INDIA-Dados Gerais
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Dados Gerais sobre a Índia Fonte: www.orepelaindia.com
( por : Espedito Purgato Filho -Secretário Vem Brasil- espedito@worldem.org )

Cidades

 Varanasi - a cidade santa dos hindus
    Há mais de 2.000 anos, Varanasi, a cidade "eterna", tem sido a capital religiosa da Índia. Construída nas margens do sagrado Ganges, é conhecida por combinar as qualidades de todos os outros locais de peregrinação e, quem quer que morra ali, segundo os hindus, independentemente do tamanho dos pecados, está salvo do ciclo de sucessivas reencarnações. Cidade mais a leste de Uttar Pradesh, Varanasi é um importante local de aprendizado, terra de romancistas, filósofos e gramáticos. Prova disso foi o seu papel no desenvolvimento do hindi - o que há de mais próximo a uma língua nacional da Índia.
 
 Bikaner, a cidade do templo dos ratos 
     Bikaner é um cidade oásis entre vegetação e dunas de areia. A antiga muralha da cidade retêm um ar medieval, enquanto do lado de fora dos muros, palácios e mansões permanecem. Uma conhecida e próspera rota turista, Bikaner é a rota para Jaisalmer  vindo de Jaipur ou Shekhawati, no Estado do Rajastão.
     Bikaner foi fundada como um reino independente em 1488 por Rao Bikaji, o filho mais novo do fundador de Jaipur, Rao Jodha.
     Esta cidade não seria muito conhecida não fosse, talvez, o fato de estar nesta cidade um templo dedicado a adoração aos ratos.
Cinturão Hindu
    Acredita-se que em 52 d.C. o Apóstolo Tomé tenha chegado a Índia desembarcando no sul do país, no estado de Kerala, estabelecendo ali uma igreja em Muziris (Cranganore). Ainda hoje existem descendentes judeus e também cristãos sírios cujas raízes são atribuídas diretamente ao Apóstolo Tomé. Segundo a tradição, o Apóstolo Tomé seguiu para Chennai (Madras) onde converteu alguns para Cristo e em 72 d.C. ele foi martirizado por causa de sua fé em Cristo e no local de seu martírio está localizada a Igreja de São Tomé.
     A história do evangelho no sul da Índia tem suas raízes conectadas com a igreja primitiva, razão do grande avanço do evangelho no sul do país. Aproximadamente 65,5% dos cristãos indianos estão localizados no sul do país, composto pelos Estados de Tamil Nadu, Kerala, Andhra Pradesh e Karnataka. Desde o início da igreja na Índia, na segunda metade do primeiro século, o sul tem sido privilegiado com a pregação do evangelho, razão do crescimento do evangelho nesta região. O mesmo em relação ao nordeste da Índia onde o percentual de cristãos pode ultrapassar 50% como no caso de Nagaland e Mizoram. Infelizmente, o centro oeste e norte da Índia são as regiões que mais carecem do evangelho. Os Estados com maior carência do evangelho atualmente são os Estados de Uttar Pradesh, Madhya Pradesh, Himachal Pradesh, Jammu & Kashmir, Rajasthan, Gujurat e Oeste Bengal com uma população cristã de menos de 1%.
     Podemos perceber claramente uma resistência para a penetração do evangelho nestas regiões. Estas áreas são predominantemente hindus e extremamente fechadas ao evangelho. É possível perceber uma barreira imaginária, chamada de “Cinturão Hindu” que é composto pelos Estados de Gujurat, Madhya Pradesh, Chhattisgarh e Orissa. Estes Estados formam uma espécie de barreira a penetração do evangelho no norte da Índia. As igrejas são duramente perseguidas nestas regiões, muitos servos de Deus tiveram suas vidas martirizadas nestes lugares. Pouquíssimos trabalhos missionários são realizados nesta área. A população nessa região está acima de 170 milhões de habitantes
Clima
    A Índia está dividida quase que exatamente pelo trópico de câncer. O clima dominante, é o quente, sob regime das monções, com quatro estações relativamente bem definidas: fria (janeiro e fevereiro); quente (março, abril e maio); das monções do sudoeste (junho a outubro) e da cessação das monções (novembro e dezembro). No sul do país, a temperatura é constante em todo o ano (cerca de 26° C a 28°C). Mas no norte, as variações são muito grandes. Na estação fria, a temperatura varia de 17°C, sendo mais baixa no norte, que no sul. Nas grandes altitudes, o clima frio é predominante com neves eternas. As chuvas são mais abundantes a oeste do planalto do Decan e a sudoeste do Himalaia e no Baixo Ganges, tornando-se mais escassas no interior do Decan, sobretudo a noroeste do país, onde se encontra o deserto de Thar. As médias de precipitação anual varia entre menos de 135mm nas áreas desérticas do noroeste e mais de 2000mm no nordeste.
Monções - Com uma quantidade enorme de chuvas, e que são muito necessárias, visto que geralmente depois destes meses quase não chove na Índia.
Inverno - Geralmente no inverno algumas partes ao norte da Índia, principalmente as mais elevadas costumam ter uma temperatura extremamente baixa. Darjeeling no norte da Índia neste período atrai um grande número de pessoas para a prática do ski. Mas geralmente mais ao Sul do país a temperatura é fresca, especialmente durante a noite. No inverno a alta pressão atmosférica contribui para que aumente a poluição, especialmente nas grandes cidades como Delhi e Calcutá, sendo comum você ver pessoas usando pequenas mascaras contra poluição, principalmente no trânsito.
Verão - Durante o verão, especialmente a partir de abril a temperatura é extremamente alta. As temperaturas ficam geralmente acima dos 40°C e temperaturas acima dos 50°C não são incomuns em alguns lugares
Curiosidades
    Antes de mais nada, gostaria de lembrar que a Índia é um país muito diversificado, os costumes e comidas variam em diferentes regiões, comunidades e dentro de gerações ou religiões. Novas práticas e hábitos tem sido introduzidos e praticados em áreas urbanas.
 
ALIMENTAÇÃO:
 Tradicionalmente, os indianos costumam comer usando a mão direita literalmente, isto é sem nenhum talher;
 
 Hindus não comem carne bovina e muçulmanos não comem porco;
 
 Deve se comer usando somente a mão direita, visto que a mão esquerda é usada para propósitos higiênicos e portanto considerada impura. Porém, é aceitável passar pratos ou vasilhas com a mão esquerda;
 
 Tocar a comida em um prato comum, ou seja que vai ser divido para todos, pode causar que os outros evitem comê-lo;
 
 Lavar as mãos antes e depois das refeições é muito importante. Em algumas casas hindus, eles esperam que você lave sua boca também;
 
 Para alguns hindus, é um insulto um visitante agradecer pela comida após ter terminado de comer, visto que eles dizem que dizer obrigado é considerado uma forma de pagamento.
 
 Se você está bebendo água ou outra bebida num copo ou outro container que será usado por outros, nunca toque o copo ou container com seus lábios. Segure o copo um pouco acima da boca e então entorne aos poucos dentro da boca sem tocar o copo com a boca;
 
 É muito comum entre os hindus utilizarem muitos cerimoniais em sua vida diária. Por exemplo, os brâmanes (casta alta) não comem nenhum tipo de carne, e derivados como ovos e outros. Quando comem por engano ou fazem outras coisas que segundo eles os torna impuros, eles costumam fazer um ritual de purificação que, algumas vezes, consiste em beber urina de vaca (que eles dizem que é sagrada). Alguns rituais de purificação incluem  cinco produtos da vaca, considerados sagrados para os hindus: leite, coalhada, gordura, urina e fezes.
 
