VALTER
JÚNIOR DE MELO Taguatinga-DF Fones: (61)351-3331 e (61)9984-8597 E-mail:
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"Enxergando a realidade de quem nao pode ver"
.
15/09/2003 _ Quando eu ainda era bem jovem, e nem de longe imaginava
um dia vir a perder a visao, li uma poesia por titulo "Desiderata" que
em um dos seus trechos me marcou profundamente. Dizia assim: "Diga a
sua verdade tranquila e claramente; e escute com atenção aos outros,
eles também tem sua estória." A partir daquele momento, eu me tornei
um bom ouvinte e ao conhecer a historia de vida de muitas pessoas, cresci
em muitos aspectos de minha vida. Agora, tambem influenciado pela mesma
poesia, tomo a liberdade de lhe enviar um pouco da minha historia de
vida, contada no livro "Vendo com os olhos da fe". Livro que escrevi
a alguns anos. Espero que essa leitura possa lhe acrescentar algo de
positivo, da mesma forma que as muitas historias de vida que tive o
privilegio de conhecer, contribuiram para o meu crescimento pessoal.
Um grande abraco em voce e muito obrigado pela atencao. Valter Junior
- Brasilia - DF
** Título: VENDO COM OS OLHOS DA FÉ Valter Junior Depoimento "Como consegui
superar a perda total da visão aos vinte e dois anos, quando estava
no auge da minha mocidade e vivia uma vida muito ativa?" Responder a
esta pergunta é o meu objetivo. A título de introdução, gostaria de
salientar três pontos: Primeiro, embora eu creia que pessoas portadoras
de uma limitação física como a minha venham identificar-se mais com
o meu depoimento, sei que a solução que encontrei para superar este
momento difícil da minha vida vale também para qualquer problema, inclusive
o que você talvez, esteja enfrentando. Em segundo lugar, você observará
que eu, como cristão, tomo um livro, que para muitos é uma lenda,fr
como referencial para interpretar as diferentes situações com que me
deparei na vida. Alguns o acham ultrapassado, mas eu creio ser a palavra
do Deus que criou o universo dirigida para a minha vida. Nesse livro,
a Bíblia, eu encontro resposta às minhas dúvidas e discernimento para
essas situações. Em terceiro lugar, com este depoimento, eu gostaria
de desfazer a impressão que muitos têm de que se pode identificar uma
pessoa que segue a Cristo pelo fato de não passar por problemas. Creio
que se pode identificar uma pessoa que segue a Jesus pela forma como
ela reage diante dos problemas; pois, por problemas todos nós passaremos.
Disse Jesus: "Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz.
No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo".
Veja que o próprio Cristo já nos alertava com relação a isso: "no mundo
tereis tribulações". O que determina a diferença é a presença de Jesus
conosco, como disse o salmista no Salmo 23, tão conhecido: "Ainda que
eu andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum , porque
tu estás comigo". Essa presença de Jesus conosco é o que nos torna capazes
de superar quaisquer problemas. Eu me propus a responder uma pergunta,
e essa pergunta faz alusão à perda da visão, o que aconteceu em meados
de 1990. Eu ainda estou cego, não porque Deus não tenha poder para curar,
ou porque a manifestação milagrosa do poder de Deus tenha sido algo
apenas para as páginas da Bíblia. Deus tem poder para curar, e eu sou
testemunha disso. Deus já operou milagrosamente na minha vida várias
vezes, e gostaria de citar duas. A primeira aconteceu muito cedo. Quando
nasci, não posso dizer que a vida exatamente sorriu para mim. Logo aos
seis meses de idade, tive uma doença grave: paralisia infantil. Eu nasci
em Minas Gerais, na pequena cidade de Santo Antônio do Monte. Houve
um problema na época de vacinação: fui levado para ser vacinado, mas
recebi uma vacina que não era contra a poliomielite, e em função disto,
eu e muitas outras crianças apresentamos a paralisia infantil. Minha
mãe ouviu do médico da cidade que eu não caminharia, e que provavelmente
ficaria dependente de uma cadeira de rodas para me locomover, uma vez
que a perna esquerda foi totalmente atingida. Embora minha mãe tenha
ouvido essa palavra do médico, ela conhecia uma palavra de esperança,
que se encontra nas páginas da Bíblia, onde Deus diz "Eu sou o Senhor
que te sara". Confiando nesta palavra é que minha mãe orou durante um
ano, espaço de tempo que ela mesmo definiu, pedindo a Deus que eu pudesse
andar. Deus deu resposta à oração de minha mãe: com um ano e seis meses,
exatamente, eu comecei a caminhar. A perna esquerda ficou com uma pequena
seqüela - ela é um pouco mais fina que a direita -, talvez até para
que ficasse por prova, pois assim, todos podem ver que eu realmente
tive poliomielite e graças a Deus, posso andar. Uma outra intervenção
milagrosa de Deus na minha vida aconteceu aos treze anos de idade: eu
tive meningite. Quando a doença começou, não sabíamos o que era. Começou
com uma dor no pescoço, que aumentou, e estendeu-se pelo corpo. Sentindo
uma dor de cabeça tremenda, durante cinco dias estive em vários consultórios
e, por incrível que pareça, nenhum médico diagnosticou a meningite.
