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Porções

Evangelísticas

Jair Souza Leal

Índice

  Apresentação...................................................................................................... 03

  Prefácio............................................................................................................... 04

  Capítulo 01.  Quem é Jesus Cristo? ................................................................... 05

  Capítulo 02.  O Preço de um resgate ................................................................. 08

  Capítulo 03.  Porque todos pecaram! ................................................................. 10

  Capítulo 04.  Há Alguém pronto para a salvação? ............................................. 12

  Capítulo 05.  Os Malfeitores na cruz - Um retrato da humanidade ..................... 15

  Capítulo 06.  Eu quero o bom! Deus tem o melhor.............................................. 19

  Capítulo 07.  Olhando para Jesus........................................................................ 23

  Capítulo 08.  Como o Deus justo pode perdoar o homem pecador...................... 26

Apresentação

            Este, é mais um dos preciosos livros da Série Compartilhando Fé.  Temos como alvo, sempre escrever livros de alto nível, para alcançar o maior número de pessoas (no Brasil e no mundo), tanto por seu baixo preço, como pelo seu linguajar acessível, e que não tenha o conteúdo comprometido por combinar, simplicidade à profundidade.

            Temos, e continuaremos nos esforçando, no sentido de produzir literatura saudável, equilibrada, emocionante, atrativa, livre de preconceitos, de conteúdo essencialmente bíblico e em constante diálogo com o nosso tempo.

            Buscamos saciar aqueles que têm sede de Deus. Buscamos despertar nas pessoas um novo anseio e um crescente desejo de conhecer, viver e confiar cada vez mais na Palavra de Deus. Buscamos ser um canal de bênçãos.

            Esperamos pois, que através deste livro, tenhamos alcançado o alvo proposto, e que você leitor, usufrua de momentos especiais da graça abundante do nosso Deus.

 

 

 

Ministério Compartilhando Fé

Belo Horizonte

Novembro de 2002

Introdução

 

 

 

            É verdade que a fé vem pelo ouvir, o ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10:17). E, em sendo assim, não há uma única porção nas Escrituras Sagradas que não seja suficiente para gerar a fé salvadora. É possível então, pregar genealogia e a fé ser gerada, levando à conversão de pecadores.

            Entretanto, não podemos nos furtar ao fato de que, há porções especiais, bem como há maneiras de aplicação da Palavra, específicas, claras, e que falam mais diretamente ao homem pecador, desafiando-o ao arrependimento e à fé em Jesus, assim como há porções específicas na Bíblia, que nos ensinam sobre a Pessoa de Jesus, apesar de toda a Bíblia o ter como centro.

            O bom pregador, jamais será incauto o suficiente, para trazer mensagens que falem apenas a uma parte dos seus ouvintes, fazendo com que a outra parte vá embora sem ter sido edificada e alcançada.

            Se entre seus ouvintes, há um grupo de pessoas salvas e um grupo de pessoas perdidas; sua palavra deverá ser pregada de tal maneira que edifique os salvos e desafie os perdidos ao arrependimento, à fé em Jesus e à salvação.

            Um dos objetivos desta porção de mensagens bíblicas que lhe chega às mãos, é ajudá-lo nesta nobre tarefa de trazer palavras que edificam e evangelizam ao mesmo tempo. Que falam tão fortemente ao perdido sem esquecer a edificação do salvo.

            É portanto, indispensável aos pregadores do Evangelho, a pastores, professores e líderes em geral, que de alguma forma, não somente querem ser edificados, mas, também, edificar pessoas e, acima de tudo, levar o precioso Evangelho de Jesus aos perdidos, trazendo salvação e libertação.

            Como nos orienta o apóstolo Paulo, “prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino.”  (2 Timóteo 4:2).  A minha oração é que este livro alcance estes objetivos e seja bênção nas mãos dos que o lerem e dos que ouvirem as suas palavras, para a glória do nosso eterno Pai.

 

  

            Jair Souza Leal

Belo Horizonte

Novembro/2002

Capítulo 01

Quem é Jesus Cristo?

 

“João, às sete igrejas que estão na Asia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono; E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Aquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém. Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso... E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pós sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.”  (Apocalipse 1.4-8,17-18)

 

Esta é uma pergunta que atravessado séculos, e tem recebido as mais variadas respostas. Há os que dizem ser Jesus, um espírito evoluído, um hippie, um grande homem, um dos profetas, um revolucionário, um homem bom, um mártir, um incompreendido, um budista, um cara fantástico, o cara lá de cima, entre outros adjetivos.

Certa vez, o próprio Jesus quis saber dos seus discípulos, o que o povo dizia a seu respeito. Ele fez a pergunta, “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” (Mateus 16:13-17), e já naquela época, as pessoas estavam equivocadas a seu respeito, alguns diziam ser Ele, João Batista, Elias, Jeremias ou algum dos profetas.

Ele também perguntou a seus discípulos, “E vós, quem dizeis que eu sou?” É fácil responder pelos outros, mas teriam eles mesmos uma noção correta a respeito de Jesus? Nós precisamos ter a nossa própria resposta. Os discípulos sabiam quem era Jesus, e Ele os elogia, mas disse que, somente pelo Espírito Santo é possível ter o conceito correto e o conhecimento verdadeiro a respeito da sua pessoa.

E para você, quem é Jesus? O que Ele representa para sua vida? Que tipo de intimidade você tem com Ele para que possa responder a esta questão? Saiba, todas as respostas acima, embora por vezes, bem intencionadas, e por melhor e mais romanticamente que falem dele, são insuficientes, equivocadas, e não representam toda a verdade acerca de Jesus.

            Portanto, se queremos realmente conhecer alguém, ninguém melhor que a própria pessoa para se apresentar. E este conhecimento é importante, se queremos ter um relacionamento correto com Ele, relacionamento que vá além da mera admiração.

Vamos ouvir o que o próprio Senhor responder acerca desta questão, e creio que, embora toda a Bíblia apresente um pouquinho a respeito da sua pessoa, Ele mesmo se declara em Apocalipse, onde encontramos uma das mais completas e detalhadas apresentações da sua pessoa. Ele diz ser,

 

1. A fiel testemunha

 

Ou seja, o que é digno de confiança (Hebreus 2:10), sendo assim, devemos aceitar sua orientação e doutrina. Sendo a fiel testemunha, Ele transmitiu ao mundo exatamente o que o Pai lhe confiou, revelando “as coisas que deverão acontecer”, revelando a vontade de Deus aos homens, seja por sua vida, palavras ou obras.

Tudo quanto ouviu do Pai, tornou conhecido aos seus, ensinou o caminho de Deus, anunciou a salvação, advertiu sobre a condenação. Viveu o que ensinou e não negou seu Pai ainda que diante da morte, e ainda hoje, continua testemunhando fielmente (Apocalipse 22.16), e dará testemunho até o dia final.

 

2. O primogênito dos mortos

 

Ele foi o primeiro homem a ressuscitar e nunca mais morrer (Colossenses 1:18), isto por meio do Espirito Santo, esta verdade também significa, que haverá outros a ressuscitar (1Coríntios 15:20).

Ele é a promessa e a certeza de  uma imensa colheita, sendo as primícias, e o que venceu a morte. É também a garantia de que a morte não poderá nos separar de sua companhia eterna.

Imagine o conforto que esta verdade causou à Igreja cristã, quando esta sofria perseguição, e onde muitos estavam sendo mortos? (Apocalipse 2:10) Veja como o conhecimento correto da pessoa de Jesus, trás segurança e conforto.

 

3. É o soberano dos reis da terra

 

Os cristãos, a quem o Apocalipse foi dirigido originalmente, estavam sendo perseguidos especialmente por não participarem do “culto ao imperador”, que era obrigatório aos súditos romanos. Entretanto, eles podiam morrer por sua fé, pois só adorariam o verdadeiro Senhor, que está acima de todos (Filipenses 2:9-11).

Diante dele, todos joelhos se dobrarão e toda língua confessará que Ele é Senhor (Efésios 1:10). Todos se submeterão a Ele (Salmo 29:27; Isaias 52:15. 1Timóteo 6:15; Apocalipse 6:15; 17:4; 19:16).

