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"Quando o homem trabalha, ele trabalha; Quando o homem ora, Deus trabalha"
TUDO PODE SER MUDADO PELA ORAÇÃO...

BOLETIM DE ORAÇÃO - ORE PELA INDIA - Pág.03
Jan/2003 a Abril/2004 : Nr. 42a78
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"Quando o homem trabalha, ele trabalha; Quando o homem ora, Deus trabalha"
TUDO PODE SER MUDADO PELA ORAÇÃO...
 
BOLETIM DE ORAÇÃO - ORE PELA INDIA
 
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Número 78
Edição de terça-feira, 27 de abril de 2004
Eleições deixam cristãos preocupados ÍNDIA (33º)
- Envolvendo um total de 675 milhões de eleitores e mais de quarenta partidos regionais e nacionais disputando por 543 cadeiras parlamentares, a décima quarta eleição é o maior evento eleitoral do mundo. Dada a recente história de opressão religiosa da nação, a eleição é crucial para o futuro dos cristãos por toda a Índia. Na primeira fase da votação em treze estados, incluindo os dois territórios da união de Madhya Pradesh e de Gujarat, 175 milhões de eleitores exercitaram seu direito de voto. Os dois grupos principais que disputam as eleições são predominantes: a Aliança Democrática Nacional (AND), liderado pelo partido nacionalista hinduísta Bharatiya Janata (PBJ), e a aliança secular, liderada pelo Partido do Congresso de oposição. O PBJ surpreendeu alguns eleitores ao cortejar comunidades cristãs e muçulmanas, previamente vistas como o banco de votos exclusivos do Partido do Congresso. Como parte da seu plano de campanha, os políticos do PBJ prometeram uma melhora econômica para as minorias religiosas e diminuição de seu apoio a causa hinduísta fundamentalista de tornar a Índia uma nação hindu. Em uma atitude surpreendente, o PBJ recentemente recrutou cristãos para fazer parte do partido. Quatro sacerdotes cristãos pertencentes à Igreja do Sul da Índia (ISI) e a Igreja Pentecostal se associaram ao PBJ no estado de Kerala, onde quase vinte por cento da população Abraham Thomas, um membro da ISI, disse aos representantes da mídia que, "Eu estou me associando ao PBJ a fim de provar que o partido não é contra a minoria." No estado do sul da Karnataka, H.T. Sangliana, um antigo superintendente da polícia em Bangalore, também se associou ao PBJ. Sangliana é bastante conhecido por sua fé cristã. O deputado primeiro-ministro L.K. Advani, do PBJ, prestou bastante atenção nas áreas denominadas cristãs quando viajou pelo estado de Kerala, como parte de uma campanha eleitoral por todo o país no mês de março. Entretanto, a maioria dos cristãos se recusa em acreditar que o partido PBJ, que possui um recorde de hinduístas militantes e de opressão das minorias cristãs, realizou uma mudança verdadeira nas suas políticas nacionalistas. O apoio contínuo do PBJ recebido das organizações hinduístas extremistas, tais como a Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), a Vishwa Hindu Parishad (VHP) e a Bajrang Dal, se torna evidente no seu discurso eleitoral quando fala sobre uma proibição nacional das conversões religiosas antiéticas. Tal proibição seria baseada nas leis anticonversão já em vigor em Tamil Nadu, Gujarat, Orissa, Madhya Pradesh e Arunachal Pradesh. Alguns cristãos estão confusos com a forma que os políticos do PBJ tem atraído os eleitores cristãos, enquanto, simultaneamente, prometem estender a legislação anticonversão. O Dr. John Dayal, vice-presidente nacional da União Católica de toda a Índia e o secretário-geral do Conselho Cristão de toda a Índia, apontaram inconsistência em uma recente divulgação do PBJ na imprensa. "Embora o partido esteja ocupado tentando seduzir as pessoas de várias comunidades minoritárias, o documento da visão do PBJ, o discurso da AND e as afirmações da liderança nacional do PBJ não deixam dúvidas que o partido e a AND estão unidos às políticas comuns da RSS, que são hostis a todas as minorias e, especialmente, a comunidade cristã", afirma John. Atividades anticristãs ainda estão a caminho, apesar da retórica eleitoral. De acordo com um relatório no Indian Express em 15 de abril, a VHP recentemente realizou uma cerimônia de "re-conversão" para cristãos no distrito de Dangs de Gujarat, um estado notório pela violência cometida pelos hinduístas contra os cristãos. Os cristãos afirmam que os recentes ataques contra os cristãos em Jhabua, Madhya Pradesh, foram realizados pelos oficiais do governo do PBJ naquele estado. Os oficiais foram escolhidos dentro de um plano, onde assuntos de desenvolvimento foram ressaltados. Entretanto, a opressão contra a minoria cristã iniciou imediatamente após as eleições. Cristãos em outras partes da Índia temem que o mesmo pode acontecer se o PBJ vencer as eleições gerais por uma maioria substancial. "Mesmo se o PBJ retornar ao poder utilizando assuntos de desenvolvimento, é muito provável que isso reverteria para seu núcleo de ideologia Hindutva [hinduísta nacionalista]", Reginald Mukha, diretor-geral da Curadoria Evangélica do Norte da Índia relatou. O discurso do Partido do Congresso também acusou o PBJ de abuso da religião para tirar vantagens políticas. O discurso assegura que o PBJ é responsável pelas mortes de mais de dois mil muçulmanos nos conflitos de Gujarat em 2002. Por outro lado, o Partido do Congresso promete "ações rigorosas contra aqueles que promoverem ações de intolerância social" e fala sobre "a execução da lei a fim de assegurar harmonia e coesão social." Nos seu discurso de 32 páginas, o partido defende "a igualdade integral de oportunidade em todos os aspectos para os setores mais fracos da sociedade." A maioria das pesquisas de opinião apresenta uma grande maioria de votos para a AND. De acordo com uma pesquisa realizada no Indian Express–NDTV na metade do mês de março, a AND tem grande probabilidade de vencer as eleições, com o partido PBJ ocupando 190 a duzentas cadeiras. A mesma pesquisa prevê que o Partido do Congresso ocupará 95 a 105 cadeiras parlamentares. Contudo, levará várias semanas até que os resultados finais sejam conhecidos. A contagem de votos não iniciará até dia 13 de maio. Até esta data, a comunidade cristã na Índia poderá somente votar, esperar e orar.
Tradução: Daniela Mendonça
Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 77
Edição de quinta-feira, 22 de abril de 2004
Eleições parlamentares na Índia preocupa cristãos India (MNN)
– Os cristãos ainda estão preocupados, apesar do positivo resultado das “bocas de urnas”, enquanto as eleições parlamentares na Índia continuam nesta nação predominantemente hindu. De acordo com relatórios, espera-se que a Aliança Democrática Nacional do atual Primeiro Ministro da Índia Atal Bihari retorne ao poder e ganhe mais cadeiras no parlamento indiano. Yohannan da Gospel for Ásia (Evangelho para Ásia) diz que os crentes estão preocupados. “O maior medo” diz Yohannan, “sobre toda esta eleição para as minorias religiosas, é que o BJP mesmo, terá a maioria, o que significa que eles poderão reescrever a Constituição, trazendo leis como se tem no Afeganistão, Irã e na Arábia Saudita.” Porém, Yohannan não antecipa este acontecimento, pois talvez eles (BJP) dependerão de uma coalizão com outros partidos para alcançar a maioria no parlamento, como tem acontecido até agora. “Então o quadro é um pouco diferente do que algumas pessoas temem, dizendo que nós teremos problemas” diz Yohannan. O Governo de Vajpayee tem sido apoiado por boas colheitas, crescimento econômico de 8% e pela grande possibilidade de paz com o Paquistão. Crescimento econômico depende de boas relações com os Estados Unidos, diz Yohannan. Deste modo, perseguição das minorias religiosas como, cristãos e muçulmanos, talvez não estejam muito alto no radar deles. Os resultados parecem indicar que a vitória de Vajpayee não será tão fácil quanto foi projetada. Yohannan diz que apesar dele não está tão preocupado, ele prefere tomar uma atitude de ‘espere e veja’. “A coisa chave é ‘o que eles farão depois das eleições?’ Minha oração e esperança é que eles não irão ou se entregarão nas mãos de extremistas”. Qualquer que seja o resultado, diz Yohannan, não afetará o trabalho de Gospel for Asia. Yohannan diz, “Até o ponto que nós sabemos, milhares de pastores e missionários fizeram uma decisão: - se vida ou morte, nós continuaremos a pregar o Evangelho. Isto é o que nos temos declarado publicamente e o Governo e todos mais sabem disso também.” As eleições começaram na terça-feira (20/04) e continuam até 10 de Maio. Espera-se os resultados para depois do dia 13 de Maio. Por Mission Network News e Gospel for Asia ( http://mnn.gospelcom.net) – tradução livre e adaptada

Número 76
Edição de terça-feira, 13 de abril de 2004
Eleições na Índia trazem preocupação para missionários India
(MNN)— Um mal-estar está em ascensão enquanto as eleições do parlamento da Índia se aproximam, no mês que vem.
“O partido político que tem a maioria no poder agora é o partido Bharatiya Janata, ou BJP. Sob seu governo as coisas foram muito hostis para cristãos em muitas partes do país. Existe o medo que este partido e este tipo de pessoas possam ganhar muito mais poder nas próximas eleições" Isto é o que diz Dave DeGroot da Missão Índia (Mission Índia), de Grand Rapids, Michigan. As eleições serão realizadas em quatro fases e devem começar em abril. Com o BJP balanceando para assumir o comando do parlamento, existe a preocupação das Missões que poderiam ver mais leis anti-conversão no horizonte político.
DeGroot diz que a onda de apoio atrás de um movimento nacionalista e das leis da anticonversão em toda a Índia faz o trabalho evangelistico cada vez mais arriscado, mas, "nós usamos o povo local que pode quase sempre encontrar maneiras de contornar estes problemas quando eles surgem. Entretanto, está será uma nova série de grandes problemas novamente." A igreja nacional está disposta a ministrar através destas circunstâncias, mas necessitam de apoio. DeGroot diz, "Eles estão nos pedindo oração, e nós por sua vez, queremos orar por eles para que sejam revestidos de poder para realizar seu trabalho enquanto há oportunidades”.
Por Mission Network News ( http://mnn.gospelcom.net) – tradução livre e adaptada
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Número 75
Edição de sexta-feira, 02 de abril de 2004
Financiando grupos extremistas hindus Índia (MNN) - Uma investigação do Reino Unido indica que algumas organizações de caridade estão levantando dinheiro para atividades violentas na Índia, sobre o pretexto de ajuda humanitária. David DeGroot da Mission (Missão) India de Grand Rapids, Michigan disse que um dossiê da investigação da Casa dos Lordes indica que milhões de Libras levantadas pelo público britânico foram destinadas para outras coisas e não para ajuda humanitária. DeGroot diz que foram investigadas as doações feitas para ajuda humanitária. "Eles estão descobrindo que muito deste dinheiro foi canalizado para campanha e material extremista hindu, você pode dizer, na Índia. Em outras palavras, as pessoas pensam que estão contribuindo para ajuda humanitária e o dinheiro estava financiando a agenda extremista”, diz DeGroot. Um dos grupos que recebia parte deste dinheiro era Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), um grupo conhecido pelo seu ataque contra as minorias Cristãs. O RSS defende uma supremacia Hindu e a repressão das minorias. Este é apenas um dos muitos inescrupulosos esquemas de financiamento destes grupos na Índia. DeGroot diz "é necessário enfatizar para quem está sendo dado este dinheiro. Nós altamente recomendamos que as pessoas fiquem com as organizações que eles conheçam e confiem.” Até agora o relatório não tem danificado o programa deles de levantar fundos. “Organizações cristãs estão sempre preocupadas que sejam pintadas da mesma maneira que estes inescrupulosos negociantes. Nós não queremos que isto aconteça,” diz DeGroot. Enquanto este esquema de levantamento de fundo não os tem ferido, o RSS tem. “Eles causam problemas para nosso povo nas vilas. Estes problemas envolvem brutalidade, perseguição abertamente, ridicularização e humilhação. Eles ainda estão envolvidos em crimes muito piores do que estes,” diz DeGroot. Ele diz, “é uma tragédia que estas pessoas sejam enganadas para contribuir de alguma maneira ou forma para esta organização em particular.” Assist News Service relata que muitos profissionais estão imigrando da Índia para os Estados Unidos. Por causa disto, um grupo conhecido com “Fundo de Ajuda e Desenvolvimento da Índia” tem se posicionado com companhias americanas para serem incluídas em programas de contribuições dos empregados. Assist diz que a Cisco (grande companhia americana) deu quase 70 mil dólares para esta organização, sendo um das cinco maiores contribuições de caridade no ranking da Cisco. Por Mission Network News ( http://mnn.gospelcom.net/article/5768) – tradução livre e adaptada


Número 73
Edição de terça-feira, 23 de março de 2004
Fundamentalistas hindus acusam padres católicos de estupro e assassinato ÍNDIA (33º)
- Fundamentalistas hindus acusaram padres católicos do estupro e morte de uma adolescente em Madhya Pradesh no dia 3 de março. Entretanto, a comunidade católica rejeita as acusações, dizendo que a morte da garota é um caso claro de suicídio. Geeta Devi Saket era uma estudante Dalit (casta inferior) do Internato de Meninas de Deosar, administrado pela diocese católica de Satna. O padre Raju Matthew, clérigo do internato, disse que uma empregada encontrou o corpo da menina enforcado no batente de ferro da porta do banheiro do dormitório por volta das 19:00h de 3 de março. Ativistas do Bajrang Dal, a ala jovem do Vishwa Hindu Parishad (VHP ou Conselho Hindu Mundial), atacou os padres católicos e outros obreiros da igreja no dia 4 de março porque consideraram os clérigos responsáveis pela morte da menina de 15 anos. No momento do ataque, o padre Thomas Thelakkatt e vários outros obreiros da igreja estavam tentando levar o corpo de Geeta para um hospital público próximo para ser feita uma autópsia, de acordo com uma reportagem do Asia News. O padre Thomas foi gravemente ferido no ataque e ficou inconsciente. Os outros escaparam ilesos e depois levaram Thelakkatt para a propriedade da missão num veículo da igreja. No começo do ataque, sabe-se que os agressores disseram a Thomas que eles "logo iam mostrar o poder do Bajrang Dal". Alguns minutos depois, o líder local deles foi até o padre e o esbofeteou em ambas as faces. "Eu não me lembro de quantas vezes fui espancado", disse Thomas. "Tudo o que sei é que depois minha camisa e meu lenço estavam encharcados de sangue do meu nariz e da minha boca". Devendra Dwivedi, autoridade do vilarejo de Odgady, onde Geeta mora, acredita que os padres são responsáveis pela morte da garota. "Os padres sabem a respeito do incidente e são responsáveis pelo estupro e morte da menina", alegou ele. Devendra, que liderou o grupo de manifestantes do Bajrang Dal que atacou Thomas, insistiu para que a autópsia fosse feita no principal hospital do distrito em Siddhi, a 40 quilômetros de Deosar. Devendra e seu grupo tiraram o corpo de Geeta dos padres católicos, colocaram-no em outro veículo da igreja e o levaram para o hospital em Siddhi. O relatório da autópsia confirmou que Geeta havia cometido suicídio e que não havia acontecido estupro. "O relatório pós-morte revelou a evidência conclusiva que a garota cometera suicídio, e que não houve estupro como foi alegado por certos grupos de pessoas", disse Mayank Jain, superintendente de polícia do distrito de Siddhi. O bispo Matthew Vaniakizhakkel, diocese de Satna, viajou para a propriedade da missão no dia 4 de março para ajudar os obreiros da igreja a resolverem a controvérsia. "Estamos sendo assediados e atormentados sem motivo", disse ele à imprensa. "É um infortúnio que os missionários estejam sendo vitimados e acusados pelo que não fizeram". A situação em Deosar permaneceu tensa na semana seguinte ao incidente. A polícia ordenou que o padre Thomas permanecesse na propriedade, apesar de precisar de cuidados médicos. Outro funcionário da igreja, incluindo o bispo Matthew, também foram confinados à propriedade da missão. Quando Portas Abertas falou com os oficiais da igreja na segunda semana de março, a situação estava aos poucos voltando ao normal. "O padre Thomas está se recuperando e o bispo Vaniakizhakkel voltou ao escritório de sua diocese", disse Raju. O Estado de Madhya Pradesh mal se recuperou de um incidente anterior em janeiro, quando o corpo de uma menina de nove anos foi encontrado na propriedade de uma missão católica em Jhabua. Apesar da detenção de um homem que assumiu a responsabilidade pelo assassinato, alguns hindus ainda alegam que os oficiais católicos da escola são responsáveis pela morte da menina. As autoridades católicas temem mais distúrbios com a aproximação das eleições gerais na Índia, programadas para começarem em 10 de abril. Os cristãos acreditam que grupos hindus estejam tentando polarizar os eleitores para os assuntos religiosos. A Sra. Uma Bharti, ministra chefe do Partido Bharatiya Janata (PBJ) de Madhya Pradesh, apoia abertamente a agenda dos grupos nacionalistas hindus. Desde sua nomeação em janeiro, o Estado tem testemunhado um forte aumento das atividades de hindus fundamentalistas. Os cristãos de Madhya Pradesh temem ataques como o que aconteceu contra Thomas continuem até que as eleições terminem. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