 Um antigo costume hindu, já fora de uso, dizia que para uma mulher devota, seu marido era literalmente um deus. Para agradar seu marido a esposa deveria de boa vontade fazer qualquer coisa. A principal razão para ela viver era servir seu marido e obedecer a risca todos os seus desejos. Uma esposa era para comer somente após seu marido ter terminado e comer então no prato sujo de seu marido.
Cultura
    A religião está em todas os aspectos da vida na Índia. Apesar de ser uma democracia secular, é um dos poucos países no planeta nos quais as estruturas sociais e religiosas que definem a identidade social estão intactas, e continuaram assim por pelo menos 4.000 anos apesar das invasões, perseguições, do colonialismo europeu e dos motins políticos. Há mudanças trazidas pelas inovações tecnológicas, mas a Índia rural permanece a mesma há milhares de anos. Suas instituições sociais e religiosas são tão resistentes que nunca sucumbiram às tentativas de destruí-las ou mudá-las.
     A arte hindu é basicamente religiosa em temas e desenvolvimento e sua apreciação exige o conhecimento básico das crenças do país. Entre os destaques estão a dança clássica indiana, a arquitetura de templos e a escultura (difícil é definir onde começa uma e outra), a arquitetura militar e urbana dos mughals, a pintura de miniaturas e a música mesmérica. Esta última é difícil de ser apreciada por não haver harmonia para o senso ocidental.
     Indianos amam o cinema e a indústria do cinema, que fica em Bombaim, é uma das maiores e mais glamourosas do mundo. A maior parte dos filmes são espalhafatosos melodramas jogando com romance, violência e música. Você poderá ter uma idéia ao ver os enormes cartazes espalhados pelas ruas. Imagine Rambo crontacenando com a Noviça Rebelde e um épico bíblico de Cecil B. De Mille e terá uma idéia. É de um escapismo fácil, grandioso e barulhento.
Laços Familiares
 
     A Sociedade Indiana é geralmente patriarcal. É geralmente o homem quem exerce nas relações formais da família. O pai, mais do que a mãe, tem o controle sobre os filhos. Em algumas ocasiões ele faz importantes decisões familiares que terá influência sobre toda família durante todo o período que ele viver, mesmo após seus filhos terem-se tornado adultos.
     Tratando -se de filhos, os garotos são preferidos, e dentro os muitos fatores, os rituais hindus requerem que os filhos homens cumpram as obrigações de seus ancestrais. Outro fator, é o Dowry (dote) que tem de ser pago pelo pai da noiva à família do noivo por ocasião do casamento. Alguns pais hindus quando nasce uma filha eles já terão que juntar dinheiro para que a sua filha possa se casar um dia.
Gestos e expressões
     A tradição oral da Índia tem muitos gestos, expressões e provérbios. Saudações em amigos invariavelmente invoca o nome de deus ou deuses. Uma dessas expressões: Jai Ramji ki, significa "Possa lord Rama ser vitorioso e proteger nos" e é comum nas áreas rurais no norte da Índia, enquanto vanakkam swami, significa "eu me encurvo diante de você, divino" é comum no Sul.
     É considerado sinal de respeito tocar os pés de pessoas mais idosas ou prostrar-se diante delas. A expressão quando se está saindo deve ser "eu irei e voltarei" ou "eu voltarei" nunca simplesmente "eu estou indo". Em qualquer dialeto indiano, a última sugestão significa partir desta vida. Existe uma admirável uniformidade na tradição oral. Alguns provérbios indianos são usados em todos os dialetos.
     O Inglês tem tido uma grande influência na linguagem e literatura nos últimos 200 anos. É comum na Índia pensar em inglês e falar na sua língua mãe ou vice-versa.
Comida
     Ao contrário do que se acredita, nem todos os indianos são oficialmente vegetarianos. O vegetarianismo radical acontece no sul (que não é influenciado pelos comedores de carne aryans e muçulmanos) e na comunidade gujarati. Há variações regionais consideráveis do norte ao sul, parte pelas condições climáticas e parte pelas influências históricas. No norte, há muito mais carne e a cozinha é quase sempre de estilo mughal, que tem uma relação próxima com a comida do Oriente Médio e Ásia Central. A ênfase é mais em temperos que molhos; cereais e pães são mais populares que arroz. No sul é comido mais arroz, há mais comida vegetariana e os curries tendem a ser mais quentes. Outra característica da comida vegetariana do sul é que não se usa talheres, somente as mãos - mas nunca use a mão esquerda.
     Geralmente , indianos lavam suas mãos, pernas e rostos antes de uma refeição, se assentarão no chão e comerão a comida com os dedos da mão direita. Entre os hindus, comida é a primeiro oferecida para os deuses e então servida para a família pela mulher (dona) da casa, que só come quando todos já tem terminado, embora possa haver exceções.
     Indianos geralmente usam aço inoxidável ou vasos de latão (cobre) e pratos. Os ricos usam pratos de prata; em locais mais pobres a comida é servida em pedaços retangulares de folha de bananeira. Em centros urbanos geralmente as pessoas sentam-se a mesa e usam os talheres do estilo ocidental (garfo, faca, colher).
     A tradicional comida bengali leva horas para ser preparada e é consumida de maneira bem devagar e prazerosa. Cada pessoa senta-se num pequeno pedaço de carpete no chão. Um grande prato de aço inoxidável ou um pedaço retangular de uma folha de bananeira recém cortada é colocado no carpete bem ao centro, com arroz arroz quente, com pedaços de limão, pimentas verdes inteiras e um pouco de picles, (todos separados). Pequenos pratos ao redor deste grande terão porções de dhal (parecido com lentilhas), vegetais, peixe, carne geralmente de frango e iogurte (qualhada).
    Desperdiçar comida é considerado pecado entre os indianos. Para as crianças é dito que a comida desperdiçada vai para o rio Ganges chorar. Nas vilas as sobras de comida são dadas para animais, nas cidades, para os serviçais e mendigos na rua.
     As horas de refeições geralmente variam de região para região. Os indianos no sul, costumam não ter café da manhã, mas tem o almoço mais cedo. Os bengalis costumam ter a janta muito tarde da noite.
Casamentos arranjados
     Muitos dos casamentos de famílias hindus são arranjados entre as famílias dos noivos para proteger os laços familiares, os quais são muito importantes para as pessoas da Índia. Os pais procuram por apropriados parceiros para seus filhos de famílias da mesma religião ou casta. Os jovens indianos raras vezes casam-se fora de sua própria religião ou casta, mas podem ocorrer exceções. Através de um casamento arranjado, duas famílias entram em uma mutual relação. Quando problemas surgem no casamento, ambas as famílias tentam trabalhar juntas para ajudar o casal a resolver o problema.
    Alguns hindus acreditam que uma pessoa solteira não tem status social. Um casamento hindu é considerado uma perpétua aliança, um sagrado e inalterável união. Raramente, um casamento tradicional hindu é confiado aos caprichos de um jovem e uma jovem. Os pais arranjam a aliança depois de consultar os mais velhos ou anciãos da família e os astrólogos indianos, comparando primeiro, horóscopos, castas, e contexto familiar e social. A cerimônia de um casamento hindu é cheia de simbolismos, e preparativos geralmente começam semanas antes do evento. O ritual praticado pode variar em detalhes de região para região, mas o ritual védico tem permanecido inalterado por mais de 2000 anos.
     Construindo um altar para o deus Agni (divindade védica do fogo), o sacerdote hindu diz assim agir como Brahma, o criador. A noiva e o noivo são também comparados à deuses e deusas hindus: Shiva e Shakti ou Vishnu e Lakshmi. O casamento é completo quando o noivo prende um fio sagrado (cheio de flores), chamado mangala sutra, ao redor do pescoço da noiva, o casal caminha ao redor do fogo e recita os versos de casamento do Rig Vega, e "bençãos" são conferidas à eles pelos anciãos presentes.
     Segundo eles, a união é desta forma santificada, fazendo o divórcio uma coisa impensável na tradição indiana. Não existe palavra equivalente para a palavra divórcio no dicionário de qualquer língua indiana. Talaq, significa divórcio, é usada livremente em Hindi, mas este é um termo arábico importado pelos muçulmanos, para os quais o divórcio é permitido, embora fortemente desencorajado.
Dados Diversos
Governo | Território | População | Estrutura de Idades | Alfabetização | Economia |  Dados Gerais | Primeiros Ministros e Presidentes desde 1947 |
Governo
     De acordo com a Constituição de 1949, emendada posteriormente, a Índia é uma república democrática soberana dentro do Commonwealth. O governo tem uma estrutura federal e a república é uma união de estados e territórios administrados de maneira central.
     O poder executivo reside no presidente, que é também chefe do Estado. Entretanto, o verdadeiro poder executivo se encontra nas mãos de um conselho de ministros responsáveis perante o Parlamento, formado pelo Rajya Sabha (Conselho dos Estados ou câmara alta) e o Lok Sabha (Câmara do Povo ou câmara baixa).
 