 

4. O que nos ama e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados

 

Este é um verdadeiro da missão de Cristo, sua obra e pessoa (2Coríntios 5:14; João 3:16; 1João 2:10). Seu amor é absoluto e pleno, o sangue derramado, foi a maior prova do amor (Romanos 3:25; Colossenses 1:14).

Por sua morte, Ele venceu o pecado e reconciliou o homem com Deus, trazendo perdão, purificação e transformação. Éramos  escravos do pecado, estávamos afastados de Deus, dominados  pelos  desejos da carne, do mundo e do diabo, sendo enganados e destruídos, e Ele nos libertou (Romanos 6:18). Na cruz, Ele interveio favoravelmente a nós (Mateus 20:28; 1Timóteo 2:6; 1Pedro 1:18; Hebreus 9:12).

 

6. É o alfa e o ômega, o primeiro e o último, o Todo poderoso

           

Que declaração extraordinária e tremenda da pessoa de Jesus. Ele é o A e o Z, possui toda sabedoria, todo conhecimento, declarou a primeira palavra e dará a última, pois é soberano e todo poderoso. Tudo que disse se cumprirá, tudo quanto planejou fará.

 

5. É o que é, que era e que há de vir

           

Ele é eterno, criou o universo e também a mim e a você. Veio a este mundo, realizou sua obra, hoje oferece salvação a todos e está a direita de Deus, intercedendo por nós, mas um dia voltará, trazendo julgamento e salvação.

Diante desta apresentação, é urgente a posição que devemos tomar a seu respeito. Infelizmente, Ele está à porta de muitas igrejas e bate, querendo entrar, pois de lá foi expulso e que certamente pensam que não precisam mais dele (Apocalipse 3:20).

Em muitas igrejas, Ele já não mais encontra lugar, foi despejado (Apocalipse 3:17). Mas é paciente e insistente, e promete que se esta igreja, ouvir a sua voz, Ele virá para fazer do seu cotidiano.

Tudo isto também é verdade em relação ao indivíduo. Para muitos cristãos, Ele tem se tornado um visitante indesejável, incomodo. Está jogado, desprezado, esquecido, abandonado, sem liberdade. Mas Ele quer estar em seu coração, fazer parte de sua vida, compartilhar suas tristezas e alegrias, fracasso e vitórias. Ele  quer ser seu Senhor, amigo, salvador. Quer te fazer uma nova criatura, dar-te uma nova natureza, uma nova família, novas  perspectivas. Quer te perdoar, dar a vida eterna, ser seu Senhor.

Este é o verdadeiro Jesus, o filho do Deus vivo, que só pode ser corretamente identificado, conhecido e entendido, por aqueles que têm uma experiência pessoal e intima com Ele, pois, só assim se pode conhecer sua obra, amor, fidelidade, justiça, santidade e misericórdia.

E você, conhece a Jesus? Deseja conhece-lo? Ele quer que você o conheça pessoalmente, não por informações de terceiros. Ele quer se revelar a você, esta é a sua oportunidade. Gostaria de se entregar a Ele agora? Ele é Jesus, conheça-o você mesmo.

 

Capítulo 02

O Preço de um Resgate

 

“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.”   (1 Pedro 1:18-19)

 

 

            Quando alguém adquire um imóvel, certamente o valoriza de forma adequada, pois sabe o sacrifício que fez para o comprar, sabe toda a dificuldade envolvida e o alto preço que pagou.

            Quando adquirimos algum bem, que tem um preço elevado, e que exige muito esforço, sacrifício e trabalho, sabemos dar o devido valor, pois conhecemos na pele quanto custou.

            Quando somos atacados por alguma enfermidade, ou quando a enfermidade alcança um de nossos entes queridos, nós realizamos todo tipo de sacrifícios em busca da cura, porque sabemos e reconhecemos o alto preço que tem a vida, e que esta, nenhum dinheiro pode comprar.

            Ao acompanharmos um caso de seqüestro, sabemos que sempre se pede uma alta quantia pelo resgate, e a família realiza todo esforço possível para conseguir o valor que é solicitado, e não ousam pechinchar nem questionar, pois têm senso de valor, e sabem que a vida, é muito mais importante que quaisquer bens ou dinheiro que se possa possuir.

            Entretanto, muitas pessoas se esquecem que temos uma alma eterna, uma existência eterna, e que, a nossa decisão nesta vida, definirá este destino eterno da alma.

Porém, a verdade sobre este valor eterno que todos possuímos, deveria nos levar a certeza de que é um bem ainda mais precioso do que aquilo que venhamos a ter nesta curta vida terrena, deveria nos levar a esforços ainda maiores do que aqueles que envidamos, para adquirir bens, poder ou dinheiro nesta vida perene.

E muitas pessoas não dão a devida atenção, parecendo não se importar, que seu destino eterno está em jogo, está em perigo, não se importam de que elas poderão ser condenadas por Deus à morte eterna, a eterna separação dEle, ao sofrimento eterno. Isto não parece incomodar.

            Como dissemos, as pessoas estão dispostas a fazer quase qualquer esforço pela sua saúde, pela vida da sua família, pela aquisição de bens e coisas materiais, mas pouco ou nenhum esforço e atenção é dada em prol de sua alma eterna.

Uma coisa é certa, e a Bíblia afirma; somos todos pecadores (Romanos 3:23), estamos todos debaixo de condenação (Romanos 5:12; João 5:28-29), e não temos como mudar este quadro, o preço é alto demais para o homem (Hebreus 9:22). Então, como você pecador pode chegar diante de Deus? Como ser salvo e preservar da condenação a sua alma eterna?

            Imagine você um milionário, que encontrando um mendigo, desse a ele todo seu dinheiro (João 3:16). Foi algo parecido que Deus fez por nós. O que Deus fez por nós, não foi sem nenhum custo (1Coríntios 6:20; 7:23; Efésios 1:7).

Jesus o filho de Deus, foi dado em resgate por nós. Você imagina o que custou para Deus a sua salvação? O preço do seu resgate? Ver seu Filho em sofrimento, angustia e morte (Romanos 8:32; Isaías 53).

Você imagina o que custou para Jesus a sua salvação? O preço do seu resgate? Sendo Deus, ele deixou seus privilégios, destituiu-se de sua honra, de sua reputação, viveu num mundo pecador, foi esbofeteado, cuspido, suou em agonia e por fim enfrentou a cruz, a dor, o sofrimento, a morte. Suportou em seu corpo santo o peso dos nossos pecados e a ira de seu Pai contra o pecado.

            Ele assumiu o nosso lugar, Ele se fez transgressão por nós, Ele morreu por nós, ele suportou por nós, a ira e o castigo pelo pecado que nos era destinado. Este foi o alto preço, o preço pelo seu resgate; o próprio sangue de Jesus Cristo, a sua própria vida.

Nós fomos comprados por bom preço da nossa vã maneira de viver, e o preço foi o sangue de Jesus (Atos 20:28; 1Pedro 1:18-19). E hoje Ele te oferece gratuitamente os méritos da obra que realizou para sua salvação, ele te oferece gratuitamente a vida eterna.

Não há outro meio. Este é o único e incalculável preço, aceito por Deus, para o seu resgate, e que já foi pago. Gratuitamente você pode pela fé herdar a salvação, a adoção na família de Deus, ter comunhão com Ele e a herança da vida eterna.

Existe bem maior ou mais precioso que este? Você está disposto a Ele se entregar e nEle confiar para sua salvação? Você acha importante a sua alma e o destino que terá na eternidade?

Então, veja o preço que custou o seu resgate, aproprie-se dele, e agradeça desde já por esta tão preciosa graça do nosso Deus e salvador Jesus Cristo, que nos amou e deu a sua vida por nós.

Entregue sua vida a ele, que é a maior proteção e a segurança contra infortúnios e prejuízos eternos que qualquer seguro ou banco humano poderia oferecer. Ele nunca fale, nunca falha. Ele é o próprio preço e a garantia. Aproprie-se pela fé da salvação e saiba valoriza-la como o mais precioso bem que possuis. 

