização" do homem adaptar-se ao nosso período da história, é inaceitável para os planos espirituais, especialmente para aquele do Mundo por Vir. Então, antes que a humanidade possa entrar naquela última fase da história, nós devemos reverter o processo e retornamos novamente ao estado que Adão desfrutou antes que tudo tivesse dado errado. Este período de "reconstrução" é chamado Techiyat HaMeitim -- "Ressurreição dos Mortos", um conceito que mencionamos dia a dia na oração de Amidah. Este período será caracterizado por pessoas morrendo, decompondo-se no chão (como parte de um processo de reparação), e sendo refeita num plano espiritual muito mais superior. Comparado-se com hoje, seria como estar vendo um anjo. Muitos rabinos crêem que este período não demorará muito para chegar, existem algumas fontes - o Zohar (Midrash Ne'elam - Toldot 140a), e o Leshem Shevo v'Achlamah (Drushei Olam HaTohu, 2:4:12:9-12) - que sugerem que este período irá começar não mais tarde que 209 anos até o ano 6000. Isto é, são apenas 28 anos de hoje! Para nós é difícil de acreditar. Vinte e oito anos não é muito tempo, e a transformação "desta" realidade para "aquela" realidade é inimaginável. De qualquer forma, esta dificuldade de imaginar pode ser única em nossa geração, o qual não testemunhou como a Europa e o mundo inteiro foram transformados literalmente do dia para a noite, num curto período nos anos 40. Os Cabalistas dizem que tudo mudará na velocidade de um suspiroAlém disso, quando D-us está diretamente envolvido em tais transformações, elas podem acontecer em curtos períodos de tempos, como os 10 meses que levaram os judeus do mais baixo nível no Egito ao maior, que culminou na nação judia escrava devastando o poderoso império egípcio. O Talmud (Barachot 13a) diz que Redenção Final ultrapassará todas redenções anteriores, e os cabalistas dizem que uma vez que isto aconteça, tudo mudará na velocidade de um suspiro. Pelo que a história atinja o ano 5790, o mundo poderá ainda lembrar o que víamos no passado, porém ao mesmo tempo, será experimentalmente muito diferente. 'Paraíso' não será algo para ser sonhado, mas de preferência a ser vivido. CONGREGAÇÃO DE EXÍLIOS O Zohar (Toldot 139a) diz que na aproximação dos 210 anos da Ressurreição dos Mortos, existirá um período de 40 anos de Kibbutz Galiot, literalmente "Congregação de Exílios". Como o nome indica, será um período onde todos judeus remanescentes serão trazidos de volta para a Terra de Israel. E com o número indica, isto corresponde aos 40 anos em que o povo judeu vagou no deserto. Em outras palavras, o fim da história judaica espelha perfeitamente o começo da história dos judeus no tempo de Moisés. Nós começamos com 210 anos de vida no Egito, significando nos trazer de volta ao nível de Adão antes do pecado, e então, nós vagamos fora da Terra de Israel por 40 anos. Assim também, ao fim da história, nós poderemos experimentar um processo de retorno a terra sobre um curso de 40 anos, seguido por um período de 210 anos necessários para que voltemos ao nível de Adão antes de seu pecado. Este período de ajuntamento terá duas fases: Pré-Mashiach e Pós-Mashiach. Durante o período Pré-Mashiach, a história ainda estará sujeita à oculta Providencia Divina. Haverá um aliyah (imigração) limitado para Israel, porém muitas situações forçarão judeus ao redor do mundo a reconciliar seus sentimentos a respeito da Terra de Israel e a redenção. Durante aquela fase, isto pode parecer como se não muito estivesse acontecendo para o processo de ajuntamento do exílio, quando de fato, um processo de peneiramento oculto pode estar a todo vapor. Alguns judeus podem sentir saudades por ir viver em Israel, se conseguirão ficar lá ou não, ao passo que outros possam se sentir desencantados e neutros sobre a idéia de viver na Terra. Naquele tempo, a importância do sentimento de alguém e a relação com a Terra de Israel poderão ser, virtualmente, não notada para a maioria das pessoas. Entretanto, muitos midrashim explicam que onde uma pessoa resolver ficar com respeito a viver em Israel e a