Minha mãe estava em viagem para Brasília, à época, providenciando a
nossa mudança de Belo Horizonte para Brasília . Por isso, meu pai foi
quem me levou aos consultórios. Só ao final de cinco dias é que fui
levado ao Pronto-socorro de Belo Horizonte; exatamente nesse dia, minha
mãe retornou de viagem. Naquele Pronto-socorro, finalmente diagnosticou-se
a meningite, o que não é difícil de perceber numa pessoa, pois os sintomas
são muito claros. Lembro-me de estar deitado em uma maca e ouvir o médico
dizer para minha mãe: "- Minha senhora, este garoto veio muito tarde
para cá; a doença já evoluiu muito! Quero dizer para a senhora que não
temos responsabilidade se ele morrer". Minha mãe perguntou quais eram
as possibilidades de eu escapar, ao que respondeu que em cem casos como
aquele, apenas um escapa, ou seja, a probabilidade de 1%. E minha mãe
falou: "- mas neste 1% vai estar meu filho". Dali, de noite, fui transferido
para um hospital de referência de Belo Horizonte que tratava de meningite
e outras doenças contagiosas. No outro dia cedo, acordei com minha mãe
perguntando se eu queria tomar café. Qualquer movimento do pescoço geraria
uma dor tremenda e tomar café não seria motivo bastante para enfrentar
a dor. No entanto, eu virei o pescoço para olhar minha mãe e não senti
dor alguma. Era algo surpreendente que eu sentasse na cama e não estivesse
sentindo mais nenhuma dor. Em princípio, pensei que estivesse sob efeito
de algum remédio aplicado através do soro. Falei: "- Poxa! Porque não
me trouxeram logo para cá? Afinal, foram cinco dias de dor e cinco noites
sem dormir!" A surpresa que foi minha, foi também de uma enfermeira
que entrou no quarto, e, olhando para mim sentado, falou: "- Menino!
Você está sentado nessa cama! Nós pensamos que você tivesse morrido
ontem de noite!". Eu perguntei: "- Mas, porque?! Ela respondeu: "- Porque
ontem havia uns jovens ajoelhados em redor de sua cama, e nós pensamos
que eles já estivessem rezando pela sua alma!". De fato, eles não foram
ali para rezar pela minha alma, mas sim para interceder por alguém que
estáva doente e pedir a Deus que me curasse. E foi o que aconteceu!
O remédio tinha vindo do céu, e é um remédio que está ao seu alcance,
está ao alcance de qualquer pessoa que creia nesta palavra: "Eu sou
o Senhor que te sara". Eu nem cheguei a conhecer os rapazes que se ajoelharam
ali ao meu lado para pedir a Deus. Mas uma coisa eu sei: Deus me curou!
Agora, você deve estar pensando: "- estou lendo o depoimento de uma
pessoa que é cega dizendo que Deus cura?". De fato, espero que você
entenda que Deus pode fazer tudo o que quer, mas nem sempre Ele faz
algo que pode. Deus tem um plano na vida de cada um de nós, e muitas
vezes nos perguntamos o "por quê?", quando seria mais sensato perguntar
"para quê?", ou "com que propósito?" Uma vez que Deus tem o controle
de todas as coisas, nada foge aos seus cuidados: Deus cuida de nós!