           

Capítulo 03

Porque todos pecaram!

 

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.”  (Romanos 3:23)

 

 

            O meu desejo profundo, é que através desta mensagem, você possa vir a ter uma profunda convicção de que é pecador, que será condenado por Deus, e que é merecedor do castigo eterno, herdeiro do inferno juntamente com satanás e seus anjos (Mateus 25:41), e que experimentará, o cálice da ira de Deus que será derramado contra todo o pecado e a iniqüidade dos homens (Romanos 1:18).

Que você possa vir a ter plena consciência, de que, antes de Deus nos elevar às alturas, Ele nos lança ao pó; mas, Ele não nos deixa no pó; Ele nos eleva às alturas; e esta é a gloriosa mensagem do evangelho de Deus, que tornar o lixo em luxo, o imundo em puro.

O Evangelho denuncia algo que o homem naturalmente não gosta. Ele mostra a nossa real situação espiritual diante de Deus, mas não para aí, ele vai além, e mostra também o remédio, aponta a solução. Sempre nesta ordem, mas nunca um sem o outro. Ele nos fala da urgente e desesperadora necessidade que temos, de buscar esta única solução, para o maior problema humano, que é o pecado.

Isto é evangelho, ele vem a nós pecadores, como boas novas, aliás, se o evangelho não chegar a você como boas novas, boas noticias, ou é, porque, você não compreendeu toda verdade a respeito de si mesmo, ou não compreendeu a verdade a respeito do evangelho.

O objetivo de satanás, o arquiinimigo de Deus, é fazer com que, as pessoas, continuem separadas de Deus, através do pecado, e ele faz tudo que pode para mantê-las assim, deste modo, não irá sozinho ao lugar que herdou na eternidade, o inferno. Ele não quer ir só, então, gera no homem, indiferença, ignorância ou zombaria, por esta doutrina do pecado e pelo evangelho de Deus, pois assim mantém o homem separado de Deus (Isaías 59.2).

Este, afirmo, é o objetivo da mensagem cristã, o cerne do seu conteúdo, mostrar que, em Jesus, e somente nEle, há esperança, há perdão, há salvação, há certeza da vida eterna.

Somos pecadores sim, e precisamos reconhecer isto com profundo arrependimento diante de Deus, mas, precisamos saber também, que Deus nos amou, e pode nos salvar pela fé.

E esta verdade precisa ser anunciada, pois, não sendo, permanece sobre o pregador e sobre a Igreja, a responsabilidade pelo destino eterno da alma perdida, mas, anunciando, torna o pecador responsável pelo seu próprio destino eterno.

Isto é tão sério, que queremos reafirmar estas verdades de modo diferente.

           

1. O fato inegável

 

Todos pecaram (Romanos 3.23). Todos temos uma natureza  pecaminosa, pensamentos pecaminosos, e cometemos atos pecaminosos.

Quem de nós, não pode ser acusado de alguma vez ter mentido, se irado, enganado alguém, se orgulhado, tido inveja, malícia, egoísmo, maus pensamentos, desejos indevidos, cobiça e incredulidade para com as verdades de Deus?

Todos pecamos, isto é fato inegável. E o pecado tem uma conseqüência, um preço.

 

2. A conseqüência 

 

A morte (Romanos 6:23), ou, a separação eterna de Deus e a condenação. Portanto, além de uma vida vazia, sem alegria e sem paz neste mundo, no vindouro, o castigo eterno. Isto é o salário, a recompensa do pecado.

Mas aqui entra o evangelho, as boas novas, de que há uma solução, Deus fez algo por nós, mesmo não merecendo.

 

3. A providência de Deus

 

Por nos amar, Ele enviou Jesus, para assumir a nossa culpa, tomar sobre si os nossos pecados, e dar a sua vida por nós, pagando o preço da culpa (Romanos 5.8).

Jesus morreu na cruz, pelo meu e pelo seu pecado. Ele ressuscitou, venceu a morte, consumou a obra, pagou o preço de sangue pelo nosso resgate. Você crê nisto?

Uma vez que você conhece a solução de Deus, precisa fazer uma escolha, para que esta obra realizada por Jesus, se torne real em sua vida.

 

4. A sua resposta

 

Você precisa dar uma resposta pra Deus (Romanos 10:9-10), precisa arrepender-se de seus pecados, colocar sua fé em Jesus como seu único e suficiente Salvador, entregar-se a Ele, confessá-Lo como seu Senhor, e recebê-lo no seu coração, pois, só assim, a obra consumada se torna aplicável a você.

É gratuita, e foi para todos, mas só é disponível ao que crê. A fé, é o instrumento para se apropriar desta graça.

 

Então, você quer se entregar a Jesus? Pedir-lhe que entre em seu coração agora mesmo e lhe dê a salvação?

Você está pronto a reconhecer que é pecador, a confessar os seus pecados, e a pedir Jesus que o perdoe e dê forças para deixar estes pecados?

            Você confia nesta solução de Deus? Confia que Jesus pode te salvar?

Então receba agora mesmo a salvação e a libertação, pois é promessa de Deus e Ele não falha, é evangelho do Senhor e Ele não mente. “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 6:23)

            Tomara que você não queira o outro destino. Lembre-se, a morte física sela o destino eterno, não há segunda chance. Então, ao ouvir o convite de Deus, não resista, creia em Jesus, entregue-se a Ele, e seja um herdeiro das promessas de Deus e da salvação.

Capítulo 04

Há alguém pronto para a Salvação?

 

 

            Quando desafiados por Jesus, para a salvação, muitos homens temem e se armam de desculpas, mesmo sabendo que são pecadores, e que só Jesus os pode salvar.

            Agem como um indigente cego, que por ter se acostumado a esta vida,  mesmo tendo a oportunidade de ser restabelecido à sociedade e de ser curado da cegueira, se acovarda, pois teme encarar a vida dura e perder as migalhas dos piedosos que o sustém na miséria.

            O que pode levar um homem a rejeitar a salvação e o senhorio de Jesus sobre a sua vida? O que se tem a perder? Será mais do que as realidades espirituais que lhe são oferecidas? Ser maltrapilho, indigente e cego espiritual, é melhor do que ser liberto da escravidão do pecado, conhecer e enxergar as realidades espirituais e se tornar filho do Rei do universo?

            É por isto que Jesus não negociava com a dureza do coração humano, Ele não aceitava indecisões nem desculpas. Em toda a Bíblia, encontramos palavras como estas:

 

“Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte.” (Apocalipse 21:8)

 

“E Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; mas se Baal, segui-o.”  (1 Reis 18:21)

 

“ E, aproximando-se um escriba, disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores. Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Jesus, porém, respondeu-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos” (Mateus 8:19-22)

 

“Jesus, porém, lhe disse: Certo homem dava uma grande ceia, e convidou a muitos. E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: vinde, porque tudo já está preparado. Mas todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e preciso ir vê-lo; rogo-te que me dês por escusado. Outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me dês por escusado. Ainda outro disse: Casei-me e portanto não posso ir. Voltou o servo e contou tudo isto a seu senhor: Então o dono da casa, indignado, disse a seu servo: Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. Depois disse o servo: Senhor, feito está como o ordenaste, e ainda há lugar. Respondeu o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e valados, e obriga-os a entrar, para que a minha casa se encha. Pois eu vos digo que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia. Ora, iam com ele grandes multidões; e, voltando-se, disse-lhes: Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:16-27)

 

            Talvez por isto, os grandes homens que foram salvos e usados por Deus, tenham sido os “maiores” e mais “pecadores” que a humanidade já conheceu, ou pelo menos, os que tiveram a coragem de reconhecer isto, afinal, eles não tinham nada a perder. Veja alguns exemplos:

 

1.      Jacó foi um enganador e trapaceiro. Se tornou Israel, o príncipe de Deus, o patriarca, pai das doze tribos da nação escolhida, Israel.

2.      Moisés o assassino. Tornou-se o libertador do povo de Deus da escravidão egípcia, e o guia destes rumo à terra prometida.