direção para sua proximidade com D-us irão fazer grande diferença durante a Fase Dois. Fase Um, com seu período de 40 anos de ajuntamento, será concluído logo antes a durante a chegada do Mashiach bem David. Tendo vindo para salvar o povo judeu do cataclisma da guerra de Gog e Magog (se este é o caminho que a história leva), e para libertar o mundo do mal, a realidade de D-us, a prioridade da Torah e a centralidade da Terra de Israel se tornarão eminentemente clara. O impulso maligno (yetzer hara) fora do caminho do bem, a era do livre arbítrio irá terminar para sempre (Talmud - Sukkah 52a). Com o fim do livre arbítrio, a oportunidade de ganhar alguma recompensa e melhorar a porção de alguém no Mundo por Vir irá também cessar - para sempre. FASES DA REDENÇÃO De acordo com algumas fontes no Zohar, o começo oficial do ajuntamento pode ter começado por volta do ano 5750 da criação, ou 1990 DC. Isto corresponde à queda da União Soviética e sua opressão a milhões de judeus. Esta data também corresponde à última quarta parte do sexto milênio, o qual - correspondendo aos seis dias da criação - iguala-se a tarde anterior a um Shabat, quando as preparações rapidamente aceleram os passos da vida. Realmente, o mundo parece ter acelerado durante a última década com o advento do ciberespaço, e mudanças maiores no modo de como o mundo pensa desde que isso ocorreu. Certamente, os eventos recentes em Israel dominam a atenção mundial, forçando judeus a tomar lados e fazer decisões sobre sua visão futura em Israel. Muito pouca opção parece existir hoje, com judeus sendo forçados a ir para esquerda ou direita. Isto não é acidental ou apenas planos políticos; esta é a função do "período de ajuntamento". A transferência da Fase Um do ajuntamento para a Fase dois sinaliza a Redenção Final sobre a liderança do Mashiach ben David. O quando isto vai acontecer exatamente, é que é a grande interrogação na história judaica, e assunto de muitos cálculos e controvérsias. Entretanto, o Zohar (Bereishit 118a) diz que assim como um nascimento verdadeiro de uma criança se torna constantemente óbvio com o tempo, assim, também, a vinda do Mashiach torna-se-á tão óbvia que até mesmo uma criança na idade escolar será capaz de fazer o cálculo. O que é importante para nós, é que com o momento da transição da Fase Um para Fase Dois se aproximando, pode-se esperar obviamente por milagres tornando-se mais constantes, o livre arbítrio se reduzindo, e o mundo se tornando constantemente mais perigoso. CALCULANDO A CHEGADA DO MASHIACH O Talmud registra: - Rabi Shmuel ben Nachmani diz em nome do Rabi Yonaton: "Que o espírito daqueles que calculam o fim faleçam. Pois eles dizem, "Desde que o tempo pré-determinado tenha chegado, e [o Mashiach] esteja para chegar, ele nunca virá!" (Sanhedrin 97b) Quem nunca previu a data da vinda do Mashiach não tem lugar no Mundo por Vir. (Derech Eretz 11) Nós vemos que o Talmud está preocupado com os cálculos
relativos o preciso dia da chegada do Mashiach, mesmo que erros em tais
cálculos normalmente resultem em decepção nacional,
e talvez, revelações de falsos messias, fora isso o Talmud
declara: "Eu os imploro! Não adiem isto, pois assim foi ensinado, ´Três coisas vem quando a mente está ocupada: Mashiach ...´ (Sanhedrin 97a) Adicionalmente, existe a preocupação que crer que uma data específica irá impedir uma pessoa de esperar que o Mashiach venha antes daquela data, o que é uma violação do princípio do "antecipando-o para qualquer dia". Errar em crer nisso, diz Maimônides, pode nos dar um status semelhante a um judeu herético (Lei dos Reis 11:1). Ainda, nós vimos que grandes rabinos por todos os tempos não tentaram predizer a data da chegada do Mashiach. Isto é porque a proibição foi interpretada de maneiras diferentes por muitos rabinos através das eras, como segue: De acordo com Abarbanel (Espanha, século 15), é apenas proibido fazer cálculos baseados na astrologia, entretanto é permitido calcular a data da vinda do Messias baseado em fontes Bíblicas (Maayeni HaYeshuah 1:2). Nachmanides diz que a proibição