nr. 71 Edição de sábado, 21 de fevereiro de 2004
Mulheres cristãs são espancadas e humilhadas por se recusarem a negar Jesus
ÍNDIA (37º) - Mulheres cristãs do Estado de Orissa, sofreram espancamentos e humilhação pública por se recusarem a desistir da fé. De acordo com os meios de comunicação, um grupo de extremistas hindus arrastou para fora de casa oito mulheres, incluindo duas garotas de 15 anos, no dia 6 de fevereiro enquanto os homens da família estavam trabalhando. Os agressores espancaram gravemente as mulheres com varas. Ao tentar reagir, suas roupas foram rasgadas e elas foram forçadas a andar nuas pelo vilarejo. Os extremistas tentaram persuadir as mulheres a renunciar ao cristianismo. Quando ela se recusaram, seus agressores rasparam à força a cruz em suas cabeças. O ato de "tonsura", ou cortar o cabelo em forma de cruz, é um ritual religioso normalmente reservado ao padres e monges. Nenhuma mulher das casas vizinhas veio em socorro a elas, apesar das mulheres cristãs terem pedido ajuda. Quando os agressores fizeram mais ameaças contra elas, as mulheres e suas famílias fugiram dos vilarejos de Kilipala e Kanimul, no distrito de Jagatsinghpur, Estado de Orissa. Cerca de 20 pessoas, incluindo duas crianças, abrigaram-se numa igreja evangélica em Bhubaneswar, capital do Estado. A Televisão Nova Déli encontrou recentemente as famílias na igreja e entrevistou as mulheres. Apesar da humilhação que sofreram, elas insistiram que sua fé em Cristo permanecia firme e não se reconverteriam ao hinduísmo. "Os moradores do vilarejo me torturaram e me humilharam antes de cortarem meu cabelo à força. Eles sequer pouparam minha filha", disse Sanjukta Kandi, uma das vítimas. De acordo com as mulheres, a multidão que as atacou era composta por cerca de 45 aldeões, alguns dos quais eram seus próprios parentes. A tensão acendeu-se com o incidente, e os membros da família ainda estão com medo de voltar para casa. As mulheres estão recebendo cuidados pastorais e apoio da igreja de Bhubaneswar. Entretanto, o pastor reluta em discutir seu envolvimento, temendo represálias dos hindus contra a igreja. A polícia local conversou com as vítimas e testemunhas, mas não seguiu os procedimentos legais corretos. Por exemplo, não havia polícia feminina presente durante a investigação, contrariamente às determinações legais. Houve também uma considerável demora antes que se permitisse às mulheres fazerem o Boletim de Ocorrência (BO), no qual elas deram os nomes de 35 pessoas responsáveis pela agressão. Alguns dos agressores eram hindus, parentes das vítimas. Dayal Gangwar, o superintendente distrital de polícia, disse que as mulheres se converteram ao cristianismo só recentemente, após contato com um residente do vilarejo que era cristão há 9 anos. De acordo com Gangwar, não houve tentativa de forçar as famílias à conversão. Visitas regulares e oração as haviam convencido a crerem em Cristo, disse ele. Os obreiros cristãos de Bhubaneswar disseram a Portas Abertas que extremistas hindus estão trabalhando ativamente na área para "criar a consciência sobre os males do cristianismo" entre os moradores. Representantes de organizações hindus como o Bajrang Dal e o Vishwa Hindu Parishad foram designados em cada vilarejo para relatar quaisquer sinais de atividade missionária ou evangelística. O Estado de Orissa já é conhecido por sua violência contra os cristãos. Foi nesse Estado que em janeiro de 1999 extremistas hindus assassinaram o missionário australiano Graham Staines e seus dois filhos. Houve também muitos relatos nos últimos anos de mulheres em várias partes do Estado que foram despidas e tiveram a cabeça raspada antes de serem rotuladas como "feiticeiras". A administração distrital prometeu tomar providências legais a respeito do recente ataque. Entretanto, até este momento nenhuma prisão foi feita. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

 