3.      Davi o adúltero e homicida. Se tornou o maior rei de Israel, e chamado um homem segundo o coração de Deus.

4.      A samaritana adúltera. Teve a oportunidade de conhecer a Jesus, ser restaurada e ainda levá-lo aos seus compatriotas.

5.      Paulo, o cruel perseguidor. Se tornou o apóstolo aos gentios, o maior escritor do Novo Testamento e o maior pregador do evangelho.

6.      Sem falar na ralé, como, os publicanos, as meretrizes, os corruptos, que tiveram proeminência no ministério de Jesus. "E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa de Levi, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido. E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento." (Marcos 2:15-17)

7.      Agostinho, o pervertido e imoral. Se tornou uma das maiores mentes do cristianismo, um verdadeiro pilar, o Santo Agostinho.

8.      Martinho Lutero, que não conseguia se libertar da lascívia, dos seus pensamentos imorais, mesmo na clausura de um convento. Se tornou o reformador pai do protestantismo, além de grande pregador do evangelho e teólogo reconhecido.

           

            Quem é mais grato à Deus? “Um dos fariseus convidou-o para comer com ele; e entrando em casa do fariseu, reclinou-se à mesa. E eis que uma mulher pecadora que havia na cidade, quando soube que ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com bálsamo; e estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas e os enxugava com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés e ungia-os com o bálsamo. Mas, ao ver isso, o fariseu que o convidara falava consigo, dizendo: Se este homem fosse profeta, saberia quem e de que qualidade é essa mulher que o toca, pois é uma pecadora. E respondendo Jesus, disse-lhe: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Respondeu ele: Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentos denários, e outro cinqüenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles, pois, o amará mais? Respondeu Simão: Suponho que é aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe Jesus: Julgaste bem. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta com suas lágrimas os regou e com seus cabelos os enxugou. Não me deste ósculo; ela, porém, desde que entrei, não tem cessado de beijar-me os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta com bálsamo ungiu-me os pés. Por isso te digo: Perdoados lhe são os pecados, que são muitos; porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.” (Lucas 7:36-47)

            O que você pecador, tem a temer, o que tem a perder? Qual a sua desculpa? Porque está indeciso? Cristo te chama hoje: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hebreus 3:15). Você está disposto a confessá-Lo agora como seu único e suficiente salvador?

            Ninguém está pronto para a salvação, por isto, todos são indesculpáveis, não é isto que Deus requer de nós. Ele não requer que estejamos prontos para depois nos salvar, Ele não requer que sejamos santos, ou que não mais pequemos, para depois nos salvar, não! Ele salva o pecador, e depois o torna santo.

            O que se requer é coragem para se reconher pecador, confessar os pecados e arrepender-se, confiando no perdão que Jesus oferece, pois, Ele já pagou o preço pelos nossos pecados. O que se requer é confiança na Sua pessoa e obra.

            A nossa incredulidade é que nos condenará ao sofrimento eterno, pois, quando cremos em Jesus, Ele perdoa todos os nossos pecados e nos dá a salvação. Quando deixamos de crer, acrescentamos a incredulidade, a todos os nossos pecados, e assim, seremos condenados.

            Portanto, a fé é o marco, o divisor de águas, que mostra a diferença entre os pecadores, dividindo-os em; pecadores condenados e pecadores salvos. A qual destes dois grupos você pertence?

 

Capítulo 05

Os Malfeitores na Cruz 

Um Retrato da Humanidade

 

“E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.”
(Lucas 23:39-43)

 

 

            Precisamos logo ressaltar que estamos diante de um dos fatos mais estupendos, marcantes e centrais da fé cristã, a crucificação.

            A Bíblia é um livro glorioso e divino, e este fato aqui registrado é uma das maiores provas de sua divina inspiração. Cada palavra registrada, cada acontecimento e até a ordem e o arranjo deles, são de extrema significação.

            Por isto, é tão importante ler este livro, dedicando atenção a cada parte e detalhe, pois tudo nos ensina mensagens importantes e lições preciosas, no que diz respeito a nossa salvação e ao nosso bom relacionamento com Deus. Nada, e nada mesmo, que na Bíblia está registrado, o foi por acaso ou em vão. Tudo tem significado, pois foi inspirado pelo Eterno Pai.

            Quanto à passagem que lemos acima, podemos observar que, basicamente, todas as grandes doutrinas da fé cristã, estão nela implícitas.

            Poderíamos fazer um bom sermão, apenas usando este texto como ilustração, para demonstrar as grandes doutrinas da Bíblia, e não queremos ir adiante sem citar algumas das que consideramos essenciais ao propósito desta mensagem. Portanto, vamos pensar um pouco nas;

 

1. Doutrinas implícitas no texto

           

            A primeira a ser ressaltada é que, a cruz, foi o método de Deus para a nossa reconciliação. Nela, vemos a absoluta santidade de Deus ao lado do seu amor e justiça, o total cumprimento da lei que diz; “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22).

            Nela, vemos a ira de Deus sendo derramada contra o pecado, vemos a justiça de Deus se cumprindo, vemos a demonstração ao mundo, do seu amor, santidade e justiça.

            O pecado nos separou de Deus, nos tornou seus inimigos, escravos de satanás, consequentemente, filhos da ira, e somente através deste perfeito sacrifício de Cristo, podemos ser restaurados e reconciliados com Deus.

            A cruz, é o centro da mensagem cristã, e nunca poderemos abordá-la suficientemente. Podemos falar que nela, vislumbramos a doutrina da justificação pela fé, a doutrina do pecado e suas horríveis conseqüências para a humanidade, o cumprimento dos simbolismos do Antigo Testamento e das profecias, a resposta da humanidade à oferta de salvação, a nova aliança, a certeza de vida após a morte, a segurança da vida eterna, qual será o nosso destino após a morte e a esperança que devemos ter frente a ela, a doutrina da expiação, a humilhação do Filho de Deus, a graça, enfim.

            Vê-se que a Palavra é gloriosa, a ponto de fazer jorrar água da rocha. Poderíamos neste ponto, apresentar uma lição prática e fundamental para a nossa vida. Você já tinha pensado em todas as verdades implícitas neste pequeno texto? Porventura isto não mostra tão claramente, que nós, muitas vezes, não sabemos ler a Bíblia, ou que, não lhe temos dedicado a atenção devida? Somos tão superficiais, tão apressados, e passamos por cima de todas estas verdades para nosso prejuízo eterno, e o de muita gente.

            Desculpem-me a digressão mas, porventura não seria esta uma das razões de parte dos problemas que a igreja cristã enfrenta na atualidade? A falta de vida, de poder; o mundo, o secularismo e o materialismo que têm penetrado na igreja para sua ruína; a corrida após todo vento de doutrina; os modismos que surgem; a vida medíocre de um grande número de cristãos que tem causado dano ao Evangelho, levando os pecadores a blasfemarem o bom nome de Deus?

            Não seria tudo isto uma conseqüência do nosso desvio da suficiência da Palavra? Dos maus pregadores que levam o povo a desprezar a pregação, achando-a enfadonha e inútil, e assim, são mantidas como crianças na fé, alimentadas com leite, vivendo sempre em busca dos shows, das novidades e distrações?

            Queridos irmãos, é o momento de clamar a Deus por um avivamento da Palavra, por um retorno à simplicidade da mesma, porém com profundidade, vida e poder.

           

            Podemos agora apresentar o nosso segundo argumento neste ponto. Cristo não precisava passar por este sofrimento, se o fez, foi por Seu grande amor e por Sua entrega voluntária  pelos pecadores (Isaías 53:12; Romanos 5:8; João 3:16; 10:17-18; 1 João 3:16). Nós fomos a causa de tudo isto, em certo sentido, nós é quem deveríamos estar sendo crucificados junto aos malfeitores (que bem nos representam), pelos nossos próprios pecados (1 Pedro 3:18).

            Você tem sido grato a Deus por esta grande obra divina? Já parou alguma vez para agradecer o que o Grande Deus fez por você? Você vê alguma coisa boa em si mesmo? ou já pensou no fato de que é tão podre e pecador que isto trouxe o Santo Filho de Deus das alturas, para se sacrificar por você, e que nenhuma outra coisa senão este ato, poderá livrá-lo da ira vindoura?

