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"Quando o homem trabalha, ele trabalha; Quando o homem ora, Deus trabalha"
TUDO PODE SER MUDADO PELA ORAÇÃO...

BOLETIM DE ORAÇÃO - ORE PELA INDIA
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"Quando o homem trabalha, ele trabalha; Quando o homem ora, Deus trabalha"
TUDO PODE SER MUDADO PELA ORAÇÃO...
 
Este é um informativo gratuito, enviado exclusivamente para AQUELES que se cadastraram no site  www.orepelaindia.com

Carta Informativa do Ev. Paulo Henrique e família

25/5/05 Amados irmãos
 A paz do Senhor
 Estou escrevendo para agradecer a todos irmãos que estiveram orando pela
minha viajem a Delhi para tiramos novos passaportes, como mencionei em
e-mail anterior.
Tivemos alguns pequenos problemas, mas no final deu tudo certo, graças a
Deus.
Chegamos em Calcutá ontem a noite com nossos novos passaportes e em tempo
hábil para nossa viajem a Tailândia, depois da manhã.
Continuem orando por nós, principalmente pela nossa saída da India, nossa
estada na Tailândia e posterior retorno à India no dia 08 de Junho.
Mais uma vez obrigado pelas vossas preciosas orações.
 Com gratidão,
 Ev. Paulo Henrique, Alessandra, Matheus Henrique e Lucas Henrique

Para contribuir: Banco do Brasil Ag 3159-3 C/C 6573-0


www.orepelaindia.com _ Calcutá (Índia), 14 de Abril de 2005.

“Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além
daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,” (Ef
3:20).

Amados irmãos, pastores e igrejas

Que a graça e a paz de nosso Senhor Jesus Cristo vos sejam multiplicadas.
         Queremos uma vez mais começar agradecendo a todos amados irmãos,
pastores e igrejas pela vossa preciosa cooperação e orações em nosso favor.
A todos nossa sincera e profunda gratidão por tudo o que têm feito por nós e
pela evangelização da Índia!
    Aqui estamos todos bem, graças ao nosso Bom Deus. Ebenézer! O Lucas está
cada dia mais fofinho e simpático. Tem sido a alegria da casa. O Matheus
está terminando a 2ª Série e em Maio ele começará o novo ano escolar, na 3ª
Série.
    Este mês tivemos a grata alegria de receber aqui em nossa casa, o nosso
Pastor, Julio Cezar, pelo período de uma semana. A visita do Pr. Júlio foi
muito agradável e edificante para nós, para o nosso ministério e para todos
os obreiros indianos que, há muito, desejavam conhecê-lo pessoalmente.
    Neste tempo o Pr. Júlio pode ver os trabalhos desenvolvidos através dos
obreiros indianos e onde também pregou em muitos deles. Foi possível ver e
também entender melhor os desafios, carências e oportunidades da seara
indiana.
    Pela graça de Deus o trabalho tem crescido e está se expandindo. No
último domingo a esposa do Pr. Binaya iniciou um novo trabalho com crianças
em uma nova vila e têm tido uma excelente recepção. O alvo é posteriormente
alcançar também os pais. Agora estamos alcançando, através dos obreiros
indianos, mais de 250 pessoas, incluindo crianças, em nove frentes de
trabalho, em ministérios como: escola dominical para crianças, grupos de
estudos para jovens e grupos familiares. A maioria destas pessoas é ou eram
hindus, mas têm sido alcançadas pela palavra de Deus. É lindo ver o que Deus
tem feito e está fazendo em cada uma destas vidas, que outrora adoravam,
dentre outros, kali, a deusa da morte, mas que agora estão servindo e
adorando o Único Deus Vivo e Verdadeiro. Aleluia!!!
    Em reunião com o Pr. Julio e os obreiros indianos, decidimos que
estaremos registrando uma associação (organização) aqui na Índia que servirá
para dar uma cobertura legal aos obreiros indianos e aos trabalhos, bem como
abrindo outras portas para o trabalho de Semipa na Índia, mesmo após nosso
retorno ao Brasil. Estejam orando por isso!
    Continuem orando por nós, pois como os irmãos sabem, depois de quase 5
anos servindo ao Senhor na Índia estaremos retornando ao Brasil em ínicio de
Setembro.Orem para que Senhor continue nos usando e abençoando neste tempo
que ainda nos resta na Índia, como também pela provisão dos recursos para
nossas passagens para o Brasil. Ainda falta mais de 90% do valor, mas cremos
que o Senhor estará provendo todo o necessário.
    Somos muito gratos ao nosso Bom Deus pela oportunidade de estarmos O
servindo na Índia, também ao nosso Pastor Julio Cezar, que tem sido um amigo
e apoiador de nossa chamada, e jamais poderíamos deixar de citar os irmãos,
pastores e igrejas, que tem sido fiéis mantenedores e nossa retaguarda de
oração.  A todos vocês nosso muito obrigado por estarem juntos conosco nesta
grande obra. Deus os recompense de maneira abundante!
    Em tempo: Amanhã (15 de abril) comemora-se no Estado de West Bengal e no
país vizinho, Bangladesh o Ano Novo Bengali. Então, desejamos a todos SHUBHO
NABABARSHA - Feliz Ano Novo (em bengali).

     Com gratidão,

Ev. Paulo Henrique, Alessandra, Matheus Henrique e Lucas Henrique

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Para contribuir: Banco do Brasil Ag 3159-3 C/C 6573-0

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depositar suas ofertas em qualquer
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Alessandra de Carvalho Cunha)
e ou  C/P 6573-0 Ag. 3159-3 {Variação 01} (em nome de Paulo Henrique P
Cunha).
Por favor, façam o depósito na Conta Poupança, assim saberemos que é para
nos ajudar nas passagens.

10/3/05  Amados irmãos
A paz do Senhor
Gostariamos de pedir que os amados irmãos estivessem orando pelo Pr. Binaya e esposa. Alguns dias atrás o Pr. Binaya recebeu a notícia que a filha de seu irmão teve um acidente com água quente e teve suas pernas queimadas pela água quente. Também sua esposa começou a sentir forte dores em ambas as pernas. Eles estão esperando ainda o resultado do Raio X, mas suspeitasse que seja algum problema na coluna.
Por favor, estejam orando pela subrinha e esposa do Pr. Binaya e por ele também que tem estado um pouco triste com todos estes acontecimentos.
Em tempo: Em poucos dias estarei enviando a nossa carta informativa e a dos demais obreiros também.
Obrigado por estarem em nossa retaguarda.
Com gratidão,
Ev. Paulo Henrique, Alessandra, Matheus Henrique e Lucas
Para contribuir: Banco do Brasil Ag 3159-3 C/C 6573-0
     Calcutá, uma cidade de aproximadamente 12 milhões de habitantes (com mais de um milhão de pessoas morando nas ruas), é a capital do Estado de West Bengal (Bengala Oeste), localizado no nordeste da India e que faz fronteira com Bangladesh. West Bengal tem uma população de 87 milhões de habitantes, dos quais apenas 0,6% são cristãos, incluindo católicos, ortodoxos, protestantes e outros.
     Os bengalis são o maior grupo não alcançado do mundo com mais de 230 milhões de pessoas, sendo que a maioria destes vivem no Estado Indiano de West Bengal e no país vizinho, Bangladesh.
     Ore para que estas tristes estatísticas sejam mudadas e para que Deus mande um poderoso avivamento em terras indianas.
 
Carta Informativa _ Ev. Paulo Henrique e família
 
Calcutá (Índia), 02 de Janeiro de 2004.
 
Amados irmãos,
 
     Que a graça e a paz de nosso Senhor Jesus Cristo seja abundante sobre a vida de cada um amado irmão.
     Somos imensamente gratos a todos amados irmãos que durante todo o ano de 2004 estiveram segurando as cordas da intercessão e contribuição para que pudéssemos estar realizando a obra do Senhor aqui na Índia. A todos nossa profunda e sincera gratidão por estarem conosco nesta obra.
    Aqui estamos todos bem, graças ao nosso Bom Deus. O Lucas está mais fofinho a cada dia e agora já está pesando sete quilos e meio. Ele tem sido motivo de muita alegria para nossas vidas.
    Creio que todos tiveram conhecimento do triste acontecimento do dia 26 de dezembro, quando mais de 125.000 pessoas morreram após um terremoto no oceano ter provocado ondas gigantes (tsunamis) que atingiram a Índia,o Sri Lanka, o Bangladesh, a Indonésia, a Malásia, a Tailândia, as ilhas Maldivas e outros.
    Na Índia mais de 11.000 pessoas morreram, sendo que destes a maioria está no Estado de Tamil Nadu (sul do país) e nas ilhas Andaman e Nicobar. No Estado de West Bengal (Norte), onde estamos só houve uma morte. Estejam orando também pelas familias de todos aqueles que morreram e pelos milhões de desabrigados em todos países atingidos.
     Em Dezembro passado apesar das notícias tristes, o Senhor nos concedeu um tempo abençoado com nossos irmãos indianos e também com outros brasileiros. Estivemos bastante ocupados em Dezembro visitando, gastando tempo de comunhão, comemorando o natal com os obreiros indianos e nas vilas onde os trabalhos estão seguindo avante, graças a Deus. Por motivo de espaço não dá para falar sobre tudo, mas tivemos a segunda comemoração do Natal em Baruipur (com Pr. Binaya) onde muitas novas pessoas estiveram presentes e onde fomos muito abençoados. Estivemos em Manicpur comemorando o Natal com os irmãos ali e o irmão Sudhakar. Estivemos também na casa do Pr. Piyal onde estavam reunidos muitos irmãos das várias localidades onde ele está trabalhando.  Foram momentos abençoados para nós, onde pudemos estar celebrando com estes amados irmãos indianos o nascimento de Jesus.
    No ano que passou pudemos ver as mãos de Deus abençoando nosso ministério. Começamos a trabalhar com mais dois obreiros indianos (treinamento e supervisão) que são o Pr. Piyal e o irmão Sudhakar. Com a vossa ajuda e orações os trabalhos destes obreiros cresceram e continuam a crescer. O número de pessoas em Baruipur (com Pr. Binaya) tem aumentado e podemos vê-los crescendo no Senhor a cada dia. Conseguimos alugar uma casa para o trabalho com crianças em Moila Pada e agora já iniciamos, através do irmão Sudhakar, reuniões com jovens que na sua maioria são hindus. O irmão Sudhakar ampliou para duas o número de escolas dominicais para crianças e ampliou o número de grupos familiares. O Pr. Piyal Mondal está alcançando novas áreas com vários grupos familiares que tem crescido bastante.
    Nosso alvo para este ano é ajudar os obreiros indianos a firmar bem estes trabalhos e edificar cada novo convertido através da palavra de Deus de maneira que possam ser crentes firmes e possam compartilhar com outros as boas novas de salvação. Estaremos também dando continuação ao curso de preparação com os obreiros indianos e queremos aplicar o curso de discipulado em outras vilas, além de Baruipur. Temos muitas outras coisas para compartilhar, mas queremos fazê-lo numa próxima carta.
 
Motivos para oração:
* Por nossa saúde física, espiritual e emocional;
* Pelas famílias de todos aqueles que perderam seus familiares nesta tragédia (tsunamis) e pelos milhões de desabrigados;
* Pelos alvos e desafios para este novo ano;
* Pelos obreiros indianos, pelos novos convertidos e por aqueles que estão sendo alcançados pela palavra de Deus;
* Por um grande avivamento espiritual em terras indianas.
 
     Mais uma vez somos imensamente gratos a todos amados irmãos, pastores e igrejas que tem sido nossa retaguarda neste ministério. Nosso muito obrigado a todos vocês!
 
 
     Com gratidão,
 
Ev. Paulo Henrique, Alessandra, Matheus Henrique e Lucas Henrique
 

Legenda fotos (de cima para baixo): 1) Ev. Paulo Henrique pregando na comemoração do Natal em Manicpur e sendo traduzido pelo Pr. Binaya; 2) Matheus com jovens na comemoração do Natal em Baruipur; 3) Alessandra com irmãs na comemoração do Natal em Baruipur.
 
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: 06/07/2005 14:22
Assunto: [BOLETIM DE ORAÇÃO] Já reservamos as passagens pela fé
 
 
Amados irmãos
 
A paz do Senhor
 
     Queremos começar agradecendo pela vossas orações e por tudo mais que têm feito por nós.
    Somos gratos a todos irmãos que têm sido instrumentos de Deus para abençoar nossas vidas. Graças a Deus e a muitos amados irmãos, nós temos cerca de 55% do valor das passagens.
    Como tinha dito em e-mail anterior, hoje fui fazer as reservas de nossas passagens de retorno ao Brasil. Infelizmente a British só nos deu uma semana (7 dias) para pagarmos as passagens. Ainda assim fizemos as reservas pela fé. Cremos que o nosso Deus é Deus de milagres e Ele pode estar usando muitos outros instrumentos Seus para completar os outros 45%. Por favor, estejam orando por isso.
 
 
     Com gratidão,
 
 
Ev. Paulo Henrique, Alessandra, Matheus Henrique e Lucas Henrique

25/6/05 - Amados irmãos
 A paz do Senhor
      Queremos começar agradecendo a todos por vossas orações e por tudo mais que têm feito em nosso favor.
    Aqui estamos todos bem, graças ao nosso Bom Deus. As chuvas (monções) chegaram e a temperatura baixou um pouco (para cerca de 35º C)
    Estamos a exatamente 69 dias para nosso retorno ao Brasil e não podemos adiar muito mais, precisamos fazer as reservas o mais rápido possível, mas depois de feitas as reservas temos no máximo um mês para pagarmos as passagens.
    Acontece também que estávamos buscando por alternativas mais baratas para nosso retorno e infelizmente o valor de uma parte da viajem foi nos repassado incorretamente. O valor necessário e CORRETO para nossas passagens (incluindo toda família) é de US$ 6.092,07 dólares e não temos nem 20% deste valor ainda.
    Na próxima semana deveremos estar fazendo as reservas pela fé. Por favor nos ajudem em orações!!!
       Com gratidão,
 
Ev. Paulo Henrique, Alessandra, Matheus Henrique e Lucas Henrique
Número 159 Edição de 25 de agosto de 2005
Outro estado indiano reforça lei anticonversão
ÍNDIA (34º) - Tentativas para que a lei estadual anticonversão no estado de Chattisgarh fosse fortalecida foram suspensas devido a "problemas técnicos", conforme um funcionário do governo.. "A Chattisgarh Dharma Swatantraya Adhiniyam (Liberdade do Ato Religioso) já está em vigor, mas queremos fazer algumas emendas nela a fim de torná-la mais eficaz", disse a Compass Brij Mohan Agarwal, ministro da justiça estadual e ex-ministro do interior. Devido às emendas propostas, qualquer pessoa que desejar se converter e qualquer líder religioso que esteja envolvido na conversão devem entrar em contato com funcionários de distrito 30 dias antes da conversão. Os funcionários devem aprovar a conversão antes que ela aconteça. Se as emendas forem aprovadas, qualquer pessoa que for julgada culpada de tentar converter alguém de maneira fraudulenta ou pela força pode ser presa por até 4 anos e multada em até cem mil rúpias ($2.290 dólares) Sob as provisões atuais, um ofensor pode ser preso por até dois anos e multado no máximo em dez mil rúpias ($229 dólares). Enquanto Agarwal contou que as mudanças propostas haviam sido suspensas devido a "problemas técnicos", Kaviraj Lal, membro local da Associação Cristã Legal da Índia (CLAI), disse que o partido do Congresso de oposição havia se recusado a aprovar estas mudanças. A primeira vez que o Partido Bharatiya Janata (PBJ), que ainda governa em Chattisgarh, sugeriu as emendas foi em 2003. O governador de Chattisgarh, K. M. Seth, disse a assembléia estadual, em dezembro daquele ano, que a lei anticonversão seria "mais severa" sob o governo do PBJ. Ministros do PBJ acreditavam que a lei existente não era rigorosamente severa e continha muitas brechas. Como os políticos discordam do projeto de lei, os oficiais de polícia têm usado outros meios legais para perseguir os cristãos. Conforme Kavirai Lal, da CLAI, "em ao menos dois acontecimentos recentes, a polícia usou a Seção 151(1) do Código do Processo Criminal (CrPC) para deter funcionários cristãos, sem qualquer garantia de prisão ou formalidades legais". Em 10 de julho, a polícia deteve 35 cristãos, sendo que a maioria eram mulheres e crianças que pertenciam a Igreja Evangélica Luterana Gosner (GELC), na cidade de Ambikapur, no distrito de Sarguja da Chattisgarh, sob suspeita de tentativa de conversão. "Fomos levados à delegacia de polícia em torno das 23 horas, depois de orarmos na casa de Kailash Ram," contou Vijay Nikunj, um senhor que há 35 anos é membro da GELC e um dos acusados. Ram havia proporcionado um pequeno jantar de ação de graças para os cristãos que oraram para que ele fosse curado de uma doença séria alguns dias antes. "Enquanto acontecia a oração de ação de graças, oito jovens que se identificaram como parte do Judeo Sena (seguidores de Dileep Singh Judeo, líder local do PBJ) e do Vishwa Hindu Parishad (VHP ou Conselho Mundial Hindu), arrombaram a porta e começaram a nos maltratar", explicou Nikunj. "Eles também telefonaram para a delegacia de polícia alegando que viemos até o vilarejo para converter pessoas. A polícia chegou imediatamente e nos levou à delegacia". Em 11 de julho, a polícia libertou os cristãos, mas registrou um Primeiro Relatório de Informações contra Nikunj e sua irmã, Salen Nikunj, já que ambos haviam orado por Ram. Um caso ainda está pendente na corte. Antes desse acontecimento, a polícia havia detido quatro cristãos em um vilarejo no distrito de Durg, no estado de Chattisgarh, e então os aldeãos locais os acusaram de tentativa de conversão. Em novembro de 2000, o governo federal da Índia criou o estado de Chattisgarh, dividindo-o de Madhya Pradesh. Chattisgarh conservou a Liberdade de Ato Religioso adotado por Madhya Pradesh em 1968. Tradução: Daniela Mendonça Fonte: Compass Direct Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 158
 Edição de 22 de agosto de 2005
 
 

 
 
Tribunal decide em favor de cristãos dalits
 
     ÍNDIA (34º) - A campanha em favor dos cristãos dalits (intocáveis) – a mais baixa casta hindu – obteve seu primeiro sucesso. O júri do Tribunal do Povo pelos direitos dos cristãos dalits resolveu, no dia 18 de julho, em Madurai, que “cristãos dalits devem ter as mesmas oportunidades que os hindus, sikhs e os novos budistas dalits têm”.
     No dia seguinte, a Suprema Corte da Índia decidiu atender a um apelo feito pelo Movimento Nacional pelos Direitos dos Cristãos Dalits contra a lei existente que exclui intocáveis que se convertem ao cristianismo de ações políticas afirmativas – tais como quotas de emprego em serviços públicos – destinadas a ajudar essas comunidades.
     Dalits muçulmanos também enfrentam a mesma exclusão: hindus, sikhs e os budistas dalits não. O Tribunal do Povo foi presidido pelo juiz aposentado da Suprema Corte Justice S. B. Sawant e por Barrister Sona Khan. Algumas das 573 testemunhas de Tamil Nadu, Andhra Pradesh, Kerala, Karnataka e Pondicherry registraram-se para os procedimentos.
     John Dayal e Edward Arokia Doss apresentaram as evidências documentais em prol do requerente, o Movimento Nacional pelos Direitos dos Cristãos Dalits, uma organização fundada pela União Católica Toda a Índia, o Conselho Cristão Toda a Índia e a Voz Dalit Internacional.
     Entre as testemunhas ouvidas, uma mulher de Cuddalore lamentou que em algumas áreas afetadas pelo tsunami o governo falhou na ajuda aos cristãos.
     O júri incluiu advogados, membros do parlamento da União e legisladores do estado de Tamil Nadu.
     O diretor Percy Fernandez, o secretário geral da Conferência de Bispos Católicos da Índia e o rev. Jeypaul David, presidente do Conselho Nacional de Igrejas na Índia, enviaram mensagens de solidariedade.
     Os dalits representam 60 % dos 25 milhões de cristãos da Índia.
 
Texto enviado por Daila Fanny.
Tradução: Daila Fanny
 
Fonte: Ásia News
 
Por Missão Portas Abertas
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Número 157
 Edição de 17 de agosto de 2005
 

 


 

 

Extremistas hindus lançam campanha de "reconversão"

 

     ÍNDIA (34º) - Extremistas hindus lançaram uma campanha em massa para "reconverter" cristãos da casta dalit no estado de Uttar Pradesh.
     Os dalits (intocáveis) fazem parte da casta mais baixa da sociedade na Índia. Muitos deles saíram do hinduísmo para escapar do ostracismo e da discriminação imposta pelo sistema de castas.
     O Conselho Mundial Hindu (VHP) planeja converter pelo menos 80.000 cristãos dalits de volta ao hinduismo na região de Agra até o final deste ano, de acordo com as notícias.
     Agra é composta por sete distritos, incluindo a parte turística onde fica localizado o Taj Mahal, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Na região vivem 638.000 dalits.
     O anúncio do plano, batizado de "regresso ao lar", veio no momento de uma pesquisa conduzida pelas organizações hinduístas em Agra. A pesquisa que indicava que mais de 200.000 dalits converteram-se ao cristianismo.
     "Quase 90% dos dalits da comunidade Valmiki foram batizados", relatou o jornal "Pioneer" em meados de julho.
     Indrajit Arya, coordenador geral da Hindu Jorgran Bibhag, braço do VHP, disse que várias pessoas que se converteram ao cristianismo continuam com os costumes hindus.
     "As mulheres continuam com o hábito do jejum karwachauth (jejum anual feito pelas esposas para seus maridos)", afirmou ele.
     O "Pioneer" informou que o VHP já teria "reconvertido" mais de 18.000 cristãos dalits na região de um ano pra cá.
     John Dayal, membro do Conselho Nacional de Integração e presidente da All Christian Council, disse ao Compass que ficou surpreso com os objetivos do VHP.
     "A que casta pertencerão esses dalits depois de tornarem-se hindus?" indagou Dayal. "Será que o VHP elevará todos eles para a maior casta, para que vivam com dignidade? Ou eles serão forçados a viver novamente nos guetos?".
     Ao contrário das alegações dos grupos hinduístas, Dayal disse que Agra tinha uma população cristã de não mais de 100.000 pessoas. "Entretanto, carrega uma tradição cristã de quatrocentos anos", reconheceu ele.
     Ele também discordou da palavra "reconversão", termo que "não possui base teológica nem jurídica no país". De acordo com Dayal, a maioria dos dalits é animista por tradição ou segue religiões tribais e portanto, não podem ser "reconvertidos" para o hinduísmo.
     "Essas cerimônias de `regresso ao lar´ fazem parte de uma estratégia de grupos fundamentalistas baseados no engano e na coerção, e muitas vezes feitas sob a supervisão de homens armados", continuou ele.
     "Espero que um dia os governos estaduais e federal acordem para esse perigo, e, em vez de perseguir indianos evangélicos e sacerdotes, comecem a agir contra esses extremistas".
     Oprimidos pelas castas superiores há séculos, os dalits geralmente são receptivos ao evangelho. Eles são aproximadamente 60% da população cristã, que é de cerca de 24 milhões, de acordo com o censo de 2001.

 

Tradução: Fabio Caruso Melo

 

Fonte: Compass Direct 

 

Por Missão Portas Abertas
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Número 156
 Edição de 10 de agosto de 2005
 
 

 
 
Governo quer endurecer lei que regulamenta doações estrangeiras
 
     ÍNDIA (34º) - O governo indiano propôs uma lei para controlar de perto as doações estrangeiras para “atividades antinacionais”. Os líderes cristãos temem que a nova lei seja usada para reduzir as doações vindas do exterior para as igrejas da Índia.
     A Gerência de Contribuição e Controle de Contas Estrangeiras (FCMC), proposta pela Aliança Progressiva Unida, substituiria o Ato Regulador de Contribuição Estrangeira (FCRA), de 1976. Essa lei requer que todas as organizações ou indivíduos indianos tenham definido “um programa cultural, econômico, educacional, religioso ou social” para obter liberação do Ministério do Interior, seja por registro ou permissão prévia, antes de aceitar contribuições estrangeiras.
     A nova lei, na seção 12, determina que uma organização que pretenda se registrar precisa não ter se envolvido “em atividades relacionadas a conversão por meio de indução ou força”.
     O movimento para emendar a lei existente foi iniciado pela antiga Aliança Democrática Nacional, liderada pelo Partido Bharatiya Janata (BJP), em 2000. O BJP alegou que organizações não-governamentais e sem fins lucrativos estavam empregando mal o dinheiro vindo do exterior, usando-o em atividades ilegais e antinacionais, inclusive conversões religiosas.
     Grupos e organizações de defesa cristãos estão preocupados com a nova lei.
     “Tudo indica que o governo usará a lei contra a igreja”, afirmou John Dayal, presidente nacional da União Católica All India e secretário geral do Conselho Cristão All India, em declaração ao Compass. “Não podemos esquecer que o ex-dirigente do BJP usava a FCRA inteiramente contra a igreja e contra as ONGs de que não gostava”, ele acrescentou.
     A nova lei daria ao governo da Índia mais poder para controlar doações estrangeiras e para recusar ou cancelar o registro de organizações sem fins lucrativos.
     A seção 5(1) da lei FCMC dá poder ao governo central para definir uma organização como de “natureza política, sem ser um partido político”, e por isso mesmo impedida de aceitar contribuições do exterior.
     Sob a seção 12 (3)(ii), qualquer indivíduo ou organização que busque permissão para receber fundos estrangeiros precisam ter um “projeto significativo”em benefício “dos habitantes do distrito”. O termo “projeto significativo” não é definido. Além disso, as organizações sem fins lucrativos precisam provar que têm projetos na cidade onde está localizada. Essa estipulação pode ser problemática para muitas organizações sem fins lucrativos que concentram seu trabalho fora dos distritos onde o escritório está localizado.
     A Subseção (7) diz que o certificado de registro será dado por um período de apenas 5 anos. A lei atual fornece certificados sem prazo determinado.
     O governo enviou a nova lei a um grupo de ministros para votação, segundo afirmou um oficial do Ministério do Interior, que não quis se identificar.
     O oficial não quis comentar quando a nova lei será enviada ao parlamento.
      O Ministério de Assuntos Internos e o Instituto de Contadores Diplomados promoveram um seminário sobre a legislação existente em Nova Délhi, nos dias 24 e 25 de junho, provavelmente para debater a nova lei, segundo noticiou o diário “Hindu”.
     A lei FCRA, de 1976, foi aprovada quando a primeira-ministra Indira Gandhi temia que seu rival J.P. Narayan estivesse usando fundos vindos do exterior para construir uma oposição ao seu governo. De acordo com Dayal, posteriormente o partido de Indira Gandhi no congresso usou a FCRA contra a Igreja e outros grupos minoritários.
     Mais de 30 mil organizações estão registradas sob a FCRA, recebendo um total anual de mais de 50 bilhões de rúpias (US$ 1,17 bilhão) em doações estrangeiras, de acordo com reportagem do “Hindu”.
 
Tradução: Cristina Ignacio
 
Fonte: Compass Direct
 
Por Missão Portas Abertas
www.portasabertas.org.br
 

Número 155
 Edição de 08 de agosto de 2005
 
 

 
 
Casal é preso sob acusações duvidosas
 
     ÍNDIA (34º) - Dois cristãos de Madhya Pradesh aguardam a primeira audiência na corte, depois que os moradores da aldeia os acusaram de tentar forçar conversões.
     Jagdish e Grace Nayak foram presos no dia 19 de julho na aldeia de Jeet Nagar, distrito de Indore. Naquele dia, um aldeão chamado Dharmendra Chaterjee convidou-os para orar em sua casa. Assim que eles terminaram a oração, Chaterjee chamou os vizinhos e acusou o casal de tentar converter sua família ao cristianismo em troca de escola, assistência médica e outros benefícios, inclusive dinheiro para uma cerimônia de casamento.
     A vizinha de Chaterjee, Bhagwanti Bai, também disse que o casal lhe ofereceu ajuda em educação e saúde em troca da conversão à fé cristã.
    Os Nayaks foram detidos pelos moradores, entre os quais estavam membros do Comitê de Proteção Religiosa (DRS) e do RSS, um grupo extremista hindu.
     A polícia chegou ao local em seguida e levou o casal para o distrito policial de Bhnwarkuan. A multidão foi atrás, acompanhado por um líder do RSS, Rajendra Chandel, e vários membros do DRS.
     Na delegacia, Chaterjee repetiu as acusações, e a polícia prendeu o casal sob os artigos 3, 4 e 5, da Lei de Liberdade Religiosa de Madhya Pradesh, de 1968.
     O artigo 3 determina que “ninguém converterá ou tentará converter, diretamente ou por outros meios, qualquer pessoa de uma fé religiosa para outra pelo uso da força, de sedução, ou por qualquer meio fraudulento, nem facilitará qualquer tipo de conversão”.
     A lei define “sedução” como oferecimento ou “tentação” em forma de benefícios financeiros ou materiais, dados para encorajar uma pessoa a se converter.
     “Conversão” é definida como renúncia a uma religião e adoção de outra; enquanto “força” é definida como demonstração de força ou ameaça de injúria ou de qualquer outro tipo, inclusive a ameaça de rejeição divina ou rejeição social.
     Se apenas Chaterjee tivesse registrado a queixa, o casal poderia ser condenado a até um ano de prisão e ou multa máxima de 5 mil rúpias (US$ 115). Porém, uma vez que uma das reclamantes, Bhagwanti Bai, é uma mulher, a punição pode ser estendida para dois anos de prisão e ou multa de 10 mil rúpias (US$ 230).
     Os Nayaks foram soltos sob fiança em 24 horas. A corte anda não marcou a data do julgamento.
     O inspetor de polícia Parihar, da delegacia de Bhanwarkuan, disse ao Compass que acredita que a ocorrência foi planejada pelo DRS e pelo RSS para afastar o casal da aldeia.
     O casal sempre ia a Jeet Nagar para orar com os moradores, explicou Parihar, mas só quando recebiam um convite para fazê-lo. Recentemente, duas pessoas na aldeia tornaram-se cristãs, o que pode ter desencadeado a ira do RSS.
     Além disso, o governo estadual anunciou que a Lei de Liberdade Religiosa será reformulada para investigar a conversão ao cristianismo nos vilarejos habitados pelas castas mais baixas. O anúncio foi feito depois que o diretor de polícia aposentado, Narendra Prasad, enviou um relatório alegando que os missionários estariam forçando um grande número de conversões nos vilarejos do estado.
 
