07/02 - TELEVISÃO BABÁ ELETRÔNICA PARTE 01. A televisão passou a ser usada para desestruturar ainda mais uma cultura já desestruturada. .. estimula o ódio, a fome e a submissão. Em 1.992 havia um milhão de tevê no mundo. Segundo o IBGE há dois milhões de casas com televisor no Brasil que dispensaram o luxo de ter outro eletrodoméstico. Afinal, a televisão é mais importante para o brasileiro do que a geladeira. .. Temos cinquenta e cinco milhões de pessoas que ficam a noite assistindo novelas. ...Uma pesquisa feita em 1.996 por uma americana, apontou que nós brasileiros assistimos quatro horas de tevê por dia, vinte e oito por semana, mil quatrocentos e trinta e duas horas por ano. ..Podemos hoje atribuir à televisão responsabilidade por desvios de conduta, estímulo à violência, permissividade sexual, discriminação e até drogas. Com a chegada da televisão no Brasil na década de 50 foi um marco que mudou considerávelmente o perfil da criança e da família cristã. O temor a Deus o reconhecimento do seu poder e caráter, foi desaparecendo da sociedade e da igreja com a chegada da televisão. ...Enquanto ficamos na sala assistindo televisão, morre no mundo inteiro 119.000 pessoas por dia, 4.980 por hora, são 165 por minuto. E o mais triste é que deste total 97% vão para o inferno. 08/02/02 - Chamou-me a atenção uma matéria que li na revista ECLÉSIA de junho/2000 escrita pelo Pastor Israel Belo de Azevedo. '' DIANTE DA LAMA '' ___ Houve um tempo em que ser evangélico era ter um passaporte que se podia exibir sem necessidade de explicação. Houve um tempo em que o culto era uma oportunidade para se celebrar o Deus que ouve e fala. Houve um tempo em que o dízimo era um modelo a ser transposto. Houve um tempo em que fazer negócio com um evangélico trazia tranquilidade à outra parte. Houve um tempo em que ser pastor era ser respeitado como alguém voltado sempre para o cuidado dos outros. Houve um tempo em que ser um político evangélico era portar um atestado de confiabilidade. Era o tempo em que os evangélicos eram uma minoria tão inexpressiva que parecia silenciosa. Hoje os evangélicos são ruidosos e enchem os estádios por seus pregadores e cantores. É até possível que o somatório de todos os evangélicos reunidos dominicalmente seja superior aos que frequentam os cultos católicos. Ao mesmo tempo, ser evangélico vem sendo associado a uma carga negativa, imerecida e merecida. O imerecimento é fruto ainda do desconhecimento. A grande imprensa não sabe lidar com as práticas e terminologias evangélicas. Todavia, parte da carga negativa é merecida. Há igrejas que desenvolvem seus programas com os olhos nos envelopes de contribuição. Alguns são abertas em função das perspectivas de retorno financeiro. Outras condicionam as bênçãos de Deus a um certo tipo de pagamento, no duplo pecado de pretender aprisionar Deus e de desejar incluí-lo na cumplicidade do estelionato. Não faltam aqueles que entram em parcerias na área social, visando a desviar o que puder para si ou para seus líderes. Há pastores que não pregam aquilo em que crêem, nem aquilo que lhes pede a Palavra na qual se baseiam, mas comunicam aquilo que dá resultado. Parecem mais cartomantes que sempre falam o que seus clientes querem ouvir. Pouca gente suspeita que são ateus esses pastores capazes de encher templos, praças e estádios. Há profissionais evangélicos, nos vários campos, da política ao esporte, que têm feito uma infeliz separação entre fé e prática, como se nunca tivessem lido TIAGO. Em outras palavras, também temos os nossos escândalos, desde aqueles de foro íntimo ( que deixam de ser íntimos porque cometidos por pessoas públicas ), que raramente chegam às páginas dos jornais ou aos telejornais, àqueles de domínio geral ( envolvendo comportamentos corruptos ou corruptores ), para desgraça da reputação de todos os evangélicos, e não apenas dos que delinquiram. Discordarão alguns: casos desta natureza são excepcionais. Sim: são poucas as ocorrências, mas deviam ser nenhuma. Outros argumentarão: há muitos que se dizem evangélicos para proveito próprio, seja para vender produtos evangélicos, seja para obter algum outro tipo de benefício. Ainda assim, cabe-nos a culpa da ingenuidade. Temos que ser vigilantes, porque nem todos os que dizem '' Senhor, Senhor '' crêem no Senhor. Outros reclamarão que não se pode cobrar perfeição de nós, o que é verdade, como o é também que nós mesmo construímos esta imagem. Cobram-nos santidade porque dissemos que somos diferentes. Estamos pagando o preço da quantidade. Nem todos os pastores apascentam segundo o coração de Deus. Nem todos os políticos evangélicos foram divinamente vocacionados para o serviço. Nem todos os atletas de Cristo são de Cristo. Nem todos os evangélicos são evangélicos. Se isto nos protege em parte, não podemos proteger a banda podre instalada em nosso meio. E não se trata aqui apenas de buscar preservar o nosso nome, mas de manter as portas abertas para o testemunho acerca do amor de Deus. O perdão é para quem confessa o erro, arrepende-se e se dispões a um novo caminho. Se a sociedade não faz isto, nós fazemos, cerzidos pela Graça. Fazê-lo é diferente de fingir que não se vê. Se a acusação é procedente, por mais que nos doa, temos que fazer parte do coro dos denunciantes, nunca do biombo em torno do cadáver para que ninguém o veja. Israel Belo de Azevedo ( é doutor em filosofia, escritor e pastor da Igreja batista Itacuruçá -RJ ) |
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