 
Bandeira Nacional da Índia
ESTADO - CAPITAL
Andhra Pradesh - Hyderabad
Arunachal Pradesh - Itanagar
Assam - Dispur
Bihar - Patna
Goa - Panajii
Gujarat - Ghandhinagar
Haryana - Chandigarh
Himachal Pradesh - Shimla
Jammu & Kashmir - Srinagar
Karnataka - Bangalore
Kerala - Thiruvananthapuram
Madhya Pradesh - Bhopal
Maharashtra - Mumbai
Manipur - Imphal
Meghalaya - Shillong
Mizoram - Aizawl
Nagaland - Kohima
Orissa - Bhubaneswar
Punjab - Chandigarh
Rajasthan - Jaipur
Sikkim - Gangtok
Tamil Nadu - Chennai
Tripura - Agartala
Uttar Pradesh - Lucknow
West Bengal - Calcutta
Chhattisgarh - Raipur
Uttaranchal - Dehra Dun
Jharkhand - Ranchi
 
TERRITÓRIOS NACIONAIS - CAPITAL
Andaman & Nicobar Islands - Port Blair
Chandigarh - Chandigarh
Dadra & Nagar - Haveli Silvassa
Delhi (National Capital Territory) - Delhi
Pondicherry - Pondicherry
Lakshadweep - Kavaratti
Daman & Diu - Daman HINO NACIONAL
(Índia National Anthem)
 
JANA-GANA-MANA
(Transliteração latina)
 
Letra e Música: Rabindranath Tagore (1861-1941)
Composição: 1911 Adoção: 1950
 
Jana Gana Mana foi cantado pela primeira vez em 27 de Dezembro de 1911, em Calcutá, na sessão do Congresso Nacional Indiano.
Jana-gana-mana-adhinayaka, jaya he
Bharata-bhagya-vidhata
Punjab-Sindhu-Gujarata-Maratha-
Dravida-Utkala-Banga
Vindhya-Himachala-Yamuna-Ganga
Uchchala-Jaladhi-taranga
Tava shubha name jage
Tava shubha ashish maange
Gahe tava jaya-gatha
Jana-gana-mangala-dayaka jaya he
Bharata-bhagya-vidhata
Jaya he, jaya he, jaya he
Jaya jaya jaya, jaya he!
 
Clique aqui para ouvir o Hino Nacional
da Índia Cantado em MP3
 

Transliteração para o Inglês
Thou art the rulers of the minds of all people, dispenser of India's destiny.
 
Thy name rouses the hearts of Punjab, Sind, Gujarat and Maratha,
 
Of the Dravida and Orissa and Bengal;
 
It echoes in the hills of the Vindhyas and Himalayas, mingles in the music of Yamuna
and Ganga and is chanted by the
 waves of the Indian Sea.
 
They pray for thy blessings and sing thy praise.
 
The saving of all people waits in thy hand,
thou dispenser of India's destiny,
 
Victory, victory, victory to thee.
Território
     Limita-se ao norte com o Afeganistão, o Tibet, o Nepal e o Butão; ao sul com o estreito de Palk e o golfo de Mannar, que o separa do Sri Lanka e do oceano Índico; ao oeste com o mar da Arábia e o Paquistão; ao leste com a Birmânia, o golfo de Bengala e Bangladesh. Com Jammu e Cachemira (cujo status definitivo ainda não foi determinado), possui uma superfície de 3.287.263 km².A Índia se divide em quatro grandes regiões: o Himalaia, que se estende ao longo das margens norte e leste do subcontinente indiano; as planícies fluviais do norte, uma das maiores planícies fluviais do mundo que compreende a maior parte da área regada pelos rios Indo, Ganges e Brahmaputra; o Decão, uma meseta rochosa, dividida por baixas cadeias montanhosas e profundos vales; e o Ghates oriental e ocidental.
    Exceto nas regiões mais montanhosas, o clima é tropical, dominado pelas monções.
População
     Cerca de 16% da população mundial é indiana, vivendo em 2,4% da superfície terrestre. Em 2020 a Índia se tornará o mais populoso pais do mundo com cerca de 1,3 bilhões de pessoas.
     A Índia tem uma população de mais de um bilhão de habitantes (cerca de seis vezes a do Brasil), que se comprimem num território do tamanho da Argentina (aprox. 3 vezes menor do que o Brasil). Tem uma densidade demográfica de aproximadamente 320 hab/km². Embora as condições de vida tenham melhorado em muitas áreas, cerca de um terço da população vive abaixo do limite de pobreza.
     Mais de 70% da população vive na zona rural. Muitos deles tem pouca ou nenhuma educação formal e vivem em largas famílias de 5 a 6 filhos. Em contraste, a maioria da população urbana tem de dois a três filhos.
     A maior cidade é Bombaim (Mumbai), com uma população (incluindo a área metropolitana) de 17.550.000 habitantes. Outras Mega Cidades: Jamshedpur 1.000.000; Jabalpur 1.025.000; Allahabad 1.050.000; Trivandrum 1.050.000; Calicut 1.075.000; Nashik 1.075.000; Agra 1.150.000; Asansol 1.175.000; Vijayawada 1.175.000; Meerut 1.200.000; Cochin 1.250.000; Coimbatore 1.275.000; Patna 1.275.000; Madurai 1.275.000; Varanasi 1.275.000; Indore 1.400.000; Bhopal 1.500.000; Ludhiana 1.550.000; Jaipur 2.050.000; Nagpur 2.050.000; Surat 2.200.000; Kanpur 2.450.000; Lucknow 2.450.000; Pune 3.500.000; Ahmadabad 4.100.000; Bangalore 5.400.000; Hyberbad 6.400.000; Chennai 6.550.000; Calcutta 12.800.000. Urbanização 28%.
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Estrutura de idades:
* 0-14 anos: 34% (homens 175.228.164; mulheres 165.190.951)
* 15-64 anos: 62% (homens 324.699.562; mulheres 301.821.383)
* 65 anos e acima: 4% (homens 23.925.371; mulheres 23.138.386) (2000 est.)
Alfabetização
Alfabetização (total da população) 52%.
Homens 65.5%; Mulheres: 37.7% (1995 est.)
Economia
     Tanto a agricultura como a indústria são importantes. 64% da força de trabalho é agrícola, mas a rápida industrialização e urbanização estão tomando o lugar. O crescimento econômico tem sido prejudicado pela alta taxa de natalidade, analfabetismo, preconceito, resistência a mudanças, e a ineficiência da burocracia. Os 250 milhões da classe média serão mais beneficiados pelas reformas de mercado e pela liberalização que vêm sendo instituídas. Mais de 600 milhões vivem em profunda pobreza, e 300 milhões vivem na indigência. Mas de 30% da população é tão pobre que não tem condições de ter uma dieta alimentar apropriada.
Dados Gerais
Vistos: É necessário ter visto para visitar a Índia. Existem vários tipos, de 15 dias a 6 meses (antes havia o de 5 anos, mas agora suspenso pelo Governo Indiano), e há versões de entrada única ou múltipla. Somente os vistos de seis meses são prorrogáveis. Ultimamente o Governo indiano tem dificultado a obtenção de vistos superiores a 6 meses, prejudicando de maneira especial a entrada e permanência de missionários.
Chegada a Índia: Após o desembarque na Índia, e antes de poder-se sair do aeroporto é necessário passar pela imigração, e para evitar maiores problemas é bom estar-se preparado, principalmente para marinheiros de primeira viajem.Primeiro tenha em local de fácil acesso o passaporte e o comprovante de vacinação de febre amarela. Ao chegar na imigração (aeroporto) você terá que preencher o Cartão de Desembarque (em inglês) onde dentre outras informações você terá que colocar: Nome, número e validade do passaporte, data e local de nascimento, endereço de um local onde irá ficar na Índia (tenha isto a mão), etc. Mesmo que você tenha alguém esperando para recebê-lo no aeroporto, esta parte você terá que fazer sozinho, pois é proibido a entrada de outras pessoas que não sejam passageiros neste setor. É bem provável que após pegar suas malas eles o dirijam para o setor da alfândega para examinar suas malas ou senão pedirão apenas para passar na máquina de raio x e aí então você poderá sair do aeroporto e desfrutar das primeiras impressões da Índia. A maioria dos vôos internacionais chegam a Índia no fim da noite e principio da madrugada, esteja preparado para, talvez, passar a noite em um hotel e continuar sua viajem no próximo dia.
Riscos à Saúde: Cólera, dengue, disenteria, hepatite, malária, meningite e tifóide. A maioria das cidades grandes é bastante poluída e viajantes com problemas respiratórios devem tomar suas precauções.
Fuso horário: mais 8 horas e 30 minutos (em relação ao Brasil)
Eletricidade: 230-240V, 50 HZ
Pesos e Medidas: Sistema métrico
Turismo: mais de 2 milhões de visitantes por ano
 