Tradução: Cristina Ignacio
 
Fonte: Compass Direct
 
Por Missão Portas Abertas
www.portasabertas.org.br
 


Número 154
 Edição de 06 de agosto de 2005
 
 

 
 
Jovens indianas representam comunidades religiosas na Alemanha
 
     ÍNDIA (34º) - Uma mensagem de esperança, de diálogo e de tolerância entre as diversas comunidades religiosas é proposta pelos jovens indianos: com este espírito, três jovens do Estado de Gujarat, representando as comunidades cristã, hindu e muçulmana do Estado, participarão do Dia Mundial da Juventude em Colônia. A presença das jovens tem um grande valor simbólico, pois o Estado de Gujarat, na Índia Ocidental, foi várias vezes, nos últimos anos, palco de violentos confrontos entre muçulmanos e hindus que causaram milhares de vítimas.
     Além disso, é um dos locais do país em que o fundamentalismo hinduísta, que muitas vezes agride os cristãos, é mais forte e presente. O Dia Mundial da Juventude se caracteriza, deste modo, não somente como encontro dos jovens católicos de todo o mundo, mas também como momento de acolhimento e de diálogo em relação a jovens de outras religiões, para lançar à humanidade, em uma era de tensão e de ressurgente violência, uma mensagem de paz e reconciliação.
     Antes do DMJ (16-21 de agosto), as jovens participarão de um programa de formação chamado "Juntos nós construímos o mundo”, organizado pelos jesuítas alemães, com a participação de mais de 70 jovens de 25 países do mundo. Na Índia, a iniciativa foi promovida pelo Centro “Prashant” dos Jesuítas de Ahmedabad, capital do Gujarat, que se responsabilizaram por encontrar e enviar as três jovens à Alemanha.
    Beena representará a comunidade cristã; Roseina, a muçulmana; Kamna, a hindu:
    As três foram chamadas "o trio da paz", e esta experiência servirá como um bom exemplo para uma cidade que, depois da violência dos anos passados, ainda é organizada em bairros e áreas subdivididas por religião. Os jesuítas do centro Prashant, que atuam no estudo e na formação dos jovens e também em atividades sociais em Gujarat, esperam que essa iniciativa possa ter repercussões positivas no diálogo e na amizade, especialmente entre os jovens do Gujarat, ajudando a placar as tensões entre as diversas comunidades religiosas.
 
Fonte: mundo e missão
 
Por Missão Portas Abertas
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Número 153
 Edição de Friday, 05 de August de 2005
 
 

 
 
Fundamentalistas alegam "conversão forçada"
 
     ÍNDIA (34º) - A Suprema Corte do estado de Orissa requereu que oficiais locais examinem as reclamações de “conversões forçadas” e ordenou a execução da lei estadual anticonversão.
    A corte deu a ordem no fim de junho, em resposta a uma ação de interesse público proposta por Ananta Kumar Satrusalya e 268 outras pessoas que fazem parte de 19 vilas no distrito de Orissa Gajapati.
    Os requerentes argumentam que organizações missionárias cristãs estavam convertendo à força pessoas que moram em tribos e pessoas humildes no distrito. Orissa aprovou um Ato pela Liberdade de Religião (OFRA) em 1967, proibindo “conversão pelo uso da força ou por indução ou por meios fraudulentos”.
    A Suprema Corte agora instruiu a polícia do distrito de Gajapati a registrar casos de alegada conversão forçada nas seções 3, 4 e 5 do OFRA e submeter as acusações “imediatamente”.
    A seção 3 do Ato descreve o que constitui uma conversão “forçada”. A seção 4 estabelece a sanção por contrariar a seção 3: prisão de até um ano e multa de até 5.000 rúpias (115 dólares). Quando a ofensa é cometida contra um menor de idade, uma mulher ou uma pessoa pertencente a uma casta “marcada” (como os dalits) ou tribo, o ofensor pode ser preso por até dois anos e multado em até 10.000 rúpias (230 dólares).
    A seção 5 permite a qualquer ofensor ao Ato ser julgado na corte.
    Organizações fundamentalistas hindus têm tratado a ordem da Suprema Corte como prova de que conversões forçadas estão ocorrendo. Mas B. Direito Das, um membro da Associação Legal Cristã da Índia, diz que essa presunção é falsa.
    “A Suprema Corte meramente declarou ... que os administradores do distrito devem investigar para saber se as reclamações de conversões forçadas são baseadas em fatos,” ele explicou.
     No dia 3 de Julho, o “Organiser”, uma publicação semanal de Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), disse que a corte fez um “julgamento histórico” e que “todas as reclamações referentes à questão serão tidas como de extrema importância, e a administração deve preencher os papéis de acusação formal sem nenhum atraso”.
    O artigo também citou a Suprema Corte como dizendo que “a polícia e a administração do distrito não devem permanecer em silêncio sobre a delicada questão da conversão”.
    Gouri Prashad Rath, secretário do estado de Vishwa Hindu Parishad (VHP ou Conselho Mundial Hindu), descreveu a ordem como “extremamente necessária,” de acordo com o “Organiser”.
     A decisão da corte também foi manchete em um site anticristão (www.christianaggression.org) que afirma que “o fundamentalismo cristão está incitando um ciclo de violência e agressão.”
    Os fundamentalistas hindus são ativos em Orissa. O estado possui 60.000 membros filiados ao VHP, enquanto a facção jovem Bajrang Dal possui 20.000 membros em 200 localidades.
    Observadores estimam que o RSS realiza 2.500 reuniões matinais diárias, conhecidas como shakhas, e possui uma base de suporte de cerca de 100.000.
     Acredita-se que mais de 4 milhões de residentes de Orissa são membros do Partido Hindu Nacionalista Bharatiya Janata Party, um aliado do partido atualmente no poder, Biju Janata Dal.
 
Tradução: Eliane Ramos Bastos
 
Fonte: Compass Direct
 
Por Missão Portas Abertas
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Número 151
 Edição de sexta-feira, 29 de julho de 2005
 
 

 
 
Pastor é brutalmente agredido, mas continua seu ministério
 
     ÍNDIA (34º) - Kiran, 28 anos, sabe que poderia passar por situações arriscadas a qualquer momento. Pastor na região norte do país, ele ministra onde há grupos que se opõem ativamente à obra missionária. Mas o que ele menos esperava era um ataque, ocorrido no dia 7 de junho, quando estava a caminho da cidade para comprar utensílios para a sua casa.
     Ao andar pela rua, ele notou um grupo de estudantes da escola bíblica, que desfrutavam de férias antes de começar o ministério de tempo integral entre os não alcançados. Ansioso para ver como eles estavam, se aproximou para cumprimentá-los.
     Ele não percebeu que seus amigos estavam sendo interrogados por 12 jovens que se opunham ao cristianismo. Quando os doze viram o pastor, reconhecendo-o como pastor na região, se enfureceram e levantaram a voz contra o cristianismo e a obra missionária.
     Os cinco estudantes conseguiram escapar, mas Kiran foi encurralado por uma multidão, que a essa altura já era de setenta e cinco pessoas. Eles imediatamente o derrubaram e o arrastaram.
     Kiran foi agredido durante três horas. Em seguida, levaram-no para um local público, com a intenção de quebrar suas pernas e mãos com uma barra de ferro, mas não conseguiram achar tal arma.
     Abalado emocional e fisicamente, Kiran ficou inconsciente. Um líder de um grupo anticristão se aproximou e interveio em favor de Kiran, pedindo para que a multidão o deixasse.
     Kiran permaneceu deitado no chão por mais meia hora. Quando conseguiu se levantar, pegou um ônibus em direção a sua vila. Mas no caminho o ônibus parou, e Kiran teve que andar cerca de dois quilômetros até uma aldeia próxima, onde ele pôde ficar por um tempo e descansar por uma semana na casa de um novo convertido que ele mesmo evangelizara.
     Durante aquela semana, Kiran começou a sentir dores muito fortes em várias partes do corpo. Ele também continuou fraco, não podendo permanecer sentado por muito tempo. Num hospital local, exames revelaram ferimentos internos em seu pescoço, cotovelo, perna e braço.
     Ele ainda continua sentindo dores, mas, mesmo assim, seu ministério continua. Esse episódio fez com que muitos cristãos passassem a ficar com medo da real ameaça de ostracismo, caso continuem a servir a Jesus, mas Kiran continua visitando-os e encorajando-os a permanecerem firmes na fé. E sua esperança é que seus perseguidores venham a se tornar seus amigos e conhecer o Deus que ele ama.
     Por favor, orem pelo pastor Kiran, sua esposa e seus dois filhos. Que ele leve a efeito a obra missionária na cidade onde foi agredido, ainda que a pressão contra os cristãos aumente. Dois dias depois da agressão, um dos agressores confrontou um estudante da escola bíblica que voltava para casa. Ele agarrou a mochila que continha a Bíblia e a queimou publicamente. Por favor, orem para que Deus transforme esse lugar num local de proclamação do evangelho.
 
Tradução: Fabio Caruso Melo
 
Fonte: Cross Walk
 
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Número 150 _ Edição de quinta-feira, 28 de julho de 2005
 
 
Campanha publicitária desencoraja conversões
 
     ÍNDIA (34º) - Os cinemas na cidade de Vadodara, no estado de Gujarat, começaram a exibir antes dos filmes de longa-metragem uma campanha publicitária que questiona as conversões religiosas.
     O informe publicitário, feito pela Mumbai-based Indian Infotainment Media Corporation (IIMC), começa com uma cena mostrando dois cachorros brigando e, ao fundo, um locutor diz: “Você não pode mudar a natureza deles”.
     Na cena seguinte, uma vaca pasta calmamente no campo, enquanto a voz diz: “Você não pode transformar essa vaca em não-vegetariana”. A tela fica preta e a voz pergunta: “Então, por que tentar trocar a religião de alguém?”
     O informativo termina com o texto do Decreto de 2003 do estado de Gujarat sobre liberdade de religião, que proíbe conversões “pelo uso da força, sedução ou meios fraudulentos”.
     De acordo com os termos do decreto, os que pretendem se converter precisam de permissão dos oficiais do distrito para trocar de religião. Pregadores ou oficiais religiosos também precisam entrar em contato com as autoridades distritais antes que se dê a conversão. Não cumprir com esses requisitos pode levar à pena de prisão por 4 anos e multa de até 100 mil rúpias (2.294 dólares).
     No dia 30 de junho, a Suprema Corte de Gujarat rejeitou uma petição feita em 2003 pela instituição cristã All India Christian Council (AICC) e pela organização budista Buddha Gaya Mahabodhi Vihar, que questionava a constitucionalidade da lei estadual anticonversão. A Suprema Corte decidiu que a petição era prematura, uma vez que a lei ainda não havia sido implementada.
    O governo estadual de Gujarat ainda precisa sancionar a lei. “Portanto, a exibição desse filme é totalmente ilegal, e está orientando mal a população de Gujarat”, disse ao Compass Samson Christian, secretário da AICC.
    Quatro outros estados indianos aprovaram leis para combater conversões “antiéticas” ou “forçadas”. Madhya Pradesh aprovou a primeira lei anticonversão definitiva em 1966; Orissa, em 1967;Arunachal Pradesh, em 1978; e Tamil Nadu, em outubro de 2002.
    Os oficiais do estado de Gujarat disseram que não conheciam o informe publicitário da IIMC, segundo publicou o jornal “Times of India”.
    A equipe de Cinema em Vadodara disse que a IIMC cedeu o comercial como uma ferramenta para despertar a consciência para a lei estadual anticonversão.
    “Não entendo porque as pessoas estão criando tanta polêmica, quando o filme está apenas repetindo o que diz a lei”, afirmou Devendra Khadelwal, chefe executivo da IIMC.
     Khandelwal, que também é presidente da Associação Indiana de Produtores, Artistas e Técnicos de Curta-metragens e Programas de Televisão, disse que a peça publicitária foi feita para “educar” a platéia dos cinemas a respeito da lei.
     “Além disso, quero informar que a conversão de uma religião para outra, seja por força ou por fraude, é ilegal e alguém pode ser punido”, disse. A IIMC tem contrato de exibição de filmes com cerca de 600 salas de cinemas em toda Índia, ele acrescentou.
     Todos os cinemas indianos são obrigados a exibir documentários antes do filme em cartaz, mas a exigência é ignorada com freqüência. Quando um desses filmes é exibido, o produtor recebe um por cento da arrecadação da sessão.
 
Tradução: Cristina Ignacio
 
Fonte: Compass Direct
 
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Número 149
 Edição de quinta-feira, 14 de julho de 2005
 
 

 
 
Assassino de missionário australiano inspira duplo assassinato
 
     ÍNDIA (34º) - Um homem de 25 anos confessou recentemente ter matado dois pastores na cidade de Hyderabad, Andhra Pradesh, sul da Índia.
     O acusado disse que foi inspirado por Dara Singh, um ativista hindu condenado pelo assassinato do missionário australiano Graham Staines e seus dois filhos, de 11 e 7 anos, em janeiro de 1999.
     No dia 30 de junho, a polícia disse que prendeu outros 5 suspeitos e afirmou que eles planejavam matar outros cinco ministros cristãos, de acordo com a reportagem do “Indo Asian News Service”.
     O comissário de polícia V. Dinesh Reddy disse que dois ou três outros pastores estavam na lista e que a quadrilha já os havia ameaçado.
     Os dois assassinatos que chocaram a comunidade cristã de Hyderabad aconteceram em maio. O corpo do pastor K. Daniel, um pregador de Kummarvadi, foi encontrado na periferia da cidade no dia 20 de maio, apresentando marcas que sugeriam um ataque com ácido. O corpo do pastor Isac Raju, que havia desaparecido no dia 24 de maio, foi encontrado em 2 de junho.
     A polícia prendeu Kokala Govardhan, que confessou os assassinatos, na terceira semana de junho. Dois outros cúmplices ainda estão foragidos.
     Goverdhan disse aos repórteres que Dara Singh, condenado pelo assassinato de Graham Staines, inspirou-o a matar os pastores.
     “Matando os dois pastores, queríamos mostrar ao mundo que qualquer um que tente converter os hindus ao cristianismo encontrarão o mesmo destino”, afirmou.
    Singh, que recentemente foi sentenciado à prisão perpétua, foi condenado por queimar Graham Staines e seus dois filhos enquanto eles dormiam em um Jeep, no distrito de Baripada, ao leste do estado de Orissa.
     Junto com centenas de extremistas hindus rodeando o Jeep, Singh ateou fogo ao veículo e bloqueou todas as saídas possíveis. Singh e seus companheiros tinham acusado Staines de administrar um “campo de conversão” em Baripada. Staines e sua esposa administravam um centro médico para pacientes leprosos.
     Logo depois dos terríveis assassinatos, a viúva de Staines disse que tinha perdoado os assassinos de seu marido e filhos. “Se não perdoamos os homens pelos erros que cometem, como podemos ser perdoados?”, repetiu ela em recente entrevista à BBC.
     As penas de prisão perpétua na Índia normalmente duram no máximo 14 anos. Com a prisão de Govardhan e a chocante revelação de que Singh o inspirou a matar os pastores, grupos cristãos na Índia dizem que Singh precisa receber uma pena mais dura como advertência aos outros extremistas.
     O Conselho Global para Cristãos Indianos (Global Council for Indian Christians – GCIC) planeja entrar com um pedido de revisão de pena na Suprema Corte, pedindo que a prisão perpétua de Singh seja convertida em pena de morte.
     O GCIC também pediu ao primeiro ministro Manmohan Singh para providenciar segurança adequada aos cristãos na Índia. Na petição ao primeiro ministro, a organização disse que “os ataques planejados contra os cristãos visam intimidar os cristãos e impulsionam os radicais hindus a manter a panela do ódio fervendo o tempo todo.”
     A agência All India Christian também apóia a petição, apesar de seu presidente, John Dayal, ser contra a pena de morte.
     “Sempre dissemos que a recompensa da prisão perpétua para Dara Singh teria seria conseqüências”, disse Dayal. “De que evidência maior precisamos do que esse caso, em que o próprio assassino afirma que Dara Singh o inspirou?”
     Por essa razão Dayal apóia a petição do GCIC. “Pessoas como Dara Singh devem receber uma punição exemplar”, defende ele.
 
Tradução: Cristina Ignacio
 
Fonte: Compass Direct
 
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Número 147 -  Edição de domingo, 03 de julho de 2005
 
Preso um suspeito de assassinar missionários
 
     ÍNDIA (34º) - A Polícia indiana deteve um homem em conexão com o assassinato de dois missionários cristãos no estado de Andhra Pradesh, ao sul.
    Os dois pregadores, K. Issac Raju e K. Daniel, foram encontrados mortos no começo de junho - dias depois de irem em missão a Hyderabad, a capital de Andhra Pradesh.
    Goverdhan, de 25 anos de idade, permaneceu em custódia e será levado ao tribunal no dia 7 de julho. Dois outros suspeitos estão sendo procurados.
    Goverdhan foi preso no domingo em ligação com o assassinato de Daniel e Issac, disse à polícia, conforme foi noticiado, que Daniel já havia até pedido que ele mudasse a sua religião.
    Goverdhan deixou claro que eliminou os dois, enfurecido com as conversões.
    "Eles visavam os desprivilegiados e pobres de uma religião em particular, o que eu senti que não era correto”, ele disse.
     Soube-se que Goverdhan estava trabalhando para uma organização religiosa fundamentalista muito antes de Daniel começar a sua campanha religiosa.
     Enquanto a polícia sustentava que os antecedentes de Goverdhan ainda deviam ser verificados, inquéritos com pessoas locais revelaram que sua organização ganhou uma forte base na área e desenvolveu uma rede de atividades.
     Ele se encontrou com K. Daniel de Asifnagar há um ano, quando este foi encontrado, de acordo com o que foi dito, distribuindo panfletos sobre conversões. Goverdhan e seus associados objetaram a isso e alertaram Daniel contra a campanha.
     A conversão religiosa de uma família em Attapur também incitou a fúria de alguns jovens locais que, supostamente, espancaram o pastor em questão.
    “Goverdhan foi provocado por tais incidentes e fez um plano com os seus associados para matar Daniel”, um policial ligado à investigação disse.
 
Texto enviado por Daila Fanny.
 
Tradução: Daila Fanny
 
Fonte: The Hindu
 
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Número 146 .  Edição de domingo, 03 de julho de 2005
 Cristãos acusam hindus de abuso sexual
 
     ÍNDIA (34º) - Onze famílias cristãs que foram atacadas fisicamente na aldeia de Jamanya, distrito de Jalgaon, no estado de Maharashtra, no dia 16 de maio, agora enfrentam o ostracismo depois de terem acusado os moradores hindus de abuso sexual.
    No dia 15 de maio, a corte comunitária pediu às famílias para renunciarem à fé cristã, mas elas se recusaram. No dia seguinte, um grupo de moradores hindus espancou os homens e molestou sexualmente suas esposas e filhas.
    “Quando uma esposa veio ajudar o marido que estava sendo agredido, Sattarsingh Barela abusou dela, usando linguagem obscena e forçando-a com uma vara em um lugar isolado”, disse a Compass o pastor Sarichand Chauhan, coordenador na região da Equipe Indiana Evangélica.
    “Os agressores feriram outra mulher com uma vara nas coxas e na cintura. Apesar de ter dificuldades de andar, ela teve de fugir com toda sua família para a floresta, por temer mais ataques”.
    “Eles esbofetearam uma moça de 16 anos várias vezes. O rosto dela ficou tão machucado que ela não conseguia lavar o rosto por muitos dias.”
    “Eles também disseram uns aos outros que podiam fazer o que quisessem com as mulheres cristãs, que ninguém viriam salvá-las”, ele acrescentou. “Enquanto espancavam outra mulher, uma viúva, eles disseram que cinco deles podiam violentá-la porque ela era uma viúva”.
    Os agressores também tentaram despir algumas mulheres.
    Chauhan disse que os cristãos informaram à polícia essas injúrias. Entretanto, no registro de ocorrência a polícia não registrou as queixas de abuso sexual e depois negou que qualquer incidente houvesse ocorrido.
    “Não houve agressão sexual durante o ataque”, disse a Compass Constable Yogesh Patil do distrito pocial de Yawal. “Não temos nada que indique que houve abuso sexual na ocorrência registrada contra os hindus”.
    Chauhan pediu às mulheres para fazerem declarações por escrito, detalhando os abusos.
    Quando os cristãos registraram a queixa oficialmente, a aldeia inteira voltou-se contra eles.
    “No dia 12 de junho, um grupo de habitantes hindus de Jamanya conduzidos, por Moti Juga Patel, tiveram um encontro com outras nove aldeias vizinhas. Eles pediram para isolar as famílias cristãs”, disse Chauhan.
    “Os cristãos não podem mais buscar água nas fontes públicas nem comprar comida nas lojas. Declarando que a comunidade cristã é uma casta inferior ou de intocáveis, os hindus determinaram que nenhum cristão entre em qualquer casa pertencente a uma família hindu”, acrescentou.
     Quando sete hindus foram presos, no dia 18 de maio em função dos ataques do dia 16, uma outra acusação foi formalizada contra os cristãos, acusando-os de profanar os deuses hindus. Trinta cristão foram presos no mesmo dia, sob os artigos 295, 506 e 34 do código penal da Índia.
    Dez dos acusados cristãos foram libertados sob fiança no dia 24 de maio. Entretanto, três menores foram mantidos em prisão domiciliar por 8 dias e libertados sob fiança no dia 2 de junho. Os três menores são Suresh Ransingh Barela, 12; Suresh Sahmal, 14; e Kiran Resla Barela, 16.
    Outro cristão, Garubindya Barela, foi preso no dia 26 de maio, mas foi libertado sob fiança no mesmo dia.
    Os sete acusados hindus também foram libertados sob fiança.
    Chauhan rejeitou a alegação de que os cristãos profanaram ídolos hindus. “Só depois das prisões é que as imagens foram quebradas”, afirmou. “Ouvi alguns aldeões dizendo que quando os membros do grupo nacionalista hindu RSS souberam das prisões dos hindus, eles pediram aos moradores para quebrar os ídolos e acusar os cristãos”.
     A "Christian Legal Association of India" está providenciando ajuda para as famílias cristãs. A "Vanvasi Kalyan Ashram", entidade da RSS que trabalha entre os grupos tribais, está dando assistência aos hindus da aldeia.
 
Tradução: Cristina Ignacio
 
Fonte: Compass Direct
 
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Número 145  Edição de quarta-feira, 29 de junho de 2005
 
 Seis pessoas da mesma família são mortas na Índia
      ÍNDIA (34º) - Seis pessoas de uma mesma família, membros da Believers Church, próxima a Nagpur, na Índia Central, foram mortas a golpes de machado. O pastor da igreja foi advertido para estar fora da aldeia ou ele também seria morto.
     O ataque aconteceu enquanto o pastor Kisam Saryam, missionário local da agência Gospel for Asia (GFA), participava de um retiro de pastores.
     De acordo com relatos, a família foi morta por dois homens que empunhavam machados e invadiram a residência por volta de 1h30 da madrugada. A polícia prendeu dois suspeitos. Morreram durante o ataque o Sr. Sudan e sua esposa, a filha de 17 anos, os dois filhos, de 13 e 11 anos, e outro membro da família.
     Quando o pastor Saryam voltou do encontro, ele ficou sabendo que uma pessoa anônima advertiu-o para não voltar para a vila onde a igreja estava localizada ou ele também poderia ser morto. Ainda não se sabe o motivo das mortes.
     O pastor Saryam, formado pelo Seminário Bíblico GFA em Nagpur, estabeleceu a igreja freqüentada por Sudan e sua família como uma congregação filiada à sede da igreja na cidade de Sita Sawangi. A congregação tem 33 membros.
     Ore por graça e proteção para o pastor Saryam, sua esposa e seus quatro filhos, assim como pelos membros das duas igrejas para que eles saibam lidar com esse trauma e com as ameaças que vieram a partir desse episódio.
     A GFA possui 300 missionários locais e 17 igrejas no distrito onde o pastor Saryam trabalha.
 Tradução: Cristina Ignacio
 Fonte: Cross Walk 
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Número 144  Edição de segunda-feira, 27 de junho de 2005
 
Multidão hindu ataca missionários americanos em Bombaim
 
     ÍNDIA (34º) - Jovens hindus furiosos espancaram três missionários americanos e tentaram seqüestrar um enquanto eles faziam um estudo bíblico em Bombaim.
     Cerca de 30 ou 40 homens atacaram os três, parte de um grupo de oito, na noite de segunda-feira porque eles achavam que os missionários estavam tentando converter hindus na capital financeira da Índia. Os três foram tratados das contusões e cortes no hospital, mas não ficaram seriamente feridos, disse a polícia.
     "Enquanto esse tipo de ataque é raro em Bombaim, a polícia deve tomar sérias providências contra os responsáveis e enviar uma mensagem clara de que a intolerância não será aceita na Índia”, disse o presidente da Sabha Católica de Bombaim.
     Os cristãos são geralmente acusados de “forçar” à conversão as baixas castas hindus, pobres e não-educadas, subornando-os com dinheiro e presentes. Um missionário acusado negou. Alguns estados têm tornado ilegais as conversões forçadas.
     O número de cristãos é de cerca de 2% da população indiana de mais de um bilhão de pessoas. Conflitos religiosos mais comumente contrapõem muçulmanos – cerca de 13% da população – aos hindus, que perfazem cerca de 80%.
     Em 1999, uma multidão hindu queimou vivo um missionário australiano e seus dois jovens filhos no estado de Orissa. Em maio uma corte reduziu a sentença do chefe do grupo de pena de morte à prisão perpétua.
 
Texto enviado por Daila Fanny
 
Tradução: Daila Fanny
 
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Número 143 .  Edição de terça-feira, 21 de junho de 2005
 
Cristãos reagem à profanação com jejum e oração
 
     ÍNDIA (34º) - Em uma entrevista para Ásia News, o diretor Gerald

Almeida, bispo de Jabalpur, no estado de Madhya Pradesh (centro da Índia), disse que atividades anti-cristãs feitas pelos fundamentalistas hindus estão aumentando e alcançando áreas até aqui poupadas, tais como sua própria diocese.
    O último ato de violência dos fundamentalistas aconteceu no dia 12 de junho, quando “por volta da meia-noite um grupo de manifestantes entrou na capela do Menino Jesus e a profanou”, disse o bispo Gerald.
    Os atacantes, na maioria jovens, atiraram ovos estragados e água tingida de azul contra a capela. Quando o guarda os viu, eles fugiram.
    “Exceto por uns poucos incidentes, os fundamentalistas pouparam a área”, ele explicou. Até agora, ninguém foi preso, mas “nós registramos uma queixa na polícia”, o bispo acrescentou. “Notificamos as autoridades do estado e pedimos a proteção da polícia da administração”.
    O incidente acontece quando os cristãos estão cada vez mais preocupados com a violência sectária direcionada a eles em estados governados pelo partido fundamentalista hindu Bharatiya Janata (BJP) como Madhya Pradesh, Gujarat, Orissa, Uttar Pradesh e Punjab.
    O bispo Gerald tem pressionado o clérigo e os religiosos para apaziguarem o ressentimento entre os cristãos locais e disse que sua resposta a essa violência será uma cadeia de jejum através da diocese de Jabalpur.
    “Devemos pedir a Deus que transforme as mentes e corações dessas pessoas que estão atacando os cristãos”, ele acentuou.
    O BJP apóia uma versão fundamentalista do hinduísmo e é o principal partido de oposição da Índia.
 