Número 70 Edição de quarta-feira, 28 de janeiro de 2004
Alvoroço em cidade indiana devido à morte de uma menina de 9 anos Ministro diz que assassinato em Jhabua, Madhya Pradesh, foi uma conspiração "bem planejada" Os cidadãos de Jhabua, Estado de Madhya Pradesh, ainda estão enfurecidos pelo assassinato de uma menina de 9 anos, cujo corpo foi descoberto na propriedade de uma escola missionária no dia 14 de janeiro. O governo local, ministro Kailash Vijayvargiya acredita que os violentos conflitos em Jhabua são o resultado de uma conspiração "bem planejada" contra a escola católica. Manifestantes hindus alegam que Sujata, a filha de um vendedor de frutas, estava vendendo frutas em frente à escola missionária católica quando um homem jovem acenou para que ela entrasse na escola. Quando ela não voltou, o irmão foi à sua procura e por fim encontrou o corpo de Sujata na propriedade da escola. No dia 15 de janeiro, uma multidão de 500 pessoas reuniu-se fora da escola de Jhabua. A multidão forçou a entrada nas dependências da missão, gritando frases anticristãs e atirando pedras contra o pessoal e contra os veículos da propriedade. A polícia inicialmente dispersou a multidão por volta das 16h, mas esta tornou a reunir-se na propriedade da escola às 19h da noite. Desta vez a polícia usou porretes para dispersar a multidão. Mais tarde, a polícia prendeu sete pessoas da administração, incluindo o padre John Sunni, encarregado da escola da missão e o diretor da escola. Observadores disseram que as prisões foram feitas para acalmar a multidão, cuja fúria fora alimentada por grupos militantes hindus tais como o Hindu Jagran Manch (HJM) e o Vishwa Hindu Parishad (VHP). O líder do VHP, Khumsing Maharaj liderou uma multidão de centenas de pessoas à escola e exigiu a detenção do pessoal administrativo. Alguns dias depois do assassinato, a polícia deteve Manoj Jadhav, empregado de uma companhia de seguros que, ao que se sabe, confessou o crime de estupro e assassinato de Sujata, antes de jogar o corpo na propriedade da missão. Entretanto, Maharaj alegou que Jadhav era retardado mental e que não poderia ser responsável pelo crime. Além disso ele ameaçou tomar medidas drásticas se os "verdadeiros culpados" não fossem pegos. O Hidustan Times de 17 de janeiro citou um porta-voz da diocese católica, que disse estarem o Bajrang Dal, o HJM, o VHP e outras organizações hindus liderando protestos de massa e espalhando informações falsas a respeito do incidente. O porta-voz disse também que estavam sendo trazidas pessoas de Gujarat para "agravar a atmosfera já tensa". Krishna Ben, um discípulo de Gujarat de um famoso guru hindu, liderou uma turba ao vilarejo próximo de Amkhut logo depois do assassinato e fez discursos provocativos contra a comunidade cristã. A turba foi depois à Igreja do Norte da Índia, onde saqueou prédios e outras propriedades da igreja. Logo em seguida houve retaliação pela comunidade local, composta principalmente por cristãos da segunda geração de origem tribal. A turba hindu foi dispersada, para logo em seguida retornar, armada e em grande número, junto com ativistas do VHP e do Bajrang Dal. Várias casas pertencentes a cristãos foram destruídas pelo fogo pela falta de intervenção da polícia. Arjun Pal, um membro da organização hindu Seva Bharati, foi morto nos choques daquele dia. A Ministra Chefe, Uma Bharati, linha dura do Hindutva (nacionalista hindu), prestou homenagem a Arjun Pal e disse que fora paga a importância de 100.000 rupias (2.200 dólares) à sua família como compensação. A Sra. Bharati, falando em reunião de manifestantes hindus, disse que ela "desaprovava enfaticamente suas frases negativas". Entretanto, ela apressou-se em acrescentar que os serviços médicos e educacionais oferecidos pelos missionários cristãos em Jhabua não deveriam servir de disfarce para conversões religiosas, reiterando que a conversão através de "sedução" é contra a lei. A situação ainda permanecia tensa em 21 de janeiro. Panfletos anticristãos foram distribuídos abertamente em pontos de ônibus, nas ruas e no enterro de Arjun Pal – agora considerado mártir da causa hindu. Os panfletos advertiam contra conversões forçadas patrocinadas por "forças antinacionalistas e missionárias", insistindo que os hindus se unissem e defendessem a Índia como nação hindu. Os líderes do VHP alegaram também que estava em curso um conspiração para criar outra "Nagaland" em Jhabua. A população de Nagaland, Estado do nordeste da Índia, é pelo menos 50% cristã. Em Jhabua, faixas e panfletos continuam acusando os cristãos pelo assassinato. Muitos ainda acreditam nas acusações, apesar de uma equipe de investigação dirigida pelo ministro de Estado, Kailash Vijayvargiya ter retornado de Jhabua convencida da inocência do pessoal da escola. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 69 Edição de segunda-feira, 26 de janeiro de 2004 Leis anticonversão discriminam cristãos na Índia Igrejas e organizações missionárias aprendem a lidar com normas restritivas Leis anticonversão implementadas em cinco Estados da Índia são claramente discriminatórias contra os cristãos, de acordo com líderes de organizações missionárias. Entretanto, as leis não são implementadas uniformemente, e muitas igrejas e evangelistas locais encontraram formas de contornar as normas novas. De acordo com o Sr. Williams, relações públicas de um importante colégio teológico da Índia, a lei anticonversão aprovada no Estado de Tâmil Nadu em outubro de 2002 foi claramente tendenciosa contra os cristãos. Antes da introdução daquela legislação, o crescente número de conversões ao cristianismo alarmou o governo do Estado. Entretanto, Williams acrescentou que a lei foi resultado direto da provocação dos missionários Adventistas do Sétimo Dia, que realizaram um falso batismo e deram publicidade ao evento para levantar fundos de seus patrocinadores americanos. A julgar pelo número de processos protocolados contra os cristãos em 2003, é clara a existência de uma tendência anticristã. Entre os incidentes estão acusações contra palestrantes universitários que deram Bíblias a seus alunos ou falaram sobre Jesus no campus, disse Williams. O Estado de Gujarat aprovou a mais recente lei anticonversão no dia 26 de março de 2003. Ostensivamente planejada para impedir quaisquer conversões de uma para outra fé, o principal alvo da lei até agora tem sido a atividade missionária cristã – particularmente no distrito dos dangs, onde grupos militantes hindus têm feito há muitos anos campanha para restringir a atividade missionária. Em três dos cinco Estados com leis anticonversão, as organizações missionárias foram deixadas relativamente em paz, informam as fontes. Isso ocorre em Madhya Pradesh, Arunachal Pradesh e algumas partes de Orissa. As restrições são mais intensas em Tâmil Nadu e Gujarat. As igrejas e as organizações missionárias encontraram suas próprias formas de sobreviverem sob essas restrições. O Rev. Wesley Jacob, pregador e ex-missionário no norte da Índia disse que há pelo menos cinco formas de reação dos missionários: 1. Há ‘centros de bravata’, onde os missionários incentivam potenciais convertidos a desafiarem abertamente a lei. ‘Se você está do lado de Cristo, o mundo está contra você’, é o assunto principal desse ensino. Desobedecer a lei é então sinônimo de seguir a Cristo". 2. Levar convertidos às casas de líderes cristãos e batizá-los secretamente em tanques de água que normalmente abastecem a casa. 3. Pedir que alguns convertidos permaneçam como cristãos em segredo. Isto, entretanto, cria enormes problemas quando amigos e familiares os convidam para participarem de cerimônias nos templos. 4. Alguns convertidos são levados de suas famílias e acomodados em propriedades das missões. Mas isso divide famílias e pode levar a grande sofrimento, especialmente quanto o convertido é o principal arrimo da família. 5. Os convertidos são levados além das fronteiras de Estados vizinhos que não estão submetidos a leis anticonversão. Evangelistas de várias organizações missionárias disseram a Portas Abertas que essa é a estratégia mais comum entre eles. Entretanto, ativistas hindus têm citado esta prática para alimentar o argumento para a adoção de leis anticonversão a nível nacional. O batismo é uma questão chave para muitos hindus que se opõem ao cristianismo. "Não existe objeção em seguir a Cristo", disse o Sr. Cherian Thomas, um importante líder da União Evangélica e da Associação Evangélica de Pós-graduados. "É o batismo que os hindus consideram particularmente ofensivo, já que para eles isso significa um rompimento com a comunidade. "Estamos considerando agora um método alternativo que poderá não alienar as famílias. Além disso, trabalhamos através do evangelismo amigável e nossos métodos são não-intrusivos". Enquanto isso, uma das importantes organizações missionárias da Índia aconselhou seus missionários a seguirem o caminho legal. "O processo leva muito tempo", admite Timothy Austin, editor da revista Missão Evangélica Indiana. "O potencial convertido tem de ir ao Coletor (oficial do governo) e assinar um compromisso declarando que está se convertendo por sua livre e espontânea vontade", disse Austin. "O coletor irá então pessoalmente testemunhar o batismo e mandará um representante para ver se estamos forçando-o a se converter ou ele está fazendo por sua livre vontade. Conseguir permissão leva tempo. A polícia é mandada para verificar os diferentes aspectos de cada caso. Entretanto, normalmente a permissão é concedida". Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 68 Edição de segunda-feira, 19 de janeiro de 2004
Bajrang Dal anuncia planos para fazer filme em homenagem ao assassino de Staines Radicais hindus reagem ao filme que elogia o missionário australiano Graham Staines Líderes do Bajrang Dal, grupo militante hindu que apoiou o assassinato do missionário australiano Graham Staines e de seus dois filhos em janeiro de 1999, anunciaram planos para um filme em homenagem ao assassino de Staines. O Bajrang Dal negou até agora qualquer responsabilidade pelas ações do assassino condenado, Dara Singh; entretanto, o grupo anunciou em novembro de 2003 que patrocinaria a produção de um novo filme intitulado Dara: O Herói. O anúncio foi feito uma semana depois que o famoso produtor de cinema, Sunil Agnihotri, revelou seus planos de fazer um filme bilíngüe: O Assassinato de Um Missionário, elogiando o trabalho de Graham Staines. Agnihotri pediu à viúva de Staines que revisse o roteiro e está aguardando a liberação final dela. Ele espera começar as filmagens em fevereiro de 2003 e tem o ator Irfan Khan no papel de Dara Singh, que está no corredor da morte atualmente. O Bajrang Dal ameaçou interromper as tomadas do filme de Agnihotri no Estado de Orissa, advertindo que Agnihotri não terá permissão para filmar nos locais onde o missionário trabalhou. "Para nós Staines não passou de um vilão. Não vamos permitir que (Agnihotri) retrate o missionário australiano como um herói", disse Subahs Chouhan, presidente estadual do Bajrang Dal em Orissa. A Sanskrutika Chetana Manch (SCM) (Frente da Vida Cultural), uma organização filiada ao Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), concordou em financiar o filme que homenageia Dara Singh. "Apesar da SCM prover os fundos, nós vamos dar o apoio logístico durante as tomadas do filme", disse Chouhan. Ele acrescentou que uma pessoa tribal da região onde Staines trabalhou faria o papel de Singh em Dara: O Herói. Quando indagado sobre o conteúdo do filme, Chouhan disse que ele retrataria o "bom trabalho feito por Dara em impedir a conversão e a matança de vacas" nas áreas tribais. "Ao matar Staines e seus filhos, Dara certamente cometeu um crime. Mas suas atividades pertinentes a conversões foram boas. É isso que queremos retratar". Chouhan recusou comentar se o filme reproduziria o assassinato, já que seus comentários poderiam prejudicar a apelação de Singh contra a sentença de morte, agora pendente na Alta Corte de Orissa. "O roteiro do filme ainda precisa ser terminado. Estamos procurando um diretor e os autores para o filme proposto. Mas esperamos iniciar as filmagens em abril", acrescentou Chouhan. O Vishwa Hindu Parishad (VHP ou Conselho Hindu Mundial) opôs-se ao O Assassinato de Um Missionário com o mesmo fundamento legal. "Ninguém deveria fazer um filme sobre Staines, porque isso importaria em desrespeito à justiça. Além disso, um filme desses causaria atrito entre hindus e cristãos", disse Bipin Bihari Ratho, chefe da unidade do VHP em Orissa. Quando indagado por que os fundamentalistas hindus celebravam as virtudes de Dara, ele respondeu: "Se o povo pode idolatrar Nathuram Godse depois da morte de Mahatma Gandhi, então por que não Dara Singh?" Nathuram Godse, um membro do RSS, foi enforcado por ter matado Mahatma Gandhi, conhecido como o "pai da nação", em 1948. Anteriormente, o deputado do PBJ, Bidhubhusan Praharaj defendeu abertamente Dara, exigindo que o condenado tivesse permissão para ir ao seu vilarejo natal no distrito de Etawah, no Estado de Uttar Pradesh para realizar os ritos finais de seu pai que faleceu recentemente. "Ele é uma pessoa idealista, não um criminoso. É um protetor da comunidade hindu", disse Praharaj. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 67 Edição de quarta-feira, 14 de janeiro de 2004 Governo indiano nega direitos constitucionais a dalits cristãos Cristãos dizem que políticos hindus perpetuam discriminação O governo indiano rejeitou as exigências que os benefícios sociais fossem estendidos aos dalits cristãos e muçulmanos, aumentando os problemas enfrentados pela classe social mais desprezada na Índia. Os cristãos indianos haviam pedido que qualquer dalit – uma expressão hindi que significa "oprimido" – convertido ao cristianismo ou ao islamismo recebesse os mesmos benefícios já desfrutados por outras castas e tribos de acordo com o sistema hindu de castas. Entretanto, neste mês o ministro da Justiça Social, Satyanarayan, rejeitou a exigência com base em que tal ação dividiria a comunidade cristã e provocaria um clamor internacional. "Pode parecer que a Índia está impondo o sistema de casta aos cristãos", disse o ministro. Uma política de "reservas sociais" ou quotas, foi estabelecido na Constituição de 1950 para os membros das castas inferiores, também conhecidos como Intocáveis, ou dalits. As quotas designadas aos dalits, que na época constituíam 15% da população da Índia, uma quota correspondente de empregos e vagas nas escolas. Em 1956 e 1990, o governo federal concedeu o direito de reserva aos dalits que se tornaram sikhs e budistas. Entretanto, eles não estavam preparados para fazer o mesmo aos cristãos. "O tratamento separado dos cristãos dalits com base na religião importa em discriminação por parte do governo e uma violação dos princípios constitucionais", disse Pappu Yadav, líder do partido de oposição, o Janata Dal. O ministro Jatiya, membro do partido governante, o Partido Bharatiya Janata (PBJ), justificou a concessão de reservas aos dalits hindus, dizendo que eles sofreram muito com a discriminação econômica e social causada pela "intocabilidade". O PBJ insistiu que os muçulmanos e cristãos abraçassem o hinduísmo novamente para se qualificarem aos benefícios da reserva. De acordo com o Conselho Cristão da Índia, a concessão de benefícios sociais não seria uma imposição do sistema de castas aos cristãos. Na verdade, isso os ajudaria a se libertarem dele. A manutenção do sistema de castas é tão forte que os dalits cristãos continuam sofrendo discriminação apesar de convertidos a outra fé. Os dalits cristãos ainda são conhecidos por suas sub-castas e permanecem no mais baixo nível da sociedade. Muitos ainda estão envolvidos nas mesmas ocupações degradantes de seus companheiros hindus. A maioria hindu, bem consciente de que a independência das restrições de casta pode levar a um êxodo em massa da fé hindu, reluta em conceder mais direitos aos dalits que rejeitam o sistema de castas. "Pior que isso, as leis punem os convertidos ao cristianismo roubando-lhes quaisquer privilégios existentes", disse o Dr. John Dayal, secretário geral do Conselho Cristão da Índia. "Isso é manter os cristãos pobres, sem emprego e sem terra em muitos Estados. Mesmo os sickhs e os budistas que abominam o sistema de castas receberam esses privilégios de reserva". "Os dalits vêm exigindo esses direitos há 53 anos", disse o Dr. Joseph D’Souza, presidente do Conselho Cristão da Índia. "Eles têm apoio internacional suficiente, já que é um assunto de justiça natural. "Esse assunto foi discutido na Conferência Mundial patrocinada pela ONU contra o racismo e a discriminação, em Durban há dois anos, e fóruns sobre os dalits no mundo todo têm feito exigências semelhantes". Os próprios dalits vêem a discriminação com base religiosa como sendo uma agressão ao seu direito de crença. O sistema de casta mantém milhões dedalits em toda a Índia na parte mais baixa da escala social, proibindo-os de usar os poços públicos de água e outros benefícios e forçando-os às mais servis formas de trabalho. Muitos realizam tarefas desprezadas pelas castas hindus mais altas. Por exemplo, milhares de dalits na Índia drenam fezes humanas de banheiros sujos com as próprias mãos, sem a ajuda de máscaras ou roupas de proteção. Outros cremam os mortos, lavam roupas sujas de sangue ou restos humanos, ou removem sujeira animal das ruas. As mulheres dalits são também estupradas, queimadas e assassinadas impunemente em muitos vilarejos indianos. Em 1996, o partido do Congresso apresentou uma lei para conceder aos cristãos dalits o direito de reserva em empregos e no ensino. Entretanto, a lei foi rejeitada quando o atual governo do PBJ chegou ao poder em 1998. O Conselho Cristão da Índia, em colaboração com vários grupos de direitos civis e organizações dalits, planeja levar este assunto à justiça e aos mais altos níveis do governo. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 66 Edição de segunda-feira, 12 de janeiro de 2004 Realizado em Gujarat um ‘comício de reconversão’ na véspera de Natal Governo proíbe evento para evitar explosão de violência religiosa O Vishwa Hindu Parishad (VHP) da Índia, conhecido como "Conselho Hindu Mundial", realizou uma grande reunião na véspera de Natal no distrito dos Dangs, sul de Gujarat. O VHP alegou que 500 membros de grupos tribais se reconverteram ao hinduísmo durante o comício. Os cristãos locais e as autoridades do governo refutaram a alegação. Praveen Togadia, secretário geral do VHP, pediu inicialmente permissão para realizar a reunião para reconversão, conhecida como sammelan, em Navapur, Estado de Maharashtra. Isso despertou temores de violência durante o período de Natal. Navapur, onde 40% da população tribal é cristã, faz divisa com o distrito dos dangs no sul de Gujarat. Uma grande reunião realizada ali na véspera do Natal de 1998 fez explodir uma violência contra os cristãos que durou dez dias, marcada pela destruição de vinte igrejas locais e um número de ‘reconversões’ forçadas de cristãos locais. Quatro mil pessoas foram à reunião na cidade de Ahwa na véspera do Natal de 1998. De acordo com um relatório de 1999 publicado pela Human Rights Watch, os tumultos começaram quando os hindus que estavam na reunião atiraram pedras contra quinze cristãos na rua. Os cristãos retaliaram atirando pedras de volta contra os hindus, que então atacaram em massa a igreja local do Norte da Índia e um colégio cristão, danificando lojas cristãs e muçulmanas por onde passavam. Tarde daquela noite, caminhões lotados de participantes da reunião foram aos vilarejos vizinhos, destruindo salões de oração e assaltando cristãos. Cerca de 25 moradores cristãos foram levados para as águas quentes de Unai, ali perto, para realizar uma cerimônia forçada de reconversão, apesar do fato de, a exemplo da maioria de outros cristãos do distrito, eles terem sido animistas antes da conversão ao cristianismo. Os moradores disseram à Human Rights Watch que cederam para não criar problemas com os hindus, mas que de fato não haviam desistido da fé. "Eles disseram: ‘Agora vocês são hindus’, mas nós permanecemos cristãos", disse um morador. Os distúrbios nos Dangs foi precedida pelo primeiro censo do Estado de Gujarat, onde foram coletadas informações sobre o local e as atividades dos cristãos que vivem no Estado. Mais violência contra as minorias religiosas irromperam em Gujarat em fevereiro de 2002, resultando em centenas de mortes e no deslocamento de milhares de muçulmanos para campos provisórios de refugiados. Togadia, referindo-se aos tumultos de Gujarat, declarou em dezembro de 2002 que: "Todos os que se opõem ao hindutva terão a pena de morte, e vamos deixar que o povo faça isso". Em resposta, Abraham Mathai, vice-presidente da Comissão de Minorias do Estado de Maharashtra, insistiu com o vice-primeiro ministro, Chhagan Bhujbal que revogasse a permissão concedida para a sammelan programada para a véspera do Natal de 2003. Falando à comunidade cristã de Navapur, Mathai disse: "Eles temem que elementos da comuna venham em grande número do distrito vizinho dos dangs e se somem à violência". O VHP distribuiu folhetos anticristãos em preparação para a reunião de 2003, repetindo táticas usadas há cinco anos. Uma reportagem de um jornal local no dia 23 de dezembro disse que os ativistas hindus já haviam atacado vinte cristãos no dia anterior no vilarejo de Bhendgwahn, Maharashtra. Em resposta ao pedido de Mathai, o governo do Estado de Maharashtra invocou a Seção 144 do Código Penal indiano para proibir a reunião em Navapur. Togadia, que deveria ser o convidado de honra do evento, foi também proibido de entrar em Navapur. O VHP mudou então o local da reunião para Lalmati, em Gujarat, a apenas dois quilômetros de Navapur, na fronteira de Gujarat com Maharashtra. Vyankatesh Abdev, presidente da unidade do VHP em Maharashtra, alegou que um pastor do distrito vizinho de Navapur e vários outros membros de sua igreja estavam entre os quinhentos que se reconverteram ao hinduismo durante a reunião. De acordo com autoridades do VHP, o pastor Motu disse que fora convertido ‘à força’ por missionários há alguns anos e que depois da sammelan ele traria mais cristãos tribais "para o aprisco hindu". Jaideep Patel, secretário geral da unidade do VHP em Gujarat, disse que a reunião era parte do ghar vapsi do VHP, o "programa de retorno ao lar", atualmente realizado em muitas áreas tribais na Índia. "Os tribais têm apenas de vir ao templo do seu vilarejo e prestar obediência e respeito", disse Patel. "Depois disso, nós consideramos que eles se tornaram hindus novamente". Samson Christian, presidente estadual do Conselho Cristão da Índia, refutou a alegação do VHP de quinhentas reconversões. "Só vamos acreditar nisso se o VHP nos der a lista dos que eles alegam terem se tornado hindus", disse Christian. O padre Cedric Prakash, um ativista jesuíta do grupo de direitos humanos Prashant, concordou: "Não temos detalhe algum, nem sequer sabemos de qual grupo cristão eles estão falando". Autoridades do governo presentes à cerimônia também rejeitam a alegação do VHP de quinhentas reconversões, dizendo que havia somente um pastor e cerca de uma dúzia de cristãos ao evento. Durante a reunião de reconversão, Togadia apelou ao governo do Estado que adote leis anti-conversão semelhantes às que foram impostas em cinco outros Estados indianos. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 65 Edição de quarta-feira, 07 de janeiro de 2004 Shiv Sena inicia campanha de propaganda no Estado de Uttaranchal Os 250 milhões de dalits da Índia foram virtualmente escravizados como "intocáveis" por mais de dois mil anos pelas castas hindus superiores. Os dalits nem sequer podem entrar em templos hindus. De acordo com o Rig Veda das escrituras hindu, a casta brâmane, a mais alta na hierarquia do hinduismo, originou-se da cabeça de Purusa, o criador. Os Kshatiya surgiram de seus ombros e os Vaishiya de suas coxas. Os Shudra, os intocáveis, que agora são chamados de dalits, surgiram de seus pés, por isso são da classe social mais inferior no sistema de castas hindu. Nos últimos anos, os dalits da Índia começaram a se converter a Cristo em número cada vez maior. Os nacionalistas hindus, que historicamente mostraram pouco interesse pelos afazeres dos dalits no passado, estão levantando um clamor público sobre o suposto uso dos evangelistas cristãos de sedução para atrair os dalits à conversão. O partido governante, Bharatiya Janata (PBJ) tem se mostrado como "protetor da religião hindu". A estratégia criou um enorme eleitorado no país onde 82% da população é hindu. Foram realizadas eleições para a assembléia no mês de novembro em cinco Estados, e grupos fundamentalistas filiados ao PBJ aproveitaram as campanhas eleitorais para espalhar rumores sobre conversão por meios ilícitos. As organizações nacionalistas hindus tomaram como alvo o Estado de Uttaranchal, no norte, em particular. Os meios de comunicação indicaram que organizações fundamentalistas espalharam boatos de que "agentes missionários" estavam atraindo hindus para o cristianismo através da oferta de dinheiro e outros meios ilícitos. Um jornal diário de âmbito nacional na língua hindi, o Amar Ujala, divulgou que as unidades de Saharanpur e Haridwar de Shiv Sena – "O Exército de Shiva (deus hindu)", uma organização com estreitos laços ao PBJ – iniciou um protesto na área de Biharigarh de Saharanpur contra a informada conversão de dez famílias dalits. O jornal havia antes publicado uma história da conversão ao cristianismo de trinta membros da famílias dalits no vilarejo de Shahidwala Grunt. No dia 3 de novembro, ativistas do Shiv Sena gritaram frases contra a conversão dos dalits. Vinod Chauhan, presidente da unidade do Shiv Sena em Saharanpur, dirigiu uma reunião dos "soldados" de sua organização e dos moradores locais. Em seu discurso, Chauhan advertiu os novos cristãos que se eles não se reconvertessem ao hinduismo, a organização faria com que eles fossem expulsos do vilarejo. Ele advertiu também que a organização agiria severamente contra qualquer missionário que fosse encontrado oferecendo incentivos aos hindus para se reconverterem ao cristianismo. Ashok Sharma, presidente distrital da unidade do Shiv Sena em Haridwar, falou à multidão que os missionários estavam vindo de fora para atrair hindus ao cristianismo. Ele disse que os agentes dos missionários estavam principalmente atraindo os pobres e jovens solteiros pertencentes à religião hindu mediante dinheiro e do livre entrosamento de sexos, o que é contrário à cultura hindu. Mostrando o Shiv Sena como "protetor da cultura hindu", ele disse que sua organização não permitiria que a cultura imoral se intrometesse no vilarejo. Os discursos provocativos criaram tensões religiosas no vilarejo, forçando todas as dez famílias cristãs a fugir do vilarejo porque suas vidas estavam sendo ameaçadas. Os administradores locais destacaram policiais para impedir tumultos. Apesar das eleições para as assembléias em cinco Estados terem terminado, continua intensa a tensão religiosa em várias partes do país. Bastante cônscios das eleições esperadas para o próximo ano, os cristãos estão na expectativa de que o PBJ prolongue sua propaganda de ódio contra as minorias na Índia para poderem obter mais assentos no parlamento. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 64 Edição de segunda-feira, 05 de janeiro de 2004
Instigador de campanha anticristã é pego em escândalo de corrupção na Índia O Ministro é pego, mas o Partido PBJ ainda vence as eleições do Estado Uma das vozes mais ouvidas na campanha contra o cristianismo foi pego em um escândalo de corrupção de alto nível em novembro último. O escândalo, que balançou o Partido da situação Bharatiya Janata, pró-hindu (PBJ), foi propalado como sendo uma "conspiração cristã" nos círculos tribais de Chattisgarh, norte da Índia, onde as conversões são o gancho das campanhas eleitorais. Dilip Singh Judev, Ministro de Estado do Meio Ambiente e Florestas no governo federal, foi gravado em vídeo pelo jornal Indian Express no dia 15 de novembro quando aceitava uma propina de milhões de rupias para conceder os direitos de mineração para uma terra protegida nos Estados de Chattisgarh e Orissa. O escândalo surgiu a apenas uma quinzena antes das eleições estaduais, onde o Sr. Judev estava em campanha para desalojar o ministro chefe Ajit Jogi, um cristão. O partido PBJ, representado por Judev, venceu a eleição apesar dele ter sido desqualificado. Fontes importantes alegam que Judev foi a mão invisível por trás do assassinato do missionário australiano, Graham Staines e de seus dois filhos. Ele patrocinou a defesa legal de Dara Singh, o assassino de Staines, e provocou os protestos dos cristãos quando alegou que a morte de Staines fora "o trabalho de certas forças determinadas a marcar os hindus como sendo fanáticos e sedentos de sangue" As primeiras leis anticonversão em Orissa e Arunachal Pradesh foram o resultado de campanhas incansáveis e maldosas de Judev, que também propôs uma lei de âmbito nacional. Judev é em grande parte responsável pela transformação do cinturão tribal da Índia central na "pátria da reconversão". Em 1952, seu avô, Raja Vijav Bhushan Singh Deo, doou terras nesta região para estabelecer a Vanvasi Kalyan Ashram, um centro de treinamento para a organização militante hindu, a Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS). O principal objetivo do Vanvasi Kalyan Ashran era e ainda é "reconventer" os cristãos tribais ao hinduismo – apesar do fato de muitos deles serem originalmente animistas e não hindus. No início deste ano, Judev prometeu reconverter 30 mil cristãos ao hinduísmo dentro de 12 meses. O RSS apoiou firmemente Judev numa declaração pública no dia 19 de novembro, alegando que a fita de vídeo produzida pelo Indian Express era uma "conspiração cristã". Altos líderes do RSS disseram que não queriam atrapalhar o partido governante, o PBJ, quinze dias antes das eleições. "Se não dermos apoio a Judev nesta conjuntura, isso irá prejudicá-lo muito e afetará o moral do PBJ. E se ficarmos quietos, novamente serão atribuídos motivos ao nosso silêncio e será interpretado como nossa raiva contra Judev. Foi nesse contexto que decidimos falar em favor de Judev", disse um líder Sangh. Enquanto isso, o alvoroço sobre o escândalo de corrupção continua. Membros do Parlamento pediram um processo crime contra Judev. Se condenado, suas ações podem levá-lo à sentença de prisão. Neste momento, nenhuma ação foi tomada. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 63 Edição de terça-feira, 23 de dezembro de 2003
Como Deus veio para os Mundas Birender Ram Bali, pertencente ao povo dos Mundas, anteriormente um povo não-alcançado no Norte da Índia, no Estado de Jharkand, viu sua esposa lutar contra o câncer durante 18 anos. Sua condição piorava de forma constante e toda vila esperava sua morte em breve. Em Agosto de 2002, Bali visitou uma cidade vizinha a negócio. No mercado (feira), ele ouviu um homem proclamando alguma coisa que ele nunca tinha ouvido: “Cada um de vocês podem pedir Jesus para ajudar-lhes com seus problemas e doenças. Ele responderá suas orações porque Ele é o Deus Vivo e Verdadeiro”. Aquelas palavras ecoavam na cabeça de Bali enquanto ele viajava de volta para sua vila. Ele perguntava a si mesmo quem este Jesus poderia ser. Sabendo que sua esposa poderia morrer a qualquer momento, ele decidiu clamar a Jesus naquela noite. Ele disse: “Jesus, eu não sei que você é, mas o homem no mercado (feira) disse que qualquer um pode clamar por você e você o ajudaria. Por favor, cure minha esposa”. Esta se tornou sua oração diária. Num período de três meses, a condição de sua esposa melhorou. Todos na vila estavam surpresos e perguntavam como ela tinha sido curada. Bali disse para eles: “Eu ouviu um homem no mercado (feira) que disse que podemos pedir a Jesus para resolver nossos problemas e curar nossas doenças. Eu comecei a clamar a Jesus naquela noite. Eu clamei por ele todos os dias e noites até que eu vi que minha esposa estava curada”. Mesmo sendo desconhecido, Jesus pode curar Muitas pessoas nesta vila então queriam conhecer quem este Jesus era porque eles, como Bali, nunca tinham ouvido falar deste nome antes. Bali disse para eles que não sabia quem Jesus era, mas que Ele era um Deus com poder para fazer qualquer coisa. As pessoas começaram a trazer os doentes para que Bali pudesse orar a Jesus para cura de suas doenças. Para sua surpresa, Jesus repetidamente respondeu suas orações. Finalmente dois missionários cristãos chegaram na vila dos Mundas. Eles tinham orado para que Deus os enviasse para um povo que ainda não tivessem ouvido o Evangelho e Deus os conduziu a Bali. Bali foi muito tocado por Deus ter enviado os missionários até ele e se tornou um devoto seguidor de Cristo após ouvir o Evangelho. Depois de um treinamento de trinta dias, Bali agora é um missionário na sua própria vila. Neste meio tempo, duas igrejas foram iniciadas entre os Mundas. Fonte: Dr. Bobby Gupta, Hindustan Bible Institute, in Inter-Mission 5/2003 (tradução livre) Indique o site www.orepelaindia.com para seus amigos! Sinta-se com liberdade para usar em sua oração particular, em cultos domésticos, nos grupos de oração e também na Igreja. Convide outras pessoas para estarem também intercedendo pela Índia, e depois você verá os resultados.