Assim eu creio e nessa confiança, busco em Deus a direção para os meus
dias. De fato, a perda da visão me causou uma certa perplexidade no
início, mas não me revoltei com Deus, nem entrei em depressão. Sei que
a minha vida está guardada em Deus, Ele cuida de mim! Ele sabe exatamente
tudo o que sofro por não enxergar. Ele tem a cura em suas mãos, e, como
pai amoroso que é, se ele ainda não a realizou em mim, é porque Ele
tem um propósito maior, que a minha mente não consegue entender totalmente,
mas eu confio nEle. Ele sabe tudo o que sinto. Eu fiquei cego aos vinte
e dois anos, quando tinha uma vida muito ativa. Eu estava no auge da
minha mocidade, cursava uma faculdade, trabalhava, tinha muitas outras
atividades, e tudo isso foi interrompido naquele momento. Entretanto,
Deus não me abandonou e nem me abandonaria. Ele me sustentou para que
eu pudesse superar esse momento da minha vida. A causa da perda da visão
foi uma hipertensão intracraniana que causou atrofia bilateral do nervo
ótico. A medicina, até este momento, declara que eu não voltarei a enxergar.
Ainda não há como fazer transplante de nervo ótico. Não há nada que
a medicina possa fazer. Uma vez conscientes disso, eu e minha mãe nos
voltamos para Deus, crendo na Palavra que permanece: "Eu sou o Senhor
que te sara". No dia primeiro de julho, dia do meu aniversário, fiz
uma oração singela a Deus. Pedi a Ele, de presente, que eu voltasse
a enxergar ou então que me abrisse uma porta, me mostrasse um caminho
para que pudesse ser útil, para que pudesse fazer o que eu mais gostava,
que era anunciar a sua Palavra, a sua mensagem. E eu me questionava:
"o que um cego poderia fazer ?" Naquele dia nada aconteceu. Ao anoitecer,
dormi pensando que, de repente, eu acordaria de manhã enxergando, tal
como na cura da meningite. Só que amanheceu, e tudo permanecia escuro.
Mas a minha oração não ficou sem resposta, porque quando oramos, Deus
responde. De tarde, meu amigo Édio chegou em minha casa e perguntou:
"- Valter, quer gravar um disco?" A pergunta dele não era sem causa,
porque, antes de ficar cego, eu participava de um grupo chamado Nascente
que se apresentava sempre ao ar livre. Por este motivo, eu tinha buscado,
em Deus, letras com mensagens bem simples para que as pessoas entendessem
a mensagem do Evangelho, e já possuía algumas músicas prontas. Algumas
pessoas, então, falaram comigo: "- Valter, por que você não grava um
disco?" Porém, havia um problema: Quando fiquei cego, fui aposentado
por invalidez. Um aposentado pode até comprar um disco, mas gravar um
disco não dá. Apesar disso, Deus me mostrou que tinha realmente, um
plano na minha vida neste caminho. Com relação ao dinheiro, o Édio trazia
a resposta: havia uma quantia, depositada em minha conta, a qual considerávamos
suficiente para começar o trabalho de um disco, só que eu não sabia
de onde tinha vindo. Logo depois, chegou um contracheque do I N S S
demonstrando que aquela quantia referia-se a proventos atrasados da
aposentadoria que foram depositados de uma única vez na minha conta.
Ou seja, estava ali a resposta. Tínhamos a quantia necessária para começar
o disco. Muitas outras pessoas nos ajudaram, e este sonho, que surgiu
com a perda da visão, se realizou. Hoje, já temos vários trabalhos gravados
e experiência de alguns anos, graças a Deus. Deus realizou maravilhas
na minha vida. Muitas coisas boas aconteceram; voltei para a faculdade,
terminei o curso de Direito, e só não estou advogando porque agora tenho
uma causa especial para advogar, que é anunciar esta mensagem de esperança.
Depois que perdi a visão, Deus me deu uma esposa, que se chama Jane,
e temos um casal de filhos, Vítor e Gláucia. Realmente, muitas coisas
boas aconteceram. Gostaria de fixar duas verdades práticas para sua
vida: A primeira é a seguinte: o Deus no qual cremos é o Deus do impossível,
para quem o milagre é apenas mais uma possibilidade. Por isso, seja
qual for o problema que você está sofrendo, Deus realmente pode resolvê-lo.