            Pois se o Santo Filho de Deus, teve que deixar a glória eterna para passar por isto que estamos contemplando, e suportar a ira de Seu Pai contra os pecados da humanidade, que Ele tomou sobre si, é porque o pecado é coisa séria mesmo! Se houvesse outra forma de ser tratado este problema, Deus o faria, porém, se não poupou o Seu único filho, como pensas escapar da condenação final, se não se posicionar no único lugar onde a ira de Deus já foi derramada e não será novamente?

 

            Isto nos leva ao nosso terceiro argumento. Este fato, nos dá um retrato bem exato do mundo em sua atitude para com Cristo, dividindo a humanidade em duas partes; aqueles que o rejeitam, zombam, escarnecem, não crêem nem confiam nEle; e os que, arrependidos, se voltam para Ele, reconhecendo os seus pecados e suplicando a Sua misericórdia.

            Em qual destes dois grupos você se encontra? Já lhe ocorreu que esta resposta indica o destino da sua alma eterna? Por isto eu te convido a examinar comigo mais de perto a reação destes dois malfeitores diante de Jesus, para poderdes vislumbrar em um deles, você.

 

2. O Malfeitor incrédulo

 

            Esta foi sem dúvida a última e maior loucura que este homem pôde cometer. Ele representa a parte da humanidade que, mesmo sendo pecadores, condenáveis ao inferno e à morte eterna, são obstinados, duros de coração, insensíveis, orgulhosos, caluniadores. Desprezam a Cristo, duvidam do seu poder, zombam de seu evangelho, da sua palavra, da sua salvação e demonstram total incredulidade para com o único que poderia livrá-los do peso da sua consciência, da culpa e condenação de seus pecados, e ainda dar-lhes a vida eterna, a felicidade, a comunhão com Deus Pai e a admissão no Seu reino (João 14:6).

            São os que se gabam da sua cultura dizendo, estas coisas estão ultrapassadas; das suas boas obras, eu não sou assim tão perfeito mas, dizer que Deus vai me condenar, isto é absurdo, Deus é amor, eu sou honesto, sou uma boa pessoa, sou isto, sou aquilo, não faço isto, não faço aquilo... você não pode me comparar àquele ladrão (talvez não, se deixarmos de ler 1 João 3:15 ou Mateus 5:22); da sua religião, todos os caminhos levam à Deus (acaso esta afirmativa não chega a ser um insulto e uma blasfêmia contra o Filho de Deus pendurado no madeiro?)

            Esta foi a atitude do malfeitor incrédulo e arrogante, esta é a atitude do mundo para com o Senhor Jesus, Sua pessoa e obra. O mundo está sempre pronto a apresentar desculpas, a ignorar e a desprezar Jesus, mesmo estando na pior das situações, mesmo estando diante da morte.

 

3. O Malfeitor arrependido

 

            Encontramos aqui a outra parte da humanidade, representada pelo malfeitor arrependido, a daqueles que, reconhecendo-se miseráveis pecadores, condenáveis e merecedores do castigo de Deus, se entregam à Cristo, reconhecem sua obra remissora e suplicam a sua misericórdia.

            Aqui está um marginal, a escória da sociedade, desprezado e odiado por todos, sem honra ou respeito, causador de problemas e infortúnios, causador de grandes males a sociedade e a vida alheia. Tantas coisas horríveis já fizera na vida a ponto de ter sido condenado à morte de cruz.

            Agora está frente a frente com um homem justo, e, embora sem saber como (e nós não somos salvos pelo nosso entendimento perfeito), reconhece ser o Salvador, o Rei do universo (e para ter este reconhecimento, é preciso a iluminação do Espírito Santo, pois, os judeus, que tinham as Escrituras do Antigo Testamento e esperavam o Messias, não O reconheceu quando veio, e estavam-no crucificando, tal a cegueira que o pecado trás).

            Este homem não tem outra reação senão suplicar uma mera lembrança, sem esperar que receberia a maior honra que qualquer homem jamais foi merecedor, a vida eterna, a companhia eterna de Cristo, o seu refrigério, a sua palavra consoladora, uma promessa maravilhosa. Este homem, recebeu bem mais do que esperava. É assim a graça de Deus, ela é sempre abundante (Romanos 5:20).

            Como este homem encarou a própria morte, afinal, o que seria ela diante da promessa de vida eterna? Com certeza seu sofrimento se foi, comparado à glória que agora o esperava, com a esperança que agora passou a ter.

 

4. Considerações finais

 

            Podemos ir adiante, para alistar alguns princípios de suma importância, que se descortinam nesta narrativa.

 

a. Não foram as boas obras deste homem que o salvou, antes, a sua atitude para com Jesus, atitude de fé, humildade e confiança nEle.

 

b. Encontramos aqui uma crítica à doutrina do purgatório, da reencarnação e do aniquilamento, além é claro, da doutrina da salvação, que não seja baseada exclusivamente na graça.

 

c. A oportunidade de salvação é dada a todos, porém, não é recebida por todos.

 

d. Da culpa dos nossos pecados recebemos perdão, mas as suas conseqüências permanecem, e isto nós temos que administrar. Este malfeitor, foi perdoado e salvo, mas não foi libertado da morte na cruz. Em outras palavras, cura-se a ferida, mas a cicatriz permanece.

 

e. Não é só ante a morte e o sofrimento que devemos e podemos nos entregar a Jesus, o pior é que muitos, nem assim o faz.

 

f. Temos neste acontecimento, a maior prova do amor de Deus e de Jesus por nós, além do fiel cumprimento das Escrituras.

 

g. Embora muitos pensam que não, para Jesus, não importa o tamanho ou a gravidade dos nossos pecados, o que tivermos feito na vida, se houver verdadeiro arrependimento, haverá perdão.

 

h. Aqui está a maior segurança daquele que crê, que é a certeza inabalável no perfeito sacrifício de Cristo por nós. A sua morte, seu sofrimento  e  vergonha  na  cruz,  nos  trás  a  vida  eterna,  a  paz  e  a reconciliação  com  Deus,  trás  também  o  perdão  e  a  salvação  (2 Coríntios 5:17-21; Colossenses 1:19-20; Gálatas 3:13; 1 Pedro 2:21-24).

 

            Contempla Jesus neste momento, sua cruz, seu sofrimento, e assim, saberás a qual dos dois grupos pertences. Não aja como o malfeitor impenitente, humilhe-se, arrependa-se, clame a Jesus e receba a palavra de vida eterna. Tome posse daquilo que Ele te promete e viva feliz nesta vida e na vida porvir.

            Portanto, não viva e não morra como um louco. Viva do início ao fim uma vida sábia, frutífera e com Jesus, assim, nem a morte poderá te separar dEle. Mas lembre-se, somente os humildes e arrependidos, terão lugar ao lado dEle no paraíso.

 

 

Capítulo 06

Eu quero o bom! Deus tem o melhor

 

“Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus. E todo o povo o viu andar e louvar a Deus; e conheciam-no, pois era ele o que se assentava a pedir esmola à porta Formosa do templo; e ficaram cheios de pasmo e assombro, pelo que lhe acontecera.”    (Atos 3:1-10)

 

            Temos diante de nós um quadro, que retrata perfeitamente bem os nossos desejos, anseios, necessidades e o que Deus tem para oferecer. Retrata o que a nossa capacidade permite fazer na realização destas necessidades e desejos; o que o mundo e a religião podem fazer e oferecer; e, o que somente Deus tem para dar.

            Ensina-nos que Deus tem coisas muito melhores para nos dar, bem melhores do que aquilo que desejamos. Todos queremos receber coisas boas, mas precisamos descobrir que Deus, tem o melhor a oferecer, acima do que pedimos ou pensamos.

            Esta é a perspectiva que queremos ter na análise desta narrativa: O que temos buscado e necessitamos; o que o mundo tem a nos oferecer; o que a religião pode fazer; o que Deus tem para nos dar. Além é claro, de pensar em todos os princípios envolvidos no texto.