Número 62 Edição de sexta-feira, 12 de dezembro de 2003
Indiana mata menino para parar de apanhar do marido Uma mulher sacrificou em um ritual "satânico" na Índia um menino de dois anos, depois que um guru hindu lhe garantiu que seu marido deixaria de espancá-la, informou hoje um jornal indiano. Segundo o "Times of India", no sábado (6), em um estábulo da localidade de Nangloi, a oeste de Nova Déli (capital), a mulher bateu na cabeça do menino com um instrumento contundente [que causa extrema agressão] antes de estrangulá-lo. O pequeno Rahul havia desaparecido da casa de um tio, depois de ter saído para comprar doces junto com sua irmã. Seu corpo foi encontrado em meio a uma poça de sangue não distante da casa. A mulher confessou o crime, explicando que seu marido, um motorista de triciclo, bebia muito e batia nela todos os dias. Desesperada, foi consultar um místico hindu, que lhe garantiu que seu marido mudaria de comportamento se ela matasse um menino. Outro ritual de morte de criança foi informado à polícia no Estado de Jharkand, leste da Índia. A criança, de oito anos, foi morta por um grupo de homens supostamente para "apaziguar um deus hindu". Extraído da FolhaOnLine (12/12/2003) http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u66579.shtml

Número 61 Edição de segunda-feira, 08 de dezembro de 2003
Políticos indianos usam a religião para obter votos
A religião é uma popular plataforma de campanha nas eleições locais A Comissão Eleitoral da Índia anunciou as datas em novembro e dezembro para as eleições das assembléias locais em cinco Estados. O anúncio estimulou nova intensidade às campanhas políticas – e uma crescente divisão nos meios religiosos no momento em que os políticos usam o assunto da religião para ganhar votos. As eleições foram realizadas em Mizoram, no noroeste, em 20 de novembro. Delhi, Rajasthan, Madhya Pradesh e Chhattisgarh realizaram suas eleições no dia 1 de dezembro. Uma reportagem do Asian Age, de 20 de outubro, comentou a crescente atividade religiosa de políticos às vésperas das eleições. Membros do partido governante, o Partido Bharatiya Janata (PBJ) intensificaram suas visitas aos templos nas últimas semanas. Os principais ministros do Partido do Congresso, Digvijay Singh, de Madhya Pradesh, Ajit Jogi, de Chhattisgarh e Ashok Gehlot, de Rajasthan, também visitaram templos hindus nas últimas semanas, aparentemente para refutar a alegação do PBJ que eles são anti-hindus. Na verdade, Ajit Jogi é cristão, apesar de algumas pessoas da comunidade cristã acreditarem que sua crença é apenas nominal. Outros, que têm fama de serem cristãos, são Sonia Gandhi e A.K. Antony, ministro chefe de Kerala. O PBJ já usou a controvertida questão da conversão e do código civil uniforme para dividir as pessoas no campo religioso. Um dos principais pontos de controvérsia é o local do templo Ayodhya, reivindicado tanto por comunidades muçulmanas como hindus. A mesquita Babri Masjid, construída nesse local foi destruída pelos hindus em 1992, dando início a uma onda de nacionalismo hindu que levou o PBJ ao poder. O PBJ capitalizou o evento realizando cerimônias hindus no terreno Ayodhya como parte de sua atual campanha política. As cerimônias foram realizadas apesar de seguidas decisões judiciais relacionadas à propriedade do local. Foi também organizada uma procissão religiosa para Chhattisgarh, a ser liderada pelo principal candidato ministerial, Dilip Singh Judeo. Judeo é muito conhecido por seus programas hindus de reconversão. O principal objetivo desta procissão parece ser levantar a questão da "conversão forçada" de povos tribais ao cristianismo. Em mais de uma dúzia de assentos tribais, a minoria ou os eleitores tribais representam mais de 5% do eleitorado total. Esses eleitores não apoiam o PBJ devido à posição do partido contra as minorias – particularmente as minorias cristãs. Numa disputa acirrada, esses eleitores minoritários podem virar o resultado das eleições. O PBJ, que considera os cristãos como partidários ferrenhos do Partido do Congresso, expulsou recentemente três missionários de Chhattisgarh por suposta violação das normas de imigração. Os três trabalhavam com o povo tribal da região há mais de 50 anos. Um dos expulsados, um missionário belga de 90 anos, viveu e trabalhou na área durante mais de 60 anos. Isso fez com que perdesse ainda mais o apoio dos eleitores da minoria da região.

Número 60 Edição de quarta-feira, 26 de novembro de 2003 Fundamentalistas hindus atacam cristãos em Mumbai, na Índia Falsa propaganda relacionada a conversões motiva as agressões Os cristãos de Mumbai sofreram vários ataques recentes, a maior parte deles atribuída aos grupos fundamentalistas hindus Vishwa Hindu Parishad (VHP) e Bajrang Dal. Essas organizações têm ligações com o partido governante do país, o Partido Bharatiya Janata (PBJ). No dia 17 de setembro, ativistas do VHP interromperam uma reunião de oração organizada pela Associação Fé Fogo, de Mumbai. De acordo com o jornal diário de circulação nacional, o Hindustan Times, um pouco antes do início da reunião de oração às 10h00, no Mangal Murti Hall, distrito de Borivali, um grupo de ativistas do VHP entrou no prédio e expulsou os cristãos. Em conseqüência, a reunião de oração não pôde ser realizada. Cerca de 150 pessoas dos distritos de Borivali e Bhiwandi de Mumbai estavam presentes. Na queixa à polícia, os membros da Associação Fogo da Fé declararam que depois que foram expulsos do salão, o mesmo foi trancado para impedi-los de continuar a reunião. Apesar dos agressores não terem-se identificado como membros do VHP, um oficial de polícia graduado confirmou depois o fato ao grupo de oração. De acordo com o pastor Prakash Boyin, um grupo de 50 pessoas chegou ao salão um pouco antes do início da reunião e acusou os cristãos ali reunidos de converterem pessoas oferecendo dinheiro. "Eles disseram que pagamos 5.000 rupias (100 dólares) a cada pessoa para se converterem ao cristianismo", disse Boyin à imprensa. "cerca de 100 pessoas já tinham vindo às orações. Eles disseram a elas que saíssem do salão e o trancaram". O VHP fez uma queixa policial contra os organizadores da reunião de oração, dizendo que suspeitavam que o grupo cristão tinha planos de converter os participantes ao cristianismo durante a reunião. Surendra Pandey, secretário adjunto da unidade de Borivali do VHP, alegou que os organizadores haviam distribuído panfletos antes da reunião prometendo curas milagrosas para várias doenças. "As orações deveriam ter sido feitas numa igreja e não em uma área onde não há cristãos", disse Pandey. De acordo com um oficial de polícia local, está em andamento uma investigação sobre as respectivas queixas, mas não foram feitas detenções. A polícia sugeriu que os cristãos eram culpados pelo incidente porque não tinham permissão para usar alto-falantes e uma orquestra no salão. Uma tendência está surgindo nos vários incidentes de violência contra os cristãos em Mumbai. Os fundamentalistas primeiro espalham propaganda falsa contra os cristãos e depois aplicam violência contra eles – com o apoio dos moradores locais que são influenciados pela propaganda. Por exemplo, o pastor Boyin e dois outros membros da Associação Fogo da Fé foram agredidos na reunião do Ano Novo em uma escola municipal em Bhiwandi. Os três receberam ferimentos e foram internados no Hospital Memorial Indira Ghandi. Comentando o incidente, o Sub-comissário de Polícia, Sahebrao Patil disse que a falsa alegação de que o pastor estava oferecendo 5.000 rupias às pessoas que se convertessem ao cristianismo provocou a violência. Boyin afirma que ninguém se converteu naquele dia. A reunião de Ano Novo seguiu uma agenda simples de oração e almoço juntos. Boyin disse que a Associação Fogo da Fé somente ofereceu orações de cura aos enfermos e não pressionou ninguém a se converter. Em um incidente semelhante, três famílias do assentamento tribal de Bharadpada, no vilarejo de Wada taluka, foram socialmente marginalizadas e espancadas por aceitarem o cristianismo. "A polícia não tomou qualquer atitude, mesmo quando fomos maltratados por nossos vizinhos na presença do sub-inspetor, S.K. Amule e do guarda Rathod", alegou Suresh Sutar, um convertido. "A falta de ação por parte da polícia tem incentivado as pessoas a fazer justiça com as próprias mãos", disse Abraham Mathai, membro da Comissão Estadual das Minorias. Com a chegada das eleições para as assembléias em cinco Estados, os cristãos temem que possam ocorrer mais incidentes desse tipo, de falsa propaganda, seguidos de ataques violentos. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br


Número 59
 Edição de quarta-feira, 19 de novembro de 2003
 
 
Multidão ataca reunião de oração em Uttaranchal, na Índia
Boatos de conversão provoca tensão em Roorkey
 
     MISSÃO PORTAS ABERTAS - Uma multidão enraivecida atacou um grupo de uns 80 cristãos que participava de uma reunião de oração no Estado de Uttaranchal, norte da Índia, no dia 26 de outubro. De acordo com reportagens do diário de âmbito nacional em língua hindi, o Amar Ujala, a multidão foi incitada por falsos rumores de que os cristãos, que estavam na reunião, eram responsáveis pela conversão de hindus.
     A multidão enraivecida atacou com violência a Hospedaria Vaishali na colônia Ramnagar, na cidade de Rookey, no Estado de Uttaranchal. Na hospedaria estava se realizando a "Mahasabha 2003", uma convenção cristã anual.
     A multidão rasgou faixas, cartazes, folhetos, queimou Bíblias e danificou o equipamento usado para a reunião.
     Algumas pessoas na multidão sugeriram que os membros da comunidade hindu e cristã se reunissem para resolver a questão através do diálogo. Entretanto, à medida que as sugestões eram feitas, outras pessoas desamarravam as cordas que prendiam a tenda onde os cristãos estavam reunidos, derrubando a estrutura. Eles também vandalizaram a hospedaria próxima.
     Os cristãos, que tinham vindo de várias partes da cidade e de Estados vizinhos, entraram em pânico e tentaram pular o muro que cerca a hospedaria. Várias mulheres e crianças sofreram ferimentos ao tentar escapar do local. Algumas pessoas que viajaram muitos quilômetros até a conferência deixaram seus pertences na hospedaria e fugiram para salvar a vida.
     Vinod Tyagi, um pastor local que presenciou o incidente, disse que os organizadores mudaram o local da hospedaria Vaishali para uma igreja no norte da Índia para continuar a reunião de oração. Entretanto, alguns dentre a turba os seguiram, por isso o local teve de ser novamente mudado para uma hospedaria Metodista próxima. Quando a multidão atacou pela terceira vez, a reunião foi dispersada.
     A intervenção da polícia finalmente colocou a situação sob controle. Após o incidente, os oficiais da administração do distrito colocaram policiais em Ramnagar e outras partes da cidade, devido as tensões religiosas.
     A Mahasabha 2003, realizada de 23 a 26 de outubro, foi organizada pela House Fellowship (Casa de Comunhão), uma organização recentemente formada por cristãos locais para providenciar seminários e conferências cristãos em Roorkey e outras partes da Índia.
     Os fundamentalistas hindus espalharam boatos de que a organização cristã planejava converter hindus ao cristianismo durante o programa de quatro dias, instigando assim o ataque.
     Os organizadores negaram que o motivo por trás do evento fosse a conversão, dizendo que a reunião era simplesmente uma oportunidade para os cristãos orarem juntos
 
Por Missão Portas Abertas
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Número 56
 Edição de sexta-feira, 29 de agosto de 2003
 
  
Missionários são presos no nordeste da Índia
Funcionários de escola são acusados de conversão em Banglore
 

     Missão Portas Abertas - A polícia deteve um missionário e quatro líderes da igreja depois que grupos cristãos de Nagaland foram acusados de forçar pessoas de outras crenças a se converterem ao cristianismo.
     Detidos no mês passado no Estado vizinho de Arunachal Pradesh, os cinco missionários nagas foram presos em Changland sob o pretexto de participarem de movimentos rebeldes.
     Arunachal Pradesh foi um dos primeiros Estados da Índia a adotar uma lei anticonversão.
 

O trabalho do missionários
     O Conselho da Igreja Batista de Chakhesang, um dos conselhos tribais da Igreja Batista de Chakhesang, esclareceu que os missionários nagas foram nomeados em 2001 pela Sociedade Missionária de Chakhesang para trabalharem entre as pessoas da tribo Tutsa Naga nos distritos de Changland e Tirap de Arunachal Pradesh. A declaração também dizia que o Rev. Ara Shijoh era totalmente dedicado ao ministério da igreja, e que as alegações de seu envolvimento com grupos terroristas não tinham fundamento.
     O Conselho deu os nomes de outros detidos: Sr. Ngonseng, presidente do Conselho de Igrejas Batistas Tutsa (CIBT); Sr. Raplom Kanglom, membro executivo do CIBT; Rev. Panrap Wangno, pastor da Igreja Batista de Laiwang e o Rev. Wanpong Sawin, pastor da Igreja Batista de Town, em Khonsa.
     Uma campanha de difamação contra o povo de Nagaland acusando-o de ser antipatriota e complacente com o terrorismo influenciou a política do governo contra o Estado durante vários anos. Ironicamente, 98% dos nagas são cristãos, a maioria deles batistas. Os fundamentalistas hindus os acusaram de receber apoio de batistas conservadores dos Estados Unidos.
     O Centro de Apoio Internacional Naga (CAIN), uma organização de direitos humanos com base em Amsterdã, condenou firmemente as detenções dos missionários e as descreveu "como um ataque ao cristianismo naga". O CAIN negou também as alegações de conversões forçadas como sendo parte da campanha de difamação contra os cristãos nagas.
     Enquanto isso, os budistas que vivem na fronteira de Assam com Arunachal estão acusando o Conselho Socialista Nacional de Nagaland (CSNN) de forçar os moradores locais a se converterem ao cristianismo.
 

Acusações
     Mais de 20.000 birmaneses tribais procuraram asilo na Índia, entre eles os singphos, tangsas, khamtis, taiphakes e taikhmians, que praticam o budismo e vivem ao longo da fronteira de Assam com Arunachal. Os líderes locais alegam que o CSNN está pressionando para converter os tribais ao cristianismo.
     "Estas áreas são dominadas pelo CSNN, que exige dinheiro, alimento e agora diz que todas as pessoas aqui devem tornar-se cristãs", alega Moulang Bhante, sacerdote chefe budista das tribos Myanmarese. "Pela segurança da nossa religião, o budismo, temos de tomar algumas precauções".
     "Por enquanto, eu sei que eles estão visitando alguns lugares em Assam", disse Wannasara Bhikku, outro sumo sacerdote budista. "Ficamos sabendo que eles visitaram Kamba, próximo ao acampamento Lekhapani. Eles estão visitando repetidas vezes Arunachal Pradesh e forçam os budistas a se converterem ao cristianismo".
     Os líderes locais acusam também o CSNN de ter incendiado no mês passado um templo animista Rangphra em Arunachal Pradesh.
     Num outro incidente, os diretores da Escola Primária são Francisco Xavier em Bangalore foram acusados de tentar converter uma garota hindu de 12 anos ao cristianismo no início de agosto.
     De acordo com as alegações, a diretoria levou a garota, a primeira de sua classe, ao hospital Ave Maria, sob o pretexto de realizar um check-up médico.
     Uma vez lá, foi aplicada uma injeção nela, depois do que ela desmaiou. Ela foi então supostamente hipnotizada para dizer que desejava entrar para um convento e que odiava seus pais e sua religião.
     O pai da garota, K.N. Murthy, disse que a diretoria da escola seduziu sua filha para que se convertesse lhe dizendo que eles fariam dela uma médica. A diretoria da escola negou as alegações.
     Grupos fundamentalistas hindus lideraram manifestações de protesto exigindo que o governo suspendesse a licença da escola.
     Observadores dizem que os incidentes provam que os fundamentalistas hindus estão se tornando mais descarados em seus ataques contra as religiões minoritárias, difamando os cristãos mesmo em áreas como Nagaland e Bangalore, onde eles constituem uma proporção considerável da população.
 