Tradução: Daila Fanny
 
Fonte: Ásia News 
 
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. Número 142 .  Edição de domingo, 19 de junho de 2005
 
 
Suspensa a ordem de demolição de casas de famílias cristãs em Orissa
 
     ÍNDIA (34º) - Por enquanto, parece que o perigo passou: a ordem para a demolição das casas de 109 famílias cristãs no Estado de Orissa (no Nordeste da Índia) foi suspensa pelo primeiro-ministro do Estado, Naveen Patnaik. As famílias do município de Koraput respiraram aliviadas e, pelo menos por enquanto, não serão transferidas repentinamente e sem nenhum motivo.
    A mobilização rendeu frutos: o apelo a todas as forças que defendem os princípios de liberdade, justiça e democracia na Índia, em nível nacional, não deixou de ser ouvido e, pelo menos nesse caso, ganhou o respeito das grandes tradições pluralistas do subcontinente indiano. As famílias ameaçadas de desocupação são famílias pobres que, evangelizadas, acolheram a mensagem de Cristo.
     A presença delas foi questionada por grupos fundamentalistas hindus, como o “Rashtriya Swayamsevak Sangh” (RSS), que prega a ideologia nacionalista e intolerante, muito forte no Estado de Orissa. O município de Koraput não é novato em episódios de violência perpetrados por grupos integralistas. De acordo com fontes locais, o RSS pressionou as autoridades civis do município para a desocupação do assentamento cristão.
    A comunidade cristã local se opôs à decisão de demolir e denunciou um “ato grave de prevaricação e de violação dos direitos estabelecidos pela Constituição indiana”. Dom Raphael Cheenath, Arcebispo de Cuttack-Bhubaneshwar, relatou à Fides as tensões e os medos vivenciados em Orissa “pelos missionários e o pessoal religioso. Os cristãos são desrespeitados e boicotados na sua vida cotidiana, com a total indiferença das autoridades civis e da polícia local. É uma situação insustentável”.
 
Fonte: mundo e missão
 
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. Número 141  Edição de sexta-feira, 17 de junho de 2005

Líderes cristãos indianos pedem apoio internacional

     ÍNDIA (34º) - Um relatório da United States Commission on International
Religious Freedom (USCIRF - Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade
Religiosa Internacional) emitido em maio solicitou a retirada da Índia da
lista de “países de monitoramento particular” (Countries of Particular
Concern-CPCs), alegando progresso em relação à liberdade religiosa.
     A Índia foi incluída na lista em 2004, devido a uma série de ataques
violentos contra muçulmanos e cristãos que ocorreram durante o governo de
Partido Bharatiya Janata (BJP), eleito em 1998.
     A USCIRF considerou que o governo do BJP não tratou adequadamente da
matança de até 2 mil muçulmanos nos distúrbios em Gujarat em 2002, tampouco
se preocupou com o crescente número de ataques violentos contra minorias
cristãs em muitos estados indianos.
     Criada pela International Religious Freedom Act (Declaração de
Liberdade Religiosa Internacional) de 1998, a USCIRF monitora a liberdade de
pensamento, de consciência e crença religiosa em países estrangeiros, e
emite recomendações políticas independentes para o presidente, o secretário
de Estado e o congresso.
     Embora a USCIRF não aplique sanções, ela pode recomendar a inclusão de
um país na lista CPC, baseado na sistemática violação grave e contínua da
liberdade religiosa. A inclusão é então feita pelo Departamento de Estado e
seguida pelas ações diplomáticas e econômicas dos Estados Unidos.
     Este ano, a USCIRF disse que não iria mais incluir a Índia na lista
CPC, devido a “mudanças significativas que afetaram na liberdade de crença”
no ano passado.
     Um dos progressos citados pela USCIRF foi a derrota do BJP nas eleições
parlamentares do ano passado. A USCIRF destacou que o BJP tinha fortes
ligações com um grupo de organizações extremistas hindus, que operavam
livremente sob o governo BJP.
     Entretanto, líderes cristãos expressaram preocupação e surpresa com a
retirada da Índia da lista CPC. Eles dizem que um clima de hostilidade
religiosa forte ainda é evidente, apesar da eleição da United Progressive
Alliance (UPA – Aliança Progressiva Unida), liderada pelo partido nacional
indiano, em maio de 2004.
     O Dr. John Dayal, um proeminente cristão e membro do Conselho Nacional
de Integração do governo indiano, enfatizou que a causa principal da
violência religiosa continuada era a ideologia fundamentalista espelhada
pela Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), uma organização extremista hindu com
fortes ligações com o BJP.
     “A RSS… está espalhando o ódio entre tribos e comprando influência na
burocracia e no judiciário” ele explicou.
     “A comunidade internacional deve investigar publicamente e
completamente a RSS e todas as suas sub-organizações, seus meios de
financiamento, ideologia e seu alastramento entre a diáspora indiana na
Ásia, Pacífico, Europa, Reino Unido, Canadá, os Estados Unidos e o Caribe”,
ele acrescentou.
      Dayal também destacou numerosos incidentes de violência contra
cristãos nos últimos 12 meses.
     O BJP e seus aliados políticos ainda controlam, governos estaduais em
Rajasthan, Orissa, Gujarat, Chhattisgarh e Madhya Pradesh. Incidentes de
violência contra cristãos têm aumentado nesses estados no ano passado.
Alguns casos isolados de violência foram registrados também em Karnataka,
Maharashtra e Kerala, estados governados pelo partido do congresso.
     Por exemplo, extremistas hindus atacaram violentamente estudantes
bíblicos da Missão Emmanuel, no distrito de Kota, Rajasthan, em 19 de
fevereiro. O apoio governamental aos extremistas hindus foi claramente
visível.
     Extremistas também atacaram vários outros cristãos no estado,
aparentemente com a intenção de forçar a instituição de leis anti-conversão
em Rajasthan.
      Diversos outros incidentes no ano passado incentivaram uma delegação
de líderes cristãos a apresentaram um documento não oficial para o governo
em março de 2005. O documento listava mais de 200 incidentes no primeiro
quadrimestre deste ano em que cristãos sofreram violência verbal e física.
      O relatório anual da USCIRF de 2005 informa que o novo governo
liderado pelo congresso “comprometeu-se a rejeitar qualquer tipo de
intolerância religiosa e devolver o país às suas tradições pluralísticas;
propôs uma lei para impedir e criminalizar violência inter-religiosa; e vêm
tomado ações imediatas para remover posições intolerantes dos livros
didáticos emitidos pelo governo BJP”.
      Entretanto, os cinco estados mais suscetíveis à violência religiosa
ainda são governados pelo Partido Bharatiya Janata e seus aliados. De acordo
com os termos da Constituição indiana, o governo central pode fazer pouco
para garantir a proteção de minorias religiosas nestes estados.
      Após sua eleição, a UPA prometeu promulgar uma lei federal contra a
violência religiosa. Entretanto, um ano após as eleições, esta lei não
existe.
      A USCIRF também disse que a Suprema Corte havia tomado “passos
significativos criados para trazer à justiça aqueles responsáveis pela
violência anti-muçulmana em Gujarat em 2002”.
     A Suprema Corte, de fato, abriu centenas de casos ligados com os
distúrbios em Gujarat, que haviam sido retirados pela administração de
Gujarat.
     Entretanto, o governo de Gujarat, liderado por Narendra Modi – um
fundamentalista hindu de renome – está provocando atrasos no processo
judicial, tanto para os distúrbios em Gujarat quanto para o caso da Best
Bakery, em que 14 muçulmanos foram mortos em Mumbai, Maharashtra.
      “O atual governo central tomou diversos passos para tranqüilizar
minorias” admitiu Dayal. “Mas enquanto os assassinos dos massacres de
Gujarat continuam soltos, e enquanto Modi governar em Gujarat, a Índia não
pode alegar que se lavou do sangue das comunidades minoritárias inocentes.”

Tradução: Ricardo Glöe Mendes

Fonte: Compass Direct

Por Missão Portas Abertas
www.portasabertas.org.br



. Número 140  Edição de sexta-feira, 17 de junho de 2005


Extremistas hindus atacam igreja

     ÍNDIA (34º) - Cerca de duzentos extremistas hindus atacaram uma igreja
em Moti Chowk no distrito de Durg durante um culto evangélico no último dia
seis desse mês.
     Esses extremistas fazem parte da Bajran Dal, braço jovem da Vishwa
Hindu Parishad (ou Conselho Mundial Hindu). Estavam fortemente armados, e,
segundo testemunhas oculares, foram acompanhados por dois oficiais da
polícia.
     O pastor Jaichand Dongre e outros membros da igreja foram atacados
fisicamente. A multidão também invadiu a igreja, pegando Bíblias e outras
literaturas cristãs, além de instrumentos musicais.
    Nove membros dessa igreja – sete homens e duas mulheres – foram levados
até a delegacia.
     De acordo com fontes locais, eles foram acusados de “atrapalhar o
sossego alheio”, conforme a Seção 151 do Código Penal, que declara:
“Qualquer um que conhecidamente se reúna ou permaneça em assembléia de cinco
ou mais pessoas comprometendo o sossego público, depois que tal assembléia
receber ordem de se dispersar, deverá ser punida com prisão de até seis
meses, ou multa, ou ambos”.
     Dongre e sua congregação se reuniam pacificamente em pleno acordo com
os artigos 19 e 25 da Constituição Indiana. O Artigo 19 promete o direito de
liberdade de expressão e de se reunir pacificamente sem armas, enquanto que
o Artigo 25 prevê a liberdade de consciência e livre profissão, prática e
propagação da religião.
     Testemunhas disseram que a polícia agrediu Dongree fisicamente várias
vezes e tentou humilhá-lo. A multidão seguiu Dongre até a delegacia e também
o agrediu, sem a intervenção dos oficiais da polícia.
     Quando um representante da Minority Commission em Madhya Pradesh,
Patras Hábil, contatou a delegacia por telefone, ele foi informado de que as
agressões e prisões se deram devido às conversões ao cristianismo e de que
eles “mereciam” tal punição.
     Quando o representante revelou sua ligação com a Minority Commission, o
tom do oficial da polícia mudou. Ele então passou a alegar que resgatou os
cristãos da multidão que se reunira para agredi-los.
     Os membros da igreja posteriormente se reuniram com o superintendente
local da polícia, que prometeu ajudá-los. Entretanto, os nove cristãos que
foram levados até a delegacia foram mantidos lá por dois dias antes de serem
liberados através de fiança.
     A situação na vila permaneceu tensa. Bajran Dal tinha mobilizado as
pessoas contra a comunidade cristã. Os cristãos, assim, não mais tinham
condições de utilizar o poço pertencente à comunidade local, ou comprar
alimentos depois do boicote social ordenado por extremistas.
     Neste período, no dia três de junho, também em Chattisgarh, o Sarpanch,
chefe local, da vila de Hathod, Balod, no distrito de Durg, convocou treze
cristãos para uma reunião. Nesse encontro, o chefe pediu para que eles
renunciassem ao cristianismo caso não quisessem enfrentar sérias
conseqüências.
    Sete desses treze se recusaram. Eles foram imediatamente trancados numa
cadeia de Balod e acusados sob as Seções 151, 107 e 116 do Código Penal.
    Compass entrou em contato com Ram Kishore Sahu, advogado representante
dos sete, que disse que esse tipo de ameaça não era novidade na região. Um
incidente bem parecido ocorreu há dois anos. Os cristãos acusados naquela
ocasião ainda aguardam julgamento.
     Sahu disse que essas táticas eram comumente usadas contra cristãos das
regiões rurais para estimulá-los a desistirem do cristianismo.
     A polícia também dificultou para os cristãos na vila de Hathod para que
a fiança fosse liberada. As ordens de fiança explicitamente declaravam que o
valor de 10 mil rúpias (230 dólares) por pessoa deve vir de dentro da
própria vila, ninguém de fora pode fornecer tal segurança para a quantia da
fiança.
     Entretanto, os habitantes da vila que simpatizaram com os cristãos
foram relutantes com a fiança, devido à influência social dos extremistas
que moram na vila.
     A fiança não tinha sido liberada e os sete cristãos da vila de Hathod
permaneceram presos.
    O estado de Chattisgrah ainda é governado pelo BJP (Partido Baratiya
Janata), reconhecido por suas atitudes negativas frente às minorias
religiosas. Nas eleições realizadas em dezembro do ano de 2003, o BJP
realizou uma campanha anti-conversão. Em um dos cartazes, um bispo era
decapitado por converter um cidadão rural enquanto que um oficial da polícia
simplesmente assistia aos outros que já estavam presos, esperando para serem
batizados.
     No manifesto, a BJP também prometeu banir as conversões cristãs caso
estes fossem eleitos.
     Baseada na campanha, a BJP ganhou cinqüenta dos noventa assentos
disponíveis no governo.
     O bispo Victor Kindo, de Raigarh, disse que o desfecho não foi
favorável, e a minoria cristã em Chattisgarh provavelmente irá passar por
tempos difíceis.
     Em março desse ano, o jornal local Dainik bhaskar relatou que “o
governo local preparou uma minuta para que seja anexada às provisões do Ato
de Dharma Swatantraya Adhinayrn (Liberdade de Religião) tornando-o mais
restrito às conversões das castas mais simples”.
     As “re-conversões” também estão em pauta na agenda de Hindu Jagran
Manch, grupo ativista associado de perto do BJP. A Mach alegou, em abril
desse ano, que centenas de cristãos foram “re-convertidos” ao hinduísmo em
uma cerimônia realizada no distrito de Chamtari, estado de Chattisgarh.
     Durante essa cerimônia, um ex-ministro do BJP, Dilipp Singh Judeo
ameaçou os obreiros cristãos, dizendo que, “caso os missionários não
parassem de converter as pessoas locais, voltariam armados”.
    Somente 1,9% dos 20,8 milhões de residentes da Chattisgarh são cristãos,
de acordo com dados do ano de 2001.

Tradução: Fabio Caruso Melo

Fonte: Compass Direct

Por Missão Portas Abertas
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. Número 139 -  Edição de quinta-feira, 16 de junho de 2005
 
 

 
 
Graça e Paz vos sejam multiplicadas
 
     Quero começar agradecendo a todos pelas orações em favor da Índia. Com certeza elas tem feito a diferença nas terras indianas. A Bíblia diz que: "a oração de um justo é poderosa e eficaz" (Tiago 5:16).
     Desta vez estamos escrevendo para fazer um pedido de oração pessoal. Depois de servir, juntamente com minha família, na seara indiana por quase 5 anos, estamos agora retornando definitivamente ao Brasil por entendermos que o nosso tempo na Índia esteja se findando. Ainda assim estaremos dando continuidade ao site e também acompanhando os trabalhos e obreiros que deixaremos aqui.
    Estaremos voltando ao Brasil no principio de Setembro e estamos com um grande desafio pela frente que são as nossas passagens aéreas. Estamos agora a menos de 80 dias para nosso retorno ao Brasil e temos somente cerca de 25% dos valores para nossas passagens. Alguns irmãos tem sido tocados por Deus e graças a Deus temos os 25%, mais ainda precisamos dos outros 75% para comprarmos nossas passagens. Já deveríamos ter feito as reservas para garantirmos as vagas, visto que os vôos costumam estar cheios para esta época do ano, mas depois de fazermos as reservas temos no máximo um mês para pagar as mesmas. Precisamos de cerca de 4.000 dólares para as passagens (para toda família), mas neste preço (promocional) temos um limite muito baixo de peso das bagagens e teremos que mandar algumas de nossas coisas de navio. Precisamos acertar estas coisas o mais rápido possível, mas devido as nossas limitações financeiras ainda não foi possível. Orem para que Deus possa estar suprindo todas estas nossas necessidades. Quando estas coisas ficam para a última hora acabam se tornando estressantes e gostaríamos de poder sair da Índia não estressados, mas que pudéssemos aproveitar da comunhão dos irmãos aqui na Índia e tivéssemos neste tempo que ainda nos resta, um tempo agradável e abençoando. Por favor, orem por isso.
 
Com gratidão, 
 
Pr. Paulo Henrique, Alessandra, Matheus e Lucas
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Queremos pedir desculpas pelos anúncios que aparecido inseridos em nossos e-mails enviados, pois usamos o serviço gratuito da grupos.com.br, que insere automaticamente anúncios que antes eram somente no rodapé de cada mensagem enviada, mas que agora são inseridas em diferentes locais aleatóriamente.
    Já escrevi duas vezes para o grupos.com.br, pois algumas das propagandas tem sido inseridas sobre o texto fazendo que o mesmo fique ilegível.
    Infelizmente não temos nenhum tipo controle sobre quais anúncios possam aparecer. Nossas desculpas pelo incomodo que isto possa trazer!
 
Atenciosamente,
 
Pr. Paulo Henrique

. Número 138 -  Edição de quarta-feira, 15 de junho de 2005
 
Evangelistas presos em Madhya Pradesh
 
     ÍNDIA (34º) - Três cristãos de Mizoram, no norte da Índia, passaram aproximadamente uma semana na cadeia em Betul, distrito de Madhya Pradesh, depois de serem detidos no dia 4 de maio por, supostamente, “ofenderem as sensibilidades hindus”. Eles foram libertos sob fiança no dia 10 de maio, mas a data de julgamento não foi anunciada.
     Thangkhuma, 33, Lalbhang Pui, 25, e Babywan Lalopuri, 19, distribuíam folhetos em Goladongri, distrito de Betul, no dia 4 de maio. Membros locais do Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) reclamaram dos folhetos, dizendo que eles encorajavam os aldeões a comer carne bovina, o que é uma ofensa à fé hindu.
    Uma multidão logo se formou. De acordo com o que foi dito, eles confrontaram e atacaram fisicamente os três, apesar do fato de dois deles serem mulheres, Lalbhang Pui e Babywan Lalopuri.
    Os três foram levados à delegacia policial de Betul, onde um senhor. Kapoor preencheu uma queixa contra eles. K. T. Paulus, um cristão local, os acompanhou até à delegacia e tentou argumentar com a polícia, mas sem nenhum sucesso.
    Thangkhuma, Lalbhang Pui, e Babywan Lalopuri foram acusados sob a seção 153 A do Código Penal Indiano (IPC). As seções 153 A e B do IPC são aplicáveis a crimes de promoção de inimizade entre diferentes grupos em relação à religião, raça, local de nascimento ou língua; e por atos que são prejudiciais à manutenção da harmonia social ou à integração nacional.
    A seção 153 A é também um “crime não-afiançável”, significando que, uma vez que haverá julgamento, o acusado não pode ser liberto sob fiança.
    Os cristãos locais foram à delegacia assim que ouviram sobre a prisão e contrataram um advogado local, Prashant Garg, para representar os acusados.
     Entretanto, no dia seguinte, o magistrado D. K. Dubela rejeitou o pedido deles de fiança. Os grupos extremistas hindus locais organizaram no mesmo dia um bandh, ou protesto, na cidade. A polícia foi direcionada para uma igreja luterana, depois que radicais hindus emitiram um pedido para queimá-la.
     Compass falou com Garg, que disse que os acusados não sabiam como falar ou ler em hindi, a língua local na qual os folhetos foram impressos. Ele admitiu que os folhetos poderiam ter sido escritos com mais sensibilidade, mas disse que eles definitivamente não encorajavam os hindus a comerem carne.
    Garg fez um segundo pedido de fiança no dia 9 de maio, depois do qual as autoridades concordaram em libertar os três evangelistas.
    O grupo Mizoram trabalhou com uma organização chamada Procuradores de Almas, localizado em Aizawl, no norte da Índia. A organização também tem um escritório em Madhya Pradesh.
    Ao mesmo tempo do incidente, cristãos visitavam Betul para se encontrarem com os cristãos locais. Durante sua visita, eles também distribuíram folhetos que causaram grandes reações no ramo local do RSS.
    Logo depois da prisão, a polícia invadiu uma casa na cidade vizinha de Amla, onde vários outros cristãos de Mizoram viviam. Felizmente, nenhum dos membros da equipe estava em casa àquela hora. A polícia confiscou literatura, incluindo cópias do controverso folheto.
   Líderes cristãos da área disseram que o folheto continha porções de Deuteronômio que faziam referência a comer carne e beber bebidas alcoólicas. A equipe de Mizoram não podia ler os folhetos, um fato que alguns líderes criticaram. A Sociedade Bíblica da Índia concordou em retirar os folhetos de circulação.
     O dr. Victor Choudhrie de Padhar, uma cidade próxima a Betul, disse que a polícia interrogou cristãos locais ligados à distribuição de folhetos e que o incidente provocou uma tensão entre as comunidades hindu e cristã na área. A polícia também abriu um inquérito para apurar as atividades de outros grupos missionários trabalhando em Betul.
 
Tradução: Daila Fanny
 
Fonte: Compass Direct
 
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. Número 135 -  Edição de sexta-feira, 10 de junho de 2005
 
 
Mais um pastor encontrado morto em Andhra Pradesh
 
     ÍNDIA (34º) - No dia 2 de junho, a polícia do estado de Andhra Pradesh encontrou o corpo do pastor Isaac Raju, desaparecido desde 24 de maio.
     De acordo com Sam Paul, secretário nacional do All India Christian Council, o corpo foi achado em uma sacola jogada atrás de uns arbustos na região de Golconda, próxima à capital do estado, Hyderabad.
     Raju, que pastoreava uma igreja independente próxima à cidade, deixou a esposa e um filho de 18 anos. Sua filha de 15 anos morreu em um acidente em abril.
    Este é o segundo caso de desaparecimentos misteriosos e morte de um ministro cristão em Andhra Pradesh recentemente. No dia 21 de maio, o corpo de K Daniel, um pregador de Kummarvadi, também próximo à cidade de Hyderabad, foi encontrado com marcas sugestivas de um ataque com ácido.
     “Não sabemos o que está acontecendo, mas estamos com medo,” disse Paul a Compass. “Alguém ligou e disse à polícia que o corpo estava lá. No início, a polícia não achou o corpo. Então outra ligação veio, dando direções exatas, e o corpo foi achado.”
     “A mesma coisa aconteceu no caso do Daniel. Eles ligaram para falar onde o corpo estava. É uma maneira bastante planejada de aterrorizar a comunidade cristã”, explicou ele.
     “O corpo estava tão decomposto que não pôde ser reconhecido. A polícia o identificou pelo cinto e pelas roupas.”
     Uma autópsia será realizada para determinar a causa da morte, mas Paul acredita que o assassinato foi “um crime religioso”.
     De acordo com fontes, um homem chamado Vinod ligou para falar com Raju, uma semana antes de seu desaparecimento, e perguntou se ele estava disponível para celebrar um casamento. O pai de Raju disse que sim. Uma semana depois, em 24 de maio, Raju disse para a esposa que Vinod havia ligado e que estava indo encontrá-lo. Quando Raju não retornou para casa, a família informou seu desaparecimento.
     Após seu desaparecimento, a polícia iniciou uma grande operação de busca. A situação era particularmente preocupante, já que K. Daniel também havia sido contatado a respeito de uma cerimônia de casamento antes de desaparecer, de acordo com o relatório da Associated Press (AP) de 5 de junho.
     O relatório da AP também dizia que a polícia interrogou pelo menos 150 membros de grupos nacionalistas hindus, depois de uma carta anônima enviada para um jornal local, dizendo que os assassinatos foram feitos por uma organização chamada Fórum Anti-Cristão.
     Paul confirmou ao Compass que um jornal estatal publicou uma cópia da carta no dia 31 de maio.
     “O relatório disse que o Fórum Anti-Cristão era responsável pela morte de Daniel e que eles iriam repetir esses assassinatos. Não levamos a sério na época, achando que era uma enganação, mas a polícia agora está investigando quem está por trás desta organização” disse Paul.
     Após o resgate do corpo de Raju, o governo do estado criou uma Equipe de Investigação Especial para encontrar os responsáveis pelos assassinatos. O ministro de habitação também ofereceu proteção para missionários cristãos que moram no estado.
     “Pastores de igrejas maiores não estão com medo, mas outros, aqueles que vivem e trabalham sozinhos nas proximidades da cidade, estão com bastante medo. Há pelos menos de 200 a 300 deles,” disse Paul.
     Há aproximadamente 1.500 igrejas na cidade de Hyderabad, e o ministro supremo de Andrha Pradesh, Y. Rajshekhar Reddy, “diz ser cristão” de acordo com Paul.
     No momento, a comunidade cristã em Hyderabad planeja uma marcha pela paz. Líderes cristãos também planejam se reunir com Reddy para discutir preocupações de segurança.
     Enquanto isso, um informe no jornal The Hindu, de 6 de junho, ofereceu uma recompensa por informações que levassem à prisão do assassino, ou assassinos, dos pastores Daniel e Raju.
 
Tradução: Ricardo Glöe Mendes
 
Fonte: Compass Direct
 
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. Número 134 -  Edição de sexta-feira, 10 de junho de 2005
 
Missão cristã acusada de forçar conversões
 
     ÍNDIA (34º) - A polícia está investigando sete membros da missão Cristã, Amit Vikas Trust (AVT), no estado de Uttar Pradesh, norte da Índia. Um grupo de estagiários insatisfeitos os acusou de “integrarem uma gangue para converter hindus pobres”, oferecendo emprego. Os reclamantes perderam o emprego em novembro de 2004. Os ex-funcionários alegam que cada um deles deu 20.000,00 rúpias (US $465,00) para a missão quando se inscreveram para um programa de treinamento. Eles também alegam que os cristãos os “converteram” mediante a promessa de encontrarem emprego para eles. Após o término do seu vinculo empregatício com a missão, os reclamantes dizem que foram espancados e ameaçados de morte quando foram à missão pedir a devolução do seu dinheiro.
     Os sete acusados são o Pastor Yashwant Paul e sua esposa Mônica, da Evangelical Church of God (ECOG); o líder de esquadrão aposentado M.M. Philip e o ex-funcionário público Lalchhuangliana, ambos no conselho da AVT; Dr. Raju Abraham, diretor do Hospital Cristão Kachawa em Mirzapur, Uttar Pradesh; o tenente-coronel aposentado Arun Kumar e Gurpreet Singh.
     A AVT é um fundo registrado, criado com o objetivo de oferecer educação religiosa e promover desenvolvimento social. O Pastor Paul nega as acusações: “Eu e minha esposa estamos envolvidos em comandar uma igreja, e não aceitamos qualquer quantia de qualquer pessoa. Tampouco temos enganado alguém para a conversão ao cristianismo.”
     Paul e sua esposa receberam um pedido para desocupar sua casa alugada depois que dois jornais diários, o Amar Ujala e o Dainik Jagran, veicularam reportagens sobre as alegações contra eles. O Líder de esquadrão Philip disse a Compass: “Isto é simplesmente uma manifestação da frustração dos nossos ex-funcionários. Oferecemos ensinamentos bíblicos e nos concentramos na transformação pessoal do estagiário, mas alguns chegam com falsas expectativas. Eles acham que irão conseguir um emprego e dinheiro, e quando estas expectativas não se realizam, sentem-se enganados.”
     “Estes funcionários foram dispensados porque não pudemos ver qualquer mudança em suas vidas”, explicou o líder Philip. “Mas suspeitamos que alguma organização hindu fundamentalista está usando a situação para nos prejudicar.”
     Os sete reclamantes hindus entregaram documentos comprobatórios para o Magistrado de Hapur Taluka no distrito Ghaziabad de Uttar Pradesh no dia 31 de janeiro. Baseado nos fatos apresentados, o Tribunal ordenou uma investigação policial na missão AVT, conforme a Seção 156(3) do Código Processual Criminal. Depois disto, a polícia registrou uma acusação por quebra de confiança, mau tratos e intimidação criminal.
     Se condenados, os membros da AVT podem sofrer até sete anos de prisão além de ter de pagar uma multa.
      Os sete ex-funcionários se identificaram nestes documentos como hindus pobres e desempregados, que foram ludibriados para o Cristianismo. Nas petições declara-se que “A AVT e a ECOG são uma gangue envolvida no trabalho ilegal de enganar pessoas pobres e desempregadas como nós para o cristianismo, prometendo empregos bons e permanentes. Todos os acusados são Indianos, mas na realidade, são agentes de países estrangeiros, trabalhando abertamente para tornar a Índia uma escrava dos estrangeiros.”
     Também foi alegado que a AVT exigiu um depósito de segurança de 20.000 rúpias de cada um deles, em troca de emprego com salários de 10.000 rúpias por mês.
     “Eu peguei emprestado a quantia e a entreguei no dia 5 de abril, em 2002, no escritório da ECOG. Haviam várias testemunhas comigo” disse Ramesh Chandra, um dos reclamantes. “Em 12 de agosto de 2002, eu e mais 14 pessoas fomos mandados para a cidade de Jhansi, em Uttar Pradesh, onde recebemos treinamento no cristianismo até 2 de setembro. Disseram que dariam emprego em fábricas cristãs e por isso precisávamos de treinamento cristão.”
      Chandra reclamou que quando retornaram do treinamento lhes deram trabalhado manual, recebendo salário mensal de 2.000 rúpias. “Eles também pediram para nos batizarmos, senão não conseguiríamos os empregos.” Chandra completou.
     “Eu e os outros fomos demitidos da AVT em novembro, 2004, mas o depósito de segurança não foi devolvido. E quando fomos ao escritório da AVT no dia 24 de janeiro, 2005, para pedir a devolução do dinheiro, os acusados e seus capangas nos espancaram e nos ameaçaram com falsas acusações e de morte” ele continuou dizendo.
     Quando Compass falou com Paul, ele disse que o chefe da aldeia e outros moradores assinaram uma declaração afirmando que eles nunca foram à aldeia pedir dinheiro e nenhum espancamento havia ocorrido. Também disse que a missão não exigiu depósitos de segurança dos participantes do programa.
    O caso ainda não foi a julgamento.
    Uttar Pradesh tem uma das menores populações cristã da Índia, apenas 212.000 entre uma população de 166 milhões de acordo com Censo de 2001.
 