            Creio que, se os mesmos forem introjetados em nós pelo Espírito Santo; que guiou Lucas a registrar este milagre, certamente seremos capacitados a buscar o melhor de Deus, ao invés de nos contentar em receber as migalhas que o mundo e a religião tem para oferecer, ou, que somos capazes de conseguir por nossos próprios méritos.

 

1.  O que temos buscado e necessitamos

            O homem da história, buscava o seu sustento, nas esmolas que lhe eram oferecidas. Satisfazia-se em sobreviver, ainda que fosse da misericórdia alheia que lhe rendia migalhas. O que ele buscava e conseguia, parecia bom. Aparentemente, supria as suas necessidades, mas, o mantinha escravo da miséria, da incapacidade. Nem imaginava que havia algo melhor, antes, o que lhe parecia bom, impedia de pensar que pudesse ser melhor.

            Precisamos ir além, e começar a pensar nas possibilidades de Deus como as nossas possibilidades, e parar de se contentar com aquilo que nos parece bom.

 

2. O que podemos fazer por nossa própria conta

            O homem da história, só podia buscar a solidariedade alheia, que o conduzisse ao lugar onde pudesse esmolar e buscar sobrevivência. Ele nascera assim, vivia assim e pensava que morreria assim. Não via outra possibilidade, não sabia nem podia fazer outra coisa.  

            Certamente que todos desejamos e buscamos coisas boas. Mas o que somos capazes de fazer por nós mesmos, nos mantém carentes e necessitados, é inadequado, e embora aos nossos olhos pareça bom, não é o suficiente, mas é o que sabemos fazer, é o que podemos fazer.

            Buscamos as migalhas, somos prisioneiros da nossa própria incapacidade, tudo quanto podemos fazer em prol de nós mesmos, em termos físicos ou espirituais, não muda a nossa situação, não nos tira do lugar, não nos dá independência, não altera o círculo rotineiro em que nos encontramos, não muda o fato de que continuamos recebendo apenas as migalhas, esmolando do mundo sem poder nos levantar.

 

3. O que o mundo tem a nos oferecer

            O homem da história, recebia as esmolas que lhe eram dadas; às vezes muito, às vezes suficientes, às vezes nada. Mas assim sobrevivia. As pessoas já o conheciam, sentiam compaixão e, sempre que podiam, ajudavam-no.         

            Certamente que o mundo só pode nos oferecer as migalhas, que nos mantém prisioneiros da nossa miséria, pois é o que tem para oferecer. Parece bom, mas não nos transforma, não nos restaura, não nos muda. O mundo até tem sentimentos, compaixão, misericórdia, mas, todas as suas obras, tudo quanto tem e pode oferecer, é vão, é inútil, não satisfaz, senão momentaneamente.  Tudo que o mundo pode fazer por nós e nos dar, é um lugar onde possamos mendigar suas migalhas e compaixão.

 

4. O que a religião tem a nos oferecer

            O homem da história, era ajudado por pessoas solidárias, de boa ou má vontade; era colocado na porta de um Templo religioso, freqüentado por pessoas religiosas, piedosas, cheias de compaixão, que buscavam a Deus, solidárias, humanas. Era o lugar perfeito para se esmolar.

            Ainda hoje, se usa esta prática em alguns locais. Parece que aprenderam com este homem, é pena não terem encontrado ainda a Pedro e a João.

            É interessante pensar que o homem, era levado à porta do Templo, ao lugar onde pessoas religiosas e piedosas freqüentavam, e aqui podemos aprender mais uma lição.       A religião, também não é capaz de nos transformar. O máximo que ela pode fazer por nós, é ter compaixão e piedade, usar a benevolência e a solidariedade para aliviar algo do nosso sofrimento, mas não pode nos transformar, não pode nos restaurar, não pode nos curar. Ela não nos leva a andar com as próprias pernas, antes, nos permite esmolar às suas portas.

 

5. O Que Deus tem para nos dar

            O homem da história, recebeu de Deus; através dos seus servos, os apóstolos; a cura e o restabelecimento da deficiência que tinha desde o ventre da mãe. Foi curado e salvo. Teve um encontro com Deus; pôde conhecer o que é gratidão e louvor; pôde levar outros à Deus; pôde dar seu testemunho. Teve liberdade, independência, até para fazer algo que não tinha tempo nem condição, apesar de estar tão perto; que era, entrar no Templo para orar, como as demais pessoas.

            Isto sim é o que precisamos. Deus quer e pode nos restaurar, nos capacitar, nos dar a liberdade, a independência, nos curar e restabelecer, e isto Ele faz. Quando estamos querendo as migalhas, Ele vem para nós com Sua cura, nos resgata, nos redime, nos torna gente, homens e mulheres de verdade.

            Ele tem, Ele pode, muito mais do que pedimos ou pensamos, muito mais do que podemos esperar. As bênçãos de Deus sempre vêm em abundância. Ele tem o melhor para nos oferecer. O que queremos ou pedimos é bom, mas Deus tem o melhor.

 

6. Princípios gerais envolvidos no texto

 

a. Os que servem a Jesus, devem estar preparados, pois,  em qualquer lugar ou ocasião, poderão ser provados na fé, tendo que demonstrar, se aquilo que pregam é verdadeiro. Um servo do Senhor, nunca deverá ser tomado de surpresa, e, situações como estas não hão de faltar. Portanto, esteja preparado!

b. Vejo aqui um retrato, entre os que servem a Deus e os que não servem; onde os que O servem, são os únicos que têm a verdadeira liberdade e independência; os outros, estão sendo levados, são incapazes, infelizes e escravos da rotina, além de serem incompletos. Entretanto, podem ter sua situação restabelecida pelo poderoso nome de Jesus.

c. Servir a Jesus, não significa ter prosperidade material ou financeira. Aqui estão dois homens fiéis, cheios do poder de Deus, mas sem um tostão no bolso. Não tinham dinheiro, uma coisa boa, mas tinham algo melhor, o poder e a presença de Deus em suas vidas. Posso até ousar dizer que, os traidores de Jesus, são como Judas, só buscam mesmo dinheiro.

d. Eles estavam indo orar, iam buscar a presença de Deus. Estavam alegres e em mútua comunhão. Deixam-nos assim um exemplo e um desafio, de que, se quisermos experimentar a alegria verdadeira e o poder de Deus, em nossas vidas e através de nós, precisamos buscar ter comunhão mútua com os nossos irmãos e, acima de tudo, comunhão diária e constante com Deus, por meio da oração.

e. Eles não precisaram orar, apenas declararam a autoridade que tinham no nome poderoso de Jesus. Isto é uma prova clara de que; precisamos estar preparados, e em momentos como este, apenas usar a autoridade que temos em Jesus e que; o poder, não está no homem, mas em Deus, o homem é apenas o canal, e como tal, precisa estar desobstruído.

f. O nome de Jesus é cheio de poder e autoridade. É por ele que os milagres acontecem, que o inimigo é derrotado, que a salvação se torna possível e o acesso à Deus. Ele recebeu toda autoridade, Ele tem toda autoridade, e nos dá a ordem para que, em seu nome, possamos pregar e realizar feitos gloriosos, que tragam honra e glória ao seu nome.

g. Toda bênção, deve ser acompanhada de gratidão. Não é somente com nossas palavras que devemos e podemos glorificar a Deus, mas também, e principalmente, com nossas atitudes e ações.

h. Temos aqui um contraste entre o poder financeiro da igreja e a sua falta de autoridade e poder espiritual. Alguém chegou a sugerir que; “Era quando a Igreja não tinha ouro nem prata, que ela podia dizer, ‘Levanta-te e anda’.“ Hoje, ela tem muitas coisas para oferecer, mas, nem sempre é a melhor coisa. Tem catedrais, conforto, riquezas, aparelhagens, bens e milhões de apetrechos. Está na televisão, no rádio, na internet, em todas as camadas da sociedade. Mas, pode dizer: “levanta-te e anda?” Tem andado entre os miseráveis, entre os pecadores, entre os necessitados, trazendo-lhes salvação e cura?

i. Pedro e João, não foram indiferentes, nem passaram de largo ao morimbundo, eles tiveram sensibilidade e piedade. Infelizmente, muitos de nós hoje, a perdemos.