Por Missão Portas Abertas
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Número 53
Edição de quarta-feira, 06 de agosto de 2003
Índia não entra na lista de ‘Países de Particular Preocupação’ Líderes cristãos criticam os Estados Unidos por omitirem a Índia da lista de perseguição Missão Portas Abertas - Devido ao clima de violência cada vez maior contra os cristãos e outras minorias religiosas e as recentes leis que infringem seus direitos constitucionais, os líderes da igreja lamentaram que o governo dos Estados Unidos tenham se recusado a considerar a Índia como "Pais de Particular Preocupação" (PPP). Em março último, as autoridades da administração Bush publicaram uma lista de PPPs, citando Myanma, China, Irã, Iraque, Coréia do Norte e o Sudão por graves violações à liberdade religiosa, mas deixaram de fora várias outras nações onde os cristãos sofrem. "Nós nunca dissemos que existe perseguição religiosa na Índia, mas tem havido vários ataques a instituições cristãs", disse Donald D´Souza, presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Índia, criticando a decisão dos Estados Unidos. "Esperamos que o governo façam mais para que as minorias possam sentir-se salvas e seguras no país". Os líderes indianos não são os únicos que têm a opinião de que as condições no país justificam a designação de PPP. Em maio, a Comissão Americana sobre Liberdade Religiosa Internacional (CALR) relatou que estava "profundamente desapontada pelo fato do Secretário de Estado Americano, Colin Powell, não ter designado a Índia, o Paquistão, o Laos, a Arábia Saudita, o Turcomenistão e o Vietnã" como PPPs. "Desde 1998, tem havido centenas de ataques a líderes cristãos, a fiéis e a igrejas na Índia", afirmou o relatório. A CALR aconselha o presidente americano, o Secretário de Estado e o Congresso em questões da liberdade religiosa mundial. Em setembro de 2002, a CALR solicitou a Powell que colocasse a Índia na categoria de "notórios violadores da liberdade religiosa". A Comissão insistiu também com o substituto de Powell, Richard Armitage, que discutisse o assunto com Nova Déli. A CALR disse que estava "cada vez mais preocupada com os abusos à liberdade religiosa na Índia, incluindo a violência às comunidades e os assassinatos que aconteceram em Gujarat no ano passado". A comissão manifestou particular preocupação com os cristãos e outras minorias submetidas periodicamente a violência grave numa democracia, com os responsáveis raramente detidos para dar explicações. A comissão reconheceu também a hostilidade dos principais grupos fundamentalistas hindus e suas ligações com o governo. "Tem ficado cada vez mais claro", disse o relatório, "que o aumento nessa violência tem coincidido com o crescimento da influência política de grupos associados ao Sangh Parivar (movimento fundamentalista hindu)". O Partido Bharatiya Janata (PBJ), do governo, é considerado como o braço político do Sangh Parivar. No início deste ano, o presidente do Conselho Cristão da Índia, John Dayal, apresentou o testemunho de 100 casos de perseguição contra cristãos numa audiência da CALR. "Estamos grandemente desapontados, especialmente depois dos tumultos de Gujarat", disse Dayal a respeito da decisão de deixar a Índia fora da lista. "O nosso registro de direitos humanos continua sendo terrível". Referindo-se à Lei Contra a conversão, aprovada pelo governo do Estado de Gujarat, a CALR disse que tal lei "inibe a capacidade das pessoas em Gujarat de exercerem seu direito reconhecido internacionalmente de adotar uma religião livre de coação". Enquanto isso, o Papa João Paulo II criticou veementemente as leis contra a conversão impostas na Índia. Numa reunião no dia 23 de maio com os bispos das províncias de Calcutá, Guwahati, Imphal e Shillong, o pontífice disse que era "muito desconcertante que algumas pessoas que quisessem tornar-se cristãs tivessem de receber permissão das autoridades locais, enquanto outros perderam o seu direito à assistência social e ao apoio da família, e outros foram banidos ou expulsos de seus vilarejos". O papa encorajou os bispos indianos a continuar corajosamente a tarefa de evangelização e não "serem desencorajados por essas injustiças, mas ao contrário, continuarem a se envolver com a sociedade de tal forma que essas tendências alarmantes sejam revertidas. "É a responsabilidade dos bispos apoiar os que estão envolvidos na tarefa vital da evangelização, garantindo que eles nunca percam o zelo missionário, que é o centro das nossas vidas em Cristo", acrescentou ele. Os líderes eclesiásticos estão esperançosos de que a administração americana considere a recomendação da CALR e continue avaliando as violações da liberdade religiosa na Índia Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br Indique o site www.orepelaindia.com para seus amigos!
Número 52 Edição de quarta-feira, 23 de julho de 2003 Campanha eleitoral aumenta violência contra cristãos na Índia Há relatos de assédio policial e ataques a igrejas Missão Portas Abertas - "O hindutva (nacionalismo hindu) é um estilo de vida e a alma de Bharat. Mas não será um assunto de eleição". M. Venkaiah Naidu, presidente do Partido Bharatiya Janata (PBJ), partido governante da Índia, publicou esta declaração no dia 30 de maio depois de uma sessão de discussão do partido para traçar a estratégia para as eleições da assembléia do estado a ser realizada em novembro deste ano e das eleições parlamentares nacionais programadas para 2004. Apesar da afirmação de Naidu, a propaganda do ódio contra os cristãos carregou a atmosfera na Índia. Em junho, a imprensa nacional informou pelo menos três ataques a cristãos. A organização fundamentalista hindu "Jagran Manch" e ativistas do PBJ interromperam uma reunião religiosa cristã organizada pelo grupo cristão baseado em Chennai no Colégio São João em Agra, no dia 8 de junho. Eles achavam que a reunião tinha como objetivo promover conversões. No mesmo dia os desordeiros agrediram padres católicos, trancaram seis clérigos numa sala e danificaram a propriedade da igreja no vilarejo de Tarri, no distrito de Chatttisgarh. Eles os ameaçaram com terríveis conseqüências se a igreja continuasse suas reuniões de oração. Um dia antes, a "Procissão Parivartan", uma manifestação pró-PBJ, havia passado pelo vilarejo e levantado a questão da conversão. No dia 14 de julho, os moradores de Mainpuri, Uttar Pradesh, atearam fogo numa igreja em protesto contra a "conversão em massa" na região. Observadores acreditam que a agressão veio como resultado de instruções que o primeiro ministro Atal Behari vajpayee deu recentemente aos presidentes do partido no estado, insistindo com eles em despertar questões ideológicas para disputar a batalha política contra o Partido do Congresso, de oposição. Eleições Os partidos políticos entraram em campanha pelas próximas eleições em quatro estados: Madhya Pradesh, Rajasthan, Chhattisgarh e Delhi. Numa tentativa em associar o PBJ com a maioria dos eleitores e apresentá-lo como o "salvador dos hindus", várias organizações hindus afiliadas ao PBJ estão levantando a questão das "conversões", especialmente em áreas com um grande número de Dalits e povos tribais. Por exemplo, para propagar a falsa noção de que os cristãos converteram milhares de pessoas tribais pobres e analfabetas usando a força e a sedução, o Ministro de Estado da União para Floresta e Meio-ambiente, Dilip Singh Judeo, começou um grande programa de reconversão em 23 de junho no estado de Chhattisgarh, predominantemente tribal. Os cristãos de Gujarat alegaram que a polícia do distrito de Kheda questionaram as instituições cristãs uma vez mais sobre suas fontes de financiamento. Esta é agora a quinta tentativa desde 1999 para reunir informação sensível, apesar de uma visita recente pela Comissão Nacional para Minorias em resposta a queixas dos cristãos. Além disso, as recentes observações do papa João Paulo II, apelando aos bispos da Índia a "continuarem corajosamente pregando o evangelho apesar das injustas leis sobre conversão", estão sendo tomadas fora do contexto para sugerir que os cristãos estão envolvidos numa organizada tentativa para converter os hindus. A polícia acusou os missionários e os cristãos tribais Oraon das selvas de Balmikinagar que cercam o Nepal, de ter ligações com o Centro Comunista Maoísta (CCM). O Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) acusou anteriormente os cristãos de envolvimento com o CCM. Em conseqüência, a polícia deteve padres para interrogatório e pediram a alguns deles que deixassem a região. Mudança em julgamento de missionário assassinado Enquanto isso, o julgamento do assassinato de Graham Staines tomou uma viravolta quando uma mulher, Hemalata Karua, testemunha de defesa, depôs perante a corte no dia 12 de junho que o missionário australiano, cuja influência ela se convertera ao cristianismo, tentara "ofender o seu pudor". A corte, entretanto, declarou falso o depoimento. Finalmente, o jornal Times of India informou em junho que o Bajrang Dal, organização extremista hindu implicada no assassinato de Staines e seus dois filhos em 1999, tem dado cursos de treinamento no uso de revólveres e rifles a seus membros no estado de Andhra Pradesh. De acordo com a reportagem, cerca de 200 ativistas do Bajrang Dal tiveram aulas de tiro rápido durante um acampamento de cinco dias realizado no distrito de Mahbubnagar. Devido a esses incidentes, a comunidade cristã na Índia está esperando mais ataques de motivação política. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br
Número 51
Edição de sexta-feira, 18 de julho de 2003
Cristãos indianos perdem apelo contra a Lei da Conversão
Juízes da Alta Corte rejeitam pedido considerando-o "prematuro" Missão Portas Abertas - A Alta Corte de Gujarat rejeitou as petições protocoladas pelo Conselho Cristão da Índia (CCI) que se opunham às determinações da controvertida lei anticonversão de Gujarat, alegando que as petições são prematuras. A Buddha Gaya Mahabodhi Vihar, uma organização budista, apoiou a petição do CCI. Os requerentes cristãos e budistas se opunham à Seção 8 da Lei da Liberdade de Religião de Gujarat, que torna compulsório à pessoa que queira se converter a outra religião buscar primeiro a aprovação de um magistrado distrital. Ela impõe pesadas multas e penas de prisão tanto ao agente da conversão como aos convertidos. Cerca de 55 mil Dalits (intocáveis) declararam por escrito, em desafio à lei, que estão prontos a se converter voluntariamente ao budismo. No dia 30 de junho, o Advogado Geral, S.N. Shelat apresentou contra-argumentos à corte, afirmando que o governo do Estado ainda não publicou uma notificação no diário oficial, passo exigido para que a lei entre em vigor. Ele disse que, devido ao fato da lei estar aberta à oposição somente depois de entrar em vigor, o apelo do CCI era prematuro. Shelat disse também à corte que não havia ameaça no momento aos direitos religiosos dos requerentes. O advogado R.D. Raval, comparecendo perante a corte antes em nome do CCI, havia argumentado que, devido a legislatura do Estado já ter aprovado a lei e o governador sancionado-a em 7 de abril, o governador poderia publicar a notificação a qualquer momento e colocar a lei em vigor. Raval afirmou também que o governo não havia dado demonstrações de anular o ato; portanto a oposição do CCI era justificado. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 50
Edição de sábado, 12 de julho de 2003
Pedido de oração Amados irmãos em Cristo, Graça e paz vos sejam multiplicadas Queremos agradecê-los por estarem unidos conosco através de vossas preciosas orações. Com certeza as vossas orações tem feito e continuarão a fazer a diferença no campo missionário. Com a graça de Deus o site Ore pela India completou seu primeiro ano no dia 04 de Junho passado e agora chegamos a marca de 50 boletins de oração enviados. Este foi um tempo de desafios, lutas, dificuldades e claro de vitórias no Senhor. Quero pedir desculpas pelas vezes que o boletim de oração foi enviado atrasado. É que precisamos priorizar o ministério, além de que há também as lutas e pressão espiritual, que tornam as coisas mais dificeis e até extressantes. O site Ore pela India foi iniciado e tem continuado através de nosso trabalho pessoal, sempre apoiado pela minha esposa e filho, como também de um grande amigo, que trabalhou por vários anos na Iindia e agora está na Noruega. As vezes recebemos alguma colaboração esporádica de outros companheiros na India. Se Deus quizer, estaremos em Agosto retornando ao Brasil para um período de férias e outros compromissos, isto depois de um período de quase 3 anos na India. Realmente estamos precisando! Oh Glória!!!! E gostariamos de pedir que os amados irmãos estivessem orando de maneira especifica por nós. Temos alguns problemas para serem resolvidos antes de voltarmos para o Brasil e precisamos de uma grande vitória do Senhor. Estamos neste período atravessando uma grande batalha espiritual e precisamos muitissimo da cobertura de oração dos amados irmãos. Como os irmãos tem sempre orado pela India, gostaria que os amados irmãos se lembrassem de nós em vossas orações também! Com certeza a vitória é nossa em nome de Jesus! Contamos com vossas orações em favor da India e também por nossas vidas. Nossa sincera e profunda gratidão a todos! No serviço dEle, Ev. Paulo Henrique e familia Membros da Assembléia de Deus em São José Vale do Rio Preto - RJ Indique o site www.orepelaindia.com para seus amigos!
nr.49 Edição de sábado, 28 de junho de 2003
Freira católica é morta por granada na Caxemira, Índia
Extremistas ameaçados por relatos de conversões ao cristianismo Missão Portas Abertas
- Muçulmanos extremistas suspeitos, do Estado indiano de Caxemira, mataram uma freira num ataque com granada a uma escola católica em maio último. A agressão foi precedida de ameaçadas contra os cristãos feitas por grupos militantes depois que eles receberam informações sobre conversões ao cristianismo. Irmã Kamlesh, uma professora missionária de Bengala Ocidental, morreu com a explosão de uma granada em 22 de maio perto da entrada principal da Escola do Convento São Lucas, em Nai asti, a 50 quilômetros de Srinagar. Outra professora, Irmã Mary, ficou gravemente ferida na explosão e foi levada para um hospital local. Mais tarde ela foi removida para Srinagar para tratamentos adicionais. "Nunca mais volto para Caxemira", disse Irmã Mary aos repórteres locais depois do incidente. A polícia disse que os militantes lançaram a granada contra os portões da escola no momento em que as duas freiras estavam voltando de um supermercado. "A granada foi arremessada de uma travessa e explodiu próximo à escola, ferindo gravemente as duas professoras escolares", disse um oficial da delegacia de polícia de Anantnag. "Nós corremos para o local e levamos as duas professoras para o hospital do subdistrito daqui. Entretanto, Irmã Kamlesh morreu no trajeto". Este ataque à escola católica é o primeiro desde que começou a rebelião islâmica que já matou mais de 50.000 pessoas. As escolas cristãs são conhecidas dos pais indianos devido à reputação que têm de seus altos padrões acadêmicos. A região da Caxemira, de maioria muçulmana, é reivindicada tanto pela Índia como pelo Paquistão. O ataque às freiras ocorreu na região controlada pela Índia. Grupos militantes como o Laskar-e-Toiba e o Jamiat-ul-Mujahideen ameaçaram a Igreja Católica depois que a imprensa local noticiou que 20.000 habitantes de Caxemira se converteram ao cristianismo nos últimos oito anos. As fontes dessas informações sustentaram que muitas conversões aconteceram em Anantnag e Pulwama, dois distritos do sul da Caxemira. Em resposta às reportagens o grande mufti da Caxemira, o mais alto líder religioso muçulmano do Estado, publicou uma fatwa proibindo os muçulmanos de visitarem igrejas, de acordo com as fontes. A fatwa incitava muitos clérigos muçulmanos a pregarem contra as conversões em seus sermões de sexta-feira. Os líderes da igreja dizem que o número de conversões informadas está exageradamente aumentado e insistem em continuar seu trabalho missionário. "Cada cristão é um evangelista. Nosso Senhor pediu-nos que fôssemos e pregássemos as boas novas a todas as nações", disse Josph Dhar, porta-voz da Igreja Católica de Jammu e Caxemira. O próprio Dhar está traduzindo a Bíblia para a língua da Caxemira no momento. Conversões biblicamente erradas A minúscula comunidade cristã em Caxemira vive em harmonia há mais de um século com seus vizinhos muçulmanos; entretanto evangelistas com apoio financeiro americano que trabalham na área começaram a azedar esse relacionamento. Os líderes da igreja local dizem que os novos evangelistas estão mais interessados em rápidas conversões do que na real transformação do Estado. De acordo com um pastor evangélico local, Leslie Richards, os muçulmanos locais recebem dinheiro se concordam em se converter. "As conversões que eles estão fazendo são biblicamente erradas", disse ele. "Isso não é bom para os cristãos locais, que durante séculos compartilharam relações cordiais com os muçulmanos daqui", disse ele. O Rev. Chandler Mani Khanna, pastor da Igreja de Todos os Santos em Srinagar, refuta as alegações de conversões em massa e do uso de dinheiro como incentivo. "Claro, eu creio que haja algumas ovelhas negras no rebanho – evangelistas que usam dinheiro como sedução – mas eu posso assegurar-lhes que eu só converti uma pessoa. Assim, se existem alguns outros em igrejas novas, é um caso raro de conversão em massa". "É ridículo alguém ser ameaçado por uns poucos cristãos em Caxemira", disse o padre Dominic Emmanuel, porta-voz dos negócios públicos da Conferência dos Bispos Católicos da Índia. "Os missionários vão continuar indo aonde são necessários, onde há terremotos, famintos ou conflitos. E a Caxemira é exatamente um desses locais". Os fundamentalistas hindus e muçulmanos estão também ligados a uma história publicada na revista Christianity Today de 9 de setembro de 2002, que informou que milhares de habitantes da Caxemira – a maioria deles jovens muçulmanos – mostram interesse pelo cristianismo. Esses números foram usados por fundamentalistas islâmicos como prova de atividade cristã, piorando a tensão. "A maioria desses jovens muçulmanos ficariam assustados demais para se converter, assustados demais para contar às suas famílias", disse Khanna. "Os jovens foram ouvir os sermões principalmente para escapar do ciclo de violência em suas vidas. Isso dá a eles exatamente uma saída". "No que concerne ao cenário da Caxemira, nós temos um bom sistema que dá segurança a todas as partes", acrescentou ele. Entretanto, o sistema não impediu outra violência contra os cristãos. Em junho de 2002, uma missionária da Evangelho para a Ásia foi também assassinada por extremistas muçulmanos na Caxemira. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br Indique o site www.orepelaindia.com para seus amigos! Sinta-se com liberdade para usar em sua oração particular, em cultos domésticos, nos grupos de oração e também na Igreja. Convide outras pessoas para estarem também intercedendo pela Índia, e depois você verá os resultados.