Em segundo lugar, enquanto o milagre não acontece, enquanto o problema
permanece, Deus quer atuar na sua vida, derramando sobre você "graça".
A graça de Deus é algo que nos envolve de tal maneira, que nos torna
capazes de reagir de forma diferente da que seria natural diante de
circunstâncias adversas; isto porque a graça de Deus é algo sobrenatural.
Por isso, você tem motivos para chorar, mas mesmo assim conseguemanter
viva, dentro de si, a alegria de viver. A graça de Deus será sobre a
sua vida, sustentando e dando forças para superar quaisquer problemas
enquanto o milagre não acontece. E saiba que isso Deus já realizou em
uma pessoa que provavelmente você conhece bem pelas páginas da Bíblia,
Paulo. Paulo tinha um espinho na carne". Devo entender que era um problema
que lhe causava dor física. Por três vezes Paulo pede a Deus que tire
esse "espinho". E o que Deus lhe fala?: "Paulo, a minha graça te basta,
porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". E assim, quando parecia
que voce iria vacilar na fé, você mais se fortalece nela. Lembre-se
do salmista: "ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte não
temeria mal algum, porque tu estás comigo". Não fique preso as suas
limitações de qualquer natureza, olhe para Deus. Deus vai abençoar você
e fazer com que perceba, em si mesmo, qualidades que nem imaginava.
Perder a visao foi para mim, conhecer uma nova dimensao de vida. Eu
perdi a visao e nao a vontade de viver, de sonhar, de fazer planos,
de ser util. Minha oração é que Deus o abençoe com graça e paz; que
Deus complete em seu coração aquilo que essas palavras não podem fazer;
que essa semente germine e cresça, e que você encontre, em Deus, a mesma
alegria de viver que eu encontrei.
*** Esta mensagem é enviada com a complacência da nova legislação sobre
correio eletrônico, Sessão 301 Parágrafo (A)(2)(C) decreto S. 1618,
Título Terceiro aprovado pelo 105 Congresso Base das Normativas Internacionais
sobre o SPAM. Este e-mail não poderá ser considerado SPAM quando inclua
uma forma de ser removido. Por isso, caso queira remover seu nome de
nosso mailling envie mensagem para descadastrar com o assunto "REMOVER".
www.penielpacheco.com.br
Pra quem desejar conferir, site com fotos e matéria sobre solenidade de
entrega da primeira vez, um deficiente visual recebe o título de cidadão
honorário de Brasília. (Via_
Eudalva) 22/09/06
Deficiente visual é homenageado Pela primeira vez, a Câmara Legislativa
do Distrito Federal concede o título de Cidadão Honorário de Brasília
a um deficiente visual. Na noite desta terça-feira (19/9), o cantor Valter
Júnior foi homenageado no plenário da Casa. "Esse título é uma honra para
muitas pessoas, mas, nesse caso, o título é que se engrandece em ter entre
seus homenageados a pessoa de Valter Junior", declarou o deputado Peniel
Pacheco (PDT), autor da iniciativa. Além de familiares e amigos, a cerimônia
teve a participação de deficientes visuais alunos de Valter nas aulas
de informática que ele ministra. Entre os participantes da solenidade
estão o professor Alberto Borges de Araújo, Gerente Executivo da Unidade
de Educação Profissional - UNIEP do SENAI Departamento Nacional; a doutora
Lúcia Maria Alvim Souza Bittar, presidente do Integra (Instituto de Integração
Social e Promoção da Cidadania); o reverendo Adail Carvalho Sandoval,
Pastor Efetivo da Igreja Presbiteriana de Brasília e Vice-presidente da
Sociedade Bíblica do Brasil; César Ackar, presidente da ABDV (Associação
Brasiliense de Deficientes Visuais); e Jane Cristina Costa Melo, esposa
do homenageado. Conheça o mais novo Cidadão Honorário de Brasília Valter
Júnior é natural de Santo Antonio do Monte (MG), filho de Auta Rodrigues
Couto e Valter Antônio de Melo, tendo nascido em 1º de julho de 1968.