Primeiro Ministros desde 1947
Jawaharlal Nehru (1947-64)
Lal Bahadur Shastri (1964-66 )
Indira Gandhi (1966-77)
Morarji Desai (1977-79)
Charan Singh (1979-80)
Indira Gandhi (1980-84)
Rajiv Gandhi (1984-89)
VP Singh (1989-90)
S Chandrasekhar (1990-91)
PV Narasimha Rao (1991-96)
Atal Behari Vaypayee (maio de 1996)
H.D. Deve Gowda (1996- maio de 97)
Inder Kumar Gujral (1997- maio de 98)
Atal Behari Vaypayee (1998-2003) Presidentes desde 1947
C. Rajagopalachari (1948-50)
Rajendra Prasad (1950-62)
S. Radhakrishnan (1962-67)
Zakir Hussain (1967-69)
V.V. Giri (1969-74)
Fakhruddin Ali Ahmed (1974-77)
Neelam Sanjiva Reddy (1977-82)
Giani Zail Singh (1982-87)
R. Venkataraman (1987-92)
Shankar Dayal Sharma (1992-97)
K. R. Narayanan (1997-2002)
A. P. J. Abdul Kalam (Julho de 2002)
Eventos e Festivais
     A Índia tem um grande número de festivais. Todo festival hindu está associado com um conto mitológico e são dedicados aos vários deuses do panteão hindu.
     Aqui estão descritos apenas alguns dos mais importantes:
    