Número 48 Edição de quinta-feira, 12 de junho de 2003 Cristãos enfrentam insegurança na capital da Índia Comissão das Minorias mostra erosão dos direitos religiosos Missão Portas Abertas - Nova Déli, capital da Índia, é o lar de pessoas oriundas de diversas origens culturais e lingüísticas. As minorias religiosas representam 16,5% da população de 12,5 milhão de habitantes. Dos moradores de Nova Déli Dez: 10% são muçulmanos, 5% são siks e 1% são cristãos. Entre as minorias, os cristãos foram considerados como pacíficos e trabalhadores durante décadas. Agora não mais. Desde que o governo de coalizão do Partido Bharatiya Janata (PBJ), nacionalista hindu, assumiu há quatro anos, uma campanha de desinformação e ódio tem procurado atingir os cristãos, diz a Comissão das Minorias de Nova Déli em seu último relatório. A comissão composta de três homens observa com pesar que até três anos atrás, a comunidade cristã considerava-se como parte integrante do país, não como sendo um grupo minoritário. "Infelizmente os acontecimentos dos últimos tempos têm a tendência de criar um complexo de minoria na comunidade. Isso é ruim tanto para a comunidade como para a sociedade. A Comissão deve levar isso em conta ao desenvolver programas de formação de consciência", diz o relatório. Mais dificuldades de trabalho A comunidade cristã está enfrentando dificuldades para realizar projetos de trabalho orientado devido à limitação de espaço, observou o relatório. Pedidos de terreno e dotação levam muito tempo para serem processados. Mesmo quando chega a dotação, o terreno é terrivelmente "inadequado para a construção de locais de adoração". Cemitérios cristãos, da mesma forma, estão superlotados, com pouco espaço disponível para novas sepulturas. De acordo com o relatório, as instituições educacionais estão enfrentando problemas com relação ao objetivo completo de liberdades garantidas no Artigo 30(1) da constituição. Exemplos de assédios foram relatados por vários administradores de escolas cristãs, que desejam permanecer anônimos com medo de represálias. O assédio interfere em seu "direito de administrar" garantido na constituição. Uma decisão recente da Suprema Corte sustentou que todas as instituições educacionais, inclusive as minorias, devem operar sem impedimento. Permitir a interferência do governo nos assuntos internos dos organismos privados permitiria a um partido que estivesse no poder que determinasse a política de operação, especialmente porque uma burocracia pública comprometida serve aos interesses do governo. A liberdade institucional seria seriamente restringida, afirmou a decisão. O conhecido defensor da Suprema Corte, B. Bhattachary assinala que algumas instituições cristãs mantém uma excelência acadêmica principalmente devido ao grau considerável de autonomia que elas desfrutam. A intromissão do governo, diz ele, não leva à excelência acadêmica. Os cristãos operam 17.000 escolas e colégios na Índia, além de hospitais, lares para pessoas idosas e outras instituições. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br
Nr.47 Edição de quarta-feira, 11 de junho de 2003


Líderes cristãos desafiam legislação anticonversão na Índia
Comissão do governo conclui que nova lei é inconstitucional

Por Missão Portas Abertas - Os cristãos dos Estados de Tâmil Nadu e Gujarat estão preparando-se para contestar a constitucionalidade das leis "anticonversão" implementadas recentemente em seus respectivos Estados, depois que a Comissão Nacional para as Minorias exigiu que uma cláusula controvertida fosse retirada da lei de Gujarat.
A ação seguiu-se ao inquérito de alto nível para apuração pelo governo do Estado de Maharashtra devido alegações de que hindus pobres e sem instrução estavam sendo convertidos ao cristianismo pela coerção ou mediante sedução financeira.
"O inquérito não descobriu um único caso de conversão pela força ou pela oferta de dinheiro nos últimos anos", declarou o ministro do Estado de Maharashtra, Rajendra Darda, perante a assembléia no dia 5 de abril.
Um deputado exigiu que o inquérito continue, alegando exemplos de "várias escolas missionárias onde crianças não-cristãs são forçadas a freqüentar a igreja aos domingos".
"Eu fui informado a respeito de uma escola em Nandurbar onde uma professora foi demitida porque organizou uma dança Santa (festa hindu) em sua classe", disse a deputada Sanjeevani Raikar. "Há exemplos de conversões forçadas, mas ninguém se apresenta para ajudar a relatá-los".
A Sra. Raikar não conseguiu apresentar provas dos incidentes em questão à Assembléia Legislativa de Maharashtra, um Estado onde estão quase todos os maiores grupos extremistas hindus.
Enquanto isso, a Comissão Nacional para as Minorias pediu ao governo do Estado de Gujarat que retire a cláusula da Lei da Liberdade de Religião, de 2003, recentemente promulgada, que exige a permissão do magistrado distrital para a realização da cerimônia de conversão. A Comissão disse que a determinação era "contra os direitos fundamentais das pessoas".
A Cláusula 5 da lei estabelece que "Qualquer um que converter uma pessoa de uma para outra religião, seja pela realização de qualquer cerimônia por conta própria para tal conversão como sacerdote religioso, ou participar direta ou indiretamente de tal cerimônia, deverá obter autorização prévia do magistrado distrital para tal conversão proposta, solicitando em formulário próprio como definido pelas normas".
A Comissão decidiu fazer a recomendação depois de se reunir no dia 4 de abril para discutir as queixas a respeito da lei feita por vários grupos minoritários. A Comissão concluiu que a Cláusula 5 transgride o Artigo 25 da Constituição da Índia, que garante "liberdade de consciência e livre profissão, prática e propagação da religião".

Líderes cristãos em risco
Fontes dizem que a cláusula coloca também pastores, evangelistas e sacerdotes em risco porque é exigido que eles declarem pessoalmente as conversões aos administradores distritais. Uma vez feito isso, disse a Comissão Nacional para as Minorias, o nome do clérigo aparece nos arquivos da polícia, submetendo o ministro a possíveis maus tratos e intimidação.
Depois da reunião, o presidente da Comissão, Tarlochan Singh enviou uma carta ao governador de Gujarat, S.S. Bhandari e ao ministro chefe, Narendra Modi, recomendando a retirada da Cláusula 5(1) da lei de Gujarat.
Os bispos católicos e protestantes de Gujarat também opuseram-se à lei da conversão. Num memorando ao governador, uma delegação de bispos declarou: "A legislação foi totalmente injustificada, já que não houve qualquer caso de conversão pela força, sedução ou qualquer meio fraudulento que tenha sido relatado. Muito menos houve padres ou pastores condenados por esses atos, o que sempre foi possível sob o código criminal e penal atualmente existente".
Os bispos mostraram também que a lei discrimina as mulheres, os membros de castas inferiores e comunidades tribais, porque a conversão ilegal dessas pessoas obriga penas maiores de prisão (mais de quatro anos) e multas mais pesadas (acima de 100.000 rupias, equivalente a 2.120 dólares), do que para outras pessoas.
"A lei pressupõe que os membros desses grupos não podem tomar uma decisão esclarecida sobre sua fé pessoal", disse a Comissão Nacional para as Minorias.
"A luta das minorias contra a lei anticonversão não vai acabar até que ela seja retirada", disse o Arcebispo M. Arokiasamy de Madurai, Tâmil Nadu. Arokiasamy disse que esperava que as minorias usassem as urnas para derrubar o governo atual em Tâmil Nadu e repelissem a lei.
Os cristãos não são as únicas vozes que se opõem à lei anticonversão. Quando o Partido Bharatiya Janata (PBJ) anunciou que iria introduzir leis similares se fosse eleito no estado nortista de Himachal Pradesh, Sitaram Yechuri, chefe do Partido Comunista da Índia, disse que o seu partido se oporia a qualquer movimento desse tipo.
"O PBJ está tentando desviar a atenção do eleitorado de Himachal Pradesh ao falar sobre a lei anti conversão", disse Yechuri.
Enquanto isso, um importante líder nacional do PBJ deu o seu apoio às leis anticonversão. No dia 21 de abril, o Vice Primeiro Ministro L.K. Advani declarou que "a conversão religiosa ... não está no espírito da verdadeira religião e dos interesses a longo prazo da nação".

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Número 46 Edição de sábado, 07 de junho de 2003 Ativistas hindus humilham freiras e vandalizam centro de saúde na Índia Sabe-se que autoridades do governo estão envolvidos em incidentes de maus tratos [Missão Portas Abertas] Líderes políticos, apoiadas por nacionalistas hindus, organizaram um humilhante ataque no dia 10 de abril contra freiras católicas que operavam uma escola secundária num subúrbio de Bombaim, provocando revolta entre cristãos da área metropolitana. No mesmo dia, a líder das agressoras, Sra. Sujata Ghag, declarou num programa de TV local que o ataque fora planejado com antecedência e tinha a intenção de mandar um claro sinal a outras escolas cristãs da região. O incidente começou no dia anterior, quando um Membro do Conselho Legislativo, Sr. Jitendra Ahwad, entrou à força no Colégio do Convento Santa Cruz, em Thane, dirigido pelas Irmãs da Cruz de Chavenod. Ahwad começou a interrogar agressivamente Irmã Philomena D´Souza, diretora auxiliar do Santa Cruz, a respeito da política de admissão à escola. Quando informado que a escola aderira às diretrizes baixadas pelo governo e que um quadro de pessoas determinava quais candidatos eram admitidos, Ahwad quis saber os nomes das pessoas que compunham esse quadro. D´Souza diz que ela recusou-se peremptoriamente em divulgar os nomes. Ahwad então a ameaçou dizendo: "Quando acontecer um ataque, vocês virão a nós em busca de ajuda. Eu vou mostrar a você a minha força". E então o político local saiu abruptamente. No dia seguinte, um grupo de 15 mulheres do mesmo partido político de Ahwad entrou à força no gabinete da diretora da escola. Dizendo que tinham ido para ver matrículas, elas exigiram ver a diretora principal. Irmã Verônica Fernandes disse ao grupo, chefiado pela Sra. Ghag, que a diretora não podia atender. Na discussão que se seguiu, as invasoras usaram cada vez mais linguagem abusiva e insistiram para que Fernandes lhes desse os nomes de todas as freiras da escola. Quando a freira voltou-se para atender uma chamada telefônica, as mulheres a atacaram, lambuzando sua face e o corpo com tinta preta. Elas fugiram quando um policial se aproximou do gabinete. Antes de sair, uma delas disse que o incidente daria uma lição às escolas cristãs. De acordo com o vigia da escola, as mulheres saíram rapidamente da área de táxi. Sabe-se que a polícia de Thane deteve a Sra. Ghag depois devido ao incidente, mas depois a liberou. Na cultura indiana, lambuzar uma pessoa com tinta preta representa o mais alto grau de humilhação. O Sabha Católico de Bombaim (SCB) disse depois numa declaração pública que uma humilhação dessas é muito maior quando imposta a uma pessoa que foi consagrada a Deus. "A culpada foi detida imediatamente. Por outro lado, o que é evidente foi a considerável pressão política sobre a polícia para não conduzir este caso ao seu final lógico", disse o porta-voz do SCB, Dolphy D´Souza. Fontes da Diretoria Arquidiocesana de Educação dizem que os fundamentalistas hindus procuram regularmente atingir as escolas cristãs de Bombaim. Por outro lado, os próprios fundamentalistas querem que seus filhos sejam matriculados nas escolas, devido à alta qualidade da educação ali. O Cardeal Arcebispo de Bombaim, Ivan Dias, informou o governador de Maharashtra, Mohammed Fazal a respeito do incidente e insistiu para que as autoridades estaduais reajam à quebra da lei e da ordem. Num outro incidente, extremistas hindus do Estado de Gujarat, aparentemente incentivados por uma nova lei "anti conversão", vandalizaram um prédio de um centro cristão de saúde perto de Limdi no dia 10 de abril. O prédio, que havia desmoronado num terremoto dois anos antes, fora reconstruído com dinheiro doado pelo Conselho Cristão da Índia, e estava programado para ser dedicado no dia seguinte pelo ex-ministro do estado, Kirtisinh Rana. Os vândalos destruíram as placas com os nomes dos doadores, destruíram o palco construído para a cerimônia de inauguração e grafitaram a porta do edifício com tinta vermelha: "Jai Shree Ram (Louvado seja o deus Ram). Somente aqueles que falam dos interesses hindus podem governar este país", estava escrito. No dia seguinte, viam-se placas nos vários cruzamentos em Limdi anunciando que os jovens tinham dado uma lição aos cristãos. Os anúncios censuravam o governo municipal por cooperar com os doadores cristãos para reformar o prédio. "A maioria dessas organizações trabalham para dividir o país", diziam os anúncios. Os organizadores, temendo pela segurança dos presentes, cancelaram a cerimônia de inauguração. Fontes disseram que grupos hindus vêem o centro de saúde como uma ferramenta de evangelização cristã. Eles estão também irritados, disseram as fontes, porque nenhum líder do partido nacionalista Rashtriya Swayansevak Sangh (RSS) ou do Vishwa Hindu Parishad (VHP) fôra convidado para a cerimônia. As instituições cristãs na Índia estão enfrentando uma crescente onda de assédio de ativistas hindus. A Escola Convento Carmelo, no distrito de Saurashtra, em Gujarat, suportou uma semana de vandalismo e protestos hostis no mês passado, ao que se sabe realizados por ativistas do Partido Baratiya Janata. Em Panvel, Maharashtra, a polícia deteve e ameaçou 10 evangelistas de uma equipe da JOCUM supostamente porque eles não haviam se registrado junto às autoridades do estado. A polícia de Panvel acusou também obreiros da Associação Social e Evangélica de dar dinheiro para induzi-los a mudar de religião. Finalmente, 30 pessoas não identificadas brandindo porretes atacaram violentamente o Hospital Cristão de Kachhuwa, perto de Varanasi, em Uttar Pradesh, no dia 8 de maio, interrompendo uma sessão de treinamento para funcionários do hospital. A turba acusava o hospital de converter pessoas e ameaçou fechar as dependências. Os administradores do hospital negaram qualquer envolvimento na atividade de conversão. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br Indique o site www.orepelaindia.com para seus amigos!

Número 45 _ Edição de quarta-feira, 28 de maio de 2003
Primeiro Aniversário do Site Ore pela India
No próximo dia 04 de Junho o site Ore pela India estará completando seu primeiro aniversário. Foi um ano de desafios, lutas, dificuldades, mas também de vitórias no Senhor. Somos agradecidos a Deus pelos muitos e-mails que recebemos de irmãos, igrejas e até organizações missionárias, para os quais este site tem sido uma benção. A Deus somente seja toda glória!
No Boletim de Oração desta semana estou enviando uma matéria que escrevi alguns meses atrás (publicado no site - seção Especial) e que procura mostrar um pouco os sentimentos do coração de um missionário.
Aproveitando a oportunidade gostaria de pedir que estejam orando por cada missionário, lembrando-se que ele é uma pessoa tão humana quanto você. Quem sabe você pode ser também tocado a escrever uma carta de apoio, incentivo e encorajamento para um missionário que você conhece. Creio que isto trará muita alegria para o coração de muitos missionários.
E claro, não esqueçam de orar por mim, minha esposa Alessandra e meu filho Matheus que também, no dia 04 de Junho, estará aniversariando (7 anos).
A todos que durante este primeiro ano tem estado juntos conosco, unidos em oração em favor da India, nosso muito obrigado. Lembre-se que: "Porque Deus não é injusto, para se esquecer da vossa obra, e do amor que para com o seu nome mostrastes, porquanto servistes aos santos, e ainda os servis." (Heb 6:10)