 

            Fico a pensar; o que teria acontecido se eles tivessem dinheiro? Possivelmente, dariam um trocado àquele homem e seguiriam em frente com naturalidade. Este ficaria feliz pela bondade demonstrada, mas, o dinheiro acabaria, e ele permaneceria aleijado e mendigando o resto da vida. Até aqui vemos que, Deus tem propósito nos mínimos detalhes, o fato deles estarem sem dinheiro, foi o que levou à realização do milagre.

            Nenhum acontecimento é fortuito, ou por acaso, mas pertencem aos planos de Deus. Até a falta de dinheiro no bolso dos seus apóstolos, contribuíram para o milagre. Se tivessem dinheiro, provavelmente o milagre não aconteceria.

            Somente os homens de Deus podem ter sensibilidade, para ir além de um mero pedido e oferecer o melhor de Deus aos sofredores. Aquele homem, não esperava o que recebeu, não exerceu fé, já estava acostumado à rotina dos transeuntes e a pedir. Acostumado a ouvir, não! Ou, algumas moedinhas caindo próximas de si. Não esperava que com aqueles dois homens seria diferentes, afinal, eram tão comuns.

            Entretanto, eles param e lhes diz que não têm dinheiro. Que novidade, não precisavam nem ter parado para se explicar, ajuda quem quer e pode. Eles não tinham nada materialmente bom para oferecer, mas, espiritualmente, tinham o melhor, e não negaram a este homem, que certamente, espantado, foi curado e restabelecido; físico e espiritualmente. As bênçãos materiais, não atingem o espírito humano, mas as bênçãos espirituais, alcançam o corpo e a alma.

            Aqueles homens não eram comuns, eram diferentes, eram servos do Deus altíssimo, e falavam cheios de autoridade no nome poderoso de Jesus.

            Talvez você seja o necessitado, neste caso saiba, Deus tem algo muito melhor para você. Creia, aproprie-se pela fé, no poderoso nome de Jesus, do que Ele tem a te oferecer. Sei que você quer receber algo bom, mas Deus tem algo melhor.

            Talvez você seja aquele a quem Deus vai usar como canal de bênçãos, para, na autoridade e poder de Jesus, poder levar aos que necessitam, a cura, a salvação e a misericórdia do nosso Deus. Como canal de bênçãos, precisa estar em comunhão com Deus, viver cheio de fé, atento, sensível e disponível para ser usado por Ele.

            Que você possa, muito mais do que falar, apresentar um Senhor vivo e poderoso ao mundo, levando o melhor que se pode oferecer. Se você não tem coisas boas, apresente as melhores e mais excelentes, é disto que o mundo precisa.

            O mundo não precisa de dinheiro, mas de Jesus. Não precisa das nossas migalhas, mas sim, experimentar o poder do Deus vivo e poderoso, e só assim, poderão glorificar e exaltar o nome, que é sobre todo o nome, o nome poderoso de Jesus. Amém!

Capítulo 07

Olhando  Para  Jesus

 

“E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”   (João 3:14-15)

 

“Então partiram do monte Hor, pelo caminho do Mar Vermelho, a rodear a terra de Edom; porém a alma do povo angustiou-se naquele caminho. E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil. Então o SENHOR mandou entre o povo serpentes ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em Israel. Por isso o povo veio a Moisés, e disse: Havemos pecado porquanto temos falado contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós estas serpentes. Então Moisés orou pelo povo. E disse o SENHOR a Moisés: Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela. E Moisés fez uma serpente de metal, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de metal, vivia.”  (Números 21:4-9)

 

 

            Neste contexto, encontramos Jesus ensinando um Mestre religioso (v.1), zeloso e intelectual, que falava de Deus, mas não o conhecia. Muitas vezes, pensamos que a salvação é somente para ignorantes, tolos, analfabetos, pobres, desvalidos, ladrões, assassinos. Este texto, porém, desfaz esta idéia. A salvação é para todos, que não dependam (embora tenham) de nada a não ser Jesus

            Veja que este mestre, sábio e intelectual, nada sabia, nada compreendia das coisas espirituais (v.10; Lucas 10:21; 1 Coríntios 1:18-29). Jesus lhe faz uma estonteante, e talvez, maior declaração já vista em toda a Bíblia, que tem levado milhões de vidas aos seus pés.

            Ele mostra a maior necessidade do homem e a solução trazida, que envolveu a vida e o amor de Deus Pai, Filho e Espirito Santo. É o ponto central do Evangelho, é o tema  central da Bíblia. Foi o que trouxe o Senhor a este mundo, e agora é tema da pregação a Nicodemos.

            Jesus faz aqui uma conexão com o Antigo Testamento, mostrando que toda a Bíblia é a Palavra de Deus, e que precisamos aceita-la toda. Toda ela é mensagem de salvação. Também, era algo que o seu interlocutor conhecia bem, afinal, Nicodemos, era perito, mestre e conhecedor do Antigo Testamento, a Escritura dos judeus, a Bíblia do Senhor Jesus, pois ainda não existia o Novo Testamento.

            Jesus está aproveitando para mostrar que muitas vezes, embora conhecedores da letra da Bíblia, precisamos do Espírito Santo para iluminar e trazer o verdadeiro entendimento da mesma (Salmo 119:18). Você tem lido as Escrituras na dependência do Espirito Santo? Seu interesse é meramente intelectual e para aquisição de conhecimentos? Ou você vai para conhecer a Deus, para receber vida e alimento espiritual, para receber a salvação?

            Este relato foi e é importante para nós, a ponto de o Senhor Jesus citá-lo como figura representativa da sua missão neste mundo ante a necessidade espiritual da humanidade. Portanto, retrata bem a situação espiritual em que vivemos na presente hora e a solução de Deus para o mesmo.

            Vale a pena atentar bem para esta mensagem a fim de podermos extrair as verdades nela contida, pois são de extrema e vital importância para a nossa vida e para o nosso bom relacionamento com Deus. Vamos entender então o que aconteceu?

 

1. A Situação histórica vivida no passado pelo povo de Israel

           

            O problema: Eles haviam sido libertos da escravidão do Egito pela mão poderosa de Deus, que agiu por intermédio de Moisés seu servo, realizando grandes milagres e prodígios. Era Deus quem os sustentava, guiava, protegia e fazia promessas. Eles dependiam em tudo dEle.

            Entretanto, a impaciência para com a forma como Deus agia, a falta de fé, a incredulidade por ter de viver uma vida diária na dependência de Deus, os levou a rebelar-se contra Ele e contra Moisés seu servo. Então, murmuraram, blasfemaram e reclamaram das bênçãos e do cuidado de Deus, até mesmo de Sua presença. Arrependeram-se até de terem sido libertados da escravidão, algo que antes tanto almejavam, até gemendo e clamando. Desprezaram complemente a Deus por sua arrogância e falta de humildade e submissão.

            Deus, então, envia-lhes um castigo mortal, isto é, serpentes venenosas que os picavam, e assim, não podiam escapar. Muitos morreram.

            Não são as circunstâncias e sim o coração mau que provoca a murmuração. Satanás tem apresentado Deus como sendo cruel, e nos acreditamos nele. Nós queremos ir para Canaã mas não pelo caminho escolhido por Deus (João 14:6).

            Diante da trágica situação, eles reconhecem o seu pecado, arrependem-se e procuram Moisés pedindo-o para que interceda por eles diante de Deus. Moisés ora, sua oração é atendida e surge;

           

            A Solução: Deus deu a Moisés o antídoto; uma serpente de bronze que deveria ser levantada numa haste, e todo que fosse picado e olhasse para ela, não morreria. Mas, era preciso querer viver, era preciso olhar para a serpente, era preciso confiar que esta solução seria o bastante para devolver a vida, e isto, era uma decisão pessoal que precisava ser tomada rápido, caso contrário a morte seria certa.