Já adolescente veio com a família para Brasília em 1982. Casado com Jane
Cristina Costa, tem dois filhos: Vitor Costa Melo e Gláucia Cristina Costa
Melo. Entre 1982 e 1990, Valter trabalhou na Telebrás, inicialmente como
contínuo, passando depois a secretário do Chefe de Gabinete da Presidência.
Formou-se bacharel em Direito pela AEUDF, em 1993. Em 1990 Valter Júnior
foi acometido de uma doença. Num dia de julho, em que realizava trabalho
voluntário numa creche, sentiu uma forte dor e foi levado às pressas para
o hospital. Tempos depois era diagnosticado o mal, `hipertensão intracraniana`.
A doença trouxe-lhe a perda total da visão em função da atrofia do nervo
ótico. O jovem Valter que havia escapado, quando criança, da paralisia
infantil que lhe marca até hoje, e na adolescência, da meningite que quase
lhe tirou a vida, teve então que se readaptar para conviver com uma realidade
mais difícil ainda. Em meio a esse processo de readaptação, que ficou
conhecendo um software que lhe possibilitaria voltar a usar o computador.
Trata-se do Dosvox, software desenvolvido pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ). Com o Dosvox e a ajuda de Jane, com quem está casado
desde janeiro de 93, aprendeu a digitar sem precisar olhar para o teclado,
o que já não podia mais fazer. Algum tempo depois, fez o curso do software
Virtual Vision na Fundação Bradesco de Ceilândia. A intenção inicial que
o motivou a aprender a utilização desses softwares foi a de auxiliá-lo
no trabalho de cantor e compositor, mas em 2004 foi convidado pelo Integra
(Instituto de Integração Social e Promoção da Cidadania) para ser o professor
do curso de Introdução a Informática, Digitação e Outlook Express que
seriam implantados com o projeto Visão Virtual. Desde então, tem se dedicado
às aulas e à produção de material didático que possibilitem a inclusão
digital para outros deficientes visuais em vários recantos do país. No
curso que ministra há dois anos e meio, mais de duas centenas de alunos
já puderam ter acesso ao universo digital, passando assim a dispor de
cultura, ensino, trabalho e muito mais via informática. Superando todas
as dificuldades, atualmente Valter também dedica-se, junto com Jane ao
trabalho musical levando fé, amor e esperança por todo o Brasil. Além
de Brasília, Valter tem se apresentado em Goiás, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, Bahia, Sergipe, São Paulo e Espírito Santo. A carreira artística
começou em abril de 92, quando Valter lançou seu primeiro trabalho como
cantor e compositor. `Momentos e canções` foi um disco marcadamente inovador,
trazendo `Pedro`, como carro-chefe, `Bill Bíblia` e `Eita Coração`. Começam
aí suas primeiras incursões no meio musical passando a percorrer escolas,
associações profissionais, igrejas e outros locais divulgando seu trabalho.
Depois vieram outros lançamentos: Canto Livre (1993); Essência (1995);
Bálsamo (1997); Criança Não É Brincadeira (1998); Equilíbrio (2000); Dez
Anos (2002); e Grata Memória (2004). E de tanto cantar e falar em música,
Valter buscou trazer uma contribuição mais objetiva às igrejas. Surgiu
assim o livro `A música no dia-a-dia da igreja: identificando problemas
e propondo soluções` - fruto de suas peregrinações por igrejas de todas
as perspectivas doutrinárias e ênfases litúrgicas. Valter já apresentou
e produziu programas de rádio em emissoras AM e FM e hoje divulga seu
trabalho através do site que ele mesmo construiu. A vida de Valter Júnior
de Melo por si só já o qualifica para receber esta tão honrosa homenagem
da Câmara Legislativa do Distrito Federal. É nos dada à oportunidade de
reconhecer a dedicação deste homem e o amor demonstrado por Brasília,
cidade que se tornou seu orgulho. Valter é um homem que perdeu a visão,
mas não à vontade de viver, de sonhar, de fazer planos de ser útil. Reconhecê-lo
como legítimo Cidadão do Distrito Federal é reconhecer a sua atuação benéfica
em favor da inclusão de pessoas com deficiência visual.
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