O coração de um missionário

Grande parte dos missionários (como nós também) procura passar para os irmãos e igrejas somente as bençãos, frutos da Fidelidade e Bondade de Deus, bem como das orações dos irmãos. Mas, em poucas vezes, os missionários sentem-se a vontade para abrirem seus corações e compartilharem também outros sentimentos, como tristezas e decepções.
Existem vários motivos para que isso aconteça, mas quero analizar apenas alguns aspectos que partem de idéias erradas de irmãos e igrejas com relação a pessoa do missionário.
Primeiro, alguns pensam que o missionário é um super-homem(ou super-mulher) e que caso ainda não seja deve ser, e como tal não tem necessidades emocionais, espirituais ou físicas. Expor os sentimentos do coração, na visão destes, é sinal de fraqueza ou falta de fé.
Segundo, alguns pessam que o missionário é um pobre coitadinho, e o tratam como o assim fosse. Abrir o coração, na visão destes, é somente a confirmação de que um missionário é um pobre coitadinho da vida.
Mas o que a Bíblia fala a respeito disso?! A Bíblia mostra de maneira muito clara que o missionário não é um super-homem (ou super-mulher) e nem um pobre coitadinho, mas sim um servo do Deus Vivo e Verdadeiro chamado e vocacionado por Deus para uma missão que Ele mesmo designou. É um embaixador de Deus! Mas, ainda assim um ser humano, com sentimentos e emoções como também foram muitos grandes servos de Deus na Bíblia.
A Bíblia é um livro maravilhoso, e mostra não somente os grandes feitos de homens e mulheres usados por Deus mas também seus sentimentos e até falhas. Muitas vezes pensamos que eles foram pessoas especiais, super-homens e super-mulheres, mas na verdade não eram. Eram pessoas tão comuns como eu e você, e que fizeram grandes coisas pelo simples fato de obedecerem a Deus. Era Deus a sua fonte de fortaleza e sucesso! Mas, ainda assim tinham também suas fraquezas e falhas, frutos de sua natureza humana. A completa perfeição só alcançaremos nos céus (Ef 4:13).
Dentre estes homens e mulheres que foram grandemente usados por Deus estão: Abraão, Elias, Paulo e muitos outros. Mas longe de serem super-heróis e eram homens a nossa semelhança, como está escrito a respeito de Elias e se aplica a todos outros. "Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto." (Tg 5:17,18).
Elias é um exemplo que mesmo depois de grandes vitórias, podem acontecer momentos de decepção. Depois da grande vitória sobre os profetas de Baal, a rainha Jesabel intenta matar Elias e ele foge para o deserto e debaixo de uma árvore mostra-se decepcionado e pede a Deus para morrer.
Mesmo Abraão, conhecido pela sua fé, demonstrou certa incredulidade quando descendo ao Egito disse que Sara era sua irmã, temendo que alguém o matasse por causa da beleza de sua esposa (Gn 12:11-13).
Paulo, o grande apóstolo e que escreveu quase que a totalidade dos livros doutrinários do NT, teve os mesmos sentimentos que os atuais missionários e em diversas ocasiões abriu seu coração mostrando seus sentimentos, tão humanos quantos os nossos. São do apostólo Paulo as seguintes palavras: "Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração." (Rm 9:2); "Porque em muita tribulação e angústia do coração vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que vos entristecêsseis, mas para que conhecêsseis o amor que abundantemente vos tenho." (2 Co 2:4).
Com estes exemplos não quero menosprezar a nenhum desses grandes homens de Deus, mas destacar que eles tinham os mesmos sentimentos que qualquer um de nós. Eles não só riam, mas também choraram; não só tiveram fé para realizarem grandes obras para Deus, como também em alguns momentos demonstraram certa incredulidade diante de algumas dificuldades; não só consolavam, mas também em alguns momentos precisavam do consolo. Eram homens como nós, com fraquezas e limitações, mas que ousaram confiar em Deus e obedecê-Lo, e é nisto que está o segredo de suas vidas.
O próprio Jesus no Getsmane, poucas horas antes da crucificação abre seu coração para seus discípulos nos momentos que antecediam o calvário: "Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo." (Mt 26:38).
Como estes grandes servos de Deus do passado, os missionários atuais também tem sentimentos e emoções. O missionário sente alegria quando as almas vem para Cristo, mas também sente tristeza quando apesar de todo esforço e sacríficio ele não vê as almas se convertendo; quando mesmo perseverando na semeadura ele não vê a semente caindo em terra boa; quando ansiando por cartas com palavras de apoio, incentivo e encorajamento dos irmãos e igrejas do seu país, estas não chegam e as poucas cartas quando chegam não trazem encorajamento e sim apenas pedidos de relatórios; quando apesar de terem deixado tudo por Cristo e para servir na obra missionária, algumas vezes, não são tratados com a dignidade que merecem e infelizmente são vistos por alguns como, alguém que tem de ficar a mendigar e a comer das milhas que caem dos grandes banquetes de certas igrejas que relegaram à obra missionária apenas o resto; além de muitas outras coisas que poderiam ser acrescidas aqui.
Um outro problema na hora do missionário abrir seu coração, e porque talvez poucas pessoas realmente entenderão o que ele está sentido. Não é fácil para uma outra pessoa que não tenha experimentado as mesmas condições (ou próximas) entender muitas vezes os sentimentos e necessidades de um missionário. Seria algo parecido como tentar explicar uma dor de dente para alguém que nunca na vida sentiu dor de dentes. Dentre os muitos diferentes aspectos ou situações estão:
* Solidão, principalmente em culturas totalmente diferentes (incluindo a língua) o que dá uma sensação para alguns de se estar perdido, como um peixe fora d'água;
* Saudade - num nível mais elevado da palavra e que pode envolver pessoas, lugares, língua e até comidas, dentre outras;
* Diferenças culturais - que vão além da maneira de vestir, mas também inclui a maneira de pensar e ver as coisas (cosmovisão) de uma maneira totalmente diferente ao que estamos acostumados.
* E muitos outras situações, que podem incluir: problemas financeiros, de saúde, burocráticos (Governo do país onde se está), etc.
Estes são apenas alguns dos fatores que com certeza contribui para que muitos missionários não se sintam com liberdade para abrir seus corações, pois em muitas vezes ao invez do encorajamento o que recebem é imcompreenções, desabafos e até repreenções. Infelizmente existem muitos bravos soldados feridos, e outros que estão carregando recentimentos e amarguras em seus corações por não terem encontrado pessoas com que pudesse abrir seus corações, apenas ouvirem-nas... apenas as entenderem... apenas estar do lado... apenas ser amigo! Que remédio celestial!
Algumas vezes fico pensando se o apostólo Paulo teria sido o que foi sem o apoio, incentivo e encorajamento que recebeu de Barnabé (chamado filho da consolação ou encorajamento) no inicio de sua fé cristã. Um estudo mais profundo demonstra como foi importante, mais do que imaginemos a príncipio, a influência de Barnabé na vida e ministério de Paulo. Que Deus levante mais Barnabés, que tenham o coração disposto a ouvirem, entenderem, que estejam ao lado e que ministrem consolação e encorajamento para os missionários de hoje.
Graças a Deus pelos Barnabés atuais, irmão e igrejas, que tem verdadeiramente sido usados por Deus para ministrar consolo e encorajamento para os missionários e com os quais os missionários podem abrir sem reserva seus corações.
Particularmente, quero agradecer ao meu pastor, também amigo e companheiro, a todos amados irmãos em minha Igreja, a todas igrejas e irmãos que nos apoiam com tanto amor e carinho, bem como a todos os Semeadores Missionários com Paixão pelas Almas, por serem verdadeiros Barnabés para nós: para mim, para minha esposa e para meu filho. Nós amamos a todos vocês e queremos dizer que são realmente importantes para nossas vidas e ministério!
"Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus." (Rm 15:5).

Ev. Paulo Henrique
webmaster orepelaindia.com



Amado irmão Yrorrito Que a paz do Senhor seja abundante sobre a vossa vida e ministério Acessando o site www.uniaonet.com , que gosto muito por nos manter informado sobre a obra missionária em todo mundo, me deparei com o e-mail do Camilo. É como através do e-mail dele senti que um trabalho sério, que é o site www.orepelaindia.com estava sendo difamado, resolvi escrever estas linhas que são destinadas únicamente ao CAMILO.... 20/05/2003
Caro Yrorrito Gostaria de enviar este comentário, para publicação na Uniaonet, sobre esta notícia que recebi na tua última mensagem. : "http://www.orepelaindia.com para seus amigos! ..... Recente ações de perseguição aos cristãos: 26 de Março de 2003 - O Projeto de Lei sobre Liberdade Religiosa em Gujarat foi aprovado, O Projeto de Lei bane conversões religiosas por coersão e estipula a sentença de prisão de até 3 anos e uma multa de 50.000 rupees (cerca de 1060 dólares) por se estar envolvido numa conversão forçada. A lei vai além do que a de outros Estados, diz que todas as conversões devem ser registradas e aceitas pelo Magistrado Distrital. A falha em registrar uma conversão é propensa a multa ou prisão de até um ano (ANS).....
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Não sei que organização é esta. Já entrei na página da Orepelaindia, mas não encontrei informação sobre a sede deles, e a nacionalidade dos principais dirigentes....Mas quanto a esta lei a que se referem, exceptuando a obrigatoriedade do registo das conversões e a dureza da condenação, eu até concordo. Afinal, esta lei indiana está de acordo com a Bíblia. Segundo vemos em Zacarias 4:6. "... Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Não tenho dúvidas de que esta lei, salvo os pormenores que já referi, deverá ser aceite por todo o verdadeiro cristão, que seja fiel às Escrituras, pois uma verdadeira conversão, a única que o Senhor aceita, tem de ser voluntária e expontânea. Afinal, quem é que não aceita esta lei ? Quem é que procura conversões forçadas por meio de coerção, ou interesses económicos ? São os islâmicos ? Os budistas ou hindus ? ....A verdadeira conversão ao genuíno Evangelho, não pode ser "comprada" por troca de alimentos (para constar nas estatísticas missionárias), nem pode ser por coerção, nem pode ser forçada, muito menos pela guerra, como é o caso dos "missionários" ligados à Associação Billy Graham que apoiaram a guerra para que agora possam entrar no Iraque (onde aliás havia liberdade religiosa) com os seus métodos de "evangelismo" que julgávamos já coisa dum passado remoto. Para essa gente, a proibição de "conversões forçadas" é "perseguição aos cristãos", pois esses são os seus métodos de "evangelismo". O Senhor não deixará impunes os crimes praticados em Seu nome. Camilo http://www.estudos-biblicos.com
Número 44 Edição de terça-feira, 20 de maio de 2003
Legislação causa problemas na Índia
Os cristãos dizem que a legislação anticonversão já está causando problemas Fontes cristãs da Índia acreditam que a lei anticonversão aprovada pelos Estados de Tâmil Nadu e Gujarat incentivaram grupos militantes hindus a procurar atingir as igrejas e instituições cristãs. O Rev. P.V. James disse a Portas Abertas que a lei anticonversão aprovada em Tâmil Nadu, considerado o "centro nervoso" do Hindutva (nacionalismo hindu), acrescentou "a mordida ao latido do movimento fundamentalista hindu do Estado". Ele disse que, como resultado, as coisas estão piorando para os cristãos. Alguns exemplos: No domingo, 10 de março, fundamentalistas hindus atearam fogo numa igreja do vilarejo de Panavilai, em Tâmil Nadu, destruindo completamente a construção de tijolos e cobertura de palha. A polícia disse que os hindus locais destruíram o prédio porque se opunham a que a igreja fizesse acréscimo de construção sem permissão oficial. Os líderes da igreja local acreditam que o incêndio criminoso foi parte de uma campanha de intimidação aos cristãos de Tâmil Nadu, que envia o mais alto número de missionários do que qualquer Estado da Índia. Na noite de 12 de março, um grupo de ativistas hindus agrediram dois padres, Paully D´Silva e Dominic Rosario, de Rahata, Estado de Maharashtra, próximo à rodoviária de Shirdi. A polícia de Shirdi, um reconhecido reduto hindu, prendeu seis suspeitos no dia seguinte, mas soltou-os imediatamente sob fiança. A comunidade cristã da vizinha Ahmadnagar reagiu ao incidente com um protesto público no dia 25 de março para exigir ação contra os envolvidos no ataque. O Akali Dal, um partido político que representa a comunidade sik do Punjab, anunciou que buscaria a aprovação de uma lei anticonversão naquele Estado nos moldes da lei do Estado de Tâmil Nadu. Assustados com as informações de que os siks adotariam o cristianismo, os líderes religiosos siks de Amristar e Gurdaspur estimularam esses distritos para que eles não seguissem o cristianismo. O líder político do Punjab, Sukhdev Singh Dhinds, disse que os incidentes de conversão cristã colocaram uma ameaça à harmonia e à paz do Estado, particularmente nas áreas fronteiriças ao Paquistão. Lei anticonversão do Estado de Gujarat causa controvérsia na Índia A controvertida legislação impõe multas e penas de prisão para mudança "ilegal" de religião O projeto de lei anticonversão aprovado pela Assembléia Estadual de Gujarat, no dia 26 de março em meio a altos protestos do Partido do Congresso, está sendo desafiado pelos legisladores e grupos cristãos da oposição. Eles alegam que o projeto é inconstitucional porque os procedimentos parlamentares não foram seguidos em sua aprovação. Divulgada como Lei da Liberdade de Religião, a controvertida legislação teve acordo de prioridade máxima no manifesto das eleições do Estado do ultra direitista Partido Indiano do Povo. Ela procura impedir a conversão religiosa pela força ou sedução, e prescreve uma pena de prisão de três anos e uma multa de 50.000 rupias (1.070 dólares) aos transgressores. A lei determina que um convertido deve obter do magistrado distrital permissão prévia antes de mudar de religião. Se for descoberto que a conversão se deu de outra forma, sem permissão anterior, o convertido pode cumprir a pena de um ano de prisão e pagar uma multa de 1.000 rupias. Os críticos dizem que a lei é muito mais estrita que uma lei similar promulgada no Estado de Tâmil Nadu, do sul da Índia em outubro último e objetiva especificamente missões cristãs que trabalham entre os pobres, os povos tribais, os dalits e os hindus de castas inferiores. Eles acreditam que o projeto de lei, se promulgado e transformado em lei, levará a opressão, a chantagem e a intimidação aos cristãos num Estado que se tornou internacionalmente conhecido como "laboratório do hinduísmo militante" da Índia. Inconstitucional Enquanto isso, os legisladores da oposição alegam que o projeto de lei foi aprovado por meios inconstitucionais e que portanto é nulo e inválido. Num memorando ao governador S.S.Bhandari, cerca de trinta parlamentares afirmaram que "O projeto de lei – junto com outros seis – foi aprovado sem uma discussão, quando a Casa não estava em ordem". O presidente do Partido Legislativo do Congresso, Amarsinh Chaudhary, o chamou de "assassinato da democracia". O governador garantiu à oposição que "verificaria todos os dispositivos legais" e buscaria a opinião legal do procurador geral antes de colocar sua assinatura de aprovação para converter o projeto em lei. Samson Christian, secretário do Conselho Cristão da Índia para Gujarat, disse que a exigência de permissão do projeto de lei do coletor distrital "terá conseqüências perigosas". "Temos sérios temores de que os magistrados passem para as brigadas da Hindutva (nacionalistas hindus) os nomes dos que procuram a conversão", disse Christian. "Qualquer um que procure permissão do governo para mudar de religião estará apenas pondo sua vida em perigo". O próprio Samson Christian foi espancado e teve graves ferimentos na cabeça três dias antes, depois que ativistas hindus o atingiram com tijolos quando ele foi procurar saber a respeito do ataque a uma escola cristã. O Conselho Cristão da Índia entrou com uma petição por escrito no dia 28 de março na Alta Corte de Gujarat questionando a validade constitucional do projeto de lei. "Nossa única esperança é o judiciário", disse Christian. "Sempre que enfrentamos problemas, temos encontrado alívio somente na justiça". O Conselho Cristão da Índia questionou três pesquisas feitas pelo Departamento de Investigação Criminal durante o mês de fevereiro com o objetivo de coletar "dados" sobre conversões cristãs e fontes de financiamento para organizações de ajuda e missionárias. A Alta Corte emitiu uma notificação ordenando ao governo que parasse com o censo. Reação Em defesa do projeto de lei, a Sra. Jayanti Barot, Secretária Geral do Partido Indiano do Povo de Gujarat, disse que "qualquer um na Índia entende que a pessoa deve viver e morrer na religião na qual nasceu. Ninguém tem o direito de perturbar esta tradição". "Esta não é a primeira lei desse tipo. Uma similar foi introduzida em Madhya Pradesh e em Tâmil Nadu. Não é como se o Partido Indiano do Povo estivesse tentando usurpar qualquer espaço religioso", disse ela. O Secretário Geral do Conselho Nacional de Igrejas da Índia, Dr. Ipe Joseph, contestou essas alegações. "Todo cidadão no nosso país tem o direito de professar, praticar e propagar a própria religião. Ele tem o direito de mudar de religião". O presidente nacional do Conselho Global de Cristãos Indianos, Sajan K. George, concordou, afirmando que o projeto de lei infringiu "as garantias contidas na Constituição e as práticas da liberdade de religião da comunidade cristã". O Dr. Joseph fez uma declaração na qual persuadiu os líderes cristãos de Gujarat a "não se intimidar ... mas continuar seu bom trabalho nas áreas de educação, cuidados médicos, reabilitação, construção da paz e permanecer corajosos contra todos os sistemas opressivos da sociedade". Veja a seguir uma entrevista com o Rev. Richard Howell, secretário geral da Associação Evangélica da Índia: Isso é uma reação à obra social cristã Uma conversa com Richard Howell, secretário geral da Associação Evangélica da Índia O Rev. Richard Howell, secretário geral da Associação Evangélica da Índia, que representa cerca da metade dos cristãos protestantes do país, falou com Portas Abertas na última semana de abril em Nova Déli sobre o projeto de lei e seu impacto sobre os cristãos de Gujarat. Portas Abertas: Qual foi a sua reação quando o Sr. ouviu que uma lei anticonversão fôra aprovada sem qualquer discussão na Assembléia de Gujarat? Rev. Richard Howell: Eu não fiquei surpreso. O PBJ (Partido Bharatiya Janata — Partido Indiano do Povo) estava determinado a aprovar a lei. Quando a mesma lei foi aprovada em Tâmil Nadu, o presidente do PBJ, partido do governo, disse que tais leis deveriam ser aprovadas em todos os Estados. É triste que não tenha havido discussão sobre a lei; os pontos de vista das minorias deveriam ter sido levados em consideração. PA: Que motivos o Sr. acha que estão por trás desta lei? Howell: Esta lei é uma reação ao trabalho social cristão. A questão não é liberdade de religião, mas a capacitação dos pobres que não estão mais dispostos a se submeter ao sistema de casta dominante. Eles estão resistindo à exploração. PA: O que podem esperar os cristãos de Gujarat, agora que a lei foi aprovada? Howell: Os cristãos já estavam sendo perseguidos em Gujarat antes da lei ser aprovada. Eu tive recentemente um encontro com um grupo de pastores e fiquei sabendo que existe uma sensação de medo. Mas existe também um grande senso de confiança em Deus. O que os cristãos estão fazendo não é ilegal, por isso eles vão continuar fazendo a boa obra. Não é tanto a lei, mas a questão é a sua implementação. Ela deve ser aplicada a todas as comunidades, mas na realidade ela somente se aplica aos cristãos e possivelmente aos muçulmanos. Mesmo as comunidades antigas que tinham liberdade de religião, mas agora isto está sendo corroído. PA: O Sr. pensa que a recente pesquisa secreta dos cristãos de Gujarat está relacionada à aprovação da lei? Howell: Definitivamente. Detalhes do grupo de membros coletados no censo ficaram disponíveis ao público em geral. Esta informação foi usada para atacar o povo. Gujarat tem uma história de tensão bairrista de qualquer forma, por isso esta pesquisa somente aumentou o problema. PA: O Sr. acha que a lei será aplicada a nível nacional num futuro próximo? Howell: É possível. O PBJ já disse que quer a lei a nível nacional. Entretanto, para que isso aconteça o PBJ teria de se eleger com uma clara maioria. Atualmente a posição deles não é forte o suficiente. PA: Como podem os governos estaduais aprovar leis anticonversão com a liberdade religiosa contida na Constituição da Índia? Howell: A redação da lei é um problema. Ela está aberta à má interpretação. As definições frouxas dão espaço para abusos. Por exemplo, a palavra "persuasão" pode ser definida como pregar que Jesus Cristo dá salvação. Uma "ameaça" pode ser definida como pregar sobre as conseqüências do pecado. Estas duas palavras são base do Evangelho. E abrir escolas cristãs e dar bolsas escolares pode ser visto também como persuasão porque se está oferecendo "atrativos". PA: Por que os cristãos de Gujarat não levantaram suas vozes em protesto contra a lei, como o fizeram em Tâmil Nadu? Howell: Na realidade há muito mais cristãos em Tâmil Nadu, por isso eles fizeram mais protesto. Os cristãos de Gujarat estão em minoria. Eles fizeram sim um protesto limitado, mas não poderiam fazer uma manifestação pública devido ao clima causado pela recente pesquisa. Os detalhes dos membros estavam prontamente disponíveis para retaliação, por isso eles não podiam correr o risco de chamar a atenção sobre eles. PA: Como o Sr. acha que os cristãos reagirão caso o projeto se transforme em lei? Howell: Primeiro, eles terão de ser muito cuidadosos com o seu vocabulário, principalmente ao pregar. Segundo, se as pessoas quiserem se converter, terão de seguir os procedimentos legais. E se as autorizações forem sempre negadas, as pessoas podem se converter secretamente. Isto tem acontecido no mundo todo onde a fé tem sido oprimida. Quando as pessoas vêem o poder de Deus, elas são levadas a Ele. As pessoas estão sendo libertas de possessão demoníaca e curadas. Para mim, esta lei não é necessária. Já existem provisões suficientes no Código Penal indiano para restringir a conversão por meios injustos. Então por que outra lei? Eu vejo isso como uma tentativa deliberada de intimidar as minorias. Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br Indique o site www.orepelaindia.com para seus amigos! Sinta-se com liberdade para usar em sua oração particular, em cultos domésticos, nos grupos de oração e também na Igreja. Convide outras pessoas para estarem também intercedendo pela Índia, e depois você verá os resultados.
Número 43 Edição de quinta-feira, 15 de maio de 2003
Hindus atacam igreja na Índia
Cristãos recusam-se a renunciar a fé Foi atacada uma igreja protestante no dia 12 de março no Estado de Maharashtra, resultando na profanação do templo e de uma série de ameaças contra os cristãos locais. Estabelecida há dez anos no vilarejo de Patapaypangara, distrito de Yavatmal, a Igreja Comunhão Pata tem agora 22 membros. De acordo com o pastor Gopal Pende, os cristãos viveram em paz com seus vizinhos hindus nos últimos nove anos. Entretanto, nos últimos meses, ativistas hindus do vilarejo têm pressionado os membros da igreja para se reconverterem ao hinduísmo. Os cristãos recusam-se categoricamente. Como resultado, um grupo de hindus formou um bando para atacar a igreja. Os agressores usaram uma grande pedra para quebrar a cruz de madeira que estava na parte de fora da igreja. A multidão tentou colocar um ídolo hindu no lugar da cruz, mas ele era muito pesado e acabaram colocando-o no chão em frente à igreja. O vilarejo tem uma população de 360 pessoas. No dia seguinte ao ataque, trezentos policiais foram chamados para montar guarda à igreja e o chefe de polícia local ordenou que os moradores hindus retirassem o ídolo. Posteriormente o chefe de polícia foi criticado por sua ação e obrigado a demitir-se do cargo. Os responsáveis pelo ataque foram detidos e presos durante três dias e depois soltos sob fiança. Os moradores cristãos não esperam mais nenhum processo dos delinqüentes. Os cristãos do distrito vizinho de Yavatmal fizeram um protesto silencioso no dia 23 de março. Aproximadamente oitocentos cristãos marcharam pelas ruas de Yavatmal para protestar pela forma como a polícia tratou do caso. Membros individuais da igreja foram também ameaçados nas últimas semanas Babloo Kedasi, um obreiro de tempo integral da Comunidade de Voluntários da Saúde (CVS) de Yavatmal, recebeu várias ameaças de morte. No dia 9 de março, vizinhos hindus aproximaram-se de Kesasi no ponto de ônibus, exigindo que ele parasse com seu trabalho social e saísse do vilarejo. Um vizinho o ameaçou "pendurar você numa árvore como Jesus Cristo". Um grupo de 25 pessoas também foram à casa de Kedasi e ameaçaram matá-lo se ele não parasse com seu trabalho na CVS. A CVS não é uma organização evangelística, mas concentra-se no trabalho social e projetos de alfabetização. Muitos hindus vêem o trabalho social cristão como uma forma de "sedução" que encoraja as pessoas a aceitarem a fé cristã. Muitos cristãos do distrito de Yavatmal reconverteram-se ao hinduísmo devido à pressão de grupos radicais. Entretanto, os crentes de Patapaypangara estão determinados a manter sua fé. "Não nos importamos se morrermos por Cristo", disse Kedasi.
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Número 42 Edição de terça-feira, 13 de maio de 2003
Dalits - uns encontram a Vida; outro a morte
Setenta e duas famílias abraçam o Cristianismo Durante os últimos anos, setenta e duas famílias em apenas um vilarejo do Estado de Punjab abraçaram o cristianismo, de acordo com o Jornal Deccan Herald. Muitos destes são Dalits. Isto em apenas uma pequena área de Punjab. Não há ainda uma estimativa precisa de quantos preciosos Dalits nesta região tem vindo para Cristo. Eu agradeço a Deus por este poderoso lembrete que Ele é verdadeiramente “capaz de fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera” (Efésios 3:20) Dalit é sacrificado para deusa Alam, 52 anos, um dos Dalits da India, apenas queria que sua deusa o abençoasse, mas invez disso ele foi assassinato e sacrificado para ela. Alam visitava regularmente um templo em sua vila em Madhya Pradesh. Juntamente com o sacerdote hindu, ele olhava para sua deusa para abençoá-lo com prosperidade. Mas havia algo que o sacerdote não disse a ele. Naquela noite de 22 de Março, Alam encontrou-se com o sacerdote para realizar um ritual de sua casta. Quando Alam abaixou-se diante desta deusa, o sacerdote pegou uma machadinha e o degolou – de acordo com diversos sites indianos de notícias, incluindo o Hindustan Times.com. O sacerdote então lançou o corpo de Alam em uma linha de trem próxima. Quando preso e questionado pela polícia, o sacerdote afirmou que sua deusa tinha vindo até a ele num sonho, pedindo a ele para sacrificar o Dalit. Sua expectativa era apaziguar sua deusa de maneira que ele pudesse alcançar o que estava buscando. Este trágico evento nos mostra um vislumbre da vida de muitos na Ásia que desperedamente buscam satisfação, mas que ainda nunca ouviram de Jesus Cristo e o que Ele fez por eles. Tomara o Evangelho alcance o coração deste milhões para que eles possam encontrar o verdadeiro sentido em Cristo!
Fonte: http://www.dalit-awakening.org (tradução livre)