     Festival do Dia da República que acontece em 26 de janeiro, em Déli, com elefantes, procissão, poder militar e esplendor principesco.
     Holi, em fevereiro ou março, é um dos festivais hindus mais festejado no norte da Índia. Marca o final do inverno e envolve basicamente jogar água colorida e pó vermelho em todo mundo.
     O festival Shi'ite Muharram, de 10 dias, comemora o martírio do neto de Mohammed. Tem uma grande parada e os penitentes dedicados se açoitam com chicotes em fervor religioso. É melhor visto em Lucknow, a principal cidade Shi'ite da Índia, e geralmente acontece em abril/maio.
     Kumbh Mela comemora uma antiga batalha entre deuses e demônios por um jarro (kumbh). Na luta pelo jarro, quatro gotas do néctar caíram em Allahabad, Haridwar, Nasik e Ujjain. O mela acontece a cada três anos em uma destas quatro cidades.
     Não confunda o festival de carro Rath Yatra com um rali. Esse festival, que acontece em Puri em junho e julho, envolve o enorme carro templo do chamado "lord Jagannath" fazendo sua jornada anual, empurrado por milhares de devotos esforçados. Um dos grandes eventos do ano em Kerala são as Corridas de Barco da Copa Nehru, na represa de Alappuzha (Alleppey), que acontecem no segundo sábado de agosto.
     Em 15 de agosto acontece o Dia da Independência, um grade feriado nacional secular. Em Delhi há um grande cerimônia no Red Fort.
     O festival de Ganesh Chaturthi em agosto/setembro, é dedicado ao popular deus com cabeça de elefante Ganesh. É celebrado em muitos lugares, mas com especial entusiasmo em Maharashtra. Santuários são erguidos, fogos de artifício são acesos, ídolos de argila são submersos em rios ou no mar e todos evitam olhar para a lua. Em setembro/outubro acontece nas montanhas o Festival dos Deuses, em Kullu. É parte do Festival Dussehra, que é mais festejado em Mysore e Ahmedabad.
     Em novembro, acontece o Festival do Camelo, em Pushkar, no Rajastão. Diwali (ou Deepavali) é o mais celebrado festival do calendário hindu e pode acontecer entre setembro a Novembro. Doces, lamparinas e fogos de artifício têm papéis importantes nesta celebração em honra de numerosos deuses.
Calendário de alguns Eventos e Festivais
PONGAL
DIA DA REPÚBLICA
BASANT PANCHAMI
FESTIVAL DO DESERTO
SHIVARATRI
KAHJURAHO
HOLI
JAMSHED NAVROZ
GANGAUR
MAHAVIR JAYANTI
PÁSCOA
VARUDA PIRAPPU
MEENAKSHI
VAISAKA
BAISAKHI
POORAM
EID-UL-FITR
FESTIVAL HEMIS
RATH YATRA
NAAG PANCHAMI
RAKSHA BANDHAN
AMARNATH
TEEJ
DIA DA INDEPENDÊNCIA
ONAM
JANMASHTAMI
EID-UL-AZHA
GANESH CHATHURTHI
DUSSEHRA
MUHARRAM
GURU PURAB
DIWALI
NATAL JANEIRO
26 DE JANEIRO
JANEIRO/FEVEREIRO
JANEIRO/FEVEREIRO
FEVEREIRO/MARÇO
FEVEREIRO/MARÇO
MARÇO
MARÇO
MARÇO/ABRIL
MARÇO/ABRIL
MARÇO/ABRIL
ABRIL
ABRIL
ABRIL/MAIO
ABRIL/MAIO
ABRIL/MAIO
MAIO
JUNHO/JULHO
JULHO
JULHO/AGOSTO
JULHO/AGOSTO
JULHO/AGOSTO
JULHO/AGOSTO
15 DE AGOSTO
AGOSTO/SETEMBRO
AGOSTO/SETEMBRO
AGOSTO/SETEMBRO
AGOSTO/SETEMBRO
SETEMBRO/OUTUBRO
OUTUBRO
OUTUBRO/NOVEMBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO SUL
TODA ÍNDIA
NORTE
RAJASTHAN
TODA ÍNDIA
MADHYA PRADESH
NORTE
MAHARASHTRA
RAJASTHAN
TODA ÍNDIA
TODA ÍNDIA
SUL
TAMIL NADU
TODA ÍNDIA
NORTE
KERALA
TODA ÍNDIA
KASHMIR
ORISSA
TODA ÍNDIA
NORTE
KASHMIR
RAJASTHAN
TODA ÍNDIA
KERALA
TODA ÍNDIA
TODA ÍNDIA
TODA ÍNDIA
TODA ÍNDIA
TODA ÍNDIA
NORTE
TODA ÍNDIA
TODA ÍNDIA GRAÇAS PELA COLHEITA
FERIADO NACIONAL
FESTIVAL DA PRIMAVERA
FESTIVAL DO FORTE JAISALMER
A NOITE DE SIVA OU SHIVA
FESTIVAL DA DANÇA
FESTIVAL DAS CORES
ANO NOVO PARSI
FESTIVAL DAS MULHERES
FESTIVAL JAIN
FESTA CRISTÃ
ANO NOVO TAMIL
CASAMENTO - DEUSA MEENAKSHI
FESTIVAL BUDISTA
ANO NOVO SIKH
HINDU TEMPLO FESTIVAL
FESTIVAL MUÇULMANO
FESTIVAL BUDISTA
HINDU TEMPLO FESTIVAL
FESTIVAL DA COBRA
DIA DO IRMÃO
FESTIVAL DO SENHOR SIVA OU SHIVA
FESTIVAL DO BALANÇO
FERIADO NACIONAL
FESTIVAL DO BARCO
ANIVERSÁRIO DE KRISHNA
FESTIVAL MUÇULMANO
FESTIVAL DE GANESH
FESTIVAL DE DURGA/RAMA
FESTIVAL MUÇULMANO
ANIVERSÁRIO DO GURU NANAK (SIKH)
FESTIVAL DAS LUZES
FESTA CRISTÃ
História
    A primeira grande civilização da Índia esteve no seu ápice durante mil anos a partir de 2.500 aC, no vale do Rio Indus. Suas grandes cidades eram Mohenjodaro e Harappa (agora no Paquistão) onde floresceu uma civilização complexa, dirigida por religiosos com rudimentos do hinduísmo. Os arianos invadiram a Índia até o sul vindos da Ásia Central entre 1.500 e 200 a.C. e controlaram o norte da Índia até as montanhas Vindhya, onde agora é Madhya Pradesh. Eles expulsaram os dravidianos para o sul.
     Os invasores trouxeram seus deuses, suas tradições pecuárias e carnívoras, mas foram absorvidos em tal nível que no século oitavo a.C. a casta religiosa conseguiu restaurar sua supremacia. Isso consolidou-se no sistema de castas, cuja hierarquia foi mantida por regras rígidas, feitas para assegurar a posição dos brâmanes. O budismo surgiu por volta de 500 a.C. e trouxe um grande desafio ao hinduísmo bramânico: a condenação das castas. O budismo sobrepujou o hinduísmo no século terceiro a.C., quando foi adotado pelo imperador mauriano Ashoka, que controlou a Índia mais que qualquer outro governante antes dos mughals.
     Vários impérios apareceram e caíram após o fim dos mauryas, mas o mais impressionante foi o gupta, que durou do século quarto d.C. até 606. Foi uma fase dourada para a poesia, literatura e arte, com grandes trabalhos realizados em Ajanta, Ellora, Sanchi e Sarnath. O hinduísmo foi reavivado neste período e o budismo começou a declinar. A invasão dos hunos marcou o final dos guptas e o norte da Índia foi dividido em vários reinos hindus, não unificados novamente, até a vinda dos muçulmanos.
     O distante sul não foi afetado pela ascensão e queda de reinos no norte, e o hinduísmo nesta região nunca foi ameaçado pelo budismo ou jainismo. A prosperidade do sul foi sustentada por laços comerciais antigos com egípcios, romanos e povos do Sudeste da Ásia. Entre os grandes impérios que surgiram no sul estão os Pandyas, Cheras, Chalukyas, Pallavas e Cholas.
     Enquanto os reinos hindus governavam no sul e o budismo enfraquecia no norte, o poder muçulmano chegava à Índia, vindo do Oriente Médio. Em 1192, eles chegaram de forma mais forte e em 20 anos toda a bacia do Ganges estava sob seu controle. No entanto, os sultões muçulmanos eram um rebanho fraco e o islamismo não conseguiu penetrar no sul, onde o império Hoysala governou de 1.000 a 1.300 d.C. Dois grandes reinos resultaram no atual Karnataka: o poderoso reino hindu de Vijayanagar, cuja bela capital fica em Hampi, e o reino brâmane muçulmano, que foi fragmentado em cinco domínios independentes: Berar, Ahmednagar, Bijapur, Golconda e Ahmedabad.
     Os imperadores Mughal são os gigantes da história da Índia. Eles chegaram no Punjab vindos do Afeganistão, derrotaram o sultão de Déli em Panipat, em 1525, e entraram em uma era dourada de arquitetura, arte e literatura. Sua ascensão foi rápida, mas o declínio também: houve apenas seis grandes imperadores Mughal. O império Maratha esteve em vigor no século XVII, graças às façanhas da baixa casta Shivaji, e gradualmente conquistou mais do domínio Mughal. Os Marathas controlaram a Índia Central até que caíram sob o último poder imperial, o britânico.
     O poder britânico na Índia inicialmente era exercido pela Companhia das Índias Orientais, que estabeleceu um entreposto comercial em 1612, em Surat, Gujarat. Os britânicos não foram os primeiros ou os únicos poderes europeus na Índia no século XVII: os portugueses controlavam Goa desde 1510 (antes dos Mughals chegarem à Índia) e os franceses, dinamarqueses e holandeses também tiveram entrepostos de comércio. O poder britânico foi do tempo que Clive retomou Calcutá, em 1757, até a vitória britânica na quarta guerra Mysore, em 1799. A longa luta entre os britânicos e os Marathas finalmente acabou em 1803, o que deixou quase o país inteiro sob o controle da Companhia Britânica Oriental.
     Os britânicos viam a Índia basicamente como um local para fazer dinheiro e não se importavam com sua cultura, crenças ou religiões. Exploraram ferro e carvão, plantações de chá, café e algodão e começaram a construir a vasta rede ferroviária do país. Eles encorajavam a existência de terras ociosas, pois isso facilitava a administração e arrecadação de impostos, criando camponeses empobrecidos e sem terra - um problema que até hoje é crônico em Bihar e oeste de Bengala. A revolta indiana ao norte do país, em 1857, levou ao fim da Companhia das Índias Orientais, e a administração do país foi tardiamente passada ao Governo Britânico. Os 50 anos seguintes foram os anos dourados do império onde o sol nunca se põe.
     A oposição ao domínio britânico começou na virada do século XX. O "Congresso" , que havia sido estabelecido para dar à Índia um determinado grau de autonomia, começou a querer mais. Fora do Congresso, pessoas mais radicais começaram a lutar pela independência por meios mais violentos. Finalmente, os britânicos tomaram rumo a favor da independência, a exemplo do Canadá e Austrália. Em 1915, Gandhi voltou da África do Sul, onde atuava como advogado, e se voltou para a independência, adotando a política de resistência passiva, ou satyagraha, em relação ao poder britânico.
     A Segunda Guerra Mundial significou o fim do colonialismo e do mito da superioridade européia e a independência da Índia tornou-se inevitável. Dentro da Índia, no entanto, a grande minoria muçulmana começou a perceber que uma Índia independente seria dominada pelos hindus. As eleições locais começaram a revelar um crescimento alarmante do comunalismo, com a liga muçulmana, liderada por Muhammad Ali Jinnah, representando a grande maioria de muçulmanos e o Partido do Congresso, liderado por Jawaharlal Nehru, representando a população hindu. O desejo de Jinnah de uma nação muçulmana governada por ele foi o maior obstáculo à independência.
     Diante do impasse político e crescente tensão, o vice-rei, Lorde Louis Mountbatten, relutantemente decidiu dividir o país e criar uma rápido projeto para a independência. Infelizmente , as duas regiões muçulmanas estavam em lados opostos do país - o que significava que a nova nação muçulmana do Paquistão teria uma metade oriental e uma ocidental, divididas por uma Índia hostil. Quando a linha divisória foi anunciada, aconteceu o maior êxodo humano da história, com os muçulmanos mudando-se para o Paquistão e os hindus e sikhs voltando à Índia. Durante a migração, aconteceram atos de violência bárbara. No fim deste caos, mais de 10 milhões de pessoas trocaram de lugar e mesmo as estimativas mais conservadoras calculam que foram mortas mais de 250.000 pessoas. Os estágios finais do processo de independência guardava ainda uma última grande tragédia. Em 30 de janeiro de 1948, Gandhi, profundamente desapontado pela separação e pelo sangue derramado, foi assassinado por um fanático hindu.
     Após o trauma da separação, o primeiro- ministro da Índia, Jawaharlal Nehru, criou uma constituição leiga, planejamento central socialista e uma política rígida de não-alinhamento. Apesar da Índia manter relações cordiais com seu ex-colonizador e participar da União das Nações Britânicas, direcionou-se para a ex-URSS - em parte devido aos seus conflitos com a China e em parte pelo apoio dos EUA ao arquiinimigo Paquistão, que foi especialmente hostil à Índia graças à exigência do Kashmir dominado pelos muçulmanos. Houve conflitos com o Paquistão em 1965 e 1971, devido às questões do Kashmir e aos problemas envolvendo o Paquistão Oriental e Bangladesh.
     A próxima grande primeira-ministra do país foi a filha de Nehru, Indira Gandhi, eleita em 1966. Ela ainda é bastante querida, mas é lembrada por alguns por ter desrespeitado as bases democráticas do país ao declarar um estado de emergência, em 1975. A senhora Gandhi foi assassinada por seus guarda-costas sikhs em 1984 como represália à sua decisão de usar o exército indiano para expulsar radicais sikh armados do Templo Dourado de Amritsar. O poder político da dinastia dos Gandhi continuou com seu filho, Rajiv, um piloto de avião sem nenhum interesse em política que foi levado ao poder.
    Rajiv trouxe novas políticas, mais pragmáticas, para o país. Investimento estrangeiro e o uso de tecnologia moderna foram encorajados, as restrições de importação foram abrandadas e muitas novas indústrias foram criadas. Estas medidas certamente projetaram a Índia nos anos 90 e tiraram o país do seu isolamento, mas fizeram pouco para estimular o gigantesco setor rural. Rajiv teve um destino parecido com o da mãe quando foi assassinado na campanha de Tamil Nadu por um partidário dos Tigres Tamil de Sri Lanka. A Índia teve três líderes desde Rajiv Gandhi, todos determinados a arrastar a índia, contra a sua vontade, para a economia mundial global.
     Os perigos do comunalismo na Índia foram exibidos claramente nas Ayodhya fracas em 1992, quando uma multidão hindu se juntou e destruiu uma mesquita que eles acreditavam ter sido o local de nascimento do Rama. O partido nacionalista Hindu Bharatiya Janata (BJP) tem explorado tais oportunidades. A corrupção no partido do Congresso impediu os adeptos de uma índia leiga e tolerante de oferecer uma boa alternativa política. O BJP foi retirado do poder por uma improvável coalizão de pequenos partidos conhecidos como Frente Unida (e apelidada de 13 perdedores), que tinha o apoio do Congresso. Em novembro de 1997, o Congresso retirou o apoio, o Lok Sabha foi dissolvido e eleições foram convocadas para fevereiro de 1998.
     As eleições foram vencidas por uma coalizão do BJP e Atal Bihari Vajpayee tornou-se primeiro-ministro pela segunda vez. Apesar dos perigos da política comunalista, a posição tradicionalista hindu do BJP atraiu votantes preocupados com os valores tradicionais em face das influências modernas globais. Se você vir Baywatch, dublado em hindi e transmitido via satélite, entenderá essa preocupação. Acreditava-se que as políticas mais extremas do BJP seriam abrandadas por largo espectro de coligações. A suposição mostrou-se falsa quando eles prometeram fazer da Índia uma força nuclear algumas semanas após as eleições. Apesar da desaprovação internacional, os testes nucleares foram exultados na Índia e levaram à aprovação do BJP.
     No início de 2001 um grande escândalo de corrupção abalou os alicerces do BJP, fazendo que perdesse a eleições estaduais em vários estados indianos. Mas mesmo assim continua com apoio de outros pequenos partidos com maioria no Congresso, e assim governando a Índia
Moeda Oficial
Rúpia Indiana (Rupees)
    Cerca de 45 rupees (em português rúpias) são equivalentes a 1 dólar americano. Apenas como exemplo, uma Coca-Cola de dois litros na Índia custa de 43 a 50 rupees.
     Você não pode trazer moeda da Índia para o país, nem levá-la com você ao sair. Não há mercado negro para a rúpia, mas você ouvirá muitas ofertas para trocar dinheiro. Nas cidades, é possível trocar a maioria das moedas estrangeiras e marcas de traveller checks - mas suas chances aumentarão se tiver dólares americanos, libras ou travellers Thomas Cook ou American Express.
     Para trocar dinheiro em banco você precisará da paciência de um santo e das habilidades de contador, especialmente nas cidades menores. O segredo é trocar bastante dinheiro em bancos grandes nas cidades maiores. Você deve receber um certificado quando troca dinheiro em banco ou casa de câmbio oficial. Alguns hotéis insistem para que você o mostre antes de aceitar pagamentos em rúpia.
     Cartões de crédito são aceitos nas cidades maiores, especialmente American Express, Diners Club, MasterCard e Visa. Eles são usados para conseguir dinheiro em rúpias. Para missionários a melhor maneira é abrir uma conta no Banco do Brasil e pedir o cartão Visa-Eletron, pois com ele você pode sacar o dinheiro da conta no Brasil em qualquer lugar do mundo num caixa eletrônico que aceite o Visa-Eletron; um cartão de crédito internacional com débito automático na sua conta também seria útil para emergências que possam acontecer.
     O dinheiro na Índia circula muito e as notas menores ficam muito gastas - algumas deveriam ser proibidas pela inspeção sanitária. Você poderá descobrir isso quando tentar pagar algo com uma nota rasgada ou muito suja e ela for recusada. Você pode trocá-la ou usá-la como gorjeta. Não receba estas notas imundas - devolva-as e receberá do comerciante notas em melhor estado.
     Gorjetas são desconhecidas na Índia, exceto nos locais luxuosos das grandes cidades. Baksheesh, por outro lado, é um termo que compreende gorjetas e algo mais. Você dá dinheiro não pelo bom serviço, mas para que as coisas andem mais rápido. Criteriosos baksheesh abrirão portas, entenderão qualquer língua e farão outros pequenos milagres. Em restaurantes turísticos e hotéis, um serviço de 10% a 20% é adicionado às contas. Nos lugares menores, onde gorjetas são opcionais, algumas rúpias bastam - não precisa ser um percentual do seu gasto
Primeiras Impressões
     Freqüentemente as imagens confrontadas na primeira vez que alguém chega a Índia produz um senso de choque, confusão e um sentimento de que a cultura e sociedade indiana são completamente diferentes do resto do mundo. Uma combinação de diferentes coisas como: um turbilhão de pessoas nas cidades, o aparente caos no trânsito, o som de diferentes línguas, o barulho ensurdecedor das buzinas somados a enxurrada de diferentes cheiros, principalmente da comida indiana com suas especiarias, os inúmeros templos hinduístas e deuses espalhados por toda parte, podem deixar qualquer marinheiro de primeira viajem confuso e desorientado.
     A vista de alguns mendigos desfigurados, alguns faltando pedaços do corpo devido a lepra; o sentimento de estar sempre sendo vigiado pelos indianos, que na verdade é pura e simples curiosidade; uma simples conversa com um indiano que você nunca viu antes, pode parecer a primeira vista um interrogatório, com perguntas como: Você é de onde? O que você está fazendo na Índia? Qual o seu trabalho? e muitas outras perguntas que dentro de nossa cultura seria indelicado fazer na primeira conversa, mas que para os indianos é a coisa mais natural do mundo. Toda essa situação na primeira vista da Índia pode produzir um sentimento de confusão e frustração. Mas logo você se acostumará com tudo isto.
Algumas das Primeiras Impressões:
 