Tradução: Ricardo Glöe Mendes
 
Fonte: Compass Direct
 
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.  Número 133 -  Edição de sexta-feira, 10 de junho de 2005

 
 
RSS é incluído na lista de organizações terroristas
 
     ÍNDIA (34º) - O “Rashtriya Swayamsevak Sangh” (RSS, “corpo nacional dos voluntários”) é um movimento conhecido por diversos episódios de violência praticados contra cristãos e muçulmanos na Índia e está entre as organizações fundamentalistas de matriz hindu que promovem, usando a força, a ideologia da hindutva (“hinduísmo”), que prega o nacionalismo com o slogan “uma nação, uma cultura, uma religião”. São grupos que acusam os missionários e cristãos de destruir a cultura indiana, e criar uma disparidade econômica e social entre os indígenas, fazendo proselitismo mascarado de serviço social.
     Por sua ideologia e história, passada e recente, o instituto de estudos americano “Terrorism Research Centre”, com sede no estado de Virginia, incluiu o RSS na lista das organizações terroristas, ao lado de 38 grupos de várias matrizes ideológicas existentes no mundo. Segundo alguns estudiosos e especialistas em política indianos, o RSS é organizado hierarquicamente e difundido em todo o território indiano: administra em todo o país 300 mil escolas ideológicas e centros de treinamento, controla 10 milhões de elementos e mais de 100 milhões de simpatizantes em sua base.
     A organização foi recentemente denunciada pelo ‘Conselho Global dos Cristãos Indianos’, por sua campanha sistemática de ódio e intolerância religiosa. Os cristãos recordaram o envolvimento de militantes do RSS no brutal homicídio do missionário protestante australiano Graham Staines e de seus dois filhos, ocorrido em 1999 no estado de Orissa. A Alta Corte indiana recentemente mudou a sentença de morte de um dos responsáveis do homicídio, Dara Singh, em prisão perpétua.
     O RSS foi criado em 1925. Nasceu como vanguarda militante de um partido hinduísta, o Hindu Mahasabha, criado em 1919 por Veer Savarkar. Era promotor de um hinduismo pouco religioso, marcado principalmente por nacionalismo e racismo: segundo a sua ideologia, os hindus têm em comum o sangue. E, portanto, a obrigação de fazer próprias a civilização, a cultura e os ritos típicos da nação. Alguns historiadores recordam que seu logotipo é um símbolo milenar indiano e que as SS de Hitler possuíam certa semelhança com o RSS da Índia.
     Para a doutrina da RSS, o indiano que se converte a outra fé é um desviado, que deve ser eliminado do corpo da nação, a menos que não se arrependa. Agressões contra cristãos e mobilização por reconversões são as duas faces da campanha ideológica promovida diversas vezes pelo RSS. O RSS encontra espaço, sobretudo entre as castas mais altas. Suas áreas de maior influência são o Norte e o Oeste da Índia. O recrutamento de seus sócios é feito principalmente entre os jovens.
 
Fonte: mundo e missão
 
Por Missão Portas Abertas
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. Número 131-  Edição de sexta-feira, 10 de junho de 2005
 
Fundamentalistas hindus lançam campanha contra cristãos
 
     ÍNDIA (34º) - Grupos integralistas hindus do estado de Orissa (Índia Oriental), iniciaram uma nova campanha contra a minoria cristã, com o fim de expulsar de seus cargos a todos aqueles que trabalhem na administração pública. Segundo a agência Fides, o Vishwa Hindu Parishad (Conselho Mundial Hindu), montou uma campanha através dos meios de comunicação e com manifestações de rua, em que pedem que se expulsem todos os cristãos que trabalham na administração pública, na polícia e em qualquer escritório ou cargo civil.
     O porta-voz da Conferência Episcopal da Índia, Padre Babu Joseph, expressou à Fides o rechaço do Episcopado a esta ação "facciosa e discriminatória" que é "contrária à Constituição, aos direitos humanos fundamentais e ao espírito pluralista" do país. "Pedimos a estes grupos que desistam de suas solicitudes e avaliaremos a oportunidade de escrever uma carta oficial às autoridades civis de Orissa e ao Primeiro-ministro da União na Índia", assinalou.
     Atualmente rege em Orissa uma lei que obriga a toda pessoa que desejar converter-se a outra religião, a solicitar permissão das autoridades. Além disso, já durante sua estada no poder, o fundamentalista Baratiya Janata Party (Partido do Povo Índio), deu andamento a uma política nacionalista que se concretizou em ataques contra pessoas e instituições cristãs. Do mesmo modo, os fundamentalistas hindus se opõem a todo tipo de ação social realizada pelos cristãos porque consideram isso "proselitismo religioso".
 
Fonte: mundo e missão
 
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. Número 130
 Edição de sábado, 21 de maio de 2005
 
 
Extremistas hindus atacam estudantes de escola bíblica
 
     ÍNDIA (34º) - Um grupo de extremistas da RSS (Rashtriya Swayamsevak Sangh) atacou e agrediu estudantes da Beersheba Bible College, afiliada à Igreja Pentecostal de Deus, em Marama, no dia 12 de maio.
     As vítimas estavam a caminho de um funeral quando extremistas da RSS, em motocicletas, atacaram com facas e outras armas afiadas. A polícia local confirmou o incidente, que aconteceu sem que houvesse provocação por parte das vítimas. Os extremistas foram intimados pela polícia.
     Os estudantes Blessen Abraham, George Abraham, Binu Babu, R. Ravindran, Rajesh Rony, Varghese e Vinod foram levados a um hospital perto da Kozhencherry. Babu e Blessen foram internados devido aos graves ferimentos. Varghese também teve que ficar internado para se recuperar dos cortes sofridos.
     Por pouco que Rajesh não ficou cego de um olho. Testemunhas disseram que ele recebeu um corte logo acima da sobrancelha.
     De acordo com testemunhas, os estudantes estavam a caminho de um funeral de um membro da Igreja Pentecostal de Deus. O ataque ocorreu quando o corpo estava sendo transferido de sua casa para o cemitério.
     As vítimas estavam caminhando da casa para a estrada principal, para pegar um ônibus que os levaria até o cemitério, quando extremistas da RSS passaram de motocicletas e os viram. O ataque foi facilitado, pois a RSS se reunia nas proximidades de Kozhencherry.
    Cerca de quinze membros da RSS envolveram-se no episódio. Eles começaram a agredir os estudantes fisicamente, bradando palavras anticristãs.
     Os extremistas, todos com menos de vinte e cinco anos de idade, eram liderados por um homem chamado Sunil, conhecido como “Visham”, que, no dialeto local, significa veneno.
    Quando o ônibus que levaria os estudantes chegou, eles correram para tentar se proteger. Os hindus seguiram os jovens até o ônibus, agredindo-os, até que outros cristãos se aproximaram do local.
     O incidente gerou medo nos estudantes. Relatos semelhantes contra estudantes de faculdades bíblicas têm se somado ao longo do tempo. Numa tarde de sábado, um grupo de hindus da RSS se reuniu no lado de fora da faculdade, bradando slogans anticristãos e fazendo ameaças contra o corpo estudantil.
     A polícia passou a proteger o campus.
     A Beersheba Bible College existe há doze anos e atualmente é constituída por quarenta estudantes. A Igreja Pentecostal de Deus tem ministrado na região de Maraman desde 1983.
     A resposta dessa instituição em relação a esse incidente deixou os residentes da região surpresos. O Reverendo Shibu Nelweli, diretor da faculdade e pastor da igreja local, disse que a comunidade da Beersheba Bible College decidiu perdoar os extremistas, não registrando queixa contra eles.
    Entretanto, a polícia local registrou o caso contra os quinze membros da RSS envolvidos nesse incidente.
 
Tradução: Fabio Caruso Melo
 
Fonte: Compass Direct
Por Missão Portas Abertas

Número 128
 Edição de sábado, 14 de maio de 2005
 Igreja é atacada durante culto na Índia
 
     ÍNDIA (34º) - Uma multidão de quase 500 hindus atacou uma igreja local na vila de Mangalwarapete, no estado de Karnataka, na Índia, no dia 1º de maio. Quase 60 pessoas estavam reunidas no culto dominical.
     O grupo invadiu brutalmente o culto e começou a agredir os homens presentes.
     Algumas mulheres tentaram impedir os agressores e foram molestadas. Bíblias e livros foram queimados e parte do prédio destruído.
     O Pastor Paulraj Raju, da Igreja Rei Jesus, foi violentamente atacado e deixado gravemente ferido. Sua esposa e um líder da igreja também sofreram graves lesões.
     Segundo Charles Isaac, pastor da Igreja Movimento Urbano do Evangelho Livre da Índia, os agressores identificaram-se como parte do grupo hindu fundamentalista Bajrang Dal e do partido nacionalista Bhartiya Janata.
     Paulraj que continua internado recuperando-se dos ferimentos, foi agredido em janeiro desse ano e também foi preso sob acusação de tentar converter hindus.
 
Tradução: Cassia Carrenho
 
Fonte: Compass Direct
 
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Número 127  Edição de sexta-feira, 29 de abril de 2005
 
Igreja é incendiada na Índia
 
     ÍNDIA (34º) - Líderes cristãos reuniram-se no dia 22 de abril para elaborar uma resposta a um novo ataque a uma igreja da cidade de Thoubal.
     Depois de quatro horas de reunião, foi formado um comitê que será responsável por cuidar de casos como esse. Eles também decidiram formar um conselho de paz que ajudará a levar as questões e pedidos dos cristãos a Comissão dos Estados Minoritários.
     O ataque aconteceu no dia 19 de abril quando quase 200 hindus incendiaram uma igreja. A patrulha policial que vigiava o local foi dominada pelos agressores. A igreja ainda estava sendo construída, mas não sobrou nada do que já estava pronto e o prejuízo foi de mais de US$10.000. Além dos danos materiais, quatro cristãos ficaram feridos.
     Este é o segundo ataque que a igreja sofre. Em novembro de 2004 a igreja foi atacada e por isso tinha proteção policial durante a construção.
     A igreja fica numa região onde a maioria é hindu. Os cristãos locais foram ameaçados a abandonar suas convicções ou sofrerão as conseqüências.
 
Tradução: Cassia Carrenho
 
Fonte: Compass Direct
 
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Número 126
 Edição de domingo, 24 de abril de 2005
 
Empresário indiano é acusado de forçar conversão ao cristianismo
 
     ÍNDIA (34º) - “Mr. Vidya Sagaran, empresário original de Kayamkuylam Taluka, distrito de Alappuzha em Kerala, foi preso pela polícia local no dia 30 de março”, disse a CompassDirect o advogado de defesa George. “A 1º Vara Judicial de Kayamkulam pagou fiança no dia 31 de março”.
    “O reclamante, Vishwanathan Pillai, acusou Sagaran de induzi-lo a se converter da casta Nayar (seita hindu) para uma igreja pentecostal”
     “Sagaran foi enquadrado nas Seções 447, 153 e 223 do Código Penal Indiano, por promover sentimentos de ódio religioso, disse George”.
     Os Estados que não possuem leis anti-conversão podem utilizar a Seção 153 A do Código Penal para enquadrar os acusados de conversões “forçadas” ou “fraudulentas”.
     A Seção 153 A declara, “Seja por palavras, ditas ou escritas, ou por sinais ou por representações visíveis, que promovem ou incitam promover, no âmbito religioso, a desarmonia ou o sentimento de inimizade ou ódio entre diferentes religiões, deve ser punido com prisão que pode estender até três anos, ou com multa, ou ambos”.
     Pillai alegou que Sagaran emprestou cerca de USD 250,00, no qual ele interpreta como um suborno para estimulá-lo a se converter. Segundo Pillai, Sagaran posteriormente entrou na casa de Pillai e exigiu que ele devolvesse o dinheiro pois Pillai não tinha se convertido ao cristianismo.
     Entretanto, George explicou que Sagaran, vizinho de Pillai, foi o mediador para uma transação financeira entre Pillai e terceiros. “Parece que Sagaran tomou o dinheiro de terceiros e repassou para Pillai. E quando Sagaran foi pedir pelo dinheiro para que fosse devolvido, Pillai o acusou de falsidade”.
     George também disse que ativistas hindus teriam encorajado Pillai a dar queixa.
     “Uma RSS local (Rashtriya Swayamsevak Sangh) grupo extremista hindu, não ficou satisfeito com Sagaran pelo fato de ele ter se convertido ao cristianismo há quatro anos, e estava freqüentando a Missão Emanuel em Kayamkulam. Ele recebia ameaça para que voltasse ao hinduismo”.
     “Para mim, nem será possível levantar provas, já que não existe base contra meu cliente. O caso está sendo inventado”, acrescentou George.
     Os cristãos são cerca de 20% da população de Kerala que é de 31,8 milhões. Entretanto, Kayamkulam é predominantemente hindu, com somente três igrejas – incluindo a Missão Emuanuel, igreja que Sagaran freqüenta.
     ‘Mr Kummanam Rajshekhar, secretário geral do grupo hindu Aikyavedi, acusou o Frei Rajesh Martin, diretor do Movimento da Juventude Católica de Kerala, e o Frei Francis, Presidente da Igreja Católica Latina de Kerala por conversão.
     Os dois padres católicos estiveram envolvidos no trabalho de reabilitação para as vítimas do tsunami.
     Varghese Thudian, coordenador estadual para a Missão Emanuel, confirmou a Compass, “a RSS é muito forte no distrito de Kayamkulam, e os incidentes com perseguições são comuns”.
     Outro obreiro cristão local, que pediu para não ser identificado, disse que ativistas hindus agrediram fisicamente o pastor B. Monachan, líder de uma igreja Pentecostal em Kayamkulam, no dia 28 de março.
 
Tradução: Fabio Caruso Melo
 
Fonte: Compass Direct
 
Por Missão Portas Abertas

Número 125
 Edição de terça-feira, 05 de abril de 2005
Cristãos são agredidos e ameaçados no norte da Índia
     ÍNDIA (34º) - Carregando varas e pedras, os homens investiram contra o Pastor Chandy. “Nós já dissemos para você não vir aqui!” gritavam enfurecidos. Era 19 de Março e o pastor estava conduzindo sua costumeira reunião de oração em um dos vilarejos do norte da Índia onde ele havia começado uma pequena associação. Ele estava alimentando seu rebanho faminto da Palavra de Deus quando os dois jovens interromperam o culto onde eles estavam se reunindo.
    Dias antes, os dois homens tinham ameaçado o Pastor Chandy para que ele não voltasse ao vilarejo para as reuniões de oração. E hoje, eles estavam cumprindo suas ameaças.
    Arrancando a Bíblia das mãos do pastor, um dos homens a despedaçou. Andando pela sala, eles brutalmente esbofetearam não só o pastor, mas também os crentes que estavam reunidos. Até as mulheres não foram poupadas de tal abuso. Uma mulher foi agarrada pelo pescoço e lançada a uma parede – e quase caiu inconsciente. Os homens também usaram uma vara para bater nos crentes e apanharam os hinários, levando-os consigo.
     Miraculosamente, o pastor e os crentes escaparam – mas não antes de seus agressores lançarem uma ameaça mortal:
     “Se houver esta reunião aqui novamente, nós os queimaremos vivos!”
     Além do pastor, pelo menos cinco crentes sofreram perseguição no incidente. Apesar de sua dor física e emocional, apesar das ameaças eles se recusam a virar as costas a Jesus.
     “Tudo pode acontecer – nós estaremos sempre ao lado do nosso Senhor,” disse um deles, expressando o sentimento dos demais.
     Esta não é a primeira vez que o Pastor Chandy, 33, enfrenta oposição, mas na companhia de sua esposa e filhos ele se mantém comprometido com o ministério no qual Deus o chamou.
     Agradeça a Jesus pela coragem que Ele tem dado a estes cristãos que o amam tão ternamente. Ore para que Deus continue a protegê-los e dar-lhes paz. Ore pelos que os perseguiram para que sejam atraídos a Jesus – talvez através da leitura dos hinários que roubaram.
     Em áreas como esta no norte da Índia, a perseguição aos Cristãos não é comum. A obra de Deus está poderosamente sendo divulgada – pessoas que antes murmuravam perdão através de rituais e sacrifícios a falsas divindades estão agora ouvindo as maravilhosas notícias da esperança em Jesus. E a sede deles de expiação e importância está sendo preenchida na pessoa de Cristo.
 
Tradução: Denise Costa de Carvalho
 
Fonte: Cross Walk
 
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 Número 123
 Edição de terça-feira, 22 de março de 2005
 
 
Pai tenta esfaquear a filha
 
     ÍNDIA (34º) - Simmi, uma jovem de 20 anos que vive no nordeste da Índia, sabe bem o que é sofrer por servir a Jesus: recentemente, seu próprio pai tentou golpeá-la com uma faca.
     Nascida numa família que acredita em vários deuses, Simmi veio conhecer o único e verdadeiro Deus, o Senhor Jesus, e decidiu adorá-lo. Mas sua família, indignada com o fato, proibiu-a de freqüentar a igreja.
     Quando seu pai tentou esfaqueá-la, restou a Simmi a dolorosa opção de fugir de casa. Ela acabou se refugiando na casa de um membro da igreja e passou a se reunir com um pastor da missão Gospel for Asia, de quem recebeu discipulado e treinamento para o ministério.
     Por favor, ore pela proteção física, emocional e espiritual dessa valiosa irmã. Ore para que os familiares de Simmi, inspirados em seu testemunho de vida, em breve sintam o desejo de conhecer o Jesus que ela está seguindo.
 
Tradução: Isabel Lelis
 
Fonte: Cross Walk
 
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Número 122
 Edição de segunda-feira, 21 de março de 2005
 
 
Hindus atacam reunião de oração
 
     ÍNDIA (34º) - Quatro homens hindus identificados por eles mesmos como membros da organização extremista Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) e da Bajrang Dal, interromperam uma reunião de oração em Madhya Pradesh, no dia 23 de fevereiro. Eles agrediram fisicamente com pedaços de madeiras alguns dos 25 cristãos que estavam reunidos. Cristãos que estavam nessa reunião dizem que a polícia falhou por não intervir ou protegê-los.
     A reunião de oração, organizada por uma sociedade autorizada cristã, Nav Jyoti Ashram, foi realizada na varanda de uma casa pertencente a Achche Lal Jharia, o único cristão da vila. Com a presença de dois policiais que foram chamados para garantir a segurança dos cristãos.
     “A Igreja Jeevan Jyoti obteve permissão das autoridades da vila bem como da polícia local para que a reunião de oração fosse realizada”, disse Mr K.L. Sondhiya, um idoso da igreja. “O ataque ocorreu na presença de dois oficiais”.
     “Os extremistas gritavam, Jai Shri Ram (Vida Longa A Rama)”, acrescentou Sondhiya. “Inicialmente somente quarto pessoas vieram interromper a reunião, mas uma hora depois, cerca de sessenta pessoas também apareceram”.
     “Eles disseram aos cristãos, ‘Já que podemos atacá-los na frente da polícia, para quem irão vocês reclamar?’ Surpreendentemente, a oficiais da polícia ficaram apáticos frente a esta situação”.
     Jharia, 75 anos, recebeu vários ferimentos no nariz e acima do olho esquerdo. Ratan Arjune, um cristão da vila de Jabalpur, ficou com ferimentos na perna e nos braços. Uma senhora foi agredida no peito e o Pr Amos Singh, fundador e presidente da Nav Jyoti Ashram, e outros foram também maltratados.
     A polícia inicialmente recusou a aceitar Registro de Queixa (FIR). “Foi só depois que reclamamos ao superintendente que nossa FIR foi alocada”, disse Sondhiya. “E a polícia só passou a cópia da FIR no dia 28 de fevereiro”.
     Desde então, hindus locais alertaram os cristãos a retirarem a queixa, ameaçando matar e queimar as casas de Jharia e dos outros cristãos.
     No dia vinte e cinco de fevereiro, a polícia prendeu dois dos acusados, Gyan Chand Jain e Ram Naresh Raí. O promotor público aceitou o caso e a primeira audiência está marcada para o dia nove de maio.
     Entretanto, a polícia local passou a negar a acusação de negligência. O superintendente da polícia Deen Niwas Rao disse à CompassDirect, “caso a polícia estivesse lá, eles teriam impedido os atos violentos”.
     R. G. Srivastava, delegado titular da unidade Dhanura, disse a Compass, “Nós fomos informados pelos cristãos que estavam reunidos para orar e uma equipe policial foi deslocada para lá. O ataque aconteceu enquanto a equipe saiu para almoçar, mais ou menos 16:00h, já que os cristãos disseram que teriam seu principal culto as 20:00h”.
     “Quando ficamos sabendo do ataque, enviamos os cristãos com ferimentos para exame médico e registramos os extremistas nos códigos penais. Houve um boato que a agenda da reunião dos cristãos em Dhanura, onde os hindus são a maioria, era para converter os hindus ao cristianismo” disse Srivastava. “Por conseqüência, várias pessoas foram ao encontro para ver o que aconteceria, e as duas partes acabaram entrando em conflito”.
     Os cristãos compreendem menos de 1% da população em Madhya Pradesh, enquanto que os hindus compreendem 92%. O estado, cujo governo local ainda é regido pelo partido nacionalista hindu Bharatiya Janata, é conhecido por perseguir a minoria cristã.
     Enquanto isso, representantes do Fórum Cristão Unido da Índia, o Conselho Cristão da Índia e a União Católica da Índia apresentaram um papel não oficial ao Premier Dr Manmohan Singh no dia onze de março.
     O documento listava mais de duzentas ações violentas contra cristãos nas primeiras dez semanas de 2005. Os ataques foram principalmente nos estados de Gujarat, Rajasthan, Orissa, Chhatisgarh, Jharkhand e Madhya Pradesh, embora a violência esporádica também ocorresse em Karnataka, Tamil Nadu, Maharasthra e em Kerala.
     Um memorando ressaltou que embora o atual governo prometera proteger as minorias, a violência contra os cristãos parece ter aumentado, ao invés de diminuir.
     Por exemplo, em Rajasthan, a Sangh Parivar ameaçou fazer do distrito de Banswara uma área livre para os cristãos, declarava o memorando. Essa promessa foi acompanhada por atos violentos. O governo local, ao invés de impedir a violência, está até mesmo ameaçando a comunidade e anunciou que vai entrar com uma lei anti-conversão”.
    “O governo federal deve urgentemente convocar os governos locais – que controla a lei, a ordem e a educação – para garantir a segurança das minorias, proteção das igrejas e a prisão de extremistas”, concluiu o memorando”.
 
Tradução: Fabio Caruso Melo
 
Fonte: Compass Direct


 Número 120 Edição de sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005
 
'Feira dos fantasmas' atrai milhares de pessoas na Índia
 
KS Shaini _ em Malajpur
 

Um curandeiro exorciza a jovem Rukmani (Fotos: Prakash Hatbalne)
Rukmani, 21, é uma garota recatada e discreta que vive em um vilarejo indiano – mas seus pais estão convencidos de que ela estava sendo assombrada por fantasmas.
“Ela fala em uma língua estranha”, disse seu pai, um trabalhador rural.. “Ela fala de gente que não conhecemos, grita e desmaia.”
 
Eles viajaram de Maharashtra, no oeste indiano, até Malajpur, no interior do Estado vizinho de Madhya Pradesh, para visitar uma tradicional feira de caça-fantasmas e tentar livrar a jovem da assombração.
 
Rukmani e seus pais se juntaram a milhares de pessoas “assombradas” de toda a Índia que foram a Malajpur participar desta reunião de um mês de duração na qual curandeiros trabalham no exorcismo de espíritos.
 
Bastonada
 
No dia em que eu visitei a feira, Rukmani foi a primeira paciente a ser exorcizada sob os olhares de centenas de curiosos.
 
Um dos mais de 200 curandeiros mandou a jovem andar em torno de um templo local.
 
 
Muitos pacientes têm que ficar de gatinhas e se arrastar no chão
Em seguida borrifou um pouco de água na garota e passou a entoar cantos que soavam como orações.
De repente, Rukmani começou a jogar sua cabeça para trás com violência, revirando seus olhos e a balançar descontroladamente enquanto seus amigos tentavam segurá-la pelas costas.
 
“Quem é você”, perguntou o curandeiro.
 
“Eu não vou responder”, respondeu Rukmani com uma voz que, segundo seus pais, não lhe pertence.
 
A seguir o curandeiro pegou um bastão e passou a bater em Rukmani, no que parece ser uma forma segura de livrar os possuídos de aparições.
 
“Por que você está prejudicando ela? Vá embora, vá embora”, gritou o curandeiro enquanto acertava as bastonadas em Rukmani.
 
Alguns minutos depois, ele declarou que a garota estava “curada”.
 
Sadismo sobrenatural
 
Aliviados, seus pais pagam o curandeiro e se afastam acompanhados de Rukmani – que não parece ter mudado muito.
 
 
Acredita-se que a feira ocorra lugar há cem anos
A garota teve mais sorte do que muitos outros pacientes.
Alguns são espancados sem piedade até que os curandeiros os declarem curados. Outros se tornam violentos, agredindo as pessoas em sua volta e rolando no chão.
 
Além da bastonada, os curandeiros usam outras técnicas para realizar suas curas, como fazer os pacientes andarem de quatro e lamber comida sagrada chamada prasad.
 
Eu perguntei a um deles por que as assombrações se apossavam das pessoas.
 
“Ah, alguns fantasmas são sádicos”, disse Chandrahas Singh.
 
“Outros querem vingar pessoas que os atormentavam durante a vida, e outros só pensam em se divertir.”
 
“Mas todos têm que ser tratados com firmeza”, completou Singh.
 
Gratidão
 
Além de pessoas possuídas por espíritos, a feira também é freqüentada por pacientes curados em anos anteriores que voltam para oferecer seus agradecimentos.
 
O proprietário rural Jagdish Bain Naik, do Estado de Gujarat, era um deles.
 
Ele disse que tem visitado a feira nos últimos dez anos, desde que foi a Malajpur pela primeira vez e se livrou de um fantasma “que entrou em mim e queria me destruir”.
 
“Eu senti vontade de me jogar na frente de um trem, vender minha fazenda, deixar minha família e ir para algum outro lugar”, afirmou Naik.
 
Ele disse que foi a vários psicanalistas, mas nenhum conseguiu lhe tratar com sucesso.
 
“Então alguém me falou sobre a bhooton ka mela (feira dos fantasmas) de Madhtya Pradesh.”
 
Superstição
 
Mas racionalistas e psicólogos dizem que a feira não passa de superstição.
 
O chefe do Departamento de Psicologia da Universidade Barkatullah, de Bhopal, KN Tripathi, tem uma explicação para o grande fluxo de visitantes ao evento.
 
“A maioria é formada por mulheres que vivem no campo”, disse Tripathi.
 
“Com freqüência elas fingem estar sendo possuídas por fantasmas para abusar de seus maridos e parentes.”
 
“Estar possuído por um espírito também é uma forma de buscar atenção, pois as pessoas cuidam de você, e comportamentos irregulares se tornam desculpáveis.”
 
Um porta-voz do governo local é mais pragmático.
 
“Se as pessoas têm fé em alguma coisa, quem somos nós para nos meter?”, disse o porta-voz.
 