 

2. Figura da missão de Jesus

           

            Posteriormente, quando Jesus conversava com Nicodemos, um Mestre religioso, mostrando a ele a única forma de salvação e explicando a sua missão salvadora entre os homens, aplica a si este relato que acabamos de explicar. Exatamente porque ela retrata com fidelidade o problema do homem e a solução de Deus.

 

3. A Situação atual

           

            Quanto a nós não é diferente. Observe como é uma realidade presente toda esta história.

            O problema: Todos somos pecadores, estamos desligados de Deus e vivemos em rebelião contra Ele por não fazermos a Sua vontade e amá-lo como Ele exija que amemos. Fomos picados pela serpente que simboliza satanás e o pecado, estamos condenados à morte e à separação eterna de Deus.

 

            A solução:  Devemos reconhecer nossos pecados, arrepender-nos com sinceridade e buscar a única solução, aquela que foi apresentada por Deus, e esta solução, está em Jesus, levantado na cruz, que assumiu o nosso lugar, tomou sobre si a nossa culpa, e pagou no seu corpo o preço dos nossos pecados, suportou no seu corpo, a ira de Deus contra o pecado. O pecado trouxe a morte, mas Jesus trás a vida.

Certamente que, se você entrevistasse algum dos que havia sido curados, ele diria; “me sinto uma nova pessoa, tenho uma nova vida”. Verdadeiramente, aquela situação, era um símbolo de novo nascimento, para aqueles que haviam sido picados, sabiam que morreriam, mas foram salvos.

Cristo foi levantando na cruz, e nele há poder de cura, não só do corpo, como também da alma, do homem todo, e mais, há vida eterna, não apenas um pequeno prolongamento desta vida cheia de sofrimento, mas a vida eterna com Deus.

Deus poderia ter aniquilado as serpentes ou mandado-as embora, mas não o fez. A serpente de bronze foi o Seu método usado para trazer a solução do problema. Ele queria que o homem participasse da salvação com sua fé. Assim é com o pecado, a cruz é o método de Deus para a nossa salvação, para a libertação do pecado e para a vida eterna.

            É preciso olhar com fé para Jesus, aceitar esta única solução. Não temos como nos curar. Precisamos confiar que na obra realizada por Jesus, haverá cura, perdão, salvação e vida eterna.

Esta é a provisão de Deus, esta é a única saída. Mas é preciso querer ser salvo, caso contrário ela não se mostrará eficaz. Ela está ai, devemos desejar, querer, tomar individualmente a nossa decisão de crer, de confiar e entregar-se a Deus por meio de Jesus.

Você está disposto a olhar com fé e confiança para Jesus e depender somente dele para a sua salvação? Você quer receber a vida verdadeira? Todos fomos picados pela serpente satânica, todos somos pecadores e necessitamos da vida de Deus, e ela está disponível a nós por meio de Jesus Cristo.

            Não adianta olhar para as picadas, nem para os sacerdotes, ou para Moisés, e sim, para a serpente de bronze. Esta também deve ser a atitude do pecador em relação a Jesus Cristo. Nada, nem ninguém, poderá mudar a sua situação espiritual. A solução de Deus já foi apresentada, e somente nela há possibilidade de salvação. Olhe então urgentemente para a cruz, com fé, e receba a salvação. Olhe para Jesus, pois somente Ele poderá lhe trazer a salvação.

Capítulo 08

Como o Deus Justo pode salvar o homem pecador?

 

            A Bíblia nos conta a história de Jesus, e diz ser ele o Filho de Deus, que veio ao mundo por causa dos pecadores. Por natureza, somos todos pecadores e, quer por pensamentos, palavras ou atos, cometemos pecado.

            Quem nunca teve um mau pensamento, um desejo imoral ou egoísta, nunca teve em si inveja, orgulho, ira, cobiça, ódio? Quem nunca se descobriu difamando ou magoando alguém, cometendo uma injustiça, contando uma mentira, ou fazendo juízo equivocado? Quem nunca agiu com algum preconceito, desonestidade, glutonaria ou preguiça? Ou nunca tomou atitudes que prejudicam o corpo dado por Deus, seja por meio de vícios, paixões desordenadas ou exageros? Ou nunca experimentou momentos de incredulidade, que demonstra dúvida na pessoa de Deus?

            Por tudo isso, não há como negar: todos somos pecadores. Como pecadores, estamos condenados e não somos merecedores da misericórdia, bondade e cuidado  divino. E, o que é pior, o pecado nos torna inimigos de Deus. E todos os seus inimigos serão julgados e condenados eternamente.

            No entanto, ante esta dura realidade, e provando o seu grande amor para com os pecadores, sem deixar de ser justo e santo. Deus enviou Jesus como o mediador, para oferecer-nos da parte dEle o perdão e a reconciliação. Pois, Jesus tomou sobre si os nossos pecados, e em seu corpo recebeu o castigo de Deus que nos era devido, pagando o preço exigido. Deus agora não será injusto ao nos perdoar, pois a sua justiça já foi plenamente satisfeita e a sua lei cumprida.

            Quando reconhecemos o ato de Deus a nosso favor; confessamos os nossos pecados; demonstrando arrependimento e desejo de receber perdão; aceitando a obra de Jesus em nosso lugar, que pagou o preço de sangue; e o recebemos no coração, ao pedir que habite em nós, porque entendemos a nossa desesperada situação espiritual, que só poderá ser mudada através da apropriação pela fé do que Jesus fez.

            Então, Deus perdoa os nossos pecados; faz de nós novas criaturas, com novas  prioridades, novos sentimentos, novas perspectivas, nova família, nova natureza; nos dá o poder de sermos feitos seus filhos; restaura a comunhão entre Ele e nós; e, ainda oferece a oportunidade de vivermos eternamente ao seu lado. Tudo isto, no momento em que decido confiar aos seus cuidados toda a minha vida e destino, demonstro estar arrependido dos meus pecados, e os confesso, crendo no seu perdão.

            A fé em Jesus, me leva a apropriar do que Ele fez. Assim, posso declarar pago diante de Deus, o preço de todos os meus pecados. E isso me livra da condenação no juízo final e me justifica, pois, passo a ser declarado não culpado perante Deus. A incredulidade, acrescenta mais um pecado aos tantos que já tenho cometido, me tornando ainda mais condenável e aumentando a minha culpa.

            Deus, que é amor, mas também é justo e santo, sem negar nenhum dos seus atributos, fez a sua parte. Tomou todas as providências para resolver o problema do pecado que afasta e separa o homem de si. Jesus foi a solução!

            Tudo está à nossa disposição pela fé, como nos garante a Bíblia, o livro de Deus. Se Deus já fez a sua parte, só resta agora fazer a nossa, de querer, ou não, aceitar a sua proposta de nos salvar e reconciliar consigo.

            É somente através de Jesus que podemos ser reconciliados com Deus, não há outra maneira. E caso não haja esta reconciliação, permaneceremos como inimigos de Deus. Morrendo nesta situação, seremos condenados eternamente no dia do juízo final. A morte física selará o nosso destino espiritual de salvação ou condenação.

            Portanto, enquanto em vida, não percamos a oportunidade de garantir o melhor para nós - um destino eterno de felicidade, nem de receber a promessa da eternidade ao lado de Deus, como filhos. Eternidade esta, que começa aqui nesta vida, no momento da nossa reconciliação por meio de Jesus Cristo.

            Lembre-se! Se o pecado não fosse algo tão grave aos olhos de Deus, ou, se houvesse qualquer outra forma de salvação, que não fosse esta que Ele idealizou e concretizou. Deus jamais teria enviado o Seu único filho Jesus a este mundo, para sofrer e morrer, como o fez.

            Quando não cremos nesta verdade, demonstramos ser ainda inimigos de Deus, pois o estamos insultando e desprezando, ao declarar que o que Ele fez por nós foi em vão. Quando cremos nesta verdade, demonstramos ter sido reconciliados, pois declaramos aceitar o que Ele fez por nós. Assim, Deus aplica a nós a vitória e a justiça conquistada por Jesus na cruz.

            Você já pensou de que lado está? Já sabe qual será o seu destino eterno?

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