    Na chegada à Índia a primeira impressão nas grandes cidades pode deixar você surpreendido e atônito. Você precisa estar preparado para:
 Poluição - Todas as grandes cidades sofrem com a má qualidade do ar, decorrente da poluição, particularmente no inverno.
 Barulho - Muitas pessoas com certeza acharão a Índia extremamente barulhenta. Rádios, TVs e alto-falantes ressoam na maior altura em muitos lugares durante todo o dia, como em muitos comércios, táxis, ônibus, além é claro, do barulho ensurdecedor das buzinas no trânsito.
 Cheiro - A Índia tem uma grande variedade de cheiros, fruto da mistura de muitas coisas como: incensos, especiarias na comida, poluição, e outros. E geralmente esta mistura de cheiros deixa o estômago enjoado várias dias, até semanas, até que possa se acostumar.
 Mendigos - O número de mendigos, alguns dos quais podem ser deficientes, pode ser muito doloroso. Uma moeda para uma criança ou para um pobre mulher na rua fará você o foco de muitos outros mendigos que o cercarão para também receber algo, e uma coisa, eles são por demais persistentes. Algumas outras pessoas se oferecem para fazer inúmeras coisas para você, como engraxar seu sapato, carregar malas, ou mesmo pousar para foto, e na grande maioria das vezes, eles fazem isto esperando receber algo em troca, mesmo que seja algumas simples moedas.
 Pressão - EMOCIONAL - Quando você sai do aeroporto, você já encontra inúmeras pessoas querendo lhe vender muitas coisas, outras lhe pedindo dinheiro. PSICOLÓGICA - Motoristas de táxi e rickshaw estão sempre lá quando vocês não os quer. Eles, como muitos indianos, não tem senso de privacidade pessoal, e gostam de saber muitas coisas de você, que ultrapassa aquilo que você deixaria ser sondado. ESPIRITUAL - Em todos lugares, desde comércio até templos, você encontrará imagens de vários deuses. Em quase todos os táxis, rickshaws, ônibus e até nos comércios você encontrará um ou mais, sempre com o cheiro de incenso oferecido para estes deuses. Daí dá para perceber que a pressão (não opressão) espiritual é muito grande.
 Higiene Pública, ou melhor a falta disto - É comum, tanto nas cidades como em todo o país, ver pessoas defecando e urinando na rua a céu aberto.
Povos
     A grande diversidade racial, étnica, religiosa e lingüística torna difícil uma subdivisão simples da população. Uma pesquisa de 1991 identificou 4.635 comunidades ou grupos de povos.
     A origem exata da maior parte do povo indiano é impossível de ser determinada por conta da grande variedade de raças e culturas que invadiram e foram assimiladas no subcontinente.
     Aproximadamente 7% do total da população pertence a mais de 300 tribos catalogadas.
     A maior parte dos povos indianos não tribais tem características caucásicas e mostram uma considerável variação na cor da pele. Entre as tribos das montanhas setentrionais há características mongóis, como no caso dos nagas; e entre os grupos tribais como os santal de Bengala ocidental há características australóides.
Étnico-lingüistico
Indo-arianos 75,3%. No norte e no centro da Índia. Hindi 200.600.000; marathi 81.650.000; bengali 69.760.000; urdu 44.542.000; bhojpuri-bihari 43.300.000; gujarati 40.372.000; orlya 31.000.000; panjabi 24.330.000; sindhi 18.760.000; rajasthani/mawari 17.000.000; assamese 13.947.000; nepali 6.480.000; kashmiri 3.817.000; lambadi/ciganos 3.624.000; konkani 2.371.000; bagri 1.644.000.
Dravidianos 22,5%. Maioria no sul da Índia. Grupos maiores: telugu 69.623.000; tamil 58.547.000; malayalam 34.166.000; kannada 33.600.000; oraon 1.932.000.
Austro-asiático 1,13%. Espalhados por toda a Índia como grupos tribais. Mais de 80 povos. Grupos maiores (incluindo todas as línguas relacionadas); bhil 10.660.000; gond 8.349.000; santal 5.753.000; kui 2.856.000; munda 1.200.000; ho 1.168.000; khasi 726.000.
Sino-tibetanos 0,97%. Predominantemente no nordeste da Índia. Mais de 150 grupos; os maiores: tibetanos (16) 1.950.000; manipuri 1.216.000; naga (28) 940.000; tripuri (8) 814.000; garo 641.000; mizo 446.000; kuki-chin (17) 338.000
Outros 0,1%. Britanicos, chineses, árabes, russos, armenios, judeus.
Línguas
     A Índia é uma verdadeira torre de Babel. Não há uma língua indiana que unifique todo o país, e em parte por isso o inglês é ainda muito falado, mais de meio século depois que a Inglaterra saiu da Índia. A língua é um assunto altamente politizado, pois muitas fronteiras foram definidas segundo zonas lingüísticas. Grandes esforços foram feitos para fazer do hindi uma língua nacional e gradualmente substituir o inglês. Um impeditivo a este plano é que, enquanto o hindi é predominante ao norte, é menos presente em relação às línguas dravidianas do sul. Lá, poucas pessoas falam hindi. A classe alta indiana se agarra ao inglês como a língua da elite, exibindo-a como símbolo de status e passaporte para os negócios internacionais.
Línguas oficiais: hindi (língua oficial), inglês (língua legislativa e judicial), 18 outras línguas oficiais regionais (usualmente dos estados). Todas as línguas 1.652 (24 das quais são faladas por mais de um milhão de pessoas), compreendidas em 14 grandes grupos.
Veja abaixo a algumas das muitas línguas faladas na Índia:
Línguas (Sub-linguas) e População:
Hindi (49) é falado por 407.9 milhões de pessoas cerca de 40% da população, mas é entendido por cerca de 75%; Bengali (5) 84.2 milhões; Telugu (3) 79.8 milhões; Marathi (2) 75.5 milhões; Tamil (4) 64.1 milhões; Urdu (2) 52.5 milhões; Gujarati (4) 49.2 milhões; Kannada (3) 39.6 milhões; Malayalam (3) 36.4 milhões; Oriya (6) 33.9 milhões; Panjabi (5) 28.1 milhões; Assamese (2) 15.9 milhões; Sindhi (3) 2.5 milhões; Nepali (2) 2.5 milhões; Konkani (3) 2.1 milhões; Manipuri (2) 1.5 milhões; Kashmiri (3) 68.000; Sanskrit (2) 59.000.
Línguas com as Escrituras 53 Bíblia, 42 N.T., 40 porções e 68 com trabalho de tradução em andamento.
Sistema de Castas
    Um sistema que perpetua a superioridade racial dos brâmanes e outras castas mais altas sobre a maioria. Fundamental para o hinduísmo, influência toda a estrutura social e religiosa da Índia. A descriminação de casta é proibida pela constituição, mas é socialmente importante para mais de 80% da população. Existe uma estimativa de 6.400 castas. Cada uma funciona na realidade como um grupo separado por causa das altas barreiras sociais que as separam.
* Castas alta 15,4%. Brâmanes; a casta sacerdotal.
* Castas atrasadas 56,6%.
* Castas regulares ou Dalits 18,1%. (Também conhecidos como os fora das castas, intocáveis, harijan). Geralmente destituídos, subjugados e explorados.
* Tribais ou Advasi 9,5%. Tribos suplementares que algumas vezes não são considerados parte da estrutura de castas, mas geralmente são influenciados pelo pensamento de casta.
* Outros 0,4%. Que não são considerados parte do sistema de castas. Sirios (cristãos) e refugiados Afegãos, iranianos e outros.
 O sistema de castas subjuga as castas mais baixas, principalmente as mulheres. É comum você ver mulheres (como esta da foto) e até crianças trabalhando pesado na construção civil.
 