Fonte: BBC Brasil (www.bbc.co.uk)
  
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. Número 118  Edição de sexta-feira, 28 de janeiro de 2005
 Tumulto deixa 300 peregrinos mortos na Índia
     ÍNDIA (33º) - Pelo menos 300 peregrinos hinduístas morreram pisoteados durante um festival religioso na Índia. O tumulto aconteceu no remoto templo Mandhar Devi, no Estado de Maharashtra.
     Autoridades afirmam que milhares de pessoas se assustaram e começaram a correr durante uma procissão. Ainda não está clara a causa do pânico.
     Relatos policiais indicam que a correria tenha começado em razão de um incêndio, embora um oficial local tenha dito que a superlotação foi a causa do problema.
      O incidente ocorreu perto do vilarejo de Wai, a 200 km ao sul de Mumbai.
Fonte: BBC Brasil.com (PortasAbertas/OrePelaIndia)

. Número 117 _  Edição de domingo, 23 de janeiro de 2005
 
ONG denuncia discriminação de casta hindu na ajuda às vítimas
       ÍNDIA (33º) - A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou hoje, segunda-feira, que as comunidades de "intocáveis" - a mais baixa casta hindu - atingidas pelos maremotos na Índia são discriminadas na distribuição de ajuda humanitária.
     "Recebemos relatórios confiáveis de discriminação contra os "dalits" (intocáveis) nas áreas atingidas pelos tsunamis, tanto por parte das autoridades como pelas organizações humanitárias e outras comunidades", afirma um comunicado divulgado hoje por esta ONG americana.
    Em seu comunicado, intitulado "Índia: Pare a discriminação na ajuda às vítimas", a HRW exige que o governo de Nova Délhi "inclua ativistas da casta dos intocáveis, homens e mulheres, nos comitês encarregados da reabilitação", para garantir que a distribuição da ajuda seja equitativa. www.portasabertas.org.br


. Número 115 : Edição de segunda-feira, 10 de janeiro de 2005
 
Censo religioso mostra queda do número de hinduístas
 
     ÍNDIA (33º) - Na primeira semana de setembro de 2004, o Escritório de Recenseamento publicou o Primeiro Relatório sobre Dados de Religião, oriundos do Censo da Índia. Os fatos importantes que surgiram deste relatório são:
 
     * Os hindus formam o maior bloco entre todas as comunidades, compreendendo 81.4 por cento ou 828 milhões de uma população total de 1,028 milhões de pessoas.
     * Muçulmanos compreendem 138 milhões da população, o segundo maior bloco, embora em números absolutos e como percentagem da população total (12.4 por cento), eles estão bem atrás dos hindus.
     * Então vêm os cristãos, com 24 milhões (2.3 por cento)
     * Os sikhs com 19 milhões (1.9 por cento), os budistas com 8 milhões (0.8 por cento) e os jainas com 4.2 milhões (0.4 por cento) formam o restante da estatística da população.
 
     Em termos de crescimento de diferentes comunidades religiosas, os hindus mostraram um declínio através da década anterior com a população crescente de 20.3 por cento entre 1991 e 2001, comparado a 25.1 por cento na década anterior. A população muçulmana cresceu 36 por cento em 1991-2001, comparado a 34.5 por cento em 1981-91 e os Jains registrados deram um passo gigantesco em proporção crescente de 4.6 por cento a 26 por cento. Embora a percentagem de cristãos não tenha crescido, a comunidade mostrou um "leve aumento"" na sua taxa de crescimento de 21.5 por cento para 22.6 por cento.
 
Motivo de Oração:
     Continue a orar pelos cristãos que são os únicos de muitas religiões minoritárias na Índia. Ore pelos cristãos nos estados de Madhya Pradesh, Rajasthan e Chattisgarh, em particular – a situação para as minorias e, principalmente, para os cristãos tem piorado em uma escala rápida, nestes estados. Ataques contra cristãos ali se tornaram muito comuns.
 
Tradução: Daniela Mendonça Por Missão Portas Abertas _ www.portasabertas.org.br

Número 114 -  Edição de segunda-feira, 10 de janeiro de 2005
 
 Escola é censurada por distribuir Bíblias
 
     ÍNDIA (33º) - Um grupo fundamentalista de hindus acusou uma escola cristã em Sukma, bairro em Chhattisgarh, de forçadamente distribuir cópias do Novo Testamento para estudantes com a pretensão de convertê-los.
     Em uma reclamação aos oficiais de Sukma, o Fórum para o Reavivamento Religioso insistiu que o Padre Victor Manuel Raj e outros membros da equipe da escola sejam incriminados e acusados por distribuírem 600 Bíblias e outras literaturas missionárias a estudantes na escola.
     “Além do mais, o Padre e outros membros da equipe que pregam cristianismo não estão autorizados a viverem nas instalações da escola”, disse um oficial do Fórum.
     O Fórum também exibiu uma lista bem específica de exigências para a escola seguir. Oficiais do bairro pediram à escola para que cumprissem com essas exigências. O gerente geral então escreveu uma carta de recorrência.
     Entretanto, quando eles chegaram ao escritório no dia 15 de dezembro para apresentar a carta, foram informados para aguardar até 19 de dezembro, data em que seria divulgado o resultado das eleições. A escola continua aguardando pela convocação.
     A English Medium High School em Sukma foi estabelecida pela Índia Missionary Society em Tirunelvedli em 1983. Atualmente a escola possui 600 estudantes.
     A DJM entrou com uma reclamação na delegacia de Sukma no dia 6 de novembro. Eles alegaram que a escola tinha colocado cópias do Novo Testamento nas mochilas dos estudantes, ameaçando-os a não deixarem passar de ano caso recusassem.
     Em resposta, a escola escreveu ao distrito. “Nós o informamos de que demos o Novo Testamento aos estudantes sem qualquer intimidação e não falamos aos estudantes que eles receberiam mais notas caso lessem”, explicou o Ver. Dr Victor Manuel Raj, um dos principais na equipe da escola.
     Ativistas da DJM invadiram a escola e interromperam as aulas nos dias 16 e 17 de novembro.
     “No dia 17 de novembro, a Sub-Divisional da Sukma realizou uma reunião entre oficiais da DJM e autoridades da escola”, disse Raj ao CompassDirect. “Durante a reunião, a DJM fez várias exigências para a gerência da escola”.
     A lista incluía banir os cristãos de pregar, de tocar músicas e de guardar materiais missionários na escola. A DJM também pediu que a escola colocasse uma estátua ou fotografia da deusa Bharat Mata (Mãe Índia) em algum local das instalações escolares.
     Bharat Mata é considerada tanto uma deusa como uma concepção promovida por nacionalistas hindus, que vêem o país como uma terra sagrada dos Hindus. Escolas comandadas por organizações hinduístas geralmente colocam uma foto ou estátua de uma deusa como um objeto de adoração.
     A DJM também pediu que a equipe escolar fosse compreendida em pelo menos 50% de não cristãos. Eles também propuseram a formação de um comitê de representantes da escola e da comunidade que investigaria, sob orientação de oficiais do distrito, qualquer “atividade missionária” na escola.
     Finalmente, os ativistas hindus pediram aos oficiais do distrito para fecharem a escola caso deixassem de cumprir essa exigências.
     “O magistrado pediu para nós respondermos em escrito até o dia primeiro de dezembro”, explicou Raj. “Solicitamos mais quinze dias”. Nosso pedido foi assegurado e fomos informados para nos relatarmos até o dia 15 de dezembro.
     “Quando fomos até o escritório com a nossa carta, fomos informados para aguardar até o dia 19 de dezembro. Talvez pelo fato das eleições locais terem ocorrido naquele mesmo dia. Entretanto, nós já temos nossa resposta, em que humildemente pedimos para o magistrado reconhecer que a maioria das demandas é inconstitucional”.
     “As demandas emitidas pelos hindus são inaceitáveis e inconstitucionais”, confirmou ao CompassDirect um representante da CLAI (Christian Legal Association of Índia). “Eles nitidamente violam o Artigo 40 da Constituição Nacional, que concede às minorias religiosas o direito de estabelecer e administrar instituições educacionais como bem entender”.
     Os advogados da CLAI dizem que também é inconstitucional o fato de pedirem que 50% da equipe na escola seja de não cristãos e que o acesso à literatura e música seja restrito.
 
Tradução: Fabio Caruso Melo
 
Fonte: Compass Direct
 
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. 113  Edição de domingo, 02 de janeiro de 2005

Os dalit cristãos falam das discriminações sofridas e pedem o reconhecimento
de seus direitos sociais e civis

     ÍNDIA (33º) - Os dalit cristãos exporão seus problemas, as
discriminações de que sofrem, contando a sua realidade social, em quatro
audiências públicas, organizadas pela All India Catholic Union (AICU),
organismo que reúne movimentos leigos católicos indianos, engajados na
defesa dos direitos humanos. Os encontros públicos, que se realizarão nas
próximas semanas, são organizados em colaboração com outras organizações
civis e terão a participação de intelectuais, juizes, personalidades do
mundo da cultura, da política, da Igreja.
     Os dalit são os indígenas sem-casta, último degrau da escala social da
sociedade indiana. Nas audiências, será discutida a controversa Ordem
presidencial de 1950, que excluía os dalit de religião sikh, muçulmana,
cristã, e budista de uma série de direitos sociais e civis. Após longos
protestos, os dalit de religião sikh e budista readquiriram seus direitos,
enquanto para muçulmanos e cristãos, a situação não mudou.
     Como explica a AICU, as audiências servirão para assinalar ao
Presidente da Federação, ao Parlamento, à Corte Suprema e à Comissão
Nacional para Direitos Humanos, a injusta situação que discrimina alguns
dalit. A AICU nota que os próprios indígenas não são conscientes de seus
direitos e que é preciso educá-los e instruí-los, além de fazer pressão em
nível institucional para eliminar as discriminações.
     Como informam os dalit que participaram dos encontros, eles não podem
receber instrução, assistência sanitária e outras iniciativas do estado e de
instituições públicas. A liberdade de consciência lhes é freqüentemente
manipulada, e não podem mudar de religião. A comunidade cristã na Índia
sempre defendeu os direitos dos dalit, atuando em favor da promoção humana,
social e cultural. Por isso, muitos dalit optaram pela religião cristã, o
que gerou violentas reações de grupos fundamentalistas hindus.

Fonte: mundo e missão

Por Missão Portas Abertas
www.portasabertas.org.br


. Número 112 - 31/12/04 .
Mortos por desastre na Ásia chegam a 145 mil
31/12/2004 - 05h52m
Por O Globo On Line
 
Agências Internacionais
 
     BANDA ACEH, Indonésia - As dimensões da tragédia provocada pela tsunami que atingiu o Oceano Índico no domingo não param de se agigantar. Esse é um dos piores desastres da História recente.
    Segundo dados dos governos locais, já foram contabilizados 145 mil mortos nos países afetados pelos efeitos do terremoto - o mais intenso em quatro décadas e o mais mortal desde 1976.
     Organizações internacionais afirmaram à CNN que a estimativa teria chegado a esse número devido a cerca de 100 mil mortes registradas na província de Aceh, região mais próxima ao epicentro do terremoto, segundo informaram fontes. A CNN afirma que os trabalhadores das organizações contaram que um em cada quatro moradores do local morreu na tragédia.
     Segundo a Organização Mundial de Saúde, 5 milhões de pessoas estão carecendo do essencial para sobreviver, em termos de em água, alimentos e saneamento.
     As doenças desencadeadas pela tsunami podem duplicar o número de mortos devido à tragédia, afirmou uma autoridade da Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta quarta-feira. O médico David Nabarro, chefe da equipe de crises sanitárias da ONU, disse que é vital que os tratamentos médicos e água fresca sejam levados para os países mais castigados pelas ondas gigantes para que uma catástrofe seja evitada.
     - Há certamente uma chance de que tenhamos várias pessoas morrendo devido a doenças transmissíveis por causa da tsunami - explicou Nabarro.
     Nesta quinta-feira, funcionários das equipes humanitárias que tentam chegar a áreas isoladas atingidas pela tsunami enfrentaram a devastação. Eles contaram que várias cidades e aldeias estão destruídas e há muitas pessoas em busca de água e comida, algumas ficando mais irritadas ou doentes.
     Organizações de ajuda, que já se preparam para uma grande operação, disseram que precisam de mais assistência do que pensavam.
     A operação já é um dos maiores exercícios humanitários na História e 60 países já prometeram mais de US$ 220 milhões em dinheiro e centenas de milhares de dólares em suprimentos de emergência.
     Centenas de toneladas de suprimentos médicos foram levados de avião para a região, mas as Nações Unidas admitem que somente uma fração da ajuda já chegou onde é necessária, nas áreas costeiras onde a onda gigante de domingo matou milhares de pessoas.
     - Estamos fazendo muito pouco no momento - reconheceu o coordenador de ajuda de emergência da ONU, Jan Egeland, em Nova York. Equipes de ajuda chegaram a muitas áreas atingidas, mas ainda pouco na região onde até 5 milhões de pessoas passam necessidades. - Vai levar talvez entre 48 e 72 horas para podermos responder às dezenas de milhares de pessoas que gostariam de ter assistência hoje (quinta-feira) - ou melhor, ontem. Acho que a frustração vai crescer nos próximos dias e semanas.
     Algumas pessoas não comem desde domingo e enfrentam agora a luta contra infecções de doenças como elefantíase, cólera, febre tifóide, hepatite, bronquite, pneumonia, mal ria, meningite e febre hemorrágica.
     Vastas áreas da ilha de Sumatra foram isoladas. O terremoto, de 9 graus, ocorreu no fundo do mar. A Cruz Vermelha também está preocupada com as cifras nas ilhas indianas de Andamano e Nicobar, onde houve mais um terremoto foi sentido nesta quarta-feira.
    Nabarro disse que até 5 milhões de pessoas não têm acesso ao essencial para sobreviver. Nas regiões atingidas, porém, a ajuda humanitária ainda é mal coordenada e precária. No Sri Lanka, monges budistas distribuem arroz e curry para as vítimas e aeronaves lançam suprimentos em cidades isoladas da Indonésia.
 
INDONÉSIA - A Indonésia tem o maior número de vítimas: quase 80 mil mortos registrados até agora. FOntes, no entanto, dizem que o número já é superior a 100 mil apenas em Aceh, a província mais próxima ao epicentro do terremoto.
     O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, mencionou "histórias assustadoras" vindas de partes distantes da província.
     O mau cheiro dos corpos em decomposição se espalha por toda a capital provincial, Banda Aceh, e os suprimentos de água potável, alimentos e combustível estão acabando. Muitos na cidade temem novos terremotos e uma tsunami, e as estradas estão lotadas de pessoas indo embora.
     - Não há comida aqui. Precisamos de arroz, precisamos de gasolina, precisamos de remédios. Não como há dois dias - contou Vaiti Usman, uma mulher na faixa dos 30 anos, que disse que o sarongue sujo que vestia era tudo o que lhe restava..
     Com cidades devastadas e as comunicações abaladas, os sobreviventes terão uma difícil batalha por comida e água potável pela frente.
 
SRI LANKA - No Sri Lanka, onde o número de mortos chega 28.508 , com cerca de quatro mil desaparecidos. Os corpos estão sendo enterrados em gigantescas fossas comuns, para as quais são empurradas por tratores. Num orfanato mantido por mulheres da guerrilha Exército de Libertação Tigres Tamil, todas as 135 crianças morreram.
     Segundo o jornal português "O Público", as ondas gigantes espalharam pela ilha um número ainda não quantificado de minas terrestres que estavam já assinaladas, ameaçando as populações e a assistência humanitária. Estima-se que haja mais de um milhão e meio de minas em todo o território do Sri Lanka, colocadas pelos Tigres Tamil, que lutam pela independência desde 1983.
 
ÍNDIA - Equipes de resgate rumaram também paras as ilhas de Andamano e Nicobar, isoladas desde domingo. Em algumas ilhas dos dois arquipélagos, pertencentes à Índia, mas próximos da Indonésia, as populações estão vivendo de cocos.
     A Índia estima que houve 13.230 mortes, sendo que 7.330 foram confirmadas. Mas o número tende a crescer rapidamente. Numa das ilhas, a onda matou dois terços da população. Algumas tribos estão ameaçadas de desaparecer, segundo especialistas.
     - Um em cada cinco habitantes de um grupo Nicobar inteiro está morto, ferido ou desaparecido - disse um policial.
     Dezenas de tremores secundários de até 5 graus abalaram as ilhas.
     No estado indiano de Tamil Nadu, enquanto os mortos ainda estão sendo contados, muitos corpos estão sendo enterrados o mais rapidamente possível em fossas comuns.
 
TAILÂNDIA - Na Tailândia, onde milhares de turistas ocidentais aproveitavam a temporada de fim de ano no clima tropical, resorts de luxo inteiros tornaram-se cemitérios. O cheiro de corpos apodrecidos ainda é sentido no que restou de muitos deles e cadáveres ainda se amontoam nas praias paradisíacas, devolvidos pelo mar.
     O número oficial de mortos está em 1.975, mas não há notícias de 3.500 estrangeiros. Dois mil deles são de países da Escandinávia.
     Apesar da contagem oficial, 1.800 corpos foram retirados da praia de Khao Lak, no norte da ilha de Phuket. Somente lá, mais de 3 mil pessoas teriam morrido, segundo a polícia. Mais de 300 mortos foram achados na ilha de Phi Phi, tornada famosa pelo filme "A Praia".
     - É difícil dizer que corpos são de estrangeiros, porque eles estão simplesmente irreconhecíveis - disse Serge Barros, um voluntário francês.
 
OUTROS PAÍSES - Nas Maldivas, Mianmar e Malásia, centenas de pessoas morreram. O mar ficou agitado até na Somália, na Tanzânia e no Quênia, onde também houve mortes.
 
Extraído do Globo On Line (http://oglobo.globo.com/online/mundo/148073151.asp)

Número 111 Edição de quarta-feira, 29 de dezembro de 2004
 

Tsunami matou ou feriu 1 em cada 5 habitantes de ilhas da Índia
 
Reuters
 
PORT BLAIR, Índia - Um quinto (cerca de 10 mil pessoas) da população do arquipélago indiano de Nicobar está morto, ferido ou desaparecido, de acordo com a polícia local.
 
Equipes de resgate foram enviadas hoje para o conjunto de ilhas, assim como para o arquipélago vizinho de Andaman, também severamente atingido por tsunamis no domingo. Ambos pertencem à Índia, apesar de ficarem próximos à ilha indonésia de Sumatra, em cuja costa ocorreu o epicentro do terremoto que deu origem às ondas gigantes.
 
Autoridades dizem que fizeram contato com sobreviventes na maioria das cerca de 500 ilhas dos arquipélagos, mas há várias que continuam isoladas e o número de mortes é estimado em até 7 mil.
 
- A situação em algumas das ilhas com as quais estabelecemos contato é muito, muito ruim. As pessoas estão sobrevivendo à base de cocos, mas uma hora eles vão acabar - disse o chefe da polícia, S.B. Deol.
 
Dúzias de tremores de cerca de 5 graus na Escala Richter continuam a sacudir as ilhas. Um deles, hoje, fez as pessoas abandonarem suas casas em pânico.
 
Parte da população das Nicobar é composta por tribos indígenas, algumas das quais podem ter sido totalmente varridas pelas ondas. Nos últimos anos, a população dessas tribos vinha diminuindo e, para protegê-las, o acesso de visitantes às ilhas foi restringido.
 
Extraído da O Globo On Line (
http://oglobo.globo.com/online/plantao/148048171.asp)
 
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. Número 112 - 31/12/04 .
Mortos por desastre na Ásia chegam a 145 mil
31/12/2004 - 05h52m
Por O Globo On Line
 
Agências Internacionais
 
     BANDA ACEH, Indonésia - As dimensões da tragédia provocada pela tsunami que atingiu o Oceano Índico no domingo não param de se agigantar. Esse é um dos piores desastres da História recente.
    Segundo dados dos governos locais, já foram contabilizados 145 mil mortos nos países afetados pelos efeitos do terremoto - o mais intenso em quatro décadas e o mais mortal desde 1976.
     Organizações internacionais afirmaram à CNN que a estimativa teria chegado a esse número devido a cerca de 100 mil mortes registradas na província de Aceh, região mais próxima ao epicentro do terremoto, segundo informaram fontes. A CNN afirma que os trabalhadores das organizações contaram que um em cada quatro moradores do local morreu na tragédia.
     Segundo a Organização Mundial de Saúde, 5 milhões de pessoas estão carecendo do essencial para sobreviver, em termos de em água, alimentos e saneamento.
     As doenças desencadeadas pela tsunami podem duplicar o número de mortos devido à tragédia, afirmou uma autoridade da Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta quarta-feira. O médico David Nabarro, chefe da equipe de crises sanitárias da ONU, disse que é vital que os tratamentos médicos e água fresca sejam levados para os países mais castigados pelas ondas gigantes para que uma catástrofe seja evitada.
     - Há certamente uma chance de que tenhamos várias pessoas morrendo devido a doenças transmissíveis por causa da tsunami - explicou Nabarro.
     Nesta quinta-feira, funcionários das equipes humanitárias que tentam chegar a áreas isoladas atingidas pela tsunami enfrentaram a devastação. Eles contaram que várias cidades e aldeias estão destruídas e há muitas pessoas em busca de água e comida, algumas ficando mais irritadas ou doentes.
     Organizações de ajuda, que já se preparam para uma grande operação, disseram que precisam de mais assistência do que pensavam.
     A operação já é um dos maiores exercícios humanitários na História e 60 países já prometeram mais de US$ 220 milhões em dinheiro e centenas de milhares de dólares em suprimentos de emergência.
     Centenas de toneladas de suprimentos médicos foram levados de avião para a região, mas as Nações Unidas admitem que somente uma fração da ajuda já chegou onde é necessária, nas áreas costeiras onde a onda gigante de domingo matou milhares de pessoas.
     - Estamos fazendo muito pouco no momento - reconheceu o coordenador de ajuda de emergência da ONU, Jan Egeland, em Nova York. Equipes de ajuda chegaram a muitas áreas atingidas, mas ainda pouco na região onde até 5 milhões de pessoas passam necessidades. - Vai levar talvez entre 48 e 72 horas para podermos responder às dezenas de milhares de pessoas que gostariam de ter assistência hoje (quinta-feira) - ou melhor, ontem. Acho que a frustração vai crescer nos próximos dias e semanas.
     Algumas pessoas não comem desde domingo e enfrentam agora a luta contra infecções de doenças como elefantíase, cólera, febre tifóide, hepatite, bronquite, pneumonia, mal ria, meningite e febre hemorrágica.
     Vastas áreas da ilha de Sumatra foram isoladas. O terremoto, de 9 graus, ocorreu no fundo do mar. A Cruz Vermelha também está preocupada com as cifras nas ilhas indianas de Andamano e Nicobar, onde houve mais um terremoto foi sentido nesta quarta-feira.
    Nabarro disse que até 5 milhões de pessoas não têm acesso ao essencial para sobreviver. Nas regiões atingidas, porém, a ajuda humanitária ainda é mal coordenada e precária. No Sri Lanka, monges budistas distribuem arroz e curry para as vítimas e aeronaves lançam suprimentos em cidades isoladas da Indonésia.
 
INDONÉSIA - A Indonésia tem o maior número de vítimas: quase 80 mil mortos registrados até agora. FOntes, no entanto, dizem que o número já é superior a 100 mil apenas em Aceh, a província mais próxima ao epicentro do terremoto.
     O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, mencionou "histórias assustadoras" vindas de partes distantes da província.
     O mau cheiro dos corpos em decomposição se espalha por toda a capital provincial, Banda Aceh, e os suprimentos de água potável, alimentos e combustível estão acabando. Muitos na cidade temem novos terremotos e uma tsunami, e as estradas estão lotadas de pessoas indo embora.
     - Não há comida aqui. Precisamos de arroz, precisamos de gasolina, precisamos de remédios. Não como há dois dias - contou Vaiti Usman, uma mulher na faixa dos 30 anos, que disse que o sarongue sujo que vestia era tudo o que lhe restava..
     Com cidades devastadas e as comunicações abaladas, os sobreviventes terão uma difícil batalha por comida e água potável pela frente.
 
SRI LANKA - No Sri Lanka, onde o número de mortos chega 28.508 , com cerca de quatro mil desaparecidos. Os corpos estão sendo enterrados em gigantescas fossas comuns, para as quais são empurradas por tratores. Num orfanato mantido por mulheres da guerrilha Exército de Libertação Tigres Tamil, todas as 135 crianças morreram.
     Segundo o jornal português "O Público", as ondas gigantes espalharam pela ilha um número ainda não quantificado de minas terrestres que estavam já assinaladas, ameaçando as populações e a assistência humanitária. Estima-se que haja mais de um milhão e meio de minas em todo o território do Sri Lanka, colocadas pelos Tigres Tamil, que lutam pela independência desde 1983.
 
ÍNDIA - Equipes de resgate rumaram também paras as ilhas de Andamano e Nicobar, isoladas desde domingo. Em algumas ilhas dos dois arquipélagos, pertencentes à Índia, mas próximos da Indonésia, as populações estão vivendo de cocos.
     A Índia estima que houve 13.230 mortes, sendo que 7.330 foram confirmadas. Mas o número tende a crescer rapidamente. Numa das ilhas, a onda matou dois terços da população. Algumas tribos estão ameaçadas de desaparecer, segundo especialistas.
     - Um em cada cinco habitantes de um grupo Nicobar inteiro está morto, ferido ou desaparecido - disse um policial.
     Dezenas de tremores secundários de até 5 graus abalaram as ilhas.
     No estado indiano de Tamil Nadu, enquanto os mortos ainda estão sendo contados, muitos corpos estão sendo enterrados o mais rapidamente possível em fossas comuns.
 
TAILÂNDIA - Na Tailândia, onde milhares de turistas ocidentais aproveitavam a temporada de fim de ano no clima tropical, resorts de luxo inteiros tornaram-se cemitérios. O cheiro de corpos apodrecidos ainda é sentido no que restou de muitos deles e cadáveres ainda se amontoam nas praias paradisíacas, devolvidos pelo mar.
     O número oficial de mortos está em 1.975, mas não há notícias de 3.500 estrangeiros. Dois mil deles são de países da Escandinávia.
     Apesar da contagem oficial, 1.800 corpos foram retirados da praia de Khao Lak, no norte da ilha de Phuket. Somente lá, mais de 3 mil pessoas teriam morrido, segundo a polícia. Mais de 300 mortos foram achados na ilha de Phi Phi, tornada famosa pelo filme "A Praia".
     - É difícil dizer que corpos são de estrangeiros, porque eles estão simplesmente irreconhecíveis - disse Serge Barros, um voluntário francês.
 
OUTROS PAÍSES - Nas Maldivas, Mianmar e Malásia, centenas de pessoas morreram. O mar ficou agitado até na Somália, na Tanzânia e no Quênia, onde também houve mortes.
 

Número 113 - 02 /01/05
Os dalit cristãos falam das discriminações sofridas e pedem o reconhecimento de seus direitos sociais e civis
ÍNDIA (33º) -
Os dalit cristãos exporão seus problemas, as discriminações de que sofrem, contando a sua realidade social, em quatro audiências públicas, organizadas pela All India Catholic Union (AICU), organismo que reúne movimentos leigos católicos indianos, engajados na defesa dos direitos humanos. Os encontros públicos, que se realizarão nas próximas semanas, são organizados em colaboração com outras organizações civis e terão a participação de intelectuais, juizes, personalidades do mundo da cultura, da política, da Igreja. Os dalit são os indígenas sem-casta, último degrau da escala social da sociedade indiana. Nas audiências, será discutida a controversa Ordem presidencial de 1950, que excluía os dalit de religião sikh, muçulmana, cristã, e budista de uma série de direitos sociais e civis. Após longos protestos, os dalit de religião sikh e budista readquiriram seus direitos, enquanto para muçulmanos e cristãos, a situação não mudou. Como explica a AICU, as audiências servirão para assinalar ao Presidente da Federação, ao Parlamento, à Corte Suprema e à Comissão Nacional para Direitos Humanos, a injusta situação que discrimina alguns dalit. A AICU nota que os próprios indígenas não são conscientes de seus direitos e que é preciso educá-los e instruí-los, além de fazer pressão em nível institucional para eliminar as discriminações. Como informam os dalit que participaram dos encontros, eles não podem receber instrução, assistência sanitária e outras iniciativas do estado e de instituições públicas. A liberdade de consciência lhes é freqüentemente manipulada, e não podem mudar de religião. A comunidade cristã na Índia sempre defendeu os direitos dos dalit, atuando em favor da promoção humana, social e cultural. Por isso, muitos dalit optaram pela religião cristã, o que gerou violentas reações de grupos fundamentalistas hindus.
Fonte: mundo e missão
Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 111 - 29 de dezembro de 2004
 Tsunami matou ou feriu 1 em cada 5 habitantes de ilhas da Índia
 
Reuters
 
PORT BLAIR, Índia - Um quinto (cerca de 10 mil pessoas) da população do arquipélago indiano de Nicobar está morto, ferido ou desaparecido, de acordo com a polícia local.
 
Equipes de resgate foram enviadas hoje para o conjunto de ilhas, assim como para o arquipélago vizinho de Andaman, também severamente atingido por tsunamis no domingo. Ambos pertencem à Índia, apesar de ficarem próximos à ilha indonésia de Sumatra, em cuja costa ocorreu o epicentro do terremoto que deu origem às ondas gigantes.
 
Autoridades dizem que fizeram contato com sobreviventes na maioria das cerca de 500 ilhas dos arquipélagos, mas há várias que continuam isoladas e o número de mortes é estimado em até 7 mil.
 
- A situação em algumas das ilhas com as quais estabelecemos contato é muito, muito ruim. As pessoas estão sobrevivendo à base de cocos, mas uma hora eles vão acabar - disse o chefe da polícia, S.B. Deol.
 
Dúzias de tremores de cerca de 5 graus na Escala Richter continuam a sacudir as ilhas. Um deles, hoje, fez as pessoas abandonarem suas casas em pânico.
 
Parte da população das Nicobar é composta por tribos indígenas, algumas das quais podem ter sido totalmente varridas pelas ondas. Nos últimos anos, a população dessas tribos vinha diminuindo e, para protegê-las, o acesso de visitantes às ilhas foi restringido.
 