http://www.orepelaindia.com ORE PELA INDIA' _ orepelaindia@grupos.com.br Prezado irmão Yrorrito Graça e Paz Obrigado por ter entrado em contato e por ter nos comunicado o não recebimento do Boletim de Oração - Ore pela India. Estive revendo o cadastro e percebi que o Boletim estava sendo enviando para vocês, mas através do e-mail uniaonet@uol.com.br. Já fiz a atualização para o novo endereço de e-mail. Que Deus continue abençoando o amado irmão e seu bonito ministério. No serviço dEle, Paulo Henrique

8/5/2003

"É tempo de agires, ó Senhor..." (Salmos 119:126a)
Por muitos e muitos anos os cristãos na India tem sido perseguidos por sua fé. Isto não é nenhuma novidade. Mas, em pleno século XXI quando países muçulmanos começam a optar por governos democráticos, a India que é conhecida como a maior democracia do mundo faz grandes retrocessos. Atualmente já são 5 Estados Indianos que possuem leis anti-conversões, e no caso mais recente em Gujarat, para uma pessoa se converter tem primeiro de receber autorização dos Magistrados Distritais, na grande maioria influenciados por hindus fundamentalistas. Os grupos extremistas hindus que apoiam o Governo do BJP (que atuamente governa a India) já planejam uma Lei anti-conversão de âmbito nacional.
Um dos líderes do VHP (ver abaixo), Togadia, tem feito abertamente ameaças aos cristãos na India. Ele também tem feito públicamente graves ameças contras os missionários cristãos na India.
O inimigo está tentando de todas as formas, agora mais do que nunca, limitar a liberdade religiosa na India, pois, sente que as suas fortalezas espirituais estejam sendo fortemente ameçadas. Mais de 300 milhões de Dalits estão completamente insatisfeitos debaixo da opressão do hinduísmo e muitos tem se convertido ao budismo, islamismo e também ao cristianismo.
Creio que estas tentativas de limitar ainda mais a liberdade religiosa são de certa forma medidas desesperadas para conter o avanço do cristianismo. Temos visto um crescimento do números de missionários sem precedentes na India, especialmente dos países latinos. Há um número cada vez mais crescente de igrejas em diversas partes do mundo que tem voltado a suas atenções e especialmente focalizado suas orações para a Índia.
Cremos que este é o tempo de Deus para a Índia! Por isso queremos convidar os amados irmãos a estarem batalhando em oração de maneira intensa, especifica e sistemática pela India. As portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja de Cristo!
Queremos convidá-los a orar de maneira especifica por aqueles que tem se levantado contra a obra do Senhor na Índia (leia abaixo informações sobre os grupos fundamentalistas hindus). Deus é poderoso para transformar os "Saulos" em "Paulos" e também remover todos os "Elimas" que tem impedido muitos milhões de ouvirem as Boas Novas de salvação.
Em 30 de Setembro de 1998 o secretário do VHP, Togadia, avisou os cristãos para sairem a India. A Bíblia diz que, "Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam." (Psa 24:1), e, quem é este Togadia para desafiar o Senhor de toda Terra? Cremos que é o tempo de Deus na Índia, para salvação de milhões de Indianos, mas primeiro deve ser o tempo de juízo dos "Elimas" (Atos 13:6-12) que se opõem de maneira arrogante e desafiante ao nosso Senhor Jesus Cristo, sendo o obstáculos para que outros venham ouvir e receber a salvação.
Façamos nossa a oração do Salmista, "É tempo de agires, ó Senhor, pois eles violaram a tua lei." (Psa 119:126).
A história da Índia será mudada, mas será através da pregação da Palavra de Deus e no poder do Espírito Santo, e você através da oração é um instrumento que Deus quer usar para isto!
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O Texto abaixo foi extraído do Site: International Christian Concern - http://persecution.org (tradução livre)

Grupos extremistas hindus e a perseguição aos cristãos na Índia
A população da Índia é 80% Hindu, 12% Muçulmana e 2,4% Cristã. Tanto os muçulmanos como os cristãos tem sido objeto de ataques de extremistas hindus que querem fazer da Índia um Estado hindu.
Governo: A liberdade religiosa é garantida por lei. Porém, a aplicação da lei tem sido muito pobre, especialmente em nivel local e estadual.
O Partido Bharatiya Janatha (BJP) é a coligação de governo nacionalista hindu. Desde que este partido veio ao poder tem havido um aumento na perseguição e oposição para com as minorias, especialmente aos cristãos. O BJP é um rebento do grupo extremista RSS (veja grupo extremistas abaixo). O Primeiro Ministro Vajpayee é membro do BJP. Porém, Vajpayee tem, segundo consta, chamado para a tolerância religiosa e falado abertamente contra a perseguição aos cristãos.
Novembro de 1999, o Estado de Orissa (onde o missionário Graham Staines e seus dois filhos foram mortos) passou uma lei proibindo conversões religiosas sem uma permissão antecipada da polícia local e os magistrados distritais. A pessoa que desejar se converter deve explicar suas razões para a polícia que então coletará informações dos vizinhos e amigos. A polícia então escreverá um relatório, o qual é passado para os magistrados distritais o qual garantirá ou negará a permissão.
Desde o meado de 1960 o governo tem recusado admitir novos missionários estrangeiros residentes. Missionários devem entrar no país com um visto de turista de curto período. Em Março de 1999 foi denunciado que o governo estava recusando renovar estes vistos.

Grupos extremistas:

* Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) – um partido nacionalista hindu o qual abraça o retorno dos valores hindus e normas culturais. O grupo foi responsável pelo assassinato de Mahatma Ghandi.

* Vishwa Hindu Parishad (VHP) – uma organização religiosa hindu afiliada ao RSS. Em 30 de Setembro de 1998 o secretário do VHP avisou os cristãos para sairem a India. Em Dezembro do mesmo ano o VHP anunciou que iria lançar uma campanha para parar os missionários na converção de hindus ao cristianismo.

* Bajrang Dal – uma jovem organização militante hindu o qual orgulha-se de ter um milhão de membros, muitos dos quais recebem treinamento militar.

* Sangh Parivar – o fanático grupo extremista que assassinou o missionário Graham Staines e seus filhos. Controla grande parte dos Estados Gujarat e Uttar Pradesh.

Recente ações de perseguição aos cristãos:

26 de Março de 2003 – O Projeto de Lei sobre Liberdade Religiosa em Gujarat foi aprovado, O Projeto de Lei bane conversões religiosas por coersão e estipula a sentença de prisão de até 3 anos e uma multa de 50.000 rupees (cerca de 1060 dólares) por se estar envolvido numa conversão forçada. A lei vai além do que a de outros Estados, diz que todas as conversões devem ser registradas e aceitas pelo Magistrado Distrital. A falha em registrar uma conversão é propensa a multa ou prisão de até um ano (ANS)

Março de 2003 – Gospel for Asia (Evangelho para a Asia) relatou que os homens que espancaram Titus por mostra o Filme Jesus estão agora anciosos por verem o filme (veja 18 de Fevereiro de 2003 – abaixo). O Equipamente de Titus foi devolvido para ele sem nenhum dano. (GFA/ANS)

Fevereiro de 2003 – A. Anthony, um sacerdote católico romano, foi roubado a mão armada em Chintalapudi. Acredita-se que os acusados sejam extremistas hindus. ( Compass Direct)

Fevereiro de 2003 – O Departamento de Investigação Criminal de Gujarat tem conduzido uma pesquisa entre a comunidade cristã em preparação para um projeto de lei anti-conversão agendando para ser considerado pela Assembléia Legislativa do Estado em Março. Cristãos tem se queixado que a pesquisa tem sido conduzida de maneira muito ameaçadora. Esta pesquisa exige informações do número de conversões, a razão das conversões, assim como informações sobre contribuições vinda do exterior. O Conselho de Toda India Cristã registrou uma queixa na Alta Corte de Gujarat. No ano passado uma pesquisa semelhante foi conduzida entre a comunidade muçulmana pouco antes do ataque brutal dos hindus fundamentes a comunidade muçulmana . (Compass Direct)

18 de Fevereiro de 2003 – Um evangelista indiano e vários outros membros de sua equipe foram espancados quando mostravam o Filme Jesus em Jharkhand. Titus, 26 anos, foi estrangulado, esmurrado e espancado com pedaços de pau até ele perder a consciência. Ele foi carregado por amigos cristãos para a casa deles onde se juntou uma furiosa multidão se juntou para exigir que Titus renunciasse sua fé. Ele foi espancado novamente quando se recusou a renunciar Cristo. Os líderes do vilarejo estão se recusando a devolver o equipamento de vídeo de Titus sem o pagamento de resgate e exigem que Titus e duas familias cristãs deste vilarejo dê comida para duas mil pessoas por dois dias. Líderes do vilarejo podem estar planejando uma maneira de forçar as duas famílias cristãs para retornar a fé animista. (Gospel for Asia)

Fevereiro de 2003 – O Governo do BJP está començando tomar uma posição mais chegada com o RSS e VHP (veja grupos extremistas acima) para promever a agenda Hindutva (que quer fazer da India uma nação hindú). Teme-se que uma lei anti-conversão nacional semelhante a que foi aprovada em Tamil Nadu pode não estar longe de ser aprovada. Alguns dos membros do novo gabinete são agressivamente anti-missionários (WEA)

Fevereiro de 2003 – Compass Direct relatou que uma lista de 50 missionários tem sido entregue a autoridades indianas pelo VHP, na esperança que eles serão deportados por violação do visto, assim como usado contra Joseph Cooper (veja abaixo). Isto poderia criar dificuldades para missionários que ensinam em Seminários e Colégios Bíblicos.

Janeiro de 2002 – O missionário Joseph Cooper (veja 13 de Janeiro de 2003 – abaixo) foi ordenado a deixar o país dentro de uma semana depois de ter sido liberado do Hospital em Trivandrum. O Superintendente da Polícia, Vinod Kumar, disse que Cooper tinha violado os termos de seu visto de turista por pregar. (Washington Times)

13 de Janeiro de 2003 – Joseph Cooper, um missionário de 67 anos da Pensilvânia (Estados Unidos) foi atacado por fanáticos hindus nos subúrbios de Trivandrum em Kerala. Cooper foi espancado com pedaços de paú e teve cortes feitos por facão quando ele estava retornando de uma reunião em uma igreja. O pastor indianos Bensom Sam e sua esposa também feriram-se no ataque. Cooper foi levado para um Hospital em Trivandrum onde ele está sendo tratado por um profundo corte na palma de sua mão direita, outros cortes e escoriações. Acredita-se que ativistas do RSS sejam os responsáveis pelo ataque.

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