     Embora a palavra "casta" tenha sido introduzida pelos portugueses por volta do século XV d.C., a principal característica do sistema surgiu no final do período védico. Dois termos - "varna" e "jati" - são antigos termos usados na Índia para definir o sistema de castas, sendo gradativamente substituída por alguns pelo termo casta.
Varna
     Literalmente quer dizer "cor". Por volta de 600 a.C., este tinha-se tornado um padrão de classificação da população. A pele clara dos arianos os distinguia dos primeiros habitantes da Índia, que tinham a pele escura. O "varna" é uma divisão social hindu, que divide em quatro categorias a sociedade:
* Brâmanes (brahmins) eram visto como vindos da boca de Brahma;
* Kshatriyas (ou Rajputs como eles são geralmente chamados no noroeste da Índia) como guerreiros, vindo dos braços de Brahma;
* Vaishyas, uma comunidade de comerciantes, vindo das coxas de Brahma;
* Sudras, classificados como agricultores, vindo dos pés de Brahma.
Relegados para fora da civilizada sociedade hindu estavam os intocáveis ou pária (fora da casta), que recebiam apenas os serviços que eram considerados impuros ou imundos, geralmente associados com os mortos (homens ou animais) ou com excrementos.
Jati
     Muitos brâmanes e Rajputs estão cônscios de seu status dentro do "varna", mas muitos indianos não querem se colocar dentro de uma das quatro categorias do "varna", mas dentro de um grupo "jati".
     Existem milhares de diferentes grupos jatis em toda Índia. Nenhum destes grupos se considera como igual em status à qualquer outro grupo, mas todos são partes de uma hierarquia local ou regional. Estes não são organizados em qualquer sentido institucional, e tradicionalmente não havia um registro formal do status da casta.  Enquanto indivíduos acham impossível mudar de casta ou subir na escala social, grupos algumas vezes tentariam ganhar reconhecimento como mais alta casta pelo adoção de práticas dos Brâmanes (Brahmins) tais como tornar-se vegetariano. Muitos costumavam ser identificados com atividades particulares e ocupações costumavam ser hereditárias. O membro de uma casta é definido simplesmente pelo nascimento. Todavia pode se ser evitado por sua casta, geralmente por desobediência as regras das castas, tal como casamento desfeito. Como não se pode fazer parte de outra casta,  tecnicamente esta pessoa se torna um sem casta ou pária. E em muitos lugares, principalmente no interior, isto pode significar que esta pessoa não poderá continuar a trabalhar e a conviver entre eles
Situação Religiosa
Hinduísmo
     Em nenhum outro país, a política e a fé se apresentam tão misturadas quanto na Índia. Berço de algumas das maiores religiões do mundo, como hinduísmo e budismo. O hinduísmo é a religião majoritária da Índia e representa 79,83% da população. Em termos do número de adeptos, é a maior religião da Ásia e uma das mais antigas crenças existentes. O hinduísmo popular é extremamente idolatra com um panteão de 33 milhões de deuses e 250 milhões de vacas sagradas. O hinduísmo tem muitos livros sagrados e prega que todos passam por uma série de nascimentos ou reencarnações, que eles chamam de "samsâra" (transmigração da alma) e que segundo eles conduzem à "salvação espiritual". A cada nascimento, você pode se aproximar ou se distanciar da iluminação, dependendo do seu karma.
     A religião hindu tem três práticas básicas: são puja ou adoração, a cremação dos mortos e as regras do sistema de castas. O hinduísmo não é uma religião proselitista já que não se é convertido: nasce-se ou não hindu.
Muçulmanos
     Os muçulmanos são cerca de 12,50% da população (eles dizem ser 14%). Há mais de 126 milhões de muçulmanos na Índia, o que faz do país o segundo maior país muçulmanos do mundo, atrás somente da Indonésia. O islamismo é a religião dominante nos países vizinhos ao Paquistão e Bangladesh, e há uma maioria muçulmana em Jammu e Kashmir. A influência muçulmana na Índia é particularmente marcante no campo da arquitetura, das artes e da culinária.
Sikhs
 