Extraído da O Globo On Line (http://oglobo.globo.com)
 
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Número 110 - 29 de dezembro de 2004
 
29/12/2004 - 00h09
www1.folha.uol.com.br Número de mortos em maremoto da Ásia chega a cerca de 60 mil da Folha Online
 
O número de mortos na tragédia na Ásia cresce de forma dramática. Autoridades do Sri Lanka e da Indonésia anunciaram hoje novos balanços das vítimas de maremoto na Ásia no domingo (26), elevando para cerca de 60 mil o número total de mortos nos oito países asiáticos e dois africanos.  
O governo da Indonésia anunciou que 27 mil pessoas morreram no país, e o Sri Lanka elevou para 21.715 o número de mortos.  
Até a Somália, distante 4.800 km do epicentro do tremor, sentiu os efeitos do terremoto, seguido de maremoto.  
O desastre asiático superou em vítimas um dos piores terremotos dos últimos cem anos, que ocorreu no Irã, em 2003, e matou mais de 31 mil pessoas.
 
No domingo (26), o tremor que chegou a 9.0 graus na escala Richter atingiu vários países como Bangladesh, Índia, Indonésia, Malásia, Maldivas, Mianmar, Sri Lanka, Tailândia, na Ásia, e Somália e Tanzânia, na África, afetados pelas ondas gigantescas que chegaram a dez metros de altura.
 
As mortes foram causadas pelo terremoto e pelos tsunamis [tipo especial de onda oceânica, gerada por distúrbios sísmicos, que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira].
 
Agências humanitárias calculam que os riscos continuam para os sobreviventes, que agora devem enfrentar doenças como malária, febre tifóide, entre outras. A OMS (Organização Mundial de Saúde) disse hoje que teme que as epidemias conseqüentes do terremoto no oceano Índico causem ainda mais mortos do que os tsunamis.
 
Países atingidos
 
O número de mortos ainda é provisório e deve aumentar com o trabalho das equipes de resgate, mas os três países mais atingidos até o momento são a Indonésia, o Sri Lanka e a Índia.
 
Na Índia, o número de mortos é de cerca de 8.500 pessoas.
 
Na Tailândia, o número de mortos chega a 1.516. Ao menos 90 pessoas morreram em Mianmar, segundo balanço provisório. Nas ilhas Maldivas, 55 mortes foram confirmadas até o momento e 68 pessoas são consideradas desaparecidas. Em Bangladesh, duas pessoas morreram em decorrência dos maremotos. Na Somália, cem pessoas morreram e, na Tanzânia, ao menos dez mortes foram confirmadas.
 
Na Malásia, 65 pessoas morreram, incluindo crianças e idosos.
 
Tragédia
 
Segundo o Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, o terremoto foi o quinto maior já registrado desde 1900 e o maior desde o tremor de 9,2 graus na escala Richter que atingiu o Estado do Alasca em 1964. O foco do tremor foi localizado na costa oeste da ilha de Sumatra, a 1.620 km da capital da Indonésia, Jacarta.
 
As ondas causadas pelo terremoto se propagaram pelo oceano Índico e pelo mar de Andaman [entre Índia e Tailândia] e chegaram a dez metros de altura. Milhares de pessoas arrastadas pelas águas ou que estavam no mar são consideradas desaparecidas.
 
Vilarejos de pescadores, hotéis, casas e carros foram varridos pelas ondas, causadas pelo forte terremoto, segundo fontes oficiais ouvidas pela agência de notícias Associated Press.
 
Com agências internacionais
 
Extraído da FOLHAONLINE (www1.folha.uol.com.br)

Número 108_ 21/12/04
Hindus constroem templo em propriedade cristã
 
     ÍNDIA (33º) - Habitantes de uma vila hinduísta construíram um templo no terreno da St John´s Church of England, em Jatni, leste do estado de Orissa, gerando uma disputa sobre os direitos da minoria cristã.
     A igreja de 150 anos situa-se em um terreno outrora pertencente a um membro da igreja, Alfreda Elen Hardy, falecida em 1989, mas sem deixar testamento.
     Seu irmão Gerald Hardy, tornou-se herdeiro natural da propriedade, mas estava satisfeito em deixar nas mãos da própria igreja o terreno, incluindo um outro terreno enorme. A igreja foi construída em um pedaço de terra muito grande.
     Depois da morte de Gerald, parte do terreno foi tomada pela polícia para ser usado como delegacia..
     Depois de algum tempo, a polícia deixou o local sem informar a comunidade cristã. A terra então passou a ser usada pela administração local para seu escritório.
     Em 2002, um templo hindu foi construído numa parte da propriedade a cerca de 50 metros da igreja. Em outubro desse ano, o templo Hanuman Mandir acrescentou uma nova parte junto ao muro da igreja, reivindicando a propriedade como sua.
     O conflito cresceu pelo fato de o templo ser erguido em terra que foi cedida para a igreja, mesmo que a transferência não tenha sido concretizada através dos documentos.
     Entretanto, as diferentes formas de ritos religiosos passam a ser um problema devido a proximidade do templo hindu. Como na maioria, o templo realiza orações arati diariamente, pela manhã e ao final da tarde. Alto-falantes são utilizados nesses cultos, e o sino do templo ecoa constantemente – por talvez 15 a 20 minutos – até que seja encerrada a cerimônia. Esse barulho freqüentemente interfere no louvor que acontece na igreja.
     O templo hindu fica aberto por várias horas durante o dia, dispondo das instalações para um grupo constante de religiosos. Proprietários de terrenos vizinhos também tomaram posse de parte da propriedade para uso próprio.
     A Jatni United Christian Community (JUCC), o braço social da St John´s recentemente enviou uma carta à National Human Rights Commission (NHRC) reclamando da passividade da polícia em relação a tudo isso.
     S. N. Mohanty, secretário da JUCC e consultor da Christian Burial Society em Jatni, disse à CompassDirect, “Devido a passividade da polícia, os cristãos locais inicialmente levantaram esse assunto junto à NHRC no dia 7 de dezembro de 2002, enviando uma reclamação por escrito. Em resposta, a NHRC encaminhou o problema ao responsável por aquele distrito, que por sua vez, transferiu o problema para o superintendente local da polícia.
      “Em seu relatório à NHRC, o superintendente de fato confirmou o entrave sobre tal propriedade. Mas ele não soube dizer se deve ser tomada qualquer ação”. As autoridades da igreja pediram à NHRC para intervir. Eles querem que a administração do distrito expulse os ocupantes ilegais.
     Na carta, a JUCC também solicitou que a propriedade originalmente pertencente à Sra Hardy seja legalmente passada para a St. John´s, que cuidou da Hardy enquanto estava doente, cuidando ainda de seu enterro e ainda cuida de seu jazigo.
     A igreja também espera usar a propriedade para o escritório da Christian Burial Society, que mantém o único local de sepultamento nessa região. Também planejam estabelecer uma casa para idosos e um orfanato.
     De acordo com a lei do país de 1925, quando o falecido não deixa testamento e não possui descendentes diretos ou parentes, a propriedade deve ser igualmente dividida entre os que possuem o grau mais próximo de afetividade. A JUCC reivindica a terra baseada nesta cláusula.
     “Neste caso, a comunidade foi atribuída como tendo o grau mais próximo de afetividade à família Hardy no tempo em que eles mais precisaram de ajuda”, afirma a carta.
      Um advogado cristão que falou à CompassDirect disse que a igreja possui uma base legal muito forte, caso possa provar que a comunidade cristã realmente possua o maior grau de afetividade.
     “Embora sejamos muito incomodados pela construção ilegal do templo hindu em frente a nossa igreja, nós sendo minoria, não podemos levantar o assunto por nossas próprias custas”, disse Purmendu Pattaniaik, secretário de desenvolvimento social da St John Resurrection Society. “Portanto, temos pedimos à NHRC para intervir e resolver o problema. Esperamos que os direitos da comunidade sejam restaurados em breve. Temos vivido em paz e harmonia com os irmãos hindus, e continuaremos a agir de tal modo”.
     O consultor da JUCC disse, “invasão de terra de uma igreja é uma violação dos direitos humanos da comunidade, e cabe às autoridades governamentais intervirem a nosso favor”.
 
Tradução: Fabio Caruso Melo
 
Fonte: Compass Direct
 
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Número 107- 17/12/04
Partido político faz campanha contra minorias religiosas
 
     ÍNDIA (33º) - O BJP, Partido Bharatiya Janata, desesperadamente buscando sua volta ao poder federal na Índia, está retomando sua política antiminoria conhecida como Hindutva ou nacionalismo Hindu. Caso seja implementado, cristãos e muçulmanos poderiam ficar à mercê de extremistas hinduístas.
     Na reunião executiva nacional na semana passada em Haridwar, o BJP reelegeu L. K. Advani para a liderança do partido. Advani já esteve envolvido na justiça por seu envolvimento na destruição de uma mesquita.
     Em um discurso pesado, Advani declarou seu compromisso com seu partido em construir uma Índia Hinduísta e chamou o partido de um “instrumento escolhido do divino”. O colega e ex-premier de Advani, Atal Bihari Vajpayee, endossou a plataforma agressiva.
     Analistas políticos dizem que os planos do BJP em motivar ainda mais o sentimento anticristão e antimuçulmano em toda a nação, é no sentido de impulsionar o desempenho eleitoral nas urnas e manter presença na administração federal.
     “Queremos que nosso adversário fique de sobreaviso”, disse Advani. “Se alguém tentar tomar parte do secularismo e se entregar ao anti-hinduísmo, o BJP irá se preparar para ir até as últimas conseqüências”.
     Recentemente, em um evento nacional no norte do país, o chefe do BJP garantiu aos líderes da Rashtriya Swayamsevak Sansg (RSS), um movimento ideológico, que o partido voltará aos seus valores Hindutva para moldar suas decisões políticas.
     Ao se comprometer com a agenda política de uma “Índia Hindu”, o BJP provavelmente irá lançar campanhas agressivas contra comunidades cristãs e muçulmanas. Líderes cristãos e de outras minorias temem uma nova onda de perseguição junto com linhas de mobilização de massa ideológica, que precederam a destruição da mesquita em Ayodhya em 1992.
     Advani tem chamado a conversão das tribos hindus ao cristianismo como fraudulenta. “Qual o motivo de levantar uma voz contra tais conversões fraudulentas de tribos pobres e outras pessoas indigentes consideradas um ato comunal nesse país?” perguntou ele. “É chegada a hora de proclamar, e proclamar com toda a coragem e convicção, que a Índia é secular principalmente por causa do Hinduísmo. Tire todos os hinduístas e não sobrará nada da Índia”.
     A constituição nacional declara que a Índia é um estado secular, claramente provendo liberdade de propagar qualquer religião ou causa social.
 
Tradução: Fabio Caruso Melo
 
Por Missão Portas Abertas
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Número 106 - 17/12/04
O fundamentalismo, agora islâmico, assalta uma igreja católica em Tamil Nadu
 
     ÍNDIA (33º) - Um grupo de extremistas atacou no dia 3 de dezembro passado a igreja católica de São Francisco de Assis em Mathal, na diocese de Kottar --Estado de Tamil Nadu, no sul da Índia--,danificando o exterior e interior do edifício. Segundo informou o episcopado indiano a "Fides" em 9 de dezembro,um grupo de fanáticos estragou a porta da Igreja, rompeu vidraças e destroçou a imagem de São Francisco da fachada do edifício. No interior da igreja foi encontrada uma bomba -de fabricação caseira- sem explodir. 
     A polícia atribui a responsabilidade do ataque esta vez a grupos fundamentalistas de matriz islâmica -o extremismo hindu origina as agressões que ultimamente se registram contra os cristãos no país-. Dias antes, o pároco e a comunidade receberam ameaças, e nas paredes da igreja apareceram inscrições anticristãs firmadas pelo grupo Byath. Segundo a imprensa local de Tamil Nadu, o grupo reuniu extremistas islâmicos da zona. O pároco, padre Perpetual, manifestou seu estupor a "Fides" pelo ocorrido, porque "na área hindus, muçulmanos e cristãos sempre conviveram pacificamente".
     A igreja de São Francisco celebrou recentemente seu 75.º aniversário. Pela ocasião, o pároco organizou uma "Jornada da harmonia", para promover o diálogo e a amizade entre os crentes de diferentes religiões. Os recentes episódios de fundamentalismo religioso, dos quais foi vítima a comunidade cristã na Índia, provocaram chamados dos bispos ao governo da Federação para pedir maior proteção e intervenção concreta. O Partido do Congresso, atualmente no governo da Índia, declarou através de sua presidente, Sonia Gandhi, que em breve apresentará no Parlamento uma lei para frear a violência inter-religiosa na nação.
     A medida contempla ressarcimento às vítimas, investigações mais ágeis para localizar os responsáveis por ataques contra pessoas ou lugares sagrados e penas mais duras para os culpados. Enquanto isso, o Estado de Chattisgarh foi cenário, em 5 de dezembro, de outro ataque contra os cristãos. Um grupo de rebeldes "Naxali" ateou fogo na igreja de Matha Mary, em Pusnar, na diocese de Jagdalpur. No domingo, um grupo de jovens entrou na igreja e fugiu com livros de cantos e o missal.
      Mais tarde, pelas 21 horas, cerca de vinte pessoas entraram no edifício, espalharam palha no solo e o incendiaram. O bispo local sublinha que a igreja já havia sido atacada dois meses antes: em outubro, um grupo roubou ornamentos e imagens. Também derrubaram as casas de quatro famílias católicas da zona.
      Dom Simon Stock Palathra, bispo de Jagdalpur, denuncia que "a polícia não tomou ainda medidas contra os assaltantes, ainda que se conheça sua identidade", cita "AsiaNews".
     De acordo com o prelado, os "Naxali" perpetram estes ataques "para impedir novas conversões entre os tribais" para o cristianismo ou o hinduismo; pretendem "preservar sua cultura". Os "Naxali" operam na Índia central e afirmam lutar -de forma violenta- pelos direitos dos camponeses que ficaram sem terras. Está presente sobretudo nos Estados de Jharkhand, Chhattisgarh, Madhya Pradesh, Maharashtra e Andhra Pradesh. Dias atrás, 36 tribais convertidos ao cristianismo no povoado de Markabeda, na diocese de Jagdalpur, foram violentamente expulsos da comunidade por parte de um grupo destes rebeldes.
 
Fonte: mundo e missão
 
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Número 103 - 09 de novembro de 2004
 
Bihar: uma terra oprimida por seitas
 
     ÍNDIA (33º) - Bihar está situada na região oriental da Índia com o Reino Himalaio do Nepal. Atualmente, Bihar é lar de mais de 85 milhões de indianos.
     O estado é dotado de uma base de recursos minerais invejável, produtos agrícolas abundantes e tem algumas das indústrias de maior qualidade. Contudo, este opulento estado em termos de recursos naturais e humanos e o segundo mais populoso do país é tardio em aproveitar seus recursos naturais e humanos para o desenvolvimento do estado e seu povo.
     Bihar é, historicamente, conhecida como o “Cemitério das Missões” na Índia. Devido ao desafiador clima espiritual e social, os muitos esforços no passado deram somente frutos escassos.
 
O Contexto Espiritual de Bihar:
     * Bihar é o Local de Origem do Budismo e daqui se espalhou para toda a Ásia. Foi em Bihar que o príncipe Gautam obteve a iluminação, se tornou Buda e estabeleceu a grande religião denominada Budismo. O rei Ashoka, que governava a Índia, tendo Patna como sua capital, enviou monges budistas de Bihar para países do sudeste a fim de difundir o Budismo. Por isso, a religião mundial chamada Budismo tem suas raízes em Bihar.
     * Jainismo e vários outros movimentos tiveram sua significativa história em Bihar.
     * Foi em Bihar, o décimo e o último GURU (líder/mestre) dos Sikhs; o guru Gobind Singh nasceu e obteve a santidade (tornou-se guru) na seita Sikh.
     * Atualmente é a Fortaleza do Hinduísmo e um sistema de castas opressor. A principal religião de Bihar é o Hinduismo e conta com 75%, que inclui tanto crenças ortodoxas como populares. Sitamarhi, localizada no norte de Bihar, é considerada o local de origem de Sita, a esposa do deus hindu Ram. Há milhares de templos e milhões de ídolos encontrados por toda Bihar e, assim, tornando o estado uma fortaleza do Hinduismo.
     * Acima de 12 milhões de muçulmanos denominam Bihar o seu lar.
    * Bihar possui a menor percentagem de cristãos (0.5%), tendo o maior número de Grupos de Pessoas Não-alcançadas. Existem acima de cem grupos de pessoas não-alcançadas em Bihar.
 
Perseguição em Bihar:
     Um grande número de incidentes na última década, consistentemente fizeram parte das manchetes dos jornais. Recentemente, no início de setembro, um pastor missionário e sua esposa foram seqüestrados por fundamentalistas hindus.
     Contudo, notícias de tais incidentes quase nunca são publicadas e as pessoas principais que continuam a sofrer são os evangélicos que estão morando nos vilarejos. Eles não possuem uma rede para informar estes incidentes e, conseqüentemente, as notícias nunca serão publicadas.
     Recentemente, um pastor chamado de B N Singh foi açoitado e forçado a deixar seu vilarejo. Atualmente, ele está expulso de seu lar e enfrentando um momento cada vez mais difícil.
 
Tradução: Daniela Mendonça
 

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Número 102- 09 de novembro de 2004
 
Extremistas hindus dizem que o cristianismo é uma ameaça à cultura indiana
 
     ÍNDIA (33º) - Enquanto a constituição da Índia fornece liberdade religiosa, muitos cristãos que se converteram continuam a encarar discriminação da família, amigos, vizinhos e patrões.
     Alguns hindus dizem que a conversão ao cristianismo é destrutiva para a cultura indiana. Na visão deles, a cultura indiana é tão enraizada no hinduísmo que um não pode existir sem o outro.
     Um membro da equipe da Aliança Evangélica da Índia em Nova Déli, disse à Compass como os amigos e a família reagiram à conversão dele. “No casamento da minha irmã esse ano, eu me recusei a participar de um hawan, uma cerimônia hindu. Isso magoou meus parentes, especialmente meus pais. Então, no aniversário da morte do meu pai, eu não tomei parte na cerimônia hindu usual. Nem amarrei o rakhi para a minha irmã”. De acordo com a tradição hindu, os irmãos amarram o rakhi em torno do pulso de suas irmãs como um sinal de seu compromisso em protegê-las.
     “Mas eu louvo a Deus porque posso ver uma melhora recentemente”, ele acrescentou. “Minha família começou a entender que eu ainda os amo e que sou parte da minha família, apesar de ter uma fé diferente”.
     Entretanto, Swami Dayanand Saraswati, um filósofo hindu eminente e fundador do centro de estudos hindus Arsha Vidya, nos EUA, acredita que toda conversão é um “ato de violência”.
     Em uma carta aberta ao papa João Paulo II em 1999, Swami disse que a conversão poderia, no final das contas, levar à destruição de toda a cultura indiana. “Religião e cultura não são sempre separáveis”, ele escreveu. “Isso é especialmente verdadeiro na tradição religiosa hindu. Por exemplo, a palavra de cumprimento, namaste, é uma expressão de cultura bem como de religião”.
     Ele também se referiu ao bindi, um sinal usado pelas mulheres. “Mesmo que um ... sinal na testa seja puramente religioso, é visto como uma parte integrante da cultura hindu”.
     Swami disse que a cultura sempre se desintegra depois da conversão, “deixando apenas monumentos mortos”. Em outras palavras, alguns cristãos convertidos continuaram seguindo tradições culturais, mas abandonaram o sentido religioso por trás dessas tradições.
     Alguns hindus de altas castas têm a crença errônea de que apenas membros do dalit ou de castas inferiores convertem-se ao cristianismo. Aproximadamente 65 por cento dos cristãos na Índia são dalits, de acordo como estatísticas providenciadas pela Associação de Missões Indianas em 1997. De qualquer forma, os restantes 35 por cento vêm de castas mais altas, ou do estrangeiro. Apesar desse fato, hindus de castas altas geralmente tratam os convertidos cristãos como “intocáveis”, independente de seu estrato social.
     O reverendo Ramesh Pathak, originalmente do estado de Uttar Pradesh, mas agora pastoreando uma igreja metodista em Déli, disse à Compass que sua família, da alta casta brâmane, o rejeitou quando ele se converteu ao cristianismo.
     “Eles disseram que eu trouxe vergonha para minha família a sociedade”, Ramesh disse. “Minha família era tão intolerante à minha nova fé que eles me pediram para sair de casa. Eu não pude voltar para casa até oito anos depois”.
     Antagonismos e mal-entendidos são abastecidos pelo Hindutva, uma filosofia que coloca a Índia como a única terra dos hindus. Organizações tais quais Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), Vishwa Hindu Parishad (VHP) ou Conselho Hindu Mundial) e Bajrang Dal têm trabalhado duro para espalhar essa filosofia pela Índia nos últimos cinco anos.
     Todas essas organizações pertencem a Sangh Parivar, uma “família” de grupos nacionalistas hindus que apóiam a Hindutva. O Shangh também tem uma ala política – o Partido Bharatiya Janata (BJP), o qual foi eleito para o governo em 1998. O BJP então promoveu ativamente a Hindutva, e cultiva uma atmosfera de imunidade que encoraja centenas de incidentes violentos contra cristãos.
     Através dos olhos da Hindutva, o cristianismo é uma religião ocidental, trazida para a Índia sob as leis coloniais britânicas. Sob essa política, os sentimentos antibritânicos, mantidos por muitos hindus, são estendidos a todas a comunidade cristã.
     Infelizmente, muitos cidadãos indianos são ignorantes quanto ao verdadeiro início do cristianismo na Índia. A História ensina que o cristianismo alcançou o país em 52 d.C., quando o apóstolo Tomé chegou na costa sudoeste.
     Nos últimos anos, alguns extremistas hindus têm afirmado que os missionários são parte de uma conspiração internacional para converter e controlar a Índia. Eles apontam o estado Nagaland, ao nordeste, como um exemplo. Os cristãos somam 87 por cento da população de Nagaland; alguns grupos civis desse estado pediram por autonomia, enquanto outros lutam por completa independência do governo indiano.
     Os oponentes ao cristianismo também afirmam que os missionários ocidentais usam suborno material ou a força para converter os pobres e analfabetos.
     Naveen, que se tornou cristão em 1994, disse a Compass: “meu pai, um sustentador do RSS, achava que alguns missionários me davam dinheiro para me converter ao cristianismo. Então ele dizia que eu havia traído a Índia. Primeiro ele me bateu e me mandou parar de ler a bíblia. Então, num dia em 1995, ele disse: ‘seu Jesus ou esta casa – você pode escolher agora’. Eu sai de casa com a roupa do corpo”, ele continuou. “Eu tive que trabalhar como técnico em um ginásio. Eu usava a academia como um quarto e dormia no chão. Diversas vezes tinha que dormir sem comida”.
     Os missionários sempre negaram o uso de suborno e outros meios antiéticos para ganhar novos crentes. Apesar dessas afirmações, cinco estados indianos passaram leis para combater conversões “antiéticas” ou “forçadas”. Madhya Pradesh publicou a primeira e definitiva lei de anticonversão em 1966; Orissa em 1967; Arunachal Pradesh em 1978; Tamil Nadu em outubro de 2002; e, a mais recente, Gujarat, em abril de 2003.
 
Tradução: Cláudia Veloso 
 

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Número 101- 26/10/04
Cristãos discordam da discriminação religiosa nas leis de adoção infantil
 
     ÍNDIA (33º) - Os cristãos na Índia pedem uma revisão profunda e a modificação da lei para adoções, a seu ver injusta e discriminatória. De fato, segundo uma normativa em vigor há mais de um século, somente os hinduístas podem adotar legalmente uma criança, e para os pertencentes a outras religiões, o processo é longo e difícil. Entretanto, existem mais de 44 milhões de menores abandonados e indigentes no país.
     Segundo a antiga lei para adoções, ainda vigente, somente quando a criança é adotada por um casal de hinduístas ela pode obter os mesmos direitos de um filho natural, originário de uma união matrimonial. Ao contrário, se a adoção é efetuada por membros de outras comunidades religiosas (sikh, cristãos, muçulmanos, etc.), ela não é legalizada, mas considerada como uma espécie de "integração", que não se pode transformar em adoção definitiva.
     Neste caso, a criança perde alguns de seus direitos, sofrendo as conseqüências disto. Em especial, com a morte de um dos pais adotivos, a criança não pode avançar direitos hereditários como os filhos naturais. Na década de 70, teve início um movimento para modificar essa lei para Adoções, a fim de criar um procedimento uniforme para todos. O projeto de alteração esteve no Parlamento várias vezes, sem obter uma conclusão positiva.
     Agora, com o novo governo do Congress Party, as minorias religiosas, entre as quais os cristãos, esperam poder obter uma modificação significativa, eliminando os aspectos discriminatórios. O problema verificou-se igualmente para os estrangeiros que querem adotar crianças na Índia. Neste caso, o obstáculo foi contornado da seguinte maneira: o casal obtém na Índia a autorização para a "integração" do menor, e ao retornar em seu país, pede o reconhecimento dos direitos legais da criança.
Fonte: mundo e missão
Por Missão Portas Abertas
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Número 99- 20/10/04
Cristão é reconvertido ao hinduismo depois de morto
 
     ÍNDIA (33º) - Moradores de Orissa desenterraram o corpo de um homem católico enterrado em um cemitério Hindu em 4 de outubro e ceremonialmente o reconverteram ao hinduísmo.
     O incidente aconteceu no vilarejo de Gurandi no distrito de Gajapati, Orissa. De acordo com um artigo do Hindustan Times, o Vishwa Hindu Parishad (VHP ou Conselho Mundial do Hinduísmo) encorajou moradores hindus a se oporem ao funeral de Bala Tulasiga, um convertido ao catolicismo de 35 anos, na área de cremação hindu.
     Após o funeral, membros do VHP convenceram a família de Tulasiga a desenterrar o corpo e submetê-lo a uma cerimônia de reconversão, na qual a mulher, a mãe e o irmão do finado também foram reconvertidos. O corpo foi então enterrado novamente, agora com rituais funerários hindus.
     O sub-inspetor B.K. Nayak da polícia de Gurandi falou a Compass, “Quando Tulasiga morreu, seu irmão Harish Chandra Rao o enterrou em uma área hindu. Os moradores se opuseram, e quando o presidente do VHP distrital, Purna Chandra Mohapatra, ouviu sobre isso, ele interveio como líder dos moradores Hindus.
     “Os Hindus pediram que Harish Chandra removesse o caixão porque o corpo era de um cristão e deveria ser enterrado em um cemitério cristão.”
     Quando perguntado se a família havia se reconvertido a força, Nayak respondeu, “Os membros da família do finado escreveram uma carta ao presidente distrital do VHP e também mandaram uma cópia para a polícia. Eles disseram que queriam trazer a pessoa morta de volta ao hinduísmo, e que eles mesmos queriam se reconverter.”
     “Nenhum informe foi liberado pelos hindus ou cristãos, mas nós estamos observando a situação.”
      O presidente distrital do VHP, Mohapatra, disse aos repórteres do Hindustan Times, “Existe perigo iminente de confrontos entre ambos os grupos envolvidos na disputa do funeral. Eu intervim para resolver o problema amigavelmente.”
     No entanto, líderes cristãos disseram que o VHP forçou a família cristã a se reconverter, pressionando os outros moradores do local. As quatro ou cinco famílias cristãs do vilarejo estão em desvantagem porque não existe um cemitério cristão disponível para eles.
     O Rev. Dr. Babu Joseph, porta voz da Conferência dos Bispos Católicos da Índia, disse a Compass que ele estava extremamente consternado com o fato de que a família cristã foi forçada a desenterrar uma sepultura, retirar o caixão e fazer os últimos rituais de acordo com os costumes hindus.
     “Cemitérios cristãos em áreas tribais são distantes e os meios de transporte são inexistentes” ele acrescentou.
     Joseph também expressou sua preocupação com o crescimento da intolerância religiosa. “Este é um problema sério em uma sociedade que sempre respeitou e valorizou a pluralidade religiosa. Todas as comunidades devem expressar sua preocupação.”
     O Rev. Dr. D.B. Hrudaya, secretário geral da seção local do Conselho Cristão da Índia, disse que os cristãos já haviam usado a área de cremação hindu em outras ocasiões, “mas desta vez os moradores do vilarejo se opuseram ao funeral instigados pelo VHP.”
     “As famílias cristãs de Gurandi estão sem ajuda porque o cemitério cristão mais próximo é em Parkhemundi, a capital do distrito de Gajapati, que fica a 22 quilômetros do vilarejo.”
     Augustine, um membro da Comissão Nacional para as Minorias, condenou o incidente “porque este é um caso de conversão forçada, que é ilegal e prejudicial para a sociedade.”
     O Rev. Richard Howell, secretário geral do Conselho Evangélico da Índia, disse que a reconversão de um homem morto mostrou a completa ignorância de alguns extremistas com relação ao verdadeiro significado da conversão.
     “É ridícula a tentativa de converter um homem morto de volta ao hinduísmo,” declarou ele a Compass. “Uma conversão como essa nunca será válida. A questão da salvação é resolvida em vida. Por exemplo, a Bíblia ensina em Hebreus 9:27 que um homem vive uma única vez e depois segue o juízo.”
     Enquanto isso, um artigo do Hindustan Times de 7 de outubro relatou que ativistas hindus organizaram outra cerimônia de reconversão em massa, desta vez para os vivos, no distrito de Mayurbhanj em 20 de outubro. A reportagem dizia, “Seis membros de uma família cristã concordaram em mudar de religião.”
      Estas cerimônias fazem parte de uma nova campanha de ativistas hindus para deter as conversões cristãs, particularmente em áreas tribais. Um evento similar organizado pelo VHP em Mayurbhanj em 19 de setembro, levou a simbólica reconversão de 75 cristãos tribais.
     No entanto, líderes cristãos comentando o incidente de setembro disseram que o VHP alcançou cristãos nominais que não freqüentavam os cultos da igreja.
Tradução: Cláudia Veloso
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Número 98 - 14 de outubro de 2004
 
Morte de padre católico é resultado de ritual hindu

     ÍNDIA (33º) - Cristãos em Kerala alegam que um ritual em um templo hindu levou ao assassinato do padre Job Chittilapilly, nascido na Síria.
     O padre, de 71 anos, foi brutalmente assassinado no dia 28 de agosto, dia do festival da colheita anual de Onam em Kerala. Seu corpo, esfaqueado em quatro regiões, foi encontrado às seis da manhã em um distrito da Igreja Mãe da Graça, no bairro de Thrissur, em Kerala.
     Shiby Anvadab, da sexta paroquial, viu o padre da igreja às cinco da manhã, cuidando de seu rosário. O padre tinha marcado de celebrar um culto especial às seis da manhã.
     Ambadan saudou-o e pegou as chaves da igreja. Ele então ligou o sistema de som da igreja antes da cerimônia. Às seis e quinze, Ambadan mandou um empregado da igreja procurar o padre. O empregado encontrou o Padre Job deitado na varanda coberto de sangue.
     A polícia prontamente descartou a hipótese de assalto, já que a sua corrente de ouro e seu dinheiro estavam lá. Os que sabiam que o padre não tinha inimigos, descartaram a hipótese de vingança.
     No dia sete de setembro, a polícia prendeu Panthalkoottam Raghu Kumar como suspeito. Kumar, conhecido localmente como drogado, foi anteriormente acusado de estar envolvido no assassinato de um ativista do Partido Cristão, em 1995. Ele também tinha relações próximas ao nacionalista hindu da ala direita, Bharatiya Janata, e seu militante afiliado, Rashtriya Swayamsevak Sangh.
     Ambas organizações estiveram envolvidas em ataques violentos contra cristãos.
     No dia oito de setembro, uma multidão enfurecida impediu a polícia de entrar na igreja para levantar provas, acusando-os de prender um bode expiatório como forma de escudo para os verdadeiros assassinos.
     De acordo com relatórios ao Ásia News, as provas sugerem que o assassinato foi o resultado direto da intriga no templo local de Veluppilakavu, situado perto da igreja.
     O reverendo Mar Jacob Thoomkuzhy, arcebispo de Thrissur, explicou à mídia local que o templo foi abandonado vinte anos depois do assassinato do líder hindu. Dois anos atrás, um grupo de ativistas hindus se voluntariaram para renovar o templo. O grupo incluía um sacerdote hindu que dirigiria as cerimônias e Raghu Kumar, que mais tarde seria preso por ser suspeito do assassinato do Padre Job.
     De acordo com fontes locais, um ritual astrológico em Veluppillakavu em agosto revelou que o templo estava sofrendo devido ao funcionamento da igreja ao lado. O padre disse aos adeptos do Hindu que a alma do líder hindu morto há vinte anos somente concordaria com a paz se um padre não-hindu fosse morto. O padre Job foi assassinato não muito depois disso.
     Mr. T. K. Paul, um paroquial que freqüentava diariamente a missa na igreja, disse que o padre era conhecido por ser evangelizador de porta em porta. O padre tinha servido à comunidade assiduamente por quarenta e cinco anos. Entretanto, líderes hindus recentemente o alertaram para que parasse com essas visitas evangelísticas que ele fazia entre as castas mais baixas.
     No dia nove de setembro, duas semanas depois do assassinato, milhares de cristãos de várias denominações em Kerala se juntaram numa marcha em protesto, clamando para que fosse feita uma investigação sobre a morte do padre.
     Monsignor Sebastian Eezhekkadan, vigário geral da diocese, e a Conferência dos Bispos Católicos da Índia (CBCI), pediram à agência de inteligência do país para que fosse feita uma investigação.
     O secretário geral da CBCI, bispo Percival Fernandez, disse que ações rigorosas contra os assassinos mandaria o "sinal certo" para os que se curvaram para as comunidades extremistas na Índia. "Os cristãos em Kerala vivem em paz e harmonia há séculos", disse ele.

Tradução: Fabio Caruso Melo


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Número 96 - 6/10/04
Missionários seqüestrados e ameaçados de morte
      ÍNDIA (33º) - No dia 09 de setembro, um grupo anti-cristão do estado indiano de Bihar capturou, espancou e ameaçou de morte missionários nacionais da missão Evangelho Para a Ásia (EPA). Entre eles estava o pastor Manrathan, sua esposa e a irmã Sarita.
     Este grupo anti-cristão é o mesmo que queimou vivo o missionário Graham Staines e seus dois filhos em Orissa, alguns anos atrás. Nos últimos anos, alguns missionários nacionais da missão EPA servindo na Índia foram brutalmente assassinados por compartilharem sua fé.
     A vila do pastor Manrathan é um local muito perigoso para obreiros cristãos. No entanto, Deus tem abençoado sua coragem e ministério. Eles recentemente implantaram uma igreja nesta área remota do norte da Índia. Há algumas semanas atrás, o pastor Manrathan conduzia um culto onde novos convertidos declararam publicamente sua fé em Cristo. Foi um momento muito importante para a congregação. Um novo convertido, pertencente a uma tribo local, renunciou sua antiga fé publicamente, deixando tudo pelo Senhor.
     Este acontecimento foi levado ao conhecimento de toda a vila por seus vizinhos que não aceitaram sua conversão. Rapidamente, esta notícia se espalhou pela seis vilas vizinhas. Logo uma multidão de aproximadamente quatrocentas pessoas destas seis vilas se dirigiu a pequena congregação dos novos convertidos confrontando-os e perguntando porque estavam mudando de religião. Após acusarem o pastor Manrathan de enganar e forçar as pessoas e se tornarem cristãs, a multidão começou a bater em todos. O pastor Manrathan, sua esposa e a irmã Sarita foram levados e amarrados a uma árvore sagrada onde seriam queimados se um resgate de 25.000 rúpias (quantia exorbitante) não fosse pago em 48horas. Ninguém podia sair da vila, para não ouvirem os gritos durante o espancamento.
     No dia seguinte, aconteceu uma mudança milagrosa dos acontecimentos. Os três missionários foram libertados. Enquanto o povo de Deus orava ao redor do mundo por esta grave situação, dezessete pastores da missão Evangelho para Ásia se juntaram e foram se encontrar com os líderes do grupo anti-cristão que mantinha os missionários presos. Os pastores apelaram a cada membro do grupo individualmente e a todo o grupo, confiando que Deus iria intervir em seu favor.
     Inicialmente, os pastores foram recebidos com ódio e ameaças, mas milagrosamente as tensões desapareceram. Depois de alguns avisos, o grupo deixou os missionários irem embora. Foi quase uma repetição do incidente de Atos 4, quando os pastores viram diante de seus olhos como o Senhor sobrenaturalmente mudou o coração dos inimigos.
     Depois de enfrentar tamanha perseguição, o pastor Manrathan declarou “Agora eu acredito mais do que nunca que o Senhor está comigo em todos os momentos. Deus me salvou da morte e Ele sempre me protegerá”. Esta região da Índia é muito carente do Evangelho, o que faz com que o pastor Manrathan diga “Eu nunca abandonarei meu ministério. Quando a situação se acalmar na vila, voltarei para trabalhar no mesmo lugar”.
     Após este final milagroso, os missionários agradecem àqueles que oraram por eles “Nós gostaríamos de dizer para todos que oraram por nós que por causa de suas orações, nós fomos libertados. Gostaríamos de agradecer a todos do fundo do nosso coração”.
Tradução: Cláudia Veloso
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Número 95 - 04/10/ 04 Cristãos tribais voltam ao hinduismo ÍNDIA (33º) - O Conselho Hindu Mundial anunciou a "reconversão" de 75 cristãos tribais no distrito de Mayurbhanj, no estado oriental de Orissa, em 19 de setembro. A reconversão aconteceu no vilarejo de Sarat, a 65 km de Baripada, onde está localizada a casa do missionário australiano martirizado Graham Staines e de sua esposa Gladys. O principal jornal nacional diário, Hindustan Times, informou que cristãos de 35 famílias retornaram para o Hinduismo em uma cerimônia organizada pelo Conselho Hindu Mundial conhecido, localmente, como Vishwa Hindu Parishad (VHP). Durante a cerimônia, um ritual de purificação de alma ou um atmashudhi yagna foi realizado em um templo hindu, após as faixas de cabeça amarelas terem sido borrifadas com água sagrada e distribuídas entre os novos convertidos. Gauri Prasad Rath, o secretário estadual do VHP e membro do Parlamento do partido hindu nacionalista Bharatiya Janata (PBJ), presidiu a cerimônia. Ele foi convidado por Pratap Sarangi, um convocador estatal do Bajrang Dal -- uma organização hindu jovem radical -- e várias outros líderes hindus-chave. Ao falar em nome do VHP, Rath disse aos repórteres do jornal Hindustan Times que, "seria errado descrever este ato como reconversão. Nós, contudo, o chamamos de `regresso ao lar´". Um dos cristãos que participou da cerimônia contou aos repórteres que, "Nós fomos banidos de nossos vilarejos após termos nos envolvido com o cristianismo. Nós não éramos convidados para irmos às cerimônias sociais e as pessoas não vinham às nossas reuniões. É por isso que decidimos retornar ao hinduismo". Contudo, líderes cristãos em Orissa afirmam que a maioria dos membros da igreja tem uma fé firme, apesar da oposição social. Eles declaram que o VHP tem como alvo os cristãos nominais que são facilmente influenciados. O reverendo Dr. D.B. Hruday, secretário general da seção local do Conselho Cristão de Toda a Índia (CCTI) e presidente da Igreja do Povo de Orissa, contou à Compass que, "O VHP `converteu novamente´ somente aqueles que foram curados pelas orações de cristãos, mas não abandonaram seu estilo de vida anterior - ou aqueles que se tornaram cristãos, mas desistiram de freqüentar a igreja há muito tempo". Um funcionário da Igreja Evangélica em Mayurbhanj concordou: "Aqueles que, supostamente, converteram-se novamente são de famílias que não freqüentavam a igreja há muito tempo ou que nunca adotaram, em primeiro lugar, o Cristianismo". Hruday afirmou que o VHP e sua organização-irmã, a Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), recentemente lançaram uma nova pressão de reconversão em Orissa, enfocando, principalmente, os distritos de Mayurbhang e Phulbani. "Em Mayurbhanj, eles estão aderindo a estes programas de reconversão, mas, em Phulbani, eles estão, agressivamente, ameaçando cristãos e destruindo igrejas", explicou ele. Segundo Hruday, o VHP e a RSS, também, estabeleceram centros de alfabetização em Orissa, que desempenhou a função de centros de reconversão. Os professores nos centros receberam 200 rupees ($4 dólares) por mês para bater nas portas e procurar cristãos que não estavam freqüentando cultos nas igrejas. Então, cristãos foram ameaçados caso não retornassem ao Hinduismo. Por exemplo, foram-lhes informados que suas cotas tribais seriam canceladas e seus empregos perdidos. A Constituição Indiana fornece uma cota de admissões na faculdade e trabalhos governamentais para Tribos Registradas que, historicamente, sofreram pobreza e discriminação. O governo, também, fornece empréstimos e outras doações para melhorar os padrões de vida geral destas tribos. Contudo, o sistema de cotas se aplica somente aos hindus. Se um membro de uma Tribo Registrada, oficialmente, declarar sua fé em Jesus Cristo, ele ou ela não mais tem o direito a estes benefícios. O monsenhor Lucas Kerketta, bispo do distrito de Sambalpur, em Orissa, acredita que a igreja deva trabalhar mais arduamente para evitar que as pessoas retornem ao Hinduismo. "Para lutarmos contra estas reconversões em Orissa, devemos educar o povo tribal para que eles possam entender seus direitos", afirmou ele. Tradução: Daniela Mendonça Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br

Número 94- 01 de outubro de 2004
Quinze milhões de indianos poderão ler a "Bíblia da criança" em asamês
ÍNDIA (33º) - O maior projeto de "Ajuda à Igreja que Sofre", a Bíblia da Criança "Deus fala a seus filhos", foi publicado em assamês, língua nativa de cerca de 15 milhões de habitantes dos Estados de Assam e Meghalaya (noroeste da Índia). A primeira edição alcança uma tiragem de seis mil exemplares, os quais serão distribuídos entre os de língua asamesa. Ao final do ano passado, o volume já havia sido traduzido em 141 idiomas.
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Número 92 Edição de terça-feira, 10 de agosto de 2004
Pastor foi liberado sob fiança ÍNDIA (33º)
- O pastor Subas Samal, da cidade de Kilipal no estado de Orissa, Índia, e seu ajudante, Dhaneshwar Kandi, foram libertados sob fiança em 14 de julho, após passarem mais de seis semanas na prisão devido a uma alegação de violação da lei estadual anticonversão. Presos em 29 de maio, Samal e Kandi foram acusados de “conversão por indução” pelo Ato de Liberdade Religiosa de Orissa (ALRO). Muitas outras acusações foram levantadas contra eles pelos hindus da sua cidade. O juiz A.S. Naidu concedeu fiança condicional para os acusados em 10 de julho, abrindo caminho para a liberação dos presos. “Na cadeia, eu fui insultado por outros prisioneiros porque falavam que eu convertia pessoas de classes econômicas e sociais mais baixas oferecendo-lhes dinheiro”, contou Samal a Compass. Ele disse que até alguns funcionários da prisão o ridicularizavam. “Todas as acusações contra mim são falsas e fabricadas”, ele acrescentou. “Eu trabalhei nos últimos dez anos na cidade e nenhuma pessoa que assistia meus encontros de oração e confraternização reclamou sobre nenhuma promessa ou pressão da minha parte. No entanto, alguns dos parentes daqueles que aceitaram o cristianismo levantaram acusações contra mim e outros”. “Nós estamos muito felizes, pois o Pastor Samal e Dhaneshwar Kandi tiveram sua liberdade sob fiança concedida e eles estão soltos”, disse o Rev. Sonathan Mohanty, pastor da Igreja em Monte Zion em Bhubaneswar. “Agora, nós estamos procurando por ‘patrocinadores para a fiança’ das cinco mulheres cristãs que também foram acusadas junto com eles”. Em 19 de fevereiro, cidadãos hindus rasparam as cabeças de Samal e de seis mulheres cristãs a força para marcar sua “reconversão” ao hinduísmo. Seis cidadãos hindus foram presos por estarem envolvidos no incidente em 3 de maio, causando a prisão de Samal e Kandi como retaliação. A Suprema Corte de Orissa concedeu fiança antecipada para as mulheres cristãs em 1 de junho, desse modo impedindo sua prisão. No entanto, o magistrado da Corte insistiu em estudar cuidadosamente os arquivos do caso de Samal e Kandi antes de conceder o apelo para sua fiança porque o caso deles foi o primeiro sob acusação da lei estadual de anticonversão. O advogado da Suprema Corte de Orissa, Bibhu Prasad Tripathi, está defendendo os acusados cristãos. “O pastor Samal e Kandi receberam fiança condicional”, disse Tripathi. “A ordem da corte diz que eles não podem se envolver em nenhuma atividade criminosa ou similar, e devem comparecer na polícia todos os sábados às 8h30 durante dois meses, se eles não obedecerem sua fiança será cancelada imediatamente”. Após o incidente de 10 de fevereiro, as mulheres que tiveram suas cabeças raspadas a força fugiram de Kilipal com seus familiares e procuraram abrigo temporário na Igreja em Monte Zion em Bhubaneswar, a capital do estado. Os cristãos de lá disseram que a atmosfera na cidade de Kilipal não está mais tensa e esperam que Samal, Kandi e as mulheres cristãs voltem para suas casas em 10 ou 12 dias. “Nós estamos planejando enviar as vítimas de volta para a cidade, pois a atmosfera em Kilipal parece menos tensa agora”, disse Mohanty. “No entanto, nós não sabemos em que condições estão suas casas e se reformas serão necessárias”, ele acrescentou. “E eles precisam de dinheiro para suas despesas, pois não tiveram trabalho quando estiveram temporariamente em Bhubaneswar”. Mohanty também disse que depois que as vítimas voltarem para Kilipal, elas querem negociar uma solução pacífica para o conflito entre cristãos e hindus na cidade. Enquanto isso, Samal e Kandi disseram que eles estão crescendo em sua fé cristã, apesar do sofrimento pelo qual passaram. “Eu não seria capaz de enfrentar tudo isso por um amigo ou parente, mas porque o Senhor Jesus sofreu por mim muito mais do que aquilo que eu vou passar, eu estou pronto para sofrer por Ele”, disse Samal. “Minha fé cresceu depois do que sofri por Jesus”, acrescentou Kandi. “Eu sempre estarei disposto a sofrer por Cristo que sofreu por mim”.
Tradução: Cláudia Veloso Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br
Número 91 -  Edição de quarta-feira, 04 de agosto de 2004
Missionários seqüestrados são libertos na Índia
 
     Índia (MNN) – Apesar de o partido do Congresso na Índia dar aos cristãos esperança para a liberdade religiosa para os próximos cinco anos, a realidade é que os hindus radicais continuam a restringir esta liberdade. Isto foi evidente quando há algumas semanas passadas, cinco missionários da Gospel for Ásia (Evangelho para Ásia) foram seqüestrados no Estado de Karnataka.
     O presidente de Gospel for Ásia, KP Yohannan, diz, "Cinco de nossos missionários foram seqüestrados por um grupo extremista fundamentalista anticristão e nós estávamos realmente preocupados com o que poderia acontecer a eles."
     Yohannan diz que estes extremistas hindus estão usando métodos diferentes para seus ataques. "Visto que eles não podem atacar diretamente os trabalhadores cristãos," diz Yohannan, "eles estão buscando agora uma nova maneira para perseguir nossos missionários, acusando os de roubarem coisas, causando agitação ou outras coisas mais. Este era o disfarce que usaram para seqüestrar estes cinco missionários."
     Eles foram espancados severamente. Entretanto, Yohannan diz que há uma boa notícia. "Nós acabamos de receber a notícia que a polícia interviu e estes irmãos foram libertos," ele diz.
     Apesar de a polícia local ter se envolvido na solução do caso, eles não estão dando muita ajuda depois disto. Yohannan diz, "Agora eu soube que os oficiais da polícia estão dizendo para nossos missionários que eles devem deixar esta comunidade que estão trabalhando. Eles estão dizendo: ‘para sua própria segurança, por favor, deixem este lugar.’"
     Os crentes disseram à polícia que perdoaram seus seqüestradores no nome de Jesus e eles não querem registrar acusações. Orem para que esta resposta seja um testemunho para estes hindus que querem impedir o trabalho cristão.
     Yohannan diz que muitos povos indianos estão com fome do Evangelho. Por isto, Gospel for Ásia está imprimindo Bíblias. "Nós precisamos inundar a Índia com a palavra de Deus. Uma de nossas grandes necessidades agora é produzir ao menos 10 a 15 milhões de Bíblias em todas as línguas principais. Nós temos duas imprensas que estão funcionando em tempo integral. Custa apenas $1 (dólar) para produzir quatro Novos Testamentos e aproximadamente $2 (dólares) para produzir a Bíblia toda,” diz Yohannan.

Por Mission Network News e Gospel for Asia (http://mnn.gospelcom.net) – tradução livre e adaptada 

Nr. 90 - 28/7/04 : www.portasabertas.org.br Corpo de uma cristã foi desenterrado por hindus
 
     ÍNDIA (33º) - O coordenador da obra da missão OM (Operação de Mobilização), em Chandigarh, Madhu Chandra, recorreu ao Conselho Cristão da Índia para avaliar o caso de um corpo de uma cristã que foi retirado do cemitério em Manipur, Índia.
     Numa manhã da semana passada, o Reverendo N Debenedra Singh, chamou Chandra dizendo que o cadáver de uma mulher foi retirado de um túmulo por hindus. Trata-se do corpo da mãe do pastor Amuba, da vila de Patsoi em Manipur, morta no dia 13 de julho de 2004.
     Existem somente 25 cristãos nesta vila. Os habitantes compraram um cemitério com a documentação própria para ser usado como cemitério da igreja. Quando o corpo estava pronto para ser enterrado, muitos não cristãos ficaram contra, dizendo que não era permitido cemitério cristão naquele local.
     “O proprietário original também alterou sua versão dos eventos, dizendo que a terra foi vendida para a igreja para construir um parque, e não um cemitério”, disse Chandra.
     Depois do culto fúnebre, os habitantes da vila removeram o cadáver em direção à casa do pastor, como um alerta para as famílias cristãs. O reverendo Singh e outros líderes cristãos enterraram outra vez o corpo depois de dois dias, em outro cemitério.
     “O reverendo registrou o caso com a polícia para trazer os responsáveis por esse ato inconstitucional. A polícia não tomou nenhuma atitude. Portanto eu recorro ao Conselho Cristão da Índia e às organizações de direitos humanos em relação a esta situação”, disse Chandra.
 
Tradução: Fabio Caruso Melo

Número 89 - 22/7/04
 
Extremistas hindus seqüestram esposa de pastor
 
     Extremistas hindus, que seqüestraram a esposa de um pastor cristão na cidade de Gujarat, ainda a mantêm em cativeiro seis semanas após o crime. A polícia local recusou-se a tentar qualquer recurso para encontrar Manulaben Dinana, de 23 anos de idade, ou a interrogar os seqüestradores identificados por várias testemunhas oculares.
     Manulaben Dinana é esposa do Pastor Dharmesh Ninama, um missionário da Assembléia de Deus no distrito de Dahod, em Gujarat. Ele próprio foi atacado e seqüestrado no dia 29 de maio enquanto comprava verduras no mercado local.
     Naquele dia, bem cedo, o Pastor Ninama tinha ido pregar na capital Ahmedabad. Ao chegar em casa, dois dias depois, veio a saber que sua esposa estava desaparecida.
     Quando ele, desesperado, apresentou queixa às autoridades policiais locais, foi aconselhado a procurar sua esposa entre amigos e parentes. Essa foi a atitude dos policiais, apesar de o Pastor Ninama ter a seu favor muitos relatos de pessoas do local que testemunharam que tinham visto sua esposa ser seqüestrada no mercado da cidade.
     As testemunhas identificaram dez homens envolvidos no ataque e no seqüestro. São membros de uma gangue local que, segundo dizem, tem como líder Devjibhai Hirabhai Pargi. As pessoas do local explicaram à Compass que essa gangue tem uma atuação muito ativa como membros da Vishwa Hindu Parishad (VHP) e da Bajrand Dal, duas organizações hindus extremistas, as quais também têm aliados na assembléia legislativa local.
     Testemunhas oculares relataram que Pargi estava embriagado e dava golpes de espada no ar no momento do ataque. Seus homens procuraram Dinana e a atacaram deliberadamente, arrancando seus brincos e colares de ouro. Quando algumas pessoas que estavam próximas protestaram, eles a arrastaram à força para fora do mercado.
     O próprio Pastor Ninama já sofreu dois ataques desse grupo, a primeira vez em 2002, e novamente em 2003.
     Ele é o primeiro missionário cristão que se arriscou a pregar abertamente nessa área. Comentário feito por alguém do local, "As pessoas observam este homem estranho com curiosidade e ele é conhecido por causa de sua fé cristã".
     Como a polícia nada pôde fazer para investigar o caso, o Pastor Ninama e seus parentes visitaram as casas dos seqüestradores à procura de Dinana. Finalmente a encontraram amarrada em um dos quartos da casa de um dos homens de Pargi, Shankarbhai Hirabhai Maal.
     No entanto, antes que eles pudessem resgatá-la, cerca de dez homens do grupo de Pargi se amotinaram e atacaram o Pastor Ninama e as pessoas que estavam com ele, batendo neles. Depois de apanharem violentamente, a maior partes dos que estavam com Ninama conseguiram escapar, embora um de seus parentes, Dhanjibhai Mahida, tenha sido mantido em cativeiro e apanhou novamente. No momento, impossibilitado de caminhar, Mahida ainda está sendo submetido a tratamento.
     No momento em que a polícia chegou, os seqüestradores tinham desaparecido do local com Dinana.
     "Três policiais chegaram ao local tarde demais, cerca de uma hora depois", disse o Pastor Ninama à Compass. "Eu implorei a eles que procurassem pelo bairro. Mas eles se recusaram e foram embora sem executar qualquer operação de busca".
     O Pastor Ninama voltou à delegacia de polícia no dia seguinte para solicitar nova ajuda e, em sua presença, o Inspetor Gohil Shankar telefonou para os seqüestradores e pediu que soltassem Dinana. Informou ao pastor que sua esposa estaria de volta "em breve".
     Todavia, até o momento nenhuma outra providência foi tomada. O Pastor Ninama tem ido à delegacia de polícia regularmente nos últimos quarenta dias implorando ajuda, porém tem sido em vão.
     Samson Christian, secretário do Conselho Cristão Toda a Índia no noroeste da Índia, acha repugnante a forma com que esse caso tem sido tratado. "Dá para acreditar nisso?" disse ele. "Uma mulher seqüestrada no dia 20 de maio ainda não foi localizada pela polícia, quando todos nós, inclusive a polícia, sabemos quem são os responsáveis pelo seqüestro".
     Os membros do Conselho Cristão apelaram para as autoridades estaduais. Depois disso, os oficiais da polícia de Fatehpura finalmente registraram um primeiro boletim de ocorrência no dia 12 de junho, com acusações de seqüestro e estupro contra o acusado.
     Porém, "as tentativas indiferentes da polícia de salvar a pobre mulher não trarão resultado algum", disse Samson Christian.
     O Conselho Cristão lançou uma campanha para encontrar Dinana, numa tentativa de mobilizar o Diretor Geral de Polícia de Gujarat, a Comissão Estadual de Direitos Humanos e a Comissão Estadual de Mulheres. No entanto, até o momento, os três grupos têm ignorado os apelos feitos em favor de Dinana.
     O Conselho Cristão Toda a Índia acredita que isto se deve, pelo menos em parte, ao fato de que Dinana é uma cristã que mora em um estado ainda controlado pelo Partido pró-Hindu.
 
Tradução: Daila Fanny
 
 
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Número 88 -  Edição de sábado, 17 de julho de 2004
Pelo menos 89 crianças morreram queimadas em Escola na Índia
 
     Um terrível incêndio no Estado de Tamil Nadu pôs fim, de maneira trágica à vida de pelo menos 89 crianças, entre sete e nove anos de idade. Outras 18 crianças estão internadas em estado grave.
     O incêndio aconteceu numa escola particular na cidade de Kumbakonam, conhecida pelos seus templos (hindus). Estudavam na escola mais de 900 crianças, mas no momento do incêndio, cerca de 870 crianças estavam presentes.
     Localizada na estreita rua Kasirman, a Escola “Saraswati English Medium School”, parecia não ter apropriada ventilação. O prédio da escola consiste de dois blocos que foram unidos. O primeiro bloco tem quatro andares, onde as funcionavam as classes secundárias. No bloco menor em anexo, em cima do primeiro andar, onde estava à cozinha, funcionavam as classes primárias com mais de 193 crianças, com idade entre sete e nove anos.
     O fogo teria começado na cozinha, no primeiro andar do prédio, onde estava sendo preparada à refeição para os alunos e rapidamente se espalhou pela cobertura de bambu e palha, atingindo o segundo andar, que também tinha o mesmo tipo de cobertura .
     Algumas pessoas disseram que a porta que dava acesso ao segundo andar da escola teria sido trancada pelo segurança da escola, pouco antes de fugir. De qualquer maneira a escadaria estreita que descia e dava acesso à única porta de entrada e saída, era muito estreita que a maioria das crianças não conseguiria escapar.
    O fogo se espalhou rapidamente pela cobertura de bambu e palha que acabou desabando impedindo também a fuga das crianças. Todas as janelas possuíam grades o que dificultou a tentativa desesperada de salvamento.
     A polícia informou que possivelmente o número de crianças mortas teria sido alto devido a uma professora ter dito para as crianças permanecerem sentadas nos seus lugares visto que o incêndio era pequeno.
    Numa investigação preliminar do Corpo de Bombeiros, as portas e janelas fechadas da escola causaram sufocamento. “O prédio verdadeiramente se tornou em uma fornalha e torrou as crianças vivas” disse um alto oficial dos Bombeiros.
     As imagens de pais chorando em desespero, tentando identificar seus filhos em meio a dezenas de pequenos corpos carbonizados eram terríveis. Em uma das imagens um pai carregava desesperado seu filho nos braços, completamente carbonizado. As imagens eram realmente chocantes.
     O diretor da escola e outros quatro funcionários foram presos pelo crime de omissão e negligência. Um único professor foi hospitalizado, outros segundo testemunhas, teriam fugido quando começou o fogo deixando as crianças sem nenhuma assistência. Também o prédio não oferecia nenhuma condição para uma escola. Numa escola de 870 alunos, havia somente uma porta estreita para entrada e saída. Não havia playground onde as crianças pudessem brincar, nem ao menos uma saída de emergência.
     Orem pelos pais que perderam seus filhos nesta tragédia; Orem pelas crianças que estão hospitalizadas, algumas em estado grave; Orem pela situação das crianças na Índia; Orem, orem e orem pela Índia.
 