aplicava-se apenas as gerações anteriores, e agora nós estamos na era da redenção (ele esta escrevendo no século 13!), não há proibição (Sefer HaGeulah, Ma'amer 4). Sinais em todos os lugares Prenunciam a redençãoO Malbim (Europa, século XIX) provê uma analogia de uma pai e um filho viajando a uma longa distância. Tão logo eles começam a viagem, o filho começa a perguntar quando ele irão chegar, e é claro o pai não responde. Entretanto, conforme eles se aproximam da cidade, o filho faz a mesma pergunta, e desta vez o pai prontamente responde que falta pouco para chegarem ao seu destino. "Assim também, conforme o tempo da redenção se aproxima, nós não podemos ajudar muito além do que notar os sinais que prenunciam a redenção. Conforme o fim se aproxima, as dúvidas diminuem, e bem ao fim, todos as dúvidas serão removidas... Conforme o tempo passa, as incertezas retiram-se para o caminho de um crescente conhecimento" (Introdução para o Livro de Daniel). O Vilna Gaon (Lituânia, século XVIII), de quem os comentários oferece uma fórmula para calcular o fim, implora para aqueles que a conhecem para que não a revelem aos outros: "... E daqui [disto o que eu tenho escrito] vocês podem calcular o tempo para a Redenção Final se, D-us me livre, nós não merecermos [adiantar isso]. Entretanto, eu tenho imposto um juramento, em nome do D-us de Israel, que o leitor que isto lê não deverá revela-lo".(Biur HaGra, Safra D'Tzniusa, Capítulo 5) os eventos do século XX foram colocados em perspectiva pelo grande Sábio de nosso tempo. Rabi Eliyahu Lopian escreveu: "Escutado em Londres pelo justo Rabbi Elchanan Wasserman, citando o Chafetz Chaim, que o Sábio diz que a Guerra de Gog e Magog será triplicada. Após a Primeira Guerra Mundial, Chafetz Chaim disse que esta seria a primeira batalha de Gog e Magog, e em aproximadamente 25 anos (1942) haveria uma segunda guerra mundial, que faria a primeira insignificante. E então haveria uma terceira batalha...". "Rav Elchanan concluiu que alguém deve sofrer as dores do Mashiach, porém o homem sensato iria calmamente preparar-se para aquele tempo - talvez ele merecerá ver o conforto de Tzion e Yerushalayim" (Leiv Eliyahu, Shmot p.172). É assustador pensar que após tantos anos de dor e perseguição, o povo judeu possa estar na borda de verdadeira redenção. Quem irá merecer ver esta incrível realidade? O Tamud ensina: Rava disse: Quando eles trazem alguém para um julgamento, eles perguntarão:
"Você negociou com fidelidade nos negócios? Você
pôs de lado tempos para Torah? Você tentou ter filhos? Você
antecipou a redenção..." Esta questão não é meramente teórica. Ela irá realmente determinar a qualidade de cada experiência de redenção individual. Como o Rabbi Yechezkel Levenstein escreveu: O Exôdo do Egito libertou apenas um dentre cinco judeus (e alguns dizem um entre cinqüenta) porque todos o estavam no Egito e não quiseram partir morreram nos três dias de trevas e não foram privilegiados para sair. Apenas os que desejaram a redenção com todo o seu coração foram remidos. A redenção final, da mesma forma, depende de nossas saudades. (Ohr Yechezkel, Emunat HaGeulah) Que todo o mérito de ver a Redenção, acelere-se em nossos dias. 85. Você sabe o que significa AMÉM O Grande Poder das Letras Hebraicas Você sabe o que significa a palavra AMÉM? Muitos, especialmente do mundo cristão (Igreja) julgam que a palavra Amém significa "Assim seja!". Pois bem, vamos então restaurar esta palavra que foi perdida e muito mal utilizada ao longo do tempo pela igreja. A palavra AMEM é formada por de um acróstico. Mas o que é um acróstico ? Um acróstico é quando nós tomamos a primeira letra de cada palavra de uma frase e formamos através delas uma nova palavra!!! O acróstico que forma a palavra AMÉM, em hebraico é: - El melerr n’ emam! Vejamos agora seu significado! El = D'us melerr = meu Rei n’ emam = fiel para cumprir suas promessas Isto significa: "Deus meu Rei é fiel para cumprir suas promessas". Ou seja, quando dizemos em nossas rezas AMÉM estamos na realidade profetizando a fidelidade do Eterno no cumprimento de suas promessas à nós! Toda a Palavra de Deus tem uma conotação profética e precisamos restaurar a dimensão profética da Palavra para, com conhecimento, proferirmos esta palavra e recebermos dela as bênçãos que lhe são inerentes. Yishay 86 . Marcos _ 24/09 Desejo-lhes "Paz de Deus". Tenho uma grande admiração pelo povo judeu, sempre os coloco em minhas orações e desejo que o Senhor lhes tire o véu para que eles possam receber o Senhor Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas. Muito bem, gostaria de saber se tenho descendência judia o meu sobrenome é OLIVEIRA RIBAS. Agradeço atenção dispensada, caso vocês não possam me ajudar por favor me indiquem algum Site ou E-mail que possa me tirar essa dúvida. Atenciosamente, 87 ) www.molibra.hpg.com.br 24/09 _ PAZ E SEGURANÇA Em I Tessalonicenses 5:3 lemos: " Pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão." Este versículo tem levado vários teólogos Pré-Milenistas à seguinte interpretação: "O Anticristo vai fazer um pacto com os Judeus de sete anos, quando então haverá paz e segurança. Todos os graves problemas Econômicos, Políticos, Militares e Religiosos mundiais serão resolvidos pelo Anticristo, que será considerado o Grande Estadista esperado. Entretanto - continuam os Pré-Milenistas - no meio dos sete anos o Anticristo vai romper a aliança com os Judeus iniciando a Grande tribulação". Caros leitores, tal interpretação dos Pré-Milenistas leva em conta a Profecia de Daniel, das Setenta Semanas, pois julgam que o " Ele fará um pacto com muitos em uma semana" se refere ao Anticristo e aos Judeus, daí a razão de suporem que o pacto será de sete anos, tendo em vista Semana, no caso da referida profecia, significar sete anos. Dizem ainda os Pré-Milenistas, que ao final da Grande Tribulação, quando a humanidade estiver ao ponto de se auto-aniquilar numa guerra total Cristo virá e salvará os Judeus perseguidos pelo Anticristo, salvando também o resto da humanidade, inaugurando uma era de verdadeira Paz e segurança, estabelecendo o reino Milenial. À luz do supracitado versículo de Tessalonicenses, exsurge o seguinte acerca da interpretação Pré-Milenista. 1- Como pode ser o Anticristo aquele que vai trazer a destruição que Paulo fez referência, haja vista tal destruição ser tão implacável que os homens " DE MODO ALGUM ESCAPARÃO"? Terá o Anticristo tal poder para destruir toda a humanidade? 2- Como os Pré-Milenistas podem dizer que ao final da Grande Tribulação Cristo salvará o resto dos Judeus e dos Gentios, se Paulo disse que os Homens "DE MODO ALGUM ESCAPARÃO"? A contradição dos Pré-Milenistas com o que Paulo disse é gritante, pois é inadmissível que o Anticristo tenha poder de destruir toda a humanidade, então quem é esse que traz tamanha destruição? Lembrem-se , estimados leitores , que Apocalipse 1:7 diz: "Eis que vem com as nuvens e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se LAMENTARÃO sobre ele. Sim. Amém." Ora, se a terra estivesse numa guerra total, a ponto de se extinguir, seria um paradoxo tremendo a humanidade se LAMENTAR porque Cristo está vindo para salvá-la da destruição total e inaugurar um Reino de Paz. O leitor Pré-Milenista sequer pode dizer que esse versículo de Apocalipse se refere a vossa suposta primeira fase da Vinda de Cristo, pois aqui diz "que todo olho o verá", caracterizando a vossa suposta Segunda fase. O mais interessante é que Os Judeus também se lamentarão por causa da vinda de Cristo, haja vista o versículo dizer: " TODAS AS TRIBOS DA TERRA", e é óbvio que o Estado de Israel faz parte da Terra. Ademais, o fato do versículo dizer: "Amém e sim " deixa clara a intenção do Espírito Santo em nos dizer que a vinda de Cristo e suas conseqüências são para todos. Afinal, como então podemos interpretar esse versículo de Paulo aos Tessalonicenses? Digo-vos que a humanidade, mediante seus líderes, conseguirá chegar a uma Globalização de Intenções, impondo uma Civilização Mundial caracterizada pelo ecumenismo e por uma " Consciência Cósmica", sendo tal Civilização de elevado desenvolvimento tecnológico. O verdadeiro Deus e seu Cristo serão "expulsos" desta Civilização, sendo os " fanáticos seguidores desse Deus e de seu Cristo", perseguidos e exterminados, pois estarão atrapalhando e comprometendo a "Nova Era de Paz e Segurança" ,estabelecida a tanto custo pela Humanidade, a qual terá conseguido quebrar todas as barreiras. Entretanto, durante essa época de Paz e Segurança alcançada pela Humanidade, à custa da rejeição de Deus e de seu Cristo, " A Pedra (CRISTO) que Daniel Viu lançada sem mãos" virá nas nuvens e destruirá esse reino humano blasfemo. Aí sim eu quero ver alguém escapar!!!!!. Lembrem-se, caros leitores, O Senhor Jesus disse que sua vinda seria como "UM LAÇO" sobre TODOS OS MORADORES DA TERRA - Lucas 21:34,35, razão pela qual TODAS AS TRIBOS DA TERRA SE LAMENTARÃO, porque terão conseguido estabelecer uma Civilização Global de Paz e segurança, porém sem Cristo. Esta Civilização Global será destruída por Cristo quando de sua vinda, conforme ocorreu nos dias de Noé, quando "comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia que Noé entrou na Arca e VEIO O DILÚVIO E DESTRUIU A TODOS." AUTOR: MELQUISEDEC DO NASCIMENTO 16 de setembro de 2002 88) Jabesmar _ 30/09 O jornalista Joseph Farah, americano de ascendência árabe, lider do WorldNetDaily. O artigo é impressionante, dada a etnia do autor. A mentira leva ao caos - por Joseph Farah Tenho estado quieto desde que Israel começou a lutar devido as disputas relacionadas com o Monte do Templo, onde ocorreu a visita de Sharon ao sitio arquológico sob o quarteirão árabe na cidade velha de Jerusalém, que Arafat alega ser o motivo detonador do último levante árabe-Intifada. Até agora, não me preocupei em dizer: "Viu? Eu te disse que isso ia acontecer...". Mas não aguento mais. Me sinto compelido a lembrá-los de um artigo que escrevi cerca de 2 semanas antes do ultimo levante. Sim, colegas, eu previ que isso aconteceria. Tudo bem. Segurem seus aplausos. Afinal, eu preferia ter errado em minha previsão. Mais de 600 pessoas foram mortas desde que esta luta se iniciou. E por que motivo? Se voce acredita no que lê na maioria das novas fontes, os Palestinos querem uma pátria e os muçulmanos querem controlar os locais que consideram sagrados. Bastante simples, não? Bem, eu, como um jornalista americano de origem árabe que passou algum tempo no Oriente Médio fazendo mais que a minha cota de pedras e morteiros, devo comunicar-lhes que isso são apenas desculpas para o combate, a criação de problemas e a tomada de terras por parte islâmica. Não é interessante, que antes da guerra entre árabes e judeus de 1967, não havia nenhum movimento sério em prol de uma pátria palestina? "Bem, Farah", vocês podem dizer, "isto foi antes dos Israelenses tomarem a Cisjordânia e Jerusalem Antiga." Isto lá é verdade. Na guerra dos seis dias, Israel tomou a Judeia, Samaria e o lado oriental de Jerusalem. Mas não tiraram estes territórios de Yasser Arafat. Eles a tomaram do rei Hussein da Jordânia. Não consigo deixar de imaginar por que todos estes palestinos descobriram sua identidade nacional depois que Israel ganhou a guerra. A verdade é que a Palestina não é mais real que a Terra do Nunca. A primeira vez que este nome foi utilizado foi em 70 D.C. quando os romanos cometeram um genocidio contra os judeus , destruiram o Templo e declararam que não haveria mais a Terra de Israel. A partir daquele momento, os romanos prometeram, que o local seria conhecido como Palestina. Nome este derivado dos Filisteus, o povo de Golias que havia sido conquistado pelos judeus séculos antes. Este foi um modo que os romanos adicionaram insultos à injuria. Eles também tentaram mudar o nome de Jerusalém para Aelia Capitolina, mas este nome teve menos força para se manter. A Palestina nunca existiu antes ou desde então, como uma entidade autonoma. Foi dominado, alternadamente por Roma, Muçulmanos, pelas Cruzadas Cristãs, pelo Império Otomano e por um curto período de tempo pelos Ingleses após a Primeira Guerra Mundial. Os ingleses concordaram em devolver ao menos, parte do território ao Povo Judeu como uma pátria. Não há uma língua conhecida como "Palestino". Não há uma cultura Palestina diferenciada. Nunca houve uma terra conhecida por Palestina governada por palestinos. Palestinos são árabes, indistinguíveis de Jordanianos (outra invenção recente), Sirios, Libaneses, Iraquianos, etc. Saiba que os árabes detém o controle sobre 99,9% das terras do Oriente Médio. Israel representa um decimo de 1% (ou seja, 0,1%) do total de terras. Mas, ao modo de ver dos árabes, isto é muito. Eles querem tudo. E é essa a razão da briga em Israel hoje. Ganancia, Orgulho, Inveja. Não importando quanto de concessão de terras os israelenses fizessem, jamais seria suficiente. O que dizer dos locais sagrados para o Islam? Não existe Jerusalém! Ficou chocado? Pois você deveria! Não espero que você ouça esta brutal verdade de qualquer outro na mídia internacional. Não é politicamente correto... Eu sei o que você dirá: "Farah, a Mesquita de Al Aqsa e o Domo da Rocha em Jerusalém representam o 3º lugar mais sagrado do Islam." Não é verdade. De fato, o Corão não diz nada referente a Jerusalém. Menciona Meca centenas de vezes. Menciona Medina por vezes incontáveis. Nunca menciona Jerusalém. Por uma boa razão. Não há qualquer evidência histórica que Maomé tenha visitado Jerusalém alguma vez. Então, como Jerusalem se tornou o terceiro local mais sagrado para o Islam? Os muçulmanos de hoje, citam uma vaga passagem no Corão, a 17ª Sura, entitulada "A jornada Noturna". Onde relata que em sonho ou em uma visão, "Maomé foi carregado a noite do templo sagrado para o templo mais remoto, cujo local foi abençoado, onde devemos mostrar-lhe nossos sinais..." No século XVII, alguns muçulmanos identificaram os dois templos mencionados neste verso como sendo Meca e Jerusalém. E isso é o mais próximo que o islamismo se conecta com Jerusalém - mito, fantasia, um desejo. Enquanto isso, os judeus podem traçar suas raizes em Jerusalém, até os tempos de Abraão. O último "round" da violência em Israel irrompeu, quando o líder do partido Likud, Ariel Sharon, tentou visitar o Monte do templo, a fundação do Templo construido por Salomão. Que é o local mais sagrado para os judeus. Sharon foi encontra-se com pedras e tratos. Sei como é. Estive lá. Você pode imaginar como é para os os judeus serem ameaçados, apedrejados e mantidos fisicamente fora do local mais sagrado do judaismo? Então, qual a solução para o impasse do Oriente Médio? Bem, francamente, não creio em uma solução criada pelo homem para a violência. Mas, se há uma, ela deve começar com a verdade. A mentira só levará mais e mais rumo ao caos. "Tratar um pacto de 5.000 anos fundamentado em bases históricas e evidências arqueológicas tal qual se trata reclamações, desejos e vontades ilegítimas tornam a diplomacia e a manutenção da paz uma coisa suja."
89) www.yeshua.chai.nom.br/maoz _ 30/09 Jornal "Maoz Israel" Temos uma publicação mensal, que está servindo àqueles que apóiam Israel de várias formas - intercedendo, contribuindo financeiramente e compartilhando com outros sobre o plano Divino para Israel, o povo de Deus. Com o Jornal você receberá: Uma perspectiva espiritual sobre os acontecimentos no Oriente Médio, o "caldeirão borbulhante", à medida que ocorrem. - Uma introspecção profética de Israel, comparando os eventos atuais com o que está escrito na Bíblia. - Editoriais que focalizam a realidade de Israel em contra-partida aos bombardeios das notícias influenciadas por preconceitos dos meios de comunicação. O JORNAL MAOZ-ISRAEL é citado em outras revistas, jornais, rádios e na TV. O Jornal também é lido por muitos pastores e líderes cristãos no mundo inteiro, que desejam receber informação sobre Israel que venha de Israel; essa informação não é encontrada nos meios de comunicação seculares. VENHA CONHECER O JORNAL MAOZ. NOSSOS COLABORADORES: O chamado, a visão e os objetivos que Deus colocou em nossos
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o amor de Yeshua. Pessoas que estão dispostas a juntar-se a nós,
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