     Os Sikhs 1,92% (mistura de islamismo e hinduísmo). Há 19 milhões de sikhs no país e eles ficam predominantemente no Punjab. A religião foi criada para reunir o melhor do hinduísmo e do islamismo. Suas bases são similares, mas os sikhs são contra as distinções das castas. O santuário sagrado da religião sikh é o seu Templo Dourado, em Amritsar.
Budistas
     São 0,8%. O budismo foi fundado no norte da Índia em aproximadamente 500 a.C. e espalhou-se rapidamente quando o imperador Ashoka o abraçou, mas foi gradualmente reabsorvido pelo hinduísmo. Hoje os hindus têm no Buda uma outra encarnação do deus hindu Vishnu. Há agora apenas 8,1 milhões de budistas na Índia, e importantes locais budistas no norte, como Bodhgaya, Sarnath (perto de Varanasi) e Kushinagar (perto de Gorakhpur) são conhecidos locais de peregrinação.
Jains
 
     São 0,35%. A religião jainista começou como uma tentativa de reformar o hinduísmo bramânico. Foi criada simultaneamente ao budismo, e por muitas das mesmas razões. Os jainistas são agora apenas 3,5 milhões aproximadamente e estão predominantemente no oeste e sudoeste da Índia. A religião nunca encontrou adeptos fora da Índia. Os jainistas acreditam que o universo é infinito e não foi criado por uma divindade. Eles crêem também em reencarnação e salvação espiritual, se for seguido o caminho dos profetas jainistas.
Parsis
     São 0,02% na Índia e em rápido declínio. Os primeiros zoroastrianos chegaram na costa oeste da Índia em 936 d.C., forçados a sair de sua terra natal no Irã pela perseguição da invasão árabe islâmica. Até 1477 d.C. eles perderam todos contatos com o Irã e nos últimos 300 anos eles tem mantido contato com zoroastrianos persas através de continua troca de cartas.
     Embora eles sejam uma pequena minoria, aproximadamente 150.000, regularmente nas cidades eles estão concentrados. Eles tem tido uma proeminente influência econômica e social, especialmente no oeste da Índia. Uma das maiores e mais tradicionais indústrias da Índia "Tatas" pertencem aos parsis.
Outras religiões minoritárias
     Etnias Tradicionais 1,40%; Baha'i 0,23%, e não religiosos/outros 0,55%.
Cristãos
     São 2,40%, incluindo protestantes, católicos, ortodoxos e outros. Os protestantes são cerca de 1,60% da população. Há aproximadamente 25 milhões de cristãos, com templos nas maiores cidades da Índia. A grande maioria dos protestante pertencem a Igreja do Sul da Índia. A Igreja Católica Romana tem quase 29,2% do número de cristãos na Índia. Muitas igrejas protestantes tem sua origem no moderno movimento missionário, que começou no século XVIII ou na presença de nações européias que governaram a Índia, ou parte dela nos séculos passados. Porém o Cristianismo chegou na Índia muito provavelmente no I século após o nascimento de Cristo. Existem evidências que um dos apóstolos de Jesus, Tomé, chegou a atingir a Índia em 52 d.C., apenas vinte anos após Cristo ter sido crucificado. Ele estabeleceu-se em Malabar e então expandiu seu trabalho missionário para China. É largamente crido que Tomé foi martirizado em Tamil Nadu (Sul da Índia) no seu retorno para a Índia em 72 d.C., e foi enterrado em Mylapore, nos subúrbios da moderna Madras (Chenai). Hoje ainda existe a Igreja de Tomé no Estado de Kerala.
     As missões protestantes tiveram uma profunda influência na cultura e desenvolvimento do Cristianismo na Índia. Em 9 de novembro de 1793, o missionário batista William Carey atingiu o rio Hugli (West Bengal). Embora, ele tenha ido a Índia para pregar, ele deixou também uma profunda influência na área da educação e da medicina.
     Missionários protestantes (estrangeiros) para Índia aproximadamente 1.000 (1 missionário estrangeiro para 1.013.661 pessoas) em 184 missões.
     O governo indiano tem tomado algumas medidas para dificultar ainda mais a entrada de missionários. Muitos missionários tiveram problemas na hora de renovar seus vistos, outros que foram descobertos, entraram para a lista negra do Governo não sendo permitido entrarem na Índia novamente, nem mesmo que fosse por poucos dias. Nesta lista negra do Governo estão algumas pastores famosos, não lhes sendo autorizado entrar mais na Índia.                          
  Dados extraídos da página da Internet 
www.orepelaindia.com.

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