Fontes pesquisadas: NDTV e The Telegragh.

Número 87 _  Edição de sexta-feira, 16 de julho de 2004 _ Briga entre católico e hindu causa violência
 
     ÍNDIA (33º) - Atos de violência tiveram início no dia 16 de junho entre aldeões hindus e católicos em uma pequena vila em Maharashtra, na Índia. O incidente aconteceu quando um membro da paróquia católica romana estapeou o filho de Anant Tari, um aldeão que pertence ao grupo extremista hindu Vishwa Hindu Parishad (VHP).
     Simon Fernandes, um membro do conselho paroquial, disse a repórteres que ele batera no jovem hindu apenas depois de o jovem ter “abusado e ameaçado” um leigo católico por não permitir a ampliação do caminho em frente à igreja, para uso público.
     Dois dias depois do ocorrido, um grupo de hindus comandou um ataque contra os membros da igreja católica. “Um grupo de vinte hindus me atacaram, acertando-me por inteiro e mordendo meus dedos até sangrarem”, Fernandes disse. Quinze católicos, que vieram socorre-lo, também receberam pancadas.
     Dois membros da paróquia São Pedro ainda se recuperam das fraturas ósseas. Falando de seu leito no hospital, Fernandes disse ter coberto sua cabeça com ambas as mãos em um vão esforço de proteger-se.
     Policiais prenderam quinze pessoas depois da violência, dentre as quais, treze católicos. Os presos foram mantidos sob custódia da polícia por um dia e soltos, avisados para não causarem mais problemas.
     Narayan Rane, primeiro ministro de Maharashtra, e agora líder da oposição na assembléia do estado, encabeçou uma reunião pedindo por paz, no dia 28 de junho. Ele disse que hindus e cristãos têm co-existido pacificamente na vila de Devbag por séculos. “Essa é a primeira vez em que surge um confronto entre eles e por um motivo tão insignificante”, ele falou.
     O padre Andrew de Mello, de uma paróquia vizinha, disse que fundamentalistas hindus têm usado a questão para “estimular tensão comunal, pela primeira vez, na vila”.
     Simon Fernandes falou que a retaliação foi “bem planejada”, uma vez que ela aconteceu dois dias depois que o jovem hindu foi estapeado.
     O clima na vila de Devbag permanece tenso. O superintendente da polícia, Santoshi Rastogi, informou que cinco policiais foram colocados na área da paróquia para prever problemas futuros.
     Por seu lado, Anant Tari negou qualquer envolvimento com o VHP. “Não houve provocação ... estavam bravos e retaliaram”, ele insistiu. Ele responsabilizou o padre da paróquia por não permitir a ampliação do caminho em frente à igreja, para uso público.
     Todavia, líderes da igreja continuam céticos em relação ao VHP e à sua agenda pró-hindu. Dr. Jonh Dayal, secretário geral do Conselho Cristão da Índia, disse em um impresso, no dia 14 de junho, que o VHP anunciara planos de estabelecer-se em trinta mil vilas tribais até 2006 – um aumento em relação ao nível atual de dez mil vilas.
     O VHP espera aumentar esse número em cem mil vilas, ou seja, um quarto de todas as vilas na Índia, até 2011.
     “Uma grande quantia do capital do VHP vem de não-residentes indianos do Reino Unido, EUA e de outros países, bem como de organizações oficiais, governamentais e de igrejas, que acreditam que o dinheiro será usado em programas para o bem-estar de viúvas e crianças órfãs”, acrescentou Dayal.
     O novo governo do primeiro ministro Manmohan Sinhgha anunciou planos para investigar a origem do capital do VHP e uma organização parceira, o Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS). Reportagens recentes acusam ambas as organizações de levantarem fundos, sob falso pretexto, no Reino Unido e nos EUA.
     O VHP foi fundado na Índia em 1964 como um fórum para unir hindus em todo o mundo. O grupo foi, então, registrado como uma organização sem fins lucrativos e isenta de taxas nos EUA, em 1970, de acordo com a Regulação de Serviços de Rendimentos Internos 501 – (C) – (3). A central está em Nova Iorque, com um adicional de quarenta filiais pelo mundo.
     O VHP é também registrado como uma organização filantrópica sem fins lucrativos no Reino Unido.
     Por enquanto, o Partido Bharatiya Janata (BJP), íntimo aliado do VHP, está fazendo todos os esforços possíveis para preparar-se para as eleições da assembléia em setembro de 2004, apesar de ter perdido nas eleições gerais de abril e maio de 2004.
     O ramo de direita do BJP já legisla os estados governamentais de Gujarat, Rajasthan, Madhya Pradesh, Chhattisgarh e Jharkhand. Exceto por Jharkhand, o BJP goza de uma estabilidade de quatro anos nesses estados centrais indianos.
     Em seu conclave nacional, realizado em Mumbai (Bombaim), de 22 a 24 de junho, o BJP dedicou-se novamente ao Hindutva, a agenda nacionalista hindu. Alguns membros afirmam que o BJP perdeu as eleições gerais por ter diluído o centro de sua ideologia Hindutva.
 
Tradução: Daila Fanny
 
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Número 86 - 09 de julho de 2004
 
Pastor brutalmente atacado em vilarejo indiano
 
     ÍNDIA (33º) - Um pastor indiano brutalmente açoitado em um ataque noturno na região oeste de Tripura ainda está se recuperando de sérios ferimentos realizados por apunhaladas.
     Letthang Gangte, um missionário enviado pela Igreja Congregacional Evangélica da Índia, recebeu cortes na cabeça e nas costas e um profundo ferimento como resultado de apunhaladas no seu estômago. Sua esposa e dois filhos jovens também foram severamente feridos.
     Contudo, a polícia insiste que nenhuma atitude será tomada, se a família não puder identificar e dar nomes aos autores do crime.
     Em 19 de abril, Gangte e sua esposa foram acordados em torno das três horas da madrugada por um grupo de homens armados com punhais e lanças que invadiram sua pequena choupana de barro no vilarejo de Rajghat, situado na região oeste de Tripura.
     Sua esposa gritou e Gangte tentou defender-se. Neste ínterim, uma forte tempestade abafou os sons da luta. Quando Gangte tentou escapar e avisar seus vizinhos, todos os quatro membros de sua família foram seriamente feridos.
     Diante da densa escuridão da tempestade era impossível ver os rostos dos agressores. O pastor e sua esposa afirmam que havia pelo menos oito e, possivelmente, dez homens no grupo.
     Os vizinhos imediatamente chamaram a polícia, mas quando eles chegaram, os agressores haviam partido, levando com eles alguns pertences da família.
     O pastor e sua família foram levados para o hospital Agartala para tratamento. Gangte ficou coberto de sangue após ter sofrido muitos ferimentos sérios na cabeça, dois cortes profundos no seu ombro e um ferimento profundo decorrente de apunhaladas no seu abdômen, além de ter sofrido fratura óssea.
     Testemunhas afirmam que foi um milagre Gangte ter sobrevivido.
     Sua esposa sofreu ferimentos na sua cabeça e em um dos seus braços. Sua filha Bebem, de sete anos de idade, e o seu filho Bawilun, de 10 anos, foram açoitados nas suas coxas e panturrilha. A família é oriunda de um vilarejo em Manipur, localizado no nordeste da Índia. A Igreja Evangélica Sínodo, membro constituinte da Igreja Congregacional Evangélica da Índia, os enviou ao vilarejo de Rajghat como missionários em 1995.
     Mesmo antes de Gangte e sua família chegarem, sinais de problemas já existiam. Um outro missionário local foi atacado na noite de cinco de dezembro de 2002. Ele foi seis vezes açoitado com um punhal na sua cabeça e em outras partes do seu corpo. O incidente lhe perturbou tanto que ele teve que ser removido do vilarejo.
     Cristãos locais acreditam que os dois ataques foram conduzidos pelos mesmos agressores.
     Gangte quer retornar ao vilarejo, apesar da intimidação. “Eu não partirei, mesmo que isto custe a minha vida e da minha família”, ele afirmou à Compass.
     Contudo, sua família ainda está traumatizada após o ataque. Eles estão vivendo em segurança em um local fora do vilarejo, mas os dois filhos continuam a ter pesadelos e têm medo de dormir no escuro.
     Em um esforço de proteger a família no seu retorno, a igreja que os enviou tem planos de construir uma casa de tijolos que possa prover mais proteção do que a choupana de barro que a família ocupava. As paredes da choupana amoleceram com a tempestade, permitindo que os agressores pudessem arrombá-la com facilidade.
     Um cristão local contou à Compass que a Vishwa Hindu Parishad (VHP) e a Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), duas organizações conhecidas por suas crenças hinduístas extremistas, são bastante ativas na região. A RSS insiste que o povo tribal não deva se converter ao que eles chamam de “escravidão” cristã. Ambas as organizações têm feito campanhas de propaganda para convencer o povo tribal que se converteu ao cristianismo das religiões animistas que eles, de fato, foram hindus.
     Se o povo tribal realmente se tornar hindu, eles serão automaticamente colocados em um nível inferior do sistema de casta da Índia, chamado de “Dalits” (“Intocáveis”). Somente os trabalhos mais desprezíveis são distribuídos aos Dalits; os empregos mais bem pagos estão reservados para pessoas de castas mais altas.
     Por outro lado, a igreja cristã está comprometida em aumentar o seu padrão de educação e empregos para o povo tribal.
     Teoricamente, uma pessoa da tribo não-hindu não está sujeita ao sistema de castas. Deste modo, quando o povo tribal rejeitar o animismo e entregar sua vida a Jesus, sua conversão ameaçará a sociedade hindu bastante estruturada.
     Gangte e sua família estão se recuperando de sua penosa experiência. A igreja que enviou a família exigiu que a polícia conduzisse uma investigação em Rajghat. Entretanto, os oficiais se recusaram a fazê-lo, alegando que Gangte deve primeiramente identificar os homens que o atacaram.Gangte está relutante em identificá-los, temendo represálias contra ele e sua família.
     Atualmente a igreja está buscando conselho legal.
 
Tradução: Daniela Mendonça
 
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Número 85 - Edição de sexta-feira, 25 de junho de 2004
Hindus nacionalistas planejam retorno; cristãos dormem India (MNN)
– A Oposição Nacionalista Hindu na India mesmo estando ainda se curando de suas feridas depois da derrota na eleição no mês passado está prometendo voltar ao poder.
O Partido Bharatiya Janata, conhecido como BJP, está reunido nesta semana para buscar estratégias de como fazer isto. Enquanto Gospel for Ásia (Evangelho para a Ásia) tem estado excitado pelo mudança de governo, KP Yohannan da Gospel for Ásia está surpreso de como a Igreja na Índia está respondendo. “Deus em sua misericórdia tem nos dado cinco anos a partir de agora com um novo governo. Este Governo (diz) irá proteger as minorias e irá dar liberdade para espalhar sua fé, mas a Igreja, de forma geral, está perdendo esta oportunidade” diz Yohannan. Ele diz que a Igreja não tem feito nenhum plano concreto para alcançar os perdidos. Ele diz é uma situação demente. Isto não significa que todos os grupos cristãos estão dormindo.
Gospel for Ásia e centenas de outros grupos estão respondendo, mas não é o suficiente. Yohannan diz, “ Uma nação com 1,2 bilhões de pessoas. Você pode imaginar o quanto um punhado de grupos podem fazer.
O que nós precisamos é um incrível reavivamento e paixão pelas almas entre o corpo de Cristo de forma geral.” Mesmo que o Partido Congresso tenha prometido proteger as minorias, cristãos ainda estão diante de perseguição. Yohannan diz que seus obreiros nos Estados de Orissa e Maharashtra tem sido atacados. Ele diz: “Os cristãos precisam orar para que o atual governo conduza o passo para garantir que eles não irão permitir que uma coisa como está fique fora de controle.
Nós certamente não queremos outra onda de perseguição. Isto é o que nós realmente estamos preocupados no momento.” Mesmo que a Igreja de forma geral esteja dormindo, Gospel for Ásia está trabalhando duro. Yohannan diz que a Escola Primária deles é apenas um exemplo da reposta positiva.
“Em todos lugares nos estamos levantando escolas. Nós estamos vendo agora centenas de pessoas entregando suas vidas para o Senhor e Igrejas sendo plantadas. Assim, você pode ver que a possibilidade de ver milhões de pessoas voltando se para o Senhor é real.”
Por Mission Network News e Gospel for Asia (http://mnn.gospelcom.net) – tradução livre e adaptada

Número 84
Edição de quarta-feira, 02 de junho de 2004
Líder radical hindu será chefe da oposição em Parlamento indiano ÍNDIA (33º) - O ex-vice-primeiro-ministro Lal Krishna Advani, um reconhecido dirigente radical hindu, será o líder da oposição no Parlamento da Índia, depois de ser designado hoje, terça-feira, por seu grupo, o Bharatiya Janata Party (BJP). O grupo do BJP também decidiu nomear para o cargo de presidente, que tem funções mais protocolares, o ex-primeiro-ministro Atal Behari Vajpayee, que encabeçou o gabinete nacionalista hindu que governou a Índia nos últimos seis anos. Fonte: UOL (Universo OnLine)
Número 83
 Edição de sábado, 29 de maio de 2004
 
Revogação da Lei Anticonversão
 

     ÍNDIA (33º) - No dia 18 de maio, quase uma semana após o partido do Congresso da Índia ter derrotado o governo anterior pró-hinduísmo nas eleições nacionais, a ministra chefe Selvi J. Jayalalithaa, de Tamil Nadu, da região sul da Índia, anunciou a revogação da lei estatal anticonversão.
     Selvi lidera o comitê local do Partido Anna Dravida Munnetra Kazakham (PADMKTA), que foi completamente derrotado nas eleições gerais. Enquanto ela se mantém na atual posição como ministra chefe de Tamil Nadu até as eleições da Assembléia em 2006, membros da oposição que obtiveram 35 dos 39 assentos locais em Tamil Nadu, exigiram sua resignação.
     No dia 18 de maio, Selvi anunciou que ela revogaria a lei estatal anticonversão. "Eu ordenei que a Lei Tamil Nadu de Conversão à Força do Estatuto Religioso de 2002 fosse revogada", afirmou ela. "Uma ordem a respeito desta resolução será executada imediatamente".
     A lei Tamil Nadu anticonversão foi decretada no dia 5 de outubro de 2002, apesar de protestos em grande escala pela minoria cristã e pelos partidos de oposição.
     Esta lei continha definições imprecisas e exigia que todas as conversões fossem registradas no governo estatal. Sem registro apropriado, tanto "pessoas que levam outros a Cristo", como "convertidos" poderiam ser detidos e multados como criminosos comuns.
     Cristãos formam aproximadamente seis por cento da população de Tamil Nadu. Eles afirmam que a lei foi aprovada com a intenção de atormentar as minorias religiosas e restringir o trabalho missionário no estado.
     Ao defender sua decisão original de revogar a lei, Selvi afirmou em uma declaração de cinco páginas, publicada no dia 18 de maio, que "Só foi com boas intenções de promover futura harmonia religiosa entre as religiões que o meu governo revogou a Lei Tamil Nadu de Conversão à Força do Estatuto Religioso".
     Ela também afirmou que seu governo estatal "sempre foi o maior campeão dos direitos e do bem-estar de todas as comunidades em minoria, seja cristãos, muçulmanos, ou qualquer outra".
     "Nunca houve intenção de usar esta lei contra as minorias. Contudo, como os líderes de algumas comunidades em minoria solicitaram a retirada desta lei, eu ordenei que ela fosse revogada rapidamente".
     Os nacionalistas hinduístas do estado condenaram a atitude de Selvi. O senhor R. Ramagopalan, que lidera a organização hinduísta Munnani, que apóia o decreto da lei, rotulou a decisão como "entristecedora e dolorosa". Ele solicitou que cidadãos pacificamente se opusessem à remoção da lei e incentivassem líderes religiosos a unirem suas mãos e tomarem medidas para evitar conversões "antiéticas".
     O reverendo Richard Howell, secretário geral da Comunidade Evangélica da Índia, disse a Compass que, "Esta é uma resposta das orações realizadas por cristãos em todos os lugares. Nós estamos felizes que ela está se afastando de Hindutva".
     "Esta decisão é um resultado do fato que, não somente cristãos, mas todo o estado, inclusive os partidos de oposição, revoltou-se contra a lei anticonversão", adicionou o reverendo. "Poderia ser um indicador que as minorias podem, com o apoio dos partidos políticos, tentar influenciar parlamentares à revogação de leis parecidas também em outros estados".
     O Dr. John Dayal, secretário geral da Assembléia Cristã de Toda a Índia, concordou que esta atitude trouxe esperança para que haja futuras mudanças na Assembléia Legislativa. "Está claro que Selvi revogou a lei não porque havia uma ameaça de conversões fraudulentas ou em grande escala, mas para agradar seus aliados em sua atitude Hindutva [Hinduísta nacionalista]", explicou ele.
     "Nós vamos em breve solicitar que os estados de Orissa, Arunachal, Madhya Pradesh e Gujarat revoguem legislações parecidas. Nós também estamos considerando a tentativa de nos aproximarmos do novo governo central para revogar a legislação central que impedirá que qualquer estado revogue futuras leis que restrinjam a liberdade religiosa ou, de alguma forma, destrua as garantias constitucionais às minorias".
     O padre Babu Joseph, representando os bispos católicos da Assembléia da Índia, comentou que, "A dádiva de Selvi parece, em primeiro lugar, uma atitude para controlar os danos sofridos por ela e por seu partido e, em segundo lugar, para atrair as pessoas de volta ao seu aprisco. Contudo, hoje o público está muito mais perspicaz e, por isso, suas tentativas tardias de quebrar o gelo com eles podem ser ineficazes".
     Selvi também anulou várias outras leis criadas nos últimos três anos, das quais a oposição havia rotulado como políticas "contra o povo". 
 
Tradução: Daniela Mendonça
 
Por Missão Portas Abertas
www.portasabertas.org.br

Número 82
Edição de segunda-feira, 24 de maio de 2004
Cristãos são ‘tonsurados’ a força ÍNDIA (33º) - Seis pessoas foram detidas no dia 3 de maio com referência ao incidente ocorrido no dia 10 de fevereiro no estado de Orissa, na Índia, quando rasparam as cabeças de um pastor local e de oito mulheres cristãs em um esforço de publicamente marcá-los como convertidos hinduístas. As nove pessoas foram levadas de suas casas e violentamente "tonsuradas" ou raspadas na coroa de suas cabeças, uma marca que possui significância religiosa na Índia e causou grande humilhação aos cristãos. Um total de 35 aldeões foram intimados para o Primeiro Relatório de Informações, na delegacia de polícia de Tirtol, após o incidente. Alguns dos perpetradores eram parentes próximos das vítimas. Uma detenção foi finalmente realizada após o ativista social, Priabir Kumar Das, da capital do estado de Bhubaneswar, ter protocolado o Litígio de Interesse Público (LIP) em nome das vítimas. Em resposta ao LIP, o Tribunal Superior de Orissa procurou um relatório da administração distrital. Apesar das detenções, a atmosfera na aldeia de Dalit permanece tensa. O pastor Subas Samal foi previamente acusado de "conversões forçadas" em um caso envolvendo duas garotas que se converteram ao cristianismo há alguns anos e, então, deixaram suas casas quando suas famílias pressionaram-lhes a reconverter-se ao hinduísmo. "Conversão forçada" é proibida sob a Liberdade de Orissa do Estatuto Religioso. Contudo, o pastor Samal afirmou em suas declarações ao magistrado local, que as acusações foram inventadas. As garotas apresentaram uma declaração escrita e juramentada afirmando que elas haviam se convertido por livre arbítrio. Apesar das apelações, um mandado de prisão foi emitido contra o pastor Samal somente alguns dias após a apreensão dos aldeões responsáveis por tonsurá-lo. Sete das mulheres tonsuradas e suas famílias ainda estão em acomodações temporárias, concedidas pela Igreja sobre o Monte Sião, em Bhubaneswar. "As vítimas estão ansiosas, mas incapazes de voltar para os seus lares na vila Kilipal, porque a tensão entre os cristãos e os hindus ainda não diminuiu", contou o reverendo Sonathan Mohanty da Igreja sobre o Monte Sião a Compass. "Todas elas estão fortes e crescendo na fé". "Este incidente veio à luz somente porque as vítimas vieram a Bhubaneswar", acrescentou o reverendo. "Tais incidentes são comuns nas áreas rurais de Orissa, mas eles não são denunciados. Nós estamos orando para uma casa de abrigo na cidade, assim, cristãos perseguidos de tais áreas podem se refugiar e denunciar estas questões". Os Direitos Civis do Sindicato do Povo (DCSP), uma organização de direitos humanos secular, liberou um relatório de verificação de fatos sobre o incidente em abril. O relatório confirmou que, "os direitos fundamentais dos cristãos para escolher e praticar sua própria fé, como venerado na Constituição, foi violado sem escrúpulos. Tudo isto tem que ser visto na tela de fundo dos preconceitos, desconfiança e dúvidas que as pessoas abrigam contra outras religiões, a fim de fazer qualquer intervenção significativa e difundir a tensão existente. O relatório também afirmou que tonsurar faz parte de uma campanha continua de inimizade religiosa pelas organizações Hindutva. "A campanha violenta de ódio público, intolerância religiosa e xenofobia desencadeada pela suposta força Hindutva no estado, nos últimos tempos tem reforçado apoio aos perpetradores da vendetta contra as minorias desafortunadas". "A função da polícia é inquestionável", afirmava o relatório. "Suas declarações à equipe revelam uma tendência inerente contra as minorias; além disto, elas estão cheias de inconsistências. A delegacia de polícia local estava bastante ciente da tensão fervente, mas fez muito pouco para obter por preempção os incidentes desfavoráveis, ou propagar a tensão". Uma das mulheres tonsuradas, a senhorita Sanjukta Kandi, descreveu sua experiência aos investigadores da PUCL. "Eles vieram e nos arrastaram violentamente ao centro da vila … Nós protestamos, mas fomos violentamente arrastados", afirmou ela. "Eu estava vestindo somente um sari e tive que segurá-lo quando fui arrastada … você pode imaginar como aconteceu este evento". "Após sermos tonsurados o dia inteiro, tivemos que ficar dentro de casa", conta ela. "Não podíamos ao menos apanhar água. Como poderíamos, quando fomos humilhados em público desta maneira? Como poderíamos caminhar na vila com nossas cabeças tonsuradas?". Ao explicar o porquê eles tiveram que sair da vila, ela afirmou, "Nós podíamos sentir que os aldeões estavam planejando realizar coisas mais perigosas. Eles simplesmente poderiam atear fogo em nossas casas à noite e todos nós morreríamos". "Uma de nós, Lata Samal, foi poupada de ser tonsurada porque ela estava em um estágio avançado de gravidez. Ela também veio conosco a Bhubaneswar e agora deu a luz a uma menina", adicionou a senhorita Kandi. O senhor Pratap Chinchani, presidente do capítulo de Orissa da Associação Legal Cristã, afirmou que ele planejou tomar medidas contra os perpetradores. "Eu fiz uma queixa diante da Comissão de Direitos Humanos Nacional e do Comitê a Nível Estadual sobre a Harmonia Pública a respeito do incidente", contou a Compass. "Eu arquivarei uma petição no tribunal superior após as ferias de verão". Auxílio-ação (Action Aid), uma organização secular, também procurou as vítimas a fim de oferecer assistência legal. Entretanto, o reverendo Mohanty prefere uma resolução pacífica para esta tensão, afirmando que a perseguição dos aldeões somente contribuirá com a tensão entre as comunidades hinduístas e cristãs. Tradução: Daniela Mendonça Por Missão Portas Abertas www.portasabertas.org.br
Número 81
Edição de quarta-feira, 19 de maio de 2004
Perseguição aumenta ÍNDIA (33º) - A perseguição contra os cristãos na Índia cresceu mais de cinco mil por cento nos últimos oito anos, segundo o jornal indiano The Milli Gazette, em sua edição de 17 de março. Os números fornecidos pela polícia englobam as denúncias feitas por cristãos contra os atos de violência cometidos pelos extremistas hindus desde 1996. Para se Ter uma idéia, só havia sete registros desse tipo em 199. Em 2003, essa marca saltou para 380 ocorrências, mas estimativas extra-oficiais mostram que o número de casos teria chegado a seiscentos somente no ano passado. Tramitam nos tribunais indianos pelo menos quatro mil casos de ataques contra cristãos- de ameaças diretas a assassinatos, saques a igrejas e queima de exemplares da Bíblia. O desejo dos extremistas é inibir o crescimento das igrejas evangélicas no país Fonte: Revista Graça Show da Fé

Número 80
Edição de sexta-feira, 14 de maio de 2004
Um milagre nas eleições põe fim ao governo hindu na Índia Índia (MNN) -- "Nós temos tido um dos maiores eventos na história da política indiana nos últimos 60 anos!” Estas são as palavras de John DeVries da Mission India de Grand Rapis, Michigan (Estados Unidos), comentando o milagre nas eleições na Índia que retirou o BJP, que tem o apoio de uma coalizão de partidos radicais hindu, do poder. De acordo com informações, o partido nacional que governa a Índia (BJP) foi derrotado nas eleições gerais. Um retorno não oficial mostra uma revolta, com milhões de pessoas pobres da área rural abandonando o Primeiro Ministro Atal Bihari Vajpayee e lançando seu apoio para o Partido do Congresso de Sonia Gandhi. DeVries diz que os resultado das eleições foi totalmente inesperado. "O que isto significa é que o partido BJP, que tem fechado os olhos para a perseguição aos Cristãos na Índia, agora tem sido substituído pelo partido de Mahatma Gandhi realmente, o qual prega tolerância para todas religiões e direitos humanos para todas religiões. É uma incrível reversão." Muitos tinham predito uma vitória esmagadora para o partido do BJP. DeVries diz, “Nós estamos estonteados. É definitivamente um milagre e nós imediatamente vamos para o número impressionante de orações que tem sido levantadas para esta eleição. Eu creio que cristãos em toda Índia tem estado suplicando ao Senhor para que as portas sejam abertas novamente.” DeVries também crê que a rejeição ao hinduismo dos Dalits (intocáveis da Índia) tenha muito a ver com o resultado das eleições. "Os Dalits," diz DeVries, "estão despertando para o fato que eles debaixo dos privilegiados. Que isto não será mais coberto por razões religiosas, que eles são seres humanos com iguais direitos como todo mundo mais e eles estão dizendo um basta.” Alguns crêem que o mais provável candidato a Primeiro Ministro é Sonia Ghandi. Sonia Ghandi é viúva do ex-Primeiro Ministro Rajiv Ghandi.Ela nasceu na Itália e está na linha para se tornar o primeiro Primeiro Ministro da Índia que é nascido em um país estrangeiro. Continuem a orar pela Índia. DeVries diz que enquanto o BJP não está mais na liderança, militantes ainda estão ativos e continuam sendo uma ameaça, diz ele. "Eu certamente espero que dentro dos próximos 12 meses os direitos humanos sejam garantidos muito mais fortemente do que eles tem sido até agora, mas eu não esperaria que isto aconteça de maneira repentina, de uma noite para outra, tudo seja diferente." Por Mission Network News e Gospel for Asia (http://mnn.gospelcom.net) – tradução livre e adaptada

Número 79 - Edição de quinta-feira, 06 de maio de 2004

www.portasabertas.org.br Missionário acusado de converter muçulmanos é expulso da Caxemira ÍNDIA (33º) - Cidade do Vaticano, 4 maio (EFE).- Um missionário católico, acusado por um jornal indiano de converter muçulmanos ao cristianismo, terá que deixar a Índia "em dez dias", segundo as autoridades do Estado de Jammu e Caxemira, de maioria muçulmana, informou hoje, terça-feira, a agência vaticana Asianews. Trata-se do missionário holandês Jim Borst, que vive na Índia desde 1945, onde chegou no final da Segunda Guerra Mundial e a quem as autoridades do Estado de Jammu e Caxemira negaram a renovação do visto. Por Missão Portas